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Ler o Jornalinho - CAP - Agricultores de Portugal

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Carlos – Al<strong>de</strong>ia ViçosaRafaelaAnaGuilhermeRafaelFátimaRecordações do JI e ATL do Centro <strong>de</strong> Assistência Social dos Três PovosJORNALINHO DO CAMPOMaio 2009 – Edição on-line nº 6Carlos Caseiro (Autor e Coor<strong>de</strong>nador Geral)Filipa Nóbrega (Ilustrações do conto e capa)Sara Loureiro Correia (Revisão <strong>de</strong> textos)<strong>CAP</strong> – Confe<strong>de</strong>ração dos <strong>Agricultores</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>Av. do Colégio Militar, Lote 1786, 1549-012 LISBOA • Tel. 217 100 000e-mails: jornalinho@cap.pt • ccaseiro@cap.pt • http://www.cap.pt


Uma visita à florestaA manhã estava bonita como são muitas das manhãs <strong>de</strong>Primavera. O Sol brilhava mas um ventinho frio recordavaque o <strong>de</strong>sejado Verão, cheio <strong>de</strong> férias, ainda não tinhachegado.A Joana e o Ricardo faziam o caminho para a escola semprejuntos. Moravam perto, a escola não era longe, e eles faziamo caminho a pé sempre na brinca<strong>de</strong>ira um com o outro. Quandochegaram ao recreio ainda não tinha tocado a campainha, porisso juntaram-se logo ao resto dos companheiros da turma.“Meus meninos – a professora falava com um ar divertido – todos trouxeram omaterial escolar como lhes tinha dito: livros, ca<strong>de</strong>rnos, material <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho –trouxemos sim professora, respon<strong>de</strong>ram todos ao mesmo tempo – ainda bem. Demanhã vamos falar sobre o Ambiente e à tar<strong>de</strong>, <strong>de</strong>pois do almoço, tenho uma surpresapara vocês: vamos fazer uma visita à floresta!”O espanto foi geral. “À floresta?! Mas professora nós não viemos vestidos para ir àfloresta! Ainda por cima a floresta fica tão longe, como é que vamos para lá?, e viemostão carregados <strong>de</strong> material para levar para lá? – Vocês <strong>de</strong>pois vão ver que não custanada – respondia-lhes a professora Margarida com um sorriso misterioso -, não sepreocupem com isso.”


A manhã correu com o burburinho que ela já esperava <strong>de</strong>pois da perturbação que tinhaprovocado a notícia da visita à floresta: bilhetinhos trocados, risinhos disfarçados e,volta e meia, uma frase mais alta logo calada por respeito aos olhares da professoraquando se tornavam <strong>de</strong>masiado barulhentos.Durante a hora <strong>de</strong> almoço a ida à floresta fazia parte <strong>de</strong> todas asconversas: “Qual floresta? – dizia um – como é que vamos paralá - acrescentava outro – e levamos as mochilas tãopesadas?” Não se calavam.A aula começou finalmente e, para espanto maior, aprofessora Margarida mandou que tirassem tudo o quetinham nas mochilas e pusessem em cima das carteirascolocando primeiro os livros, ao lado os ca<strong>de</strong>rnos,<strong>de</strong>pois os lápis, a seguir a borracha e <strong>de</strong>pois o material<strong>de</strong> <strong>de</strong>senho.“Ora então vejamos o que têm em cima da carteira <strong>de</strong> cada um. Diz tu João o que tens.– Professora, tenho aqui os livros, o ca<strong>de</strong>rno, uma caixa com o lápis <strong>de</strong> carvão e os <strong>de</strong>cores, a borracha, e <strong>de</strong>pois as canetas, a cola, a régua e um esquadro. E como aprofessora disse para tirarmos tudo, também tenho um pão com marmelada que aminha mãe mandou para eu comer ao lanche apesar <strong>de</strong> saber que eu não gosto nada <strong>de</strong>marmelada.” Desataram todos a rir com as habituais saídas do João.“Pois então comecemos. Respondam os que souberem mas <strong>de</strong>vagar sem gritarias. Qualé o material <strong>de</strong> que é feito o cartão da capa dos livros? Vocês sabem pois já cáfizemos papel. São pequenas fibras com origem na ma<strong>de</strong>ira das árvores. E on<strong>de</strong> estáessa ma<strong>de</strong>ira? Nas árvores da floresta – respondiam todos – e a capa e as páginas dosca<strong>de</strong>rnos não vem igualmente da ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>ssas árvores? Claro que sim. Todos ospapéis têm por base a ma<strong>de</strong>ira. É essa a razão para termos sempre o cuidado emcolocar papéis e cartões que já não prestam, nos contentores para seremreciclados e fazerem assim novos livrose novos ca<strong>de</strong>rnos,

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