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Colecção Arq. Henrique de Castro Mendia e Arcos de Valdevez II

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DESTAQUE Quando Portugal foi também Castela e LeãoAs duas cabeças <strong>de</strong> touro que la<strong>de</strong>iam os escudoscom as armas <strong>de</strong> Portugal e as <strong>de</strong> Castela e Leão são,para Batalha Reis, a prova <strong>de</strong> que estas moedasforam cunhadas na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Toroclausura, tendo entrado em1478 como noviça no mosteiro<strong>de</strong> Santa Clara, em Santarém.Acabaria por sair da vidaconventual já no final do séculoXV. Faleceu em 1530, no reinado<strong>de</strong> D. João <strong>II</strong>I.Todo este período históricotem como principais testemunhasas moedas <strong>de</strong> Toro, mandadascunhar por D. Afonso V duranteo período em que se intitulourei <strong>de</strong> Castela e Leão e Portugal.Foi ali que se bateram Escudosem ouro e Reais Grossos. Doprimeiro conhece-se apenas umexemplar, que está no Cabinet<strong>de</strong>s Medailles, em Paris, e dossegundos há várias <strong>de</strong>zenas,apesar <strong>de</strong> serem muito raros. Nopróximo leilão da Numisma serãoleiloados alguns Reais Grossos.As duas cabeças <strong>de</strong> touro quela<strong>de</strong>iam os escudos com as armas<strong>de</strong> Portugal e as <strong>de</strong> Castela e Leãosão, para Batalha Reis, a prova <strong>de</strong>que estas moedas foram cunhadasna cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Toro.São precisamente as armas quedistinguem os Reais Grossosbatidos em Toro dos cunhadosem Lisboa e no Porto. No anversodas moedas é possível ver asarmas <strong>de</strong> Portugal e, nos reversos,as <strong>de</strong> Castela e Leão. Correramtambém no reino já <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>D. Afonso V ter saído <strong>de</strong> terrascastelhanas e terão sido retiradas<strong>de</strong>finitivamente <strong>de</strong> circulaçãoem 1485. No seu livro sobre asmoedas <strong>de</strong> Toro, Batalha Reis<strong>de</strong>screve <strong>de</strong> forma pormenorizadaos vários sinais que distinguemestas moedas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o número <strong>de</strong>castelos até às legendas, passandopelas letras.Sobre estas últimas escreve oseguinte: “nos reaes grossos <strong>de</strong>Toro, várias letras nos aparecema encimar os escudos, quer o dasQuinas <strong>de</strong> Portugal, quer o <strong>de</strong>Castela e Leão. São elas P, C, L,T; e todas elas, à excepção dasúltimas, representam as iniciaisdos reinos ou terras que AfonsoV se intitulava Rei, e não marcas<strong>de</strong> oficinas monetárias, comoem regra têm sido julgadas”. Ascabeças <strong>de</strong> touro e os quatrocastelos também estão visíveisno único exemplar conhecido doEscudo, em ouro, batido em Toro.Devido à sua rarida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>duzseque os Escudos tenham sidobatidos em pequenas quantida<strong>de</strong>se com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marcar odireito <strong>de</strong> soberania, uma práticamuito usual na Ida<strong>de</strong> Média,época da qual D. Afonso V foio último expoente. O Escudotambém foi cunhado emPortugal pelo monarca, sendohoje consi<strong>de</strong>rado como umadas mais belas moedas <strong>de</strong> ouroda numismática portuguesa.Apresenta um estilo gótico,representativo da época históricaem que foi cunhada.6 SETEMBRO 2011

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