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(os) no Sistema Prisional - CREPOP - Conselho Federal de Psicologia

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3. AS REFERÊNCIAS PARA A PRÁTICAComo indicou a Pesquisa <strong>CREPOP</strong> (2007), as ações da <strong>Psicologia</strong>necessitam também ser <strong>de</strong>scoladas <strong>de</strong> perícias e avaliações. Essanecessida<strong>de</strong> traz a <strong>Psicologia</strong> para um cenário <strong>de</strong> resistência,evi<strong>de</strong>nciando as contradições do po<strong>de</strong>r judiciário e investindo na saú<strong>de</strong>integral das pessoas em privação <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>.Fato é que a atuação do psicólogo <strong>no</strong> sistema prisional brasileiro,historicamente, não tem encontrado uma resp<strong>os</strong>ta <strong>de</strong> consenso <strong>no</strong>campo discursivo das populações intersetoriais envolvidas. A Justiça,a comunida<strong>de</strong>, a pessoa encarcerada e a socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> modo geralnão comungam das mesmas expectativas em relação à atuação dopsicólogo e, mesmo entre psicólog<strong>os</strong>, sempre houve divergências sobrequais seriam as suas funções <strong>no</strong> <strong>Sistema</strong> <strong>Prisional</strong>.Essa ausência <strong>de</strong> um consenso e as inúmeras forças conflitantes,ao longo <strong>de</strong> muit<strong>os</strong> an<strong>os</strong>, direcionaram as ações d<strong>os</strong> psicólog<strong>os</strong>que atuam <strong>no</strong> sistema prisional, salvo exceções, a<strong>os</strong> mandat<strong>os</strong><strong>de</strong>scrit<strong>os</strong> n<strong>os</strong> códig<strong>os</strong> e <strong>no</strong>rmativas legais, bem como às <strong>de</strong>mandasoriundas <strong>de</strong> interpretações legais realizadas por operadores jurídic<strong>os</strong>,especialmente por promotores públic<strong>os</strong> e juízes <strong>de</strong> execução penal.Ou seja, muitas vezes, <strong>os</strong> psicólog<strong>os</strong> respon<strong>de</strong>m à <strong>de</strong>manda conformefoi formulada sem questionar sua pertinência segundo <strong>os</strong> princípi<strong>os</strong>étic<strong>os</strong> que fundamentam a experiência profissional da <strong>Psicologia</strong> e asconsequências <strong>de</strong> sua ação para o sujeito que foi tomado como objeto<strong>de</strong>sse exame.Tais leituras, na maioria das vezes, estão relacionadas a<strong>os</strong> princípi<strong>os</strong>morais, polític<strong>os</strong> e econômic<strong>os</strong> que regem as relações da socieda<strong>de</strong>capitalista na qual vivem<strong>os</strong>. As práticas d<strong>os</strong> psicólog<strong>os</strong> nesse campoorientam-se, na maioria das vezes, por mo<strong>de</strong>l<strong>os</strong> classificatóri<strong>os</strong> epsicopatológic<strong>os</strong> em ações avaliativas e diagnósticas que sempreforam hegemônicas, <strong>no</strong> sentido da segregação.Des<strong>de</strong> a promulgação da Constituição <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> 1988, que institui<strong>os</strong> princípi<strong>os</strong> <strong>de</strong>mocrátic<strong>os</strong> <strong>de</strong> direito, a promoção e proteção <strong>de</strong> direit<strong>os</strong>human<strong>os</strong> e garantias individuais (civis, políticas, sociais, econômicase culturais) passam a reger as ações legais e governamentais quantoà sua população. Mesmo que em term<strong>os</strong> <strong>de</strong> legislações fundadas em67

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