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(os) no Sistema Prisional - CREPOP - Conselho Federal de Psicologia

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i<strong>de</strong>ologias progressistas e <strong>de</strong> vanguarda, tais como o ECA e o SUS, naconvivência com a própria LEP, em alguns pont<strong>os</strong>, o que se percebeé que na execução penal as medidas punitivistas e <strong>de</strong>sumanizantesse fortalecem cada vez mais por meio <strong>de</strong> intervenções massificantese violentas. É nessa contradição que se insere a <strong>Psicologia</strong> comociência e profissão <strong>de</strong>ntro do sistema prisional. Tod<strong>os</strong> esses moment<strong>os</strong>/moviment<strong>os</strong> <strong>de</strong> questionament<strong>os</strong>, <strong>de</strong>bates e reflexões contribuem paraa construção <strong>de</strong> caminh<strong>os</strong> que expressem maior coerência com asperspectivas <strong>de</strong> compromisso social e <strong>de</strong> respeito por direit<strong>os</strong> human<strong>os</strong>e princípi<strong>os</strong> constitucionais que <strong>de</strong>finem <strong>os</strong> princípi<strong>os</strong> <strong>de</strong> referências da<strong>Psicologia</strong> brasileira contemporânea.A mobilização discursiva d<strong>os</strong> divers<strong>os</strong> setores <strong>de</strong>u lugar à calor<strong>os</strong>adiscussão pública, em que se evi<strong>de</strong>nciou <strong>no</strong> cenário aberto do <strong>de</strong>bate<strong>de</strong>mocrático, pela primeira vez, <strong>os</strong> interesses e discurs<strong>os</strong> que estavamacomodad<strong>os</strong> <strong>de</strong>trás d<strong>os</strong> mur<strong>os</strong> da prisão e da burocracia jurídico–institucional.A atuação do psicólogo <strong>no</strong> sistema prisional estava na pauta, e <strong>os</strong>paradigmas que congelavam sua atuação <strong>no</strong> silêncio das práticassegregativas emergiram para reclamar sua existência. Pu<strong>de</strong>m<strong>os</strong>assistir o ressurgimento <strong>de</strong> argument<strong>os</strong> apoiad<strong>os</strong> n<strong>os</strong> paradigmas dapericul<strong>os</strong>ida<strong>de</strong>, da i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que a atuação do psicólogo se justificavaem <strong>no</strong>me da <strong>de</strong>fesa social e da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliação do risco doretor<strong>no</strong> do indivíduo para a socieda<strong>de</strong>, sem consi<strong>de</strong>rar <strong>os</strong> efeit<strong>os</strong> <strong>de</strong>ssaprática naquele que era o sujeito da ação, contribuindo, muitas vezes,para alienação, sofrimento e segregação social. (BARROS-BRISSET,2011; CARNEIRO, 2011)As i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> pericul<strong>os</strong>ida<strong>de</strong> e risco social, um discurso enquadrado<strong>no</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vigiar e punir, conflitavam com a orientação <strong>de</strong> uma<strong>Psicologia</strong> crítica voltada para <strong>os</strong> direit<strong>os</strong> human<strong>os</strong>, cuja contribuiçãocaminha na perspectiva <strong>de</strong> fortalecer uma socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrática e <strong>de</strong>inclusão social.A crítica a essa situação produziu a necessida<strong>de</strong> da (re)formulação<strong>de</strong> diretrizes e referências que orientassem o trabalho do psicólogo<strong>no</strong> sistema prisional brasileiro para outro viés, baseado em outr<strong>os</strong>princípi<strong>os</strong>, cuja discussão coletiva, <strong>no</strong> âmbito do sistema conselh<strong>os</strong>,foi responsável pela publicação da Resolução do CFP n.º 009/2010.68

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