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L'hipocrisie dans Dom Juan de Molière - Repositório Científico do ...

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Kuksenkov, Daniil, Ustimenko, Maria Helena Guimarães – Tradução <strong>de</strong> Старый гений <strong>de</strong>Nikolai Leskov 297 – 307mera compaixão, ter ajuda<strong>do</strong> um dândi da alta socieda<strong>de</strong> a sair <strong>de</strong> uma situaçãomuito difícil, ten<strong>do</strong> hipoteca<strong>do</strong> a seu favor a sua pequena casa, que constituía nãosó toda a sua proprieda<strong>de</strong> imobiliária, mas também a da sua filha inválida e daneta. A casa foi hipotecada por 15 mil rublos, quantia que o dândi tomou <strong>de</strong>empréstimo na totalida<strong>de</strong> com o compromisso <strong>de</strong> pagar no mais breve espaço <strong>de</strong>tempo.A boa da velhinha acreditou nele – e como po<strong>de</strong>ria ela não acreditar –quan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>r pertencia a uma das melhores famílias, tinha diante <strong>de</strong> si umabrilhante carreira, recebia bons rendimentos <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s e uma boaremuneração pelo posto que <strong>de</strong>tinha. As dificulda<strong>de</strong>s financeiras, das quais avelhinha o havia ajuda<strong>do</strong> a sair, seriam consequência <strong>de</strong> uma qualquer paixãofugaz ou <strong>de</strong> uma imprudência a jogar às cartas no clube <strong>do</strong>s nobres, pelo que lheseria, evi<strong>de</strong>ntemente, muito fácil, corrigir a situação: “É só chegar a SãoPetersburgo”.A velhinha conhecera em tempos a mãe <strong>de</strong>ste senhor e, em nome davelha amiza<strong>de</strong>, aju<strong>do</strong>u-o. Ele, por seu turno, partiu são e salvo para SãoPetersburgo e, <strong>de</strong>pois, é escusa<strong>do</strong> dizer, começou um jogo muito comum em taiscasos: o jogo <strong>do</strong> gato e <strong>do</strong> rato. Ao chegar o prazo <strong>do</strong> pagamento, a velhinha fez-se lembrar, escreven<strong>do</strong> cartas – <strong>de</strong> início, brandas, <strong>de</strong>pois, mais ásperas e, porfim, já praguejava – insinuan<strong>do</strong> que “é injusto”. Mas o seu <strong>de</strong>ve<strong>do</strong>r era animalexperiente e, por isso, não respon<strong>de</strong>u a nenhuma das cartas da velhinha.Entretanto, o tempo vai passan<strong>do</strong>, e aproxima-se o dia da caução e perante apobre da mulher, que pensava passar o resto <strong>do</strong>s seus dias na sua casinha, abre-se, <strong>de</strong> repente, a perspectiva terrível <strong>de</strong> uma vida <strong>de</strong> fome e <strong>de</strong> frio com a filhaaleijada e a pequena neta.A velhinha, <strong>de</strong>sesperada, <strong>de</strong>ixou a filha <strong>do</strong>ente e a criança à guarda dabon<strong>do</strong>sa da vizinha, juntou tu<strong>do</strong> o que lhe restava e correu a São Petersburgo a"diligenciar" 3.3 N d T: Aspas d o au t o r.Polissema – Revista <strong>de</strong> Letras <strong>do</strong> ISCAP – Vol. 12 -2012298

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