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Edição 55 - Instituto de Engenharia

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““índicepalavras do presi<strong>de</strong>ntePublicação Oficial do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>Av. Dr. Dante Pazzanese, 120 - Vila MarianaSão Paulo - SP - 04012-180 - www.iengenharia.org.brPresi<strong>de</strong>nteAluizio <strong>de</strong> Barros Fagun<strong>de</strong>sVice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong> FinançasCamil Eid04 EntrevistaPaulo Vieira <strong>de</strong> SouzaFalta <strong>Engenharia</strong>nas obras <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s TécnicasMarcelo RozenbergVice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Relações ExternasSônia Regina FreitasVice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Assuntos InternosAmândio MartinsVice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Administração da Se<strong>de</strong> <strong>de</strong>CampoCláudio ArisaDiretor FinanceiroNelson AidarPrimeira Diretora SecretáriaMiriana Pereira MarquesSegundo Diretor SecretárioMarcos MoliternoConselho EditorialPresi<strong>de</strong>nte: Aluizio <strong>de</strong> Barros Fagun<strong>de</strong>sJoão Ernesto FigueiredoVictor Brecheret FilhoJornalista ResponsávelFernanda Nagatomi - MTb: 43.797RedaçãoAv. Dr. Dante Pazzanese, 120 - Vila MarianaSão Paulo - SP - 04012-180 - Tel.: (11) 3466-9200E-mail: imprensa@iengenharia.org.brPublicida<strong>de</strong>(11) 3466-9200CapaAndré SiqueiraDiagramaçãoVia Papel Estúdio: André Siqueira e Thais SogayarTextos: Fernanda Nagatomi e Isabel DianinÉ permitido o uso <strong>de</strong> reportagens do Jornal do <strong>Instituto</strong><strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte e comunicadoà redação. Os artigos publicados com assinatura, nãotraduzem necessariamente a opinião do Jornal. Suapublicação obe<strong>de</strong>ce ao propósito <strong>de</strong> estimular o <strong>de</strong>batedos problemas brasileiros e <strong>de</strong> refletir as diversas tendênciasdo pensamento contemporâneo.10 Site do <strong>Instituto</strong>Navegue no site do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>Foto: André Siqueira12 EspecialProjeto TAV BrasilPALAVRAS DO PRESIDENTE 03OPINIÃO 08ACONTECE 1821 INSTITUTO EM AÇÃO22 CMA-IEFoto: AlstomAci<strong>de</strong>ntes em obras ocorrem por muitas causas. Des<strong>de</strong><strong>de</strong>sconhecimentos <strong>de</strong> situações ou soluções aplicáveis em<strong>de</strong>terminadas obras, ou por <strong>de</strong>feitos na correta avaliaçãoda resistência dos materiais empregados e/ou da estabilida<strong>de</strong>das estruturas concebidas em face das solicitações previstaspara a sua operação.Po<strong>de</strong>m ocorrer aci<strong>de</strong>ntes e <strong>de</strong>sabamentos em estruturas <strong>de</strong>finitivas,mas, na maioria dos casos, acontecem durante a construção. Issonos leva à suposição <strong>de</strong> que não houve o <strong>de</strong>vido cuidado <strong>de</strong> praticar<strong>Engenharia</strong> nas obras provisórias.Desprezam-se os cálculos <strong>de</strong> formas,escoramentos, cimbramentos e apoios.Descuida-se <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong> métodos construtivosseguros e eficazes. Negligencia-sena instalação <strong>de</strong> anteparos e plataformas <strong>de</strong>proteção do entorno contra a queda <strong>de</strong> ferramentas,materiais, peças e pessoas. Desconsi<strong>de</strong>ramsolicitações das cargas efetivase transitórias, inclusive <strong>de</strong> vento, enchentese intempéries etc.Se consi<strong>de</strong>rarmos que aci<strong>de</strong>ntes emobras <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> ocorrem por imperícia,imprudência ou negligência, com incidênciaisolada ou com incidência conjunta <strong>de</strong>ssesfatores, o engenheiro qualificado tem por <strong>de</strong>veratuar apenas se dominar o conhecimentotécnico sobre a tarefa a que se propõe executare ter presente a observação dos cuidadoscom a resistência e estabilida<strong>de</strong> das estruturasprovisórias e permanentes em execução,ou seja, com perícia e oportunida<strong>de</strong>, assimcomo acompanhar responsavelmente a evoluçãoda obra (jamais negligenciar).Mas, o cerne do problema está na própria classe profissional doengenheiro que <strong>de</strong>veria impor a boa prática da profissão. Falta <strong>Engenharia</strong>nas obras <strong>de</strong> engenharia. O engenheiro tem muitos <strong>de</strong>veresa cumprir e exigir o seu cumprimento, segundo nosso Código <strong>de</strong>Ética, dos quais ressalto alguns:• A profissão é bem social e cultural da humanida<strong>de</strong>;• A profissão é alto título <strong>de</strong> honra, <strong>de</strong>vendo ser exercida comconduta honesta, digna e cidadã;• A profissão <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>sempenhada nos limites da capacida<strong>de</strong>pessoal do profissional;• O profissional engenheiro tem o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> alertar sobre osAluizio <strong>de</strong> Barros Fagun<strong>de</strong>sPresi<strong>de</strong>nte do <strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>riscos que vier a observar em trabalhos <strong>de</strong> terceiros;• O profissional engenheiro só <strong>de</strong>ve se pronunciar publicamenteem assuntos <strong>de</strong> sua especialida<strong>de</strong> se for solicitado para tal.A contratação <strong>de</strong> obras pela administração pública é regida pelaLei 8.666/93, segundo a qual o exame <strong>de</strong> atestados é o meio <strong>de</strong> averiguaçãoda qualificação técnica do licitante. Esse é o critério oficialvigente, que po<strong>de</strong> ter suas falhas <strong>de</strong> aferição, mas dá indícios da potencialexperiência do licitante, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que, se empresa, ainda possuaa equipe da época <strong>de</strong> expedição do atestado.Entretanto, é preciso observar que segundoo Código Civil Brasileiro, conformeo artigo 618, quem respon<strong>de</strong> pela soli<strong>de</strong>zFoto: André Siqueirada obra é o empreiteiro. No que tange aodono da obra, o artigo 937 <strong>de</strong>fine que suaresponsabilida<strong>de</strong> se limita aos danos <strong>de</strong>correntes<strong>de</strong> ruína; porém, o dono da obratem o direito <strong>de</strong> transferir essa responsabilida<strong>de</strong> ao empreiteiro no prazo <strong>de</strong> até 180dias após o aparecimento do <strong>de</strong>feito, <strong>de</strong>acordo com o parágrafo único do já citadoartigo 618.Portanto, a fiscalização da execução<strong>de</strong> obras tem caráter <strong>de</strong> verificação administrativado cumprimento do contrato. Anosso ver, o ato <strong>de</strong> o dono da obra fiscalizarsua execução não implica em assunção <strong>de</strong>corresponsabilida<strong>de</strong> por sua segurança.É evi<strong>de</strong>nte que a crise do setor <strong>de</strong>obras <strong>de</strong> infraestrutura das décadas <strong>de</strong> 80e 90 fez per<strong>de</strong>rem-se os engenheiros experientes.Talvez essa sim seja a parcela quecabe à administração pública que não tevea visão suficiente para, a <strong>de</strong>speito da criseeconômica, preservar estrategicamente um bom elenco <strong>de</strong> obras e,consequentemente, <strong>de</strong> experts em <strong>Engenharia</strong>.No entanto, não posso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> manifestar minha tristeza econstrangimento a cada vez que acontece um aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong>,gran<strong>de</strong> ou pequeno. Pelo fato <strong>de</strong> ter acontecido, indicandoque po<strong>de</strong> haver colegas incompetentes; pela frequência com quecolegas se arvoram em peritos a analisar aquilo que <strong>de</strong>sconhecem,pelo esquecimento subsequente do evento, sem que se aponte o responsávelpelo <strong>de</strong>sastre e, finalmente, quando esses fatores negativosaparecem, per<strong>de</strong>-se a oportunida<strong>de</strong> da aprendizagem e da ampliaçãodo conhecimento.IE2<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> • Novembro/Dezembro • 2009 • nº <strong>55</strong>www.iengenharia.org.br www.iengenharia.org.br<strong>Instituto</strong> <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> • Novembro/Dezembro • 2009 • nº <strong>55</strong> 3

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