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Sexualidade na primeira infância - MultiRio

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aproximam de nós mesmos, deixam marcas tanto positivas quantonegativas e criam possibilidades e impossibilidades em todos oscampos do desenvolvimento– logo, <strong>na</strong> sexualidade também.É importante que tenhamos aoportunidade, quando crianças,de nos conhecermos bem,tanto corporalmente quantomentalmente.É <strong>na</strong> <strong>primeira</strong> infância queas crianças começam a fazerdescobertas sobre as diferençascorporais entre meninos e meni<strong>na</strong>s.Junto com essas explorações edescobertas, a percepção acerca dasexualidade se aguça. As sensaçõesdecorrentes das descobertas sãofrequentes, e a criança descobreque certas sensações são muitoagradáveis. Ela, espontaneamentee sem maldade, gosta de continuara experimentá-las.37Acontece assim: a criança reconhece e categoriza cada sensação – boa ouruim – e em que local do corpo ela acontece. Ela vai criando memórias etende a repetir as boas sensações e repelir as ruins. Se isso vem acontecendocom seu filho, calma! Faz parte do desenvolvimento infantil.As descobertas da infância se materializam com brincadeiras dereconhecimento do próprio corpo e do corpo do outro <strong>na</strong> creche ou emcasa. Costumamos lançar um olhar que interpreta a sexualidade do pontode vista do adulto quando nos confrontamos com situações vividas pelascrianças, em especial, quando elas são facilmente visíveis. Muitas vezes,confundimos tais situações com sexo/relação sexual/masturbação. Surgemtemores e preocupação por parte dos adultos, que entendem que aexploração do seu próprio corpo e, muitas vezes, a observação cuidadosado corpo do outro não sejam uma prática adequada às crianças.237


No entanto, essas situações fazem parte do crescimento e desenvolvimentoda criança, esperado para a idade, sem relação alguma com a sexualidadeadulta ou com o despertar da necessidade de fazer sexo.Mas, atenção! É necessário ter informações claras (e evitar as provenientesdo senso comum) sobre aquilo que é exploração infantil do próprio corpoe observação do corpo dos outros, pois, se uma criança estiver exposta avivências sexuais de adultos, ela provavelmente poderá imitar a situaçãovista, sem entender que aquilo não seria adequado para ela. Nesses casos,se não conseguimos lidar com a situação, precisamos buscar auxílio paraque possamos ajudar a criança a ter vivências que são importantes eadequadas para ela.Nesses momentos, é necessário oferecer às crianças espaço para exporsuas dúvidas e curiosidades. É um momento das descobertas semconotação erótica e sim de autoconhecimento. A reação e a atitude doadulto e, especialmente, da família vão permitindo à criança construirseus valores morais. Demonstrar assombro, agressividade, proibições,admiração ou risos pode contribuir de forma negativa. O ideal é nãosupervalorizar e nem desvalorizar esse momento, mas dar à criança odireito dessa descoberta, esperando que ela vivencie o que se propõe demaneira calma e sere<strong>na</strong>. Também é uma boa opção, caso a exploraçãotome rumos mais profundos, aproximar-se afetuosamente da criança,desviando a sua atenção e oferecendo brincadeiras de seu interesse.A descoberta da sexualidade é parte do processo de desenvolvimento ecrescimento das crianças. A ação da família deve ser esclarecer e acolher acriança, em vez de culpá-la por algo que ainda não é, de maneira alguma, dedomínio dela. É preciso orientar as crianças, pois elas precisam entender oque está acontecendo com seus corpos e compreender os limites culturaisque as cercam.Falar de sexualidade nem sempre é fácil para a família. Nesse caso, procureajuda <strong>na</strong> creche de seu filho. Converse e procure tirar suas dúvidas.238


Anotações239


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