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L'hipocrisie dans Dom Juan de Molière - Repositório Científico do ...

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Frey, Tales – A performance e o <strong>de</strong>sfazimento <strong>do</strong> logocentrismo nas artes cénicas 255 -275histrionismo <strong>do</strong>s menestréis e por inúmeros outros gêneros calca<strong>do</strong>s nainterpretação extrovertida, que vão <strong>de</strong>saguar no cabaret <strong>do</strong> século XIX ena mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>. 3Talvez a origem, não só para a performance <strong>do</strong> século XX, mas para a arteem geral que foi feita a partir <strong>de</strong>le, <strong>de</strong>ve-se ao pensamento <strong>de</strong> Nietzsche, quefunciona como uma mola propulsora para a chamada pós-mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> e para aquiloque Lyotard, pensa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> vertente nietzschiana, <strong>de</strong>nominou por pluralismoartístico, pois Nietzsche se afirma como questiona<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s valores morais datradição, mais especificamente, <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> moral <strong>de</strong> matriz cristã (uma moral<strong>de</strong> escravos que permanecem escravos), on<strong>de</strong> “(...) não há metafísica que não<strong>de</strong>precie a existência em nome <strong>de</strong> um mun<strong>do</strong> suprassensível (...)” 4 . EmNietzsche, está timbrada a “vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r”, ou seja, o que está em evidência éo homem não mais tangencia<strong>do</strong> à proibição, ao impedimento e ao limite, mas simao excesso, à hybris, ao <strong>de</strong>scomedimento <strong>do</strong> excesso dionisíaco, excesso cria<strong>do</strong>r.É uma filosofia que afirma a força <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>mun<strong>do</strong> que vivia <strong>de</strong> um maquinal extermínio da força criativa <strong>do</strong> sujeito. Mo<strong>de</strong>loeste que esteve, durante toda a história até o advento da mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, vincula<strong>do</strong>aos impedimentos impostos pela religião.Através <strong>do</strong> niilismo, que acusa toda a cultura <strong>de</strong> raiz metafísica, “i<strong>de</strong>alascético” que caracteriza a moral oci<strong>de</strong>ntal <strong>de</strong> raiz cristã, Nietzsche afirma a vidacomo tal, sem estar subordina<strong>do</strong> a nenhum sentimento que traduza culpabilida<strong>de</strong>ou menorida<strong>de</strong>. A arte para Nietzsche é aparência enquanto tal, sem que, porisso, sua realida<strong>de</strong> seja diminuída e, num senti<strong>do</strong> contrário a um i<strong>de</strong>al ascético,Nietzsche afirma um caráter plural da experiência <strong>de</strong> mun<strong>do</strong>, o que, ao menosnas artes, é <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> na explosão <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> linguagens artísticas,<strong>de</strong>ntre elas, a arte da performance e os <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramentos a partir <strong>de</strong>ssa expressão,como a vi<strong>de</strong>operformance, por exemplo.3 C OH E N , R e nat o. A pe rf o rm an ce co m o l in g u ag e m , p. 41.4 D E LE UZ E , G ille s. N ie t z s ch e e a filos ofia , p. 55.257 Polissema – Revista <strong>de</strong> Letras <strong>do</strong> ISCAP – Vol. 12 -2012

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