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Aprendizagem organizacional e gestão do ... - IEM - Unifei

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XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004<strong>Aprendizagem</strong> <strong>organizacional</strong> e <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> conhecimentoNoel Teo<strong>do</strong>ro de Castilho (FAENQUIL) noelteo<strong>do</strong>ro@uol.com.brCarlos Eduar<strong>do</strong> Sanches da Silva (UNIFEI) sanches@unifei.edu.brJoão Batista Turrioni (UNIFEI) turrioni@unifei.edu.brO objetivo deste artigo é confrontar conceitos de aprendizagem e <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> conhecimento, nointuito de clarificar idéias e encaminhar discussões práticas. É através <strong>do</strong> processo deaprendizagem e <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> conhecimento que as organizações podem desenvolver ascompetências necessárias para a realização de sua estratégia competitiva (Fleury e Fleury,2000). A preocupação com o conhecimento não é algo novo, contu<strong>do</strong>, seu reconhecimentocomo um elemento fundamental da constituição das pessoas e organizações e a exploraçãode seu potencial como uma vantagem competitiva sustentável, são fenômenos recentes. Sórecentemente as empresas se deram conta da importância da aquisição e gerenciamento <strong>do</strong>conhecimento para um melhor desenvolvimento de suas atividades. As empresas se viramobrigadas a a<strong>do</strong>tar essa posição frente à necessidade de inovação, melhoria da qualidade deprodutos, serviços e processos, assim como o aumento de produtividade, em virtude daglobalização, aumento de competição, aumento das exigências <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res, melhoriasdas comunicações e logística.Palavras-chaves: conhecimento; aprendizagem; <strong>gestão</strong>1- IntroduçãoOrganizações que enfrentam condições de incerteza, ambientes em mudança e intensacompetição devem ser capazes de aprender e, ao fazê-lo, desenvolver novos conhecimentos.Já se tornou comum afirmar que o recurso mais valioso das organizações em um cenário demudanças e crescente complexidade são as pessoas. Temas como capital humano, capitalintelectual, inteligência competitiva e <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> conhecimento vêm se tornan<strong>do</strong> palavras deordem nas organizações e consultorias organizacionais, com diferentes significa<strong>do</strong>s eimplicações. To<strong>do</strong> processo de aprendizagem e criação de novo conhecimento começa nonível individual, isto é, nas pessoas. São as pessoas o ponto de partida e de sustentação para aação estratégica das organizações.Esses temas tornam-se cada vez mais importantes em razão <strong>do</strong> ambiente competitivo em queestão inseridas as organizações. Do ponto de vista da competitividade das empresas, aperspectiva <strong>do</strong>minante - a análise da indústria, que tem em Porter (1986) seu principalrepresentante – vem sen<strong>do</strong> confrontada com a chamada visão da empresa baseada emrecursos, afirma que os recursos e as competências da empresa são os principaisdeterminantes de sua vantagem competitiva.Tal visão tem duas implicações relevantes para os estu<strong>do</strong>s de aprendizagem e <strong>gestão</strong> <strong>do</strong>conhecimento. Primeira, o reconhecimento de que recursos implicam ativos tangíveis eintangíveis. Conjuntos de habilidades e conhecimento, desenvolvi<strong>do</strong>s através de processos deaprendizagem, são ativos que desempenham um papel estratégico na “economia <strong>do</strong>conhecimento”. Segunda, à medida que os recursos específicos da empresa recebem maioratenção, questões relacionadas a como eles podem ser desenvolvi<strong>do</strong>s tornam-se cada vez maisrelevantes e decorrem de processos de aprendizagem. O conhecimento desempenha um papelcentral e estratégico nos processos econômicos, e os investimentos nos ativos intangíveiscrescem mais rápi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> que os investimentos nos ativos físicos ou tangíveis. Países,


XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004empresas e pessoas com mais conhecimento são mais bem sucedi<strong>do</strong>s, produtivos ereconheci<strong>do</strong>s.Recentemente um número cada vez maior de empresas perceberam o quanto é importante“saber o que elas sabem” e ser capaz de tirar o máximo proveito de seus “ativos” deconhecimento. Estes repousam em diferentes locais, como: bases de conhecimento, bases deda<strong>do</strong>s, arquivos e também nas cabeças das pessoas, estan<strong>do</strong> distribuí<strong>do</strong>s por toda a empresa.Não importa se o denominamos de propriedade intelectual, capital intelectual, ou base deconhecimento, mas certamente é este um <strong>do</strong>s mais valiosos ativos de uma empresa. Acapacidade de gerenciar, distribuir e criar conhecimento com eficiência/eficácia éfundamental para que uma organização se coloque em posição de vantagem competitiva emrelação a outras.Num merca<strong>do</strong> cada vez mais competitivo, o sucesso nos negócios, depende basicamente daqualidade <strong>do</strong> conhecimento que cada organização aplica nos seus processoscoorporativos/empresariais. Nesse contexto, o desafio de utilizar <strong>do</strong> conhecimento residentena empresa, com o objetivo de criar vantagens competitivas, torna-se mais crucial.Este fato vem tornan<strong>do</strong>-se mais notável à medida em que: (1) as novas possibilidades técnicase o conhecimento de merca<strong>do</strong>s determinam as inovações nos produtos; (2) operaçõesfuncionais advêm <strong>do</strong> conhecimento combina<strong>do</strong> entre como as coisas funcionam e comopoderiam funcionar e (3) a participação no merca<strong>do</strong> cresce com um melhor conhecimento <strong>do</strong>sclientes atuais e potenciais e de como melhor atendê-los2 - Conceito de aprendizagemA aprendizagem pode ser entendida como um processo de mudança provoca<strong>do</strong> por estímulosdiversos e media<strong>do</strong> por emoções que podem ou não produzir mudança no comportamento daspessoas. Para muitos especialistas, existe uma distinção entre o processo de aprendizagem,que ocorre dentro <strong>do</strong> organismo de quem aprende, e as respostas emitidas pelo indivíduo, asquais podem ser observáveis e mensuráveis. Dentro dessa concepção, há duas vertentesteóricas em que, basicamente, os modelos de aprendizagem se sustentam: nos modelos:• behaviorista: tem como principal foco o comportamento, que pode ser observa<strong>do</strong> emensura<strong>do</strong>. Nesse caso, planejar o processo de aprendizagem implica concebê-lo comopassível de observação, mensuração e réplica científica;• cognitivo: enfoca tanto aspectos objetivos e comportamentais quanto aspectossubjetivos. Leva em consideração as crenças e as percepções <strong>do</strong>s indivíduos, queinfluenciam seu próprio processo de compreensão da realidade.As discussões sobre aprendizagem nas organizações enraízam-se mais fortemente naperspectiva cognitivista, enfatizan<strong>do</strong>, porém, as mudanças comportamentais observáveis.3 - <strong>Aprendizagem</strong> <strong>organizacional</strong>Em uma organização, o processo de aprendizagem pode ocorrer em três níveis:• Individual: é o primeiro nível <strong>do</strong> processo de aprendizagem. Está carrega<strong>do</strong> de emoçõespositivas ou negativas, por meio de caminhos diversos.• Grupal: a aprendizagem pode vir a constituir um processo social partilha<strong>do</strong> pelaspessoas <strong>do</strong> grupo.• Organizacional: o processo de aprendizagem individual, de compreensão e interpretaçãopartilha<strong>do</strong>s pelo grupo, torna-se institucionaliza<strong>do</strong> e se expressa em diversos artefatosorganizacionais, como estrutura, regras, procedimentos e elementos simbólicos. Asorganizações desenvolvem memórias que retêm e recuperam suas informações.Peter Senge (1990), em seus textos sobre aprendizagem <strong>organizacional</strong>, comenta que o serhumano vem ao mun<strong>do</strong> motiva<strong>do</strong> a aprender, explorar e experimentar. Infelizmente, a maioriadas instituições sociais é orientada mais para controlar o indivíduo <strong>do</strong> que para propiciar-lhe


XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004condições de aprendizagem; recompensa o desempenho das pessoas pela obediência e padrõesestabeleci<strong>do</strong>s, e não por seu desejo de aprender.Senge foca inicialmente o indivíduo, seu processo de autoconhecimento, de clarificação deobjetivos e projetos sociais. Em seguida, esse foco se desloca para o grupo e, finalmente,através <strong>do</strong> raciocínio sistêmico, para a organização. Senge procurou construir guias de açãoque visam ao desenvolvimento da aprendizagem <strong>organizacional</strong> por meio <strong>do</strong> conhecimento eexplicitação <strong>do</strong>s modelos mentais individuais, de grupo e da construção de projetos coletivos.Utilizan<strong>do</strong> a idéia de modelos mentais Senge (1990) analisou a passagem da aprendizagemindividual para a coletiva. O autor divide o processo de aprendizagem em <strong>do</strong>is níveis deaprendizagem:• operacional: consiste na aquisição e no desenvolvimento de habilidades físicas paraproduzir ações (know-how);• conceitual: ocorre com a aquisição e o desenvolvimento da capacidade para articularconhecimentos conceituais sobre uma experiência ( know-why).Embora o conhecimento operacional seja essencial para o funcionamento de qualquerorganização, cada vez mais tem de estar associa<strong>do</strong> ao conhecimento conceitual. Os <strong>do</strong>isprocessos têm de ocorrer em to<strong>do</strong>s os níveis da organização, ou seja, não deve haverfronteiras rígidas entre os quadros operacionais, que detêm apenas o conhecimentooperacional, e os quadros diretivos, que detêm o conhecimento conceitual, superan<strong>do</strong>-seassim, a concepção taylorista entre aqueles que pensam e aqueles que fazem. Á seguiralgumas das principais definições de aprendizagem <strong>organizacional</strong>.• <strong>Aprendizagem</strong> <strong>organizacional</strong> é um processo de identificação e correção de erros(Argyris, 1992).• <strong>Aprendizagem</strong> <strong>organizacional</strong> significa um processo de aperfeiçoar as ações pelomelhor conhecimento e compreensão (Fiol e Lyles, 1985).• Organizações que aprendem são organizações capazes de criar, adquirir e transmitirconhecimentos a modificar seus comportamentos para novos conhecimentos e insights(Garvin, 1993).• Uma organização está continuamente expandin<strong>do</strong> sua capacidade de criar o futuro(Senge, 1990).Senge apresenta o processo de aprendizagem como um ciclo contínuo, composto de trêsconjuntos de elementos, aptidões e habilidades, conhecimento e sensibilidades, atitudes ecrenças.Aptidões eHabilidadesAtitudes eCrençasConhecimentos eSensibilidadesFigura 1 – Ciclo de aprendizagem proposto por Senge.Fonte: Senge, 1998


XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004Em outro trabalho, Agyris (1992) afirma que o circuito simples resolve os problemas visíveis,porém não soluciona a questão mais básica de por que os problemas existem. No circuitoduplo, diz o autor, primeiro é necessário alterar os pressupostos ou valores fundamentais quegovernam as ações, ou seja, deve-se aprender uma nova teoria aplicada. A figura 2 abaixoilustra bem os <strong>do</strong>is conceitos de aprendizagem.Argyris explica que, para que os membros da organização desenvolvam a capacidade deproduzir circuitos duplos, é necessário desenvolver antes uma cultura que premie ações dessanatureza, em que os problemas fáceis e rotineiros, que não requerem monitoramento de longoprazo para sua efetivação, sejam trata<strong>do</strong>s como aspectos inerentes às atribuições <strong>do</strong>sindivíduos na organização, com a autonomia devida e prevista nas organizações queaprendem. Em ambientes turbulentos, a capacidade de aprender nos <strong>do</strong>is níveis torna-se aindamais relevante (Oliveira Jr., 1996).ValoresFundamentaisAçõesEnganos ouErrosCircuito Simples de <strong>Aprendizagem</strong>Circuito Duplo de <strong>Aprendizagem</strong>Fonte: Argyris, C. (1992, p.112)Figura 2 - Circuito simples e circuito duplo de aprendizagemEntretanto, foi a partir da divulgação <strong>do</strong>s trabalhos de Peter Senge sobre as chamadas learningorganizations, ou organizações que aprendem, que o tema ganhou destaque.É por intermédio <strong>do</strong> processo de aprendizagem que a organização pode desenvolver ascompetências essenciais ao seu posicionamento estratégico. O processo de aprendizagem estáintimamente liga<strong>do</strong> à <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> conhecimento nas empresas.5 - <strong>Aprendizagem</strong> e <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> conhecimentoAs organizações podem não ter cérebros, mas possuem sistemas cognitivos e memórias edesenvolvem rotinas, ou seja, procedimentos relativamente padroniza<strong>do</strong>s para lidar comproblemas internos e externos. Tais rotinas vão sen<strong>do</strong> incorporadas na memória<strong>organizacional</strong>. As mudanças em processos, estruturas ou comportamentos não seriam, por sisós, indica<strong>do</strong>res de que a aprendizagem realmente aconteceu: é necessário também que esseconhecimento seja recupera<strong>do</strong> pelos membros da organização.O conhecimento é um recurso que pode e deve ser gerencia<strong>do</strong> para melhorar o desempenho daempresa. Ela, portanto, precisa descobrir as formas pelas quais o processo de aprendizagem<strong>organizacional</strong> pode ser estimula<strong>do</strong> e investigar como o conhecimento <strong>organizacional</strong> podeser administra<strong>do</strong> para atender às suas necessidades estratégicas, dissemina<strong>do</strong> e aplica<strong>do</strong> porto<strong>do</strong>s como uma ferramenta para o sucesso da empresa.Conhecimento pode ser defini<strong>do</strong> como “o conjunto de crenças mantidas por um indivíduoacerca de relações causais entre fenômenos”, entenden<strong>do</strong> relações causais como relações decausa e efeito entre ações e eventos imagináveis e suas prováveis conseqüências. Oconhecimento da empresa é fruto das interações que ocorrem no ambiente de negócios e sedesenvolve através <strong>do</strong> processo de aprendizagem. O conhecimento pode ser entendi<strong>do</strong> como o


XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004conjunto de informações associadas à experiência, à intuição e aos valores (Fleury e OliveiraJr., 2001).É possível distinguir <strong>do</strong>is tipos de conhecimento: o explícito e o tácito. O conhecimentoexplícito, ou codifica<strong>do</strong>, refere-se ao conhecimento transmissível em linguagem formal,sistemática, enquanto o conhecimento tácito possui uma qualidade pessoal, tornan<strong>do</strong>-se maisdifícil de ser formaliza<strong>do</strong> e comunica<strong>do</strong>: “O conhecimento tácito é profundamente enraiza<strong>do</strong>na ação, no comprometimento e no envolvimento em um contexto específico” (Nonaka,1994).O conhecimento tácito, segun<strong>do</strong> Nonaka, consiste em parte de habilidades técnicas, o tipo dedestreza informal e de difícil especificação incorpora<strong>do</strong> ao termo know-how (Nonaka, 2001).Na visão de Spender (2001), tácito não significa conhecimento que não pode ser codifica<strong>do</strong>,mas que ainda não foi explica<strong>do</strong>. O autor menciona que o conhecimento tácito, no local detrabalho, apresenta três componentes:• Consciente: facilmente codificavel, pois o indivíduo consegue entender e explicar o queestá fazen<strong>do</strong>.• Automático: o indivíduo não tem a consciência de que o está aplican<strong>do</strong>.• Coletivo: conhecimento desenvolvi<strong>do</strong> pelo indivíduo e compartilha<strong>do</strong> com outros; éresulta<strong>do</strong> da formação aprendida em um contexto social específico.Pode-se distinguir diversos níveis de interação social através <strong>do</strong>s quais se cria conhecimentona organização. É importante que a organização seja capaz de integrar aspectos relevantes <strong>do</strong>conhecimento desenvolvi<strong>do</strong> a partir dessas interações. A fim de apresentar uma compreensãomelhor de como o conhecimento é cria<strong>do</strong> e de como a criação <strong>do</strong> conhecimento pode sergerenciada, Nonaka e Takeuchi (1995) propõem um modelo de conversão de conhecimento,pressupon<strong>do</strong> quatro formas de conversão de conhecimento descritas no quadro 1.ParaConhecimento TácitoParaConhecimento ExplícitoDe:Conhecimento Tácito Socialização ExternalizaçãoDe:Conhecimento Explícito Internalização CombinaçãoQuadro 1 – Transformação <strong>do</strong> conhecimento.Fonte: Nonaka e Takeuchi (1995, p.62).Os tipos de transformação <strong>do</strong> conhecimento são descritos por Nonaka e Takeuchi (1995, p.62)como:• socialização os autores entendem a conversão que surge da interação <strong>do</strong> conhecimentotácito entre indivíduos, principalmente através da observação, imitação e prática. Achave para adquirir conhecimento desse mo<strong>do</strong> é a experiência compartilhada. Umindivíduo pode adquirir conhecimento tácito diretamente de outros, sem usar alinguagem. Os aprendizes trabalham com seus mestres e aprendem sua arte não atravésda linguagem, mas sim através da observação, imitação e prática (Nonaka e Takeuchi -1995);• combinação é uma forma de conversão que envolve diferentes conjuntos deconhecimento explícito controla<strong>do</strong>s por indivíduos. A combinação é um processo desistematização de conceitos em um sistema de conhecimento. As pessoas trocam e


XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004combinam conhecimento através de meios como <strong>do</strong>cumentos, reuniões, conversas,redes de comunicação computa<strong>do</strong>rizadas, etc. A reconfiguração das informaçõesexistentes através da classificação, <strong>do</strong> acréscimo, da combinação e da categorização <strong>do</strong>conhecimento explícito pode levar a novos conhecimentos. O treinamento formal nasescolas normalmente assume essa forma;• Internalização é a conversão de conhecimento explícito em conhecimento tácito, no qualos autores identificam alguma similaridade com a noção de “aprendizagem”, estáintimamente relacionada ao “aprender fazen<strong>do</strong>”. As experiências, incluin<strong>do</strong> aquelasadquiridas nos outros mo<strong>do</strong>s de conversão, são internalizadas no conhecimento tácito<strong>do</strong>s indivíduos sob a forma de modelos mentais ou conhecimentos técnicos. Nainternalização, faz-se necessária uma verbalização e diagramação <strong>do</strong> conhecimento sobforma de <strong>do</strong>cumentos, manuais, histórias orais, vídeos, etc. Adquirir novosconhecimentos não é uma questão apenas de instruir-se com os outros ou com livros,mas também aprender através da prática, da experimentação, da interação intensivaentre o sujeito e seu objeto de estu<strong>do</strong>. Esta forma de aquisição de conhecimento podeser representada pela simulação de sistemas, onde o conhecimento e respeito dedetermina<strong>do</strong> sistema são adquiri<strong>do</strong>s através da análise de diversos cenários.• Externalização é um processo no qual o conhecimento tácito se torna explícito, expressona forma de modelos, metáforas, analogias, conceitos ou hipóteses, apesar de este nãoser um conceito bem desenvolvi<strong>do</strong>, de acor<strong>do</strong> com os autores.A abordagem de criação de conhecimento de Nonaka (1994) e Nonaka e Takeuchi (1995)estabelece importantes nexos com o trabalho de Brown e Duguid (1991): “Tentativas deresolver problemas práticos freqüentemente geram relações entre indivíduos que podemproporcionar informação útil. A troca e desenvolvimento de informação dentro dessascomunidades em amadurecimento facilitam a criação de conhecimento, estabelecen<strong>do</strong> umarelação entre as dimensões rotineiras <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong> dia-a dia e aprendizagem e inovaçãoativas” (Nonaka, 1994). Essas comunidades representam, portanto, um papel-chave noprocesso de socialização apresenta<strong>do</strong> por Nonaka e Takeuchi, no qual o conhecimento tácitoentre indivíduos é integra<strong>do</strong>, passo importante para o desenvolvimento de conhecimentocoletivo na empresa.Nonaka (!994) e Nonaka e Takeuchi (1995) afirmam que os quatro mo<strong>do</strong>s de conversão deconhecimento devem ser gerencia<strong>do</strong>s de forma articulada e cíclica e denominam o conjunto<strong>do</strong>s quatro processos de “espiral de criação de conhecimento”. Nessa espiral, o conhecimentocomeça no nível individual, move-se para o nível grupal e então para o nível da empresa. Àmedida que a espiral de conhecimento sobe na empresa, ela pode ser enriquecida e estendida,seguin<strong>do</strong> a interação <strong>do</strong>s indivíduos uns com os outros e com suas organizações. A criação deconhecimento <strong>organizacional</strong> requer a partilha e a disseminação de experiências individuais.Em alianças entre empresas, cada processo deve proporcionar um caminho para que gerentesestejam expostos a conhecimento e a idéias fora <strong>do</strong>s limites tradicionais da organização.Nonaka (1994) explica que existem diversos gatilhos que induzem os mo<strong>do</strong>s de conversão deconhecimento. A socialização normalmente se inicia com a construção de um time ou campode interação, o que facilita a troca de perspectivas e de experiências entre seus membros. Aexternalização pode ser iniciada com sucessivas rodadas de diálogo, em que a utilização demetáforas pode ser estimulada para ajudar os membros <strong>do</strong> grupo a articular suas perspectivase a revelar conhecimento tácito. A combinação é facilitada pela coordenação entre membros<strong>do</strong> time e outras áreas da organização e pela <strong>do</strong>cumentação <strong>do</strong> conhecimento existente. Ainternalização pode ser estimulada por processos de aprender fazen<strong>do</strong> (learning by <strong>do</strong>ing), emque os indivíduos passam pela experiência de compartilhar conhecimento explícito


XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004gradualmente traduzi<strong>do</strong>, em um processo de tentativa e erro, em diferentes aspectos deconhecimento tácito.Socialização, externalização, combinação e internalização devem ser integradas como etapasde um processo contínuo e circular que ocorre no meio de um grupo, coletividade oucomunidade de praticantes na organização. Como conseqüência, esse processo é basicamenteinterdependente. A prática desenvolve a compreensão, que pode reciprocamente mudar essaprática e estendê-la à comunidade, de forma que conhecimento e prática estejam interrelaciona<strong>do</strong>s(Brwon e Duguid, 2001).No processo de transferência <strong>do</strong> conhecimento tácito, pode haver imperfeições, já que não édiretamente apropriavel. Trata-se de um conhecimento muito específico à realidade daqueladeterminada atividade, por isso sua transferência é difícil, custosa e incerta. Já oconhecimento explícito, de fácil transferência corre o risco de ser revendi<strong>do</strong>, perdi<strong>do</strong> oucomercializa<strong>do</strong> por alguém que o adquire, o que o torna mais acessível a concorrentespotenciais.Alguns especialistas aconselham as empresas a se concentrar no desenvolvimento <strong>do</strong>conhecimento explícito que possa ser reti<strong>do</strong> através de patentes e copyrights e também nodesenvolvimento de conhecimento coletivo tácito, que, embora mais difícil de transferir, émais fácil de proteger.Segun<strong>do</strong> Spender (2001), embora o conhecimento seja um importante ativo flui<strong>do</strong>, elenecessita de gerenciamento. O autor parte da crença de que: “O conhecimento é identifica<strong>do</strong>quan<strong>do</strong> faz senti<strong>do</strong> para a organização, ou seja, quan<strong>do</strong> está relaciona<strong>do</strong> com os seus objetivosestratégicos”. Nesse senti<strong>do</strong>, a identificação, o monitoramento, a retenção <strong>do</strong>s conhecimentose competências-chave para a organização constituem processos cruciais para o seuposicionamento estratégico.6 - Caráter estratégico <strong>do</strong> conhecimentoTrês pontos principais acerca da natureza intrínseca <strong>do</strong> conhecimento são relevantes para aação estratégica (Oliveira Jr.,2001):• a definição de qual conhecimento realmente vale a pena ser desenvolvi<strong>do</strong> pela empresa;• as formas pelas quais é possível ou não que esse conhecimento venha a sercompartilha<strong>do</strong> pelas pessoas, constituin<strong>do</strong> vantagem para a empresa;• as formas pelas quais o conhecimento que constitui a vantagem da empresa pode serprotegi<strong>do</strong>.Embora seja comum a disseminação e o compartilhamento <strong>do</strong> conhecimento por to<strong>do</strong>s nasempresas,existem também conjuntos de conhecimento pertencentes somente a algunsindivíduos, a pequenos grupos ou a áreas funcionais. Para tornar o conhecimento acessível atoda organização, as empresas buscam codificá-lo e simplificá-lo. Procuram estabelecer umalinguagem comum, permitin<strong>do</strong>, assim, a criação de uma estrutura para o conhecimento<strong>organizacional</strong>.Os esforços para agilizar a multiplicação <strong>do</strong> conhecimento atual e também de um novoconhecimento reproduzem um para<strong>do</strong>xo central: sua codificação e a simplificação acarretammaior facilidade de imitação. Apesar da necessidade estratégica das empresas transferiremconhecimento para se desenvolver, é preciso evitar que os competi<strong>do</strong>res tenham facilidade deimitação, o que levaria à corrosão da vantagem competitiva anteriormente estabelecida.Segun<strong>do</strong> Grant (1996), para que o conhecimento agregue valor à organização. algumascondições devem ser observadas:• Transferibilidade: capacidade de transferir conhecimento não apenas entre empresas,mas principalmente dentro da empresa.


XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004• Capacidade de Agregação: associada à transferência de conhecimento. Capacidade <strong>do</strong>conhecimento transferi<strong>do</strong> ser agrega<strong>do</strong> pelo recebe<strong>do</strong>r e adicionada a conhecimentospreviamente existentes.• Apropriabilidade: habilidade <strong>do</strong> proprietário de um recurso em receber retornoequivalente ao valor cria<strong>do</strong> pelo recurso.• Especialização na aquisição de conhecimento: reconhece que o cérebro humano possuicapacidade limitada de adquirir,armazenar e processar conhecimentos. Comoconseqüência, para que o conhecimento seja adquiri<strong>do</strong>, são necessários indivíduosespecialistas na aquisição, armazenagem e processamento em alguma área <strong>do</strong>conhecimento.• Importância para a produção: parte <strong>do</strong> pressuposto de que o insumo crítico para aprodução e a principal fonte de valor é o conhecimento. É fundamental que oconhecimento agregue valor ao processo produtivo.Ações relacionadas com a criação e transferência de conhecimento devem estarcomprometidas com o desenvolvimento das competências estratégicas definidas pelaempresa. A natureza <strong>do</strong> conhecimento agrega<strong>do</strong> às competências será decisiva para asustentabilidade da vantagem competitiva conferida por tal competência (Oliveira Jr., 1999 e2001).O conhecimento pode ser desenvolvi<strong>do</strong> internamente na empresa, pode ser coleta<strong>do</strong>externamente (por exemplo, pela contratação de pessoas que detêm o conhecimentonecessário e pelo monitoramento <strong>do</strong> ambiente externo) ou pode ser desenvolvi<strong>do</strong> através derelações de parceria ou alianças estratégicas com empresas, universidades ou instituiçõesexternas à organização.Por meio de processos de aprendizagem que cruzam conjuntos de conhecimentos individuais,unidades individuais isoladas e parcerias com outras organizações, forma-se o know-howcoletivo, ou conhecimento coletivo, no qual estão inseridas as competências essenciais daempresa. Tal conhecimento, aperfeiçoa<strong>do</strong> pela prática <strong>do</strong> trabalho, possui uma naturezadinâmica para atender às demandas contínuas <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.Em suma, ao analisar como uma organização gerencia o conhecimento, é possível distinguirtrês momentos nesse processo:• aquisição e desenvolvimento de conhecimentos;• disseminação <strong>do</strong> conhecimento;• construção da memória.7 - Aquisição e desenvolvimento de conhecimentosA aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de competências podem ocorrer porprocessos proativos ou por processos reativos.Os processos proativos incluem a experimentação e a inovação, que implicam a geração denovos conhecimentos e meto<strong>do</strong>logias, crian<strong>do</strong> novos produtos ou serviços com base emsituações não rotineiras. A experimentação usualmente é motivada por oportunidades deexpandir horizontes, e não pelas dificuldades existentes.Os processos reativos compreendem três modalidades:• Resolução Sistemática de problemas: nos últimos anos, esse processo ganhou especialdestaque em virtude <strong>do</strong>s princípios e méto<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s programas de qualidade. Suasferramentas estão atualmente disseminadas, como diagnóstico feito com méto<strong>do</strong>s, usode informações para a tomada de decisões e uso de instrumental artístico para organizaros da<strong>do</strong>s e proceder a interferências.• Experiências realizadas por outros: a observação das experiências realizadas por outrasorganizações pode constituir um importante caminho para a aprendizagem


XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004<strong>organizacional</strong>. O benchmarking, por exemplo, tem si<strong>do</strong> usa<strong>do</strong> como ferramenta pararepensar a própria organização.• Contratação de pessoal: o chama<strong>do</strong> “sangue novo” pode constituir importante fonte derenovação <strong>do</strong>s conhecimentos da organização.8 - Disseminação <strong>do</strong> conhecimentoPode ocorrer por processos diversos:• Comunicação e circulação de conhecimentos: o conhecimento precisa circular rápida eeficientemente pela organização. Observa-se que novas idéias têm maior impactoquan<strong>do</strong> compartilhadas <strong>do</strong> que quan<strong>do</strong> são propriedade de poucos.• Treinamento: talvez seja a forma mais corriqueira de pensar o processo deaprendizagem e disseminação de novas competências.• Rotação de pessoas: por áreas, unidades, posições na empresa, de forma a vivenciarnovas situações de trabalho e compreender a contribuição das diferentes posições para osistema-empresa.• Trabalho em equipes diversas: a interação com pessoas de background cultural diferente– em termos de origem, formação ou experiência profissional – propiciam adisseminação de idéias e o surgimento de propostas e soluções para os problemas.9 - Construção da memóriaA construção da memória <strong>organizacional</strong> refere-se ao processo de armazenagem deinformações com base na história <strong>organizacional</strong>, as quais podem, assim, ser recuperadas eauxiliar na tomada de decisões. As informações são estocadas, tanto as experiências bemsucedidascomo as malsucedidas devem ser de fácil recuperação e estar à disposição daspessoas.Uma organização pode existir independentemente deste ou daquele indivíduo. O foco nasatividades cognitivas individuais, como elemento central no processo de aquisição deinformações; assim, transcende o nível individual. Isso mostra como a organização preserva oconhecimento <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, mesmo quan<strong>do</strong> alguns elementos-chave a deixam. Asinterpretações <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> estão embutidas em sistemas e artefatos, em estruturas e nosindivíduos.Alguns autores diferenciam duas estratégias para a construção da memória <strong>organizacional</strong>(Hansen, Nohria e Tierney, 1999): primeiro, por meio de estratégias mais centraliza<strong>do</strong>ras,com a construção de bancos de da<strong>do</strong>s, em que o conhecimento é codifica<strong>do</strong> e estoca<strong>do</strong> edepois disponibiliza<strong>do</strong> para to<strong>do</strong>s os membros da organização – estratégia particularmenterelevante para o conhecimento explícito. Segun<strong>do</strong>, através <strong>do</strong> indivíduo, que disponibiliza oconhecimento para os demais membros por sua rede de interações – isso é particularmenterelevante para o conhecimento tácito.Em suma, a <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> conhecimento está encadeada nos processos de aprendizagem nasorganizações e na conjugação destes três processos: aquisição e desenvolvimento deconhecimentos, disseminação de conhecimentos e construção de memórias. Ocorre assim umprocesso coletivo de elaboração das competências necessárias à organização.10 - ConclusãoÀ medida que entramos ao século XXI, parece que a sociedade <strong>do</strong> conhecimento, baseada nocapital humano, vai afetar to<strong>do</strong>s os aspectos da nossa vida. Antigas verdades e crenças nãovão ser mais aplicáveis num mun<strong>do</strong> da ciência de computação, automação, tecnologias,produtos inteligentes, trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> conhecimento e comunicação instantânea. Se isto setornar verdade, então, provavelmente, Gestão <strong>do</strong> Conhecimento tornar-se-á parte integrante dequalquer negócio. Por agora, um crescente número de iniciativas de sucesso surgiram,


XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004algumas enfatizaram estratégias e aspectos culturais, outras enfatizaram a tecnologia de apoio,enquanto poucas tentaram combinar as duas facetas numa abordagem mais sistemática. Doponto de vista da implementação, muitas começaram com projetos-piloto ou iniciativasconfinadas e apenas algumas tentaram implementar soluções completas para toda a empresa.O real poder da Gestão <strong>do</strong> Conhecimento está apenas começan<strong>do</strong> a se des<strong>do</strong>brar e muito maisestá para ser visto nos próximos anos. Gestão <strong>do</strong> Conhecimento está surgin<strong>do</strong> como umanova disciplina, vai levar algum tempo até que tenhamos os méto<strong>do</strong>s de aceitação geral paraacessar e avaliar, objetivamente, como essa disciplina e seus processos estão contribuin<strong>do</strong>para a competitividade das empresas que os utilizam. Se estamos assistin<strong>do</strong> ao início de umadura<strong>do</strong>ura revolução, ou se esta é uma nova e pequena onda passageira, só tempo dirá.Referências bibliográficasARGYRIS, C. Enfrentan<strong>do</strong> defesas empresariais: facilitan<strong>do</strong> o aprendiza<strong>do</strong>. Rio de Janeiro,Editora Campus, 1992.ARGYRIS, C; SCHON, D. Theory in pratice, San Francisco: Jossey-Bass Publishers, 1974.__________. Organizational Learning. Reading, MA: Addison-Wesley, 1978.BROWN, J. S.; DUGUID. P. Organizational learning and communities-of-pratice: toward aunifiel view of working, learning, and innovation. Organization Science, 1991.__________. Estrutura e espontaneidade: conhecimento e organização. In: FLEURY, M. T.;OLIVEIRA JR, M. Gestão estratégica <strong>do</strong> conhecimento: integran<strong>do</strong> aprendizagem ecompetências. São Paulo: Atlas, 2001.FIOL, C. M.; LYLES, M. A. Organizational learning. Academy of Management Review,v.10, p.803-13, 1985.FLEURY, M. T.; FLEURY, A. <strong>Aprendizagem</strong> e inovação <strong>organizacional</strong>: as experiências deJapão, Coréia e Brasil. São Paulo: Atlas, 1995.__________. Estratégias empresariais e formação de competências: um quebra-cabeçacalei<strong>do</strong>scópico da indústria brasileira. São Paulo: Atlas, 2000.FLEURY, M. T.; OLIVEIRA JR., M. M. Gestão estratégica <strong>do</strong> conhecimento: integran<strong>do</strong>aprendizagem, conhecimento e competências. São Paulo: Atlas, 2001.GARVIN, David A. Building a learning organization. Harvard Business Review, p.78-91,Jul/Aug, 1993.GRANT, R. M. Prospering in dynamically – Competitive environments: organizationalcapability as knowledge integration. Organization Science, v.7, n.4, p.375-87, 1996.HANSEN, M. T.; NOHIRA, N.; TIERNEY, T. What´s your strategy for managingknowledge? Harvard Business Review, v. 77, n. 2, p. 106-16, Mar/Apr. 1999NONAKA, I. A dynamic theory of organizational knowledge creation. Organization Science,5, 1, p.14-37. 1994.NONAKA, I.: TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa: Como as empresasjaponesas geram a dinâmica da inovação: São Paulo. Campus, 2001.PORTER. M. Estratégia Competitiva: São Paulo, Campus, 1986.SENGE, P. A quinta disciplina: arte, teoria e prática da organização de aprendizagem: SãoPaulo, Best Seller, 1990.__________. A quinta disciplina - caderno de campo: estratégias e ferramentas paraconstruir uma organização que aprende: Rio de Janeiro, Qualitymark, 1995.SPENDER. J. C. Gerencian<strong>do</strong> sistemas de conhecimento. In: FLEURY, M. T.; OLIVEIRAJR, M. M.. Gestão estratégica <strong>do</strong> conhecimento: integran<strong>do</strong> aprendizagem, conhecimento ecompetências. São Paulo, Atlas, 2001.

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