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Bruno Barracosa, - UMdicas - Universidade do Minho

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dPÁGINA 08 // 30.MAR.12<strong>UMdicas</strong>academia<strong>Bruno</strong> <strong>Barracosa</strong>, Presidente da FADU“Queremos colocar o Desporto Universitário na ordem <strong>do</strong> dia.”<strong>Bruno</strong> <strong>Barracosa</strong>, aluno de Engenharia e GestãoIndustrial no Instituto Superior Técnico de Lisboa,é o rosto visível de um desporto universitário emPortugal que procura “quebrar” os seus limites eatingir novos patamares de excelência. Após algunsanos mais complica<strong>do</strong>s, a FADU (Federação Académica<strong>do</strong> Desporto Universitário) começa agora aestabilizar e alicerçar-se de mo<strong>do</strong> a que o desportono ensino superior esteja orienta<strong>do</strong> não apenaspara a competição, mas também para a recreação.Ao longo desta entrevista vamos ficar a conhecer oque levou este jovem universitário a abraçar esteprojeto, os objetivos que tem para a FADU, o atualesta<strong>do</strong> desta e a sua imagem dentro e fora deportas, bem como o esta<strong>do</strong> de preparação para asFases Finais <strong>do</strong>s CNUs e Mundiais Universitáriosque a U<strong>Minho</strong> vai organizar em 2012.Neste segun<strong>do</strong> mandato, quais são os principaisobjetivos e projetos que tens para aFADU?Os projetos que a equipa que lidero se propôs arealizar são demasia<strong>do</strong>s para referir numa entrevistacomo esta, pelo que deixo apenas algumasbreves referências. Ten<strong>do</strong> o desporto e atividadefísica como pano de fun<strong>do</strong>, queremos ter mais jovensestudantes a praticar alguma forma de atividadefísica, seja ela desportiva, em ginásios ou poriniciativa própria. Queremos apostar na formação<strong>do</strong>s dirigentes para que estes consigam dar aosestudantes as atividades que os cativem mais equeremos criar as ferramentas para que mais emais estudantes conheçam o nosso trabalho. Emsuma, queremos colocar o Desporto Universitáriona ordem <strong>do</strong> dia.O que te levou a assumir a presidência daFADU?A FADU foi em 2010 uma consequência lógica. Depoisde um percurso marcadamente associativo estudantil,e de uma passagem pelo Desporto no EnsinoSuperior de Lisboa, encarei esta oportunidadede presidir a uma estrutura desportiva nacional,não só como uma ferramenta de aprendizagem eaquisição de novas valências, mas principalmentecomo uma oportunidade de contribuir para a evoluçãoe desenvolvimento <strong>do</strong> Desporto no EnsinoSuperior Português.Como é que encontraste a FADU quan<strong>do</strong> assumistea presidência?A FADU encontrava-se num esta<strong>do</strong> complexo emtermos de organização. Se é verdade que existiu aolongo <strong>do</strong>s anos um trabalho notável em termos derecuperação e estabilização financeira, também éverdade que encontrei uma estrutura deficitária emtermos de organização formalinterna. As ferramentase os recursos humanos existenteseram, e ainda são emalguns casos, insuficientes.NUNO GONÇALVESnunog@sas.uminho.ptQual foi a tua grandemeta no primeiro mandato?O grande mote <strong>do</strong> primeiromandato, que foi um mandatode transição em termos estatutários, assentavaprincipalmente na revisão conceptual <strong>do</strong>”target” em termos desportivos da FADU. Duranteanos estivemos vira<strong>do</strong>s exclusivamente para a vertentede competição formal e agora focámo-nos nareflexão e desenvolvimento de conceitos e objetivosque nos permitissem abraçar as vertentes <strong>do</strong> desportode recreação/informal, a atividade física e odesporto para to<strong>do</strong>s. Acaba por ser uma alteraçãode paradigma estruturante pois eleva bem alto osnossos objetivos de colocar os estudantes a praticarqualquer forma de atividade física, mais <strong>do</strong> quedesporto de competição em si. Na sua essência,acaba por ser um paradigma bastante complementarao trabalho que a FADU desenvolve de há longosanos para cá.“Será o meu último mandatocomo Presidente. Como qualquerpessoa que mais ce<strong>do</strong> ou maistarde estará de saída, claramenteambiciono deixar um lega<strong>do</strong> quecontinue.”Pensas continuar ou o ciclo <strong>Bruno</strong> <strong>Barracosa</strong>na FADU termina no fim deste mandato?Fui há pouco tempo reeleito para um 2º mandatocomo Presidente da FADU. Será o meu últimomandato como Presidente. Como qualquer pessoaque mais ce<strong>do</strong> ou mais tarde estará de saída, claramenteambiciono deixar um lega<strong>do</strong> que continue.Quais foram as grandes mudanças/alteraçõesimplementadas na FADU durante a tuadireção?Um ano é algo que passa muito rápi<strong>do</strong>, e muitasdas alterações que se implementam demoramalgum tempo a produzir resulta<strong>do</strong>s. No campooperacional obviamente um destaque para a novaimagem, que será uma ferramenta decisiva nanossa estratégia de comunicação futura. No campodesportivo, implementámos o novo modelo defases finais, bem como trabalhámos na antecipaçãoem geral <strong>do</strong>s prazos de atribuição de eventose provas. Apostámos na realização de semináriose no desenvolvimento de parcerias e novas áreasde atuação para a FADU. Na calha temos muitasnovidades para serem implementadasao longo destemandato.No teu entender o desportouniversitário játem a visibilidade e oreconhecimento pretendi<strong>do</strong>?Depende da perspetiva emque analisarmos a questão.A FADU tem uma grande visibilidade e reconhecimentoinstitucional junto das federações parceirase outros organismos, <strong>do</strong> governo e das instânciasinternacionais nas quais participa. No entanto socialmentenão se pode dizer o mesmo. Existe umabaixa cobertura mediática o que dificulta a nossavisibilidade junto <strong>do</strong> nosso público-alvo, junto dapopulação em geral e principalmente junto deeventuais parceiros e patrocina<strong>do</strong>res.O que pretende a FADU com a entrada emorganismos, como por exemplo o CNJ?Ten<strong>do</strong> como “core business” a organização, promoçãoe desenvolvimento <strong>do</strong> desporto no ensinosuperior, a FADU pode e deve atuar nos fórunsque lhe estejam disponíveis para a promoção <strong>do</strong>sseus objetivos e agenda. O Conselho Nacional deJuventude é uma Organização não-governamental,representativa da Juventude Portuguesa, onde aFADU pode ter um papel fundamental na definiçãoe promoção <strong>do</strong> Desporto e da Atividade Físicacomo vetores fundamentais no desenvolvimento eformação integral <strong>do</strong>s Jovens Portugueses. Sen<strong>do</strong>a única estrutura estudantil de âmbito desportivono seio <strong>do</strong> CNJ terá a FADU certamente uma excelenteoportunidade para condicionar e promoveruma agenda interessante nesta área. Ainda, existemtambém outros fóruns onde a FADU ambicionaparticipar no futuro como por exemplo o ConselhoConsultivo de Juventude ou até o ConselhoNacional <strong>do</strong> Desporto, ambos órgãos consultivosgovernamentais. Acreditamos que quantos maisforem os Fóruns em que tivermos oportunidade dediscutir a temática relacionada com o Desporto eo Desporto no Ensino Superior, mais visibilidadeinstitucional e sensibilidade para o tema será conseguida.Neste momento a Federação comunica muitomais e de uma forma mais eficiente. Oque te levou a apostar tanto na comunicação?Uma das prioridade que elencámos imediatamentequan<strong>do</strong> iniciámos funções foi a de aumentar a proximidadecom os estudantes, com as suas estruturasrepresentativas e com os media. Nesse senti<strong>do</strong>a aposta na comunicação é fundamental. Emborareconheça que hoje trabalhamos melhor esta área,também acredito que ainda há muito para fazer,especialmente na área das novas tecnologias.As Universíadas são sempre um <strong>do</strong>s momentosem que mais se fala da FADU nos media,mas também é um <strong>do</strong>s momentos, sobretu<strong>do</strong>na preparação, que costuma ser maiscomplica<strong>do</strong> para vocês. Quais são as maioresdificuldades em termos organizativos efinanceiros?Em qualquer projeto de preparação de umas Universíadasmais ce<strong>do</strong> ou mais tarde somos confronta<strong>do</strong>scom o facto de que é mais um projeto financeiro<strong>do</strong> que desportivo. Apesar <strong>do</strong> nível qualitativoque hoje em dia se atinge, e da estreita colaboraçãocom o Comité Olímpico de Portugal e com asFederações das várias modalidades, a verdade éque nem sempre conseguimos levar to<strong>do</strong>s os atletasque teriam mérito e nível para participar. Nofun<strong>do</strong> é um sentimento de oportunidade perdidaque fica quan<strong>do</strong> sentimos que mais estudantesmereciam participar <strong>do</strong> que aqueles que temoscapacidade de levar connosco. Afinal de contas, éuma oportunidade única na vida de qualquer atleta--estudante participar no 2º maior evento multidesportivo<strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.A Federação ainda está muito dependenteda tutela para atingir os seus objetivos deafirmação internacional?Está, e continuará de certa forma a estar no futuro.Não nos podemos esquecer de que a representaçãointernacional e constituição de seleções nacionaisé um poder público que nos é delega<strong>do</strong> em virtudeda utilidade pública desportiva. Não deixa portanto

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