Aula12 - Geada (modificada) - LEB/ESALQ/USP
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LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciMorte do Tecido VegetalEfeito da <strong>Geada</strong> nos VegetaisProcesso Físico-QuímicoSoluçãoIntra-cel.Temperatura LetalSolução Extra-cel.Congelamento da soluçãoextra-celularOcorre desequilíbrio do potencialquímico da água na solução intra emrelação à solução extra-celular, o quegera um fluxo contínuo da soluçãointra para a extra-celularSoluçãoIntra-cel.Solução Extra-cel.Morte da Célula
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciEfeito da <strong>Geada</strong> nos VegetaisSinais resultantes desse processo• Desidratação das células• Perda do potencial de trugescência• Redução do volume celular• Ruptura da membrana plasmáticaAspectos visuais desses sinais• Na folha: flacidez e coloração verde escura,passando a ficar seca com o tempo (coloraçãopalha em algumas plantas e marrom em outras).• No caule: vasos condutores necrosados (escuros)• Nos frutos: danos generalizados interna eexternamente
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciTemperatura Letal dos Vegetais(abaixo de 0 o C)EspécieDependeEstadonutricionalFase de desenvolvimentoEstado fitossanitárioTemperatura letal de culturas anuaisResistência Cultura Germinção FlorescimentoMuito Alta Trigo -9-2Aveia -8-2Alta Feijão -5-3Girassol -5-3Média Soja -3-3Baixa Milho -2-2Sorgo -2-2Muito Baixa Algodão -1-2Arroz -0,5-1Frutificação-4-4-4-3-3-3-3-3-1Temperatura letal deculturas perenesCulturaMacieiraBananeiraMangueiraCafeeiroLaranjeiraTLetal ( o C)-2,5-1,0-2,0-4,0-5,0
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciDiferença média entre a temperatura do are a de relvaEstação MeteorológicaAutomáticaDo ponto de vista agronômico, considera-se aocorrência de geada quando a temperatura noabrigo meteorológico é menor que 2 o C, o queem noites características de geada correspondea -2 o C na relva, ou seja, na superfície gramadaexposta ao relento.Temperatura do ar noabrigo meteorológicoTemperaturada relvaA diferença média entre atemperatura do ar no abrigometeorológico e na relva éem média de 4 o CTar < Trelva
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaDefiniçãoSentelhas/AngelocciDo ponto de vista meteorológico,geada é quando há deposição degelo sobre as superfíciesexpostas ao relento em noites deintenso resfriamento. Neste caso,temperatura de 0 o C é o suficientepara provocar a geada.Do ponto de vista agronômico,geada é um fenômeno atmosféricoque provoca a morte das plantasou de suas partes (folhas, ramos,frutos), devido à ocorrência debaixas temperaturas que acarretamo congelamento dos tecidosvegetais, havendo ou não aformação de gelo sobre as plantas.
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciQuanto à sua formaçãoTipos de <strong>Geada</strong><strong>Geada</strong> de advecção ou de vento frioÉ aquela provocada pela ocorrência deventos fortes, constantes e comtemperatura muito baixa. O principal dano écausado pelo vento, que resseca a parte daplanta batida por ele, levando à morte dotecido vegetal nessa área. Ocorre danosapenas na face da planta batida pelo ventofrio<strong>Geada</strong> de radiação (mais comum)É aquela provocada pelo resfriamentointenso da superfície, que perde energiadurante as noites de céu limpo, sem vento,com baixa umidade, sob o domínio de umanticiclone semi-estacionário (massa de arpolar = alta polar), com ar frio e seco. Sobtais condições, ocorre a inversão térmica,ou seja a Trelva
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/Angelocci<strong>Geada</strong> mistaÉ mais rara, mas é observada quando os processos de geada de advecção e deradiação ocorrem sucessivamente. Primeiro a geada de vento, com a entrada da massade ar frio, e posteriormente a geada de radiação, quando a alta polar passa a atuardeixando o céu sem nuvens, sem vento e o ar frio e seco.<strong>Geada</strong> de canelaÉ provocada pela ação da brisacatabática, que sopra morro abaixoem noites de intenso resfriamentoda superfície, promovendo ocongelamento da seiva nos vasoscondutores do caule das plantas,próximo ao solo (canela da planta).Isso faz com que a parte superior àárea atingida seque pois não hámais suprimento de seiva bruta. Nocaule, na parte inferior à áreaatingida, há brotação das gemasvegetativas.Planta jovem de cafeeiro atingida pela geada de canela.Nos detalhes, observa-se a brotação abaixo da áreaatingida pelo ar frio da brisa catabática.
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaQuanto ao aspecto visual<strong>Geada</strong> brancaTipos de <strong>Geada</strong>Sentelhas/AngelocciÉ quando a geada de radiação ocorre eno ar a concentração de vapor ésuficiente para que haja a condensaçãodo vapor d´água nas superfícies e,posteriormente, o seu congelamento.Nesse caso, a temperatura do ponto deorvalho está ligeiramente acima de 0 o C.A geada branca é menos severa poiscom a condensação e o congelamentoda água há liberação de calor latentepara o ambiente, reduzindo, dessemodo, a taxa de resfriamento, o que fazcom que a temperatura mínima não sejatão baixa.
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaQuanto ao aspecto visual<strong>Geada</strong> NegraTipos de <strong>Geada</strong>Sentelhas/AngelocciÉ quando a geada de radiação ocorre eno ar a concentração de vapor d´água émuito baixa. Nessa condição, atemperatura letal das plantas é atingidaantes que haja a condensação do vapord´água presente no ar (temperatura doponto de orvalho é menor que atemperatura letal). Assim, ocorre a mortedo tecido vegetal sem que haja nassuperfícies a formação de gelo. Essageada é muito mais severa que a geadabranca, pois a temperatura atingevalores muito baixos. Esse tipo de geadaé mais raro para as condiçõesbrasileiras. A última geada negra noEstado de São Paulo ocorreu em 1975.Aspecto visual das plantas de cafeeiroatingidas pela geada negra de 1975 noEstado do Paraná
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaCondições meteorológicas emPiracicaba na geada negra de 1975Sentelhas/AngelocciRedução da UR à noiteUmidade relativaTemperatura do arTmin no abrigo= -1,8 o CEntrada da Frente FriaAção da massa de arpolar: frio, baixaumidade e sem vento
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciFatores de formação das geadas no Brasil• Fatores Macroclimáticos – relacionados aos fatores geográficosLatitude: no Brasil as geadas ocorrem nas latitudes maiores que 18 o ,englobando os estados do RS, SC, PR, SP e parte dos estados de MG,RJ, GO e MS.- Entre as latitudes de 18 e 20oS, asgeadas são esporádicas e normalmente defraca intensidade.- Entre 20 e 23oS as geadas correm noinverno e com maior freqüência nas áreasde maior altitude.- Ao nível do mar as geadas somenteocorrem em Lat > 23 o S.- Entre as latitudes de 23 e 27 o S as geadasocorrem somente no inverno (geadasnormais).- Nas latitude maiores que 27 o S ocorrem asgeadas normais e também as precoces(outono) e as tardias (primavera). Essasduas últimas são as mais prejudiciais.
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciAltitude: as geadas ocorrem com maior freqüência e intensidade nasáreas de maior altitude. Esse fator, associado à latitude, é que define afreqüência de ocorrência de geadas no Brasil, como mostra a figuraapresentada no slide anterior.Observa-se alta concordância entre aintensidade da geada de 2000 noParaná e a altitude do Estado.
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciContinetalidade/Oceanidade: as geadas mais severas e freqüentes nointerior dos continentes do que no litoral. Isso se deve ao efeitotermoregulador da água que não permite oscilações bruscas dastemperaturas no litoral.Observe nos mapas dos estados de SP ePR que as geadas são menos freqüentes ede menor intensidade na faixa litorâneaNo litoral Paulista, a probabilidade deocorrência de Tmin
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciMassas de ar polar: nasregiões onde essas massasde ar atuam, as geadas sãomais frequentes e intensas.No Brasil, as massas de arpolar normalmente chegam aoPaís passando pelos Andesou pelo Oceano Atlântico.Quando elas vem pelosAndes, as geadas são maisprováveis e severas.Centro de Alta Pressão doAnticiclone (proveniente da regiãoandina). Esse sistema atingiu oBrasil provocando geadas severasem todo o Centro-Sul do País.13-07-200003:00 hOBS: a atuação da massa polarcondiciona noite sem nebulosidade esem vento, acentuando o resfriamentonoturno, como pode ser observadonos dados apresentados no slide 9
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/Angelocci• Fatores Topoclimáticos – relacionados ao relevoConfiguração do terreno: as geadas são mais freqüentes e intensas nasáreas situadas nas configurações do terreno onde o ar frio ficaestagnado, como nas baixadas e nos terrenos planos. Assim, em diaspropensos à geada, os danos mais significativos nessas configurações.Em anos em que ocorre um frio mais intenso, mas sem geada nas meiaencostase nos espigões, há formação de geadas nas baixadas e nosterrenos planos.Ar FrioTerreno PlanoTerreno Convexo(Espigão)Meia EncostaAr FrioTerreno Côncavo (baixada)
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciDRENAGEM DO AR FRIOAR FRIO, MAIS DENSO ESCOA PARAAS PARTES MAIS BAIXAS5 o C3 o C-1 o CAcúmulo de ar frio nasbaixadas promove acondensação do vapor e aformação de neblina (Fog)BARREIRAS Nas baixadas NO as INTERIOR temperaturas OU ABAIXO atingemvalores DA LAVOURA inferiores que RETÊM aquelas AR observadas FRIOna meia-encosta e nos espigõesEfeito da configuraçãodo terreno no acúmulodo ar frio
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciExposição do terreno: no hemisfério sul, os terrenos com face voltadapara o sul são menos expostos à radiação solar durante o inverno. Issofaz com que as geadas sejam mais freqüentes e intensas nessas áreas.Além disso, essa face do terreno também está mais sujeita à geada devento, já que os ventos predominantes nas regiões sujeitas às geadasno Brasil é de SE.NÃO PLANTAR
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/Angelocci• Fatores Microclimáticos – relacionados à cobertura do terrenoA manutenção de cobertura morta (mulch) ou vegetação rasteira nasentrelinhas das culturas perenes, como café, citros, entre outras,favorece o processo de resfriamento, intensificando as geadas. Issoocorre porque a cobertura sobre o solo atua como um isolante térmico,não permitindo que a radiação solar atinja a superfície do solo e estearmazene calor para que seja liberado à noite. Portanto, o solo nufunciona como moderador da temperatura do ar durante o inverno.Cobertura morta na entrelinha de um seringalVegetação rasteira na entrelinha de um cafezalIntensificam o resfriamento durante o inverno ⇒ geada mais severa
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciFatores agravantes naturais das geadasMata ou vegetação de porte alto à jusante: favorece oacúmulo de ar frio na área destinada ao plantio de culturasperenesVegetação de porte baixo à montante: favorece oescoamento do ar frio, formada acima, pela encostaprovocando a geada de canelaVegetação de portebaixo à montanteEscoamento do ar frio,formando a brisa catabáticaVegetação deporte alto àjusanteAcúmulo do ar frio,provocado pelavegetação densaAcúmulo do ar frio,provocado pelavegetação densaDisposição incorreta das culturas no campo
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciEscala de Belfort de Matos para previsão de geadaTemperatura do bulbo úmido (o C)11109876543210Livre de <strong>Geada</strong><strong>Geada</strong> Certa0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17Temperatura do bulbo seco ( o C)<strong>Geada</strong>ProvávelCom os dados das temperaturas do bulbo seco e do bulbo úmido ao pôr do sol (± 17h30m),determina-se se há condições para a ocorrência de geada na madrugada seguinte. No exemplo,em que Ts = 10 o C e Tu = 4 o C, é certo de que vai ocorrer geada na madrugada seguinte.
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaMedidas para minimizar os efeitos das geadasSentelhas/AngelocciPlanejamento: tal medida visa a levantar dados climáticos dolocal e da espécie/variedade a ser cultivada.Local: por meio dos dados climáticos de um local é possíveldeterminar a probabilidade de ocorrência de geadas. Essainformação é fundamental na avaliação da aptidão climática deuma região a dada cultura.<strong>Geada</strong>s em 10 anos35302520151050Pontra Grossa, PRA M J J A S O NA figura ao lado mostra a freqüência e operíodo de ocorrência de geadas emPonta Grossa, PR. Observe que essa éuma região onde o fenômeno ocorrecom uma freqüência muito grande,desde abril até novembro, sendo operíodo crítico aquele que vai de maio aagosto, quando ocorrem em média maisde 15 geadas a cada 10 anos. Nopróximo slide é apresentado o númerode geadas a cada 10 anos em outraslocalidades do Estado do Paraná
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciNúmero total de ocorrências de geadasem algumas localidades do Estado doParaná em 10 anosLocalNúmero de <strong>Geada</strong>s/10 anosCambará 31Cascavel 47Clevelândia 124Guarapuava 130Londrina 18Paranavaí 13Pinhais 114Ponta Grossa 109
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciEstado de SãoPauloFreqüência de geadas (%)em algumas regiões doEstado de SPFreq. Tmin < 2 o C9080706050403020100Mai Jun Jul Ago SetItararé Capão Bonito Pindamonhangaba Ribeirão Preto
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciProbabilidade (%) deocorrência de Tmin
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciProbabilidade (%) deocorrência de Tmin
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciFreqüência e intensidade das geadas em Campinas (1890 a 2004)SSTmin
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciData de semeadura: no caso das culturas anuais de inverno,como o trigo, a data de semeadura deve ser planejada demodo a se evitar que o florescimento e o início do enchimentodos grãos ocorram durante os meses de maior probabilidadede geadas. Assim, as semeaduras deverão ser realizadasprecocemente no outono ou mais tardiamente no inverno. Afigura abaixo exemplifica isso.Número de geadas em 10 anosFreqüência de geadas em Ponta Grossa, PR50454035302520151050JanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDezEstabelecimento edesenvolvimento vegetativoFlorescimento e início doenchimento dos grãosEnchimento dos grãosMaturaçãoEm função da freqüência de geadas naregião, as semeaduras do trigo devem serno início de março (trigo de inverno) ou noinício de junho (trigo de primavera), demodo a se evitar que o florescimento e oinício do enchimento dos grãos coincidacom os meses de maior probabilidade degeadas.
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciUso de variedades resistente: como para uma mesma culturaas variedades podem apresentar diferentes tolerâncias ao frio,é importante se optar pelas variedades mais resistentes noslocais onde as geada ocorrem com certa freqüência. Essainformação é fundamental na hora da instalação de umacultura perene. Exemplo disso, é a variação na temperaturaletal de variedades de abacate e entre diferentes variedadesde eucalipto.Abacate – var. <strong>Geada</strong> (> resistência)Abacate – var. Pollock (< resistência)Eucaliptus viminalis (> resistência)Eucaliptus dunni e E. camaudulensis (média resist.)Eucaliptus grandis e E. urophyla (< resistência)
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciMedidas Topoclimáticas: baseia-se na localização corretadas culturas no campo, de acordo com a configuração eexposição do terreno. Deve-se evitar o cultivo de culturasperenes susceptíveis às geadas nas baixadas, nos terrenosplanos e nas meia-encostas com face voltada para o sul.Localização correta do cultivo na bacia hidrográficaCultura anual deporte baixoVegetação densa e deporte altoCultura pereneMata ciliarraleada
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciMedidas Microclimáticas: baseia-se na utilização de materiais decobertura ou de práticas que alterem o microclima e o balanço deradiação da cultural, respectivamente. Essas medidas podem serde curto prazo, realizadas no ano da ocorrência de uma geada, oude longo prazo, realizada na instalação da cultura.Curto Prazo• Manter solo nú nas entrelinhas (inviável na silvicultura)• Eliminar obstáculos ao escomaneto do ar frio• Cobertura de mudas e plantasSaco de PapelSaco Plástico
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciTerraPalhaPVCBambu
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/AngelocciºC353025201510Saquinho PapelSaquinho PlásticoEnterrio TotalEnterrio ParcialBambu Cortado ao MeioSem proteção<strong>Geada</strong> de 2000Estado do Paraná50-5-103025201510-5-1050Bambu inteiroPlástico BolhaPalha de feijãoTubo PVCPalha de arrozTestemunha17:3018:3019:3020:3021:3022:3023:3000:3001:3002:3003:3004:3005:3006:3007:3008:3009:3010:3011:3012:3013:3014:3015:3016:3017:3018:3019:3020:30ºC16:4017:2018:0018:4019:2020:0020:4021:2022:0022:4023:200:000:401:202:002:403:204:004:405:206:006:407:208:008:409:2010:0010:4011:2012:00HoraObserva-se nas figuras acima e aolado que os melhores materiais paraa coberturas de mudas de café naproteção contra a geada são aspalhas de feijão, a palha de arroz e osolo (enterrio das mudas). O uso desacos de plástico e de papel não teveefeito sobre a temperatura das folhasdo cafeeiro, que permanecerammuito próximas das temperaturasobservadas nas plantas semcobertura.Hora
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciCobertura de mudas de eucalipto compolipropileno (Não-tecido) e sombrite.Cobertura de plantas
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciLongo Prazo • Arborização ou sombreamento da área de cultivo comárvores de porte maior do que a cultura a ser protegida.Esse tipo de técnica se caracteriza como um sistemaagroflorestalEssa técnica é empregada noscultivos de café, em viveiros, emáreas recém-plantadas ou em rebrotade eucalipto. Recomenda-se osombreamento de 20 a 30% da áreaAlguns exemplos desse sistema de proteção contra geadas:Café x Coqueiro anão
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciCafé x BananeiraCafé x GrevilleaCafé x Bracatinga
LCE 360 - Meteorologia Agrícola Sentelhas/AngelocciCafé (muda) x GuanduTemperatura da folha do café com proteção de guanduIAPAR - Londrina, 20 e 21 de julho de 2000302520GuanduSem proteçãoResultados experimentaisna geada de 2000ºC151050-514:4015:5017:0018:1019:2020:3021:4022:5000:0001:1002:2003:3004:4005:5007:0008:1009:2010:3011:4012:5014:0015:1016:20Hora
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciAlguns resultados obtidos no Estado do Paraná com o sistema dearborização para proteção contra geadas:Café x GrevilleaEspaçamento dasárvores (m)8 x 10,510 x 1412 x 17,514 x 2116 x 24,5Árvores / ha11971483426Produtividade de cafébeneficiado (kg/ha)74408849955492338519Fonte: Caramori (1997)Pleno Sol08744Café x Mimosa scrabellaÁrvores / ha05083250Produtividades de cafébeneficiado (kg/ha)4340658466417229Fonte: Caramori et al. (1995)
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciDistribuição vertical da temperatura do ar em diferentescondições, em noites de geada22Solo gramado Ventilação forçada Mata Alta Neblina2018Altura (m)1614121086420-8-6-4 -20 2 4-8 -6 -4 -20 24 -8-6-4 -20 24 -8-6 -4 -20 24Temperatura ( o C)
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciFormação de Neblina Artificial•Objetivo é produzir neblina de modo a reduzir a emissão de OLpela superfície• A água tem a capacidade de absorver e contra-emitir OL• Neblina artificial tipo IBC⇒ 100L de serragem seca⇒ 10kg de Nitrato de amônio ou 12 kg de Nitrocálcio⇒ 6L de óleo diesel queimado• Exige planejamento antecipado e mão de obra treinadaNeblina artificial tipo IBCNeblina artificial usando termo-nebulizador
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciNo caso de haver garantia de que a geada vai ocorrer na madrugada seguinte, inicia-se oacompanhamento da temperatura do ar na área a ser protegida pela neblina. Se às 19h Ts =9 o C e às 24h Ts = 4 o C, isso indica que a taxa de resfriamento é de 1 o C/hora, o que mostra quea temperatura de 2 o C será atingida às 2h da madrugada.Temperatura a 50cm no cafezal (o C)109876543210-1-2-3-4-5ExemploInício daNebulizaçãoBase19 20 21 22 23 00 01 02 03 04 05 06 07 08Horas
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciCom as informações levantadas pelo acompanhamento das temperaturas na área a serprotegida, toma-se a decisão de acordo com os seguintes critérios:Se a temperatura atingir 2 o C apos 5hSe a temperatura atingir 2 o C entre 3 e 5hSe a temperatura atingir 2 o C antes das 3hNão nebulizarAcender metade dosnebulizadoresAcender todos osnebulizadoresNeblina ArtificialAplica-se em bacias de garganta estreita e em áreasplanasNão funciona em dias de vento moderadoExige planejamento detalhado e treinamento da mão deobraUma bateria para cada 50h, sendo que cada bateriadeve conter 10 tambores de 100L
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciAquecimentoUtilização de aquecedores a gás, óleoou carvão.Queima de materias como madeira,serragem, pneus (pouco recomendável)O efeito é apenas o de fornecercalor ao ambiente. A fumaçaproduzida pela combustão depneus ou outros materiais não tema capacidade de barrar as OL. Pelocontrário, barra as OCprovenientes do sol pela manhã. AFigura ao lado mostra que váriosaquecedores pequenos produzemum resultado melhor do quepoucos aquecedores maiores.
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciVentilaçãoMistura as camadas de ar, diminuindo ainversão térmica.Método pouco utilizado no Brasil, masde ampla aplicação em climastemperados, na proteção de frutíferas
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciIrrigaçãoConsiste em se aplicar água por aspersão durante a noiteda geada a uma taxa de 2 a 6 mm/hora quanto menor atemperatura no abrigo maior a taxa de aplicação de água).A água ao se congelar libera calor latente, reduzindo oresfriamento, mantendo a temperatura por volta de 0 o CEsse método vem sendo utilizado no sul do Brasil paraproteção de frutíferas de clima temperado contra as geadastardias (primavera)Pode-se aplicar tanto a aspersãoconvencional como a micro-aspersão,desde que se mantenha os sistemasirrigando a área a ser protegida durantetoda a noite e início da manhã até astemperaturas começarem a subir. Afigura ao lado mostra um sistema deaspersão convencional sendo utilizadopara controlar geada. A presença degelo e água indica que a temperatura semantém em 0 o C, acima da temperaturaletal das plantas.
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaPosição de instalação dos aspersorespara proteção contra geadas - sobre asplantas de modo a molhar toda a copa.Início da irrigaçãoSentelhas/AngelocciA aplicação de água deve se iniciarquando a temperatura ainda estiverpositiva. Quanto mais seco estiver o ar,mais cedo deve-se iniciar a irrigação. Atemperatura para início de operação dosaspersores é de +4 o C (ar muito seco) a+0,5 o C (ar mais úmido). O término dairrigação só deve ocorrer quando atemperatura voltar a subir e derreter ogelo formado sobre as plantas.Fim da irrigação
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciGemas, botões florais e floresprotegidas por encapsulaçãocom gelo formada por sistemade irrigação para proteçãocontra geada.
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciConclusõesMinimização dosefeitos da geadaZoneamento das áreas de maior riscoEscolha de variedades resistentesAdoção de métodos de controleCombinação de diferentes métodos, buscando aumentar aeficiência do controle
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciTeste rápido #11Responda as questões abaixo e entregue as respostas aoprofessor na próxima aula1) Quais os diferentes tipos de geada e as condições em que cada umadelas ocorre?2) Cite os fatores de formação das geadas no Brasil. Combinando-se astrês escalas, qual seria a condição, ao seu ver, mais propensa à ocorrênciade geadas no Brasil?3) Dentre os métodos de minimização dos efeitos da geada, os diretos sãoos mais empregados. Nesse grupo, a irrigação vem ganhando importância.Descreva os princípios de funcionamento desse método.
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/Angelocci<strong>Geada</strong> de 2000 no Estado de SãoPaulo. Observe que as temperaturasmais baixas observadas nesseevento ocorreram nas áreas demaior probabilidade, concordandocom os mapas apresentadosanteriormente.O mesmo pode ser observadono Estado do Paraná, nageada de 1994. A seta azulindica a localização deParanavaí, onde ocorrem 13geadas a cada 10 anos, e aseta amarela indica alocalização de Ponta Grossa,onde ocorrem 109 geadas acada 10 anos.
LCE 360 - Meteorologia AgrícolaSentelhas/AngelocciMedidas Diretas: realização de medidas no ano daocorrência da geada para minimização de seus efeitos.São baseadas em princípios químicos ou físicos,relacionados à ocorrência de geadas nas plantas.Aplicação de produtos químicos nas plantas: visa a aumentara concentração de solutos na planta, fazendo com que atemperatura de fusão da solução diminua ainda mais,evitando assim o congelamento da solução extra-celular. Osprodutos recomendados são: potássio, cálcio e inseticidassistêmicos. Os produtos devem ser aplicados via foliar comum ou dois dias de antecedência. Apesar dos princípiosquímicos e físicos envolvidos, não há comprovação de que talmétodo seja suficientemente eficaz na minimização dosefeitos da geada nos vegetais.Aplicação de K via foliar em plantas jovensde café. Observe que além da pulverizaçãoda cultura, as entrelinhas encontram-secom o solo desnudo, possibilitando, assim,o armazenamento de calor.