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arquivo no formato pdf - Projeto Aves Marinhas

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Alguns exemplos de biopirataria de plantas medicinais:Andiroba, copaíba, ayahusca, curare, açaí e muitos outros produtos ederivados da flora e de espécies da fauna brasileira já têm marcas e patentesregistradas <strong>no</strong> exterior. Desde o descobrimento do país, quando osportugueses se apropriaram do segredo da extração do pigmento vermelho doPau Brasil, milhares de espécies nativas são contrabandeadas e transformadasem patentes internacionais.O registro comercial de recursos naturais alheios não é nenhuma <strong>no</strong>vidade, atéporque não existe nenhuma legislação internacional que proíba tal atividade,uma vez que o sistema de patentes não protege aquele que detém abiodiversidadade ou o conhecimento tradicional, mas quem desenvolve <strong>no</strong>vastec<strong>no</strong>logias. Na maioria dos casos, os países patenteiam apenas os produtosproduzidos a partir de determinadas substâncias extraídas de plantas ouanimais, mas também existem casos de patentes de plantas inteiras.A recente tentativa japonesa de patentear o cupuaçu da Amazônia é apenasmais um capítulo da longa história de biopirataria em território nacional.O registro comercial do cupuaçu pela empresa Asahi Foods é contestado najustiça japonesa por organizações brasileiras. O argumento de defesa é muitosimples: cupuaçu é o <strong>no</strong>me de uma planta indígena que caracteriza a própriafruta e, como tal, não é passível de virar marca registrada.Análise do contexto:O Brasil é um dos doze países de megadiversidade, que concentram juntoscerca de 70% da diversidade biológica do planeta. Segundo o Ministério doMeio Ambiente, entre 15 a 20% aproximadamente dessa diversidade está <strong>no</strong>Brasil. O Ministério da Ciência e Tec<strong>no</strong>logia, por sua vez, revela que 80% dosinvestimentos em pesquisa e desenvolvimento na área de fármacos estãoconcentrados <strong>no</strong>s sete países mais ricos do mundo. Parte da matéria-primautilizada pela indústria de fármacos é formada por recursos genéticos colhidos<strong>no</strong> Brasil, especialmente na Amazônia.Na Amazônia calcula-se que existam cerca de 300 espécies medicinaiscatalogadas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 25 mil plantas sãousadas na elaboração de medicamentos da medicina popular em todo omundo. Calcula-se que me<strong>no</strong>s de 5% dessas plantas mereceram algum tipo deestudo. E uma porcentagem ainda me<strong>no</strong>r mereceu estudos toxicológicos ouclínicos.O Brasil é o 5º maior consumidor mundial de remédios <strong>no</strong> mundo, com gastosda ordem de 10 bilhões de dólares ao a<strong>no</strong>, e a exceção dos medicamentospopulares, o Brasil jamais desenvolveu industrialmente um único remédio. Ummedicamento pode custar até 500 milhões em pesquisa.Quanto aos medicamentos naturais, na Alemanha eles já representam 50% doreceituário médico. Campeão mundial de vendas, na linha dos fitofármacos, o7

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