Poesia Estrangeira - Academia Brasileira de Letras
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Poemas da língua inglesa – W. H. Au<strong>de</strong>npois o erro medular <strong>de</strong> cada homem e mulheraspira não a querer amor universalmas ao que não po<strong>de</strong> ter:<strong>de</strong> ser amado sozinho.Do lado conservadora onda dos comutantesinva<strong>de</strong> a vida moralcom sua prece matinal:“Serei fiel à esposaMe esforçarei no trabalho.”Os chefes atarantadospelas manhãs reassumemsua rotina habitual.Quem po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sonerá-los?quem po<strong>de</strong> falar aos surdos?e pelos mudos falar?Nosso mundo estuporadojaz in<strong>de</strong>feso na noite.Contudo, pontos <strong>de</strong> luzcintilam por toda a parteon<strong>de</strong> quer que haja um justoemitindo sua mensagem.Só <strong>de</strong> amor e poeiracomo eles feito,eu possa a eles juntar-mee sitiado por iguaisnegação e <strong>de</strong>sespero,só <strong>de</strong> amor e poeiracompor um raio <strong>de</strong> luz.171