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Boletim Oficial do Município - Peruíbe - Governo do Estado de São ...

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Ano XI, nº 332, 05 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2008Órgão <strong>Oficial</strong> <strong>do</strong> <strong>Município</strong> <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>Pág.7O sistema <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> água compõe-se <strong>de</strong> duas fontes <strong>de</strong> produção:· Captação por pequenas barragens no Morro <strong>do</strong>s Itatins, com 2 reservatórios <strong>de</strong> 5000 m³ e <strong>de</strong>sinfecçãopor aplicação direta <strong>de</strong> cloro gasoso. Esse sistema é vulnerável pois per<strong>de</strong> até 80% <strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong> emapenas 30 dias <strong>de</strong> estiagem.· Captação superficial com tratamento completo <strong>do</strong> Sistema Mambú <strong>de</strong> Itanhaém, componente <strong>do</strong> SistemaSantos-<strong>Peruíbe</strong>. Sen<strong>do</strong> <strong>Peruíbe</strong> uma extremida<strong>de</strong> <strong>do</strong> sistema, fica vulnerável à queda da pressão dinâmicanos perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> temporada e feria<strong>do</strong>s. Existe um reservatório <strong>de</strong> 5000 m³ no "Morro da Torre", componente <strong>de</strong>ssesistema.Estan<strong>do</strong> esse sistema dimensiona<strong>do</strong> para aten<strong>de</strong>r população flutuante variável, o incremento populacionalprevisto po<strong>de</strong> ser suporta<strong>do</strong> pelo sistema existente. Para acréscimos significativos <strong>de</strong> população, <strong>de</strong>ve-seestudar a ampliação na ETA Mambú em Itanhaém, pois os recursos hídricos superficiais em <strong>Peruíbe</strong>, nãopossuem vazão para a instalação <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> tratamento local para atendimento <strong>de</strong> uma população fixa altaacrescida <strong>de</strong> um fluxo sazonal na alta temporada.3.7.2. COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTOSJá no sistema <strong>de</strong> coleta e tratamento <strong>de</strong> esgoto espera-se, com o projeto "Sanba", financia<strong>do</strong> pelo JBIC, ainda nãoinicia<strong>do</strong>, atingir-se 85% da população até 2012. Os investimentos previstos pela concessionária, com construção<strong>de</strong> 287 km <strong>de</strong> re<strong>de</strong> coletora e duas ETEs, <strong>de</strong>verão ser concluí<strong>do</strong>s daqui a 3 anos.Este acréscimo <strong>de</strong> re<strong>de</strong> seria então suficiente para suprir as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> acréscimo populacional na região,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que os empreendimentos a ali se instalarem não provoquem gran<strong>de</strong> aumento populacional nas áreaslin<strong>de</strong>iras ao norte da ferrovia, que não foram contempladas nesta etapa <strong>do</strong> projeto. Deve-se estudar então acomplementação <strong>de</strong>stas re<strong>de</strong>s e sua interligação às Estações <strong>de</strong> Tratamento que <strong>de</strong>vem ser concluídas <strong>de</strong>ntro<strong>do</strong> prazo <strong>de</strong> 3 anos.Os efluentes <strong>de</strong> algumas indústrias, entre eles os provenientes das indústrias <strong>de</strong> carnes e alimentos, mesmotrata<strong>do</strong>s em nível secundário, não po<strong>de</strong>m ser suporta<strong>do</strong>s pelos receptores <strong>do</strong> sistema hídrico local. Neste caso,<strong>de</strong>ve-se prever, além das águas <strong>de</strong> reuso, tratamento terciário para esses efluentes, utilizan<strong>do</strong> toda a tecnologiaexistente não só para os efluentes líqui<strong>do</strong>s, como também para os efluentes gasosos e particula<strong>do</strong>s.Ocupan<strong>do</strong>-se a área com complexos industriais <strong>de</strong> porte, <strong>de</strong>ve-se estudar a reestruturação da Vigilância Sanitáriapara que o município possa monitorar e gerir a<strong>de</strong>quadamente seus recursos hídricos, manten<strong>do</strong> a sustentabilida<strong>de</strong><strong>do</strong>s seus ecossistemas. Entre outras medidas:· Estruturar a Vigilância Sanitária municipal com recursos físicos e humanos para atendimento das<strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> gestão <strong>do</strong> serviço <strong>de</strong> saneamento básico.· Constituir Comissão Permanente <strong>de</strong> Monitoramento, Normatização e Gestão Sanitário-Ambiental.· Instalar laboratório <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> água para os principais parâmetros indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> contaminação.3.7.3. DRENAGEM URBANAO esgotamento atual é feito por um caótico e assorea<strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> canais, em parte naturais e em parteconstruí<strong>do</strong>s até a década <strong>de</strong> 80. A prefeitura, através <strong>de</strong> 2 contratos com recursos próprios e <strong>do</strong> FEHIDRO,executa os projetos executivos para aten<strong>de</strong>r o centro e to<strong>do</strong>s os bairros da margem esquerda <strong>do</strong> Rio Preto. Po<strong>de</strong>seestudar como contrapartida a contratação da terceira etapa <strong>do</strong> projeto executivo e a execução <strong>de</strong> obrasprojetadas nas três fases para solucionar/mitigar os graves problemas <strong>de</strong> inundações que ocorrem sistematicamenteem vários pontos da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao assoreamento <strong>do</strong>s canais, além das regiões baixias <strong>do</strong> Rio Preto.3.7.4. COLETA E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOSO sistema <strong>de</strong> coleta convencional opera com boa logística e aten<strong>de</strong> 100% da população.O sistema <strong>de</strong> coleta seletiva não está implanta<strong>do</strong>, no entanto operam na cida<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 150 carrinheiroscata<strong>do</strong>res <strong>de</strong> lixo seco não organiza<strong>do</strong>s oficialmente.O aterro sanitário enquadra-se na categoria <strong>de</strong> "controla<strong>do</strong>" pela CETESB e está no fim <strong>de</strong> sua vida útil, porém jáexiste recursos próprios, projeto básico e relatório ambiental protocola<strong>do</strong>s na CETESB/SMA <strong>de</strong>s<strong>de</strong> janeiro/08.O projeto <strong>do</strong> novo aterro prevê vida útil <strong>de</strong> 40 anos, para as taxas <strong>de</strong> crescimento atualmente verificadas. Deveseestudar o impacto <strong>do</strong>s empreendimentos sobre a vida útil <strong>do</strong> aterro a partir <strong>do</strong> incremento populacional e <strong>do</strong>aumento da produção <strong>de</strong> lixo por habitante, em função <strong>do</strong> acréscimo <strong>de</strong> massa salarial. Medidas mitiga<strong>do</strong>raspo<strong>de</strong>m ater-se ao projeto e implantação <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> coleta seletiva no município, com gerenciamento <strong>de</strong>resíduos, centros <strong>de</strong> triagem e reciclagem e usinas <strong>de</strong> compostagem <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> poda, além da fornecimento<strong>de</strong> equipamentos a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s à coleta e operação <strong>do</strong> aterro para atendimento da <strong>de</strong>manda gerada.3.8. Saú<strong>de</strong>Na área da saú<strong>de</strong>, os impactos ambientais oriun<strong>do</strong>s da instalação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empreendimentos tem umainfluência menor e <strong>de</strong> longo prazo na saú<strong>de</strong> da população. Já os impactos no meio sócio-econômico afetam acurto prazo e são mais significativos, pois <strong>de</strong>mandam infra-estrutura adicional, a qual já se encontra atualmenteaquém das necessida<strong>de</strong>s atuais. Investimentos são necessários para aten<strong>de</strong>r a aumento da população e adiversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua atenção.Entre os impactos indiretos que afetam o sistema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> está o acréscimo das áreas <strong>de</strong> ocupação irregular,que trazem consigo problemas sociais diversos (falta <strong>de</strong> esgotamento sanitário, acréscimo <strong>de</strong> violência, <strong>de</strong>snutriçãoou má alimentação) que aumentam a <strong>de</strong>manda pelo serviço público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Apenas como exemplo,citamos que "índices <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> infantil em geral caem 21% quan<strong>do</strong> são feitos investimentos em saneamentobásico" (FSP- Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Pública, 17/<strong>de</strong>z/99) e que "a eficácia <strong>do</strong>s programas fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> combate àmortalida<strong>de</strong> infantil esbarra na falta <strong>de</strong> saneamento básico" (FSP, 17/<strong>de</strong>z/99).3.8.1. AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DE SAÚDEA Portaria MS (Ministério da Saú<strong>de</strong>) n.º 1101/GM <strong>de</strong> 12/06/2002 estabelece parâmetros <strong>de</strong> cobertura assistencialno âmbito <strong>do</strong> SUS - Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, sen<strong>do</strong> esta a nossa referência para a presente avaliação <strong>do</strong> serviço<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> município <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>, bem como das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> aumento da população.Segun<strong>do</strong> o IBGE, o município <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong> em 2007 possui uma população estimada <strong>de</strong> 54.457 habitantes. Combase nessa população temos alguns parâmetros da cobertura assistencial.Tabela 4Comparativo entre a estimativa <strong>de</strong> leitos prevista e a quantida<strong>de</strong> atualFonte: DATASUSCom relação ao número <strong>de</strong> leitos previstos para a população atual <strong>do</strong> município verifica-se que a estrutura atualestá aquém da necessida<strong>de</strong>.Com o aumento da população há a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incorporação <strong>de</strong> tecnologia mais avançada para aten<strong>de</strong>r a<strong>de</strong>manda <strong>de</strong> diagnose e terapia, a legislação <strong>de</strong>fine alguns parâmetros populacionais para essa incorporação.Tabela 5Parâmetros para cálculo da necessida<strong>de</strong>, da produtivida<strong>de</strong> ou da cobertura<strong>de</strong> alguns equipamentos <strong>de</strong> diagnose e terapiaFonte: DATASUSAlgumas ativida<strong>de</strong>s produzem patologias e aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho que não po<strong>de</strong>m ser atendi<strong>do</strong>s atualmente pelosistema público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> municipal. Os estu<strong>do</strong>s complementares <strong>de</strong> cada empreendimento <strong>de</strong>vem contemplarao menos a estimativa da incidência <strong>de</strong> patologias relacionadas às ativida<strong>de</strong>s que serão <strong>de</strong>sempenhadas naárea, bem como <strong>do</strong>s aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trabalho e contingências <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sastres não naturais relaciona<strong>do</strong>s aosempreendimentos durante as fases <strong>de</strong> implantação e operação.3.9. Promoção SocialPara a elaboração <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s da área da promoção social, os seguintes instrumentos legais foram utiliza<strong>do</strong>s:LOAS - Lei Orgânica <strong>de</strong> Assistência Social, PNAS - Política Nacional <strong>de</strong> Assistência Social, NOB - SUAS e RH- Normas Operacionais Básicas <strong>do</strong> Sistema Único <strong>de</strong> Assistência Social e Recursos Humanos, ECA - Estatutoda Criança e <strong>do</strong> A<strong>do</strong>lescente, Estatuto <strong>do</strong> I<strong>do</strong>so, Política Nacional para a Integração da Pessoa Porta<strong>do</strong>ra <strong>de</strong>Deficiências, Plano Nacional <strong>de</strong> Promoção, Proteção e Defesa <strong>do</strong> Direito <strong>de</strong> Crianças e A<strong>do</strong>lescentes à Convivênciafamiliar e comunitária, <strong>de</strong>liberações da V e VI Conferências Municipal <strong>de</strong> Assistência Social, e o PlanoMunicipal <strong>de</strong> Assistência Social - 2008.Para a avaliação da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> assistência social Municipal são apresenta<strong>do</strong>s os principais indica<strong>do</strong>res sociaislevanta<strong>do</strong>s pelos órgãos oficiais <strong>de</strong> pesquisa estatística, a saber: Fundação SEADE, IBGE e IPVS - ÍndicePaulista <strong>de</strong> Vulnerabilida<strong>de</strong> Social.Tabela 6Perfil Municipal - <strong>Peruíbe</strong>*Obs: O IDH-M - Índice <strong>de</strong> Desenvolvimento Humano pertence ao Grupo 2 que correspon<strong>de</strong> aos municípios queexibem níveis <strong>de</strong> riqueza eleva<strong>do</strong>s, mas não exibem bons indica<strong>do</strong>res sociais.O IPVS - Índice Paulista <strong>de</strong> Vulnerabilida<strong>de</strong> Social - 2000, cujas fontes <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s são a FundaçãoSEADE e o IBGE, apresenta os grupos <strong>de</strong> maior e menor vulnerabilida<strong>de</strong> social às quais a população se encontraexposta, a partir das condições socioeconômicas e <strong>do</strong> perfil <strong>de</strong>mográfico, é um instrumento <strong>de</strong> mensuração dapobreza sob o enfoque multissetorial.A seguir <strong>de</strong>screvemos os grupos populacionais <strong>de</strong> <strong>Peruíbe</strong>, que encontram-se em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>alta e muito alta.Vulnerabilida<strong>de</strong> alta: Grupo 5 - 17.220 pessoas (33,5% <strong>do</strong> total). No espaço ocupa<strong>do</strong> por esses setorescensitários, o rendimento nominal médio <strong>do</strong>s responsáveis pelo <strong>do</strong>micílio era <strong>de</strong> R$ 400 e 70,2% <strong>de</strong>les auferiamrenda <strong>de</strong> até três salários mínimos. Em termos <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, os chefes <strong>de</strong> <strong>do</strong>micílios apresentavam, emBOM 332.pmd 705/09/2008, 18:48

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