12.07.2015 Views

(os) no Sistema Prisional - CREPOP - Conselho Federal de Psicologia

(os) no Sistema Prisional - CREPOP - Conselho Federal de Psicologia

(os) no Sistema Prisional - CREPOP - Conselho Federal de Psicologia

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

outras competências, “estudar a personalida<strong>de</strong> do crimin<strong>os</strong>o <strong>no</strong> seuaspecto biopsíquico e social, procurando classificá-lo” (Ibi<strong>de</strong>m, p.50). Já<strong>no</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro, segundo estud<strong>os</strong> <strong>de</strong> Jacó-Vilela, apud Brito (2009),Eliezer Schnei<strong>de</strong>r, advogado por formação, apresentou interesse por temasda <strong>Psicologia</strong> a partir <strong>de</strong> estud<strong>os</strong> sobre questões relacionadas ao DireitoPenal, ingressando como ‘técnico <strong>de</strong> assunt<strong>os</strong> educacionais’ <strong>no</strong> Instituto<strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong> da atual Universida<strong>de</strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro <strong>no</strong> a<strong>no</strong><strong>de</strong> 1941, exercendo ativida<strong>de</strong>s d<strong>os</strong> então chamad<strong>os</strong> psicologistas, comoeram <strong>de</strong><strong>no</strong>minad<strong>os</strong> <strong>os</strong> profissionais <strong>de</strong> outras áreas que se interessavampor esse campo (OLIVEIRA, 2011). Na década <strong>de</strong> 1950, Schnei<strong>de</strong>r atuoucomo perito <strong>no</strong> então Manicômio Judiciário do Rio <strong>de</strong> Janeiro, h<strong>os</strong>pital<strong>de</strong>stinado a<strong>os</strong> chamad<strong>os</strong> “louc<strong>os</strong> infratores” e, em 1969, o psiquiatra epsicólogo Miguel Chalub ingressou neste mesmo h<strong>os</strong>pital na condição <strong>de</strong>perito, ativida<strong>de</strong> que ainda exerce em 2012.Ainda, segundo Jacó-Vilela e outr<strong>os</strong> (2005), a <strong>Psicologia</strong> nadécada <strong>de</strong> 1970 se preocupava em estabelecer formas maciças epadronizadas <strong>de</strong> mensuração psicológica, <strong>de</strong>stacando-se a psicometriautilizada para “alocar <strong>os</strong> indivídu<strong>os</strong> em sua p<strong>os</strong>ição <strong>no</strong> conjunto <strong>de</strong>uma <strong>de</strong>terminada população” (p.265). Medir e classificar objetivavamo controle, a adaptação, a <strong>no</strong>rmatização e a padronização social.Essa atitu<strong>de</strong> político-i<strong>de</strong>ológica <strong>de</strong> controle da socieda<strong>de</strong> tinha, nessadécada em que a ditadura civil e militar estava cristalizada <strong>no</strong> país, oobjetivo <strong>de</strong> “prevenir” a formação <strong>de</strong> “<strong>de</strong>sviad<strong>os</strong>” e afastar <strong>os</strong> cidadã<strong>os</strong>das questões políticas vigentes à época. Para essa i<strong>de</strong>ologia <strong>de</strong> Estado,a luta política representava uma ameaça à socieda<strong>de</strong>; a família <strong>de</strong>veriaser o eixo da atenção social e cada um <strong>de</strong> seus membr<strong>os</strong> <strong>de</strong>veriaestar voltado exclusivamente para si mesmo, sem se preocupar comas questões políticas e as reivindicações sociais. Como apontado porCoimbra (1995), para o Estado, as pessoas <strong>de</strong>viam estar:[...] apenas preocupadas com a história <strong>de</strong> suas vidas e comsuas emoções particulares, em que o mundo exterior parece n<strong>os</strong><strong>de</strong>cepcionar, parece vazio e sem atrativ<strong>os</strong>, fortalece, <strong>de</strong>sse modo,a privacida<strong>de</strong> familiar e a interiorização das pessoas [...] há umaatitu<strong>de</strong> cética em term<strong>os</strong> <strong>de</strong> política, sobretudo pela crença <strong>de</strong> que<strong>os</strong> interesses pessoais, familiares estão acima <strong>de</strong> quaisquer outr<strong>os</strong>e que não se po<strong>de</strong> e não se <strong>de</strong>ve abrir mão <strong>de</strong>les. [...] qualquer43

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!