Fig. 06 - Esquemas de corte transversal delamelas mostrando a trama: A. trama demediostrato: regular e filamentosa; hm -himênio, hp - himenópede, sh - subhimêmio,m - mediostrato; B. mediostratoregular “en boyaux”; C. mediostrato regularceluloso; D. mediostrato filamentosoemaranhado;E. mediostrato enteriforme;F. mediostrato bilateral; G. mediostratoinverso (bilateral-inverso); H. sub-himênio:H1 - filamentoso; H2 - celuloso; H3 -ramosose-ágar (BDA), suco de tomate e meio básico(MB). As placas foram incubadas a 28°C sob luz fluorescente contínuaRESULTADOS E DISCUSSÃOOs resultados mostraram pequenas diferençasentre o acesso de São Paulo com os deBrasília, evidenciados pela observação diretae características culturais. As amostras deA. sylvaticus analisadas apresentaram coloraçãomais clara nos bordos e mais escurano centro do píleo, dimensões maiores docorpo frutífero e dos esporos quando comparadoscom os acessos de A. blazei.Os esporos de A. sylvaticus apresentam coloraçãosub-hialina a marrom claro, sub-esféricosa ovóides com uma única membrana,dimensões: 7,2 - 14,4 x 7,2 - 9,6µ. Tramabilateral do tipo mediostrato, regular celuloso.Os esporos de A. blazei (acesso 01)apresentaram coloração hialina à sub-hialina,sub-esféricos a ovóides, com uma única membrana,dimensões: 6,0 - 10,8 x 5,5 - 8,4µ.Trama bilateral do tipo mediostrato regularceluloso (Fig. 6).Os esporos de A. blazei (acesso 02) apresentaramas mesmas características do acesso01 com diferenças nas dimensões dos esporos:4,8 - 9,6 x 4,3 -7,2µ. Em meio decultivo, o micélio de A. sylvaticus e de umdos acessos de A. blazei, apresentaram texturadelicada, paredes estreitas, denso, filamentosoe cotonoso. Já no segundo acesso,o micélio foi escasso, pouco denso e filamentoso(Figs. 3 a 5).A espessura do píleo e o vigor dos isoladossão um dos principais determinantes do graude qualidade do cogumelo.Estas pequenas diferenças entre os cogumelosestudados, são provavelmente devidoa fatores climáticos, utilizados no cultivo,como temperatura, luminosidade, umidade;o plantio em céu aberto, e a linhagem utilizada.Dentro de uma mesma espécie pode ocorrervariações na forma, coloração e tamanho dasestruturas macroscópicas e microscópicas, emdecorrência de fatores abióticos ou genéticos.Como conseqüência dessas variações pode, surgirnovas linhagens ou variedades dentro de umamesma espécie (Figs. 7 a 10).DefiniçãoFig. 08 - Pleurotus ostreatus var. chinesacultivado pela técnica “Jun Cao”adaptada pela Embrapa Recursos Genéticose <strong>Biotecnologia</strong>- Forma especial (f.sp): grupo de indivíduosdentro de uma variedade ou espécie,distinto dos outros, por umas tantas reaçõesfisiológicas. Designa uma qualidade diferenciada,distinta de outras espécies.- Linhagem: série sucessiva de gerações deum fungo.- Variedade: subdivisão das espécies quese fundamenta em pequenas diferenças noscaracteres distintivos dos indivíduos da mesmaespécie.Outros exemplos:- Pleurotus columbinus e Pleurotus sapidus,são sinônimos de P. ostreatus. P. columbinus,o píleo tem coloração azulada eP. sapidus, cor cremosa a bege ou marromclaro.- Singer propôs, que P. columbinus é umavariedade de P. ostreatus: P. ostreatus var.columbinus.- Literatura consultada: “Growing GourmetMedicinal Mushrooms” – Paul Stamets, 1993,pág. 314CONCLUSÃOFig. 07 - Pleurotus ostreatus (Cogumelo Ostra) cultivado pela técnica “Jun Cao”adaptada pela Embrapa Recursos Genéticos e <strong>Biotecnologia</strong>1. Existe uma grande variabilidade genéticade cogumelos do gênero Agaricus nativos ecultivados em todo o mundo.2. As linhagens produzidas por esses cogumelossão resultados do tipo de substrato oudo composto utilizado, das condições climáticas,do local de cultivo e de mutação genéticaque pode ocorrer naturalmente ou78 <strong>Biotecnologia</strong> Ciência & <strong>Desenvolvimento</strong> - nº <strong>37</strong>
5. Agaricus sylvaticus é sinônimo deAgaricus blazei. Os acessos analisadosde São Paulo é uma variedadede Agaricus blazei, podendo, portantoser denominado, Agaricus blazeivar. sylvaticus (Urben, 2005).6. Normalmente pequenas diferençasmorfológicas não justificam o enquadramentode uma nova espécie,dessa forma, Agaricus sylvaticus eAgaricus brasiliensis, são sinônimosde Agaricus blazei.REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICASFig. 09 - Pleurotus ostreatus var. H1 cultivado pela técnica “Jun Cao” adaptadapela Embrapa Recursos Genéticos e <strong>Biotecnologia</strong>artificialmente.3. Linhagens de alta qualidade, precisam satisfazeros seguintes critérios: micélio branco,denso, filamentoso, cotonoso, com fragrânciasuave e livre de contaminantes.4. Estudos químicos têm revelado que a concentraçãoelevada de nutrientes e de princípiosativos nos cogumelos está diretamenterelacionada com o tipo da linhagem utilizada,a qual exige condições especificas oudiversos fatores, como por exemplos:A)Fatores nutricionais (substâncias essenciaispara o desenvolvimento: carbono, nitrogênio,vitaminas e minerais).B)Fatores abióticos (umidade do compostoe da cobertura, temperatura, luminosidade,oxigênio, produtos químicos no ar, concentraçãode Co 2).C)Fatores bióticos (vírus, bactérias, actinomicetos,fungos, nematóides, insetos, ácarose genéticos).D) Fatores genéticos (natural ou artificial)E) Fatores inerentes ao processamento (colheita,secagem/ desidratação e estocagem).URBEN, A.F.;AMAZONAS, A.;, URI-ARTT, A.; CORREIA, M.; VIEIRA, W.Curso cultivo de cogumelos comestíveise medicinais. Brasília:Embrapa Recursos Genéticos e <strong>Biotecnologia</strong>,1999. p. 105-122.AURORA, D. Mushroom demystified.2. ed. Berkeley: Ten SpeedPress, 1986. 959 p.BADO, L. C. Produccion de hongoscomestibles. In: VALOR nutritivoy toxicologia de los hongos. SanCristóbal de las Casas, México: [s.n.],1994. 108 p.CHANG, S. T.; HILES, P. G. The nutritionalattributes and medical valueof edible mushroom. In: EDIBLEmushrooms and their cultivation.[Boca Raton]: CRC Press, 1989. p. 27-40.HAYES, W. A.; WRIGTH, S. H. Ediblemushrooms. In: Rose, A. H. (Ed.).Economic microbiology: microbialbiomass. London: Academic Press,1979. p. 31-176.HOBBS, C. Medicinal mushrooms:an exploration of tradition, healing,& culture. Santa Cruz, Ca.: BotanicaPress, 1995. 252 p.MILES, P. G.; CHANG, S. T.Mushroom biology: concise basicsand current developments. Singapore:World Scientific, 1997. 194 p.URBEN, A. F.; OLIVEIRA, C. Cogumeloscomestíveis: utilização e fontesgenéticas. Revisão Anual de Patologiade Plantas, v. 6. p. 173-196, 1998.Fig. 10 - Pleurotus sapidus cultivado pela técnica “Jun Cao” adaptada pela EmbrapaRecursos Genéticos e <strong>Biotecnologia</strong>ZHANXI, L.; ZHANZHUA, L. Fungicultivation with Jun-Cao. Fuzhou:Asia-Pacific Cultivation Training Center,1995. 110 p.<strong>Biotecnologia</strong> Ciência & <strong>Desenvolvimento</strong> - nº <strong>37</strong> 79
- Page 1 and 2:
Biotecnologia Ciência & Desenvolvi
- Page 3 and 4:
BC&D - Como o senhor avalia aposiç
- Page 5 and 6:
dicamentos.Os anticorpos monoclonai
- Page 8 and 9:
PesquisaLUCIFERASES DE VAGALUMESPes
- Page 10 and 11:
ger & McElroy, 1965; Hastings,1995)
- Page 12 and 13:
ciferases de elaterídeos e fengod
- Page 14 and 15:
utilizados como marcadores sensíve
- Page 16:
5,5-dimethyloxyluciferin. JACS 124:
- Page 19 and 20:
Rev. Bras. Entom. 33: 359-366..Vivi
- Page 21 and 22:
vimento de pesquisas científicas (
- Page 23 and 24:
ubíquos) é inferior a 100, envolv
- Page 25 and 26:
(tais como genes, operons, grupos[c
- Page 27 and 28: evolution of mycobacterialpathogeni
- Page 29 and 30: GLOSSÁRIOAlgoritmo. Procedimento o
- Page 31 and 32: oócito e melhora o posterior desen
- Page 33 and 34: Figura 7: Ilustração de resultado
- Page 35 and 36: 10. COELHO, L. A.; ESPER, C. R.;GAR
- Page 37 and 38: - permitir a rápida liberação do
- Page 39 and 40: de crescimento, quatro grupos de mi
- Page 41 and 42: skovia xanthineolytica LL-G109 (And
- Page 43 and 44: Tabela 1. Purificação da β-1,3 g
- Page 45 and 46: depende em parte, da venda dos subp
- Page 47 and 48: tipo poro-canal-G1pF atua por sensi
- Page 49 and 50: eutilização de células imobiliza
- Page 51 and 52: ANP - AGENCIA NACIONAL DE PETROLEO
- Page 53 and 54: inantes, incluindo eritropoetinas,
- Page 55 and 56: proteínas terapêuticas como, por
- Page 57 and 58: capsuladas, a redução de efeitos
- Page 59 and 60: Zhang W, Rong Z, Chen H, Jiang X.Br
- Page 61 and 62: FIGURA 1. Estrutura “Markush”Ma
- Page 63 and 64: Figura 2, todos os compostos origin
- Page 65 and 66: Figura 2. O filo Porifera é dividi
- Page 67 and 68: Figura 4. Microscopia eletrônica d
- Page 69 and 70: plication of genomics to uncultured
- Page 71 and 72: viabilidade celular (1) a técnica
- Page 73 and 74: Gráfico 02: Média das viabilidade
- Page 75 and 76: Tabela 04: Análise das médias de
- Page 77: icus blazei. Atualmente é também