para todos os nossos principais acionistas, não teremos futuro. A minha função é justamente pôr essaideia em prática".Um grau considerável de complexidade se interpõe entre Cutifani e sua meta - para não falarno fardo representado pelo alto nível de expectativas.Fonte: Valor EconômicoData: 17/01/2013ZAMIN INVESTE US$ 120 MILHÕES NO APA mineradora suíça Zamin Ferrous vai investir US$ 120 milhões para a construção de doisfornos, um de ferro-gusa e outro de aços longos, na área que pertencia à Sólida Mineração, nodistrito do Coração, em Macapá (AP). O investimento no primeiro forno, de ferro-gusa, será de US$60 milhões, segundo o governo do Estado, e o início das operações está planejado para daqui a 18meses. O forno de aço, que receberá outros US$ 60 milhões, começará a ser construído em um ano.O projeto dos dois fornos foi apresentado na quinta-feira pelo fundador da Zamin, PramodAgarwal, ao governador do Amapá, Camilo Capiberibe. A previsão da empresa é de contratar 1,9 milfuncionários, 1,2 mil para a produção de ferro-gusa e 700 para os forno de aço.Os aços longos produzidos no Amapá serão utilizado na fabricação de vergalhões paraconstrução civil e produtos para a indústria brasileira e para exportação, segundo o governador. "Oprojeto da Zamin representa o primeiro passo para a industrialização do Amapá", disse em nota.Até o momento, a Zamin não pediu incentivos específicos, afirmou Capiberibe ao Valor.Porém, ele diz que o Estado dará R$ 30 milhões, de um projeto estimado em R$ 80 milhões, para aconstrução de um linhão que levará energia elétrica da hidrelétrica da Ferreira Gomes Energia atéPedra Branca do Amapari, onde a Zamin explora minério de ferro, e Serra do Navio, municípiovizinho. A ajuda será por meio da isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços(ICMS) à Eletronorte para o projeto do linhão. Capiberibe disse ainda que encaminhará à AssembleiaLegislativa um pedido para transferir à Zamin a concessão da Estrada de Ferro do Amapá concedidaem 2006 para a MMX.A Zamin, que tem escritórios na Suiça, Uruguai, Dubai e Reino Unido, vem priorizando o Brasilem sua estratégia global de expansão. Há duas semanas, comprou a mina de ferro Amapá, da AngloAmerican e da Cliffs Natural Resources, por estimados US$ 300 milhões. A empresa prevê mais quetriplicar até 2017, para 27 milhões de toneladas ao ano, a produção de minério de ferro no país, disseAgarwal em entrevista ao Valor.Fonte: Valor EconômicoData: 14/01/2013RIO TINTO QUER INVESTIR US$ 3,5 BI NO PARAGUAIUm empreendimento equivalente a todo investimento externo em curso no Paraguai tornouseo tema dominante da discussão política no país, a três meses da eleição presidencial que deverecolocá-lo como membro pleno do Mercosul, bloco do qual está suspenso desde junho do anopassado.
Caberá ao próximo governo paraguaio bater o martelo sobre o preço da energia de Itaipu quedeve ser oferecido à canadense Rio Tinto Alcan, interessada em instalar um complexo eletrointensivode produção de alumínio, acoplado a um distrito industrial com 24 fábricas para manufaturar aprodução. O grupo Rio Tinto está disposto a investir US$ 3,5 bilhões no Paraguai, montante superioraos US$ 3,3 bilhões existentes de investimento externo no país, de acordo com o Banco Centralparaguaio.Segundo cálculos do centro de estudos Cadep, formado por ex-ministros dos governosNicanor Duarte (2003-2008) e Fernando Lugo (2008-2012), que iniciaram a negociação com amultinacional, o complexo quando instalado terá um impacto de 3,5% a 7% ao ano no PIB do país. Oestudo avalia que as exportações de alumínio e derivado poderiam render cerca de US$ 1,3 bilhão aoano, ou 25% a mais do que os US$ 5,5 bilhões que o Paraguai exporta atualmente.O grupo Rio Tinto, que controla a subsidiária canadense produtora de alumínio, faturou noano passado US$ 65 bilhões, quase o triplo do PIB nominal paraguaio, de US$ 23 bilhões em 2011.Pelo conceito de paridade do poder de compra, o PIB foi de US$ 40 bilhões.Um memorando de entendimento foi assinado em dezembro, e o empreendimento deveconsumir uma potência instalada de 1.100 MW, ou uma turbina e meia da usina hidrelétrica deItaipu. Hoje, o Paraguai usa apenas uma turbina das 20 existentes em Itaipu e revende a energiaproduzida pelas nove restantes a que tem direito ao Brasil por US$ 240 milhões, o que equivale acerca de US$ 34 o MW de potência instalada.A definição de contratos de energia a baixo preço por espaços longos de tempo é essencialpara a indústria de alumínio, e a Rio Tinto reivindica um acordo por 30 anos. O investimento noParaguai estaria triplamente interligado ao Brasil: diminui a oferta de energia para o país de Itaipu; abauxita e a alumínio, matérias-primas do metal, seriam importadas do Brasil; e pelo menos metadeda produção do complexo paraguaio seria vendida ao país vizinho.O acordo entre o Paraguai e a Rio Tinto começou a ser negociado em 2009, no governo deFernando Lugo, destituído pelo Congresso em junho de 2012. Mas as forças ligadas ao antigo governosão as principais opositoras do governo, alegando que o complexo industrial terá um pesado custoambiental, sobretudo com a possibilidade de ocorrência de chuvas tóxicas que afetem a produçãoagrícola.Ex-vice-ministra de Minas e Energia de Lugo, Mercedes Canese, atualmente candidata adeputada federal, apresentou um estudo em que afirmou que o complexo emitiria a poluiçãoequivalente a 380 mil veículos por dia, ou o mesmo que toda a frota paraguaia. Como o projeto aindaé preliminar, não há estudo de impacto ambiental que corrobore essa avaliação.O projeto também é combatido pelos principais grupos de mídia do país, como o jornal "ABCColor", de Assunção. As preocupações no caso não são ambientais, mas com o preço da energiaelétrica a ser negociado, o atrelamento que o investimento representará ao mercado brasileiro e adiminuição da oferta de energia para outros usos.A usina de Itaipu tem potência de 14 mil MW e a de Yaciretá, na fronteira com a Argentina, de3,1 mil MW. Apesar de ter direito à metade da energia de cada uma, o Paraguai está limitado autilizar apenas 2,3 mil MW por faltas de linhas de transmissão.Uma onda de calor em Assunção levou a uma série de cortes de serviço na capital do país emdezembro, e a estatal de distribuição de energia, a Ande, anunciou neste mês um aumento de 25%na tarifa para custear investimentos.Principal entusiasta do acordo, o atual presidente Federico Franco já descartou a hipótese dese garantir à multinacional o mesmo preço praticado com o Brasil. "Em nenhum caso, sob nenhumacircunstância, se dará a energia ao mesmo preço que cedemos aos brasileiros", afirmou ao assinar omemorando, em dezembro.Fonte: Valor EconômicoData: 14/01/2013