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1 A construção discursiva dos discursos intolerantes ... - Diversitas

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8Got him! Vengeance at last! US nails bastard. (Pegamos ele! Vingança, finalmente. EUAcapturam bastardo) (Primeira página do New York Post, 02/05/2011).Familiares de vítimas dizem estar agradeci<strong>dos</strong>Charles Wolf, que perdeu sua mulher Katherine, no atentado, disse ter ficado “muitocontente em agradecer o homem que vingou a morte de sua mulher”. (...) Margie Miller,mulher do bombeiro Joel, diz que a morte de Bin Laden não muda o fato de que seu maridoestá morto, mas deve dar a sensação de “trabalho realizado” aos militares que participaramda operação que levou à morte o terrorista. (...) “Se Bin Laden tivesse sido julgado e preso,não haveria justiça”, afirma o pai [de uma das vítimas brasileiras do 11 de Setembro] (Folhade S. Paulo, 06/05/2011, p. A14).Qualquer consciência condenaria Bin Laden à morte. Contudo, do jeito que ele morreu, nãofoi caso de justiça, mas de vingança pessoal. (Carlos Heitor Cony, Folha de S. Paulo,08/05/2011, p. A2).O êxito festejado da morte de Bin Laden foi pela morte em si mesma. Não buscou outrosentido senão o da vingança, não propriamente cristã, pela monstruosidade do maior deseus crimes (Jânio de Freitas, Folha de S. Paulo, 03/05/2011, p. A6).Decisão de Obama atende a apelo populista por “vingança”O dilema das sociedades contemporâneas é equilibrar as necessidades de uma Justiçaracional, calcada no utilitarismo, com o respeito à sensibilidade jurídica da população, que,como mostra a reação à morte de Bin Laden, ainda caminha perigosamente perto davingança. Ao sancionar a decisão final em vez da captura do terrorista saudita, BarackObama, que já foi professor de direito constitucional na Universidade de Chicago, parecenão ter resistido aos apelos populistas (Hélio Schwartsman, Folha de S. Paulo, 05/05/2011,p.A14).

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