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Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento - nº 37 1

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a formulação de nanopartículas promoveuuma maior concentração do peptídeono cérebro de camundongos quandocomparado à formulação na formade solução. De acordo com os pesquisadores,as nanopartículas desenvolvidaspodem ser carreadores promissorespara peptídeos e proteínas.Reis e colaboradores (2007) avaliaramnanoesferas de alginato-dextrano contendoinsulina. As nanoesferas foramcaracterizadas quanto ao tamanho e suadistribuição e quanto à forma. A eficiênciade encapsulamento e a liberaçãoin vitro da insulina também foram determinadas.A bioatividade da proteínafoi avaliada in vitro e em ratos diabéticos.Os resultados mostraram que as nanoesferasdesenvolvidas, de 267 nm a2760 nm, apresentaram uma eficiênciade encapsulamento de 82,5 %. As nanopartículasimpediram a liberação dainsulina no meio ácido e permitiramuma liberação sustentada do peptídeoem meio neutro. A insulina encapsuladafoi bioativa, como demonstrado pelosestudos in vitro e in vivo.Algumas patentes também descrevem autilização de nanopartículas para administraçãode peptídeos e proteínas:- patente US 5,500,224 intitulada “Composiçõesfarmacêuticas de nanocápsulas”descreve uma composição farmacêuticana forma de suspensão coloidalde nanocápsulas preparadas com opolímero polialquilcianoacrilato (VRAN-CKX et al., 1996). Esta formulação éadequada para a administração oral depolipeptídeos e polissacarídeos.- patente US 5,641,745 intitulada “Liberaçãocontrolada de micro e nanoesferasbiodegradáveis contendo ciclosporina”descreve uma formulação farmacêuticade liberação controlada contendociclosporina encapsulada em microesferasou nanoesferas biodegradáveis(RAMTOOLA, 1997). A formulação apresentapropriedades de liberação lentada ciclosporina e é adequada para otransporte do peptídeo para o intestinoquando administrada pela via oral.- patente US 20060033224 intitulada “Microesferas/nanoesferaspoliméricas eencapsulamento de proteínas” descreveum processo de formulação de microesferase nanoesferas e o encapsulamentode proteínas com atividade terapêuticae outras substâncias (CASTOR,2006). Os sistemas formados foram capazesde encapsular as proteínas e promoveruma liberação controlada destassubstâncias.- patente US 7,291,598, intitulada “Nanopartículaspara o transporte de proteínas”,descreve nanopartículas compostasde quitosano, ácido poli-glutâmicoe pelo menos uma substância ativa eque apresentam uma superfície carregadapositivamente (SUNG et al 2007).As nanopartículas desenvolvidas sãocapazes de aumentar a permeabilidadeda proteína encapsulada por meio dotransporte pela via paracelular.- patente US 20070009605 intitulada “Encapsulamentode peptídeos hidrossolúveis”descreve um processo de preparode microesferas ou nanoesferas biodegradáveispor meio da técnica de emulsificaçãoóleo em água (IGNATIOUS,2007). Estas formulações são adequadaspara a liberação controlada de peptídeosbioativos.6. CONSIDERAÇÕES FINAISOs gastos com pesquisa e desenvolvimentona área biofarmacêutica estão emtorno de 19 a 20 bilhões de dólares nosúltimos três ou quatro anos. Estima-seque aproximadamente 2.500 fármacosde base biotecnológica estejam em fasede descoberta, 900 em triagem pré-clinicae 1.600 em testes clínicos (WALSH,2006). Do ponto de vista técnico, avançosna engenharia de proteínas e nossistemas de liberação irão garantir aaprovação de um número ainda maiorde produtos modificados e de liberaçãocontrolada.A eficiência e a segurança da administraçãode proteínas terapêuticas são achave do sucesso comercial e, em algunscasos, a demonstração da eficácianos atuais e futuros produtos biotecnológicos.Várias empresas têm se dedicadoà busca por diferentes e maiseficientes métodos de liberação de proteínas.Para avaliar criticamente as opções,cada método deve ser consideradoem termos de quão fácil ele podeser para a produção, para o impacto naqualidade da proteína, para a biodisponibilidadee para a toxicidade. Emgeral, os sistemas de liberação de proteínasevoluíram muito nos últimosanos, mas, um grande esforço em pesquisae desenvolvimento ainda é necessáriopara tornar a maioria desses sistemasviáveis para a comercialização. Ossistemas nanoparticulados são umaoportunidade para melhorar a adesãodo paciente ao tratamento e sua qualidadede vida por meio da redução donúmero de injeções.7. REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICASAbdelwahed W, Degobert G, Fessi H. Apilot study of freeze drying ofpoly(epsilon-caprolactone) nanocapsulesstabilized by poly(vinyl alcohol): formulationand process aotimization. InternationalJournal of Pharmaceutics, v. 309,p. 178-188, 2006.Browne SM, Al-Rubeai M. Selection methodsfor high-producing mammalian celllines. Trends in Biotechnology, v. 25, p.425-32, 2007.Buckel, P. Recombinant proteins for therapy.Trends in Pharmacological Sciences,v. 17, p. 450-6, 1996.Carey NH. Production and use of therapeuticagents. British medical journal (Clinicalresearch ed.), v. 10, n. 295, p. 907-8.1987.Castor TP. Polymer microspheres/nanospheresand encapsulating therapeutic proteinstherein. United States Patent20060033224. Feb 2006.Cleland JL, Daugherty A, Mrsny R. Emergingprotein delivery methods. CurrentOpinion in Biotechnology, v. 12, p. 212-9, 2001.Coelho, MAS. Insulina Lispro: um produtoda biotecnologia. <strong>Biotecnologia</strong> Ciênciae <strong>Desenvolvimento</strong>, n.1, p. 28-29, 1997.Dash AK, Cudworth II GC. Therapeuticapplications of implantable drug deliverysystems. Journal of pharmacological andtoxicological methods, v. 40, p. 1-12, 1998.Demain, AL. The Biopharmaceutical Revolution.2004. http://pharmalicensing.com/articles/disp/1130421281_4360dc215fedf. Acesso em06/12/2007Emerich DF, Thanos CG. The pinpoint promiseof nanoparticle-based drug deliveryand molecular diagnosis. BiomolecularEngineering, v. 23, p. 171-184, 2006.Farokhzad OC, Langer R. 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