Notas em Matemática Aplicada 36 - Laboratório de Matemática ...
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30 AULA 2. A ITERAÇÃO DE GRÄFFE, DANDELIN OU LOBACHEVSKIIaleatório ter raízes complexas conjugadas. Vamos portanto substituir ahipótese (2.1.4) por uma hipótese muito mais fraca:Hipótese: Se duas raízes <strong>de</strong> f têm mesmo módulo, é por uma dasseguintes razões: elas são iguais, ou f é real e as raízes são conjugadas.Nesse caso, diz<strong>em</strong>os que f é livre <strong>de</strong> círculos.Essa é uma hipótese genérica e <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> um. Se f não for livre<strong>de</strong> círculos, s<strong>em</strong>pre pod<strong>em</strong>os aplicar uma transformação conforme aleatóriae obter (com probabilida<strong>de</strong> 1) um polinômio livre <strong>de</strong> círculos. De agora <strong>em</strong>diante, assumimos que f é livre <strong>de</strong> círculos.A cada etapa <strong>de</strong> iteração, representamos os coecientes da N-ésima iteradag(x) = G N f(x) <strong>em</strong> coor<strong>de</strong>nadas logarítmicas renormalizadas:Ou ainda:g k = e 2N r i k (N) e √ −1α (N)i .r (N)k= 2 −N log |g k |α (N)i = arg g kIsso era feito implicitamente no início do século XX, utilizando papellogarítmico. A mudança <strong>de</strong> escala era feita, mas não escrita.Se valesse a hipótese (2.1.4), teríamos o seguinte fato: <strong>em</strong>bora a seqüênciados (G N f(x)) N∈N seja divergente, a seqüência dos (r (N) ) N∈N convergepara um limite que nos fornece informação relevante.Esse é um ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> renormalização, técnica utilizada <strong>em</strong> autômatoscelulares e sist<strong>em</strong>as dinâmicos. (Renormalização <strong>em</strong> física po<strong>de</strong> ser umpouco diferente).Por outro lado, a dinâmica dos argumentos α (N)ké tipicamente caótica,no limite α (N)k≃ 2α (N−1)kmod 2π. É importante enten<strong>de</strong>r que esse fatoé trivial e absolutamente irrelevante. A informação guardada nos α (N) éperdida, e aqui enten<strong>de</strong>r sist<strong>em</strong>as dinâmicos caóticos não ajuda <strong>em</strong> nada.A convergência da seqüência (r (N) ) N∈N <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da hipótese (2.1.4). Oque acontece com polinômios livres <strong>de</strong> círculos é mais complicado. Essefenômeno foi <strong>de</strong>scrito por Ostrowskii [4, 5], mas o fato <strong>de</strong> renormalizarmosos r (N) permite um entendimento melhor:Seja ˆr(N) a maior função convexa <strong>em</strong> [0, d] tal que ˆr (N) (k) ≤ r (N)k,k = 0, . . . , d.Se f é livre <strong>de</strong> círculos, então ˆr (N) é convergente (Figura 2.3). A velocida<strong>de</strong><strong>de</strong> convergência po<strong>de</strong> ser estimada <strong>em</strong> função <strong>de</strong> R.k