À Comunidade Israelita de Curitiba - Visão Judaica On Line

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editorial
VISÃO JUDAICA • setembro de 2005 Elul/Tishrê 5765
Publicação mensal independente da
EMPRESA JORNALÍSTICA VISÃO
JUDAICA LTDA.
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Arte e Diagramação
SONIA OLESKOVICZ
Webmaster
RAFFAEL FIGLARZ
Colaboram nesta edição:
Abd el Rajman el Rashid, Andrés
Spokoiny, Antonio Carlos Coelho,
Aristide Brodeschi, Dina Kraft,
Daniel Benjamin Barenbein, Edda
Bergmann, Jane Bichmacher de
Glasman, Marco Alzamora, Martha
Wolff, Markin Tuder, Nahum Sirotsky,
Pilar Rahola, Sérgio Feldman, Tzvi
Neumann, Vittorio Corinadi, Yossi
Groisseoign e Zvi Mazel
Os artigos assinados não representam
necessariamente a opinião do jornal,
mas a dos autores e colaboradores
www.visaojudaica.com.br
A histórica retirada
No limiar de um novo ano de esperanças
dia 12 de setembro de 2005
passa à história de Israel.
A desconexão de Gaza terminou.
Os soldados cruzaram
a fronteira e voltaram para
casa, encerrando um episódio
que durou 38 anos. Ninguém agora
pode dizer que Israel ocupa Gaza. O
primeiro ministro Sharon cumpriu
o prometido e com um custo político
alto. Assumiu a responsabilidade
pelo fato, mas todos sabem
que isso não se concretizaria sem a
participação do Parlamento e o devido
consenso da maioria da população.
Isto é Israel, onde existe
democracia e liberdade.
A atitude de Sharon levou países
como o Paquistão e o Emirado
de Dubai a estabelecerem relações
diplomáticas com Israel, que já mantém
acordos de paz ou relações com
os também muçulmanos Egito, Jordânia,
Turquia e Mauritânia, na Áfri-
ca. Mas bastou Israel sair de Gaza e
uma horda de palestinos desenfreados
incendiou as sinagogas deixadas
para que fossem “protegidas”
pela Autoridade Palestina... É provável
que tenha sido uma prova… E
é claro que não passou.
Em Israel há muitas mesquitas fechadas
e que não têm atividade. Mas
estão sob a proteção do governo
como lugares sagrados. Nunca houve
turbas ensandecidas de judeus
que as queimassem. E nem haverá.
Esta é a diferença fundamental num
país civilizado, democrático e livre,
onde convivem, em harmonia, judeus
e árabes israelenses.
A jornalista espanhola Pilar Rahola,
que esteve em Curitiba em agosto
último, ao responder uma questão
durante palestra que fez na Universidade
Tuiuti, disse que não haveria
problema algum se 8 mil judeus permanecessem
vivendo em Gaza, na fu-
Nossa capa
tura Palestina, desde que esse país
fosse uma democracia. De certa forma,
já antevia a destruição das sinagogas,
das estufas (que lhes serviriam)
e dos prédios públicos deixados
para trás pelos judeus. Se ficassem
lá após a retirada fatalmente
seriam trucidados, como resultado da
judeufobia institucional e religiosa,
e da maciça propaganda contra Israel
encetadas ao longo das últimas
décadas pela Autoridade Palestina e
países árabes. Nem policiais palestinos,
nem egípcios os detiveram.
Soldados e policiais israelenses
foram desarmados tirar os colonos
judeus de Gush Katif. Não houve uma
só vítima. Pelo contrário, ver soldados
abraçando colonos que choravam
deu “nó na garganta” de muita
gente, mas também encheu de orgulho,
tanto os judeus que estavam a
favor ou eram contra a desconexão...
Mas as expectativas de paz ain-
A capa reproduz o quadro cujo título é “O arrependimento”, elaborado
com a técnica litografia em uma tela de dimensões 60 X 50 cm, criação de
Aristide Brodeschi. O autor nasceu em Bucareste, Romênia, é arquiteto e
artista plástico, e vive em Curitiba desde 1978. Já desenvolveu trabalhos
em várias técnicas, dentre elas pintura, gravura e tapeçaria. Recebeu
premiações por seus trabalhos no Brasil e nos EUA. Suas obras estão
espalhadas por vários países e tem no judaísmo, uma das principais fontes
de inspiração. É o autor das capas do jornal Visão Judaica. (Para
conhecer mais sobre ele, visite o site www.brodeschi.com.br).
Dia 31/8 (26 de Av) – Izaak Gantman, que vivia em Indaial, SC, faleceu em Blumenau e foi
sepultado em Curitiba no cemitério israelita do Umbará. Deixa 4 filhos.
Dia 16/9 (12 de Elul) – Jack Zitronenblat, de Curitiba, sepultado no cemitério Santa Cândida.
Datas importantes
�alecimentos
24 de setembro Ki Tavó/Shabat Selichot Ashkenaz
1º de outubro Nitsavim
3 de outubro Véspera de Rosh Hashaná 5766
4 de outubro 1º Dia de Rosh Hashaná
5 de outubro 2º Dia de Rosh Hashaná
6 de outubro Jejum de Guedália
8 de outubro Vaiêlech/Shabat Teshuvá
12 de outubro Véspera de Iom Kipur
13 de outubro Iom Kipur
15 de outubro Haazinu
17 de outubro Véspera de Sucot
18 de outubro 1º Dia de Sucot
19 de outubro 2º Dia de Sucot
Acendimento das velas em
Curitiba setembro/outubro
Véspera de Shabat
DATA HORA
23/9 17h53
30/9 17h55
3/10* 17h57
4/10* 18h52
7/10 17h58
12/10* 18h01
14/10 18h02
17/10* 19h03
18/10* 19h59
* Em Iom Tov recita-se uma benção diferente.
A partir de 16/10 vigora o Horário Brasileiro
de Verão e esta tabela já adiciona uma hora
a mais aos horários a partir dessa data.
da são inexistentes por ora. Israel
pede o desarme dos grupos terroristas?
Fazem ouvidos moucos, ou
então morrem de rir… Mahmud El
Zahar, líder do Hamas, volta a
ameaçar. Ameaças às quais Israel
está acostumado e não se assusta.
Agora, o novo sonho é possuir Tel
Aviv, imagem do cosmopolitismo e
pujança de Israel. Os palestinos
poderiam ter feito o mesmo após a
Independência de Israel, mas só se
dedicaram a criar uma cultura de
morte e estagnar em séculos de
atraso. Por que não ergueram um
país como lsrael?
Todos os aspectos, ângulos e
facetas da histórica retirada de
Israel de Gaza, o leitor encontrará
nesta edição especial de Visão
Judaica, comemorativa às grandes
festas de Rosh Hashaná, Iom Kipur
e Sucot. Boa leitura!
A Redação
Humor Judaico
Nunca é tarde
demais
Um homem pio atingiu
a idade de 105 anos
e de repente parou de ir
à sinagoga. Alarmado
com a ausência do velho
amigo após tantos
anos de fiel presença, o
rabino foi vê-lo. Ele o
encontra com excelente
saúde, e então pergunta:
“Como após todos
esses anos nós não o vemos
mais nos serviços religiosos?”
O velho homem olha
à sua volta e baixando
a voz sussurra: Eu lhe
conto, rabino. “quando
cheguei aos 90 esperei
que D-us me levasse
qualquer dia. Mas então
cheguei aos 95, depois
aos 100, e aí aos 105.
Então, imagino que Dus
está muito ocupado
e deve ter se esquecido
de mim… E eu não quero
lembrá-Lo...”