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<strong>Cartilha</strong> <strong>23.08.04</strong> <strong>16</strong>:<strong>25</strong> <strong>Page</strong> 1
<strong>Cartilha</strong> <strong>23.08.04</strong> <strong>16</strong>:<strong>25</strong> <strong>Page</strong> 3APRESENTAÇÃOCompanheiros,REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILLUIZ INÁCIO LULA DA SILVAPresidenteMINISTÉRIO DO ESPORTEAGNELO QUEIROZMinistroSECRETARIA NACIONAL DE ESPORTE DE ALTO RENDIMENTOANDRÉ ALMEIDA CUNHA ARANTESSecretário Nacional de <strong>Esporte</strong> de Alto RendimentoInicio minhas palavras reportan<strong>do</strong>-me à Mensagem que fiz para a Revista Perfil,nº 6 - 2002, da ESEF/UFRGS, quan<strong>do</strong> me referi ao Projeto <strong>Esporte</strong> Brasil – PROESP-BRda Rede de Centros de Excelência Esportiva - CENESP, enfatizan<strong>do</strong> sua importânciacomo instrumento viável de aferição de parâmetros nutricionais, de crescimento e deaptidão física relaciona<strong>do</strong>s à saúde e ao desempenho esportivo, como subsídios paraformulação de políticas públicas para nosso País, e termino dizen<strong>do</strong>“... Despeço-medesejan<strong>do</strong> que possamos, em um futuro breve, colher os frutos dessa brilhante iniciativa”.Pois bem, numa velocidade impressionante, o futuro chegou e com ele o momento da“colheita”!Isso revela a vontade de um governo que veio para fazer. Estamos transforman<strong>do</strong> umaproposta teórica, bem fundamentada e já testada na prática, em ação, com reflexosimediatos e boas perspectivas para o esporte e para a juventude brasileira.Concretizamos, assim, um modelo brasileiro de detecção de talentos esportivos,construí<strong>do</strong> e adapta<strong>do</strong> à nossa realidade, que poderá ser utiliza<strong>do</strong> por to<strong>do</strong> e qualquerinteressa<strong>do</strong> nas escolas, nos clubes e comunidades, fazen<strong>do</strong> uma grande rede deinformação. Dessa maneira, oportunizaremos a descoberta e o desenvolvimento deprováveis talentos esportivos que fortalecerão, em quantidade e qualidade, a base <strong>do</strong>esporte brasileiro de alto rendimento.Dessa forma, estamos dan<strong>do</strong> mais um passo para implantar uma Política Nacional de<strong>Esporte</strong>, superan<strong>do</strong> as dificuldades com a colaboração de pessoas capazes e entidadesorganizadas, objetivan<strong>do</strong> transformar o Brasil numa verdadeira potênciaesportiva.Um grande abraço,PROESP-BRPROJETO ESPORTE BRASILIndica<strong>do</strong>res de saúde e fatores de prestação esportiva em crianças e jovensManual de Aplicação de Medidas e Testes SomatomotoresAgnelo QueirozMinistro <strong>do</strong> <strong>Esporte</strong>Protocolo da Rede Cenesp, desenvolvi<strong>do</strong> pelo Setor de Pedagogia <strong>do</strong> <strong>Esporte</strong> <strong>do</strong> CENESP-UFRGSA cartilha, bem como a base teórica, poderá ser acessada e impressa no sítio www.esporte.gov.br
<strong>Cartilha</strong> <strong>23.08.04</strong> <strong>16</strong>:<strong>25</strong> <strong>Page</strong> 51. A BATERIA DE MEDIDAS E TESTES SOMATOMOTORES DO PROESP-BRO conceito de capacidade de desempenho somatomotor no PROESP-BR é percebi<strong>do</strong> apartir da seguinte caracterização: qualidades morfológicas e de composição corporal,capacidades funcionais e intervenientes culturais.As qualidades morfológicas e de composição corporal se referem às medidas <strong>do</strong> corpo.São informações referentes às dimensões que no PROESP-BR são representadas pelamassa (peso corporal), estatura, envergadura e índice de massa corporal (IMC).As capacidades funcionais, por sua vez, podem ser subdivididas em duas subcategorias:orgânicas e motoras. As capacidades funcionais orgânicas estão estritamentevinculadas com as características físicas <strong>do</strong>s indivíduos. Referem-se aos processos deprodução de energia, seja na perspectiva da saúde ou <strong>do</strong> desempenho motor. NoPROESP-BR mede-se a resistência geral através <strong>do</strong> teste de corrida/caminhada <strong>do</strong>s 9minutos, ou <strong>do</strong> teste <strong>do</strong> “vai-e-vem” (Paccer).As capacidades funcionais motoras se referem ao desenvolvimento das qualidades daaptidão física, tais como a força, velocidade, agilidade e flexibilidade. No PROESP-BRmedem-se: a força-resistência ab<strong>do</strong>minal através das repetições de exercícioab<strong>do</strong>minal em 1 minuto; força explosiva de membros superiores através <strong>do</strong> arremessode medicineball de 2 kg; força explosiva de membros inferiores através <strong>do</strong> salto emdistância; flexibilidade através <strong>do</strong> teste de “sentar-e-alcançar”; agilidade através <strong>do</strong>teste <strong>do</strong> quadra<strong>do</strong> e velocidade através <strong>do</strong> teste <strong>do</strong>s 20 metros.Chama-se a atenção que, no PROESP-BR, as medidas e os testes são também classifica<strong>do</strong>sem relação à aptidão física relacionada à saúde e aptidão física relacionadaao desempenho motor. Em relação à aptidão física relacionada à saúde, utiliza-se paraa avaliação a análise criterial. Ou seja: são determina<strong>do</strong>s pontos de corte (cut-off) oucritérios de referência para cada medida que permitem a classificação <strong>do</strong>s estudantesem três categorias relacionadas ao que se convencionou chamar de Zona Saudável deAptidão Física (ZSAp). Assim, conforme os resulta<strong>do</strong>s de seus testes os alunos sãoclassifica<strong>do</strong>s em: abaixo da ZSApF; na ZSApF e acima da ZSApF. São os seguintes ostestes relaciona<strong>do</strong>s à saúde: IMC; flexibilidade (“sentar-e-alcançar”); resistênciaab<strong>do</strong>minal (ab<strong>do</strong>minal); resistência geral (9 minutos ou “vai-e-vem”).Em relação à aptidão física relacionada ao desempenho motor, utiliza-se para aavaliação a análise normativa (percentis). Na avaliação por norma, cada aluno é avalia<strong>do</strong>com referência aos resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> próprio grupo (da<strong>do</strong>s estatísticos da amostrabrasileira). Nessa perspectiva, os alunos são avalia<strong>do</strong>s frente às seguintes categorias:muito fraco (menor que percentil 20 da população brasileira); fraco (entre percentil 20e 40); razoável (entre percentil 40 e 60); bom (entre percentil 60 e 80); muito bom(maior que percentil 80). As medidas e testes relaciona<strong>do</strong>s ao desempenho motor sãoos seguintes: massa corporal, estatura, envergadura, força explosiva de membrossuperiores (arremesso de medicineball) e inferiores (salto horizontal); agilidade(quadra<strong>do</strong>) e velocidade (20 metros).Para a detecção de talentos motores, realiza-se uma avaliação normativa consideran<strong>do</strong>-se,para tanto, índices iguais ou superiores ao percentil 98 em pelo menos um testede aptidão física relacionada ao desempenho motor.2. APLICAÇÃO DA BATERIA DE MEDIDAS E TESTES DO PROESP-BR2.1. Ordem das medidas e testes2.1.1. Medida de massa corporal2.1.2. Medida de estatura2.1.3. Medida de envergadura2.1.4. Teste “sentar-e-alcançar”2.1.5. Teste de exercício ab<strong>do</strong>minal2.1.6. Teste <strong>do</strong> salto em distância2.1.7. Teste <strong>do</strong> arremesso de medicineball2.1.8. Teste <strong>do</strong> quadra<strong>do</strong>2.1.9. Teste da corrida de 20 metros2.1.10. Teste <strong>do</strong>s 9 minutos ou teste <strong>do</strong> "vai-e-vem"Consideran<strong>do</strong> que as medidas de massa corporal, estatura, envergadura e o teste de“sentar-e-alcançar” devam ser coleta<strong>do</strong>s com os estudantes sem calça<strong>do</strong>s, sugere-seque sejam realiza<strong>do</strong>s no interior de uma sala adequadamente preparada para estefim. Para as medidas de estatura e envergadura, dá-se preferência para a utilizaçãode uma parede lisa, sem obstáculos e sem rodapé. Os demais testes podem ser realiza<strong>do</strong>sem ginásio, quadras esportivas, etc.Quadro 1. Medidas e testes de aptidão física utiliza<strong>do</strong>s pela Bateria PROESP-BRVariáveis Medidas e Testes Área de IntervençãoMassa corporal (peso) Balança Relacionada à saúdeEstatura Estadiômetro Relacionada ao desempenho motorEnvergadura Trena métrica Relacionada ao desempenho motorÍndice de Massa Corporal (IMC)Relacionada à saúdeFlexibilidade Sentar-e-alcançar Relaciona<strong>do</strong> à saúdeForça-resistência ab<strong>do</strong>minal Exercício ab<strong>do</strong>minal Relaciona<strong>do</strong> à saúdeForça de membros inferiores Salto em distância horizontal Relacionada ao desempenho motorForça de membros superiores Arremesso de medicineball Relacionada ao desempenho motorAgilidade Quadra<strong>do</strong> Relacionada ao desempenho motorVelocidade 20 metros Relacionada ao desempenho motorResistência aeróbia Correr/andar 9 minutos e “vai-e-vem” Relacionada à saúde2 3
<strong>Cartilha</strong> <strong>23.08.04</strong> <strong>16</strong>:<strong>25</strong> <strong>Page</strong> 73. INSTRUÇÕES PARA A APLICAÇÃO DA BATERIA PROESP-BR1) A Bateria PROESP-BR é precedida por um breve aquecimento de 5 minutosconforme modelo apresenta<strong>do</strong> em anexo.2) Após o aquecimento, os alunos devem ser organiza<strong>do</strong>s em pequenos grupos,em ordem crescente (ou decrescente) da estatura.3) Retiram seus calça<strong>do</strong>s para os testes de sala.4) Cada aluno recebe sua ficha individual de avaliação que deverá ser entregue aoprofessor para as devidas anotações em cada teste (modelo em anexo).5) Encerradas as medidas e testes de sala, os alunos serão orienta<strong>do</strong>s a vestiremseus calça<strong>do</strong>s e serão conduzi<strong>do</strong>s aos testes de campo seguin<strong>do</strong> a ordemproposta na Bateria PROESP-BR.MEDIDA DA MASSA CORPORALMaterial: Uma balança com precisão de até 500 gramasOrientação: No uso de balanças o avalia<strong>do</strong>r deverá ter em conta sua calibragem. Nautilização de balanças portáteis, recomenda-se sua calibragem prévia e a cada 8 a 10medições. Sugere-se a utilização de um peso padrão previamente conheci<strong>do</strong> para calibrara balança.Anotação: A medida deve ser anotada em quilogramas com a utilização de uma casadecimal.MEDIDA DA ESTATURAMaterial: Estadiômetro ou trena métrica com precisão até 2 mm.Orientação: Na utilização de trenas métricas, aconselha-se a fixá-la na parede a 1 metro<strong>do</strong> solo e estendê-la de baixo para cima. Neste caso, o avalia<strong>do</strong>r nãopoderá esquecer de acrescentar 1 metro (distância <strong>do</strong> solo a trena) aoresulta<strong>do</strong> medi<strong>do</strong> na trena métrica.Para a leitura da estatura, deve ser utiliza<strong>do</strong> um dispositivo emforma de esquadro (figura abaixo). Deste mo<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s la<strong>do</strong>s <strong>do</strong>esquadro é fixa<strong>do</strong> à parede e o la<strong>do</strong> perpendicular junto à cabeça<strong>do</strong> estudante. Esse procedimento elimina erros decorrentes dapossível inclinação de instrumentos, tais como réguas oupranchetas quan<strong>do</strong> livremente apoia<strong>do</strong>s apenas sobre a cabeça <strong>do</strong>estudante.Anotação: A medida da estatura é anotada em centímetros comuma casa decimal.MEDIDA DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC)Orientação: É determina<strong>do</strong> através <strong>do</strong> cálculo da razão entre a medida de massa corporalem quilogramas pela estatura em metros elevada ao quadra<strong>do</strong>.IMC = Massa (kg)/ estatura (m)2Anotação: A medida é anotada com uma casa decimal.MEDIDA DA ENVERGADURAMaterial: Trena métrica com precisão de 2mm.Orientação: Sobre uma parede lisa, de preferênciasem rodapé, fixa-se a trena métrica paralelamente aosolo a uma altura de 1,20 m para os alunos menorese 1,50 m para os alunos maiores. O aluno posicionaseem pé, de frente para a parede, com os braços emabdução em 90 graus em relação ao tronco. Oscotovelos devem estar estendi<strong>do</strong>s e os antebraçossupina<strong>do</strong>s. O aluno deverá posicionar a extremidade<strong>do</strong> de<strong>do</strong> médio esquer<strong>do</strong> no ponto zero da trena,sen<strong>do</strong> medida a distância até a extremidade <strong>do</strong> de<strong>do</strong>médio direito.Anotação: A medida é registrada em centímetros com uma casa decimal.TESTE DE FLEXIBILIDADE (SENTAR-E-ALCANÇAR)Material: Trena e fita adesiva.Orientação: Os alunos devem estar descalços. Estenda uma fita métrica no chão. Namarca de 38,1 cm desta fita coloque um pedaço de fita adesiva de "45,0" cmatravessada na fita métrica. A fita adesiva deve segurar a fita métrica no chão. Apessoa senta-se com a extremidade "0" da fita métrica entre as pernas. Oscalcanhares devem quase tocar a fita adesiva na marca <strong>do</strong>s 38,1 cm e estaremsepara<strong>do</strong>s cerca de 30,0 cm. Com os joelhos estendi<strong>do</strong>s, a pessoa inclina-selentamente e estende as mãos o mais distante possível. A pessoa deve se manternesta posição o tempo suficiente para a distância ser marcada.Anotação: O resulta<strong>do</strong> é medi<strong>do</strong> em centímetros a partir da posição mais longíquaque o aluno pode alcançar na escala com as pontas <strong>do</strong>s de<strong>do</strong>s. Registra-se o melhorresulta<strong>do</strong> entre as duas execuções com anotação em uma casa decimal.4 5
<strong>Cartilha</strong> <strong>23.08.04</strong> <strong>16</strong>:<strong>25</strong> <strong>Page</strong> 9TESTE DE FORÇA-RESISTÊNCIA (ABDOMINAL)Material: Colchonetes de ginástica e cronômetro.Orientação: O aluno posiciona-se em decúbito <strong>do</strong>rsal com osjoelhos flexiona<strong>do</strong>s a 90 graus e com os braços cruza<strong>do</strong>ssobre o tórax. O avalia<strong>do</strong>r fixa os pés <strong>do</strong> estudante ao solo.Ao sinal, o aluno inicia os movimentos de flexão <strong>do</strong> tronco atétocar com os cotovelos nas coxas, retornan<strong>do</strong> a posiçãoinicial (não é necessário tocar com a cabeça no colchonete acada execução). O avalia<strong>do</strong>r realiza a contagem em voz alta.O aluno deverá realizar o maior número de repetiçõescompletas em 1 minuto.Anotação: O resulta<strong>do</strong> é expresso pelo número de movimentos completos realiza<strong>do</strong>sem 1 minuto.TESTE FORÇA EXPLOSIVA DE MEMBROS INFERIORES (SALTO HORIZONTAL)Material: Uma trena e uma linha traçada no solo.Orientação: A trena é fixada ao solo, perpendicularmente à linha, fican<strong>do</strong> oponto zero sobre a mesma. O aluno coloca-se imediatamente atrás da linha,com os pés paralelos, ligeiramente afasta<strong>do</strong>s, joelhos semiflexiona<strong>do</strong>s,tronco ligeiramente projeta<strong>do</strong> à frente. Ao sinal, o aluno deverá saltar amaior distância possível. Serão realizadas duas tentativas, registran<strong>do</strong>-se omelhor resulta<strong>do</strong>.Anotação: A distância <strong>do</strong> salto será registrada em centímetros, com umacasa decimal, a partir da linha traçada no solo até o calcanhar mais próximodesta.TESTE DE FORÇA EXPLOSIVA DE MEMBROS SUPERIORES (ARREMESSO DEMEDICINEBALL)Material: Uma trena e um medicineball de 2 kg (ou saco de areia com 2 kg)Orientação: A trena é fixada no solo perpendicularmente à parede. O ponto zero datrena é fixa<strong>do</strong> junto à parede. O aluno senta-se com os joelhosestendi<strong>do</strong>s, as pernas unidas e as costas completamente apoiadasà parede. Segura a medicineball junto ao peito com os cotovelosflexiona<strong>do</strong>s. Ao sinal <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong>r o aluno deverá lançar a bola amaior distância possível, manten<strong>do</strong> as costas apoiadas na parede.A distância <strong>do</strong> arremesso será registrada a partir da ponto zero atéo local em que a bola tocou ao solo pela primeira vez. Serãorealiza<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is arremessos, registran<strong>do</strong>-se o melhor resulta<strong>do</strong>.Sugere-se que a medicineball seja banhada em pó branco para aidentificação precisa <strong>do</strong> local onde tocou pela primeira vez ao solo.Anotação: A medida será registrada em centímetros com uma casa decimal.TESTE DE AGILIDADE (TESTE DO QUADRADO)Material: Um cronômetro, um quadra<strong>do</strong> desenha<strong>do</strong> em solo antiderrapante com 4 mde la<strong>do</strong>, 4 cones de 50 cm de altura ou 4 garrafas de refrigerante de 2 l <strong>do</strong> tipo pet.Orientação: O aluno parte da posição de pé, com umpé avança<strong>do</strong> à frente imediatamente atrás da linha departida. Ao sinal <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong>r, deverá deslocar-se até opróximo cone em direção diagonal. Na seqüência, correem direção ao cone à sua esquerda e depois se deslocapara o cone em diagonal (atravessa o quadra<strong>do</strong> emdiagonal). Finalmente, corre em direção ao último cone,que corresponde ao ponto de partida. O aluno deverátocar com uma das mãos cada um <strong>do</strong>s cones quedemarcam o percurso. O cronômetro deverá seraciona<strong>do</strong> pelo avalia<strong>do</strong>r no momento em que o avalia<strong>do</strong> realizar o primeiro passotocan<strong>do</strong> com o pé o interior <strong>do</strong> quadra<strong>do</strong>. Serão realizadas duas tentativas, sen<strong>do</strong>registra<strong>do</strong> o melhor tempo de execução.Anotação: A medida será registrada em segun<strong>do</strong>s e centésimos de segun<strong>do</strong>(duas casas após a vírgula).6 7
<strong>Cartilha</strong> <strong>23.08.04</strong> <strong>16</strong>:<strong>25</strong> <strong>Page</strong> 11TESTE DE VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO (CORRIDA DE 20 METROS)Material: Um cronômetro e uma pista de 20 metros demarcada com três linhasparalelas no solo da seguinte forma: a primeira (linha de partida); a segunda, distante20 m da primeira (linha de cronometragem) e a terceiralinha, marcada a 1 metro da segunda (linha de chegada).A terceira linha serve como referência de chegada para oaluno na tentativa de evitar que ele inicie a desaceleraçãoantes de cruzar a linha de cronometragem. Doiscones para a sinalização da primeira e terceira linhas.Orientação: O estudante parte da posição de pé, comum pé avança<strong>do</strong> à frente imediatamente atrás da primeiralinha e será informa<strong>do</strong> que deverá cruzar a terceira linhao mais rápi<strong>do</strong> possível. Ao sinal <strong>do</strong> avalia<strong>do</strong>r, o aluno deverá deslocar-se, o maisrápi<strong>do</strong> possível, em direção à linha de chegada. O cronometrista deverá acionar ocronômetro no momento em que o avalia<strong>do</strong> der o primeiro passo (tocar ao solo),ultrapassan<strong>do</strong> a linha de partida. Quan<strong>do</strong> o aluno cruzar a segunda linha (<strong>do</strong>s20 metros), será interrompi<strong>do</strong> o cronômetro.Anotação: O cronometrista registrará o tempo <strong>do</strong> percurso em segun<strong>do</strong>s ecentésimos de segun<strong>do</strong>s (duas casas após a vírgula).TESTE DE RESISTÊNCIA GERAL (9 MINUTOS)Material: Local plano com marcação <strong>do</strong> perímetro da pista. Cronômetro e ficha deregistro. Material numera<strong>do</strong> para fixar às costas <strong>do</strong>s alunos identifican<strong>do</strong>-os claramentepara que o avalia<strong>do</strong>r possa realizar o controle <strong>do</strong> número de voltas. Trena métrica.Orientação: Divide-se os alunos em grupos adequa<strong>do</strong>s às dimensões da pista.Observa-se a numeração <strong>do</strong>s alunos na organização <strong>do</strong>s grupos, facilitan<strong>do</strong> assim oregistro <strong>do</strong>s anota<strong>do</strong>res. Tratan<strong>do</strong>-se de estudantes com cabelos longos, observa-se ocomprimento <strong>do</strong>s cabelos para assegurar que o número às costas fique visível.Informa-se aos alunos sobre a execução correta <strong>do</strong> testes dan<strong>do</strong> ênfase ao fato de quedevem correr o maior tempo possível, evitan<strong>do</strong> piques de velocidade intercala<strong>do</strong>s porlongas caminhadas. Informa-se que os alunos não deverão parar ao longo <strong>do</strong> trajeto eque trata-se de um teste de corrida, embora possam caminhar eventualmente quan<strong>do</strong>sentirem-se cansa<strong>do</strong>s. Durante o teste, informa-se ao aluno a passagem <strong>do</strong> tempo aos3, 6 e 8 minutos (“Atenção: falta 1 minuto!”). Ao final <strong>do</strong> teste, soará um sinal (apito).Os alunos deverão interromper a corrida, permanecen<strong>do</strong> no lugar onde estavam (nomomento <strong>do</strong> apito) até ser anotada ou sinalizada a distância percorrida. To<strong>do</strong>s osda<strong>do</strong>s serão anota<strong>do</strong>s em fichas próprias deven<strong>do</strong> estar identifica<strong>do</strong> cada aluno deforma inequívoca. Sugere-se que o avalia<strong>do</strong>r calcule previamente operímetro da pista e durante o teste anote apenas o número de voltasde cada aluno. Dessa forma, após multiplicar o perímetro da pistapelo número de voltas de cada aluno, deverá complementar com aadição da distância percorrida entre a última volta completada e oponto de localização <strong>do</strong> aluno após a finalização <strong>do</strong> teste.Anotação: Os resulta<strong>do</strong>s serão anota<strong>do</strong>s em metros comaproximação às dezenas.TESTE DE RESISTÊNCIA GERAL (VAI-E-VEM)Material: Uma superfície livre antiderrapante. Ginásio ou quadra polivalente com pelomenos 22 metros de comprimento. Leitor de CD com volume adequa<strong>do</strong> e CD com a marcação<strong>do</strong> ritmo ou cadência. Cones de marcação <strong>do</strong> percurso e ficha para anotação.Orientação: Marcar um percurso de 20 metros com cones e linhas demarcatórias <strong>do</strong>trajeto. Planejar um espaço de forma que cada aluno tenha um espaço de 100-150 cmde largura para correr. Ajustar o leitor de CD utilizan<strong>do</strong> o teste de 1 minuto existenteno próprio CD; se o intervalo de tempo de um minuto possuir um erro igual ou superiora meio segun<strong>do</strong>, o CD deve ser substituí<strong>do</strong>. Para o início <strong>do</strong> teste, os avalia<strong>do</strong>sdevem estar posiciona<strong>do</strong>s, um ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> outro, atrás da linha inicial, e devem terverifica<strong>do</strong> que seus tênis estão devidamente amarra<strong>do</strong>s. Os alunos devem correr os20 metros de distância e tocar a linha com o pé quan<strong>do</strong> tocar o sinal sonoro (bip). Aosom <strong>do</strong> bip, eles devem inverter o senti<strong>do</strong> da corrida e correr até a outra extremidade.Se alguns alunos chegarem à linha antes <strong>do</strong> bip, eles devem esperar pelo mesmoantes de correr para a outra direção. Os alunos repetem esse procedimento até quenão alcancem a linha antes <strong>do</strong> bip por duas vezes (não necessariamente consecutivas).Se um aluno não conseguir alcançar a linha ao sinal sonoro, deverá ser-lhe dadaa oportunidade para tentar recuperar o ritmo adequa<strong>do</strong>. Na segunda vez que o alunonão conseguir atingir a linha ao sinal sonoro, o seu teste é da<strong>do</strong> como termina<strong>do</strong>. Osalunos que terminarem o teste deverão caminhar durante algum tempo e, quan<strong>do</strong>saírem da área de realização <strong>do</strong> mesmo, deverão observar a recomendação de nãoatrapalhar os colegas que estiverem ainda corren<strong>do</strong>. Antes da aplicação <strong>do</strong> teste osalunos devem executar <strong>do</strong>is ou três ensaios para uma adequada compreensão <strong>do</strong>sprocedimentos a serem realiza<strong>do</strong>s.Anotação: Registra-se o número total de voltas realizadas pelo aluno.8 9
<strong>Cartilha</strong> <strong>23.08.04</strong> <strong>16</strong>:<strong>25</strong> <strong>Page</strong> 13REFERÊNCIASBARBANTI, V. Aptidão física relacionada à saúde: manual de testes. São Paulo:Prefeitura Municipal de Itapira. Departamento de Educação Física <strong>Esporte</strong>s eRecreação, 1983.BENTO, J. O. Desporto para crianças e jovens: das causas e <strong>do</strong>s fins. In: GAYA,A.; MARQUES, A.; TANI, G. (org). Desporto para Crianças e Jovens: razões efinalidades (no prelo).BÖHME, M. T. S.; FREITAS, M.C. Aptidão física: avaliação de aspectos relaciona<strong>do</strong>scom a saúde. Viçosa, MG: Imprensa Universitária – Universidade Federal deViçosa, 1989.BORMS, J. Early identification and sport talent: a kinanthropometric view. Nainventational paper presented at the International Symposium of Science andTechnology in Sports. Porto Alegre, 1997.BOUCHARD, C. et SHEPARD, R. Physical activity, fitness and health: the modeland key concepts physical activity, fitness and health. In: BOUCHARD, C.; SHEPARD, R.et STEPHENS, T. (eds). Physical activity, fitnass and health: international procedingsand consensus statement. Human Kinectics, Champaign, Illinois, 1994.COOPER INSTITUTE FOR AEROBICS RESEARCH. FITNESSGRAM. Manual deaplicação de testes. Faculdade de Motricidade Humana, Lisboa, 2002.GAYA, A.; TORRES, L. O esporte na infância e a<strong>do</strong>lescência: alguns pontospolêmicos. In: GAYA, A.; MARQUES, A.; TANI, G. (org). Desporto para crianças ejovens: razões e finalidades (no prelo).GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. P. Crescimento, composição corporal e desempenhomotor em crianças e a<strong>do</strong>lescentes. São Paulo: CLR Balieiro, 1997.GUEDES, D. P. Crescimento, composição corporal e desempenho motor decrianças e a<strong>do</strong>lescentes <strong>do</strong> município de Londrina (PR), São Paulo, 1994. (Tese deDoutora<strong>do</strong>). Universidade de São Paulo.KREBS, R. J. A teoria <strong>do</strong>s sistemas ecológicos: um paradigma para a educaçãoinfantil. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educação Físicae Desportos, 1997.MAIA, J. A. R. et al. A estabilidade da aptidão física: o problema, essênciaanalítica, insuficiência e apresentação de uma proposta meto<strong>do</strong>lógica baseada emestu<strong>do</strong>s de painel com variáveis latentes. Revista Movimento. Porto Alegre, v. 5, n. 9,p. 58-79, 1998.MARQUES, R. M. Crescimento e desenvolvimento pubertário em crianças ea<strong>do</strong>lescentes brasileiros: II altura e peso. São Paulo: Editora Brasileira deCiências, 1982.MATSUDO, V. K. R. Critérios biológicos para diagnóstico, prescrição e prognósticode aptidão física em escolares de 7 a 18 anos de idade. Rio de Janeiro: UniversidadeGama Filho, 1992. (Tese de Livre Docência)MOTA, J. & SALLIS, J. F. Actividade física e saúde. Campo das Letras, Porto, 2002.NAHAS, M. V.; CORBIN, C. B. Aptidão física e saúde nos programas de educaçãofísica. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 8, n. 2, p. 14-24, 1992.PAFFEMBARGER, R.; HYDE, M.; MING, A.; LEE, I-M.; KAMPERT, J. N. A active andfit way of life influencing health and longevity. In: QUINNEY, H.; GAUVING, L.; WALL,A. (eds). Toward active living: proceedings of International Conference on PhysicalActivity, Fitness and Health. Champaign: Human Kinetics, 1994. p. 61-68.SICHIERI, R. & ALLAM, V. L. C. Avaliação <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> nutricional de a<strong>do</strong>lescentesbrasileiros através <strong>do</strong> índice de massa corporal. Jornal de Pediatria, 2(2):80-84, 1996.SOBRAL, F. FACDEX: Um projeto de investigação em desporto escolar: opçõestécnicas e meto<strong>do</strong>lógicas. In: BENTO, J. O. et MARQUES, A. T. A Ciência <strong>do</strong> Desporto:a cultura e o homem. Porto, Universidade <strong>do</strong> Porto, 1998.TORRES, L. O estilo de vida em jovens atletas: estu<strong>do</strong> exploratório sobre ainfluência <strong>do</strong> gênero sexual, <strong>do</strong> nível socioeconômico e <strong>do</strong> nível de prestaçãodesportiva no perfil <strong>do</strong>s hábitos de vida. Porto Alegre: UFRGS, 1998. Dissertação(Mestra<strong>do</strong> em Ciências <strong>do</strong> Movimento Humano), Escola de Educação Física,Universidade Federal <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Sul, 1998.WINNICK, J. P.; SHORT, F. X. Testes de aptidão física para jovens comnecessidades especiais: manual brockport de testes. São Paulo: Manole, 2001.10 11
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