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da atualidade, a sociedade “pluricultural”, que Inocência Mata aborda emrelação ao espaço ex­imperial, do outro lado do Atlântico: Portugal.Se os poemas de Conceição Lima captam e interpretam de maneira originala riqueza que se gera naquele ponto de encontro entre a representação deum caminho íntimo e “regionalizado” (o local?) e o destilado poético daquiloque move a(s) humanidade(s) (o global?), oferecendo assim uma projeçãoda contemporaneidade diaspórica, o trabalho crítico de Inocência Mataassume como ferramenta teórica orientadora a convivência fecunda do sabervivencial com referências disciplinares e teóricas variadas, oriundas detradições “geo­críticas” diferentes. Entre referências dos estudos culturais,dos estudos literários, do trabalho filosófico latino­americano dainterculturalidade e muitas outras referências, Inocência Mata constrói umareflexão sobre as representações identitárias produzidas no seio dasociedade portuguesa e seu impacto nas práticas sociais reais com oobjectivo crítico de apontar estratégias de interpretação da realidade quelevem a agenciamentos concretos em direção ao pluriculturalismo real epleno. Estes dois “pontos” nos dois lados do Atlântico (e cada um deles comas suas próprias relações internas e externas) parecem dialogar nas vozesde Conceição Lima e Inocência Mata oferecendo um campo de análise econstrução de sentidos ainda por explorar.«Sabemos agora que a Praça é minúsculaA extensão da nossa esperaNunca coube em tais limites»Em tais limites também não cabe o lugar destas duas mulheres negrasafricanas e intelectuais. Como escritora acho que as editoras têm que deixarde editar quase exclusivamente homens e brancos e a academia tem quedeixar de falar quase exclusivamente de homens brancos e mortos, para queas vozes destas e doutras mulheres intelectuais continuem a ser ouvidas eassim o Baobá …“Há­de nascer de novo…” como “…o micondó – belo,imperfeito, no centro do quintal”. (foto das duas juntas).1Veja-se a Apresentação de Inocência Mata em O Útero da Casa.

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