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tivado BrasilMÂRÂ DOS DEPUTÂDOSiRA, 10 DE JUNHO DE 1999BRASíLIA-DF


AMESA DA CAMARA DOS DEPUT.t\DO·S(Biênio 1999/2000)PRESIDENTEMICHEL TEMER - PMOB - 5P12 VICE-PRESIDENTEHERÁCLITO FORTES - PFL - PI~ VICE-PRESIDENTESEVERINO CAVALCANTI- PPB - PE12 SECRETÁRIOUBIRATAN AGUIAR - PSOB - CE22 seCRETÁRIONELSON TRAD - PT8.- MS32 SECRETÁRIOJAQUES WAGNER - PT - BA4!! SECRETÁRIOEFRAIM MORAIS - PFL· - PB12 SUPLENTE DE SECRETÁRIOGIOVANNI QUEIROZ - POT - PA22 SUPLENTE DE SECRETÁRIOLUCIANO CASTRO - PSOB -:' RR3!! SUPLENTE DE SECRETÁRIOZÉ GOMES DA ROCHA - PMOS - GO4!! SUPLENTE DE SECRETÁRIOGONZAGA PATRIOTA - PSB - PE


;:CÂMARA DOS DEPUTADOS----------- SUMÁRIO1 - ATA DA 95- SESSÃO, DA CÂMARADOS DEPUTADOS, DA 1- SESSÃO LEGISLATIVAORDINÁRIA, DA 51- LI;GISLATURA, EM 9 DEJUNHO DE 1999.I - Abertura da sessão11 - Leitura e assinatura da ata da sessãoanterior111 - Leitura do expedienteMENSAGENSNll 763/99 - Do Po<strong>de</strong>r Executivo, solicitandoaos m<strong>em</strong>bros do Congresso Nacional, a retiradado PL n Il 3.816/97. 26821Nll 766/99 - Do Pod!'lrExecutivo, submetendoà apreciação <strong>dos</strong> m<strong>em</strong>bros do Congresso Nacional,o ato constante da Portaria n ll 188, <strong>de</strong>3-8-99, que renova permis!!ão à Rádio AntártidaFM Ltda., para explorar serviÇo <strong>de</strong> radiodifusãosonora <strong>em</strong> freqOência modulada, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Itabira, Estado <strong>de</strong> Minas Gerais. 26822OFIcIOS' .Nll 465199 - Do Senhor Senador CasildoMaldaner, Primeiro-Secretário, <strong>em</strong> exercicio doSenado Fe<strong>de</strong>ral, encaminhando'a fim <strong>de</strong> ser submetidoà revisão da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, Projeto<strong>de</strong> Lei do Senado n ll 78/99 (PL nll 1166/99 naCâmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>) ,............................. 26823Nll 629/99 - Do Senhor Deputado MichelT<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, retomandoao Deputado Hermes Parcianello, aPEC <strong>de</strong> sua autoria que'"dispOe sobre a <strong>de</strong>sincompatibilização<strong>dos</strong> Governadores <strong>de</strong> Estado ePrefeitos que concorr<strong>em</strong> à reeleição·, por nãoconter número mínimo <strong>de</strong> assinaturas indicado noinciso I, art. 201, do Regimento Interno. 26830Nll 932199 - Do Senhor Deputado Aécio Neves,Lí<strong>de</strong>r do PSDB, indicando o Deputado RafaelGuerra para integrar a Comissão Especial <strong>de</strong>stinadaa proferir parecer à PEC n ll 89-A/95. 26830Nll 939199 - Do Senhor Deputado Aécio Neves,Lí<strong>de</strong>r do PSDB, solicitando a substituição doDeputado Marcio Fortes pelo Deputado ZenaldoCoutinho no cargo <strong>de</strong> Vice-Lí<strong>de</strong>r do referido Partido. 26830Nll 815199 - Do Senhor Deputado Ged<strong>de</strong>lVieira Lima, Lí<strong>de</strong>r do PMDB, encaminhando a relação<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> do PMDB que comporão aComissão Especial <strong>de</strong>stinada a examinar o PLn ll 634175. 26830Nll 582199 - Do Senhor Deputado AugustoNar<strong>de</strong>s, Presi<strong>de</strong>nte <strong>em</strong> exercício da Comissão<strong>de</strong> Agricultura e Política Rural, comunicandoque a referida Comissão aprovou o parecer contráriodo Relator, ao PL nll4.729/98. 26830Nll 474/99 - Do Senhor Deputado JoséCarlos Aleluia, Presi<strong>de</strong>nte da Comissão <strong>de</strong>Constituição e Justiça e <strong>de</strong> Redação, encaminhandoa PEC n ll 190/94 e as <strong>de</strong> nlls 191/94 e291/95, apensadas............................................... 26830Nll 486/99 - Do Senhor Deputado JoséCarlos Aleluia, Presi<strong>de</strong>nte da Comissão <strong>de</strong>Constituição e Justiça e <strong>de</strong> Redação, encaminhandoo Oficio 575-P/96 do Supr<strong>em</strong>o TribunalFe<strong>de</strong>ral. .:.................................. 26830Nll 273/99 - Da Senhora Deputada MariaElvira, Presi<strong>de</strong>nta da Comissão <strong>de</strong> Educação,Cultura e Desporto, comunicando a rejeição doPl. nll4.903/99. 26831Nll 198199 - Da Senhora Deputada VedaCrusius, Presi<strong>de</strong>nte da Comissão <strong>de</strong> Finanças eTributação, comunicando que a referida Comissãoopinou pela ina<strong>de</strong>quação financeira e orçamentáriado PL nll2.084I96, e <strong>dos</strong> seus apensos. 26831Nll 202/99 - Da Senhora Deputada VedaCrusius, Presi<strong>de</strong>nte da Comissão <strong>de</strong> Finanças eTributação, comunicando que a referida Comissãoconcluiu pela prejudicialida<strong>de</strong> do PL nll1.214195.... 26831Nll 206/99 - Da Senhora Deputada VedaCrusius, Presi<strong>de</strong>nte da Comissão <strong>de</strong> Finanças eTributação, comunicando que a referida Comissãoconcluiu pela ina<strong>de</strong>quação financeira e orçamentáriado PL nll3.463192, e <strong>de</strong> seus apensos... 26831Nll 50/99 - Do Senhor Deputado ~nio Bacci,Presi<strong>de</strong>nte <strong>em</strong> exercício da Comissão <strong>de</strong> Segurida<strong>de</strong>Social e Família, comunicando que areferida Comissão apreciou o PL n Il 4.170/98...... 26831Nll 85/99 - Do Senhor Deputado MarcusVicente, Presi<strong>de</strong>nte <strong>em</strong> exercício da Comissão<strong>de</strong> Trabalho, <strong>de</strong> Administração e Serviço Público,comunicando que a referida Comissão apreciouo PL n Il 4.693-A/98........................................ 26831


26806 Quinta-feira 10 cÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999N2 67/99 - Do Senhor Deputado Marcelopessoas portadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência física e dá ou-Teixeira, Presi<strong>de</strong>nte da Comissão <strong>de</strong> Viação e tras providências. 26836Transportes, comunicando que a referida Comis- P . t d L' o 977 d ( •- .. PL _o 150/6 rOje o e el n- ,e 1999 Do Sr. Edisaorejeitou o ,.- 9. 26831sonAnd'nno)-D'ISpoe-sobre o adicionai. .<strong>de</strong>.msa-N2 2199 - Da Senhora Deputada Celcita Pi- lubrida<strong>de</strong> para carteiros. 26836nheiro, Presi<strong>de</strong>nta da Comissão Parlamentar <strong>de</strong>Inquérito <strong>de</strong>stina a apurar o <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> ali- ... .~rojeto d? L~I n2 979, <strong>de</strong> ~999 ~Do Sr. Ohmentosdo período <strong>dos</strong> Governos imediatamentevelra Filho) - Dls~oe ~obre a obng~toneda<strong>de</strong> dasanteriores ao Presi<strong>de</strong>nte Fernando Henrique <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> ônibus mterestaduals conce<strong>de</strong>r<strong>em</strong>Car<strong>dos</strong>o, comunicando a instalação da referida <strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 30~0 no val~r total <strong>dos</strong> bilhetes <strong>de</strong>Comissão e a eleição do Presi<strong>de</strong>nte e <strong>dos</strong> Vi- passagens para I<strong>dos</strong>os aCima <strong>de</strong> 65 anos. 26837ce-Presi<strong>de</strong>ntes....................................................... 26832 Projeto <strong>de</strong> Lei n 2 982, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr. Dr.Rosinha) - Dispõe sobre a posse, o porte e aaquisição <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo. 26838REQUERIMENTO- Da Senhora peputada Lídia Quinan, requerendoo <strong>de</strong>sarquivamento <strong>dos</strong> projetos querelaciona .PROJETOS APRESENTADOSProjeto <strong>de</strong> Lei n2 960, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Almeida <strong>de</strong> Jesus) - Dá preferência <strong>de</strong> tramitaçãona Justiça nos Municípios, Esta<strong>dos</strong> e na esferaFe<strong>de</strong>ral aos procedimentos judiciais <strong>em</strong> quefique como parte pessoa física com ida<strong>de</strong> igualou superior a 60 (sessenta) anos, beneficiária judiciáriagratuita ..Projeto <strong>de</strong> Lei n2 961, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr. Chicoda Princesa) - Dispõe sobre a realização <strong>de</strong>sorteios <strong>de</strong> prognósticos pela Caixa EconômicaFe<strong>de</strong>ral. .Projeto <strong>de</strong> Lei n 2 964, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.LuizBittencourt) - Modifica a Lei n2 9.294, <strong>de</strong> 1996,proibindo a oferta e a ingestão <strong>de</strong> bebidas alcoólicas<strong>em</strong> aeronaves e veículos <strong>de</strong> transporte coletivo.Projeto <strong>de</strong> Lei n2 968, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr. CunhaBueno) - Possibilita a utilização <strong>de</strong> recursosdo FGTS, pelos_trabalhadores titulares <strong>de</strong> contas<strong>de</strong>sse fundo, na compra <strong>de</strong> ações do Banco doBrasil quando da sua privatização no contexto doPrograma Nacional <strong>de</strong> Desestatização .Projeto <strong>de</strong> Lei n 2 969, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr. Marcos<strong>de</strong> Jesus) - Altera a Lei n 2 7.498, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong>junho <strong>de</strong> 1986, para dispor sobre a jomada <strong>de</strong>trabalho <strong>dos</strong> enfermeiros, técnicos <strong>de</strong> enfermag<strong>em</strong>e auxiliares <strong>de</strong> enfermag<strong>em</strong> ..Projeto <strong>de</strong> Lei n2 972., <strong>de</strong> 1999 (Do Sr. IvanPaixão) - Acrescenta parágrafo ao art. 73 da Lein 2 9.504, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1997, dispon<strong>dos</strong>obre a transferência voluntária <strong>de</strong> recursos <strong>em</strong>ano eleitoral. ..[Projeto <strong>de</strong> Lei n2 975, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Pompeo <strong>de</strong> Mattos) - Obriga os Centros <strong>de</strong> Habilitação<strong>de</strong> Condutores - CHC, a adaptar<strong>em</strong> <strong>de</strong>zpor cento <strong>de</strong> sua frota para o aprendizado <strong>de</strong>26832268322683326833268342683426835Projeto <strong>de</strong> Lei n 2 986, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Osvaldo Biolchi) - Dá nova redação ao art. 72 daLei n2 9.732, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1998............. 26838Projeto <strong>de</strong> Lei n2 987, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Men<strong>de</strong>s Ribeiro Filho) - Dispõe sobre a funçãoredistributiva <strong>em</strong> matéria educacional no ensinosuperior. 26839Projeto <strong>de</strong> Lei n2 991, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr. PadreRoque) - Regulamenta a instalação <strong>de</strong> bombas<strong>de</strong> auto-atendimento nos postos <strong>de</strong> abastecimento<strong>de</strong> combustíveis e dá outras providências. 26839Projeto <strong>de</strong> Lei n 2 992, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr. JosuéBengtson) - Altera dispositivos do Código <strong>de</strong>Processo Civil, referente à execução por quantiacerta contra <strong>de</strong>vedor solvente. 26840Projeto <strong>de</strong> Lei n 2 999, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr. RonaldoVasconcellos) - Dispõe sobre a concessão<strong>de</strong> condições especiais <strong>de</strong> crédito para <strong>em</strong>presasque investir<strong>em</strong> na redução e tratamento <strong>de</strong> resíduospoluentes .Projeto <strong>de</strong> Lei n 2 1.004, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Glycon Terra Pinto) - Altera a Lei n2 9.294, <strong>de</strong>1996, proibindo o uso <strong>de</strong> produto fumígero <strong>em</strong>aeroporto e a oferta e o consumo <strong>de</strong> bebidas alcoólicas<strong>em</strong> aeronaves e veículos <strong>de</strong> transportecoletivo .Projeto <strong>de</strong> Lei n2 1.007, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Eber Silva)- Altera a Lei n 2 9.478, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> agosto<strong>de</strong> 1997, dispondo sobre a política energética nacionale as ativida<strong>de</strong>s relativas ao monopólio dopetróleo .Projeto <strong>de</strong> Lei n 2 1.009, <strong>de</strong> 1999 ( Do Sr.Enio Bacci) - Autoriza a entrada <strong>de</strong> pessoas ostomizadaspela porta dianteira <strong>dos</strong> veículos <strong>de</strong>transporte coletivo e dá outras providências. ......Projeto <strong>de</strong> Lei n 2 1.015, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Milton Monti) - Estabelece limites <strong>de</strong> peso brutototal e peso bruto transmitido por eixos <strong>de</strong> veículos<strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> cargas , .2684126841268422684326844


Junho <strong>de</strong> 1999 cÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26807Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 1.019, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Cunha Bueno) - Possibilita a utilização <strong>de</strong> recursosdo FGTS, pelos trabalhadores titulares <strong>de</strong>contas <strong>de</strong>sse fundo, na compra <strong>de</strong> ações da Cia.Energética <strong>de</strong> São Paulo - CESP, quando da suaprivatização no contexto do Programa Nacional<strong>de</strong> Desestatização. 26844Projeto <strong>de</strong> Lei n 1l 1.021, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Neiva Moreira) - Altera dispositivos da Lei nll7.102, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1983, que dispõe sobresegurança para estabelecimentos financeirosestabelece normas para constituição e funciona~mento das <strong>em</strong>presas particulares que exploramserviços <strong>de</strong> vigilância e <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> valores,e dá outras providências. 26845Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 1.025, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Eduardo Paes) - Cria o direito à passag<strong>em</strong> gratuita<strong>em</strong> ônibus intramunicipais ou que ligu<strong>em</strong>municípios <strong>de</strong> uma mesma região metropolitanapara alunos da re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> ensino.................. 26845Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 1.027, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Lincoln Portela) - Dispõe sobre a instituição e<strong>de</strong>legação do servíço <strong>de</strong> transporte urbano e rodoviário<strong>de</strong> passageiros por veículos utilitários. .... 26846Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 1.028, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Mattos Nascimento) - Estabelece que o uso <strong>de</strong>armas <strong>de</strong> fogo é privativo <strong>de</strong> militares e <strong>de</strong> polici-. ais, e dá outras providências. 26846Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 1.035, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Chiquinho Feitosa) - Altera a lei nll 9.503, <strong>de</strong> 23<strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1997, que institui o Código <strong>de</strong>Trânsito Brasileiro, para dispor sobre a <strong>de</strong>stinaçãoda arrecadação <strong>de</strong> multas <strong>de</strong> trânsito. 26847Projeto <strong>de</strong> lei nll1.036, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr. LéoAlcântara) - altera o disposto nos arts. 126, 127,e 129 da Lei n ll 7.210, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1984 (Lei <strong>de</strong> Execução Penal), para nela incluir o estudocomo forma <strong>de</strong> r<strong>em</strong>ição <strong>de</strong> parte do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>execução da pena. 26848Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 1.039, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Alberto Fraga) - Estabelece a utilização da cabi-"ne <strong>de</strong> segurança nos veículos <strong>de</strong> aluguel (Táxi). .. 26848Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 1.040, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.João Coser) - Dispõe sobre o <strong>de</strong>sbloqueio <strong>dos</strong>Serviços <strong>de</strong> Valor Adicionado. 26849Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 1.042, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Antônio Jorge) - Altera as redações <strong>dos</strong> arts.148, 150,249 e 250 da Lei nll9.503, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro<strong>de</strong> 1997, que institui o Código <strong>de</strong> TrânsitoBrasileiro................................................................ 26852Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 1.046, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Mareio Fortes) - Dá priorida<strong>de</strong> às pessoas ffsicascom ida<strong>de</strong> igualou superior a 65 (sessenta ecinco) anos na prática <strong>de</strong> todo e qualquer ato oudiligência procedimental, acrescentando parágrafoúnico ao art. 154 do CPC. 26853Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 1.047, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Pompeo <strong>de</strong> Mattos) - Acrescenta it<strong>em</strong> 2 11 , à alíneaa, do inciso li, § 1li, do art. 61, da Lei n ll9.503, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1997.......................... 26854Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 1.048, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.Antônio Carlos Pannunzio) - Altera o § 3ll do art.12 da Lei n 1l 4.591, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1964para reduzir multa no pagamento com atraso da~<strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> condomínio....... 26855Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 1.051, <strong>de</strong> 1999 (Do Sr.José Carlos Vieira) - Acrescenta inciso ao art. 22do Título VI "Do financiamento da segurida<strong>de</strong> social",no Capítulo IV "Da contribuição da <strong>em</strong>presa",da Lei nll 8.212, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1991 do"Plano <strong>de</strong> Custeio da Previdência Social". 26855IV - Pequeno ExpedienteGERALDO SIMÕES (PT - BA) - Carta daAssociação Bahiana <strong>de</strong> Imprensa - ABI e do Sindicato<strong>dos</strong> Jomalistas Profissionais da Bahia aoGov<strong>em</strong>ador César Borges, com <strong>de</strong>núncia <strong>de</strong> atenta<strong>dos</strong>contra a liberda<strong>de</strong> da imprensa no Estado. .... 26862PEDRO CHAVES (PMDB - GO) - Extinçãodo segundo turno das eleições para PrefeitosMunicipais e Governadores <strong>de</strong> Estado. 26864ANTONIO CARLOS BISCAIA (PT - RJ) ­Caráter <strong>em</strong>inent<strong>em</strong>ente político do atual sist<strong>em</strong>a<strong>de</strong> seleção e <strong>de</strong> nomeação <strong>dos</strong> integrantes <strong>dos</strong>Tribunais Superiores. 26864JAIR BOLSONARO (PPB - RJ) - Descumprimento,pelo Estado brasileiro, <strong>de</strong> suas funçõessociais. Inoportunida<strong>de</strong> do projeto <strong>de</strong> lei sobreproibição da comer~alização <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogono País. Conveniência <strong>de</strong> fixação da maiorida<strong>de</strong>,para efeitos penais, aos 16 anos. 26865ROLAND LAVIGNE (PFL - BA) - Admissão,pela Comissão <strong>de</strong> Constituição e Justiça e<strong>de</strong> Redação, <strong>de</strong> proposta <strong>de</strong> <strong>em</strong>enda à Constituiçãosobre afastamento do cargo <strong>dos</strong> Prefeitoscandidatos à reeleição no ano 2000. Denúnciaapresentada à CPI do Judiciário pelos VereadoresJosé Fernan<strong>de</strong>s e Raimundo Borges, do Município<strong>de</strong> Ilhéus; Estado da Bahia, sobre corrupçãono Executivo local. ..WALDOMIRO FIORAVANTE (PT - RS) ­Dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Esta<strong>dos</strong> e Municípios <strong>em</strong> conseqüênciada politica econômica governamental.Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adoção <strong>de</strong> políticas para contençãoda crise social vigente no País ..FERNANDO MARRONI (PT - RS) - Insensibilida<strong>de</strong>do Po<strong>de</strong>r Executivo diante das dificul-2686626867


26808 Quinta-feira 10 cÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999da<strong>de</strong>s financeiras <strong>dos</strong> Municípios. Apoio às rei- GONZAGA PATRIOTA (Bloco/PSB - PE) -vindicações encaminhadas ao Governo Fe<strong>de</strong>ralRequerimento ao Ministério das Relações ExteriporGovernadores <strong>de</strong> oposição e entida<strong>de</strong>s muni-ores acerca <strong>de</strong> averiguação <strong>de</strong> fatos discriminacipalistas.26867 tórios contra brasileiros <strong>em</strong> Portugal. 26883PEDRO WILSON (PT - GO) - Relevânciado papel sociocultural exercido pelas universida<strong>de</strong>spúblicas brasileiras. Pronunciamento do oradorna ocasião do lançamento da Frente Parlamentar<strong>em</strong> Defesa da Universida<strong>de</strong> Pública. ........ 26869AFFONSO CAMARGO (PFL - PR) - Benefíciosda prática <strong>de</strong> caminhadas. 26873SÉRGIO NOVAIS (Bloco/PSB - CE) - Protestocontra <strong>de</strong>claração do Ministro Bresser Pereira-da Pasta da Ciência e Tecnologia, publicadano Jornal da Ciência, sobre inconveniênciado investimento <strong>em</strong> pesquisas científicas na RegiãoNor<strong>de</strong>ste. 26873VICENTE CAROPRESO (PSDB - SC) -Protesto contra a majoração abusiva <strong>dos</strong> preços<strong>dos</strong> medicamentos. 26874EVANDRO MILHOMEN (BlocoIPSB - AP) ­Tentativa, com o exagerado <strong>de</strong>staque dado ao projeto<strong>de</strong> proibição <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> armas no Pais, <strong>de</strong>escamoteação das verda<strong>de</strong>iras causas da escaladada violência, na ausência <strong>de</strong> políticas sociais. .... 26875FERNANDO FERRO (PT - PE) - Tratamentodiscriminatório praticado pelo serviço <strong>de</strong>imigração português contra brasileiros <strong>em</strong> visitaàquele país. Encaminhamento <strong>de</strong> representaçãoao Ministério das Relações Exteriores para adoção<strong>de</strong> providências acerca do assunto e <strong>de</strong> representaçãoà Comissão <strong>de</strong> Direitos Humanos, daCasa, sobre convocação do Cônsul brasileiro <strong>em</strong>Portugal para esclarecimento <strong>de</strong> sua omissão nofato......................................................................... 26875CAIO RIELA (PTB - RS) - Transcurso do129l' aniversário <strong>de</strong> fundação do Instituto Uniãoda Igreja Metodista, <strong>em</strong> Uruguaiana, Estado doRio Gran<strong>de</strong> do Sul. 26876TELMA DE SOUZA (PT - SP) - Resulta<strong>dos</strong><strong>de</strong> pesquisa do Ibge sobre a economia informaino País. Importância da implantação <strong>de</strong> políticas<strong>de</strong> financiamento para o pequeno <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dor."Carta <strong>de</strong> Brasília", documento resultante<strong>de</strong> reunião <strong>de</strong> Governadores e li<strong>de</strong>ranças nacionaisdo movimento municipalista. 26877RICARDO NORONHA (PMDB - DF) - Matériaspublicadas no Jornal da Verda<strong>de</strong>, informativodo Partido do Movimento D<strong>em</strong>ocráticoBrasileiro - PMDB, sobre inverda<strong>de</strong>s propaladaspelo Partido <strong>dos</strong> Trabalhadores - PT <strong>em</strong> programapolítico na TV :, 26879MARÇAL FILHO (PMDB - MS) - Proposiçãoacerca do fim do privilégio <strong>de</strong> prisão especialconcedido a réus <strong>de</strong>tentores <strong>de</strong> curso <strong>de</strong> nívelsuperior. 26884PAULO FEIJÓ (PSDB - RJ) - Elevadopeso do setor informal na economia brasileira,constatado por pesquisa da Fundação InstitutoBrasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística - IBGE. Necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> providências do Governo Fe<strong>de</strong>ralpara fortalecimento <strong>de</strong> tais ativida<strong>de</strong>s. 26884SERAFIM VENZON (pOr - SC) - Conveniência<strong>de</strong> flexibilização nas relações trabalhistasrurais e na regulamentação da reforma da Previdênciapara fixação do hom<strong>em</strong> no campo. 26885CHIQUINHO FEITOSA (PSDB - CE) ­Implantação no Município <strong>de</strong> Caucaia, RegiãoMetropolitana <strong>de</strong> Fortaleza, Estado do Ceará, <strong>de</strong>fábrica replicadora <strong>de</strong> CDs, no contexto do programa<strong>de</strong> geração <strong>de</strong> <strong>em</strong>pregos impl<strong>em</strong>entadopelo Governo Tasso Jereissati. 26886EUR!PEDES MIRANDA (PDT - RO) - Inviabílida<strong>de</strong>da pretendida instituição <strong>de</strong> moeda únicapara o Mercado Comum do Cone Sul -MERCOSUL. 26886PAULO PAIM (PT - RS) - Artigo "Direito doTrabalho ameaçado!", publicado no Boletim doDIAP - Departamento Intersindical <strong>de</strong> AssessoriaParlamentar. 26887JUQUINHA (PSDB - GO) - Defesa <strong>de</strong> programa<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento para a região doEntorno <strong>de</strong> Brasília, resultante <strong>de</strong> parceria entreos Governos Fe<strong>de</strong>ral, do Estado <strong>de</strong> Goiás e doDistrito Fe<strong>de</strong>ral. 26887EDINHO BEZ (PMDB - SC) - Registro <strong>de</strong>queda da marg<strong>em</strong> <strong>de</strong> lucro <strong>dos</strong> bancos brasileiros-<strong>em</strong>conseqOência da concorrência estrangeirae da globalização da economia <strong>de</strong> mercado.Importância da regulamentação do Sist<strong>em</strong>a FinanceiroNacional. 26889CARUTO MERSS (PT - SC) - Reporta­.g<strong>em</strong> do jornal A Notfcia, do Município <strong>de</strong> Joinville,Estado <strong>de</strong> Santa Catarina, acerca <strong>dos</strong> reflexosda Lei n° 9.636, <strong>de</strong> 1998, sobre a regularizaçãodo patrimônio imobiliário da União. Conveniência<strong>de</strong> revogação da referida lei. Proposta <strong>de</strong>realização, pela Comissão <strong>de</strong> DesenvolvimentoUrbano e Interior, <strong>de</strong> audiência pública com aparticipação do titular da Secretaria <strong>de</strong> Patrimônioda União para <strong>de</strong>bate do assunto... 26890


Junho <strong>de</strong> 1999 cÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26809ROMEU QUEIROZ (PSDB, MG) - Trans-Educação pelo estabelecimento <strong>de</strong> diretrizes curcursodo 224 11 aniversário da: Policia Militar do riculares para a modalida<strong>de</strong>. 26908Estado <strong>de</strong> Minas Gerais - 9 <strong>de</strong> junho. 26891 AGNALDO MUNIZ (PDT _ RO) _ Necessi-SIMÃO SESSIM (PPB - RJ) - Desvirtua-da<strong>de</strong> <strong>de</strong> persistência no combate à febre aftosamento do programa <strong>de</strong> privatização do setor pú-no Estado <strong>de</strong> Rondônia, <strong>em</strong> cumprimento a exiblicobrasileiro. Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fiscalização, gências sanitárias impostas ao setor pecuáriopelo Po<strong>de</strong>r Executivo, da atuação das <strong>em</strong>presaspara a comercialização da carne bovina. Urgênconcessionárias<strong>de</strong> serviços públicos. Transtor-cia na liberação <strong>de</strong> recursos para o trabalho <strong>de</strong>nos causa<strong>dos</strong> à população <strong>de</strong> Teresópolis, Esta- recadastramento do rebanho rondoniense. 26909do do Rio <strong>de</strong> Janeiro, pela divisão do Município<strong>em</strong> duas partes por posto <strong>de</strong> pedágio da ConcessionáriaRio-Teresópolis - CRT. Anúncio <strong>de</strong> en­MAX ROSENMANN (PSDB - PR) - Necrológiodo ex-Deputado Fe<strong>de</strong>ral Aragão <strong>de</strong> Mattoscaminhamento <strong>de</strong> requerimento <strong>de</strong> informaçõesLeão....................................................................... 26910ao Ministério <strong>dos</strong> Transportes sobre o assunto..... 26892SÉRGIO CARVALHO (PSDB - RO) - Iníciodas obras do Centro Regional <strong>de</strong> Vigilância <strong>de</strong> PortoVelho, no Aeroporto Belmont, Estado <strong>de</strong> Rondônia.Importância, para a região, da implantação doSist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Vigilância da Amazônia - SIVAM. ......... 26893CONFÚCIO MOURA (PMDB - RO) - t=xitoda administração Nelson Man<strong>de</strong>la no periodo <strong>de</strong>transição pós-apartheid, na Africa do Sul. Importânciada vitória do partido socialista CongressoNacional Africano nas eleições <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> junho....... 26893ENIO BACCI (PDT - RS) - Apresentação<strong>de</strong> proposta <strong>de</strong> <strong>em</strong>enda à Constituição sobre arrendamentocompulsório <strong>de</strong> parte do imóvel ruralou conjunto <strong>de</strong> imóveis rurais <strong>de</strong> um mesmodono com área superior a 5 mil hectares. 26894IÉDIO ROSA (PMDB - RJ) - Encaminhamentoà Mesa <strong>de</strong> relatório acerca <strong>de</strong> participaçãono S<strong>em</strong>inário sobre os Sist<strong>em</strong>as Judiciário e PenitenciárioAmericanos. 26894CLAUDIO CAJADO (PFL - BA) - Viag<strong>em</strong>do orador aos Municípios baianos <strong>de</strong> Porto Seguro,Prado, Alcobaça e Mucuri. .. .WELLlNGTON DIAS (PT - PI) - Denúncia<strong>de</strong> violência praticada por grupos <strong>de</strong> crime organizadono Estado do Piauí. Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ingerênciado Governo Fe<strong>de</strong>ral <strong>em</strong> planos <strong>de</strong> combateà criminalida<strong>de</strong> no Estado .CORONEL GARCIA (PSDB - RJ) - Regozijocom a criação do Ministério da Defesa .AUGUSTO NARDES (PPB - RS) - Propostado setor produtivo para o Plano <strong>de</strong> Safra <strong>de</strong> Verão199912000 para a Região Centro-Sul do País..NELSON PELLEGRINO (PT - BA) - Indignaçãocom o <strong>de</strong>sabamento ocorrido no ColégioMunicipal Roberto Corrêa, no bairro <strong>de</strong> Pau daLima, <strong>em</strong> Salvador, Estado da Bahia ..LUIZ RIBEIRO (PSDB - RJ) - Importânciada formação <strong>de</strong> professores na modalida<strong>de</strong> Normal<strong>em</strong> nível médio. Elogios ao Mini$tério da2689926900269002690126908JAQUES WAGNER (PT - BA) - Caráterabusivo da reiterada reedição <strong>de</strong> medidas provisórias.TELMO KIRST (PPB - RS) - Editorial "Desarmamento<strong>de</strong> cidadãos", publicado no jomalCorreio do Povo, do Estado do Rio Gran<strong>de</strong> doSul. .PAUDERNEY AVELlNO (PFL - AM) ­Contrarieda<strong>de</strong> à pretendida prorrogação da vigênciada Lei nlI8.248, <strong>de</strong> 1991, sobre incentivosespeciais à pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento-na áreada informática. Prejuizos causa<strong>dos</strong> pela referidanorma ao pólo <strong>de</strong> informática da Zona Franca <strong>de</strong>Manaus .26910PAULO ROCHA (PT - PA) - Aumento doíndice <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego <strong>em</strong> Belém, Estado doPará. 26911WALTER PINHEIRO (PT - BA) - Transcursodo Dia do Trabalhador <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>. Contrarieda<strong>de</strong>à proposta <strong>de</strong> privatização da Empresa Baiana<strong>de</strong> Saheamento - EMBASA. ..ARY KARA (PPB - SP) - Dificulda<strong>de</strong>s econOmico-financeirasenfrentádas pelas Santas Casas<strong>de</strong> Misericórdia <strong>em</strong> todo o País. Transcursodo 51 11 aniversário <strong>de</strong> fundação do jornal A Vozdo Vale do Paraiba, do Município <strong>de</strong> Taubaté,Estado <strong>de</strong> São Paulo - 1 11 <strong>de</strong> maio. Atuação dojornalista wal<strong>de</strong>mar Duarte, diretor do periódico..NELSON MARQUEZELLI (PTB - SP) ­Congratulações com o Sr. Antonio <strong>de</strong> Salvo, Presi<strong>de</strong>nteda Confe<strong>de</strong>ração Nacional da Agricultura- CNA, pela proposta <strong>de</strong> plano <strong>de</strong> safra <strong>de</strong> verão199912000 encaminhada pela entida<strong>de</strong> ao Ministérioda Agricultura e do Abastecimento ..RUBEM MEDINA (PFL - RJ) - Necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> apoio fe<strong>de</strong>ral a programas <strong>de</strong> saneamentoe infra-estrutura urbana no Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro.Conveniência <strong>de</strong> aprovação <strong>de</strong> legislaçãoa<strong>de</strong>quada sobre gestão <strong>de</strong> recursos hídricos epreservação ambiental. .269122691226913269142691626916


26810 Quinta-feira 10 cÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999FEU ROSA (PSDB - ES) - Necrológio doMARCONDES GADELHA (PFL - PB. Pelamédico espírito-santense Dr. Jolindo Martins. 26917 or<strong>de</strong>m) - Anúncio <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong>EUNlclO OLIVEIRA (PMDB _ CE) _ lei sobre cri~ção, no~ Municípios <strong>de</strong> Sous~ e SãoImportância da reforma do Po<strong>de</strong>r Judiciário.......... 26918 João do RI? do Peixe, Estad? da Paralba, doParque NaCional do Vale <strong>dos</strong> Dinossauros.PEDRO CANEDO (PSDB - GO) - Trans- .26935curso do Dia da Indústria - 25 <strong>de</strong> maio. RelaçãoALOlzlO SANTOS (PSDB - ES. Pela ar<strong>de</strong><strong>em</strong>presários goianos agracia<strong>dos</strong> com a Meda-<strong>de</strong>m) - Anúncio <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong>lha do Mérito Industrial. 26922 lei sobre estabelecimento <strong>de</strong> alíquota máxima enormas gerais relativas ao Imposto Sobre Servi­V - Gran<strong>de</strong> Expedienteços <strong>de</strong> Qualquer Natureza - ISSQN. 26936JOÃO FASSARELLA (PT - MG) - Viabilização,pelo Presi<strong>de</strong>nte da Comissão Mista <strong>de</strong> Pla-EVILÁSIO FARIAS (Bloco/PSB - SP. Pelanos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, Deputa-or<strong>de</strong>m) - Excessiva sonegação fiscal verificadado Lael Varella, <strong>de</strong> recursos orçamentários parano País. Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reformulação do mo<strong>de</strong>construção<strong>de</strong> hospital <strong>em</strong> Minas Gerais, <strong>em</strong> pre- lo tributário brasileiro. 26936juízo <strong>de</strong> obras inacabadas no Estado. UrgenteRICARDO MARANHÃO (Bloco/PSB - RJ.adoção, pelo Congresso Nacional, <strong>de</strong> medidasPela or<strong>de</strong>m) - Importância do lançamento, pelopara maior agilida<strong>de</strong> nos processos com indíciosSindicato Nacional das Entida<strong>de</strong>s Fechadas <strong>de</strong><strong>de</strong> irregularida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> tramitação no Tribunal <strong>de</strong>Previdência Privada - SINDAPP, do Código <strong>de</strong>Contas da União. Oportunida<strong>de</strong> da avaliação dopapel da referida Comissão do Congresso Nacional,Ética <strong>dos</strong> Fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Pensão. 26936diante da lentidão <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> produzi<strong>dos</strong>. .26923BISPO RODRIGUES (BlocolPL - RJ) ­Descaso governamental para com as vítimas daseca no Nor<strong>de</strong>ste. Indignação diante da medicaçãoda população nor<strong>de</strong>stina faminta com calmantes.Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> combate às <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>ssociais no País. Desperdício, pelo GovernoFe<strong>de</strong>ral, <strong>dos</strong> recursos oriun<strong>dos</strong> da privatização<strong>de</strong> <strong>em</strong>presas estatais. Pretensão do Po<strong>de</strong>r Executivo<strong>de</strong> criação <strong>de</strong> imposto <strong>de</strong> renda mínimosobre o faturamento bruto das <strong>em</strong>presas. Excessivacarga tributária brasileira................................ 26926LUIZ SÉRGIO (PT - RJ. Pela or<strong>de</strong>m) - Repúdioà perda <strong>de</strong> recursos públicos ocasionadapela <strong>de</strong>svalorização da moeda nacional. Solidarieda<strong>de</strong>aos funcionários do Hospital Salgado Filho,Rio <strong>de</strong> Janeiro, na luta pelo resgate do profissionalismoe do respeito da população cariocaà instituição. 26929GIVALDO CARIMBÃO (Bloco/PSB - AL.Pela or<strong>de</strong>m) - Protesto contra pedido <strong>de</strong> intervençãofe<strong>de</strong>ral no Estado <strong>de</strong> Alagoas. Conveniência<strong>de</strong> revisão da Lei Amin sobre estabelecimento<strong>de</strong> teto orçamentário para Câmaras Municipais,Tribunais e Ass<strong>em</strong>bléias Legislativas......... 26930LUIZ SALOMÃO (PDT - RJ. Pela or<strong>de</strong>m) ­Anúncio <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> lei sobrealteração da Consolidação das Leis do Tra-·balho e do Plano <strong>de</strong> Beneficios da Previdência. ... 26931ARNALDO FARIA DE SÁ (PPB - SP. Pelaor<strong>de</strong>m) - Consi<strong>de</strong>rações da Associação Paulista<strong>dos</strong> Fiscais <strong>de</strong> Contribuições Previ<strong>de</strong>nciárias so~bre a nova estrutura do Instituto Nacional do SeguroSocial- INSS. 26931WALDEMIR MOKA (PMDB - MS. Pela or<strong>de</strong>m)- Prejuízos contabiliza<strong>dos</strong> pelo sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> do País <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência do consumo <strong>de</strong>drogas lícitas e ilícitas. Sugestão <strong>de</strong> formação,no Estado do Mato Grosso do Sul, <strong>de</strong> força-tarefapara combate ao contrabando <strong>de</strong> armase drogas, com participação das ForçasArmadas e das Polícias Fe<strong>de</strong>ral, Civil e Militar.Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação da infra-estrutura daSuperintendência da Polícia Fe<strong>de</strong>ral sul-mato-grossenseà magnitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas atribuições.Des<strong>em</strong>penho da CPI do Narcotráfico .VIVALDO BARBOSA (PDT - RJ. Pela or<strong>de</strong>m)- Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecimento, pelaMesa da Casa, <strong>de</strong> normas sobre o acesso aoplenário <strong>de</strong> <strong>de</strong>legações <strong>em</strong> visita à Câmara <strong>dos</strong>Deputa<strong>dos</strong> .PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Oportunafixação, pela Mesa Diretora, <strong>de</strong> orientação <strong>de</strong>finitivasobre o t<strong>em</strong>a .269382693926939PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Convocação<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> ao plenário, para início daOr<strong>de</strong>m do Dia. 26939VIVALDO BARBOSA (PDT - RJ. Pela or<strong>de</strong>m)- Presença do economista Celso Furtado naComissão <strong>de</strong> Economia, Indústria e Comércio.......PAUDERNEY AVELlNO (PFL - AM. Pelaor<strong>de</strong>m) - Reclamação contra funcionamento <strong>de</strong>Comissões durante o horário <strong>de</strong>stinado à Or<strong>de</strong>mdo Dia .PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Determinação<strong>de</strong> encerramento <strong>dos</strong> trabalhos nas Co-.missões para início da Or<strong>de</strong>m do pia ..269392694026940


cÂMARAJunho <strong>de</strong> 1999 IDOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26811JOSÉ GENOINO (PT - SP. Como Li<strong>de</strong>r) -ENIO BACCI (Pela or<strong>de</strong>m) - ApresentaçãoCaráter <strong>de</strong>mocrático do orçamento participativo<strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> lei sobre alteração da Lei nJlproposto pelo Governo Olivio Dutra, do Estado 8.213, <strong>de</strong> 1991.. ..do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. 26940 CAIO RIELA (Pela or<strong>de</strong>m) _ SolicitaçãoJANDlRA FEGHALI (Bloco/PCdoB - RJ. aos Deputa<strong>dos</strong> <strong>de</strong> comparecimento ao plenárioPela or<strong>de</strong>m) - Conotação politica da ofensiva dapara apreciação da Or<strong>de</strong>m do Dia. Orientação daOrganização do Tratado do Atlântico Norte - respectiva bancada .OTAN contra a Iugoslávia...................................... 26941AGNELO QUEIROZ (Bloco/PCdoB - DF.Pela or<strong>de</strong>m) - Encaminhamento à Mesa <strong>de</strong> relatório<strong>de</strong> comissão constituída para análise do pagamento<strong>de</strong> contribuição previ<strong>de</strong>nciária pelas entida<strong>de</strong>sfilantrópicas. 26942VI - Or<strong>de</strong>m do DiaARNALDO FARIA DE SÁ (Pela or<strong>de</strong>m) ­Aplauso à Presidência pelo início da Or<strong>de</strong>m doDia com a continuida<strong>de</strong> da votação da Proposta<strong>de</strong> Emenda à Constituição nJl626, <strong>de</strong> 1998. 26947PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Continuaçãoda votação, <strong>em</strong> segundo turno, da Proposta <strong>de</strong>Emenda à Constituição nlI 626-A, <strong>de</strong> 1998, que alteradispositivos da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, mediantea inclusão do cargo <strong>de</strong> Ministro <strong>de</strong> Estado da Defesaentre os privativos <strong>de</strong> brasileiro nato, a alteraçãoda composição do Conselho <strong>de</strong> Defesa Nacional, a<strong>de</strong>finição do juízo competente para processar e julgaros Comandantes da Marinha, do Exército e daAeronáutica, e dá outras providências..................... 26947PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Votação<strong>de</strong> requerimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque para votação <strong>em</strong>separado da expressão "e os Comandantes daMarinha, do Exército e da Aeronáutica·, constantedo incíso I do art. 52, do art. 1 11 da redaçãopara o segundo turno da Proposta <strong>de</strong> Emenda àConstituição nJl626, <strong>de</strong> 1998................................. 26947Usou da palavra para encaminhamento davotação o Sr. Deputado JOSÉ GENOINO............. 26947Usaram da palavra para orientação dasrespectivas bancadas os Srs. Deputa<strong>dos</strong> LUIZAERUNDINA, CAIO RIELA, DR. HÉLIO, ARNALDOFARIA DE sÁ, PROFESSOR LUIZINHO, NELSONPROENÇA, JOÃO ALMEIDA, PROFESSORLUIZINHO, INOC~NCIO OLIVEIRA, RICARDOBARROS, AIRTON CASCAVEL, CABO JÚLIO. ...... 26948EVILASIO FARIAS (Pela or<strong>de</strong>m) - Participação<strong>de</strong> representantes do Movimento <strong>de</strong> HabitaçãoPopular <strong>em</strong> audiência pública no Plenário4 das Comissões Permanentes. 26949GERSON GABRIELLI (Pela or<strong>de</strong>m) ­Anúncío <strong>de</strong> realização, na Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,do 3ll S<strong>em</strong>inário sobre Reforma Tributária eFiscal. Apresentação da versão final do Estatutoda Micro e da Pequena Empresa ..26949RONALDO VASCONCELLOS (Pela or<strong>de</strong>m)- Apresentação <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> lei sobre criaçãodo Fundo <strong>de</strong> Desenvolvimento Tecnológicodo Setor Elétrico ..CELSO GIGLlO (Pela or<strong>de</strong>m) - Realizaçãodo ajuste fiscal <strong>em</strong> beneficio <strong>dos</strong> Municípios brasileiros,' .DR. HELENO (Pela or<strong>de</strong>m) - Construção,pelo grupo Atlântica/A.C. Lobato, <strong>de</strong> shoppingcenter no Município <strong>de</strong> Duque <strong>de</strong> Caxías, Estadodo Rio <strong>de</strong> Janeiro. Superação da crise econômicabrasileira. RealizaçOes do Prefeito Municipal<strong>de</strong> Duque <strong>de</strong> Caxias ..CAIO RIELA (Pela or<strong>de</strong>m) - ~xodo rural noEstado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul provocado pelainexistência <strong>de</strong> polltica agrlcola .Usou da palavra para orientação da respectivabancada o Sr. Deputado DR. HÉLIO .Usou da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro<strong>de</strong> voto, o Sr. Deputado NEY LOPES ..INOC~NCIO OLIVEIRA (Pela or<strong>de</strong>m) - Solicitaçãoaos Deputa<strong>dos</strong> <strong>de</strong> comparecimento aoplenário para apreciação da Or<strong>de</strong>m do Dia. Orientaçãoda respectiva bancada .CABO JÚLIO (Pela or<strong>de</strong>m) - Aprovação,pela Ass<strong>em</strong>bléia Legislativa do Estado <strong>de</strong> MinasGerais, <strong>de</strong> proposta <strong>de</strong> anistia a policiais militares.AÉCIO NEVES (Pela or<strong>de</strong>m) - Orientaçãoda respectiva bancada. Aviso à bancada fe<strong>de</strong>raldo PSDB sobre realização, no Espaço Culturalda Casa, <strong>de</strong> reunião do partido após o encerramentoda presente sessão ..VALDECI OLIVEIRA (Pela or<strong>de</strong>m) - Apresentação<strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> lei sobre alteração <strong>de</strong> dispositivosda Lei nJl7.102, <strong>de</strong> 1983, para <strong>de</strong>finição<strong>dos</strong> critérios <strong>de</strong> concessão do funcionamento <strong>de</strong><strong>em</strong>presa especializada <strong>em</strong> vigilância e transporte<strong>de</strong> valores e obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> equipamento<strong>de</strong> proteção individual por vigilantes <strong>em</strong>serviço .DR. HÉLIO (Pela or<strong>de</strong>m) - Apresentação<strong>de</strong> requerimento <strong>de</strong> informações ao Ministério daSaú<strong>de</strong> sobre comercialização do medicamentoVasomax .26950269502695026950269512695226953269532695326953269532695426954


26812 Quinta-feira 10 cÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999JOSUÉ BENGTSON '. (Pela or<strong>de</strong>m) - CABO JÚLIO, CAIO RIELA, "OR. HÉLIO,Aguardo, pelo Estado do Pará, <strong>de</strong> autorização do CLEMENTINO COELHO, ODELMO LEÃO,Ministério do Meio Ambiente para inicio dasGERALDO MAGELA, GEDDEL YIEIRA LIMA,obras da Hidrovia do Marajó. 26954 MARCUS VICENTE, INOCr=NCIO OLIVEIRA,PEDRO CELSO (Pela or<strong>de</strong>m) - Greve <strong>de</strong> ELTON ROHNELT. 26970<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa prestadora <strong>de</strong> serviços PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) Aprovaçãoà Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> :.............................. 26954 das <strong>em</strong>endas <strong>de</strong> redação. 26970OLIVEIRA FILHO (Pela or<strong>de</strong>m) - Transcur-Usaram da palavra para registro <strong>de</strong> voto osso do 21 11 aniversário <strong>de</strong> fundação da Igreja Uni- Srs. Deputa<strong>dos</strong> PEDRO' CHAVES, JOSÉversal do Reino <strong>de</strong> Deus - 9 <strong>de</strong> junho. Apresen- CARLOS VIEIRA ,..................... 26970tação <strong>de</strong> requerimento <strong>de</strong> realização, pela Casa,<strong>de</strong> sessão solene para com<strong>em</strong>oração da data...... 26954POMPEO DE MAnOS (Pela or<strong>de</strong>m) ­Apresentação <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> lei sobre regulamentação<strong>de</strong> multas <strong>de</strong> trânsito aplicadas por guardasmunicipais e acerca <strong>de</strong> vinculação do seguro-<strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregoà prestação <strong>de</strong> serviço comunitário. 26955ANTONIO CARLOS BISCAIA (Pela or<strong>de</strong>m)- Apresentação <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> lei sobre a efetivação<strong>de</strong> recebimentos da r<strong>em</strong>uneração <strong>de</strong> trabalhoe beneficios previ<strong>de</strong>nciários efetua<strong>dos</strong> mediante<strong>de</strong>pósito bancário por pessoas fisicas ou juridicas<strong>de</strong> direito público ou privado. 26955MAGNO MALTA (Pela or<strong>de</strong>m) - Intercessãodo Li<strong>de</strong>r do Governo junto ao Banco Centrala favor <strong>de</strong> envio, pela instituição, <strong>de</strong> técnicos àComissão Parlamentar <strong>de</strong> Inquérito <strong>de</strong>stinada àinvestigação da impunida<strong>de</strong> do narcotráfico. ........ 26955PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Encerramentoda votação. 26955Manutenção da expressão <strong>de</strong>stacada.. 26956PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Distribuiçãoao Plenário <strong>de</strong> <strong>em</strong>endas <strong>de</strong> redação. .............26968Usaram da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro<strong>de</strong> voto, os Srs. Deputa<strong>dos</strong> ANTONIOFEIJÃO, RICARDO RIQUE, BASiLIO VILLANI,MARCOS LIMA, SYNVAL GUAZZELLI, ANACATARINA. 26968PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Votaçãodas Emendas <strong>de</strong> Redação nlls 1 a 5. 26968JOSÉ GENOINO (Pela or<strong>de</strong>m) - Esclarecimentosobre a natureza da Emenda <strong>de</strong> Redaçãon25......................................................................... 26969PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Posicionamentoda Mesa Diretora com relação à votaçãoda Emenda <strong>de</strong> Redação n l1 5........ 26969Usou da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro<strong>de</strong> voto, o Sr. Deputado WALFRIDO MARESGUiA '26969Usaram da palavra para orientação dasrespectivas bancadas os Srs. Deputa<strong>dos</strong>FERNANDO GABEIRA, REGIS CAVALCANTE,PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Dispensa<strong>de</strong> votação da redação final. Encaminhamentoda matéria ao Senado Fe<strong>de</strong>ral. ..IÉDIO ROSA (Pela or<strong>de</strong>m) ~ Apresentação<strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> lei sobre o t<strong>em</strong>po máximo <strong>de</strong> esperapara atendimento aos clientes da re<strong>de</strong> bancária....PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Votação <strong>de</strong>requerimento <strong>de</strong> urgência para apreciação do Projeto<strong>de</strong> Lei n2 4.695, <strong>de</strong> 1998, do Po<strong>de</strong>r Executivo,acerca <strong>de</strong> alteração <strong>dos</strong> arts. 789 e 790 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho'- CLT, sobre custase <strong>em</strong>olumentos da Justiça do Trabalho ..Usaram da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro<strong>de</strong> voto, os Srs. Deputa<strong>dos</strong> ELTON ROHNELT,PAULO DELGADO, FREIRE JqNIOR. .Usaram da palavra para orientação das respectivasbancadas os SI'S. Deputa<strong>dos</strong> REGISCAVALCANTE, CLEMENTINo COELHO, CAIORIELA, DR. HÉLIO, GERSON PERES, JOSÉPIMENTEL, GEDDEL VIEIRA LIMA, JOÃOALMEIDA, INOCr=NCIO ',' OLIVEIRA, ARNALDOMADEIRA .2697026970269702697126971Usou da palavra pel,a or<strong>de</strong>m o Sr. DeputadoINOC~NCIO OLIVEIRA.................................... 26971Usou da palavra para orientação da respectivabancada o Sr. Deputado CLEMENTINOCOELHO ,...................................... 26971Usou da palavra pela or<strong>de</strong>m o Sr. DeputadoJOÃO ALMEIDA. 26972Usaram da palavra para orientação dasreSpectivas bancadas os Srs. Deputa<strong>dos</strong> CAIORIELA, CABO JÚLIO. 26972Usou da palavra' pela or<strong>de</strong>m, para registro<strong>de</strong> voto, o Sr. Deputado JOÃO MAGALHÃES.......Usou da palavra 'pela or<strong>de</strong>m o Sr. DeputadoINOC~NCIO OLIVEIRA ..PRESIDENTE. (Michel T<strong>em</strong>er) - Realiza-,çêo <strong>de</strong> votação nominal da matéria ..Usou da palavra pela or<strong>de</strong>m, ,para registro<strong>de</strong> voto, o Sr. Deputado JAIME MARfiNS ., • rJ:;,26972269722697226972


Junho <strong>de</strong> 1999 cÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26813Usou da palavra para orientação da res-Mattos e Gerson Gabrielli na elaboração do Estapectivabancada o Sr. Deputado POMPEO 'DEtuto da Micro e da Pequena Empresa. AnúncioMATTOS. 26972 <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> s<strong>em</strong>inário sobre a reforma tribu-RAFAEL GUERRA (Pela or<strong>de</strong>m) _ Realiza-tária e fiscal ~ do 2 11 S<strong>em</strong>inário Nacional sobre oção, pela Subcomissão Permanente <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, Estatuto da MIcro e da Pequena Empres~ .<strong>de</strong> audiência pública com a participação da in· PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Encerrad(lstriafarmacêutica para discussão do aumento mento da votação ..nos preços <strong>dos</strong> medicamentos. 26972 Aprovação do requerimento <strong>de</strong> urgência .• ~ERSON. GABRIELLI (Pela or<strong>de</strong>m) - Inclusão da matéria na Or<strong>de</strong>m do Dia daAnunCIO <strong>de</strong> realtzação da 13- Convenção Nor· .te-Nor<strong>de</strong>ste <strong>de</strong> Supermerca<strong>dos</strong>, <strong>em</strong> Salvador, sessão <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1999 ..Estado da Bahia ~........................................ 26972 PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Votação <strong>de</strong>VlRGILlO GUIMARÃES (Pel rd ) _ requerimento <strong>de</strong> urgência para o ~rojeto <strong>de</strong> ~ei nll. . a o <strong>em</strong> 4.693, <strong>de</strong> 1998, do Po<strong>de</strong>r executivo, sobre Inser-Alocação, '?SI~ Comls~o M!sta <strong>de</strong> Planos, Orça- çAo <strong>dos</strong> arts. 852-A e seguintes à Consolidaçãomentos Publlcos e Flscaltzação, <strong>de</strong>. recursosdas Leis do Trabalho - CLT, instituindo o procediparaconclusão do. Metrô <strong>de</strong> Belo Honzonte, ra- menta sumariissimo no processo trabalhista ..mal Calafate-Barrelro. 26972. Usaram da palavra para orientação das res-Usaram da palavra pela or<strong>de</strong>m, para regls- pectivas bancadas os Srs. Deputa<strong>dos</strong> CABOtro <strong>de</strong> voto, os Srs. Deputa<strong>dos</strong> JOSÉ THOMAZJÚLIO, REGIS CAVAlCANtE, EVILÁSIO FARIAS,NONO, OLAVO CALHEIROS. 26973 CAIO RIELA, DR. HÉLIO, ARNALDO FARIA DEARNALDO FARIA DE SÁ (Pela or<strong>de</strong>m) -sA, AVENZOAR ARRUDA, WALDEMIR MOKA,Importância da aprovação do pedido <strong>de</strong> urgência JOÃO ALMEIDA, INOC~NCIO OLIVEIRA,para apreciação do Projeto <strong>de</strong> Lei nll 4.695, <strong>de</strong> RICARDO BARROS, JOSÉ ANTONIO ..1998....................................................................... 26973 .Usou da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro<strong>de</strong> voto, a Sra. Deputada LÚCIA VÂNIA. ..WALDOMIRO FIORAVANTE (Pela or<strong>de</strong>m)- ApresentaçAo <strong>de</strong> requerimento <strong>de</strong> informaçOesao Ministério do Esporte e Turismo sobre liberação<strong>de</strong> recursos para construção do Ginásio Poliesportivodo Munic/pio <strong>de</strong> Erechim, Estado doRio Gran<strong>de</strong> do Sul ..Usaram da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro<strong>de</strong> voto, os Srs. Deputa<strong>dos</strong> HUGO BIEHL,PAULO OCTÁVIO ..ALBERTO FRAGA (Pela or<strong>de</strong>m) - Concessão<strong>de</strong> anistia a policiais militares participantes <strong>de</strong>movimento grevista, no Estado <strong>de</strong> Minas Gerais....JAIR BOLSONARO (Pela or<strong>de</strong>m) - Concessão<strong>de</strong> anistia a policiais militares participantes<strong>de</strong> movimento grevista, no Estado <strong>de</strong> MinasGerais ; ..LUIZ ANTONIO FLEURV (Pela or<strong>de</strong>m) ­Apresentação <strong>de</strong> proposta <strong>de</strong> <strong>em</strong>enda à Consti·tuic;lo sobre estabelecimento da pena <strong>de</strong> prisãoperpétua com trabalho obrigatório .LUIZ CARLOS HAULV (Pela or<strong>de</strong>m) • Manifestação<strong>de</strong> pesar pelo falecimento do jornalistaLeamis Rocha, da Gazeta do Povo, Estado doParaná ..RICARDO BARROS (Pela or<strong>de</strong>m) - Empenho<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> Augusto Nar<strong>de</strong>s, Cust6dio26973269732697326974269742697426974Usaram da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro<strong>de</strong> voto, os Srs. Deputa<strong>dos</strong> ALBÉRICOCORDEIRO, JOSÉ ROCHA, ADOLFOMARINHO, JOSÉ MENDONÇA BEZERRA,VEDA CRUSIUS .. EDINHO ARAÚJO (Pela or<strong>de</strong>m) - Encaminhamentoao Ministério da Agricultura e do Abastecimento<strong>de</strong> indicação para adoção <strong>de</strong> plano nacional<strong>de</strong> erradicação <strong>de</strong> doenças fitossanitáriasda cultura citrica .JOSÉ PIMENTEL (Pela or<strong>de</strong>m) - Razãodo voto contrário ao requerimento <strong>de</strong> urgência.....INOCJ:NCIO·OllVEIRA (Pela or<strong>de</strong>m) - So­IicitaçAo aos Deputa<strong>dos</strong> para permanência noplenário. Orientação da respectiva bancada.........ROBÉRIO ARAÚJO (Pela or<strong>de</strong>m) - Aprovação,pela Comissão Mista <strong>de</strong> Planos, OrçamentosPúblicos e Fiscalização, <strong>de</strong> crédito supl<strong>em</strong>entarpara conclusão <strong>de</strong> pontes na BR-174, trechoManaus-Boa Vista .Usou da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro<strong>de</strong> voto, o Sr. Deputado JOÃO PAULO .AIRTON CASCAVEL (Pela or<strong>de</strong>m) - Apresentação<strong>de</strong> proposta <strong>de</strong> <strong>em</strong>enda à Constituiçãosobre alteração <strong>dos</strong> arts. 49 e 67 do Ato das DisposiçOesConstitucionais Transitórias .Usaram da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro<strong>de</strong> voto, os Srs. Deputa<strong>dos</strong> RICARTE DEFREITAS, JOÃO HENRIQUE. ..2697426974269742697426986269862698726987269872698826988269882698826989


26814 Quinta-feira 10 cÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999JUTAHY JUNIOR (Pela or<strong>de</strong>m) - SolicitaçãoUsaram da palavra pela or<strong>de</strong>m, para regisaosDeputa<strong>dos</strong> do PSDB <strong>de</strong> comparecimento aotro <strong>de</strong> voto, os Srs. Deputa<strong>dos</strong> JOÃO CASTELO,plenário. Orientação da respectiva bancada. 26989 ANDRÉ BENASSI, CLEUBER CARNEIRO,Usou da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro SAULO PEDROSA. 27001<strong>de</strong> voto, o Sr. Deputado GIOVANNI QUEIROZ..... 26989 PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - VotaçãoUsou da palavra pela or<strong>de</strong>m o Sr. Deputa-<strong>de</strong> requerimento <strong>de</strong> urgência para o Projeto <strong>de</strong>do PAUDERNEY AVELlNO................................... 26989 Resolução n 2 1-CN, <strong>de</strong> 1999, da Mesa da Câmara<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, que regulamenta os arts. 1 2 ,2 2 e 32 da Lei n2 9.506, <strong>de</strong> 1997. 27001Usaram da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro<strong>de</strong> voto, os Srs. Deputa<strong>dos</strong> HERMESPARCIANELLO, CHIQUINHO FEITOSA. ..Usou da palavra para orientação da respectivabancada o Sr. Deputado ODELMO LEÃO .Usaram da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro<strong>de</strong> voto, os Srs. Deputa<strong>dos</strong> RAIMUNDOGOMES DE MATOS, JOVAIR ARANTES,FERNANDO CORUJA .Usou da palavra para orientação da respectivabancada o Sr. Deputado ODELMO LEÃO.......Usou da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro<strong>de</strong> voto, o Sr. Deputado GONZAGA PATRIOTA...Usou da palavra para orientação da respectivabancada o Sr. Deputado JOÃOALMEIDA .Usou da palavra pela or<strong>de</strong>m. para registro<strong>de</strong> voto, o Sr. Deputado ELlSEU RESENDE. .......IVAN PAIXÃO (Pela or<strong>de</strong>m) - Defesa <strong>de</strong>autoconvocação da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> nomês <strong>de</strong> julho do corrente ano para continuida<strong>de</strong>da apreciação <strong>de</strong> matérias <strong>em</strong> tramitação .PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Encerramentoda votação .Aprovação do requerimento <strong>de</strong> urgência .Usaram da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro<strong>de</strong> voto, os Srs. Deputa<strong>dos</strong> CELSO JACOB,GERMANO RIGOTTO .PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Votação <strong>de</strong>requerimento <strong>de</strong> urgência para o Projeto <strong>de</strong> Lei n2530, <strong>de</strong> 1999, sobre ampliação, no caso <strong>de</strong> separação,do direito <strong>de</strong> visitas aos filhos para avóspaternos e mat<strong>em</strong>os, segundo fixação do juiz,b<strong>em</strong> como para fiscalização <strong>de</strong> sua manutenção eeducação, <strong>em</strong> face da importância da matéria ..Usaram da palavra para orientação dasrespectivas bancadas os Srs. Deputa<strong>dos</strong> LUIZAERUNDINA. CAIO RIELA, REGISCAVALCANTE, DR. HÉLIO, ODELMO LEÃO,GERALDO MAGELA, WALDEMIR MOKA,AÉCIO NEVES, INOCÊNCIO OLIVEIRA,RICARDO BARROS: .26989269892698926989269892698926990269902699026990270012700127001PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Aprovaçãodo requerimento <strong>de</strong> urgência. 27001Usou da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro<strong>de</strong> voto, o Sr. Deputado CIRO NOGUEIRA. 27001Usaram da palavra para orientação dasrespectivas bancadas os Srs. Deputa<strong>dos</strong> LUIZAERUNDINA, CAIO RIELA, DR. HÉLIO, ODELMOLEÃO, REGIS CAVALCANTE, GERALDOMAGELA, WALDEMIR MOKA, AÉCIO NEVES,INOCÊNCIO OLIVEIRA .Usaram da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro<strong>de</strong> voto, os Srs. Deputa<strong>dos</strong> SAULO PEDROSA,ÁTILA LIRA, ANTONIO CARLOS PANNUNZIO,VICENTE ARRUDA, CLÁUDIO CAJADO .AÉCIO NEVES (Pela or<strong>de</strong>m) - Aviso aosParlamentares do PSDB sobre realização <strong>de</strong> reuniãodo partido no Espaço Cultural da Casa .Usaram da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro<strong>de</strong> voto, os Srs. Deputa<strong>dos</strong> FRANCISCOCOELHO, ALEXANDRE SANTOS, NILOCOELHO, GERMANO RIGOTTO, NARCIORODRIGUES, ROBERTO ROCHA, SEBASTIÃOMADEIRA, WAGNER SALUSTIANO, FEUROSA, MARCUS VICENTE .27001PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Aprovaçãodo requerimento <strong>de</strong> urgência................................. 27002Apresentação <strong>de</strong> proposições: ANTONIOCARLOS BISCAIA; GONZAGA PATRIOTA;PAULO PAIM; RUBENS BUENO; VALDEMARCOSTA NETO; ANA CATARINA; LUIZ SALOMÃO;ALOfzlO SANTOS; MARCONDES GADELHA;ARNALDO FARIA DE SÁ; ENIO BACCI;VALDOMIRO MEGER; FEU ROSA; VALDECIOLIVEIRA; VIC PIRES FRANCO; WALTERPINHEIRO; PAULO LIMA; L1DIA QUINAN;WALTER PINHEIRO E AVENZOAR ARRUDA;DA. HÉLIO; ANTONIO PALOCCI; MILTONTEMER; ARY KARA; OLIVEIRA FILHO; ANTONIOCARLOS BISCAIA; POMPEO DE MATTOS;EDUARDO CAMPOS; IÉDIO ROSA; EDINHOARAÚJO; WALDOMIRO FIORAVANTE; LUIZANTONIO FLEURY E OUTROS; HAROLDOLIMA; AIRTON CASCAVEL E OUTROS; JOÃOCALDAS; JOÃO LEÃO; L1NCOLN PORTELA EINOCÊNCIO OLIVEIRA; COSTA FERREIRA. .27002270442704427044


Junho <strong>de</strong> 1999 CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26815RICARDO NORONHA (Pela or<strong>de</strong>m) - Cri-querimento <strong>de</strong> urgência para o projeto <strong>de</strong> lei proiação,pelo Governo do Distrito Fe<strong>de</strong>ral, do Pólo bitivo da fabricação <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo no BrasiL.. 27048JK e do setor <strong>de</strong> revenda <strong>de</strong> automó.v~is usa<strong>dos</strong>. 27044 PRESIDENTE (Nelson Trad) - Ato da Pre-Usaram da palavra pela or<strong>de</strong>m;para regis·-sidência sobre constituição <strong>de</strong> Comissão Externatm <strong>de</strong> voto, os Srs. Deputa<strong>dos</strong> MÁRCIO BlnAR,para averiguação <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncias <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong>BADU PICANÇO. 27044 pesca predatória e trabalho escravo nas águasRONALDO VASCONCELLOS (Pela or- do Iito~al sul do Brasil, Esta<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Santa Catari<strong>de</strong>m)_ Aprovação, pela Comissão <strong>de</strong> Defesa do na e RIo Gran<strong>de</strong> do Sul. 27048Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, <strong>de</strong> pro- Usaram da palavra pela or<strong>de</strong>~, para regisjeto<strong>de</strong> lei sobre criação do Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong>tro <strong>de</strong> voto, os Srs. Deputa<strong>dos</strong> JULIO REDE-Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conservação. 27045 CKER, OSMAR SERRAGLlO, ENIVALDO RIBEIRO.. 27049AGNALDO MUNIZ (Pela or<strong>de</strong>m) - Destina-JOSUÉ BENGTSON (Pela or<strong>de</strong>m) - Estação,pelo Ministério da Saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> recursos ao Mu. do <strong>de</strong> abandono da Rodovia Transamazônica. ..... 27049nicípio <strong>de</strong> Nova Califórnia, no Estado <strong>de</strong> Rondônia. 27045 Usou da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registroUsaram da palavra pela or<strong>de</strong>m, para registro <strong>de</strong> voto, o Sr. Deputado ARTHUR VIRGíLIO. ....... 27049<strong>de</strong> voto, os Srs. Deputa<strong>dos</strong> FÁTIMA PELAES, ANABARBOSA NETO (Pela or<strong>de</strong>m) - RepúdioCATARINA, NICIAS RIBEIRO, CLEONÂNCIO a críticas da Deputada Lidia Quinan ao PMDB. .... 27049FONSECA, ANDRÉ BENASSI.................................. 27045 Usaram da palavra pela or<strong>de</strong>m, para regis-BABÁ (Pela or<strong>de</strong>m) _ Lançamento da tro <strong>de</strong> voto, os Srs. I?eputa<strong>dos</strong> VICENTEFrente Parlamentar <strong>em</strong> Defesa da Universida<strong>de</strong> CAROPRESO, FRANCISTONIO PINTO. 27049Pública................................................................... 27045 REGIS CAVALCANTE (Pela or<strong>de</strong>m) - Cri-Usaram da palavra pela or<strong>de</strong>m, para regis- açã~ da Fre.nt~ Parlamentar <strong>em</strong> Defesa da Unitro<strong>de</strong> voto, os Srs. Deputa<strong>dos</strong> OSVALDO REIS, verslda<strong>de</strong> Publica. 27049AROLDE DE OLIVEIRA. 27045 VII- EncerramentoDA. HÉLIO (Pela or<strong>de</strong>m) _ Apresentação2 - DECI~ÕES DA PRESIDÊNCIA<strong>de</strong> requerimento <strong>de</strong> informações ao Conselho - DetermIna que o PL n 2 998/89 e o PL n 2Nacional <strong>de</strong> Educação sobre processos da Fun-1.044/99 e seus respectivos apensa<strong>dos</strong>, sejamdação Bezerra <strong>de</strong> Menezes relativos à habilita- apensa<strong>dos</strong> ao PL n 2 2.787/97. 27069ção aos cursos <strong>de</strong> Magistério, Turismo, Bachare- - Determina a apensação da PRC n 2lado <strong>em</strong> Administração, Comércio Exterior, 264-A/95 à PEC n2 7-A/99..................................... 27069Enf;rma~e~ e Enfermag<strong>em</strong> com habil~~ação <strong>em</strong> 3 - DESPACHO DA PRESIDÊNCIASau<strong>de</strong> Publica. 27045 _ Retifica o <strong>de</strong>spacho, para <strong>de</strong>terminar oUsou da palavra pela t?r<strong>de</strong>m, para registro <strong>de</strong>sarquivamento do PL n!! 1.394/91. 27069<strong>de</strong> voto, o Sr. Deputado BABA. 27046 4 - ATOS DO PRESIDENTEPAULO KOBAYÁSHI (Pela or<strong>de</strong>m) - a) Exoneração: Alberto Alves <strong>de</strong> Oliveira,Transcurso do 582 aniversário <strong>de</strong> fundação doAlexandre <strong>de</strong> Jesus Silva Yanes, Cristóvão Patri-Município <strong>de</strong> Osvaldo Cruz, Estado <strong>de</strong> São Paulocio <strong>de</strong> Sena, Daniel Antônio <strong>dos</strong> Santos, Érica- 6 <strong>de</strong> junho........................................................... 27046 Doutor Rocha <strong>de</strong> Amorim, Emani <strong>de</strong> Paula Ma-POMPEo. DE MAnOS (Pela or<strong>de</strong>m) _chado, Joaquim Arantes Neto, Luciano GomesMatéria intitulada "Atraso <strong>de</strong> verbas prejudica<strong>de</strong> Lima, Marcos Vinicius Pinto da Silveira, Pauloobras <strong>em</strong> viaduto <strong>de</strong> Canoas", publicada pelo jor-Henrique Lima Costa, Vital Dias Ferreira, VerôninalZero Hora, <strong>de</strong> Porto Alegre, Estado do Rio ca Maria Sant'Anna Sabino <strong>de</strong> Oliveira................. 27070Gran<strong>de</strong> do Sul. 27046 b) Nomeação: Davimar Pereira, Flávia <strong>de</strong>JOÃO MAGNO (Pela or<strong>de</strong>m) - Exigência Souza Ma.~quez Morais, João Batista <strong>de</strong> Moura,<strong>de</strong> esclarecimento, pela Tel<strong>em</strong>ar, sobre <strong>de</strong>sliga-Marcelo Carneiro Me<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> Souza, Maria Jusmentoda re<strong>de</strong> telefônica celular na Região Me-cimar Orany Camargo, Olivia Maria Leite Severitropolitana<strong>de</strong> Belo Horizonte, Estado <strong>de</strong> Minas no, Sávio <strong>de</strong> Lima Carneiro. 27071Gerais. 27047 5) - REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÃOUsaram da palavra pela or<strong>de</strong>m, para regis-N2S 966,968 a 970,972 a 982, DE 1999, com paretro<strong>de</strong> voto, os Srs. Deputa<strong>dos</strong> CARLOS ceres e <strong>de</strong>spachos. 27072SANTANA, PINHEIRO LANDIM............................ 27047 6 - PORTARIAS nQs 46 e 47, <strong>de</strong> 1999, daARNALDO FARIA DE SÁ (Pela or<strong>de</strong>m) -Primeira Secretaria, referente a cre<strong>de</strong>nciamentoAplauso ao Plenário pela não·apreciação do re- <strong>de</strong> entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> classe............................................ 27081


26816 Quinta-feira 10 cÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999COMISSOES7 - ATAS DAS COMISSOESa) Comissão <strong>de</strong> Constituição e Justiça e <strong>de</strong>Redação, 27 8 Reunião (Ordinária), <strong>em</strong> 9-6-99 .b) Comissão <strong>de</strong> Finanças e Tributação, 14 8Reunião (Ordinária), <strong>em</strong> 9-6-99 .c) Comissão Especial <strong>de</strong>stinada a proferirparecer à PEC n ll 96-Al92, e apensadas (Estruturado Po<strong>de</strong>r Judiciário), * 15 8 Reunião, <strong>em</strong>9-6-99 .d) Comissão Especial <strong>de</strong>stinada a proferirparecer à PEC nll203-Al95 e à PEC n 1l 455-Al97,apensada (Proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Empresa Jornallstica),* 1DA Reunião, <strong>em</strong> 9-6-99 .*Atas com notas taquigráficas.8 - DISTRIBUiÇÃO DE PROJETOSa) Comissão <strong>de</strong> Fiscalização Financeira eControle, n ll 7, <strong>em</strong> 9-6-99 ..2708127082270852710827129b) Comissão <strong>de</strong> Viação e Transportes, nll16, <strong>em</strong> 9-6-99. 27129c) Comissão Especial <strong>de</strong>stinada a proferir.parecer à PEC nll 89-AI95 (Número <strong>de</strong> Vereadores),nll1, <strong>em</strong> 9-6-99.............................................. 271299 - REDISTRIBUiÇÃO DE PROJETOa) Comissão <strong>de</strong> Viação e Transportes, n ll 2,<strong>em</strong> 9-6-99. 2712910-MESA11 - LrDERES E VlCE-LrDERES12 - DEPUTADOS EM EXERCrCIO13 - COMISSOESSUPLEMENTOOficio nll 575-PI96 (Do Supr<strong>em</strong>o TribunalFe<strong>de</strong>ra~, solicitando licença prévia, nos termosdo art. 53, § 1 11 , da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, paraapreciar <strong>de</strong>núncia oferecida contra o DeputadoFe<strong>de</strong>ral.Marcio João <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Fortes, sairápublicado <strong>em</strong> supl<strong>em</strong>ento a este Diário.Ata da 95º sessão, <strong>em</strong> 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999Presidência <strong>dos</strong> Srs.: Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte; Nélson Trad, 2!2 Secretário;Gonzaga Patriota, 4J2 Suplente <strong>de</strong> Secretário; Caio Riela, Ricardo Noronha,§ 2 12 do art. 18 do Requerimento Interno.As 14 HORAS COMPARECEM OS SENHORES: Evandro Mihom<strong>em</strong> PSB PSB/PCdoBMichel T<strong>em</strong>er Fátima Pelaes PSDBHeráclito Fortes Jurandil Juarez PMDBUbiratan Aguiar Sérgio Barcellos PFLNélson TradPresentes do Amapá: 8Jaques WagnerEfraim MoraisPARÁGiovanni Queiroz Anivaldo Vale PSDBGonzaga Patriota Babá PTPartido BlocoDeus<strong>de</strong>th Pantoja PTJorge CostaPMDBRORAIMA José Priante PMDBAirton Cascavel PPS Josué Bengtson PTBAlceste Almeida PMDB Nilson Pinto PSDBAlmir Sá PPB Paulo Rocha PTElton Rohnelt PFL Raimundo Santos PFLLuis Barbosa PFL Renildo Leal PTBRobério Araújo PPB Valdir Ganzer PTPresentes <strong>de</strong> Roraima: 6 Vic Pires Franco PFLZenaldo Coutinho PSDBAMAPÁPresentes do Pará: 13Antonio FeijãoPSDBEladu PicançoPSDBAMAZONASDr. Benedito Dias PFL Arthur Virgflio PSDBEduardo Seabra PTB Átila Lins PFL


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26817Francisco Garcia PFLJosé MeloPFLLuiz FernandoPPBPau<strong>de</strong>trney Avelino PFLSilas CâmaraPFLVanessa Grazziotin . PCdoBPresentes do Amazonas: 8RONDONIAAgnaldo MunizPDTCarlos CuryPPBConfúcio Moura PMDBEurlpe<strong>de</strong>s Miranda PDTNilton Capixaba PTBSérgio Carvalho PSDBPresentes <strong>de</strong> Rondônia: 6ACREHil<strong>de</strong>brando PascoalII<strong>de</strong>fonço Cor<strong>de</strong>iroJoão TotaMárcio BitiarNilson MourãoZila BezerraPresentes do Acre: 6Cesar Ban<strong>de</strong>iraCosta FerreiraFrancisco CoelhoGastão VieiraJoão CasteloNeiva MoreiraNice LobãoPedro Fernan<strong>de</strong>sR<strong>em</strong>i TrintaRoberto RochaSebastião Ma<strong>de</strong>iraPresentes do Maranhão: 11PFLPFLPPBPPSPTPFLTOCANTINSAntônio JorgePFLDarci CoelhoPFLJoão RibeiroPfLOsvaldo ReisPMDBPastor Armarildo PPBPaulo MourãoPSDBPresentes do Tocantins: 6MARANHÃOPFLPFLPFLPMDBPSDBPDTPFLPFLPLPSDBPSDBPSB/PCdoBPUPST/PSUPMN/PSD-Adolfo MarinhoAlmeida <strong>de</strong> JesusCEARÁPSDBPLAnrbal GomesPMDBAntonio Cambraia PMDBAmon BezerraPSDBChiquinho Feitosa PSDBEunrcio Oliveira PMDBInácio ArrudaPCdoBJosé UnharesPPBLéo AlcântaraPSDBManoel Salviano PSDBMarcelo Teixeira PMDBMoroni TorganPSDBNelson OtochPSDBRaimundo Gomes <strong>de</strong> Matos PSDBRoberto Pessoa PFLRommel FeijóPSDBSérgio NovaisPSBPresentes do Ceará: 18Átila UraB.SáCiro NogueiraMarcelo CastroMussa D<strong>em</strong>esTh<strong>em</strong>rstocles SampaioWellington DiasPresentes do Piaui: 7PIAuíPSDBPSDBPFLPMDBPFLPMDBPTRIO GRANDE DO NORTEAna CatarinaPMDBBetinho Rosado PFLIberê FerreiraPPBLavoisier MaiaPFLMúcio SáPMDBPresentes do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte: 5Adauto PereiraArmando AbllioAvenzoar ArrudaCarlos DungaDamião FelicianoDomiciano CabralEnivaldo RibeiroInaldo LeitãoMarcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lhaPARAíBAPFLPMDBPTPMDBPMDBPMDBPPBPMDBPFLPUPST/PSLIPMN/PSDPSB/PCdoBPSB/PCdoB


26818 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Ricardo Rique PMDB Francistônio Pinto PMDBPresentes da Paraiba: 10 Geraldo Simões PTPERNAMBUCOGerson Gabrielli PFLJaime Fernan<strong>de</strong>s PFLArmando Monteiro PMDBJairoAziPFLCarlos BatataPSDBJoão AlmeidaPSDBCl<strong>em</strong>entino Coelho PSB PSB/PCdoBJoão LeãoPSDBDjalma Paes PSB PSB/PCdoBJonival Lucas Junior PPBFernando Ferro PTJorge KhouryPFLInocêncio Oliveira PFLJosé Carlos Aleluia PFLJoão ColaçoPMDBJosé LourençoPFLJoaquim Francisco PFL José Rocha PFLJosé Chaves PMDB Jutahy Junior PSDBJosé Mendonça Bezerra PFL Luiz Moreira PFLLuciano Bivar PSL PUPST/PSU Manoel Castro PFLPMN/PSDMário Negromonte PSDBLuiz PiauhylinoPSDBNelson Pellegrino PTMarcos <strong>de</strong> Jesus PST PUPST/PSU Nilo Coelho PSDBPMN/PSDPaulo BragaPFLOsvaldo Coelho PFLPaulo Magalhães PFLPedro Eugênio PSB PSB/PCdoBReginaldo Germano PFLSérgio GuerraPSDBRoland Lavigne PFLPresentes <strong>de</strong> Pernambuco: 16 Saulo Pedrosa PSDBALAGOAS Ursicino Queiroz PFLAlbérico Cor<strong>de</strong>iro PTB Waldir Pires PTGivaldo Carimbão PSB PSB/PCdoB Walter Pinheiro PTHelenildo Ribeiro PSDB Presentes <strong>de</strong> Bahia: 30João Caldas PMN PUPST/PSU MINAS GERAISPMN/PSDLuiz Dantas PSD PUPST/PSU A<strong>de</strong>mir Lucas PSDBPMN/PSD Antônio do Valle PMDBOlavo Calheiros PMDB Aracely <strong>de</strong> Paula PFLRegis Cavalcante PPS Bonifácio <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> PSDBPresentes <strong>de</strong> Alagoas: 7 Cabo Júlio PL PUPST/PSUPMN/PSDSERGIPE Carlos Melles PFLAugusto Franco PSDB Carlos Mosconi PSDBIvan Paixão PPS Cleuber Carneiro PFLJorge Alberto PMDB Custódio Mattos PSDBJosé Teles PSDB Danilo <strong>de</strong> Castro PSDBSérgio Reis PSDBEdm~r Moreira PPBPresentes do Sergipe: 5Eduardo Barbosa PSDBEliseu Resen<strong>de</strong> PFLBAHIA Fernando Diniz PMDBAroldo Cedraz PFL Hélio Costa PMDBClaudio Cajado PFL Jaime Martins PFLEujácio Simões PL PUPST/PSU João Fassarella PTPMN/PSD João Magno PTFélix Mendonça PTB José Militão PSDB


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS D~PUTADOS Quinta-feira 10 26819Lael VarellaLinco!n PorteJaMárcio Reinaldo Moreira PPBNarcio Rodrigues PSDBNilmário Miranda PTO<strong>de</strong>lmo LeãoPPBOlimpio PiresPDTPaulo DelgadoPTPhil<strong>em</strong>on Rodrigues PMDBRafael GuerraPSDBRoberto BrantPFLRomel AnizioPPBRomeu QueirozPSDBRonaldo Vasconcellos PFLSaraiva FelipePMDBSérgio MirandaPCdoBSilas BrasileiroPMDBVírgilio Guimarães PTVittorio MedioliPSDBWalfrido Mares Guia PTBZaire Rezen<strong>de</strong>PMDBZezé PerrellaPFLPresentes <strong>de</strong> Minas Gerais: 41EspíRITO SANTOAloízio SantosPSDBFeu RosaPSDBJosé Carlos Elias PTBMarcus VicentePSDBMax MauroPTBNilton BaianoPPBRicardo Ferraço PSDBPresentes do Espírito santo: 7Alcione Athay<strong>de</strong>Aldir CabralAlexandre SantosAlmerinda <strong>de</strong> CarvalhoAntonio Carlos BiscaiaArol<strong>de</strong> <strong>de</strong> OliveiraCelso JacobCoronel GarciaDino Fernan<strong>de</strong>sDr. HelenoEduardo PaesFernando GonçalvesIpedo RosaPFLPSTRIO DE JANEIROPPBPFLPSDBPFLPTPFLPDTPSDBPSDBPSDBPFLPTBPMDBPUPST/PSUPMN/PSDPSB/PCdoBJair BolsonaroJandira FeghaliJoão Men<strong>de</strong>sJoão SampaioJorge WilsonLaura CarneiroLuís EduardoLuiz RibeiroLuiz SalomãoLuiz SérgioMilton T<strong>em</strong>erMiro TeixeiraPastor Val<strong>de</strong>ci PaivaAlberto GoldmanAldo RebeloAloizio MercadanteAndré BenassiAngela GuadagninAntonio Carlos PannunzioAntonio KandirAntonio PalocciArlindo ChinagliaArnaldo Farià <strong>de</strong> SáArmando Ma<strong>de</strong>iraBispo Wan<strong>de</strong>rvalCelso GiglioCelso RussomannoCorauci SobrinhoDe VelascoDelfim NettoDr. HélioDuilio PisaneschiEdinhó AraújoEduardo JorgeEmerson KapazPPBPCdoBPMDBPDTPMDBPFL .PSDBPSDBPDTPTPTPDTPSTPaulo FeijóPSDBRicardo Maranhão PSBRoberto Jefferson PTBRodrigo MaiaPFLRub<strong>em</strong> MedinaPFLSimão SessimPPBVivaldo Barbosa PDTWal<strong>de</strong>rley Martins PDT. Presentes <strong>de</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro: 34SÃO PAULOPSDBPCdoBPTPSDBPTPSDBPSDBPTPTPPBPSDBPLPTBPPBPFLPSTPPBPDTPTBPMDBPTPSDBPSB/PCdoBPUPST/PSLIPMN/PSDPSB/PCdoBPSB/PCdoBPUPST/PSUPMN/PSDPUPST/PSUPMN/PSD


26820 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Evilásio Farias PSB PSB/PCdoB Jorge Pinheiro PMDBGilberto Kassab PFL Maria Abadia PSDBIara Bernardi PT Pedro Celso PTJosé <strong>de</strong> Abreu PSDB Ricardo Noronha PMDBJosé Dirceu PT Presentes <strong>de</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral: 5José Genoíno PT GOIÁSJosé MachadoPTBarbosa NetoPMDBJosé Roberto Batochio PDTEuler MoraisPMDBLamartine Posella PMDBGeovan FreitasPMDBLuiz Antonio Fleury PTBJovair ArantesPSDBLuiza Erundina PSB PSB/PCDOBJuquinháPSDBMaluly NettoPFLUdia QUinanPSDBMarcelo Barbieri PMDBLúcia VâniaPSDBMarcos Cintra PL PUPST/PSU Luiz Bittencourt PMDBPMN/PSDPedro CanedoPSDBMoreira Ferreira PFLPedro ChavesPMDBNelo RodolfoPMDBRoberto Balestra PPBNelson Marquezelli PTBRonaldo Caiado PFLPaulo Kobayashi PSDBVilmar RochaPFLPaulo Uma PMDB Presentes <strong>de</strong> Goiás: 13Professor Luizinho PTMATO GROSSO DO SULRicardo Berzoini PTRicardo Izar PMDB João Grandão PTRobson Tuma PFL Marçal Filho PMDBRubens Furlan PFL Pedro Pedrossian PFLSalvador Zimbaldi PSDB Wal<strong>de</strong>mir Moka PMDBSampaio Dória PSDB Presentes <strong>de</strong> Mato Grosso do Sul: 4Teima <strong>de</strong> Souza PT PARANÁVadãoGomes PPB Abelardo Lupion PFLVal<strong>de</strong>mar Costa Neto PL PUPST/PSU Affonso Camargo PFLPMN/PSD AirtonRoveda PFLWagner Salustiano PPB Basílio Villani PSDBXico Graziano PSDB ,,chico da Princesa PSDBZé índio PMDB Dilceu Sperafico PPBZuliaê Cobra PSDB Dr.Rosinha PTPresentes <strong>de</strong> São Paulo: 56 FlávioArns PSDBMATO GROSSO Gustavo Fruet PMDBCelcita Pinheiro PFLIris SimõesPTBUno RossiPSDBIvanio GuerraPFLMurilo Domingos PTBJosé BorbaPMDBJosé Carlos Martinez PTBOsvaldo Sobrinho PTBLuiz Caris Hauly PSDBRicardo <strong>de</strong> Freitas PSDBMárcio MatosPTTeté BezerraPMDBMax Rosenmann PSDBWilson SantosPMDBMoacir Micheletto PMDBPresentes <strong>de</strong> Mato Grosso: 7Nelson MeurerPPBDISTRITO FEDERAL Odílio Balbinotti PSDBAlberto Fraga PMDB Osmar Serraglio PMDB


Junho <strong>de</strong> 1999 cÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26821Padre RoquePTSynval Guazzelli PMDBRicardo BarrosPPBTelmo KirstPPBRubens BuenoPPSVal<strong>de</strong>ci OliveiraPTSantos FilhoPFLwaldir SchmidtPMDBValdomiro Meger PFLWaldomiro Fioravante PTW<strong>em</strong>er Wan<strong>de</strong>rer PFLVeda CrusiusPSDBPresentes <strong>de</strong> Paraná: 26Presentes <strong>de</strong> Rio Gran<strong>de</strong> do Sul: 28SANTA CATARINAAntOnio Carlos Kon<strong>de</strong>r Reis PFLCarlito MerssPTEdinho BezPMDBEdison AndrinoPMDBFernando Coruja PDTGervásio SilvaPFLHugo BiehlPPBJoão MatosPMDBJoão PizzolattiPPBLuci ChoinackiPTPedro Bittencourt PFLRaimundo Vianna PDMBSerafim VenzonPDTVicente Caropreso PSDBPresentes <strong>de</strong> Santa Catarina: 15Adãô PrettoAirton DippAlceu CollaresAugusto Nar<strong>de</strong>sCaio RielaCezar SchirmerEnio BacciEsther GrossiFernando Marron;Fetter JúniorGermano RigottoHenrique FontanaJúlio Re<strong>de</strong>ckerLuis Carlos HeinzeMarcos RolimNelson MarchezanNelson ProençaOsvaldo BiolchiPaulo José GouvêaPaulo PaimPompeo <strong>de</strong> MattosRoberto ArgentaRIO GRANDE DO SULPTPDTPDTPPBPTBPMDBPDTPTPTPPBPMDBPTPPBPPBPTPSDBPMDBPMDBPSTPTPDTPFLPUPST/PSUPMN/PSDI - ABERTURA DA SESSÃOO SR. PRESIDENTE (Nelson Trad) - A lista <strong>de</strong>presença registra o camparecimento <strong>de</strong> 405 SenhoresDeputa<strong>dos</strong>.Está aberta a sessão.Sob a proteção <strong>de</strong> Deus e <strong>em</strong> nome do povobrasileiro iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário proce<strong>de</strong>rá à leitura da ata dasessão anterior.11 • LEITURA DA ATAO Sr. Caio Piela, servindo como 2.0. secretário,proce<strong>de</strong> à leitura da ata da sessão antece<strong>de</strong>nte, aqual é, s<strong>em</strong> observações, aprovada.O SR. PRESIDENTE( Nelson Trad) - Passa-seà leitura do expediente.O Sr. Feu Rosa, servindo como 1.0. Secretário,proce<strong>de</strong> à leitura do seguinte111 • EXPEDIENTEMENSAGENSDo Po<strong>de</strong>r Executivo nos seguintes termos:MENSAGEM Nll. 763Senhores M<strong>em</strong>bros do Congresso Nacional,Solicito a Vossas excelências, <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong>com a Exposição <strong>de</strong> Motivos do senhor Ministro <strong>de</strong>Estado do Exército, a retirada do Projeto <strong>de</strong> Lei n ll3.816, <strong>de</strong> 1997, que "Cria o Quadro Supl<strong>em</strong>entar <strong>de</strong>Oficiais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Exército (QSOSau), e dá outrasprovidências", enviado à Cêmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> coma Men,sag<strong>em</strong> n 1l 1.329, <strong>de</strong> 1997.Brásflia, 8 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - FernandoHenrique Car<strong>dos</strong>o.EM NI!11-A3.1/MExBrasflia, 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999Excelentfssimo Senhor Presi<strong>de</strong>nte da República,A contfnua evolução da Força Terrestre Brasileiraexige o permanente aperfeiçoamento da administração<strong>dos</strong> recursos humanos disponfveis.2) Encontra-se <strong>em</strong> fase final <strong>de</strong> estu<strong>dos</strong>, no êmbito<strong>de</strong>ste Ministério, a reformulação do Anteprojeto


26822 Quinta-feira 10 cÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999<strong>de</strong> Lei do Pessoal, dispondo sobre to<strong>dos</strong> os Quadros e transferida para a requerente pela Portaria nll 318,<strong>de</strong> Pessoal existentes.<strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1995, publicada nó Diário Ofici-3) Para permitir a reunião, <strong>em</strong> um único dispositi- ai da União <strong>de</strong> 15 subsequente, para explorar serviçovos legal, <strong>dos</strong> diversos diplomas existentes, toma-se <strong>de</strong> radiodifusão sonora <strong>em</strong> frequência modulada, nanecessário interromper o processo legislativo <strong>em</strong> anda- cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Itabira, Estado <strong>de</strong> Minas Gerais.mento, referente ao Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 3.816/97, que cria 2) Os órgãos competente <strong>de</strong>ste Ministério manioQuadro Supl<strong>em</strong>entar <strong>de</strong> Oficiais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do exército festaram-se sobre o pedido, consi<strong>de</strong>rando-o instruido(QSOSau) e dá outras providências, encaminhado a <strong>de</strong> acordo com a legislação aplicável, o que levou aoVossa Excelência por intermédio da Exposição <strong>de</strong> Moti- <strong>de</strong>ferimento do requerimento <strong>de</strong> renovação.vos n ll 054-A3.1/MEx, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1997. 3) Esclareço que, nos termos do § 3 11 do art. 2234) Diante do acima exposto, tenho a honra <strong>de</strong> sub- da Constituição, o ato <strong>de</strong> renovação somente produmeterà elevada consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> VossaExcelência o zirá efeitos legais após <strong>de</strong>liberação do Cóngressopedido <strong>de</strong> que seja sustada, no Congresso Nacional, a Nacional, para on<strong>de</strong> solicito seja encaminhado o refetramitaçãodo Projeto <strong>de</strong> Lei relativo aos Oficiais <strong>de</strong> Sa- rido ato, acompanhado do Processo Administrativo n llú<strong>de</strong> do EXército, retirando-se a respectiva matéria. 53000.000156/93, que lhe <strong>de</strong>u orig<strong>em</strong>.Respeitosamente, - Gleuber Vieira, MinistroRespeitosamente, Pimenta da Veiga, Minis<strong>de</strong>Estado do Exército.tro <strong>de</strong> Estado das Comunicações.Aviso nº" 797 - C.Civil.Senhor Primeiro Secretário,Em 8 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999Encaminho a essa Secretaria Mensag<strong>em</strong> na qualo ExcelenUssimo Senhor Presi<strong>de</strong>nte da República solicitaa retirada do Projeto <strong>de</strong> Lei nA 3.816, <strong>de</strong> 1997.Atenciosamente, - Clovis <strong>de</strong> Barros Carvalho,Chefe da Casa Civil da Presidência da República.MENSAGEM Nll 766Senhores M<strong>em</strong>bros do Congresso' Nacional,Nos termos do artigo 49, inciso XII, combinadocom o § 3 11 do artigo 223, da Constituição Fe<strong>de</strong>ral,submeto à apreciação <strong>de</strong> Vossas Excelências, acompanhado<strong>de</strong> Exposição <strong>de</strong> Motivos do Senhor Ministro<strong>de</strong> Estado das Comunicações, o ato constante daPortaria n ll 188, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1998, que renovapermissão à Rádio Antártida FM Itda, originalmenteoutorgada à Rádio Fifon <strong>de</strong> Irabira Ltda, para explorar,s<strong>em</strong> direito <strong>de</strong> exclusivida<strong>de</strong>, serviço <strong>de</strong> radiodifusãosonora <strong>em</strong> frequência modulada, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Itabira, Estado <strong>de</strong> Minas Gerais.Brasflia, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - Fernando HenriqueCar<strong>dos</strong>o.EM Nº" 71/MCBrasflia, 18 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999Excelentíssimo Senhor Presi<strong>de</strong>nte da República,Encaminho a Vossa Excelência a inclusa Portarianll 188, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1998, pela qual foi renovadaa permissão outorgada à Rádio Antártida FMLtda, originalmente <strong>de</strong>ferida à Rádio Fifom <strong>de</strong> ItabiraLtda. pela Portaria n ll 67, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1983, publicadano Diário Oficial da União <strong>de</strong> 28 do seguinte,PORTARIA Nll188, DE 3 DE AGOSTO DE 1998O Ministro <strong>de</strong> Estado das Comunicações, nouso <strong>de</strong> suas atribuições, conforme o disposto no art.6 11 , inciso li, do Decreto n 1l 88.066, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong>1983, e tendo <strong>em</strong> vista o que consta do ProcessoAdministrativo n ll 53000.000156/93, resolve:Art. 1- 1l Renovar, <strong>de</strong> acordo com o art. 33, § 3 11 , dalei nll4.117, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1962, por <strong>de</strong>z anos, apartir <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1993, a permissão para explorar,s<strong>em</strong> direito <strong>de</strong> exclusivida<strong>de</strong>, serviço <strong>de</strong> radiodifusãosonora <strong>em</strong> frequência modulada, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Itabira,Estado <strong>de</strong> Minas Gerais, originalmente outorgada à RádioFifon <strong>de</strong> ltabira Ltda,. pela Portaria nA 67. <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong>abril <strong>de</strong> 1983, publicada no Diário Oficial da União <strong>em</strong>28 seguinte, e transferida para a Rádio Antártida FMItda, pela Portaria n ll 318, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1995,publicada no Diário Oficial da União <strong>de</strong> 15 subseqUente.Art. 2 ll A exploração <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> radiodifusão,cuja outorga é renovada por esta Portaria, reger-se-ápelo Código Brasileiro <strong>de</strong> Telecomunicações, leissubsequentes e seus regulamentos.Art. 3 11 Este ato somente produzirá efeitos legaisapós <strong>de</strong>liberação do Congresso Nacional nos termosdo § 3 11 do art. 223 da Constituição.Art. 411 Esta Portaria entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> suapublicação. - Luiz Carlos Mendonça <strong>de</strong> Barros.Aviso nº" 800 - C. CivilEm 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999Senhor Primeiro Secretário,Encaminho a essa Secretaria Mensag<strong>em</strong> doExcelenUssimo Senhor Presi<strong>de</strong>nte da República naqual submete à apreciação do Congresso Nacional oato constante da Portarian ll 188, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong>1998, que renova permissão à Rádio Antártida FM


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26823Ltda, paraexplorarservlçóé!eradiodifusãosonora<strong>em</strong>PROJETO DE LEI NlI.1.166199frequência modulada, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Itabira, Estado <strong>de</strong>Dispõe sobre a utilização do FundoMinas Gerais. <strong>de</strong> Garantia do T<strong>em</strong>po <strong>de</strong> Serviço -Atenciosamente, - Clovis <strong>de</strong> Barros Carvalho,FGTS, para quitação <strong>de</strong> prestações atra.Chefe da Casa Civil da Presidência da República.sadas <strong>dos</strong> financiamentos habitacionais.OFIcIOSO Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Do Sr. Senador Casildo Maldaner, Primeiro Art. 1l1. O ínciso Vdo art. 20 da Lei nll. 8.036, <strong>de</strong> 11Secretário, <strong>em</strong> exercício do Senado Fe<strong>de</strong>ral, nos <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1990, passa a vigorar com a seguinte reseguintestermos:dação:OFIcIO Nº 465Brasília, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999Senhor Primeiro-Secretário,Encaminho a V. Ex·, a fim <strong>de</strong> submetido à revisãoda Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nos termos do art. 65da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, o Projeto <strong>de</strong> Lei do Senadonll. 78, <strong>de</strong> 1999, constante <strong>dos</strong> autógrafos <strong>em</strong> anexo,que "dispõe sobre a utilização do Fundo <strong>de</strong> Garantiado T<strong>em</strong>po <strong>de</strong> Serviço - FGTS, para quitação <strong>de</strong> prestaçõesatrasadas <strong>dos</strong> financiamentos habitacionais".Atenciosamente, - Senador Casildo Malda·ner, Primeiro-Secretário, <strong>em</strong> exercício."V - pagamento <strong>de</strong> parte das prestações,vencidas ou vincendas, <strong>de</strong>correntes<strong>de</strong> financiamento habitacional concedidono âmbito do Sist<strong>em</strong>a Financeiro <strong>de</strong> Habitação- SFH, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que:" (NR)"a) .b) .c) "Art. 2l1. Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> suapublicação.Senado Fe<strong>de</strong>ral, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - SenadorAntonio Carlos Magalhães, Presi<strong>de</strong>nte.SINOPSEIDENTIFICAÇÃONUMERO NA ORIGEM: PLS 00078 1999 PROJETO DE LEI (SF)ORGÃO DE ORIGEM: SENADO FEDERAL 02 03 1999SENADO: PLS 00078 1999AUTOR SENADOR: LUZIA TOLEDO PSDB ESEMENTA DISPÕE SOBRE A UTILIZAÇÃO DO FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DESERVIÇO (FGTS) PARA QUITAÇÃO DE PRESTAÇÕES ATRASADAS DOSFINANCIAMENTOS HABITACIONAIS.DESPACHO INICIAL(SF) COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS (CAS)ULTIMA AÇÃORMCD REMETIDO A CAMARA DOS DEPUTADOS08 06 1999 (SF) SUBSEC. COORO. LEGISLATIVA (SF) (SSCLS)ENCAMINHADO A SSEXP.ENCAMINHADO A :(SF) SUBSECRETARIA DO EXPEDIENTE (SF)(SSEXP) EM 0806 1999TRAMITAÇÃO0203 1999 (SF) PROTOCOLO LEGISLATIVO (SF) (PLEG)ESTE PROCESSO CONTEM 04 (QUATRO) FOLHAS NUMERADAS ERUBRICADAS.02031999 (SF) PLENARIO (PLEN)LEITURA.


26824 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 199902 03 1999 (SF) MESA DIRETORADESPACHO A CAS (DECISÃO TERMINATIVA), ONDE PODERARECEBER EMENDAS, PELO PRAZO DE OS (CINCO) DIAS UTEISAPOS SUA DISTRIBUIÇÃO E PUBLICAÇÃO EM AVULSOS.DSF 03 03 PAG 4061 A 4063.0303 1999 (SF) SUBSECRETARIA DE COMISSÕES.RECEBIDO NESTE ORGÃO, EM 03 DE MARÇO DE 1999.03 03 1999 (SF) SUBSECRETARIA DE COMISSÕESENCAMINHADO A CAS.11 03 1999 (SF) COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS (CAS)ENCERRAMENTO PRAZO SEM APRESENTAÇÃO DE EMENDA.1603 1999 (SF) COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS (CAS)RELATOR SEN ;PAULO HARTUNG.31 03 1999 (SF) COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS (CAS)DEVOLVIDA PELO RELATOR SEN PAULO HARTUNG, COM MINUTADE PARECERCONCLUINDO PELA APROVAÇÃO, ESTANDO A MATERIAEM CONDIÇÕES DE SER INCLUIDA NA PAUTA DE REUNIÃO DACOMISSÃO.12 OS 1999 (SF) COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS (CAS)EM REUNIÃO REALIZADA EM 12 OS 99, E APROVADO O PARECER DORELATOR, SEN PAULO HARTUNG, CONCLUINDO PELA APROVAÇÃO NAINTEGRA DA PRESENTE MATERIA. (FLS. 5 AIO).12 OS 1999 (SF) COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS (CAS)ENCAMINHADO AO SACP, PARA AS DEVIDAS PROVIDENCIAS.19 OS 1999 (SF) SERVIÇO DE APOIO COMISSÕES PERMANENTESENCAMINHADO A SSCLS.2005 1999 (SF) SUBSEC. COORO. LEGISLATIVA (SF) (SSCLS)ANEXADA LEGISLAÇÃO CITADA NO PARECER. (FL.11).20 OS 1999 (SF) SUBSEC. COORO. LEGISLATIVA (SF) (SSCLS)ENCAMINHADO AO PLENARIO, PARA LEITURA DO PARECER.2705 1999 (SF) PLENARIO (PLEN)1000 LEITURA PARECER 279 - CAS, FAVORAVEL.DSF 28 OS PAG 13224 A 13226.27 OS 1999 (SF) PLENARIO (PLEN)1000 LEITURA OF. 012, DE 1999, DO PRESIDENTE DA CAS,COMUNICANDO A APROVAÇÃO DO PROJETO, SENDO ABERTO O PRAZODE OS (CINCO) DIAS UTEIS PARA INTERPOSIÇÃO DE RECURSO,POR UM DECIMO DA COMPOSIÇÃO DA CASA, PARA QUE A MATERIASEJA APRECIADA PELO PLENARIO.DSF 28 OS PAG 13246.28 OS 1999 (SF) SECRETARIAGERAL DA MESA (SGM)PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DE RECURSO: 31 OS A 07 06 99.07 06 1999 (SF) SUBSEC. COORO. LEGISLATIVA (SF) (SSCLS)ANEXEI, FLS. 7, TEXTO FINAL REVISADO PELA SGM.07 06 1999 (SF) SUBSEC. COORO. LEGISLATIVA (SF) (SSCLS)ENCAMINHADO AO PLENARIO PARA LEITURA TERMINO PRAZO.08 06 1999 (SF) PLENARIO (PLEN)COMUNICAÇÃO PRESIDENCIA TERMINO PRAZO SEM INTERPOSIÇÃO DERECURSO, PREVISTO NO ART. 91, PÀRAGRAFO TERCEIRO, DOREGIMENTO INTERNO DO SENADQ.FEDERAL.08061999 (SF) MESA DIRETORADESPACHO A CAMARA DOS DEPUTADOS.


Junho <strong>de</strong> 1999DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOSDSF 09 06 PAG08061999 (SF) SUBSEC. COORD. LEGISLATIVA (SF) (SSCLS)PROCEDIDA A REVISÃO DOS AUTOGRAFOS (FL.9). , /,0906 1999 À CÂMARA DOS DEPUTADOS COM O OF/SF N° ••'!..tf.:J? cr ?Quinta-feira 10 :26825PROJETO DE LEI DO SENADON~ 78, DE 1999o Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 101990, passa a vigorar com a seguinte redação:'Dispõe sobre a utilização do Fundo <strong>de</strong> Garantia doT<strong>em</strong>po <strong>de</strong> Serviço (FGTS) para quitação <strong>de</strong>prestações atrasadas <strong>dos</strong> financiamentoshabitacionais.O inciso V do art. 20 da Lei nO 8.036, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong>44Art.2D. . ............ ~v - pagamento d~ parte das prestações, vencidas ou vincendas,.<strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> financiamento habitacional concedido no âmbito do Sist<strong>em</strong>afinanceiro <strong>de</strong> Habitação (SFH), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que: (NR)..............................................................................................................................."Art. 2 0 Esta Lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.JUSTIFICAÇÃOUma <strong>dos</strong> gran<strong>de</strong>s paradoxos do Sist<strong>em</strong>a Financeiro <strong>de</strong>Habitação (SFH) foi o cruel processo <strong>de</strong> reajuste <strong>de</strong> prestações e sal<strong>dos</strong><strong>de</strong>vedores que, <strong>em</strong> um período <strong>de</strong>' extr<strong>em</strong>as dificulda<strong>de</strong>s financeiras para osmutuários, transformou o Sist<strong>em</strong>a, originalmente criado como beneficio social,<strong>em</strong> pesa<strong>de</strong>lo para seu público alvo.


26826 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999De um lado vê<strong>em</strong>-se os mutuários: impossibilita<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pagar asprestações mensais, muitos adquirentes da casa própria tomaram-seinadimplentes e estão ameaça<strong>dos</strong> <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r<strong>em</strong> seu único patrimônio. De outrolado, vê-se a faléncia gradual do Sist<strong>em</strong>a: há da<strong>dos</strong> publica<strong>dos</strong> na mídia queapontam para um índice aproximado <strong>de</strong> 30% <strong>de</strong> inadimplência, o que prejudicasobr<strong>em</strong>aneira o SFH, pois qualquer sist<strong>em</strong>a financeiro <strong>de</strong> habitação <strong>de</strong>ve ter noretomo <strong>de</strong> seus financiamentos sua principal fonte <strong>de</strong> recursos. S<strong>em</strong> opagamento <strong>de</strong>vido das prestações esse paradigma não se concretiza e o sist<strong>em</strong>aentra <strong>em</strong> colapso.Um <strong>dos</strong> financiadores do SFH, o Fundo <strong>de</strong> Garantia do T<strong>em</strong>po<strong>de</strong> Serviço (FGTS), possui instrumentos que permit<strong>em</strong>, .aos trabalhadoresintegrantes do sist<strong>em</strong>a, utilizar<strong>em</strong> parcela <strong>de</strong> suas contas vinculadas parapagamento <strong>de</strong> prestações e liquidação do saldo <strong>de</strong>vedor. Encontra-se,entretanto, <strong>em</strong> aberto, na Lei que rege o Fundo, o pagamento <strong>de</strong> prestações jávencidas.Essa ausência da necessária flexibilida<strong>de</strong> na utilização <strong>dos</strong>recursos do FGTS para pagamento das prestações <strong>em</strong> atraso prejudica não só omutuário <strong>de</strong>positante do Fundo <strong>de</strong> Garantia como também o Sist<strong>em</strong>aHabitacional. Urge, portanto, que se altere a Lei nO 8.036, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong>1990, lei que rege o FGTS, para permitir a utilização <strong>dos</strong> recursos <strong>de</strong>posita<strong>dos</strong><strong>em</strong> conta <strong>dos</strong> mutuários também para pagamento das prestações vencidas ou<strong>em</strong> atraso.Nesse sentido, como forma-- <strong>de</strong> oferecer aos mutuários umaalternativa viável <strong>de</strong> pagamento do financiamento habitacional e, assim,contribuir para a redução do número <strong>de</strong> inadimplentes do SFH, apresento estaproposição, convicto <strong>de</strong> merecer o apoio <strong>dos</strong> nobres colegas para suaaprovação.Sala das Sessões, <strong>em</strong> 2 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1999___Senador


Junho <strong>de</strong> 1999DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOSLEGISLAÇÃO CITADALEI N° 8.036, DE 11 DE MAIO·DE 1990Quinta-feira 10 26827Dispõe sobre o Fundo <strong>de</strong> Garantia do T<strong>em</strong>po <strong>de</strong> Serviço.e dá outras providências.o PRESIDENTE DA REPÚBLICA. faço saber que o Congresso Nacional <strong>de</strong>creta e eu sanciono a seguinte lei:Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS po<strong>de</strong>rá ser movímentada nas seguintes situações:I - <strong>de</strong>spedida s<strong>em</strong> justa causa. inclusive a indireta. <strong>de</strong> culpa recíproca e <strong>de</strong> força maior. comprovada compagamento <strong>dos</strong> valores <strong>de</strong> que trata o art. 13;II - extinção total da <strong>em</strong>presa, fechamento <strong>de</strong> quaisquer <strong>de</strong> seus estabelecimentos. filiais ou agências, supressão<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s, ou ainçia falecimento do <strong>em</strong>pregador in~ividual s<strong>em</strong>pre que qualquer <strong>de</strong>ssas.:.conincias· implique rescisão·<strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> trabalho. comprovada por <strong>de</strong>claração escrita da <strong>em</strong>presa. suprida,quando for o caso, por <strong>de</strong>cisão judioial transitada <strong>em</strong> julgado;III - aposentadoria concedida pela Previdência Social;IV - falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, para esse fIm habilita<strong>dos</strong> perante aPrevidência Social. segundo o critério adotado para a concessão <strong>de</strong> pensões por morte. Na falta <strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,farão jus ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, indica<strong>dos</strong> <strong>em</strong>alvará judicial, expedido a requerimento do interessado. in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> inventário ou arrolamento;V - pagamento <strong>de</strong> parte das prestações <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> financiamento habitacional concedido no âmbito doSist<strong>em</strong>a Financeiro da Habitação (SFH). <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que:a) o mutuário conte com o mínimo <strong>de</strong> 3 (três) anos <strong>de</strong> trabalho sob o regime do FGTS, na mesma <strong>em</strong>presa oU <strong>em</strong><strong>em</strong>presas diferentes;b) o valor bloqueado seja utilizado. no mínimo. durante o prazo <strong>de</strong> 12 (doze) meses;c) o valor do abatim~nto atinja. no máximo. 80 (oitenta) por cento do montante da prestação:VI - liquidação ou amortização extraordinária do saldo <strong>de</strong>vedor <strong>de</strong> fmanciamento imobiliário. observadas ascondições estabelecidas pelo Conselho Curador, <strong>de</strong>ntre elas a <strong>de</strong> que o fmanciamento seja concedido no âmbitodo SFH e haja ínterstício mínimo <strong>de</strong> 2 (dois) anos para cada movimentação;VII - pagamento total ou parcial do preço da aquisição <strong>de</strong> moradia própria. observadas as seguintes condições:a) o mutuário <strong>de</strong>verá contar com o mínimo <strong>de</strong> 3 (três) anos <strong>de</strong> trabalho sob o regime do FGTS. na mesma<strong>em</strong>presa ou <strong>em</strong>presas diferentes;b) seja a operação fmanciável nas condições vigentes para o SFH;VIII - quando permanecer 3 (três) anos ininterruptos. a partir da vigência <strong>de</strong>sta lei. s<strong>em</strong> crédito <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos;IX - extinção normal do contrato a termo. inclusive o <strong>dos</strong> trabalhadores t<strong>em</strong>porários regi<strong>dos</strong> pela Lei n° 6.019,<strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1974;X - suspensão total do trabalho avulso por período igualou superior a 90 (noventa) dias. comprovada por<strong>de</strong>claração do sindicato representativo da categoria profissional.§ I° A regulamentação das situações previstas nos incisos I e II assegurar que a retirada a que faz ju_s otrabalhador corresponda aos <strong>de</strong>pósitos efetua<strong>dos</strong> na conta vinculada durante o periodo <strong>de</strong> vigência do últimocontrato <strong>de</strong> trabalho. acrescida <strong>de</strong> juros e atualização monetária. <strong>de</strong>duzi<strong>dos</strong> os saques.§ 2° O Conselho Curador disciplinará o disposto no inciso V. visando beneficiar os trabalhadores <strong>de</strong> baixa rendae preservar o equilíbrio financeiro do FGTS.§ 3° O direito <strong>de</strong> adquirir moradia com recursos do FGTS. pelo trabalhador. só po<strong>de</strong>rá ser exercido para umúnico imóveL§ 4° O imóvel objeto <strong>de</strong> utilização do FGTS somente po<strong>de</strong>rá ser objeto <strong>de</strong> outra transação com recursos dofundo. na forma que vier a ser regulamentada pelo Conselho Curador.


26828 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999§ SO O pagamento da retuadà após o período previsto <strong>em</strong> regulamento. implicará atualização monetária <strong>dos</strong>valores <strong>de</strong>vi<strong>dos</strong>...............................................................................................................................................................( À Comissão <strong>de</strong> Assuntos Sociais - <strong>de</strong>cisão terminativa)Publicado no Diário do Senado Fe<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 3-3·99PARECER N!! 279, DE 1999Da Comissão <strong>de</strong> Assuntós Sociais,sobre o Projeto <strong>de</strong> Lei do Senado né 78,<strong>de</strong> 1999, <strong>de</strong> autoria da Senadora Luzia To-­ledo, que "Dispõe sobre a utilização doFundo <strong>de</strong> Garantia do T<strong>em</strong>po dé Serviço(FGTS) para quitação <strong>de</strong> prestações atrasadas<strong>dos</strong> financiamentos habitacionais".Relator: Senador Paulo HartungI - Relatórioo Projeto <strong>de</strong> lei do Senado nº 78, <strong>de</strong> 1999, ésubmetido à apreciação da Comissão <strong>de</strong> AssuntosSociais <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão terminativa. Trata-se<strong>de</strong> Projeto <strong>de</strong> autoria da nobre Senadora Luzia Toledo,que visa primordialmente "oferecer aos mutuáriosuma alt<strong>em</strong>ativa viável <strong>de</strong> pagamento do finallciamentohabitacional e, assim, contribuir para a reduçãodo número <strong>de</strong> inadimplentes do SFH".Com um único artigo. o projeto altera o art. 20da Lei n St 8.036, <strong>de</strong> 1990. que dispõe sobre o Fundo<strong>de</strong> Garantia do T<strong>em</strong>po <strong>de</strong> Serviço (FGTS), permitindoo pagamento <strong>de</strong> parte das prestações, vencidasou vincendas. <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> financiamento habitacionalconcedido no âmbito do Sist<strong>em</strong>a Financeiro<strong>de</strong> Habitação (SFH).Justifica a ilustre autora da proposição que um<strong>dos</strong> gran<strong>de</strong>s paradoxos do SFH t<strong>em</strong> sido o ·cruelprocesso <strong>de</strong> reajuste <strong>de</strong> prestações e sal<strong>dos</strong> <strong>de</strong>vedoresque. <strong>em</strong> um período <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>as dificulda<strong>de</strong>sfinanceiras para os mutuários, transformou o Sist<strong>em</strong>a,originalmente criado como benefício social, <strong>em</strong>pesa<strong>de</strong>lo para seu público alvo». Acrescenta, ainda,que apesar <strong>de</strong> a legislação que rege o FGTS permitira utilização <strong>de</strong> parcela das contas vinculadas, parapagalT'ento <strong>de</strong> prestações e liquidação <strong>de</strong> saldoS <strong>de</strong>vedores,não há qualquer previsão para o pagamento<strong>de</strong> prestações já vencidas.Ainda segundo a j\.lstificação, a ausência danecessária ~Iexibilida<strong>de</strong> na utilização <strong>dos</strong> recursos doFGTS para pagamento das prestações <strong>em</strong> atrasoprejudica não só o mutuário <strong>de</strong>positante do Fundo<strong>de</strong>' Garantia como também o Sist<strong>em</strong>a Habitacionalcomo um todo.11 - AnáliseO Sist<strong>em</strong>a Financeiro <strong>de</strong> Habitação t<strong>em</strong> sidouma das peças fundamentais da política habitacionalbrasileira, mas sua história recente, reflexo das oscilaçõesna economia brasileira, das interferências externase das inúmeras alterações nas regras <strong>dos</strong> financi3Jl1entos.mostra-nos um impacto significativono nível <strong>de</strong> inadimplência com conseqüências sériaspara o equilíbrio do Sist<strong>em</strong>a.Obser'Ve-se que as atuais regras do FGTS nãorestring<strong>em</strong> o pagamento, com recursos do Fundo, àsprestações ainda por vencer. Não era propósito dolegislador restringir o direito do mutuário. No entanto,a leitura do dispositivo <strong>de</strong>ixa marg<strong>em</strong> a dúvidas et<strong>em</strong> sido interpretado pelos órgãos executivos comorestrftiva, coibindo a utilização <strong>dos</strong> recursos do Fundopara pagament.o <strong>de</strong> prestações jã vencidas.Convicta da fragilida<strong>de</strong> do dispositivo legal, oqual pre<strong>de</strong>nte alterar, a ilustre Senadora Luzia Toledoacrescentou-lhe dois termos importantíssimos,que não <strong>de</strong>ixam qualquer espaço a duplo entendimento.'111- VotoEm face do exposto e consciente <strong>de</strong> ser estauma proposta <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> alcance social, que beneficiarámilhares <strong>de</strong> mutuários da casa própria, votopela aprovação do Projeto <strong>de</strong> Lei do Senado n Q 78,<strong>de</strong> 1999.Sala da Comissão, 12 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999. - OsmarDias, Presi<strong>de</strong>nte - Paulo Hartung, Relator­Moreira Men<strong>de</strong>s - Heloísa Helena - Luiz Pontes -Lúcio Alcântara - José Alencar - Geraldo Cândido- mo Viana - Leomar Quintanilha - Maria doCarmo Alves - Maguito Vilela - Luzia Toledo ­Geraldo Althoff - Antero Paes <strong>de</strong> Barros - CarlosBezerra - Sebastião Rocha - Marluce Pinto.


"._~._____.o -ciaororo :nro3 ZCl> Z10!!tOSl)o.i! -'"Oo_::rCI> ro g~O3ro3"'t1-':::J o..,. I.rnSl)CI)~O-~caõ9 m~ [i'8-' cu Q..- cI\)O_ ~(!)Ao ::J 0. ... _'_~,...n Õ o cu ::J "l1 == (J)N rn'" r-~ G>&f-'CI> o ~ n.", -I>() Q.~ 8 Clt -. cu 1\)1 o-·3 ~3-11 o rn~·llJo(!)rn-'_::Jo-~oI\), O~aD>T1o.-·orn.o co~, ::r C,::J ::J~ ~ iitg. 10~ ::;:'2. Q. ~cp 'Poco.COMISSÃO DE ASSUNTOS se IAISLISTA DE VOTAÇÃO ~OMINALTITULARES. PMDD SIM NAO ADsn:NçAO SUPLENTES·I''''1l11 SIIII N'\() AUSTE"'Ç,\OCARLOS BEZERRA X I)DJALMA fALCAOGILVAN BORGES2)JOSE SARNEYJOSE ALENCAR . .~J)MAURO MIRANDA .. ---.------LUIZ ESTEVAO4)JADER BARBALliO.MAüUITO VILELA }{. 5)JOAO AI.BERTO SOIJSAMARLUCE PINTO )( 6)AMIR LANDO0.0.' _._..._---_.-I'EDRO SIMON7)GlLUERTO ~IES nU:-\IIOVAüO 8}JOSE F()(iAÇA--------- .._--_._--V,\(,O9}VAGOTITULARES· I'FI. SIM NAO ,\US'mNç,\O SUI'l.Ei'\TEÇ- l'i'C'" -. -. '-"s"'j~i-- .. 'N,'\()'" ,\1IS'11-:1';"(;,'(0JOI'AS I'INHEIRO \}EDlSON 10131\0 ----IIELLOPARGA2)FREITAS NETOI)JALMA BESSA J)BERNARDO CABlt,\L---GERALDO ALTHOFF X 4)PAULO SOUl oI>IOREIRA MENDES )( 5)JOSE AGRIPINO:>lAlUA DO CARMO ALVES X._----- 6)JORGE OORNIIAUSE~,-_._-IiDUARDO SIQUEIRA CAMPOS7)JUVENCIO DA FONSECAMOZARILDO CAVALCANTE8)VAGOID:JTULARES. PSDO SIM NÃO AOSTJ::NÇAO SUI'I.J::"'TES. 1'51>11 SIMANTERC11'JF.'BARROS ')( I)ARTUR DA TAVOLA.."'AO,\\ISTENÇ,\O-LUIZ PONTES )( 2)LUZIA TOLElJOLUCIO ALCi\NTAI~ )oi; )PEDRO I'IVA- - -----------~~_._----OSMAR DIAS 4}JOSE ROUERTO ARRUDA-------PAULO HARTUNG ')(: 5}TEOTONI0 VILEI.A FILIIO_.IW:>IERO JUCt\6}ALVARO DIASTITUI.,\IU~S· III.OCO OI'OSIÇAO SIM NMJ ,\IJSn:NçXo SUI'I.ENTES • IJLOcê}'õWlslc,'"ii . 'si~í' --- ··-~N-,\(j-,\liS'IE~,iC:~\(i(I'TI/'I>TI/'SI)I/'I'S)(I'T/l'llTlI'SII/I'1'5)GI'RALDO CANDIDO (P1') X \)SEUASTIAll RllL'II,\ (1'1rI )_. -)( ---: -----, .. -~I,\R1NA SilVA (1'1') 2)LAURO C,\MI'OS (I'T)--- _._------"-._--1:l>llLlA FERNANDES (I't>Tl J}ROIIERlO I'REIRE (/'1'51 ------'--' .._- -_ .. ~-----..._--_. .._----_.IIEI.OISA IIELENA lI' n._------,')(... 4)J05E El>lIAlWO 1>111 RA lI' I1._---._----- .'------TIAO VIANA (P1') ;r( S)JEFFERSON PERES (1'1nlTITULARES· 1'1'0 SI:>I N,\O ,\IlSTENÇXO- ---'--sU/,ú"rl:s : j;iOji' ... -, sl-~i ",,(1--- ~~~:~'I:i~'~-Ç\()l.l,u~! ,\1\ QUIN rANILHA X- I}EHNANDES----- ---_._-r\l\!OI\l\1TOTAL: JG_ Sll\l:~ NAo: _SALA DAS REUNIÕES, EM l-l 1v '5' 11999, ,.r----A BSTENÇ':\O:__'" _~__SENADOR:." " JI'LS N"' _LI -'FI'!."' ....,; #.' .... 0'/'''./; ..1(


26830 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Do Sr. Deputado Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte da do Partido do Movimento D<strong>em</strong>ocrático Brasileiro -Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nos seguintes termos: PMDB, que comporão a Comissão Especial <strong>de</strong>stinadaSGMIP N2. 629a examinar o Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 634, <strong>de</strong> 1975, do Po<strong>de</strong>rExecutivo, que "Institui o Código Civil Brasileiro".Brasflia, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999TitularGUSTAVO FRUETOSMAR SERRAGLJORENATO VIANNARICARDO IZARRITA CAMATASYNVAL GUAZZELLIOutrossim, informo a V. ExB que as vagas <strong>de</strong>stinadasàs suplências serão preenchidas oportunamente.Senhor Deputado,Faço retornar às mãos do <strong>em</strong>inente colega a Proposta<strong>de</strong> Emenda à Constituição <strong>de</strong>r autoria <strong>de</strong> V. ExB,que "dispõe sobre a <strong>de</strong>sincompatibilização <strong>dos</strong> Governadores<strong>de</strong> Estado e Prefeitos que concorr<strong>em</strong> à reeleição",por não conter número mfnimo <strong>de</strong> assinaturas indicadono inciso I, artigo 201, do Regimento Interno.No caso <strong>de</strong> compl<strong>em</strong>entação do número dasassinaturas, a proposta <strong>de</strong>verá ser reapresentada diretamente<strong>em</strong> sessão plenária.Aproveito a oportunida<strong>de</strong> para renovar manifestação<strong>de</strong> apreço. - Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.Do Deputado Aécio Neves Li<strong>de</strong>r do PSDB,nos seguintes termos:OF. PSDBI/IN2. 932199Brasflia, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Indico a V. Exa o Senhor Deputado RAFAELGUERRA, como m<strong>em</strong>bro titular, para integrar a ComissãoEspecial <strong>de</strong>stinada a proferir parecer à Proposta<strong>de</strong> Emenda à Constituição nA 89-A, <strong>de</strong> 1995,que "dá nova redaçêo ao inciso IV. do art. 29 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral" (Número <strong>de</strong> Vereadores).Atenciosamente, - Deputado Aécio Neves, LI<strong>de</strong>rdo PSDB.OF. PSDBI/IN2. 939199Bras!lia, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Venho solicitar a V. ExB a gentileza <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminara substituição do Deputado MÁRCIO FORTES pelo DeputadoZENALDO COUTINHO no cargo <strong>de</strong> Vice-Ll<strong>de</strong>rdo Partido da Social D<strong>em</strong>ocracia Brasileira - PSDB.Atenciosamente, - Deputado Aécio Neves, LI<strong>de</strong>rdo PSDB.Defiro.Em 9-6-99. - Heracllto Fortes, 1 A Vice-Presi<strong>de</strong>nteno exercfcio da PresidênciaDo Deputado Ged<strong>de</strong>l Vieira Lima, L1<strong>de</strong>r doPMDB, nos seguintes termos:OF/GABII/N 2 815Brasflia, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Em atençêo ao Offcio SGM/P nA 109/99, encaminhoa V. Ex a a relação <strong>dos</strong> nomes <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>Atenciosamente, -Lima, Ll<strong>de</strong>r do PMDB.Deputado Ged<strong>de</strong>l VieiraDo Sr. Deputado Augusto Nar<strong>de</strong>s, Presi<strong>de</strong>nte<strong>em</strong> exercício da Comissão <strong>de</strong> Agricultura e PctiticaRural, nos seguintes termos:OFICIO NR 582/99Brasflia, 27 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Nos termos do art. 58 do Regimento Interno <strong>de</strong>staCasa, comunico a V. ExB que, <strong>em</strong> 26 <strong>de</strong> maio do correnteano, esta Comissão aprovou o parecer contráriodo Relator, Deputado Augusto Nar<strong>de</strong>s, ao Projeto <strong>de</strong>Lei nA 4.729/98, contra os votos <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> NilsonMourão e, <strong>em</strong> separado, do Deputado João Grandão.Solicito a V. ExB autorizar a publicação do referidoprojeto e do parecer a ele oferecido.Respeitosamente, - -Deputado Augusto Nar<strong>de</strong>s,Presi<strong>de</strong>nte <strong>em</strong> exercfcio.Do Sr. Deputado José Carlos Aleluia, Presi<strong>de</strong>nteda Comissão <strong>de</strong> Constituição e Justiça e <strong>de</strong>Redação, nos seguintes termos:OF. NR 474-P/99 - CCJRBrasflia, 27 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Encaminho a V. Exa, para as providências regimentaiscabfveis, a Proposta <strong>de</strong> Emenda à Constituição n"190194 e as <strong>de</strong> n"s 191194 e 291195, apensadas, apreciadaspar este Órgão Técnico <strong>em</strong> 26 <strong>de</strong> maio do corrente.Aproveito o ensejo para reiterar a V. ExB protestos<strong>de</strong> elevada estima e distinta consi<strong>de</strong>ração.Deputado José Carlos Aleluia, Presi<strong>de</strong>nte.OF. N2 486-P/99 - CCJRBras!lia, 1 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Encaminho a V. ExB, para as providências regimentaiscabfveis, o Offcio nA 575/P/96, ao Supr<strong>em</strong>o


Junho <strong>de</strong> 1999 DIARIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26831Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, apreciado por este Órgão Técnico Of.P-n ll 206199<strong>em</strong> 1 11 <strong>de</strong> junho do corrente.Aproveito o ensejo para reiterar a V. Ex' protestos<strong>de</strong> elevada estima e distinta consi<strong>de</strong>ração. - DeputadoJosé Carlos Aleluia, Presi<strong>de</strong>nte.Da Sra. Deputada Maria Elvira, Presi<strong>de</strong>nte daComissão <strong>de</strong> Educação, Cultura e Desporto, nosseguintes termos:OFíCIO Nll P-273/99Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Brasília, 19 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999Comunico a V. Ex·, <strong>em</strong> cumprimento ao dispostono artigo 58 do Regimento Interno, a rejeiçãodo Projeto <strong>de</strong> lei n ll 4.903/99, do Sr. José Borba,que "Altera a redação do art. 26, § 3 11 , da Lei n ll9.394, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1996, que estabeleceas diretrizes e bases da educação nacional",para publicação da referida proposição e do parecera ela oferecido.Atenciosamente, - Deputada Maria Elvira, Presi<strong>de</strong>nte.Da Sra. Deputada Veda Cruslus, Presi<strong>de</strong>nteda Comissão <strong>de</strong> Finanças e Tributação, nos seguintestermos:OFíCIO P-198199Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Brasma, 26 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999senhor Presi<strong>de</strong>nte,Comunico a V. Exa. para os fins previstos no art.54, li, do Regimento Interno, que esta Comissão opinoupela ina<strong>de</strong>quação financeira.e orçamentária doProjeto <strong>de</strong> Lei n ll 2.084/96, do senado Fe<strong>de</strong>ral, e <strong>dos</strong>PL nlls 2.245/96 e 2.153/96, apensa<strong>dos</strong>.Cordiais Saudações, - Deputada Veda Crusius,Presi<strong>de</strong>nta.OFíCIO P- Nll 202199Brasília, 26 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999Comunico a V. Exa. para os fins previstos noart. 163, I, do Regimento Interno, que esta Comissãoconcluiu, unanim<strong>em</strong>ente, pela prejudicialida<strong>de</strong>do Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 1.214/95, do Sr. Max Rosenmann,e <strong>dos</strong> PL nlls 2.735/97 e 4.093/98, apens.a<strong>dos</strong>;e pela ina<strong>de</strong>quação financeira e orçamentária<strong>dos</strong> PL nlls 2.946/97, 4.276/98, 4.762/98, 4.784/98 e153/99, apensa<strong>dos</strong>.Cordiais Saudações, - Deputada Veda Crusius,Presi<strong>de</strong>nta.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Brasília, 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999Senhor Presi<strong>de</strong>nteComunico a V. ExI, <strong>em</strong> cumprimento ao disposto,,!O art. n ll 58 do regimento Interno, a apreciação, por esteOrgão Técnico, do Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 4.693-A/98., Solicito a V. Ex' autorizar a publicação do referidoprojeto e do parecer a ele oferecido.Atenciosamente, - Deputado, Marcus Vicente,Presi<strong>de</strong>nte <strong>em</strong> exercfcioDo Sr. Deputado Marcelo Teixeira, Presi<strong>de</strong>nteda Comissão <strong>de</strong> Viação e Transportes, nos seguintestermos.OF.P-67/99Brasília, 19 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999Comunico a V. Exa., para os fins previstos noart. 54, 11, do Regimento Interno, que esta Comissãoopinou pela ina<strong>de</strong>quação financeira e orçamentáriado Projeto <strong>de</strong> Lei nll 3.463/92, <strong>dos</strong> PL nlls1.383/91 e 228/95, apensa<strong>dos</strong>, b<strong>em</strong> como do Substitutivoaprovado pela Comissão <strong>de</strong> DesenvolvimentoUrbano e Interior.Cordiais Saudações, - Deputada Veda Crusius,Presi<strong>de</strong>nta.Do Sr. Deputado Enio Bacci, Presi<strong>de</strong>nte <strong>em</strong>exerclcio, da Comissão <strong>de</strong> segurida<strong>de</strong> Social eFamília, nos seguintes termos:OFíCIO Nll 50199-PSenhor Presi<strong>de</strong>nte,Brasília, 31 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999Comunico a V. Ex', <strong>em</strong> cumprimento ao dispostono art. 58 do Regimento Interno, a apreciação, poreste Órgão Técnico, do Projeto <strong>de</strong> Lei n 1l 4.170/98.Solicito a V. Ex' autorizar a publicação do referidoprojeto e do seu respectivo parecer.Atenciosamente, Deputado Enio Bacci, Presi<strong>de</strong>nte<strong>em</strong> exercfcio.Do Sr. Deputado Marcus Vicente, Presi<strong>de</strong>nte<strong>em</strong> exerclclo <strong>de</strong> Comissão <strong>de</strong> Trabalho, <strong>de</strong> Administraçãoe Serviço Público, nos seguintes termos:OFíCIO Nll 85/99Brasília, 26 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 19~Em cumprimento ao disposto no art. nll ,133, caput,do ~irnento Interno, comunico a V. ExB que a Comis-


26832 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999sao <strong>de</strong> Viação e Transportes, <strong>em</strong> reuniao ordinária reali- CPI irá <strong>de</strong>senvolver, colho a oportunida<strong>de</strong> para apresen~zada hoje, rejeitcu o Projeto <strong>de</strong> Lei rf' 150199 - do Sr. tar-lhe meus protestos <strong>de</strong> apreço e consi<strong>de</strong>ração,t:nio Bacci - que "toma facultativo o uso <strong>de</strong> cinto <strong>de</strong> ~ Atenciosamente, - Deputada Celcita Pinheiro,gurança <strong>em</strong> vias ;JrbanElS, com velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> até 40 Km". Presi<strong>de</strong>nta.Atenciosarl'lente, - Deputado Marcelo Teixeira,Presi<strong>de</strong>nteREQUERIMENTODa S,a Deputada! Celcita Pinheiro, Pl8Si<strong>de</strong>nte daComissão Parlal.118Ilt2r <strong>de</strong> Inquérito <strong>de</strong>stinada a apu~rar o <strong>de</strong>sperdicio <strong>de</strong> alimentos no periodo <strong>dos</strong> Governosimediatamente anteriores ao do Presi<strong>de</strong>nte FernandoHenrique car<strong>dos</strong>o, nos seguintes tennos:OFIcIO Nº 2/99·.pSenhor Pmsi<strong>de</strong>rte,Brasília, 8 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999Tenno a honra ce comunicar a V. Exa. que, <strong>em</strong>reunião realizada nesta data, foi instalada a ComissãoParlamentar <strong>de</strong> i1nquérito <strong>de</strong>stinada a apurar o<strong>de</strong>sperdrcio <strong>de</strong> alimentos no perrodo <strong>dos</strong> ~osimediatamente mteric,res ao do Presi<strong>de</strong>nte FernandoHenrique Cardo:;o, <strong>de</strong>i qual fui eleita Presi<strong>de</strong>nta, juntamentecom os Deputa<strong>dos</strong> Lurs Eduardo e CleonâncioFonseca, el'3itos, respectivameilte,1 2 e 3SI Vice-Presi<strong>de</strong>nte,ficandt) vaga a 2 8 Vice-Presidência,<strong>em</strong> razao <strong>de</strong> o Partidc 1 <strong>dos</strong> Trabalhadores nao ter feitoaté o momento, a indicação do parlamentar queocupará o referido cargo.Na certeza <strong>de</strong> contar com o apoio e a colaboração<strong>de</strong> V. Exa. para o l:>om andamento das ativida<strong>de</strong>s que estaDa Sra. Deputada lidía Quinan, nos seguintestennos:REQUERIMENTO N2 DE(Da Sra. Lfdia Quinan)Requer o <strong>de</strong>sarquivamento <strong>dos</strong> Projetos<strong>de</strong> Lei <strong>de</strong> sua autoria.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Requeiro a V. Exa, nos termos do Art. 105, ParágrafoÚnico, o <strong>de</strong>sarquivamento <strong>dos</strong> Projetos <strong>de</strong>Lei <strong>de</strong> minha autoria <strong>de</strong> números, a· saber: PL n 2 s4.215/98, 2.771/97, 2.833/97, 3.463/97, 4.214/98,retornando-se a tramitação da proposição <strong>de</strong>s<strong>de</strong> oestágio <strong>em</strong> que se encontrava.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - LídiaQuinan, Deputada Fe<strong>de</strong>ral.Defiro, nos termos do art. 105, parágrafoúnico, do RICO, o <strong>de</strong>sarquivamento das seguintesproposições: Projetos <strong>de</strong> Lei nºs2.771/97, 2.833/97, 3.463/97 e 4.214/98.In<strong>de</strong>firo, quanto ao PL n ll 4.215/98, por naQ_~encontrãr árquivado. Oficie-se à requerente.Em 9-6-99. - Presi<strong>de</strong>nte Michel T<strong>em</strong>er.PROJETO DE LEI N2 960, DE 1999(Do Sr. Almeida <strong>de</strong> Jesus)Dá preferência <strong>de</strong>tramitaçao na Justiça nos Municipios, Esta<strong>dos</strong>e na esfera Fe<strong>de</strong>ral aos procedimentos judiciais <strong>em</strong> que figurecomo parte pessoa fisica com ida<strong>de</strong> igualou superior a 60(sessenta) anos, beneficiária judiciária gratuita.(APEN5E-SE AO PROJETO DE LEI N2 420, DE 1999)o Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1° - Os procedimentos judiciáis, <strong>em</strong> tramitação na Justiça nos~unicíp!os, Esta<strong>dos</strong> e na esfera Fe<strong>de</strong>~al, <strong>em</strong> que figur<strong>em</strong> como parte ou.mterv<strong>em</strong>ente .Pe.ssoa fisica com ida<strong>de</strong> igual ou superior a 60 (sessenta)anos, benefiCIárIa da Assistência Judiciária Gratuita, receberão medianterequerimento do interessado, tratamento prioritário na prática'<strong>de</strong> todo equal~uer . ato ou diligência procedimental, tais como distribuição,.~ublicação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spachos na impr~IJSa oficial, citações e intimações,mclusão <strong>em</strong> pautas <strong>de</strong> audiências, julgamentos e proferimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisõesjudiciais.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26833Parágrafo Único - O interessado na obtenção do beneficio estabelecidonesta lei, <strong>de</strong>verá requere-lo ao juiz da causa ou ao juiz distribuidor,comprovando com documento hábil que possui ida<strong>de</strong> igual ou superior 60(sessenta) anos.Ar!. 2" - Esta lei entre <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação, revogadas asdisposições <strong>em</strong> contr~ .JUSTIFICATIVANioguém esquece I: enorme quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vezes, que o ex-<strong>de</strong>putado João Alvesalar<strong>de</strong>ou, na CPl do Orçamento, por ter ganho sorteios da loteriaA Caixa ECOOÔIIlÍca Fe<strong>de</strong>ral teve uma feliz idéia <strong>de</strong> rea1izar ossorteios <strong>em</strong> caminhões que percorr<strong>em</strong> várias cida<strong>de</strong>s do Brasil, não só dandotransparência à sua realizaçio pública, como aproximando-se do seu públicoUSUário, promovendo um verda<strong>de</strong>iro espetàculo que, aliás, é muito concorrido.o volume <strong>de</strong> lllOVÍIIlCntO que representa esse serviço da CaixaEconômica Fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong>monstra c1anlmente a aceitação que teve por pane do povo.Esse projeto <strong>de</strong> lei visa a dar o caráter <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> àS<strong>de</strong>mandas judiciais provenientes <strong>de</strong> pessoas com mais <strong>de</strong> 60 (sessenta)anos, consoante com mna série <strong>de</strong> conquistas sociais, materializadasatravés <strong>de</strong> legislações específicas que buscam possibilitar uma melhorqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida aos cidadãos da chamada terceira ida<strong>de</strong>.Cumpre l<strong>em</strong>brar que o simples fato <strong>de</strong> que <strong>em</strong> nossopais, dadas as condições sócio-econômicas gerais do povo, a expectativa <strong>de</strong>vida <strong>em</strong> pouco transpõe a casa <strong>dos</strong> 60 anos, o que por si só, confere umcaráter <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong> a esses cidadãos, inclusive como valorização e forma<strong>de</strong> prestar a <strong>de</strong>vida homenag<strong>em</strong> a mn contingente <strong>de</strong> pessoas tão<strong>de</strong>sassistidas <strong>em</strong> suas especificida<strong>de</strong>s, sobretudo os <strong>de</strong> baixa renda.Outro dado a ser elencado diz respeito ao t<strong>em</strong>po médio<strong>de</strong> duração <strong>dos</strong> processos <strong>em</strong> trâmite na justiça commn, o que não raro,quando se trata <strong>de</strong> impetrante na faixa etária acima referida, encontra seu<strong>de</strong>sfecho após o falecimento do mesmo.Sala das Sessões, <strong>em</strong> 19 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999Esse serviço da Caixa E<strong>em</strong>iõmica Fe<strong>de</strong>ral, acumula, <strong>em</strong>am:cadação, até fevereiro <strong>de</strong> 1999, a importAncia <strong>de</strong> RS 302.079.694,00, com~os Iiqui<strong>dos</strong> ~ RS 102.829.081,00, sendo, poI1lII1to, aconselhável que àmedida que os algarismos viii sendo sortea<strong>dos</strong>, o que é feito, aliás, com a maiortrall.spal&çia, seja lIIIUIIciado l8IIIbém o número <strong>de</strong> apostadores que acertaram osalgarismos até entAo sorteI<strong>dos</strong>." Além <strong>de</strong> rqneSeIIlar um novo atrativo, dando uma <strong>em</strong>oçãomuno nwor ao evento <strong>de</strong>sse sorteio público, evitará a espeêuIação sobre a apuraçãofinal.Sim, porque na realida<strong>de</strong>, <strong>em</strong>bora os algarismo sejam sortea<strong>dos</strong>publicamente, o anúncio do número <strong>dos</strong> ganhadores finais só ocorre no dia~. 'Na ~ do computador, com os recursos da tecoologiadisponíveis, é simples a obtençlloo <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> parciais e do resultado final <strong>em</strong>poucos minutos, no próprio 10çaI <strong>em</strong> que ~ realizado o saneio.É evi<strong>de</strong>nte que não se procura a proclamação <strong>dos</strong> nomes <strong>dos</strong>felizes ganbadores, llJlIS apenas o nÍlDlero <strong>de</strong>crescente <strong>dos</strong> que ainda permanec<strong>em</strong>na disputa.Essa é a finalidII<strong>de</strong> da nossa proposta.PROJETO DE LEI N2 961, DE 1999( Do Sr. Chico da Princesa)Dispõe sobre a realização <strong>de</strong> sorteios <strong>de</strong> prognósticos pela CaixaEconômica Fe<strong>de</strong>ral.(AS COMISSOES DE FINANÇAS E TRIBUTAÇAO (M:E:RITOl; E DECONSTITUIÇAO E JUSTIÇA E DE REDAÇAO (ART. 54) - ART...4, II)oCONGRESSO NACIONAL <strong>de</strong>cnlII:~-~~PSI>BIPRPROJETO DE LEI N! 964, DE 1999( De Sr. Luiz Bittucourt )Modifica a Lei n~ 9.294, d. 1996, proibindo a oferta e aingestao <strong>de</strong> blObidaa alcoólicall ... aeronaves e veículos <strong>de</strong>transporte coletivo.Ar!. 1" - Nos soneios <strong>de</strong> prognósticos realiza<strong>dos</strong> pela Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral,após o saneio <strong>de</strong> cada algarismo, <strong>de</strong>ve ser anunciado o número <strong>dos</strong> acertadores queainda permanec<strong>em</strong> na: disputa <strong>dos</strong> prêmios.Ar!. 2" • Imediatamente após o saneio do último número <strong>de</strong> série, será anunciado onúmero final <strong>dos</strong> acertadores e quanto caberá a cada um como pagamento doprêmio.Art. 3" - Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.Ar!. 4" - Revogam-se as disposições <strong>em</strong> contrário.JUSTIFICATIVAA transparência <strong>dos</strong> sorteios realiza<strong>dos</strong> pela Caixa Econô~caFe<strong>de</strong>ral é requisito essencial que <strong>de</strong>ve ser procurado com afinco, para sua tnalorcredibilida<strong>de</strong>.(APEHSE-SE AO pROJftO DI Lltl IIt 4.846, DE 1994)do seguinte §3':o CcJetraIo N~I c\<strong>em</strong>Ia:AIt. l'OUl. 4'daLei 1I'9.2'U, <strong>de</strong> 1996. passa a vigorar aet'C'Cido"§ 3'Sdo~ Q ofntiJ e a Illgutão <strong>de</strong> b


26834 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999JUSTIFICAÇÃOA afena <strong>de</strong> bebidas alcoólIcas <strong>em</strong> aeronaves e. mais recent<strong>em</strong>ente.<strong>em</strong> alguns ônibus interestaduais. s<strong>em</strong>pre foi tida como requisito para caractenzar um bomserviço <strong>de</strong> atendimenlo <strong>de</strong> bordo. V<strong>em</strong> servindo para conquistar a slmpana <strong>de</strong>consumidores mais exigentes e para tranqüilizar usuários mais amedronta<strong>dos</strong> com ascucunstâncias das viagens.T<strong>em</strong>-se observado. no entanto. que essa regalia não gera apenasb<strong>em</strong>-estar no inrerior <strong>dos</strong> veiculas. Apesar da maíoria <strong>dos</strong> passageiros lidar <strong>de</strong> formaconvenient-. com a ingestão do álcool. é cada vez maior o número <strong>de</strong> experiêocias<strong>de</strong>sagradáveis. relatadas porfuncionários das. <strong>em</strong>presas, envolvendo o consumo <strong>de</strong> bebidasalcoólicas. Pessoas passam a falar alto, a incomodar os <strong>de</strong>mais passageiros, a <strong>de</strong>strntar oscomissários e a <strong>de</strong>sobe<strong>de</strong>cer as regras do transporte. As atitu<strong>de</strong>s IDconvenienres <strong>de</strong> apenasum passageiro passam a transformar a viag<strong>em</strong> <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os <strong>de</strong>mais num martírio.Tal situação, havendo a possibilida<strong>de</strong> da oferta e do consumo <strong>de</strong>bebidas alcoólicas no interior <strong>dos</strong> veiculas, é incapaz d~ sé; evitada. Primeiro, porque sãomuito varia<strong>dos</strong> os limites <strong>de</strong> resistência <strong>de</strong> cada pessoa <strong>em</strong> relação à ingestão do álcool;enquanto duas latinhas <strong>de</strong> cerveja po<strong>de</strong>m transformar o comportamento <strong>de</strong> alguns, outrosnão se alterarão n<strong>em</strong> mesmo com algumas <strong>dos</strong>es <strong>de</strong> uisque. Segundo, porque évirtualmente impossivel para os comissários <strong>de</strong> bordo <strong>de</strong>tectar os casos <strong>de</strong> passageiros queestejam prestes a ultrapassar seu "limite <strong>de</strong> consumo", a partir do qual po<strong>de</strong>m representarameaça ao conforto e à segurança do transporte.o mais plausivel, diante <strong>de</strong>sse quadro, é simplesmente proibir-se a'oferta e o consumo <strong>de</strong> bebidas alcoólicas <strong>em</strong> aeronaves e veiculas <strong>de</strong> transporte coletivo.Trata-se da única medida capaz <strong>de</strong> atenuar as ocorrências in<strong>de</strong>sejadas <strong>de</strong> que se falou,<strong>em</strong>bora s<strong>em</strong>pre exista a possibilida<strong>de</strong> do passageiro <strong>em</strong>briagar-se antes <strong>de</strong> ingressar noveiculo.Esperamos que essa <strong>de</strong>cisão seja compreendida pela comunida<strong>de</strong><strong>dos</strong> usuanos, mais preocupada, t<strong>em</strong>os certeza, com a qualida<strong>de</strong> e a segurança do Itransporte do que com os mimos ofereci<strong>dos</strong> pelas companhias <strong>de</strong> ônibus e aviação.Sala das Sessões, <strong>em</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> 1999./lqfr/rrt..Jl v "-v u...........,/Deputado L~:Bittencourt"LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELACOORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVoS- CeDI"LEI N° 9,294, DE 15 DE JULHO DE 1996DISPÕE SOBRE AS RESTRlÇÕES AO USO E ÀPROPAGANDA DE PRODUTOS FUMÍGEROS,BEBIDAS ALCOÓLICAS, MED12AMENTOS,TERAPIAS E DEFENSNOS AGRÍCOLAS. NOSTERMOS DO § 4° DO ART. 220 DACONSTITUIÇÃO FEDERAL...............................................................................................................................An. 4 0 Somente será permitida a propaganda comercial <strong>de</strong> bebidas alcoólicasnas <strong>em</strong>issoras <strong>de</strong> rádio e televisão entre as vinte e uma e as seís horas.§ 10 A propaganda <strong>de</strong> que trata este artigo não po<strong>de</strong>rá associar o p~o.duto a~esporte olimpico ou dr competição. ao <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho saudável <strong>de</strong> q~quer aUVIda<strong>de</strong>. acondução <strong>de</strong> veiculas e a imagens ou idéias <strong>de</strong> maior êxito ou sexualida<strong>de</strong> das pesso~.§ 2° Os rótulos das <strong>em</strong>balagens <strong>de</strong> bebidas alcoólicas conterão advertênCianos seguintes termos: "Evite o Consumo Excessivo <strong>de</strong> AlcGol".......................................................................................................................................................................................................................................................PROJETO DE LEI N2 968, DE 1999(Do Sr. Cunha Bueno)Possibilita a utilização <strong>de</strong> recursos do FGTS, pelostrabalhadores titulares <strong>de</strong> contas <strong>de</strong>sse fundo, na compra <strong>de</strong>ações do Banco do Brasil quando da sua privatização no contextodo Programa Nacional <strong>de</strong> Desestatizaçãoa(APENSE-SE AO PROJETO DE LEI N2 2.728, DE 1989)o CONGRESSO NACIONAL <strong>de</strong>creta:Art. 1" O trabalhador titular <strong>de</strong> conta do FGTS - Fundo <strong>de</strong> Garantia porT<strong>em</strong>po <strong>de</strong> Serviço po<strong>de</strong>ni optar por adquirir ações do Banco do Brasil , quandoda sua privatizaçio através do Programa Nacional <strong>de</strong> Desestatização.Art. 2" A opçio <strong>de</strong> que trata o art. 1" seri' feita mediante manifestaçãoprévia e formal do titular da conta do FGTS.Panigrafo único - SOlMnte po<strong>de</strong>rá e"eroer a opção pela compra otrabalhador que tiver sua conta do FGTS com saldo suficiente e disponível paraa aquisição pretendida.Art. 3" Imediatamente após o encerramento do leilão <strong>de</strong> privatizaçio doBanco do Brasil abriar-se-á prazo <strong>de</strong> 80 (sessenta) dias para que o trabalhadortitular <strong>de</strong> conta do FGTS faça a opção pela compra das ações, <strong>de</strong> acordo com asdisposições <strong>de</strong>sta lei .. da I1Igulamentação que vier a ser .."pedida, pelo mesmopreço .. condiç6es <strong>de</strong> pagamento adjudicadas ao ganhador do Ieilio.Parágrafo único - As opções <strong>de</strong> compra e"ercidas pelos trabalhadorestitulares <strong>de</strong> contas do FGTS, no seu conjunto, po<strong>de</strong>rio atingir o todo ou partedas ações leiloadas.Art. 4- Somente após transcorrido o prazo <strong>de</strong> que trata o artigo anterior, osaldo das ações leiloadas que não for<strong>em</strong> objeto <strong>de</strong> opção <strong>de</strong> compra por parte<strong>dos</strong> trabalhadores titulares <strong>de</strong> contas do FGTS passari à poss~ e proprieda<strong>de</strong>do comprador vencedor do leUio <strong>de</strong> privaüzac;ão, na fonna e condiçõesestabektcidas no edital <strong>de</strong> privatizaçào e na legislação e normas <strong>em</strong> viQor.Art. 5° Relativamente às ações <strong>de</strong>i Banco do Brasil adquiridas pelotrabalhador, na fonna das disposições <strong>de</strong>sta Lei. <strong>de</strong>verão ser atribui<strong>dos</strong> osmesmos direitos, obrigações e restrições ,previstos no edital <strong>de</strong> privabzação enas nonnas aplicáveis ao processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sestatização, inclusive quanto ao prazopara posterior venda a terceiros.Art. 8' Ao Po<strong>de</strong>r Executivo fica atribuida competência para regulamentaras disposições <strong>de</strong>sta Lei, no que for cabível, no prazo <strong>de</strong> atê 90 (noventa) dias apartir da data da sua publicação, s<strong>em</strong> prejuízo da imediata entrada <strong>em</strong> vigor daspresentes disposições.Art. 9' Esta Lei entra <strong>em</strong> vigor na.data da sua publica,çã0,ftvogadas asdispnsições <strong>em</strong> contrário. \1't/' /JUSTIFICATIVAUma das principais criticas ao Programa Nacional <strong>de</strong>Oesestatizaçlio que v<strong>em</strong> sendo impl<strong>em</strong>entado pelo Governo Fe<strong>de</strong>ral dizrespeito à <strong>de</strong>snacionalizaçlio das <strong>em</strong>presas estatais vendidas <strong>em</strong> leillio e,mais do que isso, o restrito acesllO estabelecido ao capital privadonacional e aos trabalhadores brasileiros, que <strong>de</strong> per si não consegu<strong>em</strong>reunir os recursos e condiçbes suficientes para competir com ospo<strong>de</strong>rosos investidores alienigenas.O presente Projeto <strong>de</strong> Lei visa, exatamente, corrigir <strong>em</strong> parte esse<strong>de</strong>sequilibrio, na medida <strong>em</strong> que possibilita aos trabalhadores brasileiros,legitimas donos <strong>dos</strong> recursos <strong>de</strong>Posita<strong>dos</strong> no Fundo <strong>de</strong> Garantia porT<strong>em</strong>po <strong>de</strong> Serviço - FGTS, optar<strong>em</strong> livr<strong>em</strong>ente pela aquisição <strong>de</strong> ações doBanco do Brasil, quando da sua privatização, nas mesmas condições(preços, prazos, etc.) que vier<strong>em</strong>-a ser adquiridas pelo ganhador do leilão<strong>de</strong> privatização daquela estatal.Mais do que isso ainda, o presente Projeto contribui para apulverização do capital da CEF, priorizando a sua aquisição pelospróprios brasileiros, trabalhadQres. Lamentavelmente não há como seesten<strong>de</strong>r essa possibilida<strong>de</strong> aos milhões <strong>de</strong> trabalhadores brasileiros quetrabalham na informalida<strong>de</strong> ou que não têm direito ao FGTS.. Dada a relevância e o .alcance das propostas constantes <strong>de</strong>steProjeto, peço o apoio <strong>dos</strong> Ilustres Pares no sentido da sua rápidatramitaçlio e aprovaçlio.Sala das Sessães, <strong>em</strong> {cf <strong>de</strong> f..r.,.'l-1 v <strong>de</strong> 1999PROJETO DE LEI N!!. 969, DE 1999(Do Sr. Marcos <strong>de</strong> Jesus )Altera. a Lei n2 7 a498, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1986, para dispor sobrea -jornada <strong>de</strong> trabalho <strong>dos</strong> Enfermeiro:::, '!'€.cn~CDS <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong> eAuxiliares <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong>•


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26835(18 CllMISSOES DE TRAllALIIO, DE ADKINISTIlAÇJ.O E SERVIÇO PlIIlLlCOl EDI COIISTI'lUIÇJ.Q E JUSTIÇA E DE REDJlÇAO (AR'l'. 54) - ART. 24, II)PROJETO DE LEI No!! 972, DE 1999( Do Sr. Ivan Pairio )Acrescenta par4qrafo ao art. 73 da Lei n2 9 504 d 30 <strong>de</strong>sete..bro <strong>de</strong> 1997, di.pondo sobre a tranaferenci~ v~lun~ária <strong>de</strong>irecursos <strong>em</strong> ano eleitoral.Art I' A Lei n' 7.498, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1986, poaa a visamacrescida do seguinte artigo:•Art 23A A jomoda máxima <strong>de</strong> 1IIbalho <strong>dos</strong> Enfi:nneims,Auxiliares <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong> e Técnicos <strong>de</strong> EnfCIJllal!"ll1 .... <strong>de</strong> 30(trinta) bom s<strong>em</strong>anais e 120 (CC11lO e vinlc) bom mensais.Art 2' Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na dal& <strong>de</strong> sua publicaçio.JUSTIFICAÇÃOo projeto, ora apresentado, objetiva fazer justiça aos profissionaisda ârea <strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong>, Iixando-lhes a jornada màxima <strong>de</strong> trabalho <strong>em</strong> 30 horass<strong>em</strong>anais e <strong>em</strong> 120 horas mensais.É notório o <strong>de</strong>sgaste fisico e <strong>em</strong>ocional a que estão sujeiras essesabnega<strong>dos</strong> profissionais que, Dio mo, submet<strong>em</strong>-se a um trabalho intenso CIliasativida<strong>de</strong>s sio <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penltadas <strong>em</strong> pé, ao longo <strong>dos</strong> dias e das noites, sujeitos que estão ao"SIIe$S" <strong>de</strong>corrente do convivio com os doentes, do COIl1aIO com pacientes porIIldores <strong>de</strong>doenças i~osas, <strong>de</strong>ntre outrosfatores.Es1a iniciativa procma consolidar a preteDsio inqucstioní.vel dacategoria, conce<strong>de</strong>ndo-Ihcs uma teduçio dajornada laboral como fonna <strong>de</strong> gatIIltir.\bescoodiç6es mais favoráveis pila o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>de</strong> suas atividIIdcs prolissiooais. Nada maisjuslll, portaDra, uma vez que os <strong>de</strong>mais profissionais da ârea <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> já fonmc:ont<strong>em</strong>pIa<strong>dos</strong> com uma carga hotária reduzida.Tal procedimento rcpresenllI WII suporte que lhes facuItatá apreslII;io <strong>de</strong> um ttabaIbo mais produtivo, CIlios beneficios se reverteria, cspccialmeDle,<strong>em</strong> favor <strong>dos</strong> pacientes sob seus cuida<strong>dos</strong> e da socieda<strong>de</strong> como WII todo.(A COMISSAO DE CONSTITUIÇllO E JUSTIÇA E DE REDAÇAO)OCon_ Nacional <strong>de</strong>creta:Art I' Oan. 73, da Lei n' 9.504, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1997 ficaacrescido do seguinte porágrafo:''Ar!. 73 .................................................................................§..;.~:.~.~.;;;;.~;~;;:.~.~~;;:.~;;;;;;;~.;;.TeCur!OS <strong>de</strong> qta; trata o irx:i>o VI, alinea a, quando permitida,Ilio po<strong>de</strong>rá exce<strong>de</strong>r à média <strong>dos</strong> valores correspoudcntes àstrmsfer&cias realizadas nos três anos anteriores."Art 2 6Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.JUSTIFICAÇÃO. O projeto <strong>de</strong> lei que ora apresentamos "isa a reforçar o animusmorahzant~ que mouvou a LeI n 6 9.504. <strong>de</strong> 1997. instiruidom <strong>de</strong> normas permanentesplIlll as eleIções.Ê indiscutivel o aVlUlÇO da materia com a vedação legol <strong>de</strong>realizar ttu15ferência voluntária <strong>de</strong> recursos nos três últimos meses que anteee<strong>de</strong>m opleito. Contudo, parccc-nos que, linda assim, e principtimcnte pela cxistõncia <strong>de</strong>ressalvas por obrigaçio fonnal p


26836 Qu~nta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999PROJETO DE LEI N!! 975, DE 1999(Do s... Pompeo <strong>de</strong> Mattos)Obriga os Centros <strong>de</strong> Habilitação <strong>de</strong> Condutorets - caCa, aadaptar<strong>em</strong> <strong>de</strong>z por cento <strong>de</strong> sua frota para o aprendizado <strong>de</strong>pessoaa portadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiincia fisica e dá outras:providências.(AS COMISSOES DE VIAÇ10 E TIlANSPORTES; DE SEGURIDlUlE SOCIAL EFAlULIA; E DE CONSTITUIÇ!O E JUSTIÇ! E DE REDAÇ10 - (AR!!'. 54) _ART. 24, lI»O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1° - Ficam obriga<strong>dos</strong> os Centros <strong>de</strong> Habilitação <strong>de</strong> Condntores ­CHCs, a colocar à disposição <strong>de</strong> seus usuários portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência fisica, <strong>de</strong>zpor cento <strong>de</strong> s<strong>em</strong>; veículos.§ 1" - Os Centros <strong>de</strong> Habilitação <strong>de</strong> Con?utores - CHC:s, para~o previsto no· "caput" <strong>de</strong>ste artigo, po<strong>de</strong>rão assoClar·~e ~tre. s~ on u~ aintermediação <strong>de</strong> seu representante legal para colocar a dispostçao os refen<strong>dos</strong>veículos.§ 2° • O veículo eventualmente utiIizado para o aprendizado <strong>de</strong> pessoaportadora <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiêncía física <strong>de</strong>verá usar, quando s<strong>em</strong>do a esse fim, assinalízações previstas no Código <strong>de</strong> Trânsito Brasileiro§ JO • O veículo adaptado <strong>de</strong>verá conter coman<strong>dos</strong> manuais universaistais como: <strong>em</strong>punbaduras <strong>de</strong> volante, uma ~vanc::a <strong>de</strong> controle do fx:eio e aceleradore caixa automática ou similar (<strong>em</strong>breag<strong>em</strong> hidráulica ou computadonzada).Art. 2°· Fica concedido o prazo <strong>de</strong> 180 dias, após a regulamentação<strong>de</strong>sta Lei pelo Po<strong>de</strong>r Executivo, para os Centro <strong>de</strong> Habilitação <strong>de</strong> Condutores -CHCs. adaptar<strong>em</strong>-se a esta Lei. .§ 1° • Após transcorrido o prazo previsto no Ucaput~ <strong>de</strong>ste artigo, as<strong>em</strong>presas que <strong>de</strong>scumpir<strong>em</strong> esta Lei estarão sujeitas às seguin!es penalida<strong>de</strong>s:a) advertência;b) multa; ~c) suspensão da licença ; ~d) cancelamento <strong>de</strong>finitivo da licença .•§ 2· - Em caso <strong>de</strong> reincídência, a multa cominada será aplicada <strong>em</strong>dobro..Art. JO - O Po<strong>de</strong>r Executivo regulamentará está Lei no prazo máximo<strong>de</strong> noventa dias, a contarda data <strong>de</strong> sua pnblicação..Art. 4· - Esta Lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.Art. 5" - Fícam revogadas as disposições <strong>em</strong> contrário."LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELACOORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLA'qVOS -CeDI"LEI N* 8.989, DE 24 DE FEVEJ{EIRO DE 1995DISPÕE SOBRE ISENÇÃO DO IMPOSTOSOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS(IPI) NA AQUISIÇÃO DE AUTOMÓVEIS PARAUTILIZAÇÃO NO TRANSPORTE AUTÔNOMODE PASSAGEIROS, BEM COMO PORPESSOAS PORTADORAS DE DEFICIêNCIAFíSICA E AOS· DESTINADOS AOTRANSPORTE ESCOLAR, E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIAS.Art. 1° Ficam isentos do Imposto sobre Produtos Industrializa<strong>dos</strong> (IPI) OSautomóveis <strong>de</strong> passageiros <strong>de</strong> fabricação nacional <strong>de</strong> até 127 HP <strong>de</strong> potência bruta(SAE), quando adquiri<strong>dos</strong> por:I - motoristas profissionais que exerçam, comprovadamente, <strong>em</strong> veículo <strong>de</strong>sua proprieda<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> COlldutor autônomo <strong>de</strong> passageiros, na condíção <strong>de</strong> tito1ar<strong>de</strong> autorização, permissão ou concessão do Po<strong>de</strong>r Público e que <strong>de</strong>stin<strong>em</strong> o automóvelà utiJízaçilo na categoria <strong>de</strong> aluguel (táxi); .• [nclso[com ,.daçiiodadapelaLein'9.3[7. <strong>de</strong> 05/[2/[996.TI - motoristas profissionais autônomos. titulares <strong>de</strong> autorização, permissãoou concessão para exploração do servíço <strong>de</strong> transporte.individual <strong>de</strong>'Passageiros (táxi),impedi<strong>dos</strong> <strong>de</strong> continuar exercendo essa ativida<strong>de</strong> <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>strUição completa,furto ou roubo do veiculo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que <strong>de</strong>stin<strong>em</strong> o veículo adquirido à utilização nacategoria <strong>de</strong> aluguel (táxi); ,III - cooperativas <strong>de</strong> trabalho quesejam'permíssionárias ou concessínuárias<strong>de</strong> transporte público <strong>de</strong> passageiros, na categoria <strong>de</strong> aluguel (táxi), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que taisveículos se <strong>de</strong>stin<strong>em</strong> à utilização nessa ativida<strong>de</strong>;IV - pessoas que, <strong>em</strong> tllZilo <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> portadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência fisica, nãopossam dirigir automóveis comuns.PROJETO DE LEI N2 977, DE 1999(Do s... Edison Andríno)Disp~ sobre o adicional <strong>de</strong> ínsaiubrida<strong>de</strong> para carteiros.JUSTIFICAÇÃO(AS COMISSOES DE TRABALIIO, DE ADMINISTRAÇ!O E SERVIÇO PtlBLICO' EllE CONSTITUIÇAO E JUSTI?, E DE REDAÇAO (ART. 54) - ART. 24, IÍ}O presente projeto <strong>de</strong> lei v<strong>em</strong> pl:CCCdido <strong>de</strong> discussões e <strong>de</strong>reivindicações das pessoas portadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência fisica, que <strong>de</strong>sejam que as"auto-escolas", possuam veiculos adapta<strong>dos</strong> com coman<strong>dos</strong> manuais <strong>de</strong> lCordo comas legislações do Contran (Conselho Nacional <strong>de</strong> Trinsito).Ocorre que as pessoas portadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência, possu<strong>em</strong> iIeD9ões doIPI (Imposto sobre Produtos Industrializa<strong>dos</strong>) e IPVA (Imposto sobre Propric:lD<strong>de</strong><strong>de</strong> Veículos Automotores) para aquisiçlo <strong>de</strong> veicn10s automotores, COIIÍOI1IIC LeiFe<strong>de</strong>ral n* 8.989, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1995. Contudo, há previsio <strong>de</strong> um prazo <strong>de</strong>180 (cento e oitenta) dias para spresentu<strong>em</strong> a respectiva carteira <strong>de</strong> habilitIçio.Entio, <strong>de</strong>vido a dificulda<strong>de</strong>s no aprendiZIdo, muitas pessoas <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> adquirir osreferi<strong>dos</strong> veiculos, tio necessários à sua Iocomoçio. A referida legislaçio, visaaten<strong>de</strong>.- pessoas que, .<strong>em</strong> razio <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> porIadom <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência física, Diopossam, como as íI<strong>em</strong>ais pessoas, dirigir automóveis conveuciOlllÍs.Com referência 80 custo <strong>dos</strong> equipamentos (coman<strong>dos</strong> 1IWI1IIÍJ), cabeinfonnar que custam <strong>em</strong> média RS 1600,00 (hum mil e seiscentos reais), sendo queo veiculo, quando nio-ntiIizado por pessoa portadora <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência física,automaticamente, integrar-se-á a frota c:onvcncional da <strong>em</strong>presa.Em face do exposto, coloco o presente projeto <strong>de</strong> lei a apreciaçilo <strong>dos</strong>nobres pares, com o que rogo por sua aprovação. ,Sala ~e~7~ <strong>de</strong> 1999.. ~"'''\J\ 'Í\\j\' (0!01~~!POMeED1JE MATIOSDEPUTADO FEDERALVice-Lí<strong>de</strong>r da BancadaPllTO Congresso Nacio~al <strong>de</strong>creta:Art. 1° O <strong>em</strong>pregado, no exercício da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carteiro,t<strong>em</strong> direito ao adicional <strong>de</strong> insalubrida<strong>de</strong>. previsto no art. 189 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho, <strong>em</strong> grau médiC?~ Conforme o art. 192 do mesmo diplomalegal.Art. 2" Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.JUSTIFICAÇÃOA nossa proposição visa reconhecer o risco que a ativida<strong>de</strong><strong>dos</strong> Càrteiros implica, garantindo o adicional <strong>de</strong> insalubrida<strong>de</strong> para essesprofissionais.Com efeito, os carteiros <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penham urna das maisimportantes funções no mundo mo<strong>de</strong>rno: garantir a comunicação entre aspessoas.A atiVida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> carteiros sUJerta-os a toda e qualquercondição climática. pois. m<strong>de</strong>pefl<strong>de</strong>nte do frio ou do calor. da chuva ou do sol.esses profissionaiS zelosos faz<strong>em</strong> chegar. até nós. toda a nossacorrespondência.Além disso. os integrantes <strong>de</strong>ssaicategoria labOrai SOfr<strong>em</strong>ataques <strong>de</strong> cães. aci<strong>de</strong>ntes no trajeto. <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> <strong>dos</strong>'riSCos <strong>de</strong> trânsito das áreasurbanas, cuidando para que a comunicação entr;;' as pessoas não sejaprejudicada.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira la 26837Deve ser lIlIIientado que tais trabalhadores, muitas Ye2:eS,<strong>de</strong>WJm ClIIl'ell8r sacolas com mais <strong>de</strong> quinze quilos por vários quilômetros.Quando receb<strong>em</strong>os a nossa correspondência <strong>em</strong> nosso larou /lO local <strong>de</strong> tlllbelho, MO costumamos nos l<strong>em</strong>brar do longo caminhOpercarr\do lII\eriormente para que livéssernos tal conforto.É t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> se reconhecer tais condições <strong>de</strong> trabalho,collce<strong>de</strong>ndo IIOS carteiros o adicional <strong>de</strong> insalubrida<strong>de</strong> <strong>em</strong> grau rné


26838 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999s<strong>em</strong>pre precisa <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sconto, apesar <strong>de</strong> também ser merecido tal <strong>de</strong>scontoPorque não o i<strong>dos</strong>o mais necessitado, aquele que viaja muitas vezes 3 di~<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um ônibus, mau alimentado, mau acomodado não merecer este~esconto que além d~, p~ as <strong>em</strong>presas não representar<strong>em</strong>'quase nada, para oI<strong>dos</strong>o menos favorecIdo, e uma gran<strong>de</strong> contribnição.. Por essas razões, apresento este Projeto <strong>de</strong> Lei que, estoucerto, recebera <strong>dos</strong> nobres Pares <strong>de</strong>sta Casa total apoio para sua aprovação.."Sala das Sessões, <strong>em</strong> Iq <strong>de</strong> ~iJir.;., <strong>de</strong> 1999., .-p;----- .PROJETO DE LEI N'! 982, DE 1999(Do Sr. Dr. Rosinha)Dispõe sobre a posse, o porte e a aquisiçAo <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo.(APENSE-SE AO PROJETO DE LEI N2 2.787, DE 1997)o Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1°. É proibida a posse <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo, munições eacessórios, ressalva<strong>dos</strong> os seguintes casos:I - os órgãos públicos;II - as <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> \~giIãncía privada autorizadas paiafuncionar na forma pre~stana legislação ~gente.Parágrafo único - Aos possuidores cuja. situação esteja<strong>em</strong> <strong>de</strong>sacordo com as disposições <strong>de</strong>sta Lei é concedido o prazo <strong>de</strong> trintadias, a contar da data da publicação da regulamentação, para que recolhamao Po<strong>de</strong>r Público as armas <strong>de</strong> fogo, munições e acessórios <strong>de</strong> que for<strong>em</strong><strong>de</strong>tentores. .Art. 2°. É proibido o porte <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo, munições eacessórios, ressalva<strong>dos</strong> os seguintes casos:I - os integrantes <strong>de</strong> órgãos públicos, no efetivoexercício <strong>de</strong> suas funções;II - os vigilantes das <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> segurança privadaautorizadas para funcíonar na forma prevista na legislação vigente.Paragrafo únicn - Aos portadores cuja sirnação esteja<strong>em</strong> <strong>de</strong>sacordo com as disposições <strong>de</strong>sta Lei e concedido o prazo <strong>de</strong> trintadi.a.s. a contar da data <strong>de</strong> publicação da regulamentação. para que <strong>de</strong>volvamao Po<strong>de</strong>r Público as licenças <strong>de</strong> porte <strong>de</strong> arma <strong>de</strong> que for<strong>em</strong> <strong>de</strong>tentores.Art. 30. É proibida. a aquisição <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo,munições e acessórios no mercado interno e externo. ressalva<strong>dos</strong> osseguintes casos:. 1 - as <strong>em</strong>presas industriais e comerciais. nas transaçõesno atacado, b<strong>em</strong> como nas vendas ás entida<strong>de</strong>s a que se refer<strong>em</strong> os <strong>de</strong>maisincisos <strong>de</strong>ste paràgrafo;Il - os órgãos públicos, na aquisição, s<strong>em</strong>pre medianteicitação pública. <strong>de</strong> material para <strong>em</strong>prej!o no exercicio <strong>de</strong> suas respectivasativida<strong>de</strong>s;IH - as <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> segurança privada, na aquisição <strong>de</strong>material para <strong>em</strong>prego no exercicio <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s.Art. 4°. Possuir ou ponar arma <strong>de</strong> fogo. munições ou,acessórios, <strong>em</strong> <strong>de</strong>sacordo com as disposições <strong>de</strong>sta Lei.Pena - reclusão, <strong>de</strong> dois a cinco anos, e multa.Art. 5°. Adquirir. no mercado interno ou externo, arma<strong>de</strong> fogo, munições ou acessórios, <strong>em</strong> <strong>de</strong>sacordo com as disposições <strong>de</strong>staLei.Pena - reclusão, <strong>de</strong> dois a três anos, e multa.§ l°. Aplica-se a mesma pena ao ven<strong>de</strong>dor ouproprietário do estabelecimento on<strong>de</strong> foi realizada a transaçào.§ 2°. Em caso <strong>de</strong> reincidência, será extinta a autorizaçãoconcedida ao estabelecimento para comercializar.armas <strong>de</strong> fogo. munições eacessórios.Art. 6°. O Po<strong>de</strong>r Executivo regulamentará o dispostonesta Lei no prazo <strong>de</strong> sessenta dias a contar da data <strong>de</strong> sua publicação.Art. 7°. Esta Lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> publicação <strong>de</strong>sua regulamentação.JUSTIFICAÇÃOEspalha-se pelo Pais um sentimento generalizado <strong>de</strong>intranqüilida<strong>de</strong> <strong>em</strong> função <strong>de</strong> um crescimenio intolerável das ocorrências <strong>de</strong>atos <strong>de</strong> violência pratica<strong>dos</strong> mediante o uso <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo.Multiplicam-se as campanhas que propugnam pelo<strong>de</strong>sarmamento voluntário da população e começam a surgir iniciativasestaduais com o objetivo <strong>de</strong> impor limites a uma proliferação <strong>de</strong>senfreada <strong>de</strong>armas <strong>de</strong> fogo que já foge ao controle <strong>dos</strong> órgãos <strong>de</strong> segurança pública. .Enten<strong>de</strong>mos que este sentimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontentamentoresulta da <strong>de</strong>cepção da socieda<strong>de</strong> <strong>em</strong> geral quanto á legislação <strong>em</strong> vigor quetrata do porte <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo. Em que pese as boas intenções <strong>de</strong> seusautores. a norma se mostrou licenciosa nos aspectos da posse e dacomercialização, que são, para to<strong>dos</strong> os efeitos práticos, livres. Em face<strong>de</strong>sta situaçãO <strong>de</strong> liberalida<strong>de</strong> e ante a evi<strong>de</strong>nte incapacida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> órgãosPoliciais <strong>em</strong> reprimir com eficiência o porte ilegal, as armas adquiridas para aposse reservada ao domicilio ou ao local <strong>de</strong> trabalho passaram freqüentar asmas com uma <strong>de</strong>senvoltura ainda maior que quando a legislação vigente seresumia à Lei das Contravenções Penais.Estamos. portanto, convenci<strong>dos</strong> <strong>de</strong> que é absolutamentenecessário e urgente que se interponha um obstáculo efieaz, <strong>de</strong> naturezalegal, entre o interesse <strong>dos</strong> mercadores e a irresponsabilida<strong>de</strong> <strong>dos</strong>consumidores.Este é o objetivo da nossa iniciativa.Propomos limites claros à concessão das autorizaçõespara a posse e o porte <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo. A elas somente terão acesso qu<strong>em</strong>;por força <strong>de</strong> <strong>de</strong>ver legal ou profissional, <strong>de</strong>las <strong>de</strong>penda para exercer suasatribuições lícitas. abolidas todas as presunções quanto à idoneida<strong>de</strong> e ànecessida<strong>de</strong> da arma para <strong>de</strong>fesa própria. São também previstas sançõespenais e administrativa para os infratores da norma.Convictos da conveniência e da oportunida<strong>de</strong> da nossainiciativa para o aperfeiçoamento do or<strong>de</strong>namento juridico fe<strong>de</strong>ral ap~lamosaos nobres Pares <strong>em</strong> favor <strong>de</strong> sua aprovação.Sala das Sessões. <strong>em</strong><strong>de</strong>~je~~Deputado DR. ROilNPROJETO DE LEI N2 986, DE 1999(Do Sr. Osvaldo Blolchi)(APENSE-SE AO PROJETO DE LEI N2 140, DE 1999).o Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:<strong>de</strong> 1999.." /;.. f""/,b cC'


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26839Ar!. 2' As Instituições <strong>de</strong> Ensino que já promoveramaumento das mensalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>verão cancelá-Ias. para se beneficiar<strong>em</strong> dodisposto no artigo anterior.Art. 3' Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.PROJETO DE LEI N2 987, DE 1999(Do Sr. Men<strong>de</strong>s Ribeiro Filho)Dispõe sobre a função redistributiva <strong>em</strong> matériaensino superior.educacionalnoJUSTIFICAÇÃO (APENSE-SE AO PROJETO DE LEI NO 856, DE 1999)A publicação da Lei n' 9.732. <strong>de</strong> 11/12198. que provocou ofim das bolsas <strong>de</strong> estudo nas instituições filantrópicas <strong>de</strong> ensino, v<strong>em</strong>provocando, nos últimos dias, uma crise estudantil que precisa ser contida. Paraisso, há razões <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m educacional que envolv<strong>em</strong>, também, questões <strong>de</strong>direITo e <strong>de</strong> justiça social.o acesso ao ensino tomou-se, com a eliminação dobeneficio, um sonho cada vez mais inacessivel a milhares <strong>de</strong> alunos que.carentes <strong>de</strong> recursos. não têm como continuar freqüentando seus cursos. Oprobl<strong>em</strong>a está alastrando-se <strong>de</strong> uma a outra instituição pelo Pais afora e, <strong>em</strong>algumas localida<strong>de</strong>s, assume caracteristicas <strong>de</strong> revolta, resultado da indignação<strong>dos</strong> que se sent<strong>em</strong> prejudica<strong>dos</strong>, impedi<strong>dos</strong> <strong>em</strong> sua luta por melhores condições<strong>de</strong> vida e <strong>de</strong> trabalho.Estes ex-bolsistas, soma<strong>dos</strong> à ciientela potencial doPrograma <strong>de</strong> Crédtto Educativo não beneficiada por probl<strong>em</strong>as do Programa nosúltimos anos, mobITizam-se fort<strong>em</strong>ente pelo seu direito à educação. Quer<strong>em</strong>estudar e pressionam pelo apoio do'Po<strong>de</strong>r Público.Motiva<strong>dos</strong> pela exposição do Senhor Ministro da Educação,Paulo Renato Souza, nesta Casa no dia 18 último, que anunciou a inclusão <strong>dos</strong>ex-bolsistas do ensino superior no Programa Nacional <strong>de</strong> CrédITOEducativo/PRONACE, já a partir <strong>de</strong> agosto próximo, é que estamos propondo amodificação da Lei n' 9.732198.Alterar a data <strong>de</strong> 1° <strong>de</strong> abril para 1° <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro, para ocancelamento <strong>de</strong> toda e qualquer isenção <strong>de</strong> contribuição para a Segurida<strong>de</strong>Social, significará, na prática, a sincronia do fim das bolsas nas instituiçõesfilantrópicas com a instituição do PRONACE.Enten<strong>de</strong>mos que o adiamento, por quatro meses, do fimdas isenções tera pequeno Impacto nas contas públicas sobretudo se leva<strong>dos</strong> <strong>em</strong>consi<strong>de</strong>ração os beneficios que representará aos mais <strong>de</strong> 200 (duzentos) milalunos que aguard,am uma solução, rapida para o probl<strong>em</strong>a, sob pena <strong>de</strong>interromper<strong>em</strong> seus estu<strong>dos</strong> se nada for fetto a respeito.aprovação <strong>de</strong>ste projeto <strong>de</strong> lei.Pelo exposto, contamos com o apolo <strong>dos</strong> nobres Pares paraSala das Sessões, <strong>em</strong> v,o <strong>de</strong>r:l1clv"--Deputado OSVALDO BIOLCHI0:( <strong>de</strong> 1999."LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELACOORDE!'iAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS - CeDI"o CONGRESSO NACIONAL <strong>de</strong>creta:Art. 10 _ Fica criado o Programa <strong>de</strong> Prestação <strong>de</strong> Serviço Civil p~ra oseducan<strong>dos</strong> gradua<strong>dos</strong> <strong>em</strong> cursos <strong>de</strong> nível supenor <strong>em</strong> univerSida<strong>de</strong>s publicasfe<strong>de</strong>rais .Art. 2° _ O Serviço Civil será utilizado como forma <strong>de</strong> equalização <strong>de</strong>oportunida<strong>de</strong>s educacionais e <strong>de</strong> apnmoramento profiSSional <strong>dos</strong> e?uca~<strong>dos</strong>,e prestado, pelo prazo <strong>de</strong> um ano, aos Municipíos, aos Esta<strong>dos</strong> ou a u~lao§ 10 _ Os Esta<strong>dos</strong> <strong>de</strong>verão encaminhar, anualmente.ao Minlsteno ~oTrabalho, a relação <strong>de</strong> serviços. municipais e estaduaiS que estaraodisponíveis aos forman<strong>dos</strong> da re<strong>de</strong> publica.§ 20 _ A prestação do Serviço Civil será feita~ preferencialmente, n~Município ou região on<strong>de</strong> está localizada a universida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> estamatrículado o educando.§ 30 _ O Serviço Civil será r<strong>em</strong>unerado pela Un!ão_<strong>de</strong> maneira Idênticaaos programas <strong>de</strong> estágio profissional eXistentes no orgao on<strong>de</strong> esta sendoprestado. '_Art. 30 _ Mediante requerimento <strong>dos</strong> educan<strong>dos</strong> interessa<strong>dos</strong>. seraodispensa<strong>dos</strong> do Programa <strong>de</strong> Prestação <strong>de</strong> Ser;"ço Clv~1 Obngat~no aquelesque <strong>de</strong>monstrar<strong>em</strong>, pelas suas condlçoes, SOClo-economlcas. aimpossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vinculação a ativida<strong>de</strong>, <strong>em</strong> espeCial os casos <strong>de</strong> arnmo <strong>de</strong>família.Art. 4° - As <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong>correntes da Impl<strong>em</strong>entação do Programacorrerão a conta <strong>de</strong> dotações orçamentánas propnasArt 50 - O Po<strong>de</strong>r Executivo. no prazo <strong>de</strong> 120 dias regulamentara apresente leiArt 6° - Revogadas as diSpOSições <strong>em</strong> contrano. esta lei entrara <strong>em</strong>vigor na data da sua publicação, aplicando-se aos alunos <strong>de</strong> cursossupenores <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>s públicas fe<strong>de</strong>raiS que nelas Ingress<strong>em</strong> a partir <strong>de</strong>1° <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2000JUSTIFICATIVAÉ Importante a preocupacão com a formação educaCional eprofissional <strong>de</strong> nossa Juventu<strong>de</strong>, É fundamental que a União. Esta<strong>dos</strong> eMunicipios possam contar com mão-<strong>de</strong>-obra especializada para atendimentodo serviço público indlspensavel a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida do Cidadão. É Imperiosaa presença <strong>dos</strong> órgãos públicos na busca da equalização <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>seducacionaiS para a população. É obngação do Estado participar no combateao <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego e, pnnclpalmente, na oportUnida<strong>de</strong> do pnmelro <strong>em</strong>prego <strong>de</strong>nossa juventu<strong>de</strong>,Acredito que o projeto que apresento, além das questões aCimamencionadas enfrenta o pequeno número <strong>de</strong> vagas nas universida<strong>de</strong>spúblicas.Sala <strong>de</strong> sessões, <strong>em</strong>,J;D <strong>de</strong> íu.()..á 1999LEI N° 9.732, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1998Deputado FIBEIRO FILHOALTERA DISPOSITIVOS DAS LEIS N"S. 8.212E 8.213. AMBAS DE 24 DE JULHO DE 1991,DA LEI N" 9.317. DE 5 DE DEZEMBRO DE1996. E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS...........................................................................................................................Art. 7° Fica cancelada. a partir <strong>de</strong> 1° <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1999, toda e qualquerisenção concedida. <strong>em</strong> caráter geral ou especial, <strong>de</strong> contribuição para a Segurida<strong>de</strong>Social <strong>em</strong> <strong>de</strong>sconformida<strong>de</strong> com o Art. 55 da Lei nO 8.212. <strong>de</strong> 1991, na sua novaredação. ou com o Art. 4° <strong>de</strong>sta Lei.PROJETO DE LEI N!!. 991, DE 1999( Do Sr. Padre Roque)Regulamenta a instalação <strong>de</strong> bombas <strong>de</strong> auto-atendimento noSpostos <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> çombustiveis e dá outrasprovidências •(APEllSE-SE AO PROJETO DE LEI NO 4.224, DE 1998)o CONGRESSO NACIONAL <strong>de</strong>creta:Art. 10 - A instalação e operação <strong>de</strong> bombas <strong>de</strong> auto-atendimento <strong>em</strong>postos <strong>de</strong> combustíveis sera permitida somente com bombas e bicos que


26840 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA pOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999possuam sist<strong>em</strong>a automàtíco <strong>de</strong> liberação e travamento <strong>de</strong> combustíveisquando do efetivo abastecimento do veiculo.§ l° - A instalação <strong>de</strong> que trata o "caput" <strong>de</strong>ste artigo ,<strong>de</strong>verá ter aaprovação da Prefeitura Municipal.§ 2° - Não será permitido o auto-atendimento através <strong>de</strong> bombasconvencionais que liberam produtos inflamáveis <strong>de</strong>satrelado ao tanque <strong>de</strong>combustivel do veiculo.Art. 2° - Fica limitada a instalação <strong>de</strong> bicos <strong>de</strong> bomba <strong>de</strong> autoatendimentoa 20% (vinte por cento) do total <strong>de</strong> bicos ínstala<strong>dos</strong> <strong>em</strong> cada illia<strong>de</strong> abastecimento.Ar!. 3° - Nos postos que tenham instaladas bombas <strong>de</strong> auto-atendimento,toma-se obrigatória a presença permanente na pista <strong>de</strong> um profissionalespecializado <strong>em</strong> segurança <strong>de</strong> produtos inflamáveis.Art. 4° - A distribuidora que. fornecer produtos aos postos serásolidariamente responsável com o reven<strong>de</strong>dor por danos a terceiros e ao meioambiente. <strong>de</strong>correntes da utilização do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> auto·atendimento.Art. 5° - A fiscalização do cumprimento ao <strong>de</strong>termínarlo pela presentelei será <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> da Prefeitura Municipal, arravés do órSãoresponsável.Ar!. 6° - O <strong>de</strong>scumprimento ao disposto nesta lei acarretará as segoíntespenalida<strong>de</strong>s:I -1.000 (um mil) UFIR's na primeira ocorrência;II - na reincidência lacração do posto <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> combustivelaté seu enquadramento nas normas estabelecidas na presente lei;m- na terceira ocorrência, cassação do alvará <strong>de</strong> funcionamento.Ar!. 7° - Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na dara <strong>de</strong> sua publicação.Art. 8° - Revogam-se as disposições <strong>em</strong> contrário.JUSTIFICATIVA:A máquína, cada vez mais, toma o <strong>em</strong>prego do hom<strong>em</strong>. T<strong>em</strong> sido assimna indústria automobilística, nas confecções, na agricultura, nos bancOs. Opaís começa agora a se <strong>de</strong>parar com a polêmica do sist<strong>em</strong>a self-service <strong>de</strong>abastecimento nos postos <strong>de</strong> gasolina Além das previsiveis <strong>de</strong>missões <strong>em</strong>massa <strong>dos</strong> frentistas, surge a discussão sobre a segurança do sist<strong>em</strong>aEmbora os· números não sejam exatos, calcula-se <strong>em</strong> pelo menos 220mil o número <strong>de</strong> trabalhadores que atuam como frentistas <strong>em</strong> postos <strong>de</strong>gasolina no Brasil. A chegada do sist<strong>em</strong>a self-service ten<strong>de</strong> a varrer estespostos <strong>de</strong> trabalho do mercado. Mas, este não é o único probl<strong>em</strong>a Existe aindaa questão da segarança no manejo com o combostivel o que po<strong>de</strong> colocar <strong>em</strong>risco a vida <strong>dos</strong> trabalhadores, <strong>dos</strong> motoristas e <strong>de</strong> muitas outras pessoas, jáque a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>stroição <strong>de</strong> um posto <strong>de</strong> gasolina é algo imensurável.Entre os argumentos favoráveis ao auto-atendimento estão a mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> e opossível barateamento do preço do combustível.O sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> auto-atendimento é amplamente utilizado nos Esta<strong>dos</strong>Uni<strong>dos</strong>. Só que por lá não há questionamentos sobre os equipamentos e o<strong>em</strong>prego não é probl<strong>em</strong>a para os americanos. Mas;não são só os trabalhadoresque estão preocupa<strong>dos</strong> com a implantação do sist<strong>em</strong>a no pais. Em matériapublicada no Jornal "O Estado do Paraná", <strong>de</strong> 20.05.97, o então Presi<strong>de</strong>nte doSindicato <strong>dos</strong> Combustíveis do Paraná, Roberto Fregonese, questionado sobrea implantação do self-service <strong>de</strong> abastecimento, <strong>de</strong>clarou: "Nós não t<strong>em</strong>osequipamentos mo<strong>de</strong>rnos para oferecer aos clientes um sist<strong>em</strong>a segaro <strong>de</strong> autoabastecí:inento".A cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Curitiba, por lei municipal, adotou um sist<strong>em</strong>a que permiteque um percentual <strong>de</strong> bicos <strong>de</strong> bombas <strong>de</strong> atendimento sejam pelo sist<strong>em</strong>aself-service, que funcionou durante vários meses. Ocorre que, <strong>em</strong> <strong>de</strong>cisãorecente. a Justiça argüiu a ilegalida<strong>de</strong> da lei sob o argumento que é <strong>de</strong>competência da esfera fe<strong>de</strong>ral a elaboração legislativa referente a esta matériaComo o sist<strong>em</strong>a estava funcionando a contento da gran<strong>de</strong> maioria dapopulação que tinha a opção <strong>de</strong> escollia entre o atendimento tradicional e oauto-atendimento, e a paralisação do sist<strong>em</strong>a se <strong>de</strong>u <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> dúvidassobre a competência legislativa ser <strong>de</strong> competência do municipio ou da União,apresento o presente projeto <strong>de</strong> lei que, creio eu, solucionará quaisquerdúvidas sobre a questão.Sala das Sessões, <strong>em</strong> 20 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999nepu$ROQUEPROJETO DE LEI N!! 992, DE 1999(Do Sr. JOlué Bengtlon)Altera dispositivos do Código <strong>de</strong> Processo Civil, referente iexecuçllo por quantia certa contra <strong>de</strong>vedor solvente.(A COI!ISSJlO DE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA E DE REDAçao - AIlT. 24,II)o Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. l° O art. 649 da Lei n.o 5.869, ~'ll <strong>de</strong> janeiro<strong>de</strong> 1973, passa a vigorar acrescido do segoínte Inciso XI:"Art. 649 .XI - os t<strong>em</strong>plos <strong>de</strong> qualquer culto. "Art. 2° Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> suapublicação.Art. 3° Revoga-se o Inciso II do art. 650, da Lei n.o5.869, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong>janeiro <strong>de</strong> 1973.JUSTIFICAÇÃOO relevante papel social exercido pelas comunida<strong>de</strong>sreligiosas e a <strong>de</strong>stinação pública e social <strong>dos</strong> prédios <strong>em</strong> que selocalizam os t<strong>em</strong>plos religiosos e as casas paroquiaise pastoraisjustificam plenamente a instituição <strong>de</strong> uma proteção especial(impenhorabilida<strong>de</strong>l, para que Interesses priva<strong>dos</strong> nIO venhamprivar a comunida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> locais <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> ao culto religioso. Daía importância <strong>de</strong> os t<strong>em</strong>plos <strong>de</strong> qualquer culto figurar<strong>em</strong> Da lista<strong>dos</strong> bens absolutamente impenhoráveis, previstas pela leiprocessual civil.Como compl<strong>em</strong>ento <strong>de</strong>sta norma, e <strong>de</strong>otro do JDeImOespírito <strong>de</strong>la, urge revogar·se o Inciso II do art. 650, da JDeIIIIalei, posto que este dispositivo permite que, à falta <strong>de</strong> outros bens,sejam penhora<strong>dos</strong> as imagens e os objetos do culto religiosos,sendo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor.Contamos com o importante apoio <strong>de</strong> nossos Parespara a provação <strong>de</strong>ste projeto.Sala das Sessões, <strong>em</strong> <strong>de</strong>...-----.._- ./=---_..- =:-->--Deputado·JOS6tBE.NGTsb~---·"LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELACOORDENAÇÃO DE ESTllDOS LEGISLATIVOS - CeDI"LEI N° 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973.INSTITUI O CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL..,••••••••••u •••..• ..••••••••••••••..•••• ..LNRonDo Processo <strong>de</strong> Execução..........................................................................................................................TiTuLouDas Diversas Espécies <strong>de</strong> Execução.............................................................................................................................


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26841CAPÍTULO IVDa Execução po(uantia Cena contra Devedor SolventeSEÇÃOlDa Penhora da Avaliação e da Arr<strong>em</strong>ataçãoSUBSEÇÃO]Das Disposições Gerais.............................................................................~ .An. 649. São absolutamente impenhoráveis:_ I - os bens inalienaveis e os <strong>de</strong>clara<strong>dos</strong>. por ato voluntário. não sujeitos âexecuçao:II - as provisões <strong>de</strong> alimento e <strong>de</strong> combustivel necessárias â manutenção do<strong>de</strong>vedor e <strong>de</strong> sua família durante Ilum) més:I!l - o anel nupcial e os retratos <strong>de</strong> família:IV - os venclffientos <strong>dos</strong> magistra<strong>dos</strong>. <strong>dos</strong>' professores e <strong>dos</strong> funcionáriospúblicos. o soldo e os salários. salvo para pagamento <strong>de</strong> prestação a1imenticia:V - os equipamentos <strong>dos</strong> militares:V] - os livros. as máquinas. os Ulensilios e os instrumentos. necessários ouúteis ao exercicio <strong>de</strong> qualquer profissão:. VII - as pensõe~. as tenças ou os montepios. percebi<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> cofres públicos,ou <strong>de</strong> msumlOS <strong>de</strong> prevl<strong>de</strong>ncla b<strong>em</strong> como os provenientes <strong>de</strong> liberalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> terceiro.quando <strong>de</strong>stma<strong>dos</strong> ao sustento do <strong>de</strong>vedor ou da sua família:VlII - os materiais necessários para obras <strong>em</strong> andamento. salvo se estasfor<strong>em</strong> penhoradas:IX - o sel!UTo <strong>de</strong> vida:X - o n;jovel rural. ate um' módulo. <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que este seja o umco <strong>de</strong> quedIsponha o <strong>de</strong>vedor. ressalvada a hIpoteca para tios <strong>de</strong> fmanclamento a!!Topecuârioli< IncIso X acrescenrado peta Lei n"'-.5/3. dI! 9 <strong>de</strong>/ulho <strong>de</strong> 1986. - .An. 650 Po<strong>de</strong>m ser penhora<strong>dos</strong>. â falta <strong>de</strong> outros bens.i - os thJtos e os rendlffientos <strong>dos</strong> bens mallenavels. salvo se <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> aallffi<strong>em</strong>os <strong>de</strong> mcapazes. b<strong>em</strong> como <strong>de</strong> mulher vlUva soltelTa <strong>de</strong>sqUItada ou <strong>de</strong> pessoasI<strong>dos</strong>as:Il - as Iffiagens e os objetos do culto religiOSO. sendo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor......................•••••...•• ~ i ............................................................................................................................PROJETO DE LEI N!! 999, DE 1999(Do Sr. Ronaldo Vasconcellos)Dispõe sobre a concessão <strong>de</strong> condições especiais <strong>de</strong> crédito para<strong>em</strong>presas que investir<strong>em</strong> na redução e tratamento <strong>de</strong> resíduospoluentes.(AS COMISSOES DE nEFESA DO CONSUMIDOR, MEIO AMBIENTE E MINORIAS;DE FINANÇAS E TRIBUTAÇAO (MERITO E ART. 54); E DE CONSTITUIÇAO EJUSTIÇA E DE REDAÇAO (ART. 54) - ART. 24, ll)Art. 4 0O Po<strong>de</strong>r Executivo estabelecera os regulamentos necessârios àaplicação <strong>de</strong>sta leiArt. 5" Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.JUSTIFICAÇÃOA legislação ambiental brasileira t<strong>em</strong> sido elaborada. até hoje, visandoestabelecer obrigações, infrações e penalida<strong>de</strong>s. Não existe, praticamente, incentivos instituí<strong>dos</strong>por lei que lev<strong>em</strong> a uma visio positiva da proteção e recuperação do meio ambiente.As ativida<strong>de</strong>s produtivas, que movimentam a Nação, quer seja aindústria., a agricultura ou a mineraçio, inevitavelmente vêm causando danos ao meio ambiente.Pane COIl5i<strong>de</strong>râvel <strong>dos</strong> danos <strong>de</strong>corre da produção e <strong>de</strong>scarte s<strong>em</strong> o <strong>de</strong>vido tratamento <strong>de</strong>residuos poluentes, na forma <strong>de</strong> gases, liquidas ou sóli<strong>dos</strong>.Na indUstria. a produção <strong>de</strong> residuos ê responsável pela poluição do ar eda água, principalmente, contribuindo para a <strong>de</strong>gradação das condições ambientais urbanas doupróximas às cida<strong>de</strong>s. Na agricultura, os resíduos são provenientes da utilização ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong><strong>de</strong>fensivos e adubos, além do carreamento <strong>de</strong> solos s<strong>em</strong> o <strong>de</strong>vido manejo. Na ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mineraçio, os rejeitos <strong>de</strong> minérios e os mbprodutos do beneficiamento <strong>de</strong> substâncias mineraissão significativos <strong>de</strong>gradadoras do meio ambiente, Outros ex<strong>em</strong>plos po<strong>de</strong>riam ser cita<strong>dos</strong>, <strong>em</strong>diversos setores da economia.Nossa. proposta t<strong>em</strong> como objetivo justamente conce<strong>de</strong>r incentivos, naforma <strong>de</strong> melhorias <strong>dos</strong> níveis <strong>de</strong> crédito para investimentos e da redução das taxas <strong>de</strong> juros,fazendo com que os investimentos na redução <strong>de</strong> resíduos poluentes tom<strong>em</strong>-se atrativos para as<strong>em</strong>presas. Para evitar concessões in<strong>de</strong>vidas, condicionamos os beneficios à aprovação <strong>dos</strong>projetos pelo órgão ambiental competente.Propomos, também, <strong>em</strong> nosso projeto, que o Banco Nacional <strong>de</strong>Desenvolvimento Econõmico e Social, o BNDES, <strong>de</strong>stine uma parte significativa <strong>de</strong> seusrecursos, <strong>de</strong> pelo menos 1 % (hum por cento) do orçamento anual, para O <strong>de</strong>senvolvimento eabsorção <strong>de</strong> tecnologias voltadas para a redução e o tratamento <strong>de</strong> residuos poluentes dasativida<strong>de</strong>s prodmivas.Contamos, pois, com o apoio <strong>dos</strong> ilustres Pares <strong>de</strong>sta Casa para oaperfeiçoamento e aprovação <strong>de</strong>sta iníciativa a qual julgamos do mais alto interesse <strong>de</strong> nossoPaís.IOCongresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1 11 Esta lei estabelece incentivos crediticios, junto às instituiçõesoficiais <strong>de</strong> crédito fe<strong>de</strong>rais e seus agentes financeiros, â. implantação, pelas <strong>em</strong>presas, <strong>de</strong> projetos<strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> a redução e tratamento <strong>de</strong> resíduos poluentes <strong>em</strong> seus processos produtivos.An. T As <strong>em</strong>presas que impl<strong>em</strong>entar<strong>em</strong> projetos <strong>de</strong>stina.Jos à redução etratamento <strong>de</strong> resíduos poluentes, gasosos, líqui<strong>dos</strong> oU ··sóli<strong>dos</strong>, resultantes <strong>de</strong> seus processosprodutivos, terão, junto ã.s instituições oficiais <strong>de</strong> crédito fe<strong>de</strong>rais e seus agentes financeiros. 05seguintes beneficios:l-aumento <strong>de</strong> 10% (<strong>de</strong>z por cento) no limite financiável <strong>de</strong> seus<strong>em</strong>preendimentos:li - redução <strong>de</strong> 0,5 % (meio por cento) nas taxas <strong>de</strong> juros praticadas nosfinanciamentos <strong>de</strong> seus <strong>em</strong>preendimentos.An ~o A obtenção <strong>dos</strong> beneficios especifica<strong>dos</strong> no anigo antenar econdicionada a aprovação. pelo org.ão ambientai competente. <strong>dos</strong> proJetos <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> reslduospoluentes e <strong>de</strong> sua efetiva implan!J'I":? ....Art 3 D O Banco Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e Social ­BNDES <strong>de</strong>stinara. a panir do ano seguinte ao da aprovação <strong>de</strong>sta lei, pelo menos 1% (hum porcento) <strong>de</strong> seu orçamento anual ao fipa~~iamento do <strong>de</strong>senvolvimento e absorção <strong>de</strong> tecnologiasque vis<strong>em</strong> redução da produção e o .1!~amento <strong>de</strong> resíduos poluentes das ativida<strong>de</strong>s produtivasPROJETO DE LEI N!! 1.004, DE 1999(Do Sr. Glycon Terra Pinto)Altera a Lei n2 9.294, <strong>de</strong> 1996, proibindo o uso <strong>de</strong> produtofumigero <strong>em</strong> aeroporto e a oferta e o consumo <strong>de</strong> bebidasalcoólicas <strong>em</strong> aeronaves e veículos <strong>de</strong> transporte coletivo.(APENSE-SE AO PROJETO DE LEI N2 3.626, DE 1997)o Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1° O § 1° do art. 2° da lei nO 9.294, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong>1996, passa a vigorar com a seguinte redação:"§ 1° Inclu<strong>em</strong>-se nas disposições <strong>de</strong>ste artigo as repartiçõespúblicas, os hospitais e postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, as salas <strong>de</strong> aula, as bibliotecas,


- 26842 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999oa l'llCÍIltO$ <strong>de</strong> trIIbaIho coIetillo. as salas <strong>de</strong> teatro e cin<strong>em</strong>a e oslJfJIDIlOIfos." (NR)Art. 2" O art. 4° da lei nO 9.294. <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1996.pessa a vigorar acrescido do seguinte § 3°:"§ 3" São veda<strong>dos</strong> a oferta e o consumo <strong>de</strong> bebidasIlk:06Iicas mts aeromtl'lt•• veiculos <strong>de</strong> transporte coletivo."Art. 3". Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.JUSTIFICAÇÃOA oferta generosa <strong>de</strong> bebidas alcoólicas a bordo dasaeronaves. associada ao receio das viagens aéreas por parte <strong>de</strong> muitospassageiros. te~ gerado um resultado explosivo: a proliferação <strong>de</strong> casos <strong>de</strong>passageiros <strong>em</strong>briage<strong>dos</strong>. capazes <strong>de</strong> transtornar o ambiente. levando á<strong>de</strong>gnldação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do vão e. <strong>em</strong> situações extr<strong>em</strong>adas. expondo o própriotransporte a risco.É inegável o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>sorganizador do álcool sobre asfacul<strong>de</strong><strong>de</strong>s mentais. Esse efeito é acentuado a bordo. on<strong>de</strong> a baixíssima umida<strong>de</strong>conduz a um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sidratação do organismo. Não é <strong>de</strong> se estranhar,portanto. a repetição <strong>de</strong> episódios envolvendo passageiros alcooliza<strong>dos</strong>. mesmo<strong>em</strong> se consi<strong>de</strong>rando o bom padrão <strong>de</strong> comportamanto da absoluta maioria <strong>dos</strong>usuários <strong>dos</strong> serviços aéreos.Ora. se está-se percebendo que o consumo <strong>de</strong> bebidasalcoólicas nas aeronaves - assim como <strong>em</strong> outros veiculas <strong>de</strong> transporte coletivo- po<strong>de</strong> <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar probl<strong>em</strong>as, melhor evitá-lo. Não se trata <strong>de</strong> medida drástica.capaz <strong>de</strong> comprometer o b<strong>em</strong>-estar <strong>dos</strong> passageiros. Diferent<strong>em</strong>ente daabstinência do cigarro. que por duas ou três horas po<strong>de</strong> provôcar <strong>de</strong>sconforto nosfumantes mais contumazes. a da bebida alcoólica não chega a provocar muitaansieda<strong>de</strong>, exceção feita aos casos <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência avançada.Outra providência que preten<strong>de</strong>mos ver tomada a partir daaprovação <strong>de</strong>ste projeto é a limitação do uso <strong>de</strong> produtos fumigeres <strong>em</strong>aeroportos. Assim como hospitais, salas <strong>de</strong> aula. salas <strong>de</strong> teatro e <strong>de</strong> cin<strong>em</strong>a. osaeroportos são espaços on<strong>de</strong> há gran<strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> pessoas. normalmente<strong>em</strong> áreas fechadas. circunstâncias que potencializam os efeitos nocivos <strong>dos</strong>cigarros.Esses são os objetivos da presente iniciativa. Contamoscom a compreensão e o apoio <strong>dos</strong> ilustre Pares para sua aprovação.Sala das Sessões. <strong>em</strong><strong>de</strong>tV- .~Depui(dlGIYCOn TenraJ/mto"LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELACOORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS - CeDI"LEI N° 9.294, DE IS DE JULHO DE 1996DISPÕE SOBRE AS RESTRIÇÕES AO USO E ÀPROPAGANDA DE PRODUTOS FUMÍGEROSBEBIDAS ALCOÓLICAS, MEDICAMENTOS:TERAPIAS E DEFENSIVOS AGRÍCOLAS, NOSTERMOS DO § 4° DO ART.220 DA CONSTITUIÇÃOFEDERAL.......•.....•............................................................................................................................Art. 2° - t proibido o uso <strong>de</strong> cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou <strong>de</strong>qualquer outro produto fumigero, <strong>de</strong>rivado ou não do tabaco, <strong>em</strong> recinto coletivo,privado ou público, salvo <strong>em</strong> área <strong>de</strong>stinada exclusivamente a esse flID., <strong>de</strong>vidamenteisolada e com arejamento conveniente.§ 1° Inclu<strong>em</strong>-se nas disposições <strong>de</strong>ste artigo as repartições públicas, os hospitaise postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, as saias <strong>de</strong> aula, as bibliotecas, os recintos <strong>de</strong> trabalho coletivo e assalas <strong>de</strong> teatro e cin<strong>em</strong>a.§ 2° É vedado o uso do produtos menciona<strong>dos</strong> no "caput" nas aeronaves eveiculos <strong>de</strong> transporte coletivo, salvo quando transconida uma hora <strong>de</strong> viag<strong>em</strong> ehouver nos referi<strong>dos</strong> meios <strong>de</strong> transporte parte especialmente reservada aos fumantes.Art. 4° - Somente será permitida a propaganda comercial <strong>de</strong> bebidas alcoólicasnas <strong>em</strong>issoras <strong>de</strong> rádio e televisão entre as vinte e moa e as seis horas.§ 1° A propaganda <strong>de</strong> que trata este artigo não po<strong>de</strong>rá associar o produto aoesporte olimpico ou <strong>de</strong> competição, ao <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho saudável <strong>de</strong> qualquer ativida<strong>de</strong>, ácondução <strong>de</strong> veiculos e a imagens ou idéias <strong>de</strong> maior êxito ou sexualida<strong>de</strong> daspessoas.§ 2° Os rótulos das <strong>em</strong>balagens <strong>de</strong> bebidas alcoólicas conterão advertência nosseguintes termos: "Evite o Consmoo Excessivo <strong>de</strong> Àlcool".PROJETO DE LEI N! 1.007, DE 1999(Do Sr. Éber Silva)Altera a Lei n2 9.478, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1997, dispondo sobre apolitica energética nacional e as ativida<strong>de</strong>s relativas aomonopólio do petróleo.(APENSE-SE AO PROJETO DE LEI N2 753, DE 1999)O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1° - Acrescentar após o art. 49 da Lei nO 9.478, <strong>de</strong> 06 <strong>de</strong>agosto <strong>de</strong> 1997 o seguinte art. 49-A:.. Art. 49-A. Além do pagamento <strong>dos</strong> <strong>de</strong>z par cento <strong>de</strong> royalties.calcula<strong>dos</strong> e distribuí<strong>dos</strong> segundo critérios estabeleci<strong>dos</strong> nos artigos 47,48 eno artigo anterior. caberá. exclusivamente. aos municípios da Região NorteFluminense. uma participação adicional <strong>de</strong> royalties equivalente a um par. cento do valor da produção <strong>de</strong> petróleo ou gás natural <strong>em</strong> campospetrolíferos da Bacia <strong>de</strong> Campos. na plataforma continental confrontante aosmunicípios da mesma região. "Ar!. 2° - Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.Art. 3° - Revogam-se as disposições <strong>em</strong> contrário.JustificativaA Bacia <strong>de</strong> Campos, simada' na platafonna continentalconfrontante com os municípios da Região Norte Flunúnense, é a responsávelpor oitenta por cento da produção brasileira <strong>de</strong> óleo bruto.Po<strong>de</strong>-se afinnar, s<strong>em</strong> erro, que parcelas pon<strong>de</strong>ráveis do laboriosopovo <strong>de</strong>sses municípios e <strong>de</strong> diversos setores <strong>em</strong>presariais, <strong>de</strong> uma fonna ou<strong>de</strong> outra, estão envolvi<strong>dos</strong> na produção <strong>de</strong> petróleo que ocorre na plataformacontinental <strong>dos</strong> campos petroliferos localiza<strong>dos</strong> na Bacia <strong>de</strong> Campos.É imperativo <strong>de</strong> justiça para com a região, que t<strong>em</strong> no município<strong>de</strong> Campos <strong>dos</strong> Goytacazes o seu princípal pólo, pelo menos mo retornoparcial da imensa riqueza ali produzida pelo petróleo.Por isso apresentamos o presente projeto <strong>de</strong> lei para que seja<strong>de</strong>stinada a esses municipios moa participação adicional <strong>de</strong> mo por cento, nafonua <strong>de</strong> royalties. sobre a produção <strong>de</strong> óleo e gás natural, na Bacia <strong>de</strong>Campos.r-jq~(a)DeputadoÉBERSILVA ~.:Sala das Sessões. <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999 fJ.rioLEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELACOORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS - CeDILEI N° 9.478, DE 06 DE AGOSTO DE 1997.DISPÕE SOBRE A POLÍTICAENERGÉTICA NACIONAL, ASATIVIDADES RELATIVAS AOMONOPÓLIO DO PETRÓLEO,INSTITUI O CONSELHO NACIONAL


•••••••• ••••••• ••••••••••••••••••••••••• 0.0 ••••••••• ~:••••••• _ ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26843DE POLITICA ENERGETICA E AAGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO.E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.CAPITIJLOVDa Exploração e da ProduçãoSEÇÃO VIDas ParticipaçõesArt. 49. A parcela dovalor do "royalty" que exce<strong>de</strong>r a cinco por cento daprodução terá a seguinte distribuição:I - quando a lavra ocorrer <strong>em</strong> terra ou <strong>em</strong> lagos. rios. ilhas fluviais elacustres:aI cinqüenta e dois inteiros e cinco déciroos por cento aos Esta<strong>dos</strong> on<strong>de</strong>ocorrer a produção:b) quinze por cento aos Municípios on<strong>de</strong> ocorrer a produção:c) sete inteiros e cinco <strong>de</strong>ciroos por cento aos Municipios que sejam .afeta<strong>dos</strong> pelas operações <strong>de</strong> <strong>em</strong>barque e <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barque <strong>de</strong> petróleo e gás natural, nafonua e critério estabeleci<strong>dos</strong> pela ANP:d) vinte e cinco por cento. ao Ministério da Ciência e Tecnologia parafinanciar programas <strong>de</strong> amparo à pesquisa científica e ao <strong>de</strong>senvolvinaentotecnológico aplica<strong>dos</strong> à indústria do petróleo:TI - quando a lavra ocorrer na plataforma continental:a) vinte e dois inteiros e cinco déciroos por cento aos Esta<strong>dos</strong> produtoresconfrontantes:b) vinte e dois inteiros ~ cinco déciroos por cento aos Municipiosprodutores confrontantes; . .c) quinze por cento ao Ministério da Marinha, para aten<strong>de</strong>r aos encargos<strong>de</strong> fiscalização e proteção das àreas <strong>de</strong>'produção:d) sete inteiros e cinco déciroos por cento aos Municípios que sejamafeta<strong>dos</strong> pelas operações <strong>de</strong> <strong>em</strong>barque'e' <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barque <strong>de</strong> petróleo e gás natural, nafonua e critério estabeleci<strong>dos</strong> pela ANP;e) sete inteiros e cinco déCiiiiõSPor cento para constituição <strong>de</strong> um Fun~Especial, a ser distribuido entre to<strong>dos</strong> os Esta<strong>dos</strong>, Territórios e Municipios;. f) vUlte e cinco por cento ao Ministério da Ciência e Tecnologia, parafinanctar prograroas <strong>de</strong> amparo à pesqUIsa cientifica e ao <strong>de</strong>senvolvinaentotecnológico aplica<strong>dos</strong> à indústria do petróleo§ 1° Do total <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> ao Ministério da Ciência eTecnolog!a. serã.o aplica<strong>dos</strong> no minínlo' quarenta por cento <strong>em</strong> programas <strong>de</strong>fomento a capacItação e ao <strong>de</strong>senvolviroento científico e tecnológico nas regiõesNorte e Nor<strong>de</strong>ste.§ 2° O Ministério da Ciência e Tecnologia administrará os programas <strong>de</strong>amparo à pesquisa científica e ao <strong>de</strong>senvolvinaento tecnológico previstos no:'caput" <strong>de</strong>ste artigo, com o apoio técnico da ANP, no cumprimento do disposto nomCISO X do art. 8°, e mediante convênios com as universida<strong>de</strong>s e os centros <strong>de</strong>pesquisa do Pais, segundo normas a ser<strong>em</strong> qefinidas <strong>em</strong> <strong>de</strong>creto do Presi<strong>de</strong>nte daRepública...........................: ............................... ......... , , , .PROJETO DE LEI N~ 1.009, DE 1999(Do Sr. Enio Bacci)Autoriza a entrada <strong>de</strong> pessoas ostomizadas pela porta dianteira<strong>dos</strong> veículos <strong>de</strong> transporte coletivo e dá outras providências.(AS COMISSOES DE VIAÇ&O E TRANSPORTES; E DE CONSTITUIÇ10 EJUSTIÇA E DE REDAÇAO (ART. 54) - ART. 24, II)Inclua-se on<strong>de</strong> couber:O CONGRESSO NACIONAL <strong>de</strong>creta:r - Autoriza a e1Ú1'ada <strong>de</strong> pessoas ostomizadasArt.pelaporta dianteira <strong>dos</strong> veiculos <strong>de</strong> transporte coletivo.Pardgrafo único: para efeitos <strong>de</strong>sta lei, ostomizado étoda pessoa que'i,<strong>em</strong> <strong>de</strong>co"2ncia <strong>de</strong> procedimentocirúrgico, está obrigado ao uso <strong>de</strong> bolsa coletora <strong>de</strong>fezes elou urina.Art. 2· - A apresentação ao motorista <strong>de</strong> carteira <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ntificação, assegura ao portador a entrada pela portadianteira do veiculo.Parágrafo único: ({carteira <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação a que serefere o "caput" diSte artigo, será expedida por__--associação competente e conterá, entre outros da<strong>dos</strong>, onome e afotografia do portador.Art. 3' - O ostomizado que optar entrar pela portadianteira do veiculo <strong>de</strong>.. transporte coletivo, po<strong>de</strong>rá e <strong>de</strong>veráefetuar o pagamento da tarifa social ao motorista, <strong>em</strong>espécie ou mediante vale transporte.Parágrafo único: sendo o pagamento efetuado <strong>em</strong>espécie, fica o beneficiário da presente lei obrigado aentregar ao motorista o valor co"espon<strong>de</strong>nte à tarifa,<strong>de</strong>sobrigando ao condutor efetuar o troco.Art. 4'- O Executivo Fe<strong>de</strong>ral, no prazo <strong>de</strong> 90 (noventa)dias, regulamentará a presente lei.Art.5° - Revogam-se as disposições <strong>em</strong> contrário.Art. 6° - Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> suapublicação.JUSTIFICATIVAOstomizado, é toda pessoa que, <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong>procedimento cirúrgico, estã obrigada ao uso <strong>de</strong> bolsa coletora <strong>de</strong>fezes elou urina Esta prótese é conhecida como equipamento paraostomizado.Nossa proposição <strong>de</strong>corre da circunstância <strong>de</strong> que apessoa ostomizada, pelo uso do equipamento, t<strong>em</strong> sérias dificuld<strong>de</strong>s<strong>de</strong> passar pela roleta e, principalmente, cruzar entre as pessoas quese encontram no corredor <strong>dos</strong> coletivos. A dificulda<strong>de</strong> fica agravadano caso <strong>de</strong> a pessoa estar obesa, se ela v<strong>em</strong> <strong>de</strong> pós cirúrgico ou,ainda, se não po<strong>de</strong> por algum motivo, realizar a higiene do seuequipamento. O rompimento ou <strong>de</strong>slocamento do equipamento, porocasião da passag<strong>em</strong> pela roleta ou entre os passageiros no corredordo coletivo, fllÍo que o ostomizado <strong>de</strong>fine como "aci<strong>de</strong>nte", t<strong>em</strong>provocado situações <strong>de</strong>sagradãveis e humilhantes aos portadores.O receio <strong>de</strong> passar por situações vexatórias,<strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> "aci<strong>de</strong>nte", t<strong>em</strong> dificultado e muito, a reintegraçãoda pessoa ostomizada ao convívio social e, consequent<strong>em</strong>ente, o seupróprio .tratamento. Muitas <strong>de</strong>ssas pessoas traumatizadas pelacirurgia e pela discriminação sofrida, têm medo <strong>de</strong> sair <strong>de</strong> casaNo meu enten<strong>de</strong>r, é inadmissível que osostomiza<strong>dos</strong> continu<strong>em</strong> sendo ofendi<strong>dos</strong> pelo seu estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Cabe ao po<strong>de</strong>r público possibilitar-lhes as condições mínimas parase adaptarém a nova realida<strong>de</strong> e assim, possam viver dignamenteco~q~~~ci~_C-=-.,~~ENIOBACCIDeputado Fe<strong>de</strong>ral PDTIRS


26844 ;,Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999PROJETO DE LEI N! 1.015, DE 1999( Do Sr. MiltoD Moati·)Estabelece limites <strong>de</strong> peso bruto total e peso brutopor eixos <strong>de</strong> veículos <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> carqas.(APENSE-SE AO PROJETO DE LEI NQ a13, DE 1999)o COf'jGRESSO NACIONAl <strong>de</strong>creta:transmitidoArt. 1° Fica permitida a tolerância máxima <strong>de</strong> 5% (cincopor cento) sobre os limites <strong>de</strong> peso bruto tOtal e peso bruto transmitido poreixo <strong>de</strong> veiculas <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> cargaI i suplllficie das rodovias públicasfe<strong>de</strong>rais, estaduais ou municipais ou sob·~.Parágrafo Único Se verillcado <strong>em</strong> um ou mais eixos,excesso <strong>de</strong> peso e nos <strong>de</strong>mais, peso inferiór, seri feita a compensação entreeles, <strong>de</strong> modo que a soma <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> 0& eixoa nio ultrapass<strong>em</strong> os limites <strong>de</strong>peso bruto total estabelecido nesta lei.Art. 2" Somente po<strong>de</strong>rá haver autuação, por ocasião dapesag<strong>em</strong> do veiculo nas balanças rodoviárias. quando o veiculo ultrapassaros limites fixa<strong>dos</strong> nesta lei. sendo obrigatório COI1Itar os pe$OS <strong>de</strong> cada eixo".Art. 3° - O Po<strong>de</strong>r Executivo regulamentará os limites <strong>de</strong>peso máximo permitido por eixo ou peso bruto <strong>de</strong> acordo com ascaracteristicas <strong>de</strong> cada veiculo.Art. 4° • Esta lei entra <strong>em</strong> vigór na data <strong>de</strong> Sim publicação.Art. 5° - Revogam·se as disposiç6es <strong>em</strong> contrário, <strong>em</strong>especial a Lei 7408 <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>brQ <strong>de</strong> 1985.JUstiFICAÇÃOO exame <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong> apresenta<strong>dos</strong> nas pesagens das cargas<strong>de</strong> caminhões <strong>em</strong> balanças móveis e <strong>em</strong> fixas, t<strong>em</strong> <strong>de</strong>monstrado que existeuma diferença substancial <strong>de</strong> até 5% entre os dois tipos <strong>de</strong> balanças. Nabalança móvel, <strong>em</strong> que a pesag<strong>em</strong> é feita por Clixo. a çarga torna-se s<strong>em</strong>pr<strong>em</strong>ais pesada do que na balança fixa, que me<strong>de</strong> o peso ~ruto total.Isso t<strong>em</strong> gerado muitas notificaçOes contrI OI transportadores <strong>de</strong>carga. acusa<strong>dos</strong> <strong>de</strong> trafegar<strong>em</strong> com excesso <strong>de</strong> peso. Na verda<strong>de</strong>, essestransportadores pesam suas cargas na orig<strong>em</strong> <strong>em</strong> balanças fixas, e sãoaferi<strong>dos</strong> nas estradas <strong>em</strong> balanças móveis, nas quais a carga aparece maispesada.Outra questão <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevAncia é a arrumação e acara<strong>de</strong>ristica <strong>de</strong> cada carga, propiciando um pelO bruto total a<strong>de</strong>quado, noentanto justamente por cara<strong>de</strong>rislicas particulares, vez ou outra po<strong>de</strong>mocasionar diferenças <strong>em</strong> cada eixo aferido.Dessa forma, visa o presente projeto reconsi<strong>de</strong>rar essasquestões, permitindo que apenas o excesso <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado eixo nllo venhaser penalizado, se a soma do peso <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> OI eixos nAo ultrapassam oslimites <strong>de</strong> peso bruto total previsto neata lei.A solução para o caso conaiIte portanto, <strong>em</strong> manter o percentual<strong>de</strong> toleráncia <strong>de</strong> 5%, além <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar a IOma <strong>de</strong> todOl OI elxoa.Essa é a proposta COIlIt8nle do projeto <strong>de</strong> lei que oraapresenlljmos, e que esperamos seja aprovada peIoe nobreI pares, <strong>de</strong> formaa evitar que essa situação inc6moda das aVlllaç6ll <strong>de</strong>Ilguall doi pesos dascargas transportas contínue sendo um tranItomo para muitos dOIprofissionais do setor <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> carga no PIII. .""U"(1'" :.;;;Deputado MlLTf'+rm,!LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELACOORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS· CeDILEI N° 7408, DE 2S DE NOVEMBRO DE 1985.PERMITE A TOLERÂNCIA DE 5%(CINCO POR CENTO) NA PESAGEMDE CARGA EM VEícULOS DETRANSPORTE.Art 1°. Fica pennitida a tolerância maxima <strong>de</strong> 5% (cinco por cento)sob~e oslImites <strong>de</strong> peso bruto total e peso bruto transllÚtido por eixo <strong>de</strong> veiculos asuperficle das vias públicas.. Art. 2°. Somente po<strong>de</strong>rá haver autuação, por ocasião da pesag<strong>em</strong> doveiculo nas balanças rodovlanas. quando o veiculo ultrapassar os limites fixa<strong>dos</strong>nesta LeI.Art. 3°. Esta Lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.Art. 4°. Revogam-se as disposições <strong>em</strong> contràno.PROJETO DE LEI N!! 1.019, DE 1999(Do Sr. Cunha Bueno)Possibilita a utilizaçao <strong>de</strong> recursos do FGTStrabalhadores titulares <strong>de</strong> contas <strong>de</strong>sse fundo, I pelosações da Cia. Energética <strong>de</strong> sao Paulo CESP na compra <strong>de</strong>privatizaçao no contexto do Programa Nacional <strong>de</strong> ri:~~~at~:~ç:~~(APENSE-SE AO PROJETO DE LEI NQ 2.728, DE 1989)o CONGRESSO NACIONAL <strong>de</strong>creta:Art. 1" o trabalhador titular <strong>de</strong> conta do FGTS - Fundo <strong>de</strong> Garantia porT<strong>em</strong>po <strong>de</strong> Serviço po<strong>de</strong>rá optar por adquirir ações da Cia. Energética <strong>de</strong> SãoPaulo - CESP , quando da sua privalização através do Programa Nacional <strong>de</strong>Desestatizaçio.Art. 2" A opção <strong>de</strong> que trata o art. 1" será feita mediante manifestaçãoprévia e fonnal do titular da conta do FGTS.Parágrafo único - Somente po<strong>de</strong>rá exercer a opção pela compra otrabalhador que tiver sua conta do FGTS com saldo suficiente e disponível paraa aquisição pretendida.Art. 3· Imediatamente após o encerramento do leilão <strong>de</strong> privalização daCía. Energética <strong>de</strong> São Paulo· CESP abriar-se-á prazo <strong>de</strong> 60 (sessenta) dias paraque o trabalhador titular <strong>de</strong> conta do FGTS faça a opção pela compra das ações,ele acorelo com as disposições <strong>de</strong>sta lei e da regulamentação que vier a serexpedida, pelo mesmo preço e condições <strong>de</strong> pagamento adjudicadas aoganhador do Ieilio.Parágrafo único - As opções <strong>de</strong> compra exercidas pelos trabalhadorestitulares <strong>de</strong> contas do FGTS, no seu conjunto, po<strong>de</strong>rão atingir o todo ou paneelas ações leiloadas.Art. 4" Somente após transcorrido o prazo <strong>de</strong> que trata o artigo anterior, osaldo elas ações leiloadas que não for<strong>em</strong> objeto <strong>de</strong> opção <strong>de</strong> compra por parte<strong>dos</strong> trabalhadores titulares <strong>de</strong> contas do FGTS passará à posse e proprieda<strong>de</strong>do comprador vencedor do leilão <strong>de</strong> privatização. na forma e condiçõesestabelecidas no edital <strong>de</strong> privalização e na legislação e normas <strong>em</strong> vigor.Art. 5" Relativamente às ações da Cia. Energética <strong>de</strong> São Paulo - CESPadquiridas pelo trabalhador, na fonna das disposições <strong>de</strong>sta Lei, <strong>de</strong>veráo seratribuí<strong>dos</strong> os mesmos direitos, obrigações e restrições previstos no edital <strong>de</strong>privatização e nas nonnas aplicáveis ao processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sestatização, inclusivequanto ao prazo para posterior venda a terceiros.Art. S" Ao Po<strong>de</strong>r Executivo fica atribuída competência para regulamentaras disposições <strong>de</strong>sta Lei, no que for cabivel, no prazo <strong>de</strong> atê 90 (noventa) dias apartir da data da sua publicação, s<strong>em</strong> prejuizo da imediata entrada <strong>em</strong> vigor daspruentes disposições.I(}/Art. 9" Esta Lei entra <strong>em</strong> vígor na data da sua publicação, revogadas as\J!fposições <strong>em</strong> contrário.JUSTIFICATIVAUma das principais criticas ao Programa Nacional <strong>de</strong> Desestatização quev<strong>em</strong>..ndo Impl<strong>em</strong>entado pelo Governo Fe<strong>de</strong>ral diz respeito à <strong>de</strong>snacionaiizaçãoelas <strong>em</strong>presas estatais vendidas <strong>em</strong> leilão e, mais do que isso, o restrito acessoestabelecido ao capital privado nacional e aos trabalhadores brasileiros, que <strong>de</strong>per si não consegu<strong>em</strong> re\lnlr os recursos e condições suficientes para competircom os po<strong>de</strong>rosos investidores alienlgenas.O presente Projeto <strong>de</strong> Lei visa, exatamente, corrigir <strong>em</strong> parte essedanqulUbrlo, na medida <strong>em</strong> que possibilita aos trabalhadores brasileiros,Iegltlmos donos <strong>dos</strong> recursos <strong>de</strong>posita<strong>dos</strong> no Fundo <strong>de</strong> Garantia por T<strong>em</strong>po <strong>de</strong>serviço - FGTS, optar<strong>em</strong> livr<strong>em</strong>ente pela aquisição <strong>de</strong> ações da Cia. Energéticada 810 Paulo • CESP, quando da sua privalizaçio, nas mesmas condições(PNÇOS, prazos, etc.) que vier<strong>em</strong> a ser adquiridas pelo ganhador do Ieilio <strong>de</strong>prlvatlzaçlo elaquela estatal.Mais do que Isso ainda, o presente Projeto contribui para a pulverizaçãodo capital ela CEF, priorizando a sua aquisição pelos próprios brasileiros.trabalhadorea. Lamentavelmente não hi corno se esten<strong>de</strong>r essa possibilida<strong>de</strong>aos mllhlles <strong>de</strong> trabalhadores brasileiros que trabalham na infonnalida<strong>de</strong> ou quenãottm direito ao FGTS.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRlO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26845Dada ~ relevincia e o alcance das propostas constantes <strong>de</strong>ste Projeto,peço o apoIo <strong>dos</strong> lIuslRls Pares no sentido da sua rápida tramitação eaprovação.PROJETO DE LEI N2 1.021, DE 1999(Do Sr. Neiva Moreira)<strong>de</strong> 1999Áltera dispositivos da Lei nO 7.102, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1983, quedispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros,estabelece normas para constituição e funcionamento das <strong>em</strong>presasparticulares que exploram serviços <strong>de</strong> vigilãncia e <strong>de</strong> transporte<strong>de</strong> valores, e dã outras providências.(AS COMISSOES DE RELAÇOES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL; DEFINANÇAS E TRIBUTAÇAO (~RITO); E DE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA E DEREDAÇAO (ART. 54) - ART. 24, lI)O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1'. Acresce~e inciso W ao alt. 2' da Lei 7.102, <strong>de</strong> 20/06/83passando a VI a vigar com a seguinte redaÇio:Art. 2' ."IV - o parágrafo único do artigo l' <strong>de</strong>sta Lei terá a quantida<strong>de</strong> mínima<strong>de</strong> 2 (dois) vigilantes por estabelecimento".Art. 2'. O art. 4' passa a vigar acrescido do seguinte parágrafo único:"Art.4· ··· .."Parágrafo único. O veículo especial <strong>de</strong> que trata este artigo terá além<strong>de</strong> ar refrigerado. blindag<strong>em</strong> especial e <strong>de</strong> proteção cont~ armas <strong>de</strong>grosso calibre e longo alcance.Art. 3'. O alt. 21 passa a vigar com o seguinte parágrafo único.Art.21 ···· ··I· · ·11- .."Parágrafo único. As <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> que tratam os incisos I e 1\ teráo umprazo máximo <strong>de</strong> 180 (cento e oitenta) doas. a fim _<strong>de</strong> p~er amanutenção do anmamento. confonme recom~n~açao da f~b~ca.inclUSIve. com o seu <strong>de</strong>vido teste e substrtUlçao das mumçoes..conservando o equipamento <strong>em</strong> perfeitas condições. sob pena <strong>de</strong>infringir<strong>em</strong> o disposto no art. 23 e seus inCISOS"Art. 4'. O parágrafo único do alt. 22 passa a viger acrescido dasaguinte redação:Art. 22 · · .."Parágrafo único. Os vigilantes. quando <strong>em</strong>penha<strong>dos</strong> <strong>em</strong> transporte <strong>de</strong>valores, po<strong>de</strong>ráo também utilizar espingarda <strong>de</strong> uso permitido, <strong>de</strong>calibre 12, 16 ou 20. <strong>de</strong> fabricação nacional e ainda armas <strong>de</strong> grossocalibre. longo alcance. automática e <strong>de</strong> precisão".JUSTIFICATIVATodas as modificações propostas na Lei n D 7.102183, que dispõe sobre osserviços <strong>de</strong> vigilãncia. têm como escopo tomá-Ias mais eficazes no combate ao crimeorganizado.É preciso salientar que muitos vigilantes monr<strong>em</strong> <strong>em</strong> serviço ou são.feri<strong>dos</strong>por não possuír<strong>em</strong> anmamentos compatíveis com o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>de</strong> sua profissão, ou'sejá; estão vulneráveis ante o po<strong>de</strong>r <strong>dos</strong> assaltantes <strong>de</strong> bSricoS, <strong>dos</strong>'assaltantes <strong>de</strong>carros forte. etc.Outro dado importante é que muitos estabelecimentos financeirospreocupam-se apenas <strong>em</strong> cumprir a lei utilizando somente um vigilante, .quandoprecisaria <strong>de</strong> um número <strong>de</strong> 4 (quatro) e assim observar o fator segurança.É <strong>de</strong> saber notório que o indice <strong>de</strong> violência <strong>em</strong> toda a socieda<strong>de</strong> t<strong>em</strong>aumento <strong>de</strong> fonma assustadora. alcançando niveis alanmantes e atingindoprincipalmente os vigilantes. que tratam da segurança patrimonial privada, sendo,um<strong>dos</strong> principais alvos do crime.Dessa fonma. será <strong>de</strong>magógico fazer·se uma apologia das <strong>de</strong>ficiências <strong>em</strong>que viv<strong>em</strong> os vigilantes, s<strong>em</strong> buscar soluções compativeis, por isso mesmo estamosacrescentando modificações legais, que esperamos surtam os <strong>de</strong>vi<strong>dos</strong> efeitos e.atendam a <strong>de</strong>manda das Associações <strong>de</strong> Vigilantes <strong>de</strong> todo o Brasil, a fim <strong>de</strong> fazerfrente. com maior intensida<strong>de</strong>, no combate ao crime e salvaguardar a integrida<strong>de</strong> física<strong>dos</strong> mesmos.Sala das Sessões <strong>em</strong>,LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PEL/.COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGI! LATIVO; - CeDILEI ND 7.102, DE 20 DE JUNHO DE 1983.DISPÕE SOBRE SE3URANÇA PARAESrABELECIMENTOS FINANCEIROSESTABELECE NCRMAS PARÀCONSTITUIÇÃ(I E FUN/~IONAMENTO DASEMPRESAS PARTICULARES QUEEXPLORAM SHVIÇOS DE VIGILÂNCIA EDE 1RANSPOF1E DE VALORES. E DÁOUTRAS PROV'DÊNCII.S. .......................•.............................................................................................................Art. 2'. O sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> segurança referido no artigo anterior inclui pessoas .a<strong>de</strong>quadamente preparadas: assÚD chamadas vigilarltes: a1anne capaz <strong>de</strong> permitir,co~ s~gurança comumcaçao entre o estabelectnlen10 financl iro e outro da mesmams~llU1ção, <strong>em</strong>presa <strong>de</strong> vigilância ou órgão policial mais prr XÚDO: e pelo menostrulIS um <strong>dos</strong> seguintes dispositivos: "I - equipamentos elétricos, eletrônicos e d: filmagfns que possibilit<strong>em</strong> ai<strong>de</strong>ntificação <strong>dos</strong> assaltantes;. 12 -. artefa\os que retar<strong>de</strong>m a ação do 3 crimin )SOS pennitindo suapersegmçao, I<strong>de</strong>nl1ficação ou captura; e. III - cabina blindada com permanência iniI1telTIJpta je vigilante durante oexpedIente pàra o público e enquanto houver mllvimenta;:ão <strong>de</strong> numerário nointerior do estabelecÚDento.Parágrafo único. (Revogado pela Lei n' 9.0 I7, <strong>de</strong> 30/03/1995................................................................................... ... ~ .Art. 4°.O transporte <strong>de</strong> numerário <strong>em</strong> montante superior a vinte milUFIR, para suprimento ou recolhÚDento do movÚDento diário <strong>dos</strong> estabelecÚDentos~mance~os, será obrigatoriamente efetuado <strong>em</strong> veículo especial da própriamslllU1çao ou <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa espeCIalIzada.• Arl.4 com redação dada pela Leln'9.0/7. Je3I' 03 /995....................................................................................................................................Art. 2I. As anuas <strong>de</strong>stinadas ao uso <strong>dos</strong> vbilantes serão <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> eresponsabilida<strong>de</strong>:.[ - das <strong>em</strong>presas especializadas;11 - <strong>dos</strong> estabelecÚDentos financeiros q1lando di'Jluser<strong>em</strong> <strong>de</strong> serviçoorganizado <strong>de</strong> vigilância ou mesmo quando contrata<strong>em</strong> <strong>em</strong>presas especializadas.Art. 22. Será permitido ao vigilante, quando <strong>em</strong> s"rviço, portar revólvercalibre 32 ou 38 e utilizar cassetete <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira ou <strong>de</strong> borrach 1.Parágrafo único. Os vigilantes, quando 'Epenha


26846 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Art. 2°. O direito assegurado por esta lei somente po<strong>de</strong>rá serexercido nos ôrribus commoente <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> à prestação do serviçopúblico <strong>de</strong> transporte coletivo, sejam eles <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> do po<strong>de</strong>rpúblico, sejam <strong>de</strong> concessionárias ou permissionárias. não se aplicandoa ôrribus que ofereçam comodida<strong>de</strong>s especiais, tais como arcondicionado ou poltronas reclináveis, e que ]lor isto estejamautoriza<strong>dos</strong> a cobrar tarifas mais elevadas.Ar!. 3°. Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicaçãodístico "MACRDTÁXI" na cor azul padrão, b<strong>em</strong>como um letreiro frontal superior íluminado commedidas <strong>de</strong> 10 centimetros <strong>de</strong> altura por 30centímetros <strong>de</strong> comprimento.Ar!. 2°. O serviço <strong>de</strong> MacroWcí po<strong>de</strong>rá ser prestado por pessoasfísicas ou jurídicas, inclUÍl,do cooperativas <strong>de</strong> transportes e cabe ao po<strong>de</strong>rpúblico dispor sobre os critérios licítatórios compl<strong>em</strong>entares aten<strong>de</strong>ndo áspeculiarida<strong>de</strong>s locais.JUSTIFICAÇÃOO presente projeto <strong>de</strong> Lei visa assegurar aos estudantes da re<strong>de</strong> pública<strong>de</strong> ensino a gratuida<strong>de</strong> no transporte coletivo para que possa estar garanti<strong>dos</strong>eu acesso ao local <strong>de</strong> aprendizado.o que se po<strong>de</strong> observar é que vários mumclplos <strong>de</strong> nosso pais jáproduziram legislação neste sentido, no entanto, tais diplomas legais nãogarant<strong>em</strong> o acesso a ônibus entre municipios vizinhos <strong>de</strong> uma mesma regiãometropolitana Tal fato v<strong>em</strong> impedindo que mrritos estudantes possam acessaras unida<strong>de</strong>s públicas <strong>de</strong> ensino.Com a aprovação <strong>de</strong>ste Projeto <strong>de</strong> Lei estar<strong>em</strong>os contribuindo para oque <strong>de</strong> mais importante moa nação po<strong>de</strong> proporcionar a seu povo que é aeducação.Sala das Sessões, Em fJ4. <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 99dias.Art. 3° O Po<strong>de</strong>r Público regulamentará esta Lei no prazo <strong>de</strong> 180Art 4 ° Revogam-se as disposições <strong>em</strong> contrário.Ar!. 5' Esta Lei entra era vigor na datit ae sua publicação.JustificativaNos últimos meses a imprensa noticiou sucessivos conflitosentre os prestadores individuals <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> passageiros, cOUÍleci<strong>dos</strong>como "transporte alternativo" e físcaís do Po<strong>de</strong>r 'Público, incluído os policíaísmilitares. Haja vista o fato lamentável ocorrido na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goiãnía - 00, com amorte <strong>de</strong> um trabalhador.Esse conflito artificial t<strong>em</strong>· ignorado sist<strong>em</strong>aticamente asnecessida<strong>de</strong>s da população <strong>em</strong> favor do interesse <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s <strong>em</strong>presários do setor<strong>de</strong> transporte local e gerado cenas <strong>de</strong> inominável violéncia.Causa surpresa ver tamanho <strong>em</strong>penho do Po<strong>de</strong>r Público, <strong>em</strong>especíal <strong>de</strong> alguns fiscais e agentes <strong>de</strong> trânsito~ no cumprimento tão minucioso dalei, enquanto abundam ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong> ostensiva <strong>de</strong>sobediéncia às regras <strong>em</strong> quaseto<strong>dos</strong> os outros setores.PROJETO DE LEI N~ 1.027, DE 1999(Do Sr. Lincoln Portela)Dispõe sobe a instituição e <strong>de</strong>legação do serviço <strong>de</strong> transporteurbano e rodoviário <strong>de</strong> passageiros por veiculos utilitários.(APENSE-SE AO PROJE:TO DE: LE:I NO 751, DE: 1999).o Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art 10.Todo veículo utilitário com capacída<strong>de</strong> <strong>de</strong> passageiros situadoentre 8 e 16 lugares po<strong>de</strong>rá ser licenciado ou permissionado <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> transporteespecial <strong>de</strong> passageiros nos seguintes grupos:A conclusão óbvia é que esses agentes públicos talvez tenhamalgum incentivo a mais para aplicar <strong>de</strong> tamanho rigor.D presente projeto visa a, <strong>de</strong> uma vez por todas. resolver aquestão do transporte alternativo <strong>de</strong> passageiros, fornecendo o respaldo <strong>de</strong> uma leife<strong>de</strong>ral para que os prestadores <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> serviço possam legalmente exerceressa ativida<strong>de</strong> do interesse da população.Certo da exata oportunída<strong>de</strong> do presente projeto peço o apoio<strong>dos</strong> nobres pares <strong>de</strong>sta Casa para sua aprovação.1- Grupo 1: para veículos <strong>de</strong> até 10 lugares. excluído o domotorista;Sala das Sessões, <strong>em</strong> ;)(., <strong>de</strong> maío<strong>de</strong> 1999.MacroWcí.II-Grupo 2: para veículos <strong>de</strong> 11 a 16 lugares, excluído odo motorista.1° - O transporte referido no caput será <strong>de</strong>nominado§ 2°· O condutor do MacroWcí <strong>de</strong>verá ser portador <strong>de</strong>Carteira Nacíonal <strong>de</strong> Habilitação categoria "D fl •Dep~COInPortela(pST-MG)PROJETO DE LEI N~ 1.028, DE 1999(Do Sr. Mattos Nascimento)§ 3°· Os veículos habilita<strong>dos</strong> como MacroWcís <strong>de</strong>verão terno máxirao 8 anos <strong>de</strong> uso para o Grupo 1 e 10 anos <strong>de</strong>uso para o Grupo 2.Estabelece que o uso <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo é<strong>de</strong> policiais, e dá outras providências.privativo <strong>de</strong> militares e§ 4° - Os veículos habilita<strong>dos</strong> como Macrotáxis <strong>de</strong>verão terplacas diferenciadas e licenciamento <strong>de</strong> aluguel.sujeitando-se às vistorias obrigatórias anualmente <strong>em</strong>conformida<strong>de</strong> com o tipo <strong>de</strong> serviço a ser prestado:urbano, internrbano, intermodal. interestadual einternacional.§ 5' - Os veículos habilita<strong>dos</strong> como MacroWcís <strong>de</strong>verãopossuir a cor branca padrão com duas faixashorizontais laterais <strong>de</strong> 40 centímetros <strong>de</strong> largura com o(APENSE-SE AO PROJETO DE LEI N2 2.787, DE 1997)o Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. l°. O porte <strong>de</strong> arma <strong>de</strong> fogo é crime inafiançável.Parágrafo úrrico - A disposição <strong>de</strong>ste artigo não se aplicaaos militares e aos policiais a serviço <strong>de</strong> suas respectivas institrrições.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26847Art. 2°. Portar arma <strong>de</strong> fogo, <strong>em</strong> <strong>de</strong>sacordo com odisposto no artigo primeiro.Pena - reclusão, <strong>de</strong> três a cinco anos, e multa.Art. 3°. Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.passa.JUSTIFICAÇÃOA violência <strong>em</strong> nosso Pais t<strong>em</strong> se acentua a cada dia queSão milhares e milhares <strong>de</strong> brasileiros, homens, mulheres,jovens e até crianças, que, <strong>de</strong>screntes das instituições responsáveis pelagarantia da segurança aos cidadãos, se apossam <strong>de</strong> um arsenal copioso <strong>de</strong>armas <strong>de</strong> fogo, to<strong>dos</strong> com a compreensível porém equivocada preteusão <strong>de</strong>fazer<strong>em</strong> valer os seus direitos e <strong>de</strong> alcançar finalmente a justiça pelas própriasmãos.Por conta <strong>de</strong>sta insanida<strong>de</strong>, inocentes são vitima<strong>dos</strong> porbalas perdidas, jovens movi<strong>dos</strong> pela curiosida<strong>de</strong> da adolescência setransformam involuntariamente <strong>em</strong> assassinos, portadores <strong>de</strong>sprepara<strong>dos</strong> paraesta responsabilida<strong>de</strong> são vitimas <strong>de</strong> suas próprias armas, a marginalida<strong>de</strong> usae abusa <strong>de</strong> uma fonte inesgQtável para suprir os seus arsenais.Dia após dia caminhamos <strong>em</strong> direção a uma tristerealida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> to<strong>dos</strong> se armam para se proteger<strong>em</strong> uns <strong>dos</strong> outros e on<strong>de</strong>to<strong>dos</strong> contnbu<strong>em</strong> para insegurança geral.Enten<strong>de</strong>mos que dois fatores contnbu<strong>em</strong>prepon<strong>de</strong>rant<strong>em</strong>ente para tal situação: a incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrada peloEstado <strong>em</strong> reprimir eficient<strong>em</strong>ente a proliferação <strong>de</strong> armas <strong>em</strong> po<strong>de</strong>r dapopulação e a crescente quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armas que o comércio coloca àdisposição <strong>de</strong> um consumidor já <strong>de</strong>sorientado <strong>em</strong> sua racionalida<strong>de</strong> pelaviolência que o ro<strong>de</strong>ia.Quanto ao primeiro daqueles fatores, a ConstituiçãoFe<strong>de</strong>rnl não autoriza a esta Casa a iniciativa <strong>de</strong> ações eficazes, fazendo-oobjeto <strong>de</strong> atos que são privativos do Po<strong>de</strong>r Executivo.Quanto à perniciosa licenciosida<strong>de</strong> com que as armas <strong>de</strong>fogo são oferecidas ao consumidor <strong>de</strong>sinformado, acreditamos que a LeiMaior pennite e socieda<strong>de</strong> brasileira exige do Parlamento a iniciativa <strong>de</strong> açõeslegislativas viáveis que venham contribuir positivamente para que a Naçiopossa afinal refrear esta tendência paranóica que já produz diariamente umacota intolerável <strong>de</strong> vitimas fatais.Ao apresentar o nosso Projeto <strong>de</strong> Lei, preten<strong>de</strong>mosparticipar efetivamente no atendimento aos reclamos da socieda<strong>de</strong>: propomosa vedação absoluta <strong>de</strong> acesso da pessoa fisica ao porte <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo,excetua<strong>dos</strong> apenas os militares e os policiais a serviço <strong>de</strong> suas respectivasinstituições. Aos infratores <strong>de</strong>sta norma prevê-se a pena <strong>de</strong> reclusão <strong>de</strong> tras acinco anos e multa.Convictos da oportunida<strong>de</strong> e da conveniência <strong>de</strong> nossaproposição para o aperfeiçoamento da legislação que ora regula o porte <strong>de</strong>armas <strong>de</strong> fogo, apelamos aos nobres Pares <strong>em</strong> favor <strong>de</strong> sua aprovaçlo.Sala das Sessões, <strong>em</strong>z.b <strong>de</strong> ,lf...fi eJ <strong>de</strong> 1999..1 f x:- ,..': \ (:...l.I)})" '.1 ".Deputado MA'M'OS NASCIMENTOPROJETO DE LEI N.2 1.035, DE 1999(Do Sr. Chiquinho Feítosa)Altera a Lei nQ 9.503, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1997, que institui oCódigo <strong>de</strong> Transito Brasileiro, para dispor sobre a <strong>de</strong>stinaçlo daarrecadaçlo <strong>de</strong> multas <strong>de</strong> trânsito.O.Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1° Esta lei aiterao art. 320 da Lei nO 9.503. <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong>set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 19~7. que institui o Código <strong>de</strong> Trânsito Brasileiro. para disporsobre a <strong>de</strong>stlnaçao da arrecadação <strong>de</strong> multas <strong>de</strong> trânsito.. Art 2° O art. 320 do Código <strong>de</strong> Trânsito Brasiieiro passa avigorar com a seguinte redação:"Art. 320.A receita alRlCadada com a cobrançg damuitas <strong>de</strong> trilnsito será aplicada, exclusivamente. <strong>em</strong>lIinali~ação, engenharia <strong>de</strong> trilfego, <strong>de</strong> campo, policiamento,fiscalização e educação <strong>de</strong> trílnsito."§ 1° Os órgãos responsáveis pela 81T8cadação <strong>de</strong>muitas <strong>de</strong> trilns/to ficam obriga<strong>dos</strong> a publicar, mensalmente.<strong>em</strong> peio. menos um jomal <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> circulação <strong>em</strong> cada Estadoe no Dlslrito Fe<strong>de</strong>ral. o total <strong>dos</strong> recursos auferi<strong>dos</strong> no mêsanterior."§ 20 O percentual <strong>de</strong> trinta por cento do valor dasmuitas <strong>de</strong> trilnsito arrecadadas será <strong>de</strong>positado, mensalmente.na conta <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong> ámbito nacional <strong>de</strong>stinedo à segurança eeducação <strong>de</strong> tr(msito."§ 3° Meta<strong>de</strong> do valor <strong>de</strong>positado na forma doparágrafo anterior será obrigatoriamente utilizado para financiarprogramas <strong>de</strong> educação para o trilnllito <strong>em</strong> escolas da re<strong>de</strong>pública <strong>de</strong> ensino.• (NR)Art. 3° Esta lei entra <strong>em</strong> vigor no prazo <strong>de</strong> noventa dias acontar <strong>de</strong> sua publicação.JUSTIFICACÃOO novo Código <strong>de</strong> Trânsito Brasiielro procura criar mecanismospara a melhoria das condições <strong>de</strong> segurança <strong>em</strong> nossas ruas atuando,basicamente. <strong>em</strong> duas frentes: a rigorosa punição <strong>dos</strong> motonstas infratores e amelhor capacitação <strong>dos</strong> candidatos â habilitação. Embora reconhecendo omérito das ações preconizadas pelo CTB. enten<strong>de</strong>mos que o mesmo registrauma lacuna importante: a ausência da previsão explicita <strong>de</strong> financiamento paraprogramas <strong>de</strong> educação <strong>de</strong> trânsito dirigi<strong>dos</strong> a cnanças.Ê fato in.:cnteste a importància da educação das novasgerações para a mudança <strong>de</strong> certos comportamentos sociais. No casoespecífico do trânsito. os próprios órgãos gerenciadores reconhecam que émais eficaz educar a criança do que o adulto, uma vez que este apresenta-s<strong>em</strong>ais resistente à mudança <strong>de</strong> seus hábitos. Apesar <strong>de</strong>ssa consciência serbastante diss<strong>em</strong>inada. pouco ou nada t<strong>em</strong> sido feito <strong>de</strong> concreto paraincentivar ações nessa ârea. O resultado ê um circulo vicioso. <strong>em</strong> que acriança não orientada no presente transforma-se no adulto mau condutor nofuturo.À vista <strong>de</strong> tais constatações, estamos apresentando projeto <strong>de</strong>lei que altera o art. 320 do CTB visando a três objetivos básicos: '• aumentar o percentual do valor arrecadado com multas que<strong>de</strong>ve ser direciof)ado á programas <strong>de</strong> segurança eeducação <strong>de</strong> trânsito;• dirigir percela <strong>de</strong>sse percentual para financiarespecificamente programas <strong>de</strong> educação para o trânsito <strong>em</strong>escolas da re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> ensino; e• obrigar a divulgação mensal. <strong>em</strong> jornal <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> circulação<strong>em</strong> cada Estado e no Distrito Fe<strong>de</strong>ral. do total <strong>dos</strong> recursosauferi<strong>dos</strong> no mês anterior, <strong>de</strong> forma a dar conhecimentopúblico acerca <strong>dos</strong> montantes arrecada<strong>dos</strong>:Estamos certos <strong>de</strong> que essafundamental na construção <strong>de</strong> um trânsito melportanto. esperamos contar com o dacislvo apoisala das Sessões, <strong>em</strong>Deputado CHIQUINHO F ITOSALEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELACOORDESAÇ1o DE ESTUDOS LEGISLATIVOS· C<strong>em</strong><strong>de</strong> 1999 ,c9tffí~l'CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIROLEI N° 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997.INSTITUI O CÓDIGO DE TRÂNSITOBRASILEIRO.(APENSE-SE AO PROJETO DEcLEI NQ 646, DE 1999) ...............1, u •••••••••••••••••••••••..••••••••••••..•••


26848 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999CAPÍTULo xxDisposições Finais e TransitóriasArt. 320. A receita arrecadada com a cobrança das multas <strong>de</strong> trânsito seráaplicada exclusivamente, <strong>em</strong> sinalização, engenharia <strong>de</strong> tráfego, <strong>de</strong> campo,policiamento, fiscalização e educação <strong>de</strong> trânsito.Parágrafo único. O percentual <strong>de</strong> cinco por cento do valor das multas <strong>de</strong>trânsito arrecadadas será <strong>de</strong>positado, mensalmente, na conta <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong> âmbitonacionai <strong>de</strong>stinado à segurança e educação <strong>de</strong> trânsito.PROJETO DE LEI N2 1.036, DE 1999(Do Sr. Leo Alcântara)Altera o disposto nos arts. 126, 127 e 129 da Lei n2 7 :210,. <strong>de</strong>11 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1984 (Lei <strong>de</strong> Execuçao penal), para nela 1nclu1r oestudo como forma <strong>de</strong> r<strong>em</strong>ição <strong>de</strong> parte do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> execução dapena.(APEN6E-6E AO PROJETO DE LEI NO 37, DE 1999)o CONGRESSO NACIONAL <strong>de</strong>creta:Art. 10 O capUl e o § IOdo ano 126 e os arts. 127 e 129 daLei nO 7.210, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1984, passam a vigorar com aseguinte redação:"Art. 126. O con<strong>de</strong>nado que cumpre apena <strong>em</strong> regimefechado ou s<strong>em</strong>i-aberto po<strong>de</strong>rá r<strong>em</strong>ir, pelo trabalho e. estudo,cumulativos ou não. parte do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> execução da pena.§ 10 A conzag<strong>em</strong> do t<strong>em</strong>po. para o fim <strong>de</strong>ste artigo,seráfeila a seguinte ro=ão: . .I - um dIa <strong>de</strong> pena por um dia <strong>de</strong> trabalho mOls VIntehoras- aulas s<strong>em</strong>anais:11 - um dia <strong>de</strong> pena por três dias <strong>de</strong> 'trabalho, se opreso apenas Irabalhar:111 - um dia <strong>de</strong> pena por quarenta horas- aulas. se opreso apenas estudar. " .................................................................................................(NR)·~4rI. 127. O con<strong>de</strong>nado que for punido por falta graveficará pr,n·ado. por noventa dias. <strong>de</strong> usufruIr o beneficio dar<strong>em</strong>ição. e se nesse período permanecer estudando 011 Irabalhando,não per<strong>de</strong>rá o direito ao cômputo <strong>de</strong> t<strong>em</strong>pa anterior àfalta. " (NR)"Art. 129. A autorida<strong>de</strong> administrativa. mensalmente:I - encaminhará ao Ju/:.o da Execllção cópia doregistro <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os con<strong>de</strong>na<strong>dos</strong> que estejam trabalhando eeSlUdando. e <strong>dos</strong> dias <strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>les:11 - publicará o <strong>de</strong>monstrativo <strong>dos</strong> dias r<strong>em</strong>i<strong>dos</strong> pelo{rabalho 011 estudo <strong>de</strong> cada preso.Art. 2° Esta Lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.JUSTIFICAÇÃOÉ uma falácia a propalada recuperação do Con<strong>de</strong>nadopela simples privação da liberda<strong>de</strong>. A falta <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> nãorecupera ninguém. Ao contrário: o convivio entre <strong>de</strong>liiJqüeDtes <strong>de</strong>diferencia<strong>dos</strong> graus <strong>de</strong> periculosida<strong>de</strong> ten<strong>de</strong> a elevar o potencialofensivo e anti-social ao máximo permitido por essa convivência.Mundialmente. os paises tentam respon<strong>de</strong>r a essaquestão social tão grave e são poucos os que alcançam propostasrazoáveis. entre as quais. a oferta <strong>de</strong> alimentação aceitável, otrabalho e a vida dignos, posto que o objetivq da,. sap.ção é arecuperação do iiJdividuo e não a humilhação ou o aviltamento dopreso.Faltam. porém. meios <strong>de</strong> reiiJtegrar o ex-presidiário auma socieda<strong>de</strong> que, com a atual situação econômica não t<strong>em</strong>suficiência <strong>de</strong> <strong>em</strong>pregos sequer para ,os .CIdadãos que nuncaestiveram presos. A<strong>de</strong>mais, essa mesma socieda<strong>de</strong> rejeita o egresso<strong>dos</strong> estabelecimentos prisionais pela inferência <strong>de</strong> que ele, por suasimples presença acarreta perigo.Consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> esses aspectos, sabe-se que arecuperação po<strong>de</strong>. sim, ser alcançada pela via da conscientizaçãomoral nascida do estudo regular e do càIivi~io pacifico. Esse novoestado <strong>de</strong> consciência é que dará ao preso a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>reformular sua visão da socieda<strong>de</strong>. E não há meio mais eficaz <strong>de</strong>elevar alguém que pela educação fo~at,e pelo trabalbo.São essas. portanto. as propostas dirigidas á Lei <strong>de</strong>Execução Penal. oriundas <strong>de</strong> sugestões <strong>dos</strong> doutores Lúcia MariaBeloni Corrêa Dias e Val<strong>de</strong>mir DieUé Dlàs~ do Paraná. na busca <strong>de</strong>apnmorar- se a r<strong>em</strong>ição como um valor <strong>de</strong> negOciação com o preso.<strong>de</strong> tal forma que a possivel transgressão sbperveniente correspondaa prejuizo. e o trabalbo e estudo se traduzam. efetivamente. <strong>em</strong>beneficio <strong>de</strong> comutação da pena.Sala das Sessões'. <strong>em</strong>~doLeo AlcântaraLEGISLAÇÃO crrADA ANEXADA PELACOORDE:"AÇÃO DE ESTl"DOS LEGISLATIVOS - CeDILEI N" 7.210, DE·H DE Jl1LHO DE 1984.INSTITUI A LEI DE EXECUÇÃO'PENAL.TÍnJLOVDa Execução das Penas <strong>em</strong> EspécieCAPÍTULO IDas Penas'Privativas <strong>de</strong> Liberda<strong>de</strong>SEÇÃO IV,Da R<strong>em</strong>içãoArt. 126. O con<strong>de</strong>nado que cumpre a pena <strong>em</strong> regime fechado ou s<strong>em</strong>iaberto po<strong>de</strong>rá r<strong>em</strong>ir, pelo trabalbo; pane do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> execução da pena.§ 10 A contag<strong>em</strong> do tetnpo para o fun <strong>de</strong>ste artigo será feita à razão <strong>de</strong> 1(um) dia <strong>de</strong> pena por 3 (três) <strong>de</strong> trabalbo.§ 2 0 O preso impossibilitado ;le prosseguir no trabalho, por aci<strong>de</strong>nte,contÜ1uará a beneficiar-se com ar<strong>em</strong>ição.§ 3 0 A r<strong>em</strong>ição será <strong>de</strong>clarada pelo juiz da execução, ouvido o MinistérioPúblico.Ar!. 127. O con<strong>de</strong>nado que for punido por falta grave per<strong>de</strong>rá o direitoao t<strong>em</strong>po r<strong>em</strong>ido. começando o novo período a partir da data da infraçãodisciplinar.~.un u •• u • •••..• ..Art. 129. A autorida<strong>de</strong> administrativa encaminhará mensalmente ao Juizoda Execução cópia do registro <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os con<strong>de</strong>na<strong>dos</strong> que estejam trabalhando e<strong>dos</strong> dias <strong>de</strong> trabalbo <strong>de</strong> cadaUm <strong>de</strong>les. . .Parágrafo único. Ao con<strong>de</strong>nado dar-se-á relação <strong>de</strong> seus dias renn<strong>dos</strong>............................................................................................................................................................'~ .PROJETO DE LEI N2 1.039, DE 1999, (Do Sr. Alberto Fraga)Estabelece a utilização da cabine <strong>de</strong> segurança nos veículos <strong>de</strong>a.1uguel (TAXI).


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26849(AS COMISSOES DE RELAÇPES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL; DEVIAÇAO E TRANSPORTES; DE FINANÇAS E TRIBUTAÇAO (MtRITO E ART.54); E DE CONSTITUIÇAO E-JUSTIÇA E DE REDAÇAO (ART. 54) - ART.24, ll)o Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1° - To<strong>dos</strong> os v~iculos <strong>de</strong> aluguel (TÁXI) <strong>de</strong>verão ser equipa<strong>dos</strong>com cabine <strong>de</strong> segurança blindadli.Art. 2° - A cabine <strong>de</strong> .segurança consistirá <strong>em</strong> um compartimentoblindado, <strong>de</strong>stinado a separar eisolar o motorista do contato direto com os<strong>de</strong>mais passageiros.Art. 3° - A aquisição e instalação da cabine <strong>de</strong> segurança, será financiadapor instituições <strong>de</strong> crédito oficia! <strong>em</strong>.condições similares ao financiamento <strong>de</strong>veiculas novos, através <strong>de</strong> finan!liiunento pessoal ou por meio <strong>de</strong> coop<strong>em</strong>tivas eassociações.Art. 4° - O Po<strong>de</strong>r Executivo editará os atos necessartos PlIfll aregulamentação <strong>de</strong>sta lei, estabelecendo os requisitos para a concessão dobeneficio, b<strong>em</strong> como os prazos para a sua execução.Art. 5° - Esta lei entrará <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.JUSTIFICAÇÃOA onda crescente <strong>de</strong> assaltos aos veiculas <strong>de</strong> aluguel (táxi), tomau-se umgravame a mais. insculpido no <strong>de</strong>ficitário sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> segurança pública <strong>de</strong> nossopais.É uma questão gravissima, que insere-se no contexto cont<strong>em</strong>porâneo <strong>de</strong>violência e que necessita <strong>de</strong> uma resposta rápida e eficaz.T<strong>em</strong>os acompanhado que muitos taxistas têm a vida ceifada, por nãopossuír<strong>em</strong> nenbwn equipamento <strong>de</strong> proteção. capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>fendê·los da to~za <strong>de</strong>inescrupulosos bandi<strong>dos</strong>.A obrigatorieda<strong>de</strong> da cabine <strong>de</strong> segurança é uma medidll mo<strong>de</strong>sta <strong>em</strong>relação ás vidas que se per<strong>de</strong>m pela a\lsoluta impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reação <strong>dos</strong>motoristas, quando são vitimas <strong>de</strong> assalto. Nos casos <strong>de</strong> morte, as consequêncillSsão <strong>de</strong>sastrosas para a família, que além <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r um entll querido, per<strong>de</strong>também a fonte <strong>de</strong> renda e sustento. Já o taxista, convive diariamente com ainstabilida<strong>de</strong> <strong>em</strong>ocional, resultando do mc!lQ e da incerteza que Ih\: ocorre áentrada d\: cada passageiro.Em que pese esta situação aflitiva, nenbwna medida concreta foi adotadapara dar um basta a este probl<strong>em</strong>a. Visa portanto o Projeto <strong>de</strong> lei dar maiorsegurança á essa classe <strong>de</strong> profissionais, garantindo-Ihe o respeito a sua vida e<strong>de</strong> seu patrimôni?Convencido <strong>de</strong> que a presente iniçiativa rllPfesenta um convenienteaperfeiçoamento <strong>em</strong> matéria <strong>de</strong> segurança, çonto com li apoio <strong>dos</strong> colegasparlamentares para aprovação da proposta.Sala das Sessões, 27 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1.999.~DEPUTADO ALBERTO FRAGAPROJETO DE LEI N~ 1.040, DE 1999(Do Sr.Joio Coser)Dispõe sobre o <strong>de</strong>sbloqueio <strong>dos</strong> Serviços do Valor Adicionado.(AS COMISSOES DE CIENCIA E TECNOLOGIA, COMUNlCAÇAO EINFORMATICA; DE DEFESA DO CONSUMIDOR, MEIO AMBIENTE E MINORIAS;E DE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA E DE REDACAO (ART. 541 - ART. 24.lI) .o Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1°1997, os seguintes artigos:Acrescente-se â Lei nO 9.472, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong>"Art. 213-A. As <strong>em</strong>presasprestadoras <strong>de</strong> serviços do Sist<strong>em</strong>a TelefônicoFixo Comutado - STFC e do Serviço Móvel Celular- SMC somente po<strong>de</strong>rão incluir na conta doassinante valores referentes a Serviços <strong>de</strong> ValorAdicionado se obe<strong>de</strong>cido pelo menos um <strong>dos</strong>seguintes requisitos:I - o assinante houver solicitado,por escrito, o <strong>de</strong>sbloqueio, especificamente, <strong>de</strong>um ou mais serviços, ou, genericamente, <strong>de</strong> to<strong>dos</strong>eles;11 - o provedor <strong>de</strong> Serviço <strong>de</strong> ValorAdicionado houver solicitado o <strong>de</strong>!!Sbloqueio,'mediante a apresentação <strong>de</strong> cópia do contratofirmado com o assinante, on<strong>de</strong> este <strong>de</strong>clare quaisas linhas que <strong>de</strong>seja <strong>de</strong>sbloquear.Art. 213-8. A inclusão na contatelefônica <strong>de</strong> valores referentes aos Serviços <strong>de</strong>Valor Adicionado, <strong>em</strong> <strong>de</strong>sacordo com oElJíabelecido no artigo anterior, sujeitará a <strong>em</strong>presaprestadora <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> telefonia à multa, <strong>em</strong>beneficio do assinante, igual ao dobro do valorin<strong>de</strong>vidamente cobrado, a ser creditado na primeiracon~ <strong>em</strong>itida após 30 (trinta) dias da data dareclamação pelo assinante.Art. 213-C. Não po<strong>de</strong>rão seradmiti<strong>dos</strong> como Serviços <strong>de</strong> Valor Adicionadoaqueles serviços que, direta ou indiretamente, serelacion<strong>em</strong> com jogos <strong>de</strong> azar ou prostituição,como os serviços <strong>de</strong> tele·sexo ou <strong>de</strong> sorteios, ouque, <strong>de</strong> qualquer forma, atent<strong>em</strong> contra a moral eos bons costumes."Art. 213·0. A <strong>de</strong>sobediência aodisposto no artigo anterior sujeitará as prestadorasdo serviço do Sist<strong>em</strong>a Telefônico Fixo Comutado -STFC Ou do Serviço Móvel Celular - SMC à multa<strong>de</strong> até R$30.000.000,00 (trinta milhões <strong>de</strong> reais)."


26850;, Quinta~feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Art. 2° Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.JUSTIFICAÇÃObons costumes" (Art. 213-C). Acreditamos que esta providência éurgent<strong>em</strong>ente necessária e atê tardia. Não po<strong>de</strong>mos mais assistir. cala<strong>dos</strong>. queno~sa infância e juventu<strong>de</strong> seja corrompida por inescrupulosos que se diz<strong>em</strong>prestadores <strong>de</strong> serviços.A socieda<strong>de</strong> brasileira t<strong>em</strong> assistido a um enorme<strong>de</strong>srespeito aos consumidores por parte <strong>dos</strong> prestadores <strong>dos</strong> chama<strong>dos</strong>"Serviços <strong>de</strong> Valor Adicionado", b<strong>em</strong> como das companhIas telefônicas.Também neste caso é prevista multa. que guardaSimilarida<strong>de</strong> com as <strong>de</strong>mais multas previstas na Lei Geral <strong>de</strong> TelecomunicaçõesPor estes motivos. esperamos contar com o apoio <strong>de</strong> to<strong>dos</strong>os ilustres parlamentares para a aprovação do nosso projeto.Trata-se daqueles serviços presta<strong>dos</strong> por meio do prefixo900, praticamente to<strong>dos</strong> <strong>de</strong> duvi<strong>dos</strong>a utilida<strong>de</strong>. conheci<strong>dos</strong> como "tele-sexo","tele-horóscopo". "disque amiza<strong>de</strong>", b<strong>em</strong> como todo o tipo <strong>de</strong> sorteios, nomomento suspensos. mas que po<strong>de</strong>rão retomar a qualquer hora.Os Serviços <strong>de</strong> Valor Adicionado são regulamenta<strong>dos</strong> pelaNorma n° 004/97. aprovada pela Portaria nO 251. <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1997, doMinistério das Comunicações. Mais recent<strong>em</strong>ente. a PortaTia nO 3. <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong>março <strong>de</strong> 1999, da Secretaria <strong>de</strong> Direito Econômico. do Ministério d;! Justiça, <strong>em</strong>seu it<strong>em</strong> 3. também regulamentou o assunto.Os dois instrumentos, porém. apenas reservam aoconsumidor o direito <strong>de</strong> solicitar o bloqueiO prévio <strong>de</strong> seu telefone para asligações <strong>de</strong>stinadas aos referi<strong>dos</strong> serviços. Só isto, porém, não resolve oprobl<strong>em</strong>a.São Inúmeros os casos <strong>de</strong> crianças. com ida<strong>de</strong>s atéinfenores a <strong>de</strong>z anos. ou <strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> domésticos que, s<strong>em</strong> o conheCimento <strong>dos</strong>pais ou responsáveis. faz<strong>em</strong> as ligações. O assinante só toma conheCimento como recebimento da conta telefônica. que. muita~ vezes. monta a centenas <strong>de</strong> reaise colocam a famiiia <strong>em</strong> situação financeira aflitiva,Sala das Sessões, <strong>em</strong> 1';\ <strong>de</strong>~'.'DeputadOç"LEGISLAÇAo CITADA A~EXADA PELACOORDENAÇAO DE ESTl'DOS LEGISLATIVOS - CeDI"Ii"JMlfr.6 COSER. ~}LEI N° 9.472. DE 16 DE JULHO DE 1997,<strong>de</strong> 1999.DISPÕE SOBRE A ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOSDE TELECOMUNICAÇÕES. A CRIAçÃO EFUNCIONAMENTO DE UM ÓRGÃO REGULADOR EOUTROS ASPECTOS INSTITUCIONAIS. NOS TERMOSDA EMENDA CONSTITUCIONAL N° 8. DE 1995LIVRO IVDa Reestturnração e da Desestatização das Empresas Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> TelecomUnIcaçõesOra. é claro que esta contratação <strong>de</strong> serviços por menoresou por pessoas não autorizadas não é juridicamente válida. inexistindo. assim, aobrigação <strong>de</strong> pagamento.Como. porém. o assunto t<strong>em</strong> dado marg<strong>em</strong> a multasreclamações <strong>dos</strong> assinantes contra as companhias telefõnicas, n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>preresolvidas <strong>de</strong> forma razoável. achamos por b<strong>em</strong> propor que o assunto sejadisciplinado <strong>em</strong> lei. Para tanto. propomos o aditamento à Lei Geral <strong>de</strong>Telecomunicações (Lei nO 9.472. <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1997).O projeto que ora apresentamos prevê que os Serviços <strong>de</strong>Valor Adicionado, <strong>em</strong> principio. estão bloquea<strong>dos</strong> para to<strong>dos</strong> os assinantes. O<strong>de</strong>sbloqueio po<strong>de</strong>rá ser solicitado. por escnto. pelo assinante ou pelo provedor.este apresentando cópia do contrato <strong>de</strong> prestação do serviço com o assinante.Com esta providência só terão acesso ao serviço osassinantes que o <strong>de</strong>sejar<strong>em</strong>. pondo-se fim aos contrat<strong>em</strong>pos que se verificamatualmente.Para tomar efetiva a disposição legal. nosso projetoestabelece multa igual ao dobro do valor in<strong>de</strong>vidamente cobrado, a ser creditadopela companhia telefônica na conta do assinante.Nosso projeto proibe. ainda, que sejam admili<strong>dos</strong> comoserviços <strong>de</strong> valor adicionado "aqueles serviços que, direta ou indiretamente,se relacion<strong>em</strong> com jogos <strong>de</strong> azar ou prostituição, como os serviços <strong>de</strong> telesexoou sorteios, ou que <strong>de</strong> qualquer forma, atent<strong>em</strong> contra a moral e osDisposições Finais e TransitóriasArt. 113 - Será livre a qualquer interessado a divulgação. por qualquer meio. <strong>de</strong>listas <strong>de</strong> assinantes do serviço telefônico flXO comutado <strong>de</strong>stinado ao uso do publico<strong>em</strong> gerai.§ I ° Observado o disposto nos incisos VI e IX do art. 3° <strong>de</strong>sta Lei. as prestadorasdo serviço serão obrigadas a fornecer. <strong>em</strong> prazos e a preços razoáveis e <strong>de</strong> forma nãodiscriminatória a relação <strong>de</strong> seus assinantes a qu<strong>em</strong> queira divulgá-la.§ 2° É obrigatório e gratuito o fornecimento. pela prestadora <strong>de</strong> listastelefõnicas aos assinantes <strong>dos</strong> serviços. diretamente ou por meio <strong>de</strong> terceiros. nostermos <strong>em</strong> que dispuser a Agência.Art. 214 - Na aplicação <strong>de</strong>sta Lei. serão observadas as seguintes disposições:1 - os regulamentos. normas e <strong>de</strong>mars regras <strong>em</strong> vigor serão gradativamentesubstituí<strong>dos</strong> por regulamentação a ser editada pela Agência <strong>em</strong> cwnprimento a estaLei:II - enquanto não for editada a nova regulamentação. as concessões. permissõese autorizações continuarão regidas pelos atuais regulamentos. normas e regras:III - até a edição da regulamentação <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong>sta Lei. continuarão regi<strong>dos</strong>pela Lei nO 9.295. <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1996. os serviços por ela disciplina<strong>dos</strong> e osrespectivos atos e procedimentos <strong>de</strong> outorga:IV - as concessões, permissões e autorizações feitas anteriormente a esta Lei,não reguladas no seu art. 107, permanecerão válidas pelos prazos nelas previstos:V - com a aquiescência do interessado, po<strong>de</strong>rá ser realizada a adaptação <strong>dos</strong>instrumentos <strong>de</strong> concessão, permissão e autorização a que se refer<strong>em</strong> os incisos m eIV <strong>de</strong>ste artigo aos preceitos <strong>de</strong>sta Lei:VI - a renovação ou prorrogação. quando prevista nos atos a que se refer<strong>em</strong> osincisos me.lV <strong>de</strong>ste artigo, somente po<strong>de</strong>rá ser feita quando tiver havido a adaptaçãoprevista no inciso anterior.MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕESGABINETE DO MINISTROPORTARIA N9 251. DE 16 DE ABRIL DE 1997o MINISTRO DE ESTADO DAS COMUNICAÇOES, no U!;o das atnbUlções que lhe confere oart a7. panigrafo ÚniCO, inCISO 11, da ConslJtuição. e consI<strong>de</strong>rando os comentários e sugestGes resultantes c1llconsulta pUblica realIZada pela Porfana SSC/MC n" 75 <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> Dez<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1996. resolve


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26851fVt 1 8 ~ Aprovar a Norma n" 004197· USO DA REDE'PÚBLICA DE TELECOMUNICAÇOESPARA PRESTAÇAO DE SERViÇOS DE VAlOR ADICIONADO, que com esta baIXaArt 28 - Estabelecer o pTiZO <strong>de</strong> até 36(tnnt8 e seis) meses, • conlar da data <strong>de</strong> sua publicaçio,para qQe as condições <strong>de</strong> 'Uso da Re<strong>de</strong> Pl3blica <strong>de</strong> Telecomunicações para prestaçlo <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> ValorAdiCIonado sejam ad9quadas às dispo&ÇÕes neta contidasParãgrafo único. O Ministilrio das Comunicações eatBbeltceri. <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 90 {noventa) dias. acontar da dai. <strong>de</strong> publicação da Nonna aCIma m~naonada. os códigos <strong>de</strong> acesso reserva<strong>dos</strong> a eUI!5 serviços,b<strong>em</strong> como os etrlenos para o seu &nqual1l'amentoArt. 3 8 Oel<strong>em</strong>llnar qUI!! as Entida<strong>de</strong>s ExplotadOlillls do ServiÇO TelefbniCO Público adot<strong>em</strong> aspro_ldêooss que lhes cab9m <strong>em</strong> prazO! tais que assegur<strong>em</strong> aos Provltdores <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong> Valor Adicionadopl'2Z05 razoáveiS para s. adaptar<strong>em</strong> ao diSposto na supracit.adl Norma.1.0BJE1lVoArt 4- Esta Portaoa enlnl <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua pubUcaçioNORMA 004197sERGIo MOTTAUSO DA REÇlE PÚBLICA DE iELECOMUNICAÇOES PARAPRESTAÇAO DE SERVIÇOS DE VALOR ADICIONADOEsta Norma t<strong>em</strong> porobjetivo estabeiecer os requisitos . .Valor Adicionado, atniIvés da re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> telecom e.a~iç6espara li prestaçAo <strong>de</strong> Serviços <strong>de</strong>I!!pecffico.s.umca~ com a lJtilizilçoto <strong>de</strong> c6cf1gos <strong>de</strong> acesso2. REFER~NCIAS BÁSICAS2.1 Código Brasileiro <strong>de</strong> Telecomunicações, instituído pela Lei 011, 04.117. <strong>de</strong> 27 dI! agosto <strong>de</strong> 1952.2.2 Regulamento Geral para execução da Lei nll 4117~IO<strong>de</strong>1963 e 8Iterado pek) Decretonll. 97.057, <strong>de</strong> 10d:=~~~ ~:~o 0 11 ,52.026, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong>2.3 Lei n ll 9.295, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1996.


26852 Quinta-feira 10 D1ÁRlO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999 .. • .3. Permi~ a!> t0I!1ecedor <strong>de</strong> serviço essencial (água, energIaelet;1ca, telefoma) mcIurr na conta, s<strong>em</strong> autorização expressa doconsurrudor. a cobrança d~ outros serviços. Excetuam-se os casos <strong>em</strong>q~e a prestadora do .ServIÇO essencial informe e disponibilize gra_tu!~ep.te ao cons1pIlIdor a opção <strong>de</strong> bloqueio prévio àa cobrança ouutilizaçao <strong>dos</strong> ServIÇOS <strong>de</strong> varor adicionado;4. Estabeleçam prazos <strong>de</strong> carência para cancelamento docontrato <strong>de</strong> cartão <strong>de</strong> crédito;. 5. Imºo~am o pagamento antecipado referente a perío<strong>dos</strong>Supenores a 30 dIas pela prestação <strong>de</strong> serviços educacionllls ou similares'. : 6. Es~beleç~,. nos çC!n!:fatos <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços educaClonlllS.a vmculaçao a aqUlslçao <strong>de</strong> outros produtos ou serviços'7. Estabeleçam que o consumidor reconheça que o contratoacompanhado do extrato <strong>de</strong>monstrativo da conta corrente bancáriaconsutueJIl. titulo executivo e.xtrajudicial, para os fms do artigO 585,li, do Codlgo <strong>de</strong> Processo CIvil' -8. Estipul<strong>em</strong> o reconhe~imento, pelo consumidor <strong>de</strong> que os\"alor


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26853Outra questão muito importante que precisa sermudada no Código <strong>de</strong> Trânsito Brasileiro refere-se à infraçAoquanto ao não uso a<strong>de</strong>quado das luzes <strong>dos</strong> veículos. Hoje, seum motorista for pego com uma l!lmpada no veiculo apagada,será multado por infração média e terá computado quatropontos <strong>em</strong> sua carteira.To<strong>dos</strong> sab<strong>em</strong>os que as lampadas têlll vida útil. Po<strong>de</strong>acontecer que elas venham a queimar-se durante o percurso eo motorista não possa resolver o probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> imediato. Ne••ecaso ele não <strong>de</strong>veria ser penalizado por uma subseqüentefiscalização. Na nova redação que propomos para os arts. 249e 250, faz<strong>em</strong>os essa ressalva.Por consi<strong>de</strong>rarmos a gran<strong>de</strong> relevância dasalterações que apresentamos para o aprimoramento do Código<strong>de</strong> Trânsito Brasileiro, esperamos ver nossa proposiç~oaprovada pelos ilustres <strong>de</strong>puta<strong>dos</strong>.Sala das Sessões, <strong>em</strong> <strong>de</strong> 1999cl <strong>de</strong> dia e <strong>de</strong> noite. tratando-se <strong>de</strong> veiculo <strong>de</strong> transpone coletivo <strong>de</strong> passageiros.circulando <strong>em</strong> faixas ou pistas a eles <strong>de</strong>stinadas:d) <strong>de</strong> dia e <strong>de</strong> nOite. rratando-se <strong>de</strong> ciclomotores:11 _ <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> manter acesas pelo menos as luzes <strong>de</strong> posição sob chuva fone,neblina ou cerração: .III _<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> manter a placa traseira iluminada á nOite;lnfração - média:Penalida<strong>de</strong> - multa..................................................................................................................................................................................................................................................................................PROJETO DE LEI N2 1.046, DE 1999(Do Sr. Márcio Fortes)Dá priorida<strong>de</strong> às pessoas físicas com ida<strong>de</strong> igualou superior a65 (sessenta e cinco) anos na prática <strong>de</strong> todo e qualquer ato oudiligência procedimental, acrescentando parágrafo único ao art.154 do CPC.(APEN5E-5E AO PROJETO DE LEI Nº 420, DE 1999).o Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:"LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELACOORDE!\;Aç.\O DE ESTUDOS LEGISLATIVOS '- C.DI"CÓDJGO DE TRÂNSITO BRASILEIROLEI N° 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997INSTITUI O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO.CAPiTULO XIVDa HabilitaçãoArt. 148 - Os exames <strong>de</strong> habilitação. exceto os <strong>de</strong> direção veicular. po<strong>de</strong>rão seraplica<strong>dos</strong> por entida<strong>de</strong>s públicas ou privadas cre<strong>de</strong>nciadas pelo órgão executivo <strong>de</strong>trânsitO <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> e do Distnto Fe<strong>de</strong>ra\' <strong>de</strong> acordo com as nonnas estabelecidaspelo CONTRAN.§ 10 A fonnação <strong>de</strong> condutores <strong>de</strong>verá incluir, obrigatoriamente, curso <strong>de</strong>direção <strong>de</strong>fensiva e <strong>de</strong> conceitos básicos <strong>de</strong> proteção ao meio ambiente relaciona<strong>dos</strong>com trânsito.Art. 149 - (VETADO)Art. 150 - Ao renovar os exames previstos no artigo anterior, o condutor que nãotenha curso <strong>de</strong> direção <strong>de</strong>fensiva e primeiros socorros <strong>de</strong>verá a eles ser submetido,confonne nonnatização do CONTRAN.Parágrafo único. A <strong>em</strong>presa que utiliza condutores contrata<strong>dos</strong> para operar a suafrota <strong>de</strong> veiculos é obrigada a fornecer curso <strong>de</strong> direção <strong>de</strong>fensiva, primeiros socorrose outroS confonne nonnatízação do CONTRAN.CAPiTULO XVDas InfraçõesArt. 249 - Deixar <strong>de</strong> manter acesas, á noite, as luzes <strong>de</strong> posição, quando oveIculo estiver parado. para fIns <strong>de</strong> <strong>em</strong>barque ou <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barque <strong>de</strong> passageiros e cargaou <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> mercadorias:Infração - média:Penalida<strong>de</strong> - multaArt. 250 - Ouando o veiculo esllver <strong>em</strong> movimento:1- <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> manter acesa a luz baixa:aI durante a noite:bI <strong>de</strong> dia nos túneis provi<strong>dos</strong> <strong>de</strong> iluminação pública:Art. 1° - Os procedimentos judiciais <strong>em</strong> que figur<strong>em</strong> como parte ou <strong>em</strong> situaçãoa ela equiparada pessoa fisica com ida<strong>de</strong> igual ou superior a 65 ( sessenta ecinco ) anos, mediante requerimento do interessado. terão priorida<strong>de</strong> na prática<strong>de</strong> todo e qualquer ato ou diligência procedimental. enrre os quais, autuação,distribuição. publicação para a imprensa oficial. citação. paUla para audiências.<strong>de</strong>cisão administrativa ou julgamento do feito.Art. 2" - A mesma priorida<strong>de</strong> se aplicará aos precatórios <strong>em</strong> que os i<strong>dos</strong>os sejamcredores.Art. 3° - Os interessa<strong>dos</strong> na obtenção do beneficio <strong>de</strong> que trata essa lei <strong>de</strong>verãorequerê-lo a autorida<strong>de</strong> judiciária competente para <strong>de</strong>cidir o feito, po<strong>de</strong>ndofazê-lo tanto na primeira instância quanto <strong>em</strong> instância superior.Art. 4° - O cónjuge supérstite ou companheiro ou companheIra amparado, nestecaso. pela lei nO 9278'96. ou filhos menores terão legitimida<strong>de</strong> para requerer omesmo beneficio ou a sua manutenção. se já concedido antenormente.Art. 5° - Os interessa<strong>dos</strong> <strong>de</strong>verão fazer prova, juntamente com o pedido,confonne o caso. da ida<strong>de</strong> igual ou superior a 65 ( sessenta e cinco) anos, ou nocaso do artigo anterior. da qualida<strong>de</strong> ali exigida para concessão do beneficio.Art. 6° - Na hipótese <strong>de</strong> que a legislação estadual conceda beneficios maisamplos. estes prevalecerão <strong>em</strong> beneficio do i<strong>dos</strong>o.Art. 7° - Esta lei entrara <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação. revogadas asdisposições <strong>em</strong> contrário.JUSTIFICATIVAOs trâmites judiciais. <strong>de</strong> qualquer natureza ou instância são hoje lentos, levandomuitas vezes anos para seus <strong>de</strong>sfechos.Na maioria das vezes. o i<strong>dos</strong>o não consegue. <strong>em</strong> vida assistir a <strong>de</strong>cisões fmais<strong>dos</strong> procedimentos judiciais <strong>em</strong> que figura como parte.Sendo assim, o presente projeto <strong>de</strong> Lei t<strong>em</strong> por objetivo fazer com que aquelesque têm ida<strong>de</strong> igual ou superior a 65 ( sessenta e cinco ) anos, tenham suaspendências judiciais priorizadas.~~~.MÁRCIO FORTESDepútado Fe<strong>de</strong>ralJl/or/ ól f


26854 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999"LEGISLAÇÃO CITADA A'\'EXADA PELACOORDE!\AÇ.~ODE ESTUDOS LEGISLATIVOS - CeDI"CÓDIGO DE PROCESSO CIVILLEI N° 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973Institui o Código <strong>de</strong> Processo Civil.LIVRaiDo Processo <strong>de</strong> Conhecimento.......................................................................................................................................TIruLO VDos Atos Proce-;suaisCAPÍruLO IDa Forma <strong>dos</strong> Atos ProcessuaisSEÇÃO IDos Atos <strong>em</strong> GeralArt. 154 • Os atos e termos processuais não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>terminadasenão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se váli<strong>dos</strong> os que. realiza<strong>dos</strong> <strong>de</strong>OUtro modo. lhe preencham a fmalida<strong>de</strong> essencial.................................................................................................................................................................................................................................................................................LEI N° 9.278, DE 10 DE ~AIO DE 1996REGULA O § 3° DO ART.~~6 DA CONSTITUiÇÃOFEDERALArt. 1° - É reconhecida como entida<strong>de</strong> familiar a convi\'ência duradoura públicae continua <strong>de</strong> um hom<strong>em</strong> e uma mulher. estabelecida com objetivo <strong>de</strong> constituição<strong>de</strong> familia.Art. 1° - São direitos e <strong>de</strong>veres tguais <strong>dos</strong> convIventes:I - respeito e consi<strong>de</strong>ração mútuos:II - assistência moral e material reciproca:III - guarda sustento e educação <strong>dos</strong> filhos comuns.Art. 3° - (VETADOl.Art. 4° - (VETADO).Art. 5° - Os hens móveis e imóveis adquiri<strong>dos</strong> por um ou por ambos osconviventes. na constáncia da união estável e a título oneroso. são consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> fiutodo trabalho e da colaboração comum. passando a penencer a ambos. <strong>em</strong> condomínioe <strong>em</strong> partes iguais. salvo estipulação contrária <strong>em</strong> contrato escrito.§ ]0 Cessa a presunção do "caput" <strong>de</strong>ste artigo se a aquisição patrimonial ocorrercom o produto <strong>de</strong> bens adquiri<strong>dos</strong> anteriormente ao inicio da união.§ 2° A administração do patrimônio comum <strong>dos</strong> conviventes compete a ambos,salvo estipulação contrária <strong>em</strong> contrato escrito.Ar!. 6° - (VETADO).. Art. 7° - Dissolvida a união estável por rescisão. a assistência material prevista:nesta Lei serà prestada por um <strong>dos</strong> conviventes ao que <strong>de</strong>la necessitar. a titulo <strong>de</strong>alimentos.Parágrafo único. Dissolvida a união estável por morte <strong>de</strong> um <strong>dos</strong> conviventes, osobrevivente terá direito real <strong>de</strong> ltabitação. enquanto viver ou não constituir novaunião ou casamento. relativamente ao imóvel <strong>de</strong>stinado á residência da famíliaArt. 8° - Os conviventes po<strong>de</strong>rão. <strong>de</strong> comum acordo e a qualquer t<strong>em</strong>po,requerer a conversão da união estável <strong>em</strong> casamento. por requerimento ao Oficial doRegistro Civil ~a Circunscrição <strong>de</strong> seu domicilio.Art. 9° - Toda a matéria relativa á união estável é <strong>de</strong> competência do juizo daVara <strong>de</strong> Família assegurado o segredo <strong>de</strong> justiça.Art. 10 - Esta Lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.Art. Ii - Revogam-se as disposições <strong>em</strong> contrário.PROJETO DE LEI N~ 1.047, DE 1999( Do Sr. Pompeo <strong>de</strong> Mattos)Acrescenta it<strong>em</strong> 2º, à alínea "au, do inciso 11, § 12, do art.61, da Lei nO 9.503, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1997.(APEN5E-5E AO PROJETO DE LE1 NO 710, DE 1999)O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. l° - Fica acrescentado it<strong>em</strong> 2°, à alínea "a"~ inciso IL parâgrafo1°, do anigo 61. da Lei 9.503. <strong>de</strong> 09 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1997. com a seguinte redação;"Art.61- .§ ]0_ .II - nas vias ru.rais:a) nas rodovias;I) .2) CeRto e <strong>de</strong>z quilômetros por hora para moto


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 268551- nas vias urbanas:a) oitenta quilômetros por hora, nas vias <strong>de</strong> trânsito rápido:b) sessenta quilômetros por hora nas vias aneriais:c) quarenta quilômetros por hora nas vias coletoras:d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais:II - nas vias rurais:a) nas rodovias:1) cento <strong>de</strong> <strong>de</strong>z quilômetros por hora para automóveis e camionetas:2) noventa quilômetros·por hora para ônibus e microônibus:3) oitenta quilômetrOl' por hora, para os <strong>de</strong>mais veiculos:b) nas estradas, sessimta quilômetros por hora§ 2° O ôrgão ou entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trânsito ou rodoviário com circunscriçãosobre a via po<strong>de</strong>rá regulamentar, por meio <strong>de</strong> sinalização, velocida<strong>de</strong>s superioresou inferiores áquelas estabelecidas no parágrafo anterior.Economia e a Lei do Plano Real só permite atualização ap6s o periodo <strong>de</strong> umano, não havendo também um indice <strong>de</strong> inflação que seja tido como oficial.Conto com o apoio <strong>de</strong> meus ilustres pares para a aprovaçãodo presente projeto <strong>de</strong> l~i.Sala das Sessões, <strong>em</strong> z;>'/le ~"'~.-r- <strong>de</strong> 1999.~Deputa~~~"LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELACOORDENAÇÃODEESTlmoSLEGISLATIVOS-CeD~PROJETO DE LEI N!! 1.048, DE 1999(Do Sr. Antonio Carlos Pannunzio)Altera o 5 32 do art. 12 da Lei n2 4.591, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong>1964, para reduzir multa no pagamento com atraso das <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong>condOllinio ..LEI N° 4.591, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1964DISPÕE SOBRE O CONDoMÍNIo EMEDIFICAÇÕES E AS INCORPORAÇÕESIMOBILIÁRIAS.TITULO 1Do Condomínio(APENSE-SE AO PROJETO DE LEI N2 2.667, DE 1996)O CongresSO Nacional <strong>de</strong>creta:Art. l° O § 3° do ar!. 12 da Lei n° 4.591, <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong><strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1964, passa a vigorar com a seguinte redação:"Art. 12...........................•...........................................§ 3° O condômino que não pagar a sua contribuição noprazo fixado na Convenção <strong>de</strong> Condominio fica sujeito ao jnro moratório <strong>de</strong> 1%ao mês, e multa <strong>de</strong> 2% sobre o valor do débito, se o atraso for <strong>de</strong> até 10 dias e <strong>de</strong>5% se superior a este prazo. Em caso <strong>de</strong> mora por período igual ou superior a1 (um) ano o valor do débito po<strong>de</strong>rá ser atualizarlo se o estipular aconvenção. (NR)" .CAPiTULOmDas Despesas do CondomínioArt. 12 - Cada condômino concorrerá nas <strong>de</strong>spesas do condomínio,recolhendo, nos prazos previstos na Convenção, a quota-parte que lhe couber <strong>em</strong>rateio.§ 1° Salvo disposição <strong>em</strong> contrário na Convenção, a fixação da quota d~~raleio correspon<strong>de</strong>rá à fração i<strong>de</strong>al do terreno <strong>de</strong> cada unida<strong>de</strong>.§ 'l:' Cabe ao sindico arrecadar as contribuições, competindo-lhe promover,por via executiva, a cobrança judicial das quotas atrasadas.§ 3' O condômino que não pagar a sua contribuição no prazo fIXado naConvenção fica sujeito ao juro moratório <strong>de</strong> 1% (um por cento) ao mês, e multa <strong>de</strong> até20"10 (vinte por cento) sobre o débito, que será atualizado, se o estipular a Convenção,com a aplicação <strong>dos</strong> indices <strong>de</strong> correção monetária levanta<strong>dos</strong> pelo Conselho Nacional<strong>de</strong> Economia, no caso da mora por período igual ou superior a 6 (seis) meses.§ 4° As obras que interessar<strong>em</strong> à estrutura integral da edificação ou conjunto<strong>de</strong> edificações, ou ao serviço comum, serão feitas com o concurso pecuniário <strong>de</strong> to<strong>dos</strong>os proprietários ou titu1ares <strong>de</strong> direito à aquisição <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s, mediante orçamentoprévio aprovado <strong>em</strong> ass<strong>em</strong>bléia geral, po<strong>de</strong>ndo incumbir-se <strong>de</strong> sua execução o sindico,ou outra pessoa, com aprovação da ass<strong>em</strong>bléia§ 5' A renúncia <strong>de</strong> qualquer condômino aos seus direitos, <strong>em</strong> caso algmnvalerá como escusa para exonerá.lo <strong>de</strong> seus encargos.Art. 2° Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.JUSTIFICAÇÃOA questão das absurdas multas previstas no § 3° do art. 12 daLei 4.591, t<strong>em</strong> sido objeto <strong>de</strong> preocupação por parte <strong>de</strong> parlamentares <strong>de</strong>sta casaque apresentararn,<strong>em</strong> diferentes opornntida<strong>de</strong>s, os Projetos <strong>de</strong> Lei nOs: 1226/95,1660196, 2516/96, 2428/98 e 4182198, visando sua redução.. " Somo àqueles, o presente projeto <strong>de</strong> lei por consi<strong>de</strong>rar~admlsslvel que vivendo o pais sob a égi<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma economia estável, persistaamda, a qualquer pretexto, uma multa sobre inadimplência num percentual <strong>de</strong>200/0.Entendo que, no periodo agudo da nossa economia, in<strong>de</strong>xadae com altas taxas <strong>de</strong> inflação, os condominios, ou seus admirtistradoresencontravam na própria Lei 4.591, mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa contra o abuso d~qu<strong>em</strong> s: pr.evalecia .da situação para, <strong>em</strong> não cumprindo as suas obrigaçõescondommlllls, aufenr vantagens com a aplicação <strong>dos</strong> valores <strong>de</strong>vi<strong>dos</strong> nomercado financeiro.'Hoje, <strong>em</strong> urna economia estável, este atrativo já não subsistenão havendo pois motivo para urna multa tão alta.'. . Proponho, ainda, mudanças na redação do mesmo § 3° doarngo 12 dalei.4:591/64, para retirar a exigência <strong>de</strong> atualização pelos indices <strong>de</strong>correção monetária levanta<strong>dos</strong> pelo Conselho Nacional <strong>de</strong> Economia, no caso <strong>de</strong>mora.por período igual ou superior a seis meses. Não existe mais o Conselho <strong>de</strong>PROJETO DE LEI N!! 1.051, DE 1999( Do Sr. José Carlos Vieira)Acrescenta inciso ao art. 22 do Titulo VI liDo financiamento dasegurida<strong>de</strong> social ll , no Capitulo IV "Da contribuição da<strong>em</strong>presa", da Lei nº 8.212, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1991 do "Plano <strong>de</strong>Custeio da Previd@ncia Social".(APENSE-SE AO PROJETO DE LEI NO 4.572, DE 1998)O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1° O artigo 22 do Título VI "Do financiÇlmento dasegurida<strong>de</strong> sociaf', no Capítulo IV "Da contribuição da <strong>em</strong>presa" daLei 8212, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1991, ficou aq~~ do seguinte inciso11I:"1/1 - As <strong>em</strong>presas que possuam <strong>em</strong> seus quadros<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> menores <strong>de</strong> 18 anos e/ou maiores <strong>de</strong>40 anos, terão uma reduç!o <strong>de</strong> no mínimo 25 %(vinte e cinco porcento) sobre os valores dacontribuição a cargo da <strong>em</strong>presa referente a esses<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>. po<strong>de</strong>ndo haver progressão para estaredução <strong>em</strong> função da ida<strong>de</strong>, resguardada acompensação acrescida sobre a faixa entre 18 e 40anos.Art. 2° Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.


26856 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA Do.S DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999JustificaçãoÉ sabido que há uma dificulda<strong>de</strong> cada vez maior para aaceitação nas <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> menores aprendizes e daqueles que jáultrapassam os 40 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.As <strong>em</strong>presas prefer<strong>em</strong> os <strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> já experientes eainda jovens exatamente na faixa entre 18 e 40 anos para preencherseus postos <strong>de</strong> trabalho.Argumentam os <strong>em</strong>presários que a extr<strong>em</strong>a competiçãoleva a evitar os custos' <strong>de</strong>correntes do aprendizado no caso <strong>dos</strong>menores e a redução na produtivida<strong>de</strong> na faixa acima <strong>dos</strong> 40 anos<strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.De uma forma ou <strong>de</strong> outra a realida<strong>de</strong> é que os jovens eos mais i<strong>dos</strong>os t<strong>em</strong> sido preteri<strong>dos</strong> no mercado <strong>de</strong> trabalho. Otrabalhador que per<strong>de</strong> <strong>em</strong>prego na faixa <strong>dos</strong> 40 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> estapraticamente con<strong>de</strong>nado a vagar longo t<strong>em</strong>po a procura <strong>de</strong>colocação, quando muitas vezes acaba se <strong>de</strong>slocando para omercado informal.Por isso é que enten<strong>de</strong>mos que o projeto que propomos,reduzindo a contribuição por parte do <strong>em</strong>pregador nestes casos, v<strong>em</strong>a restabelecer <strong>em</strong> parte a equivalência do potencial <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego <strong>em</strong>todas as faixas etárias.Sala das Sessões, <strong>em</strong> J~ <strong>de</strong> O~ ,--<strong>de</strong> 1999rJ~;: Q2ci lfl.~ se aro~raPFUSC"LEGISLAÇÃO CITADA ASEXADA PELACOORDEJ"AÇÃO DE ESTUDO~ LEGISLATIVOS - CeDI"LEI N° 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991DISPÕE SOBRE A ORGANIZAÇÃO DASEGURIDADE SOCIAL. INsTrrur PLANO DECUSTEIO. E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.............................................................................................................................


Junho <strong>de</strong> 1999DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOSQuinta-feira 10 26857TITULO VIDo Financiamento da Segurida<strong>de</strong> Social...........................................................................................................................CAPÍTIJLO IVDa Contribuição da Empresa. .Art. 22 - A contribuição a cargo da <strong>em</strong>presa <strong>de</strong>stinada à Segurida<strong>de</strong> Social.al<strong>em</strong> do disposto no art. 23. é <strong>de</strong>:I - vinte por cento sobre o total das r<strong>em</strong>unerações pagas. <strong>de</strong>vidas oucred!tadas a q~alquer títul~, d.urante o mês. aos segura<strong>dos</strong> <strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> que lhe prest<strong>em</strong>serviços. <strong>de</strong>strna<strong>dos</strong> a retrIbuIr o trabalho. qualquer que seja a sua forma inclusive asgOljetas. os ganhos habituais sob a forma <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong>s e os adiantamentos <strong>de</strong>correntesd~ reaju:te salarial, quer pelos serviços efetivamente presta<strong>dos</strong>, quer pelo t<strong>em</strong>poàdlsposlçao do <strong>em</strong>pregador ou tomador <strong>de</strong> serviços. nos termos da lei ou do contrato ou.ainda. <strong>de</strong> convenção ou acordo coletivo <strong>de</strong> trabalho ou sentença normativa.* InCISO I com redação dada pela LeI nU 9.521:l. <strong>de</strong> 10 12 199-.II - para o financiamento do beneficio previsto nos arts. 57 e 58 da Lei n08.2~3. <strong>de</strong> ~4 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1991. e daqueles concedi<strong>dos</strong> <strong>em</strong> razão do grau <strong>de</strong> incidência<strong>de</strong> Incapacida<strong>de</strong> laborativa <strong>de</strong>corrente <strong>dos</strong> riscos ambientais do trabalho. sobre o totaldas r<strong>em</strong>unerações pagas ou creditadas. no <strong>de</strong>correr do mês. aos segura<strong>dos</strong> <strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>e trabalhadores avulsos: ~* InCIso]J com redação dada pela LeI na 9. 732. <strong>de</strong> II 12 1998.a) 1% (um por cento) para as <strong>em</strong>presas <strong>em</strong> cuja ativida<strong>de</strong> prepon<strong>de</strong>rante orisco <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes do trabalho seja consi<strong>de</strong>rado leve:b) 2% (dois por cento) para as <strong>em</strong>presas <strong>em</strong> cuja ativida<strong>de</strong> prepon<strong>de</strong>ranteesse risco seja consi<strong>de</strong>rado médio:c) 3% (três por cento) para as <strong>em</strong>presas <strong>em</strong> cuja ativida<strong>de</strong> prepon<strong>de</strong>ranteesse risco seja consi<strong>de</strong>rado grave...................................................................................................................., .............................................................................................................................o SR. PRESIDENTE (Nelson Trad) - Antes <strong>de</strong>dar prosseguimento à sessão, esta Mesa dá conhecimentoao Plenário <strong>dos</strong> seguintes Atos da Presidência:ATO DA PRESIDÊNCIANos termos do § 2 11 , do artigo 202, do RegimentoInterno, esta Presidência <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> constituir ComissãoEspecial <strong>de</strong>stinada a no prazo <strong>de</strong> 40 (quarenta) sessões,proferir parecer à Proposta <strong>de</strong> Emenda à Constituiçãon ll 89, <strong>de</strong> 1995, do Senhor Deputado Nicias Ribeiroe outros, que "Dá nova redação ao inciso IV doartigo 29 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral" - TRE, fixará o número<strong>de</strong> vereadores proporcional à população, eResolve:I - <strong>de</strong>signar, para compô-Ia, na forma indicadapelas Li<strong>de</strong>ranças, os Deputa<strong>dos</strong> constantes da relaçãoanexa;11 - convocar os m<strong>em</strong>bros ora <strong>de</strong>signa<strong>dos</strong> para areunião <strong>de</strong> instalação, a realizar-se no dia 9-6-99, quarta-feira,às 14h30min, no Plenário n ll 15, do Anexo 11.BrasOia, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - Michel T<strong>em</strong>er,Presi<strong>de</strong>nte.


26858 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA cÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Proposição: PEC 0089/95C·OMISSÃO·ESPECIALAutor: NICIAS RIBEIRO e OUTROSTITULARESJOSÉ MENDONÇA BEZERRAPAULO BRAGAPEDRO BITIENCOURTSÉRGIO BARCELLOSVILMAR ROCHAZEZÉ PERRElLAZILA BEZERRAANA CATARINAANíBAL GOMESIGOR AVELlNOJOÃO MAGALHÃESNORBERTO TEIXEIRAZÉ íNDIOANTONIO FEIJÃONICIAS RIBEIRONILO COELHORAFAEL GUERRASEBASTIÃO MADEIRAZULAI~ COBRAPFLPMDBPSDBSUPLENTESDARCI COELHOFRANCISCO RODRIGUESJ;A.IME MARTINSMAlUlYNETIOMOREIRA FERREIRAPAULO MARINHOROLAND LAVIGNEHERMES PARCIANELLOJOÃO MENDES4 vaga(s)FÁTIMA PELAESMARIA ABADIAMARINHA RAUPPMAX ROSENMANNNILSON PINTO1 vaga(s)GERALDO SIMÕES3 vaga(s)PT4 vaga(s)CARLOSCURYCUNHA BUENOJOÃO PIZZOLATIlPPBANTONIO JOAQUIM ARAÚJOHUGO BIEHL1 vaga(s)CELSO GIGLlOMAX MAUROPTBOSVALDO' SOBRINHORENILDO LEALEBERSILVAPDTPOMPEO DE MATIOSPEDRO EUGÊNIOBloco PSB,PC do B1 vaga(s)ALMEIDA DE JESUSBloco PL,PST,PMN,PSD,PSLREMI TRINTAREGIS CAVALCANTE (PPS)PVAIRTON CASCAVEL (PPS)


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26859ATO DA PRESIDÊNCIANos termos do § 2 ll , do artigo 202, do RegimentoInterno, esta Presidência <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> constituir ComissãoEspecial <strong>de</strong>stinada a, no prazo <strong>de</strong> 40 (quarenta) sessões,proferir parecer à Proposta <strong>de</strong> Emenda à Constituiçãon ll 7, <strong>de</strong> 1999, do Senado Fe<strong>de</strong>ral, que "Dá novaredação ao inciso XXIX do art. 7!l e revoga o art. 233 daConstituição Fe<strong>de</strong>ral" e Proposta <strong>de</strong> Emenda à Constituiçãon" 264, <strong>de</strong> 1995, do Senhor Deputado DilceuSperafico e outros, que "Altera o inciso XXIX do artigo7!l da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, para uniformizar o prazoprescricional para ações trabalhistas", apensada, eResolveI - <strong>de</strong>signar, para compô-Ia, na forma indicadapelas Li<strong>de</strong>ranças, os <strong>de</strong>puta<strong>dos</strong> constantes da re-Iaçãoanexa;11 - convocar os m<strong>em</strong>bros ora <strong>de</strong>signa<strong>dos</strong> para areunião <strong>de</strong> instalação, a realizar-se no dia 9-6-99, quarta-feira,às 14h30min, no Plenário n ll 16, do Anexo 11.Brasília, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - Michel T<strong>em</strong>er,Presi<strong>de</strong>nte.Proposição: PEC 0007/99COMISSÃO ESPECIALAutor: SENADO FEDERAL e OUTROSTITULARESCLEUBER CARNEIROEXPEDITO JÚNIORGERSON GABRIELLIIVANIO GUERRALUIZ MOREIRAPAULO MARINHORUBENS FURLANPFLSUPLENTESCIRO' NOGUEIRAJOSÉ CARLOS VIEIRALUCIANO PIZZATIOMAURO FECURYNEY LOPESRAIMUNDO COLOMBORODRIGO MAIAANA CATARINAIGOR AVELlNOJOÃO MENDESLAMARTINE POSELLASILAS BRASILEIROZAIRE REZENDEFEU ROSANELSON OTOCHVICENTE ARRUDAZENALDO COUTINHOZULAIÊ COBRA1 vaga(s)JOSÉ PIMENTELRUBENS BUENO (PPS)2 vaga(s)PMDBPSDBPTCLEONÂNCIO FONSECA (PPB)OSMAR SERRAGLlOOSVALDO BIOLCHITHEMíSTOCLES SAMPAIO2 vaga(s)LUCIANO CASTROPAULO MOURÂOSÉRGIO REIS3 vaga(s)4 vaga(s)


26860 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999ENIVALDO RIBEIROHERCULANO ANGHINElTlPEDRO CORRÊAJOSÉ CARLOS ELIASJOSUÉ BENGTSONCELSO JACOBPPBPTBPDT3 vaga(s)OSVALDO SOBRINHO1 vaga(s)NEUTON LIMA (PFL)RICARDO MARANHÃOBloco PSB,PC do BINÁCIO ARRUDACABO JÚLIOBloco PL,PST,PMN,PSD,PSLPAULO JOSÉ GOUVÊAFERNANDO GABEIRA (PV)PPS1 vaga(s)ATO DA PRESIDÊNCIAO Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, no uso<strong>de</strong> suas atribuições, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>, nos termos do artigo 34,inciso I, c/c 210 to<strong>dos</strong> do Regimento Interno, constituirComissão Especial <strong>de</strong>stinada a apreciar e proferir parecersobre as <strong>em</strong>endas do Senado Fe<strong>de</strong>ral ao Projeto<strong>de</strong> Lei .,º 634, <strong>de</strong> 1975, do Po<strong>de</strong>r Executivo, que "Instituio Código Civil", eResolve:I - <strong>de</strong>signar para compô-Ia, na forma indicadapelas Li<strong>de</strong>ranças, os <strong>de</strong>puta<strong>dos</strong> constantes da relaçãoanexa;(1- convocar os m<strong>em</strong>bros ora <strong>de</strong>signa<strong>dos</strong> para areunião <strong>de</strong> instalação e eleição a realizar-se dia9-6-99, quarta-feira, às 15h, no Plenário nº 1 do Anexo11.Brasília, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - Michel T<strong>em</strong>er,Presi<strong>de</strong>nte.Proposição: PL. 0634/75COMISSÃO ESPECIALAutor: PODER EXECUTIVOTITULARESANTÔNIO CARLOS KONDER REISCIRO NOGUEIRAJAIME MARTINSJOSÉ RONALDOMARCONDES GADELHAPFLSUPLENTESANTÔNIO GERALDOCESAR BANDEIRAEDUARDO PAESFRANCISCO GARCIAPEDRO BllTENCOURT


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta~feira 10 26861. ~..PAULO MAGALHÃESRICARDO FIUZARAIMUNDO SANTOSWERNER WANDERERGUSTAVO FRUETOSMAR SERRAGLlORENATO VIANNARICARDO IZARRITA CAMATASYNVAL GUAZZELLIPMDB6 vaga(s)ADEMIR LUCASADOLFO MARINHOALBERTO GOLDMANALEXANDRE SANTOSALOíZIO SANTOSALOYSIO NUNES FERREIRAPSDB6 vaga(s)ANTONIO CARLOS BISCAIAIARA BERNARDIMARCELO DÉDAMARCOS ROLlMPTFERNANDO FERROGERALDO MAGELAJOSÉ PIMENTELWALDIR PIRESALCIONE ATHAYDEALMIR SÁANTONIO JOAQUIM ARAÚJOPPB3 vaga(s)LUIZ ANTONIO FLEURYROBERTO JEFFERSONPTBCAIO RIELAFERNANDO GONÇALVESJOSÉ ROBERTO BATOCHIOPDTCORIOLANO SALESLUIZA ERUNDINABloco PSB,PC do BALDO REBELOL1NCOLN PORTELABloco PL,PST,PMN,PSD,PSLJOÃO CALDASAIRTON CASCAVELPPS1 vaga(s)


26862 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999aoO SR. PRESIDENTE (Nelson Trad) - Passa-seIV - PEQUENO EXPEDIENTET<strong>em</strong> a palavra o Sr. Deputado Geraldo Simões..O SR. GERALDO SIMÕES (PT - BA. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,na última segunda-feira com<strong>em</strong>orou-se o Dia daLiberda<strong>de</strong> da Imprensa.Infelizmente na Bahia t<strong>em</strong>os pouco a com<strong>em</strong>orar.Vejam V. Exas. que <strong>de</strong> 1991 a 1998 ocorreram <strong>de</strong>zassassinatos <strong>de</strong> profissionais da área no Estado, exatamentena minha região e na do Deputado Roland Lavigne,o sul e o extr<strong>em</strong>o sul da Bahia. Além disso,·houveoutras formas <strong>de</strong> violência contra a liberda<strong>de</strong> da imprensa.A situação é tal que o Presi<strong>de</strong>nte da AssociaçãoBahiana <strong>de</strong> Imprensa, jornalista Samuel Celestino, encaminhouao Governador César Borges carta que passoa ler:A ABI (Associação Bahiana <strong>de</strong> Imprensa),<strong>em</strong> conjunto com o Sindicato <strong>dos</strong> Jornalistasdo Estado da Bahia e o Sindicato <strong>dos</strong>Radialistas da Bahia, com base nas conclusõesdo 1\ S<strong>em</strong>inário sobre a "Violência naBahia contra a liberda<strong>de</strong> da imprensa", realizado<strong>em</strong> 26 e 27-4-99, do qual participaram,também, representantes da Fe<strong>de</strong>ração Nacional<strong>dos</strong> Jornalistas (FENAJ), AssociaçãoNacional <strong>de</strong> Jornais (ANJ), OAB-BA, ConselhoEstadual <strong>de</strong> Direitos Humanos-BA,CNBB, Comissão <strong>de</strong> Direitos Humanos daCâmara Fe<strong>de</strong>ral, Procuradoria-Geral <strong>de</strong> Justiça-BA,ARFOC e Defensoria Pública, vêmsolicitar a V. Exa. ações e providências relativasa este probl<strong>em</strong>a pelos seguintes motivos:1 - É bastante alto o índice <strong>de</strong> violênciacontra a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa na Bahia,particularmente no período <strong>de</strong> 1991 e 1998,quando foram assassina<strong>dos</strong> 10 profissionais<strong>de</strong> comunicação social, assim registra<strong>dos</strong>:Manoel Leal, jornal A Região, 14-1-98, (tabuna.Seis tiros; Ronaldo Santana, Rádio Jornal,9-10-97, Eunápolis. Quatro tiros; SandovalMuniz Duarte, colunista social, 18-8-96,Juazeiro. A tiros; Nivalnildo Lima, jornal Ponto<strong>de</strong> Encontro, 22-7/95, Paulo Afonso. Asfixiamecânica; João Ferreira, Jornal do Estado,fevereiro <strong>de</strong> 1994, Vitória da Conquista.Três tiros; Roberto Brin<strong>de</strong>s, jornal O Regional,1994, Itabuna. A tiros; BiII Haun, jornalTribuna <strong>de</strong> Itabuna, 8-3-94, Itabuna. Seis tiros;João Machado Portinho, jornal Folha doPovo, 15-1-92, Barreiras. Dois tiros; VítorLena, jornal Nova Fronteira, 26-3-91, Barreiras.Seis tiros; Ivan Rocha, Rádio Alvorada,<strong>de</strong>saparecido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 22-4-91, Teixeira <strong>de</strong>Freitas.Informa na carta a Associação, Sr. Presi<strong>de</strong>nte,que também têm sido registra<strong>dos</strong> outros casos <strong>de</strong> violênciacontra a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa, como os dasseguintes manchetes: "Radialista é seqüestrado· etorturado"; "Proprietário do jornal Folha do Recôncavoé ameaçado <strong>de</strong> morte"; "Radialista chicoteado ao<strong>de</strong>nunciar políticos"; "Policial militar agri<strong>de</strong> jornalista<strong>em</strong> Itanhém"; "Radialista é ameaçado <strong>de</strong> morte <strong>em</strong>Eunápolis"; "Sucursal <strong>de</strong> A Tar<strong>de</strong> é invadida e jornalistarecebe ameaças".No documento encaminhado ao Governador,após discorrer sobre'uma série <strong>de</strong> infortúnios que vêmsofrendo os profissionais <strong>de</strong> imprensa do meu Estado,a Bahia, encerra da seguinte maneira a Associação:(...)4 - O ex<strong>em</strong>plo mais ilustrativo é o quadro<strong>dos</strong> <strong>de</strong>z homicídios, on<strong>de</strong> não foi i<strong>de</strong>ntificado,sequer, um só autor ou mandante.Inquéritos policiais civis com falhas gritantese erros nas providências investigatórias, reforça<strong>dos</strong>pela omissão <strong>de</strong> at<strong>em</strong>oriza<strong>dos</strong> juízese promotores, nos levam a concluir pelocomprometimento <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os processos.Em vista disso, e inspira<strong>dos</strong> na Constituiçãodo Estado da Bahia, art. 277, solicitamosa V. Exa.: A - Os encaminhamentos cabíveise necessários <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> à reabertura<strong>dos</strong> inquéritos, visando à i<strong>de</strong>ntificação e punição<strong>dos</strong> culpa<strong>dos</strong>; B - Uma <strong>de</strong>cisiva tomada<strong>de</strong> posição <strong>em</strong> <strong>de</strong>fesa da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensana Bahia, com o Governo do Estadoassumindo, publicamente, a responsabilida<strong>de</strong>pela segurança do trabalho <strong>dos</strong> profissionais<strong>de</strong> comunicação social; C - A con<strong>de</strong>naçãoexpressa a to<strong>dos</strong> os atos <strong>de</strong> violênciaque atent<strong>em</strong> contra a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> informaçãosocial.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço a V. Exa. a transcrição nosAnais da Casa da nota publicada pelo jornal A Tar­. <strong>de</strong>, <strong>em</strong> que consta carta enviada pela ABI ao GovernadorCésar Borges.Era o que tinha a dizer.O SR. PRESIDENTE (Caio Riela) - O pedido <strong>de</strong>V. Exa. será atendido, Sr. Deputado.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26863(NOTA A QUE SE REFERE OORADOR):VIOLt=NCIA IMPERA CONTRA OSJORNALISTAS NA BAHIAHoje é o Dia da Liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Imprensa, mas osprofissionais da área não têm motivos para com<strong>em</strong>orara data. A Bahia é um <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> do País on<strong>de</strong> imperaa violência praticada contra os jornalistas, a qualnormalmente permanece impune. No período <strong>de</strong> 1991a 1998 foram assassina<strong>dos</strong> <strong>de</strong>z profissionais da áreano estado. O presi<strong>de</strong>nte da Associação Bahiana <strong>de</strong>Imprensa, Samuel Celestino, diz que os crimes ocorr<strong>em</strong>principalmente no sul e extr<strong>em</strong>o-sul do estado. Emrecente encontro com o Governador César Borges,Celestino obteve a promessa do chefe do Executivoestadual <strong>de</strong> que também lutaria para evitar a violênciacontra os profissionais <strong>de</strong> imprensa do estado. Abaixo,a carta enviada pela ABI e o Sindicato <strong>dos</strong> JornalistasProfissionais no Estado da Bahia ao Governador CésarBorges.liA ABI (Associação Bahiana <strong>de</strong> Imprensa), <strong>em</strong>conjunto com o Sindicato <strong>dos</strong> Jornalistas do Estado daBahia e o Sindicato <strong>dos</strong> Radialistas da Bahia, combase nas conclusões do 11 S<strong>em</strong>inário sobre "Violênciana Bahia contra a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa", realizado<strong>em</strong> 26 e 27-4-99, do qual participaram, também, representantesda Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>dos</strong> Jornalistas (Fenaj),Associação Nacional <strong>de</strong> Jornais (ANJ), OAB-BA,Conselho Estadual <strong>de</strong> Direitos Humanos-BA, CNBB,Comissão <strong>de</strong> Direitos Humanos da Câmara Fe<strong>de</strong>ral,Procuradoria Geral da Justiça - BA, Arfoc e DefensoriaPública, vêm solicitar a V. Exa ações e providências relativasa este probl<strong>em</strong>a pelos seguintes motivos:1 - É bastante alto o índice <strong>de</strong> violência contra aliberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> impresa na Bahia, particularmente no período<strong>de</strong> 1991 a 1998, quando foram assassina<strong>dos</strong> 10profissionais <strong>de</strong> comunicação social, assim registra<strong>dos</strong>:Manoel Leal, jornal A Região, 14-1-98, Itabuna.Seis tiros; Ronaldo Santana, Rádio Jornal, 9-10-97,Eunapólis. Quatro tiros; Sandoval Muniz Duarte, colunistasocial, 18-8-96, Juazeiro. A tiros; Nivalnildo Lima,jornal Ponto <strong>de</strong> Encontro, 22-7-95, Paulo Afonso.Asfixia mecânica; João Ferreira, Jornal do Estado,2-94, Vitória da Conquista. Três tiros; Roberto Brin<strong>de</strong>s,jornal O Regional, 1994, Itabuna. A tiros; BiII Haun, jornalTribuna <strong>de</strong> ltabuna, 8-3-94. Itabuna. seis tiros;João Machado Portinho, jornal Folha do Povo,15-1-92, Barreiras. Dois tiros; Vítor Lena, jornal NovaFronteira, 26-3-91, Barreiras. Seis tiros; Ivan Rocha,Rádio Alvorada, <strong>de</strong>saparecido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 22-4-91, Teixeira<strong>de</strong> Freitas.2 - Todavia outras formas <strong>de</strong> violência contra aliberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa também estão sendo registradasno estado. Para que se possa ter uma idéia <strong>de</strong>ssagravida<strong>de</strong>, listamos alguns casos ocorri<strong>dos</strong>, apenas noano <strong>de</strong> 1998:Radialista é seqüestrado e torturado - MarcosMoretti Vieira, do Município <strong>de</strong> Monte Santo, no dia8-9-98, foi seqUestrado e espancado, sofrendo fraturano nariz, afundamento malar e escoriações diversas.Proprietário do jornal Folha do Recôncavo éameaçado <strong>de</strong> morte - Claudomiro Bispo <strong>dos</strong> Santos,do jornal Folha do Recôncavo, editado no Município<strong>de</strong> Can<strong>de</strong>ias, recorreu a ABI, Sinjorba e diversas entida<strong>de</strong>s,quando começou a receber ameaças <strong>de</strong> morte,dia 3-7-98.Radialista chicoteado ao <strong>de</strong>nunciar políticos- Rogério Archieres, da Rádio ltarantim FM, foi agredidoa chicotadas e ameaçado <strong>de</strong> morte <strong>em</strong> plena viapública no dia 10-8-98.Policial militar agri<strong>de</strong> jornalista <strong>em</strong> ltanhém ­E<strong>de</strong>lvânio Silva Pinheiro, editor do jornal Impacto, nodia 19-3-98, foi agredido a socos e pontapés pelos solda<strong>dos</strong>Altamiran Rodrigues, Erlan e Getúlio.Radialista é ameaçado <strong>de</strong> morte <strong>em</strong> Eunápo­Iis - O radialista J. Batista (João Batista Alves Pereira),da Rádio Jacarandá, Município <strong>de</strong> Eunápolis, recebeuameaça <strong>de</strong> morte, no dia 18-2-98, ao encerrar programaTribuna Livre;Sucursal <strong>de</strong> A Tar<strong>de</strong> é invadida ejornalista recebeameaças - A sucursal <strong>de</strong> A Tar<strong>de</strong> <strong>em</strong> Vitória daConquista, logo <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter sido publicada matériasobre um bárbaro espancamento <strong>de</strong> dois presos naDelegacia <strong>de</strong> Polícia local, foi invadida, na noite <strong>de</strong>13-11-97. A partir disso, durante o ano <strong>de</strong> 1998, o jornalistaJer<strong>em</strong>ias Macário, chefe da Sucursal, recebeuvárias ameaças <strong>de</strong> morte, além <strong>de</strong> ataques feitos, pessoalmente,pelo então <strong>de</strong>legado Wilson Feitosa.3 - O que mais nos motiva a fazer esse encaminahmentoa V. Exa e a constatação que faz<strong>em</strong>os <strong>dos</strong>eu elevado espírito público, compromisso com ajustiçae a <strong>de</strong>mocracia, que não permitirão que os crimescontra a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa fiqu<strong>em</strong> ou permaneçamimpunes, garantindo, ainda, segurança ao exercícioda profissão e, mais, apuração e i<strong>de</strong>ntificação <strong>dos</strong>criminosos. Durante esta década, Sr. Governador, praticamentenão há con<strong>de</strong>nações àqueles que cometeramcrime contra a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa, <strong>em</strong>bora váriosjornalistas e radialistas tenham sido con<strong>de</strong>na<strong>dos</strong> epresos, por, exatamente, praticar<strong>em</strong> a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão;4 - O ex<strong>em</strong>plo mais ilustrativo é o quadro <strong>dos</strong><strong>de</strong>z homicídios, on<strong>de</strong> não foi i<strong>de</strong>ntificado, sequer, um


26864 Quinta-feira 10 DIÁRlO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999só autor ou mandante, Inquéritos policiais civis com falhasgritantes e erros nas providências investigatórias,reforça<strong>dos</strong> pela omissão <strong>de</strong> at<strong>em</strong>oriza<strong>dos</strong> juízes e promotores,nos levam a concluir pelo comprometimento<strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os processos.Em vista disso, e inspirado na Constituição doEstado da Bahia, artigo 277, solicitamos a V. EXª: A­Os encaminhamentos cabíveis e necessários <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong>à reabertura <strong>dos</strong> inquéritos, visando a i<strong>de</strong>ntificaçãoe punição <strong>dos</strong> culpa<strong>dos</strong>; B- Uma <strong>de</strong>cisiva tomada<strong>de</strong> posição <strong>em</strong> <strong>de</strong>fesa da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa na Bahia,com o Governo do Estado assumindo, publicamente,a responsabilida<strong>de</strong> pela segurança do trabalho<strong>dos</strong> profissionais <strong>de</strong> comunicação social; C - A con<strong>de</strong>naçãoexpressa a to<strong>dos</strong> os atos <strong>de</strong> violência que atent<strong>em</strong>contra a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação social".Durante o discurso do Sr. Geraldo Simões,o Sr. Nelson Trad, 2/2 Secretário, <strong>de</strong>ixaa ca<strong>de</strong>ira da presidência, que é ocupadapelo Sr. Caio Riela, § 2 Q do artigo 18 do RegimentoInterno.O SR. PRESIDENTE (Caio Riela) - Com a palavrao Sr. Deputado Pedro Chaves, do PMDB <strong>de</strong> Goiás.S. Exa. dispõe <strong>de</strong> até cinco minutos para seu pronunciamento.O SR. PEDRO CHAVES (PMDB - GO. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,há alguns dias apresentei projeto <strong>de</strong> <strong>em</strong>enda àConstituição sobre a extinção do segundo turno daseleições para Prefeitos e Governadores. Chegamos atal conclusão após análise mais profunda, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>ouvirmos as sugestões e idéias apresentadas.Num <strong>de</strong>terminado momento, surgiu questionamentosobre a conveniência <strong>de</strong> se extinguir também osegundo turno da eleição <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte da República.Ora, seguindo o que estabelece a Constituição <strong>de</strong>1988, a criação do segundo turno teve como motivaçãoo fato <strong>de</strong> o Presi<strong>de</strong>nte da República ter <strong>de</strong> representara maioria absoluta do povo brasileiro. Assimsendo, não po<strong>de</strong>mos realizar eleição para o referidoposto <strong>em</strong> um único turno, pois po<strong>de</strong>ria eleger-se alguémque simplesmente representasse minoria étnicaou região que não tivesse compromisso maior com aNação.Entretanto, nos casos <strong>de</strong> Governadores e Prefeitos,enten<strong>de</strong>mos que é melhor diminuir o número <strong>de</strong>eleições, já que não há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dois turnospara essas funções.Observamos que, quando foi elaborada a Constituição<strong>de</strong> 1988, estávamos saindo <strong>de</strong> regime autoritário,ocasião <strong>em</strong> que os Governadores <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> eos Prefeitos das Capitais eram nomea<strong>dos</strong>. É óbvioque, com a abertura <strong>de</strong>mocrática, houve por parte dopovo brasileiro gran<strong>de</strong> anseio <strong>de</strong> votar. Por isso, criou-seo sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> dois turnos para eleição <strong>de</strong> Governadorese Prefeitos, o que provocou gran<strong>de</strong> número<strong>de</strong> eleições, mas proporcionou ao eleitorado brasileirocondições <strong>de</strong> participar mais da vida política do País.Essa febre passou. T<strong>em</strong>os <strong>de</strong> diminuir o número<strong>de</strong> eleições e racionalizar o processo eleitoral.Pelas razões expostas, apresentamos proposta<strong>de</strong> <strong>em</strong>enda à Constituição para a qual obtiv<strong>em</strong>os mais<strong>de</strong> 200 assinaturas. O projeto já tramita na Casa e brev<strong>em</strong>enteserá analisado pela Comissão <strong>de</strong> Constituiçãoe Justiça e <strong>de</strong> Redação. E quero chamar a atenção<strong>dos</strong> colegas para a importância da aprovação <strong>de</strong>sta<strong>em</strong>enda.Ao diminuir o número <strong>de</strong> eleições, extinguindo-seo segundo turno para Prefeitos e Governadores, é óbvioque estar<strong>em</strong>os eliminando custos e abreviando ot<strong>em</strong>po do processo eleitoral. Observamos tambémque, durante o processo eleitoral, o número <strong>de</strong> investimentos,se não diminui bruscamente, pelo menos se<strong>de</strong>sacelera um pouco, pois aguarda-se, obviamente, oresultado das eleições para que novos investimentossejam concretiza<strong>dos</strong>. Então, apresentamos essa proposta<strong>de</strong> extinção do segundo turno para as eleições<strong>de</strong> Governador e Prefeito <strong>em</strong> busca <strong>de</strong>ssa racionalização.Pedimos colaboração aos colegas da Casa porqueenten<strong>de</strong>mos que essa mudança vai ajudar o País,diminuindo custos e racionalizando o processo eleitoralimplantado hoje <strong>em</strong> nossa Nação.Pela importância do t<strong>em</strong>a, até certo ponto polêmico,gostaria que V. Exa. fizesse divulgar este pronunciamentonos meios <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong>sta Casa,para que possamos <strong>de</strong>bater a idéia e, se Deus quiser,brev<strong>em</strong>ente, inseri-Ia na reforma política, colocandonossa proposta <strong>em</strong> prática.Eram estas as minhas palavras.O SR. ANTONIO CARLOS BISCAIA (PT - RJ.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs.Deputa<strong>dos</strong>, a matéria relacionada à reforma do Po<strong>de</strong>rJudiciário está sendo discutida na mídia e <strong>em</strong> to<strong>dos</strong> ossegmentos da socieda<strong>de</strong>, já que esta exige que o Po<strong>de</strong>rJudiciário se torne menos elitista e mais <strong>de</strong>mocratizado,tendo-se maior celerida<strong>de</strong> na prestação jurisdicional.A socieda<strong>de</strong> exige que os <strong>de</strong>sman<strong>dos</strong> sejam corrigi<strong>dos</strong>;o nepotismo, alijado; a corrupção, combatida;e as <strong>de</strong>spesas suntuárias, <strong>de</strong>finitivamente eliminadas.No momento da apresentação da proposta <strong>de</strong> reformado Judiciário pelo Relator na Comissão Especial,discutiu-se apenas a questão relacionada com a extinçãoda Justiça do Trabalho, como se esse fosse o


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRlO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26865aspecto mais importante do relatório apresentado. Oque há <strong>de</strong> mais grave e anti<strong>de</strong>mocrático na proposta éa adoção da súmula vinculante e <strong>de</strong> uma.avocatóriapelos Ministros <strong>dos</strong> Tribunais Superiores. Paralelamentea esses dois probl<strong>em</strong>as, cria-se o Conselho Nacional<strong>de</strong> Justiça, constituído exclusivamente por integrantes<strong>dos</strong> Tribunais Superiores do País e mais trêsm<strong>em</strong>bros por eles mesmos indica<strong>dos</strong>, o que significaque a reforma do Judiciário, na proposta apresentadapelo <strong>em</strong>inente Relator da Comissão Especial, nãoaten<strong>de</strong> ao anseio da socieda<strong>de</strong> brasileira, que é a <strong>de</strong>mocratizaçãoefetiva daquele Po<strong>de</strong>r.Existe um aspecto especial - o objetivo do meupronunciamento - que não foi enfocado: trata-se <strong>dos</strong>ist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> seleção e <strong>de</strong> nomeação <strong>dos</strong> integrantes<strong>dos</strong> Tribunais Superiores, que cada vez mais se tornaelitista, tirando <strong>dos</strong> magistra<strong>dos</strong> a necessária in<strong>de</strong>pendência.Há cerca <strong>de</strong> dois meses foi nomeado para o SuperiorTribunal <strong>de</strong> Justiça o meu sucessor na Procuradoria-Geraida Justiça, que ficou quatro anos s<strong>em</strong>nada fazer <strong>em</strong> seu cargo, preocupado exclusivamentecom sua candidatura e com o apoio político que, afinal,obteve. Sua indicação foi levada ao Supr<strong>em</strong>o TribunalFe<strong>de</strong>ral e, <strong>em</strong> seguida, ao Senado, pelo Vice-Presi<strong>de</strong>nteda R.epública, obtendo sua nomeação.Ont<strong>em</strong>, tiv<strong>em</strong>os a aprovação pelo Senado Fe<strong>de</strong>ral<strong>de</strong> mais três nomes, sendo que um <strong>de</strong>verá ser aprovadohoje, apesar das restrições feitas a esses nomea<strong>dos</strong>.Pela primeira vez, chega ao Superior Tribunal <strong>de</strong>Justiça uma mulher. Vamos aplaudir. Quer<strong>em</strong>os que,no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratização, <strong>dos</strong> quadros do SuperiorTribunal <strong>de</strong> Justiça e do Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ralfaçam parte diversas mulheres, pois há muitasefetivamente competentes, como, estou certo, é ocaso dajuíza nomeada. No entanto, não aceito que ela<strong>de</strong>clare que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muito lutar, s<strong>em</strong> conseguir seuintento, foi buscar apoio <strong>dos</strong> Senadores Edison Lobão,Ja<strong>de</strong>r Barbalho e Antonio Carlos Magalhães. Diz a juízaao jornal Folha <strong>de</strong> S.Paulo: "A nomeação é um processo<strong>em</strong>inent<strong>em</strong>ente político; s<strong>em</strong> o apoio <strong>de</strong>les, eunão seria escolhida".Hoje foi aprovado o nome do Sr. Francisco Cândido<strong>de</strong> Melo Neto, filho do Ministro aposentado DjaciFalcão, e que t<strong>em</strong> como padrinho político e primo o Vice-Presi<strong>de</strong>nteda República, Marco Maciel. Contra elehá séria restrição relacionada com ação <strong>de</strong> investigação<strong>de</strong> paternida<strong>de</strong>. Mas, para contornar o probl<strong>em</strong>a,foi prestar contas ao Presi<strong>de</strong>nte do Senado, dizendoque, se S. Exa. o apoiasse, ele se comprometeria, porescrito e a qualquer momento <strong>em</strong> que solicitass<strong>em</strong>, afazer o exame <strong>de</strong> DNA. Isso é uma inversão completa,Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>.O Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral e o Superior Tribunal<strong>de</strong> Justiça, no seu processo <strong>de</strong> escolha, estão hojesubmeti<strong>dos</strong> aos caprichos políticos <strong>dos</strong> que têm maioriana Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> e no Senado Fe<strong>de</strong>ral. Oque se preten<strong>de</strong>, efetivamente, é uma reforma do Judiciárioverda<strong>de</strong>iramente <strong>de</strong>mocrática, voltada para a cidadania,e, nesse aspecto, o processo <strong>de</strong> escolha t<strong>em</strong>que ser fundamentalmente alterado.Muito obrigado, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.O SR. JAIR BOLSONARO (PPB - RJ. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,<strong>em</strong> primeiro lugar, parabenizo o Deputado AntonioCarlos Biscaia. Realmente, falta muito para atingirmos<strong>de</strong>mocracia honesta neste País. O Judiciário nãose engran<strong>de</strong>ce com indicações politiqueiras servindocomo critério para que seus m<strong>em</strong>bros alcanc<strong>em</strong> osmais altos níveis daquele Po<strong>de</strong>r.Mas, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, tratando do assunto que metrouxe à tribuna, pergunto: o que faz um hom<strong>em</strong> retirarseu filho <strong>de</strong> escola pública e, ~om muito sacrifício, matriculá-lo<strong>em</strong> escola privada? Ele sabe que, se seu filhocontinuar <strong>em</strong> escola pública, sairá <strong>de</strong> lá sabendo menosdo que quando entrou, porque o ensino públicoestá falido.O que leva um hom<strong>em</strong>, também com muito sacrifício,a fazer com que seu ente querido seja operado<strong>em</strong> hospital particular? Ele sabe que, se <strong>de</strong>ixá-lo nohospital público, sairá <strong>de</strong> lá morto, porque os hospitaispúblicos estão fali<strong>dos</strong>, pelos mais varia<strong>dos</strong> motivos,principalmente - <strong>de</strong> maneira s<strong>em</strong>elhante ao que disseo nobre colega Antonio Carlos Biscaia há pouco - pelaindicação política <strong>de</strong> seus diretores, que estão lá parafazer outra coisa, não para ajudar a população.Nobre colega Caio Riela, o hom<strong>em</strong> honesto comprauma arma e a mantém <strong>em</strong> sua residência porquenão acredita na segurança proporcionada pelo Estado.E chega a esta Casa um projeto - vou resumi-lo a apenasum dispositivo - que <strong>de</strong>termina que, após o transcursodo prazo <strong>de</strong> um ano, ocidadão honesto, honradoe trabalhador entregue a sua arma à autorida<strong>de</strong> policiaI.Consi<strong>de</strong>r<strong>em</strong>os a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> essa lei ser aprovadaagora; se daqui a dois anos um marginal, um fugitivo,um estuprador entrar na casa <strong>de</strong> uma pessoaqualquer, o que acontecerá se ela pegar uma arma,mantida <strong>em</strong> casa ilegalmente, e atirar nesse marginal?Os dois serão presos? Na mesma cela? O direito àvida é inalienável.No Exército se diz s<strong>em</strong>pre que or<strong>de</strong>ns absurdasnão <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser cumpridas. Eu assumo claramente quenão cumpro leis absurdas. Não entregarei as minhas


26866 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999armas, porque não acredito na capacida<strong>de</strong> do Estado<strong>de</strong> proporcionar segurança.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, este é um bom motivo para alguémmover mais um processo <strong>de</strong> cassação contramim, já que não tenho o direito <strong>de</strong> opinar. O art. 53 estálá <strong>de</strong> brinca<strong>de</strong>ira: "Os Deputa<strong>dos</strong> e Senadores são invioláveispor suas opiniões, palavras e votos". Achoque, quanto ao voto, é até discutível; porém, quanto aopiniões e palavras, é outra história.Mas, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, ont<strong>em</strong> assisti ao brilhantepronunciamento <strong>de</strong> V.Exa. contrário a esse projeto; aodo Deputado Moroni Torgan, que criticou irônica eacertadamente os teóricos, dizendo até que as Políciasusariam o spray <strong>de</strong> gás paralisante, enquanto abandidag<strong>em</strong> continuaria usando o seu armamento pesado.Outros teóricos, do Movimento Viva Rio, disseramque o Cabo Teodoro, do Rio <strong>de</strong> Janeiro, que matoudois motoqueiros que acabavam <strong>de</strong> assaltar umaagência bancária, <strong>de</strong>veria ter atirado na perna do motoqueiro.Isso é um absurdo, é uma ignorâncial Sãoteóricos, nunca enfrentaram, nunca viram um bandido<strong>de</strong> perto. Outros acham que, quando se tratar <strong>de</strong> ummenor, o policial <strong>de</strong>ve fazer todo o possível para nãoatirar nele. Se for possível, dar um tiro na sua orelha direitaou na unha esquerda, mandá-lo tirar o tênis e verse t<strong>em</strong> unha, para então atirar na sua unha. E por aíafora.Por falar <strong>em</strong> menor, quero apresentar uma proposta,para não ficar apenas na crítica, com a qual tenhocerteza <strong>de</strong> que V.Exa. concordará, b<strong>em</strong> como amaioria <strong>de</strong>sta Casa.Está passando da hora <strong>de</strong> aprovarmos projeto <strong>de</strong>lei estabelecendo a maiorida<strong>de</strong> aos 16 anos. Há váriaspropostas nesse sentido tramitando nesta Casa, <strong>de</strong>autoria <strong>de</strong> Deputa<strong>dos</strong> como Telmo Kirst, Aracely <strong>de</strong>Paula, Nair Xavier Lobo, Feu Rosa, Benedito Domingos,Osório Adriano, entre outros, inclusive eu.Na s<strong>em</strong>ana passada, um casal <strong>de</strong> i<strong>dos</strong>os foi rendido<strong>em</strong> sua casa por três meliantes. Depois <strong>de</strong> um <strong>de</strong>lester assassinado uma velhinha, acabaram sendopresos, mais tar<strong>de</strong>. O que aconteceu? Um menor <strong>de</strong>17 anos assumiu a responsabilida<strong>de</strong> do crime. Porconseqüência, os outros vão ter penas muito menores.Não existe hoje no País crime s<strong>em</strong> a participação <strong>de</strong>um menor. Isso porque, se a ação criminosa <strong>de</strong>r errado,aquele menor- já está tudo previamente acertado,combinado - atrai para si a culpa do <strong>de</strong>lito maior.Basta <strong>de</strong> nos reunirmos para ficar apenas votandoo que o querido Sr. F<strong>em</strong>ando Henrique Car<strong>dos</strong>oquer impor a esta Casa. No meu enten<strong>de</strong>r, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>osaprovar uma PEC nesse sentido. Estar<strong>em</strong>os dandouma gran<strong>de</strong> contribuição para o <strong>de</strong>créscimo da marginalida<strong>de</strong>neste País, com a aprovação <strong>de</strong> pelo menos90% da população.Muito obrigado.O SR. ROLAND LAVIGNE (PFL - BA. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,a Comissão <strong>de</strong> Constituição e Justiça, da qualfaço parte, votou pela admissão <strong>de</strong> proposta <strong>de</strong> <strong>em</strong>endaconstitucional <strong>de</strong> autoria do Deputado José CarlosAleluia que prevê o afastamento <strong>dos</strong> Prefeitos que irãodisputar as eleições do ano 2000.Isso se faz necessário, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, porquesab<strong>em</strong>os que hoje no Brasil já há Prefeito roubando dinheirodo Fun<strong>de</strong>f. Há Prefeito que saca o Fundo <strong>de</strong>Participação <strong>dos</strong> Municípios e aplica <strong>em</strong> suas fazendas.Na disputa eleitoral, po<strong>de</strong>-se imaginar o que essesPrefeitos farão com seus Municípios e, por conseguinte,com o País.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, da mesma forma que há Prefeitoshonestos, há outro que, doze anos atrás, roubou doErário, <strong>de</strong>sviou o dinheiro do povo e até hoje não foi julgadopelo Tribunal <strong>de</strong> Justiça do meu Estado, a Bahia.O Prefeito <strong>de</strong> Ilhéus, minha cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sviou o dinheirodo povo <strong>de</strong>stinado à construção <strong>de</strong> 411 casas, e só fezcinqüenta. Teve na Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> a proteçãoda imunida<strong>de</strong>. Esta Casa não conce<strong>de</strong>u licença ao Supr<strong>em</strong>oTribunal Fe<strong>de</strong>ral para processá-lo pelos crimes<strong>de</strong> peculato, formação <strong>de</strong> quadrilha e corrupção ativa.Findo seu mandato <strong>de</strong> Deputado Fe<strong>de</strong>ral, o processofoi para o Tribunal <strong>de</strong> Justiça da Bahia, que háoito anos não o julga. E hoje receb<strong>em</strong>os nesta Casadois Vereadores que quer<strong>em</strong> proteger o povo <strong>de</strong>Ilhéus <strong>de</strong>ssas mazelas, o Vereador José Fernan<strong>de</strong>s eo Vereador Raimundo Borges. Vieram fazer essa <strong>de</strong>nunciaao Presi<strong>de</strong>nte da CPI do Judiciário, o SenadorRamez Tebet, que os recebeu muito b<strong>em</strong> e <strong>de</strong> prontoencaminhou a <strong>de</strong>núncia ao Sr. Relator para que o Brasilnão tenha nas próximas eleições a repetição do queestamos presenciando neste momento: Prefeitos corruptos,que vest<strong>em</strong> o manto da moralida<strong>de</strong> para disputaruma eleição, quando no passado usurparam o queera do povo brasileiro.É por isso, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, que este Congressoprecisa, mais do que nunca, reunir-se para elaboraruma lei dura, para impedir que sejam candidatos essesPrefeitos, ex-Prefeitos e mesmo Parlamentares queusaram o dinheiro público <strong>em</strong> proveito próprio e quetêm contas a prestar à Justiça.Mais do que nunca, a discussão que se abre nesteinstante na Comissão <strong>de</strong> Constituição e Justiça t<strong>em</strong><strong>de</strong> vir para o plenário <strong>de</strong>sta Casa, para que se façauma lei dura,--a fim <strong>de</strong> que Prefeitos como o <strong>de</strong> Ilhéus,


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26867Sr. Jabes Ribeiro, ex<strong>em</strong>plo da corrupção brasileira,não possam ser candidatos..Sr. Presi<strong>de</strong>nte, quero louvar a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses Vereadores,que, mesmo sendo ameaça<strong>dos</strong>, mesmo dianteda oferta <strong>de</strong> propinas para que esquecess<strong>em</strong> taisfatos, vieram à CPI fazer sua <strong>de</strong>núncia. Esse é um <strong>dos</strong>mais escabrosos casos <strong>de</strong> corrupção no Brasil.Muito obrigado, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.O SR. WALDOMIRO FIORAVANTE (PT - RS.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs.Parlamentares, a política implantada no País pelo Presi<strong>de</strong>nteFernando Henrique Car<strong>dos</strong>o e seus alia<strong>dos</strong>t<strong>em</strong> criado uma situação econômica insuportável paramunicípios e esta<strong>dos</strong> da Fe<strong>de</strong>ração brasileira. Hoje, agran<strong>de</strong> maioria <strong>dos</strong> Municípios e Esta<strong>dos</strong> encontram-se<strong>em</strong> situação <strong>de</strong> calamida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido ao <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego,à política <strong>de</strong> recessão econômica e falta <strong>de</strong> investimentosdo Governo Fe<strong>de</strong>ral nas áreas <strong>de</strong> agricultura,saú<strong>de</strong> e educação, sendo que cada vez mais maiornúmero <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s são atribuídas a Esta<strong>dos</strong>e Municípios. A concentração <strong>de</strong> renda e po<strong>de</strong>rcada vez maiores nas mãos do atual Presi<strong>de</strong>nte daRepública, por meio do FEF, da Lei Kandir e agora danova reforma tributária que se preten<strong>de</strong> fazer, t<strong>em</strong> levadoEsta<strong>dos</strong> e Municípios a uma situação <strong>de</strong> caos ecalamida<strong>de</strong>, como po<strong>de</strong>mos presenciar hoje no País.Agora, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o que me chama a atençãoé que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> todas as conseqüências <strong>de</strong>sastrosaspara a economia, com.·as privatizações realizadasa preço vil das <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> telecomunicações eda Companhia Vale do Rio Doce, o endividamento doPaís ainda aumentou. Quando o atual Presi<strong>de</strong>nte iniciouseu mandato( esse endividamento era inferior a 40bilhões, e hoje passa <strong>dos</strong> 420 bilhões. Mas este Governocontinua mantendo-se no mesmo rumo, ou pior.Num momento <strong>de</strong>licado, <strong>em</strong> que precisava <strong>de</strong>monstrarseu po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação, <strong>de</strong> dirigente do Brasil,no momento da <strong>de</strong>svalorização da nossa moeda frenteao dólar, para evitar conseqüências nefastas para seuGoverno e o caos, o atual Presi<strong>de</strong>nte entregou o Paísaos banqueiros e a chave do Banco Central a seu atualPresi<strong>de</strong>nte, o Sr. Arminio Fraga.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, mais <strong>em</strong>ais presencia-se a falência das pequenas e médias<strong>em</strong>presas; os agricultores abandonam a vida no campoe procuram os gran<strong>de</strong>s centros urbanos <strong>em</strong> busca<strong>de</strong> sobrevivência; agiganta-se o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego; apresenta-seaos trabalhadores um salário mínimo vergonhoso,que teve este ano um reajuste <strong>de</strong> apenas seisreais.O Presi<strong>de</strong>nte, num <strong>de</strong>terminado período, conseguiuse eximir um pouco do impacto causado pelocaos do seu Governo, tentando achar CPls para o Judiciárioou para o sist<strong>em</strong>a financeiro. Mas até quandovamos suportar um processo político <strong>em</strong> que o Paísvai sendo entregue ao capital especulativo e a populaçãobrasileira, relegada à miséria, ao <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego e aocaos? .Está na hora <strong>de</strong> o Presi<strong>de</strong>nte Fernando HenriqueCar<strong>dos</strong>o honrar o mandato que recebeu e l<strong>em</strong>brar-sedas mãos que acenava para o povo nos horários políticos,mentindo, e começar a adotar uma política voltadapara a educação, agricultura, saú<strong>de</strong> e geração <strong>de</strong><strong>em</strong>pregos, enfim, para o salário <strong>dos</strong> trabalhadores..Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, faço estealerta ao Presi<strong>de</strong>nte Fernando Henrique Car<strong>dos</strong>o: nãovai adiantar tentar esvaziar o Congresso Nacional, nãofazer convocação extraordinária e <strong>de</strong>ixar esta Casas<strong>em</strong> <strong>de</strong>bates, com o recesso do Parlamento, porque acrise que o povo vê nas ruas vai brotar com muita força,se não se tomar logo uma iniciativa.Agra<strong>de</strong>ço a V. Exa., Sr. Presi<strong>de</strong>nte.Durante o discurso do Sr. WaldomiroFioravante, o Sr. Caio Riela, § 2° do artigo 18do Regimento Interno, <strong>de</strong>ixa a ca<strong>de</strong>ira dapresidência, que é ocupada pelo Sr. GongazaPatriota, 4° Suplente <strong>de</strong> Secretário.O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Concedoa palavra ao Sr. Deputado Fernando Marroni.O SR. FERNANDO MARRONI (PT - RS. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,há pouco menos <strong>de</strong> um mês, os Prefeitos, nagran<strong>de</strong> mobilização que resultou na marcha sobre Brasília,reuni<strong>dos</strong> nesta Casa, apresentaram uma série <strong>de</strong>reivindicações que davam conta das dificulda<strong>de</strong>s porque passam esta<strong>dos</strong> e municípios, diante <strong>de</strong> sucessivaslegislações que vêm tirando sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimento.Essa mobilização e a <strong>dos</strong> governadores ditospertencentes ao campo <strong>de</strong>mocrático popular, que estiveramcom o Presi<strong>de</strong>nte Fernando Henrique Car<strong>dos</strong>oeapresentaram uma pauta para o "<strong>de</strong>safogamento"<strong>de</strong> esta<strong>dos</strong> e municípios, foram respondidas pifiamentepelo Po<strong>de</strong>r Central, que <strong>de</strong>monstra completainsensibilida<strong>de</strong> aos graves probl<strong>em</strong>as sociais que têmnecessariamente <strong>de</strong> ser enfrenta<strong>dos</strong> no âmbito doMunicípio.Tenho s<strong>em</strong>pre dito que as pessoas não moramnum Brasil abstrato, num Estado abstrato e tampouconuma cida<strong>de</strong> abstrata. As pessoas moram numa rua,num bairro, numa vila, e é ali que se expressam as carências<strong>em</strong> educação, saú<strong>de</strong>, assistência social, segu-


26868 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999rança, trânsito, enfim, <strong>em</strong> todas essas áreas que aConstituição <strong>de</strong> 1988 r<strong>em</strong>eteu para os Municípios.Mas o que vimos <strong>de</strong> lá para cá? Que a União, apartir <strong>de</strong> 1988, aumentou muito sua arrecadação,passando-a <strong>de</strong> 1% para 3,79% do PIB, perfazendomais <strong>de</strong> 34,3 bilhões <strong>de</strong> dólares. A partir <strong>de</strong> 1998,com aumento <strong>de</strong> alíquotas e criação <strong>de</strong> PIS,COFINS, CPMF etc., chegou-se a essa arrecadaçãopara o Governo Fe<strong>de</strong>ral. municípios e esta<strong>dos</strong> ficamcom a menor parte. Hoje, a União abocanha 57%<strong>de</strong>sses recursos.Ont<strong>em</strong> esteve <strong>em</strong> Brasília a representação <strong>dos</strong>Governadores do campo <strong>de</strong>mocrático popular, juntocom a representação das entida<strong>de</strong>s municipalistas.Após reunião, elaboraram esta carta que eu gostariaque constasse, na íntegra, <strong>dos</strong> Anais da Casa, pois é alegítima reivindicação hoje expressada por aquelesque têm necessariamente <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r às <strong>de</strong>mandassociais <strong>em</strong> seu Município ou seu Estado.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, fica muitoclaro que não há respostas do Governo Fe<strong>de</strong>ral noque tange ao ressarcimento integral do FEF, do antigoFundo Social <strong>de</strong> Emergência, e das perdas provocadaspela Lei Kandir, que isentou <strong>de</strong> ICM as exportações,mas no seu projeto original estava previsto o ressarcimentoaos Esta<strong>dos</strong> exportadores.Uma nova estrutura tributária. Os Prefeitos participaramda reunião <strong>de</strong> audiência pública, ont<strong>em</strong>, paradiscussão da reforma tributária e apresentaram a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> manutenção daquelas arrecadaçõesque são próprias do Município.Essa reunião, da maior relevância, teve poucarepercussão na imprensa, mas, com certeza, t<strong>em</strong> umarepercussão social muito gran<strong>de</strong>. A partir <strong>de</strong>ssa reunião,os Governadores apresentaram a proposta <strong>de</strong>que haja uma reunião <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os Governadores. Nãoé mais possível que se continue afirmando que os Governadorese Prefeitos <strong>de</strong> oposição têm pressionado oGoverno apenas politicamente.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, to<strong>dos</strong> nós, Parlamentares <strong>de</strong>staCasa, acompanhamos as reclamações e pressões<strong>de</strong> Prefeitos e Governadores, indistintamente,da base governista ou da Oposição. Há um estrangulamento,uma quebra do pacto fe<strong>de</strong>rativo, o qualeste Congresso precisa resgatar por meio da discussãoa respeito da reforma tributária, da responsabilida<strong>de</strong>fiscal e <strong>de</strong> outras leis que tramitam neste Parlamento.Obrigado, Sr.Presi<strong>de</strong>nte.(CARTA A QUE SE REFERE OORADOR):CARTA DE BRASíLIAEm reunião realizada <strong>em</strong> Brasília no dia 8 <strong>de</strong> junho<strong>de</strong> 1999, governadores e li<strong>de</strong>ranças nacionais domovimento <strong>de</strong> municípios consi<strong>de</strong>raram que as políticasdo Governo Fe<strong>de</strong>ral têm atentado contra pacto fe<strong>de</strong>rativo,e reflet<strong>em</strong> a adoção <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoeconômico que não t<strong>em</strong> apresentado resulta<strong>dos</strong>positivos para o conjunto da população brasileira.Este mo<strong>de</strong>lo t<strong>em</strong> sido traduzido na fragilização<strong>dos</strong> esta<strong>dos</strong> e municípios e centralização <strong>de</strong> recursose <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r político no âmbito fe<strong>de</strong>ral.A Constituição <strong>de</strong> 1988 garantiu a re<strong>de</strong>finição <strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong> entre as Unida<strong>de</strong>s da Fe<strong>de</strong>ração,rumo a <strong>de</strong>scentralização das atribuições da Uniãopara esta<strong>dos</strong> e municípios, acompanhada pela <strong>de</strong>scentralizaçãodas receitas.Enquanto as novas responsabilida<strong>de</strong>s das Unida<strong>de</strong>sSub-nacionais da Fe<strong>de</strong>ração foram mantidas eampliadas, os seus recursos foram paulatinamente reduzi<strong>dos</strong>.De um lado, os esta<strong>dos</strong> e municípios assumirammaiores responsabilida<strong>de</strong>s por áreas como a saú<strong>de</strong>,a educação e a assistência social e <strong>de</strong> outro, per<strong>de</strong>ramreceitas por meio <strong>de</strong> instrumentos como a criaçãodo FSE-FEF, da Lei Kandir e o fim do IWC.A União ampliou suas receitas por meio do aumento<strong>de</strong> alíquotas e da criação <strong>de</strong> novos tributos.Essas alterações se <strong>de</strong>ram, fudamentalmente, com tributoscujos recursos não são compartilha<strong>dos</strong> com as<strong>de</strong>mais esferas da Fe<strong>de</strong>ração e são cumulativos, oneran<strong>dos</strong>obr<strong>em</strong>aneira o processo produtivo. Em 1998, aarrecadação <strong>de</strong> PIS, Cofins e CPMF foi <strong>de</strong> R$34,3 bilhões,ou 3,79% do PIB, sendo que antes da Constituição<strong>de</strong> 88 essas contribuições representavam cerca e1%doPIB.Como resulta<strong>dos</strong> das reformas pós consttuição<strong>de</strong> 1988, a participação <strong>dos</strong> Entes da Fe<strong>de</strong>ração na receitadisponível foi alterada. Enquanto a parcela daUnião passou <strong>de</strong> 54,6% <strong>em</strong> 1991 para 56,3% <strong>em</strong> 1997a participação <strong>de</strong> esta<strong>dos</strong> e municípios caiu <strong>de</strong> 45,4%para 43,7% no mesmo período.Paralelamente, a Política Econômica Fe<strong>de</strong>ral impl<strong>em</strong>entouprofun<strong>dos</strong> cortes no orçamentos da União,gerando graves prejuízos principalmente para as áreassociais. Isto representou um agravamento na <strong>de</strong>sresponsabilizaçãoda União com os serviços públicos e,conseqüent<strong>em</strong>ente, um aumento da <strong>de</strong>manda social noâmbito estadual e municipal. Esta <strong>de</strong>manda ampliou-seainda mais com o quadro recessivo implantado pela Políticaeconômica fe<strong>de</strong>ral. Assim, esta<strong>dos</strong> e municípiosvê<strong>em</strong>-se cada vez mais impossibilita<strong>dos</strong> <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r ascrescentes <strong>de</strong>mandas por serviços públicos sociais e<strong>de</strong> estimular a geração <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego e renda.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26869A partir disso propomos:1) Fim das perdas <strong>dos</strong> esta<strong>dos</strong> e municípiocom o FEF e o ressarcimento integraldas perdas já ocorridas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua criaçãosob a forma <strong>de</strong> FSE.2) Ressarcimento integral a esta<strong>dos</strong> <strong>em</strong>unicípios das perdas já ocorridas <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrênciada Lei Kandir e a constituição <strong>de</strong>um mecanismo <strong>de</strong> ressarcimento permanenteintegral.3) Nova estrutura tributária que fortaleçaa autonomia <strong>dos</strong> esta<strong>dos</strong> e municípios pormeio da manutenção e ampliação <strong>de</strong> suaresponsabilida<strong>de</strong> tributária, s<strong>em</strong> prejuízo dastransferências constitucionais.4) Garantia <strong>de</strong> partilha com esta<strong>dos</strong> <strong>em</strong>uniclpios da receita <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os tributos econtribuições cria<strong>dos</strong> pela União.5) Imediata renegociação das dividasMobiliárias e Fundadas estaduais e municipais,buscando diminuir a taxa <strong>de</strong> juros e ocomprometimento da receita com essas <strong>de</strong>spesas,garantir o acerto <strong>de</strong> contas com aUnião, retirar termos que fer<strong>em</strong> a autonomia<strong>dos</strong> Entes Fe<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> e <strong>de</strong>stinar parte <strong>dos</strong>pagamentos para projetos <strong>de</strong> geração <strong>de</strong><strong>em</strong>prego e renda.6) Saneamento financeiro <strong>dos</strong> municlpios<strong>de</strong> acordo com proposta entregue pelas li<strong>de</strong>rançasmunicipalistas ao Presi<strong>de</strong>nte daRepública <strong>em</strong> 13 <strong>de</strong> maio passado.7) Impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bloqueio <strong>dos</strong> repassesfe<strong>de</strong>rais para esta<strong>dos</strong> e municlpiosque possuam créditos já venci<strong>dos</strong> junto aAdministração Direta Ou Indireta da União.8) Na compensação previ<strong>de</strong>nciária entreEntes da Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong>ve ser garantida aequalização <strong>de</strong> indicadores para correção <strong>de</strong>dívidas, a extensão da compensação aosservidores aposenta<strong>dos</strong> que foram contrata<strong>dos</strong>antes <strong>de</strong> 1988 e alteração do critério <strong>de</strong>compensação segundo o efetivo valor dasaposentadorias e pensões.9) Revisão <strong>dos</strong> parâmetros para organização<strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as próprios <strong>de</strong> previdênciaprevistos na lei n 2 9.717/98.10) Não aprovação da atual propostachamada <strong>de</strong> "Lei <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong>· Fiscal",elaborada segundo o código <strong>de</strong> transparênciado FMI, que fere a autonomia <strong>dos</strong>Entes da Fe<strong>de</strong>ração.11) Reversão <strong>dos</strong> cortes no Orçamentoda União que atingiram principalmente aárea social, retomando a <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> recursospara a saú<strong>de</strong>, educação, assistênciasocial e geração <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego e renda.12) Alterações na política econômicado Governo Fe<strong>de</strong>ral, buscando a geração <strong>de</strong><strong>em</strong>prego e renda, principalmente por meio.da redução da taxa <strong>de</strong> juros e do incentivo áindústria nacional.13) Manutenção da representação polfticaconquistada pela população na ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> 1988, na reforma política, garantindoampla organização partidária.Os presentes nesta reunião <strong>de</strong> Brasflia propõ<strong>em</strong>a mobilização <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os governadores e prefeitos<strong>em</strong> <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>sta pauta e dirig<strong>em</strong>-se aos <strong>de</strong>puta<strong>dos</strong>e senadores conclamando-os á formação <strong>de</strong>uma frente Parlamentar <strong>em</strong> Defesa do Pacto Fe<strong>de</strong>rativo.Olívio DutraGov. Rio Gran<strong>de</strong> do SulRonaldo LessaGov. AlagoasJoão CapeberibeGov. AmapáJosé Orcírio (Zeca do PT)Gov. Mato Grosso do SulKária BomPref. MaceióRui BomABMCélio <strong>de</strong> CastroFNP - Pref. Belo Horizon-tePaulo ZiulkoskiConf. Nacional <strong>de</strong> MuniclpiosGilson MenezesAbrap - Pref. Dia<strong>de</strong>maRaul PontFNP Sul- Pref. Porto AlegreMário BertaniFenarna - Pref. EspumosoO SR. PEDRO WILSON (PT - GO. S<strong>em</strong> revi~são do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,comunicamos que, na manhã <strong>de</strong> hoje, <strong>em</strong>concorrida reunião no Auditório Nereu Ramos, realizamoso lançamento da Frente Parlamentar <strong>em</strong> Defesada Universida<strong>de</strong> Pública. Dezenas e <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong>Deputa<strong>dos</strong> estiveram presentes, apoiando a luta <strong>em</strong><strong>de</strong>fesa da educação pública, especialmente <strong>em</strong> <strong>de</strong>fesada universida<strong>de</strong> pública brasileira.Estabelec<strong>em</strong>os uma coor<strong>de</strong>nação com Deputa<strong>dos</strong><strong>de</strong> diferentes parti<strong>dos</strong>, composta pelos Deputa<strong>dos</strong>José Melo, representante do PT, Nilson Pinto, SérgioBarros, Wilson Santos, Agnelb Queiroz, Régis Cavalcante,Evandro Milhomen e a Deputada Maria Elvira,Presi<strong>de</strong>nte da Comissão <strong>de</strong> Educação, Cultura e Desporto.


26870 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Estiveram presentes o Presi<strong>de</strong>nte da AssociaçãoNacional <strong>dos</strong> Dirigentes <strong>de</strong> Instituições Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong>Ensino Superior - ANDIFES, o Prof. Reitor da Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina, Rodolfo Pinto daLuz, o Presi<strong>de</strong>nte da Associação Nacional <strong>dos</strong> Docentes<strong>de</strong> Ensino Superior, Prof. Renato Oliveira, a representanteda Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio Gran<strong>de</strong> doSul, Léa Oliveira, e representantes da Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral do Mato Grosso e da Coor<strong>de</strong>nação da Fe<strong>de</strong>raçãodas Associações <strong>de</strong> Servidores das Universida<strong>de</strong>sPúblicas Brasileiras. Também compareceram representantesdo Fórum Nacional da Educação Pública, doFórum <strong>dos</strong> Dirigentes <strong>de</strong> Faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Educação dasUniversida<strong>de</strong>s,Públicas Brasileiras, <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> reitores,dirigentes <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>s, dirigentes estudantis,principalmente do meu Estado, representando a Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, dirigentes <strong>de</strong> servidores,professores, assessores <strong>de</strong> Senadores, Deputa<strong>dos</strong>Fe<strong>de</strong>rais e diversos integrantes <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s representativasda universida<strong>de</strong> pública brasileira. .Nesta manhã, portanto, fiz<strong>em</strong>os o lançamento<strong>de</strong>ssa Frente, e já t<strong>em</strong>os a a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> umacentena <strong>de</strong> Parlamentares, muitos <strong>de</strong>les forma<strong>dos</strong> <strong>em</strong>universida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>rais, e também muitos professoreslicencia<strong>dos</strong> do Centro Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação Tecnológica,o CEFET, substituto das antigas Escolas TécnicasFe<strong>de</strong>rais.Tiv<strong>em</strong>os, então, o lançamento da Frente e a afirmaçãodo compromisso <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa da universida<strong>de</strong> públicabrasileira.Brev<strong>em</strong>ente estar<strong>em</strong>os votando aqui nesta Casao Projeto <strong>de</strong> Autonomia Universitária. Conforme estabeleceo art. 207 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, as universida<strong>de</strong>sjá têm sua autonomia; nós ter<strong>em</strong>os que apresentarum projeto para regulamentar essa autonomia,e não para dispor sobre suas condições.Discutimos também o financiamento da educaçãopública. A Constituição Fe<strong>de</strong>ral reza que a educaçãoé direito <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> e <strong>de</strong>ver do Estado. É important<strong>em</strong>anter os 18% que vêm <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Emenda Calmon, assegurando75% <strong>de</strong>sses recursos às universida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>rais,a fim <strong>de</strong> que elas possam <strong>de</strong>senvolver o ensino,a pesquisa, a extensão, a ciência e a tecnologia.Mais <strong>de</strong> 90% da ciência e da tecnologia produzida noBrasil provêm da universida<strong>de</strong> pública brasileira.Quer<strong>em</strong>os, nesta Frente, discutir a avaliação internae externa do ensino universitário e a expansão<strong>de</strong> vagas. Formei-me numa universida<strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral, hátrinta anos. Na época, dois terços <strong>dos</strong> estudantes universitáriosbrasileiros eram <strong>de</strong> universida<strong>de</strong> pública.Hoje, somente um terço <strong>dos</strong> estudantes universitáriossão originários da universida<strong>de</strong> pública. Precisamosexpandir a universida<strong>de</strong>, mas é preciso criar as condiçõespara essa expansão.A ciência e a tecnologia <strong>de</strong>v<strong>em</strong> contribuir para o<strong>de</strong>senvolvimento do meio urbano e do meio rural, parao <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social, para resgatara in<strong>de</strong>pendência, a soberania e o <strong>de</strong>senvolvimento geraido Brasil qomo Nação <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 500 anos <strong>de</strong> História.Há mais <strong>de</strong> 500 anos, aqui já estavam os índios<strong>de</strong> Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Minas, Bahia,índios que têm história im<strong>em</strong>orial, mas que, se naépoca da Descoberta do Brasil somavam entre 3 e 5milhões, hoje são apenas 300 mil. ,Desses 500 anos faz parte também a história <strong>dos</strong>negros, a história <strong>de</strong> Zumbi e <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes,das comunida<strong>de</strong>s quilombolas - que até hoje não são<strong>de</strong>marcadas -, e também a <strong>de</strong> milhões e milhões <strong>de</strong>brancos <strong>de</strong>ste País, vin<strong>dos</strong> da Ásia ou da Europa, quesão e s<strong>em</strong>pre foram b<strong>em</strong>-vin<strong>dos</strong> no Brasil. .Então, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, gostaria <strong>de</strong> saudar essaFrente que t<strong>em</strong> o compromisso <strong>de</strong>, na legislação orçamentária,lutar para que as universida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>rais sejamtratadas com dignida<strong>de</strong>, porque elas representamum elo, um mecanismo, um instrumento, uma ferramentaimportante para o <strong>de</strong>senvolvimento do Brasil.Nossa universida<strong>de</strong> é nova. As mais velhas têm70 anos. Há também universida<strong>de</strong>s mais recentes,como as <strong>de</strong> Roraima. É preciso investir nessas instituições.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço a transcrição na íntegra <strong>de</strong>pronunciamento que fiz<strong>em</strong>os hoje pela manhã no lançamentoda Frente, enfatizando que to<strong>dos</strong> os paísesque estão no topo do mundo, entre outras razões, chegaramlá porque investiram maciçamente na educação,no <strong>de</strong>senvolvimento da ciência e da tecnologia.Nossas saudações à universida<strong>de</strong> brasileira, àuniversida<strong>de</strong> pública. Cont<strong>em</strong> com o nosso compromisso<strong>de</strong> luta para resgatar a presença <strong>de</strong>ssas instituiçõesno cenário brasileiro.O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - V.Exa. será atendido, <strong>de</strong> acordo com as normas regimentais.(PRONUNCIAMENTO A QUE SEREFERE O ORADOR):FRENTE PARLAMENTAR EMDEFESA DA UNIVERSIDADE PÚBLICAUniversida<strong>de</strong> Pública, gratuita e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> éum direito universal <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os brasileiros.A universida<strong>de</strong> pública t<strong>em</strong> um papel fundamentaino <strong>de</strong>senvolvimento econômico e social do País,especialmente no atual contexto mundial, <strong>em</strong> que os


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26871avanços tecnológicos e científicos acontec<strong>em</strong> <strong>de</strong> formaacelerada e dinâmica.No Brasil, a universida<strong>de</strong> pública t<strong>em</strong> buscadocontribuir, ao longo <strong>de</strong> sua história, para a reversãodas <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s regionais e sociais. Dela <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m,fundamentalmente, a formação e qualificação <strong>de</strong>docentes para o ensino fundamental, médio e superiore para a elaboração, acompanhamento e avaliação <strong>de</strong>políticas públicas regionais e nacionais. Além disso, auniversida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolve programas e ativida<strong>de</strong>s juntoa comunida<strong>de</strong>s carentes nas regiões mais longínquasdo País.Apesar da falta <strong>de</strong> políticas públicas efetivas quecontribuam para o <strong>de</strong>senvolvimento e fortalecimentoda universida<strong>de</strong> pública brasileira, ela <strong>de</strong>tém hoje umconsi<strong>de</strong>rável patrimônio físico e intelectual e uma extensafolha <strong>de</strong> serviços presta<strong>dos</strong> à socieda<strong>de</strong>. Nomescomo Oscar Ni<strong>em</strong>ayer, Josué <strong>de</strong> Castro, Celso Furtado,Florestan Fernan<strong>de</strong>s, Paulo Freire, Mário Sch<strong>em</strong>berg,Caio Prado Júnior e Anísio Teixeira, Fernando <strong>de</strong>Azevedo, Gilberto Freire, Sérgio Buarque <strong>de</strong> Holandae Darcy Ribeiro, <strong>de</strong>ntre outros da atualida<strong>de</strong> que compõ<strong>em</strong>a galeria <strong>de</strong> intelectuais e cientistas <strong>de</strong> renomenacional e internacional que engran<strong>de</strong>c<strong>em</strong> a universida<strong>de</strong>brasileira.As universida<strong>de</strong>s públicas são as responsáveis,pela produção <strong>de</strong> quase toda a pesquisa científica e<strong>de</strong>la brotam os avanços tecnológicos.A pesquisa brasileira é recente, mas ocupa umaposição <strong>de</strong>stacada no ranking mundial. Em cerca <strong>de</strong>30 anos, foi consi<strong>de</strong>rada forte e eficiente, ocupando a30a colocação entre a posição científica <strong>de</strong> todo omundo (entre os anos <strong>de</strong> 92 e 96). Na área <strong>de</strong> doutorado,exist<strong>em</strong> cerca <strong>de</strong> 25,8 mil pesquisadores com estatitulação, 562 cursos e 16.300 alunos, e a produção <strong>de</strong>teses por ano chega a 3 mil. Com relação ao mestrado,exist<strong>em</strong> 41.400 estudantes distribuí<strong>dos</strong> <strong>em</strong> 1.074 cursose uma produção <strong>de</strong> 7.500 dissertações.Nesses trinta anos <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>senvolvida noPaís, foram gran<strong>de</strong>s as conquistas tecnológicas <strong>em</strong> diversasáreas, entre elas exploração <strong>de</strong> petróleo <strong>em</strong>águas profundas, biotecnologia vegetal <strong>em</strong> espéciesflorestais, motor a álcool, recuperação e utilização <strong>de</strong>áreas tidas como improdutivas, microeletrônica (sist<strong>em</strong>a<strong>de</strong> telecomunicação), sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> automação bancária(um <strong>dos</strong> melhores do mundo), produção <strong>de</strong> equipamentosmilitares e lançamento <strong>de</strong> satélites.O ensino público superior no Brasil conta, na atualida<strong>de</strong>,com 263 instituições, das quais 52 são fe<strong>de</strong>rais,supervisionadas pelo MEC, e 211 são públicas. AsInstituições Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> Ensino Superior estão localizadas<strong>em</strong> 25 esta<strong>dos</strong> da Fe<strong>de</strong>ração e no DF, sendo 39universida<strong>de</strong>s, cinco Centros Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> EducaçãoTecnológicas - CEFET -, quatro faculda<strong>de</strong>s na área<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, duas escolas agrícolas, uma Escola <strong>de</strong>Engenharia e uma Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> Escolas. Segundoda<strong>dos</strong> do Inep, <strong>de</strong> 1997, to<strong>dos</strong> os alunos matricula<strong>dos</strong>no ensino <strong>de</strong> graduação no Brasil somam 1.947.504,<strong>dos</strong> quais 39% <strong>em</strong> escolas públicas.Nas Instituições Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> Ensino Superior ­IFES -, estudam cerca <strong>de</strong> 404.340 alunos <strong>de</strong> graduação,cerca <strong>de</strong> 66.306 alunos <strong>de</strong> pós-graduação e também56 mil alunos do ensino fundamental e médio noscolégios <strong>de</strong> aplicação, escolas técnicas e agrícolas.Na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, abrang<strong>em</strong> 45 Hospitais Universitárioscom 10.258 leitos ativos, 27.156 cirurgias/mêse aten<strong>de</strong>m a 848.693 pacientes por mês, prestan<strong>dos</strong>erviços <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> a todas as pessoas, indiscriminadamente.Oferec<strong>em</strong>, ainda, 1.581 cursos <strong>de</strong>graduação e 850 <strong>de</strong> pós-graduação <strong>em</strong> todas as áreasdo conhecimento.Portanto, é relevante o papel das universida<strong>de</strong>spúblicas e torna-se necessário,hoje, mais do que nunca,<strong>de</strong>stacar que o saber e sua utilização pelo conjuntoda população brasileira <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser encara<strong>dos</strong> comoprioritários, tendo <strong>em</strong> vista as recorrentes necessida<strong>de</strong>sdo mundo globalizado.No que pes<strong>em</strong> os avanços, há ainda um longocaminho a ser percorrido na medida <strong>em</strong> que a universida<strong>de</strong>pública brasileira sofre com a falta <strong>de</strong> uma políticaconsistente, fuga <strong>de</strong> professores altamente qualifica<strong>dos</strong>,profunda <strong>de</strong>fasag<strong>em</strong> salarial <strong>dos</strong> docentes etécnicos administrativos, além da insuficiência <strong>de</strong> recursospara custeio e capital, que t<strong>em</strong> como conseqüênciaa não-manutenção <strong>dos</strong> prédios, salas <strong>de</strong> aulase laboratórios, prejudicando, com isso, a pesquisae o processo <strong>de</strong> ensino-aprendizag<strong>em</strong>.Os recursos déstina<strong>dos</strong> à educação pública superiornão são suficientes para manter uma universida<strong>de</strong>que tenha como proposta a produção do saber ecomo conseqüência o <strong>de</strong>senvolvimento e o b<strong>em</strong>-estarda socieda<strong>de</strong>.A análise da evolução orçamentária das universida<strong>de</strong>spúblicas é reveladora das dificulda<strong>de</strong>s enfrentadas.Retirando as <strong>de</strong>spesas com inativos, pensionistase precatórios, os valores reais ajusta<strong>dos</strong> pelo índiceIGP-DI da FGV mostram um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> R$4.569milhões <strong>em</strong> 1994 para R$3.658 milhões no orçamento<strong>de</strong> 1999, o que significa uma perda <strong>de</strong> 20%. As <strong>de</strong>spesascom manutenção <strong>de</strong>cresceram <strong>em</strong> valor nominal<strong>em</strong> 1997 <strong>de</strong> R$366 milhões para R$282 milhões no orçamento<strong>de</strong> 1999, menos 33%. Em 1997, as universida<strong>de</strong>spúblicas tiveram um déficit <strong>de</strong> R$40 milhões,apura<strong>dos</strong> pelo MEC (Andifes). A <strong>em</strong>enda orçamentá-


26872 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999ria <strong>de</strong> R$76 milhões, aprovada pelo Congresso, atépresente data não foi liberada.No Brasil, somente 11% da população brasileiraeconomicamente ativa t<strong>em</strong> nível superior, contra 37%<strong>dos</strong> EUA e 53% do Canadá (da<strong>dos</strong> da Organização <strong>de</strong>Cooperação e Desenvolvimento - OCO). O <strong>de</strong>senvolvimentonacional <strong>em</strong> níveis compatíveis com a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> inserção na economia mundial exige que oatendimento <strong>dos</strong> jovens <strong>em</strong> faixa etária <strong>de</strong> 18 a 24anos passe do atual índice <strong>de</strong> 11% para no mínimo30%, o que é inclusive reconhecido no projeto <strong>de</strong> PNE<strong>em</strong> tramitação nesta Casa. A taxa <strong>de</strong> matrícula no ensinosuperior, na faixa <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 18 a 25 anos, é <strong>de</strong>11,4% no Brasil, comparado a 39,2% na Argentina,56,1% na Coréia do Sul, 54,6% na França e 62,4% noCanadá.BREVE RESGATE HISTÓRICO DOS DILEMAS ELUTAS DA UNIVERSIDADE PÚBLICA NO BRASILA Universida<strong>de</strong> t<strong>em</strong> sido tratada ao longo da história,por sucessivos governos brasileiros, como ummal necessário.Aceita-se que ela precisa existir, mas, ao mesmot<strong>em</strong>po, procura-se mantê-Ia sob rígido controlepolítico, aplicando-se a ela os mais severos mecanismos<strong>de</strong> controle administrativo. Outrossim, persegue-seuma fórmula para dar à Universida<strong>de</strong> a participaçãomenor possível no Orçamento da União, apenaso suficiente para que ela sobreviva, como observaDalmo Dallari.Este comentário, feito <strong>em</strong> 1983, é absolutamenteválido para o passado e atualida<strong>de</strong> da Universida<strong>de</strong>brasileira. Vale <strong>de</strong>stacar que esse tratamento dispensadoà Universida<strong>de</strong>, pelos governos, não t<strong>em</strong> ficadoimpune. A socieda<strong>de</strong>, por intermédio <strong>de</strong> seus segmentosorganiza<strong>dos</strong>, t<strong>em</strong> se manifestado nos diversos momentosda história.Na década <strong>de</strong> 60, ganham <strong>de</strong>staque as célebresmanifestações estaduais promovidas pela UNE; nasdécadas <strong>de</strong> 70 e 80, as greves históricas <strong>de</strong> estudantes,professores e funcionários das universida<strong>de</strong>s edas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> escolas públicas sob as direções daAn<strong>de</strong>s, Fasubra e CNTE.Um ex<strong>em</strong>plo <strong>em</strong>bl<strong>em</strong>ático das lutas travadaspela socieda<strong>de</strong> <strong>em</strong> <strong>de</strong>fesa da Universida<strong>de</strong> brasileira,da educação pública e gratuita e da <strong>de</strong>mocracia nesseperíodo foi a Marcha <strong>dos</strong> 100 mil, na qual estudantes,intelectuais, artistas e militantes da oposição ao regim<strong>em</strong>ilitar foram às ruas protestar contra o arbítrio.Em mea<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> anos 80 e na década <strong>de</strong> 90, <strong>de</strong>stacam-seas lutas pela <strong>de</strong>mocracia, pela Constituiçãoe LDB <strong>de</strong>mocráticas, sob a coor<strong>de</strong>nação ativa, persistentee vigilante do Fórum Nacional <strong>em</strong> Defesa daEscola Pública, constituído por várias associações sindicais,educacionais e científicas, como CNTE, An<strong>de</strong>s,Fasubra, UNE, Anfope, Anped e SBPC. Além das entida<strong>de</strong>sdo Fórum, acompanharam também o processolegislativo o CRUB, a Andifes e Anup.Mais recent<strong>em</strong>ente, as entida<strong>de</strong>s da área <strong>de</strong>educação realizaram os Congressos Nacionais <strong>de</strong>Educação (I e 11 Coned), visando à aprovação <strong>de</strong> umPlano Nacional <strong>de</strong> Educação para a socieda<strong>de</strong> brasileira.É interessante observar o que têm persistido, aolongo <strong>dos</strong> anos 80 e 90, propostas e lutas recorrentescomo autonomia, isonomia salarial, dotações financeirasglobais e a própria gestão universitária.A FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DAUNIVERSIDADE PÚBLICADiante <strong>de</strong>sta realida<strong>de</strong>, a Frente Parlamentar <strong>em</strong>Defesa da Universida<strong>de</strong> Pública constitui-se <strong>em</strong> umimportante fórum <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate, <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> alternativasimediatas e concretas para a superação da crise vivenciadapela universida<strong>de</strong>' pública brasileira, tendo comoprincípio básico a Defesa do Ensino Público Superiorcomo Instrumento <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico,Político, Social e Cultural do Brasil.Esta Frente Parlamentar <strong>de</strong>ve primar pelo caráterplural, suprapartidário, <strong>de</strong>mocrático para que possaconstituir-se <strong>em</strong> verda<strong>de</strong>iro espaço <strong>de</strong> participação integradoentre socieda<strong>de</strong> e Parlamento <strong>de</strong>ntro da perspectiva<strong>de</strong> construção <strong>de</strong> saídas exeqüíveis e imediataspara a superação da crise vivenciada na atualida<strong>de</strong>.Esta integração entre socieda<strong>de</strong> e parlamento<strong>de</strong>ve ser assegurada a partir do estabelecimento <strong>de</strong>um processo <strong>de</strong> co-responsabilida<strong>de</strong>, parceria, mútuoapoio, crítica e autocrítica permanentes com as entida<strong>de</strong>sdo Fórum Nacional <strong>de</strong> Educação e <strong>de</strong>mais organizaçõesatuantes na área da educação brasileira.Neste sentido, esta Frente discutirá uma agendada qual const<strong>em</strong> os t<strong>em</strong>as consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> mais relevantese <strong>em</strong>ergências que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> nortear os <strong>de</strong>bates futuros.Dentre eles, <strong>de</strong>stacamos: autonomia, financiamento,avaliação interna e externa, expansão <strong>de</strong> vagas,<strong>de</strong>senvolvimento do ensino, pesquisa e extensão,ciência e tecnologia.Estas e outras questões <strong>de</strong>verão, obrigatoriamente,compor o universo <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate e busca <strong>de</strong> alternativa.Mas, enten<strong>de</strong>mos que novas t<strong>em</strong>áticas, também<strong>de</strong> alta relevância, serão acrescidas no processo<strong>de</strong> discussão.Pedro Wilson GuimarãesProfessor das Universida<strong>de</strong>s Católica<strong>de</strong> Goiás e Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás, Deputado Fe-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26873<strong>de</strong>ral PT/GO, m<strong>em</strong>bro da Comissão <strong>de</strong> DireitosHumanos, da Comissão <strong>de</strong> Educação eda Comissão <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia da CâmaraFe<strong>de</strong>ral, Presi<strong>de</strong>nte do Instituto BrasilCentral e integrante do Movimento Nacional<strong>de</strong> Direitos Humanos.O SR. AFFONSO CAMARGO (PFL - PRo Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. eSrs. Deputa<strong>dos</strong>, <strong>de</strong> início quero registrar que estoumuito feliz pela acolhida ao t<strong>em</strong>a ''vida saudável", quetenho <strong>de</strong>senvolvido nesta tribuna. Foram várias as manifestações<strong>de</strong> apoio <strong>de</strong> Parlamentares e funcionários.Recebi taxes e cartas que me confirmaram, mais umavez, o interesse e a necessida<strong>de</strong> da discussão <strong>de</strong>sseassunto nesta época marcada pela tensão <strong>em</strong>ocional.Conforme prometi anteriormente - l<strong>em</strong>brandoaquele jov<strong>em</strong> carioca <strong>de</strong> 89 anos que aconselhava comera meta<strong>de</strong>, andar o dobro e sorrir otriplo -, hoje voufalar sobre os benefícios <strong>de</strong> andar o dobro, que é o "a"<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> física.Alívio <strong>de</strong> estresse, prevenção da artrose e da osteoporose,melhora da mobilida<strong>de</strong> articular, da forçamuscular, da resistência, uma sensação <strong>de</strong> b<strong>em</strong>-estare aumento <strong>de</strong> auto-estima. Esses são alguns <strong>dos</strong> principaisbenefícios <strong>de</strong> uma vida ativa, ou melhor dizendo,algumas das vantagens do "mexa-se."Nos últimos anos, um gran<strong>de</strong> equívoco norteou avisão <strong>de</strong> muitas pessoas quanto à educação física.Acreditava-se que os melhores exercícios eram aquelescujas práticas envolviam muito esforço e, comoconseqüência, ~rta dor. Hoje sab<strong>em</strong>os que nós própriospo<strong>de</strong>mos escolher e praticar ao ar livre, <strong>em</strong> casaou na aca<strong>de</strong>mia, nossos exercícios físicos <strong>de</strong> um formaprazerosa e com surpreen<strong>de</strong>ntes resulta<strong>dos</strong>.Dentre as várias possibilida<strong>de</strong>s, como caminhada,corrida, bicicleta, natação, musculação, ginásticaaeróbica e técnicas orientais como hata voga etai-chl, eu, racionalmente, <strong>de</strong>i priorida<strong>de</strong> à caminhada.Primeiro, porque uma caminhada não custa nada, porser dádiva da natureza; segundo, porque, por iniciar-sena saída <strong>de</strong> nossa casa, esse exercício é o quenos toma menos t<strong>em</strong>po; e terceiro, porque caminhar éuma verda<strong>de</strong>ira massag<strong>em</strong> nas plantas <strong>dos</strong> pés, on<strong>de</strong>localizam-se terminações nervosas e energéticas quepo<strong>de</strong>m transmitir impulsos positivos para todo organismo.Tenho caminhado diariamente, às 7h da manhã,<strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 45 minutos, e faço isso com alegria, aproveitandopara <strong>de</strong>sejar um sonoro bom-dia a todas aspessoas com qu<strong>em</strong> encontro. Aliás, estou convencido<strong>de</strong> que para aquele que ao <strong>de</strong>spertar reclama "Eu souum infeliz! Vou ter que caminhar porque meu médicomandou", o melhor é ficar dormindo, porque a caminhadanão vai ajudar-lhe.No meu caso, faço um caminhar consciente, ca·<strong>de</strong>ncia~o, e fico atento principalmente à respiração,que <strong>de</strong>ve ser a mais regular possível. Para mim, para omeu caso, o i<strong>de</strong>al é uma inspiração forte <strong>em</strong> quatropassos, com uma expiração <strong>em</strong> oito a <strong>de</strong>z passos paraeliminar todo o gás carbônico.Caminhar faz com que nosso sist<strong>em</strong>a endócrino- as glândulas - acelere suas funções, beneficiandoto<strong>dos</strong> os órgãos com a produção do hormônio endorfina,responsável, inclusive, por uma respeitável diminuição<strong>de</strong> várias sensações <strong>de</strong> dor e por um maior relaxamentodo sist<strong>em</strong>a mente-corpo. A endorfina neutralizao mal do excesso <strong>de</strong> adrenalina. Dentre outros benefíciosda caminhada, quero citar o aumento da circulaçãoperiférica, ocasionando uma melhor distribuiçãodo sangue a todas as partes do corpo, o que po<strong>de</strong> serconfirmado - e qu<strong>em</strong> caminha sabe disso - pela vermelhidãoforte impressa <strong>em</strong> nossas mãos após caminharmospor mais <strong>de</strong> trinta minutos. O fato <strong>de</strong> suar faztambém com que nosso organismo jogue para fora váriastoxinas, o que é altamente <strong>de</strong>sejável.Atualmente, o Canadá é um <strong>dos</strong> maiores ex<strong>em</strong>plosda prática nacional <strong>de</strong> uma vida saudável. O Governocana<strong>de</strong>nse estimula <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> escala as práticasesportivas, a alimentação correta e o equilíbrio psicofísico.Lá, foi fechado hospital por falta <strong>de</strong> doentes.Em nenhum país do mundo será possível fazer assistênciamédica a não ser diminuindo o número <strong>de</strong> doentes.Não é um bom ex<strong>em</strong>plo para o Brasil?Em próximas oportunida<strong>de</strong>s vou falar sobre o "a"da alegria <strong>de</strong> viver, o mais importante e, hoje <strong>em</strong> dia, omais difícil <strong>de</strong> conquistar.Muito obrigado.O SR. SERGIO NOVAIS (Bloco/PSB - CE. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,trago à tribuna importante matéria para opovo brasileiro, mas principalmente para a bancadanor<strong>de</strong>stina e para o povo daquela região que está espalhadopor este País afora.O Ministro da Ciência e Tecnologia, Bresser Pereira,conce<strong>de</strong>u uma entrevista a um <strong>dos</strong> periódicos daSocieda<strong>de</strong> Brasileira para o Progresso da Ciência ­SBPC, o Jornal da Ciência, na edição do último dia 28<strong>de</strong> maio. Lerei dois trechos das revelações do MinistroBresser Pereira, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, para que V.Exas. se inteir<strong>em</strong> do assunto:Se você quer investir <strong>em</strong> ciência noNor<strong>de</strong>ste, você está colocando capim nafrente <strong>dos</strong> bois (...).Você vai jogar dinheirofora.


26874 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999(...) (N)o Nor<strong>de</strong>ste não se <strong>de</strong>ve apoiarpesquisas científicas <strong>de</strong> ponta, porque aspesquisas <strong>de</strong>ssa região são <strong>de</strong> baixo nível,quando comparadas com as <strong>de</strong>senvolvidasno Su<strong>de</strong>ste.São <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong>sse porte que dão uma <strong>de</strong>monstraçãopatente <strong>de</strong> que esse Ministério do Sr.Fernando Henrique Car<strong>dos</strong>o, formado na sua maioriapor paulistas, está totalmente dissociado da realida<strong>de</strong>nor<strong>de</strong>stina, da realida<strong>de</strong> brasileira, e aponta aindapara que as regiões fiqu<strong>em</strong> ainda mais distantes.Portanto, as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s regionais <strong>de</strong>ste Paíscontinuam na visão <strong>de</strong>sse Governo neoliberal, quet<strong>em</strong> causado tanto transtorno ao povo brasileiro, esgarçandounida<strong>de</strong> nacional tão trabalhada e necessáriapara o nosso povo. E o Sr. Ministro Bresser Pereirav<strong>em</strong> com esse tipo <strong>de</strong> provocação dirigida ao povo nor<strong>de</strong>stino!Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, não po<strong>de</strong>mossilenciar com relação a esse assunto. T<strong>em</strong>os<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r à altura, inicialmente pedindo uma retrataçãopela provocação ao povo brasileiro, principalmenteao povo nor<strong>de</strong>stino. Muitos nor<strong>de</strong>stinos estãonos mais longínquos locais <strong>de</strong>ste País, <strong>de</strong>sbravando e<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo nossas fronteiras. Isso é inadmissível!É hora, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> nesta Casa tambémdiscutirmos os investimentos <strong>em</strong> ciência e tecnologia.Oitenta por cento <strong>dos</strong> investimentos nessa área sãorealiza<strong>dos</strong> na Região Su<strong>de</strong>ste, e 20% nas <strong>de</strong>mais regiõesbrasileiras.Pela sua gravida<strong>de</strong>, esse é um assunto que requermuito mais t<strong>em</strong>po para análise, e nosso t<strong>em</strong>po natribuna é exíguo, mas precisamos discutir. Os pesquisadoresnor<strong>de</strong>stinos estão querendo abrir essa discussãonacional, a fim <strong>de</strong> repartir essas verbas <strong>de</strong> investimentopúblico <strong>em</strong> ciência e tecnologia.Fica a exigência da retração relativa às <strong>de</strong>claraçõesfeitas pelo Ministro Bresser Pereira contra a RegiãoNor<strong>de</strong>ste e contra o povo brasileiro.Muito obrigado, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.O SR. VICENTE CAROPRESO (PSDB - SC.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras.e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, trato, hoje, <strong>de</strong> assunto que t<strong>em</strong> geradogran<strong>de</strong> preocupação para os brasileiros: os aumentos<strong>dos</strong> preços <strong>dos</strong> r<strong>em</strong>édios."Não compre r<strong>em</strong>édio". "R<strong>em</strong>édio mata". "Promovaa sua saú<strong>de</strong>" - essas po<strong>de</strong>riam ser algumas frases<strong>de</strong> efeito para campanhas, se a população brasileira,no exercício <strong>de</strong> sua cidadania, se mobilizasse contraaprática comum da indústria farmacêutica <strong>de</strong> transferirpara o consumidor o aumento <strong>dos</strong> custos <strong>de</strong> matérias-primase contra o excessivo número <strong>de</strong> casos <strong>de</strong>falsificações <strong>de</strong> medicamentos.Não chegu<strong>em</strong>os a atitu<strong>de</strong>s radicais, mas atent<strong>em</strong>ospara a gravida<strong>de</strong> da situação imposta pelos laboratóriosfarmacêuticos, que justificam o índice <strong>de</strong> 7,5%<strong>de</strong> aumento <strong>dos</strong> preços <strong>dos</strong> medicamentos, acumulado<strong>de</strong> janeiro a maio <strong>de</strong>ste ano, l<strong>em</strong>brando que a <strong>de</strong>svalorizaçãodo real fez aumentar o custo <strong>de</strong> insumosimporta<strong>dos</strong>, presentes <strong>em</strong> quase to<strong>dos</strong> os produtos <strong>dos</strong>etor. Acontece que esse índice representa quase odobro da inflação do mesmo período, <strong>de</strong> 3,8%!Em que pese o fato <strong>de</strong> os reajustes ter<strong>em</strong> sidoacorda<strong>dos</strong> entre o Governo e a Associação Brasileiradas Indústrias Farmacêuticas, a situação atinge o inaceitável,pois os preços <strong>dos</strong> r<strong>em</strong>édios estão pela horada morte. O dito popular nunca foi tão b<strong>em</strong> (ou mal?!)aplicado. Pela hora da morte, sim, porque, para muitos<strong>dos</strong> brasileiros que hoje <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do uso continuado<strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>dos</strong> medicamentos, a falta <strong>de</strong> dinheiropara comprá-los po<strong>de</strong> representar a morte <strong>em</strong> curto oulongo prazo. Pela hora da morte, sim, porque essesbrasileiros sequer contam com mecanismos eficazespara conter a prática tão comum <strong>dos</strong> laboratórios farmacêuticos<strong>de</strong> repassar para os consumidores o aumento<strong>dos</strong> custos da matéria-prima. Ao contrário, oslaboratórios não lançam mão <strong>dos</strong> ganhos <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>,obti<strong>dos</strong> com a utilização <strong>de</strong> novas tecnologias eaproveitamento mais racional <strong>dos</strong> meios disponíveis,para aliviar os gastos com a saú<strong>de</strong> da população.Trata-se <strong>de</strong> uma questão <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública queexige medidas rigorosas, para proteger o direito dopovo brasileiro. O momento já é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s sacrifícios,<strong>em</strong> especial para os aposenta<strong>dos</strong>, os que mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>mdo uso prolongado <strong>de</strong> r<strong>em</strong>édios e, <strong>em</strong> contrapartida,receb<strong>em</strong> proventos inferiores aos salários que recebiamna época <strong>em</strong> que trabalhavam e tinham maissaú<strong>de</strong>. Não po<strong>de</strong>mos permitir que esse sacrifício sejaainda maior.Reconheço o <strong>em</strong>penho do Governo para diminuiro efeito do aumento, ao celebrar o acordo com a Abifarma,diluindo <strong>em</strong> três meses o repasse <strong>de</strong>corrente daliberalização do câmbio e <strong>em</strong> mais dois meses, julho eagosto, o reajuste <strong>dos</strong> insumos nacionais como <strong>em</strong>balag<strong>em</strong>e frete. Énecessário, porém, que avigilância e ocontrole <strong>dos</strong> preços sejam mais rigorosos. Segundo levantamentodo Conselho Regional <strong>de</strong> Farmácia doDistrito Fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1994, início do PlanoReal, os medicamentos já aumentaram 75% na cotaçãodo dólar. Como a moeda americana, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as mudançascambiais, já valorizou 40%, há aí um saldo <strong>de</strong>35%, a favor das indústrias, claro. No mesmo período,


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIo DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26875o faturamento do setor foi <strong>de</strong> 3 bilhões <strong>de</strong> dólares, quesubiram para 7 bilhões <strong>em</strong> 1998.Aliás, consi<strong>de</strong>rando que <strong>em</strong> quase todas as cida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> médio e gran<strong>de</strong> porte se encontra uma drogaria<strong>em</strong> cada esquina - já são 50 mil, no País -, esse <strong>de</strong>veser um negócio altamente rentável. Senão, a que outraconclusão chegar, quando nos <strong>de</strong>paramos com o preço<strong>de</strong> alguns produtos, como o Melhorai Infantil, antitérmicolargamente utilizado, que hoje custa 153%mais caro, e outros, como Hirudoid e Inflamene, cujospreços subiram mais <strong>de</strong> 100%?Na lista <strong>dos</strong> 400 produtos mais consumi<strong>dos</strong>, <strong>de</strong>uma relação com 32 mil itens da Associação Brasileirado Comércio Farmacêutico, ainda estão os utiliza<strong>dos</strong>por diabéticos, cujos preços aumentaram até 8%, eoutros medicamentos essenciais para tratamentosprolonga<strong>dos</strong> ou <strong>de</strong> casos graves. São esses, infelizmente,os que mais sofr<strong>em</strong> reajustes.Ainda há que se consi<strong>de</strong>rar o efeito que os reajustescausam sobre o sist<strong>em</strong>a público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, umavez que o agravamento <strong>de</strong> quadros clínicos pelo nãouso do medicamento receitado po<strong>de</strong> resultar <strong>em</strong> novasinternações, que custam mais caro.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, ou as indústrias e o Governo encontramformas <strong>de</strong> conciliar a necessida<strong>de</strong> da populaçãoe a marg<strong>em</strong> <strong>de</strong> lucro das indústrias farmacêuticas,ou não vai sobrar muita gente para engordar o caixa<strong>dos</strong> laboratórios e farmácias, seja pela impossibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> sobrevivência, seja porque a população, asseguradasas condições dignas <strong>de</strong> vida e aprimorado aindamais o sist<strong>em</strong>a público <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, finalmente se conscientizará<strong>de</strong> que zelar pela saú<strong>de</strong> não é curar a doença,mas preveni-Ia.O SR. EVANDRO MILHOMEN (Bloco/PSB ­AP. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. eSrs. Deputa<strong>dos</strong>, uso estes três minutos no PequenoExpediente para tratar <strong>de</strong> assunto <strong>de</strong> que t<strong>em</strong>os ouvidofalar<strong>em</strong> muito e que t<strong>em</strong> estado constant<strong>em</strong>entenos jornais: a proibição da venda <strong>de</strong> armas nestePaís.T<strong>em</strong> sido divulgado pela imprensa que o CongressoNacional está sendo omisso quanto a <strong>de</strong>finir <strong>de</strong>uma vez por todas se haverá ou não a proibição davenda <strong>de</strong> armas. Com esse <strong>de</strong>bate tenta-se escon<strong>de</strong>ro fato <strong>de</strong> que a criminalida<strong>de</strong> que este País enfrenta éoriunda, naturalmente, da falta <strong>de</strong> uma política econômicae social, da falta <strong>de</strong> respeito pela cidadania e dacrise financeira implantada pelo Governo que aí está.Então, tenta-se combater a violência por meio da proibiçãoda venda <strong>de</strong> armas, e é o Congresso qu<strong>em</strong> teria<strong>de</strong> resolver esse probl<strong>em</strong>a, porque o projeto se encontranesta Casa e até agora não foi tomada <strong>de</strong>cisão alguma.A violência t<strong>em</strong> amplitu<strong>de</strong> muito maior do queessa discussão. Existe a violência da fome, causadapela falta <strong>de</strong> uma política social, <strong>de</strong> um compromissocom o povo <strong>de</strong>ste País. Existe a violência <strong>dos</strong> pistoleiros,<strong>dos</strong> po<strong>de</strong>rosos, a violência <strong>de</strong>corrente do egoísmo<strong>dos</strong> que não suportam o crescimento político <strong>de</strong> umadversário. Existe a violência que sofr<strong>em</strong> aqueles quenunca tiveram direito à escola, a violência que sofr<strong>em</strong>aqueles que nunca tiveram a chance <strong>de</strong> viver com dignida<strong>de</strong>.Portanto, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, esta Casa t<strong>em</strong> que s<strong>em</strong>anifestar neste momento <strong>em</strong> que se torna pública aquestão da violência, principalmente quando se tentacolocar a culpa no Congresso por uma situação comoessa, como se esta Casa pu<strong>de</strong>sse resolver a vida dopovo brasileiro com essa simples <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> proibir ounão a venda <strong>de</strong> armas.Na verda<strong>de</strong>, a solução <strong>de</strong>sse probl<strong>em</strong>a não passapela proibição ou não da venda <strong>de</strong> armas, porquena raiz <strong>de</strong>ssa questão está a falta <strong>de</strong> vergonha <strong>de</strong>sseGoverno que não respon<strong>de</strong> às necessida<strong>de</strong>s do povobrasileiro, às necessida<strong>de</strong>s daqueles que acabam caindona marginalida<strong>de</strong> por falta <strong>de</strong> opção <strong>de</strong> vida.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, era este o meu <strong>de</strong>poimento natar<strong>de</strong> <strong>de</strong> hoje.O SR. FERNANDO FERRO (PT - PE. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,conforme ampla divulgação na imprensa domeu Estado, além <strong>de</strong> artigo na revista Veja, trate nestepronunciamento <strong>de</strong> um inci<strong>de</strong>nte no aeroporto <strong>de</strong> lisboa,Portugal, envolvendo quatro jovens pernambucanos:Giovanne Alves, Túlio José Alves, Luiz AntonioMarques e Lau<strong>de</strong>nir Alberto Cruz. Esses quatro jovenscom aspiração comum <strong>de</strong> suas ida<strong>de</strong>s planejavamuma viag<strong>em</strong> à Europa, especificamente à Al<strong>em</strong>anha,que era o <strong>de</strong>stino inicial. Por infortúnio, compraram apassag<strong>em</strong> <strong>em</strong> uma companhia portuguesa que davacomo promoção a estadia <strong>de</strong> um dia na Capital, lisboa.Ao chegar<strong>em</strong> à metrópole lusa foram alvo <strong>de</strong> tratamento<strong>de</strong>sumano, discriminatório e submeti<strong>dos</strong> a outrosconstrangimentos inadmissíveis a um ser humano.Denuncio o serviço <strong>de</strong> imigração português por racismo,tratamento infame contra brasileiros e <strong>de</strong>srespeitoaos mais el<strong>em</strong>entares direitos humanos.Foram humilha<strong>dos</strong> pela sua condição <strong>de</strong> orig<strong>em</strong>brasileira, pela cor e submeti<strong>dos</strong> a uma série <strong>de</strong> interrogatórios,acusa<strong>dos</strong> <strong>de</strong> traficantes e trata<strong>dos</strong> pejorativamentecomo imigrantes <strong>de</strong> segunda categoria e encarcera<strong>dos</strong>como marginais comuns, além <strong>de</strong> ser<strong>em</strong>


26876 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999A Mesa recebe a <strong>de</strong>núncia <strong>de</strong> V. Exa.O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - T<strong>em</strong>a palavra o Deputado Caio Riela.O SR. CAIO RIELA (PTB - RS. Pronuncia o se-guinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa-<strong>dos</strong>, registramos hoje um evento muito importantealvo <strong>de</strong> permanentes e continuadas <strong>de</strong>monstrações<strong>de</strong> preconceitos,' abusos e humilhações.Os familiares <strong>de</strong>sses jovens, com qu<strong>em</strong> tive contato,<strong>de</strong>monstrando indignação e revolta, estão processandoas autorida<strong>de</strong>s lusas que respon<strong>de</strong>m poresse serviço,. acionando advoga<strong>dos</strong> para que tom<strong>em</strong>providências legais para reparar prejuízos materiais,morais e outras humilhações a que foram submeti<strong>dos</strong>.Quero também <strong>de</strong>nunciar neste pronunciamentoas autorida<strong>de</strong>s consulares brasileiras que não prestaramajuda e socorro a esses jovens brasileiros submeti<strong>dos</strong>a tão graves constrangimentos <strong>em</strong> terras estran-para a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Uruguaiana e para a educação doEstado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.Trata-se <strong>dos</strong> 129 anos <strong>de</strong> fundação do InstitutoUnião da Igreja Metodista. Foi fundado com o nome <strong>de</strong>Colégio União no dia 8 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1870 pelo mestrefrancês, Aleixo Vicente Vurlod. Ele nasceu na cida<strong>de</strong>geiras e não tiveram nenhum apoio do serviço consulardo Brasil <strong>em</strong> Lisboa, que através do Cônsul-Geral <strong>de</strong> Lion, na França, mas chegou a Uruguaiana proce-Adjunto do Governo brasileiro <strong>em</strong> Portugal, Sr. Celso' - <strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Montevidéu, on<strong>de</strong>, por algum t<strong>em</strong>po, traba-Costa Bello, <strong>de</strong>sestimulou os J'ovens agredi<strong>dos</strong> e se Ihara com o Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Mauá, Irineu Evangelista <strong>de</strong>Souza.omitiu <strong>em</strong> tomar atitu<strong>de</strong>s pelo menos humanitárias <strong>de</strong>apoio aos jovens agredi<strong>dos</strong>. Esse senhor compor- Vurlod chegou a Uruguaiana <strong>em</strong> 1864, vindo atou-se como um burocrata incompetente, insensível e convite <strong>de</strong> franceses para lecionar a domicílio línguairresponsável ao afirmar que apenas quatro casos estrangeira. álgebra e física.<strong>de</strong>sse tipo não caracterizariam um procedimento queEm 1870, ano <strong>em</strong> que se findou a guerra contrajustificasse uma <strong>de</strong>fesa da diplomacia brasileira! Solano Lopes, já era gran<strong>de</strong> o número <strong>de</strong> alunos parti-Ora, Sras. e Srs. Parlamentares, como aceitar culares e, por isso, Vurlod instalou sua escola. Denoqueum funcionário do corpo diplomático brasileiro, minou-a União, para homenagear a tríplice aliança,pago para nos representar no exterior, garantir nossos união do Brasil, da Argentina e do Uruguai, contra asdireitos à cidadania que todo o ser humano merece, forças paraguaias, que haviam invadido a vila <strong>de</strong> Uruvenhaexigir quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pelo menos cinqüenta tnci- guaiana e cuja invasão o Prof. Vurlod assistira.<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>sse tipo para se manifestar e agir <strong>em</strong> <strong>de</strong>fesa Ele foi ajudado a ministrar aulas pelas suas filhas<strong>de</strong> nossos cidadãos agredi<strong>dos</strong> no exterior? e conduziu o seu Colégio União até o ano <strong>de</strong> 1908.Comunico que estou encaminhando representa- Nesse ano, os metodistas assumiram a direção do caçãoao Itamaraty cobrando providências junto ao Go- légio. O Prof. Vurlod continuou lecionando até falecerv<strong>em</strong>o português, b<strong>em</strong> como dando andamento junto à no ano <strong>de</strong> 1910, com 73 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.Comissão <strong>de</strong> Direitos Humanos <strong>de</strong>sta Casa <strong>de</strong> reque- Suce<strong>de</strong>ram-se na administração da escola diverrimento<strong>de</strong> convocação <strong>de</strong>sse Cônsul para se explicar sos educadores e missionários metodistas ao longo dasobre sua atitu<strong>de</strong> omissa nesses inci<strong>de</strong>ntes.primeira década <strong>de</strong>ste século, até que os professoresSras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, se com Portugal guarda- brasileiros passaram a dirigir o Instituto União. Erammos relação <strong>de</strong> dupla cidadania e t<strong>em</strong>os procedimen- chama<strong>dos</strong> reitores at,é por volta <strong>de</strong> 1968, <strong>de</strong>pois diretotos<strong>de</strong> imigração portuguesa <strong>de</strong>sse tipo, como <strong>de</strong>fen- res gerais.<strong>de</strong>r reciprocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento?O Instituto União foi pioneiro na instalação e cria-Finalizo manifestando nossa solidarieda<strong>de</strong> aos ção <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os cursos <strong>de</strong> 1 0 e 2 0 graus na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>jovens atingi<strong>dos</strong> por esse comportamento animal da Uruguaiana e s<strong>em</strong>pre se <strong>de</strong>stacou na atuação educaimigraçãolusa, b<strong>em</strong> como aos seus familiares que cional assim como na prática extraclasse com jogos epart<strong>em</strong> <strong>em</strong> <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> seus direitos a ser<strong>em</strong> repara<strong>dos</strong>, competições esportivas, grupos teatrais, ass<strong>em</strong>bléiase nos colocamos à disposição para combater essas literárias, publicações <strong>de</strong> jornais revistas.atitu<strong>de</strong>s indignas do serviço <strong>de</strong> imigração português, Renoma<strong>dos</strong> mestres e prestigia<strong>dos</strong> ex-alunoson<strong>de</strong> se fizer necessário <strong>de</strong>nunciar e enfrentar o racis- passaram pelo Instituto União ao longo <strong>dos</strong> seus 129mo, a intolerância e o preconceito <strong>de</strong> que somos víti- anos <strong>de</strong> existência. Inclusive este Parlamentar, assimmas por diversas vezes <strong>em</strong> outros países.como gran<strong>de</strong>s autorida<strong>de</strong>s e personalida<strong>de</strong>s brasilei-O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - De- ras, como o ex-Deputado Raul Pont, hoje Prefeito <strong>de</strong>putado Fernando Ferro, hoje, também vou apresentar Porto Alegre e também unionista, <strong>de</strong>ve muito da suarequerimento ao Ministro <strong>de</strong> Relações Exteriores so- formação à educação ministrada no Instituto União.bre esse caso.Hoje a escola t<strong>em</strong> cerca <strong>de</strong> 820 àlunos.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26877Desta tribuna quer<strong>em</strong>os enviar nossos cumprimentosàquele Instituto e <strong>de</strong>sejar que seus dócentes ediscentes continu<strong>em</strong> a escrever sua história e projetar-sepelo século XXI que se está iniciando.Muito obrigado.A SRA. TELMA DE SOUZA (PT-SP. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,venho dar ciência à Câmara Fe<strong>de</strong>ral, solicitandotranscrição nos Anais da Casa e reprodução nosmeios <strong>de</strong> comunicação, especialmente <strong>em</strong> A Voz doBrasil, do seguinte:O Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística(IBGE) divulgou estudo sobre a economia informal.Com base <strong>em</strong> números <strong>de</strong> 1997, o IBGE <strong>de</strong>tectou que,<strong>de</strong> cada quatro brasileiros <strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>, um <strong>de</strong>senvolviaativida<strong>de</strong> econômica <strong>em</strong> ambiente familiar. Deacordo com estimativas preliminares do próprio IBGE,esse setor contribui com 8% do Produto Interno Bruto(PIB).Se, <strong>de</strong> um lado, a divulgação da participação <strong>dos</strong>etor informal no PIB ficou aquém <strong>de</strong> projeções extra-oficiais,que s<strong>em</strong>pre superestimaram esse percentual,<strong>de</strong> outro, também mostra a fragilida<strong>de</strong> da nossaeconomia.Se consi<strong>de</strong>rarmos que 25% <strong>dos</strong> trabalhadores<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> estão no setor informal, chegar<strong>em</strong>os àconclusão <strong>de</strong> que essa população possui uma condição<strong>de</strong> sobrevivência bastante precária.Conforme a pesquisa do Ibge, o rendimento médio<strong>de</strong> um <strong>em</strong>pregador do setor informal era <strong>de</strong> 240 reais<strong>em</strong> outubro <strong>de</strong> 1997. Essa realida<strong>de</strong> muda conformea região, o tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>, a instrução etc. Sãotrabalhadores que não possu<strong>em</strong> registro trabalhista e,portanto, não têm garantias sociais, como FGTS e férias,por ex<strong>em</strong>plo.Entre os que possu<strong>em</strong> algum tipo <strong>de</strong> negócio, oschama<strong>dos</strong> pequenos <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dores, os rendimentossão um pouco máiores, ficando, <strong>em</strong> média, <strong>em</strong> milreais.Ao analisarmos esses números e avaliamios opotencial <strong>de</strong>sse setor, fica clara importância <strong>de</strong> haverpolfticas voltadas para essa fatia <strong>de</strong> mercado.Algumas administrações do PT, <strong>de</strong>stacando-se ado Distrito Fe<strong>de</strong>ral e a <strong>de</strong> Porto Alegre, <strong>de</strong>senvolveramo projeto do Banco do Povo, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferecerfinanciamentos a pequenos <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dores,para melhorar<strong>em</strong> suas condições <strong>de</strong> trabalho e produção.Os <strong>em</strong>préstimos objetivavam o financiamentotanto do capital <strong>de</strong> giro como <strong>de</strong> investimentos, e tinhamcomo caracterfstica o pequeno volume das operaçõese taxa <strong>de</strong> juros abaixo das do mercado. Dessaforma, uma camada da população que não tinha acessoao sist<strong>em</strong>a financeiro tradicional passou ater a possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> financiar os seus <strong>em</strong>preendimentos.É uma idéia que já <strong>de</strong>u certo <strong>em</strong> outros lugares,como na Bolfvia e <strong>em</strong> Bangla<strong>de</strong>sh, com resulta<strong>dos</strong> extr<strong>em</strong>amentepositivos. Nessas experiências, assimcomo nas <strong>de</strong>senvolvidas pelas administrações petistasno Brasil, a inadimplência tendia a zero, mostrandoclaramente que, apesar das dificulda<strong>de</strong>s financeiras, apopulação com menor po<strong>de</strong>r aquisitivo honra seuscompromissos.Quero ainda comunicar, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, que ont<strong>em</strong>,nesta Casa, Prefeitos e o Governador do RioGran<strong>de</strong> do Sul estiveram discutindo as perdas municipaise principalmente os cortes orçamentários.Por oportuno, peço a transcrição nos Anais dodocumento Carta <strong>de</strong> Brasília, que elenca uma série <strong>de</strong>pressupostos para continua~ o trabalho que fiz<strong>em</strong>os,suprapartidariamente, na marcha <strong>dos</strong> Prefeitos, hámenos <strong>de</strong> um mês, para que, por meio <strong>de</strong> um movimentopelo pacto fe<strong>de</strong>rativo, numa frente parlamentar,possamos garantir o mínimo <strong>de</strong> sobrevivência às cida<strong>de</strong>sdo Brasil.No momento oportuno, voltarei à tribuna para darprosseguimento a esta discussão.(DOCUMENTO A QUE SE REFERE AORADORA):CARTA DE BRASíLIAEm reunião realizada <strong>em</strong> Brasília no dia 8 <strong>de</strong> junho<strong>de</strong> 1999, governadores e li<strong>de</strong>ranças nacionais domovimento <strong>de</strong> municípios consi<strong>de</strong>raram que as políticasdo Governo Fe<strong>de</strong>ral têm atentado contra o pactofe<strong>de</strong>rativo, e reflet<strong>em</strong> a adoção <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoeconômico que não t<strong>em</strong> apresentadoresulta<strong>dos</strong> positivos para o conjunto da população brasileira.Este mo<strong>de</strong>lo t<strong>em</strong> sido traduzido na fragilização<strong>dos</strong> esta<strong>dos</strong> e municípios e centralização <strong>de</strong> recursose <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r polftico no âmbito fe<strong>de</strong>ral.A Constituição <strong>de</strong> 1988 garantiu a re<strong>de</strong>finição <strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong>s entre as unida<strong>de</strong>s da Fe<strong>de</strong>ração,rumo a <strong>de</strong>scentralização da União para esta<strong>dos</strong> e municfpios,acompanhada pela <strong>de</strong>scentralização das receitas.Enquanto as novas responsabilida<strong>de</strong>s das unida<strong>de</strong>ssub-nacionais da Fe<strong>de</strong>ração foram mantidas eampliadas, os seus recursos foram paulatinamente reduzi<strong>dos</strong>.De um lado, os esta<strong>dos</strong> e municípios assumirammaiores responsabilida<strong>de</strong>s por áreas como a Saú<strong>de</strong>,a Educação e a Assistência Social e <strong>de</strong> outro, per<strong>de</strong>ramreceitas por meio <strong>de</strong> instrumentos como a criaçãodo FSE-FEF, da Lei Kandir e o fim do IWC.


26878 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999A União ampliou suas receitas mediante o aumento<strong>de</strong> aliquotas e da criação <strong>de</strong> novos tributos.Essas alterações se <strong>de</strong>ram, fundamentalmente, comtributos cujos recursos não são compartilha<strong>dos</strong> com as<strong>de</strong>mais esferas da Fe<strong>de</strong>ração e são cumulativos, oneran<strong>dos</strong>obr<strong>em</strong>aneira o processo produtivo. Em 1998, aarrecadação <strong>de</strong> PIS, Cofins e CPMF foi <strong>de</strong> R$34,3 bilhões,ou 3,79% do PIB, sendo que antes da Constituição<strong>de</strong> 1988 essas contribuições representavam cerca<strong>de</strong> 1%do PIB.Como resultado das reformas pós-Constituição<strong>de</strong> 1988, a participação <strong>dos</strong> entes da Fe<strong>de</strong>ração na receitadisponível foi alterada. Enquanto a parcela daUnião passou <strong>de</strong> 54,6% <strong>em</strong> 1991 para 56,3% <strong>em</strong> 1997a participação <strong>de</strong> esta<strong>dos</strong> e municípios caiu <strong>de</strong> 45,4%para 43,7% no mesmo período.Paralelamente, a política econômica fe<strong>de</strong>ral impl<strong>em</strong>entouprofun<strong>dos</strong> cortes no Orçamento da União,gerando graves prejuízos principalmente para as áreassociais. Isto representou um agravamento na <strong>de</strong>sresponsabilizaçãoda União com os serviços públicos e, conseqüent<strong>em</strong>ente,um aumento da <strong>de</strong>manda social no âmbitoestadual e municipal. Esta <strong>de</strong>manda ampliou-se aindamais com o quadro recessivo implantado pela políticaeconômica fe<strong>de</strong>ral. Assim, esta<strong>dos</strong> e municípios vê<strong>em</strong>-secada vez mais impossibilita<strong>dos</strong> <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r ascrescentes <strong>de</strong>mandas por serviços públicos sociais e <strong>de</strong>estimular a geração <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego e renda.A partir disso propomos: .1} Fim das perdas <strong>dos</strong> esta<strong>dos</strong> e municípioscom o FEF e o ressarcimento integraldas perdas já ocorridas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua criaçãosob a forma <strong>de</strong> FSE.2) Ressarcimento Integral a esta<strong>dos</strong> <strong>em</strong>unicípios das perdas já ocorridas <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrênciada Lei Kandir e a constituição <strong>de</strong>um mecanismo <strong>de</strong> ressarcimento permanentee integral.3) Nova estrutura tributária que fortaleçaa autonomia <strong>dos</strong> esta<strong>dos</strong> e municípiosmediante a manutenção e ampliação <strong>de</strong> suaresponsabilida<strong>de</strong> tributária, s<strong>em</strong> prejuízo dastransferências constitucionais.4) Garantia <strong>de</strong> partilha com esta<strong>dos</strong> <strong>em</strong>unicípios da receita <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os tributos econtribuições cria<strong>dos</strong> pela União.5) Imediata renegociação das dívidasmobiliária e fundadas estaduais e municipais,buscando diminuir a taxa <strong>de</strong> juros e o comprometimentoda receita com essas <strong>de</strong>spesas,garantir o acerto <strong>de</strong> contas com aUnião, retirar termos que fer<strong>em</strong> a autonomia<strong>dos</strong> entes fe<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> e <strong>de</strong>stinar parte <strong>dos</strong> pagamentospara projetos <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> <strong>em</strong>pregoe renda.6) Impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bloqueio <strong>dos</strong> repassesfe<strong>de</strong>rais para esta<strong>dos</strong> e municípiosque possuam créditos já venci<strong>dos</strong> junto a administraçãodireta ou indireta da União.7) Na compensação previ<strong>de</strong>nciária entreentes da Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong>ve ser garantida aequalização <strong>de</strong> indicadores para correção <strong>de</strong>dívidas, a extensão da compensação aosservidores aposenta<strong>dos</strong> que foram contrata<strong>dos</strong>antes <strong>de</strong> 1988 e alteração do critério <strong>de</strong>compensação segundo o efetivo valor dasaponsentadorias e pensões.8) Revisão <strong>dos</strong> parâmetros para organização<strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as próprios <strong>de</strong> previdênciaprevistos na Lei n ll 9.717/98.9) Não aprovação da atual propostachamada <strong>de</strong> "Lei <strong>de</strong> Responsabilida<strong>de</strong> Fiscal",elaborada segundo o código <strong>de</strong> transparênciado FMI, que fere a autonomia <strong>dos</strong>entes da Fe<strong>de</strong>ração.10) Reversão <strong>dos</strong> cortes no Orçamentoda União que atingiram principalmente aárea social, retomando a <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> recursospara a saú<strong>de</strong>, educação, assistênciasocial e geração <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego e renda.11) Alterações na política econômicado Governo Fe<strong>de</strong>ral, buscando a geração <strong>de</strong><strong>em</strong>prego e renda, principalmente por meioda redução da taxa <strong>de</strong> juros e do incentivo àindústria nacional.12) Manutenção da representação políticaconquistada pela população na ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> 1988, na Reforma política,garantindo ampla organização partidária.Os presentes nesta reunião <strong>de</strong> Brasília propõ<strong>em</strong>a mobilização <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os governadores e prefeitos <strong>em</strong><strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>sta pauta e dirig<strong>em</strong>-se aos <strong>de</strong>puta<strong>dos</strong> e senadoresconclamando-os à formação <strong>de</strong> uma FrenteParlamentar <strong>em</strong> Defesa do Pacto Fe<strong>de</strong>rativo.Olívio DutraGov. Rio Gran<strong>de</strong> do SulRonaldo LessaGov. AlagoasJoão CapeberibeGov.AmapáJosé Orcírio(Zeca do PT}Gov. Mato Grosso do' SulCélio <strong>de</strong> CastroFNP - Pret. Belo Horizon-tePaulo ZiulkoskiConf. Na::iooaI <strong>de</strong> M.nicfpi-osGílson MenezesABRAP - Pref. Dia<strong>de</strong>maRaul PontFNP SUI- Pref. PatoAIege


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26879Kátia BomPref. MaceióRui BornABMMario BertaniFenama-Pref.EspumosoDurante o discurso da Sr' TeIma <strong>de</strong>Souza, o Sr. Gonzaga Patriota, 4 9 Suplente<strong>de</strong>ixa a ca<strong>de</strong>ira da presidência, que é ocupadapelo Sr. Caio Riela, § 2 2 do artigo 18 doRegimento Interno.O SR. PRESIDENTE (Caio Riela) - Concedo apalavra ao Deputado Ricardo Noronha.O SR. RICARDO NORONHA (PMDB - DF. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, registro nos Anais<strong>de</strong>sta Casa matérias publicadas no Jornal da Ver·da<strong>de</strong>, do dia 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999, informativo do nossoPartido do Movimento D<strong>em</strong>ocrático Brasileiro ­PMDB.INFORMATIVO A QUE SE REFERE OORADOR:HONESTAMENTE: O PT MENTEO PT não usou o horário gratuito na TV para dizero que pensa e o que propõe.Usou a televisão para mentir. E para atacar o governoRoriz.Fez o absurdo <strong>de</strong> querer comparar um governo<strong>de</strong> 4 anos, com um <strong>de</strong> 4 meses.Mas o tiro saiu pela culatra. Em muitas áreas, ogoverno Roriz já fez, <strong>em</strong> 4 meses, o que o PT não fez<strong>em</strong> quatro anos..Veja neste jornal como o PT mentiu, as tristesverda<strong>de</strong>s que escon<strong>de</strong>u e o que não teve interesse <strong>em</strong>contar.Você vai enten<strong>de</strong>r porque o PT do Distrito Fe<strong>de</strong>ralestá começando a ser conhecido pelo nome <strong>de</strong> Partidoda Mentira.O PT MENTIU SOBRE CRIMESA mentira:O PT disse que os homicídios aumentaram 50%no Distrito Fe<strong>de</strong>ral, durante o Governo Roriz.A verda<strong>de</strong>:No governo do PT a violência e a criminalida<strong>de</strong>cresceram brutalmente, porque a segurança públicanão era priorida<strong>de</strong>. Agora que o governo Roriz começoua colocar or<strong>de</strong>m na casa eles inventam númerospara confundir a opinião pública. Mas a verda<strong>de</strong> é:• De janeiro a abril <strong>de</strong> 98, durante o governo Cristovam,houve 90 assassinatos. No mesmo período <strong>de</strong>99, os homicfdios caíram para 84.• Os crimes violentos vêm diminuindo no governoRoriz. Foram menos 4,5% homicídios, menos 5,3%tentativas <strong>de</strong> homicídio, menos 22% <strong>de</strong> estupros, menos27% <strong>de</strong> assaltos a postos <strong>de</strong> gasolina: .Veja porque os crimes estão diminuindo:• O governo lançou o programa Segurança s<strong>em</strong>Tolerância.• Aumentou o número <strong>de</strong> policiais nas ruas <strong>de</strong>2.300 para 5 mil.• Contratou 865 policiais civis, 2 mil policiais militarese 900 bombeiros.• Trouxe a Rocan e as duplas Cosme e Damião<strong>de</strong> volta às ruas.• Criou o programa segurança nas quadras, <strong>em</strong>parceria com os moradores.• Quase dobrou a frota <strong>de</strong> carros: <strong>de</strong> 150 para275.• O GDF saiu na frente <strong>de</strong> outros governos proibindoa venda <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo e fazendo campanha<strong>de</strong> <strong>de</strong>sarmanento.• Aumentou o combate às drogas e às ganguesdo crime organizado.• Com o Disque Denúncia (346-4446), recebeumais <strong>de</strong> 1.700 ligações e solucionou inúmeros casos.O PT MENTIU SOBRE O TRÂNSITOA mentira:O PT diz que o número <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes no trânsitoestá aumentando no governo Roriz.A verda<strong>de</strong>:Foram 53 mortes no trânsito no periodo <strong>de</strong> marçoe abril <strong>de</strong> 98, enquanto no mesmo período <strong>de</strong> 99, foram44. Há, portanto, uma tendência <strong>de</strong> redução donúmero <strong>de</strong> mortes, por conta das ações rigorosas queo governo Roriz está adotando.Veja o que foi e o que está sendo feito para diminuira violência no trânsito:• Pintura <strong>de</strong> 600 faixas <strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres no DF, quetinham sido cobertas pelo "asfalto eleitoral" <strong>de</strong> Cristovamo• Devolução e anulação <strong>de</strong> todas as multas cobradasirregularmente no governo do PT e <strong>de</strong> Cristovampor pardais e barreiras eletrônicas.• Abertura das oito passagens subterrâneas sobo Eixão Norte, que irão oferecer uma opção <strong>de</strong> travessiasegura na área.• Aumento do número <strong>de</strong> blitz.• Reforço na fiscalização <strong>dos</strong> "pontos negros",on<strong>de</strong> ocorr<strong>em</strong> mais aci<strong>de</strong>ntes.• Aquisição <strong>de</strong> mais viaturas para o Detran e parao DER.


26880 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999• Nova sinalização ao longo da avenida W3.• Aquisição <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 25 mil "bafômetros", usa<strong>dos</strong>para educar o motorista e impedi-lo <strong>de</strong> dirigir alcoolizado.• Instalação da primeira <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> faixas<strong>de</strong> pe<strong>de</strong>stres reforçada com iluminação especial.O PT MENTIU SOBRE A SAÚDEA mentira:O PT disse que quando extinguiu o Saú<strong>de</strong> <strong>em</strong>Casa, o Governo do Distrito Fe<strong>de</strong>ral acabou tambémcom o atendimento domiciliar.A verda<strong>de</strong>:O atendimento domiciliar não só continuou,como melhorou, e muito. O governo acabou com o Sa~ú<strong>de</strong> <strong>em</strong> Casa porque era totalmente irregular e precisavaser moralizado. Médicos do programa recebiamtrês vezes mais do que os médicos da Fundação Hospitalar.Os coor<strong>de</strong>nadores agiam da forma que queriam,s<strong>em</strong> prestar contas <strong>dos</strong> gastos que faziam. O povoreclamava do <strong>de</strong>spreparo da maioria do pessoal contratado.E, para completar, os custos eram exageradamentealtos <strong>em</strong> comparação com os benefícios. O programaSaú<strong>de</strong> <strong>em</strong> Casa era, na verda<strong>de</strong>, um cabi<strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>em</strong>pregos para os simpatizantes do PT.Nasce o Saú<strong>de</strong> da FamíliaRoriz criou o Saú<strong>de</strong> da Família. Agentes, enfermeirose médicos vão às casas das pessoas carentese resolv<strong>em</strong> <strong>de</strong> fato os probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> - para issosão treina<strong>dos</strong> - e não apenas encaminham os doentespara os hospitais, como o PT fazia.O Saú<strong>de</strong> da Família acabou com as injustiças salariais.E o funcionalismo voltou a ter motivação para otrabalho, o que resulta <strong>em</strong> melhor atendimento e maisatenção com os doentes.ARLETE TAMBÉM CRITICAVA OSAÚDE EM CASASe alguém t<strong>em</strong> dúvida se o Saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> Casaprestava, ou não, é só ler a opinião <strong>de</strong> Arlete Sampaio,ex-vice-governadora <strong>de</strong> Cristovam. O que ela achavado programa está escrito com todas as letras no jornal"Acorda, Doutor", do Sindicato <strong>dos</strong> Médicos, n Q 2 <strong>de</strong> julho<strong>de</strong> 1998. Leia com a gente:A vice-governadora critica também o processo<strong>de</strong> contratação e o salário <strong>dos</strong> médicos do Saú<strong>de</strong> <strong>em</strong>Casa. Para ela, esses médicos <strong>de</strong>veriam ser incorpora<strong>dos</strong>ao processo normal <strong>de</strong> contratação <strong>de</strong> profissionais<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.A DrB Arlete consi<strong>de</strong>ra que se o médico contratadopelo programa ganha R$4 mil por mês para dart<strong>em</strong>po integral e <strong>de</strong>dicação exclusiva, o mesmo <strong>de</strong>veriaser oferecido aos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da re<strong>de</strong>. Ecompleta: "Não po<strong>de</strong> cobrir apenas o Paranoá, parte<strong>de</strong> Samambaia, parte não sei <strong>de</strong> on<strong>de</strong>. Se é para terum programa <strong>de</strong>sse tipo, incorporàdo ao sist<strong>em</strong>a, elet<strong>em</strong> que ser universalizado".Diz<strong>em</strong> que uma vez por dia até os relógios para<strong>dos</strong>falam a verda<strong>de</strong>. No dia <strong>de</strong> entrevista ao "Acorda,Doutor", <strong>de</strong>ve ter chegado a hora da Arlete.MAIS SAÚDEVeja o que Roriz está fazendopara melhorar a saú<strong>de</strong> no DF• Contratação <strong>de</strong> médicos, enferm.eiras e auxiliarespara o programa Saú<strong>de</strong> da Família; para aten<strong>de</strong>r a70 mil famílias carentes no Distrito Fe<strong>de</strong>ral.• Abertura <strong>de</strong> concurso público para a contratação<strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.• Reaparelhamento da re<strong>de</strong> hospitalar.• Regularização do· estoque <strong>de</strong> medicamentosnos hospitais públicos.• Reformas urgentes <strong>em</strong> obras entregues comoacabadas, mas s<strong>em</strong> condições <strong>de</strong> uso pelas unida<strong>de</strong>sda re<strong>de</strong>.• Início do programa <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> leite e pãopara fam í1ias carentes.CADÊ O DINHEIRO DO POVO, CRISTOVAM?Exist<strong>em</strong> muitas histórias <strong>de</strong> corrupção e <strong>de</strong> falcatruasdo PT, que o partidoo - claro - não quis mostrarna TV. Três <strong>de</strong>stas histórias reais estão contadas aqui.Elas <strong>de</strong>stró<strong>em</strong> a imag<strong>em</strong> <strong>de</strong> honestida<strong>de</strong> que o PT,com o gasto <strong>de</strong> milhões <strong>em</strong> propaganda, preten<strong>de</strong>ucriar:QUADRILHA PETISTA ASSALTA BRBO Banco <strong>de</strong> Brasília (BRB) sofreu um verda<strong>de</strong>iroassalto durante o governo petista <strong>de</strong> Cristovam Buarque.Apenas duas campanhas <strong>de</strong> propaganda milionárias,patrocinadas pelo banco no ano passado, causaramum rombo <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> R$1,3 milhão aos cofres pú~blicos. E o que é pior: as notas fiscais - falsas - <strong>dos</strong>serviços presta<strong>dos</strong> foram <strong>em</strong>itidas por uma <strong>em</strong>presafantasma <strong>de</strong> Recife, a Som Maior Ltda. - O en<strong>de</strong>reçofornecido pela <strong>em</strong>presa não existe, o CGC pertence auma outra <strong>em</strong>presa localizada <strong>em</strong> Taubaté (SP) e ainscrição municipal pertence a um motorista autônomo.As campanhas foram planejadas pela agência<strong>de</strong> propaganda Makplan, também <strong>de</strong> Recife, para .Q .Crédito Pessoal BRB e Cartão BRB Visa Fácil. Uma,no valor <strong>de</strong> R$655.500,00 e outra <strong>de</strong> R$718.750,00. Opreço, superfaturado, <strong>de</strong> um comercial <strong>de</strong> TV <strong>de</strong> 30"


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRlO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26881daria até para produzir um filme <strong>de</strong> longa metrag<strong>em</strong>com atores globais. Ou para adquirir centenas <strong>de</strong> cestasbásicas para as famílias carentes. E o que é pior:ninguém sabe se as exibições previstas no rádio e naTV foram realmente executadas.SindiCância apurou que o Departamentoo <strong>de</strong>Marketing do banco questionou o valor da campanha,na época, mas a Presid-encia bateu o pé e <strong>de</strong>cidiu jogaro dinheiro do povo fora. Ou melhor, direto para obolso da quadrilha que assaltou o GDF na gestão passada.GRAN CIRCO FAZ AFELICIDADE DE POUCOSUm ex<strong>em</strong>plo do mau uso <strong>de</strong> recursos públicospelo governo petista envolveu a Fundação Educacional,no apagar das luzes do governo Cristovam Buarque.Em set<strong>em</strong>bro do ano passado a Fundação contratoua <strong>em</strong>presa Rispoli Andra<strong>de</strong> - Produção <strong>de</strong> EspetáculosLtda. para uma série <strong>de</strong> apresentações nas escolaspúblicas sobre t<strong>em</strong>as relaciona<strong>dos</strong> ao combate à violênciae à drogas, à cidadania e programas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<strong>de</strong>ntro do programa "Gran Circo Felicida<strong>de</strong>".Só que das 300 apresentações contratadas, aopreço <strong>de</strong> R$375 mil, aconteceram apenas 95, mesmoassim ainda sob suspeitas. É que nos relatórios envia<strong>dos</strong>pelas escolas constatou-se um absurdo: <strong>em</strong> um únicodia foram realizadas 12 apresentações, <strong>em</strong> várias cida<strong>de</strong>sdo DF, o que é humanamente impossível. Mesmonão cumprindo o número <strong>de</strong> apresentações contratadas,a <strong>em</strong>presa recebeu o valor integral acertado, lesando oscofres públicos. Mas o gov<strong>em</strong>o petista nada fez.O "Gran Circo Felicida<strong>de</strong>" só trouxe felicida<strong>de</strong>para os donos da <strong>em</strong>presa contratada, que recebeu odinheiro na íntegra s<strong>em</strong> apresentar os shows, e paraos caciques petistas, que estão rindo <strong>de</strong> toda a populaçãobrasiliense. Mas a Justiça promete acabar comesta palhaçada.PESQUI~A DE R$2 MILHÕESFOI PAGA PELO POVOUm rombo <strong>de</strong> quase R$2 milhões envolve a Secretaria<strong>de</strong> Comunicação Social do governo petista e a<strong>em</strong>presa <strong>de</strong> tel<strong>em</strong>arketing Sunset - Sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> MarketingLtda. com se<strong>de</strong> <strong>em</strong> Cotia (SP). Por intermédioda Atual Propaganda, a <strong>em</strong>presa recebeu a bagatela<strong>de</strong> R$1 ,9 milhão para <strong>de</strong>senvolver pesquisas por telefonejunto à opinião pública, para medir a popularida<strong>de</strong>do ex-governador Cristovam Buarque.Acontece que as pesquisas ficaram só no papel,enquanto o dinheiro foi pago <strong>de</strong> forma integral à Sunset.Entretanto, nenhum relatório <strong>de</strong> serviços. A pedidodo atual governador, o Tribunal <strong>de</strong> Contas iniciou umaauditoria especial nos contratos da Secretaria <strong>de</strong> Comunicaçãodo governo Cristovam e <strong>de</strong>scobriu uma série<strong>de</strong> irregularida<strong>de</strong>s envolvendo o contrato com <strong>em</strong>presaSunset. A <strong>em</strong>presa foi constituída <strong>em</strong> julho <strong>de</strong>1996, com capital <strong>de</strong> R$10 mil dividido igualmente entreos sócios Carlos Augusto Cappio Gue<strong>de</strong>s Pereira eTasso Pimentel Scaff Júnior. Poucos meses <strong>de</strong>poiseles fecharam o contrato com o GDF para operarR$1,9 milhão. Além disso, o en<strong>de</strong>reço fornecido é falso.Numa prática que se tornou comum no gov<strong>em</strong>opetista, a <strong>em</strong>presa não prestou o serviço contratado,mas mesmo assim recebeu o dinheiro na íntegra. O Tribunal<strong>de</strong> Contas do DF está no encalço <strong>dos</strong> larápios.CRISTOVAM MENTIUSOBRE EDUCAÇÃOAs mentiras:O programa do PT disse que a educação melhorou<strong>de</strong> 1995 a 1998 no Distrito Fe<strong>de</strong>ral. E oex-governador Cristovam Buarque afirmou que matriculoutodas as crianças <strong>em</strong> ida<strong>de</strong> escolar.A verda<strong>de</strong>:Em 1998, o MEC mostrou que o ensino básico noDF se <strong>de</strong>teriorou. A tal "escola candanga" foi invenção<strong>de</strong>sastrosa. Os alunos que passaram por ela estãocom dificulda<strong>de</strong> no prosseguimento <strong>dos</strong> estu<strong>dos</strong>.E Cristovam mentiu na TV quando disse que matriculoutodas as crianças. Ele <strong>de</strong>ixou o governo s<strong>em</strong>previsão para matrícula <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> alunos no Recantodas Emas.O governo Roriz teve <strong>de</strong> construir uma escola <strong>de</strong><strong>em</strong>ergência no Recanto das Emas. E v<strong>em</strong> fazendo umgran<strong>de</strong> esforço para recuperar várias escolas.RORIZ FEZ E ESTÁ FAZENDO MAISPELA eDUCAçÃO• Fim do tumo da fome, com escola <strong>em</strong> turnosnormais para to<strong>dos</strong>.• Construção <strong>de</strong> 40 salas <strong>de</strong> aula e reformas <strong>de</strong><strong>em</strong>ergência• Redução do déficit <strong>de</strong> professores, com a contratação<strong>de</strong> 1.458 concursa<strong>dos</strong>.• Reforma da tradicional Escola Normal <strong>de</strong> Brasllia.• Garantia <strong>de</strong> carteira <strong>de</strong> estudante gratuita parato<strong>dos</strong> os alunos da re<strong>de</strong> pública.O PT MENTIU SOBRE AS INVASÕESUma palavra que o PT <strong>de</strong>via ter riscado do dicionáriodo partido é invasão.


26882 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Quando alguém fala <strong>em</strong> invasão, a primeira coisaque v<strong>em</strong> à cabeça é a Polícia <strong>de</strong> Cristovam a cavalo,espancando e escoiceando pobres coita<strong>dos</strong>, na EstruturaI.E repetindo a violência no Recanto das Emas.Mas o PT voltou ao assunto. Disse que Roriz, éculpado pelas invpsões <strong>de</strong> agora. E que está expulsandoos invasores.É verda<strong>de</strong> que Roriz está combatendo as invasões.Mas <strong>de</strong> forma or<strong>de</strong>ira ecom respeito às pessoas.Uma coisa é <strong>de</strong>socupar <strong>de</strong> modo pacífico e s<strong>em</strong>violência, como Roriz está fazendo. A outra, é expulsarcom espada e cassetete, como o PT fazia.Mas ainda: foi o Governo que se preocupou comas invasões, o que não aconteceu cám o PT.Foi Roriz que criou uma secretaria só para cuidar<strong>dos</strong> probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> posse e regularização <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>a Secretaria <strong>de</strong> Assuntos Fundiários.NO GOVERNO PT, MORADORESDISPUTAVAM ÁGUA COM OS CAVALOSO programa do PT mentiu <strong>de</strong>slavadamentequando disse que o governo Cristovam <strong>de</strong>u água parato<strong>dos</strong>.O PT não fez nada para garantir o abastecimentoe a qualida<strong>de</strong> da água. Os moradores <strong>de</strong> Samambaiatinha <strong>de</strong> disputar a água com os cavalos que vinhambeber nos tambores que abasteciam as famílias.O mais grave foi a imprevidência <strong>de</strong> Cristovam.Se Roriz não agisse agora, <strong>em</strong> menos <strong>de</strong> cinco anos apopulação do Distrito Fe<strong>de</strong>ral e do Entorno não teriaágua n<strong>em</strong> para beber.Mas o governo Roriz agiu rápido. Em parceriacom a União, o governo <strong>de</strong> Goiás e a iniciativa privada,Roriz vai construir a barrag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Corumbá IV. Ela garantiráo abastecimento d'água por mais 100 anos, atéo final do século XXI. Além <strong>de</strong> gerar energia, facilitar airrigação e o <strong>de</strong>senvolvimento do turismo.Enquanto o PT mente, Roriz cumpre o que promete.PT DIZ QUE CRIOU EMPREGOS, MASDEIXOU 180 MIL DESEMPREGADOSA maior mentira que o PT tentou pregar no horárioeleitoral do TRE foi que tinha criado <strong>em</strong>pregos.Na verda<strong>de</strong>, o que Cristovam criou foi o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego.Quando Cristovam assumiu o governo, o DistritoFe<strong>de</strong>ral tinha 95 mil <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>. Quando saiu, onúmero <strong>de</strong> pessoas s<strong>em</strong> <strong>em</strong>prego tinha subido para180 mil. Quase o dobro.Foi no governo do PT que várias <strong>em</strong>presas <strong>de</strong>ixaramBrasília. Elas foram <strong>em</strong>bora para outros esta<strong>dos</strong>,banidas pela perseguição e falta <strong>de</strong> apoio <strong>de</strong> umpartido que se diz "socialista" e contra a iniciativa privada.Dezenas e <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> outras <strong>em</strong>presas, gran<strong>de</strong>se pequenas, que queriam se instalar no Distrito Fe<strong>de</strong>ral,mudaram <strong>de</strong> idéia.Com isso, o povo per<strong>de</strong>u os <strong>em</strong>pregos, o governoper<strong>de</strong>u os impostos e Brasília quase per<strong>de</strong> a esperança.RORIZ ATRAI INDÚSTRIAS ECRIA FRENTES DE TRABALHOO que o PT não contou no programa eleitoral dopartido é que as <strong>em</strong>presas que tinham <strong>de</strong>ixado o DFestão voltando. Não contou também que 220 novas<strong>em</strong>presas estão querendo se instalar aqui agora.E não disse para ninguém que Roriz inaugurou oPólo JK para abrigar 176 indústrias <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte eestá facilitando a venda <strong>de</strong> lotes para as <strong>em</strong>presas.Mas o que o PT fez questão <strong>de</strong> escon<strong>de</strong>r foi queRoriz lançou o programa <strong>de</strong> Frentes <strong>de</strong> Trabalho e Qualificação,e está dando <strong>em</strong>prego treinando e qualificando10 mil trabalhadores.Por mais incrível que pareça, o PT - que diz ser opartido <strong>dos</strong> trabalhadores - está contra as frentes <strong>de</strong>trabalho e qualificação criadas por Roriz. Deve ser aprimeira vez na história que um partido <strong>de</strong> trabalhadoresfica contra o trabalhador.28,86%QUEM NÃO PAGOU FOI CRISTOVAMO PT mente quando diz que Roriz não <strong>de</strong>u os28,86% <strong>de</strong> aumento para o funcionalismo. O governoRoriz conce<strong>de</strong>u, sim, o reajuste para to<strong>dos</strong> os funcionáriosque no governo Cristovam não tiveram qualqueraumento. Tudo conforme a lei, e as promessas<strong>de</strong> campanha.O PT escon<strong>de</strong> que nos quatro anos <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>sgovernonão fez nada para dar aos servidores do GDFo reajuste <strong>de</strong> 28,86% que a Justiça conce<strong>de</strong>u. Pelocontrário, Cristovam foi até contra. E os mesmos sindicalistasque agora ment<strong>em</strong> para os servidores nadareclamaram no governo do PT.Des<strong>de</strong> março os que trabalham na administraçãodireta, nas autarquias·e nas fundações estão recebendoos 28,86%, retroativos a janeiro <strong>de</strong>ste ano. Por enquanto,<strong>em</strong> forma <strong>de</strong> abono, que mais tar<strong>de</strong> será incorporado<strong>de</strong>finitivamente ao salário. Roriz cumpre a lei.E cumpre o que promete.INSTITUTO DO ESCÂNDALOO PT pensa que engana o povo. Pensa, mas nãoengana. Ninguém é bobo. A administração petista à


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26883frente do GDF <strong>de</strong>ixou um rastro <strong>de</strong> lama. Veja o que com a distribuição <strong>de</strong> pão e leite que o governo Rorizo novo governo está <strong>de</strong>scobrindo no Instituto Can- está fazendo. Ele anda dizendo que a maior parte dasdango..crianças está chorando <strong>de</strong> barriga cheia.Sindicância no Instituto Candango <strong>de</strong> Solidarie- Ainda b<strong>em</strong> que o povo mandou esseda<strong>de</strong>, ainda não divulgada, mostra infindáveis falcatru- ex-<strong>de</strong>putado do PT para o merecido esquecimento.as. Escândalos escabrosos da pior qualida<strong>de</strong>, usandoo dinheiro do povo.CADÊ O "AEROPORTO"?Os documentos mostram, por ex<strong>em</strong>plo, como o Cristovam fez muita marola com a "reforma" daPT tentou escon<strong>de</strong>r a roubalheira do dinheiro público. Estação Rodoviária do Plano Piloto, que teria sido feitaNão entregou as contas do Instituto e <strong>de</strong>u sumiço nos <strong>em</strong> seu governo. Disse, ele próprio, que agora t<strong>em</strong>osextratos bancários.uma "rodoviária que parece aeroporto".O furto foi grotesco.Depois da "inauguração" eleitoreira a obra <strong>de</strong> fa-Desapareceram, inexplicavelmente, móveis, chada não resistiu à primeira chuva. Era tudo mentira.computadores e outros equipamentos. Com isso, foi im- A "gran<strong>de</strong> obra" estava cheia <strong>de</strong> tapumes e vazamenpossivelrealizar o balanço patrimonial da instituição. tos, mostrando que estava tudo para fazer. Apesar <strong>dos</strong>A situação é tão grave que mais <strong>de</strong> meio milhão 22 milhões <strong>de</strong> reais gastos na "reforma".<strong>de</strong> reais saiu pelo ladrão. Foi "doado" para pessoas e Quando o PT <strong>de</strong>ixou o governo, o "aeroporto" <strong>de</strong><strong>em</strong>presas fantasmas. Não se sabe qu<strong>em</strong> recebeu e Cristovam não tinha n<strong>em</strong> escada rolante que funcioon<strong>de</strong>foi parar esse dinheiro.nasse.Essas doações - para espanto geral- ocorreram, Agora, t<strong>em</strong>.por coincidência, exatamente no perlodo <strong>em</strong> que se re-- Comparação, marota, ess.a que o PT está fazenalizaramas eleições no Distrito Fe<strong>de</strong>ral. Uma gran<strong>de</strong> do. Mostra o que o governo Cristovam teria feito <strong>em</strong>transação para tentar eleger o <strong>de</strong>rrotado Cristovam. quatro anos e compara com as realizações <strong>de</strong> apenasNuma estranha operação, foram compra<strong>dos</strong> 22 quatro meses do governo Roriz.computadores e 4 impressoras. Até hoje, contudo, foi Só que o programa <strong>de</strong> televisão do PT t<strong>em</strong> tantaimpossivellocalizá-Ios. Sumiram, como também <strong>de</strong>sa- mentira que serviu para mostrar que na verda<strong>de</strong> o parpareceramoutros bens móveis e equipamentos. tido fez muito pouco no governo. E <strong>de</strong>u para ver queNuma ação criminosa, que o PT con<strong>de</strong>na <strong>em</strong> <strong>em</strong> muitos ~mpos, Roriz fez, <strong>em</strong> quatro meses, maisseus programas <strong>de</strong> 1V, foi contratada s<strong>em</strong> licitação ou que Cristovam <strong>em</strong> 48 meses.tomada <strong>de</strong> preços a <strong>em</strong>presa Arte Ciência Serviços Ta- O SR. GONZAGA PATRIOTA (Bloco/PSB - PE.quigráficos Ltda., para dar cursos <strong>de</strong> computação. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs.. Mais <strong>de</strong> 285 mil reais foram entregues a essa Deputa<strong>dos</strong>, estamos apresentando requerimento ao<strong>em</strong>presa. Os pagamentos foram feitos <strong>de</strong> forma irregu- Ministro das Relações Exteriores para que indague dolar, pois n<strong>em</strong> nota fiscal válida essa <strong>em</strong>presa tinha. Governo <strong>de</strong> Portugal por que tanta perseguição aosEram notas "frias" que o PT esquentou.brasileiros. Além do caso <strong>dos</strong> <strong>de</strong>ntistas brasileiros <strong>em</strong>E não foi só isso. Essa mesma <strong>em</strong>presa ven<strong>de</strong>u Portugal, agora também os turistas estão apanhando epara o Instituto Candango 177 ca<strong>de</strong>iras s<strong>em</strong> que lhe sendo massacra<strong>dos</strong> naquele pais. Tratamos os portufosseexigida a nota fiscal. Ninguém sabe, até hoje, se gueses tão b<strong>em</strong> aqui no Brasil! S<strong>em</strong>pre dispensamosas tais ca<strong>de</strong>iras exist<strong>em</strong>.aos portugueses muito respeito e admiração. Por issoO escândalo vai mais longe: pagamento <strong>de</strong> funci- quer<strong>em</strong>os informaçOes do Consulado e do Ministério.onários fantasmas, concessão <strong>de</strong> vale-transporte a Aqui no Pais viv<strong>em</strong> milhares <strong>de</strong> portugueses,<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> <strong>em</strong> férias e pagamentos <strong>de</strong> gratificações permanent<strong>em</strong>ente, trabalhando sob a tutela e amparoin<strong>de</strong>vidas. Enfim, uma gran<strong>de</strong> ação entre amigos. das leis que dão garantia aos brasileiros. O tratamentoE foi exatamente através do Instituto Candango do povo brasileiro aos portugueses ou povos <strong>de</strong> qualquese montou a farsa do tal <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>em</strong> Casa. Uma quer outra nação é s<strong>em</strong>pre solicito e respeitoso. Noenganação que o PT inventou para ludibriar o povo e entanto, o mesmo não acontece com os brasileirosdar dinheiro para seus simpatizantes e protegi<strong>dos</strong>. que procuram trabalhar, ou mesmo os que gastamPEGA NA MENTIRAChico quer tirar o leite das criançasO ex-<strong>de</strong>putado Chico Vigilante, que per<strong>de</strong>u aeleição e não t<strong>em</strong> mais o que vigiar, <strong>de</strong>u para implicarseus frágeis reais <strong>em</strong> terras lusitanas.O caso <strong>dos</strong> odontólogos brasileiros <strong>em</strong> Portugal,que há anos vêm sofrendo todo tipo <strong>de</strong> perseguição ediscriminação por parte das autorida<strong>de</strong>s portuguesas,inclusive com prisões, expulsões e até torturas <strong>de</strong> toda


26884 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999natureza, repetiu-se com os turistas e estudantes pernambucanosGiovanne Alves, Túlio José e Luiz Antônio,que <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcaram <strong>em</strong> Lisboa, no dia 23 <strong>de</strong>maio, para uma conexão para Frankfurt, Al<strong>em</strong>anha,on<strong>de</strong> foram <strong>de</strong>ti<strong>dos</strong> por oficiais da Po([cia <strong>de</strong> Imigraçãoe Fronteiras <strong>de</strong> Portugal e, <strong>em</strong> seguida, submeti<strong>dos</strong> auma série <strong>de</strong> interrogatórios e "sermões" humilhantes,sob alegação <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> brasileiros.Além <strong>de</strong> passar<strong>em</strong> oito horas s<strong>em</strong> direito a comida,água ou telefon<strong>em</strong>as, foram encarcera<strong>dos</strong> numapequena sala junto com mais vinte pessoas e <strong>de</strong>poisobriga<strong>dos</strong> a <strong>em</strong>barcar <strong>em</strong> avião <strong>de</strong> volta ao Brasil.Leva<strong>dos</strong> para uma sala on<strong>de</strong> estavam angolanose africanos, os brasileiros ouviram toda espécie <strong>de</strong> gritose <strong>de</strong>saforos. Esse fato <strong>de</strong>sagradável foi amplamentedivulgado pela imprensa pernambucana, o que<strong>de</strong>ixa indignada toda a população daquele Estado.Esta, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, não <strong>de</strong>ve ser mais uma <strong>de</strong>núncia<strong>de</strong> maus-tratos por parte das autorida<strong>de</strong>s portuguesascontra in<strong>de</strong>fesos brasileiros naquele país.Por este motivo, requeiro a V. Exa., nos termos regimentais,se digne oficiar ao Ministro das RelaçõesExteriores, Luiz Felipe Lampreia, para que tome todasas providências diplomáticas e necessárias para evitarque nossos irmãos brasileiros continu<strong>em</strong> sofrendo discriminações,inclusive sociais, naquele pais irmão.O SR. MARÇAL FILHO (PMDB - MS. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,utilizo a tribuna para divulgar proposição queapresentei revogando o inciso VII do art. 295 do Decreto-Lein° 3.689 - Código <strong>de</strong> Processo Penal. Trata-se<strong>de</strong> retirar <strong>de</strong> nossa legislação um privilégio odioso que,infelizmente, persiste ainda <strong>em</strong> nossos dias: o direitoque o diplomado <strong>em</strong> curso superior t<strong>em</strong> <strong>de</strong>, quando sujeitoa prisão antes <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nação <strong>de</strong>finitiva, ser recolhidoa quartéis ou prisão especial.Na verda<strong>de</strong>, esse privilégio é b<strong>em</strong> característico<strong>de</strong> uma época <strong>em</strong> que imperava o coronelismo no Paise possuir um diploma <strong>de</strong> curso superior era motivo suficientepara se consi<strong>de</strong>rar uma pessoa melhor que outra.Acredito que s<strong>em</strong>elhante privilégio não se justificanos dias <strong>de</strong> hoje, <strong>de</strong>vendo ser mantida a prisão especialpara os <strong>de</strong>mais casos enumera<strong>dos</strong> no Código<strong>de</strong> Processo Penal, quais sejam Ministros e Governadores<strong>de</strong> Estado, m<strong>em</strong>bros do Congresso Nacional, cidadãosinscritos no "Livro <strong>de</strong> Mérito", oficiais das ForçasArmadas e do Corpo <strong>de</strong> Bombeiros, magistra<strong>dos</strong>,ministros <strong>de</strong> confissão religiosa, Ministros do Tribunal<strong>de</strong> Contas, cidadãos que já tiver<strong>em</strong> exercido efetivamentea função <strong>de</strong> jurado, <strong>de</strong>lega<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pO([c1a e osguardas-civis <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> e Territórios.Por essas razões, conto com o apoio <strong>dos</strong> ilustrespares para suprimir s<strong>em</strong>elhante privilégio <strong>de</strong> nosso or<strong>de</strong>namentojurldico, tornando, <strong>de</strong>ssa forma, nossa socieda<strong>de</strong>mais humana e menos elitista.O SR. PAULO FEIJÓ (PSDB - RJ. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,recente pesquisa da Fundação Instituto Brasileiro<strong>de</strong> Geografia e Estatlstica -IBGE produziu umRaio X do peso do setor informal na economia nacional,responsável por 25% <strong>dos</strong> cerca <strong>de</strong> 52 milhões <strong>de</strong>trabalhadores <strong>em</strong> ativida<strong>de</strong>s não agrícolas do Brasil.Consi<strong>de</strong>ro que estes números retratam a importânciada ativida<strong>de</strong> informal <strong>em</strong> nossa realida<strong>de</strong> social e pensoque é preciso acelerar a impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> instrumentosque auxili<strong>em</strong> esses trabalhadores a alcançar<strong>em</strong>o status da regularida<strong>de</strong>, no sentido <strong>de</strong> que lhessejam assegura<strong>dos</strong> os direitos mlnimos previstos <strong>em</strong>lei.A mesma pesquisa do IBGE joga por terra aindao mito <strong>de</strong> que seria o setor informal contribuinte commais <strong>de</strong> 50% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.A participação <strong>de</strong>sse segmento é <strong>de</strong> apenas 8% doPIB brasileiro, ficando clara a participação da economiainformal na geração <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho, masnão na formação maciça <strong>de</strong> divisas e riquezas. Os númerossão <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> universo <strong>de</strong> pesquisa, feita<strong>em</strong> outubro <strong>de</strong> 1997, abrangendo 50 mil domicílios dasáreas urbanas <strong>de</strong> 753 cida<strong>de</strong>s do Brasil.A pesquisa, nobres colegas Parlamentares, sinalizoupara a existência <strong>de</strong> 9,478 milhões <strong>de</strong> negóciosinformais, com faturamento médio mensal <strong>de</strong> 12,890bilhões <strong>de</strong> reais, com cerca <strong>de</strong> 591 milhões <strong>de</strong> reais,tendo sido <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> ao pagamento <strong>de</strong> salários e encargos.Ao todo, segundo o IBGE, o setor <strong>em</strong>prega12,870 milhões <strong>de</strong> pessoas, número equivalente ao<strong>dos</strong> trabalhadores da indústria e do setor público soma<strong>dos</strong>,sendo que, <strong>de</strong>sse total, 34% trabalham no Su<strong>de</strong>stedo Pais.Está claro, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, que o mercado informaipassa por um perlodo <strong>de</strong> saturação, <strong>em</strong> que se reduzas expectativas <strong>de</strong> faturamento, <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>uma conjuntura nacional <strong>de</strong>sfavorável, <strong>em</strong>bora se configureo setor, ainda, como uma das poucas alternativas<strong>de</strong> <strong>em</strong>prego <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra. A pesquisa do IBGE,registra que a economia informal está concentrada naparticipação <strong>dos</strong> autônomos, sendo estes 86% <strong>dos</strong>proprietários <strong>de</strong> pequenos negócios.Nos 14% restantes, estão abriga<strong>dos</strong> pequenos<strong>em</strong>presários, com não mais do que cinco funcionáriossob sua responsabilida<strong>de</strong>. O comércio é a ativida<strong>de</strong>predominante da economia informal: representa 26%<strong>dos</strong> estabelecimentos e 27% da mão.,<strong>de</strong>-obra. Cerca


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26885<strong>de</strong> 20% das <strong>em</strong>presas àtuam <strong>em</strong> serviços pessoais,domiciliares, <strong>de</strong> reparação ou diversão (<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>domésticos não estão incluí<strong>dos</strong>), <strong>em</strong>pregando 18%<strong>dos</strong> trabalhadores.O Instituto também investigou o rendimento <strong>de</strong>patrões e <strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> informais. Descobriu que a rendamédia <strong>dos</strong> proprietários era <strong>de</strong> 565 reais, <strong>em</strong> outubro<strong>de</strong> 1997. Vale <strong>de</strong>stacar que os autônomos ganhavam,<strong>em</strong> média, 457 reais, contra 1.156 reais <strong>dos</strong> <strong>em</strong>pregadores.A situação é pior para os funcionários,cujo rendimento médio era <strong>de</strong> 240 reais; subia para295 reais na Região Sul e caía para 255 reais no Su<strong>de</strong>stee 163 reais no Nor<strong>de</strong>ste.A<strong>de</strong>speito <strong>dos</strong> baixos salários, a economia informaié uma ativida<strong>de</strong> lucrativa e não necessariamenteilegal. Segundo o IBGE, 93% das <strong>em</strong>presas tinham,<strong>em</strong> 1997, resultado positivo - o lucro médio era <strong>de</strong> 609reais. E13% das <strong>em</strong>presas investigadas eram juridicamenteconstituídas. Mais que isso: 7% <strong>dos</strong> trabalhadoresdo setor tinham carteira assinada. No que diz respeitoao nível <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, o IBGE constatou que53% <strong>dos</strong> trabalhadores sequer completaram o 1QGrau.Quer<strong>em</strong>os que o Governo Fe<strong>de</strong>ral, Sr. Presi<strong>de</strong>nte,entenda a relevância do setor informal na composiçãodo cenário econômico nacional e <strong>de</strong>stine ações <strong>em</strong>edidas específicas para esse setor, buscando o fortalecimento<strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> reconhecimento àampla massa <strong>de</strong> trabalhadores que ocupa, dando-lheperspectivas, ainda que não as i<strong>de</strong>ais.A pesquisa do IBGE, divulgada pela imprensanacional, <strong>de</strong>ixa explícito ainda as enormes dificulda<strong>de</strong>senfrentadas por <strong>em</strong>presários do setor. Uma dasmaiores é a que diz respeito à obtenção <strong>de</strong> crédito.Nos três meses anteriores às entrevistas, somente 5%das <strong>em</strong>presas informais tomaram dinheiro <strong>em</strong>prestado,sendo que <strong>de</strong>sse volume 32% recorreram a ami­{los e parentes e 42% a bancos priva<strong>dos</strong> ou públicos.Epreciso a adoção <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> crédito especiais parao setor, que possibilit<strong>em</strong> a formalização <strong>dos</strong> negóciosexistentes como também ganhos na abertura <strong>de</strong> novasvagas.Quero finalizar este meu pronunciamento, Sr.Presi<strong>de</strong>nte, rogando ao Presi<strong>de</strong>nte Fernando HenriqueCar<strong>dos</strong>o, que i<strong>de</strong>ntifique nos da<strong>dos</strong> do IBGE motivossuficientes, acredito, para a estruturação <strong>de</strong> umprograma <strong>de</strong> ação que conceda ao setor informal condições<strong>de</strong> crescimento, <strong>de</strong> regularização <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s,com geração <strong>de</strong> riquezas para o País e ampliação<strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho disponíveis.Era o que tinha a dizer, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. eSrs. Deputa<strong>dos</strong>.o SR. SERAFIM VENZON (pOr - SC. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs.Deputa<strong>dos</strong>, tramita no Congresso Nacional projeto <strong>de</strong>lei que trata da reforma da Previdência Social.A átuallegislação, no tocante às relações <strong>de</strong> trabalhona zona rural, equipara os trabalhadores ruraisaos urbanos. Não obstante, o trabalho na agriculturat<strong>em</strong> características próprias, reguladas mais pelo tipo<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>, pelas inconstâncias climáticas e até pelosel<strong>em</strong>entos topográficos e pouco ou quase nadapelo relógio.Expressivo número <strong>de</strong> agricultores labutam <strong>em</strong>pequenas proprieda<strong>de</strong>s rurais com área <strong>de</strong> até 25 hectares.Determinadas ativida<strong>de</strong>s agrícolas são <strong>de</strong>senvolvidas<strong>em</strong> perío<strong>dos</strong> intercala<strong>dos</strong> elou por poucas horass<strong>em</strong>anais ou diárias, característica que impõe anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> distinção nos regimes <strong>de</strong> vinculaçãotrabalhista. Por outro lado, int<strong>em</strong>péries obrigam o agricultora alterar a hora ou dia <strong>de</strong> trabalho, no momento<strong>em</strong> que aconteçam, s<strong>em</strong> prévio aviso.A legislação atual e a burocracia dificultam e inib<strong>em</strong>os proprietários rurais <strong>de</strong> contratar<strong>em</strong> trabalhadores.A <strong>de</strong>sburocratização, <strong>em</strong> contrapartida, incentivaél contratação, inclusive <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra não qualificada.É corrente a convicção <strong>de</strong> que, com a simplificaçãodas relações <strong>de</strong> trabalho entre proprietários e trabalhadoresrurais, a atual mão-<strong>de</strong>-obra ociosa teráoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço, fato esse que propiciará:1- a manutenção do trabalhador rural no seu hábitatoriginal, inibindo ou estancando a migração rural;2 - o incr<strong>em</strong>ento da produção e a melhoria <strong>dos</strong>níveis <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>;3 - a diminuição concreta do êxodo rural.Consi<strong>de</strong>rando que as cida<strong>de</strong>s estão se favelizandoe que a indústria e o comércio, <strong>em</strong> conseqüência daautomatização e <strong>de</strong> outros avanços tecnológicos, têmdiminüído as vagas <strong>de</strong> trabalho, a redução ou o estancamentodo êxodo rural é condição imperativa.Aliás, é socialmente mais justo um trabalho comdignida<strong>de</strong> no meio rural do que a promiscuida<strong>de</strong> dasfavelas e o sub<strong>em</strong>prego urbano, pois o trabalho agrícola,quase s<strong>em</strong>pre árduo, no geral é o único <strong>em</strong> condições<strong>de</strong> absorver o contingente <strong>de</strong> <strong>de</strong>sampara<strong>dos</strong> e<strong>de</strong>sprotegi<strong>dos</strong>.Desta forma, com simplificação das relações <strong>de</strong><strong>em</strong>prego, os agricultores, s<strong>em</strong> o império da burocraciaexistente, terão condições <strong>de</strong> abrir milhares <strong>de</strong> vagas<strong>de</strong> trabalho.


26886 Quinta-feira 10 DIÁRlO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999As exigências legais para propiciar as vagas <strong>de</strong>serviços <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser simples e objetivas. Simplificar nãoé <strong>de</strong>sproteger o trabalhador.Mão-<strong>de</strong>-obra ocupada é mais qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vidae menos <strong>de</strong>linqüência. Agricultura forte é progressocerto. Por isso, estou apresentando sugestão <strong>de</strong> projetopara flexibilização da legislação.Muito obrigado.O SR. CHIQUINHO FEITOSA (PSOB - CE. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. eSrs. Deputa<strong>dos</strong>, existe no nor<strong>de</strong>stino um espírito <strong>de</strong>trabalho que v<strong>em</strong> se <strong>de</strong>senvolvendo através do t<strong>em</strong>po.Na realida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a economia açucareira per<strong>de</strong>ua sua heg<strong>em</strong>onia, t<strong>em</strong>os lutado e trabalhado muitono sentido <strong>de</strong> crescer s<strong>em</strong>pre, apesar <strong>dos</strong> obstáculosnaturais e <strong>dos</strong> artificiais cria<strong>dos</strong> pela incompreensão.Marchando lado a lado com o flagelo da seca,nossas ativida<strong>de</strong>s cresc<strong>em</strong> e se afirmam, criam e movimentamriquezas. Tudo isso limitado pelas circunstânciasadversas, pela má vonta<strong>de</strong> e pela miopia socials<strong>em</strong>pre presentes na história socioeconômica e políticado nosso País.Agora mesmo registramos um fato que é mo<strong>de</strong>stocertamente <strong>de</strong>ntro <strong>dos</strong> horizontes do universo artísticobrasileiro, mas <strong>em</strong>bl<strong>em</strong>ático para o Nor<strong>de</strong>ste. Foiinaugurada no Ceará, exatamente na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caucaia,na Região Metropolitana <strong>de</strong> Fortaleza, uma fábricareplicadora <strong>de</strong> CO.Tendo investido 25 milhões <strong>de</strong> dólares e ocupadouma área <strong>de</strong> 10 mil metros quadra<strong>dos</strong>, a CO+ programaproduzir 21 milhões <strong>de</strong> CO por ano, com faturamentoprevisto <strong>de</strong> 1,5 milhão <strong>de</strong> reais por mês. A unida<strong>de</strong>recém-inaugurada é, no seu ramo, a mais mo<strong>de</strong>rnado Brasil.Em termos <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>, a nova fábrica po<strong>de</strong>lançar um compact disc a cada 3,7 segun<strong>dos</strong>, superandoa média do setor que é <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> a cadaquatro segun<strong>dos</strong>.Registro o fato, para conhecimento da Casa, certo<strong>de</strong> que ele é apenas o primeiro passo do Nor<strong>de</strong>stena conquista <strong>de</strong> um lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque nos negócios <strong>de</strong>produção artística.Numa região rica <strong>de</strong> movimentos e <strong>de</strong> afirmaçõesartísticas, aberta principalmente no que se refereaos ritmos musicais, a fábri,ca da CO+ é muitob<strong>em</strong>-vinda.É a afirmação <strong>de</strong> que o Nor<strong>de</strong>ste abre mais umafrente <strong>de</strong> luta e preten<strong>de</strong> palmilhar, também nessesegmento, uma estrada <strong>de</strong> vitórias, cheia <strong>de</strong> obstáculos,mas <strong>de</strong> realizações maiores.Credite-se, por lIma questão <strong>de</strong> justiça,. ao Governolasso Jereissati mais esse <strong>em</strong>preendimentoque se fixa no Ceará. Na realida<strong>de</strong>, a política <strong>de</strong> atração<strong>de</strong> <strong>em</strong>presas posta <strong>em</strong> prática pelo Po<strong>de</strong>r PúblicoEstadual é responsável pela instalação <strong>de</strong>ssa indústria.e <strong>de</strong> tantas outras. Basta citar, como ex<strong>em</strong>plo, da açãogovernamental, entre outras as presenças da CompanhiaSi<strong>de</strong>rúrgica do Ceará, da refinaria <strong>de</strong> petróleo edo complexo portuário do Pecém.E assim, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,o nor<strong>de</strong>stino do Ceará vai abrindo novas fronteiras <strong>de</strong>trabalho e <strong>de</strong> progresso, vencendo pela pertinácia epelo espírito <strong>de</strong> luta.O SR. EURípEDES MIRANDA (POT .... 'AO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. eSrs. Deputa<strong>dos</strong>, a conversa entre o Presi<strong>de</strong>nte FernandoHenrique com o argentino Carlos Men<strong>em</strong> sobrea instituição <strong>de</strong> uma moeda única para o Mercosul é aevidência mais aguda <strong>de</strong> que ambos os governantes jánão têm nada a dizer a seus governa<strong>dos</strong>. FHC e Men<strong>em</strong>l<strong>em</strong>bram tragicamente a orquestra do Titanic, quetoca s<strong>em</strong> parar enquanto o navio vai a pique.Os dois corr<strong>em</strong> o risco <strong>de</strong> entrar para a históriacomo os Presi<strong>de</strong>ntes que minaram as bases políticase econômicas do Mercosul. Para nós brasileiros a situaçãoé muito preocupante, até porque o Presi<strong>de</strong>nteMen<strong>em</strong> está indo <strong>em</strong>bora <strong>em</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro, <strong>de</strong>ixando umpaís infelicitado pela recessão e pela <strong>de</strong>sesperança.Nós já fomos muito engana<strong>dos</strong> com essa história<strong>de</strong> moeda estável, que será a solução para to<strong>dos</strong> osmales do Brasil. O que t<strong>em</strong>os hoje é uma moeda nominalque nada traduz <strong>em</strong> matéria <strong>de</strong> produção ou riqueza.A <strong>de</strong>flação indica que as pessoas estão comendomenos e não que o vírus inflacionário foi extinto. A quedana renda <strong>dos</strong> brasileiros é brutal. O <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego éuma tragédia nacional tanto aqui como na Argentina. Eos dois Presi<strong>de</strong>ntes parec<strong>em</strong> viver <strong>em</strong> outro mundo.A falta <strong>de</strong> senso <strong>de</strong> realida<strong>de</strong> do Presi<strong>de</strong>nte FernandoHenrique Car<strong>dos</strong>o é preocupante, já que é incapazaté <strong>de</strong> produzir pseu<strong>dos</strong>fatos dirigi<strong>dos</strong> ao consumoda mídia. Com cinco meses do novo mandato, seucabedal é feito apenas <strong>de</strong> escândalo. Até mesmo umatal <strong>de</strong> agenda positiva foi esquecida pelo marketing doPalácio do Planalto. É profundamente grave ver umpaís <strong>de</strong>stas dimensões com um povo tão carente porproduzir, crescer e buscar seu b<strong>em</strong>-estar sob o comando<strong>de</strong> alguém tão fraco e <strong>de</strong>sligado da realida<strong>de</strong>.Uma moeda, seja ela nacional ou <strong>de</strong> um blocoeconômico, como é o caso do euro na Comunida<strong>de</strong>Européia, só t<strong>em</strong> razão <strong>de</strong> existir se estiver amparadana produção e distribuição <strong>de</strong> riquezas, no <strong>de</strong>senvolvimentoda in<strong>de</strong>pendência financeira, <strong>em</strong> busca da autonomiapara realizar investimentos <strong>em</strong> setores fundá­.mentais que produzam o b<strong>em</strong>~estar da população.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26887Uma moeda para ser manipulada apenas por banqueiroscom a cumplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> burocratas agiotas servirás<strong>em</strong>pre para corroer a economia popular, <strong>de</strong>ixando apopulação cada dia mais pobre.Era o que tinha a dizer.Muito obrigado.O SR. PAULO PAIM (PT - RS. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,gostaríamos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar registrado nos Anais <strong>de</strong>staCasa artigo intitulado "Direito do Trabalho ameaçado!",publicado no Boletim do Departamento Intersindical <strong>de</strong>Assessoria Parlamentar - DIAP, que discorre sobre aameaça ao Direito do Trabalho com a campanha quese instalou no País contra a Justiça do Trabalho.O início <strong>de</strong>ssa campanha aconteceu no GovernoCollor, quando o mesmo promoveu ataques aos servidorespúblicos. O Governo neoliberal <strong>de</strong> FHC preten<strong>de</strong>eliminar a Justiça do Trabalho para logo <strong>em</strong> seguidajustificar o fim do Direito do Trabalho. Enten<strong>de</strong>mos,a ex<strong>em</strong>plo do DIAP, que a jurisdição especial da Justiçado Trabalho é necessária e ao invés <strong>de</strong> extinguí-Ia<strong>de</strong>veríamos nos preocupar com o seu aperfeiçoamentoe sua agilização.Era o que tínhamos a registrar.Obrigado, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.(MATÉRIA A QUE SE REFERE OORADOR:)DIREITO DO TRABALHO AMEAÇADO!Para o DIAP, a campanha contra a Justiça doTrabalho, que se iniciou com as críticas à representaçãoclassista, t<strong>em</strong> como alvo a extinção do Direito doTrabalho, o maior sonho do po<strong>de</strong>r econômico. Essacampanha - tal como a que Collor promoveu contra osservidores, utilizando-se da figura caricata do marajápo<strong>de</strong>ráser vitoriosa, se os setores lúci<strong>dos</strong> da opiniãopública não <strong>de</strong>nunciar<strong>em</strong> as reais intenções do governoe seus alia<strong>dos</strong> <strong>em</strong> relação ao único segmento dajustiça que reconhece o <strong>em</strong>pregado como a parte maisfraca econômica, social e politicamente na relaçãocom o <strong>em</strong>pregador.Em lugar <strong>de</strong> aperfeiçoá-Ia e torná-Ia mais ágil,como to<strong>dos</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos, os neoliberais prefer<strong>em</strong> eliminá-Ia,para logo <strong>em</strong> seguida justificar o fim do Direitodo Trabalho. A idéia consiste <strong>em</strong> transferir para a justiçacomum as atribuíções atualmente <strong>de</strong> competênciada justiça do trabalho b<strong>em</strong> como substituir o Direito doTrabalho pelo Direito Civil. Enquanto no Direito do Trabalhohá presunção <strong>de</strong> coração - e quando um direitodo <strong>em</strong>pregado é reduzido ou eliminado, ainda que comsua concordância, esse ato é nulo <strong>de</strong> pleno direito - noDireito Comum a anulação <strong>de</strong> qualquer acordo ou pactosó será possível, mesmo que feito entre <strong>de</strong>siguais,se for comprovado vício, frau<strong>de</strong> ou dolo, o que evi<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>entenão será tarefa fácil, especialmente se o prejudicadofor um assalariado.Há vários indícios e coincidências que sustentamesta convicção do DIAP. O primeiro é que o setor <strong>em</strong>presarialnão escon<strong>de</strong> <strong>de</strong> ninguém seu interesse nessamudança. O segundo é que o governo, <strong>de</strong>pois queaprovou a reforma administrativa, por meio da qualmais <strong>de</strong> 90% <strong>de</strong> seus funcionários po<strong>de</strong>rão vir a sercontrata<strong>dos</strong> pela CLT, exceto os incluí<strong>dos</strong> nas chamadascarreiras típicas, passou a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r essa mesmatese.E o terceiro, este <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> externa, resulta dapressão <strong>de</strong> organismos multilaterais, como o BancoMundial, o FMI, a OCDE e a OMC, para adoção <strong>de</strong>ssamedida no país, sobretudo para evitar futuros passivosnas <strong>em</strong>presas que já foram ou serão vendidas ao capitalestrangeiro no Brasil.A prova cabal <strong>de</strong>sta tese, entretanto, veio com areportag<strong>em</strong> <strong>de</strong> capa da revista Exame, principal porta-vozdo po<strong>de</strong>r econômico no País, na edição <strong>de</strong>maio. Com um fundo preto e letras brancas, a chamada<strong>de</strong> primeira página diz "Legislação Trabalhista" ­BASTA!", a revista, ainda na capa, acusa o Direito doTrabalho <strong>de</strong> minar a competitivida<strong>de</strong> da economia, <strong>de</strong>onerar excessivamente as <strong>em</strong>presas, <strong>de</strong> impedir a flexibilida<strong>de</strong>e a criação <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego e, finalmente, concluirque a Justiça do Trabalho só gera injustiças. Norosário <strong>de</strong> acusações ao Direito do Trabalho, só faltapedir o retorno do trabalho escravo como recompensapelas perdas <strong>em</strong>presariais por força da proteção excessivaassegurada ao <strong>em</strong>pregado.Como se vê, só ingênuos ou mal-intenciona<strong>dos</strong>po<strong>de</strong>rão apoiar campanha contra a Justiça do Trabalho.Defen<strong>de</strong>r mudanças e aperfeiçoamentos sim.Apoiar sua extinção, jamais. Até porque há um ditadopopular segundo o qual "quando a esquerda e a direitaestão <strong>de</strong> acordo sobre um t<strong>em</strong>a, alguém está sendoenganado, e seguramente não é a direita". Esta, queage pragmaticamente, jamais dá ponto s<strong>em</strong> nó. Portanto,todo cuidado é pouco <strong>em</strong> relação às propostasda direita que aparent<strong>em</strong>ente são favoráveis aos assalaria<strong>dos</strong>.O SR. JUQUINHA (PSDB - GO. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,o sonho <strong>de</strong> uma vida melhor v<strong>em</strong> se transformando<strong>em</strong> pesa<strong>de</strong>lo para milhares <strong>de</strong> migrantes que continuamchegando à Capital da República, mas falta <strong>em</strong>pregoe, <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência do alto custo <strong>de</strong> vida, acabamfixando residência precariamente no chamado Entorno<strong>de</strong> Brasília - ou, como batizou projeto aprovado


26888 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999nesta Casa, Região Integrada <strong>de</strong> Desenvolvimento doDistrito Fe<strong>de</strong>ral (RIDE).Por falta <strong>de</strong> melhores condições <strong>de</strong> vida, <strong>de</strong> infra-estruturaurbana e <strong>de</strong> saneamento, a maioria <strong>dos</strong>21 municípios goianos e mineiros que compõ<strong>em</strong> a regiãoacabam se transformando <strong>em</strong> cida<strong>de</strong>s-dormitórios,que acolh<strong>em</strong> durante a noite os trabalhadoresque durante o dia se dirig<strong>em</strong> para Brasília <strong>em</strong>busca do sustento da fam í1ia.Apenas os <strong>de</strong>zenove municípios goianos doEntorno somam mais <strong>de</strong> 720 mil habitantes, que soma<strong>dos</strong>com os Municípios <strong>de</strong> Unaí e Buritis, ambos <strong>em</strong>Minas, além <strong>de</strong> Brasília, chegam a um total <strong>de</strong> 2,6 milhões<strong>de</strong> moradores, ócupando uma área <strong>de</strong> 55 mil quilômetrosquadra<strong>dos</strong> e registrando uma das maiores taxas<strong>de</strong> crescimento do País.E o pesa<strong>de</strong>lo está justamente na falta <strong>de</strong> perspectivasfuturas para essas milhares <strong>de</strong> famílias qu<strong>em</strong>igraram para a Capital Fe<strong>de</strong>ral, alimentando o sonho<strong>de</strong> que na Capital da Esperança encontrariam melhoresoportunida<strong>de</strong>s. Só que Brasília, que nasceu <strong>de</strong> umsonho ousado e do arrojo <strong>de</strong> Juscelino Kubitschekpara sediar a Capital da República, não po<strong>de</strong> ser a re<strong>de</strong>nçãodo <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego.É evi<strong>de</strong>nte que o objetivo da sua criação era também<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar um processo <strong>de</strong> expansão do crescimentopara o interior do País, com a criação <strong>de</strong> novafronteira <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. Só que, por falta <strong>de</strong> umapolítica <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento para a região Centro-Oeste,a nova Capital passou a atrair correntes migratórias<strong>de</strong> todo o País. O resultado foi um crescimento<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado do Distrito Fe<strong>de</strong>ral, a partir <strong>de</strong> políticasequivocadas e <strong>de</strong>magógicas <strong>dos</strong> últimos governosque tentaram transformar Brasília num novo eldorado.Como Capital administrativa, Brasília não teriacomo aten<strong>de</strong>r toda essa <strong>de</strong>manda por novos postos <strong>de</strong>trabalho, especialmente <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra s<strong>em</strong> qualificação.A conseqüência são os 180 mil <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong><strong>em</strong> toda a Região Metropolitana e Entorno s<strong>em</strong>perspectivas <strong>de</strong> conseguir colocação no mercado <strong>de</strong>trabalho diante das dificulda<strong>de</strong>s vividas pela economialocal, totalmente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do Po<strong>de</strong>r Público. O custo<strong>de</strong> vida elevado e o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego acabaram <strong>em</strong>purrandoos migrantes para os Municípios do Entorno.Cida<strong>de</strong>s até então <strong>de</strong>sconhecidas nas <strong>de</strong>maisregiões <strong>de</strong> Goiás, como Águas Lindas e Novo Gama,contam hoje com população entre 67 e 80 mil habitantes.S<strong>em</strong> falar <strong>em</strong> Municípios como Planaltina <strong>de</strong> Goiás,com 64 mil habitantes, Santo Antônio do Descoberto,com 60 mil, e Valparaíso, com mais <strong>de</strong> 84 mil.A Centrais Elétricas <strong>de</strong> Goiás v<strong>em</strong> registrando naregião um crescimento da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 25% no número<strong>de</strong> novas ligações resi<strong>de</strong>nciais, contra uma média <strong>de</strong>6% nas <strong>de</strong>mais regiões do Estado. O crescimento <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nadocontribuiu para que esses Municípios enfrentass<strong>em</strong>toda sorte <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a falta <strong>de</strong>moradia, <strong>de</strong> infra-estrutura urbana, <strong>de</strong> escolas, postos<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e falta <strong>de</strong> segurança.Dos <strong>de</strong>zenove Municípios goianos, apenas seiscontam com serviços <strong>de</strong> esgoto. Os <strong>de</strong>mais enfrentamsérios probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> saneamento básico. Amaioria é b<strong>em</strong> servida <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água tratada,<strong>em</strong>bora <strong>em</strong> Municípios como Valparaíso, Luziâniae Novo Gama mais da meta<strong>de</strong> <strong>dos</strong> moradores nãocontam com esse serviço, segundo da<strong>dos</strong> da Saneago.Em Águas Lidas, Município <strong>em</strong>ancipado <strong>em</strong>1995, a situação é ainda mais crítica. Apesar <strong>de</strong> contarcom uma população superior a 80 mil pessoas, nãodispõe <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água e <strong>de</strong> esgoto.Com isso, os moradores têm que recorrer aos caminhões-pipaou comprar água <strong>dos</strong> vizinhos maisabasta<strong>dos</strong> que dispõ<strong>em</strong> <strong>de</strong> poços artesianos, gastandoaté 15% do salário mensal com a compra <strong>de</strong> água.Além do crescimento <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado, a região s0­freu também com uma certa orfanda<strong>de</strong> <strong>em</strong> relação aosgovernos <strong>de</strong> Goiás e do Distrito Fe<strong>de</strong>ral. L<strong>em</strong>bradoapenas durante as eleições, o Entorno <strong>de</strong> Brasília viveuao longo <strong>dos</strong> últimos anos relegado à própria sorte,vendo agravar-se a precarieda<strong>de</strong> <strong>dos</strong> serviços públicosnas áreas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, educação, transportes públicos,habitação e segurança.Os moradores trabalham e consom<strong>em</strong> no DistritoFe<strong>de</strong>ral, mas precisam <strong>de</strong> moradia e <strong>dos</strong> serviços públicospatrocina<strong>dos</strong> pelas Prefeituras da região e peloGoverno <strong>de</strong> Goiás. O resultado é que to<strong>dos</strong> sent<strong>em</strong> nodia-a-dia que n<strong>em</strong> o Governo goiano n<strong>em</strong> o <strong>de</strong> Brasíliavinham dispensando maior atenção aos seus probl<strong>em</strong>as.Como Presi<strong>de</strong>nte da Celg, s<strong>em</strong>pre tive um carinhoespecial para com esSa região. Tanto que nessesmunicípios po<strong>de</strong> faltar <strong>de</strong> tudo, menos energia elétricana quase totalida<strong>de</strong> das residências.S<strong>em</strong>ana passada, o Governador Marconi Perilloesteve visitando a região, acompanhado pelo Secretáriodo Entomo, Plínio Araújo, para avaliar pessoalmenteas carências da população e prometeu colocar osprobl<strong>em</strong>as <strong>de</strong>sses Municípios entre as priorida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong>eu governo.Como os probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong>sses municípjos não diz<strong>em</strong>respeito apenas ao Governo <strong>de</strong> Goiás, é fundamentaiestreitar uma parceria com o Governo do DF e,principalmente, o Governo Fe<strong>de</strong>ral, com o apoio dasbancadas nesta Casa, para que possamos ampliar ovolume <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> a mudar a face cruel


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26889do Entorno. Afinal, a Capital da República não po<strong>de</strong>conviver com um cinturão <strong>de</strong> miséria creséendo à suavolta.Muito obrigado.O SR. EDINHO BEZ (PMDB - SC. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,<strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência da gran<strong>de</strong> concorrência estrangeira,as instituições bancárias do Brasil estãoreduzindo as margens nas operações <strong>de</strong> financiamento.Pela tendência <strong>de</strong> queda <strong>dos</strong> juros e pela globalização<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong>, os gran<strong>de</strong>s bancos brasileirosestão apreen<strong>de</strong>ndo a lição <strong>dos</strong> seus pares estrangeiros.No primeiro trimestre <strong>de</strong>ste ano, os spreads [geração<strong>de</strong> rendas (receita da intermediação financeira divididapelo ativo total, menos as relações inter<strong>de</strong>pendências,menos o ativo permanente) dividida pelo custoda intermediação, <strong>de</strong>spesas da intermediação financeiradivididas pelo passivo total menos as relações inter<strong>de</strong>pendências,menos o patrimônio líquido] nos bancosBra<strong>de</strong>sco, Itaú, Unibanco e Safra caíram <strong>em</strong> relação aofinal do ano passado, mas as receitas <strong>de</strong> crédito mostraramexpansão. Nos dois primeiros bancos, a quedafoi pequena; nos outros, o spread caiu pela meta<strong>de</strong>.Receita bruta da intermediação financeira (<strong>em</strong>milhões):Banco MúltiploConsolidado98* 99* 98* 99*BRADESCO 694 280 1.17 1.43Itaú 467 -119 N/d N/dBANESPA 695 88 N/d N/dUNIBANCO 416 183 612 46*Primeiro trimestre Fonte: EconomáticaMarg<strong>em</strong> líquida (<strong>em</strong> %)Bancos 94 95 96 97 98Público fe<strong>de</strong>rais 4,9 2,9 1,4 7,3 5,8Público estaduais 9,1 7,1 5,7 4,2 7,7Priva<strong>dos</strong> nacionais 10,2 7,5 5,4 3,9 4,2Estrangeiros (filiais) 5,9 6 3,1 1,6 2,6Priva<strong>dos</strong> nacional com controle estrangeiro 13,4 6,3 5,7 5,1 6Privado nacional com participação estrangeira 9,1 4,3 2,7 4,3 4,2Sist<strong>em</strong>a bancário 7,3 5,2 4,1 4,2 4Fonte! BNDESSpreads menores (1):BRADESCO ltaú Safra UNIBANCO Real94 9,95 12,6 5,28 8,93 9,9595 7,59 6,91 4,25 4,55 8,6696 5,31 7,4 2,54 8,18 7,0497 5,17 5,32 3,17 7,2 4,9198 6,1 6,13 3,19 6,51 5,0799* 5,03 5,35 1,64 3,18 N/d


26890 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 19':J~Fonte: Autin Asis * 1 0 trimestre (1) spread =geração<strong>de</strong> rendas (receita da intermediação financeiradividido pelo ativo total, menos as relações inter<strong>de</strong>pendências,menos o ativo permanente) dividido pelo custoda intermediação (<strong>de</strong>spesas da intermediação financeiradivididas pelo passivo total menos as relaçõesinter<strong>de</strong>pendências, menos o patrimônio líquido)Mesmo <strong>de</strong>scontando o efeito da <strong>de</strong>svalorizaçãocambial, as receitas com crédito cresceram bastanteno primeiro trimestre, <strong>em</strong> relação ao final do ano passado:no Bra<strong>de</strong>sco, o salto foi <strong>de</strong> 147%, <strong>de</strong> R$1,7 bilhãopara R$4,2 bilhões; e no Unibanco, passou <strong>de</strong>R$972 milhões para R$1,7 bilhão (mais 75%). E issonum ambiente <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda <strong>de</strong>saquecida.De acordo com os da<strong>dos</strong> enuncia<strong>dos</strong>, fica claroque as instituições financeiras b<strong>em</strong> administradas noBrasil são viáveis, não justificando alguns probl<strong>em</strong>aspor parte <strong>de</strong>las, divulgado pela imprensa, preocupandoo mercado financeiro com alarme falso, como sefosse inviável.Obviamente que não estamos aprofundandoesta questão neste momento, mas t<strong>em</strong>os a pretensão<strong>de</strong> alertar aos colegas Parlamentares e ao próprio Governo,<strong>dos</strong> cuida<strong>dos</strong> que <strong>de</strong>ver<strong>em</strong>os ter doravante, objetivandoregulamentar o novo Sist<strong>em</strong>a Financeiro Nacional,com critérios justos e coerentes, buscan<strong>dos</strong><strong>em</strong>pre a viabilida<strong>de</strong> das instituições financeiras e aomesmo t<strong>em</strong>po responsabilizar os maus administradores,dada a importância para o País da regularida<strong>de</strong> <strong>dos</strong>ist<strong>em</strong>a financeiro. Voltar<strong>em</strong>os a falar <strong>de</strong>ste assunto.Era o que tinha a dizer.O SR. CARLITO MERSS (PT - SC. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,o jornal A Notícia publicou nesta s<strong>em</strong>ana excelentereportag<strong>em</strong> sobre os reflexos da Lei n 2 9.636,<strong>de</strong> 1998, lei fe<strong>de</strong>ral originada <strong>de</strong> medida provisória doPresi<strong>de</strong>nte FHC que visa regularizar o patrimônio imobiliárioda União. Solicitamos, inclusive, sua inclusãonos Anais <strong>de</strong>sta Casa. Esta lei, fortuitamente votadapor li<strong>de</strong>ranças numa sessão esvaziada do CongressoNacional, v<strong>em</strong> reproduzindo o pânico e a insegurançapara muitos moradores que adquiriram <strong>de</strong> longa datasuas proprieda<strong>de</strong>s e que agora vê<strong>em</strong>-se na iminência<strong>de</strong> ser obriga<strong>dos</strong> a refazer o pagamento ou, numa hipótesepior, ser expulsos <strong>de</strong> suas moradias. A formaint<strong>em</strong>pestiva <strong>de</strong> resolver a bagunça imobiliária daUnião, que já v<strong>em</strong> <strong>de</strong> séculos, não po<strong>de</strong> recair sobreos ombros da cidadania que, <strong>em</strong> sua maioria, ocupouáreas e terrenos <strong>em</strong> face da expansão natural da populaçãoe pela necessida<strong>de</strong> imperiosa <strong>de</strong> moradia. OGoverno estima <strong>em</strong> 3 milhões <strong>de</strong> imóveis, entre terrenosna costa e junto a mananciais, além <strong>de</strong> prédiosque foram abarca<strong>dos</strong> por essa lei. T<strong>em</strong>os áreas quevão do Pantanal mato-grossense a ilhas oceânicas eterrenos <strong>de</strong> marinha. Uma imensidão <strong>de</strong> pessoas envolvidasque caracterizam nitidamente a questãocomo um probl<strong>em</strong>a social. Por isso, não po<strong>de</strong> ser resolvidacom a frieza <strong>de</strong> uma caneta ou a exatidão <strong>de</strong>uma máquina <strong>de</strong> calcular. É preciso que haja flexibilida<strong>de</strong>para que sejam encontradas soluções apropriadas,justas e capazes <strong>de</strong> evitar extr<strong>em</strong>ismos, como opróprio uso da força jurídica ou policial. É preciso anularessa lei e pactuar uma saída <strong>de</strong> consenso. Em Joinville,já começaram a ser distribuí<strong>dos</strong> carnês <strong>de</strong> pagamento.Parece que a gran<strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> do Governonão é regularizar a proprieda<strong>de</strong>, mas fazer caixa paratapar os imensos rombos da dívida pública. Por isso,conclamo o Governo Fe<strong>de</strong>ral para rever o trabalho daSecretaria <strong>de</strong> Patrimônio da União, frear seu açodamentopara cobrar por terrenos <strong>de</strong> domínio popular <strong>de</strong>zenas<strong>de</strong> anos e entabular negociação que promovauma nova legislação para a questão. Estamos propondo,também, audiência pública na Comissão <strong>de</strong> DesenvolvimentoUrbano e Interior para <strong>de</strong>bate com aSPU sobre os <strong>de</strong>sdobramentos da infeliz Lei n 2 9.636,<strong>de</strong> 1998.É preciso dialogar para que prevaleça a justiça.(MATÉRIAORADOR:)A QUE SE REFERE OGoverno estima que existam 3 milhões<strong>de</strong> imóveis entre terrenos na costa ejunto a mananciais, além <strong>de</strong> prédiosJolnville - Imagine o Pantanal matogrossensesendo loteado e vendido por imobiliárias, a praia <strong>de</strong>Copacabana revendida para novos proprietários ou ocentro <strong>de</strong> Joinville, próximo ao rio Cachoeira, nasmãos <strong>de</strong> particulares, inclusive as ruas e praças. Etudo isso avalizado pelo governo fe<strong>de</strong>ral. Pois é maisou menos isso que a Lei n 2 9.636/98 propõe e que t<strong>em</strong><strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> cabelo <strong>em</strong> pé proprietários <strong>de</strong> terrenos <strong>em</strong>área <strong>de</strong> marinha e organizações não-governamentaisbrasileiras e até do exterior. "No Pantanal já começoua <strong>de</strong>marcação das áreas. A partir da lei, todo o patrimônioimobiliário da união po<strong>de</strong> ser negociado", explicaRoberto Pugliese, advogado e coor<strong>de</strong>nador doInstituto <strong>de</strong> Defesa da Cidadania e Direitos Humanos<strong>de</strong> São Francisco do Sul.A Lei Fe<strong>de</strong>ral n 2 9.636/98 altera todo o regime <strong>de</strong>proprieda<strong>de</strong> e seus <strong>de</strong>sm<strong>em</strong>bramentos <strong>de</strong> imóveispertencentes à União, trazendo reflexos nos interessespriva<strong>dos</strong> e <strong>de</strong> seus ocupantes. A Secretaria do Patrimônioda União estima que existiam cerca <strong>de</strong> trêsmilhões <strong>de</strong> imóveis, incluindo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os prédios utiliza-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26891<strong>dos</strong> pelo governo fe<strong>de</strong>ral ~té os milhares <strong>de</strong> terrenos<strong>de</strong> marinha, ao longo da êostà atlântica brasileira. Asecretaria está realizando um recadastramento <strong>dos</strong>imóveis. Pela legislação, quando esses imóveis estãosendo ocupa<strong>dos</strong> por particulares, exige-se que sejampagos preços fixa<strong>dos</strong> <strong>em</strong> 5% do valor da avaliação <strong>de</strong>imóveis.S<strong>em</strong> o comprovante <strong>de</strong>sses pagamentos, o ocupantedo imóvel está sujeito à cobrança judicial, com ainclusão do nome na lista <strong>de</strong> pessoas física-jurídicas<strong>de</strong>vedoras ao Po<strong>de</strong>r Público. "A estimativa é <strong>de</strong> quesejam três milhões <strong>de</strong> imóveis, <strong>dos</strong> quais apenas 500mil cadastra<strong>dos</strong>. Desses, não se t<strong>em</strong> certeza se o cadastroestá perfeito <strong>em</strong> cerca <strong>de</strong> c<strong>em</strong> mil", explicou asecretária da Administração e Reforma do Estado,Cláudia Costin. "São 11 cida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> São Paulo,por ex<strong>em</strong>plo, que estão <strong>em</strong> terras da União, <strong>em</strong> situações<strong>em</strong> que há interesses <strong>dos</strong> mais varia<strong>dos</strong> e <strong>dos</strong>menos legítimos", garantiu a secretaria. "E vamos usarcritérios estritamente técnicos para encontrar soluçõespara esses casos".O domínio <strong>de</strong> áreas e terrenos da União t<strong>em</strong> suaorig<strong>em</strong> no <strong>de</strong>scobrimento do Brasil, quando PedroÁlvares Cabral tomou posse das terras <strong>em</strong> nome epara o domínio do rei <strong>de</strong> Portugal. Com o passar dot<strong>em</strong>po foram sendo transferidas, por meio <strong>de</strong> doações<strong>em</strong> cartas <strong>de</strong> sesmarias, passando a constituir domínioprivado. Dessa forma, tanto a proprieda<strong>de</strong> públicaquanto a privada têm a mesma orig<strong>em</strong>. Algumas áreas,no entanto, permaneceram no domínio público,caso <strong>dos</strong> terrenos <strong>de</strong> marinha e seus acresci<strong>dos</strong>. OEstado, sucessor da Coroa, <strong>de</strong>tém a presunção <strong>de</strong> sero dono <strong>de</strong> qualquer solo. Assim, o particular <strong>de</strong>ve comprovar,mediante título legítimo, com ca<strong>de</strong>ia sucessória,que tenha orig<strong>em</strong> <strong>em</strong> título outorgado pelo Po<strong>de</strong>rPúblico, o <strong>de</strong>sm<strong>em</strong>bramento da gleba que a <strong>de</strong>stacoudo patrimônio público.Uma <strong>de</strong>terminação do ano 1838 especificou que33 metros a partir da linha preamar média seria <strong>de</strong>finidacomo terras <strong>de</strong> marinha. Isso significa dizer queuma área marginal <strong>de</strong> rios ou oceanos, pertenceria àUnião. Mas muitas <strong>de</strong>ssas áreas estão ocupadas, viraramcida<strong>de</strong>s ou mesmos aterros. "A pessoa que não tiverrespaldo jurídico po<strong>de</strong>rá até per<strong>de</strong>r o imóvel", avisouo procurador da República Cláudio Valentim Cristani.Muitos proprietários próximos ao rio Cachoeira,<strong>em</strong> Joinville, já começaram a receber carnês para pagamento.É o caso do psicólogo Osvaldo Antônio <strong>de</strong>Souza, 47 anos. Ele terá que pagar R$32 mil para continuarno imóvel que comprou com escritura <strong>em</strong> 1988."Vou ter que comprar novamente meu terreno. A áreavale <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> R$30 mil", reclamou. É a mesma situaçãoda maioria <strong>dos</strong> que viv<strong>em</strong> próximos <strong>de</strong> rios ouoceanos no Brasil.O SR. ROMEU QUEIROZ (PSDB - MG. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr~ Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs.Deputa<strong>dos</strong>, ocupamos hoje a tribuna <strong>de</strong>sta Gasa doCongress·o Nacional para prestar, com nossas palavras,a homenag<strong>em</strong> do sentimento <strong>de</strong> Minas a uma <strong>de</strong>suas instituições mais tradicionais e, respeitadas, quecumpre nesta quarta-feira, dia 9 <strong>de</strong> junho, 224 anos <strong>de</strong>existência.Esta instituição bicentenária é a histórica corpo·­ração <strong>de</strong> Tira<strong>de</strong>ntes, sendo o. herói da InconfidênciaMineira o patrono da Polícia Militar <strong>de</strong> Minas Gerais,corporação oficialmente criada no dia 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1775, constituindo a primeira tropa genuinamente mineirae nacional no território do Brasil colônia, no pioneiroregimento regular da cavalaria <strong>de</strong> Minas.É uma história, portanto, que acompanha a própriaconstrução da In<strong>de</strong>pendência Nacional, afirmando-seao lado do Imperador Pedro 1logo após o "Gritodo Ipiranga" e fazendo-se presente <strong>em</strong> outros episódiosmarcantes da vida nacional. Durante o SegundoImpério, por ex<strong>em</strong>plo, sob a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> "CorpoPolicial <strong>de</strong> Minas", participava, sob o comando do majorLuiz Alves <strong>de</strong> Lima, mais tar<strong>de</strong> Duque <strong>de</strong> Caxias, daRevolução Farroupilha no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.Citamos esses acontecimentos históricos, Sr.Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>dos</strong>, para assinalar que a trajetóriainstitucional da Polícia Militar <strong>de</strong> Minas Geraistranscen<strong>de</strong> as fronteiras regionais para colocar-secomo um patrimônio cívico da própria Nação brasileira.Exatamente por isso, por essa trajetória bisseculara serviço <strong>dos</strong> interesses <strong>de</strong> Minas Gerais e do Brasil,nós, mineiros, consi<strong>de</strong>ramos o aniversário da PolíciaMilitar <strong>de</strong> nosso Estado como uma data que fazparte do calendário histórico do nosso Estado e donosso País.Este ano, especialmente, quiseram as circunstânciasque a Polícia Militar mineira superasse, <strong>em</strong> articulaçãocom as esferas políticas e sociais do Estado,s<strong>em</strong> qúalquer interferência externa, os episódios que,sendo do conhecimento público, afetaram a sua vidainstitucional nos últimos dois anos.Certamente, contribuíram para esse entendimento,para esse novo momento, além <strong>dos</strong> atores diretamenteenvolvi<strong>dos</strong> na busca <strong>de</strong> solução, o peso dasua história e a sua viva presença na comunida<strong>de</strong> mineira,enaltecida s<strong>em</strong>pre por atos <strong>de</strong> abnegação e bra·vura, por uma elevada consciência do seu papel constitucionale pela reconhecida competência e capacida<strong>de</strong><strong>dos</strong> seus quadros profissionais.


26892 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Qu<strong>em</strong> vive <strong>em</strong> Minas Gerais e convive diretamentecom sua Polícia Militar, com seus oficiais e comseus praças, compartilha do respeito e da admiraçãoque to<strong>dos</strong> os mineiros sentimos e manifestamos pelqcorporação <strong>de</strong> Tira<strong>de</strong>ntes, que continua sendo padrão<strong>de</strong> referência no intercâmbio com instituições congêneresdo País e do exterior.A mesma corporação que, além <strong>de</strong> abrigar tantasfiguras ilustres da cultura e da vida social <strong>de</strong> Minas edo Brasil, como ooficial-médico João Guimarães Rosa- que fez do regional a expressão mais universal da literaturabrasileira -, um dia também iria acolher <strong>em</strong>seus quadros aquele jov<strong>em</strong> capitão-médico que se tornariasímbolo maior e ex<strong>em</strong>plo permanente <strong>de</strong> uma visãograndiosa e mo<strong>de</strong>rna <strong>de</strong>sta nação, o estadista <strong>de</strong>ont<strong>em</strong>, <strong>de</strong> hoje e <strong>de</strong> s<strong>em</strong>pre - Juscelino Kubitschek<strong>de</strong> Oliveira.Ouvimos, certa vez, uma alta patente da PolíciaMilitar mineira, o dileto amigo coronel PM e tambémmédico Fernando Moratti Moreira, quando se <strong>de</strong>spediado serviço ativo na corporação, dizer, com a voz tocadapela <strong>em</strong>oção, as vibrantes palavras que r~cordamosneste instante:Qu<strong>em</strong> veste esta farda, qu<strong>em</strong> envergaeste uniforme, sente <strong>em</strong> sua consciência aresponsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carregar consigo a simbólicachama da inconfidência mineira, naherança <strong>de</strong> Tira<strong>de</strong>ntes e 'na lealda<strong>de</strong> que<strong>de</strong>ve aos valores da in<strong>de</strong>pendência e da liberda<strong>de</strong>.Que essas palavras traduzam hoje o nosso sentimento<strong>de</strong> honra e orgulho pela história da Polícia Militar<strong>de</strong> Minas Gerais, com o nossos melhores votos <strong>de</strong>felicida<strong>de</strong> aos seus valorosos oficiais e praças.Solicitamos, portanto, que nossa mensag<strong>em</strong> <strong>de</strong>congratulações à Polícia Militar <strong>de</strong> Minas Gerais sejatransmitida por esta Casa ao Comandante-Geral daquelacorporação, coronel PM Mauro Lúcio' Gontijo,afirmando que o Brasil, como nação, reconhece e conserva<strong>em</strong> sua consciência cívica o compromisso com aliberda<strong>de</strong> política e os valores <strong>de</strong>mocráticos que norteiamas diretrizes e ações da Polícia Militar <strong>de</strong> MinasGerais.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, gostaria que a este pronunciamentofoss<strong>em</strong> dadas as publicações regimentais.O SR. SIMÃO SESSIM (PPB - RJ. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,a política <strong>de</strong> privatizações do Governo FernandoHenrique s<strong>em</strong>pre mereceu o apoio e a aprovaçãodo PPB, porque acreditávamos na sua competência,confiávamos <strong>em</strong> sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fiscalização eregulamentação, no cumprimento das promessas <strong>de</strong>que os consumidores, o cidadão, o trabalhador e o<strong>em</strong>presário brasileiro não seriam prejudica<strong>dos</strong>.A realida<strong>de</strong>, contudo, não t<strong>em</strong> correspondidoàquelas nossas crenças e esperanças. Ao contrário,parec<strong>em</strong> confirmar-se os piores vaticínios da Oposição.O Estado afastou-se <strong>de</strong> muitos serviços e alienougran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> seu patrimônio, com dois objetivos <strong>de</strong>clara<strong>dos</strong>:primeiro, <strong>de</strong> permitir que o capital privado realizasseos investimentos necessários <strong>em</strong> muitos setoresda economia, investimentos para os quais não dispunha<strong>de</strong> recursos; <strong>de</strong>pois, para <strong>de</strong>dicar-se <strong>inteira</strong>menteao social - à educação, à saú<strong>de</strong>, à segurançapública.O que se t<strong>em</strong> observado, contudo, é o oposto. Deum lado, aqueles serviços a que os <strong>em</strong>presários priva<strong>dos</strong>se <strong>de</strong>veriam <strong>de</strong>dicar com mais competência doque o Estado, <strong>em</strong> que <strong>de</strong>veriam realizar aportes maciços<strong>de</strong> novos recursos, para melhorar a qualida<strong>de</strong>,ampliar e baratear o atendimento aos usuários, apenasestão-se tornando mais caros, enquanto não sepo<strong>de</strong>m observar quaisquer melhoras com relaçãoàquilo <strong>de</strong> que se dispunha no t<strong>em</strong>po da estatização.Os recursos colhi<strong>dos</strong> com as privatizações, <strong>de</strong>outra parte, não reverteram <strong>em</strong> melhora na educação,na saú<strong>de</strong> ou na segurança, como prometido, mas parec<strong>em</strong>ter sido consumi<strong>dos</strong> na fogueira insana <strong>dos</strong> juros.O caso das concessões <strong>de</strong> estradas é paradigmático.As promessas foram muitas: recuperação eampliação da malha, criação <strong>de</strong> serviços <strong>em</strong> nível <strong>de</strong>Primeiro Mundo, mais segurança, mais fiscalização,mais sinalização e um rosário infinito <strong>de</strong> boas intenções.O concessionário, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs.Deputa<strong>dos</strong>, é, antes <strong>de</strong> tudo, um <strong>em</strong>presário. Sua tendêncianatural é a <strong>de</strong> maximizar o lucro. Cabe ao Po<strong>de</strong>rPúblico conce<strong>de</strong>nte provi<strong>de</strong>nciar para que cumpraseus <strong>de</strong>veres, garantir que satisfaça o que prometeu,quando adquiriu a concessão. Cabe ao Estado regulamentar,fiscalizar e punir qu<strong>em</strong> não esteja correspon<strong>de</strong>ndoàs obrigações que assumiu.Já tive oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> registrar aqui o caso <strong>de</strong>Teresópolis, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, Município que foi arbitrariamentedividido <strong>em</strong> dois por um posto <strong>de</strong> pedágioda CRT - Concessionária Rio-Teresópolis -, criandotranstornos infinitos para a população e atingindo grav<strong>em</strong>entea economia local.O Ministério <strong>dos</strong> Transportes e o ONER, <strong>em</strong> conjuntocom a CRT, <strong>de</strong>ram um <strong>dos</strong> maiores ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong>inépcia <strong>de</strong> que se t<strong>em</strong> notícia neste Governo: <strong>de</strong>cidiramsimplesmente dividir um Município ao meio, isolandovários bairros do centro da cida<strong>de</strong>. S<strong>em</strong> qual-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26893quer critério técnieo razoável, contrariando os maisel<strong>em</strong>entares princípios da lógica, passou-se a cobrarpedágio <strong>de</strong> uma parte <strong>dos</strong> moradores da cida<strong>de</strong>, quan<strong>dos</strong>e <strong>de</strong>slocam <strong>de</strong> casa para o trabalho, para a escolaou para o mercado. O <strong>de</strong>sespero e a revolta da comunida<strong>de</strong>contra essa <strong>de</strong>cisão estapafúrdia reflet<strong>em</strong>-sena verda<strong>de</strong>ira revolução que tomou conta da cida<strong>de</strong>, li<strong>de</strong>radapelo movimento popular "Não ao PedágioKm-71".É um absurdo que o Po<strong>de</strong>r Público Fe<strong>de</strong>ral contribua<strong>de</strong>ssa forma para s<strong>em</strong>ear a intranqüilida<strong>de</strong> noseio da população. Bastava uma simples consulta àPrefeitura local, às entida<strong>de</strong>s comunitárias, ou mesmoao mais comezinho bom senso, para compreen<strong>de</strong>r oridículo da medida que adotou.Como esse bom senso parece faltar aos técnicosdo DNER e da CRT, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, estou provi<strong>de</strong>nciandorequerimento <strong>de</strong> informações ao Sr. Ministro <strong>dos</strong>T-Fansportes a respeito do assunto, a fim <strong>de</strong> tentarcompreen<strong>de</strong>r os <strong>de</strong>scaminhos que conduziram a uma<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> tal forma equivocada e <strong>de</strong> revertê-Ia o maisrapidamente possível, inclusive com a in<strong>de</strong>nização<strong>dos</strong> prejuízos que possam eventualmente ter acontecido.É triste constatar, no entanto, o cumprimento dasprofecias daqueles que eram contra a privatização noBrasil. É <strong>de</strong>primente ver a incompetência <strong>de</strong>smoralizaruma política que, ao menos <strong>em</strong> princípio, mostra-se realmentea mais a<strong>de</strong>quada, no mundo mo<strong>de</strong>rno. Seráque a incúria, a incapacida<strong>de</strong> do Estado até mesmo nopapel <strong>de</strong> fiscal e sua inaptidão para controlar o capitalprivado hão <strong>de</strong> fazer malograr mais essa esperançapara o futuro do Brasil?Acredito que ainda há t<strong>em</strong>po para consertar essequadro. É possível ainda provar à opinião pública queo gerenciamento <strong>de</strong> estradas pela iniciativa privadaconforma-se mais aos seus interesses do que a concentraçãonas mãos do Estado. Para isso, contudo, épreciso que o Gove'rno assuma o seu papel; é precisoque se controle a atuação <strong>dos</strong> concessionários, que se1imit<strong>em</strong> os-preços <strong>dos</strong> pedágios ao pactuado duran1e oprocesso <strong>de</strong> privatização, que se proíba a multiplicação<strong>de</strong> postos <strong>de</strong> cobrança e que se estabeleçam regrasracionais para a sua localização; é preciso que seinstituam metas e que se fiscalize o seu cumprimento;é preciso, enfim, que o Governo cumpra o seu papel<strong>de</strong> governo.O SR. SÉRGIO CARVALHO (PSDB - RDPronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, iniciaram, na s<strong>em</strong>ana passada,junto ao Aeroporto Belmont, <strong>em</strong> Porto Velho, asobras do Centro Regional <strong>de</strong> Vigilância do Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong>Vigilância da Amazônia, o SIVAM. Trata-se da primeiraetapa <strong>de</strong> um complexo sist<strong>em</strong>a que vai interligartoda a Região Norte do País ao sist<strong>em</strong>a nacional <strong>de</strong> vigilânciado tráfego aéreo e servirá, ainda, para umcombate direto ao narcotráfico, a partir da fiscalização<strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os vôos.Hoje, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o uso indiscriminado <strong>de</strong> pistasclan<strong>de</strong>stinas possibilita que pequenos aviões circul<strong>em</strong>nos céus amazônicos fazendo contrabando e conduzindodrogas s<strong>em</strong> que haja qualquer tipo <strong>de</strong> combatea isso. Com a implantação do Sist<strong>em</strong>a Sivam, aAmazônia terá um rastreamento perfeito <strong>de</strong> tudo, sabendo-seexatamente as rotas e os pousos <strong>dos</strong> Vôosclan<strong>de</strong>stinos. Será um enorme avanço não só para asegurança da aviação comercial como, da mesma forma,um ataque direto aos que utilizam a Amazôniacomo área <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> contrabando e drogas.As obras do Centro Regional <strong>de</strong> Vigilância do Sivam,no Aeroport9 Belmont, ocuparão uma área superiora 12 mil metros quadra<strong>dos</strong>. interligando Porto Velhoa outros centros do País, possibilitando o cruzamento<strong>de</strong> da<strong>dos</strong> e dando gran<strong>de</strong> segurança ao sist<strong>em</strong>aaéreo da região. Os centros regionais, como o queestá sendo construído na Capital <strong>de</strong> Rondônia, vãodispor, ainda, <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> telecomunicações e visualização<strong>de</strong> da<strong>dos</strong>, sensoriamento r<strong>em</strong>oto por satélite,vigilância por radar, informações meteorológicas, monitoramento<strong>de</strong> comunicações e informações geraiscoor<strong>de</strong>nadas com todo o restante do País.Nesta fase, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs.Deputa<strong>dos</strong>,o Centro Regional significará um investimento <strong>de</strong>22 milhões <strong>de</strong> reais. As obras iniciadas agora, nestaprimeira fase do projeto, estarão concluídas até agostodo ano 2000, <strong>de</strong>ntro do cronograma estabelecido paraa concretização <strong>de</strong> todo o sist<strong>em</strong>a.Além <strong>dos</strong> avanços que significarão na integraçãoda Amazônia com as <strong>de</strong>mais regiões brasileiras, Sr.Presi<strong>de</strong>nte, para Porto Velho ainda haverá um benefícioextra. Ao final do <strong>em</strong>preendimento, <strong>de</strong>verão ser gera<strong>dos</strong>350 <strong>em</strong>pregos diretos e indiretos. É, portanto,um avanço importante para nossa região, que registramoscom todo nosso aplauso.Era o que tinha a registrar.Muito obrigado.O SR. CONFÚCIO MOURA (PMDB - RO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. eSrs. Deputa<strong>dos</strong>, neste mundo, <strong>em</strong> que a mídia estampa,a cada dia e nas primeiras páginas, os gran<strong>de</strong>sconflitos entre povos <strong>de</strong> uma mesma nação, os conflitosentre nações, as segregações raciais, os <strong>de</strong>sentendimentosreligiosos e étnicos s"os confrontos i<strong>de</strong>ológicos,tudo isto, <strong>de</strong> repente, passa a ser secundário,


26894 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA cÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999diante da gran<strong>de</strong>za das possibilida<strong>de</strong>s reais <strong>de</strong> solução,como está ·<strong>de</strong>monstrado, claramente, pelo ex<strong>em</strong>plo,pela atitu<strong>de</strong>, pelo heroísmo do maior lí<strong>de</strong>r mundial<strong>dos</strong> últimos vinte anos, que é Nélson Man<strong>de</strong>la.Este meu discurso nada mais é do que a <strong>de</strong>monstraçãoviva e clara da gran<strong>de</strong> admiração que tenhopelo lí<strong>de</strong>r negro da África do Sul, Nélson Man<strong>de</strong>la.E não po<strong>de</strong>ria me calar, como um admirador sincero,neste momento histórico especial. Não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar<strong>de</strong> me juntar à alegria do povo sul-africano, como maisuma voz, com mais um gesto para aplaudir e reverenciaresta li<strong>de</strong>rança que não é privativa do povo africano,mas é do mundo inteiro. Seria um prejuízo muitogran<strong>de</strong> privar o mundo <strong>de</strong>ste momento <strong>de</strong> comunhão,<strong>de</strong> uma energia tão positiva, <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sejo tão gran<strong>de</strong>,para to<strong>dos</strong> os povos, <strong>em</strong> po<strong>de</strong>r participar <strong>de</strong>ste ex<strong>em</strong>plomaravilhoso, que há <strong>de</strong> se espalhar e contaminar omundo - como mo<strong>de</strong>los admiráveis <strong>de</strong> homens públicosvocaciona<strong>dos</strong> e volta<strong>dos</strong> para solução <strong>dos</strong> conflitos<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r.Administrar uma transição tão difícil como foi oprocesso <strong>de</strong> dominação da minoria branca na Áfricado Sul, passando para o exercício <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>mocraciaverda<strong>de</strong>ira, on<strong>de</strong> a maioria negra passou a participardo po<strong>de</strong>r político e econômico, e, o que é mais importante,s<strong>em</strong> guerra civil, s<strong>em</strong> gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>rramamentos<strong>de</strong> sangue. Isto tudo foi um cenário diferenciado domapa político da África, on<strong>de</strong> anorma habitual são asguerras intermináveis entre as etnias, a queda <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>ntese as lutas s<strong>em</strong> fim pelo po<strong>de</strong>r, ao preço <strong>de</strong>muito sofrimento do povo.Só um lí<strong>de</strong>r forte, popular, respeitado, po<strong>de</strong>ria ter<strong>em</strong>prestado a sua figura para administrar este processo.E agora com o sentimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>ver cumprido e <strong>de</strong>ter dado ao mundo esta oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrarclaramente como as li<strong>de</strong>ranças po<strong>de</strong>m conduzir osseus povos. Nélson Man<strong>de</strong>la, amadurecido nas prisões,on<strong>de</strong> aperfeiçoou as suas convicções originais,chega ao final do seu Governo reconhecido pelasmassas e consegue eleger o seu sucessor, com umafolgada maioria.O regime <strong>de</strong> segregação racial, o chamadoapartheid, vigorou na África do Sul entre 1948 a 1992,e com as eleições do dia 2 <strong>de</strong> junho passado e a vitóriado partido socialista Congresso Nacional Africano,com certeza Thabo Mbeki será eleito Presi<strong>de</strong>nte, tendoa gran<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> continuar a implantação<strong>de</strong> uma <strong>de</strong>mocracia verda<strong>de</strong>ira, inclusive dandooportunida<strong>de</strong>s às minorias <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<strong>em</strong> se representar.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, está aí a <strong>de</strong>monstração viva <strong>de</strong> comoas <strong>de</strong>cisões políticas fortes po<strong>de</strong>m alterar os rumos eas vidas das pessoas, melhorando-as, promovendo adistribuição da renda e das oportunida<strong>de</strong>s, justiça igualpara to<strong>dos</strong>, criando alternativas seguras e permitindo aestabilida<strong>de</strong> do quadro social, s<strong>em</strong> a exclusão oficial<strong>de</strong> raças, religiões e i<strong>de</strong>ologias.S<strong>em</strong> medo <strong>de</strong> errar ou ser injusto, coloco NélsonMan<strong>de</strong>la como o maior lí<strong>de</strong>r político <strong>de</strong>sta geração.Era o que tinha a dizer.O SR. ÊNIO BACCI (PDT - RS. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,apresentei proposta <strong>de</strong> <strong>em</strong>enda à ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral buscando instituir o arrendamento compulsório<strong>de</strong> parte do imóvel rural, ou <strong>de</strong> conjunto <strong>de</strong> imóveisrurais <strong>de</strong> um mesmo dono, com área superior a 5 milhectares.A minha proposta refere-se a uma inovação <strong>de</strong>todo conveniente, permitindo assim o acesso a terra amilhares <strong>de</strong> trabalhadores rurais <strong>de</strong>la excluí<strong>dos</strong>, e poroutro lado vai atingir somente uma pequena parcela <strong>de</strong>proprietários rurais, pois é <strong>de</strong> 0,1% o percentual <strong>dos</strong>imóveis rurais no Brasil que têm área superior a 5 milhectares.A minha PEC, que dá nova redação ao art. 186,instituindo o arrendamento compulsório <strong>de</strong>, no mínimo,10% do imóvel rural, é uma proposta que visaamenizar um pouco a questão da produção agrícola<strong>em</strong> nosso País, dando oportunida<strong>de</strong> aos trabalhadoresrurais s<strong>em</strong> terra <strong>de</strong> produzir e manter com dignida<strong>de</strong>os seus familiares, s<strong>em</strong> violência e s<strong>em</strong> prejuízo aosproprietários, pois receberão um valor estipulado porarrendamento que se caracterizará por um contrato r<strong>em</strong>unerado.Espera-se, assim, que possíveis resistências aesta proposta sejam ínfimas e que, <strong>de</strong>ssa forma, proprietáriose s<strong>em</strong>-terra estejam sendo beneficia<strong>dos</strong> mutuamente.O SR. IÉDIO ROSA (PMDB - RJ. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, eu e o Deputado GeovanFreitas fomos <strong>de</strong>signa<strong>dos</strong> para representar esta Casano S<strong>em</strong>inário sobre os Sist<strong>em</strong>as Judiciário e PenitenciárioAmericanos. Agora, encaminhamos à Mesa,para conhecimento da Casa, o relatório sobre nossasativida<strong>de</strong>s durante essa s<strong>em</strong>ana.RELATÓRIO A QUE SE REFERE OORADOR:Ofício/IR 01-26/99Brasília(DF), 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999Senhor Presi<strong>de</strong>nte,T<strong>em</strong>os a satisfação <strong>de</strong> encaminhar a VossaExcelência o Relatório - b<strong>em</strong> como seus apensos ­fruto do S<strong>em</strong>inário que eu e o Deputado Geovam Freitasparticipamos na Flórida, EUA, por <strong>de</strong>signação <strong>de</strong>s-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26895sa Casa, cujo t<strong>em</strong>a foi "Os Sist<strong>em</strong>as Judiciário e PenitenciárioAmericanos".Ao ensejo, renovamos à Vossa Excelência nossascordiais saudações.Respeitosamente, - Deputado Geovam Freitas- Deputado lédio RosaRELATÓRIOJornada sobre os sist<strong>em</strong>as Judiciárioe Penitenciário AmericanosPerrodo: 23 a 30 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999 - Flórida USARelatores: Deputado lédio Rosa e DeputadoGeovam FreitasDesigna<strong>dos</strong> pela presidência da Câmara estiv<strong>em</strong>os<strong>em</strong> Orlando, cida<strong>de</strong> do Estado da Flórida, EUA,eu e o Deputado Geovam Freitas, para participar <strong>de</strong>uma jornada sobre os sist<strong>em</strong>as judiciário e penitenciáriodaquele pars, nos dias 23 a 27 <strong>de</strong> não p.p.O encontro constou <strong>de</strong> quatro conferências:- A organizaçao do Po<strong>de</strong>r Judiciário nos Esta<strong>dos</strong>Uni<strong>dos</strong>;- A Politica penitenciária nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>;- Segurança Pública: o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> policia do Estadofrente aos direitos do cidadão; e- Admissibilida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> meios <strong>de</strong> prova no julgamentocriminal nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>.E <strong>de</strong> quatro ativida<strong>de</strong>s práticas:- Assistir e participar <strong>de</strong> julgamento <strong>em</strong> TribunalEstadual da Flórida;- Investigaçao Criminal;- Assistir e participar <strong>de</strong> julgamento <strong>em</strong> TribunalFe<strong>de</strong>ral da Flórida; e- Prisão privada.O S<strong>em</strong>inário teve a participaçao <strong>de</strong> vários profissionaisda área jurrdica e <strong>de</strong> estudantes e foi presididopelo Secretário Executivo do Ministério da Justiça ­Ministro Paulo Afonso Martins <strong>de</strong> Oliveira.Para ilustrar e enriquecer o nosso Relatório to·mamas a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> anexar os pareceres <strong>de</strong> algunsilustres participantes, como ver<strong>em</strong>os:A Justiça Criminal nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> da Américado Norte: um Paralelismo com a Justiça Brasileira ­Dr. Sérgio Habib - Professor <strong>de</strong> Direito Penal na Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral da Bahia e na Unlfaca, m<strong>em</strong>bro daAca<strong>de</strong>mia Brasileira <strong>de</strong> Direito Criminal, da SociétéInternational <strong>de</strong> Criminologia, mestre <strong>em</strong> Direito pelaUFBa e advogado criminal.Journey of Comparative Law: Algumas Impressões- Dr. Mário Júlio Pereira da Silva - Advogado,professor universitário e m<strong>em</strong>bro do Conselho Nacional<strong>de</strong> Politica Criminal e Penitenciária do Ministério daJustiça.Journey of Comparative Law - Dr. Licrnio Barbosa- Advogado, professor titular da UFG e da UCG, ePresi<strong>de</strong>nte do CNPCP do Ministério da Justiça.Sobre a Journey of Comparative Law - Sr. AdrielReis - Acadêmico <strong>de</strong> Direito da URCAMP-RS.Uma viag<strong>em</strong> Proveitosa - Dr, Diáulas Costa Ribeiro- Professor <strong>de</strong> Direito Penal na Universida<strong>de</strong> Católica<strong>de</strong> Brasflia, Pesquisador da Universida<strong>de</strong> CatólicaPortuguesa e Promotor <strong>de</strong> Justiça <strong>em</strong> Brasflia.Resumindo, po<strong>de</strong>mos afirmar que comparandoos sist<strong>em</strong>as encontramos vantag<strong>em</strong> e <strong>de</strong>svantag<strong>em</strong>.A eleição <strong>de</strong> jurzes pelo povo não constitui nenhumavanço, pois enten<strong>de</strong>mos que a provisão <strong>dos</strong> cargosatravés <strong>de</strong> concurso público é o mais acertado. Portanto,anda certo o sist<strong>em</strong>a brasileiro.Quanto ao sist<strong>em</strong>a carcerário, acreditamos serpossrvel aproveitar a experiência daquele pars quantoà adoção do presrdio privado, tanto correcional quantoeducacional, como o ,do Lake City por nós visitado,como também o existente nos Esta<strong>dos</strong> do Texas e daCalifórnia, on<strong>de</strong> os presos trabalham e receb<strong>em</strong> seussalários <strong>dos</strong> próprios diretores priva<strong>dos</strong> da penitenciária.Na prisão <strong>de</strong> Lake C!ty, para criminosos <strong>de</strong> 19 a 24"anos, o trabalho consiste apenas na manutenção dalimpeza do presrdio, ficando o apenado com o <strong>de</strong>ver<strong>de</strong> estudar.Visitamos também o Laboratório <strong>de</strong> InvestigaçaoCriminal e constatamos que a politica cientrfica é muitoavançada, funcionando como meio <strong>de</strong> prova pericial edocumental indispensável à elucidaçao do fato. Parece-nosque no Brasil não há investimentos suficientepara adoção <strong>de</strong>sse método.Quanto à prova test<strong>em</strong>unhal, o pars que visitamosanda na frente, principalmente com relação àproteção <strong>de</strong> test<strong>em</strong>unhas, programa perfeito que<strong>de</strong>ve ser aprimorado no Brasil.No julgamento do Tribunal do Juri que assistimos,verificamos que a test<strong>em</strong>unha era um preso,que, ao relatar fato ocorrido antes <strong>de</strong> sua prisão e quepossibilitou a elucidação <strong>de</strong> um crime, com iss~conseguiua redução <strong>de</strong> sua pena. Esse fato é estranhoao nosso processo penal.Interessante relatar a composição da Supr<strong>em</strong>aCorte do Estado da Flórida.A mais alta corte da Flórida é a Supr<strong>em</strong>a Corte,que é composta por sete Jurzes <strong>de</strong> Apelação, cinco<strong>dos</strong> quais representam o número mrnimo para a conduçao<strong>dos</strong> trabalhos e quatro o número <strong>de</strong> votos paraaprovaçao <strong>de</strong> qualquer matéria. A se<strong>de</strong> da Supr<strong>em</strong>aCorte situa-se na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tallahassee, capital doEstado da Flórida.


26896 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Para ser nomeado Juiz <strong>de</strong> Apelação <strong>de</strong>ssa Corteo cidadão <strong>de</strong>ve ser eleitor qualificado, resi<strong>de</strong>nte naFlórida, e comprovar prática advocatícia no Estadopelos últimos <strong>de</strong>z anos.Por quase toda a história da Flórida os Juízes <strong>de</strong>Apelação foram escolhi<strong>dos</strong> pelo povo, <strong>em</strong> eleição direta.A única exceção dar-se-ia quando a vaga ocorresseno período entre eleições, ocasião na qual oGovernador do Estado indicaria um Juiz <strong>de</strong> ApelaçãoSubstituto que permaneceria no cargo até a eleiçãoseguinte.Mas essa eleição <strong>dos</strong> Juízes <strong>de</strong> Apelação conduziua muitos probl<strong>em</strong>as. Um <strong>de</strong>les é que tinhamque trabalhar para levantar fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> campanha, oque conseguiam por doação <strong>dos</strong> próprios advoga<strong>dos</strong>que possuíam interesse nas votações da Supr<strong>em</strong>aCorte. Por volta <strong>de</strong> mea<strong>dos</strong> da década <strong>de</strong> 70 o probl<strong>em</strong>atornou-se ainda mais sério após vários juízes ter<strong>em</strong>sido con<strong>de</strong>na<strong>dos</strong> por violação da ética.Em 1971 o Gov. Reubin Askew <strong>de</strong>u os primeirospassos para reformar o sist<strong>em</strong>a através da criação do"processo <strong>de</strong> seleção por mérito". Por ele o Gov. recebiauma lista <strong>de</strong> candidatos imparcialmente preparadae escolhia o nome <strong>de</strong> sua preferência. Em 1974 ojuiz B<strong>em</strong> F. Overton tornou-se o primeiro juiz da CorteSupr<strong>em</strong>a a ser escolhido por esse método.Era sabido, no entanto que a mudança <strong>de</strong>veriaser mais profunda, uma vez que, in<strong>de</strong>sejavelmente,os juízes eram submeti<strong>dos</strong> a novas eleições após ter<strong>em</strong>assumido as funções. Os esforços para venceresse <strong>de</strong>safio foram conduzi<strong>dos</strong> pelo Gov. Reubin,pelo Chefe <strong>de</strong> Justiça Overton e o representante doEstado Sandy D'Al<strong>em</strong>berte, atualmente Reitor daUniversida<strong>de</strong> da Flórida.Como resultado, os eleitores da Flórida votaram,<strong>em</strong> 1976, pela <strong>em</strong>enda à Constituição que criouuma "reserva por mérito" para Juízes <strong>de</strong> Apelaçãoque eliminou a maioria <strong>dos</strong> probl<strong>em</strong>as causa<strong>dos</strong> pelofato <strong>dos</strong> juízes concorrer<strong>em</strong> ao cargo através <strong>de</strong> eleição.Hoje, quando ocorre qualquer vacância <strong>de</strong> cargo,o Governador escolhe o próximo juiz <strong>de</strong> Apelação<strong>de</strong> uma lista tríplice preparada por uma Comissão Judiciária.Quando se expira o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> atuação <strong>dos</strong>Juízes <strong>de</strong> Apelação seus nomes são lança<strong>dos</strong> <strong>em</strong>uma cédula (nas eleições gerais) para ser<strong>em</strong> vota<strong>dos</strong>na lista <strong>de</strong> "reserva por mérito", casos eles <strong>de</strong>sej<strong>em</strong>permanecer no cargo. Dessa forma foi eliminada adisputa eleitoral entre Juízes <strong>de</strong> Apelação e Juízescomuns, pois o que a cédula contém é a pergunta:lo"<strong>de</strong>ve o Juiz <strong>de</strong> Apelação ser mantido no cargo? Se amaioria disser não, o Governador indica outro juizpara preencher a vaga. Este juiz é escolhido da listatríplice supramencionada, que é preparada consi<strong>de</strong>rando-sediversos preten<strong>de</strong>ntes cujas qualificaçõessão analisadas e seus nomes aprova<strong>dos</strong> pela Comissão.Através <strong>de</strong> votação entre os Juízes <strong>de</strong> Apelação,é eleito um Chefe <strong>de</strong> Justiça que presi<strong>de</strong> os atosda Supr<strong>em</strong>a Corte do Estado por perío<strong>dos</strong> <strong>de</strong> doisanos. Seu substituto eventual é o Juiz <strong>de</strong> Apelaçãomais velho <strong>de</strong>ntre os restantes.Por fim, foi válida a nossa experiência. Mas,confessamos aos colegas que nos sentimos um poucoinseguros por estarmos <strong>em</strong> um país que adota apena <strong>de</strong> morte. Sentimo-nos um pouco vítimas <strong>de</strong>uma possível injustiça que pu<strong>de</strong>sse nos levar às barrasdo Tribunal, acusa<strong>dos</strong> até <strong>de</strong> algum crime que pu<strong>de</strong>ssenos levar ao cadafalso. É horrível a sensação.Brasília, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - Deputado GeovamFreitas. - Deputado lédio Rosa.A Justiça Criminal nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>da América do Norte: um Paralelismocom" a Justiça BrasileiraSérgio HabibFoi extr<strong>em</strong>amente profícuo, s<strong>em</strong> dúvida, o Curso<strong>de</strong> Direito Comparado que, sob a coor<strong>de</strong>nação daConsulex, teve lugar na Flórida, na última s<strong>em</strong>ana domês <strong>de</strong> maio próximo passado.Reuni<strong>dos</strong> homogeneamente, os juristas brasileirosque ali compareceram pu<strong>de</strong>ram verificar, in loco,a estrutura e o funcionamento da Justiça americanado norte, seus acertos e <strong>de</strong>sacertos, tudo isso <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> uma visão comparativa com a forma segundo aqual se acha organizada a Justiça no Brasil.Em que pese à gran<strong>de</strong> diferença entre um sist<strong>em</strong>ae o outro, já que, <strong>em</strong> relação ao primeiro, aplicam-seos princípios do commom law, do direito a.nglo-saxônico,talvez não fosse tão <strong>de</strong>spropositado estabelecer-seum paralelismo entre ambos, até porqueas comparações também po<strong>de</strong>m ser feitas pelas dass<strong>em</strong>elhanças,e não apenas pelos pontos <strong>em</strong> comum.Pois b<strong>em</strong>. Os julgamentos nos EUA são realiza<strong>dos</strong><strong>de</strong> acordo com a organização <strong>de</strong> cada Estadoamericano, já que cada Estado-m<strong>em</strong>bro possui assuas cortes com jurisdição criminal e civil, distribuídas<strong>em</strong> countyou <strong>em</strong> district. Essas Cortes possu<strong>em</strong> entreoutras <strong>de</strong>signações, as seguintes: circuit court,county court, commom pleas court e superior court.As superiorcourts (orcourt whith lhe samejurisdiction)são as Cortes <strong>de</strong> julgamento com jurisdiçãogeral para to<strong>dos</strong> os casos. Assim, por ex<strong>em</strong>plo, naCalifórnia, cada county t<strong>em</strong> uma superior court, sendoo número <strong>de</strong> seus juízes fixado pela legislação es-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26897tadual, variando, todavia, <strong>de</strong> acordo com a população.. Já as municipal courts, também, na Califórnia,v.g., têm jurisdição civil para causas com limite <strong>em</strong>U$25.000.As fe<strong>de</strong>ral courts acham-se disciplinadas no art.111 da Constituição <strong>dos</strong> EUA, que também prevê a Supr<strong>em</strong>aCorte. Destarte, o sist<strong>em</strong>a fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Cortesnos EUA acham-se assim organizado: a) a Supr<strong>em</strong>aCorte <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, que é, <strong>em</strong> suma, a instânciaúltima da interpretação da lei e da jurisprudência;b) as United States Circuit Courts of Appeal; c) e asFe<strong>de</strong>ral District Courts, <strong>em</strong> número aproximado <strong>de</strong> 92distritos, sendo que cada Estado-m<strong>em</strong>bro dispõe <strong>de</strong>um, à exceção <strong>de</strong> Nova Iorque, do Texas e da Califórnia,que apresentam quatro.Exist<strong>em</strong>, ainda, outras Cortes fe<strong>de</strong>rais especiaisnos EUA criadas pelo Congresso, a saber: "1. UnitedStates Court of Appeals for the Fe<strong>de</strong>ral Circuit (formerlyU.S. Court of Claims and United States Court ofCustoms and Patent AppeaJs); 2. United States ClaimsCourt; 3. United States Court of International Tra<strong>de</strong>(formerly the Customs Court); 4. The Tax Court ofthe United States (formerly known as United StatesBoard of Tax Appeals); 5. United States Court of MiIitaryAppeals; 6. District of Columbia Superior Courtand District of Columbia Court of Appeals, which havejurisdiction of local district matters; 7. District BankruptcyCourts".Abaixo da Supr<strong>em</strong>a Corte <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>que t<strong>em</strong> competência e autorida<strong>de</strong> máxima para dirimirquestões relativas à interpretação <strong>de</strong> lei fe<strong>de</strong>ral eou <strong>de</strong> matéria constitucional, acham-se as cortes <strong>de</strong>apelação (United States courts of appeal) distribuídas<strong>em</strong> número <strong>de</strong> doze, <strong>em</strong> todo o país, a saber: first ­Maine, New Hampshire, Massachussetts, Rho<strong>de</strong>Island, and Puerto Rico; second - Vermont, Connecticut,and New York; third - New Jersey, Pennsylvania,Delawre, and the Virgin Islands; fourth - Maryland,West Virgínia, Virginia, North Carolina, and South Carolina;fifth - Mississippi, Louisiana, and Texas; sixth­Ohio, Michígan, Kentucky, and Tennessee; seventh­Indiana, lIIinois, and Wisconsin; eight - Minesota,lowa, Missouri, Arkansas, Nebraska, North Dakota,and South Dakota; ninth - California, Oregon, Nevada,Montana, Washington, Idaho, Arizona, Alaska,Hawaii, territories of Guam, and Norther MarianaIslands; tenth - Colerado, Wyoming, Utah, Kansas,Oklahoma and New Mexico; eleventh - Alabama, Georgiaan Florida.A legislação criminal nos EUA classifica os <strong>de</strong>litos,consoante a sua gravida<strong>de</strong>, <strong>em</strong> Felony (mais sério,punido com reclusão <strong>em</strong> p.anitenciária estadual);Mis<strong>de</strong>ameanor (menos grave e geralmente punido bya fine or commitment to a. county iai~. Alguns Esta<strong>dos</strong>-m<strong>em</strong>brosadotam a pena <strong>de</strong> mOlte, a ex<strong>em</strong>plo daFlórida, b<strong>em</strong> assim a prisão perpétua.Destaque-se, ainda, a experiência que v<strong>em</strong>sendo <strong>de</strong>senvolvida no campo da privatização <strong>dos</strong>presídios.Na viag<strong>em</strong> que fiz<strong>em</strong>os, foi-nos propiciado visitar(e conhecer) a prisão privada <strong>de</strong> Salte Lake, distando<strong>de</strong> Orlando cerca <strong>de</strong> três horas.S<strong>em</strong> <strong>em</strong>bargo, uma experiência que v<strong>em</strong> dandocerto, muito <strong>em</strong>bora esteja b<strong>em</strong> distante da realida<strong>de</strong>brasileira.Sua população carcerária gira <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 350internos, apresentando uma média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> que variaentre 19 e 24 anos (ida<strong>de</strong> máxima permitida para aliestar).Suas características mais mercantes são a disciplina,a organização, o trabalho, a limpeza. To<strong>dos</strong>trabalham e estudam, praticam esportes e faz<strong>em</strong> cursoprofissionalizante.O presídio <strong>de</strong> Salte Lake é administrado pela<strong>em</strong>presa CCA - Corrections Corporation of America,uma das maiores nos EUA, com atuação <strong>em</strong> váriosesta<strong>dos</strong> americanos.Na verda<strong>de</strong>, três <strong>em</strong>presas concorr<strong>em</strong> entre sivisando à exploração das prisões privadas nos EUA,a saber: a Corrections Corporation of America, aWackenhut Corrections Corporation e a United StatesCorrections Corporation, existindo essa espécie <strong>de</strong>estabelecimento prisional <strong>em</strong> i 7 Esta<strong>dos</strong>-m<strong>em</strong>bros.Os que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a sua existência argumentamque o seu custo apresenta-se 27% mais barato doque os estabelecimentos prisionais convencionais,muito <strong>em</strong>bora duras críticas se abat<strong>em</strong> sobre elas,<strong>em</strong> especial provenientes do American Ba Association(equivalente à nossa OAB).Não há dúvida <strong>de</strong> que o governo americano invest<strong>em</strong>aciçamente no sist<strong>em</strong>a judiciário. No que serefere ao sist<strong>em</strong>a criminal, os governos fe<strong>de</strong>ral e estaduaisdispen<strong>de</strong>m cerca <strong>de</strong> 100 bilhões <strong>de</strong> dólares,anualmente, com policiamento, persecução criminal,julgamento e punição <strong>de</strong> <strong>de</strong>linqüentes, envolvendonada menos que dois milhões <strong>de</strong> pessoas nas ativida<strong>de</strong>srelacionadas com a justiça criminal. Nessa tarefasão envolvi<strong>dos</strong> mais <strong>de</strong> 23.000 promotores públicos,25.000 advoga<strong>dos</strong>, além <strong>de</strong> aproximadamente40.000 assessores. assistentes e funcionários.Não se po<strong>de</strong>ria discorrer :sobre a justiça criminalnos EUA s<strong>em</strong> fazer-se referência à Constituição, cujospoucos artigos não impe<strong>de</strong>m que seja ela respei-


26898 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999tada e acatada por to<strong>dos</strong>, assegurando-se, assim, osprincípios e garantias individuais do cidadão, além <strong>de</strong>fortalecer o estado <strong>de</strong> direito e <strong>de</strong>mocracia americanos.No particular, vale <strong>de</strong>stacar-se a importânciadas 4ª e 5ª <strong>em</strong>endas.A 4ª <strong>em</strong>enda trata <strong>dos</strong> direitos do povo americano<strong>de</strong> estar seguro <strong>em</strong> suas casas, não sofrendo violações<strong>de</strong> qualquer espécie, <strong>de</strong>sfrutando <strong>de</strong> sua privacida<strong>de</strong>e, inegavelmente, limitando a ingerência doEstado na vida do cidadão. Costuma-se dizer que a4 51 <strong>em</strong>enda protege pessoas, não lugares.A 5ª <strong>em</strong>enda, por seu turno, assegura o direito<strong>de</strong> o suspeito não se auto-incriminar; ele t<strong>em</strong> o direitoconstitucional <strong>de</strong> permanecer calado; a partir do casoMiranda V. Arizona, 384 U.S. 436 (1966), o suspeito<strong>de</strong> crime <strong>de</strong>verá ser advertido <strong>dos</strong> seus direitos <strong>de</strong>permanecer <strong>em</strong> silêncio; <strong>de</strong> que tudo aquilo que disserpo<strong>de</strong>rá ser utilizado contra si na Corte; <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>ráaconselhar-se com um advogado; <strong>em</strong> não dispondo<strong>de</strong> condições para contratar um, ser-Ihe-á concedidoum <strong>de</strong>fensor público. O suspeito, igualmente,po<strong>de</strong>rá recusar-se a <strong>de</strong>por, permanecendo <strong>em</strong> silêncio,até que se faça presente o seu advogado.Nos EUA as penas alternativas vêm sendo largamenteaplicadas, como um substitutivo à pena privativa<strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>. Em contrapartida, aplicam-se apena <strong>de</strong> morte e a prisão perpétua, estas duas últimasexpressamente vedadas pela Constituição brasileira.Entre eles, <strong>dos</strong> 50 esta<strong>dos</strong>, 38 admit<strong>em</strong> pena <strong>de</strong>morte.No que se refere à criminalida<strong>de</strong>, o preso nosEUA representa um custo <strong>de</strong> U$1.560 mensais, enquantoque, <strong>em</strong> média, um agente penitenciário percebeU$2.130, por mês. As estatísticas refer<strong>em</strong> umataxa <strong>de</strong> reincidência <strong>de</strong> 32% para os crimes consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong>mais leves, e <strong>de</strong> 21 % para aqueles consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong>mais graves.A socieda<strong>de</strong> americana admite que o ônus como preso (o custo-benefício) é menor do que a sobrecarga<strong>dos</strong> prejuízos sociais causa<strong>dos</strong> pelos indivíduosperigosos soltos <strong>em</strong> meio à comunida<strong>de</strong>.Entre as formas alternativas <strong>de</strong> prisão encontra-sea do monitoramento eletrônico, aliás, métodoque gerou intensa polêmica até que a Supr<strong>em</strong>a Cortese pronunciasse <strong>de</strong>cidindo que a sua utilização nãofere os direitos da personalida<strong>de</strong>.O instituto do plea bargaining v<strong>em</strong> sendo muitoutilizado, e talvez, por isso, as penitenciárias americanasnão tenham ainda chegado ao colapso total.A população carcerária <strong>em</strong> todo o território americanoé a prova disso. São 1.191.450 reclusos e <strong>de</strong>tentosdistribuí<strong>dos</strong> nas prisões estaduais e <strong>de</strong>maispresídios o que equivale a uma média <strong>de</strong> 457 presospor 100.000 habitantes, sendo que a Califórnia e oTexas li<strong>de</strong>ram essas cifras, <strong>em</strong> que pese a rígida legislaçãoadotada <strong>em</strong> ambos os esta<strong>dos</strong>, <strong>de</strong>stacando-seo primeiro <strong>de</strong>les (a Califórnia) on<strong>de</strong> prevalece aLei <strong>dos</strong> Três Golpes (The Three Strikes Law), admitindoa aplicação <strong>de</strong> pena <strong>de</strong> 25 anos <strong>de</strong> prisão perpétuana hipótese <strong>de</strong> o réu ser reinci<strong>de</strong>nte pela 3 8 vez.Por seu turno, Nova Iorque, por adotar o princípiodas "janelas quebradas" (Broken windows), encaracom a mesma serieda<strong>de</strong> pequenos <strong>de</strong>li.tos e crimesgraves, admitindo a necessida<strong>de</strong> da participação comunitária,patrulhamento intensivo e combate incessanteaos focos <strong>de</strong> criminalida<strong>de</strong>. Segundo EdmundoOliveira, o programa <strong>de</strong> Rodolph Giuliani consegueser eficiente, conquanto apresenta o seu "calcanhar<strong>de</strong> Aquiles" no aumento da violência policial.Pelo que se conhece, 11 milhões <strong>de</strong> pessoassão presas anualmente nos EUA, sendo dispendi<strong>dos</strong>U$22.614.000.000 (bilhões) também por ano com oSist<strong>em</strong>a Criminal.São estas algumas conclusões <strong>de</strong> forma reduzida,a que chegamos na Jornada <strong>de</strong> Direito Comparadopromovida pela Consulex Law Events Institute, <strong>em</strong>Orlando, Flórida, sob a competente coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong>Luiz Fernando Zakarewicz.Do evento, lições e lições foram extraídas.Já não me refiro às lições <strong>de</strong> Direito, mas às <strong>de</strong>vida, pela convivência diurna com magníficos colegasoriun<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> mais diversos rincões <strong>de</strong>sse Brasil.Na linha do t<strong>em</strong>po recolho impressões <strong>dos</strong> caríssimosLuiz Flávio Borges D'Urso, Emanuel MessiasOliveira Cacho, Renato <strong>de</strong> Mello Jorge Silveira, DiaulasCosta Ribeiro, Mário Júlio Pereira da Silva,Antônio Leopoldo Teixeira, Carlos Humberto <strong>de</strong> Sousa,Adriel Reis, Adilson Ramos Júnior, Eduardo MachadoMattar, William Douglas, cujas presenças tantoabrilhantaram o Encontro <strong>de</strong> Orlando. Conhecê-losfoi a melhor pesquisa, sabê-los magnânimos a maior<strong>de</strong> quantas alegrias pu<strong>de</strong> vivenciar.E como se não bastasse, outros ilustres companheiros<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ário engrossaram as fileiras daquelesque o t<strong>em</strong>po não conseguirá apagar <strong>de</strong> nossas m<strong>em</strong>órias:Jun<strong>em</strong>arie Fernan<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, Ana PaulaZakarewicz Poletti, Lívia Ramos, Denise Vince Túlio,José Ricardo Regueira, lédio Rosa, Geovan Freitas,Cassandra Costa Félix, Alexandre Poletti, José Tavaresda Silva Neto, Anilcéia Machado, Antônio RenatoAlves Rainha, Milena da Silva Lobo, Murilo <strong>de</strong> OliveiraCastro Coelho.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26899Por <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iro, os ~minentes Licínio Barbosa e PauloAfonso Martins <strong>de</strong> Oliveira, Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Nacional<strong>de</strong> Política Criminal e VICe-Ministro da Justiça respectivamente,a qu<strong>em</strong> ren<strong>de</strong>mos as nossas justas homenagenspela simplicida<strong>de</strong> no trato e pela lhaneza com que se relacionaramcom todo o grupo.BIBLIOGRAFIA1) Para/ega/ Practíce and Procedure, by DeborahE. Larbalestrier, 3 rd ed.2) The Oxford Companion to The Supr<strong>em</strong>eCourl of The United States, 1992.3) Public Securance: The Power ofState Policein Re/ation to the Citizen's Right, by Leonard E. Birdsong.4) The Organization ofThe Judiciary in The UnitedStates, by Judge Seymour Benson.5) The Penitentiary Policy in The United States,by Edmundo Oliveira.SÉRGIO HABIB é professor <strong>de</strong> Direito Penal naUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia e na Unifacs, m<strong>em</strong>broda Aca<strong>de</strong>mia Brasileira <strong>de</strong> Direito Criminal, da SociétêInternational <strong>de</strong> Criminologia, mestre <strong>em</strong> Direitopela UFBa e advogado criminal.O SR. ClAUDIO CAJADO (PFL - BA. Pronuncia osegunte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, 8r!s e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,no últiTlo final <strong>de</strong> s<strong>em</strong>ana, tive a oporl\.Jlida<strong>de</strong> <strong>de</strong> visitar o extr<strong>em</strong>osul do Estado da Bahia, a convite do meu conterrâneoe um <strong>dos</strong> representantes daquela belíssima região nestaCasa, Deputado FrancistQnio Pinto, a qu<strong>em</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já agra<strong>de</strong>çopelo hospitalida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ferência dispensadas a esteParlamentar.Na visita ao Município <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros Neto fui convidadopelo Governador do Estado, Dr. César Borges,a integrar sua comitiva e participar da inauguraçãodo mo<strong>de</strong>rníssimo Terminal Rodoviário da cida<strong>de</strong>e da assinatura para abertura da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> serviçopara construção da Rodovia BA-290, que interligará alocalida<strong>de</strong> a Teixeira <strong>de</strong> Freitas.Dando continuida<strong>de</strong> à visita, fomos aos Municípios<strong>de</strong> Mucuri e Nova Viçosa. Já no outro dia fomosa Prado, Alcobaça, Caravelas, Itamaraju e PortoSeguro.As atMda<strong>de</strong>s econômicas da região concentram-se<strong>em</strong> sua gran<strong>de</strong> maioria na pecuária com ativida<strong>de</strong> agrícolalocalizada, <strong>de</strong>stacando-se a cultura do mamão.A ativida<strong>de</strong> turística apresenta-se como um setorimportante para o <strong>de</strong>senvolvimento econômico doextr<strong>em</strong>o sul <strong>de</strong>vido à beleza cênica <strong>de</strong> suas praias e<strong>de</strong> localida<strong>de</strong>s ecológicas. ,No início da década <strong>de</strong> 70, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> implantadaa BR·101, cortando o litoral da Bahia <strong>de</strong> norte asul, novos centros urbanos surgiram. A implantaçãodo complexo da celulose, no Município <strong>de</strong> Mucuri, e ofomento do turismo transformaram a região numa dasmais dinâmicas do Estado, passando a apresentar índiceseleva<strong>dos</strong> <strong>de</strong> renda e crescimento <strong>de</strong>mográficointenso.O Município <strong>de</strong> Teixeira <strong>de</strong> Freitas, situado noeixo da BR-1 01, beneficiou-se <strong>de</strong> sua localização estratégica,<strong>de</strong>senvolvendo-se como centro comercial e<strong>de</strong> serviços, aten<strong>de</strong>ndo à <strong>de</strong>manda regional.Em Mucuri, o complexo da celulose já <strong>de</strong>spontacom uma elevação do produto municipal e intensocrescimento populacional, com repercussões sobreos Municípios vizinhos, <strong>de</strong>vido à duplicação da <strong>em</strong>·presa Bahia Sul Celulose e à expansão da área plantadacom eucalipto.Em Porto Seguro concentram-se as ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> turismo e lazer. Nos próximos anos, essas cida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>verão ter seu crescimento acelerado com a ampliaçãodo pólo <strong>dos</strong> investimentos turísticos.A região, berço do <strong>de</strong>scobrimento do Brasil, <strong>de</strong>verános próximos anos atingir o ápice do <strong>de</strong>senvolvimento,haja vista ser composta por solo rico, comboas terras para o plantio, propício à agropecuária, efonte turística imensurável.A beleza das praias, a hospitalida<strong>de</strong> e o confortoofereci<strong>dos</strong> pelos moradores com certeza resultarão<strong>em</strong> benefícios para to<strong>dos</strong>, principalmente porque têmnesta Casa um representante, Deputado FrancistônioPinto, que <strong>de</strong>senvolve um trabalho sério, altruísta eprofícuo para o <strong>de</strong>senvolvimento da região.Aliado a tudo isto, ainda há o compromisso doGoverno Estadual, na pessoa do Governador CésarBorges, <strong>de</strong> auxiliar os Governos Municipais com alocação<strong>de</strong> recursos e obras nas áreas <strong>de</strong> infra-estrutura,saneamento, educação, saú<strong>de</strong>, transporte,enfim, <strong>de</strong> proporcionar, como v<strong>em</strong> fazendo nasoutras regiões do Estado, melhores condições para o<strong>de</strong>senvolvimento e crescimento regional.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, estamos próximos <strong>de</strong> com<strong>em</strong>o·rar quinhentos anos do <strong>de</strong>scobrimento do Brasil, e oberço do seu <strong>de</strong>scobrimento, no extr<strong>em</strong>o sul da Bahia,está sendo preparado para receber os visitantesbrasileiros e <strong>de</strong> todas as partes do mundo, que certamentese apaixonarão pela região.O Município <strong>de</strong> Porto Seguro, porta <strong>de</strong> entradadas caravelas portuguesas, está praticamente prontopara a gran<strong>de</strong> festa <strong>dos</strong> quinhentos anos, como tambéma encantadora cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caravelas, com a suaelegância discreta e centenária e seus moradoresgentis e hospitaleiros.O Prefeito Ubaldino Junior, a qu<strong>em</strong> agra<strong>de</strong>ço ahospitalida<strong>de</strong>, <strong>em</strong> parceria com o Governador César


26900 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Borges, v<strong>em</strong> envidando to<strong>dos</strong> os esforços para ofereceraos visitantes ótimos hotéis, restaurantes, segurança,saú<strong>de</strong>, infra-estrutura e saneamento, além dabeleza natural das praias e do acervo cultural restauradoe preservado, mantendo viva a história brasileira<strong>de</strong>s<strong>de</strong> seu <strong>de</strong>scobrimento.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, ao finalizar, quero expressar minhagratidão ao nobre Deputado Francistônio Pinto esua esposa Jussara pela oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conheceruma das mais e promissoras regiões do nosso Estado.Agra<strong>de</strong>ço igualmente aos Prefeitos Wagner Ramos,<strong>de</strong> Teixeira <strong>de</strong> Freitas; Adalberto Pinto, <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>irosNeto; e Milton Borges, <strong>de</strong> Mucuri. E, ainda, atoda a população da região sul do Estado da Bahia,que nos acolheu com alegria e hospitalida<strong>de</strong>.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço a V. Exi! que autorize a publicaçãono programa A Voz do Brasil <strong>de</strong>ste pronunciamento.O SR. WELLINGTON DIAS (PT- PI. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,no Piauí, o crime organizado, a presença <strong>de</strong>quadrilhas organizadas é uma constante, conformecomprovei <strong>em</strong> relatório e <strong>dos</strong>siê entregue ao Ministroda Justiça, Dr. Renan Calheiros, ao Secretário Nacional<strong>de</strong> Defesa <strong>dos</strong> Direitos da Pessoa Humana, Dr.José Gregori, e ao Presi<strong>de</strong>nte da Comissão <strong>de</strong> Defesa<strong>dos</strong> Direitos Humanos <strong>de</strong>sta Casa, Deputado NiImárioMiranda, meu companheiro <strong>de</strong> partido. Quadrilhas<strong>de</strong> assalto a banco, narcotráfico, prostituição infantil,frau<strong>de</strong>s públicas, pistolagens, roubos <strong>de</strong> veículos,etc. As provas surg<strong>em</strong> to<strong>dos</strong> os dias - e encaminhotambém às autorida<strong>de</strong>s.Nesta s<strong>em</strong>ana, agiram com <strong>de</strong>staque na imprensaquadrilhas <strong>de</strong> assaltos a banco: assaltaram oBanco do Brasil, Agência <strong>de</strong> Simplício Men<strong>de</strong>s, nosertão, no último dia 7, com o assassinato do <strong>de</strong>legado,subtenente Elói Ferreira Rodrigues, e do doent<strong>em</strong>ental Raimundo <strong>de</strong> Souza, quando o socorria. Ospoliciais são apenas três, s<strong>em</strong> viaturas, com armas ultrapassadas,s<strong>em</strong> telefone, etc., numa cida<strong>de</strong> comagência bancária, agência <strong>dos</strong> Correios e pólo <strong>de</strong>uma região com seis Municípios e 60 mil habitantes,aproximadamente. Os bandi<strong>dos</strong>, com veículos potentese fuzis AR-15, levaram 5 mil reais e o Vice-Prefeito, funcionáriodo Banco do Brasil, Cid Araújo Moura Júnior(PFUPI), como refém. Graças a Deus, soltaram o meucompanheiro bancário com vida. Dois mortos e a populaçãoainda mais <strong>de</strong>scrente no aparelho do Estado.Ont<strong>em</strong>, <strong>em</strong> Uruçuí, nos cerra<strong>dos</strong> piauienses, aquadrilha <strong>de</strong> assaltos a banco - repito: com invejávelorganização no Piauí - assaltou novamente o Bancodo Brasil. Fizeram uma família e o vigilante <strong>de</strong> refém,soltos, traumatiza<strong>dos</strong>, e roubaram 250 mil reais.Também ont<strong>em</strong> foi barbaramente assassinadoo engenheiro José Ferreira Castelo Branco,ex-Diretor da Telepisa que exercia atualmente o cargo<strong>de</strong> Diretor-administrativo da Tel<strong>em</strong>ar Tele NorteLeste. Assassinado quando fazia cooper no centro <strong>de</strong>Teresina. Mais uma vítima da quadrilha da pistolag<strong>em</strong>?Vítima como os sete Prefeitos, o jornalista e lí<strong>de</strong>rdas pesquisas.para Deputado Fe<strong>de</strong>ral na últimaeleição, Donizete Adalto (PPS/PI), e tantos outros?Os jornais focais, Meio Norte, O Dia, Diário doPovo, publicam to<strong>dos</strong> os dias páginas <strong>inteira</strong>s sobreestes crimes.Os jornais O Globo, Correio Braziliense e outrospublicaram esta s<strong>em</strong>ana matérias sobre prostituiçãoinfantil, com indícios <strong>de</strong> envolvimento <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s,<strong>em</strong>presários etc.Até quando? Até quando, Sr. Governador MãoSanta? Até quando, Sr. Presi<strong>de</strong>nte Fernando HenriqueCar<strong>dos</strong>o, Sr. Ministro Renan Calheiros?Vamos esperar a morte <strong>de</strong> mais quantos?Bancada do Piauí, não po<strong>de</strong>mos assistir, comoplatéia, a esta situação. Quer<strong>em</strong>os uma parceria, apoio,estrutura, o fim da impunida<strong>de</strong> no Piauí.Minha solidarieda<strong>de</strong> às vítimas, aos bancários,aos familiares <strong>de</strong>ssas pessoas atingidas, agredidas.O meu compromisso <strong>de</strong> que vou continuar daquie <strong>em</strong> todo lugar cobrando providências.A impunida<strong>de</strong>, como disse o Superinten<strong>de</strong>nteda Polícia Fe<strong>de</strong>ral Robert Rios Magalhães, "é imoral".É in<strong>de</strong>cente esta situação.É preciso haver condições para combater o cri·me organizado que toma conta do Piauí.O SR. CORONEL GARCIA (PSDB - RJ. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªs eSrs. Deputa<strong>dos</strong>, quero congratular-me com estaCasa Legislativa, com o Senado Fe<strong>de</strong>ral e com oExecutivo, na pessoa do Presi<strong>de</strong>nte Fernando HenriqueCar<strong>dos</strong>o, pela criação do Ministério da Defesa.Como ex-integrante do Exército brasileiro, passadorecente que tanto me orgulha, fiz questão <strong>de</strong>gravar <strong>em</strong> meu nome político o título <strong>de</strong> coronel, poisfoi na caserna que aprendi, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> jov<strong>em</strong>, a enten<strong>de</strong>ra importância <strong>de</strong> uma força armada no contexto <strong>de</strong>um país soberano como o Brasil. E foi naquele ambiente,no convívio com representantes da Marinha eda Aeronáutica, que comecei a sentir a falta <strong>de</strong> um órgãocoor<strong>de</strong>nador das ações <strong>dos</strong> três Ministérios militares.Hoje, amadurecido pela experiência adquirida,estou convicto <strong>de</strong> que a criação do Ministério da Defesaserá muito benéfico para as três Forças, que, ape-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26901sar <strong>de</strong> s<strong>em</strong>pre ter<strong>em</strong> sido conduzidas por competentesprofissionais, careciam <strong>de</strong> um elo mais forte que oEstado-Maior das Forças Armadas, não só para coor<strong>de</strong>naras suas ações operacionais, como tambémpara unificar os seus procedimentos administrativos.Para que V. Exas possam avaliar o significadodas minhas palavras iniciais, permitam-me citar, porex<strong>em</strong>plo, como se processa o mecanismo da <strong>de</strong>fesana República Fe<strong>de</strong>ral da Al<strong>em</strong>anha, ressaltando apenasalguns aspectos importantes. Naquele país o Ministérioda Defesa t<strong>em</strong> como componentes, além daMarinha, Exército e Aeronáutica, o Serviço Médico e<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e ainda a Administração, que é toda conduzidapor civis. O Ministro da Defesa ora é um civil, oraum militar da reserva, normalmente escolhido entrepessoas que possuam conhecimentos <strong>de</strong> estratégiae <strong>de</strong> administração.As ações <strong>de</strong> um tal Ministério da Defesa visam àconjugação <strong>de</strong> esforços e à racionalização administrativa,e, a partir daí, as possíveis rivalida<strong>de</strong>s e corporativismoexistentes são minimiza<strong>dos</strong> pela realização<strong>de</strong> exercícios militares conjuntos, que evi<strong>de</strong>ncia aimportância do papel <strong>de</strong> cada participante.Na Al<strong>em</strong>anha, o ensino nas escolas militares écomum, <strong>em</strong>bora com partes do currículo diferenciadas;na saú<strong>de</strong>, os hospitais serv<strong>em</strong> a to<strong>dos</strong> indistintamente,e nos centros tecnológicos trabalham representantes<strong>de</strong> todas as Forças, perseguindo um únicoobjetivo.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srSs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, não restadúvida <strong>de</strong> que o Ministério da Defesa trará muitos benefíciosao nosso País, se nos espelharmos nos mo<strong>de</strong>los<strong>de</strong> vários países que o possu<strong>em</strong> há muito t<strong>em</strong>po,a<strong>de</strong>quando-o à realida<strong>de</strong> brasileira.Gostaria, ainda, <strong>de</strong> ressaltar o papel fundamentaido Parlamento al<strong>em</strong>ão no soerguimento <strong>de</strong> suasforças armadas no pós-guerra. Foi ali que se originoua lei regulando normas fundamentais da posição jurídica,da conduta, <strong>dos</strong> direitos e <strong>de</strong>veres <strong>dos</strong> seus cidadãos<strong>em</strong> uniforme. O Parlamento al<strong>em</strong>ão, órgãosupr<strong>em</strong>o <strong>de</strong> controle das forças armadas, encarregoua comissão parlamentar <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa a exercer estasfunções <strong>de</strong> controle e garantir a salvaguarda <strong>dos</strong> direitosfundamentais <strong>dos</strong> militares.Como v<strong>em</strong>os, é vasto o campo <strong>de</strong> atuação doCongresso na área da <strong>de</strong>fesa nacional. Por isso seriaimportante a nossa participação efetiva na condução<strong>dos</strong> projetos militares, particularmente neste momento<strong>em</strong> que é criado o Ministério da Defesa. Agindo assim,muitas outras questões <strong>de</strong> interesse nacional po<strong>de</strong>riamser aprimoradas pela aproximação Congresso,Ministério da Defesa, Forças Armadas.T<strong>em</strong>os certeza, finalmente, <strong>de</strong> que o MinistroElcio Alvares, juntamente com os comandantes daMarinha, Almirante Sérgio Chagastelles, do Exército,General Gleuber Vieira, da Aeronáutica, Briga<strong>de</strong>iroWalter Brauer, e o Chefe do Estado-Maior da Defesa,Briga<strong>de</strong>iro Nelson <strong>de</strong> Souza Taveira, saberão, nestafase inicial <strong>de</strong> implantação do novo Ministério, realizaresta tarefa com muita sabedoria.De nossa parte, na Comissão <strong>de</strong> Defesa da Câmara<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, estar<strong>em</strong>os s<strong>em</strong>pre dispostos aapoiar, <strong>de</strong> maneira transparente e <strong>de</strong>mocrática, todasas ações que envolvam o novo Ministério e as ForçasArmadas, principalmente na elaboração e consecuçãoda Política Nacional <strong>de</strong> Segurança.O SR. AUGUSTO NARDES (PPB - RS. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Deputado Caio Riela, fico muitofeliz <strong>em</strong> vê-lo presidindo esta Casa.Meu caro Presi<strong>de</strong>nte, estou aqui solicitando a V.Exa que man<strong>de</strong> inserir nos, Anais <strong>de</strong>sta Casa a Propostado Setor Produtivo para o Plano <strong>de</strong> Safra <strong>de</strong> Verão1999/2000 para a Região Centro-Sul, solicitaçãoesta feita pela CNA (Confe<strong>de</strong>ràção Nacional da Agricultura)ao Ministro Francisco Turra, que está tentandoarticular o plano <strong>de</strong> safra. Esta proposta é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>importância para o nosso País.PROPOSTA A QUE SE REFERE OORADORProposta do Setor Produtivo parao Plano <strong>de</strong> Safra <strong>de</strong> Verão 1999/2000para a região Centro-SulBrasflia, junho <strong>de</strong> 1999ApresentaçãoO presente documento é resultado <strong>de</strong> um trabalhoconjunto da Comissão Nacional <strong>de</strong> Cereais, Fibrase Oleaginosas da Confe<strong>de</strong>ração Nacional daAgricultura - CNA e da Organização das CooperativasBrasileiras - OCB.A "Proposta do Setor Produtivo para o Plano <strong>de</strong>Safra <strong>de</strong> Verão 199912000 para a região Centro-Sul"contou com a participação efetiva das Fe<strong>de</strong>rações Estaduaisda Agricultura que integram o Sist<strong>em</strong>a CNA e doSetor Cooperativista representado pela OCB.A novida<strong>de</strong> na elaboração da presente propostaé a participação direta <strong>de</strong> vários produtores rurais quepu<strong>de</strong>ram externar os seus anseios por meio do "Pro_jeto Conhecer".O "Projeto Conhecer" é um canal <strong>de</strong> comunicaçãoentre a CNA e os produtores rurais que po<strong>de</strong>m,<strong>em</strong> um curto período <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po, ser<strong>em</strong> consulta<strong>dos</strong>sobre questões <strong>de</strong> interesse do setor rural brasileiro.


$S~.\-.r 1•.1./ - .1--- _---_.,.C; .... ..losta do Setor Produtivo para o Plano <strong>de</strong> Safra <strong>de</strong> Verão 1999/2000 para a Região Centro-Suldro Resumo das PropostastO~.'l'~iilo.. -1tos Sist<strong>em</strong>ática Atual Proposta conjunta da CNA e OCB _..cesso ao Crédito I) O Governo anunciou na safra passada 1) Disponibilizar R$ 15 bilhões para o custeio da safra; 2) Definir o penhor daR$ 11,3 bilhões porém liberou apenas R$ safra como garantia do crédito <strong>de</strong> custeio.7 bilhões; 2)Exigências hipotecárias <strong>de</strong>ativos reais que exce<strong>de</strong>m <strong>em</strong> 100% o valorfinanciado..umento das 1) 25% das rubricas sujeitas ao <strong>de</strong>pósito 1) aumentar a exigibilida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> recursos obrigatórios para 30%.._-..bilida<strong>de</strong>s compulsório são para o crédito rural.~rédito Rotativo I) autorizado apenas para mini e pequenos 1) autorizar para to<strong>dos</strong> os produtores rurais.- -Iprodutores.imites <strong>de</strong> 1) limitado a R$ 300 mil para o algodão, 1) elevar o limite por cultura para refletir a nova realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> custo <strong>de</strong> produção;Iciamentos R$ 150 mil para arroz, feijão, milho, 2) Estabelecer como limite individual 70% do valor bruto da produção esperaelamandioca, trigo e sorgo; R$ 100 mil para do produtor; 3) Elevar o limite <strong>de</strong> soja do Centro-Oeste e estendê-lo para assoja no Centro-Oeste e R$ 40 mil para <strong>de</strong>mais regiões do País.:ncargos<strong>de</strong>mais lavouras1) 8,75% para o crédito <strong>dos</strong> recursos 1) 6% para o crédito <strong>dos</strong> recursos controla<strong>dos</strong> e 3% para o Pronaf.-_..lceiroscontrola<strong>dos</strong> e 5,75% para o Pronaf.~ecursos Externos I) Risco cambial +juros 2) Exigir que o Banco repasse aos produtores os benefícios do hedge para evita,o risco cambial.9>­~o~(')>,~ oori}~~ori}~ofr .....\O~


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26904 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Proposta do Setor Produtivo para o Plano <strong>de</strong>Safra <strong>de</strong> Verão 1999/2000 para a regiãoCentro-Sul1 - IntroduçãoO cenário interno da agricultura, na safra <strong>em</strong>curso, está sendo marcado pela estagnação do valorbruto da produção para o conjunto <strong>dos</strong> vinte principaisprodutos agrícolas, o que limita a capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> autofinanciamento <strong>dos</strong> produtores para o plantioda safra 1999/2000.Aliado a essa restrição, o contigenciamento docrédito peJo sist<strong>em</strong>a financeiro contribuiu para elevaro endividamento <strong>dos</strong> produtores junto aos fornecedores<strong>de</strong> insumos, principalmente nas comercializaçõesrealizadas com cláusulas <strong>de</strong> variação cambial ou vinculadasà moeda norte-americana.Faz-se necessário l<strong>em</strong>brar que a agriculturabrasileira, chamada <strong>de</strong> âncora ver<strong>de</strong>, pagou um altocusto pela estabilização do Plano Real, que culminoucom o grave endividamento do setor. Mesmo após arenegociação das dívidas, com a securitização e posteriormentecom o Programa Especial <strong>de</strong> Saneamento<strong>de</strong> Ativos - PESA, o setor rural ainda não conseguiureequilibrar a sua situação econômico-financeiraparaalavancar os investimentos que tanto são necessáriospara aumentar a renda <strong>dos</strong> produtores e criarum fluxo <strong>de</strong> caixa suficiente para honrara, <strong>em</strong> dia, oscompromissos financeiros assumi<strong>dos</strong>.A Confe<strong>de</strong>ração Nacional da Agricultura - CNAe a Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB,estimam que o setor agropecuário nacional transferiumais <strong>de</strong> R$24 bilhões para a economia como contribuiçãopara a estabilida<strong>de</strong> do Plano Real. Essa transferência<strong>de</strong> renda mensurada pela soma da diferençaobtida entre o Valor Bruto da Produção - VBP <strong>de</strong>1994 - o maior da década <strong>de</strong> 90 - e os VBP <strong>dos</strong> anosposteriores, até o ano passado, foi conseqüência diretada redução <strong>dos</strong> preços <strong>dos</strong> produtos agropecuáriospara o setor urbano. A manutenção <strong>dos</strong> preçosque integram a cesta básica serviu <strong>de</strong> garantia da estabilizaçãoda inflação e espinha dorsal do PlanoReal.Vale <strong>de</strong>stacar que o setor rural é o ramo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>que mais rapidamente respon<strong>de</strong> aos investimentosrealiza<strong>dos</strong> e a um custo inferior aos <strong>de</strong>maissetores daeconomia. Além disso, o setor rural é o qu<strong>em</strong>ais <strong>em</strong>prega mão-<strong>de</strong>-obra. De acordo com as informaçõesdo IBGE, <strong>de</strong> 1996, do total <strong>de</strong> 68 milhões <strong>de</strong>pessoas ocupadas, 16,65 milhões pessoas eram <strong>em</strong>pregadasno setor rural, respon<strong>de</strong>ndo, portanto com24,5% do total <strong>dos</strong> <strong>em</strong>pregos gera<strong>dos</strong> no País. Dosonze ramos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> catalogadas pelo IBGE, osetor .rural supera o <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços e o daindústria <strong>de</strong> transformação <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> absorção <strong>de</strong>mão..cle-obra. No conceito mais abrangente <strong>de</strong> agronegócio,o setor ?1bsorve 21,1 milhões <strong>de</strong> pessoas.No cenário externo, o setor agropecuário, a <strong>de</strong>speitodo custo Brasil, é o ramo da ativida<strong>de</strong> econômicanacional mais competitiva no comércio exterior. Aagropecuária é o único setor superavitário na corrente<strong>de</strong> comércio internacional. No ano passado foramexporta<strong>dos</strong> US$14.9 bilhões e importa<strong>dos</strong> US$7.2 bilhões,gerando um superávit <strong>de</strong> US$7.7 bilhões. Noprimeiro trimestre <strong>de</strong>ste ano, a <strong>de</strong>speito da queda <strong>de</strong>preços para as principais commodities da pauta <strong>de</strong>exportações, a agricultura aumentou 7,47% as vendasexternas enquanto as exportações totais do Paísrecuaram 10,37%.Embora a curto prazo o esforço <strong>de</strong> exportaçãoesteja limitado pela crise financeira internacional ­que abalou a economia <strong>dos</strong> países do su<strong>de</strong>ste asiáticoe do Leste Europeu <strong>de</strong>saquecendo a <strong>de</strong>mandamundial- o Brasil, a médio e longo prazos, apresentacondições potenciais para aumentar a sua participaçãono mercado externo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que utilize to<strong>dos</strong> osmecanismos junto à Organização Mundial <strong>de</strong> Comércio- OMC, para evitar que os países <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong>utiliz<strong>em</strong> o dumping financeiro para <strong>de</strong>slocar o comércioagropecuário brasileiro.É evi<strong>de</strong>nte que mudanças estruturais são essenciaispara propiciar as condições requeridas pararesolver o probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> renda do setor. Todavia,medidas <strong>de</strong> curto prazo <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> curto prazo<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser tomadas <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po hábil, para permitirque os produtores possam tomar a$ <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong>plantio com conhecimento das regras oficiais que irãodisciplinar o Plano <strong>de</strong> safra 1999/2000. Nesse sentido,o setor produtivo apresenta, como sugestão, umapauta mínima <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> política agrícolapara compor o Plano <strong>de</strong> Safra do Governo para a Safra<strong>de</strong> Verão 1999/2000, conforme <strong>de</strong>scrito a seguir.2 - Propostas do Setor Produtivo2.1 - Acesso ao CréditoExiste a necessida<strong>de</strong> efetiva <strong>de</strong> R$15 bilhõespara custear a safra 1999/2000, mas o anúncio <strong>de</strong>um volume recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> crédito para safra terá poucaeficácia caso não seja viabilizado o retorno <strong>dos</strong> produtoresrurais a uma situação <strong>de</strong> normalida<strong>de</strong>, viabi­Iizando o acesso ao crédito junto ao sist<strong>em</strong>a financeiro.A exigência <strong>de</strong> garantias reais, exce<strong>de</strong>ndo <strong>em</strong>muitos casos a 100% do valor financiado, restringiu oacesso ao ciédito, tendo <strong>em</strong> vista a indisponibilida<strong>de</strong>


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRlO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26905<strong>de</strong> novos ativos reais, <strong>dos</strong> produtores, para oferecercomo garantia adicional a <strong>em</strong>préstimos novos.O Manual <strong>de</strong> Crédito Rural estabelece que sãogarantias <strong>de</strong> crédito rural, não apenas a hipoteca comumou cedular, porém o penhor agrícola, pecuário,mercantil ou cedular. Dessa forma, é imprescindíveluma flexibilização <strong>dos</strong> agentes financeiros na exigênciadas garantias conforme estabelece o MCR 2.3.2.Propostas: 1) Disponibilizar para o custeio dasafra o montante <strong>de</strong> R$15 bilhões; 2) Definir no Plano<strong>de</strong> Safra 1999/2000 o penhor <strong>de</strong> safra como garantiasuficiente para a obtenção do crédito <strong>de</strong> custeio.2.2 - Aumento das Exigibilida<strong>de</strong>sA carência <strong>de</strong> novas fontes <strong>de</strong> financiamentospara a agricultura, com custo <strong>de</strong> captação que minimizeas <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> equalização <strong>de</strong> taxas, tornouas exigibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> que trata o MCR 6.2 como fonteimprescindível para alavancar os financiamentos <strong>dos</strong>etor rural.Na safra passada, o volume <strong>de</strong> crédito efetivamenteutilizado pelo setor ficou muito aquém doanunciado o que prejudicou a programação <strong>de</strong> investimentos<strong>dos</strong> produtores, restringindo a expansão daárea plantada e aumentando a contratação <strong>de</strong> compras<strong>de</strong> insumos financiadas diretamente junto às distribuidoras.A falta <strong>de</strong> recursos para o financiamento do custeioda lavoura, ocorrida nesses últimos anos, inseriua indústria <strong>de</strong> insumos agrícolas como importantefonte <strong>de</strong> recursos para os produtores. As vendas <strong>de</strong>US$2.5 bilhões <strong>em</strong> <strong>de</strong>fensivos e <strong>de</strong> US$3 bilhões <strong>em</strong>fertilizantes na safra <strong>em</strong> curso, mediante a concessão<strong>de</strong> prazos, tomaram-se fontes compl<strong>em</strong>entares <strong>de</strong> financiamentosaos <strong>em</strong>préstimos obti<strong>dos</strong> nos agentesfinanceiros.A mudança do regime cambial brasileiro e aconseqüente <strong>de</strong>svalorização do real, frente às moedasestrangeiras, elevou significativamente as dívidas<strong>dos</strong> produtores junto aos fornecedores <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivose fertilizantes, na comercialização <strong>de</strong> insumosagrícolas realizadas com cláusula <strong>de</strong> variação cambiaiou atreladas ao dólar norte-americano. Várias negociaçõesforam tentadas pelos produtores para saldaressas dívidas s<strong>em</strong> comprometer exclusivamenteo setor produtivo ou a indústria. Todavia, até o momento,os entendimentos mostraram-se infrutíferos oque po<strong>de</strong>rá comprometer essa fonte privada <strong>de</strong> financiamentopara os insumos agrícolas na safra1999/2000.Dentro <strong>de</strong>ssa perspectiva, faz-se necessárioque sejam assegura<strong>dos</strong> o crescimento <strong>de</strong> recursosdisponíveis junto ao sist<strong>em</strong>a financeiro para o financiamentoda safra e reduzir a <strong>de</strong>pendência <strong>dos</strong> produtoresjunto aos fornecedores <strong>de</strong> insumos.Proposta: Aumentar a exigibilida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> recursosobrigatórios <strong>de</strong> 25% para 30% e criar mecanismosque assegur<strong>em</strong> a efetiva aplicação, pelo agentefinanceiro, <strong>de</strong>sses recursos no crédito rural.2.3 - Crédito RotativoA burocracia criada para a concessão <strong>de</strong> créditorural é morosa e onerosa. No recadastramento osbancos exig<strong>em</strong> até 52 certidões, transformando-s<strong>em</strong>uito mais <strong>em</strong> um agente fiscalizador <strong>de</strong> tributos edas normas ambientais do que <strong>em</strong> um agente financeirorepassador <strong>dos</strong> recursos necessários e imprescindíveispara a ativida<strong>de</strong> produtiva rural.É imperativo que haja um processo <strong>de</strong> simplificaçãopara a concessão <strong>de</strong> crédito rural. Atualmente, o art.4 2 da Resolução Bacen n 2 2.164, <strong>de</strong> 19-6-95, autoriza ocrédito rotativo apenas para os mini e pequenos produtores,limitado ao montante <strong>de</strong> R$30.000,OO (trinta mil reais)ao amparo <strong>dos</strong> recursos controla<strong>dos</strong> do crédito rural.O i<strong>de</strong>al é que essa prerrogativa seja para to<strong>dos</strong> os produtores,simplificando e <strong>de</strong>sburocratizando a concessão <strong>de</strong><strong>em</strong>préstimos rurais, ampliando o limite por produtor.Proposta: Autorizar para to<strong>dos</strong> os produtores osist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> crédito rotativo para o crédito rural, substituindoo atual mo<strong>de</strong>lo arcaico e oneroso que exigeanualmente todo um procedimento burocrático que<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ra totalmente os cadastros já realiza<strong>dos</strong>pelos produtores.2.4 - Limites <strong>de</strong> FinanciamentosA Resolução Bacen nº 2.402, <strong>de</strong> 25-6-97, estabeleceos limites para os financiamentos ao amparo<strong>dos</strong> recursos controla<strong>dos</strong> do crédito rural, para cadabeneficiário/safra por cultura.Esses limites, congela<strong>dos</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1997, não expressama nova realida<strong>de</strong> do aumento <strong>dos</strong> preços<strong>dos</strong> insumos agrícolas após a <strong>de</strong>svalorização do real.No período <strong>de</strong> março/98 a março/99, os preços <strong>dos</strong>inseticidas subiram <strong>em</strong> média 63%, <strong>dos</strong> fungicidas56%, <strong>dos</strong> herbicidas 59%, <strong>dos</strong> fertilizantes químicos29% e <strong>dos</strong> fertilizantes formula<strong>dos</strong> 43%.Propostas: 1) Elevar os limites <strong>de</strong> financiamentospor cultura <strong>de</strong> modo a espelhar a nova realida<strong>de</strong><strong>de</strong> custo <strong>de</strong> produção agrícola; 2) Estabelecer comoprocedimento para fixar o limite individual <strong>de</strong> concessão<strong>de</strong> crédito, 70% do valor bruto da produção esperada,<strong>de</strong> acordo com o Projeto Técnico apresentado;3) Elevar o limite atual <strong>de</strong> financiamento da soja paraa região Centro-Oeste e estabelecê-lo como limiteúnico para todas as regiões do País.


26906 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 19993.5 - Encargos FinanceirosA agricultura pelas suas especificida<strong>de</strong>s requerum crédito diferenciado., Os <strong>de</strong>mais setores da economiapo<strong>de</strong>m, no curto prazo, mudar ou adaptar oseu processo produtivo. A agricultura não t<strong>em</strong> essaflexibilida<strong>de</strong>, pois <strong>de</strong>cisões tomadas no plantio permanec<strong>em</strong>inalteradas até a comercialização. Porisso, as taxas <strong>de</strong> juros para o setor t<strong>em</strong> <strong>de</strong> ser prefixadase compatíveis com a taxa <strong>de</strong> retorno da ativida<strong>de</strong>.A tendência <strong>de</strong> queda da taxa <strong>de</strong> juros da economia<strong>de</strong>ve ser acompanhada com a redução dataxa <strong>de</strong> juros para o setor agropecuário. Dessa forma,<strong>de</strong>ntro da nova realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> taxa ca<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> inflação,a taxa <strong>de</strong> juros para os recursos'controla<strong>dos</strong>do crédito rural <strong>de</strong>v<strong>em</strong> refletir encargos financeirosinferiores aos que vigoraram na safra passada.Proposta: Reduzir a taxa <strong>de</strong> juros prefixada <strong>de</strong>8,75% para 6% ao ano, para os recursos controla<strong>dos</strong>do crédito rural, e estabelecer no âmbito do Pronaf,juros prefixa<strong>dos</strong> <strong>de</strong> 3% ao ano2.6 - Recursos Externos (63 rural)Embora o volume <strong>de</strong> recursos externos tenhamdiminuído no financiamento da safra <strong>em</strong> curso,essa fonte <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penha papel importante naoferta <strong>de</strong> crédito disponível para a agricultura.Contudo, os encargos financeiros <strong>de</strong>ssa fonte<strong>de</strong> financiamento é cara para a agricultura - juros queexce<strong>de</strong>m 15% ao ano mais correção cambial. A mudançado regime cambial brasileiro flexibiliza as variaçõesno mercado monetário inserindo maiores riscosaos financiamentos contrata<strong>dos</strong> com essa fonte.Proposta: exigir que as instituições financeirasna captação <strong>de</strong> recursos externos <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> ao financiamentodas ativida<strong>de</strong>s rurais e agroindustriais,ampara<strong>dos</strong> pela Resolução Bacen nº 2.483, <strong>de</strong>26-3-98, adot<strong>em</strong> um mecanismo <strong>de</strong> hedge e que repass<strong>em</strong>essa proteção aos financiamentos concedi<strong>dos</strong>aos produtores e <strong>de</strong>mais mutuários, para minimizaro risco cambial nessas operações.2.7 - Preços Mínimos <strong>de</strong> GarantiaA Política <strong>de</strong> Garantia <strong>de</strong> Preços Mínimos ­PGPM é o principal instrumento que disciplina todaa política agrícola Brasileira. Dela <strong>de</strong>riva a comprapara a formação e venda <strong>dos</strong> estoques do Governoao mesmo t<strong>em</strong>po que sinaliza para os produtoresaquelas culturas que estão sendo objeto <strong>de</strong> incentivopara o aumento da área plantada. Todavia, coma dívida securitizada atrelada aos preços mínimos,esse instrumento ficou engessado, per<strong>de</strong>ndo a suaflexibilida<strong>de</strong> como indutor do aumento da produçãoagrícola.É necessário o retorno da flexibilida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> preçosmínimos s<strong>em</strong> comprometer a elevação do estoqueda dívida <strong>dos</strong> produtores, mediante a modificaçãoda Lei nº 9.138, <strong>de</strong> 29-11-95, <strong>de</strong>satrelando os reajustes<strong>dos</strong> preços mínimos na in<strong>de</strong>xação <strong>dos</strong> financiamentosrenegocia<strong>dos</strong>.Com o advento'da securitização, os preços mínimostransformaram-se muito mais como um in<strong>de</strong>xadordo passivo <strong>dos</strong> produtores do que <strong>em</strong> um instrumentoindutor <strong>de</strong> elevação da produção agrícola. AResolução Bacen nº 2.238, <strong>de</strong> 31-1-96, que dispõesobre os procedimentos a ser<strong>em</strong> observa<strong>dos</strong> na securitização<strong>dos</strong> financiamentos, vinculou a equivalência<strong>em</strong> produto, por meio <strong>dos</strong> preços mínimo do algodão,arroz, milho, soja e trigo, no alongamento dasdívidas originárias <strong>de</strong> crédito rural.A dívida securitizada no preço mínimo do milho,vinculou uma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 64,2 milhões <strong>de</strong> toneladas,equivalente a duas safras nacionais. Esse produto,portanto, é o mais sensível à variação do preçomínimo. Eventuais reajustes do preço mínimo <strong>de</strong>sseproduto elevaria 80% <strong>de</strong> toda a dívida securitizada, oque implicaria uma relação custo/benefício <strong>de</strong>sfavorávelpara os produtores.Atualmente o Contrato <strong>de</strong> Opção t<strong>em</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhadoum papel mais relevante na sinalização do preço<strong>de</strong> mercado do que o preço mínimo. Porém, paradotar esse mecanismo <strong>de</strong> maior flexibilida<strong>de</strong> é necessário<strong>de</strong>satrelá-Io <strong>dos</strong> preços mínimos, viabilizandotambém, a composição do preço <strong>de</strong> exercício a partirdas cotações internacionais.Propostas: 1) Fortalecer a Política <strong>de</strong> Garantia<strong>de</strong> Preços Mínimos, tornando-a efetiva, visando a recomposição<strong>dos</strong> estoques governamentais; 2) Os reajustes<strong>dos</strong> preços mínimos, <strong>dos</strong> produtos vincula<strong>dos</strong>à equivalência <strong>em</strong> produto na securitização, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>ser acompanha<strong>dos</strong> <strong>de</strong> um bônus equivalente à variação<strong>dos</strong> preços mínimos para ser aplicado como redutorno estoque da dívida que trata a Lei nº 9.138, <strong>de</strong>29-11-95; 3) Divulgar no Plano Safra Contratos <strong>de</strong>Opções para o período <strong>de</strong> safra e <strong>de</strong> entressafra.2.8 - Contrato <strong>de</strong> Opção para a SojaO aumento esperado da produção Norte-Americana<strong>de</strong> soja, para a t<strong>em</strong>porada 1999/2000,<strong>de</strong> 75,0 para 78,4 milhões <strong>de</strong> toneladas, contribuiupara <strong>de</strong>primir ainda mais os preços <strong>de</strong>ssa oleaginosano mercado internacional, que são os mais baixos<strong>de</strong>ssas últimas duas décadas.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26907Como se sabe, o aumento da produção <strong>de</strong> sojanaquele País foi motivado essencialmente pela políticagovernamental <strong>de</strong> sustentação da renda, a qualestipula um loan rate <strong>de</strong> ~S$5.26 por bushel, equivalentea US$11.60/60kg. Os preços internacionais naatual t<strong>em</strong>porada estão abaixo <strong>de</strong> US$5.00/bushel eos preços espera<strong>dos</strong> para a safra 1999/2000 estãoprojeta<strong>dos</strong> <strong>em</strong> uma faixa <strong>de</strong> US$3.95 a US$4.75 porbushel, muito inferiores, portanto, ao loan rate. Osprodutores Norte-Americanos além <strong>de</strong> outros benefícios,receb<strong>em</strong> o pagamento da diferença entre o loanrate e o· preço <strong>de</strong> mercado.No Brasil, os preços mínimos da soja são muitobaixos, não <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhando papel relevante comoindutor da expansão da produção <strong>de</strong>ssa oleaginosa.Proposta: introduzir a soja no Contrato <strong>de</strong> Opção.2.9 - Programa <strong>de</strong> Incentivo ao Uso <strong>de</strong> Corretivos<strong>de</strong> Solos - PROSOLOEsse programa instituído pela Resolução Bacenn!l2.534, <strong>de</strong> 17-8-98, previa a aplicação total <strong>de</strong> R$500milhões, distribuí<strong>dos</strong> R$200 milhões <strong>em</strong> 1998 e R$300milhões no primeiro s<strong>em</strong>estre <strong>de</strong> 1999.Dado que esse programa está previsto para finalizar<strong>em</strong> 30 <strong>de</strong> junho do ano <strong>em</strong> curso e tendo <strong>em</strong>vista o alcance e a importância que t<strong>em</strong> a correção <strong>de</strong>solos para potencializar a utilização <strong>de</strong> fertilizantes,com resulta<strong>dos</strong> positivos na elevação do rendimentoda cultura, aumentando a competivida<strong>de</strong> das lavourasbrasileiras, sugere-se:Proposta: Prorrogação do Programa <strong>de</strong> Incentivoao Uso <strong>de</strong> Corretivos <strong>de</strong> Solos - PROSOLO2.10 - Seguro AgrícolaO setor rural carece <strong>de</strong> um seguro agrícolaque cubra além <strong>dos</strong> sinistros climáticos, perda <strong>de</strong>renda motivada por queda <strong>de</strong> preços ou pela combinação<strong>de</strong> ambos.O Proagro, criado <strong>em</strong> 1974, e modificado váriasvezes nesses 25 anos <strong>de</strong> existência, cobre apenas ofinanciamento contratado junto às instituições financeiras.O Grupo T<strong>em</strong>ático do Fórum Nacional da Agricultura- FNA, que analisou especificamente a questãodo seguro rural, apresentou trabalho que conduza aperfeiçoamentos <strong>de</strong>sse instrumento imprescindívelà ativida<strong>de</strong> rural.Propostas: 1) Incentivar as Companhias Seguradorasprivadas a atuar<strong>em</strong> no seguro rural; 2) Criarum sist<strong>em</strong>a governamental para o seguro rural <strong>de</strong>modo a reduzir os prêmios <strong>dos</strong> seguros, com a ampliação<strong>dos</strong> eventos ampara<strong>dos</strong>.2.11 - Liberação das importações <strong>de</strong> agroquímicosA competitivida<strong>de</strong> da agricultura brasileira estáseriamente ameaçada pelos aumentos <strong>de</strong> preços.abusivos <strong>dos</strong> <strong>de</strong>fensivos ocorri<strong>dos</strong> após a <strong>de</strong>svalorizaçãodo real frente às moedas estrangeiras.Além disso, o próprio Ministério da Agricultura edo Abastecimento constatou por meio <strong>de</strong> estu<strong>dos</strong>comparativos, que os preços pratica<strong>dos</strong> no Brasil superam<strong>em</strong> muito os vigentes nos países do Mercosul.Para aumentar a competitivida<strong>de</strong> agrícola, éfundamental que seja harmonizado a legislação brasileiracom os parceiros do Mercosul para possibilitara livre comercialização <strong>de</strong> agroquímicos entre osEsta<strong>dos</strong>-M<strong>em</strong>bros, cumprindo as Resoluções doGrupo do Mercado Comum - GMC, a ex<strong>em</strong>plo <strong>dos</strong>países signatários do Tratado <strong>de</strong> Assunção que já internalizaram<strong>em</strong> sua legislação.Propostas: 1) Cumprir a Resolução GMC n!!48/96, do Mercosul, que permite o livre trânsito <strong>de</strong> comercialização<strong>de</strong> agroquímicos entre os Países-M<strong>em</strong>brose que seja modificado o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> registro<strong>de</strong> agroquímicos, permitindo a importação diretapelos produtores <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que os produtos possuamregistro no País exportador e no País fabricante doprincípio ativo; 2) Reduzir para zero o imposto <strong>de</strong> importação<strong>de</strong> agroquímicos para terceiros merca<strong>dos</strong>.2.12 - Política FertilizantesCom a privatização do setor <strong>de</strong> fertilizantes noBrasil, poucas gran<strong>de</strong>s <strong>em</strong>presas passaram a dominaro mercado. Em <strong>de</strong>corrência da oligopolização,os preços internos ficaram distorci<strong>dos</strong> <strong>em</strong> relaçãoaos preços internacionais, aumentando os custos <strong>de</strong>produções agrícolas e reduzindo a competitivida<strong>de</strong><strong>dos</strong> produtores brasileiros frente aos seus concorrentesno comércio internacional.Recent<strong>em</strong>ente, a <strong>de</strong>svalorização cambial foiapontada pela indústria <strong>de</strong> fertilizantes como sendo oúnico responsável pelos reajustes <strong>de</strong> preços ocorri<strong>dos</strong>neste ano. Todavia, os preços subiram muito acimada <strong>de</strong>svalorização do real frente à moeda norte-americana,caracterizando abuso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r econômicoo qual foi <strong>de</strong>nunciado ao Conselho <strong>de</strong> Administração<strong>de</strong> Defesa Econômica- CADE do Ministério daJustiça.Infelizmente, até o momento, o Governo não tomoumedida alguma que resulte na revisão <strong>dos</strong> preçospela indústria <strong>de</strong> fertilizantes e <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos. Éimprescindível que questão tão séria e urgente sejaresolvida pelos Órgãos competentes, evitando maioresdanos ao setor agrícola nacional.


26908 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Propostas: 1) Reduzir para zero o imposto <strong>de</strong>importação para terceiros merca<strong>dos</strong>; 2) Abrir linha <strong>de</strong>crédito especial para importações <strong>de</strong> matérias primas;3) Utilizar t<strong>em</strong>pestivamente a legislação que impe<strong>de</strong>a formação <strong>de</strong> cartel e coibir as elevações abusivas<strong>dos</strong> preços <strong>dos</strong> insumos agropecuários.2.13 - Importação <strong>de</strong> Máquinas UsadasA busca da competitivida<strong>de</strong> na agricultura, <strong>de</strong>um modo geral, está associada a uma escala ótima<strong>de</strong> produção que exige o crescimento da produtivida<strong>de</strong>proporcionada por investimentos <strong>em</strong> máquinase insumos mo<strong>de</strong>rnos.A agricultura brasileira t<strong>em</strong> um <strong>dos</strong> índices maisbaixos <strong>de</strong> mecanização por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> área. Informações<strong>de</strong> 1994, da Anfavea, indicavam que enquanto oBrasil utilizava 9,6 tratores para o cultivo <strong>de</strong> cada1.000 hectares, a Argentina utilizava 11,2 tratores eos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> utilizavam 25,8 tratores. Para acolheita, o Brasil utilizava 1,2 colheita<strong>de</strong>iras paracada 1.000 hectares enquanto a Argentina utilizava 2e os Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> utilizavam 3,6 colheita<strong>de</strong>iras.Certamente o baixo índice <strong>de</strong> mecanização no.Brasil <strong>de</strong>corre principalmente das seguintes restrições:1) preços <strong>de</strong> máquinas no Brasil mais elevadoque os nossos concorrentes no Mercosul e Esta<strong>dos</strong>Uni<strong>dos</strong> e; 2) Inviabilida<strong>de</strong> da escala econômica <strong>de</strong>produção para aquisição máquinas novas dado o seuelevado preço unitário.Certamente, se houvesse uma política para aumentara concorrência interna na indústria <strong>de</strong> máquinase equipamentos agrícolas, os preços baixariam,incentivando novas aquisições. Para que isto ocorra,no curto prazo, é importante que haja a autorizaçãopara a importação <strong>de</strong> máquinas e equipamentos usa<strong>dos</strong>.Propostas: 1) Permitir a importação <strong>de</strong> máquinase impl<strong>em</strong>entos usa<strong>dos</strong> tanto no âmbito no Mercosulcomo <strong>de</strong> terceiros merca<strong>dos</strong>; 2) Autorizar o financiamento<strong>de</strong> máquina e impl<strong>em</strong>entos usa<strong>dos</strong> nomercado interno.O SR. NELSON PELLEGRINO (PT - BA. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sr"s eSrs. Deputa<strong>dos</strong>, parece-nos que a negligência tomouconta <strong>de</strong> vez da cida<strong>de</strong> do Salvador. Nos pronunciamentosque anteriormente fiz<strong>em</strong>os nesta Casa, já <strong>de</strong>nunciávamoso total <strong>de</strong>scaso da Prefeitura do Salvadorno trato <strong>dos</strong> interesses da populaçãQ daquela cida<strong>de</strong>.Denunciamos o fechamento da Estação daLapa, terminal rodoviário mais importante da Capitalbaiana, que aten<strong>de</strong> diariamente 500 mil pessoas, <strong>em</strong>virtu<strong>de</strong> da queda <strong>de</strong> um <strong>dos</strong> cabos <strong>de</strong> sustentação <strong>de</strong>um viaduto que dá acesso aquele terminal.Denunciamos a situação <strong>de</strong> calamida<strong>de</strong> públicaque abalou Salvador e sua Região Metropolitana, <strong>em</strong>virtu<strong>de</strong> das chuvas que causaram <strong>de</strong>slizamentos <strong>de</strong>encostas, <strong>de</strong>sabamento <strong>de</strong> casas, acarretando mortese <strong>de</strong>ixando um s<strong>em</strong>-número <strong>de</strong> <strong>de</strong>sabriga<strong>dos</strong>.Essa sucessão <strong>de</strong> tragédias, Sr. Presi<strong>de</strong>nte,Sr"s e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, <strong>de</strong>ve-se à total ausência doEstado e à mais absoluta omissão das autorida<strong>de</strong>s narealização das obras <strong>de</strong> que a cida<strong>de</strong> necessita e quea população tanto aguarda.Novamente vimos a este Plenário para, primeiramente,lamentar e, indignadamente, <strong>de</strong>nunciarmais uma tragédia ocorrida <strong>em</strong> nossa Capital.Ont<strong>em</strong>, o Colégio Municipal Roberto Corrêa, situadono bairro <strong>de</strong> Pau da Lima, <strong>em</strong> Salvador, foi palco<strong>de</strong> mais um <strong>de</strong>sabamento <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência daschuvas que há um mês ating<strong>em</strong> nossa Capital.O <strong>de</strong>sabamento do teto <strong>de</strong> uma sala <strong>de</strong> aula daquelaescola <strong>de</strong>ixou como saldo <strong>de</strong>z crianças feridas,sendo que três <strong>de</strong>las grav<strong>em</strong>ente.O mais estarrecedor, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, é sabermosque a referida escola passou por reformas completashá pouco mais <strong>de</strong> dois anos, nas quais foramutiliza<strong>dos</strong> recursos provenientes do Banco Interamericano<strong>de</strong> Desenvolvimento (BID) e do Ministério daEducação (MEC), através do Projeto Nor<strong>de</strong>ste.A tragédia só não teve maiores proporções, Sr"se Srs. Deputa<strong>dos</strong>, porque o <strong>de</strong>sabamento do tetoaconteceu por volta das 13h30min, quando as crianças,com ida<strong>de</strong>s entre 10 e 13 anos, ainda estavamchegando à escola. Por essa razão, a sala on<strong>de</strong> ocorreuo aci<strong>de</strong>nte não estava com o seu número completo<strong>de</strong> alunos.Exigimos da Prefeitura do Salvador a realização<strong>de</strong> uma perícia rigorosa, para sabermos as reais causas<strong>de</strong> mais esta tragédia, que por pouco não levouinúmeras crianças à morte.A população do Salvador não agüenta mais tanto<strong>de</strong>scaso. Serão necessárias mais quantas vítimaspara que as autorida<strong>de</strong>s façam a sua parte? Fica apergunta.Solicitamos à Mesa Diretora <strong>de</strong>sta sessão a divulgação<strong>de</strong>ste pronunciamento nos órgãos <strong>de</strong> comunicaçãoda Casa.O SR. LUIZ RIBEIRO (PSDB - RJ. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,hoje farei algumas rápidas consi<strong>de</strong>raçõessobre a formação <strong>de</strong> professores na modalida<strong>de</strong> Normal<strong>em</strong> nível médio, para aqueles que preten<strong>de</strong>m


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26909exercer a docência na educação infantil e nas quatroprimeiras séries do ensino fundamental.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, ao lermos a Lei <strong>de</strong> Diretrizes eBases da Educação Nacional- LDBEN, n° 9.394, <strong>de</strong>1996, <strong>em</strong> seu art. 62, que trata da formação docente<strong>em</strong> nível superior, mas admite a preparação do professorda educação infantil e <strong>dos</strong> anos iniciais do ensinofundamental, tanto <strong>em</strong> nível médio, quanto <strong>em</strong>nível superior, vamos observar uma flexibílída<strong>de</strong> sobrea profissionalização do docente.Somos conhecedores <strong>de</strong> que a formação paradocentes, exigida a curto e médio prazo para to<strong>dos</strong> osníveis e modalida<strong>de</strong>s, far-se-á a nível superior, <strong>em</strong>cursos <strong>de</strong> licenciatura plena. Hoje a tendência mundialé da formação <strong>de</strong> docentes na educação superior,e a LDBEN também incorpora essa tendência.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, observa-seque no Brasil exist<strong>em</strong> vários brasis, ou seja, regiõescom suas diversida<strong>de</strong>s e peculiarida<strong>de</strong>s queainda possu<strong>em</strong> um gran<strong>de</strong> contingente <strong>de</strong> professoresleigos, s<strong>em</strong> o Curso Normal nível médio, que é aformação mínima exigida <strong>em</strong> lei. Apesar da ênfase daLDBEN à formação <strong>de</strong> professores <strong>em</strong> educação superior,não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>sprezar a formação do professor<strong>em</strong> nível médio. Em algumas regiões, ainda pormuito t<strong>em</strong>po será necessária essa formação mínima,que é <strong>de</strong> significativa importância, conforme o PlanoNacional <strong>de</strong> Educação, que reafirma sua contribuição.Sendo assim, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sf'ls e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,louvamos a iniciativa do Ministério da Educação/ConselhoNacional <strong>de</strong> Educação, pela <strong>de</strong>liberaçãosobre as diretdzes curriculares nacionais para oCurso Normal <strong>em</strong> nível médio, que à luz da legislaçãoeducacional <strong>de</strong>verá prover a formação <strong>de</strong> professores,<strong>em</strong> nível médio, para atuar como docentes naeducação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamentaI.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, rogo a V. Ex" que <strong>de</strong>termine a divulgação<strong>de</strong>ste meu pronunciamento no programa AVoz do Brasil.Muito obrigado.O SR. AGNALDO MUNIZ (pOr - RO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªs e Srs.Deputa<strong>dos</strong>, o combate à febre aftosa é fundamentalpara o <strong>de</strong>senvolvimento da pecuária no Estado <strong>de</strong>Rondônia. S<strong>em</strong> a completa erradicação da doença,os produtores ficarão excluí<strong>dos</strong> <strong>de</strong> participar <strong>dos</strong> meroca<strong>dos</strong> nacionais e internacionais, com prejuízos incalculáveispara a região. O Ministério da Agricultura t<strong>em</strong><strong>de</strong> assumir suas responsabílída<strong>de</strong>s e não po<strong>de</strong> per·manecer passivo diante <strong>de</strong> uma situação que exigeações firmes e respostas imediatas.Os trabalhos realiza<strong>dos</strong> pelos pecuaristas, comparticipação <strong>dos</strong> órgãos estaduais, têm permitidoavanços importantes no cadastramento e vacinaçãodo rebanho. Mas é importante perseguir as metas estabelecidascom rigor, pois só assim o Estado po<strong>de</strong>rámelhorar sua classificação e evoluir da posição <strong>de</strong>"risco <strong>de</strong>sconhecido" para "risco médio", o que possibílítaráa venda <strong>de</strong> carne <strong>de</strong>sossada para outras regiões.As exigências sanitárias têm crescido <strong>em</strong> todas .as partes e <strong>de</strong>v<strong>em</strong> se tornar rigorosas. Para se teruma idéia da situação, basta saber que a venda <strong>de</strong>boi <strong>em</strong> pé está condicionada à confirmação <strong>de</strong> um período<strong>de</strong> dois anos s<strong>em</strong> nenhum caso <strong>de</strong> febre aftosa.A partir <strong>de</strong> julho próximo, o Circuito Centro-Oeste ­formado por São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Goiás,parte <strong>de</strong> Minas Gerais e Espírito Santo - <strong>de</strong>verá proibira entrada <strong>em</strong> suas fronteiras <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> orig<strong>em</strong>animal <strong>de</strong> áreas classificadas como "risco <strong>de</strong>sconhecido".É verda<strong>de</strong> que os pecuaristas estão conscientesda importância <strong>de</strong> agir<strong>em</strong> rapidamente. As doações<strong>de</strong> animais e os leilões possibílítaram a arrecadação<strong>de</strong> recursos, que estão sendo direciona<strong>dos</strong>para a melhor estruturação das equipes do governoresponsáveis pelo cadastramento do rebanho. Mas oprocesso ainda não atingiu a velocida<strong>de</strong> e a eficiêncianecessárias.O Governo do Estado transferiu para Ji-Paranáa se<strong>de</strong> do IDARON -Instituto <strong>de</strong> Defesa Animal <strong>de</strong>Rondônia, como forma <strong>de</strong> aproximar o órgão <strong>dos</strong> pecuaristase <strong>de</strong> suas <strong>de</strong>mandas mais imediatas. A atitu<strong>de</strong>recebeu o apoio <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> e revela compromissocom as metas estabelecidas.Há boa vonta<strong>de</strong> e interesse por parte <strong>dos</strong> pecuaristase do Governo do Estado, mas é preciso que osresulta<strong>dos</strong> apareçam logo. Não basta que os produtoresvacin<strong>em</strong> seus próprios animais: cada qual <strong>de</strong>veter um,compromisso maior com o rebanho da região,pois um único caso <strong>de</strong> doença acarretará a exclusão<strong>de</strong> to<strong>dos</strong> do mercado. É um <strong>de</strong>safio que, se souberser utilizado, po<strong>de</strong>rá permitir o fortalecimento das associaçõese das li<strong>de</strong>ranças regionais.Mas mesmo sabendo que a febre aftosa estácontrolada, é preciso que seja feito um recadastramentocriterioso do rebanho, pois só assim serão atingi<strong>dos</strong>os padrões exigi<strong>dos</strong> pelos compradores. É nesseponto que a ação do Ministério da Agricultura <strong>de</strong>veser mais incisiva, pois os recursos disponíveis nãosão suficientes e a <strong>de</strong>mora <strong>em</strong> prosseguir com os tra-


26910 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999balhos <strong>de</strong> campo po<strong>de</strong>rá comprometer todo o esforçojá realizado.Diante <strong>de</strong>sse quadro <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s e apreensões,solicitamos às autorida<strong>de</strong>s do Governo Fe<strong>de</strong>ralque liber<strong>em</strong>, imediatamente, os recursos para a atuaçãodas equipes que trabalham no recadastramento.A omissão trará conseqüências terríveis para a economiada região, pois a pecuária é ativida<strong>de</strong> básica,responsável pela geração <strong>de</strong> renda e <strong>em</strong>prego paramilhares <strong>de</strong> famílias.É importante salientar que não há t<strong>em</strong>po parahesitações, n<strong>em</strong> para a elaboração <strong>de</strong> programas <strong>de</strong>longo prazo. A cada mês s<strong>em</strong> resulta<strong>dos</strong> concretos,prorroga-se o drama <strong>dos</strong> pecuaristas, que se vê<strong>em</strong>excluí<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> compradores e vão per<strong>de</strong>ndoespaço pa~a os produtores <strong>de</strong> outros Esta<strong>dos</strong>.Num momento <strong>em</strong> que a economia patina narecessão e o País per<strong>de</strong> espaço no comércio internacional,não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar que um setor tão importantequanto a pecuária seja <strong>de</strong>smantelado.O SR. MAX ROSENMANN (PSDB - PRo Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªs eSrs. Deputa<strong>dos</strong>, no último dia 6 o Paraná per<strong>de</strong>u umaimportante figura <strong>de</strong> sua história política recente, como falecimento pr<strong>em</strong>aturo do ex-Deputado Aragão <strong>de</strong>Mattos Leão, aos 53 anos, vítima <strong>de</strong> câncer.Venho expressar aqui meu pesar e minhas condolênciasà família e amigos que nesse momentosent<strong>em</strong> a lacuna <strong>de</strong>ixada por essa importante figura<strong>de</strong> nossa comunida<strong>de</strong>.Sobrinho do ex-Senador João <strong>de</strong> Mattos Leão,Aragão elegeu-se Deputado Estadual pela extintaARENA, <strong>em</strong> 1974.No ano seguinte, o Senador Petrônio Portella,articulador político do Governo Ernesto Geisel, veio aCuritiba para <strong>de</strong>finir a ARENA local, o sucessor doGovernador Emílio Gomes. O nome <strong>de</strong> consenso<strong>de</strong>ntro do Partido era o Senador Francisco Accioly Filho,que formava com João Mattos Leão a dupla <strong>de</strong>Senadores do Paraná. Mas, para surpresa geral, PetrônioPortella anunciou o nome <strong>de</strong> Jaime Canet Júnior,o favorito do então Ministro da Educação, Ney Braga.Descontentes, os senadores romperam comNey Braga e com o Governo Estadual, lançando ummanifesto que <strong>de</strong>u orig<strong>em</strong> à chamada Ala Dissi<strong>de</strong>nte,integrada ainda pelos Deputa<strong>dos</strong> estaduais FranciscoAccioly Neto, Aragão <strong>de</strong> Mattos Leão e Luiz GabrielSampaio. Desta forma, mesmo pertencendo aopartido da Situação, Aragão fez oposição ao Governodurante a maior parte <strong>de</strong> seu primeiro mandato.. Depois, Aragão filiou-se ao PMDB e, <strong>em</strong> dobradinhacom o irmão Aragão <strong>de</strong> Mattos Leão, elegeu-seDeputado Fe<strong>de</strong>ral por dois mandatos consecutivos-um <strong>de</strong>les como Constituinte - antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar a políticapara <strong>de</strong>dicar-se a comandar, como médico, ohospital que mantinha <strong>em</strong> Guarapuava, Município daRegião Central do Paraná.Casado, Aragão <strong>de</strong>ixa um casal <strong>de</strong> filhos, Aragão<strong>de</strong> Mattos Leão Neto e Gisela <strong>de</strong> Mattos Leão.Como Diretor do Hospital Nossa Senhora <strong>de</strong>Belém, Aragão <strong>de</strong>monstrou seu lado humanitário, aonunca <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> acolher e aten<strong>de</strong>r a população carenteda região, que procurava a instituição <strong>em</strong> busca <strong>de</strong>assistência médico-hospitalar. .Por tudo o que representou e realizou <strong>em</strong> suatrajetória pessoal, seja na política partidária, seja naatuação comunitária, Aragão <strong>de</strong> Mattos Leão <strong>de</strong>ixauma profunda sauda<strong>de</strong> aos paranaenses, que apren<strong>de</strong>rama admirá-lo. Faço questão <strong>de</strong> registrar nossosvotos <strong>de</strong> pesar à família e aos amigos, com a certeza<strong>de</strong> que o ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong>sse paranaense permanecerána m<strong>em</strong>ória <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> nós.O SR. JAQUES WAGNER (PT - BA. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,a edição <strong>de</strong>senfreada <strong>de</strong> medidas provisóriase a maneira ardilosa como inser<strong>em</strong> pontos altamentenegativos para o trabalhador <strong>em</strong> artigos quasecamufla<strong>dos</strong>, aproveitando reedições que já não sãoexaminadas com o mesmo rigor, tudo isto está-se tornandoo que o vulgo <strong>de</strong>nominou "caso <strong>de</strong> polícia".Denunciamos aqui a Medida Provisória nº1.827, publicada <strong>em</strong> 28 <strong>de</strong> maio, que autoriza a utilização<strong>de</strong> créditos, isto é, papéis que não representamvalor imediato, para que <strong>em</strong>presários do ensinopagu<strong>em</strong> seus compromissos com o INSS e diss<strong>em</strong>osmais:Tornou-se muito cômodo ficar <strong>de</strong>vendoao INSS, pois há s<strong>em</strong>pre um instrumentopara parcelar, um esqu<strong>em</strong>a para ser anistiadodas multas e outras facilida<strong>de</strong>s, como,por ex<strong>em</strong>plo, a cessão <strong>de</strong> terras para oIncra, que gerou o surgimento das terrasfantasmas <strong>de</strong>nunciadas recent<strong>em</strong>ente pelaimprensa. Isto nos faz indagar se a MP1.827/99 visa facilitar o ensino superior aoestudante carente, ou preten<strong>de</strong> ajudar <strong>em</strong>presáriosdo ensino privado a aliviar suasdívidas com o INSS.A propósito, estamos sabendo que dois lí<strong>de</strong>resalia<strong>dos</strong> do Governo, os Deputa<strong>dos</strong> Germano Rigottoe Antonio Kandir, respectivamente Presi<strong>de</strong>nte e Vice-Presi<strong>de</strong>nteda Comissão <strong>de</strong> Reforma Tributária,


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26911estudam para as <strong>em</strong>presas a compensação da CMF- fórmula <strong>de</strong>finitiva para'á CPMF -, com o <strong>de</strong>sconto<strong>em</strong> seus pagamentos ao INSS. Virou mesmo um sacos<strong>em</strong> fun<strong>dos</strong> o tal do INSS. O trabalhador, o aposentado,o pensionista, que trat<strong>em</strong> <strong>de</strong> bater <strong>em</strong> outra porta,porque este Governo quer mesmo acabar com a únicae sólida garantia que a classe trabalhadora construiucom sua contribuição ao longo <strong>de</strong> 76 anos.Não duvidamos <strong>de</strong> que, a qualquer momento,estar<strong>em</strong>os lendo mais uma das MPs tão apreciadaspor FHC, para aproveitar essa idéia brilhante <strong>de</strong> doisrepresentantes do povo, que vieram aqui para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ro povo, e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m os <strong>em</strong>presários.Em matéria <strong>de</strong> MP, o mês <strong>de</strong> maio ainda mostraoutra aberração: a edição n° 5 da MP 1.799, quase 5páginas <strong>de</strong> Diário Oficial, que modifica uma lei <strong>de</strong>maio <strong>de</strong> 1998 (n° 9.649) e dá uma "reorganizada" naPresidência da República, Ministérios e outros, <strong>em</strong>seu último artigo, <strong>em</strong> apenas 3 linhas, revoga <strong>de</strong>zoitoartigos <strong>de</strong> diversas leis, <strong>de</strong>cretando entre eles queestá extinto o Conselho Nacional da Segurida<strong>de</strong> Sociale os Conselhos Estaduais e Municipais da PrevidênciaSocial. Está fechado o canal <strong>de</strong>mocrático, aúnica participação da socieda<strong>de</strong> na gestão da segurida<strong>de</strong>social, mesmo que não cont<strong>em</strong>pl<strong>em</strong> o i<strong>de</strong>al <strong>de</strong>gestão quadripartite paritária <strong>de</strong>liberativa. Isto já haviasido tentado <strong>em</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1998 pela MP1.729, suspenso pela mobilização popular, e agoravolta <strong>de</strong> forma sub-reptícia, com jeitinho <strong>de</strong> "Vamosver se agora eles não perceb<strong>em</strong>".Não po<strong>de</strong>mos permitir a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste estado<strong>de</strong> coisas. A <strong>de</strong>mocracia está ferida por um governoque se especializou <strong>em</strong> usar seu po<strong>de</strong>r, não odivi<strong>de</strong> com a socieda<strong>de</strong> e seus representantes, poisficamos fora <strong>de</strong> suas propostas, s<strong>em</strong>pre apresentadaspor Medidas Provisórias, que já <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ter ultrapassadoas 3.000 edições e cuja maioria, como noscasos atuais, fere os preceitos constitucionais do art.62.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, meus nobres colegas, está nahora <strong>de</strong> levantarmos a cabeça. Chega <strong>de</strong> submissãoao Executivo!O SR. PAULO ROCHA (PT - PA. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,nos jardins paradisíacos do Palácio do PlanaltoFHC e seus Ministros manifestam opinião sobrea miséria e diz<strong>em</strong> querer combater o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego.Chegam ao cúmulo <strong>de</strong> anunciar uma redução fantasiosano nível do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego para o próximo ano, quesó po<strong>de</strong>ria ocorrer se o Governo acatasse as sugestõesapresentadas pela Oposição e pelas entida<strong>de</strong>s.Assim como <strong>em</strong> todo o resto do País, os índices<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego <strong>em</strong> Belém ating<strong>em</strong> números alarmantes.Segundo da<strong>dos</strong> a ser<strong>em</strong> divulga<strong>dos</strong> pelo Dieesenos próximos dias, nos primeiros meses <strong>de</strong>steano já existe o registro <strong>de</strong> fechamento <strong>de</strong> 1,3 mil postos<strong>de</strong> trabalho. A estimativa do órgão é <strong>de</strong> 140 mil <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>na região metropolitana <strong>de</strong> Belém, 250mil pessoas atuando no mercado informal e cerca <strong>de</strong>400 mil que integram o exército <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong><strong>em</strong> todo o território paraense.Enquanto FHC se mantém vigilante para aten<strong>de</strong>raos interesses e dificulda<strong>de</strong>s apresentadas pelosbanqueiros, <strong>em</strong>presários e alguns políticos, milhares<strong>de</strong> pais <strong>de</strong> família buscam meios que lhes permitamsobreviver s<strong>em</strong> cair na marginalida<strong>de</strong>.O <strong>de</strong>sespero <strong>dos</strong> pais leva milhares <strong>de</strong> jovens acorrer<strong>em</strong> atrás <strong>de</strong> alternativas para contribuir com airrisória renda da família. Ocorre que a avalanche <strong>de</strong><strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego que assola nosso País apresenta entrea juventu<strong>de</strong> uma taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>socupação b<strong>em</strong> superiorà média, atingindo principalmente os jovens entre 18e 24 anos.Como hoje o setor <strong>em</strong>presarial está cada vezmais exigente no que diz respeito ao grau <strong>de</strong> instrução,a tendência é que os jovens com baixa escolarida<strong>de</strong>fiqu<strong>em</strong> cada vez mais distantes do <strong>em</strong>prego,tornando-se com isso eternos <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> ou sub<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>crônicos. A conseqüência disso é o aumentoda criminalida<strong>de</strong>, da violência e da prostituiçãoinfantil.Em 1994, ano do início do <strong>de</strong>cantado PlanoReal, a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego total na Gran<strong>de</strong> Belémfoi <strong>de</strong> 11,8%, ou seja, <strong>de</strong> cada 1.000 pessoas no mercado<strong>de</strong> trabalho, cerca <strong>de</strong> 190 estavam <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregadas.Entretanto, a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego da populaçãojov<strong>em</strong> foi <strong>de</strong> 23,6%. Ou seja, para cada 1.000 jovensnesta faixa, cerca <strong>de</strong> 240 estavam <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>.Já <strong>em</strong> 1998 a situação ficou pior, a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego<strong>dos</strong> jovens alcançou 37,9%. Isto quer dizerque, para cada 1.000 jovens nesta faixa etária, cerca<strong>de</strong> 380 estavam <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>. Nestes 4 anos <strong>em</strong>eio <strong>de</strong> Governo FHC e do Real, milhares <strong>de</strong> jovenstiveram que <strong>de</strong>ixar o estudo para ir<strong>em</strong> <strong>em</strong> busca <strong>de</strong>trabalho.O mais grave é que a tendência é essa situaçãoficar b<strong>em</strong> pior, particularmente <strong>em</strong> nosso Estado.Para cumprir as exigências do FMI, o Governo realizoucortes <strong>em</strong> setores já <strong>de</strong>ficientes. Dos 10,6 milhões<strong>de</strong> reais previstos no início do ano para a educaçãoprofissionalno Estado do Pará, sobrou somentepouco mais <strong>de</strong> 5 milhões <strong>de</strong>reais. O resultado <strong>de</strong>ssasmedidas <strong>de</strong>sastrosas será o aumento <strong>de</strong> traba-


26912 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Ihadores menos qualifica<strong>dos</strong> <strong>em</strong> todo o Estado, entreeles uma parcela bastante significativa <strong>de</strong> jovens.Ao invés <strong>de</strong> o Governo camuflar os da<strong>dos</strong> queestão sendo quase que diariamente apresenta<strong>dos</strong>pelas entida<strong>de</strong>s e órgãos <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong>ve urgent<strong>em</strong>entepromover políticas públicas <strong>de</strong> enfrentamentodo <strong>em</strong>prego que privilegi<strong>em</strong> os excluí<strong>dos</strong> e dê<strong>em</strong> condiçõesaos nossos jovens <strong>de</strong> melhor qualificação.É necessário que FHC tire seus olhos <strong>dos</strong> banqueirose se volte para as necessida<strong>de</strong>s da gran<strong>de</strong>maioria <strong>de</strong> nosso País, que está sendo massacradaimpie<strong>dos</strong>amente pela política real do Governo.Era o que tinha a dizer.O SR. TELMO KIRST (PPB - RS. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,<strong>de</strong>sejo transcrever nos Anais <strong>de</strong>sta Casa oeditorial do jornal Correio do Povo, do Rio Gran<strong>de</strong> doSul, a respeito do projeto <strong>de</strong> lei que proíbe a comercialização<strong>de</strong> armas no País. Diz o editorial:O governo fe<strong>de</strong>ral preten<strong>de</strong> encaminharao Congresso Nacional, com a cláusula<strong>de</strong> urgência urgentíssima, um projeto <strong>de</strong>lei proibindo a comercialização <strong>de</strong> armas <strong>em</strong>todo o território nacional. Diz<strong>em</strong> as informaçõesque a idéia partiu do Presi<strong>de</strong>nte FernandoHenrique Car<strong>dos</strong>o, pessoalmente,impressionado que se mostra pelo aumentoda criminalida<strong>de</strong> com a utilização <strong>de</strong> armas<strong>de</strong> fogo <strong>em</strong> nosso país.O t<strong>em</strong>a é, <strong>em</strong> verda<strong>de</strong>, preocupante.Ressalv<strong>em</strong>os que, ao falar <strong>em</strong> t<strong>em</strong>a, nestecaso, nos referimos tão-somente à estatística<strong>dos</strong> crimes cometi<strong>dos</strong>, não a projetadaproibição <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> comercializadas armas.Ora, se preocupam os números da criminalida<strong>de</strong>,preocupa, igualmente, a forma s<strong>em</strong>estudo, improvisada - aliás, tão ao gosto doatual Governo -, como se quer tratar ocaso. Em abono da tese <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarmar os cidadãos,o Planalto cita a legislação inglesa.Cita, apenas; certamente ninguém leu nenhumalei daquele país, só ouviu dizer quea própria Scotland Yard é <strong>de</strong>sarmada, en<strong>em</strong> por isso <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser a melhor Políciado mundo. Trata-se <strong>de</strong> mera cultura sobresegurança aí.O Rio Gran<strong>de</strong> do Sul é o maior centroarmeiro do país. Está se mobilizando contrao projeto sob a alegação da perda <strong>de</strong>·maisou menos 20 mil <strong>em</strong>pregos. Embora aspectoimportante da questão num país avassaladopelo <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego, não é o principal.Principal é que serão <strong>de</strong>sarma<strong>dos</strong> os cidadãos,não os facínoras. Nos covis <strong>de</strong>stes, aPolícia não vai, seus ban<strong>dos</strong> não dissolve.O malfeitor continuará com suas armas, atéaumentando os arsenais. Mas o chefe <strong>de</strong> famílianão terá o direito <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os seuse a proprieda<strong>de</strong>. Será obrigado, por ex<strong>em</strong>plo,a assistir inerme a esposa e filhas ser<strong>em</strong>violadas, como já aconteceu. Ter ounão uma arma, para <strong>de</strong>fesa própria e comela correr o risco do confronto com bandi<strong>dos</strong>,é opção inalienável <strong>dos</strong> homens <strong>de</strong>b<strong>em</strong>. Fernando Henrique e seu Ministro daJustiça, Renan Calheiros, não têm o direito<strong>de</strong> invalidar essa escolha. O <strong>de</strong>sarmamentoproposto é impor à socieda<strong>de</strong>, que o Estadonão t<strong>em</strong> <strong>de</strong>fendido, a submissão à bandidag<strong>em</strong>.Certa ou errada, a <strong>de</strong>cisão é <strong>dos</strong> cidadãos.Ao governo cumpriria <strong>de</strong>sarmar, sim,mas os malfeitores. O que não faz.O SR. PAUDERNEY AVELINO (PFL - AM.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, o Governo Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>cidiu,<strong>em</strong> 1991, criar incentivos especiais à pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento,na área da informática, às <strong>em</strong>presasque aplicass<strong>em</strong>, no mínimo, 5% do seu faturamentocom aquela <strong>de</strong>stinação. Para tanto, foi promulgada,naquela oportunida<strong>de</strong>, a Lei n° 8.248, <strong>de</strong> 1991, comvigência limitada até o dia 29 <strong>de</strong> outubro do correnteano.Trata-se <strong>de</strong> medida <strong>de</strong>claradamente <strong>de</strong> carátert<strong>em</strong>porário, mas que acarretou prejuízo consi<strong>de</strong>rávelpara a Zona Franca <strong>de</strong> Manaus, cujo pólo <strong>de</strong> informáticas<strong>em</strong>pre teve dimensão expressiva.Ao longo <strong>de</strong> toda a década <strong>de</strong> 90, cerca <strong>de</strong> 95%<strong>dos</strong> projetos aprova<strong>dos</strong> pelo Conselho <strong>de</strong> Administraçãoda Suframa não foram implantadas ou simplesmentefecharam. É que a produção <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> informática<strong>em</strong> Manaus per<strong>de</strong>u, durante estes oito anos,as vantagens comparativas, que são o fator <strong>de</strong> atraçãoe <strong>de</strong> consolidação <strong>dos</strong> investimentos naquelepólo industrialHouve, na verda<strong>de</strong>, uma verda<strong>de</strong>ira revoada <strong>de</strong><strong>em</strong>presas para outros pólos, especialmente para SãoPaulo e também para Esta<strong>dos</strong> das Regiões Sul e Nor<strong>de</strong>ste,que estão oferecendo benefícios fiscais naárea.À época <strong>de</strong> entrada <strong>em</strong> vigor da Lei n° 8.248, <strong>de</strong>1991, <strong>em</strong>presários da Zona Franca <strong>de</strong> Manaus e abancada do Amazonas no Congresso Nacional reagiramquanto lhes foi possívei e, consumada a aprova-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26913ção do benefício legal, ficaram no aguardo da eficáciada medida governamental, enquanto instrumento <strong>de</strong>viabilização <strong>de</strong> um cresqimento, programado paraoito anos, do segmento <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento.O que ocorre, agora, é justamente uma enormereversão <strong>de</strong> expectativas, <strong>em</strong> primeiro lugar porquepouquíssimo foi agregado pelos beneficiários da lei àpesquisa e ao <strong>de</strong>senvolvimento da área <strong>de</strong> informática;<strong>em</strong> segundo lugar, porque, às vésperas do término<strong>de</strong> vigência da lei e não obstante a ineficácia <strong>dos</strong>incentivos por ela outorga<strong>dos</strong>, começa uma estranhamobilização no sentido <strong>de</strong> prorrogar sua vigência.Preten<strong>de</strong>-se mudar as regras do jogo, pois tanto os<strong>em</strong>presários que se instalaram na Zona Franca <strong>de</strong>Manaus quanto os que implantaram ou ampliaramsuas indústrias <strong>em</strong> outros pólos sabiam que o alcance<strong>de</strong>ssa lei iria até o próximo mês <strong>de</strong> outubro.Ao que se sabe, o assunto está sendo discutido,a nível técnico, no Ministério da Ciência e Tecnologia.A prorrogação do benefício fiscal seria até o ano2013, coincidindo com o fim <strong>dos</strong> benefícios da ZonaFranca <strong>de</strong> Manaus.Como se vê, é s<strong>em</strong>pre a ZFM o alvo <strong>de</strong> todasessas investidas, o que a torna permanent<strong>em</strong>entesuscetível <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> espaço e <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> esujeita a constantes esvaziamentos, até mesmo <strong>em</strong>segmentos tradicionalmente fortes, como é o caso dainformática. O pólo <strong>de</strong> informática da ZFM é formadopor 50 indústrias, que <strong>em</strong>pregam aproximadamente 6mil trabalhadores.Por isso, não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong> forma alguma concordarcom a prorrogação do prazo <strong>de</strong> outorga <strong>dos</strong>benefícios fiscais estabeleci<strong>dos</strong> na Lei n° 8.248/91. Amatéria vai ser objeto <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> controvérsia, tanto'na fase atual <strong>de</strong> sua discussão a nível técnico do Governoe <strong>em</strong> âmbito <strong>em</strong>presarial e associativo, quanto<strong>de</strong>pois que tomar forma <strong>de</strong> proposição e for encaminhadaà apreciação do Congresso Nacional.Até lá, aqui estar<strong>em</strong>os, trazendo subsídios e argumentoscontrários à prorrogação pretendida. Por enquanto,quer<strong>em</strong>os <strong>de</strong>ixar claro que, no mínimo, se sepreten<strong>de</strong> que a lei seja cumprida, que ela venha a seexaurir <strong>em</strong> 29 <strong>de</strong> outubro do corrente ano.O SR. WALTER PINHEIRO (PT - BA. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªs e Srs.Deputa<strong>dos</strong>, aproveito a oportunida<strong>de</strong> do uso <strong>de</strong>sta tribunapara parabenizar os trabalhadores <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>baianos da re<strong>de</strong> particular pela passag<strong>em</strong> do Dia doTrabalhador <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong>, com<strong>em</strong>orado no mês <strong>de</strong> abrilpassado. Meus cumprimentos e respeito a uma categoria<strong>de</strong> fundamental importância para a manutençãoda saú<strong>de</strong> da população e que v<strong>em</strong>, ao longo <strong>dos</strong>anos, sendo massacrada por péssimas condições <strong>de</strong>trabalho e salários baixos.O piso <strong>dos</strong> trabalhadores <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> na Bahia éum <strong>dos</strong> mais baixos do Estado, <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 1,5 saláriosmínimos. Aliado a isso, há dois anos o Sindicato dacategoria - Sindi+Saú<strong>de</strong> - não consegue fechar convençãocoletiva com dois sindicatos patronais quepleiteiam a retirada <strong>de</strong> conquistas históricas <strong>dos</strong> trabalhadores,como anuênio e auxílio-creche, além <strong>de</strong>não conce<strong>de</strong>r reajuste compatível com a inflação.As condições <strong>de</strong> trabalho da categoria tambémsão alarmantes. Procedimentos básicos como o uso<strong>de</strong> luvas e materiais <strong>de</strong>scartáveis não são cumpri<strong>dos</strong><strong>em</strong> gran<strong>de</strong> parte das clínicas e hospitais da Bahia. Olixo hospitalar - potente vetor <strong>de</strong> infecções - é recolhido<strong>em</strong> esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong> escala, juntamente com o lixocomum, s<strong>em</strong> capacitação <strong>dos</strong> profissionais responsáveispela função. Isso tudo resulta <strong>em</strong> <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> trabalhadoresacometi<strong>dos</strong> por doenças e aci<strong>de</strong>ntes dotrabalho, como estresse, leucopenismo e hérnia <strong>de</strong>disco.Outra situação flagrante é que 90% da categoria- apesar <strong>de</strong> trabalhar diretamente com a saú<strong>de</strong> dapopulação - não têm direito a plano <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Quandoalguém fica doente, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da ajuda <strong>dos</strong> colegasou do SUS.A luta pelo direito à assistência médicaé antigajunto ao sindicato, que <strong>em</strong> todas as convenções coletivaspleiteia esse direito, mas nunca foi atendido pelos<strong>em</strong>presários.Essa atitu<strong>de</strong> acabou levando à morte, <strong>em</strong> Salvador,uma funcionária que teve o atendimento negadono hospital on<strong>de</strong> trabalhava porque não tinha plano enão havia vaga para interná-Ia pela re<strong>de</strong> pública. Ora,Sr'ls e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, isso é <strong>de</strong> uma incoerência e<strong>de</strong>sumanida<strong>de</strong> absurdas - um trabalhador <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>ter o atendimento médico negado na própria unida<strong>de</strong>on<strong>de</strong> trabalha. Prefer<strong>em</strong> <strong>de</strong>ixar morrer uma pessoa aestabelecer uma relação humana e ética com os funcionários.Vivenciei inclusive a situação adversa <strong>em</strong> quese encontram esses trabalhadores, quando acompanheirecent<strong>em</strong>ente meu pai no hospital. Conheci <strong>de</strong>perto funcionários com rotinas <strong>de</strong> trabalho massacrantes,com dobras <strong>de</strong> plantões <strong>em</strong> mais <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong>para conseguir sobreviver com dignida<strong>de</strong>, e relações<strong>de</strong> trabalho estr<strong>em</strong>ecidas pela s-egregação intelectuale profissional entre chefias e trabalhadores.A categoria também está sujeita ao <strong>de</strong>svirtuamentodo conceito <strong>de</strong> filantropia, que isenta diversoshospitais da contribuição da cota patronal à Previdên-


26914 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999cia. Em gran<strong>de</strong> parte das unida<strong>de</strong>s ditas filantrópicas,o atendimento pelo SUS é mínimo, e o internamentoinexiste. A filantropia, nesse caso, só é aplicada nomomento do reajuste salarial e na quitação das dívidasjunto a fornecedores. Para isso operam no vermelho.Mas, para o investimento pesado <strong>em</strong> tecnologiae novos equipamentos, não. Com o discurso daqualida<strong>de</strong> total, os hospitais privilegiam e propagan<strong>de</strong>iamos recursos físicos, <strong>em</strong> <strong>de</strong>trimento aos recursoshumanos.Por tudo isso quero <strong>de</strong>ixar meu protesto contraessa lógica <strong>em</strong>presarial que prejudica a categoria e,por extensão, a socieda<strong>de</strong>, solidarizando-me com ostrabalhadores <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> da Bahia e <strong>de</strong> todo o Brasil.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, S~s e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, passo aabordar outro assunto. O Governo do Estado da Bahiajá anunciou a sua intenção <strong>de</strong> privatizar a Embasa,Empresa Baiana <strong>de</strong> Saneamento, <strong>em</strong>bora saibaque essa sua intenção esbarra na Constituição Fe<strong>de</strong>ral,que estabelece como responsabilida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> Municípiosa exploração <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> abastecimento.Preceitua ainda a nossa Lei Maior que, caso asunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> captação, adução, tratamento, reservatórioe re<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição estejam localizadas <strong>em</strong>mais <strong>de</strong> um Município, a responsabilida<strong>de</strong> passa parao Estado.O Governo baiano, entretanto, alterou a suaConstituição, numa tentativa <strong>de</strong> lograr êxito <strong>em</strong> suaintenção. Os trabalhadores do setor, que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m aatual condição <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa estatal, caso a tentativase consoli<strong>de</strong>, têm o recurso ao Judiciário, como armacontra mais esta tentativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>struir o patrimônio público,a ex<strong>em</strong>plo do que v<strong>em</strong> ocorrendo a nível fe<strong>de</strong>ral,através dafunesta administração do Sr. FernandoCar<strong>dos</strong>o.Entretanto, atentos, os nossos trabalhadores jáse estão mobilizando através <strong>dos</strong> seus sindicatos. OSindicato <strong>dos</strong> Trabalhadores <strong>em</strong> Água e Esgoto daBahia (SINDAE) fez um ato <strong>de</strong> protesto ao Parque daBolan<strong>de</strong>ira, <strong>de</strong>flagrando uma enorme campanha contraa privatização da Embasa.O movimento do Sindicato está atuando nocampo político e no jurídico, a ex<strong>em</strong>plo do que ocorreunos Esta<strong>dos</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Espírito Santo eCeará, quando a Justiça <strong>de</strong>u ganho <strong>de</strong> causa aos sindicalistas.A batalha promete ser das maior~s, haja vistaque o Banco Mundial ensina ao Governo Fe<strong>de</strong>ralcomo privatizar os sist<strong>em</strong>as, numa clara ingerêncianos assuntos internos <strong>de</strong> nosso País, aliás, como já écostumeiro os interesses financeiros internacionaisinterferir<strong>em</strong> diretamente na política nacional.A Embasa t<strong>em</strong> hoje a responsabilida<strong>de</strong> peloàbastecimento <strong>de</strong> 342 Municípios baianos, <strong>dos</strong> quais20 são responsáveis por 75% <strong>de</strong> uma arrecadação <strong>de</strong>355 milhões <strong>de</strong> reais. No ano passado a <strong>em</strong>presateve um lucro <strong>de</strong> 135 milhões <strong>de</strong> reais. O Estado daBahia t<strong>em</strong> hoje a cobertura <strong>de</strong> 95% <strong>de</strong> fornecimento<strong>de</strong> água. Agora busca a privatização, numa claraafronta à lei, que proíbe tal procedimento. É evi<strong>de</strong>nteque <strong>em</strong>presas particulares, que somente visam ao lucro,pouco se importando com o patrimônio público,estejam interessadas neste mais novo filão para aumentaros seus ganhos.À socieda<strong>de</strong> cabe o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> lutar contra essavenda, pois é <strong>de</strong>la este patrimônio, que lhe custoumuitos anos <strong>de</strong> esforço e dinheiro. Está na hora <strong>de</strong>nosso povo mostrar que, através da mobilização populare com organização, as suas forças redobram,principalmente quando a causa é justa, como a damanutenção da Empresa Baiana <strong>de</strong> Saneamento. Écom esta socieda<strong>de</strong> que" estou compromissado, porforça <strong>de</strong> meu mandato <strong>de</strong> Deputado Fe<strong>de</strong>ral.Solicito, por fim, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, que este meupronunciamento seja divulgado pelo Jornal da Câmarae pelo programa A Voz do Brasil.O SR. ARY KARA (PPB - SP. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,a situação caótica <strong>em</strong> que se encontram as SantasCasas <strong>de</strong> Misericórdia <strong>de</strong> nosso País requer umamaior atenção por parte <strong>dos</strong> governantes e principalmentedo Ministro da Saú<strong>de</strong>, José Serra. A cada diaque passa, nosso povo é penalizado pelo estado <strong>de</strong>lamúria por que passam estas casas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Somente para ilustrar, para que V. Exlls possamenten<strong>de</strong>r melhor o drama <strong>em</strong>ergente, cito alguns probl<strong>em</strong>asque vêm ocorrendo no interior <strong>de</strong> São Paulo,mais precisamente no Vale do Paraíba, que ostenta oglorioso título da Capital daTecnologia <strong>de</strong> Ponta, masque, <strong>em</strong> relação à saú<strong>de</strong>, vai mal das pernas.A Santa Casa <strong>de</strong> Misericórdia <strong>de</strong> Jacareí estásolicitando aos familiares <strong>dos</strong> pacientes que compr<strong>em</strong>,s<strong>em</strong>pre que possível, os medicamentos e materiaisnecessários para o atendimento <strong>dos</strong> doentes.A crise lá verificada é grave e t<strong>em</strong> trazido transtornospara a comunida<strong>de</strong> daquela cida<strong>de</strong> e região. Além dafalta <strong>de</strong> medicamentos, existe a escassez <strong>de</strong> leitos. Écomum ver pacientes ser<strong>em</strong> atendi<strong>dos</strong> nos corredoresda Santa Casa, que possui 180 leitos, mas a direçãoacredita que exista uma <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> mais 36 leitospara que possam ser melhor acomoda<strong>dos</strong> os pacientes.O gasto estimado mensalmente naquela instituiçãoé <strong>de</strong> R$500 mil para uma receita <strong>de</strong> R$460


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CAMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26915R$480 mil, criando um défiêit que cresce a cada mêscomo bola <strong>de</strong> neve, numa perversa anomalia.Em Aparecida, conhecida por "capital nacionalda fé", on<strong>de</strong> está instalada a Basílica Nacional, osprobl<strong>em</strong>as não são diferentes. Para ajudar a melhorara situação <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> medicamentos daquela localida<strong>de</strong>,a Associação Comercial <strong>de</strong> Aparecida vai darinício aos "pedágios" para arrecadar junto aos motoristasos kits <strong>de</strong> primeiros socorros para ser<strong>em</strong> doa<strong>dos</strong>para a Santa Casa. Este trabalho visa auxiliar aSanta Casa <strong>de</strong> Aparecida a diminuir um pouco a crisefinanceira que v<strong>em</strong> enfrentando. Para se ter umaidéia, hoje a Santa Casa <strong>de</strong> Aparecida acumula umadívida <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> R$700 mil. Nas cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Guaratinguetáe Lorena, também no Vale do Paraíba, jáestá <strong>em</strong> pleno vigor a campanha <strong>de</strong> arrecadação <strong>dos</strong>kits <strong>de</strong> primeiros socorros, que antes era uma exigênciado novo Código <strong>de</strong> Trânsito Brasileiro, mas que foirevogado e hoje estes kits, compostos <strong>de</strong> esparadrapo,gazes, tesouras, ataduras e luvas, po<strong>de</strong>m ser doa<strong>dos</strong>,já que sua exigência não mais é obrigatória.De resto, <strong>em</strong> vários outros Municípios a situação<strong>de</strong> penúria por que passam as Santas Casas <strong>de</strong>Misericórdia não é diferente e precisa <strong>de</strong> uma açãomais rápida e urgente por parte <strong>de</strong> novos governantes,vindo <strong>em</strong> socorro daqueles que tantas vidas têmsalvo no cotidiano.Apelamos, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,ao Exmo. Sr. Presi<strong>de</strong>nte da República, FernandoHenrique Car<strong>dos</strong>o, e ao Ministro da Saú<strong>de</strong>, José Serra,para que encon~r<strong>em</strong> uma fórmula urgente <strong>de</strong> socorropara as Santas Casas <strong>de</strong> Misericórdia <strong>de</strong> nossoPaís, antes que seja tar<strong>de</strong> <strong>de</strong>mais.Passo a abordar outro assunto. O gran<strong>de</strong> juristabrasileiro, Rui Barbosa, entre seus notáveis escritos,legou-nos um aprofundado estudo acerca da imprensa.Para esse notável pensador, cognominado "Águia<strong>de</strong> Haia", pelo brilhantismo <strong>de</strong> suas intervenções <strong>em</strong>um congresso internacional, "cada jornalista é para ocomum do povo, ao mesmo t<strong>em</strong>po, um mestre <strong>de</strong> primeirasletras e um catedrático <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia <strong>em</strong>ação, um advogado e um censor, um familiar e ummagistrado. Bebidas com o primeiro pão do dia, assuas lições penetram até ao fundo das consciênciasinexpertas, on<strong>de</strong> vão elaborar a moral usual, os sentimentose os impulsos, <strong>de</strong> que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> a sorte <strong>dos</strong>governos e das nações".Foi analisando essas palavras, verda<strong>de</strong>iras luzes<strong>de</strong> sabedoria do gran<strong>de</strong> Rui Barbosa, que chegamos,Sr. Presi<strong>de</strong>nte, à figura doce e meiga, mas aomesmo t<strong>em</strong>po grandiloqüente, mercê <strong>de</strong> sua tenacida<strong>de</strong>e sua luta <strong>em</strong> prol do jornalismo, do ilustre jornalistaWal<strong>de</strong>mar Duarte, diretor do jornal A Voz doVale do Paraíba, da minha querida cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté.Fazer jornal no interior, com tamanhas pressõespolíticas, sociais e econômicas, requer umà <strong>dos</strong>eequilibrada <strong>de</strong> competência e i<strong>de</strong>alismo. Manter, então,um jornal diário, como A Voz do Vale, por 51anos, é um verda<strong>de</strong>iro ato <strong>de</strong> heroísmo, merecedor<strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os nossos encômios.No dia 1o <strong>de</strong> maio último, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,companheiros do Congresso Nacional, o jornal A Voz .do Vale completou 51 anos <strong>de</strong> existência. São 51anos <strong>de</strong> publicações ininterruptas, divulgando os maioresacontecimentos <strong>de</strong> Taubaté e da região do Valedo Paraíba, do Estado <strong>de</strong> São Paulo e do nosso País,s<strong>em</strong>pre com o esmero e o cuidado peculiares da nobr<strong>em</strong>issão do jornalista Wal<strong>de</strong>mar Duarte, <strong>de</strong> perseguiro mister <strong>de</strong> s<strong>em</strong>pre apresentar ao público um jornalsério, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong>mocrático e, principalmente,um libelo pela verda<strong>de</strong> a qualquer custo.As coleções enca<strong>de</strong>rnadas que contêm as edições<strong>de</strong> A Voz do Vale são registros preciosos <strong>de</strong>ssesúltimos 51 anos <strong>de</strong> nossa história, uma históriaescrita cotidianamente, com tinta, suor e sacrifício,iniciada ainda no período <strong>dos</strong> tipos móveis, que continuoupor algumas décadas nas matrizes da linotipo eque chega agora, às vésperas da virada do milênio, àmo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> do off-set, processo implantado comsucesso recent<strong>em</strong>ente nesse jornal.Jornalismo in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, livre e honesto, é amelhor contribuição para a paz <strong>em</strong> um mundo <strong>de</strong> naçõespovoadas por homens livres. Esse é o primeiropreceito <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>claração da Socieda<strong>de</strong> Interamericana<strong>de</strong> Imprensa. É esse o i<strong>de</strong>ário do nosso amigoWal<strong>de</strong>mar Duarte, que fundou A Voz do Vale há 51anos e que até hoje está à sua frente, batalhando diariamentepela notícia e a melhor informação.O leitor <strong>de</strong>sse jornal, ao ler suas páginas, t<strong>em</strong>certeza <strong>de</strong> estar lendo uma publicação feita com muitaresponsabilida<strong>de</strong>, s<strong>em</strong> sensacionalismo, um vícioque abortou inúmeras publicações locais e regionaisao longo <strong>de</strong>sses 51 anos. Mas o jornal A Voz do Valeconseguiu sobreviver a muitos percalços e dificulda<strong>de</strong>s,continua com a sua mesma linha editorial e, porisso, cada vez mais forte e respeitado.Na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o jornalistaWal<strong>de</strong>mar Duarte, graças à sua marcante atuaçãonos meios jornalísticos, é chamado pelos seusamigos e companheiros <strong>de</strong> "o Chateaubriand doVale". E seu jornal, A Voz do Vale, é apontado comouma verda<strong>de</strong>ira escola <strong>de</strong> jornalismo, pois praticamenteto<strong>dos</strong> os jornalistas que militam <strong>em</strong> nossa im-


26916 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999prensa passaram pela sua redação e <strong>de</strong>ram os primeirospassos na profissão cumprindo pauta para Wal<strong>de</strong>marDuarte.Nesta oportunida<strong>de</strong>, ocupo-me <strong>de</strong>sta tribunapara prestar uma singela, mas merecida homenag<strong>em</strong>ao jornal A Voz do Vale do Paraiba, pelotranscurso do seu 51° aniversário. Congratulamo-nosigualmente com o jornalista Wal<strong>de</strong>mar Duarte,seu fundador e diretor, esten<strong>de</strong>ndo nossos cumprimentosa to<strong>dos</strong> os jornalistas, colunistas, colaboradorese leitores <strong>de</strong>sse jornal, que honra e dignificaa cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté.O SR. NELSON MARQUEZELLI (PTB - SP.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sr"se Srs. Deputa<strong>dos</strong>, a agricultura brasileira continuacrescendo e garantindo ao nosso País saldo positivo<strong>em</strong> nossas exportações.A Confe<strong>de</strong>ração Nacional da Agricultura encaminhouao Ministro Francisco Turra propostas do setorprodutivo para o plano da safra do verão <strong>de</strong>1999/2000.Ao examiná-Ias, vejo com otimismo que, se aplicadasessas sugestões, nosso País ultrapassará amarca <strong>de</strong> 80 milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> grãos na próximasafra.Essas propostas são amplas e foram elaboradascom a participação das Fe<strong>de</strong>rações da Agriculturae da Organização das Cooperativas Brasileiras.Vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o penhor <strong>de</strong> safra como garantia suficienteaté à permissão <strong>de</strong> importação <strong>de</strong> máquinas e impl<strong>em</strong>entosusa<strong>dos</strong> no Mercosul, com seus <strong>de</strong>vi<strong>dos</strong> financiamentos.A CNA não <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> mencionar a redução <strong>de</strong>juros para 6% ao ano e <strong>de</strong> 3% para o Pronaf, o quefará reduzir o Custo Brasil no que se refere aos produtosrurais.Tenho, <strong>de</strong>sta tribuna, apelado para o Sr. Presi<strong>de</strong>nteda República, tentando alertá-lo sobre a urgentenecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> redução <strong>dos</strong> juros. O produtor <strong>de</strong>nosso País não po<strong>de</strong> continuar a pagar juros <strong>em</strong> patamaresque colocam seus produtos fora da globalizaçãotão <strong>de</strong>fendida pela equipe econômica.A criação <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> seguro rural, <strong>de</strong>modo a reduzir os prêmios <strong>dos</strong> seguros com a ampliação<strong>dos</strong> eventos ampara<strong>dos</strong>, é fundamental para osetor, e dará maior segurança àqueles que têm a tarefa<strong>de</strong> produzir alimentos para os brasileiros.Desta forma, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, quero <strong>de</strong>sta tribunacongratular-me com o Presi<strong>de</strong>nte da CNA, Sr.Antonio <strong>de</strong> Salvo, pela oportuna e feliz proposta <strong>de</strong>plano <strong>de</strong> safra enviada ao Governo brasileiro.É o que tínhamos a dizer.O SR. RUBEM MEDINA (PFL - RJ. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,os probl<strong>em</strong>as ambientais, <strong>de</strong> saneamento e<strong>de</strong> infra-estrutura urbana no Rio <strong>de</strong> Janeiro estão-exigindoprovidências urgentes do Po<strong>de</strong>r Público, com oapoio <strong>de</strong> toda a socieda<strong>de</strong> fluminense. Embora a populaçãoesteja b<strong>em</strong> servida <strong>dos</strong> serviços <strong>de</strong> energia eabastecimento <strong>de</strong> água, a área <strong>de</strong> saneamento <strong>de</strong>ixaa <strong>de</strong>sejar, pois apenas cerca <strong>de</strong> 35% do Município doRio são servi<strong>dos</strong> por serviço <strong>de</strong> esgoto.E uma cida<strong>de</strong> que é a porta principal do turismointernacional não po<strong>de</strong> conviver com limitações <strong>de</strong>ssanatureza, sob pena <strong>de</strong> comprometer ainda mais oesforço para transformar a ativida<strong>de</strong> turística no principalmotor do <strong>de</strong>senvolvimento econômico e socialdo Estado e da melhoria das condições <strong>de</strong> vida da população.Como o maior <strong>de</strong>safio está na escassez <strong>de</strong> recursospara impl<strong>em</strong>entar um amplo programa <strong>de</strong> saneamentona Capital e principais Municípios fluminenses,já foi possível alguns avanços. Com o <strong>em</strong>penhoda bancada fluminense no Congresso Nacional,conseguimos, por ex<strong>em</strong>plo, o apoio do Ministério doMeio Ambiente ao programa <strong>de</strong> saneamento do Rio,da Baixada Fluminense e <strong>de</strong> outras regiões do Estado.O Programa Integrado <strong>de</strong> Saneamento Ambientaido Rio, a ser impl<strong>em</strong>entado pelo Governo Estadualnos próximos três anos, está orçado <strong>em</strong> R$330 milhões,<strong>dos</strong> quais R$20 milhões virão do orçamentoanual do Ministério do Meio Ambiente e o restantevirá <strong>de</strong> verba do Orçamento da União, a partir <strong>de</strong><strong>em</strong>endas <strong>de</strong> Deputa<strong>dos</strong> e Senadores da bancada doRio, além da contrapartida do próprio Governo doEstado. Ao receber a bancada do Rio <strong>em</strong> seu gabinete,o Ministro Sarney Filho, sensibilizado com a importânciado projeto para o futuro do Rio, concordou <strong>em</strong>liberar a verba <strong>de</strong> R$20 milhões para ajudar a viabilizaro re~~rido projeto.O Programa reúne to<strong>dos</strong> os projetos <strong>em</strong> fase <strong>de</strong>execução no Rio, como o <strong>de</strong> <strong>de</strong>spoluição da Baía <strong>de</strong>Guanabara, que conta com recursos do Banco Mundial,no valor <strong>de</strong> R$20 milhões, e os projetos <strong>de</strong> construção<strong>dos</strong> <strong>em</strong>issários submarinos da Barra e <strong>de</strong> Ipan<strong>em</strong>a,além <strong>de</strong> projetos da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> saneamento pararecuperação ambiental das lagoas da Zona Oeste e aconstrução <strong>de</strong> 42 usinas <strong>de</strong> reciclag<strong>em</strong> <strong>de</strong> lixo.A priorida<strong>de</strong> que o Governo fluminense v<strong>em</strong> dispensandoa essa questão é <strong>de</strong> importância fundamentaipara o futuro do Rio<strong>de</strong> Janeiro, pois tenta recuperaros graves prejuízos sofri<strong>dos</strong> pelo Estado coma falta <strong>de</strong> atenção à melhoria das condições <strong>de</strong> sane-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26917amento e infra-estrutura urbana no Município e naBaixada Fluminense. Esse programa resgata a verda<strong>de</strong>iravocação do Rio para o turismo interno e externoe_cria. as condições básicas para a retomada docrescimento econômico <strong>de</strong> todo o Estado.Essa iniciativa, felizmente, v<strong>em</strong> ao encontro doque tenho <strong>de</strong>fendido nesta Casa. Em pronunciamentoanterior, <strong>de</strong>staquei que o Brasil precisa tomar consciência<strong>de</strong> que investimentos <strong>em</strong> saneamento e melhoriada infra-estrutura urbana são fundamentais nãoapenas <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> política ambiental, mas, principalmente,do ponto <strong>de</strong> vista econômico e social.Além <strong>de</strong> gran'<strong>de</strong> geradora <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego e renda,as obras <strong>de</strong> saneamento e infra-estrutura contribu<strong>em</strong>significativamente para a redução <strong>de</strong> en<strong>de</strong>mias e aconseqüente melhoria das condições <strong>de</strong> vida das populaçõescarentes. E a melhoria não se limita àsquestões sociais. Essas obras po<strong>de</strong>m se constituir<strong>em</strong> valiosos instrumentos <strong>de</strong> alavancag<strong>em</strong> da economiafluminense. Não é por acaso que <strong>em</strong>presas gigantesdo setor <strong>de</strong> saneamento da França e da Al<strong>em</strong>anhajá estão <strong>de</strong> olho no Brasil, à espera da privatizaçãodas <strong>em</strong>presas estaduais <strong>de</strong> saneamento parapo<strong>de</strong>r<strong>em</strong> investir no País.Disse, anteriormente, que os benefícios produzi<strong>dos</strong>por essas obras compensam inúmeras vezesos investimentos feitos, mesmo se tratando <strong>de</strong> obrass<strong>em</strong> gran<strong>de</strong> apelo popular ou visibilida<strong>de</strong> política acurto prazo. Basta ver o drama vivido por metrópolescomo o Rio <strong>de</strong> Janeiro e São Paulo por ocasião daschuvas.Diante <strong>dos</strong> imensos <strong>de</strong>safios que t<strong>em</strong> pela frentenessa área, o Brasil po<strong>de</strong> tirar proveito das experiênciasrealizadas na Europa e na América do f',Jortepara recúperar o t<strong>em</strong>po perdido e buscar novas alternativaspara a superação <strong>de</strong>sses probl<strong>em</strong>as. No Brasil,da<strong>dos</strong> do Banco Mundial revelam que apenas seteregiões metropolitanas contam com serviço <strong>de</strong> esgotosanitário. Assim mesmo, apenas 50% <strong>dos</strong> Municípios<strong>de</strong>ssas regiões dispõ<strong>em</strong> <strong>de</strong> coleta domiciliar enão mais que 10% <strong>de</strong>sse esgoto receb<strong>em</strong> tratamentoa<strong>de</strong>quado. Nos <strong>de</strong>mais Municípios brasileiros, o esgotorecebe canalização precária ou corre a céu aberto,contribuindo para diss<strong>em</strong>inar diversos tipos <strong>de</strong> doençase comprometendo a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida nessascomunida<strong>de</strong>s.Segundo os especialistas, a falta <strong>de</strong> uma legislaçãoa<strong>de</strong>quada sobre gestão <strong>de</strong> recursos hídricos epreservação ambiental, b<strong>em</strong> como o limitado volume<strong>de</strong> investimentos nas áreas <strong>de</strong> saneamento e infra-estrutura,seriam as principais causas da poluiçãoque v<strong>em</strong> ameaçando os rios e mananciais brasileiros.A nova lei, já aprovada nesta Casa e <strong>em</strong> fase <strong>de</strong> reguiamentaçãopelo Governo, prevê novos mecanismospara a gestão <strong>dos</strong> recursos hídricos, b<strong>em</strong> como a participação<strong>de</strong> representantes Elo po<strong>de</strong>r público e da comunida<strong>de</strong>no encaminhamento <strong>de</strong> soluções paraesse preocupante probl<strong>em</strong>a.Essa consciência preservacionista, aliada à iniciativado Governo fluminense <strong>de</strong> dar absoluta priorida<strong>de</strong>à questão ambiental e <strong>de</strong> saneamento básico,é importante não apenas do ponto <strong>de</strong> vista damelhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das comunida<strong>de</strong>s. Nocaso do Rio, por tratar-se <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> litorânea ecom imenso potencial turístico, esses irwestimentoscertamente contribuirão para atrair um fluxo maior<strong>de</strong> turistas e dar um novo impulso à economia da região,gerando <strong>em</strong>prego, renda e b<strong>em</strong>-estar para milhares<strong>de</strong> trabalhadores.O SR. FEU ROSA (PSDB - ES. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,se fôss<strong>em</strong>os elaborar a lista <strong>dos</strong> brasileiros maisimportantes <strong>de</strong>ste século, com certeza nos viriam àm<strong>em</strong>ória <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> escritores, atletas, políticos,músicos, artistas, homens e mulheres que, com a forçada inteligência e o brilho do talento, <strong>de</strong>ram importânciae relevo à história do Brasil ao longo da centúriaque agora chega ao fim. Não nos l<strong>em</strong>braríamos,porém, <strong>de</strong> outros gran<strong>de</strong>s brasileiros, cidadãos ilustresque, ao abrigo da modéstia ou à sombra do anonimato,ofereceram-nos admirável ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> doaçãoao próximo e <strong>de</strong> amor à Pátria. Entre esses ben<strong>em</strong>éritos,que se tornaram credores do nosso respeitoe da nossa gratidão, avulta o nome <strong>de</strong> um espírito-santensenotável, o Dr. Jolindo Martins, falecido nodia 2 do corrente mês <strong>de</strong> maio, aos 85 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.Nele, o valor profissional competia com a magnitu<strong>de</strong>humana, com a riqueza espiritual, com a luci<strong>de</strong>z quelhe orientou a vida para a luta <strong>em</strong> favor <strong>dos</strong> mais pobres,<strong>dos</strong> mais fracos, sobretudo das crianças vítimasda <strong>de</strong>snutrição e da fome, con<strong>de</strong>nadas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo àdoença, ao sofrimento e à morte.Pediatra e puericultor, Jolindo Martins diplomou-sepela Faculda<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Medicina, no Rio<strong>de</strong> Janeiro, <strong>em</strong> 1936; foram, portanto, mais <strong>de</strong> 60anos <strong>de</strong> vitoriosa carreira, no <strong>de</strong>correr da qual se firmoucomo uma das melhores e mais competentes expressõesda pediatria no Espírito Santo e <strong>em</strong> todo oPaís. M<strong>em</strong>bro da Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Pediatria eda American Aca<strong>de</strong>my of Pediatrics, foi um <strong>dos</strong> fundadorese regentes da ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Pediatria e Puericulturada Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral do Espírito Santo. Desenvolveu excelentetrabalho no Hospital Infantil N. S. da Glória e criou o


26918 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999primeiro banco <strong>de</strong> Jeite materno no Espírito Santo.Currículo assim tão brilhante nunca ofuscou a simplicida<strong>de</strong>do Dr. Jolindo Martins, jamais se sobrepôs à<strong>de</strong>sambição e ao <strong>de</strong>sprendimento com que se consagravaàs suas crianças, aos pequenos capixabas queeram a própria razão <strong>de</strong> viver do nosso insigne conterrâneo.À glória da profissão e às pompas do mundo,Jolindo Martins preferia <strong>de</strong>dicar-se à promoção da saú<strong>de</strong>,à salvação <strong>de</strong> vidas. Em 1955, começou a publicar,<strong>em</strong> O Diário, a coluna "Por estranho que pareça",com o objetivo <strong>de</strong> popularizar a medicina, divulgarprocedimentos el<strong>em</strong>entares na luta contra a morbida<strong>de</strong>e a mortalida<strong>de</strong> infantis. Artigos como "Penicilinanão cura miséria n<strong>em</strong> ignorância", "Leite com água émelhor do que água com leite", "Prego s<strong>em</strong> ferrug<strong>em</strong>também dá tétano", "Água também é r<strong>em</strong>édio" e "Leitebarato não é utopia" compuseram <strong>de</strong>pois o excelentelivro "Se a criança votasse...", lançado <strong>em</strong> 1956e hoje na terceira edição. Escritas com simplicida<strong>de</strong> eclareza, as lições do inesquecível professor salvaram(e ainda salvam, <strong>de</strong>certo) milhares <strong>de</strong> vidas, pela sabedoriacom que põ<strong>em</strong> o conhecimento científico aoalcance <strong>de</strong> to<strong>dos</strong>.Cônscio <strong>de</strong> que a saú<strong>de</strong> pública é mais um probl<strong>em</strong>aeconômico-social do que uma questão médica,o Dr. Jolindo Martins transformou sua carreira <strong>em</strong>uma autêntica cruzada, ao longo da qual <strong>de</strong>nuncioucorajosamente o <strong>de</strong>smazelo, a incúria, a incompetênciae a irresponsabilida<strong>de</strong> que con<strong>de</strong>nam à subnutriçãoe à morte uma legião <strong>de</strong> crianças brasileiras.Enfermida<strong>de</strong> como a distrofia pluricarencial hidropigênicaé <strong>de</strong>smistificada pelo povo com o nome qu<strong>em</strong>erece, "doença da fome", pois que resulta apenasdo déficit protéico, da privação vitamínica e da carênciaenergética impostos pelo sub<strong>de</strong>senvolvimentoeconômico e pela injustiça social.Faz<strong>em</strong>os nossas as palavras do médico JoséCarlos Sal<strong>em</strong>e sobre'o Dr. Jolindo Martins:Foi um hom<strong>em</strong> simples, que cultivavaa simplicida<strong>de</strong>. Atuante e engajado, participava<strong>de</strong> tudo, e para qualquer assunto tinhauma opinião que exibia francamente, s<strong>em</strong> omenor pudor. E jamais precisou <strong>de</strong> nenhumtítulo, além <strong>de</strong> ser médico, para exercer suarebeldia e sua indignação. Viveu <strong>de</strong> formamo<strong>de</strong>sta e s<strong>em</strong> ostentações. A herança maiorque <strong>de</strong>ixa para a sua fam ília é a mesmaque <strong>de</strong>ixa para nós outros: seu i<strong>de</strong>alismo eseu espírito <strong>de</strong> luta. A classe médica, unânime,o reverencia como um <strong>dos</strong> seus ídolos.Não somente a classe médica o reverencia,acrescentamos nós, mas todo o povo do Espírito Santo,que reconhece no inesquecível Dr. Jolindo Martinsum capixaba ex<strong>em</strong>plar, que honrou a terra <strong>em</strong> quenasceu e dignificou o t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que viveu.Muito obrigado.O SR. EUNíCIO OLIVEIRA (PMDB - CE. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªs eSrs. Deputa<strong>dos</strong>, o aprimoramento da prestação jurisdicionalno País, que a opinião pública v<strong>em</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndoe reclamando, não é mais, simplesmente, umapostula9ão a consi<strong>de</strong>rar, objeto <strong>de</strong> intermináveis estu<strong>dos</strong>.E, já agora, um compromisso <strong>de</strong>finitivo e irreversível,que será, proximamente, cumprido peloCongresso Nacional, na plenitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas prerrogativasconstitucionais; um compromisso que v<strong>em</strong> <strong>de</strong> serconcluído pela Comissão Especial <strong>de</strong> Estrutura doJudiciário, já com parecer do seu Presi<strong>de</strong>nte à Proposta<strong>de</strong> Emenda à Constituição (PEC) n° 96, <strong>de</strong>1992, que "Introduz modificações na estrutura do Po<strong>de</strong>rJudiciário, e apensa<strong>dos</strong>", para ser discutida e votadanas duas Casas do Congresso, proximamente,conforme <strong>de</strong>sejo do Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Fe<strong>de</strong>ral,Deputado Michel T<strong>em</strong>er. É a reforma que a Nação espera,há mais <strong>de</strong> um século, quando teve, como intérpretes,dois <strong>dos</strong> maiores tribunos do Parlamento brasileiro,<strong>em</strong> to<strong>dos</strong> os t<strong>em</strong>pos: Rui Barbosa e José <strong>de</strong>Alencar. A 17 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1870, Alencar, <strong>em</strong> m<strong>em</strong>orávelpronunciamento na Câmara, já enfatizava:Srs. Congressistas, o País está cansado,é forçoso dizê-lo, está cansado <strong>de</strong> esperarreformas que há anos lhe promet<strong>em</strong> enão realizam. Se o Judiciário permanecerconfundido com os outros Po<strong>de</strong>res, facilmentesuas atribuições hão <strong>de</strong> ser usurpadas.Se não tiver a in<strong>de</strong>pendência necessária,a plenitu<strong>de</strong> da liberda<strong>de</strong> no exercício <strong>de</strong>suas funções, não po<strong>de</strong>rá, certamente, garantiros direitos fundamentais do cidadão.E Rui, nos primeiros anos da República, foi insuperávelna pregação por um Judiciário ágil, forte ein<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, e na resistência aos abusos do po<strong>de</strong>r,sustentando, s<strong>em</strong>pre, que "Justiça tardia não é Justiça,senão injustiça manifesta e qualificada". Comoadvogado ex<strong>em</strong>plar, o maior <strong>de</strong> nossos constitucionalistasestava, a qualquer hora, s<strong>em</strong>pre pronto a recorreràs medidas judiciais, inclusive a favor <strong>de</strong> adversários,para restaurar direitos viola<strong>dos</strong> e socorrer alguémque se achasse <strong>em</strong> im inente perigo <strong>de</strong> sofrer violênciaou coação.Mas só tiv<strong>em</strong>os conquistas efetivas e significativas,no sist<strong>em</strong>a judicial, com a volta do País ao Esta-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26919do <strong>de</strong> Direito, <strong>em</strong> 1988, e promulgação <strong>de</strong> uma Constituição<strong>de</strong>mocrática e cidadã. A partir <strong>de</strong> então, o juizganhou mais in<strong>de</strong>pendência; os institutos tradicionaisdo habeas corpus e do mandado <strong>de</strong> segurança coletivoforam ampJia<strong>dos</strong>. Surgiram juiza<strong>dos</strong> especiaispara causas civis <strong>de</strong> pequeno valor e para infraçõespenais menores. O Judiciário adquiriu autonomia administrativae financeira. Todavia, apesar <strong>dos</strong> avançosobti<strong>dos</strong>, persistiram antigos vícios cartoriais, que,soma<strong>dos</strong> ao excesso <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas, no âmbito fe<strong>de</strong>ral,estadual e municipal, acabaram por prejudicar aagilida<strong>de</strong> da prestação jurisdicional, tornando aindamais <strong>de</strong>moradas as <strong>de</strong>cisões, <strong>em</strong> todas as instâncias.Essa inquestionável realida<strong>de</strong> tornou evi<strong>de</strong>nte a necessida<strong>de</strong>da reforma agora <strong>em</strong> elaboração, com oobjetivo <strong>de</strong> aperfeiçoar a prestação jurisdicional, imperiosae urgente, também, pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serestabelecer a credibilida<strong>de</strong> da opinião pública, consi<strong>de</strong>ravelmenteabalada pela lentidão no julgamentodas <strong>de</strong>mandas ajuizadas, como <strong>de</strong>monstram recentespesquisas <strong>de</strong> âmbito nacional, amplamente divulgadas.Justiça eficaz e ágil é anseio nacional, essencialà estabilida<strong>de</strong> do Estado <strong>de</strong> Direito. A importância<strong>de</strong> sua aplicação foi primorosamente <strong>de</strong>finida peloex-Ministro da Justiça da França Louís Barthou, um<strong>dos</strong> maiores constitucionalistas <strong>de</strong>sse admirávelpaís, ao afirmar:Julgar os seus s<strong>em</strong>elhantes ou pronunciar-seentre os seus pares, con<strong>de</strong>narou absolver, exercer a severida<strong>de</strong> e praticara indulgência, dispor da fazenda, da vida ouda honra <strong>dos</strong> outros, não há responsabilida<strong>de</strong>mais t<strong>em</strong>erosa e mais grave. Ela exige aclareza da inteligência e a firmeza do espírito,a competência e o caráter, o respeitoque a si próprio se <strong>de</strong>ve e o que aos outrosse impõe.Não estou longe <strong>de</strong> acreditar que a civilização<strong>de</strong> um país se me<strong>de</strong> pela opiniãoque se t<strong>em</strong> <strong>de</strong> sua magistratura, da autorida<strong>de</strong>ou do <strong>de</strong>scrédito <strong>de</strong>sta, do seu brilhoou <strong>de</strong> sua fraqueza, <strong>de</strong> sua imparcialida<strong>de</strong>ou <strong>de</strong> sua subserviência. A Justiça é o símboloe o reflexo <strong>dos</strong> costumes públicos.Cada povo t<strong>em</strong> a magistratura que merece.Da França nos veio outra lição <strong>de</strong> valor imperecível,o Axioma 16 da Declaração Francesa <strong>dos</strong>Direitos do Hom<strong>em</strong> e do Cidadão, <strong>de</strong> 1789, on<strong>de</strong> selê: ''Toda socieda<strong>de</strong> na qual a garantia <strong>dos</strong> direitosnão se acha assegurada n<strong>em</strong> a separação <strong>dos</strong> Po<strong>de</strong>resestabelecida não t<strong>em</strong> Constituição". Este, oprincípio que universalizou a Constituição escrita,adotada na quase totalida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong>. Com eleconsagrou-se o entendimento entre as nações: "Nãohá Constituição s<strong>em</strong> a efetiva garantia <strong>dos</strong> dOaFrança nos veio outra lição <strong>de</strong> valor imperecível, oAxioma 16 da Declaração Francesa <strong>dos</strong> Direitos doHom<strong>em</strong> e do Cidadão, <strong>de</strong> 1789, on<strong>de</strong> se lê: ''Todasocieda<strong>de</strong> na qual a garantia <strong>dos</strong> direitos não seacha assegurada n<strong>em</strong> a separação <strong>dos</strong> Po<strong>de</strong>res estabelecidanão t<strong>em</strong> Constituição". Este, o princípioque universalizou a Constituição escrita, adotada naquase totalida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong>. ireitos fundamentais".A divisão e a harmonia <strong>dos</strong> Po<strong>de</strong>res políticos constitu<strong>em</strong>o princípio normatizador e conservador <strong>dos</strong> direitosdo cidadão, o mais seguro meio <strong>de</strong> se torna·r<strong>em</strong> efetivas as garantias que a Constituição assegura."Todo ato, <strong>de</strong> uma autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong>legada, contrárioao teor da Constituição sob a qual ela se exer·ce é nulo", diz Rui. É, <strong>em</strong> síntese, a Constituição "alei fundamental, que divi<strong>de</strong>, organiza e estabeleceos limites e o modo pelo qual <strong>de</strong>v<strong>em</strong> funcionar ospo<strong>de</strong>res públicos e as garantias do cidadão".No Brasil, todavia, o respeito à Lei Supr<strong>em</strong>a nãot<strong>em</strong> sido constante. Em nossa História Constitucional,tiv<strong>em</strong>os alguns retrocessos, no tocante ao Estado <strong>de</strong>Direito, com Constituições outorgadas e garantiasfundamentais suspensas. Foi assim no Governo <strong>de</strong>Floriano, no Estado Novo <strong>de</strong> Vargas, com a Lei <strong>de</strong>Segurança Nacional e nos duros e longos anos da ditaduramilitar, com o AI-5, que suprimiu garantias e direitosfundamentais do cidadão. Mas os <strong>de</strong>srespeitose violações às normas constitucionais não se limitarama perío<strong>dos</strong> <strong>de</strong> governos totalitários. Continuarame continuam a ocorrer, com o País <strong>em</strong> pleno Estado<strong>de</strong> Direito, <strong>de</strong>mocratizado. Esta prática abusiva levouAfonso Arinos <strong>de</strong> Melo Franco, um <strong>dos</strong> nossos maisrespeita<strong>dos</strong> constitucionalistas, a <strong>de</strong>nunciar, <strong>em</strong> um<strong>de</strong> seus últimos pronunciamentos no Senado da República:O Direito <strong>em</strong> nossa Constituição pareceevoluir <strong>em</strong> conjunto, para tornar-se maisum corpo <strong>de</strong> normas teóricas e finalistas, ecada vez menos o sist<strong>em</strong>a legal vigente eaplicável. Por outras palavras: nunca existiudistância maior entre a letra escrita <strong>dos</strong> textosconstitucionais e a sua aplicação.É este, também, o entendimento <strong>de</strong> Oliveira Viana,ao proclamar que:A estabilida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> direitos e garantiasconstitucionais, no Brasil, é extr<strong>em</strong>amenteduvi<strong>dos</strong>a. O probl<strong>em</strong>a <strong>dos</strong> direitos fundamentais,da liberda<strong>de</strong> individual e civil no


26920 Quinta-feira 10que não pu<strong>de</strong>sse julgar e aplicar a lei livre-mente, soberanamente, pouco importando anatureza e a força <strong>dos</strong> protagonistas da <strong>de</strong>-manda, n<strong>em</strong> enfrentar sobranceiramente aarrogância do Po<strong>de</strong>r arbitrário, não passaria<strong>de</strong> uma farsa, <strong>de</strong> um simulacro <strong>de</strong> justiça.nosso país - probl<strong>em</strong>a que <strong>de</strong>ve ser preliminara todo e qualquer probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>política - é justamente eliminar o longo hábitoda impunida<strong>de</strong>. Esta certeza da impunida<strong>de</strong>,que os nossos costumes asseguramao arbítrio, corrompe tudo; mata no seu berçoo cidadão e impe<strong>de</strong> a formação do verda<strong>de</strong>iroespírito público. Eliminada que seja<strong>dos</strong> costumes esta certeza da impunida<strong>de</strong>,as liberda<strong>de</strong>s civis estarão asseguradas.É a lição da História."A impunida<strong>de</strong> atenta contra o princípio formal<strong>de</strong> justiça: trata igualmente os casos iguais. Ela po<strong>de</strong>significar que uns são puni<strong>dos</strong> e outros não, pelosmesmos <strong>de</strong>litos, por <strong>de</strong>litos s<strong>em</strong>elhantes ou por qualquer<strong>de</strong>lito, gerando uma distinção perversa entre osm<strong>em</strong>bros <strong>de</strong> uma dada socieda<strong>de</strong>: os que estão submeti<strong>dos</strong>às normas, cumprindo-as, e os que, apesar<strong>de</strong> igualmente submeti<strong>dos</strong>, as <strong>de</strong>scartam. Esse fenômenov<strong>em</strong> ocorrendo nos mais diversos campos doDireito, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os crimes pratica<strong>dos</strong> contra as finançaspúblicas e contra a economia popular até as violações<strong>dos</strong> direitos fundamentais, sob a forma <strong>de</strong> torturas,extermínios e seqüestros" - como l<strong>em</strong>bra SérgioAdorno, <strong>em</strong> ''Violência Criminal na Mo<strong>de</strong>rna Socieda<strong>de</strong>Brasileira". Esta <strong>de</strong>plorável situação no sist<strong>em</strong>a jurídicov<strong>em</strong>-se refletindo, sobretudo, no elevado número<strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong>tidas durante meses, ou anos,s<strong>em</strong> ser<strong>em</strong> con<strong>de</strong>nadas. O Núcleo <strong>de</strong> Estu<strong>dos</strong> da Violênciada USP revelou que <strong>de</strong> 1.681 trabalhadoresassassina<strong>dos</strong>, na área rural <strong>de</strong> São Paulo, ao longo<strong>dos</strong> últimos 28 anos, apenas 6 crimes chegaram a serjulga<strong>dos</strong>.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, o que to<strong>dos</strong><strong>de</strong>sejam, portanto, diante <strong>de</strong>ssa lamentável situação,é que se assegure, quanto antes, o aprimoramentoda prestação jurisdicional, para restabelecer acredibilida<strong>de</strong> da opinião pública na Justiça, fundamentaià consolidação do Estado <strong>de</strong> Direito, mesmoporque "É nos Tribunais e somente neles que se resolv<strong>em</strong>pacificamente os conflitos; que se coíb<strong>em</strong> osabusos; que se restauram os direitos viola<strong>dos</strong> e ameaça<strong>dos</strong>;<strong>em</strong> suma, que se preservam os valores davida social" - como l<strong>em</strong>bra o ex-Presi<strong>de</strong>nte do ConselhoFe<strong>de</strong>ral da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Advoga<strong>dos</strong> do Brasil(OAB), Prof. Ernando Uchôa Lima, <strong>em</strong> trabalho recent<strong>em</strong>entepublicado. E também acrescenta:É <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> todo cidadão pugnar porum Judiciário forte e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, comogarantia do Estado D<strong>em</strong>ocrático <strong>de</strong> Direito,o qual não sobreviveria s<strong>em</strong> uma justiça livree respeitada. Na verda<strong>de</strong>, uma justiçaDIA' RIO DA C A MARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999É este o sentimento predominante no meio jurídiconacional, sendo, porém, oportuno ressaltar que,apesar da <strong>de</strong>ficiente prestação jurisdicional, <strong>em</strong> todasas instâncias, e da grave crise institucional que o Paísestá vivendo, a opinião pública ainda mantém a esperança<strong>de</strong> que essa situação se modifique, <strong>de</strong>finitivamente,o que ficou b<strong>em</strong> evi<strong>de</strong>nciado quando do funcionamentoda Comissão Especial <strong>de</strong> Estrutura do Judiciário.Recebeu essa Comissão, diariamente, asmais significativas manifestações <strong>de</strong> apoio e colaboraçãoao seu trabalho. Foram inúmeras as propostasapresentadas por Ministros do Supr<strong>em</strong>o Tribunal <strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral (STF), OAB, juristas, advoga<strong>dos</strong>, m<strong>em</strong>brosdo Ministério Público e também <strong>de</strong> segmentos diversosda socieda<strong>de</strong>; algumas polêmicas, outras consensuais;entre elas, a que sugere a instituição docontrole externo do Judiciário, no plano administrativo,<strong>de</strong> fiscalização orçamentária e disciplinar. Estaproposição é <strong>de</strong>fendida pela maioria absoluta <strong>dos</strong> advoga<strong>dos</strong>e juristas; pelo ex-Ministro da Justiça NelsonJobim; pelo ex-Senador Maurício Corrêa e pelo MinistroJosé Celso <strong>de</strong> Mello, integrantes da mais alta Corte<strong>de</strong> Justiça do País, o Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral. AComissão <strong>de</strong> Estrutura do Judiciário a acolheu, nãocomo controle externo, mas <strong>de</strong> fiscalização, pelo próprioJudiciário, através <strong>de</strong> um Conselho Nacional <strong>de</strong>Justiça, composto <strong>de</strong> representantes do Supr<strong>em</strong>o TribunalFe<strong>de</strong>ral (STF), Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça(STJ) e Tribunal <strong>de</strong> Justiça (TJ). No Conselho, presididopelo Presi<strong>de</strong>nte do STF, atuariam o Procurador-Geraida República e o Presi<strong>de</strong>nte do ConselhoFe<strong>de</strong>ral da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Advoga<strong>dos</strong> do Brasil (OAB). Ofuncionamento <strong>de</strong>sse Conselho permitiria, segundo oentendimento do Relator, "maior eficiência, transparência,racionalida<strong>de</strong> administrativa e lisura na conduçãoda coisa pública". A um Ministro-Corregedor, eleito<strong>em</strong> votação secreta do Conselho, caberia receber<strong>de</strong>núncias relativas aos magistra<strong>dos</strong> e aos serviçosjudiciários. Ao controle externo se opõe, porém, parteda magistratura, por consi<strong>de</strong>rá-lo ingerência in<strong>de</strong>vidae implicar <strong>em</strong> diminuição das prerrogativas e in<strong>de</strong>pendência<strong>dos</strong> juízes. O Ministro Nelson Jobim <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>não só o controle externo, como também a adoçãoda Súmula Vinculante, por entendê-Ia importantepara que a Justiça assegure o Estado <strong>de</strong> Direito. OMinistro acredita que a adoção do sist<strong>em</strong>a, necessari-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26921amente, não aprisiona <strong>de</strong>cisões <strong>dos</strong> tribunais, porquepo<strong>de</strong>m ser cria<strong>dos</strong> mecanismos <strong>de</strong> revisão das súmulas.Outras medidas, igualmente polêmicas, <strong>de</strong>verãoser apreciadas pelo Congresso Nacional (Câmara eSenado), como a que propõe o fim da Justiça do Trabalhoe, conseqüent<strong>em</strong>ente, a extinção do TribunalSuperior do Trabalho (TST) e <strong>dos</strong> Tribunais Regionaisdo Trabalho (TRTs), que teriam suas atribuiçõestransferidas para a Justiça Fe<strong>de</strong>ral, ampliada com juiza<strong>dos</strong>especiais específicos, <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> aos julgamentosdas questões trabalhistas. Esta proposiçãoenfrenta, todavia, resistências consi<strong>de</strong>ráveis, sendo<strong>de</strong> ressaltar a posição do Presi<strong>de</strong>nte do STF, contráriaà extinção, por consi<strong>de</strong>rá-Ia prejudicial aos interesses<strong>dos</strong> trabalhadores. Outros juristas têm l<strong>em</strong>brado,também, o caráter especializado do processo do trabalho,distinto essencialmente do processo comum, oque, segundo enten<strong>de</strong>m, <strong>de</strong>saconselha a assimilaçãoda Justiça do Trabalho pela Justiça Fe<strong>de</strong>ral. Oque é preciso, sustentam, é a mo<strong>de</strong>rnização pura esimples daJustiça Trabalhista, para conter o acúmulo<strong>de</strong> processos, situação, aliás, prevista nos Projetos<strong>de</strong> Lei n 2S 4.693 e 4.694/98, <strong>em</strong> tramitação na Câmara<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>. Estes projetos cont<strong>em</strong>plam a instituiçãodas Comissões <strong>de</strong> Conciliaçâo Prévia nas <strong>em</strong>presase a adoção do procedimento sumariíssimopara as pequenas causas trabalhistas, que permitiriamredução substancial das reclamações ajuizadas e<strong>dos</strong> recursos interpostos, possibilitando rápida solução<strong>dos</strong> conflitos do trabalho.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sr'ls e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, por to<strong>dos</strong> osmotivos expostos, a reforma do Judiciário precisa ser, realmente,a verda<strong>de</strong>ira e <strong>de</strong>finitiva reforma que a Naçãoespera e <strong>de</strong>seja do Congresso Nacional. Para tanto,faz-se necessário, antes <strong>de</strong> mais nada, seja ela o instrumentoa<strong>de</strong>quado a uma prestação jurisdicional pronta,eficaz e menos onerosa, pondo fim, sobretudo, à lentidãono julgamento <strong>dos</strong> litígios. Esta, a questão a consi<strong>de</strong>rar,prioritariamente, como <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o Ministro Carlos Velloso,Presi<strong>de</strong>nte do Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, <strong>em</strong> entrevistaao jomal O Globo. Diz o Ministro Velloso: "É a lentidãona prestação jurisdicional o <strong>de</strong>safio maior a enfrentar,a resolver". E acrescenta:As pessoas procuram a Justiça, vão aosTribunais, buscam soluções, e a prestação jurisdicionalnão sai a t<strong>em</strong>po. Isto gera a <strong>de</strong>scrença,com a explosão <strong>de</strong> processos, que <strong>de</strong>corr<strong>em</strong>da litigiosida<strong>de</strong> reprimida. A Constituição<strong>de</strong> 88 facilitou o acesso à Justiça, consagroudireitos novos; a legitimação coletiva <strong>dos</strong>sindicatos, confe<strong>de</strong>rações e do Ministério PÚblico.Só que o Judiciário não sofreu aperfeiçoamento<strong>em</strong> sua estrutura. Na Al<strong>em</strong>anha, háum juiz para cada três mil habitantes; no Brasil,t<strong>em</strong>os um juiz para cerca <strong>de</strong> trinta mil. A médiainternacional está entre sete e <strong>de</strong>z mil habitantespor juiz.Há a consi<strong>de</strong>rar, ainda, o fato <strong>de</strong> no Brasil umaquestão <strong>de</strong> menor importância estar sujeita a passarpor quatro níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão: juiz singular, tribunal <strong>de</strong>apelação, tribunal <strong>de</strong> recursos especiais (SuperiorTribunal <strong>de</strong> Justiça - STJ) e tribunal <strong>de</strong> recursos extraordinários(Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral- STF), aindaque, nestas duas últimas hipóteses, por meio <strong>de</strong>agravo <strong>de</strong> <strong>de</strong>spacho <strong>de</strong>negatório. O <strong>de</strong>sejável seriasimplificar o processo, reduzindo prazos e eliminandorecursos, "s<strong>em</strong> maior prejuízo para o valor da Justiça".Pesquisa do l<strong>de</strong>sp, <strong>de</strong> âmbito nacional, com juízes,procuradores e advoga<strong>dos</strong>, revelou que a reformado Judiciário, para atingir seu objetivo <strong>de</strong> aperfeiçoara prestação jurisdic10nal, <strong>de</strong>verá consi<strong>de</strong>rar,principalmente, as seguintes situações: excesso <strong>de</strong>procedimentos judiciais; insuficiência <strong>de</strong> juízes para oelevado número <strong>de</strong> litígios e <strong>de</strong>mandas; legislação ultrapassada;mo<strong>de</strong>rnização da estrutura do Judiciário,com informatização <strong>dos</strong> serviços judiciários; reduçãodas formalida<strong>de</strong>s processuais; Juiza<strong>dos</strong> Especiais e<strong>de</strong> Pequenas Causas, <strong>em</strong> maior número; simplificaçãono julgamento <strong>dos</strong> recursos; limitação do número<strong>de</strong> recursos às instâncias superiores, por processo, erecurso mais freqüente à conciliação previa, extrajudicial.Finalmente, vale registrar existir consensoquanto à criação da Defensoria Pública da União, doDistrito Fe<strong>de</strong>ral e <strong>dos</strong> Territórios, preservadas as diretrizespara sua organização nos Esta<strong>dos</strong>. A DefensoriaPública é, hoje, experiência vitoriosa <strong>em</strong> algunsEsta<strong>dos</strong> brasileiros, a ser seguida pelos <strong>de</strong>mais. AConstituição Fe<strong>de</strong>ral prescreve que a Defensoria PÚblicaé instituição essencial à função jurisdicional doEstado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a <strong>de</strong>fesa,<strong>em</strong> to<strong>dos</strong> os graus, <strong>dos</strong> necessita<strong>dos</strong>.Há, <strong>em</strong> síntese, um reconhecimento consensualda necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> operacionalizar-se o sist<strong>em</strong>a processual,<strong>de</strong>sburocratizando-o, tanto quanto possível,com vistas à facilitar a obtenção <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> justosque <strong>de</strong>le é lícito esperar. Dai a natural e compreensívelexpectativa que se criou, nos segmentos mais representativosda socieda<strong>de</strong>, <strong>em</strong> relação à reforma doJudiciário. Uma Justiça forte, soberana, ágil e próximado povo é o que to<strong>dos</strong> <strong>de</strong>sejam, para que, <strong>em</strong> futuropróximo, possamos repetir, no Brasil, o que já diziaWilliam Pitt, <strong>em</strong> 11'93, no Parlamento inglês:


26922 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Neste país, nenhum hom<strong>em</strong>, por suafortuna ou categoria, é tão alto que estejaacima do alcance das leis; e nenhum é tãopobre ou obscuro que não <strong>de</strong>sfrute a suaproteção. Nossas leis proporcionam igualsegurança e garantia ao exaltado e ao humil<strong>de</strong>,ao rico e ao pobre.É a <strong>de</strong>mocracia <strong>em</strong> toda a sua plenitu<strong>de</strong>.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, S~s e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, ao concluir,cumpre-me dizer que estamos conscientes da importânciae da complexida<strong>de</strong> da reforma que ir<strong>em</strong>os fazer, que<strong>de</strong>verá ser a mais abrangente, para garantir, <strong>em</strong> <strong>de</strong>finitivo,a consolidação do Estado <strong>de</strong> Direito, s<strong>em</strong> o qual nãohá <strong>de</strong>mocracia possível. Resta-nos, agora, tão-somente,esperar que Deus nos ilumine e nos inspire, para quepossamos, ao final da missão cumprida, merecer o privilégio<strong>de</strong> servir à Pátria, como representantes do povo,engran<strong>de</strong>cendo-a, para que se afirme, no reconhecimentoe no respeito int<strong>em</strong>acional, como nação verda<strong>de</strong>iramentelivre, <strong>de</strong>mocrática, soberana, próspera e socialmentejusta.Muito obrigado.O SR. PEDRO CANEDO (PSDB - GO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, S~s e Srs.Deputa<strong>dos</strong>, o Sist<strong>em</strong>a da Confe<strong>de</strong>ração Nacional daIndústria - CNI com<strong>em</strong>orou, no dia 25 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong>1999, <strong>em</strong> todo o País, o Dia da Indústria.Dispõe o Brasil do maior parque industrial daAmérica Latina, o que significa que, excetua<strong>dos</strong> osEsta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> e o Cal'ladá, somos a principal concentração<strong>de</strong> indústrias das Américas.Em Goiás, a Fe<strong>de</strong>ração das Indústrias do Estado<strong>de</strong> Goiás luta, há 47 anos, pela industrialização doEstado, indispensável ao nosso <strong>de</strong>senvolvimentoeconômico e social, juntamente com a agricultura, apecuária e o comércio.A FIEG, integrante do Sist<strong>em</strong>a CNI, também festejaa data magna da indústria, sob a batuta do seu Presi<strong>de</strong>nte,José Aquino Porto, do seu 1 0 Vice-presi<strong>de</strong>nte, PauloAfonso Ferreira, e <strong>de</strong>mais pares daquela Fe<strong>de</strong>ração.A Medalha do Mérito Industrial foi criada pelaFIEG, <strong>em</strong> 1968, como sua mais alta distinção, parahomenagear, publicamente, personalida<strong>de</strong>s e entida<strong>de</strong>sque se <strong>de</strong>stacar<strong>em</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento da indústriagoiana. Existindo há 31 anos, a Medalha do MéritoIndustrial só foi outorgada, até hoje, 14 vezes.No rol <strong>dos</strong> con<strong>de</strong>cora<strong>dos</strong>, estão cinco ex-Ministros<strong>de</strong> Estado, quatro ex-Gov<strong>em</strong>adores, o Tribunal <strong>de</strong> Justiçado Estado, quando completou 100 anos, e a OrganizaçãoJaime Câmara, nos 50 anos <strong>de</strong> O Popular. A primeiracon<strong>de</strong>coração aconteceu <strong>em</strong> 27 <strong>de</strong> março <strong>de</strong>1968, e a mais recente, <strong>em</strong> 23 '<strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1991, há,portanto, oito anos.O ex-Presi<strong>de</strong>nte da Confe<strong>de</strong>ração Nacional daIndústria, Tomás Pompeu <strong>de</strong> Souza Brasil, a recebeu,na sua abertura. In m<strong>em</strong>oriam, naquela ocasião,também a obteve o sau<strong>dos</strong>o Antônio FerreiraPacheco, que <strong>em</strong>presta seu nome pioneiro ao maiorclube <strong>de</strong> trabalhadores do Brasil, com os seus mais<strong>de</strong> 140 mil metros quadra<strong>dos</strong> <strong>de</strong> área utilizada, umadas numerosas obras do Presi<strong>de</strong>nte da FIEG, JoséAquino Porto.Recent<strong>em</strong>ente foram agracia<strong>dos</strong> com a Medalhado Mérito Industrial <strong>em</strong> Goiás o Governador doEstado, Marconi Perillo, os <strong>em</strong>presários Alberto Borges<strong>de</strong> Souza, Domingos Vilefort Orzil, II<strong>de</strong>fonso LimírioGonçalves, João Alves <strong>de</strong> Queiroz Filho, JorgeAbrão e Sandro Mabel Antônio Scodro, pela valorosacontribuição dada ao <strong>de</strong>senvolvimento industrial <strong>de</strong>Goiás.Marconi Perillo, Governador do Estado <strong>de</strong> Goiás,foi Deputado Estadual (1991-1995), DeputadoFe<strong>de</strong>ral (1995-1999). Goiano <strong>de</strong> Palmeiras <strong>de</strong> Goiás,casado com Valéria Jaime Peixoto Perillo, foi con<strong>de</strong>coradocomo Deputado do Ano <strong>de</strong> 1992 e 1993; Medalhado Mérito Legislativo, 1992; Destaque Político,1993. O Governador Marconi incluiu no seu programa<strong>de</strong> governo, como priorida<strong>de</strong>, a industrialização doEstado <strong>de</strong> Goiás, que hoje alcança 1% do ProdutoIndustrializado Brasileiro - PIB, percentual este queainda é pequeno <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> das gran<strong>de</strong>s potencialida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que dispõe o nosso Estado <strong>de</strong> Goiás.Alberto Borges <strong>de</strong> Souza é sócio-diretor do GrupoCaramuru, fundado por seu pai, Múcio <strong>de</strong> SouzaRezen<strong>de</strong>, <strong>em</strong> 1970, com instalação <strong>em</strong> Goiás e noParaná. O Grupo Caramuru está, hoje, entre as 300maiores <strong>em</strong>presas do Brasil, <strong>de</strong>dicando-se à industrialização<strong>de</strong> milho e soja, compreen<strong>de</strong>ndo esse processoa produção <strong>de</strong> s<strong>em</strong>ente, armazenag<strong>em</strong>, <strong>de</strong>germinação,pré-cozido, extração, refino e <strong>em</strong>base <strong>de</strong>óleo vegetal e produção <strong>de</strong> farelo. Emprega 1.500pessoas, que trabalham <strong>em</strong> 100 mil metros quadra<strong>dos</strong><strong>de</strong> área construída, com faturamento global previstopara 1999 <strong>de</strong> 650 milhões <strong>de</strong> reais. Suas exportações,este ano, chegarão a 140 milhões <strong>de</strong> reais.Domingos Vilefort Orzil é mineiro, filho <strong>de</strong> fazen<strong>de</strong>iros,começou os estu<strong>dos</strong> <strong>em</strong> Belo Horizonte e fezo Agrotécnico na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa.Em 1946, comprou, com alguns sócios, <strong>em</strong> Morrinhos,uma fábrica <strong>de</strong> manteiga, diversificando suaprodução e construindo uma filial <strong>em</strong> São Luiz <strong>dos</strong>Montes Belos, que se tornou matriz. Mas foi com a implantação<strong>de</strong> uma fábrica <strong>de</strong> leite <strong>em</strong> pó, nessa cida-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26923<strong>de</strong>, que a <strong>em</strong>presa se transformou <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> complexo:a Laticínios Morrinhos - Produtos Leitbom,com 35 unida<strong>de</strong>s industriais, gerando 750 <strong>em</strong>pregosdiretos e 10 mil indiretos, com um faturamento, <strong>em</strong>1998, <strong>de</strong> 78 milhões e 500 mil reais e o recolhimento<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 11 milhões e 326 mil reais <strong>em</strong> impostos.Il<strong>de</strong>fonso Limírio Gonçalves foi sargento da FAB,especialista <strong>em</strong> motores <strong>de</strong> avião, <strong>em</strong> plena SegundaGuerra. Em 1954, iniciou·a carreira <strong>de</strong> viajante comercialna Pró-Ouímica e <strong>de</strong>pois passou ao laboratório Fontoura,on<strong>de</strong> foi pr<strong>em</strong>iado como o maior ven<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> to<strong>dos</strong>os segmentos do mercado brasileiro. Em 1963, montou aDistribuidora Omivendas, <strong>em</strong> Uberlândia. A seguir, adquiriuo Laboratório Neo-Ouímica, do Rio <strong>de</strong> Janeiro, eos laboratórios Dueto e Kin<strong>de</strong>r, <strong>de</strong> São Paulo. Atraído pelosincentivos do Fomentar, transferiu o Neo-química e oDueto para Anápolis e criou a Polar Plast. Hoje, o GrupoLimírio Gonçalves reúne quatro <strong>em</strong>presas, com 500 colaboradores,atuando <strong>em</strong> todo o País.João Alves <strong>de</strong> Queiroz Filho é o Presi<strong>de</strong>nte daArisco Industrial Limitada e está aqui representadopor seu irmão, Cirillo Marcos Alves, Vice-Presi<strong>de</strong>nteda <strong>em</strong>presa. A maior unida<strong>de</strong> da Arisco situa-se <strong>em</strong>Goiânia, produzindo a gran<strong>de</strong> maioria <strong>dos</strong> mais <strong>de</strong>200 produtos <strong>de</strong> sua linha. A Arisco supervisiona aprodução <strong>de</strong> toda a matéria-prima que usa. Muitos <strong>de</strong>seus equipamentos estão entre os mais avança<strong>dos</strong>do mundo. Em apenas 29 anos, ela conquistou a linha<strong>de</strong> frente da disputada indústria alimentícia brasileira.Está no Brasil inteiro e <strong>em</strong> muitos países, com sua diversificadaprodução. Na Argentina, ela incorporou aCopisi a seu grupo, com fábricas <strong>em</strong> Mendonza e nosAn<strong>de</strong>s.Jorge Abrão é paulista, bacharel <strong>em</strong> Direito efundou, <strong>em</strong> 1958, a Indústria Goiana <strong>de</strong> Café Limitada,o conhecido Café Ban<strong>de</strong>ira. Faltavam <strong>em</strong>balagens,e ele fundou a Indústria Goiana <strong>de</strong> EmbalagensLimitada - IGEL, segundo faz questão <strong>de</strong> frisar, graçasà apresentação da FIEG, assinada pelo Presi<strong>de</strong>nteJosé Aquino Porto, que lhe conseguiu as quotasindispensáveis <strong>de</strong> matéria-prima. Assim, Goiásganhou sua primeira fábrica <strong>de</strong> <strong>em</strong>balagens <strong>de</strong> papelpara café e muitos outros produtos. É, ainda, pioneirodas <strong>em</strong>balagens plásticas. Fundou a Poligel EmbalagensPlásticas, a Grafigel Embalagens e a MilionárioIndústria e Comércio <strong>de</strong> Embalagens, para reciclarmaterial plástico e produzir sacos para lixo e mudas.sandro Mabel Antônio Scodro é Diretor-Presi<strong>de</strong>ntedo Grupo Mabel, cuja principal <strong>em</strong>presa é a BolachasMabel, fundada há mais <strong>de</strong> 30 anos por seu pai, NestoroMabel, imigrante italiano. Suas fábricas estão localizadas<strong>em</strong> Goiás, São Paulo e Rio <strong>de</strong> Janeiro, produzindo, além<strong>de</strong> bolachas, balas, refrescos, salgadinhos, aperitivos ewaffer, distribuí<strong>dos</strong> <strong>em</strong> mais <strong>de</strong> 100 mil pontos <strong>de</strong> vendas<strong>em</strong> todo o País. Preocupada com o b<strong>em</strong>-estar <strong>de</strong> seus<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>, a Mabel construiu um conjunto habitacional,com 250 casas, nos arredores <strong>de</strong> sua fábrica, <strong>em</strong>Aparecida <strong>de</strong> Goiânia, para aqueles que não dispunham<strong>de</strong> moradia própria. Só <strong>de</strong> ICMS, ela recolhe cerca <strong>de</strong>400 mil reais mensalmente.Estão <strong>de</strong> parabéns a FIEG, e to<strong>dos</strong> os <strong>em</strong>presáriosagracia<strong>dos</strong> com a mais alta con<strong>de</strong>coração <strong>em</strong>Goiás, que é a Medalha do Mérito Industrial.Obrigado a to<strong>dos</strong> pela atenção dispensada.OSR. PRESIDENTE (Caio RieJa) - Passa-s~ aoV - GRANDE EXPEDIENTET<strong>em</strong> a palavra o Sr. João Fassarella.O SR. JOÃO FASSARELLA (PT - MG. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,assomo à tribuna neste Gran<strong>de</strong> Expediente paratrazer à Casa uma reflexão que, <strong>de</strong> um lado, envolveacontecimentos amplamente divulga<strong>dos</strong> por toda aimprensa nacional e, por outro, relações do CongressoNacional - <strong>de</strong> uma parte, <strong>em</strong> relação ao Tribunal<strong>de</strong> Contas da União e, <strong>de</strong> outra, ao papel a ser <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhadopela Comissão Mista <strong>de</strong> Orçamento.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, nos últimos dias tomamos conhecimento<strong>de</strong> duas importantes notícias. Uma envolveo Presi<strong>de</strong>nte da Comissão Mista <strong>de</strong> Orçamento,Deputado Lael Varella, <strong>de</strong> Minas Gerais. A imprensadivulgou que, na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte daquele órgão,o Deputado conseguiu a liberação <strong>de</strong> 9 milhões<strong>de</strong> reais relativos ao Orçamento <strong>de</strong>ste ano, já estando<strong>em</strong>penhado o pagamento <strong>de</strong> quase 2 milhões <strong>de</strong> reaispara a construção <strong>de</strong> um hospital vinculado a umafundação que leva o nome <strong>de</strong> seu filho, FundaçãoCristiano Varella.As opiniões no Estado <strong>de</strong> Minas Gerais se divi<strong>de</strong>m.Alguns acham que a obra é meritória, pois trata-se<strong>de</strong> hospital do câncer, localizado no interior doEstado; portanto, seria importante para a <strong>de</strong>scentralização<strong>dos</strong> serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Observe-se, entretanto, que não é usual issoacontecer num momento <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>a escassez <strong>de</strong> recursos,especialmente para a saú<strong>de</strong> pública, área <strong>em</strong>que faltam importantes investimentos para a construção<strong>de</strong> hospitais, - alguns <strong>de</strong>les até mesmo comobras inacabadas, s<strong>em</strong> que possam iniciar o funcionamento,como o Pronto-Socorro <strong>de</strong> Belo Horizonte,na região <strong>de</strong> Venda Nova. Nesse contexto, assiste-seà possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> 9 milhões para umainstituição privada que, pelo fato <strong>de</strong> ainda não estar<strong>em</strong> funcionamento, não possui convênio com o Siste-


26924 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999ma Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Tiv<strong>em</strong>os hoje a oportunida<strong>de</strong>, naComissão Mista <strong>de</strong> Orçamento, <strong>de</strong> discutir um poucoessa questão. Essa é uma notícia que toma conta <strong>dos</strong>jornais <strong>de</strong> Minas Gerais.Uma obra que também foi analisada por aquelaComissão, <strong>de</strong>batida várias vezes, durante anos segui<strong>dos</strong>,diz respeito à construção do Tribunal Regionaldo Trabalho <strong>de</strong> São Paulo. A construção iniciou-se<strong>em</strong> 1992. Naquele mesmo ano, vistoria promovidapor técnicos do Tribunal <strong>de</strong> Contas da União traziaindicações <strong>de</strong> irregularida<strong>de</strong>.Diz o relatório preliminar <strong>de</strong>ssa vistoria que foiassinado um contrato <strong>em</strong> que não consta prazo parao início da obra, não existe fixação <strong>de</strong> datas para asetapas da construção, não existe prazo para a conclusãoe n<strong>em</strong> para a entrega da obra, o que contraria,portanto, dispositivos legais. Diz ainda esse relatórioque a obra só teve início <strong>em</strong> 30 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1993.Entretanto, os pagamentos começaram a ser efetua<strong>dos</strong>no dia 30 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1992, ou seja, quase um anoantes <strong>de</strong> a obra ser iniciada.Arrumaram uma forma <strong>de</strong> licitar o terreno daobra como se nele já houvesse um prédio pronto. Aprincípio, podia parecer que a <strong>em</strong>presa ganhadora dalicitação construiria o prédio, que, uma vez construído,seria repassado ao Po<strong>de</strong>r Público. Mas não estavaclaro que se tratava <strong>de</strong> um prédio <strong>em</strong> construção.O terreno, objeto da licitação, só teve a sua escriturapassada no dia 14 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1992, enquantoo pagamento já havia sido realizado no dia 30<strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1992, e o início daconstrução, somente nodia 30 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1993. Isso consta do relatório <strong>de</strong>1992, que somente foi apreciado pelo Tribunal <strong>de</strong>Contas da União <strong>em</strong> 1996, ou seja, quatro anos <strong>de</strong>pois.Então, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, quero chamar a atençãopara o papel do Tribunal <strong>de</strong> Contas da União e paraum argumento muitas vezes usado para justificar algumasatitu<strong>de</strong>s: o t<strong>em</strong>po. Em nome <strong>de</strong>sse argumento<strong>de</strong>ixa-se que muitas irregularida<strong>de</strong>s ocorridas nestePaís adquiram gran<strong>de</strong>s dimensões, quando po<strong>de</strong>riamter sido evitadas ou sanadas no seu nascedouro. Sepassa muito t<strong>em</strong>po para ser<strong>em</strong> <strong>de</strong>scobertas, muitasvezes já não é mais possível repará-Ias.Em 1996, o Tribunal <strong>de</strong> Contas da União, mesmoreconhecendo que as irregularida<strong>de</strong>s apontadas<strong>em</strong> 1992 eram proce<strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong>cidiu relevá-Ias, aceitandoo raciocínio <strong>de</strong> que a obra já estava <strong>em</strong> faseconclusiva; e interrompê-Ia naquele momento, anularo processo Iicitatório, <strong>de</strong>terminar nova licitação, issocausaria ao Erário e à população mal maior do queaceitar as irregularida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>ixar que concluíss<strong>em</strong> aobra.Contudo, novo relatório do próprio Tribunal <strong>de</strong>Contas, sobre auditoria feita <strong>em</strong> 1998, <strong>de</strong>monstrouque as irregularida<strong>de</strong>s eram mais volumosas, poishaviam sido concedi<strong>dos</strong> aditivos para aquisição <strong>de</strong>equipamentos s<strong>em</strong> o processo Iicitatório a<strong>de</strong>quado, ea obra ainda não estava concluída. Ora, relevaram-seas irregularida<strong>de</strong>s porque o prédio estava para serconcluído, <strong>em</strong> 1996. No entanto, <strong>em</strong> 1998 as irregularida<strong>de</strong>sperduravam, e a obra não estava concluída.O relatório <strong>de</strong> 1998 do Tribunal <strong>de</strong> Contas indicaas seguintes irregularida<strong>de</strong>s: incompatibilida<strong>de</strong> entreo estágio físico e o montante <strong>dos</strong> recursos libera<strong>dos</strong>.Isso significa que a liberação <strong>de</strong> recursos para aquelaobra não tinha qualquer relação com a evolução daobra. A impressão é <strong>de</strong> que- e <strong>de</strong>fato isso ocorria ­a liberação <strong>de</strong> recursos atendia muito mais à solicitaçãoda <strong>em</strong>preiteira do que à a<strong>de</strong>quada medição doque estava sendo construído.Outra irregularida<strong>de</strong> foi com relação às parcelas<strong>dos</strong> serviços executa<strong>dos</strong>, que tiveram as medidas superestimadas,conforme constatado pelo Tribunal <strong>de</strong>Contas. Verificou-se a ausência <strong>de</strong> el<strong>em</strong>entos indispensáveispara que a administração aferisse custosunitários na obra. E se não há como aferir os custosunitários, não há como avaliar o que se t<strong>em</strong> <strong>de</strong> pagar<strong>em</strong> cada etapa da obra.O relatório apontou ainda celebração <strong>de</strong> escritura<strong>de</strong> retificação e ratificação <strong>de</strong> aditamento, com vistaao restabelecimento do equilíbrio econômico-financeirodo contrato.Vieram à tona alguns fatos, hoje <strong>de</strong> conhecimentogeral, que chegam a ser uma agressão à éticae à cidadania, como o <strong>de</strong> que foi preciso fazer um aditivoao contrato, ao longo da sua execução, para restabelecero equilíbrio econômico da <strong>em</strong>preiteira.O custo do metro construído, avaliado pelo relatóriodo Tribunal <strong>de</strong> Contas, foi <strong>de</strong> 2.952 reais. Repito:2.952 reais o metro quadrado. Hoje já é <strong>de</strong> conhecimentogeral e da própria Comissão Mista <strong>de</strong> Orçamentoque obras públicas têm um custo médio quevaria entre 700 e 800 reais o metro quadrado, valorconsi<strong>de</strong>rado suficiente e até um pouco elevado. Tudoisso está no relatório do Tribunal <strong>de</strong> Contas.Vejo aí dois probl<strong>em</strong>as, para os quais eu gostaria<strong>de</strong> chamar a atenção <strong>de</strong>sta Casa. Um é <strong>em</strong> relaçãoao papel, ao po<strong>de</strong>r, à organização e ao significadodo Tribunal <strong>de</strong> Contas da União. Perceb<strong>em</strong>os queesse órgão, por intermédio <strong>de</strong> seus técnicos, cumpreum papel importante. Normalmente sério, consciencioso,i<strong>de</strong>ntifica com rigor falhas administrativas, <strong>de</strong>sviosdo ponto <strong>de</strong> vista legal, indica e aponta irregularida<strong>de</strong>s.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26925A análise <strong>dos</strong> relatórias técnicos produzi<strong>dos</strong>pelo Tribunal <strong>de</strong> Contas da União nos dá a percepção<strong>de</strong> sua necessida<strong>de</strong> e, ao mesmo t<strong>em</strong>po, da lisuracom que são produzi<strong>dos</strong>. Entretanto, há gran<strong>de</strong> lentidãono processo e normalmente também uma reversãodas orientações técnicas dadas quando do julgamentopelo Pleno do Tribunal <strong>de</strong> Contas da União.Essa lentidão é tão gran<strong>de</strong> que um relatório feito <strong>em</strong>1992, já indicando que <strong>de</strong>terminada construção estavasendo iniciada com graves erros, somente veio aser examinado <strong>em</strong> 1996. No caso, po<strong>de</strong> até ter havidocerta compreensão <strong>de</strong> que já não adiantava mais,mas é preciso ter claro que não adiantava mais porqueo dano ao Erário já havia sido produzido, e, qu<strong>em</strong>sabe, até <strong>de</strong> maneira irreversível.Foi preciso a constituição <strong>de</strong> uma CPI, que virouos holofotes do País <strong>em</strong> direção a esse probl<strong>em</strong>a,para que avançass<strong>em</strong> nas investigações. Esperoque, ao mesmo t<strong>em</strong>po, se avance também <strong>em</strong> relaçãoàs medidas necessárias a que possamos dar maioragilidad~ à tramitação <strong>dos</strong> processos no Tribunal<strong>de</strong> Contas da União, maior eficiência e maior coerênciaentre a <strong>de</strong>cisão técnica e a <strong>de</strong>cisão do Pleno daqueleTribunal.T<strong>em</strong>os <strong>de</strong> nos <strong>de</strong>bruçar sobre essa realida<strong>de</strong>;caso contrário, vamos ficar aqui apenas correndoatrás das irregularida<strong>de</strong>s mais berrantes, <strong>de</strong>ixandopassar talvez um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> irregularida<strong>de</strong>smenores, que, se somadas, acabam por produzir osmesmos efeitos danosos das gran<strong>de</strong>s.Ouço, com prazer, o aparte do nobre DeputadoAvenzoar Arruda.O Sr. Avenzoar Arruda - Deputado João FassareUa,V. ExI, especialista <strong>em</strong> matéria <strong>de</strong> orçamentoe <strong>de</strong> fiscalização financeira e que muito engran<strong>de</strong>ce abancada do Partido <strong>dos</strong> Trabalhadores, aborda nestatar<strong>de</strong> t<strong>em</strong>a <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância, e o faz <strong>de</strong> maneiramuito didática. Primeiro, porque, por meio <strong>de</strong> um fatotrazido <strong>em</strong> suas minúcias, <strong>de</strong>monstra algo extr<strong>em</strong>amentepreocupante: a lentidão do Tribunal <strong>de</strong> Contas- e, parece-me, isso po<strong>de</strong> ser extensivo aos Tribunais<strong>de</strong> Contas <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> - e o julgamento a posteriori.Se o Tribunal <strong>de</strong> Contas da União t<strong>em</strong> como funçãofundamental auxiliar o Legislativo, essas ações<strong>de</strong>veriam ocorrer pari passu com as obras, com oprocesso como um todo, <strong>de</strong> tal modo que permitisseao legislador fiscalizá-Ia no exato momento <strong>de</strong> sua realização.Exist<strong>em</strong> vários pedi<strong>dos</strong> <strong>de</strong> auditoria e <strong>de</strong> investigação.Entretanto, quando chegam a um resultado-e,na verda<strong>de</strong>, mais uma vez, po<strong>de</strong> ocorrer aquiloque V. Ex· <strong>de</strong>nuncia-, é preciso <strong>de</strong>cidir se causarámais prejuízo impedir o está sendo feito <strong>de</strong> forma irregularou se é melhor <strong>de</strong>ixar que a obra seja concluída,<strong>em</strong>bora haja réalmente irregularida<strong>de</strong>s. V. Exª, repito,traz ao <strong>de</strong>bate t<strong>em</strong>a extr<strong>em</strong>amente importante.Creio ser preciso rever o funcionamento <strong>dos</strong> Tribunais<strong>de</strong> Contas, para torná-los mais ágeis e para quepossamos exigir não um julgamento a posteriori,mas fiscalização no exato momento <strong>em</strong> que acontec<strong>em</strong>as ações.O SR. JOÃO FASSARELLA - Deputado AvenzoarArruda, agra<strong>de</strong>ço a V: Ex B o aparte, que incorporoao meu pronunciamento.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srfls e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, penso tercondições <strong>de</strong> fazer essa avaliação porque faço parteda Comissão Mista <strong>de</strong> Planos, Orçamentos Públicose Fiscalização. Dev<strong>em</strong>os avaliar o papel <strong>de</strong>ssa Comissãodiante da lentidão <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> produzi<strong>dos</strong>.Durante os três últimos anos, tendo notícias <strong>de</strong>que estavam sendo realizadas obras irregulares, aComissão Mista <strong>de</strong> Orçamento solicitou ao Tribunal<strong>de</strong> Contas que enviasse obrigatoriamente, tão logochegasse ao Congresso Nacional a mensag<strong>em</strong> orçamentária,um relatório sobre todas as obras que, nasua avaliação, pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> conter alguma irregularida<strong>de</strong>.Ou seja, pedimos ao órgão auxiliar do Congresso,o Tribunal <strong>de</strong> Contas, por intermédio <strong>de</strong> seus técnicos,que apontasse as irregularida<strong>de</strong>s encontradas.E isso não trouxe conseqüência maior para o saneamento<strong>de</strong>ssas irregularida<strong>de</strong>s, os recursos continuaramsendo libera<strong>dos</strong> normalmente.Fiz<strong>em</strong>os assim durante os últimos três anos.Está aqui o Deputado Giovanni Queiroz, que foi e éum gran<strong>de</strong> companheiro naquela Comissão e acompanhou<strong>de</strong> perto essa preocupação. Ao chegar o relatóriodo Tribunal <strong>de</strong> Contas, solicitamos que a liberação<strong>dos</strong> recursos fosse s<strong>em</strong>pre condicionada a medidaspor parte do Executivo para sanear as irregularida<strong>de</strong>s,e que essas medidas foss<strong>em</strong> informadas aoCongresso Nacional.No ano passado, chegamos à conclusão <strong>de</strong> quesó isso não era suficiente. Tomamos, então, a <strong>de</strong>cisão<strong>de</strong> que as obras com indicação <strong>de</strong> irregularida<strong>de</strong>spor parte do Tribunal <strong>de</strong> Contas só po<strong>de</strong>riam ter seusrecursos libera<strong>dos</strong> com a aprovação, caso a caso, daComissão Mista <strong>de</strong> Orçamento.Estamos agora com vinte obras. Boa parte <strong>de</strong>lasestá paralisada, porque não foram libera<strong>dos</strong> os recursospara a sua continuida<strong>de</strong>. Examinando-as, causa-mepreocupação a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que a Comissão,ao chamar para si a responsabilida<strong>de</strong>, acabe ce<strong>de</strong>ndopor força, primeiro, da necessida<strong>de</strong> das obras<strong>em</strong> questão, porque a obra é necessária e precisa serconcluída. O metrô <strong>de</strong> Belo Horizonte, Capital do meu


26926 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Estado, por ex<strong>em</strong>plo, está entre as obras com gravesirregularida<strong>de</strong>s indicadas pelo Tribunal <strong>de</strong> Contas, e apressão vinda do Estado é muito gran<strong>de</strong>, pois a obraé realmente necessária.Fico preocupado, porque, se nortearmos o nossoraciocínio e a nossa conduta levando <strong>em</strong> contaapenas a necessida<strong>de</strong> da obra ou os interesses da regiãoque representamos, vamos acabar relevando todasas irregularida<strong>de</strong>s apontadas e autorizando a liberação<strong>de</strong> reCUiSOS para todas essas obras. Preocupa-meque venhamos - <strong>de</strong> man~ira ainda mais grave,porque aí não é o órgão auxiliar, mas o próprio po<strong>de</strong>rfiscalizador do Congresso Nacional - a dar, porantecipação, atestado <strong>de</strong> idoneida<strong>de</strong>, sob a alegação<strong>de</strong> importância e necessida<strong>de</strong> das obras, relativo aações administrativas, superlaturamento, <strong>de</strong>svios <strong>de</strong>recursos e licitações irregulares.Deixo, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sr's e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,uma reflexão. Na minha avaliação, a Comissão Mista<strong>de</strong> Orçamento <strong>de</strong>ve rever sua direção, arejar-se. Anova Comissão já foi indicada. O prazo <strong>de</strong> cinco diasúteis já está esgotado. A Comissão, com esse novoespírito, dará uma dinâmica mais moralizadora e efetivaa sua atuação.Era o que tinha a dizer.Durante o discurso do Sr. João Fassarelia,o Sr. Caio Riela, § 2 fJ do art. 18 do RegimentoInterno, <strong>de</strong>ixa a ca<strong>de</strong>ira da presidência,que é ocupada pelo Sr. Ricardo Noronha,§ 2 fJ do art. 18 do Regimento InternoO SR. PRESIDENTE (Ricardo Noronha) ­Concedo a palavra ao nobre Deputado Bispo Rodrigues.O SR. BISPO RODRiGUES (Bloco PL - RJ.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - É uma honra ocupar estatribuna quando V. Ex· está na Presidência da Mesa.Isso mostra a importância que os Deputa<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Brasíliatêm e que se agiganta nesta Casa.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sr's e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, nesta s<strong>em</strong>anao Brasil assistiu pela televisão a cenas do queestá acontecendo no Nor<strong>de</strong>ste. As imagens foram <strong>de</strong>cortar o coração. Faço, por isso, este discurso "Brasil,Terra <strong>de</strong> Contrastes", parafraseando um gran<strong>de</strong> filósofo.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sr's e Srs. Parlamentares, venhoa esta tribuna para compartilhar com meus parese com toda a socieda<strong>de</strong> brasileira a tristeza e a indignaçãoque senti ao ver, <strong>em</strong> reportag<strong>em</strong> na TV, matériasobre a situação <strong>de</strong> moradores <strong>de</strong> um Municípiodo Nor<strong>de</strong>ste que, enquanto esperam a chuva chegar,estão sendo medica<strong>dos</strong> com calmantes nos ambulatórios.A população faminta do Nor<strong>de</strong>ste estátomando Diazepanpara se acalmar da gran<strong>de</strong> dor e <strong>de</strong>sespero.Uma imag<strong>em</strong> vale por mil palavras. Quisera eu po<strong>de</strong>r reproduzira imag<strong>em</strong> daqueles rostos sofri<strong>dos</strong> pelo <strong>de</strong>scasogov<strong>em</strong>amental que v<strong>em</strong> <strong>de</strong> longos anos.Quisera eu po<strong>de</strong>r reproduzir <strong>em</strong> palavras o sofrimento<strong>de</strong>scrito por cada uma das pessoas entrevistadas,sobretudo as mulheres que estão no aguardo <strong>de</strong>seus mari<strong>dos</strong> efilhos que foram tentar a vida no sul doPaís.Se pudéss<strong>em</strong>os reproduzir nesse telão a imag<strong>em</strong>do povo brasileiro, talvez esta Casa exigisse mudançasna política econômica que está sendo aplicada<strong>em</strong> nosso País.Lágrimas foram <strong>de</strong>rramadas por mulheres brasileirasquando relatavam nesta s<strong>em</strong>ana na TV Globosua vida e a <strong>de</strong> seus filhos. Essas pessoas estãos<strong>em</strong> perspectiva <strong>de</strong> solução imediata para os probl<strong>em</strong>as<strong>de</strong>correntes da seca, que as impossibilita <strong>de</strong>plantar. A completa e total ausência do Estado nãopermite que pelo menos seja amenizada a dura realida<strong>de</strong><strong>de</strong>sse povo. A única água <strong>de</strong>rramada na regiãosão as lágrimas que corr<strong>em</strong> no rosto sofrido das mulheresnor<strong>de</strong>stinas.Uma das mulheres, ao ser perguntada sobre osfilhos, respon<strong>de</strong>u que estavam to<strong>dos</strong> <strong>em</strong> São Paulo,para on<strong>de</strong> foram <strong>em</strong> busca <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego, mas que, atéo momento, estavam <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>. Por isso, aindanão lhe pu<strong>de</strong>ram enviar dinheiro algum. "Não émalda<strong>de</strong>, não" - disse a pobre senhora na sua pureza."É que meus filhos estão <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>. Elestambém estão passando fome lá <strong>em</strong> Sun Paulo". Omodo <strong>de</strong> falar daquela senhora mostra que, além <strong>de</strong>seca, o Estado não dá educação e cultura ao povo.Outra senhora, ao ser perguntada <strong>em</strong> re<strong>de</strong> nacionalse o calmante melhoraria a sua vida, disse: "É,melhora, porque eu durmo e esqueço. Mas quandoacordo, começa tudo <strong>de</strong> novo, começo a pensar milbesteiras. Pelo menos, enquanto durmo, não penso<strong>em</strong> me matar".Os médicos psiquiatras estão receitando Diazepanna veia ou calmantes para que as pessoas possamdormir e esquecer o grave probl<strong>em</strong>a da fome, damiséria, do lar <strong>de</strong>sesperado e <strong>de</strong> seus filhos que estãoindo para "Sun Paulo". Lá estão conhecendo o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego,a marginalida<strong>de</strong>, morando <strong>em</strong> guetos,atrás <strong>de</strong> uma vida melhor.É possível imaginar que este País - um <strong>dos</strong>mais ricos do mundo <strong>em</strong> recursos naturais, com a maiorreserva florestal, prestes a com<strong>em</strong>orar seus tenrosquinhentos anos, país que inovou <strong>em</strong> diversos segmentos,como na arquitetura, exporta cultura, possui


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26927um Presi<strong>de</strong>nte culto, poliglota e um Governo <strong>de</strong> diplomatas,com um passado <strong>de</strong> luta contra a injustiça ­esteja vendo seu povo tomar medicamento controladocomo se fosse placebo para esquecer a realida<strong>de</strong>?Pois b<strong>em</strong>, chegamos a esse ponto. Os cidadãoso Sr. Marcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lha - Nobre DeputadoBispo Rodrigues, como representante <strong>de</strong> um Estadonor<strong>de</strong>stino, agra<strong>de</strong>ço a V. Ex ll a solidarieda<strong>de</strong> expressanesta <strong>de</strong>núncia can<strong>de</strong>nte que faz sobre o quadro<strong>de</strong> abandono e <strong>de</strong> miséria paquela região. Retornando<strong>de</strong> certa forma ao leito original <strong>de</strong> seu discurso, ebrasileiros, donos <strong>de</strong>sta terra, estão tomando calmantespara esquecer a <strong>de</strong>sgraça.corroborando as suas palavras, eu diria que há maneirasA psiquiatra do ambulatório, <strong>em</strong> entrevista concedidaà televisão, explicou que o calmante está sendomuito procurado, principalmente pelas mulheres,como ajuda no enfrentamento das dificulda<strong>de</strong>s. Omedicamento não acaba com o probl<strong>em</strong>a. O fator estressantecontinua existindo: a miséria.mais eficientes <strong>de</strong> enfrentar o drama secular doNor<strong>de</strong>ste do que a aplicação <strong>de</strong> sedativos, a oferta <strong>de</strong>Diazepan. Há medidas concretas que po<strong>de</strong>m tornar os<strong>em</strong>i-árido uma região produtiva, rica, geradora <strong>de</strong><strong>em</strong>prego, <strong>de</strong> renda e, sobretudo, <strong>de</strong> esperança. SabeV. ExJl que não é <strong>de</strong>stino das regiões s<strong>em</strong>i-áridas doQue país é este? Quando ir<strong>em</strong>os nos indignar mundo a pobreza e a miséria. Ao contrário, as regiõescom tantas <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s? Não se trata aqui <strong>de</strong> curar on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolv<strong>em</strong> a agricultura mais rica, maisdoenças. O povo não está doente, sobretudo, <strong>dos</strong> mo<strong>de</strong>rna, mais eficaz e mais produtiva são todas regiõess<strong>em</strong>i-áridas ou <strong>de</strong>sertos completos. Infelizmen­nervos, como diz<strong>em</strong>. O povo está sofrendo <strong>de</strong> miséria,fome, <strong>de</strong>scaso e injustiça. O povo brasileiro está te não houve <strong>de</strong>cisão política até agora <strong>dos</strong> Governossendo roubado, <strong>de</strong>srespeitado e assassinado pelos para enfrentar com tecnologia e com recursos a<strong>de</strong>qua<strong>dos</strong>esse probl<strong>em</strong>a, nobre Deputado Bispo Rodri­próprios governantes, que não são capazes ou nãotêm interesse <strong>de</strong> mudar tal realida<strong>de</strong> marcada pela gues. Veja, por ex<strong>em</strong>plo, que o nosso s<strong>em</strong>i-árido nor<strong>de</strong>stinoé o único s<strong>em</strong>i-árido tropical do mundo. Todas<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> e pelo contraste.No lugar <strong>de</strong> calmante para o povo, o Governoos outros ou são <strong>de</strong>sertos completos ou não são tropicais.Isso dá ao s<strong>em</strong>i-árido nor<strong>de</strong>stino uma gran<strong>de</strong><strong>de</strong>veria <strong>de</strong>volver o que lhe tomou. Ministros e Procuradoresviajam à custa do Erário para on<strong>de</strong> quer<strong>em</strong>.especificida<strong>de</strong> à produção <strong>de</strong> frutas para a exportaçãoe a pecuária <strong>de</strong> pequenos animais. Falta apenasMuitos levam a família para uma ilha r<strong>em</strong>ota. Lá passams<strong>em</strong>anas douradas e não vê<strong>em</strong> a miséria do nossopovo.água na região. Há pelo menos 150 anos discute-seprojeto <strong>de</strong> transposição <strong>de</strong> águas do Rio São Francisco,mas o projeto dorme nas pranchetas das salas <strong>de</strong>O Governo utilizou dinheiro público para pagarreuniões, não sai das discussões para a prática. Ness<strong>em</strong>omento, aproveitando a solidarieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> V. Exª,65% da dívida da <strong>em</strong>presa Tele Norte. A privatizaçãonão era para arrecadar dinheiro. Na prática, os bancosdo Governo e os fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensões das estataisl<strong>em</strong>bro que pelo menos uma coisa este CongressoNacional po<strong>de</strong> fazer aqui e agora: aprovar <strong>de</strong>cisõesestão <strong>em</strong>prestando dinheiro para as <strong>em</strong>presas privadasestrangeiras comprar<strong>em</strong> as nossas. O patrimônio<strong>em</strong> favor da transposição <strong>de</strong> águas do Rio São Francisco.Tramita nesta Casa a Lei <strong>de</strong> Diretrizes Orçamentárias,e <strong>em</strong>enda acolhida pelo Relator estabele­acumulado pelo povo brasileiro durante muitos anosestá sendo vendido para estrangeiros com dinheiroce a alocação <strong>de</strong> recursos para a transposição <strong>de</strong><strong>em</strong>prestado do BNDES, <strong>dos</strong> fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensão, dinheiroesse que <strong>de</strong>veria ser usado para a pequena eáguas do Rio São Francisco. Apelo a V. Exª e a to<strong>dos</strong>quantos nesta Casa se compa<strong>de</strong>c<strong>em</strong> com a situaçãomédia <strong>em</strong>presa gerar <strong>em</strong>prego no Brasil.aflitiva do nor<strong>de</strong>stino para que não <strong>de</strong>ix<strong>em</strong>os passarDinheiro <strong>em</strong>prestado não como é <strong>em</strong>prestado essa oportunida<strong>de</strong>, não <strong>de</strong>ix<strong>em</strong>os para outra Legislatura,ou qu<strong>em</strong> sabe para outro milênio, ou qu<strong>em</strong> sabeno banco oficial do Governo, a 40% <strong>de</strong> juros, para umhom<strong>em</strong> montar uma fábrica, uma loja, uma padaria, para outra geração a <strong>de</strong>cisão sobre essa questão crucial.Com a aprovação <strong>de</strong>ssa medida, po<strong>de</strong>r<strong>em</strong>osmas <strong>em</strong>prestado aos gringos, aos estrangeiros, a3,5% ao ano.oferecer condições dignas a milhares e milhares <strong>de</strong> irmãosA Vale do Rio Doce custou 3 bilhões. No anonossos. Exorto V. Exª a juntar-se a nós, às ban­passado ela <strong>de</strong>u 1 bilhão <strong>de</strong> lucro. On<strong>de</strong> está esse lucro?On<strong>de</strong> o estão aplicando? O Governo <strong>de</strong>veria <strong>de</strong>­águas do Rio São Francisco para dar às pessoas quecadas do Nor<strong>de</strong>ste. Vamos <strong>de</strong>cidir a transposição <strong>de</strong>volver o dinheiro do povo, entregue <strong>de</strong> ban<strong>de</strong>ja ao Sr. viv<strong>em</strong> na região um instrumento a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolverCacciola e a seus sócios.suas aptidões e tornar a sua vida mais produtiva,Ouço, com prazer, o nobre Deputado Marcon<strong>de</strong>sGa<strong>de</strong>lha.mais rica e mais eficiente, e também da sua família edo País.


26928 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999o SR. BIS PO F10DRIGUES - Agra<strong>de</strong>ço a V.ExB o aparte, nobre o Exmo. Deputado Marcon<strong>de</strong>sGa<strong>de</strong>lha.Ouço, com prazar, o nobre Deputado WagnerSalustiano.O Sr. Wanner l3alustiano - Deputado BispoRodrigues, <strong>de</strong>sEljo parabenizá-lo pela corag<strong>em</strong> <strong>em</strong>trazer à tona t<strong>em</strong>as ":ão relevantes para a vida doPaís. V. Ex a falo'J sobre o Nor<strong>de</strong>ste e sobre as privatizações.E eu, <strong>em</strong> uma rápida pincelada - até porqueestou inscrito para falar <strong>em</strong> uma Comissão da qualfaço parte, preciso correr para lá -, quero dizer a V.Exa que este é o momfmto <strong>de</strong> esta Casa se apegar aot<strong>em</strong>a privatizaçHo, que tanto mal t<strong>em</strong> causado aonosso País, porc,ue as realizadas até então estão sobsuspeita. As gralações das fitas mostram que as privatizaçõesforar1 realizadas <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> suspeição,<strong>de</strong> falcatruas. ISEiO nãc' é sadio para o nosso País. Milharese milharen <strong>de</strong> dl~s<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> estão passandofome, correndo f:;trás eie <strong>em</strong>prego, inclusive engenheirose outros pro'issionais <strong>de</strong> nível universitário estãoaceitando qualq~Jer <strong>em</strong>prego <strong>em</strong> troca <strong>de</strong> um saláriomínimo. Isso es tá ac,ntecendo no meu Estado <strong>de</strong>São Paulo. Enql.anto isso, o Governo está <strong>de</strong>sviandoaltas quantias, hilhõe; <strong>de</strong> dólares <strong>de</strong>ssas privatizações,para sustentar banqueiros que não têm capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> administrar s(~us próprios negócios. DeputadoBispo Rodrigues, parabenizo-o pela corag<strong>em</strong> <strong>de</strong>trazer a <strong>de</strong>bate esse t(ima. Peço a esta Casa que não<strong>de</strong>ixe morrer um discurso tão importante, porque precisamoslevá-lo avanto, para apurar a fundo o acontecido.Por isso, digo a to<strong>dos</strong> que este é o momento <strong>de</strong>esta Casa instaurar a CPI das Privatizações a fim <strong>de</strong>apurar to<strong>dos</strong> os fatos que estão por trás <strong>de</strong>ssas falcatruas.Muito obriqado.O SR. BIS[~O RI:>DRIGUES - Nobre DeputadoWagner Salustiano, agra<strong>de</strong>ço a V. Ex 8 o aparte.Volto ao m~3U discurso reportando-me à área <strong>de</strong>privatizações. A privatJzação foi vendida pelos editoriaisda imprensa,-aquela mesma a que os Ministros,na gravação, se referii"am dizendo que estava <strong>de</strong>mais,que estava até se exacerbando no seu apoio ­como tendo a finalidacle <strong>de</strong> arrecadar dinheiro e diminuiras dívidas externa e interna. Pergunto, então: Oque aconteceu com eElsa dívida? Quase triplicou. Aumentou,e muit,), inviabilizando o futuro do nossoPaís. Na prática. Ol:t bancos do Governo e os fun<strong>dos</strong><strong>de</strong> pensão das I.~statais estão <strong>em</strong>prestando dinheiroàs <strong>em</strong>presas privadas estrangeiras. O Governo <strong>de</strong>veriatambém <strong>de</strong>velver ao povo o dinheiro que foi entregueao Sr. Cacciola e aos seus sócios. Mas, contraditoriamente,o Gc ,verno não t<strong>em</strong> dinheiro para manteras fr~ntes <strong>de</strong> trabalho, aumentar o salário mínimo,manter professores <strong>em</strong> sala nas escolas públicas,manter os hospitais universitários, profissionais dasaú<strong>de</strong> <strong>em</strong> condições <strong>de</strong>centes <strong>de</strong> trabal~o.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, que Paísé'este? Que cidadão está sendo beneficiado por esseprograma <strong>de</strong> privatizações que o Governo está fazendona área <strong>de</strong> telecomunicações? Tenho certeza <strong>de</strong>que não é o Brasil, tampouco o povo brasileiro.Se não, vejamos. Deveria ser lucrativo, mas oGoverno está pagando a dívida que as <strong>em</strong>presas privadastêm com ele mesmo. Deveria aumentar a oferta<strong>de</strong> <strong>em</strong>prego, mas só <strong>em</strong> São Paulo a companhiatelefônica espanhola t<strong>em</strong> como proposta <strong>de</strong> trabalho<strong>de</strong>mitir aproximadamente 1.500 funcionários. E, poroutro lado, está contratando funcionários espanhóisque até estão terceirizando serviço <strong>em</strong> nosso País.Os lucros <strong>de</strong>ssas instituições eram aplica<strong>dos</strong> aqui.Agora os lucros estão sendo envia<strong>dos</strong> ao exteriorpara gerar riqueza européia, americana e outras coisasmais. Deveria melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço,que piorou. As tarifas <strong>de</strong>veriam ser mais competitivas,mas aumentou o valor da assinatura básica, e jáestão anunciando outro aumento.O dinheiro arrecadado com as vendas <strong>de</strong>veriaajudar a pagar parte das nossas dívidas. No entanto,as nossas dívidas só cresceram.É ou não este Governo um governo <strong>de</strong> contradições,Sr. Presi<strong>de</strong>nte? O sofrimento das pessoas qu<strong>em</strong>oram no sertão nor<strong>de</strong>stino e <strong>de</strong> todas as outras queainda não receberam tratamento psiquiátrico, Srs.Parlamentares, é também conseqüência <strong>de</strong>ssas contradições.A mim me doeu e calou fundo no meu coraçãoassistir pela televisão, juntamente com meus filhos-<strong>em</strong>inhaesposa, a nor<strong>de</strong>stinos, feitos à imag<strong>em</strong> e s<strong>em</strong>elhança<strong>de</strong> Deus, tomando tranqüilizantes por causa<strong>de</strong> miséria <strong>em</strong> que viv<strong>em</strong>.Falava ont<strong>em</strong> com o Prefeito <strong>de</strong> Manaus, AlfredoPereira do Nascimento, do PFL, e S. EXª me diziaque a Prefeitura daquela capital está colocando médicosnos postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para receitar comida. O sujeitosai do posto <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com receita <strong>de</strong> comida, feíjão,carne, frango e macarrão, <strong>de</strong>baixo do braço. Jádizia Monteiro Lobato que aquilo que corrói a saú<strong>de</strong> éo bichinho da fome.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, este é um Governo contraditório.Fala <strong>em</strong> mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, mas as pessoas estão morrendoe tomando tranqüilizante - Diazepan na veia- para esquecer os probl<strong>em</strong>as.O sofrimento daquelas pessoas calou fundo nomeu coração e no <strong>de</strong> toda a minha família. Este Go-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26929v<strong>em</strong>o está <strong>de</strong>sorientéldq,. mas. não per<strong>de</strong> o hábito:continua criando impostos, fazendo gracejos para aimprensa e enganando o povo. Esta s<strong>em</strong>ana, o colunistaÉlio Gaspari falava sobre o novo imposto <strong>de</strong> rendamínimo que o Governo quer impor às <strong>em</strong>presas.Refiro-me aqui àquilo que o Governo está chamando<strong>de</strong> imposto <strong>de</strong> renda mínimo, ou seja, a umanova tributação <strong>de</strong> 2% sobre a receita bruta das <strong>em</strong>presas.Se uma <strong>em</strong>presa estivér per<strong>de</strong>ndo dinheiro,ainda assim, o Governo irá confiscá-Ia <strong>em</strong> 2% da suareceita, porque é isso que os arautos <strong>dos</strong> impostosestão pregando no Congresso.Pergunto: Será que os bancos vão pagar esseimposto? Os bancos, neste Pais, não pagam imposto,porque estão financiando as reeleições por aí.Esse será mais um golpe nas pequenas e médias <strong>em</strong>presasbrasileiras, cuja saú<strong>de</strong> financeira já está tãoruim, e alimentará o mercado informal, que cresce assustadoramente.Qu<strong>em</strong> está <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregado e nãoconsegue voltar para o mercado <strong>de</strong> trabalho vai se virandocomo po<strong>de</strong>, pois précisa garantir sua sobrevivênciae a <strong>de</strong> seus <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.Neste imenso País, on<strong>de</strong> existe riqueza suficientepara garantir escola para todas as crianças, paragarantir saú<strong>de</strong> e dignida<strong>de</strong> para o povo, está faltandovonta<strong>de</strong> poUtica e amor ao próximo. Um governo queconhece os sonegadores - segundo se <strong>de</strong>duz do <strong>de</strong>poimentodo Secretário da Receita Fe<strong>de</strong>ral, Sr. EverardoMaciel, na CPI <strong>dos</strong> Bancos -, mas aceita o dinheiro<strong>de</strong>les para se reeieger e os protege, escon<strong>de</strong>ndoesse ilícito, e, além disso, exige sacrifícios <strong>dos</strong>assalaria<strong>dos</strong>, ignorando a miséria do nor<strong>de</strong>stino, nãopo<strong>de</strong> estar governando para o povo.Esta <strong>de</strong>mocracia que estamos vivendo é injustae hipócrita, porque, <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> tantã irresponsabilida<strong>de</strong>,fala-se <strong>em</strong> criar cada vez mais impostos. Mastodo cidadão inteligente no Pais sabe que quando secria imposto arrecada-se menos, porque os gran<strong>de</strong>ss<strong>em</strong>pre têm um jeito <strong>de</strong> pagar menos imposto.Como eu disse, fala-se agora <strong>em</strong> criar o imposto<strong>de</strong> renda mínimo, com aHquota <strong>de</strong> 2% para cada <strong>em</strong>presa,inclusive para aquela que dá prejuizo. A <strong>em</strong>presaque dá prejuízo, se o projeto for aprovado <strong>de</strong>ssaforma, vai ter que pagar imposto <strong>de</strong> renda também,mas não os bancos.Ouço, com prazer, o nobre Deputado BispoWan<strong>de</strong>rval.O Sr. Bispo Wan<strong>de</strong>rval - Deputado Bispo Rodrigues,quero parabenizá-lo por esse discurso audacioso,corajoso, e pelas teses levantadas por V. Ex 8 ,mostrando o sofrimento e a <strong>de</strong>sgraça do povo. V. Ex 8falou sobre as privatizações, e gostaria <strong>de</strong> l<strong>em</strong>brarque o último faturamento da Companhia Vale do RioDoce, construída pelo povo brasileiro com tanto sacrifícioe entregue por este Governo à iniciativa privadapor três bilhões <strong>de</strong> reais, foi <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> um bilhão <strong>de</strong>reais. V. Ex 8 falava também sobre o relacionamentoentre o Governo e os banqueiros. O Sr. Vicente Cacciolaveio à CPI e não disse nada. O ex-Presi<strong>de</strong>nte doBanco Central também veio a essa CPI e não dissenada. A CPI está caindo no ostracismo e possivelmentenão produzirá nada <strong>de</strong> positivo para o povobrasileiro. Quando esses banqueiros bat<strong>em</strong> na portado Banco Central, na calada da noite, são atendi<strong>dos</strong>,mas as pessoas que precisam ter uma banquinha <strong>de</strong>cachorro-quente, aqueles que quer<strong>em</strong> se estabelecercomo pequeno ou micro<strong>em</strong>presário não têm por partedo Governo Fe<strong>de</strong>ral qualquer iniciativa <strong>de</strong> ajuda. V.ExB falava ainda sobre a miserabilida<strong>de</strong> do povo.Esse Nor<strong>de</strong>ste mostrado pelo repórter da Re<strong>de</strong> Globo<strong>de</strong> Televisão está espalhado por to<strong>dos</strong> os Esta<strong>dos</strong>brasileiros, como, por ex<strong>em</strong>plo, o meu Estado, quet<strong>em</strong> mais <strong>de</strong> 1 milhão e 800 mil pessoas <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregadas.Entre essas, há pessoas formadas, com diplomas,que se estão submetendo a ganhar esse míserosalário <strong>de</strong> 136 reais. Parabenizo V. ExB Não tomareimais o seu t<strong>em</strong>po, porque muitos Deputa<strong>dos</strong> <strong>de</strong>sejamaparteá-Io.O SR. BISPO RODRIGUES - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,Srs. Deputa<strong>dos</strong>, há t<strong>em</strong>pos, um sujeito <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregadotentou suicidar-se <strong>em</strong> São Paulo. Um m<strong>em</strong>bro doCorpo <strong>de</strong> Bombeiros disse-lhe que não se matasse,porque ninguém iria chorar por ele. O sujeito pensoue <strong>de</strong>sistiu <strong>de</strong> tentar o suicidio, porque enten<strong>de</strong>u queninguém iria chorar por ele. Faço esse discurso paradizer às minhas irmãs do Nor<strong>de</strong>ste, feitas à imag<strong>em</strong> es<strong>em</strong>elhança <strong>de</strong> Deus e que estão tomando calmantepor causa da crise, que estou chorando por elas. Deputadoeleito pelo Rio <strong>de</strong> Janeiro, estou discursandopara que isso não passe <strong>em</strong> branco, porque lá há muitagente se matando e ninguém está chorando poreles. Que Deus abençoe o nosso Brasil. (Palmas.)O SR. LUIZ SÉRGIO - Sr. ,Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Ricardo Noronha) - T<strong>em</strong>V Ex 8 a palavra.O SR. LUIZ SÉRGIO (PT - RJ. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>dos</strong>,<strong>em</strong> primeiro lugar, parabenizo o Deputado BispoRodrigues pelo seu discurso. O aparte que iria fazerera para dizer que, segundo o economista FábioAkira, nesse processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>svalorização, o Brasilper<strong>de</strong>u algo <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 48 bilhões, o que equivale a5,17% do nosso PIB. Se esse recurso fosse, por


'26930 Quinta-feim 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999ex<strong>em</strong>plo, <strong>de</strong>stinado a bolsa-escola - projeto criado,no Distrito Fe<strong>de</strong>ral, p~lo ex-Governador CristovamBuarque -, daria para tirar todas as crianças das ruasbrasileiras, pagando-se 60 reais às famílias que matriculass<strong>em</strong>,naquelas condições, seus filhos nas escolas.Ou seja, o dinheiro existe, o probl<strong>em</strong>a é a opção<strong>de</strong> on<strong>de</strong> aplicá-lo.Quero usar o t<strong>em</strong>po que me resta para dizer quefui integrante <strong>de</strong> uma Comissão Externa da Câmara<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> para_ investigar mortes ocorridas noHospital Salgado Filho que assustaram to<strong>dos</strong> nós.É preciso separar o joio do trigo. Chegou"seàquele processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia porque o Hospital SalgadoFilho, no Rio <strong>de</strong> Janeiro - hospital público -,v<strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvendo um trabalho sério e pô<strong>de</strong>, pormeio <strong>de</strong> seus levantamentos, evi<strong>de</strong>nciar que, num<strong>de</strong>terminado momento, havia um número <strong>de</strong> mortesmaior e s<strong>em</strong> muita explicação se comparado com outrosplantões.A violência s<strong>em</strong>pre foi, <strong>em</strong> maior ou menor escala,um <strong>dos</strong> maiores probl<strong>em</strong>as da socieda<strong>de</strong>. Atualmentet<strong>em</strong>-se manifestado <strong>em</strong> cada esquina, no trabalho,na família. Transformou-se numa epi<strong>de</strong>miamo<strong>de</strong>rna.Um episódio recente <strong>de</strong>ssa violência <strong>de</strong>safiounossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> indignação. Ocorreu <strong>de</strong>ntro doHospital Municipal Salgado Filho, no Rio <strong>de</strong> Janeiro.Um <strong>dos</strong> profissionais que ali trabalham é acusado <strong>de</strong>agir como mercador da morte, levando ao pânico apopulação que utiliza o serviço daquela instituição.Mais uma vez o caminho da assistência médicaentrelaça-se com o caminho da criminalida<strong>de</strong>. Na encruzilhada<strong>de</strong>sse (<strong>de</strong>s)caminho andam lado a lado osofrimento das famílias das vítimas e o lucro das máfiasconstituídas.Contudo, paradoxalmente, há que se fazer reflexãosobre os fatos, que se tornam extr<strong>em</strong>amentepositivos uma vez que iluminam a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>existir luz nofim dotúnel <strong>de</strong>sse caos <strong>em</strong> que se transformoua saú<strong>de</strong> brasileira. Isto posto, vamos aos fatos:'_~ Primeiro, o controle epi<strong>de</strong>miológico interno dohospital <strong>de</strong>tectou um evento serítíriêla, qual seja o aumentodo nume!!) <strong>de</strong> mortes <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminado setor,s<strong>em</strong>pre com a mesmª equipe. Parece simples, mas,quantos <strong>dos</strong> nossos hospitais públicos ou priva<strong>dos</strong> faz<strong>em</strong>esse controle, mesmo"tendo instrumentos paraisso?'Depois, o hospital, cortando a própria carne, <strong>de</strong>nunciae expõe suas mazelas, rompendo com o espírito<strong>de</strong> corpo, nosso velho conhecido.Os fatos acima por si sós revelam a serieda<strong>de</strong>do hospital. A opinião pública precisa ser esclarecida<strong>de</strong> que não houve omissão da instituição <strong>em</strong> relaçãoaos supostos crimes.Quanto aos funcionários, estes <strong>de</strong>monstramtanta indignação quanto a socieda<strong>de</strong>. O abraço promovidopor eles ao hospital indica movimento no sentido<strong>de</strong> resgatar a dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas profissões e aconfiança da população na instituição, ambas arranhadaspelos acontecimentos.Caberá ao cldadão-funcionáriÓ e ao cidadão-usuárioalinhar<strong>em</strong>-se na pressão social para quea justiça seja feita. A ira santa <strong>de</strong>flagrada contra oHospital Salgado Filho corre o risco <strong>de</strong> julgar o todopela parte. E a distorção por meio <strong>de</strong>sse julgamentopo<strong>de</strong> conspirar contra uma instituição fundamentalpara o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro.O <strong>de</strong>scrédito aumentará a ansiéda<strong>de</strong> e o sofrimento<strong>de</strong>ssa população ferida na sua cidadania <strong>em</strong>altratada pelo Po<strong>de</strong>r Público. Afinal, maus profissionaise até criminosos exist<strong>em</strong> <strong>em</strong> todas as áreas, massomente instituições sérias logram <strong>de</strong>tectá-los e expurgá-losdo convívio social.Na condição <strong>de</strong> integrante da Comissão Externa<strong>de</strong> Direitos Humanos da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>venho tornar público meu apoio ao Hospital SalgadoFilho pela maturida<strong>de</strong> e pelo profissionalismo, b<strong>em</strong>como à Polícia Civil pela forma séria com que v<strong>em</strong>apurando os fatos.Era o que tinha a dizer.O ,SR. GIVALDO CARIMBÃO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Ricardo Noronha) - T<strong>em</strong>V Ex a a palavra.O SR. GIVALDO CARIMBÃO (Bloco/PSB - AL.Pela or<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,Sr's e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, venho à tribuna para maisuma vez falar sobre Alagoas.Lamentavelmente, o Po<strong>de</strong>r Judiciário estadualinsiste <strong>em</strong> pedir intervenção no Estado pelo fato <strong>de</strong>não ser<strong>em</strong> repassa<strong>dos</strong> mais <strong>de</strong> 17% da receita estadualpara os Po<strong>de</strong>res Executivo e Legislativo.O Ministro Nélson Jobim, do Supr<strong>em</strong>o TribunalFe<strong>de</strong>ral, conce<strong>de</strong>u liminar que permitia ao Tribunal <strong>de</strong>Justiça <strong>de</strong> Alagoas receber do Estado 6,5 milhões <strong>de</strong>reais. No entanto, este Deputado, a bancada <strong>de</strong> Alagoase o Governador Ronaldo Lessa estiv<strong>em</strong>os comS. Exª, que, após exposição <strong>de</strong> motivos que apresentamos,reviu sua própria <strong>de</strong>cisão e cassou a liminarconcedida. Com isso, o Governador Ronaldo Lessateve condições <strong>de</strong> não fazer tal repasse para o Tribunal<strong>de</strong> Justiça do Estado <strong>de</strong> Alagoas.


Junho <strong>de</strong> 1999 PlÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26931Também na companhia do Governador RonaldoLessa estiv<strong>em</strong>os com o Sr. Pedro Malan e váriosoutros Ministros. Graças a Deus, t<strong>em</strong>os conta,do como apoio <strong>de</strong> diversas a.utorida<strong>de</strong>s da área fe<strong>de</strong>ral <strong>em</strong>Brasília e do próprio Supr<strong>em</strong>o Tribunal.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, SrDs 'e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, Alagoasé um <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> mais sofri<strong>dos</strong> do Brasil. Dos c<strong>em</strong>Municípios mais pobres do Brasil, os que apresentammaior índice <strong>de</strong> pobreza lá se encontram. Portanto,não se concebe que o Estado gaste 18% a 19% <strong>de</strong>sua receita somente com o Tribunal <strong>de</strong> Justiça e coma Ass<strong>em</strong>bléia Legislativa, ou seja, com os Po<strong>de</strong>resLegislativo e Judiciário do Estado.É importante que esta Casa reveja inclusive aLei Amin, sobre o teto constitucional para as CâmarasMunicipais, os Tribunais e as Ass<strong>em</strong>bléias Legislativas,impedindo que se <strong>de</strong>stine no,Orçamento quantoquiser para esses Po<strong>de</strong>res. Enquanto a Bahia repassa0,7% <strong>de</strong> sua receita para os Po<strong>de</strong>res Legislativo eJudiciário, Alagoas está repassando 17%. Fiz<strong>em</strong>ospesquisa nacional e verificamos que, por ex<strong>em</strong>plo,Sergipe <strong>de</strong>stina 2 milhões <strong>de</strong> reais para a Ass<strong>em</strong>bléiaLegislativa e o Ceará, muito maior do que Alagoas, 4milhões. Nosso Estado repassa 4,5 milhões <strong>de</strong> reais.Sr.Presi<strong>de</strong>nte, SrDs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, quer<strong>em</strong>pedir a cassação do Governador porque S. ExII. nãoconsegue repassar-lhes o que está hoje <strong>de</strong>terminado,algo <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 15%. Além do mais, preten<strong>de</strong>maumentar esse percentual, que po<strong>de</strong> chegar a quase20% só para os dois Po<strong>de</strong>res. Imagin<strong>em</strong> V. Exlls: somentea Ass<strong>em</strong>bléia Legislativa e o Tribunal <strong>de</strong> Contasdo Estado levam exatamente 6 milhões <strong>de</strong> reaisotda receita do Estado.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, enquanto um Deputado Fe<strong>de</strong>ralrecebe o salário bruto <strong>de</strong> 8 mil reais, que com os <strong>de</strong>scontosvai para 4,5 mil reais, <strong>em</strong> Alagoas há Deputa<strong>dos</strong>Estaduais que receb<strong>em</strong> direta ou indiretamenteum salário <strong>de</strong> 40 mil reais. E ainda pe<strong>de</strong>m intervençãono Estado.Mais uma vez venho <strong>de</strong> público hipotecar solidarieda<strong>de</strong>ao Governador Ronaldo Lessa por ter enfrentadoa Ass<strong>em</strong>bléia Legislativa, o Tribunal <strong>de</strong> Contasdo Estado e a Justiça, enfim. É preciso ter civismobrasileiro para acabar com fatos como esse, que oBrasil já não comporta. Do contrário, estar<strong>em</strong>os fada<strong>dos</strong>ao fracasso.Portanto, registro minha posição <strong>em</strong> <strong>de</strong>fesa doGovernador Ronaldo Lessa.O SR. LUIZ SALOMÃO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Ricardo Noronha) - T<strong>em</strong>V Ex 8 a palavra.O SR. LUIZ SALOMÃO (PDT - RJ. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, sras e Srs.Deputa<strong>dos</strong>, registro que estou encaminhando doisprojetos <strong>de</strong> lei que alteram a CLT e o Plano <strong>de</strong> Benefíciosda Previdência.No sentido <strong>de</strong> facilitar a vida daqueles que po<strong>de</strong>mgozar <strong>de</strong> aposentadoria especial, pretendo tornarobrigatória, no momento da rescisão, a entregado documento comprobatório do t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> serviço.O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Ricardo Noronha) - T<strong>em</strong>V Ex 8 a palavra.O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PPB - SP.Pela or<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,sras e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, peço sejam transcritas nosAnais consi<strong>de</strong>rações gerais a respeito da nova estruturado INSS feitas pela APAFISP - Associação Paulista<strong>dos</strong> Fiscais <strong>de</strong> Contribuições Previ<strong>de</strong>nciárias.Preocupa-nos o fato <strong>de</strong> a nova estrutura do·INSS acabar com o atendimento dado a to<strong>dos</strong> os necessita<strong>dos</strong>da Previdência Social, tais como aposenta<strong>dos</strong>e pensionistas, criando a terceirização do atendimento.DOCUMENTO A QUE SE REFERE OORADORA NOVA ESTRUTURA DO INSSConsi<strong>de</strong>rações GeraisNotaAssunto:Reestruturação organizacional doINSSAntece<strong>de</strong>ntesProce<strong>de</strong>ndo-se a um superficial exame no históricodo Sist<strong>em</strong>a Previ<strong>de</strong>nciário Brasileiro, constata-seque o mesmo a partir da década <strong>de</strong> 60, sofreu a cada<strong>de</strong>z anos profundas modificações no seu mo<strong>de</strong>lo organizacional,fruto quase s<strong>em</strong>pre da tentativa <strong>de</strong> sebuscar alternativas para melhor aten<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>sda clientela, ou aos projetos <strong>de</strong> reformas administrativasrealiza<strong>dos</strong> pelo Governo sendo que, noâmbito previ<strong>de</strong>nciário, propugnava-se pela expansãoe universalização <strong>dos</strong> serviços e noutras ocasiõespelo enxugamento da máquina, sobretudo quando doagravamento da crise fiscal <strong>em</strong> nosso País.Nesse contexto, to<strong>dos</strong> os projetos <strong>de</strong> reestruturaçãodo INSS (e <strong>dos</strong> órgãos que o antece<strong>de</strong>ram)s<strong>em</strong>pre foram elabora<strong>dos</strong> no âmbito da própria Autarquia,mediante participação <strong>de</strong> servidores que re-


26932 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999presentavam todas as suas áreas <strong>de</strong> atuação, com opropósito <strong>de</strong> evitar qualquer solução <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong><strong>dos</strong> serviços previ<strong>de</strong>nciários.Seus pressupostos se fundamentavam <strong>em</strong> princípiosvolta<strong>dos</strong> para a melhoria da prestação <strong>dos</strong> serviçose do atendimento ao usuário, a a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong>corrente<strong>de</strong> alterações legais ou reorganização administrativa.encetada pelo Governo. Ou simplesmentepara torná-Ia mais compatível com programas <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnizaçã.oinstitucional realiza<strong>dos</strong> pela própria Entida<strong>de</strong>.Tal preocupação se <strong>em</strong>basava no fato <strong>de</strong> que amudança organizacional traz conseqüências imediatasque vão <strong>de</strong>ste o fluxo <strong>de</strong> papéis e <strong>de</strong> trabalho, alteraçõesnos sist<strong>em</strong>as corporativos (Arrecadação eBenefícios), operacionais (Pessoal, Sicaf etc), mudança<strong>de</strong> codificação das unida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> formulários,<strong>de</strong> competências <strong>dos</strong> órgãos, das atribuições <strong>dos</strong> dirigentese até <strong>dos</strong> critérios <strong>de</strong> vinculação da re<strong>de</strong> bancáriapara fins <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong> benefícios, <strong>de</strong>ntreoutros.Assim, a participação efetiva <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os segmentosno processo permitia, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, o engajamentoe a compreensão das diretrizes norteadorasdo mo<strong>de</strong>lo, além <strong>de</strong> propiciar o exame prévio <strong>de</strong> suasrepercussões, buscando-se alternativas capazes <strong>de</strong>superar dificulda<strong>de</strong>s surgidas no momento da implantação.É <strong>de</strong> se ressaltar que ao Ministério cabia, naqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> órgão supervisor e responsável pela <strong>de</strong>finiçãodas políticas, o exame e a aprovação, <strong>em</strong> primeirainstância, quando se procedia a incorporação<strong>de</strong> sugestões visando seu aperfeiçoamento para posteriorencaminhamento à Presidência da República,por meio do órgão central do Sipec.O Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> 91O cenário <strong>em</strong> que foi elaborado a estrutura <strong>de</strong>1991, completada <strong>em</strong> 92, era bastante adverso, pois<strong>de</strong>corria da Reforma Administrativa efetivada no iníciodo Governo Collor - quando ocorreu a fusão do lapascom o INPS, surgindo o atual INSS, cuja orientaçãopropugnava pelo enxugamento da máquina administrativa,mediante redução linear e drástica <strong>dos</strong>órgãos, das estruturas, <strong>dos</strong> quadros <strong>de</strong> pessoal, estescom <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> 30% da força-<strong>de</strong>-trabalhoin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da natureza <strong>de</strong> cada órgão,por meio da aplicação do instituto da disponibilida<strong>de</strong>.Além disso, havia <strong>de</strong>terminação expressa daentão Sodap no sentido <strong>de</strong> que a Autarquia <strong>de</strong>veriareduzir o número <strong>dos</strong> cargos <strong>de</strong> direção e das chefiasoperacionais <strong>em</strong> 60% do existente, o que implicariano fechamento <strong>de</strong> inúmeras unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atendimento,que, até então, eram <strong>de</strong>finidas segundo o tipo <strong>de</strong>penefício.No âmbito interno, agravava-se o quadro com asituação caótica <strong>em</strong> que se encontrava o então INPS<strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> diversos fatores, a saber:a) <strong>de</strong>sman<strong>dos</strong> administrativos pratica<strong>dos</strong>por dirigentes não pertencentes aosquadros da Instituição;b) forte interferência política negativa<strong>em</strong> to<strong>dos</strong> os níveis da Autarquia, principalmentenas áreas <strong>dos</strong> benefícios e serviçosprevi<strong>de</strong>nciários;c) completa <strong>de</strong>sorganização <strong>dos</strong> serviços,a falta <strong>de</strong> controle, a corrupção, o obsoletismo<strong>dos</strong> Sist<strong>em</strong>as corporativos, as péssimascondições das instalações <strong>dos</strong> postos.Tudo isso <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência da grave crise gerenciaigerada sobretudo pela total falta <strong>de</strong>compromisso do~ dirigentes que, na suagran<strong>de</strong> maioria, n-ão pertencia aos quadrosda Instituição;d) terceirização da concessão <strong>dos</strong> benefíciosrurais para os Representantes Ruraisque também contribuíam para a gran<strong>de</strong>sangria <strong>dos</strong> cofres previ<strong>de</strong>nciários <strong>de</strong>correnteda concessão indiscriminada e ilegal <strong>de</strong>benefícios <strong>de</strong> renda mensal vitalícia e outrosassegura<strong>dos</strong> aos trabalhadores rurais;e) <strong>de</strong>sinteresse governamental <strong>em</strong>profissionalizar e qualificar os quadros <strong>de</strong>pessoal das Autarquias Previ<strong>de</strong>nciárias,principalmente o do então INPS, acarretandogran<strong>de</strong> <strong>de</strong>smotivação e aposentadoria<strong>em</strong> massa, sobretudo <strong>dos</strong> servidores maisexperientes e comprometi<strong>dos</strong> com o seu papei<strong>de</strong> agente público.Diante <strong>de</strong>sse contexto, a alternativa encontradafoi a <strong>de</strong> umatotal ruptura do mo<strong>de</strong>lo vigente edas regras <strong>de</strong> funcionamento, adotando-se comuma das principais medidas a extinção das RepresentaçõesRurais, transferindo-se seus encargospara os Correios mediante a celebração <strong>de</strong> contrato<strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços sob supervisão permanentee sist<strong>em</strong>ática do INSS.Quanto a estrutura, optou-se por um mo<strong>de</strong>lo <strong>em</strong>que os órgãos <strong>de</strong> execução - Gerências e Postospassaram a ser estrutura<strong>dos</strong> por especialistas ou linha<strong>de</strong> atuação, que vigora até hoje, ensejando quese criass<strong>em</strong> as Gerências Regionais <strong>de</strong> Seguro Sociale <strong>de</strong> Arrecadação e Fiscalização, b<strong>em</strong> como, as


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira la 26933Procuradorias Regionais, segundo parâmetros técnicospreviamente estabeleci<strong>dos</strong>;Sobreleva assinalar que as algumas ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> apoio passaram a ser <strong>de</strong>senvolvidas pelas Unida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Atendimento Local, vinculadas diretamente àsDireções Estaduais, centralizando-se totalmente asativida<strong>de</strong>s relativas à gestão <strong>dos</strong> recursos humanos e<strong>de</strong> administração patrimonial nas capitais, relatandotodo o pessoal nos postos, ensejando um aporte <strong>de</strong>servidores <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 20% nas unida<strong>de</strong>s finalísticas.Esse mo<strong>de</strong>lo ensejou uma sensível melhoria do<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho da Linha do Seguro Social, permitindoiniciativa pioneira <strong>em</strong> 93 <strong>em</strong> que passou a ter aferidoo <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>de</strong> suas unida<strong>de</strong>s por fatores <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>e qualida<strong>de</strong>.Isso tornou-se factível pela valorização e estruturaçãoprofissionalizado daquela linha <strong>de</strong> atuação,eis que as chefias passaram a ser preenchidas, s<strong>em</strong>exceção, por servidores do quadro e pelo critério domérito e da competência, submeti<strong>dos</strong> a Programa <strong>de</strong>Treinamento Gerencial, a ex<strong>em</strong>plo do que já ocorrianas áreas <strong>de</strong> Arrecadação e Fiscalização e da Procuradoria,Recursos Humanos, Auditoria.Oportuno consignar que, naquela ocasião, enten<strong>de</strong>uo Ministério inviável a regulamentação <strong>dos</strong> critérios<strong>de</strong> escolha e manutenção das chefias técnicase operacionais.Não obstante, concordando com a proposta doINSS, fez incluir regra no <strong>de</strong>creto"que aprovou a estruturaregimental, estabelecendo que to<strong>dos</strong> os cargosdo Grupo DAS seriam preenchi<strong>dos</strong> por servidoresdo Quadro e, mais tar<strong>de</strong>, no caso <strong>dos</strong> Superinten<strong>de</strong>ntesampliou para a'possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integrar o ServiçoPúblico.Convém registrar que, a partir <strong>de</strong> 1996, essa regrafoi-se tornando letra morta, alegando-se a inexistência<strong>de</strong> lei que restringisse o acesso a esses cargos,consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> <strong>de</strong> livre nomeação e exoneração,situação ainda <strong>em</strong> plena vigência.Por outro lado, também <strong>em</strong> 1992, foi iniciado umverda<strong>de</strong>iro resgate da área do Seguro Social, com umprograma <strong>de</strong> melhoria <strong>dos</strong> postos, <strong>de</strong> informatizaçãoe <strong>de</strong> qualificação mediante treinamento operacionale comportamental <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os servidores ali lota<strong>dos</strong>,on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>ss<strong>em</strong>inou os conceitos do programa <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong>, quebrando-se os paradigmas e a culturainstitucional com a adoção do novo enfoque voltadopara o cliente, razão maior da própria existência daAutarquia.Estabeleceu-se, a pr<strong>em</strong>iação <strong>dos</strong> postos queapresentass<strong>em</strong> os melhores índices <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho,mediante fatores <strong>de</strong> avaliação sist<strong>em</strong>ática.Paralelamente, foi redimensionada a re<strong>de</strong> local<strong>de</strong> atendimento com mudança das áreas <strong>de</strong> abrangências<strong>dos</strong> Postos, implantado o novo Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong>Concessão e Manutenção <strong>dos</strong> Benefícios pela Dataprev,automatizando gran<strong>de</strong> parte <strong>dos</strong> procedimentosoperacionais, aliado à revisão <strong>dos</strong> benefícios <strong>em</strong> manutenção,recadastramento <strong>dos</strong> aposenta<strong>dos</strong> e pensionistas,implantação <strong>de</strong> novas sist<strong>em</strong>áticas <strong>de</strong> concessãoe controle <strong>de</strong> auxílios, <strong>de</strong>ntre outros.Em 1994, também foram realiza<strong>dos</strong> estu<strong>dos</strong> visandouma nova reestrutura do INSS, os quais, porforça da mudança <strong>de</strong> Governo e, logo <strong>em</strong> seguida, doinício da tramitação do Projeto <strong>de</strong> Reforma Previ<strong>de</strong>nciáriaencaminhado ao Congresso Nacional <strong>em</strong> 1995,não tiveram prosseguimento.Da Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Revisão na EstruturaAs constantes alterações procedidas na legislaçãoprevi<strong>de</strong>nciária, com ênfase para a recente EmendaConstitucional n 2 20/99, promulgada após quatroanos <strong>de</strong> tramitação no Congresso Nacional, aliadasao processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização e informatização <strong>em</strong>curso <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 92, já vinham <strong>de</strong>monstrando a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> um rearranjo institucional no INSS.A<strong>de</strong>mais, essa necessida<strong>de</strong> foi fortalecida <strong>em</strong>1998, com a aprovação da Reforma Administrativaque recomenda expressamente a implantação <strong>de</strong>mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> administração gerencial para organizaçõesresponsáveis pelas ativida<strong>de</strong>s exclusivas doEstado, on<strong>de</strong> se enquadra a Entida<strong>de</strong>.Evi<strong>de</strong>ncia-se, assim, como urgente e inadiável aadoção <strong>de</strong> medidas visando as a<strong>de</strong>quações que se fizer<strong>em</strong>necessárias para a concretização <strong>dos</strong> princípiosconsubstancia<strong>dos</strong> no Plano Diretor <strong>de</strong> Reforma doAparelho do Estado, <strong>de</strong>fendido por to<strong>dos</strong> os segmentosda socieda<strong>de</strong> brasileira, que clama, cada vezmais, pela prestação <strong>de</strong> melhores serviços pelo setorpúblico.Entretanto, como se trata da maior organizaçãopública na prestação <strong>de</strong> seguro social da América Latina,merece o exame percuciente e amadurecida discussãodo mo<strong>de</strong>lo a ser adotado, da estratégia <strong>de</strong>ação e das implicações <strong>de</strong>correntes, <strong>de</strong> modo quenão ocorra qualquer repercussão negativa perante osmilhões <strong>de</strong> aposenta<strong>dos</strong> e pensionistas, cuja sobrevivência<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> única e exclusivamente da renda <strong>de</strong>seus proventos.Nesse sentido, é <strong>de</strong> se ressaltar que o mo<strong>de</strong>loatual da estrutura <strong>dos</strong> órgãos <strong>de</strong> execução local- gerênciase postos - <strong>de</strong>ve merecer estudo minucioso,eis que traz a gran<strong>de</strong> vantag<strong>em</strong> <strong>de</strong> permitir que as referidasunida<strong>de</strong>s se <strong>de</strong>diqu<strong>em</strong> exclusivamente à prestação<strong>de</strong> serviços aos segura<strong>dos</strong> e contribuintes.


26934 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Também facilita e agiliza o processo <strong>de</strong>cisório<strong>de</strong>corrente da redução <strong>dos</strong> níveis hierárquicos e daprofissionalização e especialização <strong>dos</strong> servidoresdas linhas, além <strong>de</strong> estar<strong>em</strong> totalmente <strong>de</strong>soneradasdas chamadas ativida<strong>de</strong>s-meio, centralizadas nas direçõesestaduais.Entretanto, acarreta algumas dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntesda falta <strong>de</strong> representação, a nível local, doINSS e, <strong>em</strong> alguns casos do atendimento <strong>em</strong> um únicolocal <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os serviços previ<strong>de</strong>nciários.Outro fundamento para se proce<strong>de</strong>r a focalizadareestruturação refere-se a nova regra inserta naConstituição Fe<strong>de</strong>ral- art. 194, parágrafo único, incisoVII, pela EC nº20 que estabelece a Gestão Quatripartite,ensejando a inclusão na estrutura do INSS <strong>de</strong>um Conselho <strong>de</strong> Administração, como órgão <strong>de</strong>liberativo,integrado por representantes do Governo, <strong>dos</strong>Emprega<strong>dos</strong>, <strong>dos</strong> Empregadores e <strong>dos</strong> Servidores.Estes po<strong>de</strong>riam ser os principais argumentospara que se efetive a reorganização da Autarquia visandoa<strong>de</strong>quar a sua gestão aos novos pressupostoslegais e que envolverá obrigatoriamente a revisão <strong>de</strong>to<strong>dos</strong> os méto<strong>dos</strong> e processos <strong>de</strong> trabalho e os procedimentosoperacionais a fim <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r às novas regraspara a concessão <strong>de</strong> aposentadoria e pensãoaos trabalhadores e seus beneficiários.O novo mo<strong>de</strong>lo propostoA Direção CentralContrariando toda a orientação governamental,o novo mo<strong>de</strong>lo da estrutura da Direção Central foiconcebido mediante a centralização das ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> orientação e assistência à gestão operacional <strong>dos</strong>esta<strong>dos</strong>, com a supressão das SuperintendênciasEstaduais e fortalecimento da estrutura das áreas <strong>de</strong>dicadasas chamadas ativida<strong>de</strong>s-meio, assim consi<strong>de</strong>radastodas aquelas que não se vinculam diretamenteà finalida<strong>de</strong> e missão do INSS. Como ex<strong>em</strong>plo,basta citar o quantitativo <strong>dos</strong> cargos DAS, on<strong>de</strong> seconstata significativo aumento do número <strong>de</strong>sses cargosna Presidência, <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> Colegiado, <strong>em</strong>cerca <strong>de</strong> 60% <strong>em</strong> relação ao quantitativo atual, 105%na Auditoria, <strong>em</strong> contrapartida a Diretoria do SeguroSocial sobre um enxugamento na sua estrutura com aredução <strong>de</strong> 50% do número <strong>de</strong> cargos DAS, conformese verifica <strong>dos</strong> anexos.O mo<strong>de</strong>lo, portanto, propiciará o fortalecimentodo Po<strong>de</strong>r Central quando extingue as atuais SuperintendênciasEstaduais e vincula diretamente à Direçãodo Órgão, <strong>em</strong> Brasília, as novas Gerências Executivas,<strong>em</strong> um total <strong>de</strong> ao, comprometendq.a finalida<strong>de</strong><strong>dos</strong> órgãos centrais, pois <strong>de</strong>verão assumir, além dasativida<strong>de</strong>s específicas, a responsabilida<strong>de</strong> pela orientaçãoe assistência permanente, direta e operacionalàquelas unida<strong>de</strong>s executivas.Outra distorção se comprova pela criação <strong>de</strong> umórgão responsável, <strong>de</strong>ntre outras competências, pelaaprovação <strong>de</strong> Plano Diretor <strong>de</strong> Tecnologia e Informaçãodo MPAS e da Dataprev, <strong>de</strong>finindo as respectivasdiretrizes, b<strong>em</strong> como, coor<strong>de</strong>nando e supervisionandoas suas ativida<strong>de</strong>s. E mais, esse Órgão também<strong>de</strong>verá apreciar e aprovar a aquisição <strong>de</strong> equipamentos,sist<strong>em</strong>as e serviços <strong>de</strong> Informática a ser<strong>em</strong> utiliza<strong>dos</strong>pelo MPAS e Dataprev.Trata-se <strong>de</strong> um lamentável equívoco'<strong>dos</strong> formuladoresdo projeto, uma vez que:a) interfere na autonomia legal do Ministérioe da Dataprev;b) inverte o papel do Ministério <strong>de</strong> órgãosupervisor, a qu<strong>em</strong> compete <strong>de</strong>finir asdiretrizes e políticas a ser<strong>em</strong> impl<strong>em</strong>entadaspelo INSS, b<strong>em</strong> como supervisionar suasativida<strong>de</strong>s principalmente no que diz respeitoa resulta<strong>dos</strong> alcança<strong>dos</strong>;c) distorce a própria missão institucionale os objetivos previstos na legislaçãoque criou a Autarquia.Entretanto, os responsáveis pelo trabalho <strong>de</strong>reestruturação alegam como principal argumentopara a aprovação da paquidérmica estrutura da DireçãoCentral o fato <strong>de</strong> que, ao final, o custo da estruturacomo um todo se manterá inalterado, na tentativa<strong>de</strong> justificar e aprovar um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> rearranjoorganizacional totalmente equivocado.As Superintendências Regionais - seu novo papelO organograma divulgado mostra que, ao contráriodo que preconiza o Plano Diretor <strong>de</strong> Reforma doAparelho do Estado, t<strong>em</strong> um forte caráter burocrático,visto que busca fortalecer, como ressaltado anteriormente,o Po<strong>de</strong>r Central mediante a vinculação diretadas Gerências Executivas à Direção Geral do INSS,<strong>em</strong> Brasília, face o total alijamento das atuais SuperintendênciasEstaduais, reduzidas a 10 e regionalizadas(por critérios não divulga<strong>dos</strong>), as quais passarãoa exercer o papel <strong>de</strong> simples assessoria do ÓrgãoCentral.Serão, portanto, meras repassadoras <strong>de</strong> informaçõesinstitucionais e <strong>de</strong> acompanhamento <strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong>,s<strong>em</strong> qualquer intervenção, reproduções domo<strong>de</strong>lo das atuais Superintendências, com pequenasalterações.O cumprimento efetivo da missão do INSS estaráa cargo das 800 Agências da Previdência Social(que passarao a ter a <strong>de</strong>nominação da década c;fe 60)e das 150 Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Atendimento Avançado da


Junho <strong>de</strong> 1999DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS.Previdência Social, as quais terão, na prática comoprincipal alteração a unificação do comando e a possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> atendimento <strong>em</strong> todas elas, indistintamente,<strong>dos</strong> contribuintes e segura<strong>dos</strong>. Paradoxalmente,reduz-se <strong>de</strong> forma drástica, ou seja <strong>em</strong> cerca<strong>de</strong> 50%, as funções relativas aos encargos <strong>de</strong> supervisãoe chefias operacionais para permitir a criação<strong>de</strong> DAS <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> as Gerências, Agências e Unida<strong>de</strong>s-Meio.Portanto, para dar suporte ao mesmo número<strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> execução cria-se uma gigantesca estrutura-meio,trazendo como único argumento o fato<strong>de</strong> que não se gastará um centavo a mais. A prevalecero mo<strong>de</strong>lo proposto, ganha a burocracia que alar<strong>de</strong>andoa implantação <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo gerencial buscafortalecer o statu quo do Po<strong>de</strong>r Central e reduz <strong>em</strong>mais <strong>de</strong> 60% a área mais importante da Autarquia, ado Seguro Social.Finalmente, cabe pon<strong>de</strong>rar que os GerentesExecutivos, hoje preocupa<strong>dos</strong> com as ativida<strong>de</strong>s fina­Iísticas serão compeli<strong>dos</strong> a <strong>de</strong>dicar gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>seu t<strong>em</strong>po às múltiplas ativida<strong>de</strong>s relacionadas compessoal, serviços gerais, material, orçamento, <strong>de</strong>ntreoutras.Da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reexame do projetoA reestruturação do INSS é uma necessida<strong>de</strong>para permitir sua a<strong>de</strong>quação às regras dimanadas daReforma Previ<strong>de</strong>nciária efetivada pela EC n 2 20/99 ea <strong>de</strong>manda <strong>dos</strong> seus clientes - contribuintes e segura<strong>dos</strong>,b<strong>em</strong> como propiciar melhores condições <strong>de</strong>funcionamento e <strong>de</strong> trabalhos aos servidores responsáveispelas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> execução.Entretanto, <strong>de</strong>verá aten<strong>de</strong>r a alguns pressupostosa fim <strong>de</strong> que não haja comprometimento <strong>de</strong> suaatuação, buscando-se compatibilizar a <strong>de</strong>scentralização<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s-meio e a unificação das unida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> ponta com a indispensável agilida<strong>de</strong> datomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão, levando-se a sugerir uma completa revisãodo mo<strong>de</strong>lo proposto, consi<strong>de</strong>rando, <strong>de</strong>ntre outros:a) o esvaziamento das Superintendências<strong>de</strong>mandará a concentração <strong>em</strong> Brasíliadas atuais ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> supervisão, controlee orientação técnica das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>execução;b) a expansão <strong>de</strong>snecessária <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>sresponsáveis pelas ativida<strong>de</strong>s-meio,po<strong>de</strong>ndo prejudicar o <strong>de</strong>senvolvimento dasativida<strong>de</strong>s finalísticas, inclusive o nivel <strong>de</strong>resolubilida<strong>de</strong> e a agilida<strong>de</strong> do atendimentoda clientela previ<strong>de</strong>nciária;c) a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> proliferação dopreenchimento <strong>dos</strong> cargos DAS das unida-Quinta-écira 10 26935<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scentralizadas s<strong>em</strong> observância <strong>de</strong>requisitos técnicos, pela inexistência <strong>de</strong> dispositivolegal que restrinja a ocupação <strong>de</strong>s~ses cargos por aqueles critérios;d) o prejuízo das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> normatizaçãoe supervisão próprias cios órgãos daDireção Central pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior<strong>de</strong>dicação àquelas voltadas para a orientaçãotécnica às gerências executivas, hoje acargo das Direções Estaduais;e) a redução drástica da estrutura <strong>dos</strong>órgãos da área do Seguro Social na DireçãoCentral, b<strong>em</strong> como, <strong>de</strong> outras áreas com característicasestratégicas na consecução<strong>dos</strong> objetivos institucionais, como por ex<strong>em</strong>plo,Recursos Humanos;f) o corte <strong>de</strong> significativo número <strong>de</strong>funções <strong>de</strong> supervisão nas Agências e Postos(estes últimos, agora <strong>de</strong>nomina<strong>dos</strong> <strong>de</strong>Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Atendimento Avançado);g) a distorção e falta <strong>de</strong> transparênciana elaboração <strong>dos</strong> critérios para <strong>de</strong>finiçãoda localização das Superintendências Regionaise <strong>de</strong>mais unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scentralizadas;h) o equívoco <strong>de</strong>corrente da inserçãoda Dataprev e do MPAS no processo interno<strong>de</strong> gestão da Autarquia;i) a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> pessoalda linha finalística para executar ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> apoio operacional.Nesse sentido, po<strong>de</strong>r-se-ia sugerir o reexameda proposta para que, <strong>de</strong>ntre outras modificações,venha a ser evitada a concentração <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res naDireção Central, prática abolida há mais <strong>de</strong> três décadasno âmbito da Previdência Social, diante daexpectativa <strong>de</strong> se extinguir as SuperintendênciasEstaduais e da melhoria efetiva do mo<strong>de</strong>lo <strong>dos</strong> órgãos<strong>de</strong> ponta, b<strong>em</strong> como da implantação efetiva dagestão quadripartite do INSS e da concentração,nas capitais, das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> administração (recursoshumanos, logística e tecnologia <strong>de</strong> informação)<strong>em</strong> uma única Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gestão Administrativa.O SR. MARCONDES GADELHA - Sr. Presi~<strong>de</strong>nte, peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Ricardo Noronha) - T<strong>em</strong>V. Ex a a palavra.O SR. MARCONDES GADELHA (PFL ~ PB.Pela or<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,Sr's e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, estou encaminhando à Mesaprojeto <strong>de</strong> lei que cria o Parque Nacional do Vale <strong>dos</strong>Dinossauros nos Municípios <strong>de</strong> Sousa e São João doRio do Peixe, no Estado da Paraíba.


26936 Quinta--feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999o SR. ALOíZIO SANTOS - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Ricardo Noronha) - T<strong>em</strong>V. Exa a palavra.O SR. A~oíZIO SANTOS (PSDB - ES. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, querocomunicar à Casa que estou apresentando projeto <strong>de</strong>lei que estabelece alíquota máxima e normas gerais<strong>em</strong> relação ao Imposto sobre Serviços <strong>de</strong> QualquerNatureza.É só o que tenho a dizer.O SR. PRESIDENTE (Ricardo Noronha) - Concedoa palavra pela or<strong>de</strong>m ao Deputado Evilásio Farias.O SR. EVILÁSIO FARIAS (Bloco/PSB - SP.Pela or<strong>de</strong>m.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, SrtJs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,venho novamente a esta tribuna para falar sobret<strong>em</strong>a <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância. E gostaria que assimtambém enten<strong>de</strong>sse o Chefe do Executivo Fe<strong>de</strong>ral.Refiro-me, indignado, ao que consi<strong>de</strong>ro a maior chagado PaIs: a sonegação, que grassa por toda parte.Certo dia li um artigo do Sr. Everardo Maciel, publicado<strong>em</strong> jornal <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> circulação nacional, noqual o autor tacitamente afirmava que o PaIs per<strong>de</strong>por ano nada mais, nada menos do que 825 bilhões<strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência da sonegação. Sr. Presi<strong>de</strong>nte, essevalor é quase igual ao Produto Interno Bruto brasileiroanual!O que nos <strong>de</strong>ixa estarrecido é que o mais diflcilé levantar o diagnóstico, esse cidadão o faz. Depoisdo diagnóstico estabelecido, fica mais fácil aplicar otratamento. E não se po<strong>de</strong> fazer justiça social nestePaIs, o que é um reclamo geral, s<strong>em</strong> justiça <strong>em</strong> relaçãoaos impostos.Quero fazer referência a um outro artigo veiculadono último dia 27 <strong>de</strong> maio, <strong>de</strong> autoria do DeputadoMarcos Cintra, que faz comentário corroborado peloúltimo discurso que ouvi no Gran<strong>de</strong> Expediente, o doDeputado Bispo Rodrigues, que também, com indignação,menciona os Indices <strong>de</strong> sonegação do PaIs.Cita o Deputado Marcos Cintra no seu artigo:Das 530 <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> maior faturamentono Brasil, meta<strong>de</strong> não paga Imposto<strong>de</strong> Renda; <strong>dos</strong> 66 bancos maiores do Brasil,mais da meta<strong>de</strong>, quase 60%, não pagaramum centavo <strong>de</strong> Imposto <strong>de</strong> Renda.Aliás, esse segmento, que s<strong>em</strong>pre foi privilegiado,cada vez <strong>em</strong>prega menos e lucra cada vez mais.Um levantamento indica que, <strong>dos</strong> 100 maiorescontribuintes da CPMF neste PaIs, 50 nunca recolheramum centavo <strong>de</strong> Imposto <strong>de</strong> Renda. Então, a legislaçãoestá aI, mas precisa ser mudada, porque é cruelpara com a categoria assalariada e complacente comos po<strong>de</strong>rososE eu trago aqui alguns números para fazer comparações:o assalariado <strong>de</strong> classe média no PaIspaga duas vezes mais Imposto <strong>de</strong> Renda do que oassalariado com as mesmas condiçOes nos Esta<strong>dos</strong>Uni<strong>dos</strong>, quatro vezes mais que o do Japão e quinzevezes mais do que o assalariado da mesma faixa daArgentina, paIs vizinho nosso.A forma <strong>de</strong> recolher imposto no PaIs precisa sermudada. O imposto <strong>de</strong>claratório precisa ser mudadoporque propicia a sonegação. É preciso adotar o mo<strong>de</strong>lonão-<strong>de</strong>claratório ou a cobrança compulsória,para que haja maior justiça, menor sonegação e aumentoda arrecadação.Era este o meu pronunciamento.Agra<strong>de</strong>ço a V. Ex 8 a tolerância, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.O SR. PRESIDENTE (Ricardo Noronha) - Concedoa palavra, pela or<strong>de</strong>m, ao nobre Deputado RicardoMaranhão.O SR. RICARDO MARANHÃO (PSB - RJ. Pelaor<strong>de</strong>m. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,SrtJs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, o Sindicato Nacionaldas Entida<strong>de</strong>s Fechadas <strong>de</strong> Previdência Privada ­SINDAPP, lançou <strong>em</strong> Brasllia o Código <strong>de</strong> Ética <strong>dos</strong>Fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Pensão, que, elaborado por comissão <strong>de</strong>alto nlvel, veio preencher antiga reivindicação tantodas fundações quanto <strong>de</strong> seus participantes.Um código <strong>de</strong> ética mo<strong>de</strong>rno e atualizado é importanteinstrumento <strong>de</strong> ação, capaz <strong>de</strong> garantir a lisurae a transparência das açOes <strong>de</strong> homens e <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s.Não se podia mais admitir que instituiçOescomo os fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensão, que têm importância históricae gerenciam bilhões <strong>de</strong> reais - patrimOnio <strong>de</strong>mais <strong>de</strong> dois milhões <strong>de</strong> trabalhadores brasileiros ­não contass<strong>em</strong> com o apoio <strong>de</strong> instrumento <strong>de</strong> trabalho<strong>de</strong> tal magnitu<strong>de</strong>.O novo código é importante porque a ética<strong>de</strong>ve orientar o comportamento humano. Nada po<strong>de</strong>ser feito fora da moral e da ética; nada é válido senão estiver assentado sobre os alicerces da honestida<strong>de</strong>e da retidão, virtu<strong>de</strong>s que a moral e a éticaabrang<strong>em</strong>.A relevância do código elaborado pelo Sindappé ainda maior dado o diflcil por que passa o PaIs,quando tão séria quanto a crise econOmica é a cris<strong>em</strong>oral, crise para a qual algumas pessoas fecham osolhos, enquanto o dinheiro público é usado para socorrerbancos e banqueiros inescrupulosos, para citarmosapenas um único e trágico ex<strong>em</strong>plo.Em relação aos fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensão, os probl<strong>em</strong>astambém são antigos, <strong>em</strong>bora não faça tanto t<strong>em</strong>-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26937po assim que as fundações eram obrigadas a comprarmoedas podres, <strong>em</strong>itidas pelos pod~rosos <strong>de</strong>plantão, ou então a associar<strong>em</strong>-se a amigos <strong>de</strong>ss.esmesmos po<strong>de</strong>rosos, <strong>em</strong> investimentos s<strong>em</strong> viabilida<strong>de</strong>,inexplicáveis,que "acabavam s<strong>em</strong>pre gerandogran<strong>de</strong>s prejufzos para os trabalhadores.Os escandalos do chamado "Esqu<strong>em</strong>a PP"aconteceram no Governo Collor. A tentativa <strong>de</strong> <strong>em</strong>purrarpapéis podres para os fun<strong>dos</strong> são do perlodono qual o Senhor Fernando Henrique Car<strong>dos</strong>o já eraMinistro da Fazenda.Agora, preocupado com as crescentes <strong>de</strong>spesascom as aposentadorias e as pensões <strong>dos</strong> servidorespúblicos, o Governo anuncia planos para criarfun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensão que atendam aos servidores <strong>dos</strong>diversos Po<strong>de</strong>res, <strong>em</strong> ambito fe<strong>de</strong>ral, estadual e municipal- uma idéia magnffica, muito <strong>de</strong>fendida porinstituições como o próprio Sindapp; todavia, precisaser estudada com atenção e cautela.Os fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensão não têm apenas a nobr<strong>em</strong>issão <strong>de</strong> garantir a seus participantes aposentadoriase pensões dignas, mantendo no mercado consumidorhomens e mulheres da terceira ida<strong>de</strong>. Só essamissão já lhes garantiria um lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque na potrticasocial do Pafs. No entanto, eles são muito maisdo que isso. Como precisam investir com segurançapara garantir suas obrigações futuras, os fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong>·pensão são, <strong>em</strong> todo o mundo, os gran<strong>de</strong>s impulsionadoresdo progresso e do <strong>de</strong>senvolvimento econômico.São eles responsáveis pela geração <strong>de</strong> <strong>em</strong>prego,pela maior arrecadação tributária e por mais justadivi~ão <strong>de</strong> renda.Os enermes fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensão do funcionalismopúblico que serão cria<strong>dos</strong> funcionarão como po<strong>de</strong>rosoinstrumento <strong>de</strong> poupança e banco <strong>de</strong> fomento parao progresso do Pafs. Mas, se não houver cautela eética, essa (gran<strong>de</strong> idéia po<strong>de</strong>rá acabar como maisuma dor <strong>de</strong>)cabeça para os já sofri<strong>dos</strong> servidores públicos.Eles só terão sentido e só terão êxito se funcionar<strong>em</strong>livres das injunções governamentai!:?, livres<strong>dos</strong> interesses polftico-partidários. Sua existência <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá.exclusivamenteda capacida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> própriosfuncionários <strong>de</strong> geri-los e fiscalizá-los. Se não for<strong>em</strong>transparentes, claros, visfveis por to<strong>dos</strong>, vão acabarcomo alguns institutos <strong>de</strong> previdência estaduais: gerandorecursos para ser<strong>em</strong> <strong>de</strong>sperdiça<strong>dos</strong> nas célebrese ilegais caixas únicas que os Governos mantêmao arrepio da lei.Para os futuros fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensão do funcionalismoe para os mais <strong>de</strong> trezentos já existentes noPafs - um número muito pequeno e muito aquémdas necessida<strong>de</strong>s nacionais, quando l<strong>em</strong>bramosque, só nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, exist<strong>em</strong> mais <strong>de</strong> 700 milfun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensão-, para esses Fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Pen;;ão,os existentes e os futuros, repito, que já lutam por novasconquistas, por mais liberda<strong>de</strong>, pelo fim das injunçõespotrticas, o Código <strong>de</strong> Ética veio <strong>em</strong> boa hora;veio para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o dirigente que faz ·da ética e damoral a razão <strong>de</strong> ser <strong>de</strong> sua ação, para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r esalvaguardar a aposentadoria digna e a pensão honestado sofrido trabalhador brasileiro.Ao estabelecer normas <strong>de</strong> comportamento paraos gestores <strong>dos</strong> fun<strong>dos</strong>, o Código <strong>de</strong> Ética dá, a to<strong>dos</strong>eles, po<strong>de</strong>res para não mais se ren<strong>de</strong>r à imposiçõesabsurdas ou ilegais; ou seja, os <strong>de</strong>veres éticos dogestor compreen<strong>de</strong>m a concretização <strong>dos</strong> direitos einteresses legftimos <strong>de</strong> participantes e beneficiários,mercê da condução ética da entida<strong>de</strong> previ<strong>de</strong>nciária,objetivando a otimização <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong>.O Código <strong>de</strong> Ética chega no exato momento <strong>em</strong>que o Governo procura IT\odificar a Lei n 2 6.435/77,que criou os Fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Pensão e que hoje, muitosanos <strong>de</strong>pois, está realmente precisando mo<strong>de</strong>rnizar-se,mas necessita <strong>de</strong> atuàlização, e não <strong>de</strong> revogação.Chega no momento exato. S<strong>em</strong> um Código <strong>de</strong>Ética mo<strong>de</strong>rno, atual e eficiente como esse criadopelo Sindapp, nenhuma <strong>de</strong>ssas propostas terá sucesso.É oportuno salientar, também, que esta Casaestá atenta a questões <strong>de</strong> natureza ética que po<strong>de</strong>mprejudicar a sua imag<strong>em</strong> perante a opinião pública. A<strong>de</strong>monstração mais eloqüente <strong>de</strong>ssa nova postura foia <strong>de</strong>cisão rápida e corajosa <strong>de</strong> excluir, recent<strong>em</strong>ente,um <strong>dos</strong> seus m<strong>em</strong>bros pelo <strong>de</strong>scumprimento <strong>dos</strong> procedimentoséticos a que todo cidadão está submetido.Os três projetos <strong>de</strong> lei compl<strong>em</strong>entar encaminha<strong>dos</strong>à Camara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> pelo Executivo,<strong>em</strong>bora apresent<strong>em</strong> aspectos mo<strong>de</strong>rnizantes, tambémcontêm gritantes falhas, cabendo a nós, repre­Sentantes do povo, corrigi-Ias; entre outras iniciativas,precisamos sanar a ausência da exigência <strong>de</strong> um Código<strong>de</strong> Ética pela nova Agência prevista como órgãoregulador e fiscalizador das entida<strong>de</strong>s fechadas <strong>de</strong>previdência privada.Cabe a esta Casa, por ocasião do exame a queserão submeti<strong>dos</strong> os aludi<strong>dos</strong> projetos <strong>de</strong> lei compl<strong>em</strong>entar,recomendar que o Código <strong>de</strong> Ética elaboradopelo Sindapp seja <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já aprovado pela Secretaria<strong>de</strong> Previdência Compl<strong>em</strong>entar e aplicado às entida<strong>de</strong>ssob a sua supervisão e controle. É a maneiramais fácil e eficiente que o Po<strong>de</strong>r Executivo t<strong>em</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>monstrar Iimpidamente que comunga das mesmaspreocupações do Sindicato Nacional das Entida<strong>de</strong>sFechadas <strong>de</strong> Previdência Privada e que não mais


26938 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999pressionará as entida<strong>de</strong>s do sist<strong>em</strong>a para cont<strong>em</strong>plaros amigos e correligionários do po<strong>de</strong>r.Encerro este pronunciamento cumprimentandoo Sindapp pelo gran<strong>de</strong> passo <strong>em</strong> direção ao futuroque a instituição acaba <strong>de</strong> dar. Que o ex<strong>em</strong>plo <strong>dos</strong>fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensão brasileiros frutifique e que seu sindicatopossa continuar assim, firme e atuante <strong>em</strong> <strong>de</strong>fesadas fundações e <strong>de</strong> seus únicos e legítimos donos,os trabalhadores brasileiros.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, realmente está <strong>de</strong> parabéns oSindicato Nacional das Entida<strong>de</strong>s Fechadas <strong>de</strong> PrevidênciaPrivada pela elaboração <strong>de</strong>sse Código <strong>de</strong>Ética, que permitirá que no Brasil os fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensão,que hoje já ostentam o patrimônio <strong>de</strong> 90 bilhões<strong>de</strong> reais, venham a representar, <strong>em</strong> 2010, cerca<strong>de</strong> 400 bilhões <strong>de</strong> dólares, <strong>de</strong> acordo com as previsõesdo Sist<strong>em</strong>a Brasileiro <strong>de</strong> Previdência PrivadaFechada. Tenho certeza <strong>de</strong> que o Sr. Relator doPLP n 2 8, Deputado Manoel Castro, aproveitaráesse Código <strong>de</strong> Ética elaborado pela Sindapp na legislaçãoque está sendo elaborada para disciplinaros fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensão no Brasil.O Sr. Ricardo Noronha, § 2 f2 do artigo18 do Regimento Interno, <strong>de</strong>ixa a ca<strong>de</strong>ira dapresidência que é ocupada pelo Sr. MichelT<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Comovamos ter votação <strong>de</strong> <strong>em</strong>enda à Constituição, vamosaguardar o quorum <strong>de</strong> 308 Srs. Deputa<strong>dos</strong>. Estar<strong>em</strong>osdando continuida<strong>de</strong> à apreciação da proposta <strong>de</strong><strong>em</strong>enda à Constituição que cria o Ministério da Defesa.O SR. WALDEMIR MOKA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V. Ex 8 a palavra.O SR. WALDEMIR MOKA (PMDB - MS. Pelaor<strong>de</strong>m. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,sra s e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, quero inicialmente justificar-me.Fui chamado anteriormente, mas me encontravaexatamente na CPI do Narcotráfico. Aliás, éo assunto que quero comentar, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.Falar do avanço do narcotráfico no País nosdias <strong>de</strong> hoje talvez não cause tanta surpresa n<strong>em</strong> t<strong>em</strong>oràs pessoas. Mas é meu <strong>de</strong>ver, como cidadão,como hom<strong>em</strong> público e sobretudo como pai <strong>de</strong> família,tentar, juntamente com os <strong>de</strong>mais colegas <strong>de</strong>staCasa, encontrar meios que possam auxiliar as autorida<strong>de</strong>sbrasileiras e internacionais a combater o crimeorganizado, cuja ação v<strong>em</strong> corroendo a socieda<strong>de</strong> aolongo <strong>dos</strong> anos, <strong>de</strong>struindo fam í1ias e ceifando vidas.Para ilustrar a minha fala, cito da<strong>dos</strong> do Ministérioda Saú<strong>de</strong> que mostram que só <strong>em</strong> 1995 as internaçõeshospitalares provocadas pelo uso <strong>de</strong> drogaslícitas e ilícitas, incluindo álcool e tabaco, alcançaram30,3% do total <strong>de</strong> internações por probl<strong>em</strong>as mentais,representando gastos superiores a 113 milhões <strong>de</strong>dólares e consumindo parcela consi<strong>de</strong>rável <strong>dos</strong> 3,2bilhões pagos pelo INSS mensalmente na forma <strong>de</strong>benefícios, entre os quais aqueles consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong>como auxílio-doença, incluindo-se aí os segura<strong>dos</strong>afasta<strong>dos</strong> do trabalho por causa do alcoolismo e doconsumo <strong>de</strong> drogas.O Brasil, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Srs. Deputa<strong>dos</strong>, sofr<strong>em</strong>uito por servir <strong>de</strong> entreposto do narcotráfico internacional.Sofre mais ainda o meu estado, o Mato Grossodo Sul, ligado à Bolívia e ao Paraguai, dois países tradicionalmentereconheci<strong>dos</strong> como fornecedores <strong>de</strong>drogas e <strong>de</strong> armas, b<strong>em</strong> como receptadores <strong>de</strong> milhares<strong>de</strong> carros anualmente rouba<strong>dos</strong> no Brasil e transforma<strong>dos</strong><strong>em</strong> moeda <strong>de</strong>··troca para a aquisição <strong>dos</strong>dois produtos clan<strong>de</strong>stinos. E o Pantanal do MatoGrosso do Sul- nosso belo, querido e admirado Pantanal-infelizmente t<strong>em</strong> sido usado por quadrilhas especializadasno tráfico <strong>de</strong> drogas.Faço este alerta porque os traficantes constro<strong>em</strong>pistas <strong>de</strong> pouso e <strong>de</strong>colag<strong>em</strong> para aviões <strong>de</strong> pequenoe médio porte <strong>em</strong> áreas ainda intocadas pelohom<strong>em</strong>, facilitando o transporte da droga e dificultandoa fiscalização da Polícia Fe<strong>de</strong>ral.Por isso, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,<strong>de</strong>fendo a participação das Forças Armadas (Marinha,Exército e Aeronáutica) na i<strong>de</strong>ntificação e <strong>de</strong>struição<strong>de</strong>ssas pistas no Pantanal, que são muitas eestão distribuídas <strong>em</strong> vários pontos da região.Quero com isso sugerir a formação <strong>de</strong> uma força-tarefano Mato Grosso do Sul s<strong>em</strong>elhante à queestá sendo <strong>de</strong>senvolvida com sucesso no EspíritoSanto, on<strong>de</strong> as Polícias Fe<strong>de</strong>ral, Civil e Militar uniram-seàs Forças Armadas para combater o contrabando<strong>de</strong> armas e drogas.É bom esclarecer, contudo, que o trabalho daPolícia Fe<strong>de</strong>ral <strong>em</strong> Mato Grosso do Sul é brilhantesob to<strong>dos</strong> os aspectos. Urge, pois, que o Governo Fe<strong>de</strong>raldote a Superintendência da Polícia Fe<strong>de</strong>ral nomeu estado <strong>de</strong> infra-estrutura correspon<strong>de</strong>nte ao tamanhodo <strong>de</strong>safio que enfrenta no combate ao narcotráficoe ao contrabando <strong>de</strong> armas. Agindo com osmingua<strong>dos</strong> recursos <strong>de</strong> que dispõe, superando as <strong>de</strong>ficiências<strong>em</strong> armas, estrutura <strong>de</strong> comunicação e <strong>de</strong>transporte com que se <strong>de</strong>fronta in<strong>de</strong>finidamente, aPolícia Fe<strong>de</strong>ral t<strong>em</strong> cumprido firm<strong>em</strong>ente a missãoque lhe foi atribuída pela Constituição brasileira.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26939.Abro um parêntese,: amtes <strong>de</strong> concluir minha exposição,para <strong>de</strong>stacar os trabalhos incansáveis quevêm sendo <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> pela CPI do Narcotráfico,principalmente pelo Presi<strong>de</strong>nte, Magno Malta, e peloRelator, Moroni Torgan, cujas investigações têm contribuí<strong>dos</strong>obr<strong>em</strong>aneira para que as autorida<strong>de</strong>s brasileirase internacionais tenham condições <strong>de</strong> localizare <strong>de</strong>smontar quadrilhas <strong>de</strong> malfeitores.Senhor Presi<strong>de</strong>nte, sra s e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, nãovejo outr~ saída senão a <strong>de</strong> formar a chamada força-tarefapara o b<strong>em</strong> do Mato Grosso do Sul, do Brasile <strong>de</strong> todo o mundo. A eficácia da repressão ao tráfico<strong>de</strong> drogas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> fundamentalmente da união <strong>de</strong>ssasforças.É o que tenho a dizer.O SR. VIVALDO BARBOSA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Ex a a palavra.O SR. VIVALDO BARBOSA (PDT - RJ. Pelaor<strong>de</strong>m.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, queria encarecer a V. Ex a afixação <strong>de</strong> uma orientação a respeito do acesso aoplenário <strong>de</strong> <strong>de</strong>legações visitantes à Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>.Não é datradição do Parlamento brasileiro, n<strong>em</strong><strong>de</strong> qualquer Parlamento do mundo, <strong>de</strong>legaçõesa<strong>de</strong>ntrar<strong>em</strong> o plenário. Aqui t<strong>em</strong>os assistido a essaocorrência mesmo <strong>em</strong> sessões ordinárias.É necessário que se fixe uma orientação nãoapenas às pessoas que guardam a entrada do plenárioe aos que fiscali~am a presença <strong>de</strong> pessoas aqui,mas até aos Srs. Parlamentares, que às vezes conduz<strong>em</strong><strong>de</strong>legações ou até as levam à Mesa dirigente'quando <strong>em</strong> curso os trabalhos, o que não é da tradição<strong>de</strong> qualquer Parlamento, muito menos <strong>de</strong>ste.Nas visitas que faz<strong>em</strong>os a qualquer P8rlamentodo mundo não t<strong>em</strong>os acesso ao plenário <strong>em</strong> circunstânciascomo:esta. A Casa do povo brasileiro merecerespeito. É evi<strong>de</strong>nte que to<strong>dos</strong> os visitantes são muitob<strong>em</strong>-vin<strong>dos</strong>, mas que se coloqu<strong>em</strong> no lugar próprio,respeitando o trabalho do Plenário. Encareceria a orientação<strong>de</strong> V. Ex ll a respeito.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Pois não.Levarei a preocupação <strong>de</strong> V. Ex 8 à próxima reuniãoda Mesa Diretora, exatamente para fixarmos uma orientação<strong>de</strong>finitiva sobre esse t<strong>em</strong>a.O SR. VIVALDO BARBOSA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Concedoa palavra, para breve comunicação, ao Sr. DeputadoVivaldo Barbosa.O SR. VIVALDO BARBOSA (PDT - RJ. Pelaor<strong>de</strong>m.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, sra s e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, hojea Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> foi brindada com aPresençae com a palestra <strong>de</strong> Celso Furtado. Esse gran<strong>de</strong>brasileiro,-'economista notável, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za nacionale internacional, visitou esta Casa e fez uma palestrana Comissão <strong>de</strong> Economia. Quero parabenizar o Presi<strong>de</strong>nteda referida Comissão, Deputado Aloizio Mercadante,por brindar a Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> com apresença e, mais do que isso, com a palestra <strong>de</strong> CelsoFurtado.Tiv<strong>em</strong>os não apenas o encantamento permanente<strong>de</strong> ouvir Celso Furtado, não apenas o <strong>de</strong>slumbramentopermanente <strong>de</strong> tomar contato com as idéias<strong>de</strong> Celso Furtado, mas, acima <strong>de</strong> tudo, o privilégio<strong>de</strong> ter contato com sua luci<strong>de</strong>z, com a clareza <strong>de</strong> suaanálise da situação do Brasil <strong>de</strong> hoje e com a visãoque ele recomenda para o futuro.Senhor Presi<strong>de</strong>nte, to<strong>dos</strong> nós, da Oposição, po<strong>de</strong>mosdizer que t<strong>em</strong>os respaldo na figura <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za,na cultura e na inteligência <strong>de</strong> Celso Furtado, porqueo quadro da vida brasileira <strong>de</strong> nosso t<strong>em</strong>po, a políticaeconômica que o Brasil segue e o mo<strong>de</strong>lo econômicoao qual este Governo está submetido mereceram<strong>de</strong> Celso Furtado as mesmas críticas e análisesque t<strong>em</strong>os feito nas diversas trincheiras <strong>de</strong> nossosparti<strong>dos</strong> políticos, neste plenário, nas praças públicase nas manifestações que organizamos.E também, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Deputadas e Deputa<strong>dos</strong>,<strong>de</strong>v<strong>em</strong>os registrar, com incontido orgulho, quehoje Celso Furtado nos brindou com as recomendações,os projetos e sonhos que t<strong>em</strong>os para o Brasilsair da crise, falando na mesma linha, no mesmo tom,no mesmo caminho. Celso Furtado, com seu reconhecimento,na sua gran<strong>de</strong>za, e, especialmente, nasua história, na sua biografia <strong>de</strong> hom<strong>em</strong> público sério,conseqüente, competente e responsável com os <strong>de</strong>stinosdo povo e da Nação brasileira, faz as mesmasrecomendações e análise que faz<strong>em</strong>os e cultiva osmesmq, sonhos que nós, da Oposição, cultuamos. Acon<strong>de</strong>nação do atual mo<strong>de</strong>lo econômico e a <strong>de</strong>sesperança<strong>de</strong> ver esta política econômica fazer qualquerb<strong>em</strong> ao Brasil e ao povo brasileiro que CelsoFurtado t<strong>em</strong> é a mesma <strong>de</strong>scrença, a mesma <strong>de</strong>sesperançasobre a qual to<strong>dos</strong> nós, da Oposição, estamos<strong>de</strong>batendo há t<strong>em</strong>pos. Se tivéss<strong>em</strong>os continuadoaqueles caminhos que Celso Furtado no passadopreconizou e ajudou a abrir para o Brasil e para opovo brasileiro, nós estaríamos <strong>em</strong> instantes muitomais felizes que os que viv<strong>em</strong>os agora.Senhor Presi<strong>de</strong>nte, Sr as e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, juntocom Celso Furtado, e ao seu lado, estamos aben·


26940 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999çoa<strong>dos</strong>. Nós, da Oposição, pela clarividência e luci<strong>de</strong>z<strong>de</strong> seu pensamento, reconfortamo-nos <strong>em</strong> saberque nossos caminhos estão corretos, que a nossaluta é a mais correta, que a nossa luta um dia aindavai vingar e conduzir o Brasil, s<strong>em</strong> dúvida alguma, àrespeitabilida<strong>de</strong> no cenário nacional, que a nossa lutatrará felicida<strong>de</strong> e vida melhor ao povo brasileiro.Muito obrigado, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Srs. Deputa<strong>dos</strong>,venham ao plenário. Precisamos do quorum<strong>de</strong> 308 Parlamentares para darinício à Or<strong>de</strong>m do Dia.O SR. PAUDERNEY AVELlNO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V. Ex a a palavra.O SR. PAUDERNEY AVELlNO (PFL - AM.Pela or<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.)-Sr. Presi<strong>de</strong>nte,solicitamos que sejam acionadas as campainhas e asluzes indicadoras das Comissões, uma vez que t<strong>em</strong>ostrês CPI e várias Comissões Especiais funcionandoneste momento e precisamos <strong>de</strong> quorum qualificadopara iniciarmos a votação do <strong>de</strong>staque daPEC que está <strong>em</strong> pauta.Portanto, seria importante encerrarmos os trabalhosdas Comissões, que estão exaustivos nestaCasa, para darmos início imediatamente à Or<strong>de</strong>m doDia.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - As Comissões<strong>de</strong>v<strong>em</strong> encerrar seus trabalhos, para darmosinício à Or<strong>de</strong>m do Dia.O SR. JOSÉ GENOíNO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra para uma Comunicação <strong>de</strong> Li<strong>de</strong>rança.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Concedoa palavra ao nobre Deputado José Genoíno, parauma Comunicação <strong>de</strong> Li<strong>de</strong>rança, pelo PT.O SR. JOSÉ GENOíNO (PT - SP. Como U<strong>de</strong>r.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, pela segundavez, <strong>em</strong> nome da Li<strong>de</strong>rança do PT, uso a tribunapara <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o Governo do Sr. OHvio Dutra, do RioGran<strong>de</strong> do Sul. Em um primeiro momento, falei sobrea posição correta do governador <strong>em</strong> relação às negociaçõescom a <strong>em</strong>presa automobilfstica Ford. Hoje,quero <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r, na administração OHvio Dutra, o quejá é uma marca das administrações do PT: o orçamentoparticipativo.O orçamento participativo se apresentou, nanossa experiência administrativa, a um só t<strong>em</strong>po,como instrumento para <strong>de</strong>mocratizar a feitura do orçamento,como instrumento <strong>de</strong> transparência da peçaorçamentária e como instrumento - e este é o aspectomais importante - <strong>de</strong> exercício da <strong>de</strong>mocracia participativa,da cidadania nos assuntos públicos <strong>de</strong>Estado, quando se discute algo tão importante: o orçamentodo Estado.Quero l<strong>em</strong>brar que essa proposta das administraçõespetistas mereceu, por parte do Senador do-Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Pedro Simon, na crise da CPI doOrçamento, uma proposta <strong>de</strong> <strong>em</strong>enda para que oOrçamento Geral da União fosse discutido com parâmetros<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratização do <strong>de</strong>bate, ouvindo-se representantesda socieda<strong>de</strong>, para participação ativada cidadania nos assuntos orçamentários e na política<strong>de</strong>meios.O governador do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, a ,ex<strong>em</strong>plo<strong>de</strong> outros governadores do PT - Zeca do PT, do MatoGrosso do Sul, e Jorge Viana, do Acre -, está dandocurso a essa experiência positiva <strong>de</strong> orçamento participativo.Entretanto, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, foi impetrada,junto ao Tribunal <strong>de</strong> Justiça do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul,ação com o objetivo <strong>de</strong> proibir essa importante açãogovernamental: o orçamento participativo.Hoje, essa liminar foi cassada, e quero parabenizara Justiça daquele estado por essa <strong>de</strong>cisão, porquesab<strong>em</strong>os que, <strong>em</strong> matéria <strong>de</strong> orçamento, o Brasilainda não construiu a experiência avançada, <strong>de</strong>mocráticae renovadora <strong>de</strong> se fazer do orçamento instrumento<strong>de</strong> participação da cidadania, <strong>de</strong> transparênciae <strong>de</strong>mocratização <strong>dos</strong> recursos públicos. E quando,no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, o Governador Olívio Dutra ganhaessa liminar - isso é da maior importância para o<strong>de</strong>bate e para a discussão - as sugestões e propostassobre o orçamento participativo, maneira elevada <strong>de</strong>exercício da cidadania e da <strong>de</strong>mocracia do ponto <strong>de</strong> vistada participação direta do cidadão nos assuntos <strong>de</strong>Estado, materializam-se na peça orçamentária.Por isso, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, quero <strong>de</strong>ixar claro que<strong>de</strong>mocratizar o Estado não é apenas estabelecer normaspara eleição periódica e consulta às instituiçõesque exist<strong>em</strong> no po<strong>de</strong>r, mas é também o envolvimentoda cidadania diretamente nos assuntos <strong>de</strong> Estado, éa ass<strong>em</strong>bléia, é ouvir o cidadão, para que ele exerçasua cidadania não apenas periodicamente, quandovota para governador, prefeito, presi<strong>de</strong>nte ou parlamentar,mas quando se torna participante <strong>dos</strong> assuntos<strong>de</strong> Estado. E isso, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, não é contraditóriocom a função do Po<strong>de</strong>r Legislativo municipal, estaduale fe<strong>de</strong>ral, não é contraditório com a existência<strong>de</strong> conselhos, com a existência <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s regionaisou locais que participam do <strong>de</strong>bate sobre orçamento.Quando chamamos os cidadãos para participarda discussão do Orçamento, estamos colocando no<strong>de</strong>bate concreto da política <strong>de</strong> meios a responsabilida<strong>de</strong>daquele que paga imposto e <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> vai rece-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26941ber os benefícios <strong>dos</strong> tributos pagos aos cofres doEstado, da União ou do-Município.Essa marca, que t<strong>em</strong> caracterizado as adminis- ­trações do PT, v<strong>em</strong> sendo utilizada por governos <strong>de</strong>outros parti<strong>dos</strong> como uma experiência avançada <strong>de</strong><strong>de</strong>mocracia. Quer<strong>em</strong>os aqui <strong>de</strong>fendê-Ia. Quer<strong>em</strong>osainda parabenizar o juiz pela <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> cassar essaliminar. A impl<strong>em</strong>entação do orçamento participativoé um <strong>dos</strong> caminhos mais criativos e efetivos para fazerdo Orçamento um instrumento público da socieda<strong>de</strong>,do cidadão comum davila, da cida<strong>de</strong>, do bairro,do Estado, à medida que ele se torna co-responsávelpelo que vai ou não ser feito, pelas condições doEstado para investir nesta ou naquela área, nesta ounaquela região.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, não abrimos mão <strong>de</strong>ssa experiênciaavançada <strong>de</strong> <strong>de</strong>mocracia, <strong>em</strong> que se combinaa representação <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> foi eleito com o exercício da<strong>de</strong>mocracia participativa, transformando a cidadanianão <strong>em</strong> uma mera formalida<strong>de</strong> retórica, mas <strong>em</strong> algoconcreto que se exerce no trato das coisas públicas e<strong>dos</strong> assuntos <strong>de</strong> Estado e <strong>de</strong> Governo. O que se exercena <strong>de</strong>mocracia mo<strong>de</strong>rna e cont<strong>em</strong>porânea é acombinação da representação, da fiscalização e doexercício ativo da cidadania na expressão <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong>s,<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejos, <strong>de</strong> fiscalização e <strong>de</strong> cobrança <strong>dos</strong>governantes.Por isso, orgulhosamente, uso a tribuna pela segundavez - repito - para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o GovernadorOlívio Dutra, do PT, nes~ importante experiência <strong>de</strong><strong>de</strong>mocratização <strong>dos</strong> recursos do Estado.Muito obrigado._A SRA. JANDIRA FEGHALI ~- Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.ExB a palavra por um minuto.A SRA. JANDIRA FEGHALI (Bloco/PCdoB ­RJ. Pela or<strong>de</strong>m. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presi<strong>de</strong>nte, Sr&s e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, há 75 dias que forçasmilitares da Organização do Tratado do AtlãnticoNorte - OTAN, tendo como potência principal osEsta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> da América e mais <strong>de</strong>zesseis paíseseuropeus e o Canadá, atacam <strong>de</strong> forma brutal e impie<strong>dos</strong>ao território soberano da Iugoslávia.Mais <strong>de</strong> seiscentos ataques aéreos foram <strong>de</strong>sfecha<strong>dos</strong>contra a Iugoslávia atingindo a capital Belgrado,Prístina, principal cida<strong>de</strong> da província <strong>de</strong> Kosovo,Djakovica, Prizren, Kosovo Polje, Urosevac eKosovska Mitovica.A infra-estrutura do País está praticamente <strong>de</strong>struída.Usinas e centrais elétricas, centrais <strong>de</strong> aquecimento,refinarias <strong>de</strong> petróleo, complexos industriais,inclusive indústrias qUlmlcas foram <strong>de</strong>struídas. AOTAN também <strong>de</strong>struiu ferrovias, rodovias, aeroportose pontes. Os- bombar<strong>de</strong>ioE. <strong>de</strong>m )liram hospitais,creches, monumentos, sítios a 'queo:ógicos, escolas,<strong>em</strong>baixadas, residências, mosteiros, igrejas e c<strong>em</strong>itérios.Mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z estações <strong>de</strong> rádio e televisão <strong>em</strong>ais <strong>de</strong> vinte repetidoras <strong>de</strong> TV foran atacadas. A residênciaoficial do Presi<strong>de</strong>nte Slobodan Milosevic foibombar<strong>de</strong>ada. A escalada terrorista ja OTAN já atingiua <strong>em</strong>baixada da China e seus mísseis chegaram aatingir países vizinhos à Iugoslávia.-- A OTAN comenta que matou mais <strong>de</strong> cinco milsolda<strong>dos</strong> iugoslavos e que provocoJ ferimentos <strong>em</strong>outros 10 mil. As vítimas civis 8ão milhares, inclusiveatingidas pelos chama<strong>dos</strong> "ataques~irúrgicos".Todo o mo<strong>de</strong>rno arsenal militH do Pentágonoestá sendo testado nos balcãs l~ alim'}nta os lucros dapo<strong>de</strong>rosa indústria militar nort':l-amElricana. Essa indústriat<strong>em</strong> tanto peso sobre os- <strong>de</strong>stinos da maior potênciado planeta que é listada por pesquisadorescomo a principal suspeita no assas sinato do Presi<strong>de</strong>nteJohn Kennedy, no início <strong>dos</strong> anos 60.Mas exist<strong>em</strong> outros inter':lsses <strong>em</strong> jogo. A probl<strong>em</strong>áticasérvio-kosovar é ant':lS e acima <strong>de</strong> tudo umassunto <strong>de</strong> natureza política. 1(0SOVI) possui as maisricas jazidas <strong>de</strong> chumbo, cádrr:io, zinco, ouro e pratada Europa e uma gran<strong>de</strong> reserva d~ Iignita (Iinhita).Há também a disputa do chamado ''(~orredor 8", projetadohá muito t<strong>em</strong>po para condut:ir 'matéria-primaenergética das regiões ex-soviéticas até o Mar Adriático,passando pela Bulgária, Macedônia e Albânia.Há el<strong>em</strong>entos da disputa <strong>dos</strong> EfJA com a Rússiae a tentativa americana <strong>de</strong> criar umll po<strong>de</strong>rosa bas<strong>em</strong>ilitar que dê acesso aéreo à Europ;:l e ao mar mediterrâneo.Os EUA buscam montar :assa cabeça <strong>de</strong>ponte na Europa para intimidar a unilicação do continenteeuropeu e criar áreas <strong>de</strong> tensã) e pressão parao império norte-americano.O conflito interno da lugcslávie é secular. A regiãojá foi dominada pelos Impérios Homano, Bizantino,Otomano e Austro-HIJnga·o. Nc)] final do séculopassado a região foi palco da~: guerras balcânicas eesteve na raiz da 1 11 Guerra MWldial. Em 1945, após otérmino da 2 11 Guerra Mundial, ,:llugc slávia foi organizadacomo uma República Fe ::Ierati la Socialista, incluídaaí as seis repúblicas: Sfirvia, Croácia, Eslovênia,Bósnia-Herzegovina, Montenegi'o e Macedônia.Na Sérvia ficaram a duas Pro'/íncias Autônomas <strong>de</strong>Voivodina e Kosovo.Kosovo possuía autonomia relativa, pois não tinhao status <strong>de</strong> República. Em 198~' o governo Milo-


26942 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999sevic retirou <strong>de</strong> Kosovo o status <strong>de</strong> Província Autônomae iniciou-se o conflito que se esten<strong>de</strong> até os dias<strong>de</strong> hoje. Nesse conflito o Exército Sérvio cometeu excessose crimes contra a população ao combater aguerrilha separatista do Exército <strong>de</strong> Libertação <strong>de</strong> Kosovo-ELK.Mas os ataques da OTAN não foram feitos paraproteger o povo kosovar. Foi exatamente após o <strong>de</strong>spejo<strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> bombas que os kosovaresabandonaram a região e mesmo assim aindaforam acossa<strong>dos</strong> <strong>em</strong> sua fuga pelos bombar<strong>de</strong>iros daOTAN <strong>em</strong> seus erros cirúrgicos.Fala-se <strong>em</strong> 1 milhão <strong>de</strong> refugia<strong>dos</strong> que abandonaramKosovo, aí incluí<strong>dos</strong> ao mil sérvios. Essa realida<strong>de</strong>já era conhecida e prevista pela OTAN. Nos bombar<strong>de</strong>iose ataques feitos contra a Sérvia durante o conflitocom a Croácia, 400 mil sérvios abandonaram a região.O argumento para os ataques são os mais esdrúxulos:<strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> causas humanitárias, cuida<strong>dos</strong>para com probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> segurança mais amplos,combate a atos <strong>de</strong> terrorismo, sabotag<strong>em</strong> e crime organizado,e os probl<strong>em</strong>as do abastecimento <strong>de</strong> recursosvitais. Sob esses argumentos os EUA bombar<strong>de</strong>aramo Iraque, Líbia, Panamá e Granada, on<strong>de</strong> inclusiveassassinaram seu Presi<strong>de</strong>nte; invadiram o Irã ebuscam tirar proveito <strong>dos</strong> probl<strong>em</strong>as internos da Chinacom Taiwan e o Tibete; faz<strong>em</strong> um bloqueio militar,comercial, político e i<strong>de</strong>ológico contra Cuba há quase40 anos; quer<strong>em</strong> subjugar e submeter a to<strong>dos</strong>; nãoaceitam que nenhum país exista <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nteou que contrarie suas verda<strong>de</strong>s xenófobas.No fundo disso tudo estão os interesses expansionistase dominadores <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, suaguerra implacável pelo mercado e por matéria-prima.Em perspectiva nosso País não está a salvo da ganânciaamericana. Afinal aqui t<strong>em</strong>os água à vonta<strong>de</strong>,minérios, petróleo, rica biodiversida<strong>de</strong> e a Amazônia.Tudo isso está na lista <strong>dos</strong> recursos vitais cobiça<strong>dos</strong>pelos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> da América.Com a guerra contra a Iugoslávia, Os Esta<strong>dos</strong>Uni<strong>dos</strong> da América atacam um país soberano, reconhecidointernacionalmente, com plenas relações diplomáticas,econômicas, comerciais e culturais <strong>em</strong>todo o mundo. A Iugoslávia é m<strong>em</strong>bro da Organizaçãodas Nações Unidas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua fundação <strong>em</strong>1945. É dotada <strong>de</strong> governo próprio, possui constituição,parlamento e corte <strong>de</strong> Justiça.A guerra contra a Iugoslávia é um alerta. Mostraa arrogância <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> <strong>em</strong> arvorar<strong>em</strong>-secomo polícia do mundo. É necessário e urgente que oBrasil e as outras nações exijam a imediata suspensão<strong>dos</strong> bombar<strong>de</strong>ios e abertura <strong>de</strong> negociações. Vários paí-ses, inclusive a China e a Rússia, m<strong>em</strong>bros do Conselho<strong>de</strong> Segurança da ONU, já se pronunciaram contra aguerra. O Vaticano também con<strong>de</strong>nou a ação armada daOTAN e pediu a volta das negociações e da paz.Conflitos são corriqueiros num mundo carregado<strong>de</strong> tensões e <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s, sobretudo nos marcosdo capitalismó. Se a cada probl<strong>em</strong>a se lança mãodas armas a humanida<strong>de</strong> além <strong>de</strong> brutalizada estaráperto <strong>de</strong> seu fim. Em nome <strong>de</strong> meu partido, da consciência<strong>de</strong>mocrática e humanitária <strong>de</strong> nossa genteexigimos a imediata suspensão <strong>dos</strong> bombar<strong>de</strong>ios e aabertura urgente <strong>de</strong> negociações para trazer <strong>de</strong> voltaa paz, a tranqüilida<strong>de</strong> e a reconstrução da Iugosláviae da vida <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong> seres humanos. É necessáriauma justa solução política para o conflito, que assegurea soberania nacional e a integrida<strong>de</strong> territorialdaquele país, os direitos nacionais da população albanesa<strong>de</strong> Kosovo e o repatriamento <strong>dos</strong> refugia<strong>dos</strong><strong>em</strong> condições <strong>de</strong> segurança.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço a V. Exª que autorize a divulgação<strong>de</strong>ste pronunciamento no programa A Vozdo Brasil.O SR. AGNELO QUEIROZ - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Ex a a palavra por um minuto.O SR. AGNELO QUEIROZ (Bloco/PCdoB-DF.Pela or<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,quer<strong>em</strong>os tão-somente entregar a V. Ex a o relatóriocom o resultado da comissão constituída por V. Ex apara tratar da "pilantropia".No relatório, a comissão indica, por unanimida<strong>de</strong>,a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> modificar a lei, resgatando a intençãodo legislador. Aprovamos a Lei n Q 9.732 comuma intenção, mas o Executivo está dando interpretaçãodiversa. Por isso, estamos indicando a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> retomar a intenção' do legislador, nossa vonta<strong>de</strong>quando da aprovação da referida lei.Recomendamos também a aprov~ção <strong>de</strong> substitutivo,assinado por to<strong>dos</strong> os m<strong>em</strong>bros da comissão,a projeto <strong>de</strong> nossa autoria, que está sobre a mesapara ser colocado <strong>em</strong> votação.Passo às mãos <strong>de</strong> V.Exa. o relatório.VI - ORDEM DO DIAPRESENTES OS SEGUINTES SRS.DEPUTADOS:Airton CascavelElton RohneltRORAIMAPartidoPPSPFLBloco


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26943Luis BarbosaPFLRobério AraújoPPBPresentes <strong>de</strong> Roraima: 4Antonio FeijãoEduardo SeabraEvandro MilhomenFátima PelaesPresentes do Amapá:4Oeus<strong>de</strong>th PantojaGiovanni QueirozJorge CostaJosé PrianteJosué BengtsonRaimundo SantosPresentes do Pará: 6Hil<strong>de</strong>brando PascoalII<strong>de</strong>fonço Cor<strong>de</strong>iroJoão TotaNilson MourãoZila BezerraPresentes do Acre: 5AntOnio JorgeDarci CoelhoAMAPÁPSOBPTBPSBPSOBPARÁPFLPOTPMOBPMOBPTBPFLAMAZONASArthur VirgrlioPSOBÁtila UnsPFLFrancisco Garcia PFLJosé MeloPFLLuiz FernandoPPBPau<strong>de</strong>rney Avelino PFLSilas CâmaraPFLVanessa Grazziotin PCdoBPresentes do Amazonas: 8RONDÔNIAAgnaldo MunizPOTConfúcio Moura PMOBEurípe<strong>de</strong>s Miranda POTSérgio Carvalho PSOBPresentes <strong>de</strong> Rondônia: 4ACREPFLPFLPPBPTPFLTOCANTINSPFLPFLPSB/PCdoBPSDB/PCdoBJoão RibeiroPFLOsvaldo ReisPMDBPastor Amarildo PPBPaulo MourãoPSDBPresentes do Tocantins: 6Cesar Ban<strong>de</strong>iraCosta FerreiraFrancisco CoelhoGastão VieiraJoão CasteloNeiva MoreiraNice LobãoPedro Fernan<strong>de</strong>sR<strong>em</strong>i TrintaMARANHÃOPFLPFLPFLPMDBPSDBPDTPFLPFLPLSebastião Ma<strong>de</strong>ira PSDBPresentes do Maranhão: 10Aníbal GomesAntonio CambraiaAmon BezerraChiquinho FeitosaEunício OliveiraInácio Arrudl;lJosé UnharesLéo AlcântaraManoel SalvianoMarcelo TeixeiraMoroni TorganNelson OtochRoberto PessoaRommel Feij6Sérgio NovaisUbiratan AguiarPresentes do Ceará: 16B.SáCiro NogueiraHeráclito FortesMarcelo CastroMussa D<strong>em</strong>esTh<strong>em</strong>ístocles SampaioWellington DiasPresentes do Piaul: 7CEARÁPMDBPMDBPSDBPSOBPMDBPCdoBPPBPSDBPSDBPMDBPSDBPSDBPFLPSDBPIAuíPSOBPSOBPSOBPFLPFLPMDBPFLPMDBPTPUPST/PSUPMN/PSDPSB/PCdoBPSB/PCdoB


26944 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999RIO GRANDE DO NORTEAna CatarinaPMDBBetinho Rosado PFLIberê FerreiraPPBPresentes do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte: 3PARAíBAAdauto PereiraPFLArmando AbmoPMDBAvenzoar Arruda PTCarlos DungaPMDBDamião Feliciano PMDBDomiciano Cabral PMDBEfraim MoraisPFLEnivaldo Ribeiro PPBInaldo LeitãoPMDBMarcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lha PFLRicardo RiquePMDBPresentes da Paraíba: 11Armando MonteiroCarlos BatataCl<strong>em</strong>entino CoelhoDjalma PaesFernando FerroGonzaga PatriotaInocêncio OliveiraJoão ColaçoJosé ChavesJosé Mendonça BezerraLuiz PiauhylinoMarcos <strong>de</strong> JesusPERNAMBUCOPMDBPSDBPSBPSBPTPSBPFLPMDBPMDBPFLPSDBPSTOsvaldo Coelho PFLPedro EugênioPSBSérgio GuerraPSDBPresentes <strong>de</strong> Pernambuco: 15Givaldo CarimbãoHelenildo RibeiroJoão CaldasLuiz DantasALAGOASPSBPSDBPMNPSDOlavo Calheiros PMDBRegis Cavalcante PPSPresentes <strong>de</strong> Alagoas: 6PSB/PCdoBPSB/PCdoBPSB/PCdoBPLlPST/PSLIPMN/PSDPSB/PCdoBPSB/PCdoBPLlPST/PSLIPMN/PSDPLlPST/PSLIPMN/PSD~orge AlbertoSérgio ReisPresentes <strong>de</strong> Sergipe: 2Claudio CajadoEujácio SimõesFélix MendonçaFrancistônio PintoGeraldo SimõesGerson GabrielliJaime Fernan<strong>de</strong>sJaques WagnerJoão AlmeidaJoão LeãoJonival Lucas JuniorJorge KhouryJosé Carlos AleluiaJosé RochaJutahy JuniorLuiz MoreiraManoel CastroMário NegromonteNelson PellegrinoPaulo BragaPaulo MagalhãesReginaldo GermanoRoland LavigneSaulo PedrosaUrsicino QueirozWaldir PiresPresentes da Bahia: 26Antônio do ValleAracely <strong>de</strong> PaulaBonifácio <strong>de</strong> AndradaCabo JúlioCarlos MellesCarlos MosconiCleuber CarneiroDanilo <strong>de</strong> CastroEdmar MoreiraEduardo BarbosaEliseu Resen<strong>de</strong>Fernando DinizSERGIPEBAHIAPMDBPSDBMINAS GERAISPFLPLPLlPST/PSLlPMN/PSDPTBPMDBPTPFLPFLPTPSDBPSDBPPBPFLPFLPFLPSDBPFLPFLPSDBPTPFLPFLPFLPFLPSDBPFLPTPMDBPFLPSDBPLPFLPSDBPFLPSDBPt'BPSDBPFLPMDBPLlPST/PSLIPMN/PSD


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26945Hélio Costa PMDB Luiz Sérgio PTJaime Martins Pr=L Miro Teixeira PDTJoão Fassarella PT Paulo Feijó PSDBJoão MagnoPTRicardo Maranhão PSBJosé MilitãoPSDBRoberto Jefferson PTBLael VarellaPFLRodrigo MaiaPFLMárcio Reinaldo Moreira PPBRub<strong>em</strong> MedinaPFLO<strong>de</strong>lmo LeãoPPBSimão SessimPPBOlimpio PiresPDTVivaldo Barbosa PPBPhil<strong>em</strong>on Rodrigues PMDBWan<strong>de</strong>rley Martins PDTRomel AnizioPPBPresente do Rio <strong>de</strong> Janeiro: 27Romeu QueirozPSDBSérgio Miranda PCdoB PSB/PCdoB SÃO PAULOSilas Brasileiro PMDB Alberto Goldman PSDBVirgílio Guim~rães PT Aldo Rebelo PCdoB·Vittorio Medioli PSDB Aloizio Mercadante PTWalfrido Mares Guia PTBAndré BenassiPSDBZaire Rezen<strong>de</strong>PMDBAntonio Carlos Pannunzio PSDBPresentes <strong>de</strong> Minas Gerais: 30Antonio KandirPSDBEspíRITO SANTOArlindo Chinaglia PTAloízio Santos PSDB Arnaldo Faria <strong>de</strong> Sá PPBFeu RosaPSDBJosé Carlos Elias PTBBispo Wan<strong>de</strong>rval PLMarcus VicentePSDBCorauci Sobrinho PFLMax MauroPTBDe VelascoPSTNilton BaianoPPBRicardo FerraçoPSDBDelfim NettoPPBPresentes do Espírito Santo: 7Dr. HélioPDTRIO DE JANEIRO Duilio Pisaneschi PTBAlcione Athay<strong>de</strong> PPB Edinho Araújo PMDBAldir Cabral PFL Eduardo Jorge PTAlexandre Santos PSDB Emerson Kapaz PSDBAntonio Carlos Biscaia PT Evilásio Farias PSBArol<strong>de</strong> <strong>de</strong> Oliveira PFLGilberto KassabPFLCelso JacobPDTIara BernardiPTCoronel GarciaPSDBJosé Dirceü .PTDr. HelenoPSDBJosé GenoínoPTEduardo PaesPFLJosé MachadoPTFernando Gonçalves PTBJosé Roberto Batochio PDTlédio RosaPMDBLuiz Antonio Fleury PTBJair BolsonaroPPBMarcelo Barbieri PMDBJandira Feghali PCdoB PSB/PCdoBMarcos CintraPLJoão SampaioPDTJorge Wilson PMDB Michel T<strong>em</strong>er PMDBLuiz Ribeiro PSDB Nelson Marquezelli PTBLuiz Salomão PDT Paulo Kobayashi PSDBPSB/PCçtoBPSB/PCdoBPUPST/PSUPMN/PSDPUPST/PSUPMN/PSDPSB/PCdoBPUPST/PSUPMN/PSD


26946 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Professor LuizinhoRicardo BerzoiniRicardo IzarRobson TumaRubens FurlanSalvador ZimbaldiSampaio DóriaTeima <strong>de</strong> SouzaVadãoGomesVal<strong>de</strong>mar Costa NetoPTPTPMDBPFLPFLPSDBPSDBPTPPBPLWagner Salustiano PPBXico GrazianoPSDBZulaiê CobraPSDBPresentes <strong>de</strong> São Paulo: 43MATO GROSSOWilson SantosPMDBPresente do Mato Grosso: 1Barbosa NetoEuler MoraisGeovan FreitasJovair ArantesJuquinhaLídia QuinanLúcia VâniaLuiz BittencourtPedro CanedoPedro ChavesRoberto BalestraRonaldo CaiadoPresentes <strong>de</strong> Goiás: 12Abelardo LupionDISTRITO FEDERALMaria AbadiaPSDBRicardo Noronha PMDBPresentes do Distrito Fe<strong>de</strong>ral: 2GOIÁSPMOBPMOBPMOBPSDBPSOBPSOBPSOBPMOBPSOBPMOBPPBPFLMATO GROSSO DO SULJoão GrandãoPTMarçal FilhoPMOBNelson TradPTBWal<strong>de</strong>mir MokaPMDBPresentes do Mato Grosso do Sul: 4PARANÁPFLPUPST/PSUPMN/PSDAffonso Camargo PFLAirton RovedaPFLBasílio VillaniPSOBChico da Princesa PSOBOilceu Sperafico PPBFlávio ArnsPSOBGustavo FruetPMOBIris SimõesPTBIvanio GuerraPFLJosé BorbaPMOBMárcio MatosPTMax Rosenmann PSOBMoacir Micheletto PMOBNelson MeurerPPBOdílio BalbinottiPSDBRicardo BarrosPPBRubens BuenoPPSSantos FilhoPFLValdomiro Meger PFLWerner Wan<strong>de</strong>rer PFLPresentes do Paraná: 21Adão PrettoAirton OippAlceu CollaresAugusto Nar<strong>de</strong>sCaio RielaCezar SchirmerEnio BacciEsther GrossiFernando MarroniFetter JúniorHenrique FontanaJúlio Re<strong>de</strong>ckerSANTA CATARINAAntônio Carlos Kon<strong>de</strong>r Reis PFLCarlito MerssPTEdinho BezPMOBEdison AndrinoPMOBFernando Coruja POTGervásio SilvaPFLHugo BiehlPPBJoão matosPMOBSerafim Venzon PDTVicente Caropreso PSOBPresentes <strong>de</strong> Santa Catarina: 10RIO GRANDE DO SULPTPOTPOTPPBPTBPMOBPOTPTPTPPBPTPPB


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26947Luis Carlos HeinzeMarcos RolimNelson MarchezanNelson ProençaOsvaldo BiolchiPaulo José GouvêaPPBPTPSDBPMDBPMDBPSTPUPST/PSLlPMN/PSDPTPDTPFLPMDBPPBPTPMDBPTPSDBPaulo PaimPompeo <strong>de</strong> MattosRoberto ArgentaSynval GuazzelliTelmo KirstVal<strong>de</strong>ci OliveiraWaldir SchimidtWaldomiro FioravanteVeda CrusiusPresentes do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul: 28o SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - A lista<strong>de</strong> presença registra o comparecimento <strong>de</strong> 321 Srs.Deputa<strong>dos</strong>.O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.ex- a palavra.O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PPB - SP.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, quero fazerum registro por enten<strong>de</strong>r ser <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>a importância.Eu iria fazer uma questãQ <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m se a Or<strong>de</strong>m doDia não começasse da forma como começou hoje.Estando <strong>em</strong> votação uma PEC, a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> só iniciara Or<strong>de</strong>m do Dia pela continuida<strong>de</strong> da votação <strong>de</strong>monstraque a Mesa efetivamente respeita o RegimentoInterno.Congratulo a Mesa pelo cumprimento fiel do RegimentoInterno.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - É nosso<strong>de</strong>ver, Deputado Arnaldo Faria <strong>de</strong> Sá.O SR. PRESIDENTE'(Michel T<strong>em</strong>er)-1-PROPOSTA DE EMENDA ACONSTITUiÇÃONll 626-A, DE 1998(Do Po<strong>de</strong>r Executivo)Continuação da votação, <strong>em</strong> segundoturno, da Proposta <strong>de</strong> Emenda á Constituiçãonº 626, <strong>de</strong> 1998, que altera dispositivosda Constituição Fe<strong>de</strong>ral, mediante a inclusãodo cargo <strong>de</strong> Ministro <strong>de</strong> Estado da Defesaentre os privativos <strong>de</strong> brasileiro nato, aalteração da composição do Conselho <strong>de</strong>Defesa Nacional, a <strong>de</strong>finição do juIzo competentepara processar e julgar os Comandantesda Marinha, do Exército e da Aeronáutica,e dá outras providências.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Sobre amesa requerimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque da bancada do PT,nos seguintes termos:REQUERIMENTO DE DESTAQUE(BANCADA DO PT)Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Requer<strong>em</strong>os, nos termos do art. 161, I e § 2 11 doRegimento Interno, <strong>de</strong>staque para votação <strong>em</strong> separadoda expressão "e os Comandantes da Marinha,do Exército e da Aeronáutica", constante do inciso I,do art. 52, do art. 1 11 da Redação para o Segundo Turnoda Proposta <strong>de</strong> Emenda á Constituição n ll 626, <strong>de</strong>1998.Sala das Sessões, 8 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoJosé Genoíno, Ll<strong>de</strong>r do PT.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Concedoa palavra ao Deputado José Genoino para encaminhara matéria.O SR. JOSÉ GENOINO (PT - SP. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,este <strong>de</strong>staque para votação <strong>em</strong> separado preten<strong>de</strong>suprimir do inciso I do art. 52, que trata das competênciasdo Senado Fe<strong>de</strong>ral, a seguinte expressão: "e osComandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica".O que diz o inciso I do art. 52?Art. 52. Compete privativamente aoSenado Fe<strong>de</strong>ral:I - processar e julgar o Presi<strong>de</strong>nte e oVice-Presi<strong>de</strong>nte da República nos crimes <strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong>, b<strong>em</strong> como os Ministros <strong>de</strong>Estado e os Comandantes da Marinha, doExército e da Aeronáutica nos crimes <strong>de</strong>mesma natureza conexos com aqueles.Chamo a atenção da Casa para a seguintequestão que estamos discutindo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a lei compl<strong>em</strong>entarvotada anteriormente: o comandante militaré uma autorida<strong>de</strong> militar por excelência. Ele nãoeyerce uma autorida<strong>de</strong> polltica n<strong>em</strong> uma autorida<strong>de</strong>institucional na relação com o Congresso Nacionaln<strong>em</strong> com as agências governamentais do Po<strong>de</strong>rExecutivo. O comandante militar, para fortalecer ahierarquia, a disciplina e a subordinação ao Ministroda Defesa, t<strong>em</strong> <strong>de</strong> ser entendido como autorida<strong>de</strong>essencialmente militar.


26948 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999L<strong>em</strong>bro aos colegas que na votação da lei compl<strong>em</strong>entarnão se adotou <strong>em</strong>enda <strong>de</strong> nossa autoriaque permitia que o comandante militar da Marinha, doExército e da Aeronáutica não obe<strong>de</strong>cesse, necessariamente,ao princípio da antigüida<strong>de</strong>; obe<strong>de</strong>cesse aoprincípio que na concepção militar é o mais apropriadopara o exercício da autorida<strong>de</strong>.Na verda<strong>de</strong>, se combinarmos a lei compl<strong>em</strong>entarcom essa <strong>em</strong>enda, o comandante militar é meiocomandante e meio ministro. Daí o inciso I do art. 52com a expressão "os Comandantes Militares".Em relação aos outros Ministros <strong>de</strong> Estado, pergunto:por que não existe, nos crimes <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>conexos, a competência do rSenado Fe<strong>de</strong>ralpara julgar, por ex<strong>em</strong>plo, o substituto eventual do Ministro<strong>de</strong> Estado da Fazenda, ou do Ministro <strong>de</strong> Estadodo Orçamento, ou do Ministro <strong>de</strong> Estado da Saú<strong>de</strong>?Na criação do Ministério da Defesa, dois equívocosestão sendo cometi<strong>dos</strong>: o primeiro é que não sefortalece a autorida<strong>de</strong> política e militar do Ministro daDefesa; o segundo é que os comandantes militaressão, ao mesmo t<strong>em</strong>po, autorida<strong>de</strong> militar e política.Isso não funcionará corretamente, pois não é princípiocorreto das competências <strong>dos</strong> comandantes e doMinistro da Defesa. E não venham dizer que estou eliminandoo foro especial para apreciação <strong>de</strong> questõescomo mandado <strong>de</strong> segurança e habeas corpus, quepo<strong>de</strong>m dificultar a administração da Marinha, doExército e da Aeronáutica. Estou mantendo, no art.102 e no art. 105, <strong>em</strong> manda<strong>dos</strong> <strong>de</strong> segurança, habeascorpus e infrações penais, a prerrogativa <strong>de</strong> que oSupr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral e o Superior Tribunal <strong>de</strong>Justiça são foros especiais para apreciar essas questões,algumas <strong>de</strong>las administrativas ou penais.Não t<strong>em</strong> sentido apresentar como competênciado Senado o julgamento <strong>de</strong> crime <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><strong>de</strong> comandante militar.Faço um a<strong>de</strong>ndo. Imagin<strong>em</strong> um crime <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>do Ministro <strong>de</strong> Defesa.Na hora <strong>em</strong> que o Senado chamar o comandant<strong>em</strong>ilitar, isso po<strong>de</strong> criar uma duplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>militar, isso po<strong>de</strong> criar uma confusão <strong>de</strong> competênciasentre o Ministro da Defesa e o comandante militar.Com a criação do Ministério da Defesa, o Congressonão po<strong>de</strong> convocar o comandante militar. OCongresso convoca o Ministro da Defesa, a Câmaraou o Senado convoca o Ministro da Defesa, mas o comandant<strong>em</strong>ilitar não, porque ele t<strong>em</strong> <strong>de</strong> ser tratadocomo autorida<strong>de</strong> essencialmente militar. Nos crimesmilitares, ele vai ser julgado pela Justiça Militar especializada,se esta for mantida na reforma do Judiciário.Nas questões <strong>de</strong> habeas corpus e <strong>de</strong> mandado<strong>de</strong> segurança, há um foro especial, que é exatamenteo que está previsto aqui, que são os Tribunais Superiorese o Tribunal <strong>de</strong> Contas da União.Porta!É0, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, essa suposta prerrogativapo<strong>de</strong> se transformar <strong>em</strong> um probl<strong>em</strong>a. Disporcomo competência do Senado o julgamento <strong>dos</strong> comandantesmilitares e do Ministro <strong>de</strong> Estado da Defesano caso <strong>de</strong> crime <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> não t<strong>em</strong>sentido, é um equívoco. Isso não fortalece o comandant<strong>em</strong>ilitar, não fortalece a autorida<strong>de</strong> militar do comandante.Nesse caso, a relação do Congresso comas Forças Armadas se dá por intermédio do Ministroda Defesa.Por isso, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o nosso DVS é para suprimirdo inciso I do art. 52 "e os Comandantes da Marinha,do Exército e da Aeronáutica". Isso é bom parafortalecer a autorida<strong>de</strong> militar, preserva a hierarquiana relação do Congresso entre o Ministro da Defesa eos comandantes militares e, por último, essa competênciado Senado para julgar os comandantes militarespo<strong>de</strong> gerar probl<strong>em</strong>as, po<strong>de</strong> produzir inconveniênciaspolíticas.Por isso, estamos apelando à Casa para suprimira expressão nos termos daminha <strong>de</strong>fesa da tribuna.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Em votaçãoa expressão <strong>de</strong>stacada: vamos ouvir os Srs. Lí<strong>de</strong>res.Qu<strong>em</strong> quiser manter o texto votará "sim", qu<strong>em</strong>quiser suprimir o texto votará "não".Como vota o Bloco PSB/PCdoB?A SRA. LUIZA ERUNOINA (Bloco/PSB - SP.S<strong>em</strong> revisão da oradora.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o BlocoPSB/PCdoB vota "sim", peJa manutenção do texto.O SR. CAIO RIELA (PTB - RS. S<strong>em</strong> revisão doorador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o Partido Trabalhista Brasileiroteve sua participação na. discussão <strong>de</strong>ssa PEC,juntamente com os <strong>de</strong>mais Pares, representado pelosDeputa<strong>dos</strong> José Carlos Elias e Fernando Gonçalves.T<strong>em</strong>os convicção <strong>de</strong> que a manutenção do textov<strong>em</strong> resguardar todas as prerrogativas já elencadasna Constituição. Assim, não há razão <strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar ou<strong>de</strong> retirar esse dispositivo.Portanto, o Partido Trabalhista Brasileiro vota"sim".O SR. OR. HÉLIO (PDT - SP. S<strong>em</strong> revisão doorador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PDT acompanha o racioclnio<strong>de</strong> que o Ministro <strong>de</strong> Estado já t<strong>em</strong> a responsabilida<strong>de</strong>e por esta <strong>de</strong>ve ser responsabilizado, e os Comandantesda Marinha, da Aeronáutica e do Exércitotêm a obrigatorieda<strong>de</strong> militar, incluindo a da obediência.Portanto, votamos "não".


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26949o SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PPB - SP.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PPB vota~~. .O SR. PROFESSOR LUIZINHO (PT - SP. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PT, <strong>de</strong> acordocom o encaminhamento do nosso Lí<strong>de</strong>r, vota "não".O SR. NELSON PROENÇA (PMDB - RS. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PMDB acompanhao trabalho do Relator e da Comissão. Vota"sim", pela manutenção do texto.O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB - BA. S<strong>em</strong> revisãodo,orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, a matéria foi exaustivamentediscutida na votação anterior e resulta <strong>de</strong>um acordo para uma situação <strong>de</strong> transição que t<strong>em</strong>oshoje, uma configuração completamente diversa daque ter<strong>em</strong>os agora, com a aprovação do Ministério daDefesa. De modo que o PSDB vota "sim", pela manutençãodo texto.O SR. PROFESSOR LUIZINHO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V. Exaa palavra.O SR. PROFESSOR LUIZINHO (PT - SP. S<strong>em</strong>revisão do orador.) -·Sr. Presi<strong>de</strong>nte, está sendo mostradano painel a orientação <strong>dos</strong> parti<strong>dos</strong>. A orientaçãodo PT é "não", e ainda não foi registrada.O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA- Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V. Exaa palavra.O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL - PE. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, creio que o nobreDeputado José Genolno cometeu um engano ao fazero seu <strong>de</strong>staque. Ao invés <strong>de</strong> fazê-lo sobre o art.102, que trata <strong>de</strong> crimes isola<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> Comandantes.do Exército, Marinha e Aeronáutica, o fez sobre o art.52, que é sobre os crimes conexos, e que t<strong>em</strong> umaseqüência: primeiro se convoca o Presi<strong>de</strong>nte, <strong>em</strong> seguidao Vice-Presi<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong>pois os três Comandantesdas Forças Armadas. Assim como o nosso direito pátriodiz que os crimes conexos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> serjulgadós nomesmo tribunal, não t<strong>em</strong> sentido algum fazer comque os crimes <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> conexos sejamjulga<strong>dos</strong> separadamente ao invés <strong>de</strong> o ser<strong>em</strong> peloSenado Fe<strong>de</strong>ral.Por isso o Relatório do ilustre Deputado AroldoCedraz, louvado por to<strong>dos</strong>, é correto, sério, aten<strong>de</strong>aos mais sagra<strong>dos</strong> interesses daqueles que <strong>de</strong>sejammo<strong>de</strong>rnizar as Forças Armadas, com um Ministérioda Defesa que vai racionalizar as <strong>de</strong>spesas, priorizaros investimentos e cre<strong>de</strong>nciar o Brasil a uma vaga noConselho <strong>de</strong> Segurança da ONU.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, por isso o Partido da Frente liberairecomenda o voto "sim", pela manutenção dotexto.O SR. RICARDO BARROS (PPB - PRo S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, a li<strong>de</strong>rança do Governovota "sim", pela manutenção do texto do RelatorAroldo Cedraz.O SR. AIRTON CASCAVEL (PPS - RR. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PPS vota"não". (Pausa.)O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - A Presidênciasolicita a to<strong>dos</strong> os Srs. Deputa<strong>dos</strong> que tom<strong>em</strong>os seus lugares, a fim <strong>de</strong> ter inicio a votação pelo sist<strong>em</strong>aeletrônico. -Está iniciada a votação.Queiram seguir a orientação do visor <strong>de</strong> cadaposto.O SR. AIRTON CASCAVEL - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m./O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V. Exaa palavra.O SR. AIRTON CASCAVEL (PPS - RR. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço que se registreno painel o voto "não" do PPS.O SR. CABO JÚLIO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V. Exaa palavra.OSR.·CABO JÚLIO (Bloco/PL - MG. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o BlocoPUPST/PMN/PSUPSD encaminha o voto "sim".O SR. EVILÁSIO FARIAS - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a pàlavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V. Exaa palavra.O SR. EVILÁSIO FARIAS (Bloco/PSB - SP.Pela or<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,quero comunicar aos Srs. Parlamentares que amanhã,dia 10, no Plenário nO 4, haverá audiência públicaà qual estarão presentes representantes do Movimento<strong>de</strong> Habitação Popular <strong>de</strong> todo o Pais. L<strong>em</strong>bro,ainda, que essa audiência é conjunta com a Comissão<strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano.O SR. GÉRSON GABRIELLI - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V. EXSa palavra.O SR. GÉRSON GABRIELLI (PFL - BA. Pelaor<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, querocomunicar aos ilustres Pares que amanhã, às 10h,no Anexo IV, estar<strong>em</strong>os realizando o 3° S<strong>em</strong>inário sobreReforma Tributária e Fiscal, com a presença <strong>dos</strong>


26950 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999ilustres Deputa<strong>dos</strong> Marcos Cintra, Aloizio Mercadante,Emerson Kapaz e Gerson Gabrielli. Pela tar<strong>de</strong>,com a presença <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s nacionais relacionadasa médias, pequenas e micro<strong>em</strong>presas e da Subcomissão<strong>de</strong> Polltica Industrial e Comercial Custo Brasile Assuntos Relaciona<strong>dos</strong> às Micro, Pequenas e MédiasEmpresa, a Frente Parlamentar das Micro<strong>em</strong>presase o Ministério do Desenvolvimento estarão apresentandoa versão final do Estatuto da Micro e da PequenaEmpresa, que esperamos seja aprovado poreste ilustre Plenário.Muito obrigado, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.O SR. ENIO BACCI- Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço a palavrapela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V. exapalavra.O SR. ENIO BACCI (PDT - RS. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr: Presi<strong>de</strong>nte, estou apresentandoquatro projetos <strong>de</strong> lei que alteram a Lei n ll8.213, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1991, especificamente a leique trata <strong>de</strong> questão da Previdência. São projetosque viabilizam melhorias para os aposenta<strong>dos</strong>, <strong>em</strong>especial os aposenta<strong>dos</strong> por invali<strong>de</strong>z.Muito obrigado, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.O SR. CAIO RIELA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço a palavrapela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Exa. a palavra.O SR. CAIO RIELA (PTB - RS. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PartidoTrabalhista Brasileiro pe<strong>de</strong> a to<strong>dos</strong> os m<strong>em</strong>bros dasua bancada, que estão ainda nas Comissões, quevenham votar matéria importante, cuja orientação jáse encontra no painel, ou seja, pela manutenção dotexto. Portanto, "sim".O SR. RONALDO VASCONCELLOS - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Exa. a palavra.O SR. RONALDO VASCONCELLOS (Bloco/PL- MG. Pela or<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.)­Sr. Presi<strong>de</strong>nte, aproveito este perrodo <strong>de</strong> votaçãopara dizer que estamos apresentando projeto <strong>de</strong> leique propõe a criação do Fundo <strong>de</strong> DesenvolvimentoTecnológico do Setor Elétrico (FDTE), para estabeleceruma polrtica <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento tecnológicono setor elétrico brasileiro, que passa por umprocesso <strong>de</strong> privatização, mas que precisa ter seuparque industrial nacional preservado.Faço essa proposta para preservar a indústriabrasileira <strong>de</strong> eletroeletrOnicos.O SR. CELSO GIGLlO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peçoa palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Exa. a palavra.O SR. CELSO GIGLlO (PTB - SP. Pela or<strong>de</strong>m.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, não é <strong>de</strong> hoje que osMuniclpios são a favor do ajuste fiscal. S<strong>em</strong> isso não épasslvel que o Brasil se <strong>de</strong>senvolva <strong>de</strong> forma sustentadae progressiva. Mas, ultimamente, o Pais só consegueavançar nessa questão "aos soluços", comimpostos aprova<strong>dos</strong> às pressas e cortes <strong>de</strong> gastospressiona<strong>dos</strong> pelo endividamento público e a conjunfuraexterna.É preciso encontrar uma forma <strong>de</strong> fazer comque os Municlpios particip<strong>em</strong> <strong>de</strong>sse processo ativamente,apontando sugestões e alternativas para quea melhor solução seja encontrada. Eles não mais po<strong>de</strong>mser <strong>de</strong>ixa<strong>dos</strong> à marg<strong>em</strong> das discussões sobreum t<strong>em</strong>a tão sério e que •. se mal conduzido, po<strong>de</strong>comprometer a prestação <strong>dos</strong> serviços públicos essenciaisà vida <strong>de</strong> toda a população.Os Municlpios, diferent<strong>em</strong>ente da União, não têmmuitos mecanismos para promover o ajuste. Esta dispõedas opções <strong>de</strong> privatizar, aumentar as concessõespúblicas, terceirizar e diminuir <strong>de</strong>spesas. Aos Municlpiostêm sobrado somente encargos. A opção <strong>de</strong> cortargastos não se configura uma alternativa, pois significasubtrair o básico da população. E isso é inadmisslvel.Os Esta<strong>dos</strong>, nunca é <strong>de</strong>mais repetir, estão muitomais endivida<strong>dos</strong>, e mesmo assim pu<strong>de</strong>ram, nos últimosanos, negociar, renegociar e renegociar a renegociação<strong>de</strong> suas drvidas com a União, um privilégionegado aos Municlpios. É preciso que o Governo tenhamais consi<strong>de</strong>ração com a esfera municipal e trateto<strong>dos</strong> com isonomia.Os Municlpios têm <strong>de</strong>monstrado gran<strong>de</strong> agilida<strong>de</strong>na resolução <strong>dos</strong> probl<strong>em</strong>as da população e <strong>de</strong>senvolv<strong>em</strong>,cada vez com mais freqOência, uma sérieenorme <strong>de</strong> inovações administrativas que ganham<strong>de</strong>staque nacional. Será que éjusto punir a criativida<strong>de</strong>e a eficiência das administrações municipais,como v<strong>em</strong> fazendo o Governo Fe<strong>de</strong>ral?O <strong>de</strong>bate sobre a <strong>de</strong>scentralização administrativatambém t<strong>em</strong> ganhado <strong>de</strong>staque no cenário nacional.Mas a prática até agora t<strong>em</strong> sido a transferênciaformal e informal <strong>de</strong> encargos aos Municlpios, que faz<strong>em</strong>cada vez mais e não têm recebido o equivalentenas transferências da receita.Municipalizar é uma coisa. Significa transferirtarefas, oferecer recursos e compartilhar encargos.Empurrar os probl<strong>em</strong>as para que eles estour<strong>em</strong> nas


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26951mãos <strong>dos</strong> Municlpios é outra completamente diferente.As Prefeituras não po<strong>de</strong>in fl:lncionar como um"pronto-socorro" da administração pública brasileira,apenas suprjndo as <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong> outras esferas.Os altos Indices <strong>de</strong> <strong>de</strong>socupação profissionalaumentaram a <strong>de</strong>manda por serviços públicos. AsPrefeituras, que estão mais perto <strong>dos</strong> cidadãos, sãomuito cobradas nesse momento diflcil, no qual parcelassignificativas da população viv<strong>em</strong> o drama do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego.O Presi<strong>de</strong>nte Fernando Henrique Car<strong>dos</strong>o é umhom<strong>em</strong> senslvel e <strong>de</strong>mocrático, que procura mantersua vida pública sintonizada com os anseios populares.Por isso, não <strong>de</strong>ve ter ficado indiferente aos resulta<strong>dos</strong>da pesquisa nacional realizada recent<strong>em</strong>entepelo Ibope, a pedido da Associação Paulista <strong>de</strong>Municlpios (APM).Segundo esse levantamento, 38% da populaçãoafirmaram que as Prefeituras prestam melhoresserviços que as outras esferas <strong>de</strong> Governo. O Ibopetambém constatou que 50% <strong>dos</strong> brasileiros achamque a maioria <strong>dos</strong> recursos <strong>de</strong>veriam ficar com os Municlpios,enquanto 22% apontaram os governos estaduaise 14% a União.. Esses números <strong>de</strong>ixam claro que é preciso redistribuiros recursos <strong>de</strong> forma mais eqUitativa do quev<strong>em</strong> sendo feito até agora..Os Municlpios têm umaproposta <strong>de</strong> reforma tributária que merece ser apreciadae estão dispostos a ajudar e a' participar <strong>de</strong>ssadiscussão. Mas não admit<strong>em</strong> prejudicar a população,que já está sofrendo muito com os probl<strong>em</strong>as econômicosdo Pais e não po<strong>de</strong> arcar com as conseqOências<strong>de</strong> um .ajuste fiscal que não corrija as distorçõesexistentes.O SR. DR. HELENO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. DR. HELENO (PSDB ~ RJ. Pela or<strong>de</strong>m.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, no próximo mês <strong>de</strong> julho, oGrupo Atlântica/A.C. Lobato estará iniciando as obras<strong>de</strong> construção <strong>de</strong> mais um shopping na Baixada.Será o terceiro do grupo e o primeiro <strong>em</strong> Duque <strong>de</strong>Caxias, ocupando uma área <strong>de</strong> 96 mil metros quadra<strong>dos</strong>ao lado do km2 da Rodovia washington Luiz e,portanto, a cerca <strong>de</strong> 2 mil metros do entroncamentodaquela rodovia com a Linha Vermelha e a AvenidaBrasil.O mercado potencial a ser atendido por essecentro comercial inclui não só Duque <strong>de</strong> Caxias, mastambém os Municlpios vizinhos <strong>de</strong> Magé, Guapimirim,Petrópolis, Belford Roxo, São João <strong>de</strong> Meriti eparte da Zona da Leopoldina, no Rio <strong>de</strong> Janeiro.A previsão é a geração <strong>de</strong> 1.500 <strong>em</strong>pregos diretosa partir do final do próximo ano, quando o shoppingabrirá as suas portas, com outros 3 mil indirE?'tos.O grupo <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dor reúne uma construtora <strong>de</strong> renomenacional e um grupo financeiro, o Icatu, queirão investir R$80 milhões na implantação do shopping,que unirá o maior sist<strong>em</strong>a multiplexo <strong>de</strong> cin<strong>em</strong>as,com 14 salas <strong>de</strong> exibição, ao lado <strong>de</strong> 200 lojas.Será, simultaneamente, um centro comercial e <strong>de</strong> lazer.Isso significa que Duque <strong>de</strong> Caxias ingressará noterceiro milênio dotado <strong>de</strong> uni centro comercial mo<strong>de</strong>rno,.equipado com a última palavra <strong>em</strong> _sist<strong>em</strong>aoperacional, da mesma forma que o fará na área <strong>de</strong>cin<strong>em</strong>a.Essa é uma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> que o Pars estásuperando a slndrome da crise <strong>em</strong> que os profetas do<strong>de</strong>sastre tentam pre<strong>de</strong>stiná-lo ao fracasso.A entrada <strong>de</strong> dólares na economia, a recuperaçãodas vendas, a abertura <strong>de</strong> novos <strong>em</strong>preendimentos,a expansão <strong>de</strong> nossas <strong>em</strong>presas, nada disso t<strong>em</strong>sido levado <strong>em</strong> conta pelos profetas do caos.Mas o Brasil real, o Brasil que trabalha, que investe,que estuda, que acredita que o amanhã estáao alcance <strong>de</strong> nossas mãos, <strong>de</strong> nossas ambições,esse Brasil resiste e avança.O Prefeito Zito, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ver fracassar <strong>em</strong> diversospontos do Pars a polltica <strong>dos</strong> incentivos fiscaiscomo forma <strong>de</strong> atrair novos investimentos, <strong>de</strong>cidiuque Duque <strong>de</strong> Caxias t<strong>em</strong> um capital muito mais importante'aoferecer: o seu povo trabalhador, or<strong>de</strong>iro ecapaz.Se ali se construiu, nos i<strong>dos</strong> <strong>de</strong> 40, a primeira fábrica<strong>de</strong> motores aeronáuticos, se ali surgiu a primeirafábrica <strong>de</strong> caminhões e automóveis, a histórica FNM,se ali criaram-se faculda<strong>de</strong>s, implantaram-se novas<strong>em</strong>presas, como está ocorrendo no Pólo Tecnológico<strong>de</strong> Xerém, por que não acreditar que o Pais está crescendo?Duque <strong>de</strong> Caxias, segundo o Prefeito Zito, t<strong>em</strong> aoferecer aos <strong>em</strong>presários <strong>de</strong> visão um Produto InternoBruto <strong>de</strong> R$4 bilhões <strong>em</strong> 1998/1999, po<strong>de</strong>ndocrescer 20% nos próximos quatro anos, contra previsõescatastróficas <strong>de</strong> recessão e <strong>de</strong> queda do PIBbrasileiro. O municlpio é cortado pelas RodoviasRio-Belo Horizonte e Rio-Bahia e fica a pouco mais<strong>de</strong> seis quilômetros da Rodovia Presi<strong>de</strong>nte Dutra.AI~i.1 <strong>de</strong> dispor <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra especializada<strong>em</strong> diversos setores da economia, o municlpio aindaganhará, nos próximos dois anos, uma usina termelétrica,que utilizará o gás natural <strong>de</strong> Campos para ge-


26952 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999rar eletricida<strong>de</strong>, capaz <strong>de</strong> garantir o abastecimento <strong>de</strong>quantas <strong>em</strong>presas venham a se instalar <strong>em</strong> seu território.É por isso que não t<strong>em</strong>os constrangimento algum<strong>em</strong> ser aponta<strong>dos</strong> como incorrigíveis otimistas.Por que não sê-lo, se a realida<strong>de</strong> é absurdamenteauspiciosa, se nosso futuro, mais do que nunca, só<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> nós?Enquanto o Presi<strong>de</strong>nte Fernando Henrique Car<strong>dos</strong>ocumpre o seu compromisso <strong>de</strong> campanha, <strong>de</strong>combater e controlar à inflação, as <strong>em</strong>presas estãoinvestindo e apostando no futuro. Se governantes <strong>de</strong>visão, como o Prefeito Zito, não poupam esforçospara equacionar probl<strong>em</strong>as como nas áreas da educação,da saú<strong>de</strong>, do saneamento básico, da pavimentaçãoe abertura <strong>de</strong> ruas e avenidas, só t<strong>em</strong>osque acreditar no Brasil e nos brasileiros. Se não o fizermos,estar<strong>em</strong>os renunciando a nossa soberania, anossa cidadania.T<strong>em</strong>os-que espantar'<strong>de</strong> nosso dicionário políticopráticas e conceitos como os do "quanto pior me­Ihor", <strong>de</strong> que é preciso levar vantag<strong>em</strong> <strong>em</strong> tudo, mesmoque mergulh<strong>em</strong>os o País numa crise institucionals<strong>em</strong> prece<strong>de</strong>ntes na história política recente.O Brasil é maior do que a crise virtual que algunsaventureiros teimam <strong>em</strong> apresentar como umadura realida<strong>de</strong>. T<strong>em</strong>os probl<strong>em</strong>as, sim, mas t<strong>em</strong>os as24 horas do dia para encontrar as soluções.O Brasil real, o Brasil que trabalha e investe nofuturo t<strong>em</strong> pressa e cobra <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> nós, com responsabilida<strong>de</strong>spúblicas, um mínimo <strong>de</strong> serieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>gran<strong>de</strong>za, à altura do povo que juramos repres~ntar.Não po<strong>de</strong>m os mandatários ir além <strong>dos</strong> po<strong>de</strong>resque lhes foram outorga<strong>dos</strong> pelos mandantes, ensinao nosso Direito Civil.Na política, fomos eleitos para ajudar o Brasil aenfrentar tantas crises quantas surjam no horizonte.Não t<strong>em</strong>os, no entanto, procuração para ser os coveirosdo País, os incitadores e os i<strong>de</strong>alizadores <strong>de</strong> crises<strong>de</strong> gabinete, forjadas <strong>em</strong> salas escuras e refrigeradas,à sombra do anonimato.Não 'põélémos,-'n<strong>em</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os compactuar comesse cenário.O Brasil t<strong>em</strong> jeito, e os brasileiros, lá fora, estãoindicando o caminho que <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os seguir.Basta termos um mínimo <strong>de</strong> bom senso e cumprir,com fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> e serieda<strong>de</strong>, o mandato outorgadonas urnas.Nada além disso!Era o que tinha a dizer.Obrigado.o SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Solicitoaos Srs. Deputa<strong>dos</strong> que estiver<strong>em</strong> na~ comissõesque venham ao plenário. As comissões técnicas <strong>de</strong>v<strong>em</strong>paralisar seus trabalhos. Estamos na Or<strong>de</strong>m doDia, <strong>em</strong> processo <strong>de</strong> votação nominal. Logo encerrareia votação.O SR. CAIO RIELA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço a palavrapela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. CAIO RIELA (PTB - RS. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs.Deputa<strong>dos</strong>, pesquisa realizada pelo Banco Nacionaldo Desenvolvimento Econômico e Social - BNDESaponta a agropecuária como um <strong>dos</strong> setores qu<strong>em</strong>ais geram <strong>em</strong>prego no País. Isso não se encaixa narealida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> produtores gaúchos. Apesar do potencialda agricultura e da pecuária <strong>de</strong>senvolvido noEstado, que respon<strong>de</strong> por cerca <strong>de</strong> 11 % do ProdutoInterno Bruto gaúcho, somente nos últimos <strong>de</strong>z anosforam fecha<strong>dos</strong> 35 mil postos <strong>de</strong> trabalho no campo,na área rural. .O povo está saindo da campanha e indo para acida<strong>de</strong>. Na nossa região, na meta<strong>de</strong> sul do Rio Gran<strong>de</strong>do Sul, 90% da população moram na região urbanae 10% na. área rural. Antigamente, era o contrário:90% moravam na área rural e 10% na área urbana.Isso mostra a falta <strong>de</strong> uma política agrícola clara quedê uma diretriz aos produtores gaúchos e brasileiros.Conforme levantamento realizado pela Fe<strong>de</strong>ração<strong>dos</strong> Trabalhadores na Agricultura - FETAG,esse número refere-se apenas ao contingente <strong>de</strong>pessoal assalariado, que soma 165 mil trabalhadores.Em todo o Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul há hojecerca <strong>de</strong> 1,5 milhão <strong>de</strong> trabalhadores rurais. Segundoa Fetag, a dificulda<strong>de</strong> do trabalhador do campo acentua-se,<strong>em</strong>época <strong>de</strong> final <strong>de</strong> safra, quando muitas ativida<strong>de</strong>srelativas à colheita são suspensas.Os dirigentes da Fetag diz<strong>em</strong> que falta políticaagrícola no País para que o agricultor possa planejaro plantio, a colheita e a venda do produto.-A .ausência <strong>de</strong> investimento- do Governo naagropecuária também leva ao fechamento <strong>de</strong> postos<strong>de</strong> trabalho, pois na medida <strong>em</strong> que não se criam incentivospara aumento <strong>de</strong> plantio, não existe contratação<strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra no estado. O ex<strong>em</strong>plo ocorreucom a lavoura <strong>de</strong> trigo no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.Há doze anos o Brasil era auto-suficiente naprodução <strong>de</strong> trigo, mas a falta <strong>de</strong> investimento ocasionoua redução <strong>de</strong> área plantada, com a perda <strong>de</strong> mais<strong>de</strong> 200 mil <strong>em</strong>pregos no campo, segundo levantamentorealizado pela Embrapa.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26953Na opinião <strong>dos</strong> dirigentes da Fetag, o quadro <strong>de</strong><strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego no campo só será revertido quando houvero enxugamento das dívidas do setor agropecuáriopara que as contratações volt<strong>em</strong> ao ritmo normal.Para o Presi<strong>de</strong>nte da Comissão <strong>de</strong> Crédito Ruralda Confe<strong>de</strong>ração Nacional da Agricultura, CarlosSperotlo, as dívidas <strong>dos</strong> agricultores brasileiros chegama R$24 bilhões. E a falta <strong>de</strong> solução para o probl<strong>em</strong>ado endividamento impe<strong>de</strong> que o agricultor tenhaacesso a créditos <strong>de</strong> custeio e, conseqüent<strong>em</strong>ente,não contrate mão-<strong>de</strong>-obra no campo. A Fe<strong>de</strong>raçãoda Agricultura do Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul ­FARSUL v<strong>em</strong> negociando as dívidas <strong>dos</strong> produtores,<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um prazo que consi<strong>de</strong>ra i<strong>de</strong>al para recapitalizaro setor agrícola, isto é, quatro anos <strong>de</strong> carência,vinte anos <strong>de</strong> prazo, com rebate <strong>de</strong> 40%.Neste momento, quer<strong>em</strong>os nos unir às <strong>de</strong>maisvozes <strong>dos</strong> parlamentares gaúchos para apelar ao GovernoFe<strong>de</strong>ral para que adie o pagamento da primeiraprestação <strong>dos</strong> financiamentos <strong>dos</strong> agricultores juntoao Banco do Brasil, cuja primeira parcela do custeioda lavoura arrozeira vence no próximo dia 30 .Nosso apelo v<strong>em</strong> da diferença entre o custo daprodução e os valores pagos quando da venda doproduto, tendo <strong>em</strong> vista a concorrência das importações<strong>de</strong> arroz do Uruguai e da Argentina.Quero <strong>de</strong>ixar este registro, que é importantepara que possamos prestar nosso papel <strong>de</strong> informar asocieda<strong>de</strong> brasileira.Falta uma política agrícola clara, transparente eque possa realmente alcançar o setor primário.Muito obrigado.O SR. DR. HÉLIO- Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço a palavrapela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V. Exa. a palavra.O SR. DR. HÉLIO (PDT - SP. S<strong>em</strong> revisão doorador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, diante <strong>de</strong> novos argumentosque chegaram à li<strong>de</strong>ranÇa do PDT, refletindoacerca <strong>de</strong>sse texto ora "<strong>de</strong>scrito, retificamos nossovoto, que passa a ser "sim".O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - O votodo PDT é "sim". Vamos retificá-lo no painel.O SR. NEY LOPES (PFL - RN. S<strong>em</strong> revisão doorador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, pela impossibilida<strong>de</strong> do registroeletrônico do meu voto, quero fazê-lo verbalmente.Meu voto é "sim".O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - DeputadoNey Lopes vota "sim". Será computado o voto.O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA- Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V. Exa. a palavra.O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL - PE. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, quero fazer umapelo aos Srs. Parlamentares presentes nas <strong>de</strong>pendênciasda Casa para que venham ao plenário. Trata-seda votação <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque sobre proposta <strong>de</strong><strong>em</strong>enda à Constituição, que requer quorum qualificado<strong>de</strong> 308 votos para manutenção do texto. Trata-seespecificamente da criação do Ministério da Defesa.A preservação do texto do ilustre Relator Aroldo Cedrazé fundamental para a mo<strong>de</strong>rnização das ForçasArmadas.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, pedimos a V. Exa. que man<strong>de</strong>encerrar os trabalhos <strong>de</strong> todas as Comissões Especiaisreunidas na Casa, para que os parlamentarespossam vir ao plenário e consignar seu voto, a fim <strong>de</strong>que possamos obter um quorum que represente avonta<strong>de</strong> da maioria da nossa instituição. O PFL recomendao voto "sim".O SR. CABO JÚLIO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V. Exa a palavra.O SR. CABO JÚLIO (Bloco/PL - MG. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na s<strong>em</strong>anapassada, a Ass<strong>em</strong>bléia Legislativa <strong>de</strong> MinasGerais aprovou, por unanimida<strong>de</strong>, a anistia <strong>de</strong> 182policiais militares que, por participar<strong>em</strong> <strong>de</strong> um movimento<strong>em</strong> 1997, foram expulsos da corporação.O Governador Itamar Franco <strong>em</strong>penhou-se juntoà Ass<strong>em</strong>bléia Legislativa. Depois <strong>de</strong> quase doisanos <strong>de</strong> luta, conseguimos sair vitoriosos. Cento e oitentae dois, <strong>dos</strong> 185 policiais militares que foram expulsos,já po<strong>de</strong>m retornar à corporação.Agra<strong>de</strong>ço ao Governador Itamar Franco por suacorag<strong>em</strong> <strong>de</strong> lutar num episódio inédito. S. Exa. tevepulso e cumpriu o prometido. Retornar<strong>em</strong>os à nossacorporação, porque fomos expulsos injustamente.Era o que tinha a dizer.O SR. AÉCIO NEVES - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. AÉCIO NEVES (PSDB - MG. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, nomomento <strong>em</strong> que reitero o voto "sim" nesta matéria,tomo a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicar aos nobres companheirosda bancada do PSDB que a reunião <strong>de</strong> bancadaque haveria neste horário ocorrerá logo após oencerramento <strong>de</strong>sta votação, no Espaço Cultural, localizado<strong>em</strong>baixo <strong>de</strong>ste plenário.


26954 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Portanto, a reunião está mantida para logo apóso resultado <strong>de</strong>sta votaçã~.Muito obrigado.O SR. VALDECI OLIVEIRA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. VALDECI OLIVEIRA (PT - RS. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, gostariaapenas <strong>de</strong> registrar que estou protocolando projetoque altera os arts. 20 e 22 da Lei nO 7.102, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong>junho <strong>de</strong> 1983, <strong>de</strong>finindo critério para a concessão <strong>de</strong>autorização <strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa especializada<strong>em</strong> serviço <strong>de</strong> vigil~ncia e transportes ae valorese <strong>de</strong>terminando o uso <strong>de</strong> equipamento <strong>de</strong> proteçãoindividual pelos vigilantes <strong>em</strong> serviço.O SR. DR. HÉLIO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço a palavrapela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. DR. HÉLIO (PDT - SP. Pela or<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, estamos encaminhandopedido <strong>de</strong> informações ao Sr. Ministro da Saú<strong>de</strong>sobre a liberação do produto Vasomax para a comercialização.Quer<strong>em</strong>os saber, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, quando o Vasomaxfoi liberado para uso comercial, quais são osseus controles, inconvenientes e efeitos colaterais ese existe algum teste <strong>de</strong> segurança do Vasomax noPaís ou no seu próprio país <strong>de</strong> orig<strong>em</strong>. Quer<strong>em</strong>os algumasinformações pertinentes ao uso <strong>de</strong>ssa droga eseus possíveis efeitos adversos encontra<strong>dos</strong>.Tudo isso porque no seu país <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> essadroga sequer completou um ano, para que pu<strong>de</strong>sseter um teste <strong>de</strong> segurança a<strong>de</strong>quado, particularmentepor seu efeito nocivo para os pacientes que faz<strong>em</strong>uso da droga, do nitrato, para <strong>de</strong>terminadas doençasdo sist<strong>em</strong>a cardíaco.É impossível que no Brasil essa droga, Vasomax,seja utilizada, fazendo com que o povo brasileiroseja mais uma cobaia, <strong>em</strong> particular porque essa drogautilizada para impotência t<strong>em</strong> gran<strong>de</strong> consumo,haja vista o Viagra no ano passado, <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1 milhão<strong>de</strong> comprimi<strong>dos</strong> <strong>em</strong> nosso meio.Solicitamos ao Ministério da Saú<strong>de</strong> informaçõesno sentido <strong>de</strong> saber por que o Vasomax está sendo comercializadono País e por que as autorida<strong>de</strong>s sanitáriasesqueceram-se <strong>de</strong> que sequer no seu próprio país<strong>de</strong> orig<strong>em</strong> é permitida a comercialização <strong>de</strong>ssa droga.O SR. JOSUÉ BENGTSON - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - V. Exa.t<strong>em</strong> a palavra.O SR. JOSUÉ BENGTSON (PTB - PA. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, oEstado do Pará está aguardando resposta do Ministériodo Meio Ambiente sobre a autorização para o iníciodas obras da Hidrovia do Marajó.A Hidrovia do Marajó é um canal que será feitoentre os rios Atuá e Anajás e vai encurtar <strong>em</strong> oito horasa viag<strong>em</strong> <strong>de</strong> Belém a Macapá. Todo o projeto ambientaiestá pronto, e até agora o Ministério do MeioAmbiente não liberou o.início das obras.O Estado do Pará t<strong>em</strong> pressa. Se passarmos overão s<strong>em</strong> o início das obras, será mais um ano perdido.Pedimos providências ao Ministério do MeioAmbiente.O SR. PEDRO CELSO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. PEDRO CELSO (PT - DF. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, quero noticiarfato ocorrido hoje, nas <strong>de</strong>pendências da nossaCasa: a paralisação, uma greve espontânea, por parte<strong>dos</strong> trabalhadores <strong>de</strong> manutenção das partes elétrica,hidráulica, <strong>de</strong> carpintaria e telefonia.Os trabalhadores pararam <strong>de</strong> forma voluntária,porque estão com seus salários atrasa<strong>dos</strong>, trabalhandohá mais <strong>de</strong> dois meses nesta Casa s<strong>em</strong> o <strong>de</strong>vidoregistro na carteira profissional, além <strong>de</strong> outras irregularida<strong>de</strong>s.Portanto, é preciso que os <strong>de</strong>puta<strong>dos</strong> e <strong>de</strong>putadastom<strong>em</strong> conhecimento <strong>de</strong> que na Casa <strong>de</strong> leis asleis não estão sendo cumpridas pela <strong>em</strong>presa prestadora<strong>de</strong> serviços da Câmara Fe<strong>de</strong>ral, que v<strong>em</strong>, <strong>de</strong> formacostumeira, atrasando o salário do pessoal e sequerregistrando a carteira profissional <strong>de</strong>sses trabalhadores,o que os levou a uma greve no dia <strong>de</strong> hoje.Eles se reunirão amanhã novamente <strong>em</strong> ass<strong>em</strong>bléiapara regularizar a situaç~o.O SR. OLIVEIRA FILHO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peçoa palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. OLIVEIRA FILHO (PPB - PRo Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, a IgrejaUniversal do Reino <strong>de</strong> Deus completa 21 anos <strong>de</strong>ida<strong>de</strong> no dia 9 <strong>de</strong>ste mês. Por isso encaminho à Mesarequerimento <strong>em</strong> que solicito a V. Exa. a realização <strong>de</strong>sessão solene, no dia 8 <strong>de</strong> julho, quinta-feira, <strong>em</strong> com<strong>em</strong>oraçãoao seu aniversário. Para isso, Sr. Presi<strong>de</strong>nte,gostaria <strong>de</strong> contar com sua aprovação.Muito obrigado.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26955o SR•.POMPEO DE MATTOS (PDT - RS. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, enquanto os voiosestão sendo computa<strong>dos</strong>, peço vênia para apresentardois projetos <strong>de</strong> lei.O primeiro modifica o § 1 2 do art. 280 da Lei Fe<strong>de</strong>raln 2 9.503, <strong>de</strong> 1997,0 Código <strong>de</strong> Trânsito Brasileiro,no sentido <strong>de</strong> regulamentar as multas aplicadaspelos guardas municipais <strong>de</strong>ntro da cida<strong>de</strong>, tomandonecessária, para que tenham valida<strong>de</strong>, a assinaturado motorista infrator ou, quando for impossível, umavez que o motorista infrator po<strong>de</strong> estar <strong>em</strong> fuga, asassinaturas <strong>de</strong> duas test<strong>em</strong>unhas da ocorrência.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, está havendo um festival <strong>de</strong>multas por parte <strong>dos</strong> guardas municipais <strong>em</strong> todo oPaís. Há uma verda<strong>de</strong>ira fábrica <strong>de</strong> multas on<strong>de</strong>exist<strong>em</strong> guardas municipais e o contribuinte é extr<strong>em</strong>amentepenalizado ao ter que pagar a multa.Se os guardas municipais quiser<strong>em</strong> multar, que ofaçam, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que estabeleçam o contato pessoalcom o infrator e exijam a aposição da sua assinaturana referida multa. Do contrário, <strong>de</strong>verá solicitar aduas pessoas que test<strong>em</strong>unharam a infração que asubscrevam.O segundo projeto é sobre o seguro-<strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregoe vincula sua percepção à prestação<strong>de</strong> serviço comunitário por parte do trabalhador <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregado.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o trabalhador <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregadot<strong>em</strong> o direito <strong>de</strong> receber o seguro-<strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego porum período, mas durante esse t<strong>em</strong>po fica na ociosida<strong>de</strong>,s<strong>em</strong> nenhum serviço. Quer<strong>em</strong>os que elefaça, <strong>em</strong> meio turno, uma ativida<strong>de</strong> comunitária, oque, pelo menos <strong>em</strong> parte, justificará o recebimentodo seguro. Ele <strong>de</strong>verá prestar algum serviço <strong>em</strong>entida<strong>de</strong>s filantrópicas, Apae, creches, asilos, serviços<strong>de</strong> assistência social <strong>de</strong> prefeituras, hospitaisou qualquer outro órgão que preste serviço à comunida<strong>de</strong>.Dev<strong>em</strong>os, sim, amparar o trabalhador <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregado,não t<strong>em</strong>os dúvida disso. Mas não é menosverda<strong>de</strong> que ele po<strong>de</strong> oferecer uma contrapartida, pormenor que seja, pelo salário que recebe. Dessa maneira,tornará mais justa a r<strong>em</strong>uneração do seguro-<strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego.O Estado, a União, ou seja, a socieda<strong>de</strong> paga osalário do seguro-<strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego e <strong>de</strong>sse modo terá,como contrapartida, um retorno, menor do que se otrabalhador estivesse trabalhando, é claro, mas umacompensação social.Encaminho esses dois projetos à Mesa.O SR. ANTONIO CARLOS BISCAIA -Presi<strong>de</strong>nte, peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.Sr.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. ANTONIO CARLOS BISCAIA (PT ­RJ. Pela or<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr.Presi<strong>de</strong>nte, estou encaminhando à Mesa projeto<strong>de</strong> lei que dispõe sobre a efetivação <strong>de</strong> paga·mentos e recebimentos da r<strong>em</strong>uneração <strong>de</strong> tra·balho e beneffcios previ<strong>de</strong>nciários mediante <strong>de</strong>pósitobancário por pessoa ffsica ou jurídica <strong>de</strong>direito público ou privado.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Pois não.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Vou encerrara votação.Solicito aos Srs. Deputa<strong>dos</strong> que venham ao plenário,pois está havendo votação nominal.O SR. MAGNO MALTA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTe (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. MAGNO MALT~(PTB - ES. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, gostaria <strong>de</strong>usar a palavra neste momento para solicitar ajuda aoLí<strong>de</strong>r do Governo na Casa.Como Presi<strong>de</strong>nte da CPI do Narcotráfico, envieiao Banco Central um expediente há 45 dias, no qualpeço três técnicos para ajudar-nos <strong>em</strong> cruzamento <strong>de</strong>da<strong>dos</strong> e <strong>em</strong> avaliações.Quarenta e cinco dias <strong>de</strong>pois, recebi ofício doBanco Central comunicando-me que aquela instituiçãonão po<strong>de</strong>ria fornecer os técnicos por falta <strong>de</strong>recursos, mas que ce<strong>de</strong>ria um técnico <strong>de</strong> Pernambuco,se a Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> assumisse oônus.Gostaria, então, <strong>de</strong> pedir ajuda ao Lí<strong>de</strong>r doGoverno para dizer ao Presi<strong>de</strong>nte do Banco que áNação não vai enten<strong>de</strong>r isso. O probl<strong>em</strong>a do narcotráficoé seriíssimo <strong>em</strong> nosso País. O BancoCentral acabou <strong>de</strong> dar 8 bilhões <strong>de</strong> reais para doisbancos, dois banquinhos <strong>de</strong>squalifica<strong>dos</strong>, e negaà CPI do Narcotráfico dois técnicos, alegando falta<strong>de</strong> recursos.A Nação não vai enten<strong>de</strong>r isso. Então, Sr. Presi<strong>de</strong>nte,estamos <strong>de</strong>nunciando essa atitu<strong>de</strong> do BancoCentral. Não vamos abrir mão <strong>de</strong>sses técnicos, eessa resposta do Banco Central à CPI do Narcotráficoé uma vergonha. A Nação não vai Anten<strong>de</strong>r, repito, evamos <strong>de</strong>nunciar, por meio da imprensa, esse comportamentovergonhoso.Era o que tinha a dizer, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) -encerrar.Vou


26956 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999To<strong>dos</strong> votaram? (Pausa.) Vou encerrar.Está encerrada a votação.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Anuncioo resultado.VOTARAM:Sim: 376Não: 70Abstenções: 1Total: 447É aprovada a expressão.Fica mantido o texto.LISTAGEM DE VOTAÇÃOProposição: PEC N. 626/98 - DVS EXPRESSÃO" EOS COMANDANTES DA MARINHA,DO EXÉRCiTO....Início Votação: 09106/1999 17:17Fim Votação: 09/06/19~9 17:49Presidiram a Votação: Michel T<strong>em</strong>er -16:41Resultado da VotaçãoSim 375Não 70Abstenção 1Total da Votação 446Art. 17 1Total Quorum 447OrientaçãoPFL -SimPMDB -SimPSDB-SimPT - NãoPPB-SimPDT-SimPTB-SimPSB/PCDOB - SimPUPST/PSUPMN/PSD - SimPPS- NãoGOV.-SimObstruçãoOPartido Bloco VotoRORAIMAAirton Cascavel PPS NãoAlceste Almeida PMDB SimAlmir Sá PPB SimLuciano Castro PSDB SimLuis Barbosa PFL SimRobério Araújo PPB SimTotal Roraima: 6


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26957Partido Bloco VotoAMAPÁBadu Picanço PSDB SimDr. Benedito Dias PFL SimEduardo Seabra PTB SimEvandro Milhomen PSB PSB/PCDOB SimFátima Pelaes PSDB SimJurandil Juarez PMDB SimSérgio Barcellos PFL SimTotal Amapá: 7PARÁAnivaldo Vale PSDB SimBabá PT NãoDeus<strong>de</strong>th Pantoja PFL SimGerson Peres PPB SimGiovanni Queiroz PDT SimJorge Costa PMDB SimJosué Bengtson PTB SimNicias Ribeiro PSDB SimNilson Pinto PSDB SimPaulo Rocha PT NãoRaimundo Santos PFL SimRenildo Leal PTB SimValdir Ganzer PT NãoVic Pires Franco PFL SimZenaldo Coutinho PSDB SimTotal Pará: 15AMAZONASArthur Virgílio PSDB SimÁtila Lins PFL SimFrancisco Garcia PFL SimJosé Melo PFL SimLuiz Fernando PPB SimPau<strong>de</strong>rney Avelino PFL SimSilas Câmara PFL SimVanessa Grazziotin PCdoB PSB/PCOOB SimTotal Amazonas: 8RONOONIAAgnaldo Muniz PDT SimCarlos CuryPPBSimConfúcio Moura PMDB SimEurípe<strong>de</strong>s MirandaPOTNãoExpedito Júnior PFL SimNUton Capixaba PTB SimSérgio CarvalhoPSDBSimTotal Rondonia : 7


26958 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS- DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Partido . Bloco VotoACREHil<strong>de</strong>brando Pascoal PFL SimII<strong>de</strong>fonço Cor<strong>de</strong>iro PFL SimJoão Tota PPB SimMárcio Bittar PPS NãoMarcos Afonso PT NãoNilson Mourão PT NãoSérgio Barros PDT SiínZila Bezerra PFL SimTotal Acre: 8TOCANTINSAntônio Jorge PFL SimDarci Coelho PFL SimJoão Ribeiro PFL SimOsvaldo Reis PMDB SimPastor Amarildo PPB SimPaulo Mourão PSDB SimTotal Tocantins: 6MARANHÃOAlbérico Filho PMDB SimCesar Ban<strong>de</strong>ira PFL SimCosta Ferreira PFL SimFrancisco Coelho PFL SimGastão Vieira PMDB SimJoão Castelo PSDB SimJosé Antonio PSB PSB/PCDOB SimNeiva Moreira PDT SimNice Lobão PFL SimPedro Fernan<strong>de</strong>s PFL SimPedro Novais PMDB SimR<strong>em</strong>i Trinta PL PUPST/PSUPMN/PSD SimRoberto Rocha PSDB SimSebastião Ma<strong>de</strong>ira PSDB SimTotal Maranhão: 14CEARÁAdolfo Marinho PSDB SimAlmeida <strong>de</strong> Jesus PL PUPST/PSUPMN/PSD SimAnibal Gomes PMDB SimAntonio Cambraia PMDB SimAmon Bezerra PSDB SimEunício Oliveira PMDB SimInácio Arruda PCdoB PSB/PCDOB SimJosé Unhares PPB SimJosé Pimentel PT Não


unho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26959CEARÁPartido Bloco VotoLéo Alcântara PSDB SimManoel Salviano PSDB SimMarcelo Teixeira PMDB SimMoroni Torgan PSDB SimNelson Otoch PSDB SimPinheiro Landim PMDB SimRaimundo Gomes <strong>de</strong> Matos PSDB SimRoberto Pessoa PFL SimRommel Feijó PSDB SimSérgio Novais PSB PSB/PCDOB SimUbiratan Aguiar PSDB SimVicente Arruda PSDB SimTotal Ceará: 21PIAuíÁtila Lira PSDB SimB.Sá PSDB SimCiro Nogueira PFL SimHeráclito Fortes PFL SimJoão Henrique PMDB SimMarcelo Castro PMDB SimPaes Landim PFL SimTh<strong>em</strong>ístocles Sampaio PMDB SimWellington Dias PT NãoTotal Piauí: 9RIO GRANDE DO NORTEBetinho Rosado PFL SimIberê Ferreira PPB SimLavoisier Maia PFL SimMúcio Sá PMDB SimTotal Rio Gran<strong>de</strong> do Nor1:e : 4PARAíBAAdauto Pereira PFL SimArmando Abílio PMDB SimAvenzoar Arruda PT NãoCarlos Dunga PMDB SimDamião Feliciano PMDB SimDomiciano Cabral PMDB SimEfraim Morais PFL SimEnivaldo Ribeiro PPB SimInaldo Leitão PMDB SimMarcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lha PFL SimTotal Paraíba: 10


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA OOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26961BAHIAParti(lo Bloco VotoFélix Mendonça PTB SimFrancistônio Pinto PMDB ·SimGed<strong>de</strong>l Vieira Lima PMDB SimGeraldo Simões PT NãoGerson Gabrielli PFL SimHaroldo Lima PCdoB PSB/PCDOB SimJaime Fernan<strong>de</strong>s PFL SimJairo Azi PFL SimJairo Carneiro PFL SimJaques Wagner PT NãoJoão Almeida PSDB SimJoão Leão PSDB SimJonival Lucas Junior PPB SimJorge Khoury PFL SimJosé Carlos Aleluia PFL SimJosé Lourenço PFL SimJosé Rocha PFL SimJosé Ronaldo PFL SimJutahy Junior PSDB SimLuiz Moreira PFL SimManoel Castro PFL SimMário Negromonte PSDB SimNelson Pellegrino PT NãoNilo Coelho PSDB SimPaulo Braga PFL SimPaulo Magalhães PFL SimReginaldo Germano PFL SimRoland Lavigne PFL SimSaulo Pedrosa PSDB SimUrsicino Queiroz PFL SimWaldir Pires PT NãoWalter Pinheiro PT NãoTotal Bahia: 36MINAS GERAISA<strong>de</strong>mir Lucas PSDB SimAécio Neves PSDB SimAntônio do Valle PMDB SimAracely <strong>de</strong> Paula PFL SimCabo Júlio PL PUPST/PSUPMN/PSD SimCarlos Melles PFL SimCarlos Mosconi PSDB SimCleuber Carneiro PFL SimCustódio Mattos PSDB SimDanilo <strong>de</strong> Castro PSDB SimEdmar Moreira PPB Sim


26962 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA OOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Partido Bloco VotoMINAS GERAISEduardo Barbosa PSDB SimEliseu Resen<strong>de</strong> PFL SimGilmar Machado PT NãoHélio Costa PMDB SimIbrahim Abi-Ackel PPB SimJaime Martins PFL SimJoão Fassarella PT NãoJoão Magno PT NãoJosé Militão PSDB SimLael Varella PFL SimLincoln Portela PST PL/PST/PSL/PMN/PSD SimMárcio Reinaldo Moreira PPB SimMaria do Carmo Lara PT NãoMaria Elvira PMDB SimNarcio Rodrigues PSDB SimNilmário Miranda PT NãoO<strong>de</strong>lmo Leão PPB SimOlimpio Pires PDT SimOsmânio Pereira PMDB SimPhil<strong>em</strong>on Rodrigues PMDB SimRafael Guerra PSDB SimRoberto Brant PFL SimRomel Anizio PPB SimRomeu Queiroz PSDB SimRonaldo Vasconcellos PL PL/PST/PSL/PMN/PSD SimSaraiva Felipe PMDB SimSérgio Miranda PCdoB PSB/PCDOB Sim. Silas Brasileiro PMDB SimVirgllio Guimarães PT NãoVittorio Medioli PSDB SimZaire Rezen<strong>de</strong> PMDB NãoZezé Perrella PFL SimTotal Minas Gerais: 43EspíRITO SANTOAloízio Santos PSDB SimFeu Rosa PSDB SimJosé Carlos Elias PTB SimMagno Malta PTB SimMarcus Vicente PSDB SimMax Mauro PTB NãoNilton Baiano PPB SimRicardo Ferraço PSDB SimTotal Espírito Santo: 8


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26963RIO DE JANEIROPartido Bloco VotoAlcione Athay<strong>de</strong> PPB SimAldir Cabral PFL SimAlexandre Santos PSDB SimAlmerinda <strong>de</strong> Carvalho PFL SimAntonio Carlos Biscaia PT NãoArol<strong>de</strong> <strong>de</strong> Oliveira PFL SimAyrton Xerêz PSDB SimBispo Rodrigues PL PUPST/PSUPMN/PSD SimCarlos Santana PT NãoCelso Jacob PDT SimCoronel Garcia PSDB SimDr. Heleno PSDB SimEduardo Paes PFL SimEurico Miranda PPB SimFernando Gabeira PV NãoFernando Gonçalves PTB Simlédio Rosa PMDB SimJair Bolsonaro PPB SimJandira Feghali PCdoB PSB/PCDOB SimJoão Men<strong>de</strong>s PMDB SimJoão Sampaio PDT SimJorge Wilson PMDB SimL.aura Carneiro PFL SimLuís Eduardo PSDB SimLuiz Ribeiro PSDB SimLuiz Salomão PDT SimLuiz Sérgio PT NãoMareio Fortes PSDB SimMilton T<strong>em</strong>er PT NãoMiro Teixeira PDT SimPastor Val<strong>de</strong>ci Paiva PST PUPST/PSUPMN/PSD SimPaulo Baltazar PSB PSB/PCDOB SimPaulo <strong>de</strong> Almeida PPB SimPaulo Feijó PSDB SimRicardo Maranhão PSB PSB/PCDOB SimRoberto Jefferson PTB SimRodrigo Maia PFL SimRonaldo Cezar Coelho PSDB SimRub<strong>em</strong> Medina PFL SimSimão Sessim PPB SimVivaldo Barbosa PDT NãoWan<strong>de</strong>rley Martins PDT NãoTotal Rio <strong>de</strong> Janeiro: 42SÃO PAULOAIQerto Goldman PSDB SimAlberto Mourão PMDB Sim


26964 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Partido Bloco VotoSÃO PAULOAldo Rebelo PCdoB PSB/PCDOB SimAloizio Mercadante PT NãoAloysio Nunes Ferreira PSDB SimAndré Benassi PSDB SimAngela Guadagnin PT NãoAntonio Carlos Pannunzio PSDB SimAntonio Kandir PSDB SimAntonio Palocci PT NãoArlindo Chinaglia PT NãoArnaldo Faria <strong>de</strong> Sá PPB AbstençãoArnaldo Ma<strong>de</strong>ira PSDB SimAry Kara PPB SimBispo Wan<strong>de</strong>rval PL PLlPST/PSLlPMN/PSD SimCelso Giglio PTB SimCelso Russomanno PPB SimCorauci Sobrinho PFL SimDe Velasco PST PLlPST/PSLlPMN/PSD SimDelfim Netto PPB SimDr. Hélio PDT SimDuilio Pisaneschi PTB SimEdinho Araújo PMDB SimEduardo Jorge PT NãoEmerson Kapaz PSDB SimEvilásio Farias PSB PSB/PCDOB SimFranco Montoro PSDB SimIara Bernardi PT NãoJoão Herrmann Neto PPS NãoJoão Paulo PT NãoJorge Ta<strong>de</strong>u Mudalen PMDB SimJosé <strong>de</strong> Abreu PSDB SimJosé Dirceu PT NãoJosé Genoino PT NãoJosé Machado PT NãoJosé Roberto Batochio PDT SimJulio S<strong>em</strong>eghini PSDB SimLamartine Posella PMDB SimLuiz Antonio Fleury PTB SimLuiza Erundina PSB PSB/PCDOB SimMaluly Netto PFL SimMarcelo Barbieri PMDB SimMarcos Cintra PL PUPST/PSUPMN/PSD SimMichel T<strong>em</strong>er PMDB Art. 17Moreira Ferreíra PFL SimNelo Rodolfo PMDB SimNelson Marquezelli PTB Sim


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26965Partido Bloco VotoSÃO PAULOPaulo Kobayashi PSDB SimPaulo Lima PMDB SimProfessor Luizinho PT NãoRicardo Berzoini PT NãoRicardo Izar PMDB SimRobson Tuma PFL SimRubens Furlan PFL SimSalvador Zimbaldi PSDB SimSampaio Dória PSDB SimTeima <strong>de</strong> Souza PT NãoVadãoGomes PPB SimVal<strong>de</strong>mar Costa Neto PL PLlPST/PSLlPMN/PSD SimWagner Salustiano PPB Sim. Xico Graziano PSDB SimZé índio PMDB SimZulaiê Cobra PSDB SimTotal São Paulo: 63MATO GROSSOCelcita Pinheiro PFL SimUno Rossi PSDB SimMurilo Domingos PTB SimOsvaldo Sobrinho PTB SimTeté Bezerra PMDB SimWilson Santos PMDB SimTotal Mato Grosso: 6DISTRITO FEDERALAgnelo Queiroz PCdoB PSB/PCDOB SimAlberto Fraga PMDB SimGeraldo Magela PT NãoMaria Abadia PSDB SimPastor Jorge PMDB SimPedro Celso PT NãoRicardo Noronha PMDB SimTotal Distrito Fe<strong>de</strong>ral: 7GOIÁSBarbosa Neto PMDB SimEuler Morais PMDB SimGeovan Freitas PMDB SimJovair Arantes PSDB SimJuquinha PSDB SimLidia Quinan PSDB SimLuiz Bittencourt PMDB SimNair Xavier Lobo PMDB Sim


26966 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999PartidoBlocoVotoGOIÁS'Norberto TeixeiraPedro CanedoPedro WilsonRoberto BalestraRonaldo CaiadoVilmar RochaTotal Goiás: 14MATO GROSSO DO SULBen-Hur FerreiraFlávio DerziJoão GrandãoMarçal FilhoMarisa SerranoNelson TradPedro PedrossianWal<strong>de</strong>mir MokaTotal Mato Grosso do Sul: 8PARANÁAbelardo LupionAffonso CamargoAirton RovedaChico da PrincesaDilceu SperaficoDr. RosinhaGustavo FruetHermes ParcianelloIris SimõesIvania GuerraJosé BorbaJosé Carlos MartinezJosé JaneneLuciano PizzattoLuiz Carlos HaulyMárcio MatosMax RosenmannMoacir MichelettoNelson MeurerOdílio BalbinottiOliveira FilhoOsmar SerraglioPadre RoqueRicardo BarrosRubens BuenoSantos FilhoPMDBPSDBPTPPBPFLPFLPTPMDBPTPMDBPSDBPTBPFLPMDBPFLPFLPFLPSDBPPBPTPMDBPMDBPTBPFLPMDBPTBPPBPFLPSDBPTPSDBPMDBPPBPSDBPPBPMDBPTPPBPPSPFLSimSimNãoSimSimSimNãoSimNãoSimSimSimSimSimSimSimSimSimSimNãoSimSimSimSimSimSimSimSimSimNãoSimSimSimSimSimSimNãoSimNãoSim


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26967PARANÁPartido Bloco VotoValdomiro Meger PFL SimWerner Wan<strong>de</strong>rer PFL SimTotal Paraná: 28SANTA CATARINAAntônio Carlos Kon<strong>de</strong>r Reis PFL SimCarlito Merss PT NãoEdinho Bez PMOB SimEdison Andrino PMOB SimFernando Coruja POT SimGervásio Silva PFL SimJoão Matos PMOB SimJoão Pizzolatti PPB SimLuci Choinacki PT NãoPedro Bittencourt PFL SimRaimundo Colombo PFL SimRenato Vianna PMOB SimSerafim Venzon PDT SimVicente Caropreso PSDB SimTotal Santa Catarina: 14RIO GRANDE DO SULAdão Pretto PT NãoAirton Oipp POT SimAlceu Collares POT SimAugusto Nar<strong>de</strong>s PPB SimCaio Riela PTB SimCezar Schirmer PMDB SimOarcísio Perondi PMOB SimEnio Bacci PDT NãoEsther Grossi PT NãoFernando Marroni PT NãoFelter Júnior PPB SimGermano Riç;ot!o PMDB SimHenrique Font8i.i'; PT NãoJúlio Re<strong>de</strong>cker PPB SimLuis Carlos HeinzE: PPB SimLuiz Mainardi PT NãoMarcos Rolim PT NãoNelson Marchezan PSDB SimNelson Proença PMDB SimOsvaldo Biolchi PMDB SimPaulo José Gouvêa PST PLlPST/PSLlPMN/PSD SimPaulo Paim PT NãoPompeo <strong>de</strong> Mattos POT SimRoberto Argenta PFL SimSynval Guazzelli PMOB SimTelmo Kirst PPB SimVal<strong>de</strong>ci Oliveira PT NãoWaldir Schmidt PMOB SimWaldomiro Fioravante PT NãoVeda Crusius PSOB SimTotal Rio Gran<strong>de</strong> do Sul: 30


26968 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999o SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Srs. Deputa<strong>dos</strong>,há algumas <strong>em</strong>endas <strong>de</strong> redação. Elas es­Emenda <strong>de</strong> Redação n ll 3tao sendo distribufdas neste momento ao Plenário.Vou aguardar a distribuição das mesmas antes <strong>de</strong>passarmos à sua votação.O SR. ANTONIO FEIJÃO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V. ExB a palavra.O SR. ANTONIO FEIJÃO (PSDB - AP. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterior,meu voto foi "sim".O SR. RICARDO RIQUE (PMDB - PB. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterior,meu voto foi "sim".O SR. BASiLIO VILLANI (PSDB - PRo S<strong>em</strong> re­. visão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterior,meu voto foi "sim".O SR. MARCOS LIMA (PMDB - MG. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterior,meu voto foi "não".O SR. SYNVAL GUAZZELLI (PMDB - RS. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterior,meu voto foi "sim".A SRA. ANA CATARINA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peçoa palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex 8 a palavra.A SRA. ANA CATARINA (PMDB - RN. S<strong>em</strong> revisãoda oradora.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, registro meu voto"sim" na votação anterior.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Vamosvotar as Emendas <strong>de</strong> Redação <strong>de</strong> nAS 1 a 5.Vou ler para o Plenário essas <strong>em</strong>endas:Emenda <strong>de</strong> Redação n ll 1Ementa da Proposta <strong>de</strong> Emenda à Constituiçãonll 626, <strong>de</strong> 1998, passa a ter a seguinte redação:Altera os arts. 12, 52, 84, 91, 102 e 105 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral.sala das Sessões, 9<strong>de</strong>junho <strong>de</strong> 1999. - Deputa<strong>dos</strong>Aroldo Cedraz e Ney Lopes.Emenda <strong>de</strong> Redação n ll 2O caput da Proposta <strong>de</strong> Emenda à Constituiçãonll 626, <strong>de</strong> 1998, passa a ter a seguinte redação:. As Mesas da Camara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> e do SenadoFe<strong>de</strong>ral, nos termos do art. 60 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral, promulgam a seguinte <strong>em</strong>enda ao textoconstitucional:sal.a das 8essOes, 9<strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - Deputa<strong>dos</strong>Aroldo Cedraz e Ney LopesO·art. 1 11 da Proposta <strong>de</strong> Emenda à Constituiçãonll 626, <strong>de</strong> 1998, passa a ter a seguinte redação:"Art. 1 ll Os arts. 12, 52, 84, 91, 102 e 105 daConstituição Fe<strong>de</strong>ral, passam a vigorar com as seguintesalterações:"Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - Deputa<strong>dos</strong>Aroldo Cedraz e Ney Lopes.Emenda <strong>de</strong> Redação n ll 4No art. 52, inciso I da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, naredação proposta pelo art. 1 ll da Proposta <strong>de</strong> çmendaà Constituição n ll 626, <strong>de</strong> 1998, on<strong>de</strong> se lê:"Art. 52 .I - processar e julgar o Presi<strong>de</strong>nte e oVice-Presi<strong>de</strong>nte da República nos crimes <strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong>, b<strong>em</strong> como os Ministros <strong>de</strong>Estado e os Comandantes da Marinha, doExército e da Aeronáutica nos crimes <strong>de</strong>mesma natureza conexos com aqueles;"Leia-se:"Art. 52 .I - processar e julgar o Presi<strong>de</strong>nte e oVice-Presi<strong>de</strong>nte da República nos crimes <strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong>, b<strong>em</strong> como os Ministros <strong>de</strong>Estado e os Comandantes da Marinha, doExército e da Aeronáutica nos crimes damesma natureza conexos com aqueles;"Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - Deputa<strong>dos</strong>Aroldo Cedraz e Ney Lopes.Emenda <strong>de</strong> Redação à PEC n ll 626-A/98 n ll 5Dê-se a seguinte redação à letra c do inciso I doart. 105 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral:"c) os habeas corpus, quando o coator ou pacientefor qualquer das pessoas mencionadas na alfneaa, ou quando o coator for tribunal sujeito à suajurisdição,Ministro <strong>de</strong> Estado ou Comandante da Marinha,do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada acompetência da Justiça Eleitoral;"JustificaçãoA Emenda Constitucional n ll 22, promulgada <strong>em</strong>18 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1989, e a PEC n ll 626-A, <strong>de</strong> 1998, tramitamparalelamente.Por outro lado, a citada PEC t<strong>em</strong> como objetivoespecffico a inclusão <strong>dos</strong> Comandantes Militares noambito do disposto na referida letra c do inciso I doart. 105 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral.A não-correção <strong>de</strong> redação ora proposta representaretrocesso <strong>em</strong> matéria aprovada recent<strong>em</strong>ente


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26969pelo Congresso Nacional, quase por unanimida<strong>de</strong>. ­Deputado Aroldo Cedraz, Relator.O SR. JOSÉ GENOíNO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.ExB a palavra. .O SR. JOSÉ GENOíNO (PT - SP. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, <strong>em</strong> relação às cinco<strong>em</strong>endas <strong>de</strong> redação, quero <strong>de</strong>ixar claro que não voucriar obstáculo à Emenda nO 5.Devo, porém, dizer à Mesa e aos Srs. Lí<strong>de</strong>resque a Emenda n 2 5 não é b<strong>em</strong> <strong>de</strong> redação. A Emendan 2 5 está a<strong>de</strong>quando a proposta <strong>de</strong> <strong>em</strong>enda constitucionala uma outra <strong>em</strong>enda aprovada aqui. Entendoque não há prece<strong>de</strong>nte <strong>em</strong> relação a se resgatar norma<strong>de</strong> <strong>em</strong>enda constitucional votada por esta Casapara uma proposta <strong>em</strong> processo <strong>de</strong> votação.E, na medida <strong>em</strong> que entendo que não é uma<strong>em</strong>enda <strong>de</strong> redaÇão, quero <strong>de</strong>ixar claro que nessa matériaa minha posição s<strong>em</strong>pre foi a <strong>de</strong> disputar o mérito. lamento.não ter a Casa adotado algumas das minhas<strong>em</strong>endas, mas não vou criar probl<strong>em</strong>a, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.Portanto, comunico à Mesa que, se há consenso,tudo b<strong>em</strong>, mas estou consciente do que diz o Regimentoe não quero abrir o prece<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> se transformar<strong>em</strong> <strong>em</strong>enda <strong>de</strong> redação o resgate <strong>de</strong> normaconstante <strong>em</strong> <strong>em</strong>enda anterior.Não vou criar probl<strong>em</strong>a, mas não há sentido <strong>em</strong>se ter dois textos constitucionais contraditórios.Entretanto, como se trata <strong>de</strong> matéria que disputei,não vou, <strong>em</strong> questão <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m\ obstruí-Ia. Todavia, l<strong>em</strong>broao Gov<strong>em</strong>o que po<strong>de</strong>ria fazê-lo e se o fizesse aMesa teria <strong>de</strong> adotar a minha questão <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m. Entretanto,num gesto <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong>, estou conco.rdando,apesar <strong>de</strong> saber o que está ocorrendo. Na medida <strong>em</strong>que há consenso, não vou criar probl<strong>em</strong>as.Mais uma vez lamento que esta Li<strong>de</strong>rança,que tanto quis mudar para melhor o texto que tratado Ministério da Defesa, não tenha tido cont<strong>em</strong>pladasas suas <strong>em</strong>endas. Não somos tão intransigentescomo algumas vezes diz o Governo.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - O nobreDeputado t<strong>em</strong> razão. Realmente a Emenda <strong>de</strong>Redação nO 5 <strong>de</strong>riva <strong>de</strong> acordo político. Se não houveracordo político, a Mesa retirará a <strong>em</strong>enda. Ficafácil saber porque a justificativa da <strong>em</strong>enda retrataexatamente o que V.ExB mencionou ao microfone.Quero dizer que não houve intenção da Mesa<strong>de</strong> ludibriar o Plenário.O SR. JOSÉ GENOíNO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, façoquestão <strong>de</strong> dizer ao Plenário que, correta e transparent<strong>em</strong>ente,a Mesa procurou-me, por intermédio doSecretário-Geral, para dar a informação. Portanto,estou apenas fazendo esta comunicação porque fuiinformado pela Mesa do assunto, atitu<strong>de</strong> esta corretae transparente.Como acordo político, concordamos.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Além doque está prevista a justificação.O SR. WALFRIDO MARES GUIA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex a a palavra.O SR. WALFRIDO MARES GUIA (PTB - MG.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, acompanheia Li<strong>de</strong>rança na votação anterior.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Vou submetera votos as seguintesEmendas <strong>de</strong> Redação n 2 s 1 a 5Emenda <strong>de</strong> Redação n 2 1A Emenda da Proposta <strong>de</strong> Emenda à Constituiçãon 2 626, <strong>de</strong> 1998, passa a ter a seguinte redação:Altera os arts. 12, 52, 84, 91, 102 e 105 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral.Emenda <strong>de</strong> Redação n 2 2O "capút" da Proposta <strong>de</strong> Emenda à Constituiçãon 2 626, <strong>de</strong> 1998, passa a ter a seguinte redação:As Mesas da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> e do SenadoFe<strong>de</strong>ral, nos termos do art. 60 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral, promulgam a seguinte Emenda ao textoconstitucional:Emenda <strong>de</strong> Redação n 2 3O art. 1 2 da Proposta <strong>de</strong> Emenda à Constituiçãon 2 626, <strong>de</strong> 1998, passa a ter a seguinte redação:"Art. 1 2 • Os arts. 12,52,84,91, 102 e 105 daConstituição Fe<strong>de</strong>ral, passam a vigorar com as seguintesalterações:"Emenda <strong>de</strong> Redação n 2 4No art. 52, inciso I da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, naredação proposta pelo art. 1 2 da Proposta <strong>de</strong> Emendaà Constituição n 2 626, <strong>de</strong> 1998, on<strong>de</strong> se lê:"Art. 52 .I - processar e julgar o Presi<strong>de</strong>nte e oVice-presi<strong>de</strong>nte da República nos crimes <strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong>, b<strong>em</strong> como os Ministros <strong>de</strong>Estado e os Comandantes da Marinha, doExército e da Aeronáutica nos crimes <strong>de</strong>mesma natureza conexos com aqueles;"


26970 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Lela-se:"Art. 52 .I - processar e julgar o Presi<strong>de</strong>nte e oVice-presi<strong>de</strong>nte da República nos crimes <strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong>, b<strong>em</strong> como os Ministros <strong>de</strong>Estado e os Comandantes da Marinha, doExército e da Aeronáutica nos crimes da. mesma natureza conexos com aqueles;"Emenda <strong>de</strong> Redação à PEC 626 - Al98Dê-se a seguinte redação à letra "c" do inciso Ido art. 105 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral:"c) os habeas corpus, quando o coator ou pacientefor qualquer das pessoas mencionada na aUneaa, quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição,Ministro <strong>de</strong> Estado ou Comandante da Marinha,do Exército ou da Aeronaútica, ressalvada acompetência da Justiça Eleitoral;"O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Vamosouvir os Srs. LI<strong>de</strong>res.A votação <strong>em</strong> bloco das Emendas <strong>de</strong> ng$ 1 a 5será simbólica.O SR. FERNANDO GABEIRA (PV - RJ. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PV vota "sim".O SR. RÉGIS CAVALCANTE (PPS - AL. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - O PPS vota "sim", Sr. Presi<strong>de</strong>nte.O SR. CABO JÚLIO (BlocolPL - MG. s<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o Ministro Extraordinário t<strong>em</strong>entrado constant<strong>em</strong>ente <strong>em</strong> contato com o BIocoIPL.O Bloco/PL vai votar"sim", mas gostaria <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixarregistrada uma ressalva. Esperamos que o Ministrocorrija a questão da Capelania nas Forças Armadas.Atualmente não há capelão evangélico. Como ocaput do art. 5 A estabelece que to<strong>dos</strong> são iguais, esperamosque o Ministro resolva o probl<strong>em</strong>a.O Bloco/PUPST/PMN/PSUPSD orienta o voto"sim".O SR. CAIO R1ELA (PTB - RS. s<strong>em</strong> revisão do credor.)- Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o Partiqo Trabalhista Brasileiro vota afavor do encaminhamento, porque as <strong>em</strong>endas visam apenasaprimorar o texto, fazer correções na redação.O Partido Trabalhista Brasileiro recomenda ovoto "sim".O SR. DR. HÉLIO (PDT - SP. S<strong>em</strong> revisão doorador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PDT vota "sim".O SR. CLEMENTINO COELHO (Bloco/PSB ­PE. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, no mesmomomento <strong>em</strong> que encaminho o voto "sim", justificomeu voto "sim" na votação anterior.O SR. ODELMO LEÃO (PPB - MG. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PPB encaminha ovoto "sim".O SR. GERALDO MAGELA (PT - DF. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PT vota "sim".O SR. GEDDEL VIEIRA LIMA (PMDB - BA.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PMDBvota "sim" ..O SR. MARCUS VICENTE (PSDB - ES. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PSDB vota "sim".O SR. INOC~NCIO OLIVEIRA (PFL - PE. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PFL vota "sim".O SR. ELTON ROHNELT (PFL - RR. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presic;lente,'a Li<strong>de</strong>rança do Governovota "sim".O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Em votaçãoas Emendas <strong>de</strong> Redação <strong>de</strong> ng$ 1 a 5.Os Srs. Deputa<strong>dos</strong> que as aprovam permaneçamcomo se encontram. (Pausa.)APROVADAS.O SR. PEDRO CHAVES - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peçoa palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex ll a palavra.O SR. PEDRO CHAVES (PMDB - GO. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterior,votei "sim".O SR. JOSÉ CARLOS VIEIRA (PFL - SC. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação nominal,votei "sim".O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Como amatéria foi aprovada <strong>em</strong> segundo turno s<strong>em</strong> alteração,fica dispensada a votação da redação final.A matéria vai ao Senado Fe<strong>de</strong>ral.O SR.IÉDIO ROSA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço a palavrapela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.ExII a palavra.O SR. IÉDIO ROSA (PMDB - RJ. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, gostaria <strong>de</strong>apresentar projeto <strong>de</strong> lei referente ao t<strong>em</strong>po máximo<strong>de</strong> espera <strong>em</strong> fila para atendimento na re<strong>de</strong> bancária.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Sobre amesa o seguinte requerimento:Excelentfssimo Senhor Presi<strong>de</strong>nte da Câmara<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>:Requer<strong>em</strong>os, nos termos do art. 155 do RegimentoInterno, urgência para apreciação do Projeto<strong>de</strong> Lei n A 4.695/98, do Po<strong>de</strong>r Executivo, que "Altera osarts. 789 e 790 da CLT, sobre custas e <strong>em</strong>olumentosda Justiça do Trabalho".Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - Deputado:Arnaldo Ma<strong>de</strong>ira, Ll<strong>de</strong>r do Governo; Aécio Neves,Ll<strong>de</strong>r do PSDB - O<strong>de</strong>lmo Leão, Ll<strong>de</strong>r do PPB ­Nelson Proença, Vice-Ll<strong>de</strong>r do PMDB - InocêncioOliveira, Ll<strong>de</strong>r do PFL - Cabo Júlio, Vice-Ll<strong>de</strong>r do


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26971Bloco Parlamentar PUPST/PSUPMN/PSD - CaioRiela, Vice-Ll<strong>de</strong>r do PTB - José Genofno, L1<strong>de</strong>r doPT.O SR. ELTON ROHNELT - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peçoa palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Exa. a palavra.O SR. ELTON ROHNELT (PFL - RR. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Deputado Elton Rohnelt,nas votaçOes anteriores, votou com o PFL.O SR. PAULO DELGADO (PT - MG. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Paulo Delgado, navotação anterior, votou "não". .O SR. FREIRE JÚNIOR (PMDB - TO. S.<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi~ente, Deputado Freire Júniorvotou "sim" na votação passada.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Em votaçãoo requerimento.Como votam os Srs. Li<strong>de</strong>res?O SR. RÉGIS CAVALCANTE (PPS - AL. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - O PPS vota "sim", Sr. Presi<strong>de</strong>nte.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Comovota o Bloco/PL? (Pausa.)Vota "sim".O SR. CLEMENTINO COELHO (Blocol PSB ­PE. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - O Bloco PSB/PCdoBvota "sim", Sr. Presi<strong>de</strong>nte.O SR. CAIO RIELA (PTB - RS. S<strong>em</strong> revisão doorador.) - O PTB, Partido Trabalhista Brasileiro, vota"sim", Sr. Presi<strong>de</strong>nte.O SR. DR. HÉLIO (PDT - SP. S<strong>em</strong> revisão doorador.) - O POT, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, concorda que existe<strong>de</strong>fasag<strong>em</strong>. Nós, do POT, achamos que também existehistórico <strong>de</strong> <strong>de</strong>fasag<strong>em</strong> com o salário mrnimo e quenão foi acatado nesta Casa. Devido à <strong>de</strong>fasag<strong>em</strong> <strong>de</strong>custos que cairá no próprio povo, no usuário <strong>de</strong>sseprocedimento, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os manter o voto "não".O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Vamoster votação nominal, portanto.Como vota o PPB?O SR. GÉRSON PERES (PPB - PA. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Os progressistas, Sr. Presi<strong>de</strong>nte,votam "sim".O SR. JOSÉ PIMENTEL (PT - CE. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o Partido <strong>dos</strong> Trabalhadoresvota "sim".A matéria foi votada e aprovada por unanimida<strong>de</strong>na Comissão do Trabalho, <strong>de</strong> Administração eServiço Público, tendo este Deputado como Relator.Tive o cuidado <strong>de</strong> enfrentar esse <strong>de</strong>bate. Não se trata<strong>de</strong> reajuste por salário mrnimo, a atualização é porUfir. Inclusive na época este <strong>de</strong>bate foi feito porque oSupr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral já havia <strong>de</strong>clarado que seo rndice <strong>de</strong> reajuste fosse o do salário mínimo, seriainconstitucional. O Po<strong>de</strong>r Executivo apresentou novoprojeto, transformando a atualização <strong>em</strong> Ufir para superaresta inconstitucionalida<strong>de</strong>.Portanto, votamos "sim" , conforme nosso votona Comissão do Trabalho, on<strong>de</strong> foi aprovado por unanimida<strong>de</strong>.O SR. GEDDEL VíEIRA LIMA (PMDB - BA.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PMOBvota "sim" ao pedido <strong>de</strong> urgência, evi<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente reservando-seainda para a· discussão sobre o méritoquando da votação do projeto.O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB - BA. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PSOB vota "sim",até porque a matéria foi examinada na Comissão,tendo recebido apoio unânime. ~ próprio, portanto,que se diligencie a aprovação <strong>de</strong>sta matéria.OSR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL - PE. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, creio que este projetotrata apenas da atualização das custas trabalhistas.Como os custos <strong>de</strong> causas trabalhistas estao sendo calcula<strong>dos</strong>com Indices não mais existentes, como o IndiceGeral <strong>de</strong> Referência, eles parec<strong>em</strong> praticamente gratuitos.Assim a atualização <strong>de</strong>sses custos é fundamental,para que, assim, a Justiça do Trabalho tenha alguma r<strong>em</strong>uneraçãosobre as causas que serão julgadas.O PFL recomenda o voto "sim".O SR. ARNALDO MADEIRA (PSOB - SP. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, a Li<strong>de</strong>rança doGoverno recomenda o voto "sim".O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Vamosvotar. Há uma divergência quanto à votação nominal.O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Exa a palavra.OSR.INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL - PE. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, creio que não há divergência.O PT, que tinha votado "não", retificou o voto.O SR. CLEMENTINO COELHO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Exa a palavra.O SR. CLEMENTINO COELHO (Bloco PSB ­PE. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PSBvota "sim".O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Consultoo POT se continua votando "não". O POT continua votando"não"?Há um voto divergente.


26972 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999o SR. JOÃO ALMEIDA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex B a palavra.O SR. JOÃO ALMEIDA (PSOB - BA. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o ilustre Lí<strong>de</strong>r doPOT dirigiu-se à Mesa para conversar com V.Ex a Parece-me- foi o que anunciou - estar disposto a retiraro pedido ou alterar sua disposição.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - ConsultooPOT.O SR. CAIO RIELA - Sr, Presi<strong>de</strong>nte, peço a palavrapela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex 8 a palavra.O SR. CAIO RIELA (PTB - RS. S<strong>em</strong> revisão doorador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o Partido Trabalhista Brasileirojá <strong>de</strong>u sua orientação. O voto do PTB é "sim".O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Se oPOT votar "sim", a votação será simbólica.O SR. CABO JÚLIO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRE$.IDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex 8 a palavra.O SR. CABO JÚLIO (Bloco PL - MG. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, a orientação do BlocoPUPST/PMN/PSUPSO é "sim".O SR. JOÃO MAGALHÃES - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex 8 a palavra.O SR. JOÃO MAGALHÃES (PMOB - MG. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterior,votei conforme orientação da bancada.O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex a a palavra.O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL - PE. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, não havendomanifestação do POT, vamos fazer a votação nominalpelo sist<strong>em</strong>a eletrônico. É o mais razoável.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Votaçãonominal.A Presidência solicita a to<strong>dos</strong> os Srs. Oeputa<strong>dos</strong>que tom<strong>em</strong> os seus lugares, a fim <strong>de</strong> iniciarmos a votaçãopelo sist<strong>em</strong>a eletrônico.Está iniciada a votação.O SR. JAIME MARTINS - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peçoa palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex a a palavra.O SR. JAIME MARTINS (PFL - MG. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterior, votei <strong>de</strong>acordo com a orientação do Lí<strong>de</strong>r da bancada.O SR. POMPEO DE MATTOS - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex a a palavra.O SR. POMPEO DE MATTOS (POT - RS. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o POT mantém amesma posição.O SR. RAFAEL GUERRA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex a a palavra.O SR. RAFAEL GUERRA (PSOB - MG. Pelaor<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, naqualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte da Subcomissão Permanente<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, comunico a esta Casa que, <strong>em</strong> reuniãorealizada ont<strong>em</strong>, essa Subcomissão aprovou a realização<strong>de</strong> audiência pública, com a participação <strong>de</strong> representantesda indústria farmacêutica, para dar explicaçõessobre o aumento ~Qs preços <strong>dos</strong> medicamentosmuito acima <strong>dos</strong> níveis <strong>de</strong> inflação.Portanto, informo à Casa que a realização daaudiência será importante para o povo brasileiro.Muito obrigado.O SR. GÉRSON GABRIELLI - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex 8 a pálavra.O SR. GÉRSON GABRIELU (PFL - BA. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, para nossasatisfação, registro a realização da 13 8 ConvençãoNorte-Nor<strong>de</strong>ste <strong>de</strong> Supermerca<strong>dos</strong>, que se realizará <strong>de</strong>14 a 16 do corrente, <strong>em</strong> Salvador, evento que reunirá diversossetores produtivos da Exponor 99. A expectativaé <strong>de</strong> que cerca <strong>de</strong> 6 "mil pessoas compareçam ao encontro,sob a coor<strong>de</strong>nação da Associação Baiana <strong>de</strong> Supermerca<strong>dos</strong>,que t<strong>em</strong> como Presi<strong>de</strong>nte o competente <strong>em</strong>presárioJoão Gualberto Vasconcelos.O SR. VIRGíuo GUIMARÃES - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex 8 a palavra.O SR. VIRGíLIO GUIMARÃES (PT - MG. Pelaor<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, comunicoà Casa que hoje a Comissão <strong>de</strong> Orçamentoaprovou a alocação <strong>de</strong> recursos para a conclusão dometrô <strong>de</strong> Belo Horizonte, no ramal Calafate-Barreiro.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, essa foi uma <strong>de</strong>cisão difícil, masse chegou a um bom termo, uma vez que havia umasérie <strong>de</strong> dúvidas oriundas da aplicação <strong>de</strong>sses recur-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26973sos. Conseguimos chegar a um perfeito equilíbrio,através da aplicação <strong>de</strong> <strong>de</strong>creto legislativo - por sinal,<strong>de</strong> minha autoria -, <strong>de</strong>pois da aprovação do Relatóriodo Deputado Márcio Reinaldo Moreira, que teve papeifundamental para que assim acontecesse.A rápida liberação <strong>dos</strong> recursos irá possibIlitar a retomadadas obras ainda este ano, assegurando, assim, aconstrução do metrô <strong>de</strong> Belo Horizonte, que ligará toda aregião oeste da cida<strong>de</strong> até o pólo do Barreiro..Comunioo também a esta Casa que estará asseguradaa fiscalização da aplicação <strong>de</strong>sses recursos. Deveráser feita tomada <strong>de</strong> preços, inclusive para estabeleceruma comparação entre os preços <strong>de</strong> outros metrôs licita<strong>dos</strong>esteano, para que se possa admitir apenas os preçosmais baixos. Haverá também fISCalização trimestral. Apartir do próximo ano nova licitação po<strong>de</strong>rá ser feita; sehouver recursos estrangeiros para tal.Meus cumprimentos a to<strong>dos</strong> os m<strong>em</strong>bros da C0­missão <strong>de</strong> Orçamento. Fiquei feliz <strong>de</strong> participar <strong>de</strong>ssa votaçãoe anuncio atodo o Plenário que Belo Horizonte está<strong>em</strong> festa com a liberação <strong>de</strong>sses recursos. E estar<strong>em</strong>osatentos ao processo <strong>de</strong> lisura, para que esses recursospossibilit<strong>em</strong> a conclusão <strong>de</strong> importante obra.Muito obrigado a V.Ex·, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.O SR. JOSÉ THOMAZ NONO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex 8 a palavra.O SR. JOSÉ THOMAZ NONO (PFL - AL. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterior,votei "sim".O SR. OLAVO CALHEIROS (PMDB - AL. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterior,votei com o meu partido.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Srs. Deputa<strong>dos</strong>,permaneçam <strong>em</strong> plenário, pois ter<strong>em</strong>os novasvotações nominais.O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ- Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex 8 a palavra.O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PPB - SP. Pelaor<strong>de</strong>m. s<strong>em</strong> revisão do orador;) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, a votaçãodo requerimento <strong>de</strong> urgência a esse projeto é extr<strong>em</strong>amenteimportante para que se possa resolver a questão<strong>dos</strong> <strong>em</strong>olumentos na Justiça do Trabalho, visto que,com o fim do valor-referência, o valor das custas processuaisestão congela<strong>dos</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1991.Na verda<strong>de</strong> é impossível a manutenção das<strong>de</strong>spesas da Justiça do Trabalho com o valor dascustas congelado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o fim do valor do salário mínimoreferência. Anteriormente o Executivo havia encaminhadoprojeto <strong>de</strong> lei que vincula o valor das cust~sao salário mínimo referência. Como há proibiçãoconstitucional, o Relator da Comissão <strong>de</strong> Trabalho,Deputado José Pimentel, <strong>de</strong>tectou essa inconstitucionalida<strong>de</strong>,agora corrigida com a fixação baseada <strong>em</strong>Ufirs.Consi<strong>de</strong>ro extr<strong>em</strong>amente importante a urgênciano momento <strong>em</strong> que, <strong>de</strong> maneira açodada, algunsquer<strong>em</strong> acabar com a Justiça do Trabalho, esquecendo-se<strong>de</strong> que ela permite o acesso mais simples <strong>em</strong>ais fácil, principalmente para os trabalhadores quea ela recorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> busca <strong>de</strong> seus direitos.Portanto, a aprovação do pedido <strong>de</strong> urgência<strong>de</strong>sse projeto é importante e permitirá à Justiça doTrabalho, quando da discussão do mérito, corrigireventuais distorções existentes e reconhecer a necessida<strong>de</strong>da manutenção do valor das custas e preparo<strong>de</strong> seus preços atuais nos valores, como disseanteriormente, congela<strong>dos</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1991.A SRA. LÚCIA VÂt-IlA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.ExB a palavra.A SRA. LÚCIA VÂNIA (PSDB - GO. S<strong>em</strong> revisãoda oradora.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterior,meu voto foi "sim".O SR. WALDOMIRO FIORAVANTE - sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex 8 a palavra.O SR. WALDOMIRO FIORAVANTE (PT - RS.Pela or<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,apresento requerimento <strong>de</strong> informação ao Exmo. Sr.Ministro do Esporte e Turismo sobre a liberação <strong>de</strong> recursospara a construção do Ginásio Poliesportivo doMunicípio <strong>de</strong> Erechim.Essa <strong>em</strong>enda foi aprovada <strong>em</strong> 1997, incluída noOrçamento <strong>de</strong> 1998, mas até hoje, segundo informaçõesdaquele Município, não chegou ao seu <strong>de</strong>stino.Então, <strong>de</strong>sejo saber se essa verba foi encaminhadaao Município, se o Município <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> prestarcontas, ou, caso a verba não tenha sido r<strong>em</strong>etida, queesclareçam as razões.Muito obrigado a V.Ex AO SR. HUGO BIEHL - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex 8 a palavra.O SR. HUGO BIEHL (PPB - SC. S<strong>em</strong> revisão doorador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, para efeitos administrativos, navotação anterior, aoompanhei o voto da li<strong>de</strong>rança.


26974 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999o SR. PAULO OCTÁVJO (PFL -:-:.DF. S<strong>em</strong> revisãosinaturas, a instituição no Brasil da pena <strong>de</strong> prisãodo orador.) - Sr. Presid~nte, na votação anterior, perpétua com trabalho obrigatório. (Palmas.)votei <strong>de</strong> aqordo com a orientação do meu partido.O SR. ALBERTO FRAGA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.EX- a palavra.O SR. ALBERTO FRAGA (PMDB - DF. PeJa or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do oracJor.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, parabenizoO SR. LUIZ CARLOS HAULV. - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PSDB - PRo PeJaor<strong>de</strong>m. s<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, acreditoque posso falar <strong>em</strong> nome <strong>dos</strong> trinta Deputa<strong>dos</strong> da banca­os policiais militares <strong>de</strong> Minas Gerais que conseguiram da do Paraná para registrar que, no último domingo, faJe..anistia por ter<strong>em</strong> participado do movimento grevista ocorridoceu, <strong>em</strong> Brasflia, ojornalista Leamis Rocha, do jomal Gazetanaquele Estado. Contamos com a participação atuan­te do Deputado Cabo Júlio e hoje, graças a Deus, to<strong>dos</strong>os policiais militares foram anistia<strong>dos</strong>.O SR. JAIR BOLSONARO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V. Ex 8 a palavra.OSR. JAIR BOLSONARO (PPB - RJ. PeJa or<strong>de</strong>m.do Povo, do Paraná. Jomalista competente, intelitegente, fazia a cobertura do Parfamento brasileiro e da atlJ..ação <strong>dos</strong> Parlamentares do Estado do Paraná.Registramos com pesar o seu passamento, <strong>em</strong>nome <strong>de</strong> toda a bancada <strong>de</strong> Deputa<strong>dos</strong> do Estado doParaná.O SR. RICARDO BARROS - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.s<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, também <strong>de</strong>sejo O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.parabenizar os policiais militares <strong>de</strong> Minas Gerais que Exa. a palavra.conseguiram ser anistia<strong>dos</strong>. A greve é um movimento justo,<strong>de</strong>sencacJeado no passado, tendo <strong>em</strong> vista o <strong>de</strong>scaso <strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, queroO SR. RICARDO BARROS (PPB - PRo Pela or­do Gov<strong>em</strong>ador para com o salário daquela classe. registrar o <strong>em</strong>penho e o esforço <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> AugustoNar<strong>de</strong>s, Custódio Mattos e Gerson Gabrielli naHoje <strong>em</strong> dia eles têm um Ifdimo representantenesta Casa, o Deputado Cabo Júlio, pessoa rmpar, busca <strong>de</strong> consenso sobre o texto para o Estatuto daque merece o apoio e a consi<strong>de</strong>ração <strong>dos</strong> seus companheiros<strong>de</strong> farda <strong>de</strong> Minas G~rais.tão, e S. Exas. merec<strong>em</strong> nosso reconhecimento peloMicro<strong>em</strong>presa. T<strong>em</strong>os trabalhado muito nessa ques­O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Vamos excelente trabalho que estão realizando.encerrar a votação. Alerto os Srs. Parlamentares para Amanhã, às 10h, haverá um s<strong>em</strong>inário sobre ao fato <strong>de</strong> que ter<strong>em</strong>os novas votações nominais. reforma tributária e fiscal, ocasião <strong>em</strong> que o companheiroGerson Gabrielli falará sobre a micro<strong>em</strong>presa.Vamos permanecer <strong>em</strong> plenário.O SR. JAIR BOLSONARO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,Realizar-se-á também o 2peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong>inário Nacional sobreo Estatuto da Micro e da Pequena Empresa, àsO SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>6i) - T<strong>em</strong>14h30min, e <strong>de</strong>ver<strong>em</strong>os encaminhar o texto final doV. Exa. a palavra.referido estatuto. O Deputado Gerson Gabrielli coor<strong>de</strong>naesse excelente trabalho, e essa matéria logo es­O SR. JAIR BOLSONARO (PPB - RJ. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, gostaria<strong>de</strong> fazer uma correção. Não foi o <strong>de</strong>scaso do Governador,mas um reajuste <strong>de</strong>scasado que ocorreu O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Vou entarápronta para vir a plenário.naquele Estado.cerrar a votação. To<strong>dos</strong> votaram?O SR. LUIZ ANTONIO FLEURY - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Está encerrada a votação.Anuncio o resultado:VOTARAM:Exa. a palavra.Sim: 392O SR. LUIZ ANTONIO FLEURY (PTB - SP. Não: 15Pela or<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, AbstençOes: 00estou encaminhando a V. Exa. proposta <strong>de</strong> <strong>em</strong>enda à Total: 407Constituição assinada por mim e pelos Deputa<strong>dos</strong> RIcardoNoronha, Zé (ndio, José Carlos Martinez e Iris É aprovado requerimento <strong>de</strong> urgência para oSimões, propondo, <strong>em</strong> homenag<strong>em</strong> ao Movimento Projeto <strong>de</strong> Lei nA 4.695/98.Paz e Justiça Ives Ota, que colheu 2,5 milhões <strong>de</strong> as-A matéria virá na pauta da sessão <strong>de</strong> amanhã.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26975LISTAGEM DE VOTA'ÇÃO:, "proposição: I;'L. N° 4695/98 - REQUERIMENTO DEURGÊNCIAInício Votação: 09/06/1999 18:09Fim Votação: 09/06/199918:26Presidiram a V~tação: Michel T<strong>em</strong>er -16:41Resultado da VotaçãoSim 392Não 15Abstenção OTotal da Votação 407Art. 17 1Total Quorum 408OrientaçãoPFL -SimPMDB-SimPSDB-SimPT-SimPPB-SimPDT - NãoPlB-SimPSB/PCDOB - SimPUPST/PSUPMN/PSD - SimPPS-SimPV-SimGOV.-SimObstruçãoOPartido Bloco VotoRORAIMAAirton Cascavel PPS SimAlceste Almeida PMDB SimElton Rohnelt PFL SimLuis Barbosa PFL SimRobério Araújo PPB SimTotal Roraima: 5AMAPÁAntonio Feijão PSDB SimBadu Picanço PSDB SimDr. Benedito Dias PFL SimEduardo Seabra PTS SimEvandro Milhomen PSB PSB/PCDOB SimFátima Pelaes PSDB SimJurandil'Juarez PMDB SimSérgio Barcellos PFL SimTotal Amapá: 8


26976 Quinta-fein.lO DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Partido Bloco VotoPARÁAnivaldo Vale PSDB SimBabá PT SimDeus<strong>de</strong>th Pantoja PFL SimGerson Peres PPB SimJorge Costa PMDB SimJosé Priante PMDB SimJosué Bengtsofl PTB SimNicias Ribeiro PSDB SimNilson Pinto PSDB SimPaulo Rocha PT SimRaimundo SantJs PFL SimRenildo Leal PTB SimValdir Ganzer PT SimVic Pires Franco PFL SimZenaldo Coutinllo PSDB SimTotal Pará: 15AMAZONASArthur Virgílio PSDB· SimFrancisco Garcia PFL SimJosé Melo PFL . SimLuiz Fernando PPB SimPau<strong>de</strong>rney Avelino PFL SimSilas Câmara PFL SimVanessa Grazziotin PCdoB PSB/PCDOB SimTotal Amazonau : 7RONDONIAAgnaldo Muniz PDT NãoCarlos Cury PPB SimConfúcio Moura PMDB SimEurípe<strong>de</strong>s Miranda PDT SimExpedito Júnior PFL SimNilton Capixaba PTB SimSérgio Carvalho PSDB SimTotal Ron.:Jonia: 7ACREHil<strong>de</strong>brando PaBcoal PFL SimII<strong>de</strong>fonço Cor<strong>de</strong>iro PFL SimJoão Tota PPB SimMárcio Bittar PPS SimMarcos Afonso PT SimNilson Mourão PT SimSérgio Barros PDT SimZila Bezerra PFL SimTotal Acre: 8


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA cÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26977Partido Bloco VotoTOCANTINSAntônio JorgePFLSimFreire Júnior PMDB . SimJoão Ribeiro PFL SimPastor Amarildo PPB SimPaulo Mourão PSDB SimTotal Tocantins: 5MARANHÃOAlbérico Filho PMDB SimCesar Ban<strong>de</strong>ir.a PFL SimCosta Ferreira PFL SimFrancisco Coelho PFL SimGastão Vieira PMDB SimJoão Castelo PSOB SimNeiva Moreira POT NãoNice Lobão PFL SimPedro Fernan<strong>de</strong>s PFL SimPedro Novais PMDB SimR<strong>em</strong>i Trinta PL PUPST/PSUPMN/PSD SimRoberto Rocha PSOB SimSebastião Ma<strong>de</strong>ira PSDB SimTotal Maranhão: 13CEARÁAlmeida <strong>de</strong> Jesus PL PUPST/PSUPMN/PSD SimAníbal Gomes PMOB SimAmon Bezerra PSDB SimEunício Oliveira PMDB SimInácio Arruda PCdoB PSB/PCDOB SimJosé Unhares PPB SimJosé Pimentel PT SimLéo Alcântara PSOB SimManoel Salviano PSDB SimMoroni Torgan PSOB SimNelson Otoch 'PSOB SimRommel Feijó PSOB SimSérgio Novais PSB PSB/PCOOB SimUbiratan Aguiar PSOB SimVicente Arruda PSOB SimTotal Ceará: 15PIAuíÁtila Lira PSOB SimCiro Nogueira PFL SimHeráclito Fortes PFL SimMarcelo Castro PMOB SimTh<strong>em</strong>istocles Sampa'io PMDB Sim


26978 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Partido Bloco Voto,PIAuíWellington Dias PT SimTotal Piauí: 6RIO GRANDE DO NORTEAna Catarina PMDB SimBetinho Rosado PFL SimHenrique Eduardo Alves PMDB SimIberê Ferreira PPB SimLavoisier Maia PFL SimMúcio Sá PMDB SimNey Lopes PFL SimTotal Rio Gran<strong>de</strong> do Norte: 7PARAíBAAdauto Pereira PFL SimArmando Abílio PMDB SimAvenzoar Arruda PT SimCarlos Dunga PMDB, SimDamião Feliciano PMDB SimDomiciano Cabral PMDB SimEfraim Morais PFL SimEnivaldo Ribeiro PPB SimInaldo Leitão PMDB SimMarcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lha PFL SimRicardo Rique PMDB SimTotal Paraíba: 11PERNAMBUCOAntônio Geraldo PFL SimArmando Monteiro PMDB SimCarlos Batata PSDB SimCl<strong>em</strong>entino Coelho PSB PSB/PCDOB SimDjalma Paes PSB PSB/PCDOB SimEduardo Campos PSB PSB/PCDOB SimFernando Ferro PT SimInocêncio Oliveira PFL SimJoão Colaço PMDB SimJoaquim Francisco PFL SimJosé Chaves PMDB SimJosé Mendonça Bezerra PFL SimLuciano Bivar PSL PUPST/PSUPMN/PSD SimLuiz Piauhylino PSDB SimMarcos <strong>de</strong> Jesus PST PUPST/PSUPMN/PSD SimOsvaldo Coelho PFL SimPedro Eugênio PSB PSB/PCDOB SimRicardo Fiuza PFL Sim


Junho <strong>de</strong> 1999 pIÁRIO DA CÂMARA DOS DEP1"TADOS Quinta-feira 10 26979PERNAMBUCOPartido Bloco VotoSalatiel Carvalho PMDB SimSérgio Guerra PSDB SimTotal Pernambuco: 20ALAGOASAugusto Farias PPB SimGivaldo Carimbão PSB PSB/PCDOB SimHelenildo Ribeiro PSDB SimJosé Thomaz Nonê PFL SimLuiz Dantas PSD PUPST/PSUPMN/PSD SimOlavo Calheiros PMDB SimRegis Cavalcante PPS SimTotal Alagoas: 7SERGIPEAugusto Franco PSDB SimCleonâncio Fonseca PPB SimIvan Paixão PPS SimJorge Alberto PMDB SimJosé Teles PSDB SimMarcelo Déda PT SimPedro Valadares PSB PSB/PCDOB SimSérgio Reis PSDB SimTotal Sergipe: 8BAHIAAroldo Cedraz PFL SimClaudio Cajado PFL SimCoriolano Sales PDT SimEujácio Simões PL PUPST/PSUPMN/PSD SimFélix Mendonça PTB SimGed<strong>de</strong>l Vieira Lima PMDB SimGeraldo Simões PT SimGerson Gabrielli PFL SimHaroldo Lima PCdoB PSB/PCDOB SimJaime Fernan<strong>de</strong>s PFL SimJairo Azi PFL SimJairo Carneiro PFL SimJoão Almeida PSDB SimJoão Leão PSDB SimJonival Lucas Junior PPB SimJorge Khoury PFL SimJosé Carlos Aleluia PFL SimJosé Ronaldo PFL SimJutahy Junior PSDB SimLuiz Moreira PFL Sim


26980 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Partido Bloco VotoBAHIAManoel Castro PFL SimMário Negromonte PSDB SimNelson Pellegrino PT SimNilo Coelho PSDB SimPaulo Braga PFL SimPaulo Magalhães PFL SimReginaldo Germano PFL SimRoland Lavigne PFL SimSaulo Pedrosa PSDB SimUrsicino Queiroz PFL SimWaldir Pires PT SimWalter Pinheiro PT SimTotal Bahia: 32MINAS GERAISA<strong>de</strong>mir Lucas PSDB SimAntônio do Valle PMDB SimAracely <strong>de</strong> Paula PFL SimCabo Júlio PL PUPST/PSUPMN/PSD SimCarlos Mosconi PSOB SimCustódio Mattos PSDB SimDanilo <strong>de</strong> Castro PSDB SimEdmar Moreira PPB SimEduardo Barbosa PSDB SimGilmar Machado PT SimHélio Costa PMOB SimIbrahim Abi-Ackel PPB SimJaime Martins PFL SimJoão Fassarella PT SimJoão Magalhães PMDB Sim.João Magno PT SimJosé Militão PSDB SimLael Varella PFL SimLincoln Portela PST PUPST/PSUPMN/PSD SimMárcio Reinaldo Moreira PPB SimMarcos Lima PMDB SimMaria do Carmo Lara PT SimNarcio Rodrigues PSDB SimNilmário Miranda PT SimO<strong>de</strong>lmo Leão PPB SimOlimpio Pires PDT NãoOsmânio Pereira PMDB SimPaulo Delgado PT SimPhil<strong>em</strong>on Rodrigues PMDB SimRafael Guerra PSDB SimRoberto' Brant PFL Sim


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26981MINAS GERAISPartido Bloco VótoRomel Anizio PPB SimRomeu Queiroz PSDB SimRonaldo Vasconcellos PL PUPST/PSUPMN/PSD SimSaraiva Felipe PMDB SimSérgio Miranda PCdoB PSB/PCDOB SimSilas Brasileiro PMDB SimVirgílio Guimarães PT SimViUorio Medioli PSDB SimWalfrido Mares Guia PTS SimZaire Rezen<strong>de</strong> PMDB SimZezé Perrella PFL SimTotal Minas Gerais: 42EspíRITO SANTOAloízio Santos PSDB SimFeu Rosa PSDB SimJosé Carlos Elias PTB SimMagno Malta PTB SimMarcus Vicente PSDB SimMax Mauro PTB NãoNilton Baiano PPB SimRicardo Ferraço PSDB SimTotal Espírito Santo: 8RIO DE JANEIROAlcione Athay<strong>de</strong> PPB SimAldir Cabral PFL SimAlexandre Santos PSDB SimAlmerinda <strong>de</strong> Carvalho PFL SimAntonio Carlos Biscaia PT SimArol<strong>de</strong> <strong>de</strong> Oliveira PFL SimAyrton Xerêz PSDB SimBispo Rodrigues PL PUPST/PSUPMN/PSD SimCelso Jacob por SimCoronel Garcia PSDB SimDr. Helena PSDB SimEduardo Paes PFL SimEurico Miranda PPB SimFernando Gabeira PV SimFernando Gonçalves PTB Simlédio Rosa PMDB SimJair Bolsonara PPB SimJandira Feghali pedoB PSB/PCOOB SimJoão Men<strong>de</strong>s PMDB SimJoão Sampaio POT NãoJorge Wilson PMDB Sim


26982 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999RIO DE JANEIROPartido Bloco VotoJosé Carlos Coutinho PFL SimLaura Carneiro PFL SimLuís Eduardo PSOB SimLuiz Ribeiro PSOB SimLuiz Salomão POT NãoLuiz Sérgio PT SimMilton T<strong>em</strong>er PT SimMiro Teixeira POT NãoPastor Val<strong>de</strong>ci Paiva PST PLlPST/PSLlPMN/PSD SimPaulo Baltazar PSB PSB/PCOOB SimPaulo <strong>de</strong> Almeida PPB SimPaulo Feijó PSOB SimRicardo Maranhão PSB PSB/PCOOB SimRoberto Jefferson PTB SimRodrigo Maia PFL SimRonaldo Cezar CoelhO PSOi3 SimRub<strong>em</strong> Medina PFL SimSimão Sessim PPB SimVivaldo Barbosa POT NãoWan<strong>de</strong>rley Martins POT NãoTotal Rio <strong>de</strong> Janeiro: 41SÃO PAULOAlberto Goldman PSOB SimAlberto Mourão PMOB SimAldo Rebelo PCdoB PSB/PCOOB SimAloizio Mercadante PT SimAndré Benassi PSOB SimAngela Guadagnin PT SimAntonio Carlos Pannunzio PSOB SimAntonio Palocci PT SimArlindo Chinaglia PT SimArnaldo Faria <strong>de</strong> Sá PPB SimArnaldo Ma<strong>de</strong>ira PSOB SimAry Kara PPB SimBispo Wan<strong>de</strong>rval PL PUPST/PSLlPMN/PSO SimCelso Giglio..... PTB SimCelso Russomanno PPB SimCorauci Sobrinho PFL SimDe Velasco PST PLlPST/PSLlPMN/PSO SimDelfim Netto PPB SimOr. Hélio POT NãoOuilio Pisaneschi PTB SimEdinho Araújo PMOB SimEduardo Jorge PT SimEmerson Kapaz PSOB Sim


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26983Partido Bloco VotoSÃO PAULOEvilásio Farias PSB PSB/PCOOB SimGilberto Kassab PFL Sim·Iara Bernardi PT SimJorge Ta<strong>de</strong>u Mudalen PMOB SimJosé <strong>de</strong> Abreu PSOB SimJosé Dirceu PT SimJosé Machado PT SimJosé Roberto Batochio PDT NãoJulio S<strong>em</strong>eghini PSDB SimLuiz Antonio Fleury PTB SimMarcos Cíntra PL PUPST/PSljPMN/PSD SimMichel T<strong>em</strong>er PMDB Art. 17Moreira Ferreira PFL SimNelo Rodolfo PMOB SimNelson Marquezelli PTB SimPaulo Kobayashi PSDB SimPaulo Lima PMOB SimProfessor Luizinho PT SimRicardo Berzoini PT SimRicardo Izar PMDB SimRobson Tuma PFL SimRubens Furlan PFL SimSalvador Zimbaldi PSOB SimSampaio Dória PSDB SimTeima <strong>de</strong> Souza PT SimVadão Gomes PPB SimVal<strong>de</strong>mar Costa Neto PL PUPST/PSUPMN/PSD SimXico Graziano PSDB SimZé indk'l PMOB ·SimZulaiê Cobra PSDB SimTotal São Paulo: 53MATO GROSSOCelcita Pinheiro PFL. SimLino Rossi PSDB SimMurilo DomIngos PTB SimOsvaldo Sobrinho PTB SimTeté Bezerra PMDB SimWilson Santos PMOB SimTotal Mato Grosso: 6DISTRITO FEDERALAgnefo Queiroz PCdoB PSB/PCOOB SimAlberto Fraga PMOB SimGeraldo Magela PT SimMaria Abadia PSOB Sim


26984 Quinta-feira 10 DIÁRIO DACÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999=j=Partido 'Bloco VotoDISTRITO FEDERALPaulo Octávio PFL SimPedro Celso PT SimRicardo Noronha PMDB SimTotal Distrito Fe<strong>de</strong>ral: 7 'GOIÁSBarbosa Neto ' PMDB SimEuler Morais PMDB SimGeovan Freitas PMDB SimJuquinha PSDB SimLidia Quinan PSDB SimLúcia Vânia PSDB SimLuiz Bittencourt PMDB SimNorberto Teixeira PMDB SimPedro Canedo PSDB SimPedro Chaves PMDB SimPedro Wilson PT SimRoberto Balestra PPB SimRonaldo Caiado PFL SimTotal Goiás: 13MATO GROSSO DO SULBen-Hur Ferreira PT SimFlávio Derzi PMDB SimJoão Grandão PT SimMarçal Filho PMDB SimMarisa Serrano PSDB SimPedro Pedrossian PFL SimWal<strong>de</strong>mir Moka PMDB SimTotal Mato Grosso do Sul: 7PARANÁAbelardo LUpion PFL SimAffonso Camargo PFL SimAirton Roveda PFL SimBasílio Villani PSDB SimChico da Princesa PSDB SimDilceu Sperafico PPB SimDr. Rosinha PT SimIGustavo Frt;Jet PMDB SimIris Simões PTB SimIvanio Guerra PFL SimJosé Borba PMDB SimJosé Carlos Martinez PTB SimJosé Janene PPB' SimLuciano Pizzatto PFL SimLuiz Carlos Hauly PSDB Sim


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26985Partido Bloco VotoPARANÁMárcio Matos PT SimMax Rosenmann PSOB SimMoacir Micheletto PMOB SimNelson Meurer PPB SimOdílio Balbinotti PSOB SimOliveira Filho PPB SimOsmar Serraglio PMOB SimPadre Roque PT SimRicardo Barros PPB SimRubens Bueno PPS SimSantos Filho PFL SimValdomiro Meger PFL SimWerner Wan<strong>de</strong>rer PFL SimTotal Paraná: 28SANTA CATARINAEdinho BezHugo BiehlRenato ViannaTotal Santa Catarina: 3PMOBPPBPMOSRIO GRANDE DO SULAdão Pretto PT SimAirton Oipp POT NãoAlceu Collares POT NãoAugusto Nar<strong>de</strong>s PPB SimCaio Riela PTS SimCezar Schirmer PMOB SimOarcisio Perondi PMOB SimEnio Bacci POT NãoEsther Grossi PT SimFernando Marroni PT SimFetter Júnior PPS SimHenrique Fontana PT SimLuis Carlos Heinze PPB SimMarcos Rolim PT SimNelson Marchezan PSOB SimNelson Proença PMOB SimOsvaldo Biolchi PMOB SimPaulo José Gouvêa PST PUPST/PSUPMN/PSO SimPaulo Paim PT SimPompeo <strong>de</strong> Mattos POT NãoRoberto Argenta PFL SimSynval Guazzelli PMOB SimTelmo Kirst PPB SimVal<strong>de</strong>ci Oliveira PT SimWaldir Schmidt PMOB SimWah;lomiro Fior~vante PT SimTotal Rio Gran<strong>de</strong> do Sul: 26SimSimSim


26986 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Alerto que esse projeto é da maior importância do rito sumaaosSrs. Parlamentares para o fato <strong>de</strong> que ter<strong>em</strong>os rfssimo na Justiça do Trabalho.sessao amanhã à tar<strong>de</strong>. A presença se dará exata- Em favor da celerida<strong>de</strong> das ações trabalhistas,mente <strong>em</strong> função das votaçOes.votamos "sim".O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Sobre a O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Comomesa requerimento nos termos:vota o PT?Excelentrssimos senhor Presi<strong>de</strong>nte da Câmara O SR. AVENZOAR ARRUDA (PT - PB.) S<strong>em</strong><strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>:revisão do orador. - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o Partido <strong>dos</strong> Tra-Requer<strong>em</strong>os, nos termos do art. 155 do Regi- balhadores vota "não" ao requerimento <strong>de</strong> urgência,mento Interno, urgência para a apreciação do Projeto <strong>em</strong> primeiro lugar, porque trata do rito sumarfs'simo na<strong>de</strong> lei nSl 4.693, <strong>de</strong> 1998, do Po<strong>de</strong>r Executivo, que Justiça do Trabalho, que está <strong>em</strong> reforma. Em segun-Nacrescentaosarts. 852-Ae seguintes à CLT, instituindo do lugar, porque esse projeto foi <strong>de</strong>batido na.Comisoprocedimento sumarlssimo no processo trabalhista". são do Trabalho, havendo divergências sobre o valor.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999.O projeto original vincula o valor ao salário mfni-Assinam: Arnaldo Ma<strong>de</strong>ira, U<strong>de</strong>rdo Governo - mo. O Relator corrigiu o probl<strong>em</strong>a, dando po<strong>de</strong>res aoAécio Neves, U<strong>de</strong>rdo PSDB - O<strong>de</strong>lmo Leio, U<strong>de</strong>r TST para resolver a questão, estipulando o valor <strong>de</strong> 7do PPB - Nelson Proença, Vice-U<strong>de</strong>r do PMDB - mil reàis. Essa foi a proposição apresentada na Co-Inocêncio Oliveira, U<strong>de</strong>r do PFl - Cabo Júlio, Vi- missão do Trabalho, pelo Relator, Deputado Pedroce-U<strong>de</strong>r do Bloco Parlamentar Henry. No projeto original o valor está vinculado aoPUPST/PSUPMN/PSD - Caio Riela, Vice-U<strong>de</strong>r do salário mfnimo. Mas esse probl<strong>em</strong>a po<strong>de</strong>ria ser resol-PTB.vido por ocasião da votação do mérito,O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Em vota- Por enten<strong>de</strong>r que já t<strong>em</strong>os um conjunto <strong>de</strong> urçãoo Requerimento. Como votam os Srs. U<strong>de</strong>res? gências aprovadas, acho que <strong>de</strong>veria ser votada <strong>em</strong>Como vota o PV? (Pausa.)caráter <strong>de</strong> urgência matéria sobre a qual há acordo ouVota "sim".que apresenta bastante facilida<strong>de</strong> na aprovaçêo doComo vota o PPS?mérito. Não é o caso. Tiv<strong>em</strong>os dificulda<strong>de</strong> para discu-Como vota. o Bloco PUPST/PMN/PSUPSD? tir essa matéria na Comissão, portanto, não há neces-O SR. CABO JÚLIO (Bloco/Pl- MG.) S<strong>em</strong> re- sida<strong>de</strong> da urgência diante <strong>dos</strong> óbices apresenta<strong>dos</strong>.visão do orador. - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o Bloco Como há outros projetos <strong>em</strong> regime <strong>de</strong> urgência,PUPST/PMN/PSUPSD vota "sim".por que termos mais um com esse grau <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>?O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Como Portanto, o Partido <strong>dos</strong> Trabalhadores vota "não".vota oPPS?O SR. WALDEMIR MOKA (PMDB - MS.) S<strong>em</strong>O SR. REGIS CAVALCANTE (PPS - Alo) S<strong>em</strong> revisao do orador. - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PMDB vota "sim".revisão do orador. - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PPS vota "sim".O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB-BA. S<strong>em</strong> revi-O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Como são do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, surpreen<strong>de</strong>-nos a arvotao Bloco PSB/PCdoB?gumentação do ilustre U<strong>de</strong>r do PT. A informação queO SR. EVILÁSIO FARIAS (Bloco/PSB-PCdoB). t<strong>em</strong>os é <strong>de</strong> que a matéria obteve apoio unânime daS<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o Bloco Comissão <strong>de</strong> Trabalho.PSB/PCdoB vota "sim".O projeto t<strong>em</strong> o propósito <strong>de</strong> instituir o rito sumá-O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Como rio para questões trabalhistas que envolvam valoresvota o PTB?<strong>de</strong> até cinqUenta salários mfnimos. Traz, portanto,O SR. CAIO RIELA (PTB - RS.) S<strong>em</strong> revisao do gran<strong>de</strong> beneffcio para as partes, além <strong>de</strong> evitar,o acúorador.- Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o Partido Trabalhista Brasileiro mulo <strong>de</strong> processos na Justiça do Trabalho.vota "sim".O projeto t<strong>em</strong> gran<strong>de</strong> mérito. Por isso, o PSDBO SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er). - Como vota "sim" à urgência.vota o PDT?O SR. INOC~NCIO OlIVEIRA (PFl- PE. S<strong>em</strong>O SR. DR. HÉLIO (PDT - SP. S<strong>em</strong> revisão do revisao do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, creio que <strong>de</strong>vaorador.)- Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PDT vota "sim".mos aprovar a urgência <strong>de</strong>sse projeto.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Como No entanto, ter<strong>em</strong>os <strong>de</strong> discutir melhor a matévotao PPB?ria. Enten<strong>de</strong>mos que o rito sumário nas causas traba-O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PPB - SP.) Ihistas num valor fixado até cinqUenta vezes o menorS<strong>em</strong> revisão do orador. - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, achamos salário mfnimo - que hoje representaria algo <strong>em</strong>


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26987torno <strong>de</strong> 7 mil reais ou um pouco menos - é fundamentaipara <strong>de</strong>safogar os tribunais regionais e o TribunalSuperior do Trabalho. No entanto, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, issopo<strong>de</strong> aumentar sobr<strong>em</strong>odo a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> processos,sobretudo sabendo-se que o rito seria imediato.Somos favoráveis à urgência por acharmos quea matéria é <strong>de</strong> fundamental importância, mas enten<strong>de</strong>mosque <strong>de</strong>ve haver discussão mais profunda aesse respeito.O PFL recomenda o voto "sim", mas requer quese faça reunião por.ocasião da votação do mérito.O SR. RICARDO BARROS (PPB - PRo S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o Governo encaminhao voto favorável, uma vez que a matéria é importante.As <strong>de</strong>mandas trabalhistas com valores <strong>de</strong> atécinqüenta salários mínimos terão rito sumaríssimo,s<strong>em</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recurso. Assim, po<strong>de</strong>r<strong>em</strong>os<strong>de</strong>safogar sensivelmente os tribunais regionais e oTribunal Superior do Trabalho, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>entedo encaminhamento que a reforma do Judiciário <strong>de</strong>rao mérito da questão.O Governo vota "sim", Sr. Presi<strong>de</strong>nte.O SR. JOSÉ ANTONIO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Ex B a palavra.O SR. JOSÉ ANTONio (Bloco/PSB/PCdoB.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o BlocoPSB/PCdoB vota "sim".Também queria justificar a minha ausência navotação anterior.O SR. ALBÉRICO CORDEIRO (PTB - AL. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anteriorvotei "sim".O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - A Presidênciasolicita a to<strong>dos</strong> os Srs. Deputa<strong>dos</strong> que tom<strong>em</strong>os seus lugares, a fim <strong>de</strong> ter início a votação pelo sist<strong>em</strong>aeletrônico.Está iniciada a votação.Queiram seguir a orientação do visor <strong>de</strong> cadaposto.O SR. JOSÉ ROCHA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Ex 8 a palavra.O SR. JOSÉ ROCHA (PFL - BA. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterior, voteiconforme orientação da Li<strong>de</strong>rança do meu partido.O SR. ADOLFO MARINHO (PSDB - CE. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anteriorvotei com o PSDB.O SR. JOSE MENDONÇA BEZERRA (PFL ­PE. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o meuvoto é "sim".A SRA. VEDA CRUSIUS (PSDB - RS. S<strong>em</strong> revisãoda oradora.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anteriorvotei "sim", conforme orientação da minha bancada.O SR. EDINHO ARAÚJO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peçoa palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Ex 8 a palavra.O SR. EDINHO ARAÚJO (PMDB - SP. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, quandoV. ExS esteve <strong>em</strong> Araraquara, há cerca <strong>de</strong> quarentadias, receb<strong>em</strong>os do Fundo Paulista <strong>de</strong> Defesa daCitricultura - FUNDECITRUS, documento que abordavaquestões do setor.Acabo <strong>de</strong> dar entrada na Mesa <strong>de</strong> indicação aoSr. Ministro da Agricultura e do Abastecimento paraadoção <strong>de</strong> plano nacional <strong>de</strong> erradicação <strong>de</strong> doençasfitossanitárias da cultura cítrica.Trata-se, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, da adoção <strong>de</strong> um pianonacional <strong>de</strong> erradicação <strong>de</strong>ssas doenças, visandointensificar os esforços e controle <strong>de</strong> materiais capazes<strong>de</strong> introduzir pragas e doenças.É sabido que o Brasil é o maior produtor <strong>de</strong> laranjasdo mundo, respon<strong>de</strong>ndo por 32% <strong>de</strong> toda a laranjaproduzida no planeta. Além do mais, o nossoPaís é o maior exportador <strong>de</strong> suco <strong>de</strong> laranja concentrado,com cerca <strong>de</strong> 1,2 milhão <strong>de</strong> toneladas <strong>em</strong>1997.Portanto, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, enten<strong>de</strong>mos que o requerimentoao Ministro da Agricultura para adoção<strong>de</strong>ssas medidas é da mais alta importância, uma vezque esse é um setor fundamental da economia nacionale gerador <strong>de</strong> <strong>em</strong>pregos, principalmente <strong>em</strong> SãoPaulo. Além do mais, a região <strong>de</strong> São José do RioPreto, gran<strong>de</strong> produtora <strong>de</strong> laranja, merece esse tratamentopor parte do Governo.O SR. JOSÉ PIMENTEL - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peçoa palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - V. Ex 8t<strong>em</strong> a palavra.O SR. JOSÉ PIMENTEL (PT - CE. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, gostaria <strong>de</strong>registrar que estou votando "não"'a essa urgência pororientação partidária. Mas, no mérito, sou favorávelao projeto.A criação das juntas <strong>de</strong> rito sumário vai agilizaros feitos trabalhistas e permitir melhor atendimentoaos trabalhadores. Sou advogado trabalhista e conheço<strong>de</strong> perto essas questões. Espero, portanto,


26988 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999que consigamos superar o impasse da inconstitucionalida<strong>de</strong>e votar o mérito <strong>de</strong>ssa matéria. Se o valorestá fixado <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> salário mínimo, po<strong>de</strong>mosapresentar <strong>em</strong>enda <strong>de</strong> mérito transformando-o <strong>em</strong> reaisou, como fiz<strong>em</strong>os no projeto anterior, <strong>em</strong> Ufir.Em face <strong>de</strong> um erro, não po<strong>de</strong>mos prejudicaressa boa iniciativa, que t<strong>em</strong> como finalida<strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r'melhor aos trabalhadores e agilizar o Judiciário Trabalhista.Entendo o equívoco ocorrido na redação damatéria, mas espero que possamos superar essa dificulda<strong>de</strong>.Portanto, no mérito votar<strong>em</strong>os favoravelmente.O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,I'peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Ex B a palavra.O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL - PE. Pelaor<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, creioque esta será a última votação.Trata-se <strong>de</strong> urgência urgentíssima <strong>de</strong> rito sumário,que, pelo art. 155 do Regimento Interno, requer oquorum qualificado <strong>de</strong> 257 votos "sim".Portanto, peço aos Srs. Parlamentares que venhamao plenário para po<strong>de</strong>rmos concluir a votação<strong>de</strong>ssa urgência urgentíssima.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, conforme entendimento firmadoentre os parti<strong>dos</strong>, se aprovarmos a urgência hoje, po<strong>de</strong>r<strong>em</strong>osvotar a matéria sobre custas das causas trabalhistasamanhã. Em face <strong>de</strong> o Relator do rito sumário,nobre Deputado Pedro Henry, estar viajando, <strong>de</strong>ixaríamospara a próxima terça-feira a votação do ritosumário. Até lá po<strong>de</strong>ríamos costurar amplo entendimento<strong>em</strong> relação à matéria. Portanto, o PFL faz o seguinteapelo: que os Srs. Parlamentares venham aoplenário. O Partido recomenda o voto "sim".O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Vamosvotar o projeto anterior amanhã e o projeto do rito sumáriona terça-feira.No entanto, comunico aos Srs. Parlamentaresque hoje ainda votar<strong>em</strong>os mais duas urgências. Portanto,peço a S. Exlls que permaneçam <strong>em</strong> plenário.O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Deputado Michel T<strong>em</strong>er)- T<strong>em</strong> V. Ex B a palavra.O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL - PE. Pelaor<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, <strong>em</strong>função do que V. Ex! acaba <strong>de</strong> falar, faço a retificação:peço aos Srs. Parlamentares que permaneçam<strong>em</strong> plenário para po<strong>de</strong>rmos votar as duas urgências.Pelo art. 155 do Regimento Interno, a urgênciarequer quorum qualificado <strong>de</strong> votação nominal, a nãoser que haja amplo acordo <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os Parlamentares;e não só <strong>dos</strong> Li<strong>de</strong>res. Se houver um só Parlamentarque não concor<strong>de</strong> com o entendimento,far-se-á votação nominal pelo sist<strong>em</strong>a eletrônico.Assim, apelo para os Srs. Parlamentares quepermaneçam <strong>em</strong> plenárioObrigado; Sr. Presi<strong>de</strong>nte:O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Vou encerrara votação.O SR. ROBÉRIO ARAÚJO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.ex- a palavra.O SR. ROBÉRIO ARAÚJO (PPB - RR. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, gostaria<strong>de</strong> me congratular com to<strong>dos</strong> os m<strong>em</strong>bros da Comissão<strong>de</strong> Orçamento, Deputa<strong>dos</strong> e Senadores, e <strong>em</strong>especial com o Presi<strong>de</strong>nte da Comissão, DeputadoLael Varella, e com o Relator da matéria, por ter<strong>em</strong>aprovado crédito supl<strong>em</strong>entar para a conclusão daspontes na BR-174, trecho Manaus-Boa Vista.Essa rodovia é <strong>de</strong> fundamental importância nãosó para o <strong>de</strong>senvolvimento do nosso Estado, Roraima,mas para o Brasil, uma vez que faz a ligação doPaís com o nosso vizinho da área norte.Muito obrigado, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.O SR. JOÃO PAULO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa a palavra.O SR. JOÃO PAULO (PT - SP. S<strong>em</strong> revisão doorador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterior meuvoto foi "sim".O SR. AIRTON CASCAVEL - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa a palavra.O SR. AIRTON CASCAVEL (PPS - RR. Pelaor<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do'orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, estouencaminhando à Mesa PEC que altera os arts. 49e 67 do Ato das Disposições Transitórias, trazendo àcompetência exclusiva do Congresso Nacional aaprovação prévia <strong>de</strong> alienação e concessão <strong>de</strong> terraspúblicas, com áreas superiores a 2 mil hectares jáexistentes, e a <strong>de</strong>marcação <strong>de</strong> terras tradicionalmenteocupadas por Indios, com áreas superiores a 10 milhectares.O SR. RICARTE DE FREITAS - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.exa a palavra.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26989o SR. RICARTE DE FREITAS (PSDB. - MT.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, nas vota­.ções anteriores, votei segundo orientação do partido.O SR. JOÃO HENRiQUE (PMDB - PI. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterior,votei com a Li<strong>de</strong>rança do meu partido.O SR. JUTAHY JUNIOR - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peçoa palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. JUTAHY JUNIOR (PSDB - BA. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte; solicitoaos Deputa<strong>dos</strong> do PSDB - está havendo reunião<strong>de</strong> bancada -que venham ao plenário, pela necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> quorum qualificado.O PSDB vota "sim".O SR. GIOVANNI QUEIROZ - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er)- T<strong>em</strong> v.Exa. a palavra.O SR. GIOVANNI QUEIROZ (PDT - PA.) Pelaor<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador. - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, navotação anterior, votei <strong>de</strong> acordo com a orientação domeu partido.O SR. PAUDERNEY AVELlNO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. PAUDERNEY AVELlNO (PFL - AM.)Pela or<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador. - Sr, Presi<strong>de</strong>nte,já dá para encerrar esta votação, vamos para a próxima.O SR. HERMES PARCIANELLO -- Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. HERMES PARCIANELLO (PMDB - PRoS<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votaçãoanterior, votei <strong>de</strong> acordo com a recomendação doPMDB.O SR. CHIQUINHO FEITOSA (PSDB - CE.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, nas VotaçOesanteriores, votei <strong>de</strong> acordo com a recomendaçãodo PSDB.O SR. ODELMO LEÃO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela' or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR.' ODELMO LEÃO (PPB - MG. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PPB encaminha ovoto "sim", solicita à sua bancada que acorra ao plenáriopara fazermos essa vota ~IO e informa que tere-·mos mais votações nominais.O PPB vota "sim".O SR. RAIMUNDO GOIIIIES'E MATOS - Sr,Presi<strong>de</strong>nte, peço a palavra pela or<strong>de</strong>m. .O SR. PRESIDEN1"E (I\fichel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. RAIMUNDO GONIES DE MATOS (PSDEJ.- CE. S<strong>em</strong> revisão do orador) - SI'. Presi<strong>de</strong>nte, nal:,votações anteriores, votei <strong>de</strong> acareio com a orienta.,ção do partido.O SR. JOVAIR ARANTES (FSDB - GO. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Pre~,;i<strong>de</strong>nt,~, na última votação,votei <strong>de</strong> acordo com a orientação do PSDB.O SR. PRESIDENTE (fJIiche' T<strong>em</strong>er) - Comosugere o Deputado Gerson Pl3res, 'lamas votar.O SR. FERNANDO COltUJA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (~1ichel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. FERNANDO COllUJA (PDT - SC. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, nas votações an··teriores, votei conforme orienlaçAo da bancada.O SR. PRESIDENTE (f\I-ichel T<strong>em</strong>er) - Vou encerrara votação.O SR. ODELMO LEÃO -- Sr. F'resi<strong>de</strong>nte, peço Clpalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (f\1ichel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V,Exa. a palavra.O SR. ODELMO LEÃO (PPB - MG. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PPB recomenda àsua bancada o voto "sim" e sc.licita aos seus Deputa<strong>dos</strong>que permaneçam <strong>em</strong> plenário.O SR. GONZAGA PATFtlOTA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. GONZAGA PATR IOTA (Bloco/PSB - PE.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votaçãoanterior, votei "sim".O SR. JOÃO ALMEIDA -- Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB - BA. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PSDB vota "sim" econclama os m<strong>em</strong>bros da sua bane ada a comparecer<strong>em</strong>ao plenário. É importante que a votação seja conclufdacom quorum elevado. Preci samos <strong>de</strong> 351 vo'­tos "sim", pois trata-se <strong>de</strong> rito summfssimo. É importanteque to<strong>dos</strong> estejam presE,ntes H dê<strong>em</strong> sua contr~buiçãonesta votação.


26990 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999o SR. ELlSEU RESENDE - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er)-T<strong>em</strong> V. Exa.a palavra.O SR. ELlSEU RESENDE (PFL - MG. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterior,votei "sim".O SR. IVAN PAIXÃO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V. Exa.a palavra. .O SR. IVAN PAIXÃO (PPS - SE. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, quero aproveitareste momento para fazer uma reflexão. Estamosaproximando-nos do recesso da Câmara Fe<strong>de</strong>ral,a partir do dia 1° <strong>de</strong> julho, e estão <strong>em</strong> curso nestaCasa os trabalhos <strong>de</strong> cinco Comissões Parlamentares<strong>de</strong> Inquérito, as reformas do sist<strong>em</strong>a tributário, <strong>dos</strong>ist<strong>em</strong>a judiciário, do sist<strong>em</strong>a financeiro e a do CódigoCivil a iniciar-se.Creio oportuno que esta Casa não pare seustrabalhos no recesso, já que estamos vivendo mo-mento tão importante da vida nacional, <strong>em</strong> que estaCasa- está dando sua contribuição à Nação com aagenda positiva que V. Exa., Sr. Presi<strong>de</strong>nte, propôs anós to<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> e, por extensão, ao povo brasileiro.É bom que se faça reflexão profunda sobre nãopararmos, a fim <strong>de</strong> que as matérias <strong>em</strong> tramitaçãonão sofram solução <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>, mesmo quepara isso seja necessária a autoconvocação da Câmara<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>.Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Está encerradaa votação.A Mesa vai anunciar o resultado da votação:VOTARAM:Sim: 328Não: 50Abstenções: 00TOtal: 378É Aprovado Requerimerito <strong>de</strong> Urgência para oProjeto <strong>de</strong> Lei n Q 4.693/98.LISTAGEM DE VOTAÇÃOProposição: PL. N° 4693/98 - REQUERIMENTO DEURGÊNCIAInício Votação: 09/06/1999 18:33Fim Votação: 09/06/1999 18:47Presidiram a Votação: Michel T<strong>em</strong>er -16:41Resultado da VotaçãoSim 328Não 50Abstenção OTotal da Votação 378Art. 17 1Total Quorum 379OrientaçãoPFL -SimPMDB-SimPSDB-SimPT- NãoPPB-SimPDT-SimPTB-SimPSBIPCDOB - SimPUPSTIPSUPMN/PSD - SimPPS-SimPV-SimGOV.-SimObstruçãoO


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26991Partido Bloco VotoRORAIMAAirton Cascavel PPS SimAlceste Almeida PMOB SimLuis Barbosa PFL SimRobério Araújo PPB SimTotal Roraima: 4AMAPÁAntonio Feijão PSOB SimOr. Benedito Dias PFL SimEduardo Seabra PTB SimEvandro Milhomen PSB PSB/PCDOB SimJurandil Juarez PMDB SimSérgio Barcellos PFL SimTotal Amapá: 6PARÁAnivaldo Vale PSOB SimBabá PT NãoOeus<strong>de</strong>th Pantoja PFL SimGerson Peres PPB SimGiovanni Queiroz POT SimJorge Costa PMOB SimJosé Priante PMDB SimJosué Bengtson PTB SimNilson Pinto PSDB SimPaulo Rocha PT NãoRenildo Leal PTB SimValdir Ganzer PT NãoVic Pires Franco PFL SimZenaldo Coutinho PSDB SimTotal Pará: 14AMAZONASÁtila Lins PFL SimFrancisco Garcia PFL SimJosé Melo PFL SimLuiz Fernando PPB SimPau<strong>de</strong>rney Avelino PFL SimSilas Câmara PFL SimVanessa Grazziotln pedoB PSB/PCDOB SimTotal Amazonas: 7RONDONIAAgnaldo Muniz POT SimCarlos Cury PPB ·SimConfúcio Moura PMOB SimEuripe<strong>de</strong>s Miranda POT Sim


26992 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Partido Bloco VotoRON'OONIA. Expedito Júnior PFL S.imNilton Capixaba PTB SimSérgio Carvalho PSDB SimTotal Rondonia: 7ACREHil<strong>de</strong>brando Pascoal PFL SimII<strong>de</strong>fonço Cor<strong>de</strong>iro PFL SimJoão Tota PPB SimMarcos Afonso PT NãoNilson Mourão PT NãoZila Bezerra PFL SimTotal Acre: 6TOCANTINSAntônio Jorge PFL SimFreire Júnior PMDB SimJoão Ribeiro PFL SimPastor Amarildo PPB SimPaulo Mourão PSDB SimTotal Tocantins : 5MARANHÃOAlbérico Filho PMDB SimCesar Ban<strong>de</strong>ira PFL SimCosta Ferreira PFL SimGastão Vieira PMDB SimJosé Antonio PSB PSB/PCDOB SimNeiva Moreira PDT SimNice Lobão PFL SimPedro Fernan<strong>de</strong>s PFL SimR<strong>em</strong>i Trinta PL PUPST/PSUPMN/PSD SimTotal Maranhão: 9CEARÁAdolfo Marinho PSDB Sim.Almeida <strong>de</strong> Jesus PL PUPST/PSLf.PMN/PSD SimAníbal Gomes PMDB SimArnon Bezerra PSDB SimChiquinho Feitosa PSDB SimEunicio Oliveira PMDB SimInácio Arruda PCdoB PSB/PCDOB SimJosé Unhares PPB SimJosé Pimentel PT NãoLéo Alcântara PSDB SimManoel Salviano PSDB SimMoroni Torgan PSDB Sim


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26993Partido Bloco VotoCEARÁNelson Otoch PSDB SimRaimundo Gomes <strong>de</strong> Matos PSDB SimRommel Feijó PSDB SimSérgio Novais PSB PSB/PCDOB SimTotal Ceará: 16PIAuíHeráclito Fortes PFL SimJoão Henrique PMDB SimMarcelo Castro PMDB SimPaes Landim PFL SimTh<strong>em</strong>ístocles Sampaio PMDB SimWellington Dias PT NãoTotal Piauí: 6RIO GRANDE DO NORTEBetinho Rosado PFL SimHenrique Eduardo Alves PMDB SimIberê Ferreira PPB SimLavoisier Maia PFL SimMúcio Sá PMDB SimNey Lopes PFL SimTotal Rio Gran<strong>de</strong> do Norte: 6PARAíBAAdauto Pereira PFL SimArmando Abílio PMDB SimAvenzoar Arruda PT NãoDamião Feliciano PMDB SimDomiciano Cabral PMDB Simlnaldo Leitão PMDB SimMarcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lha PFL SimRicardo Rique PMDB SimTotal Paraíba: 8PERNAMBUCOAntônio Geraldo PFL SimArmando Monteiro PMDB SimCarlos Batata PSDB SimCl<strong>em</strong>entino Coelho PSB PSB/PCDOB SimDjalma Paes PSB PSB/PCDOB SimEduardo Campos PSB PSB/PCDOB SimFernando Ferro PT NãoGonzaga Patriota PSB PSB/PCDOB SimInocêncio Oliveira PFL SimJoaquim Francisco PFL SimJosé Chaves PMDB Sim


26994 Quinta-feira 10 DIARIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Partido Bloco VotoPERNAMBUCOJosé Mendonça Bezerra PFL SimLuciano Bivar PSL PL/PSTIPSL/PMN/PSD SimLuiz Piauhylino PSDB SimMarcos <strong>de</strong> Jesus PST PL/PSTIPSL/PMN/PSD SimOsvaldo Coelho PFL SimPedro Eugênio PSB PSB/PCDOB SimRicardo Fiuza PFL SimSérgio Guerra PSDB SimTotal Pernambuco: 19ALAGOASAlbérico Cor<strong>de</strong>iro PTB SimAugusto Farias PPB SimGivaldo Carimbão PSB PSB/PCDOB SimHelenildo Ribeiro PSDB SimJoão Caldas PMN PL/PST/PSL/PMN/PSD SimJosé Thomaz Nonô PFL SimLuiz Dantas PSD PL/PST/PSL/PMN/PSD SimOlavo Calheiros PMDB SimRegis Cavalcante PPS SimTotal Alagoas: 9SERGIPEAugusto Franco PSDB SimIvan Paixão PPS SimJorge Alberto PMDB SimJosé Teles PSDB SimMarcelo Déda PT NãoPedro Valadares PSB PSB/PCDOB SimSérgio Reis PSDB SimTotal Sergipe: 7BAHIAAroldo Cedraz PFL SimCoriolano Sales PDT SimEujáCio Simões PL PL/PSTIPSL/PMN/PSD SimFélix Mendonça PTB SimGeraldo Simões PT NãoGerson Gabrielli PFL SimHaroldo Lima PCdoB PSB/PCDOB SimJaime Fernan<strong>de</strong>s PFL SimJairo Azi PFL SimJairo Carneiro PFL SimJaques Wagner PT NãoJoão Almeida PSDB SimJoão Leão PSDB SimJonival Lucas Junior PPB SimJorge Khoury PFL Sim


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 26995...;.-.,...Partido Bloco VotoBAHIAJosé Rocha PFL SimJosé Ronaldo PFL SimJutahy Junior PSDB SimLuiz Moreira PFL SimManoel Castro PFL SimMário Negromonte PSDB SimNelson Pellegrino PT NãoNilo Coelho PSDB SimPaulo Braga PFL SimPaulo Magalhães PFL SimReginaldo Germano PFL SimRoland Lavigne PFL SimUrsicino Queiroz PFL SimWaldir Pires PT NãoWalter Pinheiro PT NãoTotal Bahia: 30MINAS GERAISA<strong>de</strong>mir Lucas PSDB SimAécio Neves PSDB SimAntônio do Valle PMDB SimAracely <strong>de</strong> Paula PFL SimBonifácio <strong>de</strong> Andrada PSDB SimCabo Júlio PL PLlPST/PSLlPM~J1PSD SimCarlos Mosconi PSDB SimCustódio Mattos PSDB SimDanilo <strong>de</strong> Castro PSDB SimEdmar Moreira PPB SimEduardo Barbosa PSDB SimEliseu Resen<strong>de</strong> PFL SimGilmar Machado PT NãoHélio Costa PMDB SimIbrahim Abi-Ackel PPB SimJaime Martins PFL SimJoão Fassarella PT NãoJoão Magalhães PMD8 SimJoão Magno PT NãoJosé Militão PSDS SimLael Varella PFL SimLincoln Portela PST PUPSTIPSliPMI\l/PSD SimMárcio Reinaldo Moreira PPB SimMarcos Lima PMD8 SimMaria do Carmo Lara PT NãoMaria Elvira PMDB SimO<strong>de</strong>lmo Leão PPB SimOlimpio Pires PDT SimPaulo Delgado PT Não


26996 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Partido Bloco VotoMINAS GERAISPhil<strong>em</strong>on Rodrigues PMDB SimRafael Guerra PSDB SimRoberto Brant PFL SimRomel Anizio PPB SimRomeu Queiroz PSDB SimRonaldo Vasconcellos PL PUPST/PSLlPMN/PSD SimSaraiva Felipe PMDB SimSérgio Miranda PCdoB PSB/PCDOB SimSilas Brasileiro PMDB SimVirgílio Guimarães PT NãoVittorio Medioli PSDB SimWalfrido Mares Guia PTB SimZaire Rezen<strong>de</strong> PMDB SimZezé Perrella PFL SimTotal Minas Gerais: 43EspíRITO SANTOAloízio Santos PSDB SimJosé Carlos Elias PTB SimMagno Malta PTB SimMax Mauro PTB SimNilton Baiano PPB SimRicardo Ferraço PSDB SimTotal Espírito Santo: 6RIO DE JANEIROAlcione Athay<strong>de</strong> PPB SimAldir Cabral PFL SimAlmerinda <strong>de</strong> Carvalho PFL SimAntonio Carlos Biscaia PT NãoBispo Rodrigues PL PUPST/PSUPMN/PSD SimCoronel Garcia PSDB SimDr. Helena PSDB SimEduardo Paes PFL SimEurico Miranda PPB SimFernando Gabeira PV SimFernando Gonçalves PTB Simlédio Rosa PMDB SimJair Bolsonaro PPB SimJandira Feghali PCdoB PSB/PCDOB SimJoão Men<strong>de</strong>s PMDB SimJoão Sampaio PDT SimJorge Wilson PMDB SimJosé Carlos Coutinho PFL SimLuis Eduardo PSDB SimLuiz Ribeiro PSDB Sim


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta·feira 10 26997Partido Bloco VotoRIO .DE JANEIROLuiz Salomão PDT SimLuiz Sérgio PT NãoMilton T<strong>em</strong>er PT NãoPastor Val<strong>de</strong>ci Paiva PST PLlPST/PSLlPMN/PSD SimPaulo Baltazar PSB PSB/PCDOB SimPaulo <strong>de</strong> Almeida PPB SimPaulo Feijó PSDB SimRicardo Maranhão PSB PSB/PCDOB SimRoberto Jefferson PTB SimRodrigo Maia PFL SimRonaldo Cezar Coelho PSDB SimSimão Sessim PPB SimVivaldo Barbosa PDT SimWan<strong>de</strong>rley Martins PDT SimTotal Rio <strong>de</strong> Janeiro: 34SÃO PAULOAlberto Goldman PSDB SimAlberto Mourão PMDB SimAldo Rebelo PCdoB PSB/PCDOB SimAloizio Mercadante PT NãoAngela Guadagnin PT NãoAntonio Palocci PT NãoArlindo Chinaglia PT NãoArnaldo Faria <strong>de</strong> Sá PPB SimArnaldo Ma<strong>de</strong>ira PSDB SimAry Kara PPB SimBispo Wan<strong>de</strong>rval PL PL/PST/PSLlPMN/PSD SimCelso Giglio PTB SimCelso Russomanno PPB SimCorauci Sobrinho PFL SimDe Velasco PST PL/PST/PSLlPMN/PSD SimDelfim Netto PPB SimDr. Hélio PDT SimDuilio Pisaneschi PTB SimEdinho Araújo PMDB SimEduardo Jorge PT NãoEmerson Kapaz PSDB SimEvilásio Farias PSB PSB/PCDOB SimFranco Montoro PSDB SimGilberto Kassab PFL SimIara Bernardi PT NãoJoão Paulo PT NãoJorge Ta<strong>de</strong>u Mudalen PMDB SimJosé <strong>de</strong> Abreu PSDB Sir.lJosé Dirceu PT Não


26998 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Partido Bloco VotoSÃO PAULOJosé Genoíno PT NãoJosé Machado PT NãoJosé Roberto Batochio PDT SimJulio S<strong>em</strong>eghini PSDB SimLuiz Antonio Fleury PTB SimLuiza Erundina PSB PSB/PCDOB SimMarcos Cintra PL PL/PST/PSL/PMN/PSD SimMichel T<strong>em</strong>er PMDB Art. 17Moreira Ferreira PFL SimNelo Rodolfo PMDB SimNelson Marquezelli PTB SimPaulo Kobayashi PSDB SimPaulo Lima PMDB SimProfessor Luizinho PT NãoRicardo Berzoini PT NãoRicardo Izar PMDB SimRubens Furlan PFL SimSalvador Zimbaldi PSDB SimSampaio Dória PSDB SimVadão Gomes PPB SimVal<strong>de</strong>mar Costa Neto PL PL/PST/PSL/PMN/PSD SimXico Graziano PSDB SimZé índio PMDB SimTotal São Paulo: 52MATO GROSSOCelcita Pinheiro PFL SimLino Rossi PSDB SimMurilo Domingos PTB SimOsvaldo Sobrinho PTB SimRicarte <strong>de</strong> Freitas PSDB SimTeté Bezerra PMDB SimWilson Santos PMDB SimTotal Mato Grosso: 7DISTRITO FEDERALAgnelo Queiroz PCdoB PSB/PCDOB SimAlberto Fraga PMDB SimGeraldo Magela PT NãoMaria Abadia PSDB SimPastor Jorge PMDB SimPedro Celso PT NãoRicardo Noronha PMDB SimTotal Distrito Fe<strong>de</strong>ral: 7


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10' 26999GOIÁSEuler MoraisGeovan FreitasJovair ArantesJuquinhaLidia QuinanLuiz BittencourtNair Xavier LoboNorberto TeixeiraPedro CanedoPedro ChavesPedro WilsonRoberto BalestraRonaldo CaiadoVilmar RochaPartidoPMDBPMDBPSDBPSDBPSDBPMDBPMDBPMDBPSDBPMDBPTPPBPFLPFLBlocoVotoSimSimSimSimSimSimSimSimSimSimNãoSimSimSimTotal Goiás: 14MATO GROSSO DO SULBen-Hur FerreiraJoão GrandãoMarçal FilhoMarisa SerranoNelson TradPedro PedrossianWal<strong>de</strong>mir MokaPTPTPMDBPSDBPTBPFLPMDBNãoNãoSimSimSimSimSimTotal Mato Grosso do Sul: 7PARANÁAbelardo LupionAffonso CamargoAirton RovedaBasílio VillaniChico da PrincesaDilceu SperaficoDr. RosinhaGustavo FruetHermes ParcianelloIris SimõesIvanio GuerraJosé JaneneLuiz Carlos HaulyMárcio MatosMax RosenmannNelson MeurerOdílio. BalbinottiOliveira FilhoPadre RoquePFLPFLPFLPSDBPSDBPPBPTPMDBPMDBPTBPFLPPBPSDBPTPSDBPPBPSDBPPBPTSimSimSimSimSimSimNãoSimSimSimSimSimSimNãoSimSimSimSimNão


27000 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999PARANÁPartido Bloco VotoRicardo Barros PPB SimRubens Bueno PPS SimSantos Filho PFL SimWerner Wan<strong>de</strong>rer PFL SimTotal Paraná: 23SANTA CATARINAFernando Coruja PDT SimHugo Biehl PPB SimTotal Santa Catarina; 2RIO GRANDE DO SULAdão Pretto PT NãoAirton Oipp POT SimAlceu Col/ares POT SimAugusto Nar<strong>de</strong>s PPB SimCaio Riela PTB SimCezar Schirmer PMOB SimOarcísio Perondi PMOB SimEnio Bacci PDT SimEsther Grossi PT NãoFernando Marroni PT NãoFetter Júnior PPB SimLuis Carlos Heinze PPB SimLuiz Mainardi PT NãoMarcos Rolim PT SimNelson ~archezan PSOB SimNelson Proença PMDB SimPaulo José Gouvêa PST PL/PST/PSL/PMN/PSO SimPaulo Paim PT SimPompeo <strong>de</strong> Mattos POT Sim. Roberto Argenta PFL SimTelmo Kirst PPB SimVal<strong>de</strong>ci Oliveira PT NãoWaldir Schmidt PMOB SimWaldomiro Fioravante PT NãoVeda Crusius PSOB SimTotal Rio Gran<strong>de</strong> do Sul: 25


Junho <strong>de</strong> 1999o SR. CELSO JACOB - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V. Exa.a palavra.O SR. CELSO JACOB (POT - RJ. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. PresI<strong>de</strong>nte, nessa votação, votei"sim".O SR. GERMANO RIGOTTO (PMOB - RS.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, votei "sim".O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Sobre amesa o seguinte requerimento:Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Nos termos do artt 155 do Regimento Interno,requer<strong>em</strong>os regime <strong>de</strong> urgência na apreciação doProjeto <strong>de</strong> Lei n ll 530/99, que, no caso <strong>de</strong> separação,amplia direito <strong>de</strong> visitas aos filhos para avós paternose maternos, segundo fixar o juiz, b<strong>em</strong> como fiscalizarsua manutenção e educação, <strong>em</strong> face da importânciada matéria.Sala das Sessões, 14 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1999. EnioBacci, POT - Caio Riela, Vice-Ll<strong>de</strong>r do PTB - HenriqueFontana, Vice-Lí<strong>de</strong>r do PT - Fernando Zuppo, Vice-Ll<strong>de</strong>rdo POT - Cezar Schirmer, Inocêncio Oliveira,Lí<strong>de</strong>r do PFL - Gerson Peres, Vice-Li<strong>de</strong>r do PPBLurza Erundina, Lí<strong>de</strong>r do Bloco ParlamentarPSB/PCdoB e Aécio Neves, Lí<strong>de</strong>r do PSOB.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Em vota-oção o Requerimento. Como votam os Srs. LI<strong>de</strong>res?A SRA. LUrZA ERUNDINA (Bloco/PSB - SP.S<strong>em</strong> revisão da oradora.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o BlocoPSB/PCdoB vota "sim".O SR. CAIO RIELA (PTB - RS. S<strong>em</strong> revisão doorador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o Partido Trabalhista Brasileirovota "sim".O SR. REGIS CAVALCANTE (PPS - AL. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PPS vota "sim".O SR. DR. HÉLIO (POT - SP. S<strong>em</strong> revisão do. orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PDT vota "sim".O SR. ODELMO LEÃO (PPB - MG. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PPB vota "sim".O SR. GERALDO MAGELA (PT- DF. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PT vota "sim".O SR. WALDEMIR MOKA (PMDB - MS. S<strong>em</strong>revisão do orador.) ..:. Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PMDB vota"sim".O SR. AÉCIO NEVES (PSDB - MG. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PSDB vota "sim".O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL - PE. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PFL vota "sim".O SR. RICARDO BARROS (PPB - PRo S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o Governo vota"sim".DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOSQuinta-feira 10 27001O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Em votaçãoo requerimento.Os Srs. Deputa<strong>dos</strong> que o aprovam permaneçamcomo se encontram. (Pausa.)APROVADO.O SR. JOÃO CASTELO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peçoa palavra pela or<strong>de</strong>m. .O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong> V. Exa.a palavra.O SR. JOÃO CASTELO (PSOB - MA. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterioracompanhei o meu partido.O SR. ANDRÉ BENASSI (PSDB - SP. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anteriorvotei "sim".O SR. CLEUBER CARNEIRO (PFL - MG. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anteriorvotei com o meu partido.O SR. SAULO PEDROSA (PSOB - BA. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anteriormeu voto foi "sim".O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Sobre amesa requerimento <strong>de</strong> urgência nos seguintes termos:Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Requer<strong>em</strong>os nos termos do art. 155, do RegimentoInterno, urgência para a apreciação do PRN n ll1/99 da Mesa da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, que "regulamentaos arts. 1 11 , 211.e 3 11 da Lei n Il 9.506, <strong>de</strong> 1997".Sala das Sessões, <strong>de</strong> <strong>de</strong> 1999.Val<strong>de</strong>mar Costa Neto, Ll<strong>de</strong>r do Bloco ParlamentarPUPST/PSUPMN/PSD - José Genoíno, LI<strong>de</strong>rdo PT - Roberto Jefferson, Lí<strong>de</strong>r do PTB - InocêncioOliveira, Ll<strong>de</strong>r do PFL - Cezar Schirmer, Vice-Ll<strong>de</strong>rdo PMDB e Aécio Neves, Lí<strong>de</strong>r do PSDB .O SR. CIRO NOGUEIRA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peçoa palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) _. T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. CIRO NOGUEIRA (PFL - PI. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anteriormeu voto foi "sim".O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Em votaçãoo Requerimento. Como votam os Srs. Li<strong>de</strong>res?Como vota o PV? (Pausa.)Como vota o PPS? (Pausa.)Como vota o Bloco PL? (Pausa.)Como vota o Bloco PSB/PCdoB?A SRA. LUIZA ERUNO'NA (Bloco/PSB - SP.S<strong>em</strong> revisão da oradora.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o BlocoPSB/PCdoB vota "sim".


27002 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999o SR. CAIO RIELA (PTB - RS. S<strong>em</strong> revisão doorador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o Partido Trabalhista Brasileirovota "sim".O SR. DR. HÉLIO (PDT - SP. S<strong>em</strong> revisão doorador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PDT vota "sim".O SR. ODELMO LEÃO (PPB - MG. S<strong>em</strong> revisãoVALDEMAR COSTA NETO - Projeto <strong>de</strong> lei quecria o Acordo <strong>de</strong> Comutação ou R<strong>em</strong>issão <strong>de</strong> Pena.por efetiva colaboração na investigação <strong>em</strong> beneffcio<strong>de</strong> réu ou test<strong>em</strong>unha por cujo <strong>de</strong>poimer.lto possa vira incriminar-se e dá outras providências.ANA CATARINA - Indicação ao Po<strong>de</strong>r Executi­do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PPB vota "sim". vo <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> vantag<strong>em</strong> pecuniária (auxf­O SR. REGIS CAVALCANTE (PPS - AL. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PPS vota "sim".O SR. GERALDO MAGELA (PT - DF. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PT, reservando-seo direito <strong>de</strong> discutir o mérito, vota "sim".Iio-moradia) para o servidor público fe<strong>de</strong>ral.LUIZ SALOMÃO - Projeto <strong>de</strong> lei que <strong>de</strong>terminao acompanhamento obrigatório, pelo sindicato ou fe<strong>de</strong>raçãoprofissional, das perfcias <strong>de</strong> condições <strong>de</strong>trabalho perigosas e insalubres.O SR. WALDEMIR MOKA (PMDB - MS. S<strong>em</strong> - Projeto <strong>de</strong> lei que dispõe sobre a obrigatorieda<strong>de</strong>do fornecimento, no ato da rescisão do contratorevisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PMDB vota"sim".O SR. AÉCIO NEVES (PSDB - MG. S<strong>em</strong> revisão<strong>de</strong> trabalho, do formulário comprobatório do exercício<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> com exposição a agentes prejudiciais àdo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PSDB vota "sim".O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL - PE. S<strong>em</strong>revisão do orador.)-Sr. Presi<strong>de</strong>nte, o PFL vota "sim".O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Comovota o Governo? (Pausa.)O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Em votaçãoo requerimento.Os Srs. Deputa<strong>dos</strong> que estiver<strong>em</strong> <strong>de</strong> acordopermaneçam como estão. (Pausa.)APROVADO.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - Apresentação<strong>de</strong> proposições.Os Srs. Deputa<strong>dos</strong> que tenham proposiçOes aapresentar po<strong>de</strong>rão fazê-lo.saú<strong>de</strong>, para fins <strong>de</strong> aposent~doria especial, e altera oApresentam Proposições os Senhores:ANTONIO CARLOS BISCAIA - Requerimento<strong>de</strong> informações ao Ministro das ComunicaçOes sobrepublicação e expedição do jornal Correios do Brasil.GONZAGA PATRIOTA - Requerimento <strong>de</strong> informaçOesao Ministro das Relações Exteriores sobre<strong>de</strong>tenção <strong>dos</strong> turistas e estudantes pernambucanosTúlio José Alves, Giovane Alves e Luiz AntOnio Marques,por oficiais da Polrcia <strong>de</strong> Imigração e Fronteiras<strong>de</strong> Portugal.PAULO PAIM - Projeto <strong>de</strong> lei que dispõe sobre oressarcimento das <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> atendimentomédico-hospitalar, nas unida<strong>de</strong>s da re<strong>de</strong> públicada União, <strong>de</strong> pacientes alcança<strong>dos</strong> pela cobertura<strong>de</strong> contrato individual ou coletivo com <strong>em</strong>presas privadasprestadoras <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> assistência médica,administradoras <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, seguradorase congêneres e dá outras providências.RUBENS BUENO - Projeto <strong>de</strong> lei que institui,nas convenções e acor<strong>dos</strong> coletivos <strong>de</strong> trabalho, oContrato <strong>de</strong> Primeiro Emprego.art. 58 da Lei n 1l 8.213, <strong>de</strong> 1991.ALOlzlO SANTOS - Projeto <strong>de</strong> lei compl<strong>em</strong>entarque estabelece a alfquota níaxima enormas geraisrelativas ao Imposto sobre Serviços <strong>de</strong> QualquerNatureza (ISSQN).MARCONDES GADELHA - Projeto <strong>de</strong> lei quecria, nos Municípios <strong>de</strong> Sousa e São João do Rio doPeixe, Estado da Parafba, o Parque Nacional do Vale<strong>dos</strong> Dinossáuros e dá outras providências.ARNALDO FARIA DE SÁ - Projeto <strong>de</strong> lei quecria o Conselho da Concorrência, a Secretaria da Pequenae Media Empresa Comercial e dá outras providências.ENIO BACCI- Projeto <strong>de</strong> lei que reduz perfodo<strong>de</strong> carência para aposentadoria por invali<strong>de</strong>z e auxf­Iio-doença.- Projeto <strong>de</strong> lei que aumenta <strong>em</strong> 50% o valor daaposentadoria por invali<strong>de</strong>z quando necessário auxf­Iio <strong>de</strong> outra pessoa.- Projeto <strong>de</strong> lei que autoriza auxflio-reclusão apresos provisórios.- Projeto <strong>de</strong> lei que permite o acúmulo <strong>de</strong> beneffciosda Previdência quando a soma não ultrapassartrês salários mfnimos.VALDOMIRO MEGER - Projeto <strong>de</strong> lei que dispõesobre a instalação <strong>de</strong> cameras <strong>de</strong> vf<strong>de</strong>o <strong>em</strong> hospitais.FEU ROSA - Projeto <strong>de</strong> lei que dispõe sobre adivulgação obrigatória <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> relativos a pessoas<strong>de</strong>saparecidas nos meios <strong>de</strong> comunicação social.VALDECI OLIVEIRA - Requerimento <strong>de</strong> informaçõesao Ministro Extraordinário <strong>de</strong> Polrtica Fundiáriasobre a pesquisa <strong>de</strong> opinião pública acerca do programa<strong>de</strong>nominado Nova Reforma Agrária.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27003- Projeto <strong>de</strong> lei quealtera os arts. 20 e 22 da Lein 2 7.102, <strong>de</strong> 1983, com a redação dada pelas Leis n 2 s8.863, <strong>de</strong> 1994, e 9.017, <strong>de</strong> 1995, <strong>de</strong>finindo critériospara concessão <strong>de</strong> autorização <strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong><strong>em</strong>presas especializadas <strong>em</strong> serviços <strong>de</strong> vigilância etransportes <strong>de</strong> valores e <strong>de</strong>terminando o uso <strong>de</strong> equipamento<strong>de</strong> proteção individual pelos vigilantes <strong>em</strong>serviço.VIC PIRES FRANCO - Projeto <strong>de</strong> lei que dispõesobre a inclusão obrigatória da disciplina Ética e Cidadanianos currículos escolares <strong>dos</strong> estabelecimentos<strong>de</strong> ensino fundamental e médio, das re<strong>de</strong>s pública eprivada <strong>em</strong> todo o País.- Projeto <strong>de</strong> lei que regulamenta a profissão cteCabeleireiro e dá outras providências.WAI,.TER PINHEIRO - Requerimento <strong>de</strong> informaçõesao Diretor-Geral da Agência Nacional <strong>de</strong>Energia Elétrica (ANEEL) sobre alteração na cobrança<strong>de</strong> conta <strong>de</strong> energia elétrica pela CPFL.PAULO LIMA - Projeto <strong>de</strong> lei que <strong>de</strong>mocratiza agestão <strong>dos</strong> Serviços Sociais Autônomos e dá outrasprovidências.L1DIA QUINAN - Requerimento ao Presi<strong>de</strong>nteda Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sarquivamento <strong>dos</strong>projetos <strong>de</strong> Lei n 2 s 4.215, <strong>de</strong> 1998, 2.771, <strong>de</strong> 1997,2.833, <strong>de</strong> 1997, 3.463, <strong>de</strong> 1997, e 4.214, <strong>de</strong> 1998, <strong>de</strong>autoria da requerente.WALTER PINHEIRO EAVENZOAR ARRUDA­Requerimento <strong>de</strong> informações aos Ministros do Trabalhoe Emprego e da Justiça sobre a entrada <strong>de</strong> trabalhadoresestrangeiros no território nacional para<strong>de</strong>senvolver<strong>em</strong> ativida<strong>de</strong>s profissionais nas áreas <strong>de</strong>telecomunicações, do setor elétrico, <strong>de</strong> gás canalizado,<strong>de</strong> mineração, <strong>de</strong> si<strong>de</strong>rurgia e ferroviário, a partir<strong>de</strong> 1994, e nas condições que especifica.DA. HÉLIO - Requerimento <strong>de</strong> informações aoConselho Nacional <strong>de</strong> Educação sobre o andamento<strong>dos</strong> processos da Fundação Bezerra <strong>de</strong> Menezes, <strong>de</strong>Campinas, Estado <strong>de</strong> São Paulo.- Requerimento <strong>de</strong> informações ao Ministro daSaú<strong>de</strong> sobre a liberação do produto Vasomax paracomercialização.ANTONIO PALOCCI- Requerimento <strong>de</strong> informaçõesao Secretário Especial <strong>de</strong> Políticas Regionaissobre a obra Adutora do Oeste.MILTON TEMER - Requerimento <strong>de</strong> informaçõesao Ministro da Previdência e Assistência Socialsobre a atuação <strong>de</strong> fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensão.ARV KARA - Requerimento <strong>de</strong> informações aoMinistro da Fazenda sobre a liberação <strong>de</strong> recursospela Gerência <strong>de</strong> Comunicação Social da Caixa EconômicaFe<strong>de</strong>ral... OLIVEIRA FILHO - Requerimento ao Presi<strong>de</strong>nteda Câmara <strong>dos</strong> Deputado~ <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> sessãosolene, dia 8 <strong>de</strong> julho, <strong>em</strong> com<strong>em</strong>oração aos 21anos <strong>de</strong> existência da Igreja Universal do Reino <strong>de</strong>Deus.ANTONIO CARLOS BISCAIA - Projeto <strong>de</strong> leique dispõe sobre a efetivação <strong>de</strong> pagamentos e recebimentosda r<strong>em</strong>uneração do trabalho e <strong>dos</strong> benefíciosprevi<strong>de</strong>nciários efetua<strong>dos</strong> mediante <strong>de</strong>pósito bancário,por pessoa física ou jurídica, <strong>de</strong> direito públicoou privadó.POMPEO DE MATTOS - Projeto <strong>de</strong> lei queacrescenta § 1 2 ao art. 280 da Lei n 2 9.503, <strong>de</strong> 1997,que institui o Código <strong>de</strong> Trânsito Brasileiro.- Projeto <strong>de</strong> lei que vincula a percepção do seguro-<strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego,por parte do trabalhador <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregado,à prestação <strong>de</strong> serviço's- comunitários.EDUARDO CAMPOS - Requerimento <strong>de</strong> informaçõesao Ministro da Fazel1.da, no âmbito da Secretariado Tesouro Nacional, sobre os financiamentosconcedi<strong>dos</strong> pela União nos termos da Medida Provi-. sória n Q 1.773~- Requerimento <strong>de</strong> informações ao Ministro daJustiça sobre as <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> vigilância no Brasil.IÉDIO ROSA - Projeto <strong>de</strong> lei que dispõe sobre ot<strong>em</strong>po máximo <strong>de</strong> espera para atendimento na re<strong>de</strong>bancária.EDINHO ARAÚJO - Indicação ao Ministro daAgricultura <strong>de</strong> adoção <strong>de</strong> Plano Nacional <strong>de</strong> Erradicaçãodas Doenças Fitossanitárias.WALDOMIRO FIORAVANTE - Requerimento<strong>de</strong> informações ao Ministro do Esporte e Turismo sobreliberação <strong>de</strong> verba para construção <strong>de</strong> ginásio'po­Iiesportivo no Município <strong>de</strong> Erechim, Estado do RioGran<strong>de</strong> do Sul, no exercício do Orçamento <strong>de</strong> 1998.LUIZ ANTONIO FLEURV E OUTROS - Proposta<strong>de</strong> <strong>em</strong>enda à Constituição que institui a pena <strong>de</strong>privação perpétua da liberda<strong>de</strong>, com trabalho obrigatório.HAROLDO LIMA - Requerimento <strong>de</strong> informaçõesao Ministro da Fazenda sobre financiamentose/ou <strong>em</strong>préstimos concedi<strong>dos</strong> pelo Banco Nacional<strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico eSocial- BNDES a<strong>em</strong>presas nacionais e estrangeiras.AIRTON CASCAVEL E OUTROS - Proposta <strong>de</strong><strong>em</strong>enda à Constituição que modifica o inciso XVII doart. 49 e o art. 67 do Ato das Disposições ConstitucionaisTransitórias.JOÃO CALDAS - Indicação ao Governador, aoSecretário <strong>de</strong> Segurança Púbica, ao Procurador-Gerai<strong>de</strong> Justiça e ao Presi<strong>de</strong>nte do Tribunal <strong>de</strong>Justiça do Estado <strong>de</strong> Alagoas e aos Juízes criminais


27004 'Quinta-feim 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999do Município <strong>de</strong> União <strong>dos</strong> Palmà:res'e <strong>de</strong> São Joséda Laje <strong>de</strong> adoção <strong>de</strong> providências para prisão do assassinodo PreSi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Vereadores <strong>de</strong>São José da Laje, Vereador José Pedro da Silva.JOÃO .LEÃO - Requerimento ao Presi<strong>de</strong>nte daCâmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> <strong>de</strong> instituição <strong>de</strong> ComissãoEspecial para estudo <strong>de</strong> projetos relativos à segurançapública e apresentação <strong>de</strong> propostas ao Orçamentoda União para viabilização <strong>dos</strong> mesmos.L1NCOLN PORTELA E INOCÊNCIO OLIVEIRA- Requerimento ao Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong><strong>de</strong> prorrogação da sessão do dia 23 <strong>de</strong> agosto<strong>de</strong> 1999 <strong>em</strong> homenag<strong>em</strong> ao Centro <strong>de</strong> Recuperaçãoe Reabilitação Vida Plena (CRER-VIP), pelo transcurso<strong>dos</strong> seus 19 anos <strong>de</strong> existência.COSTA FERREIRA - Requerimento ao Presi<strong>de</strong>nteda Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> <strong>de</strong> realização <strong>de</strong>sessão solene, dia 9 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1999, <strong>em</strong> homenag<strong>em</strong>à Rádio FM Esperança, <strong>de</strong> São Luís, Estadodo Maranhão, pelo transcurso <strong>dos</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong>bons serviços presta<strong>dos</strong> ao povo maranhense.- Requerimento ao Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong>Deputa<strong>dos</strong> <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> sessão solene, dia 10 <strong>de</strong><strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1999, <strong>em</strong> homenag<strong>em</strong> à Bíblia Sagrada.REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESNlI 995, DE 1999 "(Do Sr. Deputado Antonio Carlos Biscaia)Solicita Informações ao Sr. Ministrodas Comunicações, a respeito da publicaçãoe expedição do jornal Correios doBrasil.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Antonio Carlos Biscaia, Deputado Fe<strong>de</strong>ral, PT ­RJ, requer à Vossa Excelência, com base no artigo 50da Constituição Fe<strong>de</strong>ral e na forma <strong>dos</strong> artigos 115 e116 do Regimento Interno da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,sejam solicitadas ao Ministro das Comunicações,João Pimenta da Veiga Filho, a resposta às seguintesindagações:1) Qu<strong>em</strong> autorizou a confecção, impressãoe distribuição, pela Empresa Brasileira<strong>dos</strong> Correios e Telégrafos do jornalCorreios do Brasil, cujo número "1" foi publicadocom data <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999?2) Qual a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ex<strong>em</strong>plaresimpressos, quantos foram expedi<strong>dos</strong> e qualo custo <strong>de</strong> produção e <strong>de</strong> postag<strong>em</strong>?3) Por que a postag<strong>em</strong> do jornal foi feitapor meio <strong>de</strong> agência franqueada? Po<strong>de</strong>riaa ECT expedi-lo por agência própria?4) Qual o teor do instrumento <strong>de</strong> contratocelebrado pela ECT com a franqueadaACF ZILDA, situada na rua Zilda n ll 1613,CEP 02546-990. São Paulo?5) Se é possível fornecer cópia do ins=.trumento contratual e da nota fiscal do pagamentoda franqueada pela postag<strong>em</strong>?Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoAntonio Carlos Biscaia.REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESNlI 996, DE 1999(Do Sr. Deputado Gonzaga Patriota)Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos doart. 105, Parágrafo único, do Regimento Interno, sejaenviado ao Ex mo Sr. Ministro <strong>de</strong> Estado das RelaçõesExteriores, quanto ao episódio ocorrido com os brasileiros,TÚLlO JOS~ ALVES, GIOVANE ALVES e LUIZANTONIO MARQUES, no aeroporto <strong>de</strong> Lisboa no últimodia 23 <strong>de</strong> maio.1 l1 ) Quais os motivos que levaram TÚLlO JOSÉALVES, GIOVANE ALVES e LUIZ ANTÓNIOMARQUES a ser<strong>em</strong> impedi<strong>dos</strong> <strong>de</strong> continuar viag<strong>em</strong>para Frankfurt, Al<strong>em</strong>anha, <strong>de</strong>stino das suas passagensaéreas e <strong>dos</strong> vistos <strong>dos</strong> seus passaportes?2 l1 ) Por quais motivos esses Senhores forampresos, interroga<strong>dos</strong> e expulsos <strong>de</strong> Portugal?3 l1 ) As respostas das autorida<strong>de</strong>s lusas <strong>de</strong>v<strong>em</strong>vir acompanhadas <strong>de</strong> provas.JustificaçãoO Brasil e o seu povo s<strong>em</strong>pre dispensaram aosportugueses, muito respeito e admiração.Aqui no País viv<strong>em</strong> milhares <strong>de</strong> portugueses,permanent<strong>em</strong>ente, trabalhando sob a tutela e amparadodas leis que dão garantia aos brasileiros.O tratamento do povo brasileiro aos portuguesesou <strong>de</strong> qualquer outra nação, é s<strong>em</strong>pre solícito erespeitoso...No entanto, o mesmo não acontece com os brasileirosque procuram trabalhar, ou mesmo os quegastam seus frágeis reais <strong>em</strong> terras lusitanas.O caso <strong>dos</strong> odontólogos brasileiros <strong>em</strong> Portugalque, há anos vêm sofrendo todo tipo <strong>de</strong> perseguiçãoe discriminação por parte das autorida<strong>de</strong>s portuguesas,inclusive, com prisões, expulsões e até torturas<strong>de</strong> toda natureza, se repetiu com os turistas e estudantespernambucanos Giovanne Alves, Túlio José eLuiz Antônio que <strong>de</strong>s<strong>em</strong>barcaram <strong>em</strong> Lisboa, no dia23 <strong>de</strong> maio, para uma conexão para Frankfurt, Al<strong>em</strong>anha,on<strong>de</strong> foram <strong>de</strong>ti<strong>dos</strong> por oficiais da Polícia <strong>de</strong> Imi-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27005gração e Fronteiras <strong>de</strong> Portugal e, <strong>em</strong> seguida, submeti<strong>dos</strong>a uma série <strong>de</strong> interrogatórios e "sermões"humilhantes sob alegação <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> brasileiros.Além <strong>de</strong> passar<strong>em</strong> oito horas s<strong>em</strong> direito a comida,água ou telefon<strong>em</strong>as, foram encarcera<strong>dos</strong> <strong>em</strong>uma pequena sala junto com mais vinte pessoa,s e,<strong>de</strong>pois, obriga<strong>dos</strong> a <strong>em</strong>barcar <strong>em</strong> um avião <strong>de</strong> voltaao Brasil.Leva<strong>dos</strong> para uma sala on<strong>de</strong> estavam angolanose africanos, os brasileiros, ouviram toda espécie<strong>de</strong> gritos e <strong>de</strong>saforos. Esse fato <strong>de</strong>sagradável foi amplamentedivulgado pela Imprensa Pernambucana, oque <strong>de</strong>ixa indignada toda a população daquele estado.Esta, Senhor Presi<strong>de</strong>nte, não <strong>de</strong>ve ser maisuma <strong>de</strong>núncia <strong>de</strong> maus tratos por parte das autorida<strong>de</strong>sportuguesas contra in<strong>de</strong>fesos brasileiros naquelepaís, por este motivo requeiro a Vossa Excelência,nos termos regimentais, se digne oficiar ao Ministrodas Relações Exteriores, LUIZ FELIPE LAMPREIA,que tome todas as providências diplomáticas e necessárias,para evitar que nossos irmãos brasileiroscontinu<strong>em</strong> sofrendo discriminações, inclusive sociais,naquele país irmão.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoGonzaga Patriota.PROJETO DE LEI N 2 1.117, DE 1999(Do Sr. Paulo Paim)Dispõe sobre o ressarcimento das<strong>de</strong>spesas <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> atendimentomédico-hospitalar, nas unida<strong>de</strong>s da Re<strong>de</strong>Pública da União, <strong>de</strong> pacientes alcança<strong>dos</strong>pela cobertura <strong>de</strong> contrato individualou coletivo com <strong>em</strong>presas privadas prestadoras<strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> assistência médica,administradoras <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,seguradoras e congêneres e dá outrasprovidências.O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1 2 Nos casos <strong>de</strong> atendimento <strong>em</strong> suas unida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong> pacientes alcança<strong>dos</strong> pela cobertura<strong>de</strong> contrato individual ou coletivo com <strong>em</strong>presasprivadas prestadoras <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> assistência médica,administradoras <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, seguradorae congêneres, o Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, cobrarádas respectivas <strong>em</strong>presas as <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong>correntes<strong>de</strong>sse atendimento.Parágrafo único. Para efeito do disposto nestalei, equiparam-se às unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> aquelas vinculadasao Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> - SUS.Art. 2 2 A cobrança abrangerá as <strong>de</strong>spesas integraisrelativas aos serviços médicos e hospitalarpresta<strong>dos</strong>, incluindo todas aquelas para as quais osegurado ou beneficiário tenha cobertura <strong>dos</strong> custospor parte das <strong>em</strong>presas referidas no artigo anterior,incluindo-se to<strong>dos</strong> os atos necessários ao tratamento.Parágrafo único. As tabelas e valores relativosaos serviços presta<strong>dos</strong> serão os mesmos aplica<strong>dos</strong>pelas <strong>em</strong>presas para cálculo do ressarcimento à re<strong>de</strong>hospitalar privada e ao pagamento <strong>de</strong> honorários médicos,segundo os parâmetros da Associação MédicaBrasileira - AMB, inclusive quanto ao prazo <strong>de</strong> compensaçãopecuniária.Art. 3 2 Os serviços médicos e hospitalares presta<strong>dos</strong>na forma do artigo 2 2 serão discrimina<strong>dos</strong> e relaciona<strong>dos</strong>por cada unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da União, contendoatranscrição <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> pessoais do paciente esua assinatura, ou responsável, <strong>em</strong> formulário próprio,a ser instituído <strong>em</strong> resolução pelo SUS, sob <strong>de</strong>nominação<strong>de</strong> Guia <strong>de</strong> Ressarcimento <strong>de</strong> DespesasMédico-Hospitalares.§ 1!l Ao final <strong>de</strong> cada trinta dias, o SUS reunirá oconjunto <strong>de</strong> guias do período, agrupadas por unida<strong>de</strong><strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e por <strong>em</strong>presa responsável pelo ressarcimento,para cobrança.§ 2 12 Recebido o conjunto <strong>de</strong> guias, o SUS expedirádocumento <strong>de</strong> cobrança, a ser <strong>de</strong>finido <strong>em</strong> ato doSUS para ressarcimento pelas <strong>em</strong>presas do total <strong>de</strong>vidoa cada mês.§ 31! Os créditos não pagos no prazo <strong>de</strong>termina<strong>dos</strong>erão inscritos <strong>em</strong> dívida ativa, cabendo ao SUSproce<strong>de</strong>r à cobrança administrativa e judicial <strong>dos</strong>mesmos na forma da legislação aplicável.§ 41! É vedado às unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> instituír<strong>em</strong>serviços ou tratamento diferenciado <strong>de</strong> pacientes, <strong>em</strong><strong>de</strong>corrência da aplicação <strong>de</strong>sta lei.§ 5 12 O não cumprimento das obrigações previstasnesta lei, pelas <strong>em</strong>presas prestadoras <strong>de</strong> serviço,implicará na suspensão ou, <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> reincidência,.na cassação <strong>dos</strong> direitos <strong>de</strong> funcionamento e exploraçãodas referidas Çltivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviçona área <strong>de</strong> assistência médica, <strong>em</strong> todo o territórionacional.Art. 4º Das receitas <strong>de</strong>correntes da aplicação<strong>de</strong>sta lei, serão repassa<strong>dos</strong> cinqüenta por cento domontante arrecadado, para um fundo a ser criadopelo SUS para cobrir CJ~ gastos com vítimas <strong>de</strong> Leuc<strong>em</strong>ia.§ 1Q Fica assegurado mediante <strong>de</strong>sta lei o direito<strong>de</strong> uso <strong>de</strong> verbas <strong>de</strong>.. fundo para tratamento fora doterritório brasileiro, <strong>em</strong> instituições a ser<strong>em</strong> indicadase contratadas pelo SUS.


·27006 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999§ 2 11 Para efeito do disposto nesta lei, equipara-sea tratamento <strong>de</strong> Transplante <strong>de</strong> Medula Óssea.§ 3 11 O pagamento a estas instituições internacionaisou nacionais, das <strong>de</strong>spesas referentes ao tratamento<strong>de</strong> Leuc<strong>em</strong>ia, far-se-á por meio do SUS diretamenteàs entida<strong>de</strong>s prestadoras <strong>de</strong>sses serviços, <strong>em</strong>t<strong>em</strong>po hábil para o atendimento do paciente.Art. 5 11 Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 30dias após a sua publicação.Art. 6 11 Revogam-se as disposições <strong>em</strong> contrário.JustificaçãoO Sist<strong>em</strong>a Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> está <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> recebermilhões <strong>de</strong> reais com as <strong>de</strong>spesas médicas causadaspor pacientes alcança<strong>dos</strong> pela cobertura daPrevidência Privada.Esse dinheiro <strong>de</strong>veria ser pago ao SUS pelas<strong>em</strong>presas privadas prestadoras <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> assistênciamédica, pelas administradoras <strong>de</strong> planos <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> e pelas seguradoras, como jáfaz<strong>em</strong> aos hospitaisparticulares <strong>em</strong> todo o Brasil.As <strong>em</strong>presas privadas não po<strong>de</strong>m continuar ven<strong>de</strong>n<strong>dos</strong>erviços públicos aos seus segura<strong>dos</strong>. Não éjusto que o serviço público faça gratuit!=lmente, para as<strong>em</strong>presas administradoras <strong>de</strong>sses planos, aquilo queelas não faz<strong>em</strong> gratuitamente para os seus segura<strong>dos</strong>.O que essas <strong>em</strong>presas pagam à re<strong>de</strong>·privada,para garantir a cobertura que yen<strong>de</strong>m aos seus beneficiários,<strong>de</strong>ve ser igualmente pago à re<strong>de</strong> pública quandoprestar a esses pacientes os serviços que são daresponsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu respectivo plano <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.Destinamos parte da receita arrecadada para otratamento <strong>de</strong> pacientes portadores da Leuc<strong>em</strong>ia porconsi<strong>de</strong>rarmos que essas pessoas, <strong>em</strong> sua maioriacrianças, têm direito a um tratamento a<strong>de</strong>quado. Quenão po<strong>de</strong>m custear com recursos próprios, por sermuito caro e estar acima do po<strong>de</strong>r aquisitivo <strong>de</strong> qualquerbrasileiro.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoPaulo Paim - PT - RS.PROJETO DE LEI N2 1.118, DE 1999(Do Sr. Deputado Rubens Bueno - PPS/PR)Institui, nas convenções e acor<strong>dos</strong>coletivos <strong>de</strong> trabalho, o Contrato <strong>de</strong> PrimeiroEmprego.O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1 11 As convenções e os.acor<strong>dos</strong> coletivos <strong>de</strong>trabalho po<strong>de</strong>rão instituir Contrato <strong>de</strong> PrimeiroEmprego <strong>em</strong> qualquer ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida pela<strong>em</strong>presa, para admissões que represent<strong>em</strong> acréscimono número <strong>de</strong> <strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> da <strong>em</strong>presa ou estabelecimento.Parágrafo único. Enten<strong>de</strong>-se como Contrato <strong>de</strong>Primeiro Emprego aquele celebrado entre a <strong>em</strong>presae um trabalhador que nunca antes tenha exercido ativida<strong>de</strong>laborativa assalariada com registro na Carteira<strong>de</strong> Trabalho e contrato regular <strong>de</strong> trabalho, e comida<strong>de</strong> superior a 18 (<strong>de</strong>zoito) anos e inferior a 25 (vintee cinco) anos.Art. 2 2 As contribuições sociais <strong>de</strong>stinadas aoServiço Social da Indústria - SESI, Serviço Nacional<strong>de</strong> Aprendizag<strong>em</strong> Industrial- SENAI, Serviço Socialdo Comércio - SESC, Serviço Nacional <strong>de</strong> Aprendizag<strong>em</strong>Comercial - SENAC, Serviço Nacional <strong>de</strong>Aprendizag<strong>em</strong> do Transporte - SENAT, Serviço Socialdo Transporte - SEST, Serviço Brasileiro <strong>de</strong> Apoioàs Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE e InstitutoNacional <strong>de</strong> Colonização e Reforma Agrária ­INCRA, b<strong>em</strong> como ao Salário Educação, ficam reduzidas.1-a 50% (cinqüenta por cento) <strong>de</strong> seu valor <strong>de</strong>vido<strong>em</strong> 1º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1998, nos contratos previstosno artigo anterior, caso a <strong>em</strong>presa <strong>em</strong>pregadora contrateo número máximo permitido <strong>de</strong> jovens na modalida<strong>de</strong><strong>de</strong> primeiro <strong>em</strong>prego;11- a 60% (sessenta por cento) <strong>de</strong> seu valor <strong>de</strong>vido<strong>em</strong> 1I! <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1998, nos contratos previstosno artigo anterior, caso a <strong>em</strong>pregadora não chegueao número máximo permitido <strong>de</strong> jovens na modalida<strong>de</strong><strong>de</strong> primeiro <strong>em</strong>prego;Parágrafo único. As reduções previstas no caputterão valida<strong>de</strong> durante o prazo <strong>de</strong> 24 (vinte equatro) meses, findo o qual o contrato <strong>de</strong> trabalhocontinuará a viger ordinariamente com os valores anterioresdas contribuições restabelecidas.Art. 31! O número <strong>de</strong> <strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> contrata<strong>dos</strong>nos termos <strong>de</strong>sta lei observará o limite estabelecidona convenção ou acordo coletivo, não po<strong>de</strong>ndo ultrapassar20% (vinte por cento) do quadro <strong>de</strong> pessoal da<strong>em</strong>presa.Art. 4 2 As reduções previstas nesta lei serão válidas<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o contrato <strong>de</strong> trabalho seja registradono respectivo sindicato <strong>de</strong> trabalhadores, e subsistirãoenquanto o <strong>em</strong>pregador mantiver o acréscimo doquadro <strong>de</strong> <strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> e a respectiva folha salarialfor superior àquela do mês imediatamente anterior àprimeira contratação <strong>de</strong> que trata esta lei.Parágrafo único. No caso <strong>em</strong> que dispensas <strong>de</strong><strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> contrata<strong>dos</strong> anteriormente aos contratos<strong>de</strong> primeiro <strong>em</strong>prego venham a alterar o caráter<strong>de</strong> acréscimo à folha salarial e ao número <strong>de</strong> <strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>,os contratos <strong>de</strong> primeiro <strong>em</strong>prego transfor-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27007mar-se-ão automaticamente elD contratos ordinários,s<strong>em</strong> as reduções previstas no art. 2 12 <strong>de</strong>sta lei.Art. 52 As <strong>em</strong>presas que admitir<strong>em</strong> pessoal nostermos <strong>de</strong>sta lei terão preferência na obtenção <strong>de</strong> recursosno âmbito <strong>dos</strong> programas executa<strong>dos</strong> pelosestabelecimentos fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> crédito, especialmentejunto ao Banco Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico- BNDES.Art. 6 12 Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.JustificaçãoUm <strong>dos</strong> gran<strong>de</strong>s probl<strong>em</strong>as , da juventu<strong>de</strong> . brasileirahoje é o acesso do jov<strong>em</strong> ao seu primeiro <strong>em</strong>prego.S<strong>em</strong> experiência anterior, s<strong>em</strong> carteira <strong>de</strong> trabalhoassinada, o jov<strong>em</strong> brasileiro t<strong>em</strong> muita dificulda<strong>de</strong>para obter o seu primeiro <strong>em</strong>prego.O presente projeto <strong>de</strong> lei utiliza-se do texto legalda proposta do Po<strong>de</strong>r Executivo apresentada nestaCasa no ano <strong>de</strong> 1996 - e retirada - com o objetivo <strong>de</strong>permitir contrato <strong>de</strong> trabalho por prazo <strong>de</strong>terminadoretirando <strong>de</strong>sse texto a redução da alíquota do FGTSe a redução da jornada <strong>de</strong> trabalho.Dessa forma as vantagens que eram dadas aompregador para acrescentar trabalhadores que jáestavam no mercado <strong>de</strong> trabalho são concedidas, algumas<strong>de</strong>las apenas, para o <strong>em</strong>pregador que além<strong>de</strong> acrescentar ao seu quadro novos trabalhadores,ampli<strong>em</strong> <strong>de</strong> fato o mercado <strong>de</strong> trabalho com trabalhadoresnovos. O que fiz<strong>em</strong>os na prática foi eliminar ascláusulas que <strong>de</strong> alguma forma po<strong>de</strong>riam colocar <strong>em</strong>discussão direitos adquiri<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> trabalhadores paraestabelecer condições especiais para ampliação domercado <strong>de</strong> trabalho para jovens brasileiros.Este projeto está sendo reapresentado <strong>em</strong> homenag<strong>em</strong>ao Deputado Domingos Leonelli, autor daidéia, e ao substitutivo aprovado pela Comissão <strong>de</strong>Trabalho, <strong>de</strong> Administração e Serviço Público.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - RubensBueno, Deputado Fe<strong>de</strong>ral.PROJETO DE LEI Nº 1.119, DE 1999(Do Sr. Val<strong>de</strong>mar Costa Neto)Cria o Acordo <strong>de</strong> Comunicação ouR<strong>em</strong>issão <strong>de</strong> Pena por efetiva colaboraçãona investigação <strong>em</strong> benefício <strong>de</strong> réuou test<strong>em</strong>unha por cujo <strong>de</strong>poimento possavir a incriminar-se e dá outras providências.O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1 2 Nos casos especifica<strong>dos</strong> nesta tei, é permitidoao Ministério Público, por intermédio <strong>de</strong> seusrepresentantes, celebrar Acordo <strong>de</strong> Comutação ouR<strong>em</strong>issão <strong>de</strong> Pena por efetiva colaboração para asinvestigações <strong>de</strong> réu ou <strong>de</strong> test<strong>em</strong>unha por cujo <strong>de</strong>poimentopossa vir a incriminar-se.§ 1 12 O acordo referido no caput será propostopelo Ministério Público junto ao Tribunal competente,que julgará a transação por· meio <strong>de</strong> seu órgão especialreferido no Inciso XI, art. 93 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral.§ 2° O acordo referido ·no caput po<strong>de</strong>rá preverr<strong>em</strong>issão ou comutação <strong>de</strong> pena, regime <strong>de</strong> cumprimento<strong>de</strong> pena, inclusão <strong>em</strong> programa <strong>de</strong> proteção àtest<strong>em</strong>unha e <strong>de</strong>mais benefícios previstos <strong>em</strong> lei quepossam integrar os seus termos.§ 3° A efetiva colaboração para elucidação <strong>dos</strong>fatos prevista no caput po<strong>de</strong>rá dar-se <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> daassunção <strong>de</strong> culpa, i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> autor ou autores<strong>de</strong> crimes, localização ou restituição <strong>de</strong> bens, direitosou valores que sejam objetos da investigação <strong>em</strong>tela, elucidação <strong>dos</strong> fatos ou qualquer outra formaque proporcione significativa contribuição para elucidação<strong>dos</strong> <strong>de</strong>litos investiga<strong>dos</strong>, a critério do MinistérioPúblico com homologação do órgão especial a que serefere o Inciso XI, art. 93 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral.§ 3º To<strong>dos</strong> os procedimentos referentes à homologação<strong>de</strong> Acordo <strong>de</strong> R<strong>em</strong>issão ou Comutação<strong>de</strong> Pena po<strong>de</strong>rão correr <strong>em</strong> segredo <strong>de</strong> justiça s<strong>em</strong>preque, a critério do relator, constituir procedimentonecessário para a segurança do beneficiário ou <strong>de</strong>seus familiares.§ 4 12 O Acordo <strong>de</strong> R<strong>em</strong>issão ou Comutação <strong>de</strong>Pena po<strong>de</strong>rá ser celebrado com réu ou test<strong>em</strong>unhapor cujo <strong>de</strong>poimento possa vir a incriminar-se, sendoexpressamente vedado o acordo <strong>de</strong> r<strong>em</strong>issão:1) com o réu, <strong>em</strong> casos <strong>de</strong> <strong>de</strong>lito insuscetível<strong>de</strong> graça ou anistia;2) com o réu, <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> pena relativaa crimes anteriores a que tenha sido con<strong>de</strong>nadopor sentença transitada <strong>em</strong> julgado;3) com o réu, quando os antece<strong>de</strong>ntes,a conduta social, a personalida<strong>de</strong>, b<strong>em</strong>como os motivos e circunstâncias do crimenão indicar<strong>em</strong> a adoção da medida;4) com réu ou test<strong>em</strong>unha por cujo <strong>de</strong>poimentopossa vir a incriminar-se já beneficia<strong>dos</strong>anteriormente, no prazo <strong>de</strong> cincoanos, pela aplicação <strong>de</strong> acordo <strong>de</strong> r<strong>em</strong>issão;5) com réu ou test<strong>em</strong>unha por cujo <strong>de</strong>poimentopossa vir a incriminar-se, quandoa repercussão social do acordo não indicara adoção da medida.


27008 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999§ 5!l Em to<strong>dos</strong> os casos <strong>de</strong> Acordo <strong>de</strong> R<strong>em</strong>issãoou Comutação <strong>de</strong> Pena, o colegiado só homologaráa integralida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> termos propostos pelo MinistérioPúblico se constatar efetiva relevância dacontribuição prestada por réu ou test<strong>em</strong>unha ao processo,perfeita ciência <strong>de</strong> réu ou test<strong>em</strong>unha acerca<strong>de</strong> seus direitos, <strong>de</strong>veres e <strong>de</strong>mais implicações <strong>dos</strong>termos do acordo e ainda justa proporcionalida<strong>de</strong>entre contribuição do réu ou test<strong>em</strong>unha e benefícioauferido, cabendo recurso à instância superior.Art, 2!l São crimes passíveis <strong>de</strong> celebração <strong>de</strong>Acordo <strong>de</strong> R<strong>em</strong>issão ou Comutação <strong>de</strong> Pena, para osfins <strong>de</strong>sta lei:I) os crimes contra o sist<strong>em</strong>a financeironacional;11) os crimes falimentares;111) os crimes <strong>de</strong> corrupção <strong>em</strong> que aUnião, os Esta<strong>dos</strong> ou os Municípios sejamparte interessada;IV) os crimes <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> contra o sist<strong>em</strong>aprevi<strong>de</strong>nciário;V) os crimes <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> atos <strong>de</strong>improbida<strong>de</strong> administrativa que import<strong>em</strong>enriquecimento ilícito, caus<strong>em</strong> prejuízo aoerário ou atent<strong>em</strong> contra os princípios daadministração pública quando praticaaospor ocupantes <strong>de</strong> cargos, <strong>em</strong>pregos ou funçõespúblicas da União;VI) os crimes <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ocupantes <strong>de</strong> cargos, <strong>em</strong>pregos ou funçõesda União;VII) os crimes políticos e as· infraçõespenais praticadas <strong>em</strong> <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> bens,serviços ou interesse da União ou <strong>de</strong> suasentida<strong>de</strong>s autárquicas ou <strong>em</strong>presas públicas,excluídas as contravenções;VIII) os crimes eleitorais;IX) os crimes <strong>de</strong> ação penal pública e. incondicionada consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> como hedion<strong>dos</strong>pela lei;X) os crimes <strong>de</strong> prática <strong>de</strong> tortura;XI) os crimes <strong>de</strong> genocídio;XII) os crimes <strong>de</strong> tráfico ilícito <strong>de</strong> entorpecentese drogas afins;XIII) os crimes <strong>de</strong> terrorismo;XIV) os crimes <strong>de</strong> policiais militaresquando <strong>em</strong> ativida<strong>de</strong> estritamente civil.Art. 3!l O Acordo <strong>de</strong> R<strong>em</strong>issão ou Comutação<strong>de</strong> Pena, uma vez homologado, produzirá efeito pleno<strong>em</strong> todas as relações jurídicas <strong>de</strong>le <strong>de</strong>correntes.Art. 4!l Esta lei entra <strong>em</strong> vigor nadata <strong>de</strong> sua publicação.JustificaçãoO presente Projeto <strong>de</strong> Lei t<strong>em</strong> como objetivo criara possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acordo <strong>de</strong> comutação <strong>de</strong> pena para o.réu, ou comutação ou r<strong>em</strong>issão <strong>de</strong> penas relativas aeventuais <strong>de</strong>litos cometi<strong>dos</strong> por test<strong>em</strong>unha, que possamser causa <strong>de</strong> seu silêncio ou resistência <strong>em</strong> <strong>de</strong>por.Assim, <strong>em</strong> <strong>de</strong>termina<strong>dos</strong> casos, quando, por relevantecolaboração para a efetiva apuração <strong>dos</strong> <strong>de</strong>litose i<strong>de</strong>ntificação <strong>dos</strong> envolvi<strong>dos</strong> ou a própria assunção<strong>de</strong> culpa pelo réu, a referida transação penal pu<strong>de</strong>rrepresentar efetivo esclarecimento <strong>dos</strong> fatos, previsívelbenefício para a economia processual e impactosocial positivo, o Ministério Público po<strong>de</strong>rá solicitarhomologação <strong>de</strong> acordo <strong>de</strong> comutação <strong>de</strong> penascom o réu ou comutação ou r<strong>em</strong>issão com a test<strong>em</strong>unhapor cujo <strong>de</strong>poimento possa vir a incriminar-separa que <strong>de</strong>ponham com garantia <strong>de</strong> gozar <strong>dos</strong> benefíciosadvin<strong>dos</strong> <strong>de</strong>sse ato.Para inclusão <strong>de</strong>sse hovo procedimento <strong>em</strong>nosso edifício jurídico, no entanto, é preciso que a lei,ao permitir Acordo <strong>de</strong> R<strong>em</strong>issão ou Comutação <strong>de</strong>Pena, cerque-se <strong>de</strong> todas as garantias <strong>de</strong> legitimida<strong>de</strong>e interesse social do ato a ser celebrado no exclusivointeresse da justiça, por isso o. projeto procurouexaurir <strong>em</strong> seu corpo todas as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> celebraçãoe garantias <strong>de</strong> legitimida<strong>de</strong> do ato.Para tornar claro todo o processo, passamosagora a exp9r seu funcionamento passo a passo:O processo <strong>em</strong> si é simples, o mesmo utilizado<strong>em</strong> diversos países, com especial <strong>de</strong>staque para osEsta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, on<strong>de</strong> os acor<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Transação Penai(Iea bargaining) e <strong>de</strong> alegação pré-concordadasão rotina judicial fartamente retratada pelo cin<strong>em</strong>anorte-americano e, por isso mesmo, bastante familiaraos brasileiros.Outro país <strong>em</strong> que a Transação Penal foi recur~so <strong>de</strong> expressiva relevância e vivo impacto social é aItália, que o utilizou vitoriosamente na famosa campa­.nha contra o crime organizado conhecida como"Mãos Limpas". O benefício oferecido a réus <strong>de</strong> <strong>de</strong>litos<strong>de</strong> menor vulto relaciona<strong>dos</strong> aos principais e test<strong>em</strong>unhasfoi <strong>de</strong>cisivo para o <strong>de</strong>sbaratamento <strong>de</strong> diversascélulas da Cosa Nostra, apontando inclusivepara os ramos çlo crime no próprio judiciário italiano.No caso americano, po<strong>de</strong>r-se-ia objetar razoavelmentea um puro e simples transplante da modalida<strong>de</strong><strong>em</strong> função do sist<strong>em</strong>a judiciai l3er~e naturezaconsuetudinária e, portanto, diversa daquele queadotamos no país, mas, no caso italiano, a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><strong>de</strong> sist<strong>em</strong>a permite um julgamento mais claro acercada oportunida<strong>de</strong> e acerto do método como incentivo.confessional.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27009I<strong>de</strong>ntificada a test<strong>em</strong>unha ou réu, o MinistérioPúblico faz com eles um acordo prevendo benefícios<strong>em</strong> troca <strong>de</strong> <strong>de</strong>poimentos relevantes para as investigaçõese submete os termos <strong>de</strong>sse acordo ao órgãoespecial (colegiado) do tribunal competente que po<strong>de</strong>rejeitar, retificar ou ratificar o acordo que, uma vez homologado,será válido para to<strong>dos</strong> os efeitos <strong>dos</strong> termosnele acorda<strong>dos</strong>.Alguns <strong>dos</strong> benefícios que po<strong>de</strong>m incentivar o <strong>de</strong>poimento<strong>de</strong> réu ou test<strong>em</strong>unha são os seguintes: r<strong>em</strong>issãoou comutação <strong>de</strong> pena, regime especial <strong>de</strong>cumprimento <strong>de</strong> pena, prisão domiciliar, inclusão e programa<strong>de</strong> proteção à test<strong>em</strong>unha e <strong>de</strong>mais benefíciosprevistos <strong>em</strong> lei que possam integrar os seus termos.A relação custo-benefício para a socieda<strong>de</strong> daatenuação ou mesmo dispensa ,<strong>de</strong> pena <strong>em</strong> troca <strong>de</strong>uma confissão ou <strong>de</strong>núncia po<strong>de</strong> ser extr<strong>em</strong>amenteinteressante.A resistência <strong>em</strong> adotar a chamada transaçãopenal só será razoável se apoiada e uma inabalávelcrença no po<strong>de</strong>r regenerador <strong>de</strong> nosso sist<strong>em</strong>a penai,fenômeno cuja ocorrência certamente não é prováveln<strong>em</strong> a perspectiva do mais <strong>de</strong>satento observadorda realida<strong>de</strong> carcerária brasileira.Dessa forma, conce<strong>de</strong>-se ao Ministério Público,s<strong>em</strong>pre com a obrigação <strong>de</strong> homologação <strong>em</strong> juízo,alguma discricionarieda<strong>de</strong> e po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> negociaçãopara obter <strong>dos</strong> envolvi<strong>dos</strong> <strong>em</strong> processos judiciais test<strong>em</strong>unhosou mesmo assunção <strong>de</strong> culpa, fazendocom que, muitas vezes, on<strong>de</strong> a justiça não po<strong>de</strong>riachegar pelos méto<strong>dos</strong> tradicionais, possa então, pormeio da transação penal.Por ex<strong>em</strong>plo, a Constituição Fe<strong>de</strong>ral, entre asgarantias fundamentais, <strong>de</strong>u ao cidadão o direito <strong>de</strong>permanecer calado (Art. 52, inciso LXIII) uma vez queninguém é obrigado à auto-incriminação, assim muitasvezes, uma test<strong>em</strong>unha <strong>de</strong> um crime, po<strong>de</strong> elamesma ter uma participação menor na conduta <strong>de</strong>lituosa<strong>em</strong> questão (ou sendo cúmplice, ou praticandoum mero estelionato, ou apenas receptando artigoroubado, etc) po<strong>de</strong>ndo vir a ser importante test<strong>em</strong>unha,mas não o fazendo por medo <strong>de</strong> se incriminar.Com a abertura para a negociação penal, umatest<strong>em</strong>unha ou réu <strong>de</strong> <strong>de</strong>lito menor po<strong>de</strong>rá contribuirpara a investigação com a assunção <strong>de</strong> culpa, i<strong>de</strong>ntificação<strong>de</strong> autor ou autores <strong>de</strong> crime, localização ourestituição <strong>de</strong> bens, direitos ou valores que sejam objetosda investigação <strong>em</strong> tela, elucidação <strong>de</strong> fatos ouqualquer outra forma, a critério do colegiado do Tribunal,que proporcione significativa contribuição paraelucidação <strong>dos</strong> <strong>de</strong>litos investiga<strong>dos</strong>.Destaque-se que, <strong>de</strong>liberadamente, para evitarconflito <strong>de</strong> atribuição, evitou-se no texto da presenteproposta o nome <strong>de</strong> Transação Penal, figura já presentena legislação referente ao Juizado Especial (Lein 2 9.099/95), o conhecido Tribunal <strong>de</strong> Pequenas Causas,preferindo-se aqui falar<strong>em</strong> <strong>em</strong> Acordo <strong>de</strong> R<strong>em</strong>issãoou Comutação <strong>de</strong> Pena.Em to<strong>dos</strong> os casos, procuramos dotar a autorida<strong>de</strong>judiciária <strong>de</strong> todas as garantias para sua efetivação.No texto, houv<strong>em</strong>os por b<strong>em</strong> adotar algumas cautelas,<strong>em</strong> especial por se tratar <strong>de</strong> recurso novo, e,portanto, falível <strong>em</strong> sua primeira vida entre nós, atémesmo <strong>em</strong> função <strong>de</strong> nossa or<strong>de</strong>nação jurídica.A cautela mais imediata, para princípio <strong>de</strong>staepist<strong>em</strong>ologia da negociação penal, foi e estabelecimento<strong>dos</strong> casos <strong>em</strong> que o Acordo <strong>de</strong> R<strong>em</strong>issão ouComutação <strong>de</strong> Pena não <strong>de</strong>ve merecer homologação:1) com o réu, e casos <strong>de</strong> <strong>de</strong>lito insuscetível <strong>de</strong>graça ou anistia;2) com o réu <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> pena relativa a crimesanteriores a que tenha sido con<strong>de</strong>nado por sentençatransitada <strong>em</strong> julgado;3) com o réu, quando os antece<strong>de</strong>ntes, a condutasocial, a personalida<strong>de</strong>, b<strong>em</strong> como os motivos e circunstânciasdo crime não indicar<strong>em</strong> a adoção da medida;4) com réu ou test<strong>em</strong>unha já beneficia<strong>dos</strong> anteriormente,no prazo <strong>de</strong> cinco anos, pela aplicação <strong>de</strong>acordo <strong>de</strong> r<strong>em</strong>issão;5) com réu ou test<strong>em</strong>unha quando a repercussãosocial do acordo não indicar a adoção da medida.Esses são impedimentos mínimos sine quibusnon, nada obstando a que a lei ainda os venha a restringirmais.Outra cautela foi a exigência <strong>de</strong> homologaçãopor órgão colegiado que po<strong>de</strong> rejeitar o acordo, modificarseus termos ou, atendidas as condições indispensáveis,homologá-lo.Dentre as garantias já referidas acima, <strong>de</strong>staca-seainda, a explicitação exaustiva <strong>dos</strong> crimes <strong>em</strong>que a transação penal se aplica. Em princípio apenasse po<strong>de</strong> falar <strong>em</strong> transação penal nos crimes <strong>de</strong> açãopública incondicionada, porque não faz sentido negociarcom r<strong>em</strong>issão ou comutação, por ex<strong>em</strong>plo, numcaso <strong>de</strong> estupro ou atentado violento ao pudor, crimes<strong>de</strong> açãercondicionada.Penso, no entanto, que a lista seja suficient<strong>em</strong>enteampla para permitir um efetivo benefício socialda aplicação do Acordo d~ R<strong>em</strong>issão ou Comutação<strong>de</strong> Pena. Nada tendó lvale ressaltar, contra a inclu-


27010 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999sao, caso os nobres pares assim o queiram, <strong>de</strong> outrascategorias <strong>de</strong> crimes.Certo da oportunida<strong>de</strong> e do inegável beneffciosocial <strong>de</strong>corrente da aprovaçao do presente projeto,peço o apoio <strong>dos</strong> nobres pares do Congresso Nacionalpara sua rápida tramitação e aprovaçao.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoVal<strong>de</strong>mar Costa Neto (PUSP).INDICAÇÃO N1l313, DE 1999(Da 5ra. Ana Catarina Alves)Sugere ao Po<strong>de</strong>r Executivo o envio<strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> lei dispondo sobre a criação<strong>de</strong> vantag<strong>em</strong> pecuniária (auxílio-moradia)para o servidor público fe<strong>de</strong>ral.EXce\entlssimo Senhor Presi<strong>de</strong>nte da República,Os servidores públicos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o infcio <strong>de</strong>sta década,vêm sendo duramente atingi<strong>dos</strong> por diversosplanos econOmicos frustra<strong>dos</strong>, e especialmente comas reformas na Administraçao Pública do PaIs.Após mais <strong>de</strong> quatro anos s<strong>em</strong> reajustes, é fatoinquestionável que o servidor público teve perda realdo seu po<strong>de</strong>r aquisitivo.O servidor público, que no passado sentia-se orgulhosopor <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhar uma ativida<strong>de</strong> pública <strong>em</strong>prol <strong>de</strong> seu PaIs, hoje sente-se <strong>de</strong>smotivado e impossibilitado<strong>de</strong> fazer qualquer tipo <strong>de</strong> poupança ou,mesmo, adquirir sua casa própria.O Governo e o Congresso Nacional não po<strong>de</strong>mignorar os relevantes serviços presta<strong>dos</strong> por essa categoriaà Naçao brasileira, razão pela qual sugerimoso envio <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> lei a esta Casa, dispondo sobre:- a criaçao do auxflio-moradia, vantag<strong>em</strong> pecuniáriapaga anualmente, no valor <strong>de</strong> 1% (um por cento)do valor médio <strong>de</strong> um imóvel resi<strong>de</strong>ncial <strong>de</strong> doisquartos, localizado na mesma região <strong>em</strong> que se situao órgão no qual o servidor está lotado.Observe-se que após 35 anos <strong>de</strong> serviço, o servidor,capitalizando esse benefIcio, po<strong>de</strong>rá adquirirsua casa própria.Em face do exposto, estamos certos <strong>de</strong> que V.Exa será senslvel a essas razões e consi<strong>de</strong>rará as sugestõesapresentadas.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadaAna Catarina Alves.REQUERIMENTO(Da Deputada Ana Catarina Alves)Requer o envio <strong>de</strong> Indicação ao Po<strong>de</strong>rExecutivo, sugerindo a criação <strong>de</strong>vantag<strong>em</strong> pecuniária, (auxilio-moradia)para o servidor público fe<strong>de</strong>ral.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Nos termos do art. 113, inciso I e § 1 11 ; do RegimentoInterno da Cêmara <strong>dos</strong> Deputaélos, requeiro aV. Ex 8 seja encaminhada ao Po<strong>de</strong>r Executivo a Indicação<strong>em</strong> anexo, sügerindo o envio <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> lei,dispondo sobre a criação <strong>de</strong> vantag<strong>em</strong> pecuniária(auxílio-moradia) para o servidor público fe<strong>de</strong>ral.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadaAna Catarina Alves.PROJETO DE LEI NIl1.120, DE 1999(Do Sr. Luiz Alfredo Salomão)Determina o acompanhamento obrigatório,pelo sindicato ou fe<strong>de</strong>ração profissional,das pericias <strong>de</strong> condições <strong>de</strong>trabalho perigosas e insalubres.O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1 11 As pericias <strong>de</strong>stinadas a caracterizarcondições <strong>de</strong> trabalho perigosas e insalubres serãoobrigatoriamente acompanhadas pelo sindicato oupela fe<strong>de</strong>raçao profissionais, nos termos <strong>de</strong>sta lei.Art. 2 11 O art. 195 da Consolidaçao das Leis doTrabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n ll 5.452, <strong>de</strong> 1 11<strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1943, passa a viger acrescido do § 411,com a seguinte redação:"Art. 195 .."§ 4 11 As perícias <strong>de</strong> que trata este artigoserão, obrigatoriamente, acompanhadaspor representantes do sindicato ou da fe<strong>de</strong>raçãoprofissionais da categoria principal. nArt. 3 11 Esta lei entra <strong>em</strong> vigor 60 (sessenta)dias após a data <strong>de</strong> sua publicação.JustificaçãoAs perlcias para a caracterizaçao e classificação<strong>de</strong> periculosida<strong>de</strong> e insalubrida<strong>de</strong> revest<strong>em</strong>-se<strong>de</strong> assinalada importência para os trabalhadores submeti<strong>dos</strong>às condições referidas, porque, uma vezcomprovadas, <strong>de</strong>terminam o direito a adicionais r<strong>em</strong>uneratórios,b<strong>em</strong> como repercussão favorável no COmputodo t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> contribuiçao para aposentadoria.Assim, é <strong>de</strong> toda conveniência que as perfciassejam acompanhadas por representantes <strong>dos</strong>'sindicatosou fe<strong>de</strong>rações profissionais, <strong>em</strong> abono da isençãoque <strong>de</strong>ve s<strong>em</strong>pre presidir a essas ações.O projeto que ora submet<strong>em</strong>os à apreciação <strong>de</strong>nossos ilustres Pares t<strong>em</strong> o objetivo <strong>de</strong> instituir a obrigatorieda<strong>de</strong><strong>de</strong>sse acompanhamento sindical. S<strong>em</strong>representar Onl.(s para os erl\pr~gàdores n<strong>em</strong> para asinstituições encarregadas das perlcias, dará ele aosque trabalham <strong>em</strong> condições <strong>de</strong>sfavoráveis maior


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27011certeza quanto ao reconhecimento <strong>dos</strong> direitos quedisso <strong>de</strong>corr<strong>em</strong>.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoLuiz Alfredo Salomão.PROJETO DE LEI Nl! 1.121, DE 1999(Do Sr. Luiz Salomão)Dispõe sobre a obrigatorieda<strong>de</strong> dofornecimento, no ato da rescisão do contrato<strong>de</strong> trabalho, do formulário comprobatóriodo exercício <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> com exposiçãoa agentes prejudiciais à saú<strong>de</strong>,para fins <strong>de</strong> aposentadoria especial, e alterao art. 58 da Lei n!! 8.213/91.O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1 11 Fica estabelecido, nos termos <strong>de</strong>sta lei,que, no ato da rescisão do contrato <strong>de</strong> trabalho, o<strong>em</strong>pregador fornecerá obrigatoriamente ao <strong>em</strong>pregado,o formulário comprobatório do exercício <strong>de</strong>ativida<strong>de</strong> sujeita a agentes prejudiciais à saú<strong>de</strong>.Parágrafo único. A elaboração do laudotécnico necessário à referida comprovaçãoserá acompanhada por representante do sindicatoou da fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> profissionais.Art. 2 11 Os §§ 1 11 e 4 11 do art. 58 da Lei n ll 8.213, <strong>de</strong>24 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1991, que "dispõe sobre os Planos <strong>de</strong>Benefício da Previdência Social, e dá outras providências",passam a vigorar com a seguinte redação:"Art. 58 ""§ 1 11 A comprovação da efetiva exposiçãodo segurado aos agentes nocivos seráfeita mediante formulário, na forma estabelecidapelo Instituto Nacional do Seguro Social...:.. INSS, <strong>em</strong>itido pela <strong>em</strong>presa ou seupreposto, com base <strong>em</strong> laudo técnico <strong>de</strong>condições ambientais do trabalho, cuja elaboraçãotenha sido feita por médico do trabalhoou engenheiro <strong>de</strong> segurança do trabalho,nos termos da legislação trabalhista, eacompanhada por representante do sindicatoou da fe<strong>de</strong>ração profissionais da categoriaprincipal.""§ 4 11 A <strong>em</strong>presa <strong>de</strong>verá elaborar <strong>em</strong>anter atualizado perfil profissiográficoabrangendo as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidaspelo trabalhador e, <strong>em</strong> caráter obrigatório,fornecer a este, quando da rescisão do contrato<strong>de</strong> trabalho, cópia autêntica <strong>de</strong>sse documentojuntamente com o original do formülárioa que se refere o § 1 11 <strong>de</strong>ste artigo."Art. 3 9 Esta lei entra <strong>em</strong> vigor 60 (sessenta)dias após a data <strong>de</strong> sua publicação. 'JustificaçãoO trabalhador que exerceu, durante parte <strong>de</strong>sua vida profissional, ativida<strong>de</strong> <strong>em</strong> condições <strong>de</strong> periculosida<strong>de</strong>,ou insalubrida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>, novamente, utilizaro t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que trabalhou naquelas condiçõesespeciais para, <strong>de</strong> forma proporcional, reduzir o t<strong>em</strong>ponecessário à sua aposentadoria.Existe a possibilida<strong>de</strong>, entretanto, <strong>de</strong> que encontreséria dificulda<strong>de</strong> para comprovar o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>serviço perigoso ou insalubre se, por ex<strong>em</strong>plo, a <strong>em</strong>presa<strong>em</strong> que o exerceu tiver fechado as portas, porfalência ou encerramento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>.O projeto que ora apresentamos à elevadaconsi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> nossos ilustres pares t<strong>em</strong> o objetivo<strong>de</strong> eliminar novas ocorrências <strong>de</strong> tal dificulda<strong>de</strong>,porque <strong>de</strong>termina que, no ato da rescisão do contrato<strong>de</strong> trabalho, o <strong>em</strong>pregado que trabalhou <strong>em</strong> condiçõesperigosas ou insalubres receba obrigatoriamenteda <strong>em</strong>presa o formulário padrão do INSS ­OSS-8030 -, com a comprovação do trabalho nascondições referidas.O projeto, por outro lado, <strong>de</strong>termina que o laudotécnico 'das condições ambientais do trabalho,exigido pelo INSS para servir <strong>de</strong> base à <strong>em</strong>issão doformulário OSS-8030, seja s<strong>em</strong>pre elaborado com oacompanhamento <strong>de</strong> representante do sindicato ouda fe<strong>de</strong>ração profissionais, com vista a maior segurança,para o trabalhador, <strong>de</strong> que as condições sejamcorretamente avaliadas e atestadas.Estamos convictos do elevado alcance social<strong>de</strong>sta iniciativa e, <strong>de</strong>sse modo, contamos com o valiosoapoio necessário a aprová-Ia.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoLuiz Salomão.PROJETO DE LEI COMPLEMENTARN!! 47, DE 1999(Do Sr. Aloízio Santos)Estabelece a alíquota máxima e normasgerais relativas ao Imposto sobreServiços <strong>de</strong> qualquer natureza (ISS)O Congresso Nacional, com base nos artigos48, inciso I, 61, 146 e 156, § 3 11 , da Constituição Fe<strong>de</strong>ral,<strong>de</strong>creta:Art. 1 11 Esta lei compl<strong>em</strong>entar estabelece normasgerais relativas ao Imposto sobre Serviços <strong>de</strong>qualquer natureza (ISS), <strong>em</strong> acréscimo ao disposto


27012 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999no Decreto-Lei n ll 406, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1968, ealterações posteriores.Art. 2 ll O Imposto sobre Serviços <strong>de</strong> qualquernatureza (ISS), <strong>de</strong> competência <strong>dos</strong> municípios, nãopo<strong>de</strong>rá ter alíquotas superiores a 2% (dois por cento).Art. 3 ll O ISS será <strong>de</strong>vido ao município <strong>em</strong> cujoterritório o serviço for prestado, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>entedo domicílio tributário do seu prestador.Art. 4 ll A pessoa jurídica contratante do serviço<strong>de</strong>verá reter e recolher o imposto ao município, ficandocorresponsável o prestador <strong>de</strong> serviço.Parágrafo único. Consi<strong>de</strong>ra-se apropriação indébitaa falta <strong>de</strong> recolhimento do imposto ao municípiodo local <strong>de</strong> prestação do serviço.Art. 5 ll O imposto não inci<strong>de</strong> sobre exportações<strong>de</strong> serviços para o exterior.Art. 6 11 Fica revogado o art. 12 do Decreto-Lei n ll406, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1968.Art. 7 ll Esta lei compl<strong>em</strong>entar entra <strong>em</strong> vigor noventadias após a sua publicação.JustificaçãoEste projeto <strong>de</strong> lei compl<strong>em</strong>entar, com base noart. 146 da Constituição, estabelece normas gerais<strong>em</strong> matéria <strong>de</strong> legislação tributária, no caso, <strong>em</strong> relaçãoao Imposto sobre Serviços (ISS), <strong>de</strong> competência<strong>dos</strong> municípios.Dispõe sobre a alíquota máxima do ISS e sobrea sua não-incidência sobre a exportação <strong>de</strong> serviçospara o exterior, <strong>em</strong> atendimento ao § 3 ll do art~ 156 daCarta Magna.A alíquota máxima é fixada <strong>em</strong> 2% (dois porcento), como medida <strong>de</strong> proteção geral aos consumidorescontra possíveis excessos arrecadatórios porparte <strong>de</strong> municípios.Por outro lado, ao <strong>de</strong>terminar que o ISS será <strong>de</strong>vidoao município <strong>em</strong> cujo território o serviço for efetivamenteexecutado, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente do domicílioda <strong>em</strong>presa prestadora, a proposta objetiva sanaro grave probl<strong>em</strong>a da guerra fiscal que atualmentegrassa entre as municipalida<strong>de</strong>s. É que certos municípiosrebaixam ao máximo as suas alíquotas <strong>de</strong> ISS,atraindo a se<strong>de</strong> jurídica das <strong>em</strong>presas prestadoras <strong>de</strong>serviços, <strong>em</strong> prejuízo <strong>dos</strong> municípios <strong>em</strong> que tais serviçosefetivamente se realizam.Passando o ISS a ser recolhido para o municípioda localização <strong>dos</strong> serviços, e não para o da se<strong>de</strong>da <strong>em</strong>presa prestadora, cessará a motivação daguerra fiscal <strong>de</strong> rebaixamento <strong>de</strong> alíquotas. E a receitado ISS será mais justa e equilibradamente <strong>de</strong>stinadaaos municípios <strong>em</strong> que os serviços são realiza<strong>dos</strong>.Dispõe-se também que o contratante do serviçoassumirá a obrigação do recolhimento do ISS, <strong>de</strong>vidoao município do local da sua prestação, ficando, porém,a <strong>em</strong>presa contratada como corresponsável tributáriapelo recolhimento, como permite o art. 128 doCódigo Tributário Nacional (Lei nº 5.172, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> outubro<strong>de</strong> 1966). Assim, a responsabilida<strong>de</strong> pelo créditotributário é partilhar entre a <strong>em</strong>presa contratada e a<strong>em</strong>presa contratante, como forma <strong>de</strong> estimular a estana fiscalização do recolhimento do tributo ao municípioon<strong>de</strong> se realizou o serviço. Por razões práticas, aproposta não exige o mesmo do contratante que forpessoa física. Nesse caso, o responsável único pelorecolhimento continua a ser o contribuinte do imposto,que é o prestador do serviço.É certo que cada município <strong>de</strong>verá aperfeiçoar oseu aparelho <strong>de</strong> fiscalização <strong>em</strong> <strong>de</strong>fesa da sua própriaarrecadação tributária.Pela relevância da matéria, espero contar com oapoio <strong>dos</strong> nobres parlamentares para a aprovação<strong>de</strong>sta proposição.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoAloízio Santos.PROJETO DE LEI N9 1.122, DE 1999(Do Sr. Marcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lha)Cria, nos Municípios <strong>de</strong> Sousa eSão João do Rio do Peixe, no Estado daParaíba, o Parque Nacional do Vale <strong>dos</strong>Dinossauros, e dá outras providências.O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1 ll Fica criado o Parque Nacional do Vale<strong>dos</strong> Dinossauros, situado nos Municípios <strong>de</strong> Sousa eSão João do Rio do Peixe, no Estado da Paraíba.Art. 2 2 O Parque Nacional do Vale <strong>dos</strong> Dinossaurost<strong>em</strong> como finalida<strong>de</strong>s principais:I - a preservação das pistas fósseis <strong>de</strong> dinossaurosexistentes nos seus limites;11 - o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s científicasrelacionadas à preservação <strong>dos</strong> <strong>de</strong>pósitos fossilíferosda região;111 - o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisas icnológicase ativida<strong>de</strong>s correlatas;IV - proporcionar meios e facilida<strong>de</strong>s para o ensinoda paleontologia, icnologia, museologia e outros;V - proporcionar meios e facilida<strong>de</strong>s para ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> educação e turismo <strong>de</strong> cunho ecológico, científicoe cultural.Parágrafo único. Para cumprir as finalida<strong>de</strong>s estabelecidasneste artigo, o Parque Nacional do Vale<strong>dos</strong> Dinossauros incluirá na sua estrutura um museue centro <strong>de</strong> pesquisas icnológicas.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27013Art. 3" O Parque Nacional do Vale <strong>dos</strong> Dinossauros,com uma área aproximada <strong>de</strong> 36,8944 hectares,é composto pelos seguintes sítios fossilíferos, asaber:1-Passag<strong>em</strong> das Pedras: áreas situada no Município<strong>de</strong> Sousa, ao longo do leito do rio do Peixe, naantiga fazenda Ilha, com uma área <strong>de</strong> 17,4767 hectares.Inicia no marco 1, situada cerca <strong>de</strong> 80m W da estradacarroçável que leva ao sítio fossilífero, e continua<strong>em</strong> direção E por 297m até o marco 2; <strong>de</strong>sse pontosegue para S por 343m até o marco 3, e sucessivamentepara E por 103,5m até o marco 4. Qeste pontoo limite da área dirige-se pdr 355m <strong>em</strong> direção N, atéo marco 5; segue-se <strong>em</strong> direção aproximadamenteSW por 630m, la<strong>de</strong>ando o rio do Peixe até o marco 6;dirige-se <strong>de</strong>pois <strong>em</strong> direção W por 111,8m até o marco7; para S por 126m até o marco 8; para E por121,2m até o marco 9; <strong>de</strong>sse ponto segue <strong>em</strong> direçãoS por 342m retornando ao marco 1. As divisas daárea situada no lado hidrográfico direito do rio do Peixe(ou seja, as compreendidas entre os marcos 7, 8,9, 1, 2 e 3) formam limite com o proprietário Luiz Pereira<strong>de</strong> Oliveira. As divisas situadas no lado hidrográficoesquerdo do rio do Peixe faz<strong>em</strong> limite: entre osmarcos 7, 6 e 5 com o proprietário her<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> LucilaPires; entre os marcos 5 e 4 até meta<strong>de</strong> da distânciaentre os marcos 4 e 3 com o proprietário Manoel Batista.A referência é s<strong>em</strong>pre o Norte Magnético (NM).11 - Serrote do Estreito (Serrote <strong>de</strong> Pimenta):área situada no Município <strong>de</strong> Sousa, no sopé do serrotehomônimo, com uma área <strong>de</strong> 4,9624 hectares.Inicia no marco 1 situado na antiga estrada carroçável<strong>de</strong>sativada; segue <strong>de</strong>sta ponte para E por 171,5m atéo marco 2; prossegue para N por 201,5m até o marco3; <strong>de</strong>ste ponto segue para W por 209,9m até o marco4; prossegue <strong>em</strong> direção aproximada SSW por212,5m la<strong>de</strong>ando um muro <strong>de</strong> pedra, até o marco 5 eretoma ao marco 1 percorrendo 107,5m <strong>em</strong> direçãoE. A área faz limites entre os marcos 4 e 5 com o proprietárioLuiz Pereira <strong>de</strong> Oliveira; entre os marcos 5 ,1, 2 , 3 e 4 faz limite com o proprietário André Avelino<strong>de</strong> Paiva Ga<strong>de</strong>lha.111- Serrote do Letreiro: área situada no Município<strong>de</strong> Sousa, no topo do Serrote do Letreiro, na antigaFazenda Lagoa, ao lado direito da estrada carroçávelque vai da Estrada SousalUiraúna para a localida<strong>de</strong><strong>de</strong> Pereiros, com uma área <strong>de</strong> 4,4659 hectares.Inicia no marco 1, dirigindo-se para direção aproximadaSW por 212,5m até o marco 2, segue para S por101,8m até o marco 3; para E por 49,5m até o marco4; prossegue por 20,Om <strong>em</strong> direção N até o marco 5;<strong>de</strong>ste ponto dirige-se para E por 182,8m até o marco6; daí segue <strong>em</strong> direção N por 236,5 m até o marco 7;<strong>de</strong> on<strong>de</strong> retoma ao marco 1, por 99,9m <strong>em</strong> direção W.A área faz limite entre os marcos 1, 2 e 3 com o proprietárioLucas Alexandre da Silva; entre os marcos 3, 4,5 e 6 e até um ponto situado a 117,5m N do marco 6,faz limite com o proprietário Lavoisier P ires <strong>de</strong> Sá;entre este último ponto e ri marco 7 e entre o marco 7e o marco 1 faz limite com o proprietário Lucas Alexandreda Silva.IV - Fazenda Vera Cruz: imediações do rachodo Rancho: área situada no Município <strong>de</strong> Antenor Navarro,no cruzamento da estrada carroçável com o riachodo Rancho, na Fazenda Vera Cruz (localida<strong>de</strong>também chamada <strong>de</strong> Engenho Nbvo), com 0,0894hectares. Inicia no marco 1, situado a 8m E da casa<strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> José <strong>de</strong> Freitas Dantas, e dirige-separa S, por 119,Om até o marco 2; segue <strong>em</strong> direçãoaproximada WNW por 87,Om, la<strong>de</strong>ando a estradanova com pontilhão <strong>em</strong> concreto sobre o riacho doRancho, até o marco 3; <strong>de</strong>ste ponto prossegue <strong>em</strong> direçãoN por 111 m até o marco 4; e daqui retoma aomarco 1, correndo por 85,Om <strong>em</strong> direção aproximadaESE. A área faz limites: entre os marcos 1 e 2 com oproprietário João Ferreira <strong>de</strong> Sousa; entre os marcos2, 3 e 4 com o proprietário Assis Batista; entre os marcos4 e 1 com o proprietário José <strong>de</strong> Freitas Dantas.V - Piau: área situada no Município <strong>de</strong> Sousa,no leito do rio do Peixe, no trecho entre a barrag<strong>em</strong>que corre na divisa entre as fazendas Piau e Caiçarae um ponto situado a 1,5Km ajusante, seg uindoo curso do rio do Peixe, na seção acima indicada.Área aproximada: 9 hectares.VI- Outras áreas contendo pistas fósseis <strong>de</strong> dinossaurosque venham a ser i<strong>de</strong>ntificadas pelo InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente e <strong>dos</strong> Recursos NaturaisRenováveis - IBAMA.Art. 4" O Parque Nacional do Vale <strong>dos</strong> Dinossaurosserá administrado pelo Ibama, que <strong>de</strong>verá tomaras medidas necessárias para a sua efetiva implantação.Parágrafo único. O Ibama po<strong>de</strong>rá atuar <strong>em</strong> conjuntocom os órgãos competentes estaduais e municipaislocaliza<strong>dos</strong> na área <strong>de</strong> influência do parque.Art. 5º Os imóveis sob domínio privado, localizado<strong>de</strong>ntro <strong>dos</strong> limites do parque, ficam <strong>de</strong>clara<strong>dos</strong> <strong>de</strong>utilida<strong>de</strong> pública, para fins <strong>de</strong> <strong>de</strong>sapropriação, nostermos do Decreto-Lei nº 3.365, <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1941, <strong>de</strong>vendo o Ibama adotar as medidas que se fizer<strong>em</strong>necessárias.Art. 6" Os bens <strong>de</strong> domínio público inseri<strong>dos</strong> noslimites do parque serão objeto <strong>de</strong> cessão <strong>de</strong> uso ao Iba-


27014 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999ma, <strong>de</strong>vendo a Secretaria do Patrimônio da União doMinistério da Fazenda adotar as providências cábíveis.Art. 7 2 No prazo <strong>de</strong> dois anos, a contar da datada publicação <strong>de</strong>sta lei, <strong>de</strong>verá ser elaborado o Plano<strong>de</strong> Manejo do Parque Nacional <strong>dos</strong> Dinossauros, coma participaçllo <strong>dos</strong> esta<strong>dos</strong> e municípios envolvi<strong>dos</strong>.Art. 8 2 Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data da sua publicação.JustificaçãoAs 'primeiras seqüências <strong>de</strong> pegadas, ou pistasfósseis <strong>de</strong> dinossauros, foram <strong>de</strong>scobertas na Paraíbapor Luciano Jacques <strong>de</strong> Moraes, nos anos 20. Elasforam localizadas na fazenda Ilha, <strong>em</strong> um local <strong>de</strong>nome Passag<strong>em</strong> das Pedras, no Município <strong>de</strong> Sousa.A partir <strong>de</strong> 1975, Giuseppe Leonardi, <strong>de</strong>senvolveuna região, com seus colaboradores, um trabalhosist<strong>em</strong>ático <strong>de</strong> campo e <strong>de</strong> laboratório, tendo <strong>de</strong>scobertocerca <strong>de</strong> vinte localida<strong>de</strong>s com pistas <strong>de</strong> dinossaurosnas três formações da Bacia do Rio do Peixe,sub-bacia <strong>de</strong> Sousa. As <strong>de</strong>scobertas não par~ram poraí. Neste ano <strong>de</strong> 1999, por ex<strong>em</strong>plo, foram encontradasnovas pegadas <strong>de</strong> dinossauros na fazenda Floresta<strong>dos</strong> Borbas, a aproximadamente 18 quilômetrosao norte da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sousa. Po<strong>de</strong>m ser observadasno local várias pegadas diferentes, distribuídas portoda a área, chegando a haver pegada sobre pegada,o que é uma rarida<strong>de</strong>.Des<strong>de</strong> 1985 funciona, <strong>em</strong> Sousa, um laboratóriopara a produção <strong>de</strong> réplicas <strong>de</strong> dinossauros, <strong>em</strong> tamanhonatural, feitas <strong>em</strong> fibra <strong>de</strong> vidro e resina sintética.No primeiro ano <strong>de</strong> funcionamento, a iniciativateve financiamento do Conselho Nacional <strong>de</strong> DesenvolvimentoCientífico e Tecnológico - CNPq. Em1987 recebeu verbas <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergência do Ministério daEducação. Em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong>sse trabalho já estãoprontas cinco réplicas <strong>de</strong> dinossauros.Dos trabalhos até agora <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> na região,ainda que com recursos e apoio precários, já seproduziram alguns conhecimentos que permit<strong>em</strong> afirmarque há 110 milhões <strong>de</strong> anos, no período CretácioInferior, o Nor<strong>de</strong>ste era coberto por uma ampla baciafluvial, percorrida por um gran<strong>de</strong> rio que drenava, comseus afluentes, todas as águas da região e as conduziampara o Sul, <strong>em</strong> direção à atual foz do rio SãoFrancisco. O clima dominante era s<strong>em</strong>i-árido, comestações alternadas <strong>de</strong> seca e chuva.Na região que hoje ocupa o oeste da Paraíba ea área fronteiriça do Ceará, linhas tectônicas paralelas,dispostas nas direções Leste-Oeste ou Nor<strong>de</strong>ste-Su<strong>de</strong>ste,estavam permitindo movimentos distensivosda crosta terrestre, conexos com a 'separação<strong>dos</strong> continentes africano e sul-americano.Com o t<strong>em</strong>po, a erosão aplainou o Nor<strong>de</strong>ste,,<strong>de</strong>lineando o perfil <strong>dos</strong> maciços e das cinturas cristalinas<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> pré-cambrianas e arrasando os sedimentosaluviais e lacustres da cobertura cretácia. Istopermitiu a formação <strong>de</strong> bacias que eram consi<strong>de</strong>radasestéreis do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> estu<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> vertebra<strong>dos</strong>pré-históricos, levando à conclusão <strong>de</strong> que aspegadas fósseis <strong>de</strong>scobertas por Luciano Jacques <strong>de</strong>Moraes eram apenas exceções.Os estu<strong>dos</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> por Giuseppe Leonardirevelaram, entretanto, inúmeras pistas fósseis,quase todas <strong>de</strong> dinossauros, algumas das quais estãocolocadas entre as mais significativas do mundo.Vale a pena l<strong>em</strong>brar que, <strong>em</strong> 1983, uma equipedo Centro Istudi Ricerche Legabue, <strong>de</strong> Veneza, Itália,fotografou uma rocha pertencente à formação Sousa,do Cretácio-Inferior, com 2 pegadas gravadas 00 terrenoquando um dinossauro estacou sobre os doispés. Essas pegadas, raríssimas, foram consi<strong>de</strong>radasentre as mais importantes já encontradas e pertenciama um dinossauro terópodo, bípe<strong>de</strong> e carnívoro.Elas <strong>de</strong>sapareceram, no entanto, pela ação <strong>de</strong>predatória<strong>de</strong> <strong>de</strong>sconheci<strong>dos</strong>. Assim, <strong>em</strong> curto espaço <strong>de</strong>t<strong>em</strong>po o hom<strong>em</strong> <strong>de</strong>struiu rastros que a natureza preservoudurante milhões <strong>de</strong> anos.Este'fato, por si só, justifica a urgente adoção <strong>de</strong>medidas objetivas para assegurar a preservação <strong>de</strong>ssasobras-primas da natureza, essenciais ao estudoda evolução da vida no planeta.Além <strong>de</strong> proteger esse patrimônio científico daação <strong>de</strong>strutiva do hom<strong>em</strong>, na maioria das vezes originadasda ignorância, busca o projeto <strong>de</strong> lei aquiapresentado estimular a ativida<strong>de</strong> científica. Outroaspecto importante da' proposta diz respeito à parteeducacional, com o <strong>de</strong>senvolvimento do Museu eCentro <strong>de</strong> Pesquisa Icnologicas, que será pilar fundamentaina formação <strong>de</strong> pessoal especializado e do<strong>de</strong>senvolvimetno <strong>de</strong> informações pedagógicas importantes.Por fim, nada mais salutar que o aproveitamentodo parque para fins <strong>de</strong> turismo organizado, o quepermitirá, além do <strong>de</strong>senvolvimento cultural proporcionadopor esse tipo <strong>de</strong> turismo, a ger~ção <strong>de</strong> novos<strong>em</strong>pregos e outros benefícios econôm'icos, fatoparticularmente importante <strong>em</strong> uma região extr<strong>em</strong>amentecarente <strong>de</strong> novas perspectivas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoMarcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lha.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27015PROJETO DE LEI N1l1.123, DE 1999(Do Sr. Arnaldo Faria <strong>de</strong> Sá)Cria o Conselho da Concorrência, aSecretaria da Pequena e Média EmpresaComerciai e dá outras providências.O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:TíTULO IDas Disposições GeraisCAPíTULO IDo Conselho da ConcorrênciaArt. 1 2 É criado o Conselho da Concorrência, órgãojudicante com jurisdição <strong>em</strong> todo o território nacional,com se<strong>de</strong> e foro no Distrito Fe<strong>de</strong>ral e atribuiçõesprevistas nesta lei.CAPíTULO 11Da Composição do ConselhoArt. 2 2 O Conselho da Concorrência é compostopor um Presi<strong>de</strong>nte e quinze Conselheiros escolhi<strong>dos</strong><strong>de</strong>ntre cidadãos com mais <strong>de</strong> trinta anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>conhecida competência <strong>em</strong> matéria <strong>de</strong> economia ou<strong>de</strong> concorrência e consumo, e que tenham exercidoativida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> setores <strong>de</strong> produção, distribuição, serviçose ainda profissionais liberais, nomea<strong>dos</strong> peloPresi<strong>de</strong>nte da República <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> aprova<strong>dos</strong> peloSenado Fe<strong>de</strong>ral.§ 1 2 O mandato do Presi<strong>de</strong>nte e <strong>dos</strong> Conselheirosé <strong>de</strong> 4 (quatro) anos, permitida uma recondução.§ 2 2 Os cargos <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte e <strong>de</strong> Conselheirossão <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação exclusiva, não se admitindo qualqueracumulação, salvo as constitucionalmente permitidas.§ 3 2 No caso <strong>de</strong> renúncia, morte ou perda <strong>de</strong>mandato do Presi<strong>de</strong>nte do Conselho da Concorrência,assumirá o Conselheiro mais antigo ou. o maisi<strong>dos</strong>o, nessa or<strong>de</strong>m, até nova nomeação, s<strong>em</strong> prejuízo<strong>de</strong> suas atribuições.§ 4 2 No caso <strong>de</strong> renúncia, morte ou perda <strong>de</strong>mandato <strong>de</strong> conselheiro, proce<strong>de</strong>r-se-á a nova nomeação,para completar o mandato do substituído.Art. 3 2 A perda <strong>de</strong> mandato do Presi<strong>de</strong>nte ou<strong>dos</strong> Conselheiros do Conselho da Concorrência sópo<strong>de</strong>rá ocorrer <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão do Senado Fe<strong>de</strong>ral,por provocação do Presi<strong>de</strong>nte da República ou<strong>em</strong> razão <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nação penal irrecorrível por crimedoloso, ou <strong>de</strong> processo disciplinar.Parágrafo único. Também per<strong>de</strong>rá o mandato,automaticamente, o m<strong>em</strong>bro do Conselho da Concorrênciaque faltar a 3 (três) reuniões ordinárias consecutivas,ou 20 (vinte) intercaladas, ressalva<strong>dos</strong> osafastamentos t<strong>em</strong>porários autoriza<strong>dos</strong> pelo Colegiado.Art. 4 2 Ao Presi<strong>de</strong>nte e aos Conselheiros é vedado:1-receber, a qualquer título, e sob qualquer pretexto,honorários, percentagens ou custas;11 - exercer profissão liberal;111- participar, na forma <strong>de</strong> controlador, diretor,administrador, gerente, preposto ou mandatário, <strong>de</strong>socieda<strong>de</strong> civil, comercial ou <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> qualquerespécie;IV - <strong>em</strong>itir parecer sobre matéria <strong>de</strong> sua especialização,ainda que <strong>em</strong> tese, ou funcionar como consultor<strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa;V - manifestar..-por qualquer meio <strong>de</strong> comunicação,opinião sobre processo pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> julgamento,ou juízo <strong>de</strong>preciativo sobre <strong>de</strong>spachos, votos ou sentenças<strong>de</strong> órgãos judiciais, ressalvada a crítica nosautos, <strong>em</strong> obras técnicas ou no exercício do magistério;VI- exercer ativida<strong>de</strong> político-partidária.CAPíTULO 111Da eonipetêlCiadoPIeI áiodoCaISeI10da COIICOIIêIICiaArt. 5 11 Compete ao Plenário do Conselho daConcorrência:1-respon<strong>de</strong>r as consultas formuladas pelas comissõesparlamentares a respeito das propostas <strong>de</strong>leis b<strong>em</strong> como sobre quaisquer dúvidas referentes àprática da concorrência;11 - <strong>em</strong>itir parecer sobre quaisquer dúvidas sobreconcorrência que o Governo possa ter e tambémdar seu parecer referente a estas mesmas dúvidasquando solicitado por esta<strong>dos</strong> ou municípios, associaçõesprofissionais e sindicatos, órgãos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa doconsumidor, câmaras agrícolas e setoriais ou câmaras<strong>de</strong> comércio e da indústria, no que se refere a assuntos<strong>de</strong> sua alçada;111- respon<strong>de</strong>r às consultas obrigatórias do Governosobre projetos que tenham como efeito submetero exercício <strong>de</strong> uma profissão ou acesso a um mercadoa restrições quantitativas, estabelecer direitosexclusivos sobre certas áreas, impor práticas uniformes<strong>em</strong> termos <strong>de</strong> preços ou condições <strong>de</strong> venda;IV - tomar medidas preservatórias a pedido <strong>de</strong>entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> classe tais como sindicatos, fe<strong>de</strong>rações,confe<strong>de</strong>rações, ou pelas próprias <strong>em</strong>presas ameaçadas<strong>em</strong> sua ativida<strong>de</strong> concorrencial e que signifiqueameaça grave e im~diata à economia do setor interessado,ao interesse <strong>dos</strong> consumidores ou à <strong>em</strong>presareclamante;


DIÁRlO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 199927016 Quinta-feira 10------+-+r-----:--~-----------------• _oJ • .'V - <strong>de</strong>terminar medidas a ser<strong>em</strong> tomadas peloPo<strong>de</strong>r Executivo, visando evitar a prática, concorrencialpredatória;VI - apreciar quaisquer projetos <strong>de</strong> agrupamento,<strong>de</strong> <strong>em</strong>presas ou <strong>em</strong>presas cujo porte venha a alterara concorrência, principalmente por meio da criaçãoou reforço <strong>de</strong> uma posição dominante;VII - apreciar questionamento feito por outras<strong>em</strong>presas do mesmo ramo, apresentando suas razõese as conseqüências a respeito <strong>de</strong> agrupamento<strong>de</strong> <strong>em</strong>presas ou a instalação <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>porte;VIII - <strong>de</strong>cidir se o projeto <strong>de</strong> agrupamento <strong>de</strong><strong>em</strong>presas ou instalação <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> portetraz <strong>de</strong>senvolvimento econômico suficiente paracompensar os probl<strong>em</strong>as impostos à concorrência,que levará <strong>em</strong> conta a competitivida<strong>de</strong> das <strong>em</strong>presasenvolvidas quanto ao aspecto <strong>de</strong> preservação domeio <strong>de</strong> vida da comunida<strong>de</strong> (<strong>em</strong>prego, hábitos <strong>de</strong>consumo, renda);IX - no caso <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> porte ou <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> agrupamento <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas,subordinar a instalação ou a formação do grupoa medidas que venham trazer <strong>de</strong>senvolvimentoeconômico e social <strong>de</strong> modo a minimizar os probl<strong>em</strong>as<strong>em</strong> relação à concorrência;X - zelar pela observência <strong>de</strong>sta Lei e seu Regulamentoe do Regimento Interno do Conselho;XI - <strong>de</strong>cidir os processos instaura<strong>dos</strong> pela Secretariada Pequena e Média Empresa Comercial;XII - <strong>de</strong>cidir os recursos interpostos;XIII - or<strong>de</strong>nar providências que <strong>em</strong> <strong>de</strong>fesa daconcorrência, <strong>de</strong>ntro do prazo <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar;XIV - aprovar os termos <strong>de</strong> compromisso <strong>de</strong>não instalação <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa cujo projeto <strong>de</strong> instal~çãofoi <strong>de</strong>negado;XV - apreciar <strong>em</strong> grau <strong>de</strong> recurso as medidaspreventivas adotadas pela Secretaria da Pequena eMédia Empresa Comercial;XVI-intimar os interessa<strong>dos</strong> <strong>de</strong> suas <strong>de</strong>cisões;'XVII - requisitar informaçOes <strong>de</strong> quaisquer pessoas,órgãos, autorida<strong>de</strong>s e entida<strong>de</strong>s públicas ouprivadas, respeitando e mantendo o sigilo legal quandofor o caso, b<strong>em</strong> como <strong>de</strong>terminar as diligênciasque se fizer<strong>em</strong> necessárias ao exercfcio das suasfunções;XVIII- requisitar <strong>dos</strong> órgãos do Po<strong>de</strong>r ExecutivoFe<strong>de</strong>ral e solicitar das autorida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong>, Municfpiose Distrito Fe<strong>de</strong>ral, as medidas necessárias aocumprimento <strong>de</strong>sta Lei;XIX - contratar a realização <strong>de</strong> exames, vistoriase estu<strong>dos</strong>, aprovando, <strong>em</strong> cada caso, os respecti-vos honorários profissionais e <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong>processo, que <strong>de</strong>verão ser pagas pela <strong>em</strong>presa, sevier a ser punida nos termos <strong>de</strong>sta Lei;'XX - requerer ao Po<strong>de</strong>r Judiciário a execução<strong>de</strong> suas <strong>de</strong>cisões, nos termos <strong>de</strong>sta Lei;XXI- requisitar serviços e pessoal <strong>de</strong> quaisquerórgãos e entida<strong>de</strong>s do Po<strong>de</strong>r Público Fe<strong>de</strong>ral;XXII - <strong>de</strong>terminar à Procuradoria a adoção <strong>de</strong>providências administrativas e judiciais;XXIII - firmar contratos e convênios com órgãosou entida<strong>de</strong>s nacionais e submeter, previamente, aoMinistro <strong>de</strong> Estado da 'Indústria, do Comércio e do Turismoos que <strong>de</strong>vam ser celebra<strong>dos</strong> com organismosestrangeiros ou internacionais;XXIV - respon<strong>de</strong>r a consulta sobre matéria <strong>de</strong>sua competência;XXV - elaborar e aprovar seu regimento internodispondo sobre seu funcionamento, forma das <strong>de</strong>liberaçOes,normas <strong>de</strong> procedimento e organização <strong>de</strong>seus serviços internos, inclusive estabelecendo fériascoletivas do Colegiado e do Procurador-Geral, duranteo qual não correrão os prazos processuais;XXVI - elaborar proposta orçamentária nos termos<strong>de</strong>sta Lei(Se o CC for autarquia);XXVII;... indicar o substituto eventual do Procurador-Gerainos casos <strong>de</strong> faltas, afastamento ou impedimento.CAPITULO IVDa Competência do Presi<strong>de</strong>nte do Conselhoda ConcorrênciaArt. 6 11 Compete ao Presi<strong>de</strong>nte do Conselho daConcorrênciaI - representar legalmente o Conselho da Concorrência,<strong>em</strong> jufzo e fora <strong>de</strong>le;11 - presidir, com direito a voto, inclusive o <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong>, as reuniões do Plenário;111- distribuir os processos, por sorteio, nas reuniõesdo Plenário;IV - convocar as sessões e <strong>de</strong>terminar a organizaçãoda respectiva pauta;V - cumprir e fazer cumprir as <strong>de</strong>cisões do Conselhoda Concorrência;VI - <strong>de</strong>terminar as providências judiciais para aexecução das <strong>de</strong>cisões e julga<strong>dos</strong> pelo Conselho;VII - submeter à aprovação do Plenário a propostaorçamentária, e a lotação i<strong>de</strong>al do pessoal queprestará serviço à entida<strong>de</strong>;VIII- orientar, coor<strong>de</strong>nar e supervisionar as ativida<strong>de</strong>sadministrativas da entida<strong>de</strong>.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27017CAPíTULO VDa Competência <strong>dos</strong> Conselheiros do Conselhoda ConcorrênciaArt. P Compete aos Conselheiros do Conselhoda Concorrência:I - <strong>em</strong>itir votos nos processos e questões submetidasao Plenário;11 - proferir <strong>de</strong>spachos e lavrar <strong>de</strong>cisões nosprocessos <strong>em</strong> que for<strong>em</strong> relatores;111 - submeter ao plenário a requisição <strong>de</strong> informaçõese documentos <strong>de</strong> quaisquer pessoas, órgãos,autorida<strong>de</strong>s e entida<strong>de</strong>s públicas ou privadas, aser<strong>em</strong> mantidas sob sigilo legal, quando for o caso,b<strong>em</strong> como <strong>de</strong>terminar as diligências que se fizer<strong>em</strong>necessárias ao exercício das suas funções;IV - adotar medidas preventivas, fixando ovalorda multa diária pelo seu <strong>de</strong>scumprimento;V - <strong>de</strong>sincumbir-se das <strong>de</strong>mais tarefas que lhesfor<strong>em</strong> cometidas pelo regimento;CAPíTULO VIDa Procuradoria do Conselho da ConcorrênciaArt. ali Junto ao Conselho da Concorrência funcionaráuma Procuradoria, com as seguintes atribuições:1-prestar assessoria jurídica ao Conselho e <strong>de</strong>fendê-Ia<strong>em</strong> juízo;11- promover a execução judicial das <strong>de</strong>cisões ejulga<strong>dos</strong> do Conselho;111- requerer, com autorização do Plenário, medidasjudiciais que se fizer<strong>em</strong> necessárias;IV - promover acor<strong>dos</strong> judiciais nos processosrelativos a infrações contra a concorrência, medianteautorização do Plenário do Conselho da Concorrência,e ouvido o representante do Ministério PúblicoFe<strong>de</strong>ral;V - <strong>em</strong>itir parecer nos processos <strong>de</strong> competênciado Conselho da Concorrência;VI - zelar pelo cumprimento <strong>de</strong>sta lei;VII- <strong>de</strong>sincumbir-se das <strong>de</strong>mais tarefas que lhesejam atribuídas pelo Regimento Interno.Art. 9 2 O Procurador-Geral será indicado peloMinistro <strong>de</strong> Estado da Indústria, do Comércio e do Turismoe nomeado pelo Presi<strong>de</strong>nte da República, <strong>de</strong>ntrebrasileiros <strong>de</strong> ilibada reputação e notório conhecimentojurídico, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> aprovado pelo Senado Fe<strong>de</strong>ral.§ 1 11 O Procurador-Geral participará das reuniõesdo Conselho da Concorrência, s<strong>em</strong> direito avoto.§ 2l!. Aplicam-se ao Procurador-Geral as mesmasnormas <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> mandato, recondução, impedimentos,r<strong>em</strong>uneração, perda <strong>de</strong> man~ato e substituiçãoaplicáveis aos Conselheiros do Conselho daConcorrência.§ 3º Nos casos <strong>de</strong> faltas, afastamento t<strong>em</strong>porárioou impedimento do Procurador-Geral, o Plenárioindicará e o Presi<strong>de</strong>nte do Conselho da Concorrêncianomeará o substituto eventual, para atuar por prazonão superior a 90 (noventa) dias, dispensada a aprovaçãopelo Senado Fe<strong>de</strong>ral, fazendo ele jus à r<strong>em</strong>uneraçãodo cargo enquanto durar a substituição.TíTULO 111Do Ministério Público Fe<strong>de</strong>ral Perante oConselho da ConcorrênciaArt. 10. O Procurador-Geral da República, ouvidoo Conselho Superior, <strong>de</strong>signará m<strong>em</strong>bro do MinistérioPúblico para, nesta qualida<strong>de</strong>, oficiar nos processossujeitos à apreciação do Conselho da Concorrência.Parágrafo único. O Conselho da Concorrênciapo<strong>de</strong>rá requerer ao Ministério Público Fe<strong>de</strong>ral quepromova a execução <strong>de</strong> seus julga<strong>dos</strong> ou do compromisso<strong>de</strong> cessação, b<strong>em</strong> como a adoção <strong>de</strong> medidasjudiciais, no exercício da atribuição estabelecida pelaalínea b do inciso XIV do art. 6° da lei Compl<strong>em</strong>entarnO 75, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1993.TíTULO IVDa Secretaria da Pequena e Média Empresado ComércioArt. 11. É criada a Secretaria da Pequena e MédiaEmpresa Comercial - SPMEC - com estruturaprópria estabelecida <strong>em</strong> <strong>de</strong>creto a qual será dirigidapor um Secretário indicado pelas entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> classedo setor terciário, <strong>de</strong>ntre brasileiros <strong>de</strong> notório conhecimentoe experiência, e ilibada reputação, nomeadopelo Presi<strong>de</strong>nte da República.Art. 12. Compete à SPMEC:1-zelar pelo cumprimento <strong>de</strong>sta lei, monitorandoe acompanhando as práticas <strong>de</strong> concorrência;11 - acompanhar, permanent<strong>em</strong>ente, as pretensões<strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s <strong>em</strong>presas comerciaisque possam comprometer o nível <strong>de</strong> concorrência jáexistente e com o intuito <strong>de</strong> proteger a pequena e amédia <strong>em</strong>presa do comércio <strong>em</strong> face <strong>de</strong> concorrênciapredatória ou <strong>de</strong>sproporcionada, levando-se <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>raçãoa região e a situação sócio-econômica damesma.111 - proce<strong>de</strong>r, <strong>em</strong> face <strong>de</strong> indícios <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s equipamentos comerciaisque possam comprometer a concorrência existente,a averiguações preliminares para instauração<strong>de</strong> processo administrativo;


27018 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999IV - requisitar info~maçõesqe quaisquer pessoas,órgãos, autorida<strong>de</strong>s e 'entida<strong>de</strong>s públicas ou privadas,mantendo sigilo legal quando for o caso, b<strong>em</strong>como <strong>de</strong>terminar as diligências que se fizer<strong>em</strong> necessáriasao exercício <strong>de</strong> suas funções;V - instaurar processo administrativo;VI- r<strong>em</strong>eter ao Conselho da Concorrência, parajulgamento, os processos que instaurar;VII - celebrar, nas condições que estabelecer,compromisso <strong>de</strong> não instalação, submetendo-o aoConselho da Concorrência e fiscalizar o seu cumprimento;VIII - sugerir ao Conselho da Concorrência condiçõespara a celebração <strong>de</strong> compromisso <strong>de</strong> não instalaçãoe fiscalizar o seu cumprimento;IX - adotar medidas preventivas que evit<strong>em</strong> ainstalação <strong>de</strong> estabelecimentos comerciais que possamcomprometer a concorrência instalada;X - receber e instruir processos a ser<strong>em</strong> julga<strong>dos</strong>pelo Conselho da Concorrência;XI-<strong>de</strong>senvolver estu<strong>dos</strong> e pesquisas objetivandoorientar a política <strong>de</strong> organização <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong>estabelecimentos comerciaisXII - exercer outras atribuições previstas nestalei.TíTULO VDas Infrações da ConcorrênciaCAPíTULO IDas Disposições GeraisArt. 13. Esta lei aplica-se às pessoas jurídicas<strong>de</strong> direito privado, constituídas <strong>de</strong> fato ou <strong>de</strong> direito,ainda que t<strong>em</strong>porariamente com ou s<strong>em</strong> personalida<strong>de</strong>jurídica.Art. 14. As diversas formas <strong>de</strong> infração da concorrênciaimplicam a responsabilida<strong>de</strong> da <strong>em</strong>presa ea responsabilida<strong>de</strong> individual <strong>de</strong> seus dirigentes ouadministradores, solidariamente.Art. 15. Serão solidariamente responsáveis as<strong>em</strong>presas ou entida<strong>de</strong>s integrantes <strong>de</strong> grupo econômico,<strong>de</strong> fato ou <strong>de</strong> direito, que praticar<strong>em</strong> infração àconcorrência.Art. 16. A personalida<strong>de</strong> jurídica do responsávelpor infração da concorrência po<strong>de</strong>rá ser <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>radaquando houver da parte <strong>de</strong>ste abuso <strong>de</strong> direito,excesso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, infração da lei, fato ou ato ilícito ouviolação <strong>dos</strong> estatutos ou contrato social. A <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>raçãotambém será efetivada quando houver falência,estado <strong>de</strong> insolvência, encerramento ou inativida<strong>de</strong>da pessoa jurídica provoca<strong>dos</strong> por má administração.Art. 17. A repressão das infrações da concorrêncianão exclui a punição <strong>de</strong> outros ilícitos previstos <strong>em</strong> lei.CAPíTULO 11Das InfraçõesArt. 18. Constitu<strong>em</strong> infração da concorrência, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente<strong>de</strong> culpa, os atos sob qualquer formamanifesta<strong>dos</strong>, que tenham por objeto ou possamproduzir os seguintes efeitos, ainda que não seja alcança<strong>dos</strong>:.I - instalar <strong>em</strong> todo o território nacional estabelecimentocomercial <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, assim <strong>de</strong>finido<strong>de</strong> acordo com lei municipal, s<strong>em</strong> o cumprimento dasexigências estabelecidas pela SPMEC e s<strong>em</strong> autorizaçãodo Conselho da Concorrência.CAPíTULO 111Das PenasArt. 19. A prática <strong>de</strong> infração da concorrênciasujeita os responsáveis às seguintes penas:1-JustificaçãoO presente projeto <strong>de</strong> lei preten<strong>de</strong> instituir norma<strong>de</strong> proteção às pequenas e médias <strong>em</strong>presas docomércio, contra a concorrência antropofágica <strong>dos</strong>gran<strong>de</strong>s equipamentos comerciais. Com o ex<strong>em</strong>ploque narrar<strong>em</strong>os a seguir <strong>de</strong>sejamos mostrar o quepreten<strong>de</strong> este projeto: instituir mecanismos legais queevit<strong>em</strong> a concorrência predatória <strong>de</strong> estabelecimentoscomerciais.A instalação <strong>de</strong> um hipermercado, com 14 milmetros quadra<strong>dos</strong> <strong>de</strong> área, <strong>em</strong> uma região on<strong>de</strong> jáexist<strong>em</strong> pequenos supermerca<strong>dos</strong>, <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ouuma reviravolta no comportamento <strong>de</strong>stes pequenossupermerca<strong>dos</strong>. Reformulação política <strong>de</strong> preços, r<strong>em</strong>o<strong>de</strong>lação<strong>de</strong> lay-out <strong>de</strong> loja, atendimento, mo<strong>de</strong>rnização<strong>de</strong> equipamentos, promoções agressivas, tudopara impactar os consumidores <strong>em</strong> face da aberturado hipermercado. Tudo isso aconteceu porque boatos<strong>de</strong>ram conta <strong>de</strong> que o novo hipermercado, ao abrirsua loJa iria ven<strong>de</strong>r produtos a preços baixíssimos,fato que não aconteceu. Havia promoções porém nãotão vantajosas quanto se apregoava. Houve frustração<strong>de</strong> consumidores e quebra <strong>de</strong> expectativa porparte <strong>dos</strong> supermerca<strong>dos</strong> menores da região.O hipermercado instalou-se na região com umaestratégia <strong>de</strong> atuação já formada. Um ano antes já tinhaconhecimento do potencial <strong>de</strong> crescimento da região,tudo feito por meio <strong>de</strong> pesquisas encomendadasa órgãos capacita<strong>dos</strong>. Além disso, adotou estratégias<strong>de</strong> abastecimento já comprovadamente efici-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27019entes <strong>de</strong>senvolvidas <strong>em</strong> seus estabelecimentos <strong>de</strong>ntroe fora do País.. Outra medida inovadora do hipermercadodiz respeito ao horário <strong>de</strong> funcionamento,mais elástico, tendo para tanto, conseguido a mudançada legislação por meio <strong>de</strong> contato com a prefeituralocal.Funciona com números extraordinários: <strong>em</strong>preendimentos<strong>de</strong> 15 milhões <strong>de</strong> reais, ocupa 55 mil metrosquadra<strong>dos</strong> <strong>de</strong> área com 14 mil metros quadra<strong>dos</strong><strong>de</strong> espaço <strong>de</strong> vendas, 40 check-outs, <strong>em</strong>prega 500funcionários e comercializa <strong>em</strong> torno <strong>de</strong> 60 mil itens,inclusive com marca própria. Deverá aten<strong>de</strong>r a umapopulação existente <strong>em</strong> um raio superior a 100 quilômetros.A divulgação do estabelecimento foi feita pormeio <strong>de</strong> out doors, jornais, rádio, televisão, e distribuição<strong>de</strong> folhetos <strong>em</strong> toda a região.Dentro <strong>de</strong> sua magnitu<strong>de</strong> não se restringe aositens tradicionais <strong>de</strong> um estabelecimento <strong>de</strong>ssa natureza,funcionando tal e qual uma verda<strong>de</strong>ira loja <strong>de</strong><strong>de</strong>partamentos. A padaria do hipermercado, além <strong>de</strong>ser melhor aparelhada que a melhor das padarias daregião, ven<strong>de</strong> o pão francês a preço vil, quase <strong>de</strong> graça.Cada <strong>de</strong>partamento do hipermercado concorre diretamentecom uma ou mais lojas <strong>de</strong> idêntico ramo, jáinstaladas na região, porém s<strong>em</strong> o apelo daquele.Essa experiência mostra pohtos negativos epontos positivos. De positivo o ganho do consumidor<strong>em</strong> ter mais opção <strong>de</strong> compra e a revigoração do comérciolocal que teve <strong>de</strong> se reciclar para enfrentar aconcorrência do gigante. De negativo, o fato <strong>de</strong> queuma gran<strong>de</strong> loja como o hipermercado <strong>em</strong> questãopo<strong>de</strong> prejudicar toda a cultura local <strong>de</strong> consumo, naqual os pequenos varejistas são importantíssimos.Do ex<strong>em</strong>plo acima, po<strong>de</strong>mos tirar algumas conclusões:a <strong>em</strong>presa dona do hipermercado <strong>em</strong> questãodispõe <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s financeiras, conhecimentotécnico, po<strong>de</strong>r do lobby, conhecimento do mercado,capacitação etc., ao contrário <strong>dos</strong> concorrentes, osquais, pelo seu porte não possu<strong>em</strong> sequer po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>barganha ou negociação com fornecedores.T<strong>em</strong>os conhecimento <strong>de</strong> que países <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong>praticam a proteção do comércio local <strong>em</strong> cida<strong>de</strong>smenores, para preservar o meio <strong>de</strong> vida da comunida<strong>de</strong>.Há países que proíb<strong>em</strong> a instalação <strong>de</strong> hipermerca<strong>dos</strong><strong>em</strong> cida<strong>de</strong>s menores porque com certezaprejudicaria o comércio local, fonte <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong>ssascida<strong>de</strong>s, que <strong>em</strong> muitos casos <strong>de</strong>u orig<strong>em</strong> à comunida<strong>de</strong>.No Brasil não t<strong>em</strong>os legislação específica queproteja o pequeno comércio <strong>em</strong> cida<strong>de</strong>s menores,seja <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas nacionais ou estrangeiras e o probl<strong>em</strong>ada concorrência <strong>de</strong>sleal e <strong>de</strong>sequilibrada émuito grave e t<strong>em</strong> se manifestado <strong>de</strong> maneira surpreen<strong>de</strong>nte<strong>em</strong> nosso País.Assim sendo, tornar-se imprescindível a instituição<strong>de</strong> uma legislação que venha a proteger o p~quenocomércio, não apenas aquele instalado <strong>em</strong> cida<strong>de</strong>smenores, mas também e principalmente o pequenocomércio instalado nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s. Este comércio,dada a concorrência, é o mais prejudicado.Como conseqüência, os pequenos comerciantes lançammão <strong>de</strong> expediente que possam lhes dar maiscondições <strong>de</strong> concorrer com os gran<strong>de</strong>s. São as formasassociativas, q!Je po<strong>de</strong>m até dar resultado, masnão livra as pequenas <strong>em</strong>presas da concorrência predatória.Os entraves são enormes, pois o mundo <strong>dos</strong>negócios está passando por gran<strong>de</strong>s mudanças: inovaçõestecnológicas, novas formas <strong>de</strong> administração,maneiras mais agressivas <strong>de</strong> distribuição, mercadomais competitivo mesmo entre os pequenos, escas~sez <strong>de</strong> recursos financeiros, abertura <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong>internacionais, e as <strong>em</strong>presas mais b<strong>em</strong> preparadas,como a do ex<strong>em</strong>plo supra mencionado. Não bastass<strong>em</strong>as dificulda<strong>de</strong>s apontadas, o po<strong>de</strong>r público, diga-se,o Governo, que t<strong>em</strong> a obrigação institucional<strong>de</strong> amparar e proteger a <strong>em</strong>presa nacional, notadamentea pequena <strong>em</strong>presa, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> dar tratamento<strong>de</strong>sigual aos <strong>de</strong>siguais, omite-se. Por outrolado, o legislador brasileiro, pouca ou nenhuma importânciadá à pequena <strong>em</strong>presa brasileira. Ao contrário,apóia cada vez mais a gran<strong>de</strong> <strong>em</strong>presa, nacionalou estrangeira. O resultado é que a cada gran<strong>de</strong>loja inaugurada correspon<strong>de</strong> a um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong>pequenas <strong>em</strong>presas que fecham as portas.Além <strong>de</strong> proteção as pequenas <strong>em</strong>presas estãocarecendo <strong>de</strong> apoio para reestruturação <strong>de</strong> modo apermitir que possam ser competitivas e enfrentar aconcorrência predatória. De fato, protegendo as pequenas<strong>em</strong>presas, estarão protegi<strong>dos</strong> a garantia <strong>de</strong>um terço do PIB e mais <strong>de</strong> 60% <strong>dos</strong> <strong>em</strong>pregos. Tudoisso está a exigir a criação dia mecanismos legais queassegur<strong>em</strong> condições <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> para as pequenas<strong>em</strong>presas, preservando o equilíbrio das relaçõescomerciais, e da justa concorrência.Na França, por ex<strong>em</strong>plo, o pequeno comércio éprotegido por uma legislação que estabelece parâmetrose condicionantes para a instalação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>sequipamentos comerciais <strong>de</strong> forma a evitar a famigeradaconcentração econômica.Além disso lá exist<strong>em</strong> órgãos <strong>de</strong> proteção daconcorrência, vale dizer, d'3 proteção às pequenas<strong>em</strong>presas. Ao se proteger a concorrência protege-seo menos dotado no processo concorrencial.


27020 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Igualmente, a Argentina possui legislação <strong>de</strong> ameaça grave e imediata à economia do setor inteproteçãodo pequeno <strong>em</strong>presário, proteção esta con- ressado, ao interesse <strong>dos</strong> consumidores ou à <strong>em</strong>presubstanciadana Lei n~ 12.088 <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1990. sa reclamante; As medidas a ser<strong>em</strong> tomadas pelo CCEsta Lei disciplina a habilitação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s superfíci- po<strong>de</strong>m significar a suspensão da prática predatóriaes comerciais na província <strong>de</strong> Buenos Aires, impondo (fechamento do estabelecimento, por "ex<strong>em</strong>plo).condições para implantação <strong>de</strong> estabelecimentos Está previsto que todo projeto <strong>de</strong> agrupamento,com área coberta superior a 2.500 metros quadra<strong>dos</strong>, todo agrupamento <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas ou <strong>em</strong>presas cujo<strong>de</strong> comércio atacadista ou varejista, exigindo <strong>dos</strong> pre- porte venha a alterar a concorrência, não pO<strong>de</strong>rá funten<strong>de</strong>ntes,lau<strong>dos</strong> para análise <strong>de</strong> impacto socioeco- cionar s<strong>em</strong> a aprovação do CC, cuja consulta <strong>de</strong>veránômico.ser encaminhada pelo Secretário da Secretaria daA ex<strong>em</strong>plo da França sugerimos nesta proposi- Pequena e Média Empresa do Comércio. O agrupaturaa criação <strong>de</strong> um Conselho da Concorrência (CC) mento <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas ou a instalação <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa <strong>de</strong>e da Secretaria das Pequenas e Médias Empresas do gran<strong>de</strong> porte po<strong>de</strong>rá ser questionado por outras <strong>em</strong>-Comércio (SPMEC), com as suas respectivas atribui- presas do mesmo ramo, apresentando ao CC a suasções.razões e as conseqüências. O CC <strong>de</strong>Cidirá se o proje-O Conselho da Concorrência, é composto por to <strong>de</strong> agrupamento <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas ou instalação <strong>de</strong> <strong>em</strong>m<strong>em</strong>brosnomea<strong>dos</strong> pelo Presi<strong>de</strong>nte da República, presa <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte traz <strong>de</strong>senvolvimento econô<strong>de</strong>pois<strong>de</strong> seus nomes ter<strong>em</strong> sido aprova<strong>dos</strong> pelo Se- mico suficiente para compensar os probl<strong>em</strong>as imposnadoFe<strong>de</strong>ral, com mandato <strong>de</strong> quatro anos. Serão tos à concorrência. O CC levará <strong>em</strong> conta a competitiescolhi<strong>dos</strong>pessoas <strong>de</strong> conhecida competência <strong>em</strong> vida<strong>de</strong> das <strong>em</strong>presas envolvidas quanto ao aspectomatéria <strong>de</strong> economia ou <strong>de</strong> concorrência e consumo, <strong>de</strong> preservação do meio <strong>de</strong> vida da comunida<strong>de</strong> (<strong>em</strong>epessoas que tenham exercido ativida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> seto- prego, hábitos <strong>de</strong> consumo, renda). O CC, no caso <strong>de</strong>res <strong>de</strong> produção, distribuição, serviços e ainda profis- instalação <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte ou <strong>de</strong> formasionaisliberais. Estas pessoas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> submeter-se ção <strong>de</strong> agrupamentos <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas, po<strong>de</strong>rá subordiàsregras <strong>de</strong> incompatibilida<strong>de</strong> previstas para os car- nar a instalação ou a formação do grupo a medidasgos públicos. Dev<strong>em</strong>, ainda, informar ao Presi<strong>de</strong>nte que venham trazer <strong>de</strong>senvolvimento econômico e sosobreos bens que possu<strong>em</strong> ou que preten<strong>de</strong>m pos- cial <strong>de</strong> mOdo a minimizar os probl<strong>em</strong>as <strong>em</strong> relação àsuir e sobre as funções que exerc<strong>em</strong> <strong>em</strong> uma ativida- concorrência. Po<strong>de</strong>rá, <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> atuação abusiva<strong>de</strong> econômica. Nenhum m<strong>em</strong>bro <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>liberar sobre <strong>de</strong> uma posição dominante, solicitar ao Ministro daassunto que envolva interesses pessoais. Conse- Economia que or<strong>de</strong>ne que a <strong>em</strong>presa ou grupo <strong>de</strong>qüent<strong>em</strong>ente, <strong>de</strong>verão ser r<strong>em</strong>uneradas.<strong>em</strong>presas mOdifiqu<strong>em</strong> ou Càncel<strong>em</strong> <strong>em</strong> um prazo <strong>de</strong>-O CC, po<strong>de</strong> ser consultado pelas comissões terminado as práticas <strong>de</strong> concorrência predatória. .parlamentares a respeito das propostas <strong>de</strong> leis b<strong>em</strong> Dessa forma, fica proibida a exploração abusivacomo sobre quaisquer dúvidas referentes à prática da por Uma <strong>em</strong>presa ou um grupo <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas que teconcorrência;dá seu parecer sobre quaisquer dúvi- nha uma posição·dominante no mercado int<strong>em</strong>o oudas sobre concorrência que o Governo possa ter e uma parte importante <strong>de</strong>ste, e <strong>em</strong> relação a um clientambémdar seu parecer referente a estas mesmas te ou fornecedor que, <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>pendênciadúvidas quando solicitado por esta<strong>dos</strong> ou municípios, econômica, não disponha <strong>dos</strong> mesmos recursos.associações profissionais e sindicatos, órgãos <strong>de</strong> <strong>de</strong>- Nenhuma associação ou cooperativa <strong>de</strong> consufesado consumidor, câmaras agrícolas e setoriais ou mo pO<strong>de</strong> oferecer produtos ou servi~ se estas ativicâmaras<strong>de</strong> comércio e da indústria, no que se refere da<strong>de</strong>s não estão previstas <strong>em</strong> seus estatutos. Coma assuntos <strong>de</strong> sua alçada; é obrigatoriamente consul- isto busca-se parar com a concorrência <strong>de</strong>sleal dastado pelo Governo sobre projetos que tenham como cooperativas <strong>de</strong> consumo, como é hoje notório.efeito submeter o exercício <strong>de</strong> uma profissão ou aces- No âmbito da administração fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong>verá serso a um mercado a restrições quantitativas, estabele- criado a Secretaria das Pequenas e Médias Emprecerdireitos exclusivos sobre certas áreas, impor práti- sas do Comércio, tendo por competência instituir ascas uniformes <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> preços ou condições <strong>de</strong> políticas <strong>de</strong> atuação das <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> modo a preservenda;po<strong>de</strong>, após ouvir os interessa<strong>dos</strong>, tomar medi- var a concorrência com a proteção das pequenas edas conservatóriaslpreservatórias solicitadas por en- médias <strong>em</strong>presas do comércio, e encaminhar aotida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> classe tais como sindicatos, fe<strong>de</strong>rações, Conselho da Concorrência os casos <strong>de</strong> aprovação <strong>de</strong>.confe<strong>de</strong>rações, ou pelas próprias <strong>em</strong>presas ameaça- projetos <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> estabelecimentos <strong>de</strong> gràndas<strong>em</strong> sua ativida<strong>de</strong> concorrencial e que signifique <strong>de</strong> porte.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27021Concorrência <strong>de</strong>sigual.Os globaliza<strong>dos</strong> hipermerca<strong>dos</strong>, por ex<strong>em</strong>plo,fabricam produtos mais baratos, compra <strong>em</strong> escalacom um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> automatização <strong>de</strong> inventário edistribuição que elimina as intermediações. Tal verticalizaçãoe po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> negociação faz<strong>em</strong> <strong>de</strong>les potênciasimbatíveis. Como muitos <strong>de</strong>les já se instalaramno Brasil, cabe analisar que tipo <strong>de</strong> impacto exerc<strong>em</strong>nas economias locais, assim como os seus comportamentoséticos perante a comunida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> se instalam.Vejamos sob o ponto <strong>de</strong> vista socioeconômico:Empregos - segundo estu<strong>dos</strong>, cada <strong>em</strong>pregocriado por um <strong>de</strong>sses equipamentos per<strong>de</strong>m-se outros1,5. E para fugir das obrigações geram <strong>em</strong>pregosno regime <strong>de</strong> part-time;Salários - são baixos <strong>em</strong> relação ao mercado.Preços - a estratégia. é conhecida. Colocam1.500 produtos a preços baixos, dispostos logisticamentepara atrair o consumidor e tiram o seu fantásticolucro <strong>dos</strong> <strong>de</strong>mais 60.000 produtos.Benefícios junto à comunida<strong>de</strong> - os governos,<strong>em</strong> regra, <strong>de</strong>slumbram-se· com a entrada <strong>dos</strong> gran<strong>de</strong>sequipamentos varejistas <strong>em</strong> seus territórios pelas enaltecidasvantagens que eles traz<strong>em</strong> para a economia local.Segundo estu<strong>dos</strong>, o custo <strong>de</strong> infra-estrutura que o municípiodispõe para aten<strong>de</strong>r a implantação <strong>de</strong> um hipermercado,por ex~mplo,ultrapassa as receitas <strong>de</strong> impostosque ele proporciona, e ainda diminu<strong>em</strong> as receitas regionais<strong>em</strong> função da concorrência do hipermercado..Estu<strong>dos</strong>. realiza<strong>dos</strong> nos EUA <strong>de</strong>scobriram queum dólar gasto num comércio local t<strong>em</strong> uma rentabilida<strong>de</strong>econômicaquatro a cinco vezes superior à <strong>de</strong>um dólar gasto na Wal-Mart. Os comércios tradicionaiscanalizam inevitavelmente os seus lucros para a.comunida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> uma forma ou <strong>de</strong> outra. Contudo,cada loja Wal-Mart envia o lucro para a se<strong>de</strong>, retirandoda comunida<strong>de</strong> dinheiro que anteriormente era <strong>de</strong>positado<strong>em</strong> bancos locais ou investindo <strong>em</strong> projetoslocaisȧ pequeno comércioa pequeno varejista quando abre uma loja nobairro ou na pequena cida<strong>de</strong> procura um ponto <strong>de</strong>passag<strong>em</strong> para facilitar o acesso <strong>dos</strong> compradores,ajustaseus preços à concorrência local, dispõe-se aohorário <strong>de</strong>· interesse <strong>dos</strong> clientes acompanhando os<strong>de</strong>mais comerciantes, procura colocar à venda produtospara aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> maneira equilibrada.Em regra, é m<strong>em</strong>bro da comunida<strong>de</strong>, participa <strong>de</strong>eventos socioculturais, tomando-se assim um el<strong>em</strong>entointegrador da comunida<strong>de</strong>.Ao contrário, os gran<strong>de</strong>s equipamentos não se juntamà comunida<strong>de</strong>, antes, procura dominá-Ia, não se importamse ela está suficient<strong>em</strong>ente abastecida; mas, qualseu potencial, pois sendo capaz <strong>de</strong> submeter os concorrentesirá dominar o mercado, uma vez que é gran<strong>de</strong> osuficientepara suportar os prejuízos pelo t<strong>em</strong>po necessário.Conseqüent<strong>em</strong>ente o comércio local começa a<strong>de</strong>saparecer. Segundo estudo da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>lowa, EUA, <strong>em</strong> 1994, cinco anos <strong>de</strong>pois da abertura<strong>de</strong> um novo Wal-Mart, as lojas situadas num raio <strong>de</strong>20 milhas têm <strong>em</strong> média uma quebra <strong>de</strong> 19% <strong>de</strong> suasvendas. Isto faz os centros das cida<strong>de</strong>s e <strong>dos</strong> bairros<strong>em</strong> volta parecer<strong>em</strong> cida<strong>de</strong>s-fantasmas.Reação mundial aos gran<strong>de</strong>s equipamentos comerciaisA imprensa t<strong>em</strong> divulgado as leis <strong>de</strong> proteção àpequena <strong>em</strong>presa na União Européia, é conhecidoque o Japão mantém o caráter <strong>dos</strong> seus bairros protegendoas lojas pequenas, familiares, contra os varejistasgigantes estrangeiros. Várias cida<strong>de</strong>s nos EUAestão rejeitando a abertura <strong>de</strong> novas lojas Wal-Mart. OEstado <strong>de</strong> Vermont até hoje recusa-se a aceitar a implantação<strong>de</strong> uma <strong>de</strong> suas iójas, impondo exigências.Porto Rico rejeitou a Wal-Mart e a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Ontário no Canadá <strong>de</strong>senvolveu um plano oficial, voltadopara os interesses da comunida<strong>de</strong>, ao qual aWal-Mart está sujeita.Os recursos à Justiça são <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> monta, <strong>em</strong>1993 o Tribunal <strong>de</strong> Arkansas con<strong>de</strong>nou a Wal-Martpor ven<strong>de</strong>r mercadorias a um preço abaixo do custo.Sindicatos, fabricantes e igrejas segu<strong>em</strong> <strong>em</strong> 20 esta<strong>dos</strong>com ações contra a Wal-Mart.Resta perguntar o que nós far<strong>em</strong>os?Antes <strong>de</strong> entrar na Justiça, a ex<strong>em</strong>plo do queacontece <strong>em</strong> outros lugares, há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leisapropriadas, daí a importância <strong>de</strong>sta propositura.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - ArnaldoFaria <strong>de</strong> Sá, Deputado Fe<strong>de</strong>ral - SP.PROJETO DE LEI N 2 1.124/99(Deputado Enio Bacci)Reduz período <strong>de</strong> carência para aposentadoriapor invali<strong>de</strong>z e auxílio doença.a Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1li Ao art. 25 da Lei nº 6.213 <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> julho<strong>de</strong> 1991, altera-se a redação inciso I, que passa a tera seguinte redação:I - auxílio doença e aposentadoria porinvali<strong>de</strong>z: 6 (seis) contribuições mensais.11 " ..Art. 2º Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> suapublicação.Art. 3 11 Revogam-se as disposições <strong>em</strong> contrário.


27022 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Justificação'A legislação atual prevê o período <strong>de</strong> carência<strong>de</strong> 12 (doze) meses como requisito para auxílio doençaou aposentadoria por Invali<strong>de</strong>z.Por meio <strong>de</strong>ste projeto preten<strong>de</strong>mos reduzir operíodo <strong>de</strong> carência para 6 meses.Sala das sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoEnio Baccl, POT - RS.PROJETO DE LEI NQ 1.125/99(Deputado Enio Bacci)Aumenta <strong>em</strong> 50% aposentadoria porinvali<strong>de</strong>z quando necessário auxílio <strong>de</strong>outra pessoa.a Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1 2 Altera-se o art. 45 da Lei n 2 8.213 <strong>de</strong> 24<strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1991, que passa a ter a seguinte redação:Art. 45. a valor da aposentadoria por invali<strong>de</strong>zdo segurado que necessitar da assistência permanente<strong>de</strong> outra pessoa será acrescido <strong>de</strong> 50% (cinqOentapor cento).Art. 2 2 Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.Art. 3!l Revogam-se as disposições <strong>em</strong> contrário.JustificaçãoA atual legislação prevê o acrés,cimo <strong>de</strong> 25% aovalor da aposentadoria por invali<strong>de</strong>z, quando o aposentadoinválido necessitar <strong>de</strong> assistência permanente<strong>de</strong> outra pessoa.Nesta proposta preten<strong>de</strong>mos ampliar para 50%o valor do benefício, a fim <strong>de</strong> viabilizar efetivamenteos cuida<strong>dos</strong> necessários ao aposentado inválido, quena gran<strong>de</strong> maioria recebe 1 salário mínimo mensal.sala das sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoEnio Baccl, POT - RS.PROJETO DE LEI NR 1.126199(Do Sr. Enio Bacci)Autoriza auxOlo reclusão a presosprovisórios.a Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1 2 Acresce-se parágrafo 2 11 ao art. 80 daLei n 2 8.213 <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1991, com a seguinteredação:Art. 80 .Parágrafo 1 11 ..Parágrafo 2 11 O benefício será <strong>de</strong>vidoinclusive aos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do preso provisóriocom apresentação do respectivo mandado<strong>de</strong> prisão.Art. 2º Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> suapublicação.Art. 3º Revogam-se as disposições <strong>em</strong> contrário.JustificaçãoA proposta preten<strong>de</strong> viabilizar também aos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<strong>de</strong> preso provisório o auxílio reclusão,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que, não receba r<strong>em</strong>uneração <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa,n<strong>em</strong> estiver <strong>em</strong> benefício <strong>de</strong> qualquer auxílio, abonoou aposentadoria.A pretensão é <strong>de</strong> dar o mínimo à sobrevivência <strong>dos</strong>familiares do preso, <strong>em</strong> especial aos filhos muitas vezescarentes e s<strong>em</strong> condições da própria mantença.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoEnio Bacci, PDT - RS.PROJETO DE LEI N!21.127/99(Do Sr. Enio Bacci)Permite o acúmulo <strong>de</strong> benefícios daPrevidência quando a soma não ultrapassar3 (três) salários.a Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1 2 Altera-se a redação do art. 124 da Lei n 28.213 <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1991, que passa a ter a seguinteredação:Art. 124. Salvo nos casos <strong>de</strong> direito adquiridoou quando a soma <strong>dos</strong> benefícios nãoultrapassar 3 (três) salários mínimos não serápermitido o recebimento conjunto <strong>dos</strong> seguintesbenefícios da previdência social:I ./I .111 ·•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••IV .Art. 2º Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> suapublicação.Art. 3º Revogam-se as disposições <strong>em</strong> contrário.JustificaçãoA presente proposta preten<strong>de</strong> viabilizar o acúmulo<strong>de</strong> benefícios quando a soma <strong>dos</strong> mesmos nãosupere 3(três) salários mínimos.Ocorre que muitas viúvas que perceb<strong>em</strong> a aposentadoria<strong>de</strong> 1 salário mínimo po<strong>de</strong>riam ter acrescidoa pensão do falecido marido, obe<strong>de</strong>cendo-se o limite<strong>de</strong> 3 (três) salários que não torna ninguém "marajá",mas viabiliza as mínimas.condições <strong>de</strong> sobrevivência.Sala das sessões 9 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoEnio Bacci, POT/RS.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27023PROJETO DE LEI NQ 1.128/99(Do Sr. Valdomiro Meger)Dispõe sobre a instalação <strong>de</strong> câmeras<strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o <strong>em</strong> hospitais.O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1 Q É obrigatória a instalação <strong>de</strong> câmeras <strong>de</strong>vi<strong>de</strong>o <strong>em</strong> to<strong>dos</strong> os hospitais da re<strong>de</strong> pública e particularpara fins <strong>de</strong> registros <strong>em</strong> meio magnético da movimentação<strong>de</strong> médicos, enfermeiros e funcionáriosnas Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Terapia Intensiva e congêneres, sa­Ias <strong>de</strong> cirurgias, enfermarias e berçários.Art. 2 Q OS estabelecimentos hospitalares terãoprazo <strong>de</strong> 120 dias, conta<strong>dos</strong> a partir da publicação,para se a<strong>de</strong>quar<strong>em</strong> ao disposto nesta lei sob pena <strong>de</strong>cassação do alvará <strong>de</strong> funcionamento.Art. 3 Q Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> súa publicação.JustificaçãoCom o aumento da C1iminalida<strong>de</strong> nos hospitais doPais envolvendo servidores da área da saú<strong>de</strong> como nocaso <strong>de</strong> Recife, da Casa <strong>de</strong> Repouso Santa Genoveva noRio <strong>de</strong> Janeiro, e, também, recent<strong>em</strong>ente, no hospital SalgadoFilho, justifica-se perfeitamente uma lei com o conteúdoproposto com o intuito <strong>de</strong> evitar tais abusos que têmcolocado a famllia brasileira <strong>em</strong> risco.A instalação <strong>de</strong> câmeras <strong>de</strong> vi<strong>de</strong>o <strong>em</strong> estabelecimentos<strong>de</strong> crédito t<strong>em</strong> inibido a ação <strong>de</strong> marginais nos assaltosa bancos, notadamente naqueles que usam essesesqu<strong>em</strong>as <strong>de</strong> segurança. Assim sendo t<strong>em</strong>os tambémplena convicção que a instalação <strong>de</strong>stes aparelhos inibiráa repetição <strong>de</strong> cenas tão <strong>de</strong>sagradáveis como essa dasfunerárias que vest<strong>em</strong> <strong>de</strong> luto a nação.Isto posto, esperamos contar com o apoio <strong>de</strong>nossos ilustres pares no Congresso Nacional comvistas a aprovar tão importante iniciativa.Sala das sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoValdomiro Meger.PROJETO DE LEI NQ 1.129/99(Do Sr. Feu Rosa)Dispõe sobre a divulgação <strong>de</strong> da<strong>dos</strong>relativos a pessoas <strong>de</strong>saparecidas nosmeios <strong>de</strong> comunicação social.O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 11l Os veiculos <strong>de</strong> imprensa, as <strong>em</strong>issoras<strong>de</strong> radiodifusão sonora e <strong>de</strong> sons e imagens e os canais<strong>de</strong> cabodifusão veicularão mensagens e fotografiasalusivas a pessoas <strong>de</strong>saparecidas, <strong>em</strong> conformida<strong>de</strong>com as disposiçOes <strong>de</strong>sta lei.Art. 2 11 As <strong>em</strong>issoras <strong>de</strong> radiodifusão sonora e<strong>de</strong> sons e imagens divulgarão, diariamente, mensagenscom da<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong>saparecidas, <strong>em</strong> duasinserções com duração total mínima <strong>de</strong> um mirWto, nohorário compreendido entre as vinte e,as vinte e duashoras.Art. 3D. As <strong>em</strong>issoras <strong>de</strong> radiodifusão <strong>de</strong> sons eimagens e os canais <strong>de</strong> cabodifusão e <strong>de</strong>mais serviços<strong>de</strong> televisão por assinatura divulgarão, diariamente,mensagens com da<strong>dos</strong> e fotografias <strong>de</strong> pessoas<strong>de</strong>saparecidas, com dUJação total não inferior adois minutos, no horário compreendido entre as vintee as vinte e duas horas.Art. 4 11 A <strong>em</strong>presa jornalistica ou <strong>de</strong> radiodifusãofará jus a <strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> até dois por cento do imposto<strong>de</strong> renda <strong>de</strong>vido, correspon<strong>de</strong>nte ao valor comercialdo espaço utilizado para divulgação <strong>de</strong> da<strong>dos</strong>, fotografiasou programas <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> à divulgação <strong>de</strong>pessoas <strong>de</strong>saparecidas.Parágrafo único. Farão jus aos incentivos <strong>de</strong>que trata este artigo as <strong>em</strong>presas que divulgar<strong>em</strong> informaçõessobre <strong>de</strong>sapareci<strong>dos</strong> nas <strong>em</strong>balagens <strong>de</strong>seus produtos.Art. 5D. O Po<strong>de</strong>r Executivo manterá, <strong>em</strong> caráterpermanente, central <strong>de</strong> atendimento <strong>de</strong>stinada a receberinformações e fotografias <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong>saparecidas,colocando-as à disposição das <strong>em</strong>issoras.Art. 6D. A <strong>de</strong>sobediência às disposições <strong>de</strong>sta leisujeitará as <strong>em</strong>issoras <strong>de</strong> radiodifusão sonora e <strong>de</strong>sons e imagens e os provedores <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> cabodifusãoou <strong>de</strong> outros serviços <strong>de</strong> televisão por assinaturaà pena <strong>de</strong> multa no valor <strong>de</strong> dois mil reais, acrescida<strong>de</strong> um terço na reincidência.Art. 7 Q O Po<strong>de</strong>r Executivo regulamentará esta leino prazo <strong>de</strong> sessenta dias, conta<strong>dos</strong> da sua publicação., Art. 8D. Esta lei entra <strong>em</strong> vigor noventa dias apósa data <strong>de</strong> sua publicação.JustificaçãoMilhares <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong>saparec<strong>em</strong> anualmente<strong>em</strong> nosso Pais, pelos mais diversos motivos, s<strong>em</strong> queas autorida<strong>de</strong>s tenham condições <strong>de</strong> investigar e esclareceresses inúmeros casos.Um <strong>dos</strong> recursos mais importantes nesse tipo<strong>de</strong> investigação são as informações prestadas porterceiros, que po<strong>de</strong>m oferecer oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> es-, clarecimentos <strong>de</strong> tais ocorrências. Por tal motivo, adivulgação<strong>de</strong> fotografias <strong>dos</strong> <strong>de</strong>sapareci<strong>dos</strong>, acompanhadas<strong>de</strong> textos explicativos sobre suas vestimentas,seus hábitos e as circun,stâncias envolvidas <strong>em</strong>seu <strong>de</strong>saparecimento são <strong>de</strong> suma importância.Preocupado com as inúmeras limitações enfrentadaspelas policias e pela justiça brasileiras no


27024 Quinta-feira 10 DIÁRIO DACÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999tratamento <strong>de</strong>sses <strong>de</strong>llorosos casos, apresentamoseste projeto <strong>de</strong> It~i que cria estrmulos para a diss<strong>em</strong>inação<strong>de</strong> informações sobre <strong>de</strong>sapareci<strong>dos</strong> e que, nocaso do rádio e ela teleNisão, torna compulsória a suadivulgação.EsperamoH, <strong>de</strong>ssa forma, contribuir para o <strong>de</strong>batesobre esta impoiante questão e pedimos aosilustres pares o apoiei a este projeto. que enten<strong>de</strong>mosser relevan te para ajudar as famflias <strong>dos</strong> <strong>de</strong>sapareci<strong>dos</strong>.Sala das SessOes, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoFeu Rosa.REQUERIMENTO DE lNFORMAÇÃO NO 997, DE 1999(C'o Sr. Val<strong>de</strong>ci Oliveira)Solicita informações ao Sr. MinistroExtraordinârio <strong>de</strong> Política Fundiâria sobrea pnsquiua <strong>de</strong> opinião pública acercado Pronramêl <strong>de</strong>nominado "Nova ReformaAgrüria".Senhor Pre,si<strong>de</strong>nte,Com fundamento no art. SO, § 2 11 , da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral e nels arts. 24, inciso V e § 2 11 , e 11S, incisoI, do Regimento Interno, solicito a V. Ex 8 sejaencaminhado ao Sr. Ministro da Extraordinário <strong>de</strong>Política Fundiária, RaJI Jungmann, o seguinte pedido<strong>de</strong> informaçõ '3s:1) Qual () critério utilizado para realizaçãoda pesquisa <strong>de</strong> opinião pública acercado Programa <strong>de</strong>nominado "Nova ReformaAgrária'''?2) Quantas pessoas foram ouvidas pormunicfpio e por região e qual o perfodo <strong>de</strong>realizaç~io da pesquisa?3) Qual () custo da pesquisa?Jl!lstificaçãoEm OffciollncraiGM/Circular NO. 93, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong>maio <strong>de</strong> 1999, el Ministro Raul Jungmann convocaos superintendEmtes regionais do Incra para quedivulgass<strong>em</strong> no domingo 30 <strong>de</strong> maio os resulta<strong>dos</strong>positivos da pei3quis'3 <strong>em</strong> tela. Tendo <strong>em</strong> vista asdiscussões acerca dE~sse novo programa do governoé importante que tenhamos el<strong>em</strong>entos paraavaliar o resultado obtido com a pesquisa promovidapelo Ministério Extraordinário da Reforma Agrária.Sala das sessOes, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoVal<strong>de</strong>ci Oliveira.PROJETO DE LEI NA 1.130, DE 1999(Do Sr. Val<strong>de</strong>ci Oliveira)Altera os arts. 20 e 22, da Lei nll7.102,<strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1983, com a redaçãodada pelas Leis nºs 8.863, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> março<strong>de</strong> 1994, e 9.017, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1995,<strong>de</strong>finindo critérios para concessão <strong>de</strong> autorização<strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas especializadas<strong>em</strong> serviços <strong>de</strong> vigilância etransportes <strong>de</strong> valores e <strong>de</strong>terminando ouso <strong>de</strong> equipamento <strong>de</strong> proteção individualpelos vigilantes <strong>em</strong> serviço.O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 10. O Art'. 20, da Lei nO. 7.102, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> junho<strong>de</strong> 1983, com a redação dada pelas Leis n 2 s 8.863, <strong>de</strong>28 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1994, e 9.017, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> março <strong>de</strong>1995, passa a vigorar acrescido <strong>de</strong> um § 2 2 , com a redaçãoque se segue, renumerando-se o atual parágrafoúnico para § 1 2 :"Art. 20. Cabe ao Ministério da Justiça,por intermédio do seu órgão competente oumediante_convênio com as Secretarias ,<strong>de</strong>Segurança Pública <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> e DistritoFe<strong>de</strong>ral:§ 1 11 As competências previstas nos incisosI e V não serão objeto <strong>de</strong> Convênio.§ 2 11 O currfculo <strong>dos</strong> cursos <strong>de</strong> formação<strong>de</strong> vigilantes, previsto no inciso V, <strong>de</strong>steartigo <strong>de</strong>verão conter, obrigatoriamente, treinamentonas áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa pessoal, tiro eprimeiros socorros."Art. 2 11 O Art. 22, da Lei n ll 7.102, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> junho<strong>de</strong> 1983, com a redação dada pelas Leis nOs. 8.863,<strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1994, e 9.017, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> março <strong>de</strong>1995, passa a vigorar com a seguinte redação:"Art. 22. Ao vigilante, quando <strong>em</strong> serviço,é permitido portar revólver calibre 32 ou 38 ealg<strong>em</strong>as e utilizar cassetete <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira e borracha,sendo obrigatório o uso <strong>de</strong> equipamento<strong>de</strong> proteção individual, fornecido pela <strong>em</strong>presa.§ 1 2 Os vigilantes, quando <strong>em</strong>penha<strong>dos</strong><strong>em</strong> transporte <strong>de</strong> valores, po<strong>de</strong>rão tambémutilizar espingarda <strong>de</strong> uso permitido, <strong>de</strong>calibre 12, 16 ou 20, <strong>de</strong> fabricação nacional.§ 2 11 Do equipamento <strong>de</strong> proteção individuaifornecido pela <strong>em</strong>presa, a que se refereo caput <strong>de</strong>ste artigo, <strong>de</strong>ve constar, nomfnimo, capacete e colete à prova <strong>de</strong> balas."Art. 3 11 Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> suapublicação.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27025JustificaçãoO exercfcio da profissão <strong>de</strong> vigilante e o funcionamentodas <strong>em</strong>presas especializadas <strong>em</strong> serviços<strong>de</strong> vigilância e transportes <strong>de</strong> valores estão disciplina<strong>dos</strong>na Lei n Q 7.1 02, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1983, com a redaçãodada pelas Leis nQs 8.863, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> março <strong>de</strong>1994, e 9.017, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1995.Em relação aos cursos <strong>de</strong> formação <strong>dos</strong> vigilantes,a Lei n Q 7.102/83, <strong>de</strong>termina que o currfculo <strong>de</strong>ssescursos <strong>de</strong>verá ser fixado pelo órgão competente.do Ministério da Justiça.O art. 32, do Decreto nO. 89.056, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bro<strong>de</strong> 1983, com a reélação dada pe(o Decreto n Q1.592, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1995, dispõe que "Cabe aoMinistério da Justiça, por intermédio do Departamento<strong>de</strong> Polfcia Fe<strong>de</strong>ral, autorizar, controlar e fiscalizar ofuncionamento das <strong>em</strong>presas especializadas, <strong>dos</strong>cursos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> vigilantes e das <strong>em</strong>presas queexerc<strong>em</strong> serviços orgânicos <strong>de</strong> segurança".Os <strong>de</strong>cretos, no entanto, não <strong>de</strong>fin<strong>em</strong> normasrelativas a um conteúdo obrigatório, mfnimo, <strong>dos</strong> cursos<strong>de</strong> formação <strong>de</strong> vigilantes.O que se verifica, na prática, é que muitos <strong>dos</strong>cursos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> vigilantes <strong>de</strong>ixam a <strong>de</strong>sejarcom relação a matérias que são imprescindfveis parao exercfcio <strong>de</strong>ssa ativida<strong>de</strong> profissional, quais sejam:<strong>de</strong>fesa pessoal, tiro e primeiros socorros.Por outro lado, também se observa que os vigilantessão coloca<strong>dos</strong> <strong>em</strong> serviço s<strong>em</strong> equipamentos<strong>de</strong> proteção individual, <strong>de</strong> qualquer natureza. N<strong>em</strong> aomenos coletes à prova <strong>de</strong> balas e capacetes são forneci<strong>dos</strong>pelas <strong>em</strong>presas a esses profissionais, expondo-osa riscos graves quando do confronto commarginais, geralmente portadores <strong>de</strong> armas pesadas.Para suprir a omissão legal <strong>em</strong> relação ao conteúdomfnimo <strong>dos</strong> cursos <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> vigilantes epara garantir condições mais a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> proteçãoda vida <strong>de</strong>sses profissionais, estamos apresentandoo presente projeto <strong>de</strong> lei.Esperamos, <strong>em</strong> face <strong>de</strong> relevância da matéria,contar com o apoio necessário <strong>dos</strong> ilustres pares paraa sua aprovação.Sala das sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoVal<strong>de</strong>ci Oliveira.PROJETO DE LEI NO. 1.131, DE 1999(Do Sr. Vic Pires Franco)Dispõe sobre a inclusão obrigatóriada disciplina "Ética e Cidadania" noscurrlculos escolares <strong>dos</strong> estabelecimentos<strong>de</strong> ensino fundamental e médio, dasre<strong>de</strong>s pública e privada <strong>em</strong> todo o Pais.O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 10. ~ obrigatória a inclusão da disciplina "~ticae Cidadania" nos currfculos escolares <strong>dos</strong> estabelecimentosdo ensino fundamental e médio, das re<strong>de</strong>spública e privada <strong>em</strong> todo o Pais.Art. 20. A inclusão d~ que trata o artigo anteriorse processará <strong>de</strong> acordo com as Diretrizes CurricularesNacionais do Ensino Fundamental e Médio, estabelecidas,respectivamente, pelas Resoluções <strong>de</strong> nlls2 e 3, <strong>de</strong> 1998, do Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação.Art. 3 Q O Po<strong>de</strong>r Executivo regulamentará a presentelei no prazo <strong>de</strong> noventa dias a contar da data <strong>de</strong>sua publicação.Art. 40. Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.Justificação~ fato incontestável que a educação escolar<strong>de</strong>ve se constituir uma instância <strong>de</strong> formação e cidadania<strong>de</strong> nossas crianças, adolescentes e jovens. Ocurrfculo escolar, da educação básica <strong>de</strong>ve cont<strong>em</strong>plar,através da disciplina "~tica e Cidadania", noçõesbásicas <strong>de</strong> direitos e <strong>de</strong>veres, valores a atitu<strong>de</strong>s, queobjetiv<strong>em</strong> à formação integral do educando, comopessoa e cidadão.A legislação educacional vigente, consubstanciadana atual Lei <strong>de</strong> Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional- Lei nO. 9.394/96, <strong>em</strong> vários <strong>dos</strong> seus dispositivos(arts. 22, 32 e 35, inciso 11), preceitua a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> que a educação básica tenha como objetivoa formação da cidadania do educando. Essa mesmalegislação estabelece, <strong>em</strong> seu artigo 27, inciso I,que os conteú<strong>dos</strong> curriculares <strong>de</strong>verão, necessariamente,observar, entre outras diretrizes, "a difusão <strong>de</strong>valOres fundamentais ao interesse social, aos direitose <strong>de</strong>veres <strong>dos</strong> cidadãos, <strong>de</strong> respeito ao b<strong>em</strong> comum eà or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>mocrática".Até mesmo o ensino médio, como etapa final daeducação básica, t<strong>em</strong> como uma <strong>de</strong> suas finalida<strong>de</strong>sa preparação básica para o trabalho e a cidadania doeducando, o que inclui a formação ética e o <strong>de</strong>senvolvimentoda autonomia intelectual e do pensamentocritico do aluno (art. 35, incisos 11 e 111).Recent<strong>em</strong>ente o Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação,por intermédio <strong>de</strong> sua Câmara <strong>de</strong> Educação Básica,instituiu, através da Resolução nO. 3, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> junho<strong>de</strong> 1998, as "Diretrizes Curriculares Nacionaispara o Ensino Médio", <strong>em</strong> que prevê a adoção <strong>de</strong> umanova organização curricular e proposta pedagógica aser<strong>em</strong> seguidas pelos estabelecimentos <strong>de</strong> ensinomédio.


27026 Quinta-feira 10DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS-----------------------Por esta nova proposta, a base nacional comum<strong>dos</strong> currlculos <strong>de</strong> ensino médio está organizada <strong>em</strong>três áreas <strong>de</strong> conhecimentos, a saber: Linguag<strong>em</strong>,Códigos e suas Tecnologias; Ciências da Natureza,Mat<strong>em</strong>ática e suas Tecnologias e Ciências humanase suas Tecnologias. Nessa nova estrutura curricular,a "Ética" está cont<strong>em</strong>plada como um t<strong>em</strong>a transversala ser abordado <strong>de</strong> forma interdisciplinar e contextualizadanas diversas disciplinas que comporão os referi<strong>dos</strong>nOcleos. Além disso, tais diretrizes alertam osprofessores sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cont<strong>em</strong>plar<strong>em</strong>:- "O fortalecimento <strong>dos</strong> laços <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> e<strong>de</strong> tolerância reciproca;- a formação <strong>de</strong> valores;- o aprimoramento dQ aluno como pessoa;- a formação ética..." (Resolução n ll 3, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong>junho <strong>de</strong> 1998, do Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação).Face ao exposto, estamos apresentando a presenteproposição legislativa, que objetiva, através daintrodução da disciplina "Ética e Cidadania" no currlculodo ensino fundamental e médio, a construção <strong>de</strong>uma nova escola e <strong>de</strong> uma nova geração <strong>de</strong> brasileiroscom uma mentalida<strong>de</strong> cidadã.Sala <strong>de</strong> Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoVIC Pires franco.PROJETO DE LEI NIl1.132, DE 1999(Do Sr. Vic Pires Franco)Regulamenta a profissão <strong>de</strong> Cabeleireiroe dã outras providências.O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1 11 Fica reconhecido, <strong>em</strong> todo o território nacional,o exerclcio da profissão <strong>de</strong> cabeleireiro, observa<strong>dos</strong>os preceitos <strong>de</strong>sta lei.Art. 2 11 A ativida<strong>de</strong> profissional <strong>de</strong> que trata o artigoanterior somente po<strong>de</strong>rá ser exercida por aquelesque preencham uma das seguintes condiçOes:I - tenham se habilitado profissionalmente <strong>em</strong>cursos manti<strong>dos</strong> por entida<strong>de</strong>s oficiais ou privadas legalmentereconheci<strong>dos</strong>;11 - tenham diploma <strong>de</strong> habilitação especificaexpedido por instituição <strong>de</strong> ensino estrangeiro, revalidadona forma da legislação <strong>em</strong> vigor;111 - estejam, comprovadamente, no exerclcioda profissão há mais <strong>de</strong> um ano, à data da promulgação<strong>de</strong>sta lei.Art. 3 11 São atribuições privativas <strong>dos</strong> profissionaiscabeleireiros;I - lavar, massagear, cortar e pentear cabelosmasculinos e f<strong>em</strong>ininos;11 - cortar ou aparar barbas e bigo<strong>de</strong>s;Junho <strong>de</strong> 1999111- fazer permanentes, tingimentos, <strong>de</strong>scolorações,encrespa<strong>dos</strong> e <strong>de</strong>sencrespa<strong>dos</strong>.Art. 4 11 Aplicam-se aos profissionais a que se refereesta lei, no que couber, as normas.constantes daConsolidação das Leis do Trabalho e da PrevidênciaSocial.Art. 5 11 Os cabeleireiros <strong>de</strong>v<strong>em</strong> limpar e esterilizaros materiais utiliza<strong>dos</strong>, usando substâncias qulmicas,fervura ou outros meios, para aten<strong>de</strong>r às normas<strong>de</strong> higiene e evitar possíveis contaminações.Art. 6 11 Fica autorizada a criação <strong>de</strong> conselho fe<strong>de</strong>rale conselhos regionais <strong>de</strong> cabeleireiros, nos termosdo artigo 58 e parágrafos, da Lei n ll 9.649, <strong>de</strong> 27<strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1998.Art. 7 11 Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.JustificaçãoA presente iniciativa t<strong>em</strong> por escopo regulamentaro exerclcio da profissão <strong>de</strong> cabeleireiro, indo aoencontro <strong>de</strong> antigas aspirações <strong>de</strong>sse valoroso segmentoda força <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> nossa socieda<strong>de</strong>.Não resta dúvida que a ausência <strong>de</strong> regulamentaçãoda profissão <strong>de</strong> cabeleireiro t<strong>em</strong> geradodistorções e probl<strong>em</strong>as sociais, trabalhistas e humanos..Esses valorosos profissionais influ,<strong>em</strong> <strong>de</strong>cisivamenteno <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho e sucesso das peSsoas, na medida<strong>em</strong> que cuidam <strong>de</strong> suas aparências, aperfeiçoandoe <strong>em</strong>belezando seus físicos, cuja exigência já se tomouum imperativo da vida social cont<strong>em</strong>porânea.A<strong>de</strong>mais, manipulam produtos qulmicos quepo<strong>de</strong>m, quando não b<strong>em</strong> utiliza<strong>dos</strong>, prejudicar a saú<strong>de</strong><strong>dos</strong> que se utilizam <strong>de</strong> seus serviços, o que, porsi só, já autoriza a aprovação do presente projeto <strong>de</strong>lei.Esses trabalhadores ainda manipulam- tesouras,pentes, escovas, lâminas e navalhas que po<strong>de</strong>m,quando não <strong>de</strong>vidamente esteriliza<strong>dos</strong>, transmitir doençasgraves, como, por ex<strong>em</strong>plo, a AIDS.Como se vê, não é somente interesse <strong>de</strong>ssesprofissionais que seu mister esteja regulamentado, é,antes, preocupação da própria socieda<strong>de</strong>, já que <strong>em</strong>jogo a saú<strong>de</strong> pública.Assim, esperamos contar com o necessárioapoio <strong>de</strong> nossos ilustres Pares para transformar <strong>em</strong>lei a presente iniciativa e fazer justiça a to<strong>dos</strong> os que<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penham o oficio <strong>de</strong> cabeleireiro <strong>em</strong> nossopais.sala das 5essOes, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoVic Pires franco.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27027REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N2998, DE 1999(Do Sr. Walter Pinheiro)pesquisa<strong>dos</strong>, notadamente do Sr. João Ge-raldo Boz;b) cópia da <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> posse <strong>de</strong>eletrodomésticos do Sr. João Geraldo Boz;c) cópia das contas <strong>de</strong> energia elétricaSolicita informações ao Senhor Diretor-Geralda Agência Nacional <strong>de</strong> EnerglaElétrica - ANEEL - sobre alteração na.cobrança <strong>de</strong> conta <strong>de</strong> energia elétrica,pela CPFL.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Com fundamento no art. 50, § 2 2 , da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral e nos arts. 24, inciso V e § 22, e 115, incisoI, do Regimento Interno, solicito a V. Exll seJ'a enca-minhado ao Sr. Diretor-Geral da Agência Nacional <strong>de</strong>Energia Elétrica - ANEEL - o seguinte pedido <strong>de</strong> informações:A Aneel, criada por força da Lei n 2 9.427, <strong>de</strong> 26<strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1996, t<strong>em</strong> como finalida<strong>de</strong> regular efiscalizar a produção, transmissão, distribuição e comercialização<strong>de</strong> energia elétrica, b<strong>em</strong> como estimulara melhoria do serviço prestado, zelando, direta eindiretamente, pela sua boa qualida<strong>de</strong>; observado, noque couber, o disposto na legislação vigente <strong>de</strong> proteçãoe <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa do consumidor.Ocorre que a Portaria n 2 261 , da Aneel, regula oenquadramento <strong>dos</strong> consumidores na tarifa <strong>de</strong> baixarenda. Para isso, o consumidor <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r a exigênciascomo: possuir ligação monofásica, ter consumomensal inferior a 220 KWH e não possuir cargasuperior a 4.000 Watts.O Sr. João Geraldo Boz, resi<strong>de</strong>nte na Rua Ceará,855, na Vila Grego 11, <strong>em</strong> Santa Bárbara d'Oeste,no Estado <strong>de</strong> São Paulo, está classificado como consumidor<strong>de</strong> baixa renda e <strong>de</strong>la beneficia-se por aten<strong>de</strong>rato<strong>dos</strong> os requisitos dispostos na citada portaria.Em virtu<strong>de</strong> da concessionária <strong>de</strong> energia elétrica,CPFL, ter procedido, <strong>em</strong> conjunto com a Eletrobrás,ao levantamento do perfil do usuário, por meioda Pesquisa <strong>de</strong> Posse <strong>de</strong> Eletrodomésticos e Hábitos<strong>de</strong> Consumo, o referido consumidor foi informado quenão mais se beneficiaria da referida tarifa, <strong>em</strong> função<strong>de</strong> ter <strong>em</strong> sua residência carga superior a 4.000Watts.Ora, a carga da residência do Sr. João GeraldoBoz constitui-se <strong>em</strong> poucos eletrodomésticos e umchuveiro elétrico, além <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> luz <strong>em</strong> sua mo<strong>de</strong>staresidência. E isso é parte do seu patrimônio <strong>de</strong>trabalhador há muitos anos. Portanto, há muito t<strong>em</strong>ponão altera seu consumo <strong>de</strong> energia.Face a essa situação, julgamos necessário contarcom os seguintes esclarecimentos:a) cópia da Pesquisa <strong>de</strong> Posse <strong>de</strong> Eletrodomésticose Hábitos <strong>de</strong> Consumo reali-zada pela Eletrobrás, fornecendo to<strong>dos</strong> osda<strong>dos</strong> que i<strong>de</strong>ntifique os pesquisadores e osdo Sr. João Geraldo Boz, nos últimos seismeses;d) cópia do relatório <strong>de</strong> inspeção econferência <strong>de</strong> carga da residência do Sr.João Geraldo Boz.Sala <strong>de</strong> Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoWalter Pinheiro.PROJETO DE LEI N2 1.133, DE 1999(Do Sr. Paulo Lima)D<strong>em</strong>ocratiza ~ gestão doS Serviços S0­ciais Autônomos e dá. outras providências.O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art.. 1 2 Os Serviços Sociais Autônomos (Senai,Sesi, Sest, Senac, Sesc, Sebrae e Senar) passam aser dirigi<strong>dos</strong>, <strong>em</strong> to<strong>dos</strong> os aspectos <strong>de</strong> sua administração,por Conselho Deliberativo composto pelos seguintesm<strong>em</strong>bros:I - 3 (três) representantes <strong>dos</strong> trabalhadores;11 - 3 (três) representantes <strong>dos</strong> <strong>em</strong>pregadores;111 - 1 (um) representante do Ministériodo Trabalho e Emprego;IV - 1 (um) representante do Ministérioda Educação;§ 1 2 Os representantes <strong>dos</strong> trabalhadoresserão indica<strong>dos</strong> pelas Centrais Sindicais;§ 2 2 Os representantes <strong>dos</strong> <strong>em</strong>pregadoresserão indica<strong>dos</strong> pelas respectivasConfe<strong>de</strong>rações;§ 3 2 Os representantes do Ministériodo Trabalho e Emprego e do Ministério daEducação serão indica<strong>dos</strong> pelos respectivosMinistros <strong>de</strong> Estado.Art. 2 2 O mandato <strong>de</strong> cada conselheiro será <strong>de</strong>2 (dois) anos.Art. 3 2 A presidência <strong>dos</strong> Serviços Autônomos<strong>de</strong> que trata esta lei terá mandato <strong>de</strong> um ano, <strong>de</strong>ven<strong>dos</strong>er rotativa entre representantes das entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>em</strong>pregadores e <strong>de</strong> tràbalhadores e eleita pelo respectivoConselho Deliberativo.


27028 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA cÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Art. 4 2 Compete ao Conselho Deliberativo Nacional<strong>de</strong> cada entida<strong>de</strong> gerir e <strong>de</strong>liberar sobre as seguintesmatérias:I - Nomear e exonerar, a qualquert<strong>em</strong>po, a diretoria executiva;11 - Aprovar a previsão orçamentária eacompanhar sua execução;111 - Definir as metas, os programas eo planejamento <strong>de</strong> ações da entida<strong>de</strong>;IV - Solicitar, <strong>de</strong> forma individual oupor <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> seu pleno, informações sobrequalquer aspecto da administração daentida<strong>de</strong>.Art. 52 Os Conselhos Deliberativos Estaduaisterão a seguinte composição:I - 3 (três) representantes <strong>dos</strong> trabalhadores;11- 3 (três) representantes <strong>dos</strong> <strong>em</strong>pregadores;111 - 1 (um) representante do Governodo Estado;IV - 1 (um) representante do Ministériodo Trabalho e Emprego.§ 1 2 Os representantes <strong>dos</strong> trabalhadoresserão indica<strong>dos</strong> pelas.·Centrais Sindicaisque disponham <strong>de</strong> estrutura no estado;§ 2 2 Os representantes <strong>dos</strong> <strong>em</strong>pregadoresserão indica<strong>dos</strong> pelas respectivas Fe<strong>de</strong>rações;§ 3 2 O representante do Ministério doTrabalho e Emprego será indicado pelo Ministro<strong>de</strong>ssa Pasta;§ 4 2 O representante do Governo Estadualserá indicado pelo respectivo Governador.Art. 6 2 Aplicam-se o disposto nos Arts. 2 2 , 3 2 e4 2 <strong>de</strong>sta lei aos Conselhos Deliberativos Estaduais,no âmbito <strong>de</strong> suas competências.Art. 7 2 As indicações <strong>de</strong> representantes <strong>de</strong> quetratam os Arts. 1 2 e 52 <strong>de</strong>verão ser realizadas <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> 30 (trinta) dias a contar da publicação da presentelei, <strong>de</strong>vendo, a partir daí, ser instalado o respectivoConselho, com qualquer número <strong>de</strong> representantes.Art. 8 2 Da data <strong>de</strong> publicação da presente lei atéa posse do respectivo Conselho Deliberativo, ficamas respectivas diretorias proibidas <strong>de</strong> promover<strong>em</strong>doações, comodatos ou qualquer tipo <strong>de</strong> alienação<strong>de</strong> patrimônio e <strong>de</strong> celebrar<strong>em</strong> contratos com vigênciasuperior a novl;lnta dias, sob pena <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>penal e civil na forma da lei.Art. 9º Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação..rio.Art. 10. Reyogam-se as disposições <strong>em</strong> contrá:JustificaçãoAs entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviços sociais autônomos,como o Senai, o Sesi, o Sesc e o Senac, e, as mais recentes,Senar, Sest e Sebrae, têm uma história profícua<strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> serviços importantes - educaçãobásica e profissionalizante <strong>de</strong> industriários, comerciáriose trabalhadores do campo e do transporte, b<strong>em</strong>como, no caso do Sebrae, <strong>de</strong> apoio à pequena <strong>em</strong>presa- que <strong>de</strong>ve ser preservada e continuada, senãomesmo ampliada. O reconhecimento <strong>de</strong> seus serviçosao longo <strong>de</strong> cinco décadas, no caso <strong>dos</strong> quatroprimeiros, é patente na socieda<strong>de</strong> brasileira..No entanto, algumas <strong>de</strong>ssas instituições r<strong>em</strong>ontamao Estado Novo. São da década <strong>de</strong> 40 e sua estruturaorganizacional e administrativa ainda é fort<strong>em</strong>ent<strong>em</strong>arcada pelo autoritarismo e pelo paternalismo.Sua forma <strong>de</strong> gestão, o que implica a administração<strong>dos</strong> recursos financeiros, está anacrônica e incompatívelcom o conceito hoje predominante <strong>de</strong>gestão <strong>de</strong> recursos públicos. A preservação do pactopolítico e corporativo <strong>dos</strong> anos 40,.que optou por ummo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão naqueles serviços sociais <strong>em</strong> queapenas o segmento patronal administra um recursopúblico <strong>de</strong>stinado ao aprimoramento <strong>dos</strong> trabalhadores,hoje não t<strong>em</strong> mais sustentação. Carece-lhe legitimida<strong>de</strong>política e social neste novo estágio da <strong>de</strong>mocraciabrasileira, que registra avanços significativosna compreensão do que seja gestão pública e compartilhadanos serviços enos fun<strong>dos</strong> sociais.Portanto, só uma mo<strong>de</strong>rnização do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>gestão será capaz <strong>de</strong> assegurar que tais entida<strong>de</strong>scontinu<strong>em</strong> eficientes e eficazes no alcance <strong>de</strong> seusfins e transparentes na aplicação do dinheiro públicoque administr~m. O mo<strong>de</strong>lo que propomos é o <strong>de</strong>Conselho Deliberativo, <strong>em</strong> âmbito nacional e <strong>em</strong> âmbitoestadual, constituído <strong>de</strong> representantes <strong>dos</strong> <strong>em</strong>pregadores,<strong>dos</strong> trabalhadores e do Governo.A eficiência e a eficácia estão <strong>em</strong> relação diretacom a realização <strong>dos</strong> objetivos finais. Na medida <strong>em</strong>que aqueles que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser os <strong>de</strong>stinatários e beneficiáriosdas ações <strong>de</strong>finidas institucionalmente participamda política e da gestão <strong>dos</strong> recursos, há maisprobabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acerto nas metas, nos conteú<strong>dos</strong>das ações e, possivelmente, até na estratégia <strong>de</strong> execuçãodas ativida<strong>de</strong>s. Expressando anseios e necessida<strong>de</strong>s,tendo direito a voz e a voto nas <strong>de</strong>cisões,tais <strong>de</strong>stinatários colocam na mesa <strong>de</strong> negociação e


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27029<strong>de</strong>cisão aquilo que lhes interessa e que lhes correspon<strong>de</strong>.Inúmeros ex<strong>em</strong>plos po<strong>de</strong>riam ser aduzi<strong>dos</strong> <strong>de</strong>como a participação <strong>dos</strong> trabalhadores na gestão <strong>de</strong>programas sociais é enriquecedora, criativa e forçadorada a<strong>de</strong>quação social. Está sendo assim no FAT,no Sine, no PSQP (Programa Brasileiro <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>e Produtivida<strong>de</strong>), no PROEDUC (Programa <strong>de</strong> Educaçãopara a Competitivida<strong>de</strong>) e no PACTI (Programa<strong>de</strong> Apoio à Capacida<strong>de</strong> Tecnológica da Indústria).A <strong>de</strong>stinação mais a<strong>de</strong>quada <strong>dos</strong> recursos às finalida<strong>de</strong>sprecípuas para as quais são recolhi<strong>dos</strong>, atransparência na sua aplicação e controle na sua gestãosão muito mais facilitadas, senão garantidas,quando as responsabilida<strong>de</strong>s são partilhadas e auto-controladas.E essa é uma questão <strong>de</strong>cisiva, paraa qual a nova disposição legal trará inegável contribuição.O volume <strong>de</strong> recursos geri<strong>dos</strong> por essas entida<strong>de</strong>sé enorme. O montante arrecadado anualmente,para formação profissional e para assistência social,é <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> R$4,5 bilhões. Desse total, mais <strong>de</strong>R$1,5 bilhão se <strong>de</strong>stina à formação profissional. Namedida <strong>em</strong> que se ganha eficiência e eficácia na·suaaplicação, esse volume <strong>de</strong> recursos po<strong>de</strong> representarum po<strong>de</strong>roso meio <strong>de</strong> qualificação profissional jamaisvisto na socieda<strong>de</strong> brasileira. Não há outra fonte <strong>de</strong>recursos tão significativa para essa finalida<strong>de</strong> e, alémdo mais, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma estrutura <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong>serviços b<strong>em</strong> montada e equipada, como é a do sist<strong>em</strong>a"8". Os trabalhadores <strong>em</strong> particular, e a socieda<strong>de</strong><strong>em</strong> geral, têm interesse direto e intransferível na melhoriado nível <strong>de</strong> educação e qualificação profissional.Duas idéias presi<strong>de</strong>m o novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão:a) os recursos financeiros <strong>de</strong> que se nutr<strong>em</strong> e qu<strong>em</strong>antêm seus objetivos são recursos públicos, pois. são contribuições sociais, arrecadadas compulsoriamente,por força <strong>de</strong> lei, para finalida<strong>de</strong>s específicas,portanto, <strong>de</strong> natureza vinculante; b) <strong>em</strong> sendo recursospúblicos, sua gestão <strong>de</strong>ve ser feita <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>mocráticae partilhada entre <strong>em</strong>pregadores, trabalhadorese Governo.A nosso ver, a presente proposta <strong>de</strong> gestão participativat<strong>em</strong> indiscutível mérito educacional e cultural,na medida <strong>em</strong> que enseja, <strong>de</strong> forma concreta, oexercício da cidadania, a prática da <strong>de</strong>mocracia, a erradicaçãodo preconceito <strong>de</strong> classe e a superação doassistencialismo na prestação <strong>de</strong> serviço social. Oenvolvimento da clientela, fim último <strong>dos</strong>' serviços,nas <strong>de</strong>cisões das entida<strong>de</strong>s, possibilita uma permanenteconformação <strong>dos</strong> objetivos operacionais aosreais interesses e necessida<strong>de</strong>s <strong>dos</strong> beneficiários. Apresenç~ atuante do Estado, por meio <strong>de</strong> representantesno Conselho Deliberativo daqueles ç)rgãos, garantiráa compatibilização <strong>de</strong>sses serviços com outrasiniciativas e programas da área da educação, dacultura, do <strong>de</strong>sporto, do lazer e da qualificação para otrabalho. Quanto à participação <strong>dos</strong> <strong>em</strong>pregadores,não há novida<strong>de</strong>, uma vez que é ela que t<strong>em</strong> estado àfrente do sist<strong>em</strong>a "s" <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua criação.A nossa proposta é no sentido <strong>de</strong> melhorar aindamais o já conhecido <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>de</strong>ssas entida<strong>de</strong>s,na medida <strong>em</strong> que aperfeiçoa seu mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>gestão. A participação <strong>dos</strong> trabalhadores, por meio<strong>de</strong> representantes no Conselho Deliberativo, é; 'certamente,um meio seguro <strong>de</strong> garantir a maior transparênciapossível na <strong>de</strong>stinação e utilização <strong>dos</strong> recursosfinanceiros e na correspondência <strong>dos</strong> programas,projetos e ativida<strong>de</strong>s às priorida<strong>de</strong>s sentidas pelos<strong>de</strong>stinatários <strong>dos</strong> serviços <strong>de</strong> tais entida<strong>de</strong>s.À luz <strong>de</strong> todo o exposto, encareço o apoio <strong>dos</strong>nobres pares para a presente proposição, que, setransformada <strong>em</strong> norma jurídica, contribuirá positivamentepara o engran<strong>de</strong>cimento das mencionadas instituiçõese o aprimoramento da assistência que prestamauma b<strong>em</strong> expressiva clientela.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoPaulo Lima.


27030 Quinta-feira 10 DIÁRlO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Requer<strong>em</strong>os, nos termos do art. 50 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral e <strong>dos</strong> arts. 115 e 116 do RegimentoInterno da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, que os SenhoresMinistros <strong>de</strong> Esta<strong>dos</strong> do trabalho e do Emprego, e daJustiça, prest<strong>em</strong> esclarecimentos acerca da entrada<strong>de</strong> trabalhadores estrangeiros no território nacional,disponibilizando essas informações <strong>de</strong> forma impressae por meio digital, <strong>em</strong> formato <strong>de</strong> planilha eletrônica,Excel 97 ou outra versão compatível, ou <strong>em</strong> tabelano formato Word 97 ou compatível, consi<strong>de</strong>rando-seas seguintes áreas e anos:1) Setor <strong>de</strong> telecomunicações, a partir <strong>de</strong> janeiro<strong>de</strong> 1997;2) Setor <strong>de</strong> Energia Elétrica, a partir <strong>de</strong> janeiro<strong>de</strong> 1996;3) Setor <strong>de</strong> Gás Canalizado, a partir <strong>de</strong> janeiro<strong>de</strong> 1996;4) Setor <strong>de</strong> Mineração, a partir <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong>1996;5) Setor <strong>de</strong> Si<strong>de</strong>rurgia, a partir <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong>1994;6) Setor Ferroviário, a partir <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1995.E <strong>de</strong>talhando as seguintes informações:- <strong>em</strong>presa requerente;- data <strong>de</strong> entrada;- ativida<strong>de</strong>, ofício e profissão;- salário e r<strong>em</strong>uneração;:- período previsto para o exercício da ativida<strong>de</strong>no território nacional;- ida<strong>de</strong> e sexo <strong>dos</strong> trabalhadores estrangeiros.JustificaçãoO programa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sestatização promovido peloPo<strong>de</strong>r Executivo t<strong>em</strong> sido acompanhado por insistentepropaganda sobre uma suposta geração <strong>de</strong> <strong>em</strong>pregosna áreas envolvidas - telecomunicações, energiaelétrica, gás canalizado, mineração, si<strong>de</strong>rurgia e setorferroviário. Parece-nos que a geração <strong>de</strong> <strong>em</strong>pregost<strong>em</strong> beneficiado mais os trabalhadores <strong>dos</strong> paísesdas <strong>em</strong>presas estrangeiras, que adquiriram o patrimônionacional, do que os trabalhadores brasileiros.Estamos vivendo um momento <strong>em</strong> que os índices<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego têm alcançado patamares até hojeinéditos nas séries históricas <strong>dos</strong> institutos <strong>de</strong> pesquisa(IBGE e Fundação Sea<strong>de</strong>/D~eese). Dev<strong>em</strong>os buscaros esclarecimento sobre esses fatos: afinal, porque tantos trabalhadores estrangeiros têm vindo ocuparvagas e postos <strong>de</strong> trabalho <strong>em</strong> lugar <strong>de</strong> outrostantos trabalhadores, brasileiros, <strong>de</strong>miti<strong>dos</strong> nas fasesanteriores das privatizações, e mesmo posteriores,seja <strong>em</strong> programas <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão ''voluntária'', seja <strong>de</strong>forma sumária? Apenas para citar o caso das telecomunicações,foi divulgado, à época do leilão <strong>de</strong> privatização,anúncio sobre a contratação <strong>de</strong> c<strong>em</strong> mil novos<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>. Nos meses seguintes, houve umenxugamento radical do pessoal nas <strong>em</strong>presas, com<strong>de</strong>missão até mesmo <strong>de</strong> doentes a aci<strong>de</strong>nta<strong>dos</strong> dotrabalho s<strong>em</strong> que houvesse, por outro lado, qualquermovimentação significativa <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> novos postos<strong>de</strong> trabalho.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - WalterPinheiro, Deputado Fe<strong>de</strong>ral (PT - BA) - AvenzoarArruda, Deputado Fe<strong>de</strong>ral(PT - PB).REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES rf!1.000, DE 1999(Do Deputado Dr. Hélio)Solicita informações ao ConselhoNacional <strong>de</strong> Educação a respeito do andamento<strong>dos</strong> processos da Fundação"Bezerra <strong>de</strong> Menezes", Campinas - SP.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Requeiro a V. EXª, com base no art. 50 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral e nos arts. 115 e 116 do RegimentoInterno que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informaçõesao Presi<strong>de</strong>nte do Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação,no sentido <strong>de</strong> esclarecer esta Casa quanto:• Andamento <strong>dos</strong> processos <strong>de</strong> solicitação <strong>de</strong>abertura <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> (1 )Pedagogia, com habilitação<strong>em</strong> magistério da pré-escola e magistério; (2)Turismo;(3)Bacharelado <strong>em</strong> Administração, com habilitação<strong>em</strong> Comércio Exterior; (4)Enfermag<strong>em</strong> e <strong>de</strong>(5)Enfermag<strong>em</strong> com habilitação <strong>em</strong> saú<strong>de</strong> públicaefetua<strong>dos</strong> pela Fundação Bezerra <strong>de</strong> Menezes, loca-.Iizada na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campinas, Estado <strong>de</strong> São Paulo.JustificaçãoDadas as exigências requeridas para formalização<strong>de</strong>stes processos, gostaríamos <strong>de</strong> acompanharseu andamento, uma vez que a ampliação <strong>de</strong> vagas<strong>em</strong> cursos <strong>de</strong> nível superior é <strong>de</strong> fundamental importânciano <strong>de</strong>senvolvimento do município, assim como<strong>dos</strong> alunos que <strong>de</strong>sejar<strong>em</strong> uma formação <strong>de</strong> terceirograu <strong>de</strong> bom nível.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoOr. Hélio, PDT - SP.OFíCIO Nº 6Ao Exmº Sr. SecretárioDa Secretaria <strong>de</strong> Ensino Superior (SESU)Prof. Abilio BaetaVimos pela presente, encaminhar junto a essaSecretaria o processo solicitando abertura do Curso<strong>de</strong> Pedagogia,· com habilitação <strong>em</strong> Magistério da


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27031Pré-Escola e Magistério das Séries Iniciais, no Municrpio<strong>de</strong> Campinas - SP.Informamos que procuramos aten<strong>de</strong>r rigorosamenteà solicitação do Ministério quanto a qualificaçãodo seu corpo docente, do· seu quadro dirigente eas <strong>de</strong>mais exigências relacionadas, com o propósito<strong>de</strong> manter uma alta qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino.Esperando termos cumprido as exigências,quanto à abertura <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> ensino superior.Agra<strong>de</strong>c<strong>em</strong>os antecipadamente a atenção dispensadapor essa Secretaria, e colocamo-nos à <strong>inteira</strong>disposição <strong>de</strong> V. Sas. .Luís Carlos Menge, Dire­Atenciosamente, -tor-Presi<strong>de</strong>nte.OFICIO Nº4Ao Exmº Sr. SecretárioDa Secretaria <strong>de</strong> Ensino Superior (SESU)Prof. Abilio BaetaVimos pela presente, encaminhar junto a essaSecretaria o processo solicitando abertura do Curso<strong>de</strong> Turismo, no Municrpio <strong>de</strong> Campinas - SP.Informamos que procuramos aten<strong>de</strong>r rigorosamenteà solicitação do Ministério quanto à qualificaçãodo seu corpo docente, do seu quadro dirigente eas <strong>de</strong>mais exigências relacionadas, com o propósito<strong>de</strong> manter uma alta qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino.Esperando termos cumprido as exigências,quanto à abertura <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> ensino superior.Agra<strong>de</strong>c<strong>em</strong>os antecipadamente a atenção dispensadapor essa Secretaria, e colocamo-nos à <strong>inteira</strong>disposição <strong>de</strong> V. Sas.Luis Carlos Menge, Dire­Atenciosamente, -tor-Presi<strong>de</strong>nte.OFICIO N.Q.2Ao Exmº Sr. SecretárioDa Secretaria <strong>de</strong> Ensino Superior (SESU)Prof. Abflio BaetaVimos pela presente, encaminhar junto a essaSecretaria o processo solicitando abertura do Curso <strong>de</strong>Bacharelado <strong>em</strong> Administração, com habilitação <strong>em</strong>Comércio Exterior, no Municipio <strong>de</strong> Campinas - SP.Informamos que procuramos aten<strong>de</strong>r rigorosamenteà solicitação do Ministério quanto à qualificaçãodo seu corpo docente, do seu quadro dirigente eas <strong>de</strong>mais exigências relacionadas, com o propósito<strong>de</strong> manter uma alta qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino.Esperando termos cumprido as exigências,quanto à abertura <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> ensino superior.Agra<strong>de</strong>c<strong>em</strong>os antecipadamente a atenção dispensadapor essa Secretaria, e colocamo-nos à <strong>inteira</strong>disposição <strong>de</strong> V. Sas.Atenciosamente, - Luis Carlos Menge, Diretor-Presi<strong>de</strong>nte.Nº 23033.001332/99-89OFICIO Nº7Campinás, 29 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999.Ao Exmº Sr. SecretárioDa Secretaria <strong>de</strong> Ensino Superior (SESU)Prof. Abílio Baeta.Vimos pela presente, encaminhar junto a essaSecretaria o processo solicitando abertura do curso<strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong>, no Municrpio <strong>de</strong> Campinas - SP.Informamos que procuramos aten<strong>de</strong>r rigorosamentea solicitação do Ministério quanto à qualificaçãodo seu corpo docente, do seu quadro dirigente eas <strong>de</strong>mais exigências relacionadas, com o propósito<strong>de</strong> manter uma alta qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino.Esperamos termos cumprido as exigências,quanto à abertura <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> ensino superior.Agra<strong>de</strong>c<strong>em</strong>os antecipadamente a atenção dispensadapor essa <strong>de</strong>legacia.Atenciosamente, - Luis Carlos Menge, Diretor-Presi<strong>de</strong>nte.Nº 23033.00133.1/99-16OFICIO Nº9Campinas, 29 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999.Ao Exmº Sr. SecretárioDa Secretaria <strong>de</strong> Ensino Superior (SeSU)Prof. Abflio BaetaVimos pela presente, encaminhar junto a essaSecretaria o processo solicitando abertura do Curso<strong>de</strong> Enfermag<strong>em</strong> com habilitação <strong>em</strong> Saú<strong>de</strong> Pública,no Município <strong>de</strong> Campinas - SP. .Informamos qU'3 procuramos aten<strong>de</strong>r rigorosamentea solicitação do Ministério quanto à qualificaçãodo seu corpo docente, do seu quadro dirigente eas <strong>de</strong>mais exigências relacionadas, com o propósito<strong>de</strong> manter uma alta qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino.Esperamos termos cumprido as exigências,quanto à abertura <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> ensino superior.Agra<strong>de</strong>c<strong>em</strong>os antecipadamente a atenção dispensadapor essa <strong>de</strong>legacia.Atenciosamente, - Luis Carlos Menge, Diretor-Presi<strong>de</strong>nte.REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES NO 1.001, DE 1999(Do Deputado Dr. Hélio)Solicita informações ao Ministro daSaú<strong>de</strong> sobre a liberação do produto "vasomax"para comercialização.


27032 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Requeiro a V. Exa com base no art. 50 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral e nos arts. 115 e 116 do RegimentoInterno que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informaçõesao Ministro da Saú<strong>de</strong>,no sentido <strong>de</strong> esclareceresta Casa quanto:1) Quando o "vasomax" foi liberado para uso comerciai?2) Quais são os seus controles, inconvenientese efeitos colaterais? Qual a droga ativa?3) Existe teste <strong>de</strong> segurança no Brasil ou no.pais <strong>de</strong> orig<strong>em</strong>?4) Relatar outras informações pertinentes aouso da droga e possiveis efeitos adversos encontra<strong>dos</strong>.JustificaçãoAlguns medicamentos ao ser<strong>em</strong> coloca<strong>dos</strong> nomercado para consumo <strong>de</strong>v<strong>em</strong> passar por uma rigorosaavaliação <strong>de</strong> sua eficiência quanto ao tratamentoa que se propõ<strong>em</strong>.Como o medicamento acima <strong>de</strong>scrito se refereao uso que atinge um número gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas <strong>em</strong>uma faixa etária sujeitos à doenças crôni·,co-<strong>de</strong>generativas como hipertensão arterial, cardiopatiasou portadores <strong>de</strong> arritmias cardiacas, que po<strong>de</strong>mter agravos <strong>de</strong>vi<strong>dos</strong> aos efeitos colateraisouadversosda droga, cuja segurança <strong>de</strong>ve ser a<strong>de</strong>quada,pois estes não po<strong>de</strong>m exercer um caráter meramentecomercial.É preciso que to<strong>dos</strong> consumidores, Governo efabricantes tenham perfeita noção <strong>dos</strong> medicamentosque colocam à venda no mercado nacional, já que, <strong>em</strong>certos casos, po<strong>de</strong> existir efeitos ou estu<strong>dos</strong> ainda nãoconclui<strong>dos</strong>, mesmo nos paises <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> da droga.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoDr. Hélio, PDT - SP.'REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESNa 1.002, DE 1999(Do Sr. Deputado Antonio Palocci)Solicita informações ao IIm~ SenhorSecretário Esp.ecial,<strong>de</strong> Políticas Regionaissobre a obra Adutora do Oeste.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Matérias veiculadas pela imprensa na última s<strong>em</strong>anatêm levantado uma série <strong>de</strong> irregularida<strong>de</strong>s noprocesso <strong>de</strong> contratação da Construtora Ikal Ltda.para a execução da obrada Adutora do Oeste <strong>em</strong>Pernambuco, no ano <strong>de</strong> 1998.Consi<strong>de</strong>rando as informações citadas acima,requeiro a Vossa Excelência fundamentado no art.50, § 2 12 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral e nos arts. 115 e 116do Regimento Interno da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,que solicite ao Senhor Secretário Especial <strong>de</strong> PoliticasRegionais, Ovfdio Antônio <strong>de</strong> Ângelis os seguintesesclarecimentos:1) quais as razões da dispensa <strong>de</strong> licitaçãopara a obra <strong>em</strong> 1998;2) cópia da execução do cronogramafísico e financeiro da obra;3) estágio atual da obra, previsão <strong>de</strong>sua conclusão;4) razões da inexigibilida<strong>de</strong> das certidõesnegativas <strong>de</strong> débitos da <strong>em</strong>presa lI


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27033tar para que se <strong>de</strong>sfaçam <strong>dos</strong> excessos <strong>de</strong>participações?h} quais os fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensão queprestam serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> privada aos seusassocia<strong>dos</strong>?I} a legislação ~m vigor permite que osfun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensão prossigam oferecendoplanos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> aos seus associa<strong>dos</strong>?j} se não permite, como os fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong>pensão farão a transferência <strong>dos</strong> serviços<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a outras <strong>em</strong>presas?k} há alguma programação para queisso seja feito?I} qual vai ser o critério para transferência<strong>de</strong>sses serviços e para a escolha da<strong>em</strong>presa que irá recebê-los?m} quais as limitações previstas na legislaçãopara que um fundo <strong>de</strong> pensão vendaplanos previ<strong>de</strong>nciários e planos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>aos seus associa<strong>dos</strong>?n} po<strong>de</strong> um fundo <strong>de</strong> pensão ven<strong>de</strong>rmais planos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do que planos <strong>de</strong> previdência?o} há algum fundo <strong>de</strong> pensão nessa situação?Quais?p} os fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensão que prestamserviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> privada terão que se submeteràs normas da Superintendência <strong>de</strong>Seguros Priva<strong>dos</strong> ou do Ministério da Saú<strong>de</strong>?q} é necessária alguma autorizaçãoespecial para que os fun<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pensão continu<strong>em</strong>a prestar serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> privada?On<strong>de</strong> terão que obter essa autorização equais as condições que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser observadasnesse caso?Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Deputado Milton T<strong>em</strong>er.REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES N21.004, DE 1999(Do Sr. Ary Kara)Solicita informações ao Exm ll Sr. Ministroda Fazenda a respeito da liberação<strong>de</strong> recursos pela Gerência <strong>de</strong> ComunIcaçãoSocial da Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Com fundamento no art. 50, § 2l!, da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral, e nos arts, 24, inciso V e § 2l!, e 115, incisoI, do Regimento Interno, requeiro a V. EX-, ouvida aMesa, seja encaminhado ao Sr. Ministro da Fazenda,o seguinte pedido <strong>de</strong> informações:a} Informar quais os critérios institucionais quesão utiliza<strong>dos</strong> pela Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral na liberação<strong>de</strong> recursos que é feita pela sua Gerência <strong>de</strong>Comunicação Social;b} Relacionar, também, quais os municípios quereceberam recursos daquela Gerência <strong>de</strong> ComunicaçãoSocial <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1994 até a presente data, discriminandoas respectivas datas, finalida<strong>de</strong>s e valores <strong>de</strong>cada liberação <strong>de</strong> recursos realizada.JustificaçãoDiante <strong>de</strong> informações que obtiv<strong>em</strong>os junto àGerência <strong>de</strong> Comunicação Social da Caixa EconômicaFe<strong>de</strong>ral, ficamos- sabendo que aquele <strong>de</strong>partamentot<strong>em</strong> feito diversas liberações <strong>de</strong> recursos paradiversos municípios brasileiros, alegando ser umaverba <strong>de</strong> divulgação institucional da Caixa, que t<strong>em</strong>como finalida<strong>de</strong> patrocinar eventos culturais e esportivos<strong>em</strong> algumas cida<strong>de</strong>s do País, que possam b<strong>em</strong>divulgar a imag<strong>em</strong> institucional" da <strong>em</strong>presa junto àcomunida<strong>de</strong> local.Na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> representante do povo do Estado<strong>de</strong> São Paulo na Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, solicitamosàquela Gerência a disponibilização <strong>de</strong> alguns recursosque seriam <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> a eventos culturais <strong>em</strong>Municípios do Estado <strong>de</strong> São Paulo, que, por sua vez,se enquadravam perfeitamente <strong>de</strong>ntro das exigênciasfeitas pela Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral no tocante àfinalida<strong>de</strong> e importância <strong>dos</strong> eventos a ser<strong>em</strong> realiza<strong>dos</strong>.Para nossa surpresa e indignação, tiv<strong>em</strong>os nossasolicitação negada sob o argumento <strong>de</strong> que as verbasexistentes para o ano <strong>de</strong> 1999 já haviam se esgotado,não havendo mais qualquer possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> liberaçãono corrente ano.Ora, causa-nos muita estranheza o fato <strong>de</strong> queuma <strong>em</strong>presa pública, como é a Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral,não tenha critérios muito b<strong>em</strong> <strong>de</strong>fini<strong>dos</strong>, alémda <strong>de</strong>vida transparência, para liberação <strong>de</strong> recursosinstitucionais junto a cida<strong>de</strong>s e eventos esportivos ouculturais que se realizam no Brasil afora. Enten<strong>de</strong>mosque a verba mencionada possa estar relacionada àdivulgação institucional da própria CEF, servindo <strong>de</strong>apoio ao marketing que é realizado junto ao seu público,porém não se trata <strong>de</strong> uma <strong>em</strong>presa privadaqualquer on<strong>de</strong> este tipo <strong>de</strong> divulgação não" eXlycprestação <strong>de</strong> contas junto à comunida<strong>de</strong> e ao CongressoNacional.A falta <strong>de</strong> organização e <strong>de</strong> eritérios claros paraa liberação <strong>de</strong>stes recursos somente nos leva a acreditarque não há uma política séria <strong>de</strong> divulgação institucionaldaquele órgão. De modo, não se po<strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>rcomo um <strong>de</strong>terminado estado ou alguns


27034 Quinta-feim 10 . aIÁRlO DA CÂMARA DOS DEPUTADOSJustificaçãoJunho <strong>de</strong> 1999municípios do Brasil são escolhi<strong>dos</strong> para ser<strong>em</strong> con- O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:t<strong>em</strong>pla<strong>dos</strong> ou agracia<strong>dos</strong> com a liberação <strong>de</strong>stes re- Art. 12 Constitu<strong>em</strong> encargos do <strong>em</strong>pregador,cursos.pessoa física ou juríc!ica, ou da entida<strong>de</strong> pagadora <strong>de</strong>Assim, dia.nte <strong>de</strong> total ausência <strong>de</strong> explicações direito público ou privado, as <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong>correntesconvincentes por palie daquela Gerência <strong>de</strong> Comuni- do pagamento e·recebimento da r<strong>em</strong>uneração do tracaçãoSocial, solicitamos o vosso <strong>em</strong>penho no senti- balho e <strong>de</strong> benefícios previ<strong>de</strong>nciários, entre os quaisdo <strong>de</strong> indagar ao Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Caixa Econômica salários, vencimentos, subsídios, sol<strong>dos</strong>, proventos,Fe<strong>de</strong>ral as informações que ora requer<strong>em</strong>os.comissões, percentagens, diárias, abonos, in<strong>de</strong>niza-Desta forma, acreditamos po<strong>de</strong>r conhecer mais ções, gratificações e adicionais.<strong>de</strong>talhadamente quais os critérios utiliza<strong>dos</strong> para as Art. 2 Q Quando o pagamento se fizer medianteliberações <strong>de</strong> recursos que são geri<strong>dos</strong> pela Gerência <strong>de</strong>pósito <strong>em</strong> conta corrente bancária, a pessoa ou en<strong>de</strong>Comunicação Social da Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral, tida<strong>de</strong> pagadora <strong>de</strong>verá também <strong>de</strong>positar na contapropiciando ofl3recer à socieda<strong>de</strong> brasileira, e <strong>em</strong> es- corrente do credor o numerário necessário ao atendipecialao povo do Estado <strong>de</strong> São Paulo, a transparên- mento das <strong>de</strong>spesas relativas ao CPMF inci<strong>de</strong>nte sociaque o assunto exige, evitando doravante que bre a movimentação do pagamento efetuado e da taocorrampossíveis discrimfnações ou in<strong>de</strong>vi<strong>dos</strong> favo- rifa cobrada pela instituição bancária, relativa à marecimentoscom a utilização <strong>de</strong> recursos que po<strong>de</strong>m, nutenção da conta corrente, além <strong>de</strong> outros tributos,<strong>em</strong> última análise, ser consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> recursos públi- encargos ou tarifas inci<strong>de</strong>ntes ou que venham a incicosodir sobre a movimentação do pagamento <strong>em</strong> questão.Sala das Sessões, 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - Deputado Art. 32 Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua pu-Ary Kara.blicação.REQUERIMENTO Na ,DE 1999(Do Sr. Oliveira Filho)Requer ao Excelentíssimo Presi<strong>de</strong>nteda Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, que no dia8 <strong>de</strong> julho, quinta-feira, seja'· realizadaSessão Solene <strong>em</strong> com<strong>em</strong>oração aos 21anos da Igreja Universal do Reino <strong>de</strong>Deus, que ocorrerá dia 9 do mesmo mês.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Nos termos do art. 68 do Regimento InternQ, requeiroà Vossa Excelência que seja realizada no dia 8<strong>de</strong> julho, quinta~feira, Sessão Solene <strong>em</strong> com<strong>em</strong>oraçãoao aniversário da Igreja Universal do Reino <strong>de</strong>Deus, que no dia 9 do mesmo mês completará 21anos.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - OliveiraFilho, Deputado Fe<strong>de</strong>ral - O<strong>de</strong>lmo Leão - U<strong>de</strong>rdo PTB - Werner Van<strong>de</strong>rer - PFL - PR - CarlosMelles - PFL - MG - Antônio Palocci - PT - SP ­Mario Negromonte - PSDB - BA - José <strong>de</strong> Abreu ­PSDB - SP - Paulo Feijó - PFL - RJ.PROJETO DE LEI N 2 1.134199(Do Sr. Deputado Antonio Carlos Biscaia)Dispõe sobre a efetivação <strong>de</strong> pagamentose recebimentos da r<strong>em</strong>uneraçãodo trabalho e <strong>dos</strong> benefícios previ<strong>de</strong>nciáriosefetua<strong>dos</strong> mediante <strong>de</strong>pósito bancário,por pessoa física ou jurídica, <strong>de</strong> direitopúblico ou privado.O projeto visa a regulamentação <strong>dos</strong> pagamentosrelativos à contraprestação do trabalho e a benefíciosprevi<strong>de</strong>nciários feitos por <strong>em</strong>pregadores priva<strong>dos</strong>ou entida<strong>de</strong>s públicas.,Generalizou-se na atualida<strong>de</strong> a prática <strong>de</strong> pagamentos<strong>de</strong> r<strong>em</strong>uneração, proventos e benefícios previ<strong>de</strong>nciários,tanto pelos órgãos públicos quanto pelasentida<strong>de</strong>s privadas, mediante <strong>de</strong>pósito <strong>em</strong> contacorrente bancária.Ocorre que present<strong>em</strong>ente a manutenção <strong>de</strong>conta bancária e a sua movimentação implicam <strong>em</strong>dispêndios para os correntistas. To<strong>dos</strong> os bancospassaram a cobrar tarifas pelos serviços que prestame a CPMF, revigorada e majorada pela EmendaConstitucional n 2 21, voltará a ser cobrada, inclusivesobre os saques bancários <strong>dos</strong> créditos estipendiais.Constitui norma el<strong>em</strong>entar <strong>de</strong> direito competirao <strong>de</strong>vedor as <strong>de</strong>spesas com o pagamento e quitação,conforme dispõe o art. 946 do Código Civil. .Se assim ocorre no direito privado, com maiorrazão não se justifica que os trabalhadores, públicosou priva<strong>dos</strong>, arqu<strong>em</strong> com custos para o recebimentoda contraprestação <strong>dos</strong> serviços presta<strong>dos</strong>. Tais encargosse constitu<strong>em</strong>, na verda<strong>de</strong>, redução salarial,expressamente vedada pelos arts. 7 2 , VI e 37, XV daConstituição Fe<strong>de</strong>ral.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999.- AntonioCarlos Biscaia.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27035REQUERIMENTO N2 ., DE 1999(Do Sr. Oliveira Filho)Requer ao Excelentíssimo PresI<strong>de</strong>nteda Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, que no dia8 <strong>de</strong> julho, quinta-feira, seja realizadaSessão Solene <strong>em</strong> com<strong>em</strong>oração aos 21anos da Igreja Universal do Reino <strong>de</strong>Deus, que ocorrerá dia 9 do mesmo mês.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Nos termos do art. 68 do Regimento Interno, requeiroà Vossa Excelência que seja realizada no dia 8<strong>de</strong> julho, quinta-feira, Sessão Solene <strong>em</strong> com<strong>em</strong>oraçãoao aniversário da Igreja Universal do Reino <strong>de</strong>Deus, que no dia 9 do mesmo mês completará 21anos.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - OliveiraFilho, Deputado Fe<strong>de</strong>ral - O<strong>de</strong>lmo Leão - Lí<strong>de</strong>rdo PTB - Werner Van<strong>de</strong>rer - PFL - PR - CarlosMelles - PFL - MG - Antônio Palocci - PT - SP ­Mario Negromonte - PSDB - BA- José <strong>de</strong> Abreu ­PSDB - SP - Paulo Feij6 - PFL - RJ.PROJETO DE LEI N 2 1.134/99(Do Sr. Deputado Antonio Carlos Biscaia)Dispõe sobre a efetivação <strong>de</strong> pagamentose recebimentos da r<strong>em</strong>uneraçãodo trabalho e <strong>dos</strong> benefícios previ<strong>de</strong>nciáriosefetua<strong>dos</strong> mediante <strong>de</strong>p6slto bancá-'rio, por pessoa física ou jurídica, <strong>de</strong> direitopúblico ou privado.O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1 2 Constitu<strong>em</strong> encargos do <strong>em</strong>pregador,pessoa física ou jurídica, ou da entida<strong>de</strong> pagadora <strong>de</strong>direito público ou privado, as <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong>correntesdo pagamento e recebimento da r<strong>em</strong>uneração do trabalhoe <strong>de</strong> benefícios previ<strong>de</strong>nciários, entre os quaissalários, vencimentos, subsídios, sol<strong>dos</strong>, proventos,comissões, percentagens, diárias, abonos, in<strong>de</strong>nizações,gratificações e adicionais.Art. 2 2 Quando o pagamento se fizer mediante<strong>de</strong>pósito <strong>em</strong> conta corrente bancária, a pessoa ou entida<strong>de</strong>pagadora <strong>de</strong>verá também <strong>de</strong>positar na contacorrente do credor o numerário necessário ao atendimentodas <strong>de</strong>spesas relativas ao CPMF inci<strong>de</strong>nte sobrea movimentação do pagamento efetuado e da tarifacobrada pela instituição bancária, relativa à manutençãoda conta corrente, além <strong>de</strong> outros tributos,encargos ou tarifas inci<strong>de</strong>ntes ou que venham a incidirsobre.a movimentação do pagamento <strong>em</strong> questão.Art. 3 2 Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.JustificaçãoO projeto visa a regulamentação <strong>dos</strong> pagamentosrelativos à contraprestação do trabalho e a benefíciosprevi<strong>de</strong>nciários feitos por <strong>em</strong>pregadores priva<strong>dos</strong>ou entida<strong>de</strong>s públicas.Generalizou-se na atualida<strong>de</strong> a prática <strong>de</strong> pagamentos<strong>de</strong> r<strong>em</strong>uneração, proventos e benefícios previ<strong>de</strong>nciários,tanto pelos órgãos públicos quanto pelasentida<strong>de</strong>s privadas, mediante <strong>de</strong>pósito <strong>em</strong> contacorrente bancária. .Ocorre que present<strong>em</strong>ente a manutenção <strong>de</strong>conta bancária e a sua movimentação implicam <strong>em</strong>dispêndios para os correntistas. To<strong>dos</strong> os bancospassaram a cobrar tarifas pelos serviços que prestame a CPMF, revigorada e majorada pela EmendaConstitucional n 2 21, voltará a ser cobrada, inclusivesobre os saques bancários <strong>dos</strong> créditos estipendiais.Constitui norma el<strong>em</strong>entar <strong>de</strong> direito competirao <strong>de</strong>vedor as <strong>de</strong>spesas com o pagamento e quitação,conforme dispõe o art. 946 do Código Civil.Se assim ocorre no direito privado, com maiorrazão não se justifica que os trabalhadores, públicosou priva<strong>dos</strong>, arqu<strong>em</strong> com custos para o recebimentoda contraprestação <strong>dos</strong> serviços presta<strong>dos</strong>. Tais encargosse constitu<strong>em</strong>, na verda<strong>de</strong>, redução salarial,expressamente vedada pelos arts. 7 2 , VI e 37, XV daConstituição Fe<strong>de</strong>ral.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999.- AntonioCarlos Biscaia.PROJETO DE LEI N!21.135, DE 1999(Do Sr. Pompeo <strong>de</strong> Mattos)Acrescenta-se parágrafo primeiroao art. 280 da Lei Fe<strong>de</strong>ral n 2 9.503, <strong>de</strong> 23<strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1997, que institui o Código<strong>de</strong> Trânsito Brasileiro.O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1 2 - Fica acrescentado parágrafo primeiroao art. 280 da Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 9.503, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro<strong>de</strong> 1997, com a seguinte redação:"Art. 280 ..1- .11- .111- ..IV - : ..§ - Nos autos &. mfl'l:lcões, cometidas<strong>em</strong> vias públicas com ve\


27036 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Art. 2 2 - Esta lei entra <strong>em</strong> vigor da data <strong>de</strong> sua o Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:publicaçãoArt. 1 2 Para beneficiar-se do Programa <strong>de</strong> Seguro-Des<strong>em</strong>prego,Art. 3 Q - Revogam-se as disposições <strong>em</strong> contrário.previsto no inciso li, do art. 7 Q , daConstituição Fe<strong>de</strong>ral e regulado pela Lei Fe<strong>de</strong>ral n 2JustificaçãoA implantação do novo Código <strong>de</strong> Trânsito Brasileiroprovocou muita polêmica entre motoristas eautorida<strong>de</strong>s da área. Mas é inegável que seu advento,obriga nosso motorista a reeducar-se, abandonandopráticas irresponsáveis, como o abuso da velocida<strong>de</strong>,as ultrapassagens perigosas e tantas outrasmanobras criminosas que a cada dia ceifam vidas <strong>em</strong>nossas estradas.Entretanto, o legislador não foi perfeito, n<strong>em</strong> po<strong>de</strong>riasê-lo, quando da elaboração da novíssima lei <strong>de</strong>trânsito. Essas falhas, com o passar do t<strong>em</strong>po, começama ser cuida<strong>dos</strong>amente corrigidas. É natural queassim ocorra.A presente proposta visa reparar uma distorçãoverificada no processo <strong>de</strong> fiscalização do trânsito naszonas urbanas <strong>de</strong> nossa cida<strong>de</strong>. Em praticamente todasas gran<strong>de</strong>s e médias cida<strong>de</strong>s do país, principalmentenaquelas on<strong>de</strong> o serviço <strong>de</strong> fiscalização estásendo realizado pelos chama<strong>dos</strong> "azuizinhos", t<strong>em</strong>causado muita polêmica o fato <strong>de</strong> multas ser<strong>em</strong> aplicadas7.998, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1990, o trabalhador <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregado<strong>de</strong>verá prestar serviços comunitários.§ 1 2 As ativida<strong>de</strong>s comunitárias <strong>de</strong> que trata ocaput <strong>de</strong>ste artigo serão <strong>de</strong>finidas por convênio a serfirmado entre o Ministério do Trabalho e prefeituraselou entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> assistência social, s<strong>em</strong> fins lucrativos.§ 2 2 O programa <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s a ser realizadopelo trabalhador <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregado durante o período <strong>de</strong>gozo do benefício <strong>de</strong> seguro-<strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego não po<strong>de</strong>ráexce<strong>de</strong>r a meio expediente diário.Art. 2 2 A prefeitura municipal ou entida<strong>de</strong> conveniadacom o Ministério do Trabalho <strong>de</strong>verá forneceratestado <strong>de</strong> freqüência do trabalhador <strong>de</strong>signado àprestação <strong>de</strong> serviços <strong>em</strong> sua instituição.Art. 3 ll O pagamento do benefício do seguro-<strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregoserá suspenso na seguintes situações:1-pela recusa, por parte do trabalhador <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregado,<strong>de</strong> prestar serviços comunitários;li - por <strong>de</strong>scumprimento da carga horária <strong>de</strong>serviços comunitários, s<strong>em</strong> justificativa legal.s<strong>em</strong> que seja lavrado o flagrante. Chega-se ao Parágrafo Único. Fica sumariamente excluídoabsurdo, <strong>de</strong> multas por avançar o sinal vermelho ou do Programa <strong>de</strong> Seguro-Des<strong>em</strong>prego, por um período<strong>de</strong> cinco anos, otrabalhador <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregado que ti­infrações similares, ser<strong>em</strong> enviadas para a residênciado motorista, s<strong>em</strong> que o mesmo tenha sido abordado ver apresentado <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho insatisfatório no exercíciodas ativida<strong>de</strong>s comunitárias ou abandonado asno ato da infração.Não t<strong>em</strong> razoabilida<strong>de</strong> alguma a aplicação <strong>de</strong>multas <strong>em</strong> perímetro urbano s<strong>em</strong> que haja a abordag<strong>em</strong>do suposto infrator. É inaceitável que o fiscal <strong>de</strong>trânsito aplique a multa escondido pelo anonimato.Tal procedimento, gera, inclusive, a suspeita da falsida<strong>de</strong>do ato infracionárioPreten<strong>de</strong>ndo corrigir um equívoco procedimentalda autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trânsito, resguardando, inclusivesua credibilida<strong>de</strong> e garantindo ao cidadão o mínimo<strong>de</strong> direito <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa, é que rogo pela aprovação <strong>de</strong>staproposta.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - Pompeo<strong>de</strong> Mattos, Deputado Fe<strong>de</strong>ral, Vice-L1<strong>de</strong>r daBancada - PDT.funções antes do término <strong>de</strong>signado.Art. 4 2 As exigências previstas nesta lei, paraobtenção <strong>de</strong> seguro-<strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego, não dispensam otrabalhador <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregado do cumprimento do dispostona Lei Fe<strong>de</strong>ral n ll 7.998, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong>1990, <strong>dos</strong> arts. 2 2 a 9 2Art'. 52 Caberá ao Po<strong>de</strong>r Executivo regulamentara prestação <strong>de</strong> serviços e estabelecer critérios paraassinaturas <strong>de</strong> convênios com prefeituras e entida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> assistência social, s<strong>em</strong> fins lucrativos, previstosnesta lei.Art. 6 2 Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.Art. ?!l Revogam-se as disposições <strong>em</strong> contrário.PROJETO DE LEI N21.136199(Do Sr. Pompeu <strong>de</strong> Mattos)Vincula a percepção do Seguro Des<strong>em</strong>prego,por parte do trabalhador <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregado,à prestação <strong>de</strong> serviços comunitários.'JustificaçãoA Constituição Fe<strong>de</strong>ral, <strong>em</strong> seu capítulo 11, quetrata <strong>dos</strong> direitos sociais, prevê logo no seu início, <strong>em</strong>seu art. ?!l, o benefício do seguro-<strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego, <strong>em</strong>casos <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego involuntário. Já a Lei Fe<strong>de</strong>raln ll 7.998, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1990, estabeleceu as


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27037regras para obtenção do mesmo. Entretanto, pareceser consenso que o programa <strong>de</strong> seguro-<strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregosofreu algumas distorções no <strong>de</strong>correr do t<strong>em</strong>po. Freqüent<strong>em</strong>ente,são noticia<strong>dos</strong> casos <strong>de</strong> frau<strong>de</strong>, on<strong>de</strong>pessoas e <strong>em</strong>presas forjam um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>missãopara obtenção do benefício. Ou seja, o funcionáriocontinua trabalhando e recebendo da <strong>em</strong>presa edo Governo.Outra crítica referente ao t<strong>em</strong>a é (, <strong>de</strong>sperdício daoportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reciclag<strong>em</strong> do trabalhador <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregado.Durante o gozo do seguro-<strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego, o trabalhadornão é incluído <strong>em</strong> programa d~ aprimoramentoalgum, visando reintroduzí-Io no mercado <strong>de</strong>trabalho com mais capacitação.A presente proposta preten<strong>de</strong> não apenas evitarque o trabalhador receba o seguro enquanto estivertrabalhando, como também, engajá-lo <strong>em</strong> ativida<strong>de</strong>sque contribuirão para sua qualificação e experiência.Desnecessário faz-se dissertar sobre os benefíciosdo serviços comunitários para a localida<strong>de</strong> que<strong>de</strong>les beneficia-se. São inúmeros os programas sociais<strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> por prefeituras e entida<strong>de</strong>s assistênciasque receberão <strong>de</strong> braços abertos novos voluntários.A medida, posta <strong>em</strong> prática, vai gerar uma <strong>de</strong>manda<strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra <strong>em</strong> cada município, capaz <strong>de</strong> alavancarqualquer ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cunho social existente.Outrossim, a carga horária prevista na lei nãoserá obstáculo ao trabalhador <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregado prosseguirna sua peregrinação <strong>em</strong> busca <strong>de</strong> um novo <strong>em</strong>prego.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - Pompeo<strong>de</strong> Mattos, Deputado Fe<strong>de</strong>ral, Vice-Lí<strong>de</strong>r daBancada - PDT.REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN2 1.005, DE 1999(Do Sr. Deputado Eduardo Campos)Solicita informações ao Senhor Secretáriodo Tesouro Nacional, do Ministérioda Fazenda, a respeito <strong>dos</strong> financiamentosconcedi<strong>dos</strong> pela União nos termosda Medida Provisória n 2 1.773 (BancosEstaduais)Senhor Presi<strong>de</strong>nte,No âmbito do Programa <strong>de</strong> Ajuste Fiscal <strong>dos</strong>Esta<strong>dos</strong> e Municípios, o Governo Fe<strong>de</strong>ral publicou aMedida Provisória n 2 1.773, <strong>em</strong> 1996 estabelecendomecanismos objetivando incentivar a redução da presençado setor público estadual na ativida<strong>de</strong> financeirabancária.Essa MP autorizava a União, a seu exclusivocritério, conce<strong>de</strong>r financiamentos aos esta<strong>dos</strong> para aextinção ou transformação <strong>de</strong> suas instituições financeiras,b<strong>em</strong> como os ajustes ~'réviou necessários.Ocorre que as administraçõesl que assumiramos governos estaduais <strong>em</strong> 1905, <strong>em</strong> sua maioria encontraramseus Bancos ou Instituiqões Financeiras.bastante <strong>de</strong>ficitários, <strong>em</strong> aeco ·rênci.a <strong>de</strong> má adminis·'tração <strong>de</strong> gestões passadas, notadamente nos perío<strong>dos</strong>autoritáriosDesta forma, os govern)s do período 1995 ­1998 tiveram mais esse ônuB financeiro e político,pois foram obriga<strong>dos</strong> a assumir financiamentos ele··va<strong>dos</strong> durante seus perío<strong>dos</strong> ·<strong>de</strong> gestão, para cobertura<strong>de</strong> déficits <strong>de</strong> suas instituições ';inanceiras, origina<strong>dos</strong><strong>em</strong> governos anteriorees, e


27038 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara <strong>dos</strong>Deputa<strong>dos</strong>, que sejam solicitadas ao Excelentíssimo SenhorMinistro da Justiça, as- seguintes informações:1Q Quais as <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> vigilância cadastradasno Brasil.2 2 Qual a data do registro junto ao Ministério elouPolícia Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> cada uma das <strong>em</strong>presas citadas.3 2 Qual a composição acionária <strong>de</strong> cada <strong>em</strong>presa.4 2 Qual o número <strong>de</strong> vigilantes que cada umaestá autorizada a contratar.52 Quantos estão efetivamente contrata<strong>dos</strong> porcada <strong>em</strong>presa.6 2 Em que unida<strong>de</strong>s da Fe<strong>de</strong>ração estão lota<strong>dos</strong>esses vigilantes.7º Quantos <strong>de</strong>sses vigilantes estão autoriza<strong>dos</strong> autilizar armamento, qual otipo e quantitativo por estado.S!! qual fiscalização a que essas <strong>em</strong>presas estãosujeitas..9!! Qual a legislação que rege tais <strong>em</strong>presas esua fiscalização.10 2 Quantas <strong>em</strong>presas já foram <strong>de</strong>scre<strong>de</strong>nciadaspor não cumprimento da legislação <strong>em</strong> vigor.11!! Qual o treinamento que a legislação obrigaa que seja submetido o vigilante portador <strong>de</strong> arma, equal o controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> exercido sobre esse treinamentopor parte do Ministério ou Polícia Fe<strong>de</strong>ral.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoEduardo Campos, PSB - PE.PROJETO DE LEI N 2 1.137, DE 1999(Do Sr. lédio Rosa)Dispõe sobre o t<strong>em</strong>po máximo <strong>de</strong>espera atendimento na re<strong>de</strong> bancária.O Congresso Nacional <strong>de</strong>creta:Art. 1!! Ficam as agências bancárias <strong>de</strong> todo oPaís obrigadas a colocar à disposição <strong>dos</strong> usuáriospessoal suficiente, no setor <strong>de</strong> Caixas, para que oatendimento seja efetivado no t<strong>em</strong>po máximo estabelecidono art. 2 2 <strong>de</strong>sta lei.Art. 2 2 Para efeitos <strong>de</strong>sta lei, enten<strong>de</strong>-se comot<strong>em</strong>po máximo para atendimento:I - até 30 (trinta) minutos <strong>em</strong> dias normais;11- até 45 (quarenta e cinco)minutos <strong>em</strong> vésperaou após feria<strong>dos</strong> prolol)ga<strong>dos</strong>, nos.dias <strong>de</strong> pagamento<strong>dos</strong> funcionários pÚblicos municipais, estaduaise fe<strong>de</strong>rais, <strong>de</strong> vencimentos <strong>de</strong> contas <strong>de</strong> concessionárias<strong>de</strong> serviços públicos e <strong>de</strong> recebimento <strong>de</strong> tributosmunicipais, estaduais e fe<strong>de</strong>rais.§ 1!! Os bancos ou suas entida<strong>de</strong>s representativasinformarão ao órgão encarregado <strong>de</strong> fazer cumpriresta lei as datas mencionadas no inciso 11 <strong>de</strong>steart. 2 2 •§ 2 9 O t<strong>em</strong>po máximo <strong>de</strong> atendimento referidonos incisos Ie 11 leva <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ração o fornecimento·normal <strong>dos</strong> serviços essenciais à manutenção do ritmonormal das ativida<strong>de</strong>s bancárias, taiS como energia,telefonia e transmissão <strong>de</strong> da<strong>dos</strong>.Art. 3!! As agências bancárias têm o prazo <strong>de</strong> 60(sessenta) dias, a contar da data da publicação <strong>de</strong>stalei, para adaptar<strong>em</strong>-se as suas disposições.Art. 4 9 O não cumprimento das disposições <strong>de</strong>stalei sujeitará o infrator às seguintes punições:I - advertência;11 - multa <strong>de</strong> 200 (duzentas) UFIR (Unida<strong>de</strong>sFiscais <strong>de</strong> Referência);11I - multa <strong>de</strong> 400 (quatrocentas) UFIR (Unida<strong>de</strong>sFiscais <strong>de</strong> Referência);IV - suspensão do Alvará <strong>de</strong> Funcionamento,após a 5ª (quinta) reincidênoia.Art. 52 As <strong>de</strong>núncias feitas no âmbito <strong>dos</strong> municípios,<strong>de</strong>vidamente comprova~s, <strong>de</strong>verão ser encaminhadasao PROCON - Programa <strong>de</strong> Defesa doConsumidor, órgão municipal encarregado <strong>de</strong> zelarpelo cumprimento <strong>de</strong>sta lei, conce<strong>de</strong>ndo-se direito <strong>de</strong><strong>de</strong>fesa ao Banco <strong>de</strong>nunciado.Art. 6 2 Esta lei entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.JustificaçãoBuscamos inspiração na conhecida "Lei da Fila"promulgada no município <strong>de</strong> Cabo Frio - RJ, para elaborarmosesta proposta que objetiva <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os interesses<strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> brasileiros usuários <strong>dos</strong> serviçosbancários <strong>em</strong> todo o País.Como to<strong>dos</strong> sab<strong>em</strong>os o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> espera nasagências bancárias para atendimento nos caixas,com raras exceções, é excessivamente <strong>de</strong>morado etrata-se <strong>de</strong> um <strong>de</strong>srespeito ao usuário que é obrigadoa esperar por longos perío<strong>dos</strong> até que se realize oatendimento.As longas filas já faz<strong>em</strong> parte do cotidiano nosgran<strong>de</strong>s bancos, penalizando, principalmente osmais humil<strong>de</strong>s, que precisam ir aos estabelecimentosbancários para efetuar<strong>em</strong> pagamentos, receber<strong>em</strong>seus vencimentos, aposentadoria etc.O Sb•...,. _ '"'ncário, apesar <strong>de</strong> ser na maior parteprivado, é autorizado a funcionar e fiscalizado peloPo<strong>de</strong>r Público, que realiza esta ação por intermédiodo Banco Central do Brasil. Assim, os serviços bancáriossão, <strong>em</strong> essência, <strong>de</strong> "natureza pública", e <strong>de</strong>v<strong>em</strong>prestar bons serviços à socieda<strong>de</strong> <strong>em</strong> troca <strong>dos</strong> lucrosque aufer<strong>em</strong> <strong>em</strong> suas ativida<strong>de</strong>s.Nossa proposta, longe <strong>de</strong> querer ditar regras einterferir na administração e gerência <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27039privadas, <strong>de</strong>seja, isto sim, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r e proteger os direitos<strong>dos</strong> usuários <strong>dos</strong> serviços bancários no que serefere a um atendimento digno num t<strong>em</strong>po razoável,respeitando os direitos a eles concedi<strong>dos</strong> pelo Código<strong>de</strong> Defesa do Consumidor e por nossa Constituição.Contamos com o apoio <strong>dos</strong> nobres pares paraaprovação <strong>de</strong>ste projeto <strong>de</strong> lei que esten<strong>de</strong> aos consumidores<strong>de</strong> todo o País os benefícios das leis municipaisb<strong>em</strong> sucedidas nos municípios <strong>de</strong> Porto Alegre- RS e Cabo Frio - RJ.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - Deputadolédio Rosa.INDICAÇÃO NII 314, DE 1999(Do Sr. Edinho Araújo)Sugere a tomada <strong>de</strong> medidas relativaà adoção <strong>de</strong> um Plano Nacional <strong>de</strong> erradicaçãodas doenças fltossanitárlas.Excelentíssimo Senhor Ministro da Agricultura,A agricultura é uma ativida<strong>de</strong> fort<strong>em</strong>ente suscetívela pragas e doenças cujo combate representahoje o maior it<strong>em</strong> na composição <strong>dos</strong> custos <strong>de</strong> produção,exportação e geração <strong>de</strong> importantes divisaspara o nosso País. A aplicação <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos para ocombate <strong>de</strong>ssas pragas agri<strong>de</strong>, como to<strong>dos</strong> sab<strong>em</strong>os,o meio ambiente e a saú<strong>de</strong> <strong>dos</strong> trabalhadores.Assim como a agricultura, a pecuária também é outraativida<strong>de</strong> que amarga os prejuízos da <strong>de</strong>sídia das políticasgovernamentais passadas. Basta verificarmosos bilhões <strong>de</strong> dólares que po<strong>de</strong>riam ser gera<strong>dos</strong> daexportação <strong>de</strong> carnes para os gran<strong>de</strong>s merca<strong>dos</strong> <strong>dos</strong>Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> e Europa, e que não são pela ausência<strong>de</strong> uma política governamental que produza <strong>de</strong>finitivamenteo controle e a proteção sanitária da agriculturae pecuária.Especialmente <strong>em</strong> relação à citricultura, po<strong>de</strong>·mos citar o ex<strong>em</strong>plo da perigosa doença conhecidana África e no su<strong>de</strong>ste da Ásia com o nome <strong>de</strong> greeninge cuja cura ainda não se conhece. E como V. EXb<strong>em</strong>po<strong>de</strong> ter observado <strong>em</strong> seus regressos ao Pais,nossos portos e aeroportos, nossas fronteiras e alfân<strong>de</strong>gasnão se encontram organizadas para proce<strong>de</strong>ra um controle fitossanitário capaz <strong>de</strong> Impedir a introdução<strong>de</strong> plantas ou frutos portadores do greenlnge <strong>de</strong> outras pragas capazes <strong>de</strong> produzir uma tragédiaeconômica e social no setor citrícola. O Brasil é atualmenteo maior produtor <strong>de</strong> laranja do mundo com cerca<strong>de</strong> 32% <strong>de</strong> toda laranja produzida no planeta. É omaior exportador <strong>de</strong> suco <strong>de</strong> lar~nja concentrado comcerca <strong>de</strong> 1.200.000 toneladas <strong>em</strong> 1997. E como b<strong>em</strong>V. Exa pô<strong>de</strong> observar nestes números, um débâcleno setor citrícola, por menor que pOSS'Ol ser, implica<strong>em</strong> pesadas perdas <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho e divisaspara o País.E consi<strong>de</strong>rando os enormes prejuízos que o, Brasil, um país <strong>de</strong> forte vocação agrícola, já v<strong>em</strong> assumindo<strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> da não-adoção <strong>de</strong> um controle rígidodas pragas e doenças que assolam as ativida<strong>de</strong>sagropecuárias indicamos a adoção das seguintes,medidas:1) Intensificação <strong>dos</strong> esforços no controle <strong>de</strong>materiais capazes <strong>de</strong> introduzir pragas e doenças,por parte das autorida<strong>de</strong>s alfan<strong>de</strong>gárias e por meio<strong>de</strong> convênios entre os Ministérios da Agricultura, Saú<strong>de</strong>,Transportes e da Aeronáutica.2) Adoção <strong>de</strong> um Plano Nacional <strong>de</strong> Erradicaçãodas Doenças Fitossanitárias visando a quebradas barreiras sanitárias impostas pelos países hege­,mônicos para barrar a entrada <strong>de</strong> commodities produzi<strong>dos</strong><strong>em</strong> áreas s<strong>em</strong> rlgido controle sanitário.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoEdinho Ara.:ijo.REQUERIMENTO(Do Sr. Edinho Araújo)Requer o envio <strong>de</strong> Indicação ao MInistérioda Agricultura, relativa a adoção<strong>de</strong> um Plano Nacional <strong>de</strong> Erradicaçãodas Doenças Fltossanltárias.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Nos termos do artigo 113, inciso I e § 1 11 do RegimentoInterno da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, requeiro aV. ExA seja encaminha ao Po<strong>de</strong>r Executivo a Indicação<strong>em</strong> anexo, sugerindo a adoção sist<strong>em</strong>ática <strong>de</strong>medidas que objetiv<strong>em</strong> a erradicação das doenças fitossanitáriasagressoras das culturas cítricas.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoEdinho Ara.:ijo.REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN 1I 1.007199(Do Sr. Waldomiro Fioravante)Solicito informações ao Senhor Ministrodo Esporte e Turismo referentes àliberação <strong>de</strong> verba para a construção <strong>de</strong>ginásio pollesportlvo no Município <strong>de</strong>Erechim - RS, no exercício do Orçamento<strong>de</strong> 1998.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Com fundamento no art. 50, § 2 11 , da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral e nos arts. 24, inciso V e § 2 2 , e 115, incisoI, do Regimento Interno, solicito a Vossa Excelênciaseja encaminhado ao Senhor Ministro do Esportee Turismo o seguinte pedido <strong>de</strong> informações:


27040 Quinta-feira 10 PIÁRIQ DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999No ano <strong>de</strong> 1997 apresentei <strong>em</strong>enda ao Orçamento<strong>de</strong> 1998; beneficiando o Município <strong>de</strong> Erechimno Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul com a construção <strong>de</strong>um Ginásio Poliesportivo, no valor <strong>de</strong> R$340.000,00(trezentos e quarenta mil reais). Tal <strong>em</strong>enda foi aprovadae o seu trâmite teve início neste Ministério. Contudo,o município não logrou receber a verba entãoaprovada.Neste sentido, requeiro se esclareça:a) a prefeitura enviou t<strong>em</strong>pestivamente o projetoao Ministério?b) o projeto enviado tinha completa a documentação?c) era válida a documentação anexa ao projeto?d) constavam as assinaturas necessárias parao encaminhamento do projeto?e) caso tenha havido, quais foram as irregularida<strong>de</strong>sque impediram a liberação das verbas?f) houve contato com a Prefeitura sobre a situaçãodo encaminhamento do projeto no Ministério?g) acaso a Prefeitura <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> cumprir algumprazo ou <strong>de</strong>terminação previamente comunicadapelo Ministério?h) quais os critérios utiliza<strong>dos</strong> pelo Ministérionaquele exercício para liberação das verbas orçamentárias?Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoWaldomiro Fioravante.PROPOSTA DE EME~DA À CONSTITUiÇÃON 2 51 DE 1999(Dos Srs. Luiz Antonio Fleury, Ricardo Noronha,José Carlos Martinez, íris Simões e Zé índio)Institui a pena <strong>de</strong> privação perpétuada liberda<strong>de</strong>, com trabalho obrigatório.As Mesas da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> e do SenadoFe<strong>de</strong>ral, nos termos do artigo 60 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral, promulgam a seguinte Emenda Constitucional:Art. 1 2 O inciso XLVI, do artigo 52 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral passa a vigorar com a seguinte redação:XLVI - a lei regulará a individualização da penae adotará entre outras as seguintes:a) privação da liberda<strong>de</strong>, que po<strong>de</strong> ser perpétua,com trabalho obrigatório;b) restrição da liberda<strong>de</strong>;c) perda <strong>de</strong> bens;d) multa;e) prestação social alternativa;f) suspensão ou interdição <strong>de</strong> direitos.Art. 2 2 O inciso XLVI do art. 52 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral passa a vigorar com a exclúsão da alínea "b",renomeando-se as <strong>de</strong>mais.Art. 3 2 Esta <strong>em</strong>enda entra <strong>em</strong> vigor na data <strong>de</strong>sua publicação.JustificaçãoEmbora se possa alegar que o' artigo 52 é cláusulapétrea da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, insuscetível <strong>de</strong>modificação, t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> nos ater, antes <strong>de</strong> mais nada,ao parágrafo único, do artigo 1 2 , doTitulo "Dos PrincípiosFundamentais" <strong>de</strong> nossa Lei Màgna que estabelece:."Todo po<strong>de</strong>r <strong>em</strong>ana do'povo, que oexercepor meio <strong>de</strong> representarít~s' ~Ieitos ou diretamente,nos termos <strong>de</strong>sta Constituição". .Um <strong>dos</strong> objetivos fundamentais dé;l. República Fe<strong>de</strong>rativado Brasil, expresso no Inciso 1, do artigo 3 2 ,também no Título "Dos Princípios Fundamentais" é:"Construir uma SOCIEDADE livre, JUSTA e solidária".Baseado nesses princípios fundamentais comorepresentante eleito do povo e, principalmente en<strong>dos</strong>sandoa manifestação <strong>de</strong> sua von,ta<strong>de</strong>, evi<strong>de</strong>nciada<strong>em</strong> constante clamor público, proponho a presente<strong>em</strong>enda, instituindo a pena <strong>de</strong> privação perpétua daliberda<strong>de</strong>, com imposição <strong>de</strong> trabalho obrigatório.O povo reclama a instituição <strong>de</strong>ssa pena parapo<strong>de</strong>r viver numa socieda<strong>de</strong> justa; a dignirja<strong>de</strong> dapessoa humana, um <strong>dos</strong> fundamentos da RepúblicaFe<strong>de</strong>rativa do Brasil (art. 1 2 ,111), reclama uma presençamais forte e ativa do Po<strong>de</strong>r Público, reprimindo esegregando os indivíduos que, por seu comportamentoagressivo, anti-social, cruel ,e <strong>de</strong>sumano, nãopo<strong>de</strong>m fazer parte <strong>de</strong>ssa socieda<strong>de</strong> que. <strong>de</strong>ve ser livre,JUSTA e solidária. .O povo não suporta mais conviver com a impunida<strong>de</strong><strong>dos</strong> que comet<strong>em</strong> crimes tão graves, que estãoatentan<strong>de</strong> çontra a dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> toda asocieda<strong>de</strong>,que se vê acuada e s<strong>em</strong> forças para se <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r,porque uma cláusula, pretensamente, pétrea daConstituição, dá mais valor aos direitos humanos <strong>dos</strong>inadapta<strong>dos</strong> a vida <strong>em</strong> socieda<strong>de</strong> do que aos <strong>dos</strong> queconviv<strong>em</strong> sadiamente e contribu<strong>em</strong> para o b<strong>em</strong> comum.Ainda nos últimos dias, o "Movimento Paz e JustiçaIVes Ota", li<strong>de</strong>rado pelo <strong>em</strong>presário MasatakaOta, que teve seu filho, o garoto Ives Dta, barbaramenteseqüestrado e morto, apresentou abaixo-assinadocom mais <strong>de</strong> 2.500.000 assinaturas, propugnandopela prisão perpétua para.os autores <strong>de</strong>crimes hedion<strong>dos</strong>.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27041O preâmbulo da Constituição Fe<strong>de</strong>ral afirma ser suas ativida<strong>de</strong>s no Brasil, como foi o caso, por ex<strong>em</strong>ameta do povo brasileiro:pio, da multinacional francesa Michelin, que recente-"...assegurar o exercício <strong>dos</strong> direitos mente obteve financiamento da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$300 miO'sociais e individuais a liberda<strong>de</strong>, a seguran- Ihões para a instalação <strong>de</strong> uma fábrica <strong>de</strong> pneus noça, o b<strong>em</strong>-estar, o <strong>de</strong>senvolvimento, a igual. País.da<strong>de</strong> e a justiça como valores supr<strong>em</strong>os <strong>de</strong> Como os recursos geri<strong>dos</strong> pelo BNDES são, <strong>em</strong>uma socieda<strong>de</strong> fraterna..."gran<strong>de</strong> parte, forma<strong>dos</strong> por verbas provenientes doNo caso <strong>em</strong> foco, os indivíduos que comet<strong>em</strong> Fundo <strong>de</strong> Amparo do Trabalhador (FAT) e têm por obcrimestão graves que possam ser apena<strong>dos</strong> com a jetivo a geração <strong>de</strong> <strong>em</strong>pregos e renda <strong>em</strong> benefícioprisão perpétua conforme' a lei penal estabelecer, es- do trabalhador, não se justifica o aporte <strong>de</strong> financia0'tão na verda<strong>de</strong> impedindo a consecução do exercício mentos do BNDES para viabilizar a venda <strong>de</strong> esté;itais,<strong>dos</strong> direitos sociais e individuais <strong>de</strong> nosso direito mais especialmente quando se sabe que todas as p'rivatiprimordialque é a salvaguarda da nossa vida e sani. zações havidas terminaram por provocar <strong>de</strong>missõesda<strong>de</strong> e a <strong>de</strong> nossos próximos. Estão atentando contra <strong>em</strong> massa <strong>de</strong> funcionários das estatais vendidas, aonossa segurança e nosso b<strong>em</strong>.estar. Estão fomen. t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que passaram a trazer <strong>de</strong> seus países <strong>de</strong>tando a <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> e a injustiça porque, <strong>em</strong>bora te. orig<strong>em</strong> não apenas executivos, mas até mesmo ennhamum comportamento anti.social, preten<strong>de</strong>m, ser canadores, eletricistas, contadores, engenheiros etrata<strong>dos</strong> com direitos iguais ao <strong>dos</strong> que conviv<strong>em</strong> ho- arquitetos, entre outros profissionais.nesta e harmoniosamente.Além disso, os financiamentos concedi<strong>dos</strong> peloNão se po<strong>de</strong> alegar que, instituindo a prisão per· BNDES a grupos priva<strong>dos</strong>, seja para financiar a aquipétuaestamos infringindo o inciso mdo art. 5 11 da sição <strong>de</strong> estatais, seja para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>Ct;lnstituição Fe<strong>de</strong>ral, porque proteger a socieda<strong>de</strong>, projetos <strong>de</strong> expansão, carec<strong>em</strong> <strong>de</strong> maior transparênsegregandotais indivíduos não é infringir·lhes trata.. cia, sendo inclusive objeto <strong>de</strong> variadas <strong>de</strong>núncias, ramenta<strong>de</strong>sumano; é proteger com humanida<strong>de</strong> a se- zão pela qual torna-se necessário a busca <strong>de</strong> maioresgurança <strong>dos</strong> <strong>de</strong>mais. Impor..lhes, trabalho obrigatório esclarecimentos por parte do Po<strong>de</strong>r Legislativo, quenão é <strong>de</strong>gradá..los n<strong>em</strong> dar·lhes tratamento <strong>de</strong>suma· t<strong>em</strong> como uma <strong>de</strong> suas prerrogativas a tarefa <strong>de</strong> fisno;é impor·lhes a obrigação e direito que cabe a to· calizar os atos do Po<strong>de</strong>r Executivo.<strong>dos</strong> - o do trabalho.Diante do exposto e com base no § 2 2 , do art.Esse o sentido da Emenda Constitucional que 50, da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, combinado com os arts.ora apresentamos.115 e 116 do Regimento Interno da Câmara <strong>dos</strong> De-Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - Depu· puta<strong>dos</strong>, requeiro a Vossa Excelência a expedição <strong>de</strong>tado Luis Antonio Fleury, PTB - SP; Deputado José ofício ao Excelentfssimo Senhor Ministro <strong>de</strong> EstadoCarlos Martinez, PTB - PR; Deputado Ricardo No- da Fazenda, solicitando resposta para as seguintesrQ"ha, PMDB - DF; Deputado (ris Simões, PTB - perguntas:PR; Deputado Zé ("dlo, PPB - SP.1. Quais <strong>em</strong>presas, nacionais e estrangeiras,REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESreceberam nos últimos <strong>de</strong>z anos, financiamentosNR 1.008199elou <strong>em</strong>préstimos do BNDES para a aquisição <strong>de</strong> <strong>em</strong>-Senhor Presi<strong>de</strong>nte,presas estatais, quanto cada uma recebeu e <strong>em</strong> qua-Nos últimos anos, o Banco Nacional <strong>de</strong> Desen- is condições se <strong>de</strong>ram tais <strong>em</strong>préstimos elou financiO'volvimento Econômico e Social - BNDES - transfor. amentos?mou-se numa po<strong>de</strong>rosa agência econômica, movi- 2. Quais as c<strong>em</strong> maiores <strong>em</strong>presas, nacionais <strong>em</strong>entando gran<strong>de</strong> volume ele recursos e transforman· estrangeiras, que receberam nos últimos <strong>de</strong>z anos,do.se no principal financiador das <strong>em</strong>presas privadas <strong>em</strong>préstimos elou financiamentos do BNDES paraque adquir<strong>em</strong> antigas estatais. Diversos comprado- uma instalação no Brasil, sua expansão ou ampliaçãores <strong>de</strong> estatais, inclusive estrangeiros, receberam do <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s, quanto cada uma recebeu e quaisBNDES financiamentos que, <strong>em</strong> muitos casos, signifi· as condições <strong>de</strong> cada <strong>em</strong>préstimo elou financiamencaramaté 500k <strong>dos</strong> valores pagos <strong>em</strong> troca das <strong>em</strong>. to?presas adquiridas.3. Nos últimos <strong>de</strong>z anos qual o volume, ano aOutras <strong>em</strong>presas privadas, entre as quais tambémano, <strong>de</strong> <strong>em</strong>préstimos elou financie~.~ :os concedi<strong>dos</strong>muitas estrangeiras, receberam do BNDES fi·nanciamentos'para tocar<strong>em</strong> projetos <strong>de</strong> expansão <strong>de</strong> peJo BNDES para micro, peauená.'S '8 médias <strong>em</strong>­presas?


27042 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 19994. Qual o montante da dívida <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas privadasjunto ao BNDES e quais as características <strong>dos</strong>c<strong>em</strong> maiores <strong>de</strong>vedores?5. Existe alguma <strong>em</strong>presa estrangeira <strong>em</strong> débitocom o BNDES? Se existe, qual o montante <strong>de</strong>ssesdébitos?6. Qual a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos repassa<strong>dos</strong>pelo BNDES para esta<strong>dos</strong> e municípios nos anos <strong>de</strong>1994,1995,1996,1997,1998 e 1999, quais os esta<strong>dos</strong>e municípios cont<strong>em</strong>pla<strong>dos</strong> e quanto cada um recebeua título <strong>de</strong> <strong>em</strong>préstimos elou financiamentos?7. Qual a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos repassa<strong>dos</strong>pelo BNDES nos anos <strong>de</strong> 1994, 1995, 1996 e 1997,para a execução <strong>de</strong> programas sociais? Que programasforam cont<strong>em</strong>pla<strong>dos</strong> e <strong>em</strong> quais esta<strong>dos</strong> estãosendo ou foram executa<strong>dos</strong>?8. Qual a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos repassa<strong>dos</strong>pelo BNDES à <strong>em</strong>presas estatais nos anos <strong>de</strong> 1994,1995, 1996, 1997, 1998 e 1999, quais as <strong>em</strong>presasbeneficiadas e a que se <strong>de</strong>stinavam tais recursos?9. Qual o montante <strong>de</strong> recursos concedi<strong>dos</strong> peloBNDES e BNDESpar para financiar a privatização <strong>de</strong><strong>em</strong>presas estatais <strong>de</strong> telefonia, <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> si<strong>de</strong>rurgiae <strong>de</strong> mineração, quais <strong>em</strong>presas foram cont<strong>em</strong>pladascom tais financiamentos e quais as condições<strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>les?Sala das Sessões da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong>junho <strong>de</strong> 1999. - Haroldo Lima, Deputado Fe<strong>de</strong>ral.PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃON2 52, DE 1999(Do Sr. Deputado Airton Cascavel e outros)Modifica o inciso XVII do art. 49 e oart. 67 do Ato das Disposições Constit'ucionaistransitórias.As Mesas da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>e do Senado Fe<strong>de</strong>ral, nos termos do art. 60da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, promulgam a seguinte<strong>em</strong>enda ao texto constitucional:Art. 1 2 O inciso XVII do art. 49 passa a vigorarcom a seguinte redação:Art. 49. É da competência exclusiva do CongressoNacional:(...)XVII - aprovar, previamente, a alienação ouconcessão <strong>de</strong> terras públicas com área superior adois mil e quinhentos hectares, e a <strong>de</strong>marcação <strong>de</strong>terras tradicionalmente ocupadas pelos índios comárea superior a <strong>de</strong>z mil hectares.Art. 2 2 O art. 67 do Ato das Disposições ConstitucionaisTransitórias passa a vigorar com a seguinteredação:Art. 67. As <strong>de</strong>marcações <strong>de</strong> terras indígenas jáhomologadas na data da promulgação da <strong>em</strong>endamodificativa ao inciso XVII do art. 49 da Constituição,consi<strong>de</strong>ram-se ratificadas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente <strong>de</strong> extensão.JustificaçãoMuito se t<strong>em</strong> falado, com apoio <strong>em</strong> fatos por to<strong>dos</strong>constatáveis, <strong>dos</strong> probl<strong>em</strong>as causa<strong>dos</strong> pela <strong>de</strong>marcação<strong>de</strong>scriteriosa <strong>de</strong> terras indígenas, impl<strong>em</strong>entadaà revelia <strong>de</strong> situações jurídicas consolidadase <strong>dos</strong> interesses <strong>dos</strong> esta<strong>dos</strong>-m<strong>em</strong>bros e da respectivapopulação não indígena. Há que se consi<strong>de</strong>rarneste sentido o fato <strong>de</strong> o Congresso Nacional e osgovernos estaduais e municipais não participar<strong>em</strong>das discussões para <strong>de</strong>marcação <strong>de</strong> terras indígenas,<strong>em</strong>bora sejam partes legítimas no processo,com direitos e interesses estratégicos <strong>em</strong> jogo.Os governos estaduais são responsáveis pormais <strong>de</strong> 90% <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os investimentos <strong>em</strong> infra-estruturanas comunida<strong>de</strong>s indígenas. Isto <strong>de</strong>monstraque <strong>de</strong>marcar, apenas, não resolve os probl<strong>em</strong>as<strong>dos</strong> índios, mesmo porque apenas 1% do orçamentoda Funai é efetivamente revertido <strong>em</strong> favor<strong>dos</strong> índios.O envolvimento do Congresso Nacional e, porconseqüência, das representações estaduais, nasdiscussões para <strong>de</strong>marcação <strong>de</strong> novas terras indígenasvai obrigar a elaboração <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoauto-sustentado, haja vista que até o momentoa Funai se revelou incompetente para dotar ascomunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> auto-sustentação apóshomologadas as reservas.Note-se que, por to<strong>dos</strong> os argumentos apresenta<strong>dos</strong>,o envolvimento do Congresso Nacional naquestão visa aprimorar os critérios <strong>de</strong> <strong>de</strong>marcação <strong>de</strong>terras indígenas no Brasil e, ao mesmo t<strong>em</strong>po, asseguraraos índios a preservação <strong>dos</strong> seus direitos, <strong>de</strong>sua cultura, hábitos e tradições, cont<strong>em</strong>plando-oscom um projeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento social e humano.Buscando estabelecer um mecanismo que, s<strong>em</strong> menoscabo<strong>dos</strong> direitos indígenas, proporcione um instrumentoque minimize a lesivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>marcaçõesindiscriminadamente realizadas, a presente propostainspira-se nos mesmos pressupostos que <strong>de</strong>terminarama redação original do inciso XVII do art. 49, paraesten<strong>de</strong>r a aprovação do Congresso às <strong>de</strong>marcações<strong>de</strong> terras indígenas que ultrapass<strong>em</strong> <strong>de</strong>z mil hectares.Não se <strong>de</strong>seja a relativização do conceito <strong>de</strong> terrastradicionalmente ocupa<strong>dos</strong> pelos índios, n<strong>em</strong> daobrigação da União Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> as <strong>de</strong>marcar, mas as


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27043<strong>de</strong>marcações indicadas passarão sob o crivo do Congresso,também ele adstrito aos termos constitucionais,para o fim <strong>de</strong> obrigar a União a aprimorar os critériose ampliar as consi<strong>de</strong>rações que uma tal ativida<strong>de</strong>requer.Por outro lado, consi<strong>de</strong>rando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>se consolidar a segurança jurídica e fundiária que discriminadas terras indígenas do estoque apropriáveJ'para outras finalida<strong>de</strong>s, impõe-se ratificar as <strong>de</strong>marcaçõesjá homologadas quanto da promulgação da<strong>em</strong>enda. Por isso, e consi<strong>de</strong>rando que o comandooriginal do art. 67 do Ato das Disposições Con~titucionaisTransitór!as já esta superado, estabelece-se aídita ratificação.Por estes motivos, espera-se a acolhida <strong>dos</strong> <strong>de</strong>maism<strong>em</strong>bros do Congresso Nacional à presenteproposta.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoAirton Cascavel.INDICAÇÃO Ne 315/99Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Trago, com pesar, a esta Casa a notícia <strong>de</strong> maisum crime <strong>de</strong> pistolag<strong>em</strong> na minha Alagoas. Nesta segunda,dia 7, por volta <strong>de</strong> 11 horas, <strong>em</strong> pleno dia e nafrente <strong>de</strong> test<strong>em</strong>unhas, foi assassinado a tiros <strong>de</strong> revólver,na estrada <strong>de</strong> acesso a União <strong>dos</strong> Palmares, oPresi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Vereadores <strong>de</strong> São Joséda Laje, José Pedro da Silva, mais conhecido comoPedro Baixinho.Trata-se <strong>de</strong> fazen<strong>de</strong>iro e Vereador <strong>em</strong> 2 2 mandato,com 44 anos e pessoa <strong>de</strong> vasto relacionamentona região, pelo que o crime trouxe profunda consternaçãoà fam í1ia alagoana.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,É possível que o crime tenha motivaçõespessoais, como suger<strong>em</strong> as primeiras investigações,mas,' na verda<strong>de</strong>, tratando-se <strong>de</strong> político,meu correligionário <strong>de</strong> Partido, o PMN, o fato criminoso<strong>de</strong>nuncia a insegurança que macula oEstado <strong>de</strong> Alagoas, palco <strong>de</strong> repeti<strong>dos</strong> atos <strong>de</strong>bandidag<strong>em</strong> explícita, s<strong>em</strong> que as autorida<strong>de</strong>sconstituídas encontr<strong>em</strong> fórmula <strong>de</strong> dar cabo aesse clima <strong>de</strong> intranqüilida<strong>de</strong>.É urgente, pois, que se adot<strong>em</strong> medidas corajosaspara banir <strong>de</strong> Alagoas o bandidismo, pelo que,nos termos regimentais, requeiro à Mesa que encaminheOfício ao Governador <strong>de</strong> Alagoas, Dr. RonaldoLessa, ao Secretário <strong>de</strong> Segurança do Estado, Dr.Edmilson <strong>de</strong> Oliveira Miranda, ao ,Procurador Geralda Justiça, Dr. Lean Araújo, ao Presi<strong>de</strong>nte do Tribunal<strong>de</strong> Justiça, Des<strong>em</strong>bargador Orlando Manso, aosJuízes criminais <strong>de</strong> União <strong>dos</strong> Palmares e <strong>de</strong> SãoJosé da Laje, <strong>de</strong>nunciando a ocorrência fi exigindo aprisão do assassino, já conhecido da Polícia, paraque se faça justiça.Peço <strong>de</strong>ferimento,Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoJoão Caldas, PMN/AL.Brasília, <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Solicito a Vossa Excelência, nos termos doart. 17, inciso I, alínea m, nomear ComissãoEspecial para estudar os projetos relativos à segurançapública e apresentar propostas ao orçamentoda União, no sentido <strong>de</strong> viabilizar a execução<strong>dos</strong> mesmos.Aproveito o ensejo para renovar protestos <strong>de</strong>estima e consi<strong>de</strong>ração.Atenciosamente, - Deputado João Leão,PSDB/BA.OFíCIO NQ 34/99-LPBrasília, 8 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999ExmQSr.Deputado Michel T<strong>em</strong>erM.D. Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>.NestaSenhor Presi<strong>de</strong>nte,Com cordiais cumprimentos, dirijo-me a vossaexcelência, para requerer uma prorrogação <strong>de</strong>seção para o dia 23 <strong>de</strong> agosto, on<strong>de</strong> homenageareio CRER-VIP (Centro <strong>de</strong> Recuperação e ReabilitaçãoVida Plena), pelos seus 19 anos <strong>de</strong> existência.Sendo o que se coloca no momento, certo <strong>de</strong>contar com Vossa prestimosa colaboração, antecipomeus agra<strong>de</strong>cimentos e sinceros votos <strong>de</strong> estima econsi<strong>de</strong>ração.Atenciosamente, - Lincoln Portela, DeputadoFe<strong>de</strong>ral, PST/MGREQUERIMENTO NS! 1/99 - GAB. 852Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Requeiro, <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> com o art. 68 eincisos do Regimento.Interno <strong>de</strong>sta Casa, o é.lgendamento<strong>de</strong> Sessão Solene <strong>em</strong> homenag<strong>em</strong> à RádioFM - Esperança, <strong>de</strong> São Luís (MA), no dia 9 <strong>de</strong><strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1999, quinta-feira, pela passag<strong>em</strong><strong>dos</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> bons serviços presta<strong>dos</strong> ao povomaranhense.Nestes termos, peço <strong>de</strong>ferimento.Brasília, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - Costa Ferreira,Deputado Fe<strong>de</strong>ral, PFUMA.


27044 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999REQUERIMENTO N2 2/99 - GAB. 852Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Requeiro, <strong>de</strong> conformidà<strong>de</strong> com o art. 68, e incisos,do Regimento Interno <strong>de</strong>sta Casa, o agendamento<strong>de</strong> Sessão Solene <strong>em</strong> homenag<strong>em</strong> à BíbliaSagrada no dia 10 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1999, sexta-feira,consi<strong>de</strong>rando que o Dia da Bíblia dá-se no dia 12, segundodomingo do referido mês.Nestes termos, peço <strong>de</strong>ferimento.Brasília, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - Costa Ferreira,Qeputado Fe<strong>de</strong>ral, PFUMA.O SR. SAULO PEDROSA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Michel T<strong>em</strong>er) - T<strong>em</strong>V.Ex a a palavra.O SR. SAULO PEDROSA (PSDB - BA. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na terceira votaçãomeu voto foi "sim".O SR. ÁTILA liRA (PSDB - PI. S<strong>em</strong> revisão doorador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterior votei"sim".O SR. ANTÔNIO CARLOS PANNUNZIO(PSDB - SP. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,na votação anterior acompanhei a bancada doPSDB.O SR. VICENTE ARRUDA (PSDB - CE. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,· na terceira votaçãomeu voto foi "sim", acompanhando a bancada doPSDB.O SR. CLÁUDiO CAJADO (PFL - BA. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na terceira votação,acompanhando o partido, votei "sim".O SR. AÉCIO NEVES - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - T<strong>em</strong> V.Ex aa palavra.O SR. AÉCIO NEVES (PSDB ~ MG. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, comunicoaos Parlamentares do PSDB que neste instanteestá <strong>em</strong> curso uma reunião no Espaço Cultural e apresença <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> é absolutamente fundamental.O Sr. Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong>ixaa ca<strong>de</strong>ira da presidênci?, que é ocupadapelo Sr. Nelson Trad, 2 Q Secretário.O SR. FRANCISCO COELHO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - T<strong>em</strong>V.Ex a a palavra.O SR. FRANCISCO COELHO (PFL - MA. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na terceira votaçãovotei "sim".O SR. ALEXANDRE SANTOS (PSDB - RJ.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr.. Presi<strong>de</strong>nte, na votaçãoanterior votei "sim".. O SR. NILO COELHO (PSDB - BA. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr; Presi<strong>de</strong>nte, na votação·anteriorvotei "sim".O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, nas votaçõesanteriores votei "sim".O SR. NARCIO RODRIGUES (PSDB - MG.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votaçãoanterior votei "sim".O SR. ROBERTO ROCHA (PSDB - MA. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anteriorvotei "sim".O SR. SEBASTIÃO MADEIRA (PSDB - MA.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votaçãoanterior votei "sim". .O SR. WAGNER SALUSTIANO (PPB - SP.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votaçãoanterior votei "sim". ..,O SR. FEU ROSA (PSDB - ES. S<strong>em</strong> revisão doorador.) _. Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na· votação anterior votei"sim".O SR. MARCUS VICENTE (PSDB - ES. S<strong>em</strong>revisão do orad.or.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, para efeitos administrativos,quero registrar que na votação anteriorvotei "sim"; .O SR. RICARDO NORONHA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE·(Nélson Trad) - T<strong>em</strong>V.Ex a a palavra.O SR. RICARDO NORONHA (PMDB - DF. Pelaor<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,gostaria <strong>de</strong> comunicar i:f esta Casa, com satisfação,que o Governo do Distrito Fe<strong>de</strong>ral criou dois setoresmuito importantes para a geração <strong>de</strong> <strong>em</strong>pregos noDistrito Fe<strong>de</strong>ral: o Pólo JK, que garante a instalação<strong>de</strong> trezentas novas <strong>em</strong>presas no Distrito Fe<strong>de</strong>ral; e osetor <strong>de</strong> revenda <strong>de</strong> automóveis usa<strong>dos</strong>, que garantea geração <strong>de</strong> mais <strong>em</strong>pregos para o nosso povo.Parabéns ao Governo do Distrito Fe<strong>de</strong>ral.O SR. MÁRCIO BITTAR - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peçoa palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR; PRESIDENTE (Nélson Trad)· - T<strong>em</strong>V.Ex a a palavra.O SR. MÁRCIO BITTAR (PPS ~ AC. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anteriorvotei "sim".O SR. BADU PICANÇO (PSDB - AP. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, votei <strong>de</strong> acordo coma orientação do partido.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27045o SR. RONALDO VASCONCELLOS Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - T<strong>em</strong>V.Ex H a palavra.O SR. RONALDO VASCONCELLOS (Bloco/PL- MG. Pela or<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,queria comunicar a esta Casa que hoje, <strong>em</strong>reunião histórica, a Comissão <strong>de</strong> Defesa do Consumidor,Meio Ambiente e Minorias aprovou importanteprojeto, que tramita na Câmara Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1992,criando o Sist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conservação.Parabenizo o nosso Presi<strong>de</strong>nte, Deputado FlávioDerzi, o Relator, Deputado Fernando Gabeira, eto<strong>dos</strong> os Deputa<strong>dos</strong> que participaram <strong>dos</strong> <strong>de</strong>bates eda votação.Esta Casa fica engran<strong>de</strong>cida no dia <strong>de</strong> hoje coma votação do referido projeto.Apelo à Comissão <strong>de</strong> Constituição e Justiça daCâmara para que vote rapidamente o projeto, a fim <strong>de</strong>que possamos votá-lo ainda <strong>em</strong> junho no plenário daCasa.O SR. AGNALDO MUNIZ - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - T<strong>em</strong>V.Ex 8 a palavra.O SR. AGNALDO MUNIZ (PDT - RO. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, querocomunicar que na s<strong>em</strong>ana passada estive na cida<strong>de</strong><strong>de</strong> Nova Califórnia, <strong>em</strong> Rondônia, próxima à divisa doEstado <strong>de</strong> Rondônia com o Acre.Deparei-me ali com uma triste situação: a saú<strong>de</strong>,naquelas regiões, encontra-se <strong>em</strong> condições caóticas,uma vez que na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nova Califórnia sequerhá médicos para qualquer tipo <strong>de</strong> atendimentoàs pessoas. Os pacientes têm <strong>de</strong> viajar até 350 quilômetrospara chegar a um local on<strong>de</strong> possam ser atendi<strong>dos</strong>por um médico.Portanto, estou comunicando o <strong>de</strong>scaso do Ministroda Saú<strong>de</strong> com relação àquela região do Estado<strong>de</strong> Rondônia e pedindo que seja encaminhado ofícioao Sr. José Serra no sentido <strong>de</strong> que sejam viabiliza<strong>dos</strong>recursos para o local, para a instalação <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>shospitalares e a permanência <strong>de</strong> pelo menos ummédico para aten<strong>de</strong>r aquela população.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - Está feitoo registro, Deputado Agnaldo Muniz.A SRA. FÁTIMA PELAES - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - T<strong>em</strong>V.Ex H a palavra.A SRA. FÁTIMA PELAES (PSDB - AP. S<strong>em</strong> revisãodo oradora.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anteriorsegui a orientação do meu partido.A SRA. ANA CATARINA (PMDB- RN. S<strong>em</strong> revisãoda oradora.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anteriorvotei "sim".O SR. NíCIAS RIBEIRO (PSDB - PA. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na última votaçãovotei "sim".O SR. CLEONÂNCIO FONSECA (PPB - SE.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votaçãoanterior votei conforme a orientação do partido.O SR. ANDRÉ BENASSI (PSDB - SP. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na última votaçãomeu voto foi "sim".O SR. BABÁ - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço a palavrapela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - T<strong>em</strong> V.ExHa palavra.O SR. BABÁ (PT - PA Pela or<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, gostaria <strong>de</strong> registrarque hoje foi o lançamento da Frente Parlamentar <strong>em</strong>Defesa da Universida<strong>de</strong> Pública no Auditório NereuRamos, com a significativa presença <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s representativasdo setor, <strong>de</strong> reitores, num movimentoimportantíssimo <strong>em</strong> <strong>de</strong>fesa da universida<strong>de</strong>, que v<strong>em</strong>sendo duramente atacada com o corte <strong>de</strong> verbas. Éfundamental que to<strong>dos</strong> se unam nessa luta <strong>em</strong> <strong>de</strong>fesada universida<strong>de</strong> pública, gratuita, e pela ampliaçãodas vagas no ensino público fe<strong>de</strong>ral e estadual.O SR. OSVALDO REIS - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - T<strong>em</strong> V.Ex 8a palavra.O SR. OSVALDO REIS (PMDB - TO. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anteriormeu voto foi "sim".O SR. AROLDE DE OLIVEIRA (PFL - RJ. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anteriormeu voto foi "sim".O SR. DR. HÉLIO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço a palavrapela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - T<strong>em</strong> V.ExHa palavra.O SR. DR. HÉLIO (PDT - SP. Pela or<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, apresentei àMesa requerimento <strong>de</strong> informações ao Conselho Nacional<strong>de</strong> Educação a respeito <strong>dos</strong> processos da FundaçãoBezerra <strong>de</strong> Menezes sobre a habilitação aoscursos <strong>de</strong> Magistério, Turismo, Bacharelado <strong>em</strong>Administração, habilitação <strong>em</strong> Comércio Exterior,Enfermag<strong>em</strong> e Enfermag<strong>em</strong> com habilitação <strong>em</strong> Saú-


27046 Quinta-feira 10 .QIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS• r" .'<strong>de</strong> Pública, to<strong>dos</strong> eles solicita<strong>dos</strong> pela Fundação Bezerra<strong>de</strong> Menezes, localizada <strong>em</strong> Campinas, Estado<strong>de</strong> São Paulo.O SR. BABÁ - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço a palavrapela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - T<strong>em</strong> V.ExBa palavra.O SR. BABÁ (PT - PA. S<strong>em</strong> revisão do orador.)- Sr. Presi<strong>de</strong>nte votei com a bancada na votação anterior.O SR. PAULO KOBAYASHI- Sr. PLesi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>mO SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - T<strong>em</strong> V.Ex 8a palavra.O SR. PAULO KOBAYASHI (PSDB - SP. Pelao~<strong>de</strong>m. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, gostaria <strong>de</strong> parabenizara população <strong>de</strong> Osvaldo Cruz pela passag<strong>em</strong> do58° aniversário <strong>de</strong> fundação da cida<strong>de</strong>. As com<strong>em</strong>oraçõesrealizadas no último dia 6 <strong>de</strong> junho confirmarama vocação progressista e or<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong>que t<strong>em</strong> sido um ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> dinamismo para oEstado <strong>de</strong> São Paulo e para todo o País.A administração do Prefeito Válter Luiz Martins,com a colaboração da Câmara <strong>dos</strong> Vereadores, presididapelo Vereador Paulo Roberto Benito, e das autorida<strong>de</strong>sdo Po<strong>de</strong>r Judiciário, t<strong>em</strong> consegtlido conduzircom entusiasmo os <strong>de</strong>stinos da cida<strong>de</strong>, que se expan<strong>de</strong><strong>em</strong> todas as áreas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> humana, sejana agricultura e na indústria, seja no comércio e nacultura.Inicialmente chamada <strong>de</strong> Califórnia, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Osvaldo Cruz foi fundada, <strong>em</strong> 1941, por Max Wirth,hom<strong>em</strong> <strong>de</strong> extraordinária capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho,que iniciou os trabalhos <strong>de</strong> preparação do terreno vinteanos antes, quando montou os equipamentos parauma serraria no local. O pioneirismo da iniciativa ficouregistrado nas dificulda<strong>de</strong>s que impediram a criaçãoda Fazenda Salto Botelho, <strong>em</strong> função do surto <strong>de</strong> maláriaque atacou os trabalhadores. Só mesmo um hom<strong>em</strong>dotado <strong>de</strong> peculiar força <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> teria persistidono <strong>em</strong>preendimento, lançando as s<strong>em</strong>entes dacomunida<strong>de</strong> que ali se expandiu.Foi essa orig<strong>em</strong>, marcada pela luta do hom<strong>em</strong>contra a natureza indomada, que <strong>de</strong>u o impulso vitalpara a consolidação do Município, que hoje contacom quase 40 mil habitantes e projeta um <strong>dos</strong> futurosmais promissores do interior paulista.O clima e a topografia criam condições excepcionaispara a agricultura, que se t<strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvidob<strong>em</strong> no trato com quase todas as culturas. As mais <strong>de</strong>oitocentas proprieda<strong>de</strong>s rurais, minifúndios <strong>em</strong> suaJunho <strong>de</strong> 1999ampla maioria, exploram vários produtos, incluindogrãos, cana-<strong>de</strong>-açúcar, frutas e todo tipo <strong>de</strong> c"riações,com <strong>de</strong>staque para a pecuária e a avicultura.A ativida<strong>de</strong> principal é a cafeicultura, com participaçãosignificativa na estrutura produtiva do Estado.Os mais <strong>de</strong> 7 milhões <strong>de</strong> pés <strong>de</strong> café <strong>em</strong> produçãoocupam 6 mil hectares <strong>de</strong> terras férteis e continuammultiplicando-se.A indústria local é servida por <strong>em</strong>presas <strong>de</strong>nome internacional, <strong>em</strong> vários setores, como porex<strong>em</strong>plo: Linoforte - móveis e estofa<strong>dos</strong>; Móveis Kobayashi;Granol - óleos comestíveis; Tane - impl<strong>em</strong>entosagrícolas; Trynys - vestuário; e muitas outras,que compl<strong>em</strong>entam a atuação <strong>dos</strong> mais <strong>de</strong> quinhentosestabelecimentos comerciais <strong>de</strong> vários ramos.Fiel à tradição <strong>de</strong> civilida<strong>de</strong> e solidarieda<strong>de</strong>ex<strong>em</strong>plarmente construída pelo fundador Max Wirth,as administrações do Município, acompanhadas pelaintervenção responsável <strong>dos</strong> cidadãos, têm <strong>de</strong>dicadoespecial atenção à educação e à saú<strong>de</strong>, como comprovama re<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> hospitais, que procurammanter o nível <strong>de</strong> atendimento <strong>em</strong> padrões eleva<strong>dos</strong>.O ensino pré-escolar, <strong>de</strong>senvolvido pelo Município,dispõe <strong>de</strong> 27 salas <strong>de</strong> aula, que aten<strong>de</strong>m a aproximadamentesetecentos alunos. A área <strong>de</strong> esportesé servida pelo "Conjunto Esportivo Jubileu <strong>de</strong> Ouro",que oferece à população quadras, piscinas e pistas<strong>de</strong> atletismo <strong>de</strong> excelente qualida<strong>de</strong>.Por tudo isso, pelo <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho econômico vigoroso,pelo dinamismo cultural e pela retidão <strong>de</strong>seus homens públicos, a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Osvaldo Cruzt<strong>em</strong>to<strong>dos</strong> os motivos para com<strong>em</strong>orar, com alegria e satisfaçãoo transcurso <strong>de</strong> mais um aniversário.As autorida<strong>de</strong>s, as associações, os homens públicos<strong>de</strong> um modo geral estão <strong>de</strong> parabéns, pois souberamcaptar e conduzir <strong>de</strong> forma honesta e vibranteo espírito <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dor da comunida<strong>de</strong>, respeitan<strong>dos</strong>uas tradições e estimulando o <strong>de</strong>senvolvimento dasnovas gerações."Qu<strong>em</strong> conhece o Estado <strong>de</strong> São Paulo, as oportunida<strong>de</strong>se os obstáculos que engran<strong>de</strong>c<strong>em</strong> a luta <strong>de</strong>seu povo, sabe reconhecer na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> OsvaldoCruz uma <strong>de</strong> suas comunida<strong>de</strong>s mais promissoras.Aos moradores <strong>de</strong>ssa que é carinhosamentechamada <strong>de</strong> "Princesa da Alta Paulista", <strong>de</strong>ixamosaqui registra<strong>dos</strong> nosso votos <strong>de</strong> que a paz e a prosperida<strong>de</strong>continu<strong>em</strong> presentes <strong>em</strong> seus lares.Obrigado.O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT - RS. Pelaor<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, solicitoa V.Ex 8 autorize a transcrição nos Anais da Casa


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27047<strong>de</strong> artigo do jornal Zero Hora, do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul,sobre o atraso <strong>de</strong> verbas que prejudica a obra <strong>de</strong>construção <strong>de</strong> viaduto <strong>em</strong> Canoas.A <strong>em</strong>preiteira não recebe há mais <strong>de</strong> seis meses,e 90 mil pessoas estão sendo prejudicadas coma não-solução do probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong>sse viaduto. O MinistroEliseu Padilha não r<strong>em</strong>ete o dinheiro, a <strong>em</strong>presa doRio Gran<strong>de</strong> do Sul está s<strong>em</strong> po<strong>de</strong>r concluir a obra, e otrânsito na região metropolitana, única saída <strong>de</strong> PortoAlegre para a região norte do Estado, está um verda<strong>de</strong>irocaos.DOCUMENTO A QUE SE REFERE OORADORATRASO DE VERBAS PREJUDICA OBRASEM VIADUTO DE CANOASIsabela SoaresNão há previsão para o final das obras do Viadutodo Boqueirão, <strong>em</strong> Canoas. A falta <strong>de</strong> pagamentoprovocou o atraso na construção, no quilômetro 263da BR-116, um <strong>dos</strong> trechos <strong>de</strong> maior tráfego no RioGran<strong>de</strong> do Sul. A expectativa era <strong>de</strong> que o viaduto ficassepronto neste mês. Des<strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro do anopassado, o Governo Fe<strong>de</strong>ral não paga a ConstrutoraPelotense, responsável pelos trabalhos. O <strong>de</strong>talhe éque os R$1,5 milhão necessários para a conclusãoda construção estão previstos pelo Orçamento daUnião <strong>de</strong>ste ano. O Ministério do Orçamento e Gestãoestá retendo o dinheiro. O atraso prejudica pelomenos 90 mil pessoas por dia. O viaduto custará umtotal <strong>de</strong> R$9 milhões (valores atualiza<strong>dos</strong>).No início <strong>de</strong>ste ano, a Construtora Pelotense recebeuo aviso oficial do Departamento Nacional <strong>de</strong>Estradas' <strong>de</strong> Rodag<strong>em</strong> (DNER) <strong>de</strong> que o contrato coma <strong>em</strong>presa estava paralisado. S<strong>em</strong> pagamento, a <strong>em</strong>preiteiracontinuou o trabalho com recursos próprios.- Estamos com oito meses <strong>de</strong> produção s<strong>em</strong>receber nenhum recurso do Governo e já enfrentamosdificulda<strong>de</strong>s para pagar a mão-<strong>de</strong>-obra e os materiais- diz Reinaldo Leiria, diretor-adjunto da Pelotense.O prazo contratual para o final <strong>dos</strong> trabalhos ­30 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1999 - não será alcançado. Mesmo estandono orçamento do Ministério <strong>dos</strong> Transportes eapesar <strong>de</strong> não ter<strong>em</strong> entrado nos cortes ocorri<strong>dos</strong> <strong>de</strong>poisdo ajuste fiscal, no início <strong>de</strong>ste ano, os recursosestão bloquea<strong>dos</strong> pelo Ministério do Orçamento eGestão. A razão alegada é a crise econômica.O Ministro <strong>dos</strong> Transportes, Eliseu Padilha, estánegociando a liberação <strong>de</strong> pelo menos parte do dinheiro.Ele afirma que o Governo Fe<strong>de</strong>ral preten<strong>de</strong> liberaraos poucos as verbas até equilibrar as contaspúblicas. Enquanto a barganha continua, o usuárioenfrenta os <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> tráfego há quase dois anos.- O gran<strong>de</strong> fluxo no local está causando enormestranstornos para a população - atesta o inspetorTed Wilson <strong>de</strong> Oliveira, chefe <strong>de</strong> operações da 1 11 Delegaciada Polícia Rodoviária Fe<strong>de</strong>ral (PRF).Ultimamente, os buracos e a falta <strong>de</strong> sinalizaçãono trecho têm facilitado os aci<strong>de</strong>ntes. Enquanto noquilômetro 261 (antes das obras) houve 31 aci<strong>de</strong>ntesdurante o ano, nos quilômetros 262 e 263 (no local daconstrução e logo <strong>em</strong> seguida) os aci<strong>de</strong>ntes chegama 159. Nenhum teve vítimas fatais.Cerda <strong>de</strong> 85% da obra, iniciada <strong>em</strong> agosto <strong>de</strong>1996, está concluída. Ainda estão pen<strong>de</strong>ntes a concretag<strong>em</strong>do vão central e a pavimentação do viaduto,além das obras <strong>de</strong> urbanização compl<strong>em</strong>entares.O SR. JOÃO MAGNO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço apalavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nelson Trad) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. JOÃO MAGNO (PT - MG. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, ont<strong>em</strong> osmoradores da Região Metropolitana <strong>de</strong> Minas Geraisforam surpreendi<strong>dos</strong> com o <strong>de</strong>sligamento <strong>de</strong> toda are<strong>de</strong> telefônica celular móvel por parte da Tel<strong>em</strong>ar,que não está fazendo investimento no sist<strong>em</strong>a e <strong>de</strong>mitiu25% <strong>dos</strong> trabalhadores. A população <strong>de</strong> toda aRegião Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte ficou exatamentetrês horas s<strong>em</strong> telefone. A interrupção atingiuhospitais, motoristas <strong>de</strong> táxi, Polícia Militar, entre outros.Estamos tomando as medidas que enten<strong>de</strong>mosnecessárias. Fiz<strong>em</strong>os requerimento na Comissão <strong>de</strong>Defesa co Consumidor <strong>de</strong> convocação <strong>dos</strong> dirigentesda Tel<strong>em</strong>ar e da Anatel para amanhã, às 14h, paraexigir esclarecimentos e providências, a fim <strong>de</strong> não<strong>de</strong>ixar o povo mineiro <strong>em</strong> situação <strong>de</strong> abandono, queé o que está ocorrendo <strong>de</strong>pois que se privatizou tudoneste País s<strong>em</strong> qualquer critério. Não se faz<strong>em</strong> novosinvestimentos, e a população é que sofre.O SR. CARLOS SANTANA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nelson Trad) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. CARLOS SANTANA (PT - RJ. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anteriormeu voto foi <strong>de</strong> acordo com a orientação do meu partido.O SR. PINHEIRO LANDIM (PMDB - CE. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, nas votações anterioresvotei <strong>de</strong> acordo com a orientação do meu partido,oPMDB.


27048 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999o SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nelson Trad) - T<strong>em</strong> V.Exa. a palavra.O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PPB-'SP. Pelaor<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, queriacumprimentar este Plenário pela <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> nãoter apreciado no dia <strong>de</strong> hoje o requerimento para tramitação<strong>em</strong> regime <strong>de</strong> urgência <strong>de</strong> projeto por meiodo qual se preten<strong>de</strong> proibir a fabricação <strong>de</strong> armas noBrasil. . .Acho que a violência realmente é preocupante,mas precisamos ter calma, cautela e prudência para<strong>de</strong>cidir sobre matéria <strong>de</strong>ssa or<strong>de</strong>m. Tenho certeza<strong>de</strong> que o fato <strong>de</strong> não ter sido aprovada a urgêncianesta s<strong>em</strong>ana nos vai permitir encontrar soluçõescompl<strong>em</strong>entares que possam aten<strong>de</strong>r aos interessesnão só <strong>dos</strong> fabricantes, como também daquelesque têm porte <strong>de</strong> arma. Que possa a Justiça se manifestar,como já fez <strong>em</strong> Brasília, consi<strong>de</strong>rando inconstitucionaluma lei local; a Justiça do Rio <strong>de</strong> Janeirocertamente também terá oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> s<strong>em</strong>anifestar; e então po<strong>de</strong>r<strong>em</strong>os discutir com muitacautela, com muita calma esse importante projeto.Se fosse aprovado da forma como foi encaminhadopelo Executivo, policiais, <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> segurança ebandi<strong>dos</strong> po<strong>de</strong>riam ter armas, e o cidadão <strong>de</strong> b<strong>em</strong> ficariaabandonado à própria sorte.Portanto, neste instante cumprimento o Plenáriopor não ter tomado uma <strong>de</strong>cisão que seria lamentadaposteriormente. O fato <strong>de</strong> a apreciação do projeto tersido postergaga vai permitir uma gran<strong>de</strong> discussão,que po<strong>de</strong>rá aten<strong>de</strong>r efetivamente a to<strong>dos</strong> os interesses,a fim <strong>de</strong> contermos a violência com outras medi·das que não sejam apenas essa.Muito obrigado, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.O SR. PRESIDENTE (Nelson Trad) - Ato daPresidência:ATO DA PRESIDÊNCIAO Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nostermos do art. 38, do Regimento Interno,. <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>,constituir Comissão Externa, s<strong>em</strong> ônus para estaCasa, para, no prazo <strong>de</strong> 8 (oito) sessões, "averiguar<strong>de</strong>núncias <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> pesca predatória e trabalhoescravo nas águas do litoral sul do Brasil, nosEsta<strong>dos</strong> do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e Santa Catarina", arequerimento do Senhor Deputa~o Fernando larro·ni, e:ResolveI - <strong>de</strong>signar para compô-Ia, na forma indicadapelas Li<strong>de</strong>ranças, os Deputa<strong>dos</strong> constantes da relaçãoanexa;11 - convocar os m<strong>em</strong>bros ora <strong>de</strong>signa<strong>dos</strong>para a reunião <strong>de</strong> instalação e eleição <strong>de</strong> seus Presi<strong>de</strong>ntee Vice-Presi<strong>de</strong>ntes a realizar-se no dia10-6-1999, quinta-feira, às 10 horas, no plenário16, do Anexo 11.Brasília, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - Michel T<strong>em</strong>er,Presi<strong>de</strong>nte.Proposição: REQUERIMENTOTITULARESPEDRO BITIENCOURTROBERTO ARGENTAOSVALDO BIOLCHIRENATO VIANNAVICENTE CAROPRESOYEDA CRUSIUSFERNANDO MARRONICOMISSÃO EXTERNAAutor: FERNANDO MARRONISUPLENTESPFLGERVÁSIO SILVAJOSÉ CARLOS VIEIRAPMDBDOMICIANO CABRAL1 vaga(s)PSDBNELSON MARCHEZAN1 vaga(s)PTCARLlTO MERSSLUIS CARLOS HEINZECAIORIELAPOMPEO DE MATIOSPPBPTBPDTHUGO BIEHLIRISSIMÕESSERAFIM VENZONPAULO BALTAZARBloco PSB,PC do BEVANDRO MILHOMENJOÃO CALDASBloco PL,PST,PMN,PSD,PSLEUJÁCIO SIMÕES


Junho <strong>de</strong> 1999DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOSo SR. JÚLIO REDECKER - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - T<strong>em</strong>V.Ex 8 • a palavra.O SR. JÚLIO REDECKER (PPB - RS. S<strong>em</strong> revisãodo orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, votei <strong>de</strong> acordocom a orientação partidária.O SR. OSMAR SERRAGLIO (PMDB - PRo S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na terceira votação,estive presente e votei <strong>de</strong> acordo com a orientaçãodo partido.O SR. ENIVALDO RIBEIRO (PPB - PB. S<strong>em</strong>·revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, na votação anterior,votei com o PPB.O SR. JOSUÉ BENGTSON - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - T<strong>em</strong>V.Ex 8 • a palavra.O SR. JOSUÉ BENGTSON (PTB - PA. Pelaor<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,apenas para comunicarque nesses últimos 28 anosnunca a Transamazânica esteve tão abandonadaquanto nos dias <strong>de</strong> hoje, ou seja, totalmente intransitável.A Comissão da Amazônia e <strong>de</strong> DesenvolvimentoRegional fez requerimento ao Ministério <strong>dos</strong> Transportes,para que foss<strong>em</strong> sana<strong>dos</strong> os probl<strong>em</strong>as daquelarodovia, mas nenhuma providência foi tomadapelo Ministro Eliseu Padilha.Muito obrigado.O SR. ARTHUR VIRGíLIO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - T<strong>em</strong>V.Ex 8 • a palavra.O SR. ARTHUR VIRGíLIO (PSDB - AM. S<strong>em</strong>revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, apenas para dizerque na última votação, como s<strong>em</strong>pre, segui a orientaçãoda Li<strong>de</strong>rança do meu partido, o P5DB.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - Fica registrado,nobre Deputado.O SR. BARBOSA NETO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peçoa palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - T<strong>em</strong>V.Ex 8 • a palavra.O SR. BARBOSA NETO (PMDB - GO. Pela or<strong>de</strong>m.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, gostaria<strong>de</strong> trazer ao Plenário o repúdio da bancada doPMDB do Estado <strong>de</strong> Goiás às manifestações feitasont<strong>em</strong> <strong>de</strong>sta tribuna pela Deputada Udia Quinan,pessoa por qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong>os o maior respeito, o maior carinho,mas que nos surpreen<strong>de</strong>u a to<strong>dos</strong> ao tecer severascríticas ao PMDB. To<strong>dos</strong> os espaços consegui-. .Quinta-feira 10 27049<strong>dos</strong> por ela e por seu marido no Estado <strong>de</strong> Goiás foramconquista<strong>dos</strong> nessa sigla, inclusive seu atualmandato-S.Ex". foi a Deputada Fe<strong>de</strong>ral mais votadado nosso partido.. Sinceramente, <strong>de</strong>sconhec<strong>em</strong>os as razões pelasquais a Deputada trocoú o PMDB pelo PSDB. Sab<strong>em</strong>osda força e energia que as <strong>em</strong>presas do grupoQuinan têm <strong>em</strong> Goiás, sab<strong>em</strong>os das dificulda<strong>de</strong>s <strong>em</strong>relação às dívidas para com o Estado, mas não po<strong>de</strong>ríamos<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> manifestar nossa estranheza poruma Deputada, que chegou à condição <strong>de</strong> primei-. ra-dama <strong>de</strong> Goiás, ter-se manifestado nesta Casa, naminha opinião, <strong>de</strong> maneira extr<strong>em</strong>amente <strong>de</strong>selegante,fazendo críticas s<strong>em</strong> fundo <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>.Portanto, como coor<strong>de</strong>nador da bancada doPMDB, <strong>de</strong>ixo aqui o repúdio <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os oito Deputa<strong>dos</strong>Fe<strong>de</strong>rais do PMDB <strong>de</strong> Goiás <strong>em</strong> relação a essasmanifestações.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - Feito o registro,nobre Deputado.O SR. VICENTE CAROPRESO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - T<strong>em</strong>V.Ex 8 • a palavra.O SR. VICENTE CAROPRESO (PSDB - SC.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, nas duas últimasvotações, meu voto foi conforme a orientaçãodo partido.O SR. FRANCISTÔNIO PINTO (PMDB - BA.S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, nas últimasduas votações, votei conforme a orientação dopartido.O SR. RÉGIS CAVALCANTE - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Nélson Trad) - T<strong>em</strong>V.Ex 8 • a palavra. .O SR. RÉGIS CAVALCANTE (PPS - AL. Pelaor<strong>de</strong>m. S<strong>em</strong> revisão do orador.) - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, <strong>em</strong>nome do PPS, quero saudar a constituição da FrenteParlamentar <strong>em</strong> Defesa da Universida<strong>de</strong> Pública,ocorrida hoje no auditório Nereu Ramos.É importante a constituição <strong>de</strong>ssa frente parlamentar,neste momento <strong>em</strong> que a universida<strong>de</strong> pública- que tantã contribuição nos t<strong>em</strong> dado no campoda pesquisa e do ensino - está tão sucateada e o Governoainda não apresentou proposta concreta para .enfrentar tal crise.Portanto, <strong>em</strong> nome do PPS, saúdo a constituição<strong>de</strong>ssa frente e os Parlamentares que estão integra<strong>dos</strong>na <strong>de</strong>fesa da universida<strong>de</strong> pública brasileira.Muito obrigado.


27050 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999VII - ENCERRAMENTOO SR. PRESIDENTE (Nelson Trad) - Nadamais havendo a tratar, vo!.J encerrar, antes l<strong>em</strong>brandoque amanhã, às 10 horas, haverá sessão solene parahomenag<strong>em</strong> ao cinqüentenário da fundação JoaquimNabuco.O SR. PRESIDENTE (Nelson Trad)­COMPARECEM MAIS OS SRS.:Partido BlocoRORAIMAAlceste Almeida PMDBAlmir SáPPBLuciano CastroPSDBPresentes <strong>de</strong> Roraima: 3Badu PicançoDr. Benedito DiasJurandil JuarezSérgio BarcellosPresentes do Amapá: 4Anivaldo ValeBabáGerson PeresNicias RibeiroNilson PintoPaulo RochaRenildo LealValdir GanzerVic Pires FrancoZenaldo CoutinhoPresentes do Pará: 10Márcio BittarMarcos AfonsoSérgio BarrosPresentes do Acre: 3AMAPÁPARÁPSDBPFLPMDBPFLPSDBPTPPBPSDBPSDBPTPTBPTPFLPSDBRONDÔNIACarlos CuryPPBExpedito JúniorPFLNilton Capixaba PTBPresentes <strong>de</strong> Rondônia: 3ACREPPSPTPDTTOCANTINSFreire JúniorPMDBPresentes do Tocantins: 1MARANHÃOAlbérico FilhoPMDBJosé AntonioPSB.Pedro NovaisPMDBRoberto RochaPSDBPresentes do Maranhão: 4Adolfo MarinhoAlmeida <strong>de</strong> JesusJosé PimentelPTPinheiro Landim PMDBRaimundo Gomes <strong>de</strong> Matos PSDBVicente ArrudaP8DBPresentes do Ceará: 6João HenriquePaes LandimPresentes do Piauí: 2PIAuíPMDBPFl'RIO GRANDE DO NORTEHenrique Eduardo Alves PMDBLavoisier MaiaPFLMúcio SáPMDBNey LopesPFLPresentes do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte: 4Antônio GeraldoEduardo CamposJoaquim FranciscoLuciano BivarPERNAMBUCOPFLPSBPFLPSLRicardo FiuzaPFLSalatiel Carvalho PMDBPresentes <strong>de</strong> Pernambuco: 6ALAGOASAlbérico Cor<strong>de</strong>iro PTBAugusto FariasPPBJosé Thomaz Nonô PFLPresentes <strong>de</strong> Alagoas: 3Augusto FrancoCleonâncio FonsecaIvan PaixãoJosé TelesCEARÁPSDBPLSERGIPEPSDBPPBPPSPSDBPSB/PCdoBPUPST/PSUPMN/PSDPSB/PCdoBPUPST/PSUPMN/PSD


Junho <strong>de</strong> 1999DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOSQuinta-feira 10 27051------------------------------Marcelo DédaPTEurico MirandaPPBPedro ValadaresPresentes <strong>de</strong> Sergipe: 6PSB PSB/PCdoB Fernando GabeiraJoão Men<strong>de</strong>sPVPMDBBAHIAJosé Carlos Coutinho PFLLaura CarneiroPFLPSB/PCdoBLuís EduardoMareio FortesMilton T<strong>em</strong>erPastor Val<strong>de</strong>ci PaivaPSDBPSDBPTPSTAroldo CedrazCoriolano SalesGed<strong>de</strong>l Vieira LimaHaroldo LimaJairoAziJairo CarneiroJosé RonaldoNilo CoelhoWalter PinheiroPresentes da Bahia: 9A<strong>de</strong>mir LucasAécio NevesCustódio MattosGilmar MachadoIbrahim Abi-AckelJoão MagalhãesLincoln PortelaCarlos SantanaPFLPDTPMDBPCdoBPFLPFLPFLPSDBPTMINAS GERAISPSDBPSDBPSDBPTPPBPMDBPSTMarcos LimaPMDBMaria do Carmo Lara PTMaria ElviraPMDBNarcio Rodrigues PSDBNimário Miranda PTOsmânio Pereira PMDBPaulo DelgadoPTRafael GuerraPSDBRoberto BrantPFLRonaldo Vasconcellos PFLSaraiva FelipePMDBZezé PerrellaPFLPresentes <strong>de</strong> Minas Gerais: 19EspíRITO SANTOMagno MaltaPTBPresentes do Espírito Santo: 1RIO DE JANEIROAlmerinda <strong>de</strong> Carvalho PFLAyrtonXerezPSDBBispo Rodrigues PLPTPUPST/PSUPMN/PSDPUPST/PSUPMN/PSDPaulo BaltazarPSBPaulo <strong>de</strong> Almeida PPBRonaldo Cezar Coelho PSDBPresentes do Rio <strong>de</strong> Janeiro: 16PUPST/PSUPMN/PSDPSB/PCdoBSÃO PAULOAlberto MourãoPMDBAloysio Nunes Ferreira PSDBAngela Guadagnin PTAntonio Palocci PTArnaldo Ma<strong>de</strong>ira PSDBAry KaraPPBCelso GiglioPTBCelso Russomanno PPBFranco Montoro PSDBJoão Hermann Neto PPSJoão PauloPTJorge Ta<strong>de</strong>u Mudalen PMDBJosé <strong>de</strong> AbreuPSDBJulio S<strong>em</strong>eghini PSDBLamartine Posella PMDBLuiza ErundinaPSB PSB/PCdoBMoreira Ferreira PFLNelo RodolfoPMDBPaulo LimaPMDBZé índioPMDBPresentes <strong>de</strong> São Paulo: 20MATO GROSSOCelcita Pinheiro PFLLino RossiPSDBMurilo Domingos PTBOsvaldo Sobrinho PTBRicarte <strong>de</strong> Freitas PSDBTeté BezerraPMDBPresentes <strong>de</strong> Mato Grosso: 6DISTRITO FEDERALAgnelo Queiroz PCdoB PSB/PCdoBAlberto FragaPMDB


27052 QUinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DE~UTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Geraldo Magela PTJorge PinheiroPMDBPaulo OctávioPFLPedro CelsoPTPresentes do Distrito Fe<strong>de</strong>ral: 6Nair Xavier LoboNorberto TeixeiraPedro WilsonVilmarRochaPresentes <strong>de</strong> Goiás: 4MATO GROSSO DO SULBen-Hur Ferreira PTFlávio DerziPMDBMarisa SerranoPSDBPedro Pedrossian PFLPresentes do Mato Grosso do Sul: 4Dr. RosinhaHermes ParcianelloJosé Carlos MartinezJosé JaneneLuciano PizzattoLuiz Carlos HaulyOliveira FilhoPadre RoquePresentes do Paraná: 8GOIÁSPMDBPMDBPTPFLPARANÁPTPMDBPTBPPBPFLPSDBPPBPTSANTA CATARINAJoão PizzolattiPPBLuci ChoinackiPTPedro Bittencourt PFLRaimundo Colombo PFLRenato ViannaPMDBPresentes <strong>de</strong> Santa Catarina: 5RIO GRANDE DO SULDarcísio Perondi PMDBGermano Rigotto PMDBLuiz MainardiPTPresentes do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul: 3DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:Partido BlocoRORAIMAFrancisco Rodrigues PFLTotal <strong>de</strong> Ausentes: 1PARÁElcione Barbalho PMDBTotal <strong>de</strong> Ausentes: 1RONDÔNIAMarinha RauppPSDBTotal <strong>de</strong> Ausentes: 1TOCANTtNSIgor AvelinoPMDBTotal <strong>de</strong> Ausentes: 1MARANHÃOAntonio Joaquim·Araújo PPBEliseu MouraPPBMauro FecuryPFLPaulo MarinhoPFLTotal <strong>de</strong> Ausentes: 4RIO GRANDE DO NORTELaire RosadoPMDBTotal <strong>de</strong> Ausentes: 1PARAíBAWilson BragaPFLTotal <strong>de</strong> Ausentes: 1Joel <strong>de</strong> HollandaJosé Múcio MonteiroPedro CorrêaSeverino CavalcantiTotal <strong>de</strong> Ausentes: 4Leur LomantoPedro IrujoYvonilton GonçalvesTotal <strong>de</strong> Ausentes: 3PERNAMBUCOPFLPFLPPBPPBBAHiAPFLPMDBPPBMINAS GERAISGlycon Terra Pinto PMDBHerculano Anghinetli PPBMário <strong>de</strong> Oliveira PMDBTotal <strong>de</strong> Ausentes: 3João CoserRita Camata:Total <strong>de</strong> Ausentes: 2EspíRITO SANTOPTPMDB


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27053Oino Fernan<strong>de</strong>sEber SilvaMattos NascimentoTotal <strong>de</strong> Ausentes: 3Cunha BuenoFernando ZuppoJair MeneguelliMe<strong>de</strong>irosMilton MontiNeuton LimaTotal <strong>de</strong> Ausentes: 6Pedro HenryTotal <strong>de</strong> Ausentes: 1Zé Gomes da RochaTotal <strong>de</strong> Ausentes: 1José Carlos VieiraTotal <strong>de</strong> Ausentes: 1RIO DE JANEIROGOIÁSPSOBPOr­PMDBSÃO PAULOPPB. PDTPTPFLPMDBPFLMATO GROSSOPSDBPMDBSANTA CATARINAPFLRIO GRANDE DO SULMen<strong>de</strong>s Ribeiro Filho PMDBTotal <strong>de</strong> Ausentes: 1O SR. PRESIDENTE (Nelson Trad) - Encerroa sessão, <strong>de</strong>signando para amanhã, quinta··feira, dia10, às 14 horas, a seguinteORDEM DO DIAURGÊNCIA(Artigo 155 do Regimento Interno)Discussão1 '"PROJETO DE LEI N° 2.892-A, DE 1992(DO PODER EXECUTIVO)Discussão, <strong>em</strong> turno único, do Projeto <strong>de</strong> Lein° 2.892, <strong>de</strong> 1992, que dispõe sobre os objetivosnacionais <strong>de</strong> conservação da natureza, cria oSist<strong>em</strong>a Nacional <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação,estabelece medidas <strong>de</strong> preservação da diversida<strong>de</strong>biológica. e dá outras providências; tendo da


- 27054 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999a<strong>de</strong>são da República Fe<strong>de</strong>rativa do Brasil ao texto doacordo <strong>de</strong> cooperação entre a República Popular <strong>de</strong>Angola, a República <strong>de</strong> Cabo Ver<strong>de</strong>, a República daGuiné-Bissau, República Popular <strong>de</strong> Moçambique, aRepública Portuguesa e a República D<strong>em</strong>ocrática <strong>de</strong>São Tomé e Príncipe no Domínio do Desporto,concluído <strong>em</strong> Lisboa, <strong>em</strong> 20 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1990.Pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> pareceres das Comissões: <strong>de</strong> EducaçãoCultura e Desporto; e <strong>de</strong> Constituição e Justiça e <strong>de</strong>Redação.AVISOSPROPOSiÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DEEMENDAS OU RECURSOSI· EmendasPrazo <strong>de</strong> 5 sessões para apresentação <strong>de</strong> <strong>em</strong>endas(Ato da Mesa nO 177/89)Prazo <strong>de</strong> tramitação na Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> (Art.64, § 1° da Constituição Fe<strong>de</strong>ral): 17-08-99POJETO DE LEI COMPLEMENTARDECURSO: 3° DIAÚLTIMO DIA: 14-06-99N° 78-A/99 - ( COMISSÃO DE CIÊNCIA ETECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO EINFORMÁTICA) • Aprova o ato queoutorga permissão à Beija-FlorRadiodifusão Ltda., para explorar serviço <strong>de</strong>radiodifusão sonora <strong>em</strong> freqüênciamodulada, na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Santana,Estado do Amapá.DECURSO: 3° DIAÚLTIMO DIA: 14-06-99N° 80-A/99 - ( COMISSÃO DE CIÊ~CIA ETECNOLOGIA, COMUNICAÇAO EINFORMÁTICA) - Aprova o ato queoutorga concessão à Beija-FlorRadiodifusão Ltda., para explorar serviço <strong>de</strong>radiodifusão <strong>de</strong> sons e imagens, nalocalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Macapá, Estado do Amapá.DECURSO: 3° DIAÚLTIMO DIA: 14-06-99N° 24/99 (PODER EXECUTIVO) - Altera dispositivosda Lei compl<strong>em</strong>entar nO 80, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> janeiro<strong>de</strong> 1994.DECURSO: 4° DIAÚLTIMO DIA: 11-06-9911 - Recursos1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DECOMISSÃO· ART. 24, 11PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO:ART. 58, § 1°INTERPOSiÇÃO DE RECURSO: ART. 58, § 30combinado com ART. 132, § 2°1.1 COM PARECERES FAVORÁVEISPROJETOS DE DECRETO LEGISLATIVON° 77-A/99 - ( COMISSÃO DE CIÊ~CIA ETECNOLOGIA, COMUNICAÇAO EINFORMÁTICA) - Aprova o ato queoutorga permissão à Fundação AssistencialEducacional e Cultural <strong>de</strong> Salgueiro, paraexplorar serviço <strong>de</strong> radiodifusão sonora <strong>em</strong>freqüência modulada, na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Sertânia, Estado <strong>de</strong> Pernambuco.N° 81-A/99 - ( COMISSÃO DE CIÊNCIA ETECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO EINFORMÁTICA) - Aprova o ato queoutorga concessão à Beija-FlorRadiodifusão Ltda., para explorar serviço <strong>de</strong>radiodifusão sonora <strong>em</strong> ondas médias, nalocalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Mazagão, Estado do Amapá.DECURSO: 3° DIAÚLTIMO DIA: 14-06-99N° 82-A/99 - ( COMISSÃO DE CIÊ~CIA ETECNOLOGIA, COMUNICAÇAO EINFORMÁTICA) - Aprova o ato queoutorga concessão à Beija-FlorRadiodifusão Ltda., para explorar serviço <strong>de</strong>radiodifusão sonora <strong>em</strong> ondas médias, nalocalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Santana, Estado do Amapá.DECURSO: 3° DIAÚLTIMO DIA: 14-06-991.2 COM PARECERES, QUANTO AO MÉRITO,CONTRÁRIOS (Art. 133)PROJETOS DE LEI:N° 3.879/97 (URSICINO QUEIROZ) - Dispõe sobre aobrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> jornais e revistas,


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27055publica<strong>dos</strong> no País; obe<strong>de</strong>cer<strong>em</strong> à normaortográfica vigente.DECURSO: 4° DIAÚLTIMO DIA: 11-06-99N° 4.609/98 (SENADO FEDERAL) - Dispõe sobre ocusto <strong>de</strong> cada parcela rural <strong>em</strong> Projetos <strong>de</strong>Colonização Oficial.DECURSO: 4° DIAÚLTIMO DIA: 11-06-99N° 3.502/97 (SENADO FEDERAL) - Dispõe sobre a<strong>de</strong>volução do adiantamento dar<strong>em</strong>uneração das férias, mediante oacréscimo <strong>de</strong> novo parágrafo ao .artigo 145da Consolidação das Leis do trabalho ­CLT, e dá outras providências.DECURSO: 2° DIAULTIMO DIA: 15-06-99N° 3.906/97 (HERMES PARCIANELLO) - Dispõesobre dimensões mínimas <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendêncIas<strong>de</strong>stinadas a <strong>em</strong>pregadas e <strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>domésticos <strong>em</strong> imóveis resi<strong>de</strong>nciais.DECURSO: 2° DIAULTIMO DIA: 15-06-992. CONTRA PARECER TERMINATIVO DECOMISSÃO - ART 54(SUJEITAS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO EMAPRECIAÇÃO PRELIMINAR, NOSTERMOS DO ART. 144)PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO:ART. 58, § 1° INTERPOSiÇÃO DERECURSO: ART 58, § 3° combinado comART. 132, § 2°2.1 PELA INCOSTITUCIONALlDADE E/OUINJURIDICIDADEOUINADMISSIBILIDADEPROJETOS DE LEI:N° 1.726/96 (SENADO FEDERAL)' - Autoriza oPo<strong>de</strong>r Executivo a alterar o valor da PensãoEspecial a que se·refere a Lei nO 8.077, <strong>de</strong>4 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990.DECURSO: 4° DIAÚLTIMO DIA: 11-06-99N° 1.961/96 (SENADO FEDERAL) - Dispõe sobre aleitura <strong>de</strong> jornais e revistas como· ativida<strong>de</strong>curricular.DECURSO: 4° DIAÚLTIMO DIA: 11-06-99N° 2.161/96 (PHILEMON RODRIGUES) - Dispõe:.sobre o-contrato <strong>de</strong>· gestão entre a União eas <strong>em</strong>presas públicas e socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>. economia mista que exploram ativida<strong>de</strong>econômica, e dá outras providências.DECURSO: 2° DIAÚLTIMO DIA: 15-06-99INTERPOSiÇÃO DE RECUR30: ART. 202.,§ 1°PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO:N° 105/95 (SILAS BRASILEIRO e OUTROS) ­Estabelece pena <strong>de</strong> prisão. perpétua pelaprática <strong>de</strong> crimes hedion<strong>dos</strong> <strong>de</strong>fini<strong>dos</strong> <strong>em</strong>lei. (Apensada: PEC nO 545/97, do Dep... Enio Baccieoutros).. _DECURSO: 2° DIAULTIMO DIA: 15-06-992.2 PELA INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E/OUORÇAMENTÁRIAPROJETOS DE LEI:N° 922/95 (OSVALDO BIOLCHI) - Destina a rendalíquida <strong>de</strong> um teste do concurso<strong>de</strong>nominado SUPER-SENA à Fe<strong>de</strong>raçãodas Misericórdias do Brasil e <strong>de</strong>terminaoutras. providências.DECURSO:. 4° DIAÚLTIMO DIA: 11-06-99N° 2.537/96 (TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL) ..;...Dispõe sobre a criação <strong>de</strong> cargo <strong>em</strong>comissão no Quadro Permanente daSecretaria do Tribunal Regional Eleitoral <strong>de</strong>Minas Gerais. .DECURSO: 4° DIAÚLTIMO DIA: 11-06-99N° 2.857/97 (EUJÁCIO SIMÕES) - Institui o PrêmioCastro Alves, <strong>de</strong>stinado a estudantes do 1°grau da re<strong>de</strong> pública e privada do país.DECURSO: 4° DIA'ÚLTIMO DIA: 11.-06-99N° 3.136/97 (SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA)-·Dispõe sobre a fixação <strong>de</strong> gratificação<strong>de</strong>stinada aos Presi<strong>de</strong>ntes do Superior'Tribunal <strong>de</strong> Justiça, <strong>dos</strong> Tribunais RegionaisFe<strong>de</strong>rais e aos Juízes Fe<strong>de</strong>rais Diretpres <strong>de</strong>Fora. ..


27056 Quinta-feira 10 DIARIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999DECURSO: 4° DIA Francisco <strong>de</strong> Assis Moraes Sousa, aÚLTIMO DIA: 11-06-99mudança do nome <strong>de</strong> uma Escola da re<strong>de</strong>° . . pública <strong>de</strong> ensino.N 3.796/97 (SENADO FEDERAL) - Altera a Lei nO. DECURSO: 4° DIA6.385, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong>· 1976, ÚLTIMO DIA: 11-06-99submetendo à aprovação do Senado IFe<strong>de</strong>ral a escolha do presi<strong>de</strong>nte e diretoresda Comissão <strong>de</strong> Valores Mobiliários.DECURSO: 4° DIAÚLTIMO DIA: 11-06-99N0 4.130/98 (CUNHA BUENO) - Dispõe sobre apublicida<strong>de</strong> institucional do CongressoNacional, e dá outras providências.DECURSO: 4° DIAÚLTIMO DIA: 11-06-993. . CONTRA DECLARAÇÃO DEPREJUDICIALIDADE· ART. 164, § 1°(SUJEITOS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO,APÓS OUVIDA A CCJR, NOSTERMOS DO ART. 164, § 2° e § 3°)PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO:ART. 164, § 2°PROJETOS DE LEI:N0 2.571/89 (SENADO FEDERAL) - Suprime eacrescenta dispositivos à Lei nO 4.737, <strong>de</strong>15 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1965 - Código Eleitoral.DECURSO: 4° DIAÚLTIMO DIA: 11-06-99PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO:N0 219/95 (FERNANDO ZUPPO e OUTROS) ­Acrescenta parágrafo segundo ao artigo 60do Ato das Disposições Transitórias daConstituição Fe<strong>de</strong>ral. (Apensada: PEC324/96. do' Dep. Feu Rosa e Outros).DECURSO: 4° DIAÚLTIMO DIA: 11-06-99SUJEITO A DEVOLUÇÃO AO AUTOR, nos termosdo .artigo 137, § 1° do RI. Prazo para 21apresentação <strong>de</strong> recurso artigo 137, § 2°(05 sessões). A seguinte proposição:INDICAÇÃO:N0 181/99 (WELLlNGTON DIAS) - Sugere ao Sr.Governador do Estado do Piauí, Dr.ELAÇÃO DE DEPUTADOS INSCRITOS PARA OGRANDE EXPEDIENTE• Junho <strong>de</strong> 1999·5 3·feira 15:00 Maria Elvira15:25 Narcio Rodrigues6 3·feira 10:00 Fernando Ferro10:25 Paes Landim10:50 Paulo Rocha11 :15 Sérgio Novais11 :40 ~berto Pessoa12:05 Paulo Feijó12:30 Professor Luizinho12:55 Ricardo Noronha13:20 Jaime Martins. 2 3·feira 15:00 Evilásio Farias15:25 Teima <strong>de</strong> Souza15:50 Teté Bezerra16:15 Pedro Valadares16:40 Gerson Peres17:05 Osmânio Pereíra17:30 Ben-hur Ferreira17:55 Marcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lha18:20 Luiz Salomão3 3 ·feira 15:00 Milton Monti15:25 Avenzoar Arruda4 a·feira 15:00 Jovair Arantes15:25 Pedro Eugênio5 3 ·feira 15:00 Carlito Merss15:25 Marcos Cintra6 a·feira 10:00 Antonio Carlos Biscaia10:25 Wal<strong>de</strong>mir Moka10:50 Ricardo Berzoini11 :15 Ronaldo Vasconcellos11 :40 Aldo Rebelo12:05 Dr. Helena12:30 Zulaiê Cobra12:55 Zenaldo Coutinho13:20 Jorge Alberto2 3 .feira 15:00 Pedro Bittencourt15:25 Jandira Fegháli15:50 Pedro Fernan<strong>de</strong>s16:15 João Grandão16:40 Jorge Costa17:05 João Ribeiro17:30 Paulo <strong>de</strong> Almeida


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 2705717:55 Aloízio Santos18:20 Pinheiro Landim22 3 a·feira 15:00 Luiz Carlos Hauly15:25 Zaire Rezen<strong>de</strong>23 4 a·feira 15:00 José Priante15:25 Veda Crusius24 5 a·feira 15:00 Valdir Ganzer15:25 João Castelo25 Ga·feira 10:00 Fernando Marroni10:25 Nilson Pinto10:50 Neuton Lima11 :15 Vicente Caropreso11 :40 Márcio Bittar12:05 Edinho Bez12:30 Moacir Micheletto12:55 Gipvanni Queiroz13:20 Olimpio Pires28 2 a·feira 15:00 Ricardo Barros15:25 Jurandil Juarez15:50 Nicias Ribeiro16:15 Pompeo <strong>de</strong> Mattos16:40 Marcelo Barbieri17:05 Múcio Sá17:30 Carlos Dunga17:55 Wan<strong>de</strong>rley Martins18:20 Maria do Carmo Lara29 3 a·feira 15:00 Cunha Bueno15:25 Ricardo Ferraço30 4 a·feira 15:00 Félix Mendonça15:25 Cabo JúlioProjetos <strong>de</strong> Lei (art. 119, I e § 12)I - COMISSÕES PERMANENTES:COMISSÃO DE AGRICULTURA E.-POLlTICA RURALAVISOSPROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTODE EMENDAS (5 SESSÕES)Decurso: 4 g diaÚltimo dia: 11/06/99Projetos <strong>de</strong> Lei (art. 119, I e § 1 2 , clc art. 166)PROJETO DE lEI Nll 595/99 - do Sr. Gilmar Machado· que"dispõe sobre a utilização <strong>dos</strong> recursos gelll<strong>dos</strong> por instituiçõesfe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> pesquisa agJJ)peCUária".,RELATOR: Deputado SAULO PEDROSA .PROJETO DE lEI Nll 615199 - do Sr. Miro Teixeira - que"estabelece normas para a utilização <strong>de</strong> imóveis rurais integrantesdo patrimônio das instituições fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> crédito efinanciamento <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong> à reforma agrária".RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS HEINZEPROJETO DE LEI Nll 627/99 - do Sr. Enio Bacci - que "fixa<strong>em</strong> 3 (três) anos prazo para usucapião especial <strong>em</strong> árearural <strong>de</strong> até 50 (cinquenta) hectares e dá oUtrasprovidências"•RELATORA: Deputada ZILA BEZERRAPROJETO DE LEI NR 1.439196 - do Sr. Sillas Brasileiro ­que "dá nova redação aos artigos 18, 21 e 22 da Lei n ll8.629, <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1993. que 'dispõe sobre a reg!Jlamentação<strong>dos</strong> dispositivos constitucionais relativos àPROJETO DE LEI Nll 813199 - do Sra. Elcione Barbalhoque"<strong>de</strong>termina a ·adição fécula <strong>de</strong> mandioca à farinha <strong>de</strong>trigo e dá outras providências".RELATOR: DeputadD·MOACIR MICHELETTO


27058 Quinta-feira 10COMISSÃO DA AMAZÔNIA EDEDESENVOLVIMENTO REGIONALPAUTA N 2 8/99Local: Plenário 15, Anexo 11Horário: 10hA • Requerimentos:1 - REQUERIMENTO N2 25/99 - do Sr. Deus<strong>de</strong>thPantoja - que "solicita que sejam convida<strong>dos</strong> o Sr.Secretário Executivo <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Estado do Pará,e o Sr. Coor<strong>de</strong>nador da Fundação Nacional <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong> no Estado do Pará, a comparecer a estaComissão para prestar<strong>em</strong> esclarecimentos sobre ocrescente processo <strong>de</strong> estadualização <strong>em</strong>unicipalização da área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, agravamento dacrise na Saú<strong>de</strong> nos esta<strong>dos</strong> e municípios da regiãoAmazônica, aliado ao ressurgimento <strong>de</strong> surtosepidêmicos antes controla<strong>dos</strong> sanitariamente,naquela vasta região'.2 - REQUERIMENTO N2 26/99 - da Sra. VanessaGrazziotin - que 'solicita que se oficie o Presi<strong>de</strong>nteda FNS, e representante do SINDSEP/AM, paraque particip<strong>em</strong> <strong>de</strong> audiência pública, a fim <strong>de</strong><strong>de</strong>bater<strong>em</strong> a situação da FNS e sua ação naRegião Amazônica, o processo <strong>de</strong> municipalizaçãona área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, b<strong>em</strong> como questões relativas asirregularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>tectadas nas" Coor<strong>de</strong>nações <strong>dos</strong>Esta<strong>dos</strong> do Amazonas, Amapá e Maranhão'.3 - REQUERIMENTO N2 29/99 - do Sr. Nilson Pinto ­que 'solicita seja convidado a comparecer a estaComissão o Magnífico Reitor da Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral do Pará (UFPA) e o Presi<strong>de</strong>nte daAssociação <strong>de</strong> Universida<strong>de</strong>s Amazônicas(UNAMAZ), Prof2. Dr. Cristovam Van<strong>de</strong>rley PicançoDiniz, para fazer exposição sobre as conseqüênciasda implantação do projeto <strong>de</strong> autonomiauniversitária sobre. a educação superior naAmazônia'.4-5-6-REQUERIMENTO N2 30199 - do Sr. Átila Uns - que"requer sejam convida<strong>dos</strong>, para <strong>em</strong> reunião <strong>de</strong>audiência pública, os gov<strong>em</strong>adores <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> doAmazonas, Acre, Rondônia, Roraima e Amapá,para <strong>de</strong>bater<strong>em</strong> a proposta <strong>de</strong> criação do FundoAmazônico'.REQUERIMENTO N2 32199 - da Sra. VanessaGrazziotin - que 'soIicita sejam convic:Ja<strong>dos</strong> osrepresentantes da FNS - Fundação Nacional <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong> e FUNAI - Fundação Nacional do índio, paraexplicar os procedimentos que estão sendocoloca<strong>dos</strong> <strong>em</strong> prática para garantir o atendimento asaú<strong>de</strong> indígenas'.REQUERIMENTO N2 33/99 - <strong>dos</strong> Srs. Paulo Rocha,DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 19997,8·Marcos Afonso e'Josué Bengtson -,que 'requer sejaconvidado o Sr. Dr. Miguel ·Navarrete F<strong>em</strong>an<strong>de</strong>zJúnior - Diretor Geral do Departamento Nacional <strong>de</strong>Produção Mineral - DNPM para inforrna~- eesclarecér sobre registros minerários inci<strong>de</strong>ntes <strong>em</strong>terras indígenas, b<strong>em</strong> como representantes <strong>de</strong>seguimentos da socieda<strong>de</strong> 9ireta ou indiretamenteenvolvi<strong>dos</strong>'.REQUERIMENTO NI! 34/99 - Sr. Deus<strong>de</strong>th Pantojaque"convida o Sr. GON~L~ VECIN~ NETO,Diretor-Presi<strong>de</strong>nte da AgenCia NaCIonal <strong>de</strong>Vigilância Sanitária, a comparecer a esta Comissãopara prestar esclarecimentos sobre a Resolução n 290 <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999, que trata das condições<strong>de</strong>' fabricação, distribuição e comercialização dasconservas <strong>de</strong> palmito, institui o recadastramentodas indústrias e distribuidoras, RegulamentoTécnico que fixa o Padrão <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> eQualida<strong>de</strong> do Palmito <strong>em</strong> Conserva, b<strong>em</strong> como oPrograma Nacional <strong>de</strong> Inspeção do palmito <strong>em</strong>caráter prioritário'.REQUERIMENTO N2 35/99 - Sr. Marcos Afonso ­que 'solicita a realização <strong>de</strong> reuniões <strong>de</strong> AudiênciasPúblicas nos Esta<strong>dos</strong> do Acre, Mato Grosso eParaná, para discutir o Projeto <strong>de</strong> Lei n 2 2.359196,<strong>de</strong> autoria do Deputado Luciano Pizzatto, que'diSpõe sobre áreas <strong>de</strong> compensação da reservalegal prevista no artigo 16 da Lei nl! 4.n1, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong>set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1965 - Código Flore-stal e suasmodificações" .B. Proposições sujeitas à apreciação doPlenário da Casa:PRIORIDADE9 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N2 3199 - doSr. Átila Lins - que 'cria a Região Integrada <strong>de</strong>Desenvolvimento Manaus-Boa Vista e dá outrasprovidências'.RELATOR: Deputado ANIVALDO VALEPARECER: favorávelC - Proposições sujeitas à apreciaçãoConclusiva das Comissões:PRIORIDADE10· PROJETO DE LEf N2 1.610-A/96 - <strong>dos</strong> SenadoFe<strong>de</strong>ral - que "dispõe sobre a exploração e oaproveitamento <strong>de</strong> recursos minerais <strong>em</strong> terrasindígenas, <strong>de</strong> que tratam os artigos 176, parágrafo1 2 , e 231, parágrafo 3 2 , da Constituição Fe<strong>de</strong>ral'.RELATOR: Deputado JOSUÉ BENGTSONPARECER: favorável ao projeto, e contrário asnove (9) <strong>em</strong>endas apresentadas na ComissãoVISTA aos Deputa<strong>dos</strong> Jorge Costa, RaimundoSantos, Sérgio Carvalho, Evandro Milhomen ePaulo Rocha, <strong>em</strong> 29/04199


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27059TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA11 - PROJETO DE LEI NS! 314-A/95 • do Sr. Pau<strong>de</strong>meyAvelino - que "cria área <strong>de</strong> livre comércio noMunicípio <strong>de</strong> São Gabriel da Cachoeira, Estado doAmazonas, e dá outras providências".RELATOR: Deputado DEUSDETH PANTOJAPARECER: favorávelVISTA ao Deputado Jorge Costa, <strong>em</strong> 29/04/9912 - PROJETO DE LEI NS! 2.343-A/96 - do Sr.Pau<strong>de</strong>mey Avelino - que 'dispõe sobre aimplantação <strong>de</strong> consórcios ecológicos para a<strong>de</strong>fesa ambiental da Amazônia'.RELATORA: Deputada MARINHA RAUPPPARECER: favorável13 - PROJETO DE LEI NS! 2.515/96 - do Sr. Adão Prettoe outros - que 'dá nova redação à Lei nS! 8.847, <strong>de</strong>28 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1994, que dispõe sobre o Impostosobre a Proprieda<strong>de</strong> Territorial Rural - ITR e dáoutras providências'.RELATOR: Deputado ANIVALDO VALEPARECER: contrárioVISTA ao Deputado Babá, <strong>em</strong> 29/04199COMISSÃO DE CIÊNCIA ETECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO ,EINFORMATICAAVISOSPROPOSIçõES EM FASE DE RECEBIMENToDE EMENDAS (5 SESSÕES)Decurso: 4 9 diaÚltimo dia: 11/06/99Projetos <strong>de</strong> lei (art. 119, I e § 1 2 elc art.166)PROJETO DE LEI NS! 2.006/96 - do Sr. Cunha Bueno - que'dispõe sobre a gratuida<strong>de</strong> na postag<strong>em</strong> <strong>de</strong> objetos <strong>de</strong> correspondênciafeita pelos parti<strong>dos</strong> políticos".RELATOR: Deputado LAMARTINE POSELLAPROJETO DE LEI Nº 2.079/96 • do Sr. Marcelo Déda - que"dispõe sobre a publicida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> atos, programas, obras,serviços e campanha <strong>dos</strong> órgãos e entida<strong>de</strong>s públicas daadministração direta e indireta". (Apensa<strong>dos</strong> os PLs. n 2 s3.555/97 e 767/99)RELATOR: Deputado MALULY NETTOPROJETO DE LEI N2 2.202196 - do Sr. Jaques Wagner ­que "dispõe sobre o Serviço <strong>de</strong> Televisão por A&sinaturavia Satélite e dá outras providências".RELATOR: Deputado ROBÉRIO ARAÚJOPROJETO DE LEI Nll 2.513/96 - do Sr. Paulo Lima - que"altera o artigo 13 do Decreto-Lei n ll 236, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> fevereiro<strong>de</strong> 1967, que compl<strong>em</strong>enta e modifica a Lei n 2 4.117, <strong>de</strong> 27<strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1962, que institui o Código Brasileiro <strong>de</strong>Telecomunicações'.RELATOR: Deputado ALMEIDA DE JESUSPROJETO DE LEI N2 3.461/97 - do Sr. Jaques Wagner eoutros - que "cria o Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Radiodifusão Pública, regu·lamenta o Serviço <strong>de</strong> Radiodifusão Pública, e dá outrasprovidências'.RELATOR: Deputado CÉSAR BANDEIRAPROJETO DE LEI NII 3.990/97 - do Sr. Enio Bacci - que'proíbe a publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tabaco <strong>em</strong> qualquer órgão <strong>de</strong> imprensae dá outras providências'.RELATOR: Deputado MARÇAL FILHOPROJETO DE LEI N2 3.997/97 - do Sr. Cunha Bueno e outros- que· 'estimula a contra-propaganda sobre o fumo eseus <strong>de</strong>riva<strong>dos</strong> no rádio e na televisão'.RELATOR: Deputado RICARDO NORONHAPROJETO DE LEI N2 4.085/98 • do Sr. Enio Bacci - que'obriga todas as <strong>em</strong>issoras <strong>de</strong> rádio e televisão do país, aveicular<strong>em</strong> propaganda oficial do gov<strong>em</strong>o, gratuitamente,nos casos <strong>de</strong> calamida<strong>de</strong> e campanhas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública".RELATOR: Deputado LUIZ MOREIRAPROJETO DE LEI N2 2.037/91 - do Po<strong>de</strong>r Executivo - que'revoga a alínea 'h" do artigo 38, e o artigo 124 da Lei nS!4.117, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1962, que in~tituiu o Código Brasileiro<strong>de</strong> Telecomunicações". (Apensado o PL. nS!1.426/96)RELATOR: Deputado BISPO WANDERVALPROJETO DE LEI NII 4.502/94 - do Sr. Aldo Rebelo - que"proíbe a adoção, pelos órgãos públicos, <strong>de</strong> inovação tecnológicapoupadora <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra'.RELATOR: Deputado DA. HÉLIOPROJETO DE LEI N2 1.562-A/96 - do Sr. Luiz Moreira· que"altera a Lei n ll 8.9n, <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1995, que dispõesobre o Serviço <strong>de</strong> TV a Gabo e dá outras providências'.(Apensado o PL. n ll 1.913196)RELATOR: Deputado NELSON PROENÇAPROJETO DE LEI N2 4.468198 - do Sr. Basílio Villani • que"dispõe sobre a divulgação fonográfica <strong>em</strong> <strong>em</strong>issoras <strong>de</strong>rádios".RELATOR: Deputado JOSÉ DE ABREUPROJETO DE LEI N2 4.781/98 - do Sr. Jl[iques Wagner ­que "modifica a Lei n2 5.250, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1967,proibindo o proselitismo político nas <strong>em</strong>issoras <strong>de</strong> radiodifusãosonora e <strong>de</strong> sons e imagens".RELATOR: Deputado JOSÉ MENDONÇA BEZERRAProjetos <strong>de</strong> Lei (art. 119, I e § 19)PROJETO DE LEI N2 02199 - do Sr. Silas Brasileiro - qUE. "modifica a Lei n ll 4.117, <strong>de</strong> 1962, que institui o Código Bra,sileiro <strong>de</strong> Telecomunicações, proibindo a realização <strong>de</strong> sorteios por <strong>em</strong>issoras ou repetidoras <strong>de</strong> radiodifusão sonor.e <strong>de</strong> sons e imagens". .RELATOR: D~do MARCELO BARBIERI


27060 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999PROJETO DE LEI NI! 29/99 '- dó Sr. Paulo Rocha - que"dispõe sobre regulamentação <strong>de</strong> anúncios publicitários <strong>em</strong>horários <strong>de</strong> programação infanto-juvenil".RELATOR: Deputado ÁTILA LIRAPROJETO DE LEI NI! 96/99 - do Sr. Bispo Rodrigues· que"dispõe sobre publicação que especifica nos jornais <strong>de</strong> circulaçãonacional".RELATOR: Deputado PAULO MAGALHÃESPROJETO DE LEI Nº 428199 - do Sr. Vicente Caropreso ­que "vincula a veiculação <strong>de</strong> propaganda <strong>de</strong> produtos eserviços, foca<strong>dos</strong> no sexo, à exibição <strong>de</strong> mensagens educativas<strong>de</strong> interesse da Saú<strong>de</strong> Pública". (Apensado o PL. nl!717/99)RELATOR: Deputado VIVALDO BARBOSACOMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO EJUSTiÇA E DE REDAÇÃOLocal: Anexo fi, Plenário 1Horário: 10 horasOITIVA DE TESTEMUNHASOFíCIO NI! 844/99 - do Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral - que"solicita licença prévia, nos termos do artigo 53, § 11! daConstituição Fe<strong>de</strong>ral, para apreciar <strong>de</strong>núncia oferecidacontra o Deputado Fe<strong>de</strong>ral HILDEBRANDO PASCOAL NO­GUEIRA NETO.RELATOR: Deputado INALDO LEITÃOPROJETO DE LEI NI! 769/99 - do Sr. F<strong>em</strong>ando Zuppo ­que "altera a Lei nl! 6.091, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1974, que"dispõe sobre o fomecimento <strong>de</strong> transporte, <strong>em</strong> dias <strong>de</strong>eleição, a eleitores resi<strong>de</strong>ntes nas zonas rurais e dá outrasprovidências".RELATOR: Deputado ROLAND LAVIGNE.Decurso: 2!! diaÚltimo dia: 15/06/99Projetos <strong>de</strong> Lei (art. 119, I e §1 2 c/c art. 166)A - Da Análise da Constitucionalida<strong>de</strong> eJuridicida<strong>de</strong>PROJETO DE LEI NI! 3.179/97 - do Senado Fe<strong>de</strong>ral (PLS34/96) - que "autoriza o Po<strong>de</strong>r Executivo a alterar a razãosocial da Companhia <strong>de</strong> Desenvolvimento do Vale do SãoFrancisco - Co<strong>de</strong>vasf, nos termos que especifica, e dá outrasprovidências".RELATOR: Deputado CIRO NOGUEIRA.Decurso: 3!! diaÚltimo dia: 14/06/99Projetos <strong>de</strong> Lei (art. 119, I e §1 9 )Test<strong>em</strong>unhas: A - Da Análise da Constitucionalida<strong>de</strong>,- Exmos. Srs. Juízes Eleitorais: Dr. JAIR ARAÚJO FACUN- Juridicida<strong>de</strong> e MéritoDES e Dra. DENISE CASTELO BONFIMAVISOSF-ROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTODE EMENDAS (5 SESSÕES)Decurso: 2!! diaÚltimo dia: 15/06/99Projetos <strong>de</strong> Lei (art. 119, I e §1 2 )A - Da Análise da Constitucionalida<strong>de</strong>,Juridicida<strong>de</strong> e MéritoPROJETO DE LEI NI! 758199 - do Sr. Luiz Bittencourt - que"acrescenta parágrafo ao art. 1 11 da Lei n ll 9.265, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong>fevereiro <strong>de</strong> 1996".RELATOR: Deputado IÉDIO ROSA.PROJETO DE LEI NI! 765/99 - do Sr. Rubens Bueno - que"acrescenta parágrafos ao art. 604 do Código <strong>de</strong> ProcessoCivil".RELATOR: Deputado RICARDO FIÚZA.PROJETO DE LEI NlI 512199 - do Sr. Enio Bacci - que"acrescenta parágrafo único ao art. 180 da Lei nl! 5.869, <strong>de</strong>11 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1973 e dá outras providências". (Apensadoao PL N I! 507/99)RELATOR: Deputado OSMAR SERRAGLlODecurso: 4!! diaÚltimo dia: 11/06/99Projetos <strong>de</strong> Lei (art. 119, I e §1 2 )A - Da .Análise da Constitucionalida<strong>de</strong>,Juridicida<strong>de</strong> e MéritoPROJETO DE LEI NI! 787/99 - do Sr. Geral~o Magela e outros·que "acrescenta inciso ao art. 39 da Lei n ll 8.935, <strong>de</strong>18 <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1994, incluindo a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extinção<strong>de</strong> <strong>de</strong>legação a notário ou a oficial <strong>de</strong> registro".(Apensado ao PL NI! 553/99)RELATOR: Deputado SÉRGIO MIRANDA.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27061COMISSÃO D·E DEFESA DOCONSUMIDOR, MEIO AMBIENTE EMINORIASLocal: Plenário 8, Anexo 11Horário: 10hAUDIÊNCIA PÚBLICATEMA:·Discussão sobre o processo <strong>de</strong> criação do Parque Nacionalda Serra da Bodoquena'-MS·.rCONVIDADOS::- JOSÉ PEDRO DE OLIVEIRA COSTA, Secretário <strong>de</strong>Biodivesida<strong>de</strong> e Florestas do Ministério do Meio Ambiente- SÉRGIO BRANT, Técnico da Divisão <strong>de</strong> Criação e Implantaçãodas Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação - DICRI do InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente, <strong>dos</strong> Recursos Hídricos eda Amazônia Legal - IBAMA- EGON KRAKHECKE, Secretário <strong>de</strong> Estado do Meio Ambientedo Estado do Mato Grosso do Sul - SEMA/MS- Deputado PAULO CORREIA, Presi<strong>de</strong>nte da Comissão <strong>de</strong>Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Ass<strong>em</strong>bléiaLegislativa do Estado do Mato Grosso do Sul- GERALDO TEIXEIRA DE ALMEIDA, Presi<strong>de</strong>nte da Fe<strong>de</strong>ração<strong>dos</strong> Trabalhadores do Mato Grosso do Sul- JOSÉ ARMANDO AMADO, Presi<strong>de</strong>nte da Fe<strong>de</strong>ração daAgricultura do Estado do Mato Grosso do Sul- MÁRCIO CAMPOS MONTEIRO, Prefeito <strong>de</strong> Jardim, representandoa Associação <strong>dos</strong> Municípios do Estado doMato Grosso do Sul - ASSOMASUL- ALCIDES FARIA, Presi<strong>de</strong>nte do Grupo Ecologia e Ação ­ECOA- JORGE PEDRINHO PEITSCHRE, Presi<strong>de</strong>nte da FundaçãoBióticaAVISOSPROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTODE EMENDAS(5 SESSÕES)Decurso: 4 9 diaÚltimo dia: 11/06199Projetos <strong>de</strong> Lei (art. 119, I e § 1 2 )PROJETO DE LEI N2 3.056-A/97 - do Senado Fe<strong>de</strong>ral (PLSn 2 n196) - que ·dispõe sobre a produção, a utilização e acomercialização no território brasileiro <strong>de</strong> substâncias químicasdo grupo <strong>dos</strong> clorofluorocarbonos (CFC)·.RELATOR: Deputado NELO RODOLFOPROJETO DE LEI NQ 483/99 - do Sr. Enio Bacci - que ·alterao Código Florestal com preferencial reposição mínima<strong>de</strong> 50% (cinqüenta por cento) <strong>de</strong> espécies nativas e dá outrasprovidências".RELATOR: Deputado MURILO DOMING0C:;PROJETO DE LEI NQ 575/99 - do' Sr. Giovanni bueiroz ­que ·cria Áreas <strong>de</strong> Preservação T<strong>em</strong>porária-APT".RELATOR: Deputado FERNANDO GABEIRAPROJETO DE LEI NQ 649/9.9 - do Sr. Valdir Ganzer - que"dispõe sobre a proibição da <strong>de</strong>rrubada <strong>de</strong> palmeiras <strong>de</strong>babaçu nos Esta<strong>dos</strong> do Maranhão, Piauí, Tocantins, Pará,Goiás e Mato Grosso e dá outras providências·.RELATOR: Deputado SEBASTIÃO MADEIRAProjetos <strong>de</strong> Lei (art. 119, I e § 1!l, c/c art. 166)PROJETO DE LEI NQ 4.191-A/98 - do Sr. Airton Dipp - que"dispõe sobre frase <strong>de</strong> advertência nas <strong>em</strong>balagens <strong>de</strong> produtoscomestíveis que contenham álcool".RELATOR: Deputado JORGE TADEU MUDALENCOMISSÃO DE DESENVOLVIMENTOURBANO E INTERIORLocal: Plenário 4, Anexo 11Horário: 10 horasAUDIÊNCIA PÚBLICACONJUNTA COM A COMISSÃO DEFINANÇAS E TRIBUTAÇÃOTEMA:·Discussão do Projeto <strong>de</strong> Lei n 2 2.710/92 - <strong>de</strong> Iniciativa Popular- que ·cria o Fundo Nacional <strong>de</strong> Moradia Popular ­FNMP e o Conselho Nacional <strong>de</strong> Moradia - CNMP, e dá outrasprovidências·.CONVIDADOS:- Sra. EVANIZA RODRIGUES, Coor<strong>de</strong>nadora-Executiva daUnião Nacional por Moradia Popular;- Sr. EDMUNDO FERREIRA FONTES, Presi<strong>de</strong>nte da Confe<strong>de</strong>raçãoNacional <strong>de</strong> Associação <strong>de</strong> Moradores;- Sra. GRAZIA DE GRAZIA, Assessora do Fórum Nacional<strong>de</strong> Reforma Urbana;- Sr. RAIMUNDO BONFIM, M<strong>em</strong>bro da Direção da Coor<strong>de</strong>naçãoNacional da central <strong>de</strong> Movimentos Populares;- Sra. MADALENA DE OLIVEIRA DIAS, Coor<strong>de</strong>nadora-Executivado Movimento Nacional <strong>de</strong> Luta por Moradia.


27062 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999 .COMISSÃO DE ECONOMIA,., .,INDUSTRIA ECOMERCIOLocal: Auditório do Espaço CulturalHorário: das 9 às 18h30SEMINÁRIO DE COMÉRCIO EXTERIORPARTICIPANTES:- Embaixador JOSÉ BOTAFOGO GONÇALVES, Secretário-Executivoda CAMEX• EVERARDO MACIEL, Secretário da Receita Fe<strong>de</strong>ral- ANDREA SANDRO CALABI, Presi<strong>de</strong>nte do Banco doBrasil- EDUARDO GOuvÊA VIEIRA, Presi<strong>de</strong>nte da FIRJAN- HORÁCIO LAFER PIVA, Presi<strong>de</strong>nte da FIESP- Prof. MANOEL REIS, Fundação Getúlio Vargas- John Edwin Mein, Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Americana <strong>de</strong>Comércio- CHRIS SCHENA, Presi<strong>de</strong>nte do Comitê <strong>de</strong> Competitivida<strong>de</strong>Global da Câmara Americana <strong>de</strong> Comércio- ALEX PERISCINOTO, Secretário <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong> Institucionaldo Gov<strong>em</strong>o- NIZAN GUANAES, Publicitário- ROBERTO GIANNETTI DA FONSECA, Vice-Presi<strong>de</strong>nteda Fundação Centro <strong>de</strong> Estu<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Comércio Exterior- RUBENS VIEIRA DO AMARAL JÚNIOR, Superinten<strong>de</strong>nte·Executivo da Área Int<strong>em</strong>acional do Banco do Brasil.- ARMANDO MARIANTE, Diretor da FINAMElBNDES- JOSÉ CAETANO LACERDA, Representante daODEBRECHT- JOSÉ FREDERICO· ÁLVARES, Gerente Especial daAgê!1cia <strong>de</strong> Promoção <strong>de</strong> Exportações- MARIO MARCONINI, Secretário <strong>de</strong> Comércio Exterior do 2­Ministério do Desenvolvimento. Indústria e Comércio- LUIZ AUGUSTO OPICE, Presi<strong>de</strong>nte da Agência <strong>de</strong> Desenvolvimentoda Multimodalida<strong>de</strong>- CELSO TOSHITO MATSUDA, Secretário-Executivo do Ministérioda Agricultura e do Abastecimento- FERNANDO PERRONE, Diretor da Área <strong>de</strong> Projetos <strong>de</strong>Infra-estrutura do BNDES- SANDRA RIOS, Representante da Confe<strong>de</strong>ração Nacionalda Indústria- MÁRCIO FORTES DE ALMEIDA, Vice-Presi<strong>de</strong>nte Executivoda Associação <strong>de</strong> Comércio Exterior no Brasil- MAURO LAVIOLA, Diretor da Associação <strong>de</strong> ComércioExterior no Brasil- senador FERNANDO BEZERRA, Presi<strong>de</strong>nte da Confe<strong>de</strong>- 3­ração Nacional da IndústriaLocal: Auditório do Anexo IVHorário: 14h30min11 SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE OESTATUTO DAS MICRO, PEQUENAS EMÉDIAS EMPRESASPARTICIPANTES:- Entida<strong>de</strong>s nacionais que represent<strong>em</strong> as Micro, Pequenase Médias Empresas;- Subcomissão <strong>de</strong> Política Industrial e Comercial, "CustoBrasil" e Assuntos Relaciona<strong>dos</strong> às Micro, Pequenas e MédiasEmpresas;• Frente Parlamentar das Micro<strong>em</strong>presas;- Ministério do Desenvolvimento, Indústria e ComércioCOMISSÃO DE EDUCAÇÃO,CULTURA EDESPORTOLocal: Plenário 10, Anexo 11Horário: 1OhA - Requerimentos:1 -PAU T A NQ 27/99REQUERIMENTO N2 25/99 - <strong>dos</strong> Srs. ProfessorLuizinho e Iara B<strong>em</strong>àrdi - que "requer a realização<strong>de</strong> um s<strong>em</strong>inário, para <strong>de</strong>bater e propor soluçõespara o combate a violência nas escolas".REQUERIMENTO N2 26/99 - do Sr. GilmarMachado - que "requer a realização <strong>de</strong> audiênciapública com o presi<strong>de</strong>nte do IPHAN, Sr. carlosHenrique Heck, para discutir mudanças no Instituto.B - Proposições Sujeitas a Apreciação peloPlenário da Casa:URGÊNCIAPROJETO DE LEI N2 451195 - do Sr. ArlindoChinaglia - que "dispõe sobre medidas <strong>de</strong>prevenção e repressão aos fenômenos <strong>de</strong> violênciapor ocasião <strong>de</strong> competições esportivas e dá outrasprovidências·. (Apensa<strong>dos</strong> os PLs N2s 865/95,928/95,1.081/95 e 2.141196)RELATOR: Deputado ZEZÉ PERRELlAPARECER: favorável ao PL n 2 451/95 e aos PLsN2s 1.081195 e 2.141196, apensa<strong>dos</strong>, comsubstitutivo e pela incompetência da Comissãopara se pronunciar sobre os PLs N2s 865195 e.928/95.a~sa<strong>dos</strong>


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27063 -c . Proposições Sujeitas a ApreciaçãoConclusiva das Comissões:TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA4 - PROJETO DE LEI N2 4.326-A/93 - do Sr.Pau<strong>de</strong>mey Avelino - que "cria condições paraparticipação <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficientes auditivos nacomunicação e dá outras providências". (Apensadoo PL n 2 1.208/95)RELATOR: Deputado ÉBER SILVAPARECER: favorável, com <strong>em</strong>enda, ao PL nº4.326-A/93 e pela incompetência da- Comissãopara se pronunciar sobre o PL n 2 1.208/95,apensado.VISTA ao Deputado Pedro Wilson, <strong>em</strong> 13/04/995 - PROJETO DE LEI N2 2.742/97 - do Sr. RicardoGomy<strong>de</strong> - que "altera o a,rt. 56 da Lei n 2 9.394, <strong>de</strong>20 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> -1"996, que estabele-ce asdiretrizes e bases da educação nacional".Apensa<strong>dos</strong> os PLs n 2 s 2.760~97 e 440/99.RELATOR: Deputado GASTA0 VIEIRAPARECER: contrário ao PL n 2 2.742/97 e aos PLsn 2 s 2.7.60/97 e 440/99, apensa<strong>dos</strong>6-7-8-9-PROJETO DE LEI N2 2.759/97 - do Sr. PedroWilson - que "acrescenta dispositivo ao art. 9 2 daLei n ll 9.394, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1996, incluindoo Fórum Nacional <strong>de</strong> Educação na estrutura <strong>dos</strong>ist<strong>em</strong>a educacional brasileiro". Apensado o PL n 22.972197.RELATOR: Deputado JOÃO MATOSPARECER: contrário ao PL n ll 2.759/97 e PL n ll2.972197, apensadoVISTA concedida à Deputada Esther GrossiPROJETO DE LEI Nll 2.762/97 - do Sr. PedroWilson - que "altera dispositivos das Leis nlls 9.131,<strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1995, e 9.394, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong><strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1996, que dispõ<strong>em</strong> sobre o ConselhoNacional <strong>de</strong> Educação".RELATOR: Deputado NILSON PINTOPARECER: contrárioPROJETO DE LEI N2 3.794197 - do Sr. Paulo Paim ­que "dispõe sobre o sobrestamento <strong>de</strong> matrículas<strong>em</strong> estabelecimentos <strong>de</strong> ensino e dá outrasprovidências". (Apensado o PL n ll 3.905/97)RELATOR: Deputado GASTÃO VIEIRAPARECER: contrário ao PL n 2 3.905197, apensado,e pela incompetência da Comissão para sepronunciar sobre o PL n ll 3.794/97.PROJETO DE LEI N2 4.509/98 - do Sr. FranciscoRodrigues - que "modifica o artigo 4 2 da Lei n29.394, <strong>de</strong> 1996, incluindo um inciso, que <strong>de</strong>terminaa oferta do ensino <strong>de</strong> recuperação obrigatório <strong>de</strong>verão, nas escolas <strong>de</strong> 1 11 e 22graus".RELATOR: Deputado JOSÉ MELOPARECER: contrário10 -11 -12 -PROJETO DE LEI Nll 4/99 - do Sr. Sílas Brasileiro ­que "estabelece penalida<strong>de</strong>s pelo uso <strong>de</strong> telefonecelular <strong>em</strong> teatros, cin<strong>em</strong>as e auditórios".RELATOR: Deputado JONIVAL LUCAS JUNIORPARECER: favorávelVISTA ao Deputado Pedro Wilson, <strong>em</strong> 26/05/99PROJETO DE LEI Nº 157/99 - do Sr. SimãoSessim - que "dispõe sobre a divulgação das vagasdisponíveis para matrícula pelos estabelecimentospúblicos <strong>de</strong> ensino".- RELATOR: Deputado OSVALDO SOBRINHOPARECER: favoráv.elVISTA ao Deputado Pedro Wilson, <strong>em</strong> 26/05/99PROJETO DE LEI N2 231/99 - do Sr. RubensBueno - que "acrescenta disposj!ivo ao art. 4 2 daLei n e 9.394, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1996, queestabelece as diretrizes e bases da educaçãonacional".RELATORA: Deputada CELCITA PINHEIROPARECER: contrárioVISTA CONJUNTA aos Deputa<strong>dos</strong> Pedro Wilson eGastão Vieira, <strong>em</strong> 26/05/99COMISSÃO DE FINANÇAS ETRIBUTAÇÃOLocal: Plenário 4, anexo 11Horário: 10hAUDIÊNCIA PÚBLICACONJUNTA COM A COMISSÃO DEDESENVOLVIMENTO URBANO EINTERIORTEMA:SOBRE O PROJETO DE LEI Nll 2.710/92, DE INICIATIVAPOPULAR, QUE CRIA O FUNDO NACIONAL DE MORA­DIA POPULAR E O CONSELHO NACIONAL DE MORADIACONVIDADOS:- Sra. EVANIZA RODRIGUES - Coor<strong>de</strong>nadora Executivada União Nacional por Moradia Popular- Sr. EDMUNDO FERREIRA FONTES - Presi<strong>de</strong>nte da Confe<strong>de</strong>raçãoNacional <strong>de</strong> Associação <strong>de</strong> Moradores- Sra. GRAZIA DE GRAZIA - Assessora do Fórum Nacional<strong>de</strong> Reforma Urbana- Sr. RAIMUNDO BONFIM - M<strong>em</strong>bro da Direção da Coor<strong>de</strong>naçãoNacional da central <strong>de</strong> Movimentos Populares- Sr. RONEI VIEIRA - Coor<strong>de</strong>nador do Movimento Nacional<strong>de</strong> Luta por Moradia'no E~do <strong>de</strong> Goiás


27064 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA Dos DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999AV ISO··SPROPOSiÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTODE EMENDAS (5 SESSÕES)Decurso: 4 9 diaÚltimo dia: 11/06/99Substitutivo (art. 119, 11 e §1 2 )PROJETO DE LEI N2 909-AI95 - da Sra. Rita Camata - que"institui compensâção financeira pela exploração <strong>de</strong> recur~sos minerais para fins <strong>de</strong> aproveita-nento econômico e dáoutras providências".RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS HAULYPROJETO DE LEI NI! 2.213-Al96 - do Sr. Eduardo Jorge ­que "dispõe sobre a isenção <strong>de</strong> taxas <strong>em</strong> sevviços bancáriospara usuários <strong>de</strong> baixa e média renda'. (Apensa<strong>dos</strong> osPL's n 2 s 2.256/96 e 2.214/96)RELATOR: Deputado FEDER JÚNIORAS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃOEMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTACOMISSÃOProjetos <strong>de</strong> Lei (art.119, I e § 1 2 ) e SubstitutivoPROJETO DE LEI Nl! 2.712/92 - do Senado Fe<strong>de</strong>ral (PLSnl! 182/91) • que "obriga as instituições financeiras oficiais adivulgar<strong>em</strong> as concessões <strong>de</strong> crédito subsidiado".RELATOR: Deputado RODRIGO MAIAPROJETO DE LEI NI! 4.512-Al94 - do Senado Fe<strong>de</strong>ral (PLSnl! 224/91) - que "<strong>de</strong>termina a atualização monetária <strong>dos</strong> divi<strong>de</strong>n<strong>dos</strong>a pagar aos acionistas das socieda<strong>de</strong>s anônimas,e dá outras providências". (Apensado o PL n 2 1.145/91)RELATOR: Deputado ARMANDO MONTEIROProjetos <strong>de</strong> Lei (art.119, I e § 1 2 )A - Da Análise da A<strong>de</strong>quação Financeira eOrçamentária e Mérito:PROJETO DE LEI N2 3.035-Al92 - do Sr. Werner Wan<strong>de</strong>rer_ que "dispõe sobre o financiamento para reparo e reforma<strong>de</strong> máquinas e equipamentos agrícolas". (Apensado o PLn 2 2.292191 )RELATOR: Deputado CARLlTO MERSSPROJETO DE LEI N2 3.963-Al93 - da Sra. Jandira Feghali ­que "fixa horário <strong>de</strong> funcionamento das agências bancáriase dá outras providências'.RELATOR: Deputado RODRIGO MAIAPROJETO DE LEI N2 4.612194 - do Sr. Rub<strong>em</strong> Medina _que "<strong>de</strong>fine a Política Nacional <strong>de</strong> Turismo, institui fontes<strong>de</strong> receitas e dá outras providências".RELATOR: Deputado PAES LANDIMPROJETO DE LEI N2 379/95 - do Sr. Laire Rosado - que"permite <strong>de</strong>duzir da base <strong>de</strong> cálculo do imposto <strong>de</strong> rendada pessoa física as <strong>de</strong>spesas com alguel da residência docontribuinte". (Apensa<strong>dos</strong> os PL's nlls 2.146/96, 1.045/95 e4.097/98)RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS HAULYPROJETO DE LEI N2 3.104/97 - do Sr. Álvaro GaudêncioNeto - que "dispõe sobre a isenção do Imposto sobre produtosIndustrializa<strong>dos</strong> - IPI nas aquisições <strong>de</strong> ambulânciaspor instituições <strong>de</strong> assistências social, s<strong>em</strong> fins lucrativos,e por prefeituras municipais". (Apensa<strong>dos</strong> os PL's n 2 s4.442198,4.757/98 e 4.901/99)RELATOR: Deputado ROBERTO BRANTPROJETO DE LEI N 2 4.450/98 - do Sr. Hermes Parcianello• que "dispõe sobre incentivo fiscal na área do IRPJ".RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS HAULYPROJETO DE LEI N2 354/99 - do Sr. Pastor Val<strong>de</strong>ci - que"dispõe sobre a alocação <strong>de</strong> Recursos Orçamentários daUnião por meio <strong>de</strong> Emendas Parlamentares".RELATOR: Deputado JOSÉ PIMENTELPROJETO DE LEI NSl 383/99 - do Sr. Pompeo <strong>de</strong> Mattos ­que "institui a Loteria Municipal <strong>de</strong> prognósticos sobre o resultado<strong>de</strong> sorteio <strong>de</strong> números, organizada nos mol<strong>de</strong>s <strong>de</strong>loteria <strong>de</strong>nominada jogo do bicho e revoga dispositivos legaisreferentes a sua prática e <strong>de</strong>termina outrasprovidências'.RELATOR: Deputado JOSÉ PIMENTELPROJETO DE LEI N2 422199 • do Sr. Marcelo Barbieri ­que "dispõe sobre a associação do Setor Bancário a seguradorasprivadas para dar cobertura a cheques <strong>em</strong>iti<strong>dos</strong>por clientes'.RELATOR: Deputado EDlNHO BEZPROJETO DE LEI N2 426/99 - do Sr. Rubens Bueno - que"permite a <strong>de</strong>dução <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas com aluguel no cálculo doimposto <strong>de</strong> renda". .RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS HAULYPROJETO DE LEI N2 579/99 - do Sr. Ricardo Berzoini eOutros - que "revoga dispositivo da lei n ll 4.595, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong><strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1964, que dispõe sobre a Política e as InstituiçõesMonetárias, Bancárias e Creditícias, cria o ConselhoMonetário Nacional, e dá outras providências".RELATOR: Deputado RODRIGO MAIAPROJETO DE LEI N2 761/99 - do Sr. Luciano Bivar - que"dá nova redação ao inciso IV do art. 52 da Lei n 1l 9.514, <strong>de</strong>20 <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1997".RELATOR: Deputado RODRlGO MAIA


Juilho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA Do.S DEPUTADOS Quinta-feira 10 27065COM!SSÃO DE ~ELAÇÕESEXTERIORES E DE DEFESANACIONALLocal: Plenário 3, Anexo 11Horário: 10hPALESTRA.TEMA:•As ativida<strong>de</strong>s da CREDN e sua ligação com a MobilizaçãoNacional"CONVIDADOS:- ALUNOS DA ESCOLA SUPERIOR DE GUERRACOMISSÃO DE SEGURIDADE..SOCIAL EFAMILlAAVISOS. PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTODE EMENDAS (5 SESSÕES)Decurso: 1 2 diaÚltimo dia: 16/06/99Projetos <strong>de</strong> lei (art. 119, I e § 1 2 , c/c art. 166)PROJETO DE LEI N2 975/95 - do Sr. Paulo Feijó - que·cria o Seguro Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e a Contribuição Nacional<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e dá outras providências".RELATOR: Deputado ARMANDO ABíLlOPROJETO DE LE N2 1.888/96 - da Sra. Rita Camata - que"estabelece requisitos para a concessão, por instituiçõespúblicas, <strong>de</strong> financiamento, crédito e benefícios similares".RELATOR: DARCíSIO PERONDIPROJETO DE LEI N2 2.002/96 - do Sr. Waldomiro Fioravante- que ."conce<strong>de</strong> anistia <strong>de</strong> dívidas das entida<strong>de</strong>s beneficentes<strong>de</strong> assistência social para com o Instituto Nacional<strong>de</strong> Seguro Social-INSS e dá outras providências"..RELATOR: PASTOR AMARILDOPROJETO DE LEI N2 2.349/96 - da Sra. Jandira Feghali ­que "dispõe sobre a contratação <strong>de</strong> Assistentes Sociais".RELATOR: Deputado URSICINO QUEIROZPROJETO DE LEI NQ 3.018-A/97 - do Sr. Sílas Brasileiro ­que "proibe a venda <strong>de</strong> bebida alcoólica num raio <strong>de</strong> até200 (duzentos) metros <strong>de</strong> estabelecimentos escolares".RELATORA: Deputada TETÉ BEZERRAPROJETO DE LEI NQ 3.020-A/97 ~ do Sr. Silas Brasileiro ­que "dispõe sobre a proibição da presença <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>doresambulantes <strong>em</strong> frente às instituições <strong>de</strong> ensino".RELATOR: Deputado SÉRGIO CARVALHOPROJETO DE LEI NQ 4.547/98 - do Sr. Luiz Carlos Hauly ­que "isenta do Imposto sobre Produtos Industrializa<strong>dos</strong> osprepara<strong>dos</strong> anti-solares". .RELATOR: Deputado CARLOS MOSCONIPROJETO DE LEI NQ ·4.732~Al98 - da Sra. Jandira Feghali- que "regulamenta a produção e comercialização <strong>de</strong> matéria-prima,equipamento, material ou maquinário <strong>de</strong>stinado afabricação, acondicionamento, <strong>em</strong>balag<strong>em</strong>, controle <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong> ou a qualquer outra fase visando à produção <strong>de</strong>medicamentos para uso humano ou veterinário, b<strong>em</strong> comoqualquer material <strong>de</strong>stinado à utilização <strong>em</strong> odontologia ou,ainda, para fins diagnósticos, e dá outras providências".RELATOR: RAFAEL GUERRAProjetos <strong>de</strong> Lei (Arto 119, I e § 1 2 )PROJETO DE LEI N2 412/99 - da Sra. Ângela Guadagninque"altera o art. 86 da Lei n Q 8.213, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong>1991, modificado pela Lei n tl 9.528, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> déz<strong>em</strong>bro1997, para permitir a acumulação do benefício <strong>de</strong> auxílio-aci<strong>de</strong>ntecom aposentadoria e pensão".RELATOR: Deputado EDUARDO BARBOSAPROJETO DE LEI NQ 472199 - da Sra. Veda Crusius - que"regula a compensação financeira <strong>dos</strong> regimesprevi<strong>de</strong>nciários, na ocorrência da contag<strong>em</strong> recíproca port<strong>em</strong>po <strong>de</strong> contribuição entre os diversos regimes previ<strong>de</strong>nciários,conforme o art. 201, § 9 2 , da Constituição Fe<strong>de</strong>ral,e dá outras providências".RELATOR: Deputado EDUARDO JORGEPROJETO DE LEI N2 544/99 - do Sr. Paulo José Gouvêa ­que "dispõe sobre a obrigatorieda<strong>de</strong> da veiculação <strong>de</strong> mensagenseducativas <strong>de</strong>stinad,as à prevenção <strong>de</strong> doenças sexualmentetransmissíveis/AIDS e ao !.ASO <strong>de</strong> drogas, <strong>em</strong> livrose ca<strong>de</strong>rnos escolareii>".RELATORA: Deputada ALMERINDA DE CARVALHOPROJETO DE LEI N2 554/99 - do Sr. Sampaio Dória - que"institui r<strong>em</strong>uneração salarial mínima para o setor privadoda economia <strong>de</strong>svinculada do salário mínimo".RELATOR: Deputado ALCEU COLLARESPROJETO DE LEI N2 2.764/97 - do Sr. Salvador Zimbaldi ­que "obriga as entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas, recreativas e afins acontratar seguro <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> civil".RELATOR: Deputado RENILDO LEALPROJETO DE LEI N2 559/99 ~ do Sr. Fernando Zuppo ­que "isenta os aposenta<strong>dos</strong> do pagamento <strong>de</strong> pedágio nasrodovias fe<strong>de</strong>rais". . .RELATOR: Deputado ARNALDO FARIA DE SA


27066 Quinta-feira 10 DIÁRlO DA ,CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Substitutivo (Art. 119, il e § 1º)AS PROPOSiÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃOEMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTACOMISSÃO.PROJETO DE LEI N2 3.800/93 - do Senado Fe<strong>de</strong>ral - que"altera o artigo 7 2 da Lei n 2 8.134, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong>1990, para permitir novas <strong>de</strong>duções no imposto <strong>de</strong> rendadas pessoas físicas"RELATOR: Deputado BENEDITO DIASPROJETO DE LEI N2 3.451/97 - do Sr. Julio Re<strong>de</strong>ckerque"acrescenta parágrafo ao art. 22 da Lei n 2 8.212, <strong>de</strong> 24<strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1991, para permitir a <strong>de</strong>dução, da contribuiçãoprevi<strong>de</strong>nciária, das quantias pagas pela <strong>em</strong>presa a título <strong>de</strong>assistência médica aos seus <strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>".RELATOR: Deputado EULER MORAESPROJETO DE LEI N2 87/99 - do Sr. Dilceu Sperafico - que"introduz um inciso IV, no art. 133, e modifica a redação doart. 132, da Lei nl! 8.069, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1990".RELATOR: Deputado MAGNO MALTAPROJETO DE LEI NI! 140/99 - do Sr. Márcio Fortes - que"acrescenta parágrafo único à Lei nl! 9.732, <strong>de</strong> 1998".COMISSÃO DE TRABALHO, DEADMINISTRAÇÃO ESERViÇOPÚBLICOAVISOSPROPOSIÇÕES SUJEITAS A RECEBIMENTODE EMENDAS (5 SESSÕES)Decurso: 3 9 diaÚltimo dia: 14/06/99Substitutivos (art.,119, 11 e § 19)A PROPOSiÇÃO A.BAIXO SOMENTE RECEBERÁ EMEN­DAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTACOMISSÃOPROJETO DE LEI NII 4.816/98 ~ do Sr. Max Rosenmann·-.que "dá nova redação ao art. 3ll da Lei n ll 6.321, <strong>de</strong> 1976,que dispõe sobre o Programa <strong>de</strong> Alimentação doTrabalhador".RELATOR: Deputado LUCIANO CASTROCOMISSÃO DE VIAÇÃO fTRANSPORTESLocal: Plenário 11 , Anexo \IHorário: 9hA - Requerimentos:1 -2-3-4-REQUERIMENTO NI! 5/99 - <strong>dos</strong> Srs. CarlosSantana e Luiz Sérgio - que "requer<strong>em</strong> a realização<strong>de</strong> reunião <strong>de</strong> audiência pública para tratar dautilização <strong>dos</strong> recursos do fundo <strong>de</strong> MarinhaMercante".REQUERIMENTO NI! 17/99 - do Sr. Cartos Santanae outros - que "solicitam seja realizada reunião <strong>de</strong>audiência pública com o Presi<strong>de</strong>nte da Petrobrás,Presi<strong>de</strong>nte do Banco Nacional <strong>de</strong> DesenvolvimentoEconômico e Social - BNDES, e com o Presi<strong>de</strong>ntedo Sindicato Nacional da Indústria Naval - Sinaval,para tratar da reativação <strong>dos</strong> estaleiros no País".REQUERIMENTO N2 21/99 - do Sr. AntônioGeraldo e outros - que "requer<strong>em</strong> a constituiçãó <strong>de</strong>subcomissão permanente para estudo e avaliaçãodo transporte público urbano".REQUERIMENTO NI! 22199 - do Sr. Neuton Lima ­que "requer a realização <strong>de</strong> reunião <strong>de</strong> audiênciapública com a participação <strong>de</strong>. representantes doMinistério da Aeronáutica, do Sindicato Nacional<strong>dos</strong> Trabalhadores na Proteção ao Vôo, doSindicato <strong>dos</strong> Aeronautas e da AssociaçãoBrasileira <strong>dos</strong> Parentes <strong>de</strong> Vítimas <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntesAéreos, para avaliação da atual política <strong>de</strong> proteçãoao vôo e suas repercussões na qualida<strong>de</strong> e nasegurança do serviço <strong>de</strong> transporte aéreo".B - Proposições Sujeitas à ApreciaçãoConclusiva das Comissões:PRIORIDADE5- PROJETO DE LEI NI! 4.571/98 - do SenadoFe<strong>de</strong>ral (PLS N 271/98) - que "altera a redação doart. 108 da Lei nl! 9.503, <strong>de</strong> '23 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong>1997, que institui o Código <strong>de</strong> !rân~ito Brasil~iro,para o fim <strong>de</strong> incluir na excepcionalida<strong>de</strong> preVIstapara o transporte <strong>de</strong> passageiros <strong>em</strong> veículo <strong>de</strong>carga ou misto a hipótese <strong>de</strong> aumento sazonal da<strong>de</strong>manda por transporte col~tivo <strong>de</strong> passageiro".RELATOR: Deputado JOSE CHAVESPARECER: contrário6-TRAMITAÇÃO ORDINÁRIAPROJETO DE LEI NI! 4.671198 - do Sr. JairMeneguelli - que "disciplina a instalação, uso e


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 270677-8-9-10 -11 -12 -manutenção <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> injeção <strong>de</strong>combustível, sonda~ <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> mistura,conversores catalíticos, sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> escapamento<strong>de</strong> gases' <strong>em</strong> veículos automotores e dá outrasprovidências".RELATOR: Deputado MÁRIO NEGROMONTEPARECER: contrárioVISTA ao Depútado CARLOS SANTANA, <strong>em</strong>26.05.99PROJETO DE LEI Nº 4.731/98 - do Sr. RobertoPessoa - que "regula o exercício da ativida<strong>de</strong>profissional <strong>de</strong> mototaxista".RELATOR: Deputado JOÃO HENRIQUEPARECER: favorávelVISTA ao Deputqdo CHICO DA, PRfNCESA, <strong>em</strong>26.05.99PROJETO DE LEI Nº 4.863/98 - do Sr. JairMeneguelli - que "altera a Lei nº 9.503, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong>set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1997, que institui o Código <strong>de</strong> TrânsitoBrasileiro".RELATOR: Deputado AíRTON CASCAVELPARECER: favorávelVISTA ao Deputado ELISEU RESENDE, <strong>em</strong>26.05.99PROJETO DE LEI NQ 50/99 - do Sr. Léo Alcântara ­que "altera a Lei n Q 9.503, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro dé1997, que institui o Código <strong>de</strong> Trânsito Brasileiro,para fins <strong>de</strong> flexibilização da aplicação do dispostono § 1º do art. 261 à categoria <strong>dos</strong> motoristasprofissionais".RELATOR: Deputado CHIQUINHO FEITOSAPARECER: favorável, com substitutivoVISTA CONJUNTA aos Deputa<strong>dos</strong> DOMICIANOCABRAL, Duíuo PISANESCHI E CARLOSSANTANA, <strong>em</strong> 26.05.99PROJETO DE LEI NQ 132199 - do Sr. Ênio Bacci ­que "toma obrigatório o kit <strong>de</strong> primeiros socorrospara veículos <strong>de</strong> condução escolares".RELATOR: Deputado ALBÉRICO FILHOPARECER: contrárioVISTA ao Deputado JORGE COSTA, <strong>em</strong> 26.05.99PROJETO DE LEI N2 4.124/98 - do Sr. Paulo Rocha- que "acrescenta inciso ao art. 181 da Lei n 29.503/97 - Código <strong>de</strong> Trânsito Brasileiro".RELATOR: Deputado ROBERTO ROCHAPARECER: favorável, com <strong>em</strong>enda .PROJETO DE LEI N2 4.206/98 - do Sr. SeverinoCavalcanti - que "introduz modificação na Lei n 29.503, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1997 - Código <strong>de</strong>Trânsito Brasileiro, para permitir o enquadramento<strong>dos</strong> veículos que especifica, como <strong>de</strong> aluguel, parao transporte coletivo <strong>de</strong> passageiros".RELATOR: Deputado AIRTON CASCAVELPARECER: contrário13 - PROJETO DE LEI NQ 4.824/98 - do Sr. Paulo Lima ­que "<strong>de</strong>nomina 'Aeroporto Internacional AyrtonSenna da Silva' o aeroporto internacional localizadona cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciuarulhos, no Estado <strong>de</strong> São Paulo".RELATOR: Deputado EDlNHO ARAÚJOPARECER: favorável, com substitutivo14 - PROJETO DE LEI Nº 147/99 - do Sr. Ênio Sacci ­que "altera o art. 180 do Código Nacional <strong>de</strong>Trânsito".RELATOR: Deputado ALOíZIO SANTOS. PARECER: favoráv.el, com substitutivo15 - PROJETO DE LEI N2 227/99 - do Sr. AugustoNar<strong>de</strong>s - que " acrescenta ao art. 260 da LeiFe<strong>de</strong>ral nº 9.503, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1998, ealterações posteriores - Código Nacional <strong>de</strong>Trânsito - o seguinte parágrafo <strong>de</strong> número 5, comobjetivo <strong>de</strong> vincular a arrecadação das multas àrealização <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> educação parasegurança do trânsito e reabilitação <strong>de</strong> pessoascarentes, vítimas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trânsito".RELATOR: Deputado FEU ROSAPARECER: favorável, com substitutivo16 - PROJETO DE LEI NQ 442199 - do Sr. Euler Moraisque"insere artigo no Capítulo XIX - <strong>dos</strong> Crimes <strong>de</strong>Trânsito da Lei n 2 9.503/97, que institui o Código <strong>de</strong>Trânsito Brasileiro".RELATOR: Deputado Luís EDUARDOPARECER: favorávelAVISOSPROPOSiÇÕES EM FA~E DE RECEBIMENTODE EMENDAS (5 SESSOES)Decurso: 3 9 diaÚltimo dia: 14/06/99Substitutivo (art. 119, 11 e § 1 2 )A PROPOSiÇÃO ABAIXO SOMENTE RECEBERÁ EMEN­DAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTACOMISSÃOPROJETO DE LEI N2 21/99 - do Sr. Paulo Rocha - "conce-. <strong>de</strong> passe livre aos pacientes do SUS mai~r~s <strong>de</strong>.s~ssentae cinco anos com renda inferior a dois salanos mmlmos nosist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> transporte coletivo aéreo comercial, para tratamento<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>".RELATOR: Deputado LUIZ SÉRGIO11- COMISSÕES TEMPORÁRIASCOM.ISSÃO ESPECIALPLP 9/99 - NORMAS GERAIS ­PREVIDÊNCIA COMPLEMENTARLocal: Plenário 13, Anexo 11Horário: 9h30min


27068 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999AUDIÊNCIA PÚBLICAPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 9/99 - do Po<strong>de</strong>rExecutivo (MSC nº 358/99) - (tue ·dispõe sobre as nOlTl'1asgerais para a instituição <strong>de</strong> regime <strong>de</strong> previdência compl<strong>em</strong>entarpela União, pelos Esta<strong>dos</strong>, pelo Distrito Fe<strong>de</strong>ral epelos Municípios·. Local: Plenário 5, Anexo 11RELATOR: Deputado ROBSON TUMA.Horário: 10hCOMISSÃO ~SPECIALPEC 96..A/92 - ESTRUTURA DOPODER JUDICIÁRIOConvidado: PAUTA N 2 16/99- Dr. CARLOS DUARTE CALDAS, Presi<strong>de</strong>nte da AssociaçãoBrasileira <strong>de</strong> Previdência Privada - ABRAPP.COMISSÃO ESPECIAL - PLP 18/99RESPONSABILIDADE FISCALLocal: Plenário 9, Anexo 11Horário: 10hAUDIÊNCIA PÚBLICAPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N2 18/99 - do Po<strong>de</strong>rExecutivo (MSC n 2 483/99) - que ·regula o art. 163, incisos1,11,111 e IV, e o art. 169 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, dispõe sobreprincípios fundamentais e normas gerais <strong>de</strong> finançaspúblicas e estabelece o regime <strong>de</strong> gestão fiscal responsável,b<strong>em</strong> assim altera a Lei Compl<strong>em</strong>entár n!2 64, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong>maio <strong>de</strong> 1990·.RELATOR: Deputado PEDRO NOVAIS.Convidado:- Dr. DOMINGOS POUBEL DE CASTRO, Secretário Fe<strong>de</strong>ral<strong>de</strong> Controle do Ministério da Fazenda.COMISSÃO ESPECIALPEC 89-A/95NÚMERO DE VEREADORESAVISOSPROPOSiÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTODE EMENDAS (10 SESSÕES)PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO(Art. 202, § 3 2 )Decurso: 1 9 diaÚltino dia: 10.06.99PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO Nll 89-A, DE1995 - do Sr. Nicias Ribeiro e Outros - que ·dá nova redaçãoao inciso IV do artigo 29 da Constituição Fe<strong>de</strong>ra'".RELATOR: Deputado ZEZÉ PERRELLA.Apreciação do Parecer do Relator-Geral.PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO NSI96-A, DE1992 - do Sr Hélio Bicudo - que ·introduz modificações naestrutura do' Po<strong>de</strong>r Judiciário·. (Apensadas as PEC's n~112-A/95, 127-A/95, 215-AJ95, 368..AI96 e 500-A/97)•.RELATOR-GERAL: Deputado ALOYSIO NUNESFERREIRA.PARECER: favorávél, com substitUtivO.ICOMISSÃO ESPECIALPEC 627-A/98 - MUNiCípIOSLocal: Plenário 14, Anexo \IHorário: 9h30minAUDIÊNCIA PÚBLICAConvida<strong>dos</strong>:- S.... JANE PASQUINELLI CASTELLO, Presi<strong>de</strong>nte da Fe<strong>de</strong>raçãoNacional do Fisco Municipal - FENAFIM; e- . Sr.s. RELlNDO SCHLEGEL e CLEISON DIOTALEVI Pre-. ,si<strong>de</strong>nte e Assessor Jurídico da Associação Brasileira <strong>de</strong>Servidores <strong>de</strong> Câmaras Municipais - ABRASCAM.AVISOSPROPOSIÇÕES EM FAS~ DE RECEBIMENTODE EMENDAS (10 SESSOES)PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃOÚltimo dia: 14.06.99(Decido do Presi<strong>de</strong>nte da Câmala.<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>)PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO N5I 627-A.DE 1998. que ·altera os arts. 29 e 212 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral".(Apensada a PEC 482197). .RELATOR: Deputado RpNALDO CEZAR COELHONOTA:FORMULÁRIO PARA EMENDAS DISPONíVEL NASSECRETARIAS DAS COMISSÕES.HORÁRIO: DE09:00 ÀS 12:00 E 13:30 ÀS 18:30(Encerra-se a sessão às 19 horas e 7 minutos.)


- Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27069DECISÕES DA PRESIDÊNCIADECISÃO DA PRESIDÊNCIAEncontram-se <strong>em</strong> tramitação na Casa, com osrespectivos apensa<strong>dos</strong>, os Projetos <strong>de</strong> Lei nlls2.787/97, do Deputado Eduardo Jorge, que estabeleceque o porte <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo legal será exclusivopara militares; 392/99, do Deputado Enio Bac--­ci, que altera o art. 242 da Lei n 1l 8.069, <strong>de</strong> 13-7-90,e dá outras providências; 998/99, do Deputado HeráclitoFortes, que agrava a pena para qu<strong>em</strong> omitiras cautelas necessárias na guarda <strong>de</strong> arma <strong>de</strong>fogo; e 1.044/99, do Deputado Men<strong>de</strong>s Ribeiro Filho,que altera a Lei n 1l 9.437, <strong>de</strong> 1997, instituindo aobrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> renovação anual do registro <strong>de</strong>armas <strong>de</strong> fogo. 'Tendo <strong>em</strong> vista o fato <strong>de</strong> as referidas proposiçõesdispor<strong>em</strong> sobre matéria análoga ou correlata,<strong>de</strong>termino, nos termos <strong>dos</strong> arts. 142 e 143, do RegimentoInterno, a apensação <strong>de</strong> todas e seus respectivosapensa<strong>dos</strong> ao Projeto <strong>de</strong> Lei nº 2.787/97.Publique-se.Em 9-6-99. - Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.DECLARAÇÃO DE PREJUDICIÀLlDADEDeclaro, nos termos do art. 164, inciso I, § 4º,do Regimento Interno, a prejudicialida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> Projetos<strong>de</strong> Lei nlls 2.690/89, do Deputado José Luiz <strong>de</strong>Sá, que dispõe sobre a comercialização <strong>de</strong> armas<strong>de</strong> fogo, e 4.631/98, da Deputada Célia Men<strong>de</strong>s,seu apensado.Em conseqüência, <strong>de</strong>termino a <strong>de</strong>sapensação<strong>dos</strong> Projetos <strong>de</strong> Lei nlls 998/99, do Deputado HeráclitoFortes, que agrava a pena para qu<strong>em</strong> omitir as cautelasnecessárias na guarda <strong>de</strong> arma <strong>de</strong> fogo; e1.044/99, do Deputado Men<strong>de</strong>s Ribeiro Filho, que alteráaLei n 1l 9.437/97, instituindo a obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>renovação anual do registro <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> fogo, doProjeto <strong>de</strong> Lei n ll 2.690/89, por não restar<strong>em</strong> prejudica<strong>dos</strong>.Publique-se.-Em 9-6-99. - Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.REQUERIMENTO'Requer, nos termos regimentais, aretirada <strong>dos</strong> projetos <strong>de</strong> lei que menciona.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,.Requeiro a Vossa Eixcelência, nos termos doart. 104 do Regimento Interno, a retirada <strong>dos</strong> Projetos<strong>de</strong> Lei nlls 187/99, que estabelece as condições <strong>de</strong>compra


27070 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999<strong>de</strong> tertido sua tramitação encerradá: Ofi<strong>de</strong>-sêao Requerentee, após, publique-se. Em ·15-2-1999. - MichelT<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.Retifico o presente <strong>de</strong>spacho, para <strong>de</strong>terminaro <strong>de</strong>sarquivamento, nos termos doart. 105 do RICO, do PL n 2 1.394/91, inclurdo,in<strong>de</strong>vidamente, na relação <strong>de</strong> proposiçõescujo <strong>de</strong>sarquivamento foi in<strong>de</strong>ferido.Oficie-se ao Requerente.Em 9-6-99. - Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.ATOS DA PRESIDÊNCIA 'O Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nouso das atribuições que lhe confere o art. 1 11 , it<strong>em</strong> I,alrnea a, do Ato da Mesa n ll 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1990, resolve exonerar, <strong>de</strong> acordo com o art. 35, it<strong>em</strong>I, da Lei n ll 8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990,ADALBERTO ALVES DE OLIVEIRA, ponto n ll12257, do cargo <strong>de</strong> Assessor Técnico Adjunto C,CNE-12, do Quadro <strong>de</strong> Pessoal da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,que exerce no Gabinete do Ll<strong>de</strong>r do Governono Congresso Nacional.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.O Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nouso das atribuições que lhe confere o art. 1 11 , it<strong>em</strong> I,alrnea a, do Ato da Mesa na 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1990, resolve exonerar, <strong>de</strong> acordo com o art. 35, it<strong>em</strong>I, da Lei n ll 8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990,ALEXANDRE DE J::SUS SILVA YANES, ponto n ll12834, do cargo· <strong>de</strong> Assessor Técnico Adjunto O,CNE-14, do Quadro <strong>de</strong> Pessoal da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,que exerce no Gabinetedo Ll<strong>de</strong>r do Governono Congresso Nacional.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999.­Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.,O Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nouso das atribuições que lhe confere o art. 1 11 , it<strong>em</strong> I,alrnea a, do Ato da Mesa n ll 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1990, resolve exonerar, <strong>de</strong> acordo com o art. 35, it<strong>em</strong>I, da Lei n ll 8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990,CRISTOVÃO PATR[CIO DE SENA, pOnto na 12837,do cargo <strong>de</strong> Assistente Técnico <strong>de</strong> Gabinete AdjuntoO, CNE-15, do Quadro <strong>de</strong> Pessoal da Câmara <strong>dos</strong>Deputa<strong>dos</strong>, que exerce no Gabinete do U<strong>de</strong>r do Governono Congresso Nacional.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.O Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nouso das atribuições que lhe confere o art. 1.ll, it<strong>em</strong> I,alrnea a, do Ato da Mesa n Q 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1990, resolve exonerar, <strong>de</strong> acordo com o art. 35, it<strong>em</strong>I, .da Lei n ll 8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990,DANIEL ANTONIO DOS SANTOS, ponto n.ll 13044,do cargo <strong>de</strong> Assistente <strong>de</strong> Gabinete Adjunto C,CNE-13, do Quadro <strong>de</strong> Pessoal da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,que exerce no Gabinete do Lí<strong>de</strong>r do Partidoda Frente Liberal.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nouso das atribuições que lhe confere o art. 1.ll, it<strong>em</strong> I,alrnea a, do Ato da Mesa n.ll 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1990, resolve exonerar, <strong>de</strong> acordo com o art. 35, it<strong>em</strong>I, da Lei n.ll8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990, ERICADOUTOR ROCHA DE AMORIM, ponto nl!. 12412, docargo <strong>de</strong> Assistente Técnico <strong>de</strong> Gabinete Adjunto D,CNE-15, do Quadro <strong>de</strong> Pessoal da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,que exerce no Gabinete do Lí<strong>de</strong>r do Governono Congresso Nacional.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nouso das atribuições que lhe confere o art. 11!., it<strong>em</strong> I,alrnea a, do Ato da Mesa nl!. 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1990, resolve exonerar, <strong>de</strong> acordo com o art. 35, it<strong>em</strong>I, da Lei nl!. 8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990,ERNANI DE PAULA MACHADO, ponto nl!. 12892, docargo <strong>de</strong> Assessor Técnico Adjunto D, CNE-14 doQuadro <strong>de</strong> Pessoal da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, queexerce no Gabinete do Lí<strong>de</strong>r do Governo no CongressoNacional.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara .<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nouso das atribuições que lhe confere o art. 1.ll, it<strong>em</strong> I,alrnea a, do Ato da Mesa nl!. 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1990, resolve exonerar, <strong>de</strong> acordo com o art. 35, it<strong>em</strong>I, da Lei nl!. 8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990,JOAQUIM ARANTES NETO, ponto n ll 12445, do cargo<strong>de</strong> Assessor Técnico Adjunto C, CNE-12, do Qua-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27071dro <strong>de</strong> Pessoal da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, que exerceno Gabinete do Lí<strong>de</strong>r do Governo no CongressoNacional.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputado~., nouso das atribuições que lhe confere o art. 1 2 ,it<strong>em</strong> I,alínea 8, do Ato da Mesa nl! 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1990, resolve exonerar,<strong>de</strong> acordo com o art. 35, it<strong>em</strong>I, da Lei nl! 8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990,LUCIANO GOMES DE LIMA, ponto nl! 12828, do cargo<strong>de</strong> Assessor Técnico Adjunto D, CNE-14, do Quadro<strong>de</strong> Pessoal da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, que exerceno Gabinete do Lí<strong>de</strong>r do Governo no CongressoNacional.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nouso das atribuições que lhe confere o art. 1 2 , it<strong>em</strong> I,alínea 8, do Ato da Mesa nº 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1990, resolve exonerar, <strong>de</strong> acordo com o art. 35, it<strong>em</strong>I, da Lei n 2 8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990,MARCOS VINICIUS PINTO DA SILVEIRA, ponto nl!12830, do cargo <strong>de</strong> Assessor Técnico Adjunto D,CNE-14, do Quadro <strong>de</strong> Pessoal da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,que exerce no Gabinete do Lí<strong>de</strong>r do Governono Congresso Nacional.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nouso das atribuições que lhe confere o art. 1º, it<strong>em</strong> I,alínea 8, do Ato da Mesa nº 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1990, resolve exonerar, <strong>de</strong> acordo com o art. 35, it<strong>em</strong>I, da Lei nl! 8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990,PAULO HENRIQUE LIMA COSTA, ponto nº 12018,do cargo <strong>de</strong> Assistente Técnico <strong>de</strong> Gabinete AdjuntoD, CNE-15, do Quadro <strong>de</strong> Pessoal da Câmara <strong>dos</strong>Deputa<strong>dos</strong>, que exerce no Gabinete do Lí<strong>de</strong>r do Governono Congresso Nacional.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nouso das atribuições que lhe confere o artigo 1º, it<strong>em</strong> I,alínea 8, do Ato da Mesa nl! 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1990, resolve exonerar, <strong>de</strong> acordo com o artigo 35,it<strong>em</strong> I, da Lei nº 8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990,VITAL DIAS FERREIRA, ponto nº 12.425, do cargo <strong>de</strong>Assessor Técnico Adjunto D, CNE-14, do Quadro <strong>de</strong>Pessoal da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, que exerce no Ga·binete do Lí<strong>de</strong>r do Governo no Congresso Nacional.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, no usodas atribuições que lhe confere o artigo 1 2 , it<strong>em</strong> I, alíneaa, do Ato da Mesa nº 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1990, resolveexonerar, <strong>de</strong> acordo com o artigo 35, it<strong>em</strong> I, da Lei nº8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990, VERÔNICA MARIASANT'ANNA SABINO DE OLIVEIRA, ponto nº 12.752,do cargo <strong>de</strong> Assessor Técnico Adjunto D, CNE-14, doQuadro <strong>de</strong> Pessoal da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, queexercia no Gabinete do Lí<strong>de</strong>r do Gov<strong>em</strong>o no CongressoNacional, a partir <strong>de</strong> 1 2 <strong>de</strong> junho do corrente ano.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, no usodas atribuições que lhe confere o artigo 1 2 , it<strong>em</strong> I, alínea8, do Ato da Mesa nº 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1990, e oartigo 6º da Lei nº 8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990,resolve nomear, na forma do artigo 9º, it<strong>em</strong> 11, da Lei nº8.112, citada DAVIMAR PEREIRA para exercer, noGabinete do Lí<strong>de</strong>r do Gov<strong>em</strong>o no Congresso Nacional,o cargo <strong>de</strong> Assessor Técnico Adjunto C, CNE-12, doQuadro <strong>de</strong> Pessoal da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, criadopelo Ato da Mesa n 2 40, <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1996, combinadocom o parágrafo único do artigo 1º do Ato da Mesa nº1, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1999.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, no usodas atribuições que lhe confere o artigo 1º, it<strong>em</strong> I, alínea8, do Ato da Mesa nl! 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1990, resolvenomear na forma do artigo 9º, it<strong>em</strong> 11, da Lei nº8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990, FLÁVIA DESOUZA MARQUEZ MORAIS para exercer, no Gabinetedo Lí<strong>de</strong>r do GovernonoCongresso Nacional, o cargo<strong>de</strong> Assessor Técl)ico,'CNE-07, do Quadro <strong>de</strong> Pessoalda Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nos termos da lotação fixadapelo Ato da Mesa nº 40, <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1996.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho qe 1999. ­Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.


27072 Quinta-feira 10DIÁRIO DA cÂMARA DOS DEPUTADOSo Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>: Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nouso das atribuiç(íes que lhe confere o artigo 1 12 , it<strong>em</strong>I, alínea a, do Ato da lvlesa n Q 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1990, e o artigo 5 12 da Lei nº 8.112 <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro<strong>de</strong> 1990, res:>lve nomear, na forma do artigo 9 12 ,it<strong>em</strong> 11, da Lei n Q 8.11 ~!, citada, JOÃO BATISTA DEMOURA para exercer no Gabinete do Lí<strong>de</strong>r do Partidoda Frente Liberal, o cargo <strong>de</strong> Assistente Técni­'co <strong>de</strong> Gabinete Adjunto C, CNE-13, do Quadro <strong>de</strong>Pessoal, da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, criado pelo artigo2 2 do Ato da Mesa nº 2, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong>1999.Câmara do:~ Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Michel T<strong>em</strong>mer, Pres:<strong>de</strong>nte.o Presi<strong>de</strong> ,te da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nouso das atribuiçõ3s qUi~ lhe confere o artigo 1 12 , it<strong>em</strong> I,alínea a, do Ato ja Musa nº 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1990, e o artigo 6'! da L i 3i nº 8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro<strong>de</strong> 1990, resolve nomear, na forma do artigo 9 12 , it<strong>em</strong>11, da Lei nº 8.112, citada MARCELO CARNEIROMEDEIROS DE SOUZA para exercer, na Diretoria-GeraI,o cargcl <strong>de</strong> Assistente Técnico <strong>de</strong> GabineteAdjunto D, CNE-'15, do Quadro <strong>de</strong> Pessoal da Câmara<strong>dos</strong> Deputadcis, criado pelo artigo 1 12 do Ato daMesa n Q 91, <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong>.1998, combinado com oparágrafo único do artigo 1 Q 'do Ato da Mesa n Q 1, <strong>de</strong>24 <strong>de</strong> fevereiro d'3 199~.Câmara don Dep.Jta<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Michel T<strong>em</strong>er, Presidonte.Junho <strong>de</strong> 1999o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nouso das atribuições que lhe confere o artigo 112, it<strong>em</strong>I, alínea a, do Ato da Mesa n 2 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong>1990, e o artigo 6 12 da Lei nº 8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro<strong>de</strong> 1990, resolve nomear, na forma do artigo 9 12 ,it<strong>em</strong> 11, da Lei n Q 8.112, citada olivlA MARIA lEITESEVERINO para exercer, no Gabinete do Lí<strong>de</strong>r dõPartido da Social D<strong>em</strong>ocracia Brasileira, o cargo <strong>de</strong>Assistente Técnico <strong>de</strong> Gabinete Adjunto D, CNE-15,do Quadro <strong>de</strong> Pessoal da Câmàra <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,criado pelo artigo 1 2 do Ato da Mesa n Q 27, <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong><strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1995, combinado com o parágrafo únicodo artigo 1 2 do Ato da Mesa nº 1, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> fevereiro<strong>de</strong> 1999.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Michel T<strong>em</strong>er, Presi<strong>de</strong>nte.o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, no usodas atribuições que lhe confere o artigo 1 12 , it<strong>em</strong> I, alíneaa, do Ato da Mesa n Q 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1990, e oartigo 6 12 da Lei n Q 8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1990,resolve nomear, na forma do artigo 912, it<strong>em</strong> 11, da Lei n Q8.112, citada SÁVIO DE LIMA CARNEIRO para exercer,no Gabinete do Li<strong>de</strong>r do Partido da Social D<strong>em</strong>ocraciaBrasileira, o cargo <strong>de</strong> Assistente Técnico <strong>de</strong> GabineteAdjunto D, CNE-15, do Quadro <strong>de</strong> Pessoal daCâmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, criado pelo artigo 2 2 do Ato daMesa n Q 2, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1999.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Michel T<strong>em</strong>mer, Presi<strong>de</strong>nte.o Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, nouso das atribuições que lhe 'confere o artigo 1 12 , it<strong>em</strong>I, alínea a, do Ato da Mesa· n Q 205, <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> junho<strong>de</strong> 1990, e o artilJo 6 12 da Lei n Q 8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro<strong>de</strong> 1990, resol'fe nomear, na forma do artigo9 2 , it<strong>em</strong> 11, <strong>de</strong>, Lei n 2 8.112, citada MARIAJUSCIMAR ORJ~NY GAMARGO para exercer, noGabinete do Lí<strong>de</strong> r do Governo no Congresso Nacional,o cargo <strong>de</strong> Assessor Técnico Adjunto C,CNE-12, do Quadro dE' Pessoal da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,nos termos ('a lotação fixada pelo Ato daMesa n Q 40, <strong>de</strong> ti <strong>de</strong> jlilho <strong>de</strong> 1996, combinado como parágrafo único do artigo 1 12 do Ato da Mesa nº 1,<strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> fevereim <strong>de</strong> 1999.Câmara dO~i Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999.­Michel T<strong>em</strong>er, Presidé'nte.REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÃOCOMISSÃO DE MINAS E ENERGIAREQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESNQ 966, DE 1999(Do Sr. Fernando Ferro)Solicita estudo comparativo ao Br.Ministro das Minas e Energia a respeliodo <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho das <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> energiaelétrica privatizadas e estatais.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Requeiro a V. Ex!! com base no art. 50 daConstituição Fe<strong>de</strong>ral e na forma <strong>dos</strong> arts. 115 e 116do Regimento Interno, que ouvida a Mesa seja solicitadaao Sr. Ministro das Minas e Energia o encaminhamentoa esta casa <strong>de</strong> estudo comparativo do<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho das <strong>em</strong>presas do setor elétrico, privati-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27073zadas <strong>em</strong> relação àquelas que se mantiveram estatais,CEB, Furnas, CELP, Copel e C<strong>em</strong>igJustificaçãoDurante o ano <strong>de</strong> 1996, a CEB foi consi<strong>de</strong>radapela Revista Exame, como' sendo a <strong>em</strong>presa do setorelétrico <strong>de</strong> melhor <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho consi<strong>de</strong>rando onível <strong>de</strong> satisfação <strong>de</strong> seus usuários. Em 1998, estamesma estatal, foi a primeira <strong>em</strong>presa pública a recebero Selo "Empresa Cidadã" concedido pelo Ibase<strong>em</strong> função <strong>de</strong> seu Balanço Social.Furnas, com uma potência instalada, <strong>de</strong>·9.100MW, é uma das maiores geradoras da Am'érica Latina.Seu faturamento é da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$4,1 bilhõespor ano e, só no ano passado, seu lucro líquido foida or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$470 milhões.Dado esses fatos, julgo oportuno que tenhamosestudo mais apropriado com base nos diferentes<strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhos <strong>de</strong> forma a subsidiar nossos posicionamentosfrente ao Programa <strong>de</strong> DesestatizaçãoNacional.Sala das Sessões, 13 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999. - DeputadoFernando Ferro.OF.86/99Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Brasília, 25 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999.Faço chegar às mãos <strong>de</strong> V. Ex!! requerimento<strong>de</strong> informação <strong>de</strong> autoria do Senhor Fernando Ferro,aprovado por esta Comissão <strong>em</strong> reunião ordináriarealizada nesta data, solicitando encaminhamentoao Ministério <strong>de</strong> Minas e Energia.Na oportunida<strong>de</strong>, renovo a V. Ex!! meus protestos<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ração e apreço. - Deputado GilbertoKassab, Presi<strong>de</strong>nte.VotoEstando <strong>de</strong> acordo com o art. 50, § 2 2 daConstituição Fe<strong>de</strong>ral, com os arts. 115 e 116 doRegimento Interno da Casa, voto pelo encaminhamento.Sala <strong>de</strong> Reuniões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoHeráclito Fortes, Primeiro Vice-Presi<strong>de</strong>nte,Relator.Defiro, ad referendum da Mesa.Em 9-6-99. - Heráclito Fortes, 1 2Vice-Presi<strong>de</strong>nte no exercício da Presidência.REQUERIMENTO DE INFORMAÇOESN 2 968199(Do Sr. Dep. Luiz Bittencourt)Solicito informações do Sr. Ministroda Saú<strong>de</strong> a respeito da falta <strong>de</strong>cumprimento da chamada Lei <strong>dos</strong> Genéricos,que estabelece que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> oúltimo dia 5 <strong>de</strong> maio os laboratórios<strong>de</strong>veriam estampar nas <strong>em</strong>balagens onome do princípio ativo do medicamento(nome genérico) do mésmo tamanhodo nome <strong>de</strong> fantasia (marca comerciai).Sr. Presi<strong>de</strong>nte,Com fulcro no art. 50, § 2º, da Constituição Fe<strong>de</strong>ral,e nos arts. 24, inciso V e § 2º, e 115, inciso I,do Regimento Interno, solicito a V. Ex!! seja encaminhadoao Sr. Ministro da Saú<strong>de</strong> o seguinte pedido<strong>de</strong> informações:a) Quais os motivos da falta <strong>de</strong> cumprimentoda chamada Lei <strong>dos</strong> Genéricos, que<strong>de</strong>termina aos laboratórios estampar<strong>em</strong> nas<strong>em</strong>balagens o nome do medicamento ativo(nome genérico) do mesmo tamanho donome <strong>de</strong> fantasia (marca comercial), que<strong>de</strong>veria entrar <strong>em</strong> vigência <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o últimodia 5 <strong>de</strong> maio?b) Porque o Ministério da Saú<strong>de</strong> e asentida<strong>de</strong>s associadas ao setor não conseguiramchegar a um acordo <strong>em</strong> relação asregulamentações?c) Porque o Ministério não impl<strong>em</strong>entaa Lei nos produtos on<strong>de</strong> há viabilida<strong>de</strong> paraa rotulag<strong>em</strong> e continua a discussão sobreos medicamentos probl<strong>em</strong>áticos, com a falta<strong>de</strong> espaço para incluir to<strong>dos</strong> os princípiosativos, no caso <strong>de</strong> haver mais <strong>de</strong> dois, porex<strong>em</strong>plo?d) Qual o prazo que o Ministério daSaú<strong>de</strong> preten<strong>de</strong> solicitar ao Presi<strong>de</strong>nte daRepública para cumprir a Lei?e) Enquanto isso não acontece, qu<strong>em</strong>se responsabiliza pelos prejuízos do consumidor?f) Quais as medidas concretas adotadaspelo Ministério para cumprir a Lei aprovada<strong>em</strong> janeiro <strong>de</strong>ste ano?Sala das Sessões, 1º <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - LuizBittencourt, Deputado.


27074 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999VotoEstando <strong>de</strong> acordo com o art. 50, § 2 2 , da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral e com os arts. 115 e 116 do RegimentoInterno da Casa, voto pelo encaminhamento.Sala <strong>de</strong> Reuniões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoHeráclito Fortes, 1 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte, Relator.Defiro, ad referendum da Mesa.Em 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - HeráclitoFortes, 1 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte no exercício daPresidência.REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN 2 969/99Requer Informação do Ministériodas Relações Exteriores sobre os documentosque o governo brasileiro apresentaráà Organização Mundial do Comércio- OMC sobre o uso da fibra crisotilano Brasil, além <strong>de</strong> informações sobrea utilização <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> assessoriapago pela <strong>em</strong>presa Eternlt.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Requeiro nos termos do § 2l! do art. 50 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral combinado com o art. 115 do RegimentoInterno da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, seja encaminhadaao Ministro das Relações Exteriores, Senhor FelipeLampreia, o seguinte requerimento <strong>de</strong> informação:• a teor <strong>dos</strong> documentos que serão apresenta<strong>dos</strong>à organização Mundial do Comércio <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndoa continuida<strong>de</strong> da utilização comercial <strong>de</strong>amianto.• a Ministério das relações Exteriores recebeusubsídios <strong>de</strong> assessores contrata<strong>dos</strong> pela <strong>em</strong>presaEternit? Caso tenha recebido, esse procedimento écomum <strong>em</strong> casos s<strong>em</strong>elhantes e que envolvam interessesda <strong>em</strong>presa envolvida?Justificaçãoa jornal Gazeta Mercantil publicou <strong>em</strong> 27 <strong>de</strong>maio <strong>de</strong> 1999, artigo intitulado "Brasil <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ráamianto na aMC". Como sou autor do projeto <strong>de</strong> leinl! 2.186/96, que prevê o banimento do amianto <strong>em</strong>nosso país, por esta fibra ser comprovadamente nocivaà saú<strong>de</strong> das pessoas expostas a este produto,solicito estas informações acima,' por achar preocupanteo teor da matéria publicada.A França e outros países da União Européiabaniram esta fibra por estimar<strong>em</strong> que cerca <strong>de</strong> 250mil pessoas estão con<strong>de</strong>nadas a morte por doençaspulmonares causadas pelo amianto, a saber, asbestose,câncer e mesotelioma.São vários os casos constata<strong>dos</strong> <strong>em</strong> nosso paíscausa<strong>dos</strong> pelo uso continuado do amian~o. Por acompanhareste assunto há algum t<strong>em</strong>po, julgo ser damaior gravida<strong>de</strong> que o Brasil vá à aMC <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r aprodução e o uso da fibra e que, além disso, estejaassessorado pela Eternit, <strong>em</strong>presa diretamente envolvidano caso.Sala das sessões, 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoEduardo Jorge PT/SP.VotoEstando <strong>de</strong> acordo com o art. 50, § 2 2 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral, e com os arts. 115 e 116 do regimentoInterno da Casa, voto pelo encaminhamento.Sala <strong>de</strong> Reuniões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoHeráclito Fortes, Primeiro Vice-Presi<strong>de</strong>nte, Relator.Defiro, ad referendum da Mesa.Em 9-6-99. - Heráclito Fortes, 1 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nteno exercício da Presidência.REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃONQ 970, DE 1999(Do Sr. Geraldo Magela)Solicita informações ao Sr. Ministrodã Fazenda sobre as operações <strong>de</strong> <strong>em</strong>préstimosefetuadas entre o Banco doBrasil S.A. e a construtora Encol•Sr. Presi<strong>de</strong>nte,Com fundamento no art. 50, § 2 2 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral e nos arts. 24, Ve § 2 2 , e 115 do RegimentoInterno, requeiro a yossa Excelência que, ouvida aMesa, seja encaminhado ao Sr. Ministro da Fazendao seguinte pedido <strong>de</strong> informações:a) qual o inteiro teor do relatório da Secretaria<strong>de</strong> Controle Interno do Ministério daFazenda sobre as operações <strong>de</strong> <strong>em</strong>préstimosefetuadas entre o Banco do Brasil S.A.e a construtora Encol;b) que providências foram tomadaspelo Ministério para assegurar a recuperação<strong>dos</strong> valores <strong>em</strong>presta<strong>dos</strong>.JustificaçãoAtualmente, a construtora Encol, cuja falênciafoi <strong>de</strong>cretada no mês <strong>de</strong> março passado, t<strong>em</strong> uma dívida<strong>em</strong> torno <strong>de</strong> R$200 milhões com o Banco do Brasil,valor que dificilmente será recuperado, tendo <strong>em</strong>vista o elevado valor <strong>dos</strong> compromissos trabalhistas efiscais da massa falida.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-teira 10 27075Em auditoria realizada internamente, com o fim, <strong>de</strong> apurar as relações entre o Banco do Brasil e aEncol no período <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1992 a <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong>1997, foram apontadas irregularida<strong>de</strong>s na concessão<strong>de</strong> créditos à construtora. Foi sugerida, ainda, a <strong>de</strong>missão<strong>de</strong> seis funcionários do Banco.Posteriormente, o Conselho Fiscal do Bancodo Brasil realizou investigações própria. No últimodia 2 <strong>de</strong> março, o Conselho Fiscal aprovou parecerdo conselheiro Carlos Alberto <strong>de</strong> Araújo, o qual contestaa auditoria realizada, isenta <strong>de</strong> culpa os funcionáriose aponta para a responsabilização da DireçãoGeral do Banco, <strong>em</strong> especial do Diretor <strong>de</strong> Crédito,do Diretor <strong>de</strong> Finanças e do Diretor <strong>de</strong> recursos Humanos.Esse antagonismo verificado nas duas apurações<strong>de</strong>ixa latente a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> responsabilizaçãoe punição <strong>de</strong> pessoas que <strong>de</strong> fato não foram ascausadoras do prejuízo ao Banco, enquanto verda<strong>de</strong>irosresponsáveis po<strong>de</strong>m ficar impunes.No dia 26 <strong>de</strong> março, o Conselho <strong>de</strong> Administraçãodo Banco do Brasil reuniu-se extraordinariamentepara apurar a responsabilida<strong>de</strong> pela concessão<strong>dos</strong> <strong>em</strong>préstimos. Nessa data, o Conselho <strong>de</strong>cidiu,entre outras coisas, solicitar ao Ministério da F~zendaa realização <strong>de</strong> auditoria especial, com o fim <strong>de</strong><strong>em</strong>itir parecer sobre as divergências constatadasentre o laudo da auditoria interna e o relatório doConselho Fiscal.No dia 27 <strong>de</strong> maio, o Ministério da fazenda enviouà CPI <strong>dos</strong> Bancos, <strong>em</strong> funcionamento no Senaodo Fe<strong>de</strong>ral, um relatório da Secretaria <strong>de</strong> ControleInterno confirmando que o Banco do Brasil <strong>de</strong>srespeitouvárias normas da própria instituição para beneficiara Encol. Esse relatório ratifica a auditoria interna,<strong>de</strong>squalifica o relatório do Conselho Fiscal. ecorrobora o pedido <strong>de</strong> <strong>de</strong>missão <strong>de</strong> funcionários doBanco.A nosso ver, as informações do Ministro sobreesse relatório servirá para pôr fim às dúvidas que pairamsobre a responsabilida<strong>de</strong> por esse prejuízo <strong>de</strong>R$200 milhões que o Banco do Brasil está prestes aamargar.Pelo exposto, esperamos ver o presente requerimentoaprovado pela Mesa e <strong>de</strong>vidamente processado.Sala das Sessões, 1Q <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoGeraldo Magela PT - DF.VotoEstamos <strong>de</strong> acordo com o art. 50, §2 Q daConstituição Fe<strong>de</strong>ral, e com os arts. 115 e 116 doregimento Interno da casa, voto pelo encaminhamento.Sala <strong>de</strong> Reuniões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoHeráclito Fortes, Primeiro Vice-Presi<strong>de</strong>nte, Relator.Defiro, ad referendum da Mesa.Em 9-6-99. - Heráclito Fortes, 1º Vice-Presi<strong>de</strong>nteno exercício da Presidência.REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN 2 972 DE 1999(Do Sr. Ben-Hur Ferreira)Solicita informações ao Sr. Ministroda Educação sobre criação <strong>de</strong> programapara aumentar o número <strong>de</strong> estudantesnegros na Universida<strong>de</strong>.Com fundamento no art. 50, § 2 9 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral e nos arts. 24, inciso V e § 2 9 , e 115, inciso I,do Regimento Interno. solicito a V. Exª seja encaminhadoao Sr. Ministro da Educação o seguinte pedido<strong>de</strong> informações:1) Quais iniciativas no âmbito do Ministérioda Educação estão <strong>em</strong> andamento visandoa ampliação do número <strong>de</strong> estudantesnegros nas universida<strong>de</strong>s?2) Qual a relação <strong>dos</strong> cursospré-vestibulares que serão beneficia<strong>dos</strong>pelo programa <strong>de</strong> apoio do Ministério daEducação?3) Qual a orig<strong>em</strong> <strong>dos</strong> recursos <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong>à criação <strong>de</strong> bolsa <strong>de</strong> estu<strong>dos</strong> para negrosuniversitários, levando-se <strong>em</strong> conta oque dispõe a medida provisória nº 1.827, <strong>de</strong>27-5-99, que dispõe sobre o Fundo <strong>de</strong> Financiamentoao Estudante do Ensino Superior?JustificaçãoDes<strong>de</strong> a Pesquisa Nacional por Amostra <strong>de</strong>Domicílio (PNAD) <strong>de</strong> 1982, com seu supl<strong>em</strong>ento es-. pecial sobre educação, que há da<strong>dos</strong> oficiais disponíveissobre a apropriação <strong>de</strong>sigual <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>seducacionais por partes <strong>dos</strong> negros enão-negros e os efeitos da discriminação racial atrajetória escolar <strong>dos</strong> afro-<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes. Não surpreen<strong>de</strong>uportanto a ampla divulgação pela imprensa<strong>de</strong> informações dando conta <strong>de</strong> que o GovernoFe<strong>de</strong>ral (ver, p. ex., Jornal do Brasil, edição <strong>de</strong>29-4-99; p. 6) preten<strong>de</strong> lançar no ~~"'Jun<strong>dos</strong><strong>em</strong>estre<strong>de</strong> 1999 programa<strong>de</strong> apoio a estudantes negros. Oreferido programa vi§l.s garantir o funcionamento <strong>de</strong>cursos pré-vestibulares e a criação <strong>de</strong> bolsas para a


27076 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999manutenção <strong>dos</strong> estudantes negros nas universida<strong>de</strong>s.Como as características do referido programanão foram <strong>de</strong>talhadas no noticiário e o seu anúnciomotivou um conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas ao nosso gabinete,julgamos oportuno solicitar ao Ministério daEducação as informações necessária.Sala das Sessões, 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Ben-Hur Ferreira, DeputadoFe<strong>de</strong>ral- PT/MS.VotoEstando <strong>de</strong> acordo com o art. 50, § 2 2 daConstituição Fe<strong>de</strong>ral, e com os arts. 115 e 116 doRegimento Interno da Casa, voto pelo encaminhamento.Sala <strong>de</strong> Reuniões, 29 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoHeráclito Fortes, Primeiro Vice-Presi<strong>de</strong>nte,Relator.Defiro, ad referedum da Mesa.Em 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - HeráclitoFortes, 1 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>em</strong> exercício naPresidência.REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃON2 973, DE 1999(Do Sr. Saraiva Felipe)Solicito Informações ao Ministro <strong>de</strong>Estado da Previdência e Assistência Sociala respeito do Serviço <strong>de</strong> Atendimentoao Cidadão - SACSenhor Presi<strong>de</strong>nte,Nos termos do art. 50, § 2 2 da Constituição Fe<strong>de</strong>ralcombinado com os arts. 115 e 116 do RegimentoInterno da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> solicitamosseja encaminhado ao Senhor Ministro da Previdênciae Assistência Social o seguinte requerimento<strong>de</strong> informações:O Programa <strong>de</strong>nominado "Serviço <strong>de</strong> Atendimentoao Cidadão - SAC", criado e impl<strong>em</strong>entadopelo MPAS, <strong>em</strong> diversos pontos do território nacional,t<strong>em</strong> um i<strong>de</strong>ário que na concepção correspon<strong>de</strong> aosjustos anseios <strong>dos</strong> milhões <strong>de</strong> segura<strong>dos</strong> da PrevidênciaSocial no Brasil. .Entretanto, n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre concepção e práticaestão <strong>em</strong> perfeita sintonia e diversas informações originadas<strong>de</strong> várias áreas têm levantado questionamentosimportantes sobre possíveis <strong>de</strong>svios e irregularida<strong>de</strong>sna implantação <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s do SAC <strong>em</strong> váriascida<strong>de</strong>s.Diante do exposto, requer<strong>em</strong>os do ilustre Ministrodo MPAS as seguintes informações:1) Quantas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> SAC estão, implantadase quantas <strong>em</strong> curso <strong>de</strong> implantação?2) Qual o custo médio <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong>ssasunida<strong>de</strong>s?3) Qual o custo <strong>de</strong> manutenção, <strong>de</strong>scriminando-se:a) custo com o pessoal do próprio INSS;b) custo com pessoal contratado;c) custo com a locação do imóvel e respectivocondomínio;d) <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> terceirização, indicar o contratado,o valor do contrato e a respectiva forma <strong>de</strong> pagamento.4) Quais os recursos orçamentários <strong>de</strong>stina<strong>dos</strong>a cobertura das <strong>de</strong>spesas com os SAC (indicar a fonte)e os recursos financeiros que estão sendo utiliza<strong>dos</strong>na liquidação <strong>de</strong>ssas <strong>de</strong>spesas?5) Como estão sendo contabilizadas as <strong>de</strong>spesascom as unida<strong>de</strong>s do SAC e quais as rubricas utilizadas?Sala das Sessões , 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoSaraiva Felipe, PMDB - MG.Voto:Estando <strong>de</strong> acordo com o art. 50, § 2º da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral e com os arts. 115 e 116 do RegimentoInterno da Casa, voto pelo encaminhamento.Sala <strong>de</strong> Reuniões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeptadoHeráclito Fortes - Primeiro Vice-Presi<strong>de</strong>nte, Relator.Defiro, ad refrendum da MesaEm 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - HeráclitoFortes, 1º Vice-Presi<strong>de</strong>nte no exercício daPresidência.REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃON 2 974, DE 1999(Do Senhor Mareio Bitiar)"Solicita ao Senhor Ministro da Agriculturae do Abastecimento Informaçõessobre os programas impl<strong>em</strong>enta<strong>dos</strong> aofomento e apoio à produção <strong>de</strong> borrachae gerenciamento <strong>de</strong> usinas <strong>de</strong> beneficiamentonos municípios <strong>de</strong> Santarém (PA)Xapurí e Sena Madureira (AC).Senhor Presi<strong>de</strong>nte:Com fundamento no art. 50, § 2º, da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral e nos arts. 24 inciso Ve § 2 2 , e 115, incisoI, do Regimento Interno, solicito a Vossa Excelência,seja encaminhado ao Senhor Ministro da Agriculturae Abastecimento o seguinte pedido <strong>de</strong> informações:


junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27077Com o objetivo <strong>de</strong> melhor conhecer e acompanhara política do Governo Fe<strong>de</strong>ral para a Amazônia,que tenho a honra <strong>de</strong> representar no Parlamento comoDeputado Fe<strong>de</strong>ral pelo Acre, venho solicitar <strong>de</strong> VossaExcelência, informações a respeito <strong>dos</strong> programas impl<strong>em</strong>enta<strong>dos</strong>pelo Ministério da Agricultura e do Abas·tecimento nos últimos quatro anos relativamente àspopulações tradicionais, mais ~specificamente ao fomentoe apoio à produção <strong>de</strong> borracha, e gerenciamento<strong>de</strong> usinas <strong>de</strong> beneficiamento, nos municípios <strong>de</strong>Santarém (PA), Xapuri e Sena Madureira (AC).Seria <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia que essas informaçõesfoss<strong>em</strong> acompanhadas <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong> contas <strong>dos</strong>recursos libera<strong>dos</strong> para Cooperativas e Associaçõesdas áreas referidas, b<strong>em</strong> como a previsão <strong>de</strong> contrataçãopara o presente exercício.Sala pe Sessões, 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoMareio Bittar.VotoEstando <strong>de</strong> acordo com o art. 50, § 2 2 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral, e com os arts. 115 e 116 do RegimentoInterno da Casa, Voto pelo Encaminhamento.Sala <strong>de</strong> Reuniões, 9·6·99. - Deputado HeráclitoFortes, Primeiro Vice-presi<strong>de</strong>nte, Relator.Defiro, ad referendum da Mesa.Em 9-6-99. - Heráclito Fortes, 1 2 Vice-presi<strong>de</strong>nteno exercício da Presidência.REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN2 975, DE 1999(Do Senhor Mareio Bittar)Solicita ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte doInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e<strong>dos</strong> Recursos Naturais Renováveis ­IBAMA Informações sobre recursos daUnião investi<strong>dos</strong> nas usinas <strong>de</strong> beneficiamento<strong>de</strong> borracha nos municípios <strong>de</strong>Sena Madureira e Xapuri (AC), com respectivasprestações <strong>de</strong> contas.Senhor Presi<strong>de</strong>nte:Com fundamento no art. 50, § 2 2 , da Constitui·ção Fe<strong>de</strong>ral e nos arts. 24 inciso V e § 21:1, e 115, incisoI, do Regimento Interno, solicito a Vossa Excelência,seja encaminhado ao Senhor Presi<strong>de</strong>nte do InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente e <strong>dos</strong> Recursos NaturaisRenováveis - IBAMA, o seguinte pedido <strong>de</strong> informa·ções:Com o objetivo <strong>de</strong> melhor conhecer e acompa·nhar a política do Governo Fe<strong>de</strong>ral para a Amazôniae, espedalmente para o Acre, entre as quais se <strong>de</strong>stacamos programas <strong>de</strong> apoio ao extrativismo e àspopulações tradicionais, venho, como -Parlamentarm<strong>em</strong>bro titular da Comissão <strong>de</strong> Defesa do Consumidor,do Meio Ambiente e das Minorias, solicitar <strong>de</strong>Vossa Excelência, informar sobre o montante <strong>de</strong> re·cursos investi<strong>dos</strong> pela União nos últimos quatroanos a qualquer título e programa, nas usinas <strong>de</strong> beneficiamento<strong>de</strong> borracha <strong>de</strong> Sena Madureira e <strong>de</strong>Xapuri no Estado do Acre, com as respectivas presotações <strong>de</strong> contas e alcance <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> produto ebeneficiários.Sala <strong>de</strong> Sessões, 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999.....Deputa·do Mareio Bittar.VotoEstando <strong>de</strong> acordo com o art. 50, § 2 2 daConstituição Fe<strong>de</strong>ral, e com os arts. 115 e 116 doRegimento Interno da Casa, Voto Pelo Encaminhamento.Sala <strong>de</strong> Reuniões, 9-6-99. - Deputado Herá·clito Fortes, Primeiro Vice-presi<strong>de</strong>nte, Relator.Defiro, ad referendum da Mesa.Em 9-6-99. - Heráclito Fortes, 1º Vi·ce-presi<strong>de</strong>nte no exercício da Presidência.REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESN2 976, DE 1999(Do Senhor Marcio Bittar)Solicita ao Senhor Ministro do MeioAmbiente, <strong>dos</strong> Recursos Hídricos e daAmazônia Legal, informações sobreações impl<strong>em</strong>entadas na região no âmbitodo Programa Amazônia Solidária.Senhor Presi<strong>de</strong>nte:Com fundamento no art. 50, § 2º, da Constitui·ção Fe<strong>de</strong>ral e nos arts. 24 inciso Ve § 2º, e 115, incisoI, do Regimento Interno, solicito a Vossa Excelência,seja encaminhado ao Senhor Ministro do Meio Ambi·ente, <strong>dos</strong> Recursos Hídricos e da Amazônia Legal oseguinte pedido <strong>de</strong> informações: -Preocupado <strong>em</strong> acompanhar com exatidão eclareza a política do Governo Fe<strong>de</strong>ral para a Amazônia,que tenho a honra <strong>de</strong> representar no parlamento,venho solicitar <strong>de</strong> Vossa Excelência algumas informaçõessobre ações impl<strong>em</strong>entadas na região noâmbito do programa Amazônia solidária até a presentedata, relativamente ao extrativismo, as quais po<strong>de</strong>mse resumir como abaixo:1. quais os projetos <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> pelo governoe por organizações não governamentais financiadascom recursos da União?2. Qual o montante <strong>de</strong> recursos fínanceiros con·trata<strong>dos</strong> e libera<strong>dos</strong> para cada um?


27078 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 19993. Quais os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> <strong>em</strong> cada um, <strong>em</strong>termos <strong>de</strong> produção e <strong>de</strong> público atendido?4. Houve prestação <strong>de</strong> contas? Encaminhar cópias.Sala <strong>de</strong> Sessões, 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoMareio Bittar.VotoEstando <strong>de</strong> acordo com o ali. 50; § 2ºdçi. ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral, e corri os arts. 115e116 do RegimentoInterno da Casa, Voto Pelo Encaminhamento.Sala <strong>de</strong> Reuniões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoHeráclito Fortes, Primeiro Vice-presi<strong>de</strong>nte Relator.Defiro, ad refereno'lum da Mesa.Em 9-6-99. - Herátclito Fortes; 1º Vi~ce-presi<strong>de</strong>nte no exercício da Presidência.REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESNe 977, DE 19!~9(Do Sr. Augusto Nar<strong>de</strong>s)Solicita informações ao Ministériodo Trabalho e Emprego sobre o número<strong>de</strong> trabalhadores admiti<strong>dos</strong> com carteiraassinada nas micro<strong>em</strong>presas e <strong>em</strong>presas<strong>de</strong> pequeno porte optantes do Sist<strong>em</strong>aIntegrado <strong>de</strong> Pagamento <strong>de</strong> Impostos eContribuições (SIMPLES).Senhor Presi<strong>de</strong>nte:. Requeiro a V. Ex ll , com base no art. 50 daConstituição Fe<strong>de</strong>ral e na forma <strong>dos</strong> arts. 115 e 116do Regimento Interno, que, ouvida a Mesa, sejamsolicitadas informações ao Sr. Ministro do Trabalhoe Emprego, no sentido <strong>de</strong> esclarecer esta Casaquanto ao número <strong>de</strong> trabalhadores admiti<strong>dos</strong> comcarteira assinada nas micro<strong>em</strong>presas e <strong>em</strong>presas<strong>de</strong> pequeno porte que optaram pelo Sist<strong>em</strong>a Integra-. do <strong>de</strong> Pagamento <strong>de</strong> Impostos e Contribuições(SIMPLES), b<strong>em</strong> como acerca daabertura <strong>de</strong>ssa espécie<strong>de</strong> estabelecimento.JustificaçãoA Lei nº 9.317, <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1996, quedispõe sobre o regime tributário das micro<strong>em</strong>presas edas <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> pequeno porte, instituindo o Sist<strong>em</strong>aIntegràdo <strong>de</strong> Pagamento <strong>de</strong> Impostos'e Contribuições<strong>de</strong>sses pequenos <strong>em</strong>preendimentos, foi o resultado<strong>de</strong> anos e anos <strong>de</strong> esforços <strong>dos</strong> Parlamentaresqefensores das pequenas <strong>em</strong>presas. Essa lei t<strong>em</strong> afinalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> regulamentar o art. 179 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral que a elas prevê a aplicação <strong>de</strong> tratamento.jurfdioodifetenciado,·visandoil'ícentivá-Ias mediantesih1plificação .<strong>de</strong>suas obrigações adrílinistrativas, tributárias,previ<strong>de</strong>nciárias e creditícias, ou pela eliminaçãoou redução <strong>de</strong>ssas por meio <strong>de</strong> lei.Estu<strong>dos</strong> <strong>de</strong> 1993 indicavam que as micro<strong>em</strong>presase as <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> pequeno porte eram responsáveispor mais <strong>de</strong> 60% <strong>dos</strong> <strong>em</strong>pregos gera<strong>dos</strong> pelaeconomia nacional. Diante disso, procurou-se incentivara abertura <strong>de</strong>sses <strong>em</strong>preendimentos, com o objetivo<strong>de</strong> se criar postos <strong>de</strong> trabalho ou, pelo menos, regularizá-los,aumentando-se a base <strong>de</strong> arrecadaçãotributária.Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra <strong>de</strong>Domicílios (PNAD), do IBGE, <strong>em</strong> 1995, havia69.628.608 pessoas <strong>de</strong> 10 anos ou mais <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>ocupadas, sendo 35.665.946 <strong>em</strong>pregadas, das quaisapenas 19.664.844 com carteira assinada, ouseja, cerca <strong>de</strong> 55% estavam no setor formal. A mesmapesquisa, <strong>em</strong> 1997, indicava que das 69.331.507pessoas com mais <strong>de</strong> 10 anos ocupadas,36.148.320 tinham vínculo <strong>em</strong>pregatício, das quais19.878.252 possuíam carteira <strong>de</strong> trabalho assinada,ou seja, cerca <strong>de</strong> 54,99%. Assim, passa<strong>dos</strong> doisanos da publicação da referida lei, a situação poucofoi modificada.Inscrevendo-se no Simples, essas <strong>em</strong>presas,conforme seu faturamento, recolh<strong>em</strong> alíquota únicasobre a receita bruta mensal, que varia <strong>de</strong> 3% se areceita for <strong>de</strong> até R$60.000,00 a 8,6% se a receitafor <strong>de</strong> até R$1.200.000,00. Essa contribuição implicapagamento mensal unificado <strong>dos</strong> seguintes tributos:Imposto <strong>de</strong> Renda da Pessoa Jurídica(IRPJ), Imposto sobre Produtos Industrializa<strong>dos</strong>(IPI) e as contribuições para o PIS/Pasep, sobre o LucroLíquido (CSLL), para Financiamento da Segurida<strong>de</strong>Social (Cofins), para Segurida<strong>de</strong> Social e <strong>de</strong>maiscontribuições instituídas pela União (Senai, Sesi, Senac,Sesc, Senat, Sest, Sebrae, Incra, Salário-Educação).Assim, foi r<strong>em</strong>ovido um <strong>dos</strong> maiores obstáculosà formalização do <strong>em</strong>prego pelas pequenas <strong>em</strong>presas,os encargos sociais (a exceção do FGTS), o que<strong>de</strong>veria possibilitar a contratação <strong>de</strong> trabalhadores ea regularização das atuais, na forma do registro <strong>de</strong>suas carteiras <strong>de</strong> trabalho.No entanto, o alto índice <strong>de</strong> informalida<strong>de</strong> permanece<strong>em</strong> mais <strong>de</strong> 50%, apesar <strong>de</strong> tais renúnciastributárias por parte da União, notadamente com relaçãoà Previdência Social, que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> arrecadar,<strong>em</strong> média, 22% sobre a folha <strong>de</strong> salários das pequenas<strong>em</strong>presas.Dessa forma, é importante que a Câmara <strong>dos</strong>Deputa<strong>dos</strong> possa dispor <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> referentes à apli~cação da Lei nº 9.317/96, com o objetivo <strong>de</strong> efetuar


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRlO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27079uma avaliação realista <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> incentivo, notadamentecomo subsídio à análise <strong>de</strong> outros projetos<strong>de</strong>ssa natureza <strong>em</strong> tramitação.Sala das Sessões, 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoAugusto Nar<strong>de</strong>s.VotoEstando <strong>de</strong> acordo com o art. 50, § 2 11 da Constituiçãofe<strong>de</strong>ral, e com os arts. 115 e 116 do RegimentoInterno da Casa, Voto Pelo Encaminhamento.Sala <strong>de</strong> Reuniões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoHeráclito Fortes, Primeiro Vice-presi<strong>de</strong>nte Re-I .lator.Defiro, ad referendum da Mesa.Em 9-6-99. - Herãclito Fortes, 1!l\rice-presi<strong>de</strong>nte no exercício da Presidência.REQUERIMENTO DE INFORMAÇAON 11 978, DE 1999(Do Sr. Deputado Dr. Rosinha)Solicita informaçôes ao Sr. Ministro<strong>de</strong> Estado da Educação sobre a ResidênciaMédica <strong>em</strong> hospitais.Senhor Presi<strong>de</strong>nte:Com fundamento no art. 50, § 2 11 , da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral e nos arts. 24, inciso V e § 2 11 , e 155, incisoI, do Regimento Interno, solicito a V. Ex a seja encaminhadoao Sr. Ministro <strong>de</strong> Estado da Educação o seguintepedido <strong>de</strong> informações:1) Quais são os critérios para autorizar o funcionamentodas Residências Médicas;2) Qual é o tipo <strong>de</strong> controle elou fiscalização sobreas Residências Médicas;3) Quais são as entida<strong>de</strong>s hospitalares, <strong>em</strong> todoo país, que estãCl cre<strong>de</strong>nciadas para fornecer cursos<strong>de</strong> Residência Médica para a formação <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>smédicas;a) Especificar por entida<strong>de</strong>, qual a respectivaespecialida<strong>de</strong> e o início do funcionamento;b) O número <strong>de</strong> vagas, por entida<strong>de</strong>;4) Quais são as entida<strong>de</strong>s que solicitaram aautorização para ter<strong>em</strong> Residência Médica e a partir<strong>de</strong> qual data.Sala das Sessões, 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoDr. Rosinha.VotoEstando <strong>de</strong> acordo com o art. 50, § 2 11 , daConstituição Fe<strong>de</strong>ral, e com os arts. 115 e 116 doRegimento Interno da Casa, Voto pelo Encaminhamento.Sala <strong>de</strong> Reuniões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoHeráclito Fortes, Primeirro Vice-presi<strong>de</strong>nte, Relator.Defiro, ad referendum, da Mesa.Em 9-6-99. - Herãclito Fortes, PrimeiroVice-presi<strong>de</strong>nte no exercício da presidência.REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃON~ 979, DE 1999(Do Sr. Renildo Leal)Solicita informações ao Sr. Ministrodo Meio Ambiente a respeito da <strong>de</strong>stinação<strong>dos</strong> recursos obti<strong>dos</strong> pelo antigoIBDF (Ibama)Senhor Presi<strong>de</strong>nte:Requeiro a Vossa Excelência, com base no art.50 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral e na forma <strong>dos</strong> arts. 115 e116 do, Regimento Interno da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informaçõesao Sr. Ministro do Meio Ambiente no sentido <strong>de</strong>esclarecer esta Casa quando à <strong>de</strong>stinação do dinheiroarrecadado pelo Instituto Brasileiro <strong>de</strong> DesenvolvimentoFlorestal-IEIDF, com a discriminação <strong>dos</strong> valoresarrecada<strong>dos</strong> e proprieda<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> foram aplica<strong>dos</strong>estes recursos na Amazônia.JustificaçãoO aumento crescente e progressivo <strong>dos</strong> <strong>de</strong>smatamentos<strong>em</strong> toda a Amazônia que, através <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncias<strong>dos</strong> <strong>em</strong>presários do setor, acusam o governo<strong>de</strong> ser omisso na aplicação <strong>dos</strong> recursos da politica<strong>de</strong> reflorestamento naquele Estado (PA).As ações do governo precisam ser redirecionadas,<strong>de</strong> forma a fomentar a indústria <strong>de</strong> reflorestamento.Sala das Sessões, 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoRenildo Leal (PTB/PA).Voto:Estando <strong>de</strong> acordo com o art. 50, § 2 11 , da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral, e com os arts, 115 e 116 do RegimentoInterno da Casa, voto pelo encaminhamento.Sala <strong>de</strong> Reuniões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoHeráclito Fortes, Primeiro Vice-presi<strong>de</strong>nte, Relator.Defiro, ad referendum da Mesa.Em 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - HerãclitoFortes, 1 11 Vice-presi<strong>de</strong>nte no exercício daPresidência.


27080 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕES'Nll 980, DE 1999(Do Sr. Deputado.Pedro Eugênio)Solicita informações ao ExcelentíssimoSenhor Ministro <strong>de</strong> Minas e Energiasobre a adulteração <strong>de</strong> combustíveis <strong>em</strong>vãrios esta<strong>dos</strong> do país.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Requeiro Vossa Excelência com fulcro no art.50, parágrafo 2 11 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, combinadocom os arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> que sejam solicitadas ao ExcelentíssimoSenhor Ministro das Minas e Energia asseguintes informações:Diante da <strong>de</strong>núncia feita pela Fe<strong>de</strong>ração Nacionaldo Comércio Varejista <strong>de</strong> Combustíveis e <strong>de</strong> Lubrificantes(Fecombustíveis) e por sindicatos <strong>de</strong> distribuidoresno Jornal do Brasil <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong>1999, <strong>de</strong> que o combustível vendido <strong>em</strong> vários esta<strong>dos</strong>do país está sendo adulterado por solventes erefina<strong>dos</strong>, além <strong>de</strong> conter mais álcool do que os 24%hoje permiti<strong>dos</strong> por lei" solicito as seguintes informações:1) O Ministério está a par das <strong>de</strong>núncias?Em caso afirmativo que atitu<strong>de</strong>s está tomando<strong>em</strong> relação às mesmas?2) Qual o órgão responsável pela fiscalizaçãoda qualida<strong>de</strong> do combustível distribuídono país? Quantos funcionários possuie qual sua dotação orçamentária(1995-1999)?Diante do exposto, solicito sejam tomadas asprovidências cabíveis quanto ao envio do presenterequerimento.Sala das Sessões, 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoPedro Eugênio.VotoEstando <strong>de</strong> açodo com o art. 50, § 2 11 , daConstituição Fe<strong>de</strong>ral e com os arts. 115 e 116 doRegimento Interno da Casa, Voto Pelo Encaminhamento.Sala <strong>de</strong> Reuniões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoHerãclito Fortes, Primeiro Vice-presi<strong>de</strong>nte.Defiro Ad referendum, a MesaEm 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999 - HerãclitoFortes, 1 ll Vire-presi<strong>de</strong>nte <strong>em</strong> exercício daPresidência.REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESNll981 DE 1999-(Do Sr. Deputado Pedro Valadares)Solicita informações ao Sr. Ministrodo Trabalho, Indústria e Comércio a respeitodas concessões <strong>de</strong> vistos para tra·balhadores estrangeiros.Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Requeiro nos termos do art. 50 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>raf e na forma <strong>dos</strong> arts. 115 e 116 do RegimentoInterno que, ouvida a Mesa, sejam solicitadas informaçõesao Sr. Ministro do Trabalho, no intuito <strong>de</strong> esclareceresta Casa quanto às seguintes questões:"1) Número <strong>de</strong> vistos expedi<strong>dos</strong> paraestrangeiros trabalhàr<strong>em</strong> no Brasil no período<strong>de</strong> 1995 até hoje;2) nacionalida<strong>de</strong> <strong>em</strong> termos percentuais<strong>dos</strong> estrangeiros, que entraram no Brasilno mesmo perlodo, com. a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar.3) Análise <strong>de</strong> uma posslvel correlaçãoentre a vinda <strong>de</strong>sses estrangeiros e as <strong>em</strong>presasmultinacionais que adquiriram <strong>em</strong>presasestatais.A) Se o Brasil continuará a expedir essesyistos indiscriminadamente, prejudicandoa dinâmica do mercado <strong>de</strong> trabalho no Brasile os milhares <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> brasileiros".Sala das Sessões, 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoPedro Valadares (PSB/SE).Voto:Estando <strong>de</strong> acordo com o art. 50, § 2 11 , da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral, e com os arts. 115 e 116 do RegimentoInterno da Casa. Voto Pelo Encaminhamento.Sala das Sessões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoHerãclito Fortes, Primeiro Vice-presi<strong>de</strong>nte Relator.Defiro, ad referendum da Mesa.Em 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - HerãclitoFortes, 1 11 Vice-presi<strong>de</strong>nte no exercício daPresidência.REQUERIMENTO DE INFORMAÇÕESNll 982, DE 1999(Do Sr. Bispo Rodrigues)Solicita informação ao Sr. Presi<strong>de</strong>nteao Ministro do Trabalho, Sr. FranciscoDornelles, a respeito das concessões <strong>de</strong>vistos permanentes à estrangeiros para'ocupar<strong>em</strong> cargos no Brasil.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27081Senhor Presi<strong>de</strong>nte,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos doart. 50, § 2 2 , da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, e no art. 115,inciso I, do Regimento Interno da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,seja encaminhado ao Ministro do Trabalho,Sr. Francisco Dornelles, o seguinte requerimento:Tendo <strong>em</strong> vista <strong>de</strong>núncias amplamente divulgadaspela imprensa escrita e televisiva sobre a concessão<strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> visto permanentes paraestrangeiros ocupar<strong>em</strong> cargos no Brasil, acarretandoinclusive na <strong>de</strong>missão <strong>de</strong> dois diretores da área <strong>de</strong> imigração,Leon Cinelli e Luiz Carlos da Luz, pergunta-se:• Quantos vistos foram concedi<strong>dos</strong>, domês <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1996 até o mês <strong>de</strong> abril<strong>de</strong> 1999, a estrangeiros. para trabalhar<strong>em</strong> noBrasil;• Por qu<strong>em</strong> os vistos eram solicita<strong>dos</strong>,se pelos próprios interessa<strong>dos</strong> ou por alguma<strong>em</strong>presa <strong>de</strong>spachante, <strong>em</strong> caso <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa,relacioná-Ias;• A relação completa <strong>dos</strong> nomes, país<strong>de</strong> orig<strong>em</strong>, n 2 <strong>de</strong> passaporte, profissão, <strong>em</strong>presaque trabalha no Brasil, data <strong>de</strong> entradano país <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os estrangeiros que receberamos vistos para trabalhar<strong>em</strong> no Brasil,nos últimos cinco anos.Sala das Sessões, 2 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoBispo Rodrigues.VotoEstando <strong>de</strong> acordo com o art. 50, § 2 2 da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral, e com os arts. 115 e 116 do RegimentoInterno da Casa, voto pelo encaminhamento.Sala <strong>de</strong> Reuniões, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - DeputadoHeráclito Fortes, Primeiro Vice-presi<strong>de</strong>nte, Relator..Defiro, ad referendum da Mesa.Em 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - HeráclitoFortes, 1 2 Vice-presi<strong>de</strong>nte no exercício daPresidência.PORTARIASPORTARIA N2 046/99O Primeiro Secretário da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,<strong>de</strong> acordo com o art. 259 do Regimento Interno,combinado com o inciso II do art. 1 2 do Ato da Mesa n 2205, <strong>de</strong> 1990, resolve, cre<strong>de</strong>nciar o Senhor EDELCIOVIGNA DE OLIVEIRA como Representante doINSTITUTO POLÍTICAS ALTERNATIVAS PARA OCONE SUUPACS.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Deputado Ubiratan Aguiar, Primeiro-Secretário.PORTARIA N2 047/99O Primeiro Secretário da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,<strong>de</strong> acordo com o art. 259 do Regimento Interno,combinado com o inciso II do art. 1 2 do Ato da Mesa nº205, <strong>de</strong> 1990, resolve, cre<strong>de</strong>nciar o Senhor CARLOSALBERTO PIO como Representante daFEDERAÇÃO DOS SINDICATOS DOSSERVIDORES PÚBLICOS DE BRASíLlAlFSSPB.Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. ­Deputado Ubiratan Aguiar, Primeiro-Secretário.COMISSÕESATAS DAS COMISSÕESCOMISSÃO DE CONSTITUiÇÃOE JUSTiÇA E DE REDAÇÃOAta da Vigésima Sétima ~eunião Ordinária,realizada <strong>em</strong> 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999Aos nove dias do mês <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> mil novecentose noventa e nove, às <strong>de</strong>z horas e quarenta e cincominutos, no Plenário 1 do Anexo 11 da Câmara <strong>dos</strong>Deputa<strong>dos</strong>, reuniu-se ordinariamente a Comissão <strong>de</strong>Constituição e Justiça e <strong>de</strong> Redação, sob a Presidênciado Senhor Deputado José Carlos Aleluia, estandopresentes os Senhores M<strong>em</strong>bros titulares, Deputa<strong>dos</strong>Geovan Freitas, Inaldo Leitão e José Roberto Batochio,Vice-Presi<strong>de</strong>ntes, Aloysio Nunes Ferreira,André Benassi, Antônio Carlos Biscaia, Antônio CarlosKon<strong>de</strong>r Reis, Ary Kara, Augusto Farias, Bispo Rodrigues,Cezar Schirmer, Ciro Nogueira, Darci Coelho,Edmar Moreira, Eduardo Paes, Fernando Coruja,Geraldo Magela, Gérson Peres, lédio Rosa, JaimeMartins, José Antônio, José Dirceu, Jutahy Júnior,Léo Alcântara, Luiz Antônio Fleury, Marcelo Déda,Marcos Rolim, Moreira Ferreira, Moroni Torgan, MussaD<strong>em</strong>es, Nair Xavier Lobo, Nelson Otoch, Ney Lopes,Osmar Serraglio, Paulo Magalhães, Renato Vianna,Ronland Lavigne, Sergio Miranda, VicenteArruda, Vilmar Rocha, Waldir Pires, Zenaldo Coutinho,Zulaiê Cobra e os Senhores M<strong>em</strong>bros Suplentes,Deputa<strong>dos</strong> Antônio do Valle, Átila Lins, BispoWan<strong>de</strong>rval, Bonifácio <strong>de</strong> Andrada, Celso Russomanno,Cláudio Cajado, Corauci Sobrinho, Gonzaga Patriota,Gustavo Fruet, José Genoíno, João Leão, JoséRonaldo, Luís Barbosa, Nelson Marchezan, NelsonMarquezelli, Salvador Zimbaldi e Vic Pires Franco.Deixaram <strong>de</strong> registrar suas presenças os SenhoresM<strong>em</strong>bros Titulares, D~puta<strong>dos</strong> Caio Riela, Freire Júnior,Ibrahim Abi-Ackel, Luciano Bivar, Men<strong>de</strong>s RibeiroFilho e Ricardo Fiúza.· Abertura. Havendo númeroregimental, o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>clarou aberta a re-


27082 Quinta-feim 10 DIÁRIO' DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999união, passando ao exame da Ata da Vigésima SextaReunião Ordinária, realizada no dia 8 <strong>de</strong> junho do ano .<strong>em</strong> curso. A requerimento do Deputado André Benassi,foi dispensada a leitura da Ata. Não houve discussão.Em votação, foi aprovada por unanimida<strong>de</strong> aAta. Expediente: O Senhor Presi<strong>de</strong>nte informou quena próxima reunião, quinta-feira, realizar-se-á a oitiva<strong>dos</strong> Senhores Juízes ..lair Araújo Facun<strong>de</strong>s e DeniseCastelo Bonfim, b<strong>em</strong> como do Agente Fe<strong>de</strong>ral MarcosAntônio Wíngler, test<strong>em</strong>unhas <strong>dos</strong> fatos motivadoresdo ofício do Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral nº844-P/99, que solicita licença <strong>de</strong>sta Casa para processaro Deputado Hil<strong>de</strong>brando Pascoal NogueiraNeto. Ord~m d@ Dia~ O Deputado Eduardo Paes requereufosse retirado <strong>de</strong> pauta o it<strong>em</strong> 6 da <strong>de</strong> nº 40,tendo o plenário aprovado a solicitação. A DeputadaZulaiê Cobra requereu fosse invertida a pauta paraapreciar-se o it<strong>em</strong> 1 da <strong>de</strong> nº 36, tendo o plenárioaprovado a solicitação. 1) Proposta <strong>de</strong> Emenda àConstituição n 2 613/98 _ da srª Zulaiê Cobra e outros_ que "dispõe sobre a estruturação do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong>Segurança Pública, cria o Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Defesa Civil edá outras providências. Relator: Deputado AloysioNunes Ferreira. Parecer: pela admissibilida<strong>de</strong>. Foiconcedida vista conjunta aos Deputa<strong>dos</strong> Geraldo Magela,Moroni Torgan, Fernando Coruja, Edmar Moreirae Men<strong>de</strong>s Ribeiro Filho, <strong>em</strong> 19 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1999.Os Deputa<strong>dos</strong> Moroni Torgan e Edmar Moreira apresentaramvotos <strong>em</strong> separado. Discutiram o parecerdo Relator os Deputa<strong>dos</strong> Edmar Moreira, José Dirceu,José Genoíno, José Antônio, Geraldo Magela,Jutahy Júnior, Gérson Peres, Fernando Coruja, NelsonOtoch, Vilmar Rocha e Moroni Torgan. Em votação,foi aprovado o parecer do Relator, contra os votos<strong>dos</strong> Deputà<strong>dos</strong> Bispo Rodrigues, Luiz AntônioFleury, Edmar Moreira e Moroni Torgan. O DeputadoLuiz Antônio Fleury informou que, posteriormente,apresentaria as razões <strong>de</strong> seu voto contrário. O DeputadoNey Lopes e Geraldo Magela requereram fosseinvertida a pauta para apreciar-se o it<strong>em</strong> 10 da <strong>de</strong>nº 46, tendo o plenário aprovado a solicitação. Nesse .momento o Deputado Geovan Freitas assumiu a Presidênciada Comissão. 2) Proposta <strong>de</strong> Emenda àConstituição n 2 639/99 _ do Sr. José Carlos Aleluia eoutros _ que "dá nova redação ao § 5º do art. 14 daConstituição Fe<strong>de</strong>ral". Relator: Deputado Darci Coelho(PFL _ TO). Parecer: pela admissibilida<strong>de</strong>. Foiconcedida vista conjunta aos Deputa<strong>dos</strong> VicenteArruda, Antônio Carlos Biscaia, Zulaiê Cobra e EdmarMoreira, <strong>em</strong> 14 <strong>de</strong> abril do ano <strong>em</strong> curso. O DeputadoJosé Roberto Batochio assumiu a Presidência ness<strong>em</strong>omento. Discutiram a matéria os Deputa<strong>dos</strong> RolandLavigne, Ney Lopes, lédio Rosa, José Antônio, FernandoCoruja, Geraldo Magela, Bispo· Rodrigues,_José Roberto Batochio, Salvador Zimbaldi, Vilmar·Rocha, Renato Vianna, Antônio Carlos Biscaia, PauloMagalhães e César Schirmer. Em votação, foi aprovadoo parecer do Relator, contra o voto do DeputadoSalvador Zimbaldi. Nesse momento o Deputado JoséCarlos Aleluia reassumiu a Presidência da Comissão.3) Proposta <strong>de</strong> Emenda à Constituição n 2 3/99 _ doSr. Paulo Octávio e outros _ que"altera os arts. 27, 28,29, 44 e 82 e introduz disposições transitórias, <strong>de</strong> formaa fazer coincidir os mandatos eletivos que mencionae atribuir-lhes novo período <strong>de</strong> duração". Relator:Deputado Geraldo Magela (PT _ DF).. Parecer: pelaadmissibilida<strong>de</strong>, rios termos do substitutivo apresentado.Iniciaram a discussão da matéria os Deputa<strong>dos</strong>Darci Coelho, Roland Lavigne, Vicente Arruda e ViImarRocha. O Deputado Paulo Octávio proce<strong>de</strong>u à leitura<strong>de</strong> parecer do Ministro do Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral,Dr. Moreira Alves, no sentido da constituqionalida<strong>de</strong>da: prorrogação <strong>de</strong> mandato eletivo e prometeu·enviar cópia <strong>de</strong>ste e do julgado do STF, que receberaapenas dois votos contrários naquela Corte, ao DeputadoVilmar Rocha, enfatizando, ainda, que o fatormais relevànte <strong>em</strong> sua proposição seria a unificaçãodas datas <strong>de</strong>stinadas à realização das eleições. ODeputado Inaldo Leitão requereu fosse adiada a discussão,tendo o plenário aprovado a solicitação.Encerram·ento: Nada mais havendo a tratar, o SenhorPresi<strong>de</strong>nte encerrou a reunião às treze horas etrinta e dois minutos, antes convocando outra para a. próxima quinta-feira, -às <strong>de</strong>z. horas. E, para constar,eu, Sérgio Sampaio Contreiras <strong>de</strong> Almeida, Secretáriolavrei a presente Ata, que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> aprovada,será assinada pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte e encaminhadaà publicação no Diário da Câmara <strong>dos</strong> Deputado. :....Deputado José Carlos Aleluia, Presi<strong>de</strong>nte.COMISSÃO I?E FINANÇAS E TRIBUTAÇÃOAta da Décima Quarta Reunião (Ordinária),realizada <strong>em</strong> 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1.999Aos nove dias do mês <strong>de</strong> junho do ano·<strong>de</strong> milnovecentos e noventa e nove, às 10 horas e 43 minutos,no·.Plenário 4, do Anexo 11, da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,reuniu-se a Comissão <strong>de</strong> Finanças e Tributação,sob a presidência <strong>de</strong> sua titular,Deputada VedaCrusius, presentes os seguintes Deputa<strong>dos</strong>: RodrigoMaia e Armando Monteiro, Vice-Presi<strong>de</strong>ntes; BetinhoRosado, Deus<strong>de</strong>th Pantoja, Jorge Khoury, José Ronaldo,Manoel Castro, Paes Landim, Paulo Lima,Antonio Cambraia, Edinho Bez, Germano Rigotto,Pedro Novais, Antonio Kandir, Nilo Coelho, Roberto


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27083Brant, Carlito Merss, José Pimentel, Milton T<strong>em</strong>er, RicardoBerzoini, Fétter Júnior, O<strong>de</strong>lmo Leão, Zé índio,Coriolano Sales, Evilásio Farias, Marcos Cintra (Titulares);Francisco Garcia, Lincoln Portela, Eunício Oliveira,Jurandil Juarez, Luiz Carlos Hauly e GeraldoMagela (Suplentes). Deixaram <strong>de</strong> comparecer os Deputa<strong>dos</strong>Robson Tuma, Henrique Eduardo Alves, MiltonMonti, Waldir Schmidt, Custódio Mattos, Max Rosenmann,Iberê Ferreira, Félix Mendonça, Luiz Salomãoe Sérgio Guerra, Foi aprovada, unanimente, aAta da 13i! Reunião. Solicitou a palavra o-DeputadoGeraldo Magela, para apresentar questão <strong>de</strong> or<strong>de</strong>mvisando a <strong>de</strong>finir a realização <strong>de</strong> audiência pública sobreoperações financeiras efetuadas pela Encol juntoao Banco do Brasil. O parlamentar justificou sua formulação,consi<strong>de</strong>rando informações veiculadas pelaimprensa <strong>de</strong> que fora concluída a terceira auditoriainstaurada pelo banco, com isso aten<strong>de</strong>ndo a condiçãosugerida para o comparecimento <strong>dos</strong> convida<strong>dos</strong>à audiência pública. Argumentou ainda a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> ser elucidada a questão com brevida<strong>de</strong>, mesmoque fosse através <strong>de</strong> convocação do Ministro daFazenda, na impossibilida<strong>de</strong> da presença <strong>dos</strong> representantes<strong>dos</strong> órgãos elenca<strong>dos</strong> no requerimento.Em resposta, a Presi<strong>de</strong>nte afirmou que <strong>de</strong>finiria essadata, tão logo se ultimasse a auditoria, observandoainda, diante da informação que acabara <strong>de</strong> ser veiculada,que as suas conclusões seriam <strong>de</strong>cisivaspara o· melhor encaminhamento <strong>dos</strong> trabalhos propostos,com vistas ao esclarecimento completo daquestão. Após, informou as datas <strong>de</strong> realização dasseguintes audiências públicas: <strong>em</strong> 17-6-99, sobre Eixos<strong>de</strong> Desenvolvimento e <strong>em</strong> 30-6-99, a confirmar,sobre Probl<strong>em</strong>as do Transporte Aéreo Civil, <strong>de</strong> passageirose cargas; b<strong>em</strong> como <strong>de</strong>u conhecimento <strong>dos</strong>requerimentos já aprova<strong>dos</strong> s<strong>em</strong> data prevista pararealização como: Crise no Mercado <strong>de</strong> Combustíveis;Operações financeiras realizadas pela Encol junto aoBanco do Brasil; e a segunda etapa da audiência sobreMoradia Popular, quando serão ouvi<strong>dos</strong> o Presi<strong>de</strong>nteda Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral e o Secretário <strong>de</strong>Estado <strong>de</strong> Desenvolvimento Urbano. Informou, a<strong>de</strong>~mais, que se achavam pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> <strong>de</strong>liberação requerimentoscom previsão <strong>de</strong> pauta para o segun<strong>dos</strong><strong>em</strong>estre: <strong>dos</strong> Srs. Milton T<strong>em</strong>er e Walter Pinheiro,convocando o Ministro do Orçamento e Gestão, paraesclarecimentos sobre as Cartas <strong>de</strong> Fiança beneficiárias<strong>de</strong> <strong>em</strong>presas que participaram do processo <strong>de</strong>privatização das <strong>em</strong>presas do Sist<strong>em</strong>a Telebrás; doSr. Luiz Salomão, para que foss<strong>em</strong> convoca<strong>dos</strong> o Ministrodo Orçamento e Gestão; o Presi<strong>de</strong>nte do TCU eo Relator das Contas do Presi<strong>de</strong>nte da República, referentesao exercício financeiro <strong>de</strong> 1996, para prestar<strong>em</strong>esclarecimentos sobre a sist<strong>em</strong>ática <strong>de</strong> prestação<strong>de</strong> contas do Presi<strong>de</strong>nte da República; e do Sr.Evilásio Farias, que prevê <strong>de</strong>bate sobre taxação dastransações financeiras internacionais, nos mol<strong>de</strong>sformula<strong>dos</strong> pelo economista norte-americano JamesTobin. Or<strong>de</strong>m do Dia: 1) Projeto <strong>de</strong> Decreto Legislativonº 779/99 - da Comissão <strong>de</strong> Relações Exteriores e<strong>de</strong> Defesa Nacional (MSC n Q 788/94) - que "aprova otexto das Modificações aos Convênios Constitutivosda Corporação Financeira Internacional - Ç1F e doBanco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento- BIRD". Relator: Deputado RobertoBrant. Parecer: pela não implicação da matéria comaumento ou diminuição da receita ou da <strong>de</strong>spesa públicas,não cabendo pronunciamento quanto à a<strong>de</strong>quaçãofinanceira e orçamentária e, no mérito, pelaaprovação. Na discussão da matéria, o DeputadoJosé Pimentel ratificou seu ponto <strong>de</strong> vista exposto <strong>em</strong>voto <strong>em</strong> separado, na reunião anterior, no tocante àredação <strong>em</strong> idioma inglês das <strong>em</strong>endas constantesda ratificação do convênio, a seu ver, contrariando alegislação vigente e, ao mesmo t<strong>em</strong>po, se opôs aofato <strong>de</strong> que essas <strong>em</strong>endas apresentadas <strong>em</strong> 1992,permitiam aos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> a manutenção do direitoa veto. Para contraditar, o Deputado Fétter Júniormanifestou estranheza quanto ao voto <strong>em</strong> separado,pois entendia ser o direito a veto <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>uma posição histórica, assinalando que a possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> perda <strong>de</strong>ssa prerrogativa representava umavanço, motivada que fora pela aceitação da entradada Rússia como m<strong>em</strong>bro da Instituição. Em seguida,o relator, Deputado Roberto Brant, esclareceu que oBanco Mundial não tinha interesse na participação doBrasil como m<strong>em</strong>bro e, contrariamente, se tivessesido <strong>de</strong>liberado pela supressão do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> veto <strong>dos</strong>Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, estes se retirariam, concluindo que,para avaliação da proposta, <strong>de</strong>veriam ser consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong>sobretudo os aspectos práticos. O DeputadoJosé Pimentel reafirmou seu ponto <strong>de</strong> vista sobre amatéria e argumentou que, para a manutenção <strong>de</strong> direitoa veto, os Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> <strong>de</strong>veriam aumentarsua participação nas quotas, o que era previsto anteriormente.Em votação: aprovado o parecer, contra osvotos <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> Carlito Merss, Milton T<strong>em</strong>er e,<strong>em</strong> separado, do Deputado José Pimentel. 2) Projeto<strong>de</strong> Decreto Legislativo ri Q 576/97 - do Senado Fe<strong>de</strong>ral(PDS n Q 104/97) - que "aprova a Programação Monetáriarelativa ao quarto trimestre <strong>de</strong> 1997". Relator:Deputado Betinho Rosado. Parecer: pela não implicaçãoda matéria com aumento ou diminuição da receitaou da <strong>de</strong>spesa públicas, não cabendo pronunciamen-


27084 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CAMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999to quanto à a<strong>de</strong>quação financeira e orçamentária e,no mérito, pela aprovação. Em votação: aprov!3-do,unanim<strong>em</strong>ente, o parecer. 3) Emendas Oferecidas<strong>em</strong> Plenário ao Projeto <strong>de</strong> Lei Compl<strong>em</strong>entar nº202-8/89 _ do Senado Fe<strong>de</strong>ral (PLS n Q 162/89) _ que"dispõe sobre a tributação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s fortunas, nostermos do art. 153, inciso VII da Constituição Fe<strong>de</strong>ral".Relator: Deputado Marcos Cintra. Parecer: pelaa<strong>de</strong>quação financeira e orçamentária das Emendase, no mérito, pela sua rejeição. Vista conjunta aos Deputa<strong>dos</strong>José Pimentel e Luiz Carlos Hauly. 4) Projeto<strong>de</strong> Lei Compl<strong>em</strong>entar n Q 32/99 _ do Sr. Arnaldo Ma<strong>de</strong>ira_ que "altera o art. 12 da Lei n Q 4.320, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong>março <strong>de</strong> 1994 e dá outras providências". Relator:Deputado Manoel Castro. Parecer: pela não implicaçãoda matéria com aumento ou diminuição da receitaou da <strong>de</strong>spesa públicas, não cabendo pronunciamentoquanto à a<strong>de</strong>quação financeira e orçamentáriae, no mérito, pela aprovação, com Substitutivo.Vista ao Deputado José Pimentel. 5) Projeto<strong>de</strong> Lei n Q 3.805/89 - do Senado Fe<strong>de</strong>ral (PLS n Q30/89 - que "dispõe sobre a gratificação natalina doaposentado e pensionista, e dá outras providências".(Apensa<strong>dos</strong> os PL nQs 4.442189, 5.629/90 e69/91). Relator: Deputado Jorge Khoury. Parecer:pela ina<strong>de</strong>quação orçamentária e financeira <strong>dos</strong> PLnQs 3.805/89 e 69/91, apensado; pela a<strong>de</strong>quação orçamentáriae financeira dbs PL nlls 4.442189 e5.629/90, apensa<strong>dos</strong>, e, no mérito, pela rejeição <strong>dos</strong>Projetos. Em Votação: apensado, unanim<strong>em</strong>ente, oparecer. 6)Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 2.374-Al96 - do SenadoFe<strong>de</strong>ral (PLS n ll 132196) - que "proíbe as instituiçõesfinanceiras beneficiárias <strong>de</strong> recursos oriun<strong>dos</strong>do Programa <strong>de</strong> Estímulo à Reestruturação e aoFortalecimento do Sist<strong>em</strong>a Financeiro - PROER <strong>de</strong><strong>de</strong>mitir pessoal s<strong>em</strong> justa causa e dá outras providências".Relator: Deputad~ Félix Mendonça. Parecer:pela não implicação da matéria com aumentoou diminuição da receita ou da <strong>de</strong>spesa públicas,não cabendo pronunciamento quanto à a<strong>de</strong>quaçãofinanceira e orçamentária e, no mérito, pela rejeição.Vista conjunta aos Deputa<strong>dos</strong> José Pimentel e ManoelCastro. 7) Projeto <strong>de</strong> Lei n Q 2.376/96 - ,do SenadoFe<strong>de</strong>ral (PLS n ll 188/95) - que "cria a Area <strong>de</strong>Proteção Ambiental - APA do Delta do Parnaíba".Relator: Deputado Milton T<strong>em</strong>er. Parecer: pela a<strong>de</strong>quaçãofinanceira e orçamentária do projeto, na formado Substitutivo adotado pela Comissão <strong>de</strong> Defesado Consumidor, Meio Ambiente e Minorias. Vista,<strong>em</strong> 26-5-99, ao Deputado Custódio Mattos. Discutiua matéria o Deputado Manoel Castro. Em Votação:aprovado, unanim<strong>em</strong>ente, o parecer. 8) Projeto <strong>de</strong>Lei n Q 6.129-B/90 - do Senado Fe<strong>de</strong>ral (PLS n Q123/89) - que "estabelece diretrizes para uma PolíticaNacional <strong>de</strong> Habitação Rural e dá outras providências".Relator: Deputado Evilásio Farias. Parecer:pela compatibilida<strong>de</strong> e a<strong>de</strong>quação financeira eorçamentária do projeto, com <strong>em</strong>endas; pela nãoimplicação das <strong>em</strong>endas adotadas na Comissão <strong>de</strong>Desenvolvimento Urbano e interior com aumento oudiminuição da receita ou da <strong>de</strong>spesa públicas, nãocabendo pronunciamento quanto à a<strong>de</strong>quação financeirae orçamentária; e pela ina<strong>de</strong>quação financeirae orçamentária <strong>dos</strong> PL nºs 4.498/89, 240/91,1.917/91, 2.021/91, 3.011/92 e 4.026/93, apensa<strong>dos</strong>.Em Votação: aprovado, unanim<strong>em</strong>ente, o parecer.9) Projeto <strong>de</strong> Lei n Q 1.408/96 - do Po<strong>de</strong>r Executivo(MSC n ll 7/96) - que "conce<strong>de</strong> isenção do impostosobre produtos industrializa<strong>dos</strong> a produtos nacionaisadquiri<strong>dos</strong> pelo Banco interamericano <strong>de</strong>Desenvolvimento - 810". Relator: Deputado ArmandoMonteiro. Parecer: pela a<strong>de</strong>quação financeira eorçamentária e, no mérito, pela aprovação. Na discussãoda matéria, o Deputado José Pimentel <strong>de</strong>clarou-sefavorável ao mérito da proposta, enten<strong>de</strong>ndo,porém, que seria mais a<strong>de</strong>quado um projeto<strong>de</strong> acordo bilateral, <strong>em</strong> que o Brasil usufruísse dasmesmas prerrogativas, apresentando voto <strong>em</strong> separadonesse sentido. Em seguida, foi contraditadopelo Deputado Fetter Júnior, que argumentou serimpossível ao BID oferecer reciprocida<strong>de</strong> por nãodispor <strong>de</strong> territorialida<strong>de</strong>. Em resposta, o Deputado. José Pimentel esclareceu que o <strong>de</strong>creto mencionadona legislação citada tratava das <strong>em</strong>baixadas <strong>de</strong>organismos internacionais <strong>de</strong> que o seu voto <strong>em</strong> separadoobjetivava uma discussão <strong>em</strong> nível das relaçõesinternacionais com projetos pontuais. Em Votação:aprovado o parecer, contra o voto do DeputadoCarlito Merss e, <strong>em</strong> separado, do Deputado José Pimentel.10) Projeto <strong>de</strong> lei n Q 2.821-Al97 - do Sr. PauloRocha - que "dispõe sobre a compl<strong>em</strong>entação<strong>de</strong> aposentadoria aos ex-servidores da extinta autarquiafe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>nominada Serviços <strong>de</strong> Navegaçãoda Amazônia e <strong>de</strong> Administração do Porto do Pará ­SNAPP, e dá outras providências". Relator: DeputadoMarcos Cintra. Parecer: pela ina<strong>de</strong>quação financeirae orçamentária. Vista ao Deputado José Pimentel.11) Projeto <strong>de</strong> Lei n ll 4.208/98 - do Sr. CouraciSobrinho - que "acrescenta inciso e parágrafosao art. 20 da Lei n ll 8.036, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1990,que dispõe sobre o Fundo <strong>de</strong> Garantia do T<strong>em</strong>po <strong>de</strong>Serviço e dá providências correlatas". Relator: DeputadoWaldir Schmidt. Parecer: pela não implicaçãoda matéria com aumento ou diminuição da rece-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Qu nta-~efra 10 27085ita ou da <strong>de</strong>spesa públicas, nãd cabendo pronuncia"mento quanto à a<strong>de</strong>quação financeira e orçamentáriae, no mérito, pela rejeição. Em virtu<strong>de</strong> da ausênciado relator, o parecer foi lido pelo Deputado AntonioCambraia. Em Votação: aprovado, unanim<strong>em</strong>ente,o parecer. 12) Projeto <strong>de</strong> Lei n Q 55/99 _ do Sr.Nelson Marchezan _ que "dá nova redação às alíneasc e d do § 1 0 do art. 4 0 da Lei na 5.768, <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong>-<strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1971, modificada pela Lei na 5.864,-<strong>de</strong>12 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1972". Relator: Deputado JorgeKhoury. Parecer: pela não implicação da matériacom aumento ou diminuição da receita ou da <strong>de</strong>spesapúblicas, não cabendo pronunciamento' quánto àa<strong>de</strong>quação financeira e orçamentária e, no mérito,pela aprovação. Vista ao Deputado José Pimentel.Encerramento: Nada mais havendo a tratar, a Presi<strong>de</strong>ntaencerrou os trabalhos às 11 horas e 55 minutos.E, para constar, eu Maria Linda Magalhães,Secretária, lavrei a presente Ata <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> lida, discutidae aprovada, será assinada pela Presi<strong>de</strong>nta eencaminhada à publicação no Diário da Câmara<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, Deputada Veda Crusius, Presi<strong>de</strong>nte.COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA APROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA ÀCONSTITUIÇÃO NQ 96-A, DE 1992, QUE "INTRODUZMODIFICAÇÕES NA ESTRUTURA DO PODERJUDICIÁRIO' E APENSADAS. (ESTRUTURA DOPODER JUDICIÁRIO)-Ata da Décima Quinta-Reunião·Realizada .<strong>em</strong> 9 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1999Aos nove dias do mês <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> mil novecentose noventa e nove, às quinze horas e cinco minutos,no plenário <strong>de</strong>z, Anexo 11 da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,reuniu-se, ordinariamente, sob a presidência doDeputado Jairo Carneiro, a Comissão Especial <strong>de</strong>stinadaa proferir parecer à Proposta <strong>de</strong> Emenda à'Constituição n Q 96-A, <strong>de</strong> 1992, que "Introduz modificaçõesna estrutura do Po<strong>de</strong>r Judiciário" e apensa<strong>dos</strong>.Compareceram os Deputa<strong>dos</strong> Alberto Fraga,Aloysio Nunes Ferreira, Antônio Carlos Biscaia, AntônioCarlos Kon<strong>de</strong>r Reis, Bonifácio <strong>de</strong> Andrada, CláudioCajado, Corauci Sobrinho, Darci Coelho, GersonPeres, Ibrahim Abi-Ackel, lédio Rosa, Inaldo Leitão,Jairo Carneiro, José Antônio, José Roberto Batochio,Jutahy Júnior, Léo Alcântara, Luiz Antônio Fleury,Marcelo Déda, Ney Lopes, Paes Landim, Renato Vianna,Ronaldo Vasconcellos, Simão Sessim, VicenteArruda, Waldir Pires e Zulaiê Cobra, titulares; AgneJoQueiroz, Almerinda <strong>de</strong> Carvalho, De Velasco, FernandoCoruja, José Pimentel, Nelson Pellegrino eOsmar Serraglio. Deixaram <strong>de</strong> comparecer os Deputa<strong>dos</strong>José Dirceu, Men<strong>de</strong>s Ribeiro ;=iiho, Nair XavierLobo, e Roberto Jefferson. Havendo número regimental,o Senhor Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>claf(;u abertos os trabalhos.Ata - O Deputado José Antdnio solicitou dispensada leitura da ata da 14ª reuniã, J, cuja cópias haviamsido distribuídas anteéip~dam 3nte. Em discussãoe votação, a ata foi aprc1vada, s<strong>em</strong> restrições.Expediente - O Senhor Pnesidi9ntp comunicou aos<strong>de</strong>puta<strong>dos</strong> que o Deputado JiJtahy JLlnior passou a integrara composição da Comissão C0l1l10 m<strong>em</strong>bro titular,<strong>em</strong> substituição ao DeplltE,do ,,!c Tomaz Nonô,conforme ofício da Li<strong>de</strong>ranç,ado PE DB; e que a DeputadaMaria Lúcia <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> fêlzer parte da Comissãopor haver afastado-se da Câmar3l <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>para assumir cargo no Executivo <strong>de</strong> seu Estado.Or<strong>de</strong>m do Dia - Apreciaçãc cio ~ arecer do Relator-Gerai,Deputado Aloysio Nune s Ferreira, pelaaprovação, com substitutivo, da PI-:C na 96-Al92 ePEC nas 112-Al95, 500-Al9i' e .3138-;\/96, apensadas;pela admissibilida<strong>de</strong> das el'ne1clas '3presentadas naComissão e, no mérito, pela ai )rova, .:ão das <strong>de</strong> nOs 1,2,5,7,8,9,10,11,12,13,1416, 1B, 19,21,24,26,29, 31, 33, 35, 36, 37, 39,40, t·3, 44 45, e das <strong>em</strong>endas<strong>de</strong> nas 1/95 e 4/95, apresentacas na legislaturaanterior; pela rejeição das PEC nOs 127-Al95 e215-Al95, apensadas, e, das e,mencas <strong>de</strong> nOs 3, 4, 6,15, 17,20,22,23,25,27,28, ::0, 32, 34, 38,41 e 42 edas <strong>em</strong>endas <strong>de</strong> nas 2/95 e 3/f15, ap "esentadas na le.,gislatura anterior. O Senhor Presi<strong>de</strong> ,te informou a in··tenção <strong>de</strong> realizar reuniões an lanhã e na próxima se..mana visando a discussão e>.austiva do parecer doRelator-Geral e explicou o pnlcedirnento <strong>de</strong> discus··são. Usaram da palavra para sugestões a este proce..dimento os Deputa<strong>dos</strong> Vicen·.:e Arruda, Ney Lopes,Inaldo Leitão, Zulaiê Cobra, José Roberto Batochio E!Gerson Peres, ficando acertado no final, que os Rela.,tores-Parciais fariam uma exp,)sição sobre seus rela..tórios, dando prosseguimento, <strong>de</strong>pois, à lista <strong>de</strong> ins.,crições. O Senhor Presi<strong>de</strong>ntu con'~e<strong>de</strong>u a palavra,então, aos Deputa<strong>dos</strong> José RI)bertcl Batochio, Rena·~to Vianna, Luiz Antônio Flelll), Mar ~elo Déda e Ibra"him Abi-Ackel, que discorreram sobr'e seus relatórios:parciais. O Deputado José Ge!nofnc usou da lpalavr~lpara indagar do calendário <strong>de</strong> disclissão da matéria,ressaltando sua intenção <strong>de</strong> valorizar a ComissãoEspecial como fórum i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> <strong>de</strong>ba:es da matéria. ODeputado Antônio Carlos Bisl~aia, apoiado pelo De..putado Gerson Peres, solicitou qu 3, na reunião <strong>de</strong>amanhã, fosse chamado para di:3cutir a matéria,quando chegasse a sua vez nu lista <strong>de</strong> inscrições, <strong>em</strong>virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>, no mesmo horário, havE1lr reunião da Co·,


27086 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999missão <strong>de</strong> Constituição e Justiça e <strong>de</strong> Redação, daqual muitos Deputa<strong>dos</strong> <strong>de</strong>sta Comissão participamcomo m<strong>em</strong>bros, no que foi atendido pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte.O Deputado Antônio Carlos Kon<strong>de</strong>r Reis encaminhouà Mesa voto <strong>em</strong> separado, <strong>de</strong> sua autoria,referente ao parecer do Relator-Geral. Tendo iniciadoa or<strong>de</strong>m do dia do plenário da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,o Senhor Presi<strong>de</strong>nte encerrou a reunião, às <strong>de</strong>zessetehoras e trinta e cinco minutos. E, para constar,eu, Maria Auxiliadora B. Montenegro, Secretária,lavrei a presente Ata, que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> lida e aprovada,será assinada pelo Sr. Presi<strong>de</strong>nte e irá à publicação,juntamente com as notas taquigráficas, após <strong>de</strong>codificadas.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Nobres colegas, Deputa<strong>dos</strong>, Deputadas, meuscumprimentos a toda a assistência presente. Vamosiniciar a 15 8 reunião da Comissão Especial, havendonúmero regimental.O SR. DEPUTADO JOSÉ ANTÔNIO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço dispensa da leitura da ata, que foi distribuídaa to<strong>dos</strong> nós.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Dentro <strong>de</strong> alguns minutos apreciar<strong>em</strong>os o pedido<strong>de</strong> V.Ex a , Deputado José Antônio.Estamos tratando do parecer à Proposta <strong>de</strong>Emenda à Constituição n 2 96-A, <strong>de</strong> 1992, que introduzmodificações na estrutura do Po<strong>de</strong>r Judiciário eapensadas.Já presente à mesa o nobre Relator, DeputadoAloysio Nunes Ferreira, cuja proposição substitutivavamos discutir.Acolhendo a manifestação do Deputado JoséAntônio, consulto o Plenário sobre o seu pedido <strong>de</strong>dispensa da leitura da ata e a coloco <strong>em</strong> discussão.Em votação. Os que estão <strong>de</strong> acordo permaneçamcomo se encontram. (Pausa.)Aprovada a ata.O SR. DEPUTADO ANTÔNIO CARLOSBISCAIA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- T<strong>em</strong> V.Exa a palavra.O SR. DEPUTADO ANTÔNIO CARLOSBISCAIA - Está aberta a inscrição para manifestações?O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Sim, exatamente. Peço o obséquio a um funcionárioda Comissão. Se V.ExB inscreveu-se na reunião anterior,está valendo sua inscrição. (Pausa.) V.Ex 8 estáinscrito com o número quatro.O SR. DEPUTADO ANTÔNIO CARLOSBISCAIA - Está b<strong>em</strong>, agra<strong>de</strong>ço.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Expediente da Comissão: comunico aosnobres Deputa<strong>dos</strong>que o Deputado Jutahy Júnior passa a integrara composição da Comissão como m<strong>em</strong>bro titular,<strong>em</strong> substituição ao Deputado José Thomaz Nonô,nos termos do ofício da Li<strong>de</strong>rança do PSDB, e que aDeputada Maria Lúcia <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> fazer parte da Comissãopor haver se licenciado para assumir cargo noExecutivo do seu Estado.Vamos à Or<strong>de</strong>m do Dia. Discussão e votação doparecer do Relator, Deputado Aloysio Nunes Ferreira.Esgotado o prazo da vista, passamos à discussão damatéria.Informo aos nobres Deputa<strong>dos</strong> que está mantidaa lista <strong>de</strong> inscrição assinada na reunião anterior eos que <strong>de</strong>sejar<strong>em</strong> inscrever-~e agora a lista encontra-seà disposição na Secretaria.O SR. DEPUTADO JOSÉ ROBERTO.'BATOCHIO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Peço para concluir rápido essa informação ao Plenário:os requerimentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque po<strong>de</strong>rão serapresenta<strong>dos</strong> até ser anunciada a votação do parecerdo Relator, com base nos arts. 161 e 162 do RegimentoInterno. O prazo para cada Parlamentar discutira matéria é <strong>de</strong> até quinze minutos, para os m<strong>em</strong>brose Lí<strong>de</strong>res, e <strong>de</strong> até <strong>de</strong>z minutos para os nãom<strong>em</strong>bros, art. 57, inciso VII.Com a palavra o Deputado José Roberto Batochio.O SR. DEPUTADO JOSÉ ROBEi=lTOBATOCHIO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, só uma consulta àMesa. Indago se o meu nome consta da lista <strong>de</strong> inscritosda sessão anterior?O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Peço que confiram. (Pausa.) Encontra-se.O SR. DEPUTADO VICENTE ARRUDA - Sr.Presi<strong>de</strong>nte, peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- T<strong>em</strong> V.ExB a palavra.O SR. DEPUTADO VICENTE ARRUDA - Hojepela manhã, na reunião que tiv<strong>em</strong>os com o Presi<strong>de</strong>nte,sugeri que antes <strong>de</strong> se iniciar a discussão entre osm<strong>em</strong>bros da Comissão fosse dada a oportunida<strong>de</strong> acada um <strong>dos</strong> Sub-Relatores para fazer um breve relatodo seu pensamento sobre a reforma, <strong>de</strong> modo quea Comissão tivesse conhecimento <strong>dos</strong> pontos <strong>de</strong> divergênciae cada um tivesse a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manifestara sua opinião sobre a mesma. Acho que po<strong>de</strong>-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27087. -;:------------------------ríamos <strong>de</strong>dicar o dia <strong>de</strong> hoje a ouvir cada um pelo O SR. DEPUTADO NEY LOPES - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> quinze minutos e <strong>de</strong>pois iniciaríamos com adiscussão. . gostaria apenas <strong>de</strong> esclarecer regras <strong>de</strong> pro­cedimento, aqui, <strong>dos</strong> nossos trabalhos. Parece-meO SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Ouço V.Ex 8 e <strong>de</strong>vo <strong>de</strong>clarar que o entendimento daMesa é no sentido <strong>de</strong> que a manifestação do Relatorparcial po<strong>de</strong>rá ocorrer neste momento preciso ou <strong>em</strong>outra oportunida<strong>de</strong>. Creio que não prejudicará a compreensão<strong>de</strong> to<strong>dos</strong> quanto ao conteúdo da sua exposiçãoe do seu trabalho. O trabalho <strong>dos</strong> Relatoresestá à disposição <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os m<strong>em</strong>bros da Comissãona secretaria.T<strong>em</strong>os a lista <strong>de</strong> inscritos e, regimentalmente,<strong>de</strong>ver<strong>em</strong>os observá-Ia. Se houver a presença <strong>de</strong> umRelator parcial que queira manifestar-se por primeiro,que, pelo que V. Ex 8 disse, teríamos essa fase, agora,<strong>de</strong> discussão do Parecer do <strong>em</strong>inente Relator, on<strong>de</strong>,certamente, po<strong>de</strong>m ser formuladas sugestões que ficama critério do Relator acolhê-Ias ou não, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nteda existência <strong>de</strong> <strong>em</strong>enda específica, não é verda<strong>de</strong>?O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Exatamente, na forma regimental.O SR. DEPUTADO NEY LOPES - Segundo, oprazo para encaminhamento <strong>de</strong> requerimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>staqueserá o anúncio feito por V. Ex B na votação doParecer, ou seja,...consultaria o Plenário e, não ha~endo objeção, conce<strong>de</strong>ríamosO SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)primeiro a palavra a um Relator ou Rela­- Exatamente.tora parcial, s<strong>em</strong> prejuízo da discussão que já está na O SR. DEPUTADO NEY(LOPES - ...quando finalizadaa discussão. Queria,.,então, <strong>de</strong>ixar b<strong>em</strong> cla­pauta <strong>dos</strong> nossos trabalhos.T<strong>em</strong> a palavra o Deputado Ney Lopes.O SR. DEPUTADO CLÁUDIO CAJADO - Sr.Presi<strong>de</strong>nte, pela or<strong>de</strong>m, quantos oradores t<strong>em</strong> inscritos,por gentileza.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Cameiro)- Creio que já estamos com cerca <strong>de</strong> 20 inscrições.Devo fazer um esclarecimento também que...O SR. DEPUTADO CLÁUDIO CAJADO - Vintee uma, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, eu também peço antes.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- O número não sei se está preciso. Peço incluir onome do Deputado Cláudio Cajado.Mas quero dizer que hoje tiv<strong>em</strong>os uma reuniãocom o Presi<strong>de</strong>nte da Casa, com a presença d()_Relator-Gerai,<strong>dos</strong> Relatores Parciais, <strong>de</strong> algumas li<strong>de</strong>rançasro, <strong>de</strong> forma que não ensejasse nenhuma dúvida.O SR. PRESIDENTe (Deputado Jairo Carneiro)'.- Que haja o registro na ata <strong>de</strong>sta reunião.O Deputado Cláudio Cajado pediu a palavrapela or<strong>de</strong>m?O SR. DEPUTADO CLAUDIO CAJADO - Erasó para me inscrever, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, saber o número<strong>de</strong> Deputa<strong>dos</strong> já inscritos.O SR. PRESIDJ:NTE (Deputado Jairo Carneiro)- Consulto o Plenário. Aqui se encontram Relatoresparciais, Deputado Rent;lto Vianna e Deputado JoséRoberto Batochio. Se tiver<strong>em</strong> interesse <strong>em</strong> se manifestar,qualquer <strong>de</strong>les, neste preciso momento, ou <strong>em</strong>outra oportunida<strong>de</strong>, consultaria o Plenário sobre a <strong>de</strong>ferência<strong>em</strong> lhes conce<strong>de</strong>r a oportunida<strong>de</strong>.e <strong>de</strong> M<strong>em</strong>bros <strong>de</strong>sta Comissão para <strong>de</strong>finirmos O SR. DEPUTADO JOSÉ ROBERTOum calendário. E houve um entendimento e um con·senso <strong>em</strong> torno <strong>de</strong>sse calendário. Com a preocupa·ção <strong>de</strong>, na medida do possível, correspon<strong>de</strong>rmo·nosà expectativa da Casa e do nosso Presi<strong>de</strong>nte, Depu·tado Michel T<strong>em</strong>er, e aos anseios da socieda<strong>de</strong>, na·turalmente.Definimos o calendário para discussões. Tere·mos reunião hoje. Amanhã reunião às 10h. E na pró·xima s<strong>em</strong>ana, terça, quarta e quinta·feira ter<strong>em</strong>os re·uniões para discussão da proposição. A pretensãoserá votarmos ainda este mês na Comissão, se possívelno dia 22.' É um marco que <strong>de</strong>ver<strong>em</strong>os perse·guir. E as conversações e negociações estão aconte·cendo simultaneamente ao trabalho da Comissão,s<strong>em</strong> qualquer prejuízo para a plena autonomia e ~oberaniada Comissão.T<strong>em</strong> a palavra o Deputado Ney Lopes.BATOCHIO - Eu tenho interesse, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, <strong>em</strong>me manifestar.O SR. DEPUTADO INALDO LEITÃO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- V. EX- está com a palavra.O SR. DEPUTADO INALDO LEITÃO - Gostariaapenas <strong>de</strong>'sugerir a V. Ex S que adotasse a or<strong>de</strong>m<strong>de</strong> inscrição já estabelecida na reunião anterior, atéporque receb<strong>em</strong>os os relatórios parciais, ouvimos naexposição do Deputado Aloysio Nunes Ferreira, naleitura do seu relatório, referência <strong>de</strong>talhada a essesrelatórios parciais. É claro que se houver alguma manifestação<strong>de</strong> um ponto <strong>de</strong> vista, tudo b<strong>em</strong>, mas o relatórioparcial, <strong>em</strong> si, acho dispensável, já que tomamosnAo só conhecimento <strong>de</strong>te no seu teor, masacompanhamos o relatório-geral, com os <strong>de</strong>staques


27088 Quinta-feira 10DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: ;.para aqueles pontos que seriam essenciais, <strong>de</strong>ntrodas manifestações que foram feitas pelosSub-Relatores. 'O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Ouço a manifestação do Plenário. T<strong>em</strong>os a lista <strong>de</strong>inscritos para a discussão, esta proposição oferecidapelo Deputado Vicente Arruda e a manifestação doDeputado José Roberto Batochio, pelo interesse <strong>em</strong>manifestar-se.Consulto o Plenário, não posso passar por cima 'da disposição regimental.O SR. DEPUTADO VICENTE ARRUDA - Sr.Presi<strong>de</strong>nte, po<strong>de</strong>ríamos acomodar as duas situações.Os Relatores parciais falariam. To<strong>dos</strong> eles estãoinscritos. Apenas daríamos a eles precedência, oque acho <strong>de</strong> boa conduta e boa norma.A SRA. DEPUTADA ZULAIÊ COBRA - Tambémconcordo, Sr. Presi<strong>de</strong>nte. Acho que têm <strong>de</strong> falarprimeiro os Relatores adjuntos, até porque trabalharammais, prestaram serviço, talvez até mais minucioso,com todo o respeito a nós mesmos que tambémtrabalhamos um pouco. Mas acho que os adjuntos,aqui, têm muito mais o que falar.O SR. DEPUTADO GERSON PERES - E <strong>de</strong>poispara reafirmar aqui se eles concordam com o relatóriofinal do Relator, porque há relatórios parciais <strong>em</strong>que gran<strong>de</strong> parte foi acolhida e outras partes não o foram.É bom ouvirmos as opiniões <strong>de</strong> S. Exªs <strong>em</strong> relaçãoa essas observações para, <strong>de</strong>pois, ouvirmos oRelator, que po<strong>de</strong> explicar as razões das suas iniciativas.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Creio que o Plenário autoriza para que possamosouvir, então, o Relator.O SR. DEPUTADO INALDO LEITÃO - Com relaçãoà precedência não há nada a opor.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Muito b<strong>em</strong>! Convido o nobre Deputado José RobertoBatochio para vir à Mesa..Peço ao nobre Deputado José Roberto Batochioque apresente a sua exposição no prazo <strong>de</strong> vint<strong>em</strong>inutos. E uma concessão, para a qual peço a aquiescênciado Plenário, consi<strong>de</strong>rando que o t<strong>em</strong>po regimentalé <strong>de</strong> quinze minutos. Mas vamos fazer umaexceção e conce<strong>de</strong>r ao Relator-Parcial o prazo <strong>de</strong> ,vinte minutos.O SR. DEPUTADO JOSÉ ROBERTOBATOCHIO - Eminente Presi<strong>de</strong>nte, Deputado JairoCarneiro, <strong>em</strong>inente Relator, Deputado Aloysio NunesFerreira, srSs e Srs. Parlamentares, <strong>em</strong> primeiro lugar,palavras <strong>de</strong> encômios ao nobre Deputado Rela-Junho <strong>de</strong> 1999.tor, que não mediu esforços para cumprir a agenda,tão estreita, fixada, para que apr~s,entáss<strong>em</strong>osa con~clusão <strong>dos</strong> nossos trabalhos; ,encômios esses quesão estendi<strong>dos</strong> tambér:n aosSrs. Relatpres-Parciaisque souberam aten<strong>de</strong>r com pontualida<strong>de</strong> impecávelos prazos que foram assinala<strong>dos</strong>, não por <strong>de</strong>terminaçãoimperativa <strong>de</strong> qu<strong>em</strong>quer qüe. fosse, mas, sobretudo,<strong>em</strong> razão da urgência dà, matéria e da impç'rtância,da relevância, que ela apresenta na atual qUadrada vida institucional do País. . ,Quero cumprimentar o Sr. Presi<strong>de</strong>nte pela formasegura e serena com qu<strong>em</strong> v<strong>em</strong> conduzindo ostrabalhos, o Sr. Relator, os nobres Deputadós, que foramRelatores-Parciais" e a to<strong>dos</strong> que integram estaComissão.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, srªs e Srs~ 'Deputa<strong>dos</strong>, s<strong>em</strong> dúvidanenhuma, 'é enorme a expectativa da socieda<strong>de</strong><strong>em</strong> relação às mudanças que estamos a engendrarpara a melhor funcionalida<strong>de</strong> do Po<strong>de</strong>r Judiciário <strong>em</strong>nosso País.Po<strong>de</strong>ríamos começar por~mconsenso que éabsolutamente indisfarçável no:s~io da socieda<strong>de</strong>,qual seja, o <strong>de</strong> que a Justiça brasileira não po<strong>de</strong> permanecercomo se encontra. É comum o entendimentoque a sua estrutura orgânicàe,funcional é pesada,paquidérmica, não aten<strong>de</strong> aos reclamos e aos anseios<strong>de</strong> justiça da população, que as normas disciplinadorasda sua ativida<strong>de</strong>, sobretudo ativida<strong>de</strong>s jurisdicionais- que é a sua ativida<strong>de</strong> específica -, tambémnão estão a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> modo a dar fluxo ao reclamoimposto pela litigiosida<strong>de</strong> do povo brasileiro, quecresce na exata medida <strong>em</strong> qu~ se <strong>de</strong>sperta, cadavez mais agudamente, a consCiência <strong>de</strong>'cidadania<strong>em</strong> cada um <strong>dos</strong> brasileiros:Tiv<strong>em</strong>os alterações legislativas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevonas últimas décadas no nosso País. Pinço comoex<strong>em</strong>plo, apenas, o Código do Consumidor, on<strong>de</strong> oconsumidor brasileiro foi alertadQ para os seus direitose, sobretudo; para a necessiçla<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer valeresses direitos perante o órgão estatal da jurisdição,que são os tribunais com seus juízes.Por essa razão, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, entendo que aresposta qU13 esta Casa <strong>de</strong>va dar a esse anseio <strong>de</strong> justiçada socieda<strong>de</strong> brasileira não po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>cepcionante.Tampouco po<strong>de</strong> ser tímido. T<strong>em</strong>os <strong>de</strong> apresentarpropostas e soluções que efetiva e çoncretamentedinamiz<strong>em</strong> a ativida<strong>de</strong> jurisdicional do Estado, que ex:tirp<strong>em</strong> os inconvenientes e as mazelas que o atual mo<strong>de</strong>lov<strong>em</strong> apresentando, s<strong>em</strong> nenhum t<strong>em</strong>or, com <strong>de</strong>sassombro,s<strong>em</strong> nenhum receio <strong>de</strong> <strong>de</strong>sagradar, s<strong>em</strong>nenhum receio <strong>de</strong> ousar, sobretudo <strong>de</strong> ousar.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS, DEPUTADOS Quinta-feira'lO 27089Não me canso <strong>de</strong> repetir a célebre alocuçêo do A ,propósito <strong>de</strong>sse t<strong>em</strong>a, escrevi há algum t<strong>em</strong>-Car<strong>de</strong>al Pie: "Se a prudência estiver <strong>em</strong> toda a parte, po um artigo para o jornal O Estado <strong>de</strong> S.Paulo coma corag<strong>em</strong>, afinal, não vai estar <strong>em</strong> lugar nenhum. o seguinte titulo: "Matar o paciente para eliminar a do-Então, precisamos ter a corag<strong>em</strong> para operar essas ·ença". É mais ou menos isso o que t<strong>em</strong>os tentado famudanças.zer no Brasil para equacionar o probl<strong>em</strong>a do Po<strong>de</strong>rE foi com esse esplrito e com essa visão, aliada Judiciário. Quer<strong>em</strong>os diminuir o número <strong>de</strong> procesàcircunstância <strong>de</strong> que constatei s<strong>em</strong>pre, ao longo da sos nos tribunais e, para isso, instituímos barreiras,minha trajetória, da minha vida profissional como ad- exigências, obstáculos, para que os processos nãovogado, como dirigente da Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Advoga<strong>dos</strong> do chegu<strong>em</strong> aos tribunais. Quer<strong>em</strong>os s<strong>em</strong>pre os tribuna-Brasil,is do mesmo tamanho, esquecendo-nos <strong>de</strong> que a Iitiquepu<strong>de</strong> test<strong>em</strong>unhar, mais do que test<strong>em</strong>u.. giosida<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong> brasileira cresce.nhar, pu<strong>de</strong> protagonizar, verda<strong>de</strong>iramente, inúmeras É claro que por aí não vamos resolver o probletentativas<strong>de</strong> tornar a ativida<strong>de</strong>jurisdicional no Estado ma. Não vamos, através <strong>de</strong> leis processuais que cribrasileiromais ágil, mais eficaz e mais séria. Mas to- <strong>em</strong> <strong>em</strong>pecilhos para que os processos ascendam àdas essas tentativas partiram <strong>de</strong> um pressuposto segunda instância, até o segundo grau ou às instânciequivocado,errOneo, data maxlma venia.as extraordinárias e especial, resolver o probl<strong>em</strong>a daQual é o equIvoco do qual se t<strong>em</strong> partido até celerida<strong>de</strong> da justiça tentando abafar, digamos assim,este momento para operar as mudanças necessárias a litigiosida<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong> brasileira, até porque éna estrutura e na funcionalida<strong>de</strong> da justiça brasileira? um sintoma muito vivo do <strong>de</strong>spertar da cidadania.Quer<strong>em</strong>os, a partir da composição, da estrutura ma- É claro que t<strong>em</strong>os interesse que cada cidadãoterial, do <strong>de</strong>senho que t<strong>em</strong>os <strong>dos</strong> nossos tribunais, tenha consciência <strong>dos</strong> seus direitos. E quando essesencaixar o volume <strong>de</strong> processos que o anseio <strong>de</strong> justi- direitos for<strong>em</strong> viola<strong>dos</strong> é <strong>de</strong>sejável e necessário queça do povo brasileiro v<strong>em</strong> gerando.esse cidadão saiba recorrer ao Po<strong>de</strong>r Judiciário paraEntão, tomamos o Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral restaurar o seu direito. T<strong>em</strong>os <strong>de</strong> partir <strong>de</strong> uma novacom onze Ministros e quer<strong>em</strong>os encaixar toda maté- perspectiva, fazer os tribunais do tamanho da necesriaconstitucional litigiosa que acontece <strong>em</strong> nosso sida<strong>de</strong> <strong>de</strong> justiça do povo e não apertar, asfixiar, en-PaIs <strong>em</strong> pleitos individuais, sobretudo porque o nosso forcar o anseio <strong>de</strong> justiça do povo para que caiba nasist<strong>em</strong>a é misto, o controle é concentrado e difuso ao bitola estreita da estrutura material que t<strong>em</strong>os nos trimesmot<strong>em</strong>po - o que é uma gran<strong>de</strong> conquista <strong>de</strong>mo-' bunais.crática do nosso sist<strong>em</strong>a judiciário -, quer<strong>em</strong>os encai- Portanto, comecei a minha proposta, Sr. Presixarum Brasil, com uma litigiosida<strong>de</strong> equivalente a cin- <strong>de</strong>nte, Sr. Relator, preconizando o alargamento dasqaenta milhOes <strong>de</strong> habitantes, no Supr<strong>em</strong>o Tribunal estruturas <strong>dos</strong> tribunais superiores, com o aumentoFe<strong>de</strong>ral com onze Ministros e no STJ com trinta e três. do número <strong>de</strong> Ministros do Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral,Quando o Brasil passa a ter oitenta milhões <strong>de</strong> que permanece com essa mesma <strong>de</strong>nominação, poshabitantes,quer<strong>em</strong>os encaixar essa litigiosida<strong>de</strong> no to que histórica, tradicional, integrante, digamos asmesmoSupr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral com os mesmos sim, do revolver da nossa vida institucional, retiranonzeMinistros e com os mesmos trinta e três Minis- do-lhe, porém, toda a competência que não verse sotrosno Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça. Quando o Brasil bre matéria constitucional, transferindo-a para o Suatinge160 milhões <strong>de</strong> habitantes, quer<strong>em</strong>os que cai- perior Tribunal <strong>de</strong> Justiça, a nossa Corte <strong>de</strong> Cassaba<strong>de</strong>ntro da estrutura do Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral ção, que se já v<strong>em</strong> asfixiado com longas <strong>de</strong>moras naesses pleitos relativos à matéria constitucional, <strong>de</strong>ri- apreciação <strong>dos</strong> julgamentos <strong>dos</strong> feitos, será aindava<strong>dos</strong> do anseio <strong>de</strong> justiça <strong>de</strong> 160 milhões <strong>de</strong> brasilei- mais sobrecarregadoros, tendo os mesmos onze Ministros no Supr<strong>em</strong>o Tri- com a transferência <strong>de</strong> competência <strong>de</strong> matéribunalFe<strong>de</strong>ral e os mesmos trinta e três Ministros no as não constitucionais.Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça.É claro que se aumentarmos o volume <strong>dos</strong> feitosNão precisa ser experto <strong>em</strong> Direito para enten- por meio da transferência <strong>de</strong> competência, precisare<strong>de</strong>rque isto é uma estratégia e constitui, s<strong>em</strong> dúvida mos, s<strong>em</strong> dúvida nenhuma, <strong>de</strong> um número maior <strong>de</strong>nenhuma, um método <strong>de</strong> ação absolutamente equi- Ministros. Se se aumenta o número <strong>de</strong> feitos, necessávocado.E o que se t<strong>em</strong> feito para reformar o Judiciá- ria e obrigatoriamente, t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> aumentar o númerorio a partir <strong>de</strong>ssa visão? Vamos impedir, através <strong>de</strong> <strong>de</strong> magistra<strong>dos</strong>, porque, como disse uma magistrada amecanismos processuais, que os processos che- propósito da nossa reforma, o Brasil, territorialmente,gu<strong>em</strong> aos tribunais.não cabe <strong>de</strong>ntro do Paraguai. Trinta e três Ministros da


27090 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999nossa Corte <strong>de</strong> Cassação para 27 unida<strong>de</strong>s da Fe<strong>de</strong>raçãoe 160 milhões <strong>de</strong>'habitantes não resolverão nuncao probl<strong>em</strong>a da asfixia e da pletora <strong>de</strong> processos noSuperior Tribunal <strong>de</strong> Justiça, ainda que a sua ativida<strong>de</strong>seja tão só unificar a interpretação do Direito Fe<strong>de</strong>ralnas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ração.T<strong>em</strong>os <strong>de</strong> aumentar o número <strong>de</strong> Ministros doSuperior Tribunal <strong>de</strong> Justiça, e a minha proposta éque eles sejam <strong>em</strong> número <strong>de</strong> 107. Perguntar-se-ápor que 107? É um número simpático, cab~ístico ouqual é a simpatia que existe por esse número? Nãosei. Não se trata <strong>de</strong> um critério aleatório. O que seimagina é que se a composição do Tribunal hoje é <strong>de</strong>33 Ministros, t<strong>em</strong>os, pelo menos, <strong>de</strong> multiplicá-Ia portrês, o que daria 99. Como <strong>em</strong> minha proposta estou<strong>de</strong>stinando dois m<strong>em</strong>bros do Superior Tribunal <strong>de</strong>Justiça para a Justiça Eleitoral e outros para o ConselhoNacional <strong>de</strong> Justiça, que pelo menos fiqu<strong>em</strong> 99 noexercício da ativida<strong>de</strong> jurisdicional, o que representatriplicar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> julgamento <strong>de</strong>sse tribunal.Insisto <strong>em</strong> dizer que se não atacarmos o probl<strong>em</strong>a<strong>em</strong> sua raiz, vamos fazer um arr<strong>em</strong>edo <strong>de</strong> reformaconstitucional ou uma reforma cosmética, que,efetivamente, não produzirá resultado. E todo esseenvolvimento da nossa Comissão, todo esse nossotrabalho acabará por gerar um pálido, raquítico e tíbioresultado que, <strong>em</strong> resumo, não modificará muito oquadro dramático da Justiça do nosso País.Com referência ao tenia <strong>de</strong> acesso à Justiça edireito à sentença, que é o subt<strong>em</strong>a específico qu<strong>em</strong>e coube, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sta rápida abordag<strong>em</strong> acerca doSupr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral e do Superior Tribunal <strong>de</strong>Justiça, tiv<strong>em</strong>os oportunidé!<strong>de</strong> <strong>de</strong> propor alguns dispositivosque pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> aten<strong>de</strong>r a alguns aspectosda celerida<strong>de</strong> da prestação jurisdicional <strong>em</strong> nossoPaís. Por ex<strong>em</strong>plo, a fixação <strong>de</strong> prazo para juízes, <strong>de</strong>qualquer grau <strong>de</strong> jurisdição, proferir<strong>em</strong> seus <strong>de</strong>spachose <strong>de</strong>cisões nos autos.Não se trata apenas <strong>de</strong> estabelecer uma simetriaprocessual entre to<strong>dos</strong> os atores que interfer<strong>em</strong>na cena ou na ativida<strong>de</strong> jurisdicional. Costuma-se dizer,no jargão forense, que qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> prazo são só osadvoga<strong>dos</strong>. Isso, na realida<strong>de</strong> prática, é uma verda<strong>de</strong>.Precisamos, digamos assim, estabelecer condiçõesnão <strong>em</strong> benefício das partes formais do processo,mas <strong>em</strong> benefício do povo, porque não é possível,n<strong>em</strong> admissível, que o Magistrado conserve consigo,ad aeternum, um <strong>de</strong>terminado feito <strong>em</strong> que <strong>de</strong>vesentenciar ou no qual <strong>de</strong>va proferir um <strong>de</strong>spacho ouuma <strong>de</strong>cisão, e, simplesmente, o cidadão expectanteda reparação <strong>de</strong> seu direito violado fique, in<strong>de</strong>finidamente,s<strong>em</strong> essa resposta.Apresentamos a proposta <strong>de</strong> um dispositivo quesugeriria ou estabeleceria um prazo para que o magistradopu<strong>de</strong>sse dar a sentença, sob pena <strong>de</strong> serafastado da jurisdição do processo e outro magistra<strong>dos</strong>er <strong>de</strong>signado, vencido o prazo, para proferir a <strong>de</strong>cisãonaquele feito. Isso s<strong>em</strong> prejuízo das <strong>de</strong>mais <strong>de</strong>corrênciasadministrativas, disciplinares e <strong>de</strong> avaliaçãoda capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho do Magistrado, paraefeitos administrativos.Propus<strong>em</strong>os ainda o estabelecimento <strong>de</strong> umaativida<strong>de</strong> jurisdicional ininterrupta e nisso parece quenão fomos os únicos, porque me parece que o DeputadoIbrahim Abi-Ackel também fez proposiçãoNesse mesmo sentido. O que significa isso?Justiça vinte e quatro horas. A ex<strong>em</strong>plo do que ocorrenos prontos-socorros, na ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> polícia, quenão po<strong>de</strong> sofrer solução <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong>, por que nãouma Justiça vinte e quatro horas, com capacida<strong>de</strong>plena <strong>dos</strong> órgãos jurisdicionais funcionando duranteos horários <strong>de</strong> expediente e fora <strong>de</strong>les plantões contínuos<strong>de</strong> modo que a violação <strong>de</strong> um direito não pu<strong>de</strong>ssejamais <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser atendida pronta e eficazmente?Também a extinção das férias coletivas <strong>em</strong> doisperío<strong>dos</strong> anuais. Ninguém é contra o gozo <strong>de</strong> fériaspor parte <strong>dos</strong> Magistra<strong>dos</strong>, mas que goz<strong>em</strong> férias <strong>em</strong>caráter individual s<strong>em</strong> que se paralis<strong>em</strong> as ativida<strong>de</strong>sforenses dois meses a cada ano, <strong>em</strong> prejuízo do atendimentodas <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> Justiça feitas pela populaçãodo nosso País.Estou também, no que diz respeito à celerida<strong>de</strong>da Justiça e à presteza na prestação das ativida<strong>de</strong>sjurisdicionais, propondo outras medidas que, naturalmentenesse ponto, se afastam um pouco da propostado Sr. Relator-Geral. Na minha proposta, mo<strong>de</strong>loque <strong>de</strong>calquei, confesso, da 5ª Emenda da Constituição<strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> da América do Norte, no quediz respeito à proibição <strong>de</strong> edição <strong>de</strong> atos normativosque limit<strong>em</strong> o exercício do direito <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa,com essa mesma estrutura e com esses mesmoscontornos, propus que nenhum ato legal, nenhumanorma que limite a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> os juízes <strong>de</strong>ferir<strong>em</strong>liminares, medidas cautelares ou antecipatóriaspo<strong>de</strong> ser editada pelo Congresso Nacional. Isso parapossibilitar ao Magistrado, <strong>em</strong> qualquer matéria, <strong>de</strong>qualquer natureza, prontamente aten<strong>de</strong>r, por intermédio<strong>de</strong>sses juízos sumários, a reparação <strong>de</strong> um direitoviolado ou impedir que o dano por essa violaçãoacabe' por se consumir, por se efetivar e se perpetuar.Parece-me também que essa proposta não foiaceita. pelo <strong>em</strong>inente Relator-Geral no que diz respeitoa constar do corpo permanente da Constituição


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27091uma norma que impeça o Congresso Nacional <strong>de</strong> legislarno sentido <strong>de</strong> impeair os juízes <strong>de</strong> conce<strong>de</strong>rmedidas liminares, cautelares ou antecipatórias. Parece-meque quanto mais <strong>de</strong>ferirmos aos juízes <strong>de</strong> 19Grau a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pronto reparo <strong>de</strong> uma violação<strong>de</strong> direito, mais perto do anseio <strong>de</strong>Justiça estar<strong>em</strong>os<strong>em</strong> qualquer das perspectivas que se encare oprobl<strong>em</strong>a.Quanto ao t<strong>em</strong>a polêmico, que, naturalmente,v<strong>em</strong> ren<strong>de</strong>ndo vivas e acendradas discussões, referenteao controle externo ou administrativo do Po<strong>de</strong>rJudiciário, essa, s<strong>em</strong> dúvida nenhuma, é uma dasgran<strong>de</strong>s unanimida<strong>de</strong>s naci~nais na pr~sentequadrada nossa História. O que'há são divergências sobre asua forma <strong>de</strong> composição.A socieda<strong>de</strong>, s<strong>em</strong> dúvida nenhuma, exige queestabeleçamos um órgão, um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> controle administrativoda Magistratura que seja composto porrepresentantes da socieda<strong>de</strong>. Aqui se hospeda um<strong>dos</strong> pontos mais polêmicos <strong>de</strong> todas as propostasapresentadas. É claro que <strong>de</strong>sse órgão <strong>de</strong> controleadministrativo, s<strong>em</strong> tocar na in<strong>de</strong>pendência das <strong>de</strong>cisõesjurisdicionais, <strong>de</strong>ve participar a Magistratura.Claro. É natural, é necessário, inclusive com a participação<strong>de</strong> m<strong>em</strong>bros do Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, doSuperior Tribunal <strong>de</strong> Justiça.É necessário, é in<strong>de</strong>sviável e é inevitável que<strong>de</strong>sse órgão também particip<strong>em</strong> representantes daOr<strong>de</strong>m <strong>dos</strong> Advoga<strong>dos</strong> do Brasil e do Ministério Púb!ico,que são os operadores do Direito, atores da cenajurisdicional do Estado. To<strong>dos</strong> eles componentes daquiloque po<strong>de</strong>ríamos <strong>de</strong>nominar, lato sensu, <strong>de</strong> Po<strong>de</strong>rJudiciário, uma vez que só a Magistratura não é oPo<strong>de</strong>r Judiciário, posto que ela sozinha não exerce atarefa jurisdicional. Princípio dispositivo resulta nainércia dojuiz na jurisdição extrapenal. O direito da <strong>de</strong>fesatécnica e acusação no sist<strong>em</strong>a acusatório, nasações penais públicas, está <strong>de</strong>ferido ao MinistérioPúblico. O juiz sozinho não exerce essa tarefaque a Constituição <strong>de</strong>fere ao Po<strong>de</strong>r Judiciário; que é acomposição <strong>dos</strong> conflitos <strong>de</strong> interesses verifica<strong>dos</strong> nocorpo social.Portanto, Po<strong>de</strong>r Judiciário, num sentido mais amplo,é isso, é a ativida<strong>de</strong> do órgão estatal da jurisdição,do juiz, do Ministério Público, do advogado, da políciajudiciária, <strong>dos</strong> auxiliares da Justiça. Tudo isso é Po<strong>de</strong>rJudiciário. Então, é natural que nesse órgão <strong>de</strong> controleadministrativo da Magistratura estejam presentes,sim, necessária e in<strong>de</strong>sviavelmente, o Ministério Público,além da própria Magistratura e advocacia.E precisávamos encontrar uma forma <strong>de</strong> colocarrepresentantes da socieda<strong>de</strong> civil para exerceresse controle. Aliás, isso daria, a meu ver, uma crisma<strong>de</strong> legitimida<strong>de</strong> ao po<strong>de</strong>r exercido pelo Judiciário.Somos eleitos, nós do Legislativo, <strong>em</strong> qualquer esfera,assim também o Executivo, evi<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente, pelovoto popular. O sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> recrutamento <strong>dos</strong> Magistra<strong>dos</strong>,ordinariamente por concurso <strong>de</strong> provas e Utulos,ou por nomeação nos casos <strong>em</strong> que a Constituiçãoassim dispõe, na verda<strong>de</strong> não passa pelo crivopopular. Então, t<strong>em</strong>os essa ambígua e paradoxal situação.O Po<strong>de</strong>r Judiciário no Estado D<strong>em</strong>ocrático <strong>de</strong>Direito é o po<strong>de</strong>r que controla, via jurisdicional, osatos do Executivo, do. Legislativo - estão aí as açõesdiretas <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong> -, e, a seu turno, nãoé controlado por ninguém. Essa é uma questão <strong>em</strong>baraçosaque o nosso sist<strong>em</strong>a'constitucional precisavaresolver.Então, para que haja essa legitimação popular épreciso, sim, que a socieda<strong>de</strong> esteja representada etenha assento nesse órgão <strong>de</strong> controle administrativoda Magistratura. E como faríamos isso? Convocandopessoas <strong>de</strong> notável saber, aprovadas pelo CongressoNacional, que pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong>, representando a socieda<strong>de</strong>,integrar esse órgão <strong>de</strong> controle externo. Ninguémcertamente po<strong>de</strong>rá negar que, por ex<strong>em</strong>plo, ocidadão - pinço o ex<strong>em</strong>plo apenas para mostrarcomo isso é possível- Barbosa Lima Sobrinho encarnauma das gran<strong>de</strong>s representações da socieda<strong>de</strong> civilbrasileira e se cre<strong>de</strong>ncia ao cargo - estou dandoapenas um ex<strong>em</strong>plo para mostrar como é factível eviável a presença da socieda<strong>de</strong> civil nesses órgãos.Ninguém contestaria que Barbosa Lima Sobrinho, porex<strong>em</strong>plo, ou Sobral Pinto, se vivo estivesse, representam,com. majesta<strong>de</strong> incontestável, a socieda<strong>de</strong> civil.Eis aí a fórmula <strong>de</strong> que se lançaria mão para batizarcom a crisma popular, me permitam a figura, osintegrantes da socieda<strong>de</strong> civil que participariam <strong>de</strong>sseórgão <strong>de</strong> controle do Po<strong>de</strong>r Judiciário. E, a meuver, não po<strong>de</strong> ser um órgão único e centralizado aquina Capital da República.Não posso enten<strong>de</strong>r, a menos que seja só parainglês ver, ou só para constar, ou só para respon<strong>de</strong>r aum reclamo da socieda<strong>de</strong>, que um órgão sediado naCapital da República com quatro, cinco, <strong>de</strong>z ou quinz<strong>em</strong><strong>em</strong>bros pu<strong>de</strong>sse ter capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fiscalizar administrativamentea vida jurisdicional <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os juízes,<strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os tribunais, <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os graus, <strong>de</strong> todasas especialida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> todas as unida<strong>de</strong>s da Fe<strong>de</strong>ração.É impossível. Isso não é uma solução viável.Precisaríamos, sim, ter órgãos <strong>de</strong> controle estaduaisou regionais <strong>de</strong> composição mista integra<strong>dos</strong>por juízes do trabalho, juízes estaduais, fe<strong>de</strong>rais ­quando digo juízes estou me referindo aos juízes <strong>de</strong>


27092 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999to<strong>dos</strong> os graus - para que pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong>, <strong>em</strong> juízo <strong>de</strong> zes pu<strong>de</strong>ram <strong>de</strong>clarar a medida inconstitucional nosprimeiro grau, planejar a. política judiciária naquela pleitos individuais. Então, não t<strong>em</strong>, efetivamente, neunida<strong>de</strong>da Fe<strong>de</strong>ração que t<strong>em</strong> peculiarida<strong>de</strong>s. Cer- nhum sentido estabelecer esse mecanismo, segundotamente as peculiarida<strong>de</strong>s da vida judiciária do Esta- o qual o Po<strong>de</strong>r Executivo baixa <strong>de</strong>termina<strong>dos</strong> atosdo <strong>de</strong> São Paulo são diferentes das do Rio Gran<strong>de</strong> do normativos, vai à Supr<strong>em</strong>a Corte, pe<strong>de</strong> o placet,Sul, das do Ceará, das do Rio Gran<strong>de</strong> do Norte. Não pe<strong>de</strong> o carimbo, passa no guichê da Supr<strong>em</strong>a Corte esei como possam ser polivalentes esses m<strong>em</strong>bros diz: "Eu quero o carimbo <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>". A<strong>de</strong>sse órgão único centralizado na Capital da Repú- Supr<strong>em</strong>a Corte examina, põe o carimbo <strong>de</strong> constituciblicapara planejar a política econômica com toda a onalida<strong>de</strong> e pronto, está interditada a discussão <strong>dos</strong>ua poliformia, a multiplicida<strong>de</strong> <strong>dos</strong> fatos <strong>em</strong> cada t<strong>em</strong>a <strong>em</strong> qualquer juízo, <strong>em</strong> qualquer tribunal do nosumadas unida<strong>de</strong>s da Fe<strong>de</strong>ração e fazer isso com efi- so País.ciência, além <strong>de</strong> fiscalizar também como os tribunais A mim isso não me parece <strong>de</strong>mocrático e não<strong>em</strong>pregam os seus recursos, que são dinheiro públi- traz absolutamente nenhuma vantag<strong>em</strong>, a não serco, e avaliar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho e o comporta- para o Governo que pretenda utilizar, a mãos cheias,mento funcional <strong>de</strong> cada Magistrado <strong>em</strong> cada unida- <strong>de</strong> atos normativos e queira ver, digamos assim, os<strong>de</strong> da Fe<strong>de</strong>ração. Não é possível que um órgão cen- seus atos não sujeitos a discussão perante o Po<strong>de</strong>rtralizado consiga se <strong>de</strong>sincumbir a contento <strong>de</strong>ssa ta- Judiciário.refa tão árdua, complexa e enorme na sua dimensão,digamos assim, <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s.Também quanto à súmula vinculante, peço vê-Por essa razão, a nossa proposta é no sentido nia para discordar do <strong>em</strong>inente.J~elator-Geral na exa<strong>de</strong>um órgão que funcionaria como segundo grau <strong>de</strong> ta medida <strong>em</strong> que não acredito <strong>em</strong> vantagens quejurisdição para essas <strong>de</strong>cisões administrativas e ór- possam trazer esse engessamento da ativida<strong>de</strong> jurisdicional<strong>dos</strong> nossos Magistra<strong>dos</strong>. O máximo que segãos <strong>em</strong> cada uma das unida<strong>de</strong>s da Fe<strong>de</strong>ração.po<strong>de</strong>ria chegar nesse ponto é enten<strong>de</strong>r a súmula vin-Manifestei-me também, na minha proposta, no culante existente <strong>em</strong> matéria constitucional no Supresentido<strong>de</strong> eliminar a ação <strong>de</strong>claratória <strong>de</strong> constitucio- mo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral e pararmos por aí, tão-somentenalida<strong>de</strong>. Acho que precisamos extirpar esse instituto isso. Não adianta argumentarmos com a repetiçãoda nossa Constituição. Não t<strong>em</strong> o menor sentido con- <strong>dos</strong> pleitos: Se t<strong>em</strong>os muitos processos, precisamostinuarmos com esse instituto que significa, além <strong>de</strong> <strong>de</strong> muitos juízes. Não é por meio <strong>de</strong>sses argumentostudo, além <strong>de</strong> ser uma coisa anti<strong>de</strong>mocrática, além <strong>de</strong> _ relevância. Quando é que vai ser proclamada a reletolhera ativida<strong>de</strong> jurisdicional <strong>de</strong> cada Magistrado vância <strong>em</strong> uma ação <strong>de</strong> <strong>de</strong>spejo ou <strong>em</strong> uma ação <strong>de</strong>nos pleitos individuais, uma capitis diminutio para o discussão <strong>de</strong> limites ou <strong>de</strong> lin<strong>de</strong>s entre proprieda<strong>de</strong>s?Congresso Nacional.Também não se me afigura a<strong>de</strong>quada a adoção <strong>de</strong>s-Estamos admitindo na Constituição, nobres De- se instituto.puta<strong>dos</strong>, que produzimos leis inconstitucionais. Estamosadmitindo isso ao cont<strong>em</strong>plarmos a ação <strong>de</strong>cla- Quanto à ação direta <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong>,ratória <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>. Além do mais, soa-me procurei alargar um pouco a base <strong>dos</strong> legitima<strong>dos</strong>profundamente anti<strong>de</strong>mocrático que editada uma me- elenca<strong>dos</strong> no art. 103 da nossa Constituição, para indidaprovisória - vamos retroagir um pouco no t<strong>em</strong>po cluir também as entida<strong>de</strong>s que se <strong>de</strong>dicam <strong>em</strong> caráterpara ex<strong>em</strong>plificar o argumento. Imagin<strong>em</strong>os que o nacional à <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> direitos difusos e interesses pú-Presi<strong>de</strong>nte Fernando Collor <strong>de</strong> Mello tivesse baixado blicos. Por que não? Acho que isso é <strong>de</strong>mocrático ea medida provisória que confiscou as poupanças <strong>dos</strong> não ofen<strong>de</strong> ao nosso sist<strong>em</strong>a.brasileiros, por ocasião do Plano Econômico, <strong>de</strong> infa- Fecho com a Justiça do Trabalho, Sr. Presi<strong>de</strong>nustam<strong>em</strong>ória, e tivesse ido aq Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe- te, porque, efetivamente, não há t<strong>em</strong>po para que se<strong>de</strong>ral e ajuizado uma ação <strong>de</strong>claratória <strong>de</strong> constitucio- faça uma abordag<strong>em</strong> minuciosa. Na nossa propostanalida<strong>de</strong>. Certamente a Supr<strong>em</strong>a Corte teria <strong>de</strong>clara- são elimina<strong>dos</strong> os juízes classistasdo constitucional.e substituídas as juntas <strong>de</strong> conciliação e julga-Peço só a paciência <strong>de</strong> V. Exa. por mais um mi- mento por juízes ou varas do trabalho no primeironutinho, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, porque o t<strong>em</strong>a é longo e é grau. Também se admite os juiza<strong>dos</strong> especiais na juprecisoabordá-lo ainda que pela rama.risdição do trabalho. Por que não? É uma experiênciaPois b<strong>em</strong>. Certamente a Supr<strong>em</strong>a- Corte teria que v<strong>em</strong> se mostrando a<strong>de</strong>quada e que t<strong>em</strong> dado<strong>de</strong>clarado constitucional a medida provisória que con- uma contribuição para o aceleramento da soluçãofiscou as poupanças. Isso não ocorreu porque os juí- <strong>dos</strong> conflitos.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27093Somos também pela manutenção <strong>dos</strong> Tribunais co <strong>de</strong> tal natureza influente e forte que force esse Tri-Regionais do Trabalho com um novo <strong>de</strong>senho, admi- bunal Regional do Trabalho ou Juiz do Trabalho a intindoaté que, se <strong>em</strong> algumas u,nida<strong>de</strong>s da Fe<strong>de</strong>ração terpretar o Direito do Trabalho <strong>de</strong> uma tal forma queeles não se justificam <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrênciado pequeno vo- seja conveniente às aspirações locais ou setoriais elume <strong>de</strong> feitos que julgam, façamos um re<strong>de</strong>senho re- precisamos <strong>de</strong> um Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, precisamos <strong>de</strong>gional para que tenhamos <strong>em</strong> regiões que tenham um órgão <strong>de</strong> unificação da interpretação do Direito donúmero suficiente <strong>de</strong> feitos um tribunal que tenha ju- Trabalho, com essa competência restrita, não para serrisdiçao sobre mais <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> da Fe<strong>de</strong>ração, a terceira instância on<strong>de</strong> se eternizam os recursos orsefor o caso, assim como também não se po<strong>de</strong> limitar dinariamente interpostos por <strong>em</strong>pregadores, que, coma um Tribunal Regional do Trabalho aquelas unida- essa manobra, acabam por frustrar os direitos <strong>dos</strong> tra<strong>de</strong>sda Fe<strong>de</strong>ração que mostram um volume <strong>de</strong> traba- balhadores, da classe trabalhadora do nosso País.lho, um volume <strong>de</strong> exigência que comporte dois ou Não. Seria apenas com o objetivo <strong>de</strong> interpretar, <strong>em</strong>até mais tribunais do trabalho.circunstâncias especialrssimas, as divergências-<strong>de</strong> in-Insisto <strong>em</strong> dizer: nós não po<strong>de</strong>mos fazer uma terpretação, unificar as divergências <strong>de</strong> interpretaçãoreforma para vestir a litigiosida<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>n- do Direito do Trabalho nas unida<strong>de</strong>s da Fe<strong>de</strong>ração.tro da estrutura que aí está. T<strong>em</strong>os <strong>de</strong> conceber uma Extinguiria também a Justiça Militar <strong>em</strong> to<strong>dos</strong> osestrutura maior, mais ampla,_ mais eficaz para dar va- seus níveis, estabelecendo conselhos <strong>de</strong> sentençazão à litigiosida<strong>de</strong> e solucionar os Iitrgios verifica<strong>dos</strong> que, efetivamente e na medida da exigência e do vonasocieda<strong>de</strong> brasileira. Esse que é o erro <strong>de</strong> pers- lume <strong>dos</strong> conflitos relativos à vida castrense, especifipectivano qual t<strong>em</strong>os insistido até agora. Lamento, camente os crimes propriamente militares ou tipicasinceramente,que não tenha conseguido convencer mente militares, se reuniss<strong>em</strong>, <strong>de</strong>cidiss<strong>em</strong> e se disonobre Relator até o presente momento - não <strong>de</strong>sisti solvesse(l1, composto queé o órgão <strong>de</strong> julgamento dodisso, viu nobre Relator, vou insistir nisso e tenho cer- primeiro grau <strong>de</strong> forma colegiada, como to<strong>dos</strong> nós,satezaque V. Exa. é sensível, um hom<strong>em</strong> inteligente e b<strong>em</strong>os.culto que é, a esses apelos que faz<strong>em</strong>os, s<strong>em</strong>pre res- São essas, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, algumas poucas daspeitosamente, até porque, por mais sábio e experi- propostas que fiz no meu sub-relatório, sobretudomentado que seja V. Exa., há s<strong>em</strong>pre aquela adver- dando ênfase, um <strong>de</strong>staque muito enfático na repulsatência <strong>de</strong> Ramon y Carralo(?), pensador espanhol, que sinto pelo instituto do inci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> inconstitucioquedisse assim: "Nada me causa más veneración y nalida<strong>de</strong>, que se ass<strong>em</strong>elha à odiosa, anti<strong>de</strong>mocráti-:-asom.bro que un anciano que sabe cambiar <strong>de</strong> ca e autoritáriÇl avocatória, que já foi banida do nossoopinión." Então, efetivamente, qu<strong>em</strong> sabe mudar <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>a, e com a <strong>de</strong>snecessida<strong>de</strong>, que acentuo, dasopinião mostra que é verda<strong>de</strong>iramente sábio.<strong>de</strong>cisões <strong>dos</strong> tribunais superiores ser<strong>em</strong> sist<strong>em</strong>atica-Quanto ao Tribunal Superior do Trabalho, a mi- mente vinculantes, paralisando, assim, a evolução donha proposta é no sentido da sua extinção, mas não Direito Pretoriano e impedindo a evolução da interdaextinção pura e simples. Entendo que os juízes to- pretação do Direito nos tribunais.ga<strong>dos</strong> do Tribunal Superior do Trabalho po<strong>de</strong>riam Isso porque, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, como assinalam osperfeitamente a<strong>de</strong>quar ou integrar uma seção traba- jus pensadores, muito mais do que encontrar a solu-Ihista do Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça on<strong>de</strong> ter<strong>em</strong>os, ção do Iitrgio no positivismo da norma, importa e instana minha proposta, 107 juízes, que chamo <strong>de</strong> juízes, extrair da norma a solução <strong>de</strong> justiça para o caso conporquena minha proposta são to<strong>dos</strong> juízes, Juiz do ereto, à vista das suas peculiarida<strong>de</strong>s específicas.Supr<strong>em</strong>o, Juiz do STJ, Juiz <strong>de</strong> 1 Q Grau, Juiz do Tribu- Mais importante talvez do que a literalida<strong>de</strong> da normanal Regional Fe<strong>de</strong>ral, Juiz do Tribunal <strong>de</strong> Justiça, é a sua interpretação. Portanto, preconizo liberda<strong>de</strong>num mo<strong>de</strong>lo americano, on<strong>de</strong> são to<strong>dos</strong> juízes, inclu- para os juízes <strong>de</strong> 1 Q grau. (Palmas.)sive os da Supr<strong>em</strong>a Corte.Muito obrigado.Pois b<strong>em</strong>. Po<strong>de</strong>ríamos tercom os <strong>de</strong>zessete juí- O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)zes toga<strong>dos</strong> que ora jurisdicionam no Tribunal Superi- - Agra<strong>de</strong>c<strong>em</strong>os a V. Exa.or do Trabalho uma seção trabalhista no Superior Tri- Concedo a palavra ao Deputado Renato Vianbunal<strong>de</strong>-Justiça, com a competência específica e úni- na. Peço-lhe que anuncie o t<strong>em</strong>a e encareço que fica<strong>de</strong> unificar a interpretação do Direito do Trabalho que a exposição adstrita ao t<strong>em</strong>a. Em outro momento,nas div~rsas unida<strong>de</strong>s da Fe<strong>de</strong>ração. Por suposto V. Exa. terá oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discutir as outrasque pod~rá ocorrer<strong>de</strong>, <strong>em</strong> uma <strong>de</strong>terminada unida<strong>de</strong> questões para que po~samos dar oportunida<strong>de</strong> aosda Fe<strong>de</strong>ração, termos um po<strong>de</strong>r político ou econOmi- <strong>de</strong>mais m<strong>em</strong>bros dQ Plenário.


27094 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999o SR. DEPUTADO JOSÉ ANTONIO - Sr. Prési<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- T<strong>em</strong> V. Exa. a palavra.O SR. DEPUTADO JOSÉ ANTONIO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,quero apenas indagar do Relator se é verda<strong>de</strong>iraa assertiva divulgada hoje pelo Jornal da Câ·mara <strong>de</strong> que S. Exa. teria retirado sua proposta <strong>de</strong>absorção da Justiça do Trabalho pela Justiça Fe<strong>de</strong>ral.Acho que to<strong>dos</strong> leram a matéria.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Eu pediria que no momento da manifestação do Relator...O SR. DEPUTADO ALOYSIO NUNESFERREIRA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, posso até esclarecer, seV. Exa. me permitir.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Sim, Excelência.O SR. DEPUTADO JOSÉ ANTONIO - Vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r<strong>de</strong>...O SR. DEPUTADO ALOYSIO NUNESFERREIRA - Não, não t<strong>em</strong> nenhum fundamento.o A discussão na Comissão está começandohoje. Apresentei meu parecer. Quase to<strong>dos</strong> pediramvistas. A Comissão é o foro a<strong>de</strong>quado para isso.Sr. Presi<strong>de</strong>nte, muito obrigado pela oportunida<strong>de</strong>que V. Exa. me <strong>de</strong>u para esclarecer.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Peço ao Deputado Renato Vianna limitar-se aot<strong>em</strong>a ao t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> vinte 'mi.nutos. V. Exa. terá <strong>em</strong> outromomento oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se manifestar sobre outrosassuntos da t<strong>em</strong>ática global.O SR. DEPUTADO JOSÉ GENOíN'O - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- V. Exa. está com a palavra.O SR. DEPUTADO JOSÉ GENOíNO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,apenas um esclarecimento. Consi<strong>de</strong>randoque estou aqui como Lí<strong>de</strong>r da bancada do PT e chegueiapenas agora <strong>em</strong> função <strong>de</strong> outros t<strong>em</strong>as daagenda e por ter <strong>de</strong> cuidar da agenda <strong>de</strong> plenário, indago<strong>de</strong> V. Exa. se a Presidência informou aos m<strong>em</strong>brosda Comissão a conversa que tiv<strong>em</strong>os com o Presi<strong>de</strong>nteda Câmara, até por proposta <strong>de</strong>sta Li<strong>de</strong>rança,apoiado pela Li<strong>de</strong>rança do PFL - os dois Lí<strong>de</strong>res estavampresentes-, <strong>de</strong> só retomar o processo <strong>de</strong> discussãocom a Mesa da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> apósesgotar o <strong>de</strong>bate e iniciar o processo <strong>de</strong> votação nestaComissão, para valorizar a Comissão, como instânciaprimeira, para afunilar as convergências ou divergênciassobre,esta matéria?O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Devo esclarecer ao nobre Deputado José Genoínoque <strong>de</strong>finimos um calendário - V. Exa. estava presente- para discussão na Comissão. Ter<strong>em</strong>os hojE!;amanhã às 10h e na próxima s<strong>em</strong>ana -:- terça, quartae quinta-feiras - reuniões marcadas, programadaspara a discussão.Não tenho condições <strong>de</strong> impedir que eventualmentehaja conversações simultâneas <strong>de</strong> Li<strong>de</strong>rançaspartidárias com a Presidência da Casa. Vamos cumprirrigorosamente nossa função nesta Comissão, assegurandoa palavra a to<strong>dos</strong> os m<strong>em</strong>bros da Comissãoe a Deputa<strong>dos</strong> que não sejam m<strong>em</strong>bros, para discutirmosexaustivamente o t<strong>em</strong>a, que é responsabilida<strong>de</strong>nossa.O SR. DEPUTADO JOSÉ GENOíNO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,só para esclarecer. Não falarei mais sobreesse assunto.A vonta<strong>de</strong> expressa junto ao Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>staCasa, com a sua concordância, até por proposta <strong>de</strong>minha autoria, foi no sentido <strong>de</strong> valorizar a ComissãoEspecial como foro do <strong>de</strong>bate e da produção, do roteiro,até <strong>de</strong> divergência ou <strong>de</strong> consenso. Nada seria feitoque enfraquecesse a Comissão Especial como foroprivilegiado para produzira proposta para o Plenário. Claro que vai havernegociação, mas s<strong>em</strong>pre respeitando e valorizando aComissão Especial.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Consi<strong>de</strong>ro que é <strong>de</strong>ver el<strong>em</strong>entar da Presidência eda Mesa Diretora da Comissão que haja essa manifestaçãointegral <strong>de</strong> cada m<strong>em</strong>bro da comissão. Issoserá respeitado <strong>inteira</strong>mente por nós.O SR. DEPUTADO RENATO VIANNA - Sr.Presi<strong>de</strong>nte, Deputado Jairo Carneiro, Sr. Relator-Gerai,Deputado Aloysio Nunes Ferreira, Srs.m<strong>em</strong>bros da comissão, Srs. Deputa<strong>dos</strong>, Sras. Deputadas,fico muito à vonta<strong>de</strong> <strong>em</strong> função do t<strong>em</strong>a qu<strong>em</strong>e foi atribuído na reforma do Judiciário, apesar <strong>de</strong>mais cáustico, talvez, ter merecido, por parte do Relator-GeraI,acolhimento <strong>de</strong> praticamente todas as nossassugestões.Por <strong>de</strong>terminação do meu partido, o PMDB, ficamosresponsáveis pelo t<strong>em</strong>a ligado à competência doSupr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, do Superior Tribunal <strong>de</strong>Justiça e da Justiça Fe<strong>de</strong>ral. Aten<strong>de</strong>ndo a um pedidodo próprio Presi<strong>de</strong>nte vou ater-me, justamente, à matériaque me foi prometida para que pu<strong>de</strong>sse <strong>de</strong>sincumbir-me<strong>de</strong>ssa tarefa.Certamente o faço, e quero aqui <strong>de</strong>clarar, <strong>em</strong>nome não só individual, porque esse trabalho foi feitonão só mediante diuturnas reuniões na comissão téc-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DÇ>S DEPUTADOS Quinta-feira 10 27095nica com os ilustres relatores parciais, mas, <strong>em</strong> especial,com os companheiros. do nosso partido, o PMDB,e quero aqui <strong>de</strong>clarar <strong>de</strong> público que várias reuniõesforam feitas com o Deputado Osmar Serraglio, comoVice-Presi<strong>de</strong>nte lédio Rosa, com a Deputada Nair XavierLobo, o Deputadolnaldo Leitão, o Deputado.Alberto Fraga e, <strong>em</strong> especíal; aquele que está ausenteaqui hoje, _ registro que S. Exa me telefonou e pediuque justificasse a sua ~usência, o Deputado Men<strong>de</strong>sRibeiro, <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> da doença <strong>de</strong> seu pai que o. pren<strong>de</strong> ao lado do leito, procurando nesses momentosdifíceis po<strong>de</strong>r estar ao seu lado.Gostaria <strong>de</strong> dizer aos nobres Deputa<strong>dos</strong> queprocuramos assegurar ao Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>rala sua função maior, constitucional, <strong>de</strong>finindo-lhe o pape!<strong>de</strong> órgão, além da competência <strong>de</strong> guardar aConstituição, encarregado <strong>de</strong> exercer o controle jurisdicionalda constitucionalida<strong>de</strong>. Para isso, partimosda transferência <strong>de</strong> competências que estavam inseridasno art. 102 da Constituição, que entendíamosser matérias que po<strong>de</strong>riam ser transferidas à competênciado Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça.Cabe a esse órgão jurisdicional, responsávelpela autorida<strong>de</strong>, integrida<strong>de</strong> e interpretação do direitofe<strong>de</strong>ral, julgar os conflitos e interpretar o direito nacio-.nal comum. Certamente, algumas competências queestavam inseridas no Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral eque não eram <strong>de</strong> natureza constitucional - procurandotornar efetivamente o Supr<strong>em</strong>o Tribunal numa corteconstitucional -, transferimos ou sugerimos a suatransferência para o Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça.Algumas das 45 <strong>em</strong>endas que foram apresentadassugeriam a mudança <strong>de</strong> nomenclatura, a ex<strong>em</strong>plo<strong>de</strong> outros países, para que também mudáss<strong>em</strong>osa <strong>de</strong>nominação: que o Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ralpassasse a ser <strong>de</strong>signado como Corte Constitucional,Tribunal Constitucional, e que o Superior Tribunal <strong>de</strong>Justiça fosse intitulado <strong>de</strong> Supr<strong>em</strong>a Corte <strong>de</strong> Justiça.Enten<strong>de</strong>mos que <strong>em</strong> nada, se mudáss<strong>em</strong>os oualteráss<strong>em</strong>os a nomenclatura, iria contribuir paraaquele que é o nosso objetivo maior: buscar a celerida<strong>de</strong>,a rapi<strong>de</strong>z na prestação jurisdicional e tambémtornar a Justiça menos Onerosa. E foi nesse sentidoque procuramos <strong>de</strong>senvolver o nosso trabalho atravésda transferência da competência originária, dacompetência recursal originária e da competência recursalextraordinária. Embora algumas .<strong>em</strong>endasapresentadas, como disse, sugeriss<strong>em</strong> a alteraçãoda nomenclatura, procuramos preservá-Ia.Em recentes <strong>de</strong>clarações à imprensa e por ocasiãoda .sua posse,.o Ministro do Supr<strong>em</strong>o TribunalFe<strong>de</strong>ral,Qarlos Velloso foi enfático na preservação<strong>de</strong>ssa autorida<strong>de</strong> do próprio Supr<strong>em</strong>o J"ribunal Fe<strong>de</strong>ralcomo Corte Constitucional e afirmou que o Brasilt<strong>em</strong> mecanismos muito mais mo<strong>de</strong>rnos no controle- da constitucionalida<strong>de</strong> do que países que por vezesprocuramos imitar, tràzendo seus ex<strong>em</strong>plos para aplicaçãono nosso Direito.O Brasil, a partir <strong>de</strong> 1934, passou a adotar, coma Constituição <strong>de</strong> 1934, o sist<strong>em</strong>a híbrido <strong>de</strong> controleconstitucional. Havia o controle difuso, que é aqueleestabelecido pela Constituição <strong>de</strong> 1891. Com a Constituição<strong>de</strong> 1934 adotando o sist<strong>em</strong>a da ConstitUiçãoaustríaca, passamos a adotar também o si~t<strong>em</strong>a concentrado.Para <strong>de</strong>finir esses dois gran<strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>los, a análisejurídica costuma servir-se <strong>de</strong> dois critérios básicos:o do órgão encarregado do controle constitucionale o da natureza do pleito <strong>em</strong> que a argüição <strong>de</strong>constitucionalida<strong>de</strong> se opera.O primeiro critério distingue as formas <strong>de</strong> controle<strong>em</strong> difusa e concentrada. O segundo, os tipos <strong>de</strong>processos <strong>em</strong> inci<strong>de</strong>ntal e direto, caracterizando osseguintes mo<strong>de</strong>los: o controle difuso inci<strong>de</strong>ntal ocorrequando a natureza do pleito diz respeito à satisfação<strong>de</strong> uma <strong>de</strong>manda qualquer, não especificamente sobrea constitucionalida<strong>de</strong> da lei, mas <strong>em</strong> cujo processoessa po<strong>de</strong> ser questionada por uma das partes eatendida pela autorida<strong>de</strong> judicial.O efeito da <strong>de</strong>cisão judicial no sist<strong>em</strong>a difusorestringe-se apenas às partes <strong>em</strong> litígio, no caso <strong>em</strong>exame, não po<strong>de</strong>ndo ser generalizado para outroscasos, mesmo que <strong>de</strong> idêntica natureza. Outra característicabásica do controle difuso é que a <strong>de</strong>cisão judicial,que consi<strong>de</strong>ra inconstitucional a lei que se preten<strong>de</strong>aplicar ao caso concreto, não é capaz, ao mesmot<strong>em</strong>po, <strong>de</strong> fulminar essa própria lei, afastando suavigência.Já o controle concentrado direto, por esse mo<strong>de</strong>lo- direto.é o pleito <strong>em</strong> que a própria constitucionalida<strong>de</strong>da lei é que está <strong>em</strong> julgamento, ao passo queconcentrada é a forma <strong>em</strong> que a atribuição <strong>de</strong> julgá-Iaé monopólio <strong>de</strong> um Tribunal Especial, geralmente <strong>de</strong>nominadoCorte Constitucional ou que possua taiscaracterísticas, no caso brasileiro, o Supr<strong>em</strong>o TribunalFe<strong>de</strong>ral-, ao contrário do caso inci<strong>de</strong>ntal, como oobjeto é a próprialei, a <strong>de</strong>cisão inci<strong>de</strong> sobre a valida<strong>de</strong>constitucional, mesmo do diploma <strong>em</strong> exame,afastando ou confirmando a sua vigência perante aConstituição. A <strong>de</strong>cisão, portanto~ t<strong>em</strong> efeito ergaomnes, ao passo que na forma inci<strong>de</strong>ntal restringe-seàs partes <strong>em</strong> litígio.O mo<strong>de</strong>lo direto, todavia, não impe<strong>de</strong> que o Supr<strong>em</strong>oTribunal Fe<strong>de</strong>ral conheça, por via <strong>de</strong> recurso


27096 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999extraordinário, o questionamento inci<strong>de</strong>ntal difuso ar- rior Tribunal <strong>de</strong> Justiça - numa mesma matéria. Estagüido <strong>em</strong> Primeira Instância. Assim, o sist<strong>em</strong>a híbrido sugestão foi acatada pelo ilustre Relator.adotado pela Constituição brasileira compatibiliza a Litígio entre entida<strong>de</strong>s da administração indire~competência <strong>de</strong> juízes e tribunais inferiores <strong>de</strong> apreci- ta, art. 102, inciso I, alínea ''t". Permanece a compeara constitucionalida<strong>de</strong> das leis <strong>em</strong> quaisquer pro- tência originária do Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral paracessos - é o caso do controle difuso -, cOllhecido processar e julgar as causas e os conflitos entre acomo mo<strong>de</strong>lo norte-americano, e um órgão ou uma União e os Esta<strong>dos</strong>, União e Distrito Fe<strong>de</strong>ral ou entrecombinação <strong>de</strong> órgãos responsável pelo julgamento uns e outros.<strong>de</strong> ações diretas sobre a constitucionalida<strong>de</strong> das leis, Havíamos sugerido ao ilustre Relator que supriqueé o sist<strong>em</strong>a c0ncentrado, conhecido como mo<strong>de</strong>- misse, ao final da alínea ''f'', a expressão "inclusive aslo austríaco.respectivas entida<strong>de</strong>s da administração indireta',Após tal digressão, os mecanismos difuso e transferindo tais questões para a competência do Suconcentradoconstitu<strong>em</strong>-se numa conquista com pe- perior Tribunal <strong>de</strong> Justiça. O Relator-Geral houve porculiarida<strong>de</strong>s e características próprias da nossa tradi- b<strong>em</strong> acatar a primeira sugestão, mas, quanto à transçãoconstitucional, necessários para esclarecer o sis- ferência <strong>dos</strong> dissídios e das controvérsias com relat<strong>em</strong>ahíbrido <strong>de</strong> controle da constitucionalida<strong>de</strong> ado- ção às respectivas entida<strong>de</strong>s da administração indiretadopela Constituição brasileira. Por isso, esta Rela- ta, S. Exa. manteve-a na mesma alínea no texto constoriaParcial enten<strong>de</strong> que, afora algumas alterações titucional. Nós compreen<strong>de</strong>mos, já que é norma, pelo<strong>de</strong> texto e transferência <strong>de</strong> competência do Supr<strong>em</strong>o menos lógica, que o acessório acompanha o princi-Tribunal para o Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça, não se paI. Talvez tenha sido essa a visão do Relator.justifica uma mudança radical <strong>de</strong> nomenclatura. Afi- A extradição solicitada por Estado estrangeiro.nal, a mudança <strong>de</strong> <strong>de</strong>nominação pouco influirá nos Em alguns países, essa competência é do juiz <strong>de</strong> pripropósitos<strong>de</strong>sta Comissão.meiro grau, e assim foi acolhida pelo ilustre Relator.Assim, reservamo-nos o direito <strong>de</strong> sugerir a pre- Entendíamos haver a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se ter um filtro,servação <strong>dos</strong> órgãos do Po<strong>de</strong>r Judiciário enumera- que se <strong>de</strong>veria transferir essa competência ao Supe<strong>dos</strong>no art. 92. É claro que tínhamos, e agora, medi- rior Tribunal <strong>de</strong> Justiça ou, quando muito, aos Tribuantea manifestação do Relator Parcial encarregado nais Regionais Fe<strong>de</strong>rais. Por vezes, pela proximida<strong>de</strong><strong>de</strong> discutir o controle externo, o controle social, Depu- <strong>de</strong> duas Comarcas com jurisdição próxima do territótadoMarcelo Déda, certamente que a Constituição, rio brasileiro e estrangeiro, a amiza<strong>de</strong> ou a convivênatravésdo Conselho Nacional <strong>de</strong> Justiça ou do con- cia <strong>de</strong> juízes, talvez possa <strong>de</strong>sviar a finalida<strong>de</strong> notrole social da Justiça, será inserido num <strong>dos</strong> órgãos cumprimento <strong>de</strong>ssas sentenças.integrantes do Po<strong>de</strong>r Judiciário.Então, na execução <strong>de</strong>ssas sentenças, enten-'Rapidamente, gostaria <strong>de</strong> fazer uma síntese díamos que haveria necessida<strong>de</strong>, talvez...das sugestões que fiz<strong>em</strong>os ao ilustre Relator. .Homologação <strong>de</strong> sentença estrangeira e a con-Da transferência <strong>de</strong> competências e adaptação cessão <strong>de</strong> exequatur às cartas rogatórias. Da mesdotexto do art. 102 para que o Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe- ma forma, sugerimos que essa competência fosse<strong>de</strong>ral se constitua verda<strong>de</strong>iramente numa Corte cons- transferida ao Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça. O ilustretitucional.Relator transferiu-as do Supr<strong>em</strong>o Tribunal e fez comA <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>sta Relatoria Parcial <strong>de</strong> sugerir a que elas se inseriss<strong>em</strong> na competência <strong>dos</strong> juízes fetransformaçãodo Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral <strong>em</strong> ver· <strong>de</strong>rais.da<strong>de</strong>ira Corte constitucional, ao qual compete preci- Sugerimos ao ilustre Relator um acréscimo napuamente a guarda da Constituição Fedaral, leva·nos alínea "p" do inciso I do art. 102 da Constituição,a apre~entar as seguintes sugestões, alterações e acrescentando "ou <strong>de</strong>claratórias <strong>de</strong> constitucionalidaadaptaçãoao texto das diversas alíneas do art. 102 dfi', apenas para corrigir um erro, já que os tribunaisda Constituição Fe<strong>de</strong>ral.já vinham assim agindo, o Supr<strong>em</strong>o Tribunal, e nãoMandado <strong>de</strong> Segurança contra atos do TCU, constava na sua competência constitucional. Então, aart. 102, inciso I, alínea "d". A competência originária redação aprovada pelo Constituinte originário <strong>de</strong><strong>de</strong> julgamento <strong>de</strong> mandado <strong>de</strong> segurança contra ato 1988 resultou incompleta, cabendo agora, a título <strong>de</strong>do Tribunal <strong>de</strong> Contas da União <strong>de</strong>ve ser do Superior correção, ampliar o texto, para que seja!!'; tambémTribunal <strong>de</strong> Justiça, evitando-se ~ possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> di· cont<strong>em</strong>pladas as ações <strong>de</strong>claratórias <strong>de</strong> constituciovergênciaentre as duas Cortes - o Supr<strong>em</strong>o e Supe- nalida<strong>de</strong>.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27097Sugerimos ainda ao ilustre Relator uma nova redaçãoao inciso 11I do art. 102 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral,apenas por uma questão <strong>de</strong> redação. Quando serefere a "<strong>de</strong>sta Constituição", fala-se com relação àConstituição <strong>de</strong> 1988. Então, ao invés da expressão"<strong>de</strong>sta", sugerimos que. se substituísse pela expressão"da Constituição", constantes das alíneas "a" e "c"do mesmo inciso 11I do art. 102, acrescentando aindaa alínea "d" ao referido inciso, e procurando tambémque fosse revogado o § 1 2 , dada nova redação ao §2 11 e acrescenta<strong>dos</strong> os §§ 3 11 e 4 2 •No art. 102 da Constituição, inciso 11I, o Sr. Relatoracatou a nossa proposta quando sugerimos a seguinteredação: .Art. 102 ..11I- julgar, mediante recurso extraordinário,as causas <strong>de</strong>cididas <strong>em</strong> única ou últimainstância, por Tribunal, quando a <strong>de</strong>cisãorecorrida:a) contrariar dispositivo da Constituição;b) .c) julgar válida a lei ou ato <strong>de</strong> governolocal contestado <strong>em</strong> face da Constituição;d) julgar válida lei ou ato normativo Jocalcontestado <strong>em</strong> face da lei fe<strong>de</strong>ral.Sugerimos, ainda, e foram acatadas pelo ilustreRelator, o acréscimo ao § 2 2 :§ 2 2 As <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong>finitivas <strong>de</strong> mérito,proferidas pelo Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ralnas ações da alínea "a" do inciso I, <strong>de</strong>ste artigo,serão publicadas no Diário Oficial eproduzirão eficácia contra to<strong>dos</strong> e efeito vinculante,relativamente aos <strong>de</strong>mais órgãosdo Po<strong>de</strong>r Judiciário e à administração públicadireta ou indireta, nas esferas fe<strong>de</strong>ral, estaduale municipal.Portanto, o que gostaríamos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar claro,para concluir, já que nos restam cinco minutos, <strong>de</strong> formamais abrangente, é que também as sugestões,além das alterações da competência do Supr<strong>em</strong>o Tribunal,se mantendo verda<strong>de</strong>iramente como uma Corteconstitucional e transferindo-as ao Superior Tribunal<strong>de</strong> Justiça, nós, acatando também uma sugestãoda própria associação do juízes fe<strong>de</strong>rais, incluímosos incisos XII e XIII à Seção da Justiça Fe<strong>de</strong>ral.Introduzi<strong>dos</strong> os juiza<strong>dos</strong> especiais pela Emendan 2 22, <strong>de</strong> 1999, foram acrescentadas duas novascompetências que diz<strong>em</strong> respeito ao processo e julgamento<strong>de</strong> <strong>de</strong>litos relaciona<strong>dos</strong> com direitos humanos:XII - os crimes praticª<strong>dos</strong> <strong>em</strong> <strong>de</strong>trimento<strong>de</strong> bens ou interesses sob a tutela <strong>de</strong>órgão fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> proteção <strong>dos</strong> direitos humanos;XIII - os crimes pratica<strong>dos</strong> contra direitoshumanos <strong>de</strong>fini<strong>dos</strong> <strong>em</strong> lei.Da nossa competência, praticamente, só tenhoque agra<strong>de</strong>cer ao Relator-Geral. Praticamente a maioria- não diria a unanimida<strong>de</strong> - das sugestões foiacatada pela Relatoria-Geral.Gostaria apenas, ao terminar, <strong>de</strong> fazer aqui uma. manifestação simples, superficial, a vôo <strong>de</strong> pássaro,quanto aos outros t<strong>em</strong>as liga<strong>dos</strong> a essa Constituiçãoe, pelo menos, às nossas sugestões.O primeiro <strong>de</strong>les diz respeito à adoção das súmulasvinculantes - e que me perdoe pela abrangênciae a ve<strong>em</strong>ência com que apresentou aqui o DeputÇldoBatochio o seu substitutivo global; é da naturezada própria luta <strong>dos</strong> advoga<strong>dos</strong> no sentido <strong>de</strong> buscaruma alteração mais abrangente do próprio Po<strong>de</strong>r Judiciário.Acredito que se não a adoção das súmulasvinculantes que os juízes rejeitam, alegando seu engessamento,o tolhimento da sua autonomia, da suain<strong>de</strong>pendência, mas qu<strong>em</strong> sabe, Deputado Batochio,aquela sugerida até pelos próprios juízes, <strong>de</strong> adoçãodo mandado inibitório. Isso talvez fosse necessáriopara que pudéss<strong>em</strong>os realmente evitar a multiplicida<strong>de</strong><strong>de</strong> ações idênticas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que <strong>de</strong>cidido pelo Supr<strong>em</strong>oTribunal Fe<strong>de</strong>ral <strong>em</strong> matéria constitucional epelo Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça <strong>em</strong> matéria <strong>de</strong> direitocomum.O segundo ponto que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos'é a criação<strong>de</strong> algum tipo <strong>de</strong> controle administrativo e disciplinasobre as ativida<strong>de</strong>s do Po<strong>de</strong>r Judiciário. São inegáveis,e hoje b<strong>em</strong> robustos, os reclamos da cidadania porinstrumentos eficazes <strong>de</strong> fiscalização e controle dacondução <strong>dos</strong> negócios públicos, s<strong>em</strong> exclusão daquelesque compreen<strong>de</strong>m a regularida<strong>de</strong> na prestaçãojurisdicional. Não há, pois, como retardar a criaçãoe o funcionamento do Conselho Nacional <strong>de</strong> Justiça.Se divergimos quanto à composição ou quantoà competência, na sua abrangência, se o controleserá social, externo ou interno para preservar a teoriado check and balance <strong>de</strong> freios e contrapesos, dandoautonomia ao Po<strong>de</strong>r Judiciário, é uma discussãoque, certamente, se travará <strong>de</strong> forma mais can<strong>de</strong>ntenesta Comissão para buscar o texto recomendado ea sua perfeição.O terceiro aspecto pren<strong>de</strong>-se à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>,imediatamente após a promulgação da <strong>em</strong>enda constitucionalque introduz modificações no Po<strong>de</strong>r Judiciá-


27098 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999rio _ é uma <strong>em</strong>enda do <strong>em</strong>inente Deputado FernandoCoruja _, instalar-se uma Comissão Especial Mistapara, no prazo <strong>de</strong> 180 dias, promover as alteraçõesda legislação infraconstitucional, simplificando processose procedimentos com o intuito <strong>de</strong> tornar menoscomplexa e mais célere a prestação jurisdicional.O quarto ponto sugere a criação e funcionamento<strong>de</strong> juiza<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pequenas causas, estabeleci<strong>dos</strong> noart. 24, inciso X, da Constituição, e <strong>de</strong> arbitrag<strong>em</strong>, osjuiza<strong>dos</strong> especiais já cont<strong>em</strong>pla<strong>dos</strong> na Emenda n Q 22,<strong>de</strong> março do corrente ano, já no âmbito da própriaConstituição, para, s<strong>em</strong> burocracia e <strong>de</strong>longas, solucionaros conflitos <strong>de</strong> interesse <strong>de</strong> menor relevância,complexida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> menor relevância também econômicae social.Por fim, com os mesmos objetivos, torna-se imperiosaa organização, através <strong>de</strong> lei compl<strong>em</strong>entar,da Defensoria Pública da União, do Distrito Fe<strong>de</strong>ral e<strong>dos</strong> Territórios, prescrevendo as diretrizes para a suaorganização nos Esta<strong>dos</strong>. A Defensoria Pública constitui-sehoje numa exitosa experiência <strong>em</strong> algunsEsta<strong>dos</strong> brasileiros, cujo ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong>ve ser seguidopelos <strong>de</strong>mais.Quero, para finalizar, dizer da manifestaçãopessoal, que aqui também reflete um pouco o pensamentodo meu partido, o PMDB, quanto à preservaçãoda Justiça do Trabalho. Quer<strong>em</strong>os que as modificaçõessugeridas pelo ilustre Deputado Abi-Ackel,acolhidas pela Relatoria-Geral, no sentido <strong>de</strong> estabelecer-sea justiça especializada com, s<strong>em</strong> dúvida nenhuma,a substituição <strong>dos</strong> vogais pelos conciliadores,é uma boa solução. Vamos discutir se esses seriamou não pagos pelo próprio Governo, pelo próprioEstado, para ter a in<strong>de</strong>pendência necessária nos conflitos<strong>de</strong> interesse oriun<strong>dos</strong> da relação do trabalho.O que enten<strong>de</strong>mos é que <strong>de</strong>ve haver imediatamentetambém um conselho superior formado por juízes,para que possam ser <strong>de</strong>cididas as pequenas causas,até o valor <strong>de</strong> 7 mil reais, os cinqüenta saláriosestabeleci<strong>dos</strong> à questão <strong>de</strong> alçada e <strong>de</strong> menor complexida<strong>de</strong>.Enten<strong>de</strong>mos, data venia, respeitando a posição<strong>dos</strong> <strong>de</strong>mais Deputa<strong>dos</strong>, que se <strong>de</strong>ve reduzir drasticamenteos Tribunais Regionais do Trabalho, <strong>de</strong> vinteou 24 para <strong>de</strong>z ou oito, seguindo, pelo menos, oex<strong>em</strong>plo <strong>dos</strong> Tribunais Regionais Fe<strong>de</strong>rais, e mantercomo tribunal nacional, para uniformida<strong>de</strong>, autorida<strong>de</strong>e interpretação da matéria da"justiça especializadado trabalho, o Tribunal Superior do Trabalho. Enten<strong>de</strong>mosque, pura e simplesmente, transferir os juízesdo Tribunal Superior do Trabalho e do Superior TribunalMilitar ao Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça seria, ao invésç1e buscar solução menos complexa, complicarainda mais a prestação jurisdicional neste momento.Agra<strong>de</strong>ço a Relatoria-Geral por colocar a minhadisposição, pelos <strong>de</strong>bates, o trabalho" <strong>de</strong> organicida<strong>de</strong>e sist<strong>em</strong>atização do texto do Relator, que acolheu,seguramente, as sugestões que apresentamos naRelataria-Geral referentes à competência do Supr<strong>em</strong>o,do Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça e também da JustiçaFe<strong>de</strong>ral. Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Agra<strong>de</strong>ço a V. Exa. sua exposição, Deputado RenatoVianna.O SR. DEPUTADO GERSON PÉRES - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra pela or<strong>de</strong>m. "O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Antes <strong>de</strong> conce<strong>de</strong>r a palavra ao próximo Relator,Deputado Luiz Antonio F~eury, que convido para integrara Mesa, concedo a palavra ao Deputado GersonPeres.O SR. DEPUTADO GERSON PÉRES - Só paraefeito <strong>de</strong> eu po<strong>de</strong>r me <strong>de</strong>bruçar nos próximos <strong>de</strong>batesna s<strong>em</strong>ana que v<strong>em</strong>, com relação à extradição, indagodo Sub-Relator se S. Exa. recomendou ao Relatorque o processo fosse <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão terminativa, irrecorrível.Só perguntei isso. Não quero nada mais alémdisso. Se S. Exa. recomendou, <strong>em</strong> seu relatório, parao Relator que o processo <strong>de</strong> extradição, na sua fasefinal, tivesse caráter terminativo.Estou lendo aqui: "a extradição solicitada porEstado estrangeiro..." Não diz se <strong>em</strong> caráter terminativo.Só quero saber isso, para <strong>de</strong>pois me <strong>de</strong>bruçarsobre o questionamento da extradição, passando poruma tramitação processual que po<strong>de</strong> prejudicar oEstado brasileiro," no caso, ou o intercâmbio, a relaçãointernacional entre os Esta<strong>dos</strong>.O SR. DEPUTADO RENATO VIANNA - Veja,Deputado Gerson Péres, o que sugeri ao Relator foi atransferência da competência, que a nossa Constituiçãoatual estabelece nas alíneas "g" e "h" do art. 102:g) a extradição solicitada por Estadoestrangeiro;h) a homologação das sentenças estrangeirase a concessão do exequatur àscartas...Sugeri que foss<strong>em</strong> transferidas ao SuperiorTribunal <strong>de</strong> Justiça.O Relator-Geral foi mais além, acatando sugestõesinclusive <strong>de</strong> ilustres Ministros do Supr<strong>em</strong>o TribunalFe<strong>de</strong>ral: transferiu a competência do juiz fe<strong>de</strong>ral<strong>de</strong> primeira instância.


Junho <strong>de</strong> ]999 DIÁRlO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27099o SR. DEPUTADO GERSON PÉRES - Agra<strong>de</strong>çoa V. Exa., mas não me conformo que um processo<strong>de</strong> extradição comece <strong>em</strong> instância inferior. OConstituinte, quando colocou a extradição no Supr<strong>em</strong>oTribunal Fe<strong>de</strong>ral, resguardou o probl<strong>em</strong>a da políticainternacional, e a <strong>de</strong>cisão do Supr<strong>em</strong>o é terminativa,ela é única. Colocou-se lá para as partes não ter<strong>em</strong>direito <strong>de</strong> recurso. O Supr<strong>em</strong>o <strong>de</strong>cidiu, acabouali. Por isso, colocamos, na Constituinte, a extradiçãono Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral.O SR. DEPUTADO RENATO VIANNA - Sugerique se transferisse ao Superior Tribunal. Entendoque não se trata <strong>de</strong> matéria... Há uma manifestação<strong>dos</strong> próprios Ministros do Supr<strong>em</strong>o no sentido <strong>de</strong> evitarconcentração <strong>de</strong> matéria <strong>de</strong> naturezanão-constitucional nas atribuições do Supr<strong>em</strong>o TribunalFe<strong>de</strong>ral.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Mais uma vez, agra<strong>de</strong>ço a V. Exa. .Convido o nobre Relator, Deputado Luiz AntonioFleury, com o mesmo apelo quanto ao t<strong>em</strong>a dasua exposição.O SR. DEPUTADO LUIZ ANTONIO FLEURY ­Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sr. Relator, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,nosso parecer tratou, única e exclusivamente, da súmulavinculante.Des<strong>de</strong> logo, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, sabíamos que umaposição a respeito da súmula vinculante po<strong>de</strong>ria I.evara críticas, qualq.uer que fosse a posição, a favor oucontra, já que a matéria é extr<strong>em</strong>amente controvertida.Procuramos estudar outras medidas que pu<strong>de</strong>s~s<strong>em</strong> levar à solução <strong>de</strong> um probl<strong>em</strong>a que me parec<strong>em</strong>uito grave, a repetição <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas, principalmentepor parte da Administração Pública, que, através<strong>de</strong> ações que move, mesmo sabendo que a posiçãofinal do Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral terá uma orientaçãocontrária, sist<strong>em</strong>aticamente move essas ações,move os recursos, impe<strong>de</strong> a execução das sentenças,prejudica o cidadão. Com isso, faz com que as<strong>de</strong>mandas se arrast<strong>em</strong> por anos e anos, in<strong>de</strong>finidamente.Dizer que a súmula vinculante afeta o direito docidadão não me convence. Ela afeta a burocracia,afetá a Administração Pública, impe<strong>de</strong> que a Admi-. nistração Pública, ao exercer a sua ativida<strong>de</strong>, façacom que tantas e tantas vezes o processo se arrastepara que caia no mandato do próximo Presi<strong>de</strong>nte daRepública, no mandato do próximo Governador, dopróximo Prefeito e assim por diante. Exatamente paraproteger o cidadão, para dar ao cidadão segurançajurídica, para saber que, se tivermos presentes ospressupostos <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>manda, a <strong>de</strong>cisão será igualpara to<strong>dos</strong>; para afastar a loteria do Judiciário, segundoa qual, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo davara, do juiz, do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>bargadorou do Ministro, ter<strong>em</strong>os interpretações diferentes,é.que enten<strong>de</strong>mos que a súmula vinculante <strong>de</strong>veser adotada.Falar <strong>em</strong> efeito vinculante não me parece novida<strong>de</strong>.A própria Constituição, <strong>em</strong> causa singular, queé a ação direta <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong>, diz que as<strong>de</strong>cisões <strong>de</strong>finitivas <strong>de</strong> mérito - <strong>de</strong> mérito! - proferidaspelo Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral nas ações <strong>de</strong>claratórias<strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lei, produzirão sentençascontra to<strong>dos</strong> e efeito vinculante. Ora, se já t<strong>em</strong>osna Constituição que uma única ação produz efeitovinculante, por que o preconceito contra a súmula,<strong>em</strong> que t<strong>em</strong>os reiteradas <strong>de</strong>cisões? A partir daí, sim,através da reiteração, são produzi<strong>dos</strong> efeitos vinculantes,principalmente <strong>em</strong> relação à AdministraçãoPública. Então esta foi a orientação que nos moveu.Sabíamos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> lo.go, que vários argumentosseriam levanta<strong>dos</strong> <strong>de</strong> forn'ia contrária à súmula vinculante.Esses argumentos to<strong>dos</strong> já conhec<strong>em</strong>. Dizia-seque haveria o risco <strong>de</strong> o Po<strong>de</strong>r Judiciário substituir oPo<strong>de</strong>r Legislativo, pois a súmula teria a mesma eficá~cia <strong>de</strong> uma norma jurídica. Vejam que, na realida<strong>de</strong>, ojuiz, ao interpretar a norma, praticamente está exercendoessa função judicante e n<strong>em</strong> por isso estásubstituindo a nós, legisladores. Esse argumento uso<strong>em</strong> sentido contrário: se o juiz está sujeito à lei feitapelo Po<strong>de</strong>r Legislativo, por que ele não po<strong>de</strong> estar sujeitoà interpretação da lei que é dada pelo próprio Po<strong>de</strong>rJudiciário? A in<strong>de</strong>pendência do Po<strong>de</strong>r Judiciárioestá mantida, sim, porque é ele que vai editar a súmulavinculante.Haveria interferência? Haveria possibilida<strong>de</strong> daestratificação do Direito? Nós criamos mecanismos<strong>de</strong> revisão da súmula vinculante e, mais do que isso,aumentamos o número daqueles que serão legitima<strong>dos</strong>para propor a modificação através do aumento donúmero <strong>dos</strong> legitima<strong>dos</strong> para propor ação direta <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong>.Vejam os senhores as várias vantagens da súmulavinculante. Po<strong>de</strong>ríamos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo, dizer daeconomia que isso vai trazer <strong>em</strong> termos da administraçãoda própria Justiça. Preten<strong>de</strong>mos acabar comas ações que se iniciam por xerox, <strong>em</strong> que só s<strong>em</strong>uda o nome das partes; as <strong>de</strong>cisões também sãoxerocopiadas, <strong>em</strong> que só se muda o nome das partes,e os acórdãos também são cópias, <strong>em</strong> que só s<strong>em</strong>uda o nome das parte.Não t<strong>em</strong> sentido essa repetição absurda que te·mos hoje simplesmente para que o Estado continue


27100 Quinta-feira 10 mÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999exercitando a sua fome <strong>de</strong> Iitigar'~ todo instante, principalmente<strong>em</strong> relação ao cidadão que está <strong>de</strong>sprotegido.Qu<strong>em</strong> <strong>de</strong>veria estar reclamando da súmula vinculantenão era o cidadão, mas q Estado, a AdministraçãoPública, que vai ser diretamente atingida poressa súmula, porque se preten<strong>de</strong> acabar com a repetiçãoinfinda <strong>de</strong> recursos.Gostaria <strong>de</strong> dizer que, evi<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente, t<strong>em</strong>os <strong>de</strong>ter cujda<strong>dos</strong> <strong>em</strong> relação a isso. Ao fixar os princfpios,<strong>em</strong> primeiro lugar, estabelece-se o pressuposto paraa existência da súmula vinculante, que é a reiteração<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. Não é apenas uma <strong>de</strong>cisão. Ao contráriodo que se afirmou nesta Comissão, não é toda <strong>de</strong>cisãodo Supr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral que vai ter efeitovinculante. Deve haver, necessariamente, a reiteração,reiteradas <strong>de</strong>cisões no mesmo sentido. E nãobasta que haja a reiteração <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões; é necessárioque tenhamos o quorum mfnimo <strong>de</strong> dois terço do Supr<strong>em</strong>oTribunal Fe<strong>de</strong>ral para o estabelecimento dasúmula vinculante. Portanto, além da reiteração, ter<strong>em</strong>os<strong>de</strong> ter o quorum <strong>de</strong> dois terços.'Qual é o objeto da súmula vinculante? Não émais o caso concreto, não é o mérito: é a valida<strong>de</strong>, ainterpretação e a eficácia <strong>de</strong> normas <strong>de</strong>terminadas.Portanto, o que vai se discutir é a valida<strong>de</strong>, a interpretaçãoe a eficácia <strong>de</strong> norma jurfdica e não o mérito.Mais do que isso, não se trata <strong>de</strong> qualquer normajurfdica,mas aquela acerca da qual haja controvérsiaatual entre órgãos judiciários ou entre estes e a AdministraçãoPública. Mas não basta que a norma causecontrovérsia; é necessário que ela, <strong>em</strong> razão da controvérsia,acarrete grave insegurança jurfdica e relevant<strong>em</strong>ultiplicaçêo <strong>de</strong> processos sobre questão idên- 'tica.Portanto, preocupado exatamente <strong>em</strong> !1ão alargaro espectro da súmula vinculante, criamos, primeiro,o seu objeto; segundo, o alcance da súmula vinculante;terceiro, o quorum necessário e, finalmente,colocamos, com todas as letras, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>que acarrete essa controvérsia grave insegurança jurldicae relevante multiplicação <strong>de</strong> processos sobrequestão idêntica.O objetivo, como já disse, Srs. Deputa<strong>dos</strong>, éque o Po<strong>de</strong>r Público, a partir <strong>de</strong> uma súmula vinculante,se conforme e não fique, como tantas e tantas vezesacontece, sabendo que a <strong>de</strong>cisão final será contrária,ainda assim, apresente processos e mais processos,recursos e mais recursos, junto aos nossostribunais.Feita a súmula, obe<strong>de</strong>cido todo esse ritual, aindaassim ela po<strong>de</strong>rá ser revista por' provocação dasmesmas autorida<strong>de</strong>s capazes <strong>de</strong> propor ação direta<strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong>, que po<strong>de</strong>rão se dirigir aoSupr<strong>em</strong>o Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, ao Superior Tribunal <strong>de</strong>Justiça, e solicitar a revisão da súmula, a qualquert<strong>em</strong>po.É importante frisar, segreda-me, ajuda-me.omeu Presi<strong>de</strong>nte, Deputado Jairo Carneiro, dizendoque isso po<strong>de</strong> ser feito a qualquer t<strong>em</strong>po, por qualquerdaquelas autorida<strong>de</strong>s. Então, se a Or<strong>de</strong>m <strong>dos</strong>Advoga<strong>dos</strong> do Brasil se sentir prejudicada por umasúmula vinculante, ela po<strong>de</strong>rá pleitear a sua revisão,aduzir os seus motivos e assim por diante.O SR. DEPUTADO IÉDIO ROSA - Permita-meum aparte, nobre Deputado?O SR. DEPUTADO LUIZ ANTONIO FLEURY ­Pois não.O SR. DEPUTADO IÉDIO ROSA -'Ilustre Relator,peço minhas escusas por ter interferido na suafala, mas o momento é oportuno.Com relação ao § 3°, foi aceita pelo Relator-Geraia proposição <strong>de</strong> V. Exa., que diz:§ 3 2 Do ato administrativo ou <strong>de</strong>cisãojudicial que contrariar a súmula apliCével ouque in<strong>de</strong>vidamente a aplicar, caberá reclamaçãoao Tribunal que a houver editado...Quero ver se haveria a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> substituirmosesse recurso <strong>de</strong> reclamação por agravo, apenasisso. Porque o agravo po<strong>de</strong> subir se a <strong>de</strong>cisãonão contrariar a parte agravante.O SR. DEPUTADO LUIZ ANTONIO FLEURY ­A intenção <strong>de</strong> ser a reclamação é porque, obrigatoriamente...A reclamação é dirigida ao tribunal que houvereditado a súmula, então, automaticamente jásobe. Por isso a reclamação é diretamente ao tribunal,e vai conhecer diretamente.Então, meus amigos, gostaria também <strong>de</strong> mereferir rapidamente à principal vantag<strong>em</strong> que vejo naadoção da súmula vinculante: a segurança jurídica docidadão. O cidadêo brasileiro t<strong>em</strong> o ,direto <strong>de</strong> sabercomo vai ser interpretada a norma jurldica que lheatinge. A súmula vinculante lhe dá essa segurança,através da interpretação que é dada pela maior tribunal,pela mais alta Corte do nosso Pafs.Ainda no nosso trabalho sugerimos o chamadoinci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong>, e o fiz<strong>em</strong>os basea<strong>dos</strong>também na segurança jurfdica. Hoje o que muitasvezes acontece, echamo.à colação <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> oque aconteceu, por ex<strong>em</strong>plo, <strong>em</strong> relaçêo ao julgamentodo probl<strong>em</strong>a do imposto progressivo.Era Governador ainda <strong>em</strong> 1992 quando houveação proposta <strong>em</strong> relação ao imposto prpgressivo.Ela foi julgada, <strong>de</strong>finitivamente, pelo Supr<strong>em</strong>o Tribu-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27101nal Fe<strong>de</strong>ral, exatamente no ano. passado, 1998.Enquanto isso, os contribuintes <strong>de</strong> São Paulo não sabiamse pagavam ou não o seu imposto; se era legal,constitucional ou não a cobrança do imposto; se po<strong>de</strong>riam<strong>de</strong>scontar nos exercícios seguintes o eventualpagamento a mais que tivesse sido feito. Só <strong>em</strong> 1998,seis anos <strong>de</strong>pois, uma causa <strong>de</strong> tamanha relevânciateve a sua <strong>de</strong>cisão final.O que se colocou fqi exatamente a possibilida<strong>de</strong>,diante <strong>de</strong> uma situação concreta <strong>em</strong> que tenhamosesse risco, que afete a comunida<strong>de</strong> como umtodo, e que haja a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>cisão pararestabelecer a segurança jurídica, <strong>de</strong> que se faça o inci<strong>de</strong>nte<strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong>.Houve várias vozes pon<strong>de</strong>radas a respeito <strong>de</strong>sseassunto. Estamos dispostos a encontrar uma soluçãoa<strong>de</strong>quada se ficar entendido que essa talvez nãoseja a melhor solução.O argumento que mais me impressionou, digo,com muita franqueza, aos companheiros da Comissão,caros Deputa<strong>dos</strong>, foi que, no calor da edição <strong>de</strong>uma lei por parte do Po<strong>de</strong>r Executivo, e sendo o Supr<strong>em</strong>oTribunal Fe<strong>de</strong>ral um tribunal político, talvez uminci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>ria levar a umfortalecimento exagerado do Po<strong>de</strong>r Executivo <strong>em</strong> razão<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões tomadas s<strong>em</strong> o <strong>de</strong>vido amadurecimento.Até me citaram ti ex<strong>em</strong>plo do confisco da poupançano início do Governo Collor. Se houvesse uminci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> inconstitucionalida<strong>de</strong>, talvez a <strong>de</strong>cisãofosse pelo confisco. De qualquer maneira, é um argumentoque respeito. Se na discussão nos convencermos<strong>dos</strong> argumentos contrários, evi<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente, po<strong>de</strong>ráhaver uma modificação a respeito <strong>de</strong>sse ponto.Quanto à súmula vinculante, quero cumprimentaro Relator... Aliás, quero cumprimentar o Relatorpor ter trazido à discussão t<strong>em</strong>as da maior relevância.Po<strong>de</strong>mos discordar <strong>de</strong> um ou outro ponto, mas, s<strong>em</strong>dúvida, esse relatório mostrou a competência, a <strong>de</strong>dicação,a corag<strong>em</strong> do Deputado Aloysio Nunes FerreiraFilho que, mais uma vez, trouxe a lume uma discussãoque é importante, sim.Talvez, muitos daqueles que militam na Justiçado Trabalho não estejam verificando que essa discussãoestá valorizando a própria Justiça do Trabalho,porque as vozes que se levantaram contra eventuaisimperfeições ou eventuais interpretações do relatóriomostraram a importância <strong>de</strong>ssa Justiça especializadapara o nosso País e para os nossos trabalhadores. AJustiça


27102 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999da<strong>de</strong> intelectual para com to<strong>dos</strong> os seus colegas <strong>de</strong>Comissão. Não é à toa que ele provocou a polêmicaque está provocando. Acredito que uma Casa do Parlamentoprovocar polêmica é o menor <strong>dos</strong> <strong>de</strong>veresque nós t<strong>em</strong>os, mas n<strong>em</strong> por isso o menos importante,porque esta é uma Casa da disputa política, do <strong>de</strong>batee da construção articulada, negociada, <strong>de</strong> posiçõesmajoritárias.Mas, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, ao abrir-se o <strong>de</strong>bate da reformado Judiciário, não se abriu esse <strong>de</strong>bate apenaspor inspiração acadêmica, por vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> reformar,por vocação <strong>de</strong> mudar o que se encontra na Constituição;Há uma <strong>de</strong>manda social, há uma pressão nacionalmuito forte e muito legítima, que põe o Judiciáriona berlinda do <strong>de</strong>bate público brasileiro. Há uma queixageneralizada da morosida<strong>de</strong> com que tramitam osfeitos no Judiciário. Há uma constatação <strong>de</strong> que essamorosida<strong>de</strong>, na prática, t<strong>em</strong> impedido a prestação jurisdicionalpela forma como os pleitos se per<strong>de</strong>m aolongo do t<strong>em</strong>po e como os direitos muitas vezes disputa<strong>dos</strong>terminam por se ver prejudica<strong>dos</strong>, faleci<strong>dos</strong>mesmo, quando da edição da última das sentenças.Ao lado disso, há o surgimento <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong><strong>de</strong>núncias que apontam comportamentos pouco éticos,alguns mesmo imorais e outros s<strong>em</strong> duvida criminosos<strong>de</strong>ntro do Po<strong>de</strong>r Judiciário. Por fim, a socieda<strong>de</strong>não concebe que, <strong>em</strong> um Estado D<strong>em</strong>ocrático<strong>de</strong> Direito, formulado sobre aS'bases da Constituição<strong>de</strong> 1988, possa se ter um Po<strong>de</strong>r republicano, fechado<strong>em</strong> uma casamata, que impe<strong>de</strong> 'a transparência, queafasta a socieda<strong>de</strong> e que vê <strong>de</strong> forma preconceituosaqualquer forma <strong>de</strong> participação <strong>de</strong> controle social.To<strong>dos</strong> os Po<strong>de</strong>res da República avançaram nassuas concepções tradicionais para incorporar np seufuncionamento um diálogo entre a <strong>de</strong>mocracia <strong>de</strong> representação,a <strong>de</strong>mocracia representativa clássica, ea <strong>de</strong>mocracia participativa.Dos conselhos <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> políticas públicasno Po<strong>de</strong>r Executivo aos orçamentos participativos,também no Po<strong>de</strong>r Executivo, a figura da iniciativa popular,que entrega a um <strong>de</strong>terminado número <strong>de</strong> cidadãosa competência para iniciar o processo legislativo,passando também pelas figuras do plebiscito e doreferendo, que submet<strong>em</strong> a <strong>de</strong>cisão soberana doCongresso Nacional à apreciação posterior do eleitorado,os Po<strong>de</strong>res da República reconheceram que,<strong>de</strong>ssa associação, <strong>de</strong>sse diálogo entre a <strong>de</strong>mocraciaclássica, representativa, e a <strong>de</strong>mocracia participativa,dita direta, existe uma simbiose futurosa no rumo <strong>de</strong>ss<strong>em</strong>ilênio que se inaugura, mostrando que a institucionalida<strong>de</strong><strong>de</strong>mocrática vive um processo <strong>de</strong> oxigenaçãopor uma nova concepção que se t<strong>em</strong> do espaçoinstitucional e do espaço <strong>de</strong> participação popular.Entendo, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,nobres convida<strong>dos</strong>, que <strong>de</strong>ssa tendência, que<strong>de</strong>sse rumo não po<strong>de</strong> estar afastado o Po<strong>de</strong>r Judiciárioporque, muito <strong>em</strong>bora no sist<strong>em</strong>a brasileiro osm<strong>em</strong>bros do Po<strong>de</strong>r Judiciário, os titulares <strong>dos</strong> seuspredicamentos e das suas competências não tenhama unção consagradora do voto, não tenham ali, na soberaniapopular, no voto direto, a orig<strong>em</strong> do seu po<strong>de</strong>r,esse po<strong>de</strong>r lhes é transferido através do Po<strong>de</strong>rLegislativo, através da nomeação <strong>de</strong> seus m<strong>em</strong>brospelo Presi<strong>de</strong>nte da República e posterior confirmaçãopelo Senado da República, portanto, através <strong>de</strong> Po<strong>de</strong>resque estão consagra<strong>dos</strong> pela soberania popular.Então, o Judiciário também se encontra como Po<strong>de</strong>rda República sob a égi<strong>de</strong> do parágrafo único doart. 1 2 da Constituição, que diz: "Todo po<strong>de</strong>r <strong>em</strong>anado povo e <strong>em</strong> seu nome <strong>de</strong>ve ser exercidd'.O ato <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir uma li<strong>de</strong> aplicando a lei é umato <strong>de</strong> soberania popular. O Estado <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>, diz do direito,resolve a li<strong>de</strong> não por um direito <strong>de</strong>vido, não por<strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> uma legitimida<strong>de</strong> que sobrevoa oEstado <strong>de</strong>mocrático, mas a partir da própria radicalida<strong>de</strong>do Estado <strong>de</strong>mocrático que lhe confiou, na formada Constituição, essa tarefa e lhe ungiu, pela via<strong>dos</strong> Po<strong>de</strong>res <strong>de</strong>mocraticamente eleitos com esse batismo,essa crisma <strong>de</strong>mocrática <strong>de</strong> orig<strong>em</strong>.É e foi com base nessa concepção e com basena crítica que se faz à forma como esse Po<strong>de</strong>r v<strong>em</strong>atuando que, enquanto Sub-Relator indicado peloPartido <strong>dos</strong> Trabalhadores, com o auxílio <strong>dos</strong> colegas.que compõ<strong>em</strong> esta Comissão e contribuíram com assuas <strong>em</strong>endas, elaboramos e apresentamos uma sugestão<strong>de</strong> controle externo do Judiciário.Não t<strong>em</strong>os dúvidas, Sr. Presi<strong>de</strong>nte e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,que radicalizamos a proposta no sentido maispuro da expressão: .fomos à raiz do probl<strong>em</strong>a. E, danossa concepção <strong>de</strong> legitimida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrática, traçamosuma idéia e uma concepção <strong>de</strong> governo do Judiciárioe, ao conceber esse governo do Judiciário,agregamos a participação popular para dar-lhe o caráter<strong>de</strong> controle social. Para que não houvesse máculasobre o conteúdo <strong>de</strong>ssa categoria <strong>de</strong> controlesocial, estabelec<strong>em</strong>os a participação da socieda<strong>de</strong>,através <strong>de</strong> escolha, que será processada pelo CongressoNacional, <strong>dos</strong> m<strong>em</strong>bros que a representarão e<strong>de</strong>mos a esses m<strong>em</strong>bros a maioria na composição<strong>de</strong>sse Conselho Nacional <strong>de</strong> Justiça.Por enten<strong>de</strong>r assim também e por compreen<strong>de</strong>ro formato <strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ração que esta República t<strong>em</strong>,apresentamos a proposta <strong>de</strong> um conselho nacional e


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27103<strong>de</strong> conselhos estaduais vincula<strong>dos</strong> a cada um <strong>dos</strong> Tribunais<strong>de</strong> Justiça <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong>. Ao fazer isso, Sr. Presi<strong>de</strong>nte,Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, não ficamos apenasnaquela visão <strong>de</strong> se criar um ente externo para vigiarjuízes, para fiscalizar Ministros, para manter-se comouma espécie <strong>de</strong> órgão inquisitorial acompanhando ocotidiano da ação do Judiciário, não. Em primeiro lugartratamos <strong>de</strong> dizer, <strong>de</strong> forma explícita, que esse. conselho não terá qualquer possibilida<strong>de</strong> n<strong>em</strong> competênciapara interferir naquilo que é a essência mesmado Judiciário e on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve estar a razão da sua in<strong>de</strong>pendência:na prestação jurisdicional.As <strong>de</strong>cisões <strong>dos</strong> srs. juízes <strong>de</strong> qualquer <strong>dos</strong> graus,as sentenças e acórdãos não estão sob q\Jalquerespécie <strong>de</strong> revisão ou <strong>de</strong> intervenção por partá <strong>de</strong>sseconselho, porque, ao falar-se <strong>em</strong> in<strong>de</strong>pendência doJudiciário, o que se quis preservar foi justamente acapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>, ao dizer do direito, o titular do Po<strong>de</strong>rJudiciário, seja ele o juiz singular ou o órgão colegia~do, o tribunal que vai dizer do direito, não po<strong>de</strong> ter asua <strong>de</strong>cisão constrangida, a sua interpretação <strong>de</strong>modo algum obstaculizada por pressões ilegítimasque possam <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> qualquer espécie <strong>de</strong> intervenção<strong>dos</strong> <strong>de</strong>mais Po<strong>de</strong>res da República.Em momento algum, e o nosso relatório faz umesforço intelectual- mo<strong>de</strong>sto, como é típico do Relator,mas um esforço intelectual- para revelar que lá,no que há <strong>de</strong> ''fundante'' da Ciência Política mo<strong>de</strong>rna;lá, nos teóricos que melhor se preocuparam paraconstruir o Estado <strong>de</strong>mocrático como hoje nós nãoconhec<strong>em</strong>os no Oci<strong>de</strong>nte, a busca da separação e dain<strong>de</strong>pendência nunca foi uma militância <strong>em</strong> torno <strong>de</strong>criar uma plêia<strong>de</strong> <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res, cada um senhor do seugoverno e das suas atribuições, s<strong>em</strong> buscar se compreen<strong>de</strong>r<strong>em</strong>como m<strong>em</strong>bros <strong>de</strong> uma mesma Repúblicae como, portanto, subordina<strong>dos</strong> também ao princípioda interação e da harmonia.Essa in<strong>de</strong>pendência, enquanto conceito, enquantovalor constitucional, não milita para repartir oEstado <strong>de</strong>mocrático <strong>em</strong> seções isoladas, mas milita,sobretudo, para preservar a socieda<strong>de</strong> do perigo damatriz anterior, on<strong>de</strong> as três funções básicas do Esta<strong>dos</strong>e enfeixavam na mão do senhor do Estado absoluto.Não era, portanto, uma função para que o Po<strong>de</strong>rprestigiasse o próprio po<strong>de</strong>r; a in<strong>de</strong>pendência não épara que o Po<strong>de</strong>r homenageie o próprio po<strong>de</strong>r; a in<strong>de</strong>pendênciaé para que o Po<strong>de</strong>r sirva à socieda<strong>de</strong> eé por isso que ela t<strong>em</strong> que se localizar ali, on<strong>de</strong> éa essência''fundante'' do Po<strong>de</strong>r, que é a prestação jurisdicional.A administração, a disciplina, o governo do Po<strong>de</strong>rpo<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar sofrendo a intervenção e ainteração legitimadora da socieda<strong>de</strong>.Nesse sentido, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, apresentamosmuito mais do que o dito controle externo, como tecnicamentese falou muito. Apresentamos um sist<strong>em</strong>anacional <strong>de</strong> planejamento e avaliação do Po<strong>de</strong>r Judiciário,retirando-lhe inclusive esse aspecto meramenteinquisitorial para robustecê-lo com competência <strong>de</strong>planejamento, com responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> administração,com responsabilida<strong>de</strong>s que possibilit<strong>em</strong> a esseconselho, enquanto uma instituição híbrida, inéditana história constitucional brasileira, mas capaz <strong>de</strong> serao mesmo t<strong>em</strong>po parte integrante do Po<strong>de</strong>r Judiciárioe um espaço <strong>de</strong> participação da cidadania na gestãodaquele Po<strong>de</strong>r, portanto esse conceito híbrido <strong>de</strong> diálogoentre o institucional e a <strong>de</strong>mocracia direta, entreo institucional e a força da participação popular.Na formação <strong>de</strong>sse sist<strong>em</strong>a, propus<strong>em</strong>os 21m<strong>em</strong>bros; estabelec<strong>em</strong>os um mandato <strong>de</strong> quatroanos e que a participação <strong>de</strong>sses m<strong>em</strong>bros nesseconselho se daria na forma da <strong>de</strong>dicação exclusiva àsfunções e finalida<strong>de</strong>s previstas para o órgão. Onze<strong>de</strong>sses m<strong>em</strong>bros, que <strong>de</strong>verão ter mais <strong>de</strong> 35 anos,<strong>de</strong>verão ser eleitos pelo Congresso Nacional, pelovoto qualificado <strong>de</strong> três quintos, para que uma maioriaeventual não politize, traduzindo aquilo é maioriano Congresso <strong>em</strong> maioria no conselho. O quorum <strong>de</strong>três quintos é o mais nobre do Congresso, porque oquorum da reforma constitucional é o que viabiliza anegociação, a articulação <strong>de</strong> maiorias que ultrapassama mera fronteira partidária ou <strong>de</strong> coligaçõeseventuais que <strong>de</strong>tenham o mando do Governo.Defen<strong>de</strong>mos também, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, que, <strong>de</strong>ssesonze m<strong>em</strong>bros, que <strong>de</strong>verão ter reputação ilibadae notável saber jurídico, pelo menos ter<strong>em</strong>os que es·colher seis <strong>de</strong>ntre o meio científico e acadêmico paravalorizar a universida<strong>de</strong>, para trazer aqueles que pensame reflet<strong>em</strong> sobre o fenômeno social, sobre o fenômenojudiciário e que, portanto, po<strong>de</strong>m trazer colaboraçõespara o funcionamento do órgão; quatro eleitos<strong>de</strong>ntre os magistra<strong>dos</strong>, toga<strong>dos</strong>' vitalícios <strong>em</strong> eleição<strong>dos</strong> m<strong>em</strong>bros da corporação, buscando representaros Tribunais Superiores, os Tribunais Regionais,os Tribunais <strong>de</strong> Justiça <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> e os juízes<strong>de</strong> primeiro grau; três eleitos <strong>de</strong>ntre os m<strong>em</strong>bros doMinistério Público Fe<strong>de</strong>ral três eleitos <strong>de</strong>ntre os advoga<strong>dos</strong>.Estabelec<strong>em</strong>os os conselhos estaduais, comcomposição símile a essa que acabamos <strong>de</strong> nos referir,e estabelec<strong>em</strong>os uma regra e um princípio nessapreocupação constante <strong>de</strong> evitar a acusação <strong>de</strong> interferênciana' esfera típica do Po<strong>de</strong>r Judiciário: proibimosque os m<strong>em</strong>bros do conselho pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> ser <strong>de</strong>signa<strong>dos</strong>aqueles que representam a socieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong>n-


27104 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999tre os Parlamentares, <strong>de</strong>ntre ex-Parlamentares ou<strong>de</strong>ntre titulares <strong>de</strong> cargos <strong>em</strong> comissão do Po<strong>de</strong>rExecutivo. Isso para preservar minimamente a in<strong>de</strong>pendência<strong>de</strong>ste órgão e evitar a contaminação política,repetindo um fenômeno que, a meu juízo, t<strong>em</strong> trazidoprejuízos inclusive à legitimação <strong>de</strong> uma instituiçãoimportante na nossa or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>mocrática, que é oTribunal <strong>de</strong> Contas da União, que, por uma <strong>de</strong>formação<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m político-institucional, se transformounum órgão para on<strong>de</strong>, muitas vezes, se mandam políticosque não obtêm a eleição e encontram ali um.abrigo para continuar na vida pública.A<strong>de</strong>mais, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, estabelec<strong>em</strong>os umacompetência <strong>de</strong>ntro daquilo que acabamos <strong>de</strong> mencionar,uma competência que vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a supervisãodo cumprimento do Estatuto da Magistratura, o acompanhamentodisciplinar <strong>de</strong> magistra<strong>dos</strong> <strong>de</strong> primeirograu e <strong>de</strong> juízes <strong>dos</strong> tribunais. Estabelec<strong>em</strong>os, também,a possibilida<strong>de</strong> e a competência<strong>de</strong> planejamento,<strong>de</strong> organização e <strong>de</strong> avaliação do sist<strong>em</strong>a. Aqui,este conselho opina na elaboração do Orçamento doPo<strong>de</strong>r. Para quê? Para que a socieda<strong>de</strong> ali representada,junto com os <strong>de</strong>mais m<strong>em</strong>bros que representamcorporações, possam discutir se, daquela dotação orçamentáriaque vai se reivindicar ao .Congresso, aparte ali reservada para a construção <strong>de</strong> prédios, muitasvezes faraônicos, muitas vezes exibidores <strong>de</strong> umaostentação que não serve à Justiça, que <strong>de</strong>ve ser discreta.€) respeito se conquista pela limpi<strong>de</strong>z das <strong>de</strong>cisões,pela rapi<strong>de</strong>z da prestação jurisdicional, pelo caráter<strong>dos</strong> m<strong>em</strong>bros do Judiciário. Não é um prédio bonitoque vai respeitabilida<strong>de</strong> à Justiça. Muito melhordo que isso, talvez, com o opinamento <strong>de</strong> um conselhocomo esse, seja a alocação <strong>de</strong>sses recursos <strong>em</strong>novas vagas, Deputado José Roberto Batochio, parajuízes, levando a to<strong>dos</strong> os rincões do País a presençafísica da Justiça para <strong>de</strong>cidir os conflitos e para estarpresente, oferecendo à cidadania a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aela ter acesso.Nesse relatório V. Exas. verão que há um <strong>de</strong>talhamento<strong>de</strong> competências. Cuidamos <strong>de</strong> trazer parao texto da Constituição creio crer que um <strong>de</strong>talhamentoaté excessivo, mas queríamos que essa propostaservisse para travar um <strong>de</strong>bate <strong>de</strong> fundo, um <strong>de</strong>bateestratégico, um <strong>de</strong>bate <strong>de</strong> conteúdo, a respeito do aspectoque, sob minha ótica, é o mais importante <strong>de</strong>ste<strong>de</strong>bate, e aqui preparo a minha conclusão, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.Acredito que o relatório do Deputado AloysioNunes Ferreira é um relatório que t<strong>em</strong> <strong>de</strong> se apreciarcom cuidado e carinho, inúmeras inovações positivas,É preciso apreciar o conteúdo das alteraçõesque S. Exa. propôs para operação <strong>dos</strong> terríveis precatórios.A essa angústia <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> precisa receber doEstado, a esse dil<strong>em</strong>a <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> patrocina causa <strong>de</strong>sse.tipo,S. Exa. dá um trato que precisamos estudar ecompreen<strong>de</strong>r que é um avanço significativo. Isso épermitir que se preste justiça, isso é traduzir...O Deputado IbrahimAbi-Ackel, numa frase lapidar,no começo das reuniões <strong>de</strong>sta Comissão, respon<strong>de</strong>ndoa uma intervenção do Deputado José RobertoBatochio, ao falar que precisávamos ampliar oacesso à Justiça, S. Exa. interrompeu o ilustre DeputadoJosé Roberto Batochio e disse: "Não só acesso;precisamos permitir que se saia." Porque o probl<strong>em</strong>ahoje da Justiça talvez não seja tanto o acesso, o chegar-seàs barras <strong>dos</strong> tribunais; o drama é sair <strong>de</strong> lá, odrama é ter a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>finitiva, o drama é ver executadaa <strong>de</strong>cisão, o drama é ver o Direito realizado e aparte satisfeita.Então, senhores, as alterações propostas peloDeputado Aloysio Nunes Ferreira na questão <strong>dos</strong> precatóriossão <strong>de</strong> alta valia e relevância para a vida docidadão comum.A Justiça permanente, <strong>de</strong> 24 horas, s<strong>em</strong> fériascoletivas e recessos, que terminavam por atrasar aindamais, é outra matéria relevante, polêmica, mas relevante,do mesmo modo.Osinstrumentos que S. Exa. encontrou para puniro juiz relapso, para instigar o juiz a mover-se, paraabolir do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> recursos do Brasil aquele recursoque nenhum código ousou dizer o nome, mas queé o mais praticado, o <strong>em</strong>bargo <strong>de</strong> gaveta. Então, háali, pontualmente, certos nichos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para avida do Po<strong>de</strong>r Judiciário no futuro.Permito-me, ao terminar esta exposição sobr<strong>em</strong>eu t<strong>em</strong>a, dizer que a espinha dorsal da concepçãodo Deputado Aloysio Nunes Ferreira é o valor da segurançajurídica, que não é <strong>de</strong>sprezível, mas fundamentaino Estado <strong>de</strong>mocrático. Mas quero crer que,ao <strong>de</strong>senhar a estrutura do seu relatório, S. Exa. sobrevalorizou.Peço a maior das vênias para fazer crítica sincera,<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m política e doutrinária, muito mais do quepessoal, porque S. Exa. sabe o carinho que lhe <strong>de</strong>dicoe a admiração intelectual que tenho por S. Exa.Contudo, creio que o Deputado valorizou <strong>de</strong>mais.S<strong>em</strong> fazer nenhum tipo <strong>de</strong> vulgata, <strong>de</strong> crítica vulgar,mas essa concepção que S. Exa tão b<strong>em</strong> formulou,<strong>em</strong>bora <strong>de</strong>la divergindo, reproduz tendência doEstado mo<strong>de</strong>rno no <strong>de</strong>bate entre as concepções liberaise sobre o papel do Estadona socieda<strong>de</strong> brasileiraou nas socieda<strong>de</strong>s do mundo <strong>de</strong> hoje. Aci',~stabelecero fortalecimento <strong>dos</strong> órgãos <strong>de</strong>cúpula, com maior va-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27105lor para o STF e o STJ, criando sist<strong>em</strong>a nacional fort<strong>em</strong>entehierarquizado, com auxílio luxuoso da figurada súmula vinculante e <strong>dos</strong> inci<strong>de</strong>ntes trazi<strong>dos</strong> peloRelator Luiz Antonio Fleury - os inci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>e <strong>de</strong> interpretação -; dá-se extr<strong>em</strong>opo<strong>de</strong>r aos órgãos da cúpula doPo<strong>de</strong>r,provocando-separa o b<strong>em</strong> ou para o mal (entendo que para o mal) inversãono processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> uma das fontesformais do nosso Direito, da constituição da jurisprudência.A jurisprudência brasileira é um processo maislento do que <strong>de</strong>via, é verda<strong>de</strong>, mas vai legitimando a<strong>de</strong>cisão pela repetição <strong>dos</strong> julga<strong>dos</strong>, ali, na instânciaprimeira; pela multiplicação <strong>de</strong> entendimentos idênticos;pela afirmação no primeiro grau da jurisdição <strong>de</strong>concepção que, posteriormente" vai sendo filtrada,indo amadurecida à apreciação das Cortes superiores,que po<strong>de</strong>m, com outro tipo <strong>de</strong> distanciamento, cristalizá-Ia,a partir <strong>dos</strong> seus julga<strong>dos</strong> ou, até mesmo, sumulá-Ia,afinal. Mas esse sist<strong>em</strong>a, quero crer, é legitimador<strong>de</strong>sta fonte do Brasil, por essa possibilida<strong>de</strong>.O que ele t<strong>em</strong> <strong>de</strong> inovador? O sist<strong>em</strong>a jurispru<strong>de</strong>ncialbrasileiro nasceu, sobretudo, da capacida<strong>de</strong>inovadora do juiz <strong>de</strong> primeiro grau, do talento, da impaciência,da irresignação intelectual <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> juízesque ousam interpretar o Direito, trazendo categor!~as novas e alimentando a vida jurídica brasileiraêomessa contribuição inestimável. E também <strong>de</strong> advoga<strong>dos</strong>que provocam, s<strong>em</strong> dúvida alguma, porque o juiznão funciona <strong>de</strong> moto-próprio, há que ser provocado.E aqui t<strong>em</strong>os advoga<strong>dos</strong> os mais brilhantes.Estou vendo aqui to<strong>dos</strong> os senhores e homenageioto<strong>dos</strong>, s<strong>em</strong> dúvida. Eu, como o mais mo<strong>de</strong>sto <strong>de</strong>les,não posso <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> registrar, também, o papel <strong>de</strong> advoga<strong>dos</strong>nesse processo criador.Portanto, preocupa-me a fragilização, DeputadoAloysio Nunes Ferreira, do prestígio do juiz <strong>de</strong> primeirainstância, do juiz <strong>de</strong> primeiro grau. Esse é um <strong>de</strong>bateque precisamos travar, s<strong>em</strong> nenhum preconceito,porque é o ponto central. Esse é o <strong>de</strong>bate.Digo aqui que não é correto polarizar um trabalhocomo este, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> vocação polêmica, apenas doponto <strong>de</strong> extinção ou não, <strong>de</strong> incorporação ou não, daJustiça do Trabalho. É capitis dlmlnutlo. Trata-se <strong>de</strong>ponto relevante, mas não principal; o centro da polêmicanão está aí. Estamos <strong>de</strong>batendo qual estrutura <strong>de</strong>Judiciário quer<strong>em</strong>os, que concepção <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>a judiciárioter<strong>em</strong>os, que princípio presidirá essa nova formulação.Portanto, quero crer que esse é um <strong>de</strong>talhe.Como organizar um ramo da Justiça, com todasas conseqüências que possa ter para seus funcionários,para a socieda<strong>de</strong>? É importante? É, mas não é oponto relevante. Precisamos encontrar a fórmula <strong>de</strong>construir um sist<strong>em</strong>a ágil, mo<strong>de</strong>rno, eficaz e <strong>de</strong>mocrático,porque não se trata apenas <strong>de</strong> aparelho burocrático<strong>de</strong> fabricar sentenças, mas <strong>de</strong> Po<strong>de</strong>r do Estado<strong>de</strong>mocrático. Se conseguirmos centralizar ociebate,ele terá conteúdo, substância, e os <strong>de</strong>talhes virão, .porque, como regra do Direito, o acessório t<strong>em</strong> por<strong>de</strong>stino seguir o principal.Portanto, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, são essas consi<strong>de</strong>raçõesque tinha a fazer.Digo, como Sub-Relator e m<strong>em</strong>bro do Partido<strong>dos</strong> Trabalhadores - autorizado pelo meus colegas-,que quer<strong>em</strong>os enfrentar esse <strong>de</strong>bate pela sua essência,seu núcleo, s<strong>em</strong> preconceitos. T<strong>em</strong>os alternativaspara cada t<strong>em</strong>a polêmico. Não digo que são asmelhores, pois· qu<strong>em</strong> po<strong>de</strong> dizer isso é a história e ot<strong>em</strong>po. Por ex<strong>em</strong>plo, súmula vinculante, t<strong>em</strong>os alternativapara acabar com a indústria <strong>dos</strong> recursos, comos atrasos; Conselho Nacional, a proposta está postaàmesa; Justiça do Trabalho, t<strong>em</strong>os também sobre ela.Enfim, quer<strong>em</strong>os travar esse <strong>de</strong>bate, s<strong>em</strong> trazerpara seu centro o que é importante, mas não principal.O que está <strong>em</strong> <strong>de</strong>bate é a f,eição que dar<strong>em</strong>os àJustiça do futuro milênio.Muito obrigado, Sr. Presi<strong>de</strong>nte~ (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Muito b<strong>em</strong>. Agra<strong>de</strong>c<strong>em</strong>os ao nobre Députado MarceloDéda.O SR. DEPUTADO -IOSÉ ANTONIO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,peço a palavra para uma questão <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- T<strong>em</strong> V. Exa. a palavra.O SR. DEPUTADO JOSÉ ANTONIO - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,a Or<strong>de</strong>m do Dia já se iniciou e, pelo art. 46 doRegimento Interno, não po<strong>de</strong>mos continuar votando.Então, proponho que seja suspensa a reunião.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- T<strong>em</strong>os mais um Relator presente, o Ministro IbrahimAbi-Ackel. Creio que po<strong>de</strong>ríamos ouvi-lo agora,se S. Exa. se à vonta<strong>de</strong>. Logo após, encerrar<strong>em</strong>os ostrabalhos. E amanhã, às 10h...Concedo a palavra ao Sr. Deputado AntonioCarlos Biscaia, pela or<strong>de</strong>m. .O SR. DEPUTADO ANTONIO CARLOSBISCAIA - Queria trazer mais urna questão a V. Exa.Ouvir<strong>em</strong>os o Deputado Ibrahim Abi-Ackel e amanhã,a partir das 10h, os inscritos po<strong>de</strong>rão manifestar-seacerca do substitutivo.Em razão <strong>de</strong> também existir importante reuniãoda Comissão <strong>de</strong> CO,nstituição e Justiça, <strong>em</strong> que sediscutirá a autorização, a licença para processar oDeputado Hil<strong>de</strong>branda Pascoal, pe.ço a V. Exa. - sen-


27106 Quinta-feira 10 DIÁRlO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999do eu o quarto ou quinto inscrito _ parã.não per<strong>de</strong>r minhavez se lá estiver e, retornando <strong>de</strong> lá, fazer uso dapalavra. Faço esse apelo a V. Exa.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Tudo b<strong>em</strong>. S<strong>em</strong> dúvida, já d!3termino à Secretariapara cuidar <strong>de</strong>, no momento a<strong>de</strong>quado, chamar V.Exa. para comparecer a esta Comissão.O SR. DEPUTADO ANTONIO CARLOSBISCAIA - Agra<strong>de</strong>ço a V. Exa.O SR. DEPUTADO GERSON PÉRES - Sr.Presi<strong>de</strong>nte, que essa <strong>de</strong>cisão seja para to<strong>dos</strong> que estejamna Comissão <strong>de</strong> Constituição e Justiça e <strong>de</strong> Redação.O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Muito b<strong>em</strong>, está acolhido.Vamos ouvir, antes <strong>de</strong> encerrar esta reunião, oex-Ministro Ibrahim Abi-Ackel, que é um <strong>dos</strong> Relatores.Convido-o para vir à mesa.Logo após, encerrar<strong>em</strong>os a reunião e amanhã,às 1Oh, continuar<strong>em</strong>os a discussão. Deixo claro que adiscussão já está iniciada com as manifestações quehouve neste dia.O SR. DEPUTADO IBRAHIM ABI-ACKEL - Sr.Presi<strong>de</strong>nte, Sr. Vice-Presi<strong>de</strong>nte da Comissão, Sr. Relator-Gerai,Deputado Aloysio Nunes Ferreira, senhoresm<strong>em</strong>bros da Comissão, minhas senhoras e meussenhores, procurarei ater-me à incumbência que mefoi dada pelo Sr.. Relator-Geral, cuidando exclusivamente<strong>dos</strong> t<strong>em</strong>as implícitos nessa atribuição.Somente ousarei afastar-me <strong>de</strong>les quando, porconexão, for obrigado a uma navegação mais afastadado pequeno trecho <strong>de</strong> litoral que me foi atribuído.Coube-me, senhores m<strong>em</strong>bros da Comissão,elaborar parecer a respeito <strong>dos</strong> Tribunais <strong>de</strong> JustiçaEstaduais, <strong>dos</strong> direitos, garantias, privilégios e disci·plinas <strong>dos</strong> juízes.Algumas das sugestões que formulei, o Sr. Re·lator-Geral acolheu <strong>em</strong> seu relatório, <strong>de</strong>ntre elas, citocomo importantes as sugestões que impe<strong>de</strong>m a interrupçãoda ativida<strong>de</strong> jurisdicional durante as férias forenses;a outra que impe<strong>de</strong> promoção ou r<strong>em</strong>oção dojuiz que injustificadamente tiver processos atrasa<strong>dos</strong><strong>em</strong> seu po<strong>de</strong>r; e outras <strong>de</strong>stinadas a acelerar a prestaçãojurisdicional.Quero afirmar perante nossos companheiros <strong>de</strong>Comissão que a <strong>em</strong>enda constitucional, seja qual forsua abrangência e profundida<strong>de</strong>, estará s<strong>em</strong>pre longe<strong>de</strong> resolver o probl<strong>em</strong>a da aceleração <strong>dos</strong> processose da rapi<strong>de</strong>z da prestação jurisdicional.Os probl<strong>em</strong>as da magistratura não se encon·tram nos tribunais, n<strong>em</strong> nos fóruns das Comarcas,mas, <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> parte, encontram-se aqui, na Casado Po<strong>de</strong>r Legislativo, porque somos nós, legisladores,responsáveis pela disciplina do processo civil epenal e, portanto, to<strong>dos</strong> os atos e termos que aindarespiram a prática portuguesa das alicantinas, to<strong>dos</strong>os formulários que f~<strong>em</strong> com que os processos cresçam<strong>em</strong> páginas muito mais <strong>de</strong>stinadas a carimbos doque a <strong>de</strong>spachos interlocutórios ou <strong>de</strong>cisivos <strong>de</strong>corr<strong>em</strong><strong>de</strong> processos obsoletos, que obe<strong>de</strong>c<strong>em</strong> a códigospor nós elabora<strong>dos</strong> ou por nossos antecessores.Por isso mesmo, seja qual for a acolhida que se<strong>de</strong>r a uma proposta <strong>de</strong> <strong>em</strong>enda constitucional <strong>de</strong>stinadaa reformular o Po<strong>de</strong>r Judiciário, s<strong>em</strong>pre r<strong>em</strong>anesceráa questão fundamental da rapi<strong>de</strong>z da Justiçapor intermédio da mo<strong>de</strong>rnização das nossas leis processuais.Essa questão quero <strong>de</strong>ixar expressa, porque oSr. Relator-Geral teve a preocupação <strong>de</strong>, ao encerrarseu relatório, estabelecer o prazo <strong>de</strong> 180 dias paraque Comissões especializadas trat<strong>em</strong> da mo<strong>de</strong>rnizaçãodas leis processuais. S<strong>em</strong> elas, a Justiça continuaráa <strong>em</strong>perrar-se a cada ato e termo, <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>providências plenamente dispensáveis que, contudo,encontram-se consagradas na lei e, por isso, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>ser observadas, sob pena <strong>de</strong> nu.lida<strong>de</strong>s relativas ouabsolutas.Em pleno final do século XX, quando to<strong>dos</strong> osorganismos públicos e priva<strong>dos</strong> já se entregaram àcolaboração <strong>dos</strong> meios eletrônicos, audiência no cívelouno criminal <strong>em</strong> qualquer ponto do País faz-sepelo seguinte minueto: o advogado ou promotor formulasua pergunta à test<strong>em</strong>unha por intermédio dojuiz, o qual, por sua vez, a formula à test<strong>em</strong>unha que,por sua vez, respon<strong>de</strong> ao juiz, o qual, finalmente, ditaa resposta ao escrivão. Um estrangeiro, s<strong>em</strong> conhecimentodo Brasil, que subitamente <strong>de</strong>scesse numasala <strong>de</strong> audiência <strong>de</strong> fórum brasileiro, teria imediatamentea idéia <strong>de</strong> que neste País exist<strong>em</strong> numerososdialetos.Essa questão é. <strong>de</strong> fundamental importância,porque, s<strong>em</strong> a compl<strong>em</strong>entação da legislação compl<strong>em</strong>entar,estar<strong>em</strong>os apenas marcando passo, a<strong>de</strong>speito do extraordinário esforço que se está fazendopara mo<strong>de</strong>rnização da Justiça.A questão do conselho <strong>de</strong> controle, a qual se <strong>de</strong>dicoucom tanto afinco o Deputado Marcelo Déda, é,<strong>de</strong>ntre todas as questões suscitadas pela reforma, aque mais me preocupa. Quantas Corregedorias exist<strong>em</strong>no Brasil incumbidas <strong>de</strong> fiscalizar a atuação doPo<strong>de</strong>r Judiciário? São 26 Esta<strong>dos</strong>, portanto, exist<strong>em</strong>26 Corregedorias da Justiça Estadual. A Justiça Eleitoralestá estabelecida <strong>em</strong> to<strong>dos</strong> os Esta<strong>dos</strong> da Fe<strong>de</strong>raçãoe, portanto, t<strong>em</strong>os mais 26 Corregedorias <strong>de</strong>s-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27107sa Justiça. T<strong>em</strong>os ainda Corregedorias da Justiça Fe<strong>de</strong>rale, além <strong>de</strong>las, vasto Conselho da Justiça Fe<strong>de</strong>ralcom filiais <strong>em</strong> São Paulo e no Rio <strong>de</strong> Janeiro. L<strong>em</strong>­-brei-me agora do Distrito Fe<strong>de</strong>ral, então, acrescente·seum para cada unida<strong>de</strong>. Isso tudo significa que<strong>de</strong>v<strong>em</strong>os ter no Brasil mais <strong>de</strong> 100 Corregedorias incumbidas<strong>de</strong> controlar os prazos judiciais e a normalida<strong>de</strong>e honestida<strong>de</strong> do andamento <strong>dos</strong> serviços cartoriais.E, a <strong>de</strong>speito da multidão <strong>de</strong> pessoas e multiplicida<strong>de</strong><strong>de</strong> órgãos, aqui estamos na tentativa <strong>de</strong> criarmais um conselho nacional <strong>de</strong> controle do Po<strong>de</strong>rJudiciário. E se não tivermos cuidado na elaboração<strong>de</strong>sse conselho, todo o resultado do nosso trabalhose resumirá apenas numa coisa: talvez estejamos criandoa 101 D Corregedoria da Justiça no Brasil.Antes portanto <strong>de</strong> escolhermos os m<strong>em</strong>bros doConselho da Justiça, precisamos estabelecer suacompetência. Aí está o nó górdio. Por quê? Porque oPo<strong>de</strong>r Judiciário é, por natureza, estático. É da índoledo Po<strong>de</strong>r Judiciário aguardar a provocação das partes,advogado ou promotor. Enquanto essas partesnão provocam o Po<strong>de</strong>r Judiciário, ele é inerme por natureza.Se criarmos um Conselho da Justiça e ficarmosesperando que-ele também, à s<strong>em</strong>elhança da índoledo Po<strong>de</strong>r Judiciário, fique à espera da provocaçãoda parte, será um órgão inútil, porque a parte nãoreclama já t<strong>em</strong> medo do juiz, e o advogado não reclamaporque t<strong>em</strong> -muito mais medo do juiz do que a própriaparte.Ter<strong>em</strong>os que ter, então, órgão <strong>de</strong> controle doJudiciário que tenha natureza intervencionista. Umórgão <strong>de</strong> controle do Po<strong>de</strong>r Judiciário que se incumba<strong>de</strong> moto- próprio da vigilância <strong>de</strong> todas as Comarcase tribunais. Alcançar<strong>em</strong>os esse resultado? Não sei.Vamos tentar obtê-lo. Mas só <strong>de</strong>pois disso é que po<strong>de</strong>r<strong>em</strong>osestudar, então, a natureza e a índole daspessoas que <strong>de</strong>verão compô-Ia. Não basta ter notóriosaber jurídico e inatacável probida<strong>de</strong> para ser hom<strong>em</strong>dinâmico disposto a comprar brigas com o Po<strong>de</strong>r Judiciário,fiscalizar, intervir, cobrar e, sobretudo, punir.Dizia Edmond Picard que a coação distingue anorma legal como a tromba distingue o elefante. Amania <strong>de</strong> fazer leis, estabelecer princípios, redigirnormas, s<strong>em</strong> sanção, s<strong>em</strong> pena, significa, quandomuito, lições morais <strong>de</strong> comportamento individual.Mas não resultam <strong>em</strong> nada, porque não há sançãoaplicável ao seu <strong>de</strong>scumprimento.Feitas essas observações que, <strong>de</strong>ntre muitas,são as que mais me preocupam, vou entrar agora not<strong>em</strong>a polêmico <strong>de</strong> que fui incumbido e do qual procureidar conta com plena satisfação da minha consciência.-Há preconceito no Brasil contra o que se chamajuiz classista, porque ele se aposentava <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>exercer um ou dois mandatos. Já não se aposentar:nais porque a lei hoje impe<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazê-lo. Dizia-se queganhava muito porque percebia o mesmo que um juiztogado. O Congresso votou há pouco t<strong>em</strong>po projeto<strong>de</strong> lei que o Presi<strong>de</strong>nte sancionou - já é lei - reduzin<strong>dos</strong>eús vencimentos a pouco mais <strong>de</strong> um terço <strong>dos</strong>vencimentos do juiz togado.Mas ficou o preconceito <strong>de</strong> que são leigos, indica<strong>dos</strong>por sindicatos pouco representativos <strong>de</strong> suacategoria ou por sindicatos adre<strong>de</strong> organiza<strong>dos</strong> parafazer a indicação <strong>dos</strong> juízes classistas.E, <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong>ssa concepção dominantena socieda<strong>de</strong> brasileira, o nosso ilustre Relator resol·veu cassar a figura do juiz classista, criando, <strong>em</strong> lugar<strong>de</strong>le, um juizado especial <strong>de</strong> m<strong>em</strong>brosnão-r<strong>em</strong>unera<strong>dos</strong> incumbi<strong>dos</strong> <strong>de</strong> promover, antes dacontenda judicial trabalhista, a possível harmonizaçãodas partes por meio <strong>de</strong> acordo judicial.Estou mais ou menos <strong>de</strong> acordo com nosso ilustreRelator, mas discordo num ponto essencial, e paraeste ouso chamar a atenção <strong>dos</strong> meus ilustres e <strong>em</strong>inentescolegas. Trata-se do seguinte: não <strong>de</strong>ve havermais juiz classista, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os eliminar essa figura daConstituição; leigo não po<strong>de</strong> ser juiz. Mas não <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os,<strong>de</strong> forma alguma, tirar do âmbito, da esfera doPo<strong>de</strong>r Judiciário, órgão <strong>de</strong> composição amigável <strong>dos</strong>dissídios do trabalho. Os direitos do trabalhador foramo motor da história do século XX, e os direitos dotrabalhador no Brasil ainda reflet<strong>em</strong> r<strong>em</strong>iniscênciasda escravidão que durou 400 anos. Ainda há trabalhoescravo no Brasil, ainda há trabalho infantil, ainda háexploração <strong>de</strong> patrões contra <strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>. E, porisso mesmo, é preciso que, <strong>de</strong>ntro da organização judiciáriado Brasil, exista um órgão incumbido <strong>de</strong> promovera conciliação entre patrão e <strong>em</strong>pregado antes<strong>de</strong> configurada a <strong>de</strong>manda judicial.Concebi, então, a seguinte figura <strong>de</strong> uma Junta<strong>de</strong> Conciliação e Julgamento. A Junta <strong>de</strong> Conciliaçãoe Julgamento seria composta, se for aceita minha sugestão,por um juiz togado - nomeado nos mesmostermos <strong>em</strong> que são hoje investi<strong>dos</strong> das suas responsabilida<strong>de</strong>s- e dois conciliadores, s<strong>em</strong> título <strong>de</strong> juiz,mas com o nome <strong>de</strong> conciliadores, representantes<strong>dos</strong> <strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> e <strong>dos</strong> patrões, nomea<strong>dos</strong> na formada lei. Portanto, caberá ao legislador indicar qual é aforma <strong>de</strong> indicação <strong>de</strong>sses conciliadores, o que afasta<strong>de</strong> plano todas as críticas feitas atualmente à formacom que se indicam juízes classistas.Esse dois conciliadores, uma vez i'ipresentada areclamação trabalhista, reunir-se-iam com as partes


27108 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999no sentido <strong>de</strong> buscar coh'lpósição amigável. Se acomposição amigável for feita, lavra-se uma ata e Jeva-separa o juiz titular, que a subscreverá, e acabou-sea <strong>de</strong>manda. Se, contudo, os conciliadores nãoconseguir<strong>em</strong> promover o acordo, protocoliza-se a representaçãoou a reclamação trabalhista, e só o juiztogado - agora s<strong>em</strong> qualquer interferência <strong>dos</strong> conciliadores- fará a instrução e o julgamento da reclamaçãotrabalhista.Estou convencido <strong>de</strong> que 80% das reclamaçõestrabalhistas morreriam nessa fase vestibular, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>que os conciliadores estiver<strong>em</strong> institucionalmente investi<strong>dos</strong>da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolver o probl<strong>em</strong>a.O meu ilustre e querido amigo Relator-Geral seopõe até agora - espero que ele venha a ser convencidodo contrário - que esses conciliadores sejam pagospelos cofres públicos. Santo Deus! Os cofres públicospagam Ministros <strong>de</strong> Tribunais, <strong>de</strong>s<strong>em</strong>bargadores,juízes, promotores, <strong>de</strong>fensores públicos, oficiais<strong>de</strong> justiça, secretários ele juízes, avaliadores judiciais.Pagam todo mundo! Mas não quer<strong>em</strong> pagar àquelesque po<strong>de</strong>m aten<strong>de</strong>r o humil<strong>de</strong> operário - doméstica,guarda-noturno, vigia noturno - que entra numa Junta<strong>de</strong> Conciliação e precisa <strong>de</strong> alguém que representesua classe para verbalizar seu direito. Nessa hora;quer-se fazer economia com os cofres públicos.. Apresentei essa questão para exame <strong>de</strong> V.Exas., porque estamos vivendo fase atípica nas relações<strong>de</strong> trabalho e, por isso mesmo, não se está dandoa <strong>de</strong>vida importânrcia às reclamações trabalhistas.Elas têm diminuído. Por quê? Pmque o <strong>em</strong>pregadobrasileiro tomoU~3e dócil <strong>em</strong> vil1u<strong>de</strong> do medo do <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego.Mas, se Deus quiser, este t<strong>em</strong>po não durarápara s<strong>em</strong>pre. As greves voltarão, Os <strong>em</strong>pregosvoltarão a ser ofereci<strong>dos</strong>. E os <strong>em</strong>pregadores, já nãotendo <strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> tão dóceis, certamente terão quese valer da Justiça do Trabalho para composição dassuas questões com seus <strong>em</strong>prega<strong>dos</strong>. É uma questãosocial da mais absoluta importância.Qu<strong>em</strong> reduzir essa questão à simples probl<strong>em</strong>áticada permanência ou não <strong>de</strong> órgão <strong>de</strong> composição<strong>de</strong> direitos está cometendo o seguinte erro: o juizadoespecial é uma espécie <strong>de</strong> transposição para ost<strong>em</strong>pos mo<strong>de</strong>rnos do antigo juiz <strong>de</strong> paz, <strong>de</strong>stinado ajulgar questões patrimoniais <strong>de</strong> pequeno valor. O indivíduoque manda seu paletó para lavan<strong>de</strong>ria e ele voltarasgado ou com mancha vai ao tribunal especialpara compor seu prejuízo. O indivíduo que t<strong>em</strong> seucarro usado abalroado ligeiramente no seu pára-Iamavai ao juizado especial a fim <strong>de</strong> obter a composiçãoamigável do seu prejuízo. Mas quando se trata do Direitodo Trabalho, <strong>em</strong> País cujas dificulda<strong>de</strong>s da proteçãodo trabalho são tais que ainda reflet<strong>em</strong> probl<strong>em</strong>asda escravatura, acho que não se po<strong>de</strong> equipararessas situações. Esta outra merece os cuida<strong>dos</strong> dolegislador e as cautelas <strong>de</strong> proteção institucional.Tendo feito essa exposição, Sr. Presi<strong>de</strong>nte,com a ênfase que lastimavelmente não consigo abandonartodas as vezes que falo a respeito do que acreditoe pelas quais mais uma vez peço <strong>de</strong>sculpas, <strong>de</strong>ixoa questão na consciência <strong>de</strong> cada um.E, ao julgar esta questão, peço que não pens<strong>em</strong>no Superior Tribunal <strong>de</strong> Justiça, no Supr<strong>em</strong>o TribunalFe<strong>de</strong>ral, no inci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>, na açãodireta <strong>de</strong> constitucionalida<strong>de</strong>, nas questões todas <strong>em</strong>que estão interessadas as gran<strong>de</strong>s <strong>em</strong>presas, principalmenteas estrangeiras - que já estão importandotambém seus advoga<strong>dos</strong> do exterior para cuidar <strong>dos</strong>seus probl<strong>em</strong>as -, mas pens<strong>em</strong> no mo<strong>de</strong>sto, simples,tímido, hom<strong>em</strong> do trabalho: na doméstica, no vigianoturno, nos trabalhadores da roça, que não têmcomo verbalizar seu direito porque não sabe como fazê-loe que, ao entrar numa Junta <strong>de</strong> Conciliação eJulgamento, têm que ter alguém <strong>de</strong> plantão, disponível,acolhedor, capaz <strong>de</strong> entendê-lo e <strong>de</strong> falar por ele.Por que não pagá-lo se está prestando um serviço socialda mais alta responsabilida<strong>de</strong> e da maior utilida<strong>de</strong>social? (Palmas.) .O SR. PRESIDENTE (Deputado Jairo Carneiro)- Agra<strong>de</strong>c<strong>em</strong>os ao <strong>em</strong>inente Deputado IbrahimAbi-Ackel.Declaramos encerrada esta reunião e convido ato<strong>dos</strong> para amanhã, às 10h, continuarmos a discussão.COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA APROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDAÀ CONSTITUiÇÃO N 2 203-A, DE 1995, QUE "DÁNOVA REDAÇÃO AO § 1 2 DO ART. 222 DACONSTITUiÇÃO FEDERAL, SUPRIMINDO-SE O §2º DO REFERIDO ARTIGO, QUE TRATA DAPROPRIEDADE DE EMPRESAS JORNAlÍSTICASE DE RADIODIFUSÃO SONORA E DE SONS EIMAGENS", E À PROPOSTA DE EMENDA ÀCONSTITUiÇÃO N2 455-A, DE 1997, QUE "DÁNOVA REDAÇÃO AO ART. 222 DA CONSTITUIÇ';.()FEDERAL", APENSADA ÀQUELA. (PROPRIEDADEDE EMPRESA JORNALíSTICA)./Ata da 101! Reunião, realizada<strong>em</strong> 9 <strong>de</strong> junho 1999.No dia <strong>de</strong>z <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> mil novecentos e noventae nove, às 'quinze horas e quinze minutos, no plenárioonze, do Anexo 11 da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>,reuniu-se, ordinariamente, sob a Presidência do De-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DÁ CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27109putado Ayrton Xerêz, a Comissão Especial <strong>de</strong>stinadaa proferir Parecer à Proposta <strong>de</strong> Emenda à Constituiçãon 2 203-A, <strong>de</strong> 1995, que "Dá nova redação ao § 1ºdo art. 222 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, suprimindo o § 2 2do referido artigo, que trata da proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>em</strong>presasjornalísticas e <strong>de</strong> racljodifusão sonora e <strong>de</strong> sons eimagens" e à Proposta <strong>de</strong> Emenda à Constituição n Q455-A, <strong>de</strong> 1997, que "Dá nova redação ao art. 222 daConstituição Fe<strong>de</strong>ral", apensada àquela. Compareceramos Senhores Deputa<strong>dos</strong> Anivaldo Vale, Arol<strong>de</strong><strong>de</strong> Oliveira, Ayrton Xerêz, Bispo Rodrigues, Dr. Rosinha,Gilmar Machado, Henrique Eduardo Alves, JoãoColaço, Luiz Bittencourt, ~eiva Moreira, Oliveira Filho,Pastor Jorge, Pedro Celso, Roberto Brant, SantosFilho, Vittorio Medioli e Wagner Salustiano, titulares;Airton Roveda, Bispo Wan<strong>de</strong>rval, Eunício Oliveira,Fernando Gabeira, Iris Simões, Luiz Moreira, RegisCavalcante e Zenaldo Coutinho, suplente. Compareceram,ainda, os Deputa<strong>dos</strong> Carlos Melles, CarlosMosconi, Maria Elvira, Osvaldo Sobrinho, Pompeo<strong>de</strong> Mattos, Romel Anizio e Romeu Queiroz,não-m<strong>em</strong>bro. Não compareceram os Senhores Deputa<strong>dos</strong>Albérico Cor<strong>de</strong>iro, Antonio Joaquim Araújo,Cl<strong>em</strong>entino Coelho, Francisco Garcia, Joel <strong>de</strong> Hollanda,José Carlos Martinez, José Ronaldo, José ThomazNonô, Luís Eduardo, Olavo Calheiros, PinheiroLandim, Silas Câmara, Vic Pires Franco e Walter Pinheiro.Ata _Iniciada a Reunião, o Senhor Presi<strong>de</strong>nteindagou sobre a necessida<strong>de</strong> da leitura da Ata danona Reunião, a qual foi dispensada a pedido do DeputadoNeiva Moreira. Não havendo qu<strong>em</strong> quisessediscuti-Ia, foi colocada <strong>em</strong> votação, recebendo aprovaçãounânime. Or<strong>de</strong>m do Dia _ A reunião <strong>de</strong>stinou-seà Audiência Pública com o Senhor Ministro <strong>de</strong>Estado das Comunicações, Dr. João Pimenta da VeigaFilho, a qu<strong>em</strong> o Senhor Presi<strong>de</strong>nte conce<strong>de</strong>u a palavra.Em seguida, interpelaram o Senhor Ministro osDeputa<strong>dos</strong> Henrique Eduardo Alves, Neiva Moreira,Dr. Rosinha, Luiz Moreira, Maria Elvira, Vittorio Medioli,Oliveira Filho, Pedro Celso, Pastor Jorge, GilmarMachado, Wagner Salustiano, Santos Filho, FernandoGabeira, Bispo Rodrigues e Pompeo <strong>de</strong> Mattos.Encerra<strong>dos</strong> os <strong>de</strong>bates, o Senhor Presi<strong>de</strong>nte convocoureunião para os dias quinze e <strong>de</strong>zesseis <strong>de</strong> junho,com a seguinte pauta: Apr.eciação do Parecer do Relator,e encerrou a reunião às <strong>de</strong>zessete horas e vintee cinco minutos. A reunião foi gravada e as notas taquigráficas,após <strong>de</strong>codific das, serão publicadasjuntamente com esta Ata no Diário da Câmara <strong>dos</strong>Deputa<strong>dos</strong> E, para constar, eu, Valdivino o entinoFIO, Secretário, lavrei a presente Ata, que, apósaprovada, será assinada pelo Senhor Presi<strong>de</strong>nte, DeputadoAyrton Xerêz.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Havendo número regimental e dada a importânciada exposição do Sr. Ministro Pimenta da Veiga, <strong>de</strong>claroabertos os trabalhos da 10 a Reunião Ordinária <strong>de</strong>staComissão, que se <strong>de</strong>stina a examinar duas <strong>em</strong>endasà Constituição: a do Deputado Laprovita Vieira ea do Deputado Aloysio Nunes Ferreira. A primeiraten<strong>de</strong> a permitir a participação <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s civis s<strong>em</strong>fins lucrativos no capital societário <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas <strong>de</strong>rádio, televisão e jornal; a segunda ten<strong>de</strong> a permitir oingresso <strong>de</strong> capital estrangeiro até 30% nas proprieda<strong>de</strong>sdas <strong>em</strong>presas jornalísticas.Estão presentes na Comissão o Sr. Relator, DeputadoHenrique Eduardo Alves, que se t<strong>em</strong> <strong>de</strong>dicadoao estudo da matéria; e, com muita honra paranós, o Sr. Ministro Pimenta da Veiga.Coloco <strong>em</strong> votação a ata da sessão anterior.O SR. DEPUTADO NEIVA MOREIRA- Sr. Presi<strong>de</strong>nte,como to<strong>dos</strong> nós já l<strong>em</strong>os a ata, peço a V. Ex aque a consi<strong>de</strong>re como lida.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)­Muito obrigado, Deputado Neiva Moreira.Não havendo qu<strong>em</strong> queira discuti-Ia, passamosà votação. .Os Srs. Deputa<strong>dos</strong> que aprovam a ata permaneçamcomo estão. (Pausa.)Aprovada.Sr. Ministro Pimenta da Veiga, a fala <strong>de</strong> V. Exªnesta oportunida<strong>de</strong> t<strong>em</strong> causÇl.do muita expectativapara to<strong>dos</strong> nós dada a importância <strong>dos</strong> meios <strong>de</strong> co·municação na socieda<strong>de</strong> brasileira. O Deputado HenriqueEduardo Alves está concluindo seu relatório,que será votado nesta Comissão. Por isso, é um prazere uma honra ouvi-lo, pois a presença <strong>de</strong> Ministrodas Comunicações do Governo Fe<strong>de</strong>ral é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>importância para to<strong>dos</strong> nós.. Antes, agra<strong>de</strong>c<strong>em</strong>os a presença<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>OçJelmo Leão, Márcio Reinaldo Moreira, Maria Elvira,e <strong>dos</strong> m<strong>em</strong>bros <strong>de</strong>sta Comissão: Deputa<strong>dos</strong> SantosFilho, Luiz Moreira, Luiz Bittencourt, Pastor Jorge,Anivaldo Vale, Vittorio Medioli, Dr. Rosinha, WagnerSalustiano e Neiva Moreira.Agra<strong>de</strong>c<strong>em</strong>os também a presença <strong>de</strong> algumaspersonalida<strong>de</strong>s da área institucional das <strong>em</strong>issoras<strong>de</strong> rádio, jornal e televisão: Dr. Evandro Guimarães eDr. Paulo Cabral, que nos encaminhou um representante,Dr. Fenício, da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília.Sr. Ministro, estamos a postos e ansiosos porouvi-lo.


27110 Quinta-feira 10o SR. MINISTRO PIMENTA DA VEIGA - NobrePresi<strong>de</strong>nte da Comissão, Deputado Ayrton Xerêz;prezado Relator, Deputado Henrique Eduardo Alves;carlssimos Deputa<strong>dos</strong> e Deputadas, cada vez quevenho à Câmara me recordo <strong>de</strong> muitos fatos e me alegro,porque tenho certeza <strong>de</strong> que <strong>em</strong> cada vinda aquieu me enriqueço.Portanto, é com gran<strong>de</strong> prazer que atendo aosconvites <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> Ayrton Xerêz e HenriqueEduardo Alves para comparecer nesta ComissãoEspecial a fim <strong>de</strong> trazer nossa posição a respeito das.<strong>em</strong>endas, que aqui estão sendo examinadas, <strong>de</strong> autoria<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> Laprovita Vieira e Aloysio NunesFerreira. .Preferi não trazer um texto escrito para que pudéss<strong>em</strong>os,livr<strong>em</strong>ente, expor nossas convicções,nossas opiniões e, também, certamente, <strong>de</strong>bater comV. Exlls acerca <strong>dos</strong> t<strong>em</strong>as postos nas <strong>em</strong>endas jámencionadas.Des<strong>de</strong> o inIcio, quero dizer que esse assunto foitrazido à discussão não por acaso. O fato é que ot<strong>em</strong>a do capital estrangeiro está posto <strong>de</strong> formaabrangente na realida<strong>de</strong> brasileira. O Deputado AloysioNunes Ferreira quando escreveu sua <strong>em</strong>enda e aapresentou, certamente, foi senslvel a este momentopelo qual o Pais atravessa e que, <strong>de</strong> resto, todo mundoestá vivendo o processo <strong>de</strong> intimo intercâmbioeconômico e comercial.Quero fazer inicialmente referência, ainda queligeira, à <strong>em</strong>enda do Deputado Laprovita Vieira. A<strong>em</strong>enda, que está sendo examinada, procura fazerdiferença entre os operadores <strong>de</strong> radiodifusão, estabelecendouma categoria <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa comercial, comfins lucrativos, e outra <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s, inespecificamente,s<strong>em</strong> fins lucrativos.Sobre essa <strong>em</strong>enda, quero manifestar posiçãocontrária. Acho que não contribuirá para o aperfeiçoamentoda radiodifusão no Pais a existência <strong>de</strong> nova figuraque se preten<strong>de</strong> criar operando <strong>em</strong>issoras comerciais.Nunca é <strong>de</strong>mais l<strong>em</strong>brarmos que já é possivel,num <strong>de</strong>terminado setor da radiodifusão, que entida<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> fins lucrativos oper<strong>em</strong>, <strong>em</strong> relação às TVeducativas. Aí, sim, há razão para a presença <strong>de</strong>ssas<strong>em</strong>pre~as, tendo <strong>em</strong> vista que a própria ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvidatambém não busca resulta<strong>dos</strong> comerciais.Mas, estabelecer esses dois concorrentes tão díspares,a nosso juízo, levaria à inafastável distorção <strong>dos</strong>ist<strong>em</strong>a, o que certamente não interessa a cidadãobrasileiro algum.Quanto à <strong>em</strong>enda do Deputado Aloysio NunesFerreira, é complexa e merece, certamente, a melhoratenção <strong>de</strong>ste Congresso Nacional. Na verda<strong>de</strong>, oDIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOSJunho <strong>de</strong> 1999Deputado Aloysio Nunes Ferreira quer mudar a ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral para tornar viável a presença do capitalestrangeiro, até o montante <strong>de</strong> 30% do capital, nosórgãos da imprensa do País. Sobre isso, achamosque há um princípio que <strong>de</strong>ve ser mantido, porque dáa segurança ao País, <strong>de</strong> que, <strong>de</strong> algum modo, a socieda<strong>de</strong>brasileira t<strong>em</strong> efetiva informação e, portanto,possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controle sobre o sist<strong>em</strong>a nacional <strong>de</strong>imprensa, que é a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que esses órgãossejam opera<strong>dos</strong> por cidadãos brasileiros. Consi<strong>de</strong>roessencial a manutenção <strong>de</strong>sse princípio. Não é aceitável,pelo menos no estágio da nossa socieda<strong>de</strong>, danossa economia, da nossa ação política, que se <strong>de</strong>s~montasse esse postulado. Ou seja, <strong>de</strong> repente, rádioe televisão, sobretudo, pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> ser operadas coma totalida<strong>de</strong> do seu capital controlada por <strong>em</strong>presasjurídicas. Isso po<strong>de</strong>ria levar, s<strong>em</strong> dúvida alguma, aum <strong>de</strong>scontrole, não digo n<strong>em</strong> pelo Estado, mas querorepetir, pela socieda<strong>de</strong>, do sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> operação daradiodifusão, que é algo absolutamente essencial <strong>em</strong>qualquer socieda<strong>de</strong>.Dito isso, quero afirmar que a presença <strong>de</strong> capitalestrangeiro, com alguns limites, parece-nos razoável.De que modo isso po<strong>de</strong>ria ser? Certamente, mantidoo princípio <strong>de</strong> que o controle da concessionária é<strong>de</strong> pessoa física, é possível que uma parte <strong>de</strong>sse capitalseja <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa jurídica com presença, ou atécom controle, <strong>de</strong> capital estrangeiro. Deve-se discutirqual o montante razoável para essa presença. Não sediscute, n<strong>em</strong> é intenção da <strong>em</strong>enda - acho que aesse ponto ninguém chegou - dizer que seria aceitávelmaioria <strong>de</strong> capital estrangeiro. Portanto, discute-sese <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> 49% ou <strong>de</strong> 1%. O DeputadoAloysio Nunes Ferreira propôs 30%. Essa participaçãoparece-nos um pouco elevada. Penso que seriamais aconselhável fixarmos um teto <strong>de</strong> 20%.Outra discussão que se <strong>de</strong>ve estabelecer é aparticipação na direção da operadora <strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência<strong>de</strong>ssa participação <strong>de</strong> capital. Se a participação for <strong>de</strong>45%, ou mesmo <strong>de</strong> 30%, po<strong>de</strong> haver negociação queleve à presença, qu<strong>em</strong> sabe, muito forte ou mais fortedo que o <strong>de</strong>sejável, <strong>de</strong> representantes <strong>de</strong>sse capitalestrangeiro na direção <strong>dos</strong> negócios.Mas, a discussão que se <strong>de</strong>ve pôr é a seguinte:o capital <strong>de</strong>ve ou não ter direito a voto. Melhor seriaque não tivesse. Mas, acho difícil atrair capital estrangeirose não houver direito a voto correspon<strong>de</strong>nte aopercentual do capital investido. Se assim o for, portanto,<strong>de</strong> acordo com a compreensão <strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve havervoto correspon<strong>de</strong>nte ao capital, parece-me procedimento<strong>de</strong> cautela, ao qual nos filiamos, limitarmosisso a 20% na Constituição Fe<strong>de</strong>ral. Com essa por-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27111centag<strong>em</strong>, é possível que o investidor tenha presença,que não será tão pálida que quase inútil, mas tambémnão será tão forte que possa ser dominadora.Portanto, <strong>em</strong> síntese, consi<strong>de</strong>ramos razoávelque haja abertura na Constituição Fe<strong>de</strong>ral limitada a20% e que a lei, minuciosa como po<strong>de</strong> ser - já que otexto constitucional, por <strong>de</strong>finição, <strong>de</strong>ve ser s<strong>em</strong>pre omais genérico possível-, especifique condições e cuida<strong>dos</strong>necessários para que esse capital não produzaefeitos negativos, já que se t<strong>em</strong> como razoável quesua entrada produzirá efeitos positivos. Dessa maneira,a Constituição Fe<strong>de</strong>ral abriria possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> capitalestrangeiro até o limite <strong>de</strong> 20% e a lei fixaria seesse limite seria utilizado por inteiro e <strong>em</strong> quais condiçõesse daria então a entrada do capital.É natural que se levant<strong>em</strong> p~eocupações quantoao controle <strong>de</strong> programação, ou pelo menos interferênciasnessas programações. Procuramos refletirum pouco sobre essas preocupações, que são respeitáveis,mas imaginamos que, se essa participaçãoestiver limitada a esse montante, o risco fica muito pequenoe, qu<strong>em</strong> sabe, inexistente. Por isso, a apresentação<strong>de</strong>sse formato.O assunto enseja ampla reflexão, permitindo,<strong>de</strong> fato, argumentos positivos <strong>de</strong> um lado e <strong>de</strong> outro.Não é por acaso que a atual legislação brasileira vedaa presença do capital estrangeiro. Mas, o primeiropasso nessa direção não nos parece que possa trazerpreocupações expressivas.Portanto, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sr. Relator, essas sãonossas convicções preliminares.Como nos parece, a intenção do Sr. Presi<strong>de</strong>nte,ao <strong>de</strong>ferir-nos vinte minutos, que já se vão esgotando,era <strong>de</strong> que fizéss<strong>em</strong>os abordag<strong>em</strong> inicial paraque, certamente, ao longo do <strong>de</strong>bate, pudéss<strong>em</strong>osaprofundar nesse ou naquele ponto. O assunto não étão complexo, na sua formulação, que exija maiort<strong>em</strong>po. Então, vamos ficando por aqui dispostos arespon<strong>de</strong>r às perguntas que pu<strong>de</strong>rmos respon<strong>de</strong>r.Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Muito obrigado, Sr, Ministro, sua exposição foi sucinta,mas muita objetiva, como aliás costumam seras afirmações <strong>dos</strong> tucanos, <strong>de</strong>ntre os quais nos encontramos.O tucano é s<strong>em</strong>pre muito objetivo, muitoconciso.Antes <strong>de</strong> dar a palavra ao nosso Relafor, DeputadoHenrique Eduardo Alves, queria relacionar osParlamentares que se inscreveram para oferecerquesitos ao Ministro Pimenta da Veiga. São os Deputa<strong>dos</strong>Neiva Moreira, Dr. Rosinha, Luiz Moreira, VittorioMedioli, Oliveira Filho, Pedro Celso, Pastor Jorge,Rafael Guerra, Gilmar Machado, Pompeo <strong>de</strong> Mattos ea DepLitada Maria Elvira, Presi<strong>de</strong>nte da Comissão <strong>de</strong>Educação e Cultura e Desporto da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>.Vou-me permitir, para economia processual, <strong>de</strong>ferir,primeiramente, a palavra ao Deputado HenriqueEduardo Alves; <strong>de</strong>pois, far<strong>em</strong>os um conjunto <strong>de</strong> trêsquestões que serão submetidas ao Ministro.Concedo a palavra ao Deputado Henrique EduardoAlves.O SR. DEPUTADO HENRIQUE EDUARDOALVES - Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sr. Ministro Pimenta da Veiga,colegas Deputa<strong>dos</strong>, já que se falou <strong>em</strong> tucano,<strong>em</strong> PFL, logo no começo, quero dizer que o PMDBhoje não vai <strong>de</strong>senten<strong>de</strong>r-se com o PSDB - isso foiont<strong>em</strong>, principalmente à noite. Vamos fazer aqui umpossível entendimento, já que é matéria <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>importância. Esta Comissão trabalhou com prazosmuito exíguos. T<strong>em</strong>os que, na ~egunda-feira,o maistardar, apresentar nosso relatório <strong>de</strong> t<strong>em</strong>a <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>complexida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> imensas conseqüências, que mex<strong>em</strong>com interesses legítimos e ilegítimos, imediatistas,a longo prazo, enfim, tendo toda repercussão sobreo Brasil <strong>de</strong> hoje e o <strong>de</strong> amanhã.Quero elogiar aqui, Sr. Ministro, a maneira clara,muito objetiva, s<strong>em</strong> falsas habilida<strong>de</strong>s, como foramabordadas aqui por V. Exª questões tão polêmicas ecomplexas nesta Comissão. A começar por sua interpretaçãoe postura muito claras <strong>em</strong> relação à <strong>em</strong>enda,que aqui discutimos também, do ex-Deputado LaprovitaVieira, que tenta incluir, como <strong>em</strong>presas proprietárias<strong>de</strong> meios <strong>de</strong> comunicação, entida<strong>de</strong>s civiss<strong>em</strong> fins lucrativos.T<strong>em</strong> sido realmente um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>bate aqui.Não consegui ainda, como Relator, encontrar umpensamento médio <strong>de</strong>sta Comissão que satisfizesse,portanto, a todas as correntes que aqui legitimamente<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m posições diferentes. Mas, V. EXª aqui foimuito claro abordando posição, como Ministro dasComunicações, <strong>inteira</strong>mente contrária a esse tipo <strong>de</strong>participação, a esse tipo <strong>de</strong> concessão, se assim po<strong>de</strong>mosdizer.Sr. Ministro, faço uma primeira indagação. Comsua experiência e visão hoje <strong>de</strong> Ministro das Comunicações,V. Exª admite, para nos ajudar até no trabalhofinal, que haveria diferença, pequena ou gran<strong>de</strong>,entre o que se faz e o que se fala na imprensa escritae <strong>em</strong> radiodifusão e televisão? Seria razoável pensarmos<strong>em</strong> tratamentos diferencia<strong>dos</strong> por ser<strong>em</strong> mecanismos<strong>de</strong> origens diferenciadas, que têm, portanto,um campo <strong>de</strong> atuação, provocação e repercussão <strong>de</strong>opinião pública diferencia<strong>dos</strong> também?


27112 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999o cidadão <strong>de</strong>ve dirigir-se a .uma banca paracomprar um jornal, uma revista, escoihendo, diZendoo que quer diante da matéria, da propaganda, da reportag<strong>em</strong>do seu interesse, enquanto o rádio e a televisãotêm um caráter muito mais invasivo, envolvente,abrangente, porque entra <strong>em</strong> sua casa <strong>de</strong>pois doaperto <strong>de</strong> um botão, <strong>em</strong> que se t<strong>em</strong> várias opções,s<strong>em</strong> <strong>de</strong>mandar ato maior <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> e muito menos<strong>de</strong> esforço. Além disso, outra característica principalé a <strong>de</strong> que a imprensa escrita - o jornal ou a revista-,não é outorga, n<strong>em</strong> concessão do Governo, enquantoa radiodifusão, TV e rádio <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> concessãodo Govf=lrno. V. Ex ll enten<strong>de</strong> que há diferenciação quepo<strong>de</strong>ríamos aqui caracterizar e, assim, traduzi-Ia na<strong>em</strong>enda 'a ser aprovada?Sr. Ministro, quero permitir que os companheirosto<strong>dos</strong> particip<strong>em</strong>, já que a relação é longa. Nãoquero, por ser Relator, usar do privilégio para perguntartudo. Quero que to<strong>dos</strong> possam participar.Sr. Ministro, com relação ao que V. Exª ressaltouaqui do capital estrangeiro, indago-lhe se t<strong>em</strong> informações<strong>de</strong> que a participação <strong>de</strong>sse capital, <strong>em</strong>percentual <strong>de</strong> 30%, 20%, 15% ou 49%, só seria realmenteatrativo se tivesse direito a voto e não apenascapital <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa comercial, pessoa jurídica,visando participar <strong>de</strong> negócios com lucro, com r<strong>em</strong>uneraçãodo seu investimento, s<strong>em</strong> a capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> ser capital votante. V. Ex ll acredita, por convicçãoou por informações, que somente com direito a votoesse capital estrangeiro po<strong>de</strong>ria aportar <strong>em</strong> nossas<strong>em</strong>presas <strong>de</strong> comunicação?Ao concluir, eu faria a V. ExP duas indagações.Primeiro, Sr. Ministro, um reclamo <strong>de</strong>sta Comissão e<strong>de</strong>sta Casa, que é a instalação do Conselho <strong>de</strong> ComunicaçãoSocial. Esta Casa já a aprovou e, s<strong>em</strong> dúvida,se esse Conselho <strong>de</strong> Comunicação Social já tivessesido instalado, com o estímulo <strong>de</strong> V. Ex ll e dopróprio Governo, já teríamos b<strong>em</strong> facilitada nossa tarefa,.porque salvaguardas e mecanismos <strong>de</strong> cautela<strong>em</strong> matéria como essa seriam muito mais fáceis <strong>de</strong> ser<strong>em</strong>trabalha<strong>dos</strong>. Que tipo <strong>de</strong> colaboração po<strong>de</strong>ria darV. EXª, como Ministro, para que pudéss<strong>em</strong>os agilizar ainstalação do Conselho <strong>de</strong> Comunicação Social?E a outra pergunta é a respeito da discutida lei,chegando-nos aqui a informação <strong>de</strong> que o Governo af<strong>em</strong>eterájmas-s<strong>em</strong>pre há a <strong>de</strong>scrença <strong>de</strong> que isso~po<strong>de</strong> per<strong>de</strong>r-se no t<strong>em</strong>po, no espaço, sendo apenas.boa intenção do Governo, que é a lei <strong>de</strong> comunicação<strong>de</strong> massa. Essa seria, realmente, matéria muito importante,que nos daria muito mais tranqüilida<strong>de</strong> <strong>em</strong>relatar, <strong>em</strong> propor, <strong>em</strong> votar e <strong>em</strong> <strong>de</strong>cidir uma matériacomplexa como esta que estamos discutindo e ir<strong>em</strong>osvotar nos próximos dias. Como está, exatamente,a discussão da lei <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> massa equal é realmente a intenção do Governo <strong>de</strong> fazê-Iachegar ao Congresso Nacional?' .Eram essas a~ indagações que eu gostaria <strong>de</strong>fazer ao Sr. Ministro Pimenta da Veiga.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Sr. Ministro, V. Exª t<strong>em</strong> a palavra para respon<strong>de</strong>r aoDeputado Henrique Eduardo Alves.O SR. MINISTRO PIMENTA DA VEIGA - Agra<strong>de</strong>çoa participação do Relator, Deputado HenriqueEduardo, por várias razões. Primeiro, porque sou test<strong>em</strong>unhado seu <strong>em</strong>penho na condução <strong>de</strong>ssa relatoria,dã forma <strong>de</strong>dicada como está <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penhandoes.sa elevada função, e também porque o DeputadoHenrique Eduardo, não obstante sua imag<strong>em</strong>, sab<strong>em</strong>os,é um <strong>dos</strong> <strong>de</strong>canos <strong>de</strong>sta Casa.O SR. DEPUTADO HENRIQUE EDUARDOALVES - Tucano adora provocar o PMDB; não t<strong>em</strong>jeito.O SR. MINISTRO PIMENTA DA VEIGA - O DeputadoHenrique Eduardo, certamente, até se valendoda sua experiência, ultrapassa muito os limites<strong>de</strong>sta Comissão e faz um interrogatório'sobre toda aativida<strong>de</strong> do Ministério. Mas, com muito prazer, respon<strong>de</strong>reia essas questões.O SR. DEPUTADO HENRIQUE EDUARDOALVES - São matérias que nos tranqüilizarão <strong>em</strong> relaçãoà votação e ao resultado <strong>de</strong>ssa proposta <strong>de</strong><strong>em</strong>enda constitucional.O SR. MINISTRO PIMENTA DA VEIGA - Quantoà primeira indagação, o tratamento diferenciadopara rádio e televisão, radiodifusão, e para as <strong>em</strong>presas<strong>de</strong> jornais e revistas, <strong>de</strong>vo dizer que, <strong>em</strong> princípio,todas elas compõ<strong>em</strong> o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> comunicação nacional,e sab<strong>em</strong>os como isso é importante para umpaís, porque por intermédio da comunicação já se feza guerra e se faz a paz. Eu não faria diferença entreum e outro, mas trataria o assunto do mesmo modo,porque acho que, se há riscos na presença do capital<strong>em</strong> um setor, haverá no outro. Ou não há, e eles <strong>de</strong>v<strong>em</strong>ser trata<strong>dos</strong> <strong>de</strong> forma s<strong>em</strong>elhante.Quanto à questão do voto, se é indispensávelpara a presença do capital estrangeiro a possibilida<strong>de</strong>,ou seja, que-o capital seja com ações ordinárias,que dão direito a voto, ao invés das ações preferenciais,não tenho informação mais precisa a esse respeito.O que posso é apenas, no limite do bom senso,imaginar que, s<strong>em</strong> dúvida, a possibilida<strong>de</strong> do voto éum atrativo muito gran<strong>de</strong>, porque, <strong>de</strong> outro modq,isso funcionaria como mero investimento, e s<strong>em</strong>pre


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27113haverá setores mais atraentes para meros investimentosfinanceiros do que esse da radiodifusão.A terceira questão é quanto ao Conselho <strong>de</strong> ComunicaçãoSocial. Quero informar ao Deputado HenriqueEduardo que esse assunto, segundo informaçõesque tenho, está sob exame do Senado Fe<strong>de</strong>rale, portanto, ultrapassa os limites do Executivo, especialmentedo Ministério das Comunicações. Mas, porigual, consi<strong>de</strong>ro importante a aplicação do dispositivoconstitucional, do art. 224, e a integração, no menorprazo possível, <strong>de</strong>sse conselho.O quarto e último ponto é a questão da lei <strong>de</strong> comunicaçãoeletrônica <strong>de</strong> massas. Essa é, s<strong>em</strong> dúvida,a principal priorida<strong>de</strong> hoje do Ministério. Quandoassumimos, tínhamos diversas priorida<strong>de</strong>s, entreelas, essa. Já resolv<strong>em</strong>os algumas e estamos com otexto básico <strong>de</strong>ssa já pronto e <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os iniciar, <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> mais uma ou duas s<strong>em</strong>anas, roteiro <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates noPaís inteiro. Pretendíamos que o projeto pu<strong>de</strong>ssechegar a este Congresso neste s<strong>em</strong>estre, mas infelizmentefoi <strong>de</strong> todo impossível. O projeto só <strong>de</strong>verá serenviado pelo Presi<strong>de</strong>nte no início do segundo s<strong>em</strong>estre..Mas, acho que o atraso <strong>de</strong> algumas s<strong>em</strong>anas,qu<strong>em</strong> sabe, n<strong>em</strong> mesmo po<strong>de</strong>rá ser' classificadocomo atraso, tendo ém vista que o t<strong>em</strong>po está sendogasto para <strong>de</strong>bate mais aprofundado, fazendo comque, certamente, o projeto chegue a esta Casa commelhor qualida<strong>de</strong> do que se estivéss<strong>em</strong>os p'resosapenas à velocida<strong>de</strong> do.t<strong>em</strong>po.Portanto, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os promover esse <strong>de</strong>bate.Como disse, iniciando nos próximos <strong>de</strong>z ou quinzedias, vamos a todas as regiões do País, a diversasCapitais, para que possamos, no correr do mês <strong>de</strong> julho,durante o recesso, chegarmos ao texto <strong>de</strong>finitivoe, aí sim, submetê-lo ao Presi<strong>de</strong>nte, que o enviará aoCongresso no início <strong>de</strong> agosto. Pelo menos, é essanossa intenção.O S.R. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Muito obrigado, Ministro. Pergunto ao DeputadoHenrique Eduardo Alves se gostaria <strong>de</strong> compl<strong>em</strong>entaralgum quesito.O SR. DEPUTADO HENRIQUE EDUARDOALVES - Não. Gostaria <strong>de</strong> ouvir os companheiros daComissão. .O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Muito b<strong>em</strong>.S<strong>em</strong> mais <strong>de</strong>longas, vamos convidar os Depu­. ta<strong>dos</strong> Neiva Moreira, Dr. Rosinha e Luiz Moreira aapresentar<strong>em</strong> as suas questões.Solicito aos Srs. Deputa<strong>dos</strong> que sejam breves<strong>em</strong> suas exposições, a fim <strong>de</strong> que to<strong>dos</strong> os doze inscritospossam ter a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se expressar.Com a palavra o Deputado Neiva Moreira.O SR. DEPUTADO NEIVA MOREIRA - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,Sr. Ministro, os argumentos que aqui tenhoouvido <strong>em</strong> favor <strong>de</strong>ssa <strong>em</strong>enda ainda não foram suficientespara me coiwencer <strong>de</strong> que ela é útil aos interessesnacionais. Pelo contrário, cada dia fortaleçomais a opinião <strong>de</strong> que estamos trabalhando sobre umprojeto ruinoso, que vai provocar muitas discussões <strong>em</strong>uitos probl<strong>em</strong>as futuros.Primeiro, os argumentos apresenta<strong>dos</strong> a favorda <strong>em</strong>enda mostram que há um clima


27114 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999inovador. E inova Minas Gerais. Não reputo que sejaisso da velha tradição mineira, mas po<strong>de</strong> ser da novae melhor tradição mineira. Acho que S. Ex ll foi muitoobjetivo com a sua responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> chegar nesseponto. .Não acho, por ex<strong>em</strong>plo, que os valores <strong>de</strong> 30%ou <strong>de</strong> 20%... Melhora, Sr. Ministro, mas 20% é diferente<strong>de</strong> 30% e muito menos com as notícias que corr<strong>em</strong>por aí <strong>de</strong> que o relatório nosso iria elevar o percentualpara 49%. Se for 49%, por que não abre logopara eles vir<strong>em</strong> para cá e se apossar<strong>em</strong> das <strong>em</strong>presasjornalísticas brasileiras?É uma ressalva importante, <strong>em</strong>bora V. Ex ll saibaque, muitas vezes, capitais estrangeiros que possu<strong>em</strong>5% <strong>de</strong> uma <strong>em</strong>presa acabam dominando. Conheço<strong>em</strong>presas brasileiras <strong>em</strong> que .os capitalistas, algunssócios, têm apenas 8% ou 9%, mas dominam as<strong>em</strong>presas por manobras internas, associações, alianças.V. Ex ll reputa um aporte importante na melhoranálise <strong>de</strong>sse probl<strong>em</strong>a. Consi<strong>de</strong>ro também importantea questão <strong>de</strong> reservar para brasileiro. Como éque o tailandês chega aqui e compra as ações <strong>dos</strong>gran<strong>de</strong>s jornais e começa a impor a nossa cultura, sobretudocom o probl<strong>em</strong>a cultural brasileiro, táticas,normas ou propósitos que não correspon<strong>de</strong>m aospropósitos do povÇ) brasileiro. Isso é querer misturar ocomércio <strong>de</strong> frutas com algo <strong>de</strong> tamanha gravida<strong>de</strong>,que é o probl<strong>em</strong>a <strong>dos</strong> meios <strong>de</strong> comunicação do nossoPaís.Finalmente, felicito o Sr. Ministro pela sua posição.Acho que ela contribui para Lima análise maisclara, mais lógica e mais patriótica do probl<strong>em</strong>a dacomunicação no Brasil.No entanto, Sr. Ministro, não é uma pergunta,mas é uma sugestão. Há poucos dias, nesta Comissão,disse que <strong>de</strong>veríamos ter cuidado com essaquestão. Imagine V. Ex il que cinco ou seis, parece-meque só são seis jornais que, por fora, estão <strong>de</strong> olho nocontrole da situação. São 2 mil e 500 jornais brasileiros,mas não creio que nenhum <strong>de</strong>les - pequenas revistas,pequenos jornais - atraia ou interess<strong>em</strong> aoscapitais brasileiros.Digamos, por ex<strong>em</strong>plo, que a Volkswagen, aCoca-Cola, a Mitsubishi, a IBM, tenham capitaisnuma <strong>em</strong>presa brasileira. Posso assegurar a V. Exl!que ainda espero ter vida por muitos anos para dizerao povo que <strong>de</strong>ve chamar o jornal da Coca-Cola, nãomais um jornal tradicionalmente ligado aos interessesnacionais. E ele, inevitavelmente, vai assumir essasresponsabilida<strong>de</strong>s perante um círculo <strong>de</strong> leitores eouvintes, Sr. Ministro - V. Ex!! sabe -, cada vez maisexigente.Dizia, há poucos dias, que o <strong>de</strong>bate que estamostravando sobre essa lei veio num momento ina<strong>de</strong>quado.Há um esforço gran<strong>de</strong> das <strong>em</strong>presas brasileiras- sou crítico e meio cético da sua linha editorial- <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r mais aos interesses do leitor. Isso é evi<strong>de</strong>nte.Não significa que está o quadro <strong>de</strong> leitores noPaís capaz <strong>de</strong> influir na orientação <strong>dos</strong> gran<strong>de</strong>s jornais.Nessa hora é que se v<strong>em</strong> querer <strong>de</strong>struir a conquistado povo brasileiro ou mutilá-Ia, po<strong>de</strong>mos assimdizer, com uma presença <strong>de</strong> capital estrangeiro <strong>inteira</strong>menteina<strong>de</strong>quada.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Deputado Neiva Moreira, com o maior respeito, l<strong>em</strong>broa V. Ex!! que o seu t<strong>em</strong>po regimental <strong>de</strong> cinco minutosjá extrapolou um minuto.O SR. DEPUTADO NEIVA MOREIRA - Encerrando,acho, por ex<strong>em</strong>plo, que o Ministério das Comunicaçõespo<strong>de</strong>ria fazer com que o BNDES, ao invés<strong>de</strong> dar dinheiro para o Banco Marka e outros mais- to<strong>dos</strong> os dias vejo isso nas manchetes, não precisoatuar com habilida<strong>de</strong>s ou falta <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s para dizerque tenho conhecimento do assunto -, po<strong>de</strong>riaabrir linhas <strong>de</strong> créditos para esses jornais que se encontram<strong>em</strong> dificulda<strong>de</strong>s. Então, elas reflet<strong>em</strong> as dificulda<strong>de</strong>sgerais do País.Só dando um ex<strong>em</strong>plo final, há dois ou trêsanos, as <strong>em</strong>presas suecas entraram <strong>em</strong> crise. O Governosueco não foi chamar o Mur<strong>dos</strong>h... (ininteligível),da Austrália, para solucionar seus probl<strong>em</strong>as.Ele abriu um crédito -li que iria abrir. Não sei se o fez- com 200 milhões <strong>de</strong> dólares para aten<strong>de</strong>r aos jornais,inclusive o jornal da Oposição, porque eles achamque uma imprensa in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte é fundamental aopaís.No Uruguai e no México, quando lá estive - nãohá motivos para discutir quanto t<strong>em</strong>po -, a lei obriga ater eqüida<strong>de</strong> nas publicida<strong>de</strong>s para que se garanta ain<strong>de</strong>pendência do setor. Quer<strong>em</strong>os aqui garantir a in<strong>de</strong>pendência<strong>dos</strong> nossos jornais, atraindo o capitalestrangeiro.Felicito-me, sobretudo com V. Ex ll , Sr. Ministro,por alguns peca<strong>dos</strong> que V. Exl! possa vir a ter na vidapública, com os quais não concordo, é um direito e<strong>de</strong>duzirei <strong>de</strong>les essa presença patriótica <strong>de</strong> V. Ex ll • O<strong>de</strong>bate <strong>de</strong> hoje não é pecado. Coloco na coluna dohaver, porque ajuda a clarear a situação política donosso País.Agra<strong>de</strong>ço a V. Exl! a presença, até corajosa, <strong>de</strong>vidoàs enormes pressões que se faz<strong>em</strong> para queaceit<strong>em</strong>os esse projeto.


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27115O SR. PRESIDENTE '(Deputado Ayrton Xerêz) - Gostaria <strong>de</strong> fazer pequenas consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong>n-Agra<strong>de</strong>ço ao Deputado Neiva Moreira a colaboração. tro do t<strong>em</strong>po permitido. Primeiro, é para justificar o pro-Com a palavra o Deputado Dr. Rosinha.jeto do Deputado Laprovita Vieira, porque ele foi inicial.Solicito a V. Ext que se cinja ao limite <strong>de</strong> três mi- Tive a oportunida<strong>de</strong> - e vou ter que repetir, porque senutos.trata <strong>de</strong> um convidado ilustre, e sua opinião seria muitoO SR. DEPUTADO DR. ROSINHA - Sr. Minis- importante para um julgamento fora <strong>de</strong> qualquer outratro, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong>mais colegas, não tenho conhe- colocação -, na última audiência, <strong>de</strong> falar com os prócimentotão profundo, como outros colegas, mas <strong>de</strong>- prios representantes da CNBB sobre o que aconteceusejo fazer algumas perguntas, feitas anteriormente a <strong>em</strong> Salvador. Acho que ainda continua.outros expositores, mas não obtive resposta, até por- A Rádio Excelsior, <strong>de</strong> Salvador, é consi<strong>de</strong>radaque estamos discutindo a questão <strong>de</strong> capital. Não da Igreja Católica, através <strong>de</strong> cotas que existia, na priqueroentrar na questão i<strong>de</strong>ológica, se é isso ou aqui- meira época. Ali esteve comigo - eu era o diretor dolo. Mas quero fazer algumas perguntas para ter uma Dentel -, o Car<strong>de</strong>al Dom Avelar Brandão Vilela, didimensão<strong>de</strong> qual é esse capital circulante que existe zendo que aquelas cotas majoritárias não pertenciamno mundo com essa finalida<strong>de</strong>.a ele propriamente, mas à posição que obtinha naQual é mais ou menos o capital das gran<strong>de</strong>s igreja. Não só pela transferência ou pelo falecimento,<strong>em</strong>presas, hoje, no mundo todo, que executam esse . <strong>de</strong>veriam ser passadas para o seu sucessor. De fato,tipo <strong>de</strong> investimento? Caso aprovada a concessão <strong>de</strong> ocorreu que o Car<strong>de</strong>al D. Lucas Moreira Neves, quecapital estrangeiro, qual é a perspectiva <strong>de</strong> entrada veio a sucedê-lo, esteve comigo, e essas transferên<strong>de</strong>ssecapital no nosso País? Sobre essa perspectiva cias se foram fazendo.<strong>de</strong> entrada, não teria, <strong>de</strong>ntro do nosso País, nenhum Acho que a posição do Deputado, hoje Estaduoutro<strong>em</strong>presário, <strong>de</strong> uma outra área, que <strong>de</strong>sejaria in- ai, Laprovita Vieira, foi no sentido <strong>de</strong> que casos <strong>de</strong>ssevestir na área <strong>de</strong> comunicação? E o que é que neces- porte pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> ser da<strong>dos</strong> a entida<strong>de</strong>s civis s<strong>em</strong> finssitaria para se fazer esse investimento, se não é uma lucrativos, porque até resguardava aquela concessãoquestão, hoje, <strong>de</strong> barreira legislativa, legal? Se for bar- no sentido da proprieda<strong>de</strong>. No meu enten<strong>de</strong>r, ela nãoreira legal, po<strong>de</strong>-se fazer esse tipo <strong>de</strong> mudança. teria fins lucrativos no sentido <strong>de</strong> obter ou auferir lu-Na área <strong>de</strong> comunicação, se invisto tanto <strong>em</strong> di- cro. Seria reinvestir <strong>de</strong>ntro do próprio processo, s<strong>em</strong>nheiro, qual o retorno <strong>de</strong> capital ,<strong>em</strong> percentual: mais fins lucrativos, e traria a garantia <strong>de</strong> que aquela conoumenos, que se espera? Qual é a perspectiva <strong>de</strong>s- cessão não po<strong>de</strong>ria ser transmitida a pessoas que,se retorno nos próximos anos? Po<strong>de</strong>r<strong>em</strong>os medir, a amanhã ou <strong>de</strong>pois, pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> dar-lhe um outro <strong>de</strong>stipartirdisso, o interesse ou não do capital 'nacional, . no ou a pessoa não tivesse o comportamento <strong>de</strong>ssescomo o do estrangeiro, <strong>de</strong> para cá vir. Qual a posição car<strong>de</strong>ais.do Ministério no que diz respeito à cláusula <strong>de</strong> barrei- Esse é um fato que ocorreu. V. Ex l citou muitora no sentido <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> for dono da televisão não ser o b<strong>em</strong> a questão das TV educativas. Só que a TV edudonodo rádio ou do jornal? Nesse sentido é que falo cativas, hoje, como V. Ex l sabe, têm, através <strong>de</strong> uma<strong>de</strong> colocar essas cláusulas <strong>de</strong> barreira. Como esse medida provisória do nosso· Presi<strong>de</strong>nte Fernandot<strong>em</strong>~ capital, na área <strong>de</strong> comunicação, t<strong>em</strong> sido dis- Henrique Car<strong>dos</strong>o, uma conotação <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong>cutido na organização mundial do comércio? Como é incentivos culturais para ser<strong>em</strong> aplica<strong>dos</strong> <strong>em</strong> açõesque se dá esse <strong>de</strong>bate nesse setor? Qual é a postura sociais. Então, é um novo <strong>de</strong>stino, porque antigamen<strong>dos</strong>Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> da América <strong>em</strong> respeito a capital te n<strong>em</strong> isso po<strong>de</strong>ria ser feito com as TV educativas.estrangeiro para ser investido lá para termos um pa- Estou apenas citando, porque me parece querâmetro? Eles aceitam ou não, e como trabalham os esse foi o pensamento do Deputado Laprovita Vieira,<strong>de</strong>mais países do mundo nesse sentido? Eles exig<strong>em</strong> que t<strong>em</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r acabar com essa forreciprocida<strong>de</strong>ou não nesses investimentos?ma, que não é a verda<strong>de</strong>ira.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz) A minha pergunta a V. Ex l seria a seguinte: V.- Obrigado, Deputado Dr. Rosinha. EXª <strong>de</strong>clarou, per<strong>em</strong>ptoriamente, que é a favorávelCom a palavra o Deputado Luiz Moreira. aos 20%.OSR. DEPUTADO LUIZ MOREIRA-Sr. Presi- Tenho-me batido aqui e, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira vez,<strong>de</strong>nte, Sr. Relator, meus companheiros, Sr. Ministro, perguntei ao nosso Relator porque não elevarmosV. Ex ll foi brilhante na objetivida<strong>de</strong> do t<strong>em</strong>a. Em pou- para 49%, contrariamente ao nosso nobre Deputadocos minutos, esgotou as dúvidas que po<strong>de</strong>riam cons- Neiva Moreira. As TV a cabo jásão assim. As concestar<strong>em</strong> nossas mentes.sionárias <strong>de</strong> telefonia já ag<strong>em</strong> assim. Então, já t<strong>em</strong>os


27116 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999- não quero dizer jurisprudência-, um patamar nesseparticular.E o outro particularé a questão da <strong>em</strong>presa nacional,que foi modificada com a <strong>em</strong>enda constitucional,permitindo que as <strong>em</strong>presas estrangeiras possamter até 49%, <strong>de</strong>ntro daqueles preceitos. É lógicoque to<strong>dos</strong> nós t<strong>em</strong>os a preocupação <strong>de</strong> que ocorra diferente.Para concluir, também concordo com a opiniãodo nosso Relator, Deputado Henrique Eduardo Alves,<strong>de</strong> que essa comunicação <strong>em</strong> massa é importante,uma vez que essa Lei n ll 4.117 já está mais do que ultrapassada.Vindo para cá, certamente, englobar<strong>em</strong>osto<strong>dos</strong> esses segmentos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma lei única,o que po<strong>de</strong>ria facilitar o procedimento.No mais, eu queria apenas concordar com V.ExA, que, como disse tão b<strong>em</strong>, o probl<strong>em</strong>a do Conselho<strong>de</strong> Comunicação Social já não é do Governo. Está<strong>em</strong>perrado no Senado. De fato, até a nossa Comissão<strong>de</strong> Tecnologia, Comunicação e Informática, atravésda Presidência, já fez contatos com o DeputadoMichel T<strong>em</strong>er para que o Senado faça ir adiante oConselho, <strong>em</strong>bora eu ache, por ex<strong>em</strong>plo, que, nocontexto, esse Conselho po<strong>de</strong>rá ter uma posição muitoimportante como órgão auxiliar que é <strong>de</strong>ntro daConstituição, mas não um órgão <strong>de</strong>liberativo. É apenasum órgão que vai auxiliar o Congresso Nacional.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Obrigado, Deputado Luiz Moreira.Com a palavra, o Sr. Ministro Pimenta da Veiga.O SR. MINISTRO PIMENTA DA VEIGA-Inicialmente,respondo às questões postas pelo DeputadoNeiva Moreira, cuja história política e pessoal <strong>de</strong>veser s<strong>em</strong>pre por nos reverenciada.Quero iniciar dizendo que é inegável a boa qualida<strong>de</strong>da nossa imprensa, sobretudo na área <strong>de</strong> radiodifusão.Parece-me que é um <strong>de</strong>ver meu, como Ministrodas Comunicações, atestar que a nossa televisãocomercial está entre as <strong>de</strong> melhor nível no mundo.Portanto, indispensável não é a abertura. V. Ex!!t<strong>em</strong> razão. As questões postas aqui <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser refletidas:se haverá reciprocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento, se issoserá uma das questões que a lei <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar.Mais duas questões V. Ex ll levanta: a <strong>dos</strong> <strong>em</strong>préstimosoficias, citando o caso da Suécia, e a questão <strong>de</strong>com uma pequena participação do capital se po<strong>de</strong>rcontrolar a <strong>em</strong>presa. .Quanto à questão <strong>dos</strong> <strong>em</strong>préstimos oficiais, <strong>de</strong>vodizer que, ao longo da história brasileira, órgãos da imprensatêm obtido financiamentos <strong>em</strong> organismos públicos,mas não acho que essa <strong>de</strong>va ser uma política<strong>de</strong> Governo. Portanto, é um assunto que t<strong>em</strong> que sertratado, no mínimo, com absoluta transparência.Com relação à outra questão, a d~ possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> uma pequena parcela do capital dominar a administraçãoda <strong>em</strong>presa, quero dizer que, neste caso,não me parece possível que aconteça, pelo menos<strong>de</strong>ntro do mo<strong>de</strong>lo que expus aqui, que seria "80% daproprieda<strong>de</strong> para brasileiros natos e apenas 20%para <strong>em</strong>presa jurídica, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>ria haver a presença<strong>de</strong> capital estrangeiro. Portanto, nesta hipótese,não vejo como, mesmo que a <strong>em</strong>presa tenha os 20%<strong>de</strong> capital estrangeiro, possa ela ter uma dominaçãona orientação da <strong>em</strong>presa, no controle da <strong>em</strong>presa.Quanto às manifestações do Deputado Dr. Rosinha,t<strong>em</strong>o não po<strong>de</strong>r respon<strong>de</strong>r as suas perguntasou, pelo menos, à maioria <strong>de</strong>las, porque não tenho informaçõesa respeito.V. Ex ll pergunta: qual é o capital das <strong>em</strong>presas<strong>de</strong> informação <strong>de</strong>ssa área <strong>de</strong> cGl11unicação no mundoe que parcela po<strong>de</strong> vir para o Brasil? Devo dizer quesão muitos milhões, mas não sei exatamente qual omontante e n<strong>em</strong> posso avaliar o percentual que encontreatrativos nas <strong>em</strong>presas brasileiras. Perguntaainda V. Ex!! se não haveria capitais nacionais, ao invés<strong>de</strong> capitais estrangeiros, para fazer essas associações?Eu ácho que po<strong>de</strong> haver, mas isso não impe<strong>de</strong>que haja a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> presença <strong>de</strong> capital estrangeiro.Portanto, exist<strong>em</strong> capitais que se têm associadoa investidores que participam <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas <strong>de</strong>comunicação, mas esta nova alternativa não me parece<strong>de</strong>masia.Pergunta ainda a V. Ex! qual o rendimento <strong>de</strong>ssecapital investido? Isso vai variar. Se o investidoroptar por uma <strong>em</strong>presa <strong>de</strong> boa condição comercial efinanceira, terá um rendimento, se optar por salvaruma <strong>em</strong>presa <strong>em</strong> dificulda<strong>de</strong>, é evi<strong>de</strong>nte que o rendimentoserá muito menor.V. Ex ll pergunta também sobre o que chama <strong>de</strong>cláusula <strong>de</strong> barreira. Se é possível que um mesmogrupo tenha jornal, rádio, televisão, revista. Não vejoinconveniente nisso. Acho que essa é uma questão<strong>de</strong> competência <strong>em</strong>presarial, porque, por ex<strong>em</strong>plo: seuma <strong>em</strong>presa t<strong>em</strong> um pequeno jornal no interior, umarádio numa outra cida<strong>de</strong> e uma televisão numa terceiracida<strong>de</strong>, não me parece que isso possa representarnenhum risco, ao mesmo t<strong>em</strong>po, como permite a legislaçãobrasileira, admitirmos re<strong>de</strong>s nacionais <strong>de</strong> televisão,que, s<strong>em</strong> dúvida, são o que há <strong>de</strong> mais forte,<strong>em</strong> termos <strong>de</strong> comunicação. Portanto, se é possívelhaver re<strong>de</strong> nacional <strong>de</strong> televisão comercial, não me


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27117preocupa se algum grupo, além <strong>de</strong> televisão e rádio,possa ter também jornal e revista.A última pergunta <strong>de</strong> V. Ex l é: qual o procedimento<strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>? Eu não conheço profundamentea legislação americana. Mas o que sei éque, na prática, quanto a investimentos estrangeiros- é nesse sentido que tomo a pergunta <strong>de</strong> V. Ex l -, háuma exigência <strong>de</strong> reciprocida<strong>de</strong> para investimento <strong>de</strong>capital estrangeiro. Só seria aceito investimento <strong>de</strong>nacionais <strong>de</strong> países que permit<strong>em</strong> investimentosamericanos no setor <strong>de</strong> comunicações. Portanto,essa parece que é a condição da lei americana.Por fim, quero respon<strong>de</strong>r ao Deputado Luiz Moreira,que, entre outros méritos, t<strong>em</strong> o-<strong>de</strong> ser Relator<strong>de</strong> uma das mais importantes leis <strong>em</strong> tramitação nestaCasa, que é a Lei do. Funtel, que, aliás, toma onome por sugestão do próprio Deputado.V. Ex l volta à questão das entida<strong>de</strong>s s<strong>em</strong> fins lucrativos.Devo dizer que me parece que não foi propriamenteuma pergunta. Acho que a minha posição arespeito ficou clara. O próprio argumento levantadopor V. ExI reforça o meu entendimento, porque, mesmono caso mencionado da Igreja Católica, o fato <strong>de</strong>um padre, um bispo ou um car<strong>de</strong>al ter a concessãodurante alguns anos e <strong>de</strong>pois transferi-Ia por mudança<strong>de</strong> posto ou por morte prova que não é necessáriocriar-se um novo sist<strong>em</strong>a. É possível que fique comoestá. Não há nenhum probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> se fazer a transferênciaquando solicitada, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que atendi<strong>dos</strong> os requisitoslegais.V. Ex ll fala ainda sobre os 20%, argumentandoque t<strong>em</strong> <strong>de</strong>fendido que esse montante po<strong>de</strong>ria chegara 49%. Devo dizer que a minha posição não é <strong>de</strong>20%, mas até 20%. A lei disporá se <strong>de</strong>ve ser 1S, 18, S,10,20%. Parece-me que <strong>de</strong>veríamos ter, no mínimo,esta fase probatória. Para V. Ex ll , que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> 49%,eu diria que <strong>de</strong>ve haver, pelo menos, a fase probatória.Consi<strong>de</strong>ro que não há, <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> conduçãodo País, nada mais importante do que o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong>comunicação.É possível errar na indústria. O País terá umprejuízo, mas po<strong>de</strong>rá recuperar-se. É possível errarna agricultura da mesma forma, mas, no sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong>comunicação, não. Se fizermos um mo<strong>de</strong>lo infeliz, dificilmenteter<strong>em</strong>os uma forma <strong>de</strong> nos recuperar. Portanto,mesmo para aqueles que enten<strong>de</strong>m que po<strong>de</strong>ser mais, não atrapalha <strong>em</strong> nada se fizermos um estágiocom 20%. Se adotado esse estágio e, ao cabo<strong>de</strong> alguns anos, ficar provado que não surgiu nenhuminconveniente, isso po<strong>de</strong> ser elevado.Para o meu gosto, 20% seria uma marca pormuito t<strong>em</strong>po, talvez até <strong>de</strong>finitiva, mas, como háqu<strong>em</strong> <strong>de</strong>fenda, como V. Exª, que po<strong>de</strong> ser mais, querosugerir que se adote esse <strong>de</strong>grau. Se tudo funcionarb<strong>em</strong>, muda-se adiante. Se não funcionar, o prejuízonão é irrecuperável. Quero insistir nisso: não épossível agir na dúvida nesta matéria. Fazermoscrescer essa participação s<strong>em</strong> convicção é perigoso.Portanto, não obstante o respeito que tenho pelasopiniões <strong>de</strong> V. Ex l , fico com os meus até 20%.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Muito obrigado, Sr. Ministro.Vamos ouvir a Deputada Maria Elvira e os Deputa<strong>dos</strong>Vittorio Medioli e Oliveira Filho. Peço brevida<strong>de</strong>nas perguntas para economia processual.Passo a palavra à Deputada Maria Elvira.A SRA. DEPUTADA MARIA ELVIRA - Sr. MinistroPimenta da Veiga, Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Comissão,Deputado Ayrton Xerêz, meu companheiro <strong>de</strong> PMDB,Deputado Henrique Eduardo Alves, estou nesta Comissão,<strong>em</strong>bora não pertença a ela, por vários motivos.Um <strong>de</strong>le é para rever o Sr. Ministro. Para os quenão sab<strong>em</strong>, t<strong>em</strong>os o mesmo sangue. Somos Veiga, lá<strong>de</strong> Neponuceno, Minas Gerais, <strong>de</strong> parti<strong>dos</strong> diferentes,mas com o mesmo sangue nas veias. Eu s<strong>em</strong>prefui admiradora da sua inteligência e do seu elevadoespírito público.Dois motivos me traz<strong>em</strong>, além <strong>de</strong>sse, à Comissão.Primeiro, uma posição pessoal, que t<strong>em</strong> muito aver, talvez, com a <strong>de</strong>sconfiança <strong>dos</strong> mineiros, que viv<strong>em</strong>entre montanhas, e um pouco da intuição f<strong>em</strong>inina,que s<strong>em</strong>pre teve um caráter diferente.Sinceramente, não consigo visualizar muito oporquê da presença, da busca ou da necessida<strong>de</strong> docapital estrangeiro nos nossos veículos <strong>de</strong> comunicação.Quando se fala <strong>de</strong> telecomunicações, até dápara aceitarmos um pouco, <strong>em</strong>bora esta seja umaquestão polêmica, mas, <strong>em</strong> relação aos veículos <strong>de</strong>comunicação, como b<strong>em</strong> disse oDeputado HenriqueEduardo Alves, são veículos invasivos, veículos queentram no nosso quarto <strong>de</strong> dormir, veículos que penetramna cabeça das nossas crianças. Realmente,como mulher, como mãe, tenho muita <strong>de</strong>sconfiança,mas, mesmo assim, consi<strong>de</strong>ro sábia a sua visão aquiexposta <strong>dos</strong> 20%. Creio que até 20%, com muita dificulda<strong>de</strong>,dá até para analisarmos. Mais do que issonos parece uma t<strong>em</strong>erida<strong>de</strong>.Ao falar disso, gostaria <strong>de</strong> trazer o principal motivoda nossa presença aqui hoje. Vejo colegas daComissão <strong>de</strong> Educação, como os Deputa<strong>dos</strong> GilmarMaci"ado e Pastor Oliveira, neste momento, companheirose companheiras DeputadR.8, preocupa<strong>dos</strong>com a questão da televisão no nosso País, o que nãoé nenhuma novida<strong>de</strong>.-Só que t<strong>em</strong>os uma certa dificul-


27118 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999da<strong>de</strong> <strong>de</strong> abordar esse t<strong>em</strong>a, porque envolve a questão<strong>dos</strong> direitos humanos, a questão da comunicação,a questão da educação e da cultura.Mas a verda<strong>de</strong>, Sr. Ministro, é que quer<strong>em</strong>ospropor uma· parceria. Estamos incomoda<strong>dos</strong> com olixo que estamos recebendo nas nossas casas to<strong>dos</strong>os dias, <strong>de</strong>ntro da luta pelo Ibope, da luta por saturarmais, com comerciais mais caros e <strong>de</strong> ter os melhoresanunciantes. As nossas crianças, a nossa família, anossa cultura, a nossa educação está sendo profundamenteprejudicada pela péssima, pela baixa qualida<strong>de</strong>,não técnica, porque, <strong>em</strong> matéria <strong>de</strong> tecnologia,a nossa televisão é excepcional. Os nossos comerciaissão os mais bonitos, inclusive ganham até prêmios,mas o que estamos aturando com esses programas<strong>de</strong> domingo, como esses absur<strong>dos</strong>, inclusive,pornografia <strong>em</strong> horários nobres. Não sou puritana.Apenas estou trazendo a minha preocupação <strong>de</strong> educadora.Achamos que a socieda<strong>de</strong> brasileira precisater o controle social <strong>dos</strong> veículos <strong>de</strong> comunicação, oque e não está ocorrendo.Hoje, <strong>de</strong>ntro do nosso sist<strong>em</strong>a capitalista, através,<strong>dos</strong> nosso Governos, damos para terceiros umaconcessão pública que é nossa, que pertence aopovo brasileiro. Esses veículos estão sendo usa<strong>dos</strong>para <strong>de</strong>seducar as nossas crianças. Gastamos um dinheiroenorme para buscar uma boa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino<strong>de</strong> primeiro grau, <strong>de</strong> segundo grau, ensino fundamentai,ensino infantil, ensino especial, ensino universitárioe v<strong>em</strong> a televisão e o rádio, eventualmentetambém, <strong>de</strong>seducar, quer"dizer, <strong>de</strong>strói todo o trabalhoque nós, educadores, t<strong>em</strong>os tentado fazer nestePaís, no sentido <strong>de</strong> incentivar, <strong>de</strong> acabar com o analfabetismo,combater a evasão, combater a repetência.Muito pouco a televisão faz, a não ser, claro, oscanais educativos e alguns lampejos <strong>dos</strong> programastelevisivos.Sr. Ministro, como conheço a sua sensibilida<strong>de</strong>,mineira, e a sua inteligência, gostaríamos que o Ministériodas Comunicações, qu<strong>em</strong> sabe, a partir <strong>dos</strong>egundo s<strong>em</strong>estre, nos ajudasse. Inclusive, a nossaComissão vai instalar, no segundo s<strong>em</strong>estre, umasubcomissão especial para tratar <strong>dos</strong> programas televisivos.Trar<strong>em</strong>os aqui alguns representantes <strong>de</strong> canais.Esta Casa, que é a Casa do povo brasileiro, t<strong>em</strong>que se preocupar com isso, sim.Sr. Ministro, como a televisão brasileira e o rádioestão sendo usa<strong>dos</strong> como instrumento <strong>de</strong> soberanianacional, nós, os educadores <strong>de</strong>ste País, estamosprofundamente preocupa<strong>dos</strong> com o caráter lesivo dasprogramações <strong>de</strong>sses veículos e gostaríamos que V.Exª vestisse essa camisa, comprasse essa briga, porqueefetivamente t<strong>em</strong>os que encontrar uma solução.Muito obrigada.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz) .- Obrigado, Deputada Maria Elvira.Com a palavra o Deputado Vittorio Medioli.O SR. DEPUTADO VITTORIO MEDIOLI- Sr.Ministro Pimenta da Veiga, assistimos, há anos, a dificulda<strong>de</strong>que o setor <strong>de</strong> comunicação no Brasil v<strong>em</strong>enfrentando para se capitalizar e para enfrentar o <strong>de</strong>safioda mo<strong>de</strong>rnização e até da sobrevivência, fatoesse que implica, nesses últimos meses, gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>pregono setor jornalístico.T<strong>em</strong> ocorrido, nas maiores capitais do País, ofechamento <strong>de</strong> jornais, <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> comunicação,<strong>de</strong>ixando na rua da amargura gran<strong>de</strong>s profissionais ejornalistas. Parece-nos que o ex<strong>em</strong>plo protagonizadopela Re<strong>de</strong> Manchete, que há cerca <strong>de</strong> nove anos estátentando encontrar uma parceria, um sócio ou até umcomprador <strong>de</strong> suas instalações, v<strong>em</strong> enfrentando dificulda<strong>de</strong>s,s<strong>em</strong> possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conduzir a bom termoessas negociações.O Sr. Ministro disse que 20% seria um percentualcom direito a votos, seria uma participação suficientee estratégica para que os grupos <strong>de</strong> comunicação,hoje, no Brasil, pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> receber uma injeção <strong>de</strong> capitalexterno. A meu ver, Sr. Ministro, acho que não ésuficiente. O atrativo é mo<strong>de</strong>sto, <strong>em</strong> face da gravida<strong>de</strong>da situação que enfrenta o setor <strong>de</strong> comunicação,seja ele televisionado, o <strong>de</strong> rádio ou a imprensa escrita.Em face disso, gostaria que o Sr. Ministro, tambémpara sintetizar o meu pronunciamento, nos informassese exist<strong>em</strong> alguns da<strong>dos</strong> ou estatísticas sobre ograu <strong>de</strong> endividamento <strong>dos</strong> maiores grupos brasileiros<strong>de</strong> comunicação. Se exist<strong>em</strong>, que o Sr. Ministro<strong>de</strong>clarasse quais são esses grupos e o montante <strong>de</strong>suas dívidas.Em segundo lugar, a minha pergunta se dirigeao Ministro. Qu~ S. Exª faça uma avaliação do impactoque esses 20%, sustenta<strong>dos</strong> pelo Governo, gerariamno setor e se existe também uma avaliação sobreo impacto que po<strong>de</strong>ria receber o setor <strong>de</strong> comunicações,admitindo-se 49% <strong>de</strong> capital estrangeiro comdireito ao voto.Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Obrigado, Deputado Vittorio Medioli.Com a palavra o Deputado Oliveira Filho, encarecendoa brevida<strong>de</strong> nas suas perguntas.O SR. DEPUTADO OLIVEIRA FILHO - Muitoobrigado, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Deputado Ayrton Xerêz. Dei-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRlO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27119xo um abraço ao Relator, Deputado Henrique EduardoAlves, e ao nosso Ministro, que nos visita nesta tar<strong>de</strong>.Sr. Ministro, sou Deputado <strong>de</strong> primeiro mandato,sou pastor <strong>de</strong> uma igreja evangélica e me ative nasua colocação, quando V. Exª diz que entida<strong>de</strong>s s<strong>em</strong>fins lucrativos, para ser<strong>em</strong> possuidoras <strong>de</strong> um meio<strong>de</strong> comunicação, não contribuiriam <strong>em</strong> nada para aradiodifusão.Não é b<strong>em</strong> esse o pensamento <strong>dos</strong> artistas, porqueeles acham também que, com a entrada <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> fins lucrativos, aumentaria o mercado <strong>de</strong>trabalho. Estamos procurando colaborar com o nossoRelator, porque t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> votar com responsabilida<strong>de</strong>,não só naquilo que a nossa base espera que façamos,mas naquilo que é melhor para o conjunto, parao todo.Gostaria <strong>de</strong> saber <strong>de</strong> V. Ex!! qual é a preocupação,qual o inconveniente, na sua opinião, <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong>s<strong>em</strong> fins lucrativos ser <strong>de</strong>tentora <strong>de</strong> um meio<strong>de</strong> comunicação.Receb<strong>em</strong>os aqui representantes <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas<strong>de</strong> televisão, por ex<strong>em</strong>plo, e enten<strong>de</strong>mos a preocupação<strong>de</strong>ssas <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> televisão. Lógico que maisgente está disputando audiência, mais gente está disputandoa publicida<strong>de</strong>. Elas mesmas vão per<strong>de</strong>r muitas<strong>de</strong>ssas entida<strong>de</strong>s filantrópicas, porque, hoje, essasentida<strong>de</strong>s, para veicular<strong>em</strong> sua fé ou seus i<strong>de</strong>ais,têm <strong>de</strong> pagar para essas mesmas <strong>em</strong>presas para po<strong>de</strong>rveicular aquilo que acreditam. Até enten<strong>de</strong>mosisso, mas gostaria <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r melhor qual é a gran<strong>de</strong>preocupação, até para contribuir com o nosso Relatore comigo mesmo.Na resposta que V. Ex!! <strong>de</strong>u para o DeputadoLuiz Moreira, V. Ex!! afirma que já é prática, por ex<strong>em</strong>plo,uma igreja evangélica ou uma entida<strong>de</strong> religiosaser a controladora <strong>de</strong> um meio <strong>de</strong> comunicação e estar<strong>em</strong> nome <strong>de</strong> terceiros. V. Ex!! acha que po<strong>de</strong> continuarassim que está tudo muito b<strong>em</strong>. Aí pergunto: Porque não mudar? Há algum inconveniente a mais que<strong>de</strong>vamos saber para que possamos ter mais tranqüilida<strong>de</strong>ao votar?No mais, muito obrigado. Foi um prazer conhecê-loe estar frente a frente, pela primeira vez, com V.Ex!!.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Muito obrigado, Deputado Oliveira Filho.Ministro Pimenta da Veiga, foram três os questionadores.Passo agora a palavra a V. Exª.O SR. MINISTRO PIMENTA DA VEIGA - Diz<strong>em</strong>que qu<strong>em</strong> exibe modéstia <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser mo<strong>de</strong>sto.Por isso até hoje eu não ostentava muito o parentescopublicamente anunciado aqui pela Deputada MariaElvira. Mas, já que estou autorizado, agora vou fazê-lo.A Deputada menciona a participação <strong>de</strong> 20%,concordando e dizendo até que consi<strong>de</strong>ra esse limiteaceitável. Mas, na verda<strong>de</strong>, a intervenção da Deputadaé, sobretudo, <strong>em</strong> relação à gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> programaçãoe sobre a influência negativa que a programação, <strong>em</strong>alguns dias, ou, qu<strong>em</strong> sabe, <strong>em</strong> alguns canais, po<strong>de</strong>estar exercendo sobretudo <strong>em</strong> relação ao público infantil.Esta é uma preocupação que tenho ouvido muito.Devo dizer a V. Exª que é o t<strong>em</strong>a mais complicadoda radio- difusão, porque é, na verda<strong>de</strong>, a·discussãodo conteúdo, e discutir conteúdo é estar vizinho dacensura.Tenho ouvido muitas críticas, como a que V. Exªfaz, e solidarizo-me com gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>las, mas, infelizmente,não posso apresentar a V. Exª um r<strong>em</strong>édiopara este mal. Proponho que, juntos, nos aprofun<strong>de</strong>mosno t<strong>em</strong>a, no <strong>de</strong>bate, na discussão, para encontraralguns parâmetros que possam, não digo resolver,porque s<strong>em</strong>pre haverá uma discussão subjetiva<strong>em</strong> relação ao t<strong>em</strong>a, já que o que po<strong>de</strong> parecerbom para o Rio <strong>de</strong> Janeiro, qu<strong>em</strong> sabe, é muito para ointerior <strong>de</strong> Santa Catarina, qu<strong>em</strong> sabe, é pouco paraoutras áreas. Portanto, há uma parte substantiva queé s<strong>em</strong>pre difícil <strong>de</strong> ser <strong>inteira</strong>mente atendida. Masproponho aprofundarmos esse <strong>de</strong>bate.V. Exª falou sobre o aspecto educativo, <strong>de</strong> excessosna parte sexual, se não me engano. Uma coisaque me toca muito é o abuso da violência, que meparece uma improprieda<strong>de</strong> muito gran<strong>de</strong>. Devo dizerque exist<strong>em</strong> essas dificulda<strong>de</strong>s que estou colocando..O Deputado Vittorio Medioli fala, com muito conhecimento,da questão das <strong>em</strong>presas que operamno setor <strong>de</strong> radiocomunicação. Sab<strong>em</strong>os que V. Ex lldirige um <strong>dos</strong> órgãos <strong>de</strong> melhor qualida<strong>de</strong> técnicaneste País. É certa a afirmativa <strong>de</strong> V. Exª que há dificulda<strong>de</strong>sfinanceiras <strong>em</strong> muitos <strong>de</strong>sses órgãos. Sóquero fazer um reparo quanto à Re<strong>de</strong> Manchete. V.Exª afirma que, há muitos anos, está tentando umasolução, mas pensei que já fosse do conhecimento<strong>de</strong> V. Exª que, no mês passado, o assunto foi equacionado,através da transferência para um grupo queestá revelando competência técnica, financeira e administrativapara tocar a re<strong>de</strong>. Espero que este probl<strong>em</strong>atenha sido superado. Portanto, foi encontradaa solução, que nos parece duradoura.V. Exª afirma, no entanto, que 20% para participação<strong>de</strong> capital estrangeiro é pouco e me perguntaquais são os da<strong>dos</strong> <strong>de</strong> endividamento das <strong>em</strong>presas<strong>de</strong> radiodifusão e qual o impacto <strong>de</strong>sses 20% ou <strong>de</strong>49%. Não tenho o levantamento do 'endividamento


27120 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999das <strong>em</strong>presas. Isso não fI "atribuição do Ministério.Evi<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente, não pedimos esse relatório, que nãonos t<strong>em</strong> sido oferecido espontaneamente. Portanto,não t<strong>em</strong>os o levantamento. Mas sei que há <strong>em</strong>presasque vê<strong>em</strong> como uma gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> a hipóteseda entrada <strong>de</strong> capital estrangeiro, porque irá representar,qu<strong>em</strong> sabe, uma saída financeira para essas<strong>em</strong>presas. Não vejo que isso traga conteúdo negativo.Como já disse, imagino que, se uma participação<strong>de</strong> 20% trouxer solução para essas <strong>em</strong>presas, serámuito b<strong>em</strong>-vindo, na minha opinião.Quanto aos 49%, como V. Ex!! admite, confessoque teria um enorme receio, porque isso é praticamentepassar o controle das <strong>em</strong>presas. Quarenta enove por cento é uma participação que, pelo menosnuma primeira fase, num primeiro movimento, me pareceexageradíssima, mas uns 20% acho que é umaexperiência que po<strong>de</strong>mos fazer. E não me parecepouco. Acho que é o a<strong>de</strong>quado, porque é preciso reconhecerque não t<strong>em</strong>os mais um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> comunicaçãofechado <strong>de</strong>ntro das fronteiras brasileiras. Eumuito dizia isso ao Deputado Neiva Moreira, que seinteressa muito pelo assunto. A tendência é cada vezmais ser um sist<strong>em</strong>a com participação aberta, e nãopor <strong>de</strong>finição do próprio país, mas porque chega <strong>de</strong>algum modo. Com o advento do satélite, isso é umacoisa... É bobag<strong>em</strong> imaginar-se que po<strong>de</strong> ser um sist<strong>em</strong>atotalmente fechado.Parece-me que ficar como está é uma alternativa.Agora, ter uma participação limitada a 20% é umaexperiência válida, que nos po<strong>de</strong> dar um exercícioque nos indique, adiante, que <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os recuar umpouco ou avançar um pouco. Quero reiterar que, noprimeiro momento, a posição que me parece maisa<strong>de</strong>quada é essa.O Deputado Oliveira Filho - pelo que vi da suaintervenção, tudo indica ter chegado aqui <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong>do rádio, pois parece ser alguém com intimida<strong>de</strong> como microfone - pe<strong>de</strong> maiores esclarecimentos quantoà qLiestão das entida<strong>de</strong>s s<strong>em</strong> fins lucrativos. Reitero aminha posição. Não vejo por que razão <strong>de</strong>vamos ter,no sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> operação <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> radiodifusão,<strong>em</strong>presas iguais, comerciais, com os mesmosobjetivos e que visam lucro - o que é normal, já quesão <strong>em</strong>presas comerciais -, a figura <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> fins lucrativos? Não vejo razão positiva, mas vejorazões negativas, que po<strong>de</strong>riam levar a distorçõesacentuadas. Quero reiterar a V. Ex!! o que respondi aoDeputado Luiz Moreira. Se, por alguma razão, algumaentida<strong>de</strong> precisa ter uma <strong>em</strong>issora <strong>de</strong> radiodifusão,<strong>de</strong>ve fazê-lo <strong>de</strong> acordo com a lei atual, ou seja,através <strong>de</strong> brasileiros natos. Não po<strong>de</strong>mos per<strong>de</strong>r acapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliação do sist<strong>em</strong>a.Na medida <strong>em</strong> que aceitarmos <strong>em</strong>presas s<strong>em</strong>fins lucrativos, quero dizer que per<strong>de</strong>r<strong>em</strong>os o controledo sist<strong>em</strong>a, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> tratamento disperso,porque não conseguir<strong>em</strong>os i<strong>de</strong>ntificar os verda<strong>de</strong>iros<strong>de</strong>tentores daquela concessão. A concessão, repito,<strong>de</strong>ve ser a brasileiros natos, no meu entendimento,com 80% <strong>de</strong> participação. Se aceitarmos <strong>em</strong>presass<strong>em</strong> fins lucrativos, estar<strong>em</strong>os mudando, <strong>de</strong>sfazendoessa garantia, o que me parece perigoso.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Agra<strong>de</strong>ço ao Ministro Pimenta da Veiga.Ouvir<strong>em</strong>os agora as perguntas <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>Pedro Celso, Pastor Jorge e <strong>de</strong> uma pessoa que nãoé m<strong>em</strong>bro <strong>de</strong>sta Comissão, Deputado Rafael Guerra.Com a palavra o Deputado Pedro Celso.O SR. DEPUTADO PEDRO CELSO - Sr. Ministro,Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sr. Relator, companheiros Deputa<strong>dos</strong>,quero parabenizar a Deputada Maria Elvirapelas <strong>de</strong>clarações que fez aqui, com as quais concordo<strong>em</strong> to<strong>dos</strong> os aspectos. As suas preocupações sãominhas também. Essa questão, aliás, preocupa gran<strong>de</strong>parcela da socieda<strong>de</strong> brasileira. Não há uma discussãomais séria, mais efetiva para resolver o que V.Ex!! chamou <strong>de</strong> lixo, que inva<strong>de</strong> as nossas casas to<strong>dos</strong>os dias. Realmente, t<strong>em</strong>os um meio <strong>de</strong> comunicação<strong>de</strong> altíssima tecnologia, mas, quanto à qualida<strong>de</strong>,somos obriga<strong>dos</strong> a engolir coisas que me envergonhamquando estou na sala com meus filhos.Sr. Ministro, tiv<strong>em</strong>os oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ouvir diversasentida<strong>de</strong>s e segmentos, porta-vozes <strong>de</strong>ssesetor e um, <strong>em</strong> especial, chamou-me muito a atenção.Foi o Prof. Vinícius Artur <strong>de</strong> Lima, expositor representanteda Conferência Nacional <strong>dos</strong> Bispos doBrasil - CNBB, que trouxe algumas consi<strong>de</strong>raçõessobre as quais gostaria <strong>de</strong> saber a sua visão com relaçãoà preocupação <strong>de</strong> que o capital privado só seimporta com a sua própria rentabilida<strong>de</strong> e, portanto,t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> criar mecanismos <strong>de</strong> controle sobre isso.Discordo <strong>de</strong> V. Ex!! quando quer dar um tratamentoigual a <strong>em</strong>presas jornalísticas e <strong>de</strong> radiodifusão.No nosso entendimento, isso não po<strong>de</strong> ser discuti<strong>dos</strong>omente do ponto <strong>de</strong> vista econômico, tendo<strong>em</strong> vista a influência fundamental para o regime <strong>de</strong>mocráticoe essas coisas estar<strong>em</strong> <strong>de</strong>ntro das nossascasas to<strong>dos</strong> os dias.Sr. Relator, também me quero juntar a V. Ex!!com relação às preocupações que diz<strong>em</strong> respeito asalvaguardas que t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> ter para discutir e aprovarleis. Concordamos com o que foi dito aqui pela DeputadaMaria Elvira, salvo algumas exceções: Somos


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27121obriga<strong>dos</strong> a votar uma <strong>em</strong>enda à Constituição, quandojá existe uma lei votada, aprovada e sáncionadapelo Presi<strong>de</strong>nte da República, que diz respeito aoConselho <strong>de</strong> Comunicação Social e que nos dariamuito mais tranqüilida<strong>de</strong> para trabalhar. Precisamosbuscar formas <strong>de</strong> viabilizar isso. Há quatro projetos<strong>em</strong> tramitação para alterar uma lei que sequer foi colocada<strong>em</strong> execução.Sr. Ministro, exponho algumas questões que diz<strong>em</strong>respeito à concentração da proprieda<strong>de</strong> nos meios<strong>de</strong> comunicação, aos monopólios, aos oligopólios.No dia 11 <strong>de</strong> maio próximo passado, esteve presenteaqui o Diretor <strong>de</strong> Relaçõe~ Institucionais da Fe<strong>de</strong>raçãoNacional <strong>dos</strong> Jornalistas Profissionais - FENAJ, .Sr. Daniel Herz, que fez uma <strong>de</strong>núncia, que consi<strong>de</strong>robastante grave, com relação a um s<strong>em</strong>inário, promovidopelo Ministério das Comunicações, que teve umaparticipação bastante restrita <strong>de</strong> quarenta ou cinqüentapessoas. Trata-se <strong>de</strong> uma questão tambémfundamental, sobre salvaguarda, sobre estar vinculadaà discussão que estamos fazendo, que é a lei <strong>de</strong>comunicação eletrônica <strong>de</strong> massa. Segundo ele, aRe<strong>de</strong> Globo <strong>de</strong> Televisão - isso foi dito aqui pelo Sr.Daniel Hess, com todas as letras, e me parece tambémque foi noticiado pelo Jornal do Brasil e O Estado<strong>de</strong> S. Paulo - teria tido acesso à minuta do anteprojetoda lei eletrônica <strong>de</strong> comunicação com muitaantecedência <strong>em</strong> relação às outras <strong>em</strong>issoras, às outras<strong>em</strong>presas.Gostaria que V. Ex ll comentasse a respeito <strong>de</strong>sseassunto. V. Ex ll diz que está sendo feito um <strong>de</strong>batepor todo o País, mas a última notícia que t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> <strong>de</strong>batesobre a lei <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> massa foi esses<strong>em</strong>inário, que foi fechado. Há essa <strong>de</strong>núncia, queconsi<strong>de</strong>ro grave, <strong>de</strong> somente a Re<strong>de</strong> Globo <strong>de</strong> Televisãoter acesso a essa minuta.Quero também perguntar a V. Ex ll qual o real interessedo Po<strong>de</strong>r Executivo na abertura do capitaldas <strong>em</strong>presas jornalísticas <strong>de</strong> radiodifusão, <strong>de</strong> som eimag<strong>em</strong>, para as <strong>em</strong>presas estrangeiras. Há um interess<strong>em</strong>aior, por parte do Governo brasileiro, <strong>de</strong> quehaja essa abertura para o capital estrangeiro?Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Deputado Pedro Celso, agra<strong>de</strong>ço muito à V. Ex ll porter formulado essas questões, mas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já, exoneroo Sr. Ministro da responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>ràquelas questões que não estiver<strong>em</strong> absolutamenteenquadradas no objetivo das duas <strong>em</strong>endas que estamosestudando.Com a palavra o Deputado Pastor Jorge.O SR. DEPUTADO PASTOR JORGE - Sr. Presi<strong>de</strong>nte,Sr. Relator, Sr. Ministro, V. Ex ll abordou, commuita proprieda<strong>de</strong>, que, no caso da participação <strong>de</strong>entida<strong>de</strong>s s<strong>em</strong> fins lucrativos que po<strong>de</strong>riam ser <strong>de</strong>tentoras<strong>de</strong> <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> rádio e comunicação, foiventilado aqui - inclusive por outras representantesdas mesmas <strong>em</strong>pre$as convidadas a prestar<strong>em</strong> <strong>de</strong>poimentoa respeito <strong>de</strong>sse assunto - que o inconvenienteseria a clara i<strong>de</strong>ntificação da orig<strong>em</strong> do capital, acobrança <strong>dos</strong> impostos <strong>de</strong>vi<strong>dos</strong> e que o lucro seriaaplicado <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssas próprias <strong>em</strong>presas. Eles colocaramisso como uma barreira, para que não fosseconcedida a titularida<strong>de</strong> a essas entida<strong>de</strong>s.Gostaria que V. Ex ll , Sr. Ministro, dissesse maisclaramente, pois V. Ex ll foi muito sucinto, se essa seriatambém uma barreira. Agora, com relação às fundações,por ex<strong>em</strong>plo, a dona da TV Gazeta <strong>de</strong> SãoPaulo é a Fundação Gásper Líbero. Haveria ou nãotratamento diferenciado para a Fundação?O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton' Xerêz)- Muito obrigado, Deputado Pastor Jorge.Vamos ouvir as perguntas do Deputado GilmarMachado.O SR. DEPUTADO GILMAR MACHADO - Muitoobrigado, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.Sr. Ministro, gostaria que V. Ex D trabalhass<strong>em</strong>elhor <strong>em</strong> cima <strong>de</strong> duas questões. ComoVo ExD chegoua esse percentual <strong>de</strong> 20%? Ainda não conseguienten<strong>de</strong>r. Em Minas Gerais, quando se passou partedo capital da C<strong>em</strong>ig, disseram que não havia probl<strong>em</strong>apassar<strong>em</strong> 49%, porque não se per<strong>de</strong> o controle.Mas agora foi dito que po<strong>de</strong>· haver probl<strong>em</strong>a casopasse <strong>de</strong> 20%. Não consigo enten<strong>de</strong>r esse percentual.Particularmente, tenho uma posição a respeito.Portanto, gostaria que V. ExD explicasse um poucomelhor essa questão <strong>dos</strong> números, para que eu entendaessa questão da abertura..Sou uma das pessoas que s<strong>em</strong>pre <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u econtinua batalhando na questão das rádios comunitáriase até das televisões comunitárias. Quer<strong>em</strong>os trabalhar<strong>em</strong> cima disso. Mas há essa abertura agora,para que entida<strong>de</strong>s s<strong>em</strong> fins lucrativos também possamparticipar. Não consigo enten<strong>de</strong>r isso.Por ex<strong>em</strong>plo, uma igreja - eu participo <strong>de</strong> umaigreja batista; há muito t<strong>em</strong>po estamos no Brasil; to<strong>dos</strong>a conhec<strong>em</strong> - como a oatista t<strong>em</strong> a sua convenção,que é conhecida e reconhecida. Então, quan<strong>dos</strong>e abre uma instituição, por que não po<strong>de</strong>mos participar<strong>de</strong>sse processo? Por que existe o monopólio somentepara <strong>de</strong>termina<strong>dos</strong> setores? Não quer<strong>em</strong>osque haja apenas uma pessoa fazendo o processo.Quer<strong>em</strong>os pagar imposto. Ninguém é contra pagar


27122 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999imposto. Quando se entra numa área, <strong>de</strong>ve-se pagarimposto, mas se <strong>de</strong>ve também po<strong>de</strong>r participar doprocesso. Gostaria <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r o porquê equal a dificulda<strong>de</strong><strong>de</strong>sse acompanhamento.Se a entida<strong>de</strong> t<strong>em</strong> <strong>de</strong> ser registrada, t<strong>em</strong> <strong>de</strong> haverpessoas e se o Governo não consegue acompanharas instituições, realmente não enten,do maisnada no País. Entendo que, quando uma entida<strong>de</strong> éregistrada, t<strong>em</strong>-se seu controle. Se ela é registrada enão há controle, existe um probl<strong>em</strong>a. Ou há umagran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sorganização para enten<strong>de</strong>r, ou qu<strong>em</strong> fez oregistro' não está apto para tal. Se houve registro éporque se conhece a idoneida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas pessoas. Docontrário, não há registro.Então, gostaria que V. Ex i explicasse melhoressa questão.Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Muito obrigado, Deputado Gilmar Machado.Ministro Pimenta da Veiga, só para recapitular,receb<strong>em</strong>os questões do Deputado Pedro Celso, posteriormentedo Deputado Pastor Jorge e agora do DeputadoGilmar Machado. Receber<strong>em</strong>os ainda, <strong>em</strong>bloco, as perguntas <strong>dos</strong> últimos quatro questionadores:os Deputa<strong>dos</strong> Pompeo <strong>de</strong> Mattos, Wagner Salustiano,Santos Filho e Fernando Gabeira.Aproveito para encerrar, neste momento, a lista<strong>de</strong> inscrições.Com a palavra o Ministro Pimenta da Veiga.O SR. MINISTRO PIMENTA DA VEIGA - Respon<strong>de</strong>ndoà pergunta do Deputado Pedro Celso, quereitera a questão do conteúdo, ela já foi respondidapor nós.Em atenção à pergunta da Deputada Maria Elvira,quero l<strong>em</strong>brar apenas que, na realida<strong>de</strong>, existe aquestão das faixas <strong>de</strong> horário que, parece-me, nãotêm sido suficientes para corrigir esse probl<strong>em</strong>a quepreocupa V. Ex i como <strong>de</strong> resto muitos <strong>de</strong> nós.A questão da diferença <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> jornaise revistas para <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> radiodifusão, V. Ex i consi<strong>de</strong>raque elas não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser tratadas do mesmomodo porque são diferentes. De fato, são diferen.tes.O jornal não é o mesmo que uma televisão, mas euacho que, <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> conseqüência <strong>de</strong> comunicação,<strong>em</strong> tese, eu não as distingo, porque um jornal <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> penetração po<strong>de</strong> ser tão importante quantouma TV <strong>de</strong> pequena penetração. 'Portanto, seria difícil,pelo menos, para que pudéss<strong>em</strong>os fazer essa diferença..V. ExA menciona aqui o <strong>de</strong>poimento do DanielKoslowsky Herz, mesmo me consi<strong>de</strong>rando <strong>de</strong>sobrigado<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r, já que não diz respeito ao assunto,quero manifestar que o <strong>de</strong>poente ou é <strong>de</strong>sinformadoou mal-intencionado. O s<strong>em</strong>inário foi executado <strong>de</strong>forma reservada, porque há um <strong>de</strong>creto presi<strong>de</strong>ncialque não permite divulgação <strong>de</strong> textos antes da apro-. vação pela Casa Civil. À época do s<strong>em</strong>inário, não haviaainda a aprovação, por isso tiv<strong>em</strong>os <strong>de</strong> fazer ums<strong>em</strong>inário <strong>de</strong> estu<strong>dos</strong>...Este s<strong>em</strong>inário será, como jáanunciei aqui, estendido a todo o País <strong>de</strong> forma públicaecomdivulgação do anteprojeto e eu me dispenso<strong>de</strong> comentar sobre acessos privilegia<strong>dos</strong> ao anteprojetoporque acho <strong>de</strong>snecessário.Quanto ao interesse do Executivo na aberturado capital estrangeiro, <strong>de</strong>vo dizer a V. Ex i que não háessa motivação. Fui convidado para me manifestarsobre uma Proposta <strong>de</strong> Emenda à Constituição <strong>de</strong>autoria parlamentar e estou aqui me manifestan<strong>dos</strong>obre esta iniciativa, mas o Executivo não tomou nenhumainiciativa nessa direção.Quanto ao Pastor Jorge, confesso que, no instanteda pergunta, fui me <strong>de</strong>spedir do Deputado NeivaMoreira e não sei, quanto à primeira parte, se conseguicompreen<strong>de</strong>r completamente. V. Ex i falava,salvo ~ngano, no reinvestimento <strong>de</strong> lucros.O SR. DEPUTADO PASTOR JORGE - Exatamente.No reinvestimento <strong>em</strong> lucros e da i<strong>de</strong>ntificaçãoda orig<strong>em</strong> do capital, pagos os impostos <strong>de</strong>vi<strong>dos</strong>,que f.oi até ventilado por representantes <strong>de</strong> outras<strong>em</strong>presas <strong>de</strong> radiodifusão que estiveram aqui presentescomo um.<strong>em</strong>pecilho para que entida<strong>de</strong>s s<strong>em</strong> finslucrativos pu<strong>de</strong>ss<strong>em</strong> ser <strong>de</strong>tentoras, donas, no caso,das mesmas <strong>em</strong>presas.O SR. MINISTRO PIMENTA DA VEIGA - Não.O que há <strong>de</strong> importante na exigência da titularida<strong>de</strong><strong>de</strong> pessoa física - e aqui entro um pouco na perguntado Deputado Gilmar Machado - é que é preciso quehaja disponibilida<strong>de</strong> fiscal na pessoa física. Portanto,é <strong>de</strong> aferição muito mais objetiva e' simples do quenuma pessoa jurídica. Eu não sei como conceber um.sist<strong>em</strong>a on<strong>de</strong> para a mesma ativida<strong>de</strong> há a participação<strong>de</strong> <strong>em</strong>presas comerciais com fins lucrativos nasmesmas condições <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s comfins não lucrativos. De on<strong>de</strong> virão esses recursos?Como é que se comportarão? Isso provocará umadistorção no mercado, porque uma, conforme a lei <strong>de</strong>termina,conforme o sist<strong>em</strong>a jurídico brasileiro aceita,terá lucros e reinvestirá no negócio on<strong>de</strong> quiser e aoutra não terá fins lucrativos. Ela vai operar s<strong>em</strong> resulta<strong>dos</strong>?É evi<strong>de</strong>nte que isto é uma distorção quenão vejo razão para que seja adotada.Quanto à questão da Fundação Cásper Libero,confesso que não conheço <strong>de</strong> m<strong>em</strong>ória atitularida<strong>de</strong>da TV Gazeta, mas posso garantir a V. ExA que ela


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27123cumpriu a lei, senão não teria concessão ou se tivesse,teria sido fruto <strong>de</strong> alguma <strong>de</strong>núncia. Então é evi<strong>de</strong>nteque ela cumpriu o disposto na lei. Quero dizerao Deputado Gilmar Machado que o caso trazido àdiscussão da C<strong>em</strong>ig é totalmente diferente do que sediscute aqui. V. Ex!! quer se referir a uma negociaçãoque envolvia ações preferenciais. Aqui trata-se <strong>de</strong>uma participação limitada a 20% <strong>em</strong> ações ordinárias,pelo menos é este o t<strong>em</strong>a que está posto. Portanto,ter 49% <strong>de</strong> ações preferenciais não t<strong>em</strong> nada a vercom ter 20% <strong>de</strong> ações ordinárias. Portanto, quero dizera V. Ex l que o ex<strong>em</strong>plo trazido não ilustra a discussão.O SR. DEPUTADO GILMAR MACHADO - Adiscussão lá é ação ordinária ninguém está tratandoaqui <strong>de</strong> preferência.O SR. MINISTRO PIMENTA DA VEIGA- Masno caso da CEMIG não era. É isso que estou dizendo.Portanto, o ex<strong>em</strong>plo não foi próprio.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Com a palavra o Deputado Machado.O SR. DEPUTADO GILMAR MACHADO - Sr.Ministro, V. Ex ll não mencionou as rádios comunitárias.Como funcionam? Através <strong>de</strong> apoio cultural. O objetivo<strong>de</strong>las é reinvestir no trabalho para se comunicar<strong>em</strong>.O SR. MINISTRO PIMENTA DA VEIGA - V. Ex lnão está querendo fazer uma comparação entre rádiocomunitária, que t<strong>em</strong> um raio <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> mil metros,com uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> televisão nacional que aten<strong>de</strong> atodo o território. É completamente difere~te.O SR. DEPUTADO GILMAR MACHADO ­Po<strong>de</strong> funcionar com apoio cultural. Qual é o probl<strong>em</strong>a?O SR. MINISTRO PIMENTA DA VEIGA - ExisteTV gerida por entida<strong>de</strong> s<strong>em</strong> fins lucrativos, que é aTV Educativa. São finalida<strong>de</strong>s diferentes. São entida<strong>de</strong>sdiferentes. Agora, a titularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoa jurídicaé uma coisa.O SR. DEPUTADO GILMAR MACHADO - Sim,mas entida<strong>de</strong> cultural, que estamos falando, e comunitáriaé a mesma coisa. Quer<strong>em</strong>os, exatamente, terum tratamento da mesma forma.O SR. MINISTRO PIMENTA DA VEIGA - Sim,mas V. Ex!! está querendo esten<strong>de</strong>r a uma re<strong>de</strong> nacional<strong>de</strong> televisão que aten<strong>de</strong> ao País inteiro com umsist<strong>em</strong>a que foi adotado para uma rádio comunitáriaque t<strong>em</strong> mil metros <strong>de</strong> raio <strong>de</strong> alcance.O SR. DEPUTADO GILMAR MACHADO - Eunão falei que ela vai ter extensão nacional. Por. quenão po<strong>de</strong> ter extensão regional?. O SR. MINISTRO PIMENTA DA VEIGA - Elaqu<strong>em</strong>?O SR. DEPUTADO GILMAR MACHADO ­Uma TV comunitária, por ex<strong>em</strong>plo.O SR. MINISTRO PIMENTA DA VEIGA - V. Ex"está propondo um novo sist<strong>em</strong>a?O SR. DEPUTADO GILMAR MACHADO ­Exato. É isso que estamos discutindo aqui. A <strong>em</strong>endado Deputado Laprovita permite exatamente isso. Éisso que estamos querendo.O SR. MINISTRO PIMENTA DA VEIGA - Não.V. ExI está propondo criar TV comunitária. É uma outrahistória, é uma proposta. Po<strong>de</strong>mos discuti-Ia, masnão t<strong>em</strong> nada a ver com o que estamos tratando.Estamos tratando <strong>de</strong> ingresso <strong>de</strong> capital estrangeirona gestão <strong>de</strong> TV comercial. É isso.O SR. DEPUTADO GILMAR MACHADO - E da<strong>em</strong>enda do Deputado Laprovita, porque as duas estãojuntas. A reunião aqui é p·ara discutir as duas coisas.O SR. MINISTRO PIMENTA DA VEIGA - Sim,exato. Mas a do Deputado Laprovita, entida<strong>de</strong>s s<strong>em</strong>fins lucrativos para TV comercial, não t<strong>em</strong> nada a vercom rádio comunitária. São coisas absolutamentedíspares.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Deputado Machado, parece-me que o Ministro t<strong>em</strong>razão na sua abordag<strong>em</strong> mais stricto sensu e tendo<strong>em</strong> conta a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ouvir os <strong>de</strong>mais Parlamentares,peço a V. Ex" que encerr<strong>em</strong>os esse agradável<strong>de</strong>bate. Muito obrigado.Houve uma inversão <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m. O DeputadoPompeo <strong>de</strong> Mattos <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong>voluta sua ca<strong>de</strong>ira. Portanto,vou incluir o Bispo Rodrigues, que quer tambémfazer uma pergunta, mas pela or<strong>de</strong>m. Vamos teragora o Deputado Wagner Salustiano, posteriormenteos Deputa<strong>dos</strong> Santos Filho, Fernando Gabeira e,por fim, o Deputado Bispo Rodrigues.Com a palavra o Deputado Wagner Salustiano.O SR. DEPUTADO WAGNER SALUSTIANO­Sr. Presi<strong>de</strong>nte, Sr. Relator, Sr. Ministro, V. Ex", no início<strong>dos</strong> esclarecimentos, falou sobre o que acrescentapara as televisões brasileiras, para o meio <strong>de</strong> comunicaçãobrasileiro, o capital <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s s<strong>em</strong> finslucrativos, a titularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s s<strong>em</strong> fins lucrativos.Pois b<strong>em</strong>, pergunto a V. Ex" o que po<strong>de</strong> acrescentaruma <strong>em</strong>issora <strong>de</strong> televisão que não honra oscontratos assumi<strong>dos</strong>, até agora, pelo menos, nãohonrou, não cumpriu uma exigência contratual paraconcessão, que é pagar to<strong>dos</strong> os seus funcionários.Depois <strong>de</strong> muitos e muitos anos qe concessão, atéagora não foi honrado esse it<strong>em</strong> importante por <strong>em</strong>is-


27124 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999" rIsora <strong>de</strong> televisão muito conhecida. Uma <strong>em</strong>issora <strong>de</strong>televisão que não t<strong>em</strong> escrúpulos para atingir sua audiência,ou seja, Coloca no ar novelas que induz<strong>em</strong> aohomossexualismo, ao adultério. Uma <strong>em</strong>issora <strong>de</strong> televisãoque não t<strong>em</strong> escrúpulos para atingir a audiência,Sr. Ministro. O que o Governo t<strong>em</strong> feito para vigiar,para coibir esse tipo <strong>de</strong> violência na televisão brasileira?Será que a gran<strong>de</strong> preocupação do Governobrasileiro é proibir a titularida<strong>de</strong>? Será que isso é tãoimportante assim? Ou não acrescenta nada? Tudoisso que relatei _ <strong>em</strong>issoras <strong>de</strong> televisão endividadas,que não pagam impostos, que não honram contratos_ acrescenta algo à televisão brasileira, Sr. Ministro?Era o que tinha a dizer.Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- T<strong>em</strong> a palavra o Deputado Santos Filho.O SR. DEPUTADO SANTOS FILHO - Sr. MinistroPimenta da Veiga, na realida<strong>de</strong>, não ouvi a suaexplanação, mas, ouvir:ldo os nobres colegas e asrespostas <strong>de</strong> V. Ex il , acho que entendi a sua posição.Inicialmente, permita-me discordar do teto queV. Ex il , jurista <strong>em</strong>érito, extr<strong>em</strong>amente conhecido nestePaís e ex-Parlamentar, admite como o mais válidopara o ingresso do capital estrangeiro nas <strong>em</strong>presasnacionais <strong>de</strong> radiodifusão. Não consigo enten<strong>de</strong>r oporquê da fixação <strong>de</strong> V. Ex!! no limite <strong>de</strong> 20% apenas.V. Ex il fala <strong>de</strong> um <strong>de</strong>grau que ao longo do t<strong>em</strong>po po<strong>de</strong>riaser modificado. Entretanto, estamos discutindoaqui <strong>em</strong>endas apresentadas <strong>em</strong> 1995 e 1996. Outrasmatérias tramitam por até <strong>de</strong>z anos nesta Casa. Narealida<strong>de</strong>, se o teto <strong>de</strong> 20% fosse aceito por estaCasa, seria um fator impeditivo do ingresso <strong>de</strong> capitalestrangeiro nas <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> radiodifusão nacional.Não consigo enten<strong>de</strong>r como uma <strong>em</strong>presa que trabalhanum país e num setor que visa lucros e resulta<strong>dos</strong>,alguém do exterior viesse para cá participar <strong>de</strong> umnegócio - mesmo que com capital votante <strong>de</strong> 20% ­esperando resultado e rendimento <strong>de</strong>ste aporte <strong>de</strong> recursos.Não concordo com isso realmente.Se vamos abrir a participação ao capital estrangeiro,po<strong>de</strong>ríamos limitar o teto nos 49% ou naqueleíndice que o autor da <strong>em</strong>enda, Deputado Aloysio NunesFerreira, disse ter escolhido aleatoriamente. Po<strong>de</strong>ríamosaté fixar o teto nos 30%, apesar <strong>de</strong> que euache que po<strong>de</strong>ríamos chegar a um valor por meio doqual não se per<strong>de</strong>ria o controle da <strong>em</strong>presa: 49%.Estamo-nos atendo <strong>de</strong>mais ao ingresso <strong>de</strong> capital estrangeiro.A <strong>em</strong>enda do Deputado Aloysio Nunes Ferreira,ao abrir o capital para as <strong>em</strong>presas jurídicas brasileiras,permite que gran<strong>de</strong>s grupos brasileiros, que nãopodiam participar antes pela perda <strong>de</strong> pessoas físicas,hoje possam ingressar no capital das <strong>em</strong>presas<strong>de</strong> radiodifusão e <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas jornalísticas. Esta é aminha posição. .Acho que os nossos colegas também estão preocupa<strong>dos</strong><strong>de</strong>mais <strong>em</strong> discutir a programação da televisão,quando hoje estamos discutindo duas <strong>em</strong>endasà Constituição. Por pior que seja a programaçãono Brasil, t<strong>em</strong>os <strong>de</strong> ter o cuidado <strong>de</strong> que V. Exª falou<strong>de</strong> na realida<strong>de</strong> não chegarmos novamente a umacensura. As leis que estão vindo aí sobre eletrônica<strong>de</strong> massas po<strong>de</strong>riam cuida~ do assunto, s<strong>em</strong> restabelecer<strong>em</strong>a censura. Talvez o próprio conselho, queestá <strong>em</strong> andamento no Senado, pu<strong>de</strong>sse-estudar amatéria e criar alguma maneira <strong>de</strong> autocensura paraas <strong>em</strong>presas. Mas este não é o momento para discutirmoso assunto.T<strong>em</strong> sido uma preocupação minha e também donosso Relator, Deputado Henrique Eduardo Alves, aparticipação das <strong>em</strong>presas s<strong>em</strong> fins lucrativos nas<strong>em</strong>presas <strong>de</strong> radiodifusão. Essa <strong>em</strong>enda apresentadapelo nobre Deputado Laprovita Vieira t<strong>em</strong> me inquietadobastante, já que hoje sinto a preocupação<strong>dos</strong> <strong>de</strong>tentores <strong>de</strong>ssas <strong>em</strong>presas s<strong>em</strong> fins lucrativos,no sentido <strong>de</strong> elas participar<strong>em</strong> do processo. Compreendoa preocupação da maioria <strong>de</strong>les, porque as<strong>em</strong>presas <strong>de</strong> radiodifusão estão todas <strong>em</strong> nome <strong>de</strong>pessoas físicas.Esse probl<strong>em</strong>a foi explicado aqui pelo representanteda própria Igreja Universal do Reino <strong>de</strong> Deus,quando um dia eu levantei um probl<strong>em</strong>a. Um processofoi movido contra a <strong>em</strong>presa na época, ela equacionou,justificou, pagou, mas hoje todas essas <strong>em</strong>presaspertencentes à Igreja estão <strong>em</strong> nome <strong>de</strong> seusm<strong>em</strong>bros <strong>de</strong>la. Há uma necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que eles regulariz<strong>em</strong>isso.Perguntei a amigos pessoais que tenho entre osevangélicos por que essas igrejas não tentam viabilizara criação <strong>de</strong>"uma <strong>em</strong>presa jurídica, porque entãoelas po<strong>de</strong>riam participar. Não é cabível que <strong>em</strong>presass<strong>em</strong> fins lucrativos venham participar <strong>de</strong> <strong>em</strong>presascom fins lucrativos. Não sei como isso po<strong>de</strong>ria ser feito.Eu até aconselhei o Deputado Oliveira Filho,que é um gran<strong>de</strong> amigo que eu prezo <strong>de</strong>mais, do Paraná,que se estudasse <strong>de</strong>ntro da própria igreja queum <strong>de</strong>terminado setor da igreja criasse uma <strong>em</strong>presajurídica, já que eles têm como justificar o recurso queirão aplicar. A minha impressão é muito mais a <strong>de</strong> queeles preten<strong>de</strong>m hoje regularizar a posição individual<strong>de</strong> cada <strong>em</strong>presa <strong>de</strong>ssas re<strong>de</strong>s. Que eles criass<strong>em</strong>uma <strong>em</strong>presa jurídica. E aí eles teriam que contratar


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27125um belfssimo jurista que fosse estudar como isso seriapossfvel .e que justificasse esse capital que elestêm como justificar. E af participariam. Como <strong>em</strong>presas<strong>em</strong> fins lucrativos, eu não consigo me convencercomo isso possa vir a ser feito.Essas preocupações continuam a me assaltarpermanent<strong>em</strong>ente. E tenho discutido isso muito como nosso Relator. Então, discordo <strong>de</strong> V. Ex!! apenascom relação ao número <strong>de</strong> 20%. Não vejo por quê. Sevamos abrir o capital,. vamos abrir <strong>de</strong>ntro daquilo quea própria legislação comercial permite, porque nãot<strong>em</strong> sentido abrirmos com 20%. Acho que na realida<strong>de</strong>a posição <strong>de</strong> V. Ex ll é uma barreira impeditiva paraque o capital estrangeiro venha participar apenascom 20%.Muito obrigado, Sr. Presi<strong>de</strong>nte.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Muito obrigado, Deputado Santos Filho. Contandocom a colaboração <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os senhores que estãoassistindo a essa audiência pública, no que concernesobretudo ao silêncio, para que o Sr. Ministro possamelhor se.concentrar, passo a palavra ao nosso DeputadoFernando Gabeira.O SR. DEPUTADO FERNANDO GABEIRA­Vamos fazer tudo para a concentração do Ministro.Sr. Ministro, sua presença aqui já se dá numcontexto <strong>de</strong> muitas audiências anteriores, <strong>em</strong> que foramexpressas as posições mais diversas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aposição contrária à participação do capital estrangeirona mfdia, até posições mais liberais no sentido <strong>de</strong>que po<strong>de</strong>ria ser <strong>de</strong> 49%.Tenho observado que se traça aqui um cenárionunca muito b<strong>em</strong> <strong>de</strong>finido, mas um cenário <strong>de</strong> perigopara a presença do capital estrangeiro na imprensabrasileira. Esse cenário pressupõe a existência <strong>de</strong> umpafs on<strong>de</strong> os meios <strong>de</strong> comunicações são dirigi<strong>dos</strong>por heróicos patriotas que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a nossa culturae a nossa informação e que estariam potencialmentecontamina<strong>dos</strong> pela presença <strong>dos</strong> estrangeiros queaqui viriam.O Deputado Neiva Moreira infelizmente nãoestá aqui, mas tenho discutido muito com S. Ex ll , e vaiaté me perdoar fazer esse comentário na sua ausência.Hoje, mencionou-se na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguémvir ao Brasil e <strong>de</strong>senvolver el<strong>em</strong>entos culturais estrangeirosao povo brasileiro. Eu até, para ajudá-lonum <strong>de</strong>sses <strong>de</strong>bates, imaginei que talvez venha paracá uma televisão húngara e <strong>de</strong>cida que as músicashúngaras vão predominar sobre as músicas brasileiras.Esse seria um cenário extr<strong>em</strong>amente perigosopara o Brasil. De repente, to<strong>dos</strong> nós serfamos força<strong>dos</strong>pelos novos proprietários a ouvirmos a músicahúngara no lugar da música brasileira.Não tenho nada contra a música húngara. Mas.esse cenário, <strong>em</strong> termos estritamente comerciais,não se sustenta. Quer dizer, uma das bases fundamentaispara o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> qualquer projetojornalfstico no Brasil é ele estar ancorado ou não nacultura brasileira. Os estrangeiros que viriam para cá,por mais apaixona<strong>dos</strong> que estivess<strong>em</strong> pela sua culturaou por mais interessa<strong>dos</strong> <strong>em</strong> <strong>de</strong>svirtuar a culturabrasileira, eles iriam se reger também pelqs leis <strong>de</strong>mercado e não teriam condições, <strong>de</strong> uma certa maneira,<strong>de</strong> aplicar ao Brasil um processo diferente.Hoje se acrescentou um outro cenário aqui quetambém é extr<strong>em</strong>amente inquietante: o Brasil dirigidoe orientado por professorinhas extr<strong>em</strong>amente b<strong>em</strong> intencionadase, nos últimos 50 anos, sendo <strong>de</strong>svirtuadopela presençà <strong>de</strong>strutiva da televisão.Não concordo com nenl1um <strong>de</strong>sses cenáriosapresenta<strong>dos</strong>. Primeiro, porque, quando examinamosinternamente a mfdia brasileira, v<strong>em</strong>os que nãot<strong>em</strong>os mais essa autonomiaque-as pessoas supõ<strong>em</strong>que tenhamos. Se nós tivermos hoje <strong>em</strong> Luanda, capital<strong>de</strong> Angola, o discurso <strong>de</strong> um If<strong>de</strong>r polftico en<strong>de</strong>reçadoa nós, do Brasil, esse discurso nos chegariacomo? Seria traduzido para o inglês, enviado para asagências, e aqui nós retraduzirfamos para o portuguêse ele entraria nos nossos jornais.Se acompanhamos a Guerra da Iugoslávia eprocuramos o ângulo brasileiro, vamos também verque não há um ângulo brasileiro na cobertura daguerra da Iugoslávia. Por quê? Porque não t<strong>em</strong>os. Oque t<strong>em</strong>os são repórteres da TV Globo que comprama matéria <strong>em</strong> Londres, ficam numa rua <strong>de</strong> Londres, eas coisas estão acontecendo <strong>em</strong> Kosovo, <strong>em</strong> Belgrado,e eles ficam numa rua <strong>de</strong> Londres dizendo: "Aconteceuisso hoje na Iugoslávia". Mas o que está acontecendonessa Iugoslávia <strong>de</strong>le são as imagens queeles compraram na agência lá Qualquer pessoa medianamenteinteligente vê isso na televisão.Não t<strong>em</strong>os objetivamente um "olhar brasileiro"para o que acontece no mundo. Nós somos caudatáriosdas exigências internacionais, sejam agências <strong>de</strong>notfcias escritas, sejam agências que nds enviamimagens.Então, esse ponto jáestá <strong>de</strong>finido. Se nós <strong>de</strong>ixarmosentrar o capital estrangeiro, pelo menos ter<strong>em</strong>os apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> termos um pOLlCO mais <strong>de</strong> chance <strong>de</strong>buscarmos esse "olhar brasileiro", pelo menos ter<strong>em</strong>osmais capital para bancar a presença mais ou menos<strong>de</strong> peso da imprensa brasileira nos acontecimentosmundiais. Isso é um ponto vital para nós.


27126 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA cÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999Um outro ponto - também importante nós mencionarmos- é a questão <strong>dos</strong> 20%,30%,40%. V. Ex l ,muito a<strong>de</strong>quadamente, t<strong>em</strong> uma posição, a <strong>de</strong> 20%, edisse que t<strong>em</strong> medo <strong>de</strong> que haja alguma coisa ruim,mas não explicitou exatamente qual é o medo e o queestá por trás disso. Eu gostaria <strong>de</strong> saber qual é omedo. O que po<strong>de</strong> nos acontecer que ainda não nosaconteceu na questão da mídia? O Ruppert Murdockvir para cá? Mas qual é a diferença <strong>de</strong> ele vir para cá?O que vai significar objetivamente? Vamos alienar osinteresses nacionais? Qu<strong>em</strong> foi que disse que nós, setivéss<strong>em</strong>os uma gran<strong>de</strong> pressão sobre <strong>de</strong>termina<strong>dos</strong>interesses nacionais, a nossa mídia iria se manter absolutamentefiel a esses interesses nacionais? Porque ela seria patriótica, se objetivamente v<strong>em</strong>os quenão é assim que acontece?Tenho aqui nas minhas mãos -a propósito, asua solução para a questão da TV Manchete foi muitoimportante para nós to<strong>dos</strong> que trabalhamos no campoe tal- as <strong>de</strong>núncias <strong>de</strong> que uma parte das <strong>em</strong>presasjá se retiraram e se mudaram para Paris com o dinheiro.Uma das <strong>em</strong>presas é exatamente a BlochSom e Imag<strong>em</strong>. Parte <strong>dos</strong> funcionários ficaram s<strong>em</strong>as in<strong>de</strong>nizações, porque uma das partes foi retirada ese mudaram para Paris.Quer dizer, não há absolutamente nas relaçõesentre capital brasileiro e o capital estrangeiro não háabsolutamente nenhum mal que o capital estrangeiropossa nos produzir que o:capital brasile'iro tambémnão possa. Basta vermos as contas CC-S. No augedas gran<strong>de</strong>s crises nacionais, v<strong>em</strong>os que o dinheiroque sai efetivamente do Brasil é o dinheiro <strong>dos</strong> brasileiros.Os brasileiros são os provocadores da crise,porque, no momento <strong>em</strong> que eles perceb<strong>em</strong> a possibilida<strong>de</strong>da crise, retiram rapidamente seus capitais edão sinais para os especuladores internacionais <strong>de</strong>que alguma coisa não vai b<strong>em</strong>. Então, esse cenárioque distingue tão nitidamente os heróicos capitalistasnacionais e os capitalistas estrangeiros, no meu enten<strong>de</strong>r,já teve um papel para nós, na década <strong>de</strong> 50,quando queríamos fazer aquela famosa aliança coma burguesia nacional. Nós to<strong>dos</strong> fomos para o brejocom essa aliança da burguesia nacional num <strong>de</strong>terminadomomento histórico, porque hoje nós já t<strong>em</strong>oscondições <strong>de</strong> avaliar isso um pouco melhor.A outra questão introduzida um pouco inapropriadamentepela Deputada Maria Elvira, também éuma questão que t<strong>em</strong>os que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r aqui. A televisãobrasileira, nesses últimos 50 anos, significou umamelhoria <strong>de</strong> cultura e <strong>de</strong> civilização no País. O balançocultural da televisão brasileira é positivo. O Brasil éum País melhor do que seria se não houvesse a televisão.Isso é uma coisa clara. Eu vejo aqui o pastor dizerque se envergonha <strong>de</strong> ver um <strong>de</strong>terminado programacom os meus filhos. Mas não precisa se envergonhar.Para que t<strong>em</strong>os o controle r<strong>em</strong>oto? Troca aestação. Para que vai ficar envergonhado, olhandoum programa até o final que não quer ver, meu Deus?Não há sentido algum.Então, on<strong>de</strong> é que nós estamos realmente?Toda essa moral, essa preocupação moral, mas porque não se <strong>de</strong>sliga? Por que t<strong>em</strong> que se envergonharaté o final? Não precisa.Na verda<strong>de</strong>, a posição da Deputada Maria Elviraque eu tenho combatido <strong>em</strong> outros contextos, quando<strong>de</strong>fendida pela Deputada Marta Suplicy, é a tentativada classe média entrar nas televisões, dominar as televisõescom seu horizonte estreito, impedir que aspessoas tenham acesso a programas eróticos, porqueeles, da classe média, têm <strong>de</strong> madrugada, porquecompram a televisão a cabo e quer<strong>em</strong> que os pobrestenham esse <strong>de</strong>terminado comportamento, esse<strong>de</strong>terminado rumo estético. É isso que eles quer<strong>em</strong>aplicar no Brasil. Mas não vão aplicar porque a <strong>de</strong>mocraciano Brasil é um fato triunfante e vai crescer cadavez mais. Os pobres vão cada vez mais ver na televisãocoisas que os ricos têm direito <strong>de</strong> ver nos seusprogramas noturnos especiais da televisão a cabo.Isso é incontestável.Portanto, para enten<strong>de</strong>r um pouco melhor a posição<strong>de</strong> V. Ex l sobre o teto <strong>de</strong> 20%, pergunto: qualcenário V. Ex l traçaria para o perigo no contexto <strong>dos</strong>49%? Qual é exatamente o medo <strong>de</strong>'V. Ex l , caso jácomeçáss<strong>em</strong>os com um teste mais ousado nessecampo?O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Deputado Fernando Gabeira, provavelmente tomandoconhecimento <strong>de</strong> que esta sessão está ganhandocontornos altamente erotizantes, o Presi<strong>de</strong>nteda Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> nos pe<strong>de</strong> para a encerrarmoso mais rápido possível.No entanto, não vou ficar s<strong>em</strong> ouvir a palavra doDeputado Bispo Rodrigues e, claro, a resposta tãoesperada por nós do Ministro Pimenta da Veiga.O SR. DEPUTADO BISPO RODRIGUES - Muitoobrigado, Sr. Presi<strong>de</strong>nte. Agra<strong>de</strong>ço a presença doSr. Ministro, aceitando o convite <strong>de</strong>sta Comissão.Aproveitando as palavras do brilhante DeputadoFernando Gabeira, do PV, do Rio <strong>de</strong> Janeiro, gostaria<strong>de</strong> saber quando entrará <strong>em</strong> operação o mecanismo- votado pela CCJ na s<strong>em</strong>ana passada - que possibi-.Iitará censurar a violência e o erotismo na TV? Jáexiste um chip nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> que permite aospais programar com antecedência a televisão <strong>de</strong>


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27127modo que os seus filhos, <strong>de</strong> menor, <strong>de</strong> tenra ida<strong>de</strong>, sunto justamente agora, nobre Deputado. Para nós, énão assistam programas violentos ou eróticos. Como uma alegria voltar a tê-lo aqui no nosso meio.nós agora, estamos aqui e os nossos filhos estão, às O SR. POMPEO DE MATTOS - Muito obrigado,vezes, diante <strong>de</strong> uma televisão vendo o que não t<strong>em</strong> Sr. Presi<strong>de</strong>nte.condições <strong>de</strong> dizer se é certo ou errado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)Sou m<strong>em</strong>bro da Comissão <strong>de</strong> Constituição e - Com a palavra o Ministro Pimenta da Veiga, para asJustiça e <strong>de</strong> Redação e hoje votamos a criação da TV suas consi<strong>de</strong>rações finais.Fundação Metropolitana Paulista, a Fundação Nossa O SR. MINISTRO PIMENTA DA VEIGA - Res-Senhora <strong>de</strong> Belém, a Fundação Radioeducadora pon<strong>de</strong>ndo às últimas indagações, começo pelo Depu-Oswaldo Cruz, Fundação Logus, Fundação Agripino tado Wagner Salustiano, que fez várias assertivas,Lima. Vinte por cento das <strong>em</strong>issoras <strong>de</strong> rádio e televi- fez uma pergunta, mas, na verda<strong>de</strong>, não <strong>de</strong>terminousão neste País pertenc<strong>em</strong> a fundações. Portanto, se- a qu<strong>em</strong> exatamente se dirigiam as suas afirmativas.gu<strong>em</strong> o mesmo princípio1<strong>de</strong> on<strong>de</strong> v<strong>em</strong> aisenção, por- Recordando, disse o Deputado: "O que acrescenta aoque as fundações têm as mesmas isenções das enti- sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> radiodifusão uma <strong>em</strong>issora que não pagada<strong>de</strong>s sociais e filantrópicas e elas po<strong>de</strong>m ter rádio e impostos, que não t<strong>em</strong> escrúpulos, e que não paga ostelevisão. Por que as entida<strong>de</strong>s sociais, que têm o seus funcionários?" Diante disso, só posso responmesmoprincípio <strong>de</strong> tratamento da Receita Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>r-lhe: nada.<strong>em</strong> relação à isenção, po<strong>de</strong>m ter rádio e televisão e O Deputado Santos Filho questiona, novamenasentida<strong>de</strong>s socinis s<strong>em</strong> fins lucrativos não po<strong>de</strong>m? te, o percentual <strong>de</strong> 20%, consi<strong>de</strong>rando que é pouco.As fundações também não pagam impostos e muitas Esta é uma questão relativamente subjetiva. Não hámesmo irregularmente, estão até ven<strong>de</strong>ndo anúncios uma fórmula mat<strong>em</strong>ática, n<strong>em</strong> jurídica que a <strong>de</strong>terminessasrádios. A meu ver, a princípio, isso é irregular. ne. Mas é evi<strong>de</strong>nte que uma <strong>em</strong>presa que tenha 20%Como, por ex<strong>em</strong>plo, a Fundação Cásper Líbero, <strong>em</strong> do capital <strong>de</strong> uma associação tenha muito menos pre-São Paulo, que t<strong>em</strong> uma TV que <strong>de</strong>ve ser educativa. sença, terá, s<strong>em</strong> dúvida, muito menos participação naAcredito que a fundação é para ser educativa, mas condução do negócio. Qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> 20% po<strong>de</strong> ter, qu<strong>em</strong>são outras coisas...sabe, um direto; qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> 49% - e já entro um poucoGostaria <strong>de</strong> saber se V. Ex!! não po<strong>de</strong>ria recon- na pergunta do Deputado Fernando Gabeira -, po<strong>de</strong>si<strong>de</strong>rar sua posição contrária à titularida<strong>de</strong> das enti- ter vários diretores e, qu<strong>em</strong> sabe, os diretores fundada<strong>de</strong>ssociais pertencentes a brasileiros natos, so- mentais. PE po<strong>de</strong> terminar dirigindo, porque, no casomente a brasileiros natos, ou dirigidas por brasileiros <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa <strong>de</strong> comunicação, não basta saber qu<strong>em</strong>natos na sua diretoria. Eles não po<strong>de</strong>riam ter essa é que t<strong>em</strong> o maior ganho financeiro. Não se trata disisenção,a ex<strong>em</strong>plo das fundações, que hoje têm o so. Estamos querendo pôr <strong>em</strong> discussão, e certatratamento<strong>de</strong> titularida<strong>de</strong>?mente essa Comissão discute com priorida<strong>de</strong>, é aEra essa era a pergunta que queria fazer ao Sr. conseqüência administrativa, ou o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> influênciaMinistro. que esse capital t<strong>em</strong> na condução do negócio, d~Muito obrigado.uma <strong>em</strong>issora que existe por concessão pública. Eisso. Neste caso, com 20% po<strong>de</strong> n<strong>em</strong> ter presença naO SR. DEPUTADO POMPEO DE MATTOS - administração. E, se tiver, é uma presença restrita;Sr. Presi<strong>de</strong>nte, pela or<strong>de</strong>m.com 40%, com 49%, essa presença po<strong>de</strong> vir a ser do-Eu estava inscrito antes mas me chamaram e minante. Portanto, essa é a razão fundamental <strong>de</strong>infelizmente não pu<strong>de</strong> me expressar. Já fui informado nos fixarmos nesse ponto.que o Deputado Fernando Gabeira fez a pergunta V. Exa. fala sobre a questão das pessoas jurídiqueeu gostaria <strong>de</strong> ter feito a respeito da questão da caso Este, sim, é o ponto fundamental. Mudar o textonegociação, envolvendo a Re<strong>de</strong> Manchete, ou seja, constitucional, permitindo essa participação, é a muque<strong>em</strong>presas nacionais estariam adquirindo a Man- dança fundamental. V. Exa. t<strong>em</strong> razão, o núcleo échete, <strong>em</strong> convênio com <strong>em</strong>presas estrangeiras, pre- este. Depois, se essa <strong>em</strong>presa terá participação <strong>de</strong> .vendo, no futuro, a inclusão <strong>de</strong> estrangeiros nesse nacionais ou <strong>de</strong> estrangeiros é outra questão, quetipo <strong>de</strong> negócio aqui no Brasil, que é uma ativida<strong>de</strong> também t<strong>em</strong> importância, mas, a mudança notável éeconômica.essa. Repito, parece-me que, como primeiro passo,Seria mais ou menos essa a minha indagação. <strong>de</strong>víamos ficar para ver a conseqüência nesse limiteO SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz) <strong>de</strong> 20%. V. Exa. faz uma referência - eu também que-- O Ministro Pimenta da Veiga vai enfrentar esse as- ro fazê-Ia - à questão da autocensura. Este é o cami-


27128 Quinta-feira 10 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Junho <strong>de</strong> 1999nho adotado por muitos países para regular a.programação:estabelece-se um conselho entre os própriosoperadores, que, entre outras possibilida<strong>de</strong>s, po<strong>de</strong>mestabelecer o critério <strong>de</strong> 'pontuação para renovação<strong>de</strong> concessões, até mesmo para perdas, mas, sobretudopara a renovação. É um caminho, não obstanteessa argumentação do Deputado Fernando Gabeira,que se coloca contra, pelo que se vê, a qualquer tipo<strong>de</strong> limitação nessa área.O Deputado Fernando Gabeira fala sobre a qualida<strong>de</strong>,ou a competência moral, e o patriotismo <strong>dos</strong><strong>de</strong>tentores <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas <strong>de</strong> radiodifusão no País.Aqui, a discussão não é entre anjos e capetas, não setrata disso. V. Exa. t<strong>em</strong> razão. Mas o'ex<strong>em</strong>plo que V.Exa. nos traz da música húngara, vls-à-vis, o controleda informação, precisa ser consi<strong>de</strong>rado. Uma coisaé tocar música húngara aqui, outra coisa é ter o controleda informação, com os seus efeitos econômicos,sociais e políticos. Não se trata da <strong>de</strong>snacionalizaçãoou da presença dominadora do capital estrangeiro <strong>em</strong>uma <strong>em</strong>issora. O que se discute aqui é se isso po<strong>de</strong>ser <strong>em</strong> todo o sist<strong>em</strong>a, porque, se po<strong>de</strong> ser <strong>em</strong> uma,po<strong>de</strong> ser <strong>em</strong> todo o sist<strong>em</strong>a. Essa presença po<strong>de</strong>riaaté se resumir a tocar aqui música húngara. Na realida<strong>de</strong>,o que se discute é se esse controle da informaçãot<strong>em</strong> importância ou não. Acho que esse controlet<strong>em</strong> muita importância. E todo excesso é con<strong>de</strong>nado.Não <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os dramatizar a presença do capital estrangeiro,mas também não <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os cometer o outroexcesso, que quer dizer que não t<strong>em</strong> nenhuma importância.Se liberáss<strong>em</strong>os, por ex<strong>em</strong>plo, 49% a presença<strong>em</strong> uma <strong>em</strong>issora, e~taríamos liberando para todoo sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> comunicação no Brasil. Na minha opinião,é um excesso que não <strong>de</strong>ve ser cometido. Etambém ficarmos com tudo fechado <strong>em</strong> uma" época<strong>em</strong> que o satélite já nos inva<strong>de</strong> <strong>de</strong> várias formas.Também é um outro excesso.Por isso, chamado à discussão - não é uma propostado Executivo - expresso aqui a nossa posição<strong>de</strong> que até 20% seria razoável. E não é por medo,como disse V. Exa., po<strong>de</strong>ria ser, no máximo, por receio.Mas, na verda<strong>de</strong>, é por uma razão objetiva, por essasrazões que acabo <strong>de</strong> apresentar.Por fim, o Deputado Bispo Rodrigues nos falou<strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> censura e, também, do chip quecomanda a programação, que estará disponível, jáque a discussão da matéria está na Comissão <strong>de</strong>Constituição e Justiça e <strong>de</strong> Redação. Devo dizer queV. Exa. respon<strong>de</strong>u a pergunta: quando se tornar lei,na medida <strong>em</strong> que for aprovado, será adotado.Enquanto não for lei, não será adotado.V. Exa. menciona também a questão <strong>de</strong> diversasfundações aprovadas. Tudo isso rigorosamente<strong>de</strong>ntro <strong>dos</strong> textos legais vigentes. Não sei se essasfundações se refer<strong>em</strong> às televisões educativas. Pensoque sim. Esta é uma discussão legal e continuar<strong>em</strong>osagindo <strong>de</strong>ste modo. Todas as fundações quepreencher<strong>em</strong> os requisitos legais, on<strong>de</strong> houver canaldisponível, po<strong>de</strong>rão operar <strong>em</strong> TV ou rádios educativos.Quanto à televisão comercial, a Constituição brasileira,com acerto, dispõe que <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> pessoasfísicas nacionais. Se a <strong>em</strong>enda for aprovada, esten<strong>de</strong>ndoisso a 20% <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas jurídicas, assim será.Fora disto, o Ministério continuará agindo rigorosamente,como já está agindo.Por último, o Deputado"Pompeo <strong>de</strong> Mattos falasobre a TV Manchete e capital estrangeiro na TVManchete. Devo dizer a V. Exa. que muitas especulaçõesforam feitas, e continuam sendo feitas, afinal,.era uma importante re<strong>de</strong> <strong>de</strong> televisão que, como to<strong>dos</strong>sab<strong>em</strong>, estava à <strong>de</strong>riva. O çiesaparecimento <strong>de</strong>lapo<strong>de</strong>ria interessar a alguns, sua continuação interessava- eu penso - a militantes funcionários e ao própriosist<strong>em</strong>a que precisa ter certo equilíbrio. Trabalhamospara que não houvesse o traumático <strong>de</strong>saparecimento<strong>de</strong>ssa re<strong>de</strong>. Felizmente, apar~ceu uma operadoraque preencheu os requisitos legais, um grupoessencialmente brasileiro. Essas especulações, certamenteV. Exa. ouvirá, como já ouviu <strong>de</strong> outras re<strong>de</strong>s.Quero dizer a V. Exa. que pelos apontamentosexistentes no Ministério, não há um real <strong>de</strong> capital estrangeironessa operação. Isso não impe<strong>de</strong> que versõesdiversas estejam trafegando por aí. Mas queroafiançar a V. Exa. que agimos com mais rigor do quea lei <strong>de</strong>termina, fiz<strong>em</strong>os exigências além. O grupopreencheu todas essas exigências. Inclusive, já estáregularizando não apenas a situação <strong>dos</strong> funcionárioscomo todo o passivo fiscal. E, mais do que isso - enenhuma lei <strong>de</strong>termina, essa foi uma exigência nossa-, todo o débito existente com bancos oficiais teriaque ser coberto pela '1ova operadora. E assim estásendo feito. Portanto, todas as garantias foram apresentadase nós imaginamos ter agido com o discernimentoe com os cuida<strong>dos</strong> que a situação exigia.O SR. PRESIDENTE (Deputado Ayrton Xerêz)- Ministro Pimenta da Veiga, agra<strong>de</strong>ço a V. Exa. pelasua exposição nesta Comissão Especial."Não havendo mais qu<strong>em</strong> queira fazer uso dapalavra, convoco reunião para a próxima terça-feira,às 14h30min, neste plenário, para a leitura do relatóriodo Deputado Henrique Eduardo Alves, Relator damatéria; e convoco, igualmente, reunião para a próxi-


Junho <strong>de</strong> 1999 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 10 27129ma quarta-feira, às 10h da manhã, para discussão dorelatório produzido pela Sra. Relatora.Agra<strong>de</strong>ço a to<strong>dos</strong> a presença.Declaro encerrada a presente reunião.DISTRIBUiÇÃO DE PROJETOSCOMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRAE CONTROLE. O Deputado Delfim Netto, Presi<strong>de</strong>nte da Comissão<strong>de</strong> Fiscalização Financeira e Controle, fez a seguinte:Distribuição n 2 7199Em 9-6-99Ao Deputado FERNANDO DINIZProposta <strong>de</strong> Fiscalização 'e Controle nº 9/99 ­do Sr. Gilmar Machado, que "Propõe que a Comissão<strong>de</strong> Fiscalização Financeira e Controle fiscalize a atuaçãodo Banco Central na venda <strong>de</strong> dólares aos bancosMarka e FonteCindam".Sala da Comissão, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - MariaHelena Pinheiro Monteiro, Secretária.COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTESO Deputado Marcelo Teixeira, Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>staComissão, fez a seguinte:Distribuição n 2 16/99Em 9-6-99Ao Deputado ALBERTO MOURÃOProjeto <strong>de</strong> Lei nº 4.335-A/98 - do Sr. FernandoZuppo - que "dispõe sobre o <strong>de</strong>sconto nos meios <strong>de</strong>transporte para os estudantes <strong>de</strong> pós-graduação".Ao Deputado EDINHO ARAÚJOProjeto <strong>de</strong> Lei nº 737/99 - do Sr. Augusto Nar<strong>de</strong>s-que "estabelece um número limitado <strong>de</strong> cobrança<strong>de</strong> pedágio por mês, nas rodovias fe<strong>de</strong>rais, para osRepresentantes Comerciais Autônomos e Representantes<strong>de</strong> Pessoas Jurídicas".Ao Deputado ANTÔNIO GERALDOProjeto <strong>de</strong> Lei n Q 781/99 - do Sr. Marcelo Teixei- .ra - que "modifica incisos, <strong>dos</strong> arts. 22 e 24 da Lei nº9.503, <strong>de</strong> 1997 - Código <strong>de</strong> Trânsito Brasileiro".Ao Deputado NEUTON LIMAProjeto <strong>de</strong> Lei n Q 792199 - do Sr. Josué Bengtson- que "altera a Lei n Q 9.503, <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro<strong>de</strong> 1997, que institui o Código <strong>de</strong> Trânsito Brasileiro,para aplicar penalida<strong>de</strong> aos motoristas flagra<strong>dos</strong> fumandona direção do veículo".Ao Deputado JOSÉ BORBAProjeto <strong>de</strong> Lei nº 812/99 - do Sr. Antônio CarlosBiscaia - que "disciplina o exercício da profissão <strong>de</strong>carregador <strong>de</strong> bagagens· nos aeroportos e dá outrasprovidências".Ao Deputado OLAVO CALHEIROSProjeto <strong>de</strong> Lei nº 826/99 - do Sr. Pedro Fernan<strong>de</strong>s- que "dispõe sobre a concessão <strong>de</strong> gratuida<strong>de</strong>no transporte coletivo urbano para alunos <strong>de</strong> ensinofundamental da re<strong>de</strong> pública".Sala da Comissão, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - RuyOrnar Prudêncio da Silva, Secretário.COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIRPARECER À PROPOSTA DE MENDA ÀCONSTITUiÇÃO Nº S9-A, DE 1995,QUE"DÁ NOVA REDAÇÃO AO INCISO IV DOART. 29, DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL"(NÚMERO DE VEREADORES)Distribuição n g 1/99O Senhor Deputado RAFAEL GUERRA, Presi<strong>de</strong>nteda Comissão, fez a seguinte distribuição:Em 9-6-99À Senhora Deputada ZEZÉ PERRELLA.Proposta <strong>de</strong> Emenda à Constituição nº 89-A, <strong>de</strong>1995, do Sr. Deputado Nicias Ribeiro, que "Dá novaredação ao inciso IV do art. 29 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral".Sala da Comissão, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - JoséMaria Aguiar <strong>de</strong> Castro, Secretário.REDISTRIBUiÇÃO DE PROJETOCOMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTESO Deputado Marcelo Teixeira, Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>staComissão, fez a seguinte:Redi~tribuiçã(j) n!! 2199Em 9-6-99Ao Deputado Duíuo PISANESCHIProjeto <strong>de</strong> Lei n!! 4.825/98 - do Sr. Paulo Limaque"<strong>de</strong>nomina Aeroporto Internacional Presi<strong>de</strong>nteJânio Quadros o Aeroporto Internacional <strong>de</strong> Congonhas,nacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Estado <strong>de</strong> São Paulo".Sala da Comissão, 9 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1999. - RuyOrnar Prudência da Silva, Secretário.


Presi<strong>de</strong>nte:MICHEL TEMER - PMDB - SP1 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte:HERÁCLITO FORTES - PFL - PI2 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte:SEVERINO CAVALCANTI- PPB - PE(Biênio 1999/2000)1 2 Secretário:UBIRATAN AGUIAR - PSDB - CE2 2 Secretário:NELSON TRAD - PTB - MS3 2 Secretário:JAQUES WAGNER - PT - BA4 2 Secretário:EFRAIM MORAIS - PFL - PBSuplentes <strong>de</strong> Secretário:.GIOVANNI QUEIROZ - PDT - PA2 2 LUCIANO CASTRO - PSDB - RR3 2 ZÉGOMES DA ROCHA-PMDB-GO4 2 GONZAGA PATRIOTA PSB PEPARTIDOS, BLOCOS E RESPECTIVASBANCADAS BLOCO PARLAMENTARPFLLí<strong>de</strong>r: INOcêNCIO OLIVEIRAPa~<strong>de</strong>mey Avelino (1 2 Vice)Abelardo LupionAldlr CabralAntônio GeraldoAracely <strong>de</strong> PaulaCarlos MellesCesar Ban<strong>de</strong>iraCleuber CarneiroCouraci SobrinhoFrancisco CoelhoEduardo PaesLavoisier MaiaJosé LourençoManoel CastroMaluly NetoNey LopesMarcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lhaPaulo OctávioPaes LandimPedro Fernan<strong>de</strong>sPaulo Magalhães .Rub<strong>em</strong> MedinaPedro BittencourtSantos FilhoRonaldo CaiadoWerner Wan<strong>de</strong>rerRubens FurlanVi/mar RochaPSDBLí<strong>de</strong>r: AÉCIO NEVESVlce-Lí<strong>de</strong>r:Aloysio Nunes Ferreira (1 2 Vice)Zenaldo CoutinhoB.SáNelson OtochRoberto RochaPedro HenryVlce-Lí<strong>de</strong>res:Cezar SchirmerMilton MontiFernando DinizJosé ChavesHenrique Eduardo AlvesPedro NovaisPinheiro LandimJorge WilsonEuler MoraisEdinho BezNelson ProençaJoão Men<strong>de</strong>sVlce-Lí<strong>de</strong>res:Arlindo ChinagliaHenrique FontanaJoão FassarellaPMDBLí<strong>de</strong>r: GEDDEL VIEIRA LIMAPTLí<strong>de</strong>r: JOSÉ GENOíNOJutahy JúniorRicardo FerraçoSebastião Ma<strong>de</strong>iraRommel FeijóSaulo PedrosaRomeu QueirozHélio CostaWal<strong>de</strong>mir MokaRicardo RiqueMen<strong>de</strong>s Ribeiro FilhoJoão HenriqueEunício OliveiraTetê BezerraEdinho AraujoMaria LúciaSalatiel CarvalhoAntônio do ValleGeraldo MagelaJoão CoserJoão PauloJosé PimentelPadre RoqueProfessor LuizinhoVal<strong>de</strong>ci OliveiraWalter PinheiroVlce-Lí<strong>de</strong>res: _Gerson PeresFetter JúniorNelson MeurerVice-Lídreres:Fernando Zuppo (1 2 Vice)Dr. HélioPPBLí<strong>de</strong>r: ODELMO LEÃOPTBLí<strong>de</strong>r: ROBERTO JEFFERSONjVice-Lí<strong>de</strong>res:Walfrido Mares Guia (1 2 Vice)José Carlos EliasFernando GonçalvesEduardo SeabraMarcos Rolim". Paulo RochaTeIma <strong>de</strong> SouzaVirgíliO GuimarãesEurico MirandaHugo BiehlHerculano AnghinettiCelso GiglioCaio RielaIrisSimõesFernando CorujaJosé Roberto BatochioLuiz Salomão• Pompeu <strong>de</strong> MattosBloco (PSB, PC do B)Lí<strong>de</strong>r: LUIZA ERUNDINAVlce-Lí<strong>de</strong>res:Aldo RabeloPedro EugênioEduardo CamposHaroldo UmaCl<strong>em</strong>entino CoelhoGivaldo CarimbãoBloco (PL, PST; PMN, PSD, PSL)Lí<strong>de</strong>r: VALDEMAR COSTA NETOVice-U<strong>de</strong>res:Marcos CintraBispo RodriguesCabo JúlioPaulo José GouvêaDe VelascoPPS'Lí~er: JOÃO HERRMANN NETOVice-Lí<strong>de</strong>r:Regis CavalcanteVice-Lí<strong>de</strong>res:Ronaldo cezar CoelhoDuilio PisaneschiRicardo BarrosPDTLí<strong>de</strong>r: MIRO TEIXEIRALIDERANÇA DO 90VERNOLí<strong>de</strong>r: ARNALDO MADEIRAIvan PaixãoElton RohneltDarcísio Perondi


--~ DEPUTADOS EMEXERCtCIO -.RoraimaAirton CascaveL •••••,••••••••••.PPSAlceste Almeida••••••• : ••••••••. PMDB.Almir Sá••••••••••••••••••••••••PPBElton Rohnelt•••••••••••••••••••PFLFr~ncisco Rodrigues •••••••••••••PFLLuciano Castro••••'••••.' •••••••••PSDBLuis Barbosa••••••••••••••••••••PFLRobério Araújo••••••••••••••••••PPBAmapáAntonio Feijão ','PSDBBadu Picanco••••••••.••••••••••• PSDBDr. Benedito Dias••••••••••••••• PFLEduardo Seabra••••••••••••••••••PTBEvandro Milhomen••••••••••••••••PSBFátima Pelaes•••••••••••••••••••PSDBJurandil Juarez••••••••••••••••• PMDBSérgio Barcellos••••••••••••••••PFLParáAnivaldo Vale•••••••••••••••••••PSDBBabá•••.•••••••••••••••••••••••• PTDeus<strong>de</strong>th Pantoja•••.•.••.••••••• PFL.Elcione Barbalho•••••••••••.•••• PMDBGerSOn Peres•••••••••••••••••••• PPBGiovanni Queiroz•••••••••••••••• PDTJorge Costa••••••••••••••• ~ •••••PMDBJosé Priante•.•.•••••••••••••.•. PMDBJosué Bengtson••••••••••••••••••PTBNicias Ribeiro••••••• : ••••••••••PSDBNilson Pinto•••.•••••.•••••••••.PSDBPaulo Rocha•••••••••••••••••••••PTRaimundo Santos•••.•••.•••••.••• PFLRenildo Leal••••••••••••••••••••PTBValdir Ganzer•••••••••••••••••••PTVic Pires Franco••••••••••••••••PFLZenaldo Coutinho•••••..•••••.•.. PSDBAmazc;m~sArthur Virgilio••••••••• ~ •••••••PSDBÁtila Lins••••••••••••••••••••••PFLFrancisco Garcia•••• ~ •••••••••••PFLJosé Melo•••••••••••••••••••••••PFLLuiz Fernando•••••••••••••••••••PPBPau<strong>de</strong>rney Avelino•••••••••••••••PFLSilas ~ara••••••••••••••••••••PFLVanessaiGrãzziotin••••••••••••••PCdoBRondônia 'Agnaldo Muniz." •••••••••••••••••PDTCarlos Cury••••••••••••••••.••.• PPBConfúcio Moura•••••••••••••••••• PMDBEuripe<strong>de</strong>s Miranda•••••••••••••• ~PDTExpedito Júnior•••••••••••••••••PFLMarinha Raupp•••••••••••••••••••PSDBNilton Capixaba•••••••••••••••••PTBSérgio Carvalho•••••••••••••••••PSDBAcreHilciebrando Pascoal••••••••••••• PFLIlCiefonco Cor<strong>de</strong>iro••.••.••••••••PFLJoão TotaPPBMárcio Bittar•••••••••••••••••••PPSMarcos Afonso•••••••••••••••••••PTNilson Mourão•••• '.' •••••••••••••.PTSérgio Barros••• ~ •••••••••••••••PDTZila Bezerra•••,o • o o ... o o o o • o .0 .0 o PFLTocantinsAntônio Jorge•••••••••••••••••••PFLDarci Coelho•••••••.•••••.•••••••• PFLFreire Júnior•••••.•••••••••• ~ •• PMDBIgor Avelino•••••••••••••••••••• PMDBJoão Ribeiro••••.•••••••••••••••E'FLOsvaldo Reís•.••••••••••••••.••• PMDBPastor Amarildo••••••••••••••••• E'PBPaulo Mourão••••••••••••••••••••PSDBMaranhãoAlbérico Filho•••••••••••.••••••PMDBAntonio Joaquim Araújo••••••••••PPBCesar Ban<strong>de</strong>ira••••••••••••••.••• PFLCosta Ferreira••••••••••••••••••PFLEliseu Moura•••.•.•.••••••.•.••• PPBFrancisco Coelho•••••••••••••••• PELGastão Vieira••••••••••••••••••• PMDBJoão Castelo•••" •••••••••••.•••• PSDBJosé Antonío•.••••••••••••.•••••PSBMauro Fecury•..••••••••••.••••••PFLNeiva Moreíra.••.••••.•..•••••.•PDTNice Lobão•.••••••••••••.•••••••PFLPaulo Marinho.•.••.•••••••••••••PFLPedro Fernan<strong>de</strong>s••••• : •••••••••••PFLPedro Novais•••••••••••••.•••••• PMDBR<strong>em</strong>i Trinta••••••••••••••••••••. PLRoberto Rocha•••••••••••••.••••• PSDBSebastião Ma<strong>de</strong>ira•••••••.•••••••PSDBCearáAdolfo Marinho•.•.•.••.•.•••.••. PSDBAlmeida <strong>de</strong> Jesus•••••••.•.•.••.•PLAnibal Gomes •••••.••••.••••••••• PMDBAntonio Cambraia.••.•••••• ~ •••.• PMDBArnon Bezerra••••••••••••••••••• PSDBChiquinho Feitosa••••.••.•••••••PSDBEunicio Oliveira•••••••••••••••• PMDBInácio Arruda..•.•.•••.•.•..••••PCdoBJosé Linhares..••••••••••••••••• PPB'José Pimentel•.•.••••..•.••••.•. PTLéo Alcântara••••••••••••••••••• PSDBManoel Salviano••...•••••.•••.•• PSDBMarcelo Teixeira••••••••••.••••• PMDBMoroni Torgan••.•••••••••••.••••PSDBNelson Otoch•••••••••••••••••••. PSDBPinheiro Landim••••••••••••••••. PMDBRaimundo Gomes <strong>de</strong> Matos•••.••••.PSDBRoberto Pessoa.••••••••.•••••.•.PFLRoromel Feij6•••••••••••••••••••• PSDB


Sérgio Novais.•.....•...•.••••••PSBUbiratan Aguiar..........•••.••.PSDBVicente Arruda••..••••••••••••••PSDBPiàuíÁtila Lira............•.....•.••PSDBB. Sá••••.••••.••.......•..•••••PSDBCiro Nogueira.............•.•.••PFLHeráclito Fottes•••••.•..•..••••PFLJoão Henrique•••...••••...•••••• PMDBMarcelo Castro.•••...•.•••••••••PMDBMussa D<strong>em</strong>es •.•..•..•..••.•..••••PFLPaes Landim.•.••••••••••.•.••..•PFLTh<strong>em</strong>ístocles Sampaio•..•.•••.••• PMDBWellington Dias.•....••...•..•..PTRio Gran<strong>de</strong> do NorteAna Catarina............•..•.••.PMDBBetinho Rosado..........•..••..•PFLHenrique Eduardo Alves...•.••.••PMDBIberê Ferreira•.......•...••••••PPBLaire Rosado...........••..••••• PMDBLavoisier Maia..•..•.•....••••.•PrLMúcio Sá......••.•.•...•....•••• PMDBNey Lopes•..••.........•.•.••.••PFLParaíbaAdauto Pereira.•••.••.••.•••••••PFtArmando Abílio..•........••.••.•PMDBAvenzoar Arruda.......•...••.•••PTCarlos Dunga.....•......•.••••.•PMDBDamião Feliciano.•.••.•...••••••PMDBDomiciano Cabral..•.....•....•.• PMDBEfraim Morais.•....••.•..••...••PFLEnivaldo Ribeiro••.•••.••••.•.••PPBInaldo LEütão.•.•.•...••.•••••••PMDBMarcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lha.•.•....•••.•••PFLRicardo Rique••.••.••••.•••••••• PMDBWilson Braga...••...•.•••.•.••••PFLPernambucoAntônio Geraldo•••.•..••••••••••PFLArmando Monteiro..••.........•••PMDBCarlos Batata..•...•.....•..••••PSDBCl<strong>em</strong>entino Coelho......•..•.•.••PSBDj alma Paes....•.......•.•.•.••.PSBEduardo Campos •........••.••••••PSBFernando Ferro,••.•.•••...•••••••PTGonzaga Patríota•.•••...••••••••PSBInocêncio Oliveira...••••.••••••PFLJoão Co] aço...•••.•...••••.•...•PMDBJoaquim Francisco••••.••••••••••PFtJoel <strong>de</strong> Hollanda•.•.•..•.•••.•••PFtJosé Chaves•••..•.•.••••.••..••• J?MDBJosé Mendonça Bezerra•.•....•••• ~FtJosé Múcio Monteiro......•.•..•.PFLLuciano Bivar....•...••..' •••••••PSLLuiz Piauhylino.......•....•.•••PSDBMarcos <strong>de</strong> Jesus..•...•....••.•••PSTOsvaldo Coelho.............•.••.PFLPedro corrêa••••••••••••• ; ••••••PPBPedro Eugênio•••••••••••••••• ; •• PSB~icardo Fiuza••••••••••••••.••••PFLSalatiel Carvalho•••••••••.••••• PMOBsérgio Guerra••••••••. ·~ •••'••••••PSDBSeveriho Càvalcanti•••••••••••• ~PPB.AlagoasAlbérico Cor<strong>de</strong>iro•••••.••••••••• ~TBAugusto Farias•••••••••••••• ~ •••PPBGiva.ldo Cal'imbão••••••••••••.••••PSBHêlenildo Ribeiro••••••••••••••• PSDBJoão CaldasPMNJosé Tho1'll.az Not'16 ••..•-PFLLuiz Dantas•• o'. :


Paulo Magalhães•••••••••••••••••PFLPedro I ruj o. . • • • • • . • • . . • . • • . • . . . PMDBReginaldo Germano...•••.••.•••••PFLRoland Lavign~•••••••••.••.•••••PFLSaulo'Pedrosa.•...••.••.•..•.•..PSDBUrsicino Queiroz.•.•••••.••••..•PFLWaldir Pires••••••••.•.••.••••••PTWalter Pinheiro..••..•..•..•.••.PTYvoniltonGonçalves••••••••••••. PPBMinas GeraisA<strong>de</strong>mir Lucas••••••••••.••..••••. PSDBAécio Neves•• , •.••••.•..•••••..•PSDBAntônio do Valle•••....•••••.•.• PMDBAracely <strong>de</strong> Paula•..••.••..•....•PFLBonifácio <strong>de</strong> Andrada..•..••.•.••PSDBCabo Júlio.•..•.••..•·.....•.....PLCarlos Mell~s•.•...••• ~ .. : .••..•PFLCarlos Mosconi. ..•..•.••.....••.PSDBCleUber Carneiro.•.••..••.••••.•PFLCust6dio Mattos•••.••.•.•.•.•..•PSDBDanilo <strong>de</strong> Castro.•.••••.•••.••.• PSDBEdmar Moreira•...•..•..•••.••.•.PPBEduardo Barbosa.•.••..•.••..•.•.PSDBEliséu Resen<strong>de</strong>...•......•.•..•..PFLFernando Diniz....•..•..•..•.·.•.PMDBGilmar Machado; .•.....•..•..•...PTGlycon Terra Pinto.•.••.•.•••••• PMDBHélio Costa•.••....•..•..••..... PMDBHerculano Anghinetti.••••.•••.••PPBIbrahim Abi-ackel...•.........•.PPBJaime Martins••..•..•.••.••.•.••PFLJoão Fassarella•.••.••••.••••.••PTJoão Magalhães..•..•.....••••••. PMDBJoão Magno••..•..•......•..•.••. PTJosé Militão.•••••...••.•..•••••PSDBLael Varella•••.••.••••..••••••. PFLLincoln Portela•.•••...•••.••.•• PSTMárcio Reinaldo Moreíra••.••.•.•PPBMarcos Lima..•..•....•.••.....•. PMDBMaria do Carmo Lara.•••.•..•..•.PTMaria Elvira.•..•.• : ....•.•..••• PMDBMário <strong>de</strong> Oliveira....•.•..•..•.• PMDBNarcio Rodrigues.••.•••..••.•••. PSDBNilmário Miranda•.•..•..•.••.•. :PTO<strong>de</strong>Imo Leão•.•••..•.••••..·.•••..PPBOlimpio Pires.•...•.•.•••.••..••PDTOsmânio Pereira•.••••.••.•.••.••PMDBPaulo Delgado•••••••.••.••••••••PTPh:H<strong>em</strong>on Rodrigues....•....•••.. PMDBRafael Guerra.••.•.••....•..•...PSDBRoberto Brant..•........••....•.PFLRomel ·Anizio••••.•.•.•..••..••.•PPB·Romeu Queiroz•...•..••.•.•.••••. PSDBRonaldo Vasconcellos·•..•.•....•.PLSaraiva Felipe••••.••.•••.••••.• PMDBSérgio Miranda•............• ~ .... PCdoBSilas Brasileiro••.•..••..•..•••PMDBVirgílio Guimarães•..••.•...•.•. PTVittorio Medioli. •••••.••••••.••PSDBWalfrido Mares Guia•.....•••....PTBZaire Rezen<strong>de</strong>..••.•...••....•...PMDBZezé Perrella.••.••.••..•..•.•••PFLEspirito SantoAloízio Santos.•..•...•..•...•..PSDBFeu Rosa•••••••••••••••••.•.••.•PSDBJoão Coser.••.••.•••.•••••••••••PTJosé Carlos Élias•••.•••.•..••••PTBMagno Malta.•.•.••••..••.••..•..PTBMarcus Vicente.•....•..••..•.•••PSDBMax Mauro...• '••...........•..•..PTBNilton Baiano..•...•..•.•••.••••PPBRicardo Ferraço.•...•..•.••..•..PSDBRita Camata.•••.•.••.•..•..•.••• PMDBRio <strong>de</strong> JaneiroAlcione Athay<strong>de</strong>..•.••.••••••.••.PPBAldir Cabral•••••..•..•.•••••.•.PFLAlexandre Santos•.••••••.•••••..PSDBAlmerinda <strong>de</strong> Carvalho•••.•..•..•PFLAntonio Carlos Biscaia.•..••••.• PTArol<strong>de</strong> <strong>de</strong> Oliveira.•.•.•....•••.PFLAyrton Xerêz.••.•.••••.•....••.•PSDBBispo Rodrigues•..•.•..•..·•.....PLCarlos Santana.••...••.•••.•..•.PTCelso Jacob.•....•.••..•..•....•PDTCoronel Garcia••.•••••••.•••••.•PSDBDino Fernan<strong>de</strong>sPSDBDr. Heleno.•..•....•..•.•......•PSDBEber Silva.••.•..•..•.••.••.•.••PDTEduardo Paes•....•..•.....••....PFLEurico Miranda....•....•..•.....PPBFernando Gabeira•.••.•..••.•••••PVFernando Gonçalves••••.••••••..• PTBIédio Rosa•.••....•..•.••.••••••PMDBJair Bolsonaro••••••..••.••.••••PPBJandira Feghali..•.•..•.•...•.•.PCdoBJoão Men<strong>de</strong>s.••....•..•.•..•....•PMDBJoão Sampaio....•..••...•..•.••.PDTJorge Wilson.....•............•.PMDBJosé Carlos Coutinho••.•.•..•.•• PE~Laura Canleíro..••••.......•....PFLLuís Eduardo••••••.••••••••.•••.PSDBLuiz Ribeiro•.•.••••.•••••••..••PSDBLuiz Salomão..••••....•.••••..••PDTLuiz Sérgio••.•.•...•••.•..•.•••PTMareio Fortes.•.•....••.•.••.•..PSDBMattos Nascimento•.•..•.•.•..•.• PMDBMilton T<strong>em</strong>er..............•....•PTMiro Teixeira•............•.••..PDTPastor Val<strong>de</strong>ci Paiva•.•••••••.•. PSTPaulo Baltazar.•.•.•....••.••••. PSBPaulo <strong>de</strong> Almeida..••••..••••••.•PPBPaulo Feij6.•.•......•....••.•..PSDB


Ricardo Maranhão••••••.•.•••••••PSBRoberto Jefferson••••••••••••••• P.TBRodrigo Maia•..•••••••••••••• ~ .-.l?F;LRonaldo Cezar Coelho•••....••..• PSDBRub<strong>em</strong> Mediria...•••"•••••••••••••• PFLSimão Sessim.••••••••••••••••••• PPBVivaldo Barbosa•••••••••.• ~ •••.•PDTWan<strong>de</strong>rley Martins••••••••••••••'. PDTSão PauloAlberto Golclman! ••••••.•••••••••PSDBAlberto Mourão••••••••••••••••••PMDBAldo Rebelo••.••••••••••••••••••PCdoBAloizio Mercadante•••'•••••••••••PTAloysio Nunes Ferreira••••••••••PSDBAndré Benassi.••••••••••••••••••PSDBAngela Guadagnin••••••.•••••••.•PTAntonio Carlos Pannunzio••••••••PSDBAntonio Kandir•••••••••••••••••• PSDBAntonio Palocci••••••••••••••• ". PTArlindo Chinaglia••••••••••••••'.PTArnaldo Faria <strong>de</strong> Sá•••••••••••••PPBArnaldo Ma<strong>de</strong>ira••...•••••.••••••PSDBA:r:y Kara•.•.••.••••••••••••••••• PPBBispo Wan<strong>de</strong>rval•••••••••••••••.•PLCelso Giglio•••••••.••••••••••••PTBCelso Russomanno••••••••••••••••PPBCorauci Sobrinllo••••••••••••••••PFLCunha Bueno......•.........•....PPBDe Velasco••••·••."-. ;" • PSTDelfim Netto..•.••.•..•••.•••••.PPBDr. Hélio•.•••.•.••.•.••••••••.•PDTDuilio Pisaneschi•••••••••••••••PTBEdinho Araújo.•..•••••••••.•••••PMDBEduardo Jorge••••••••••••.••••••PTEmerson Kapaz•••••••••••••••••••PSDBEvilâsio Farías••••.•.••••••••••PSBFernando Zuppo•••••••••••••••••. PDTFranco Montoro••••••••••••••••••PSDBGilberto Kassab•••••••••••••••••PFLIara Bernardi..•...........•....PTJair Meneguelli•••••'••••••••••••PTJoão Herrmann Neto•.••••••••••••PPSJoão Paulo..........•........"...PTJorge Ta<strong>de</strong>u Mudalen••••••••••••• PMDBJosé <strong>de</strong> Abreu•••••••••••••••••••PSDBJosé Dirceu..•.••..•.....••..•••PTJosé Genoino•.••••••••.•••••••,••'PTJosé Machado••••••••••••••••••••PTJosé Roberto Batochio. o •••••••••• PDTJulio S<strong>em</strong>eghini•••..••••••••••••PSDBLamartine Posella••.•.••••••••• ~PMDBLuiz Antonio Fle\lry.••.•'••••••••PTBLuiza Erundina•••••••.••• ~ ••••••P5BMaluly Netto•••••.•••.•••.•••••• PFLMarcelo Barbieri••••••••••••••••P.MDPMarcos Cintra•••••••.•.•.•..••••PLMe<strong>de</strong>iros••......•••.•..••..•••.•PFLMichel T<strong>em</strong>er••..•............•.. PMDBMi I ton Monti. •.•.••••••••••••'••. PMDBMoreira Ferreira..•..•..•...••••PFLijelo Rodolfo..•.•...............PMDBNel~on Marquezelli.....••...••.,' PTBNeuton Lima.•••.•......••.•.••..PFLPaulo Kobayashi...........•.••..PSDBPaulo Lima••••••••••••••.•••.••• PMDBProfessor Luizinho•••...••.•..••PTRicardo Berzoini••••.•.•.••••..• PTRicardo Izar••••••••••••••••••••PMDBRobson Tuma...•.......••....•.••PFLRubens Furlan•••...•........•..•PFLSalvador Zimbaldi......•••.•••..PSDBSampaio D6ria......•...••.......PSDBTeIma <strong>de</strong> Souza•••..•....•..•.•..PTVadão Gomes .....•••••.•'•..••.....PPBVal<strong>de</strong>mar Costa Neto••••.••••..•. PLWagner Salustiano.••••••••••.•••PPBXico Grazíano•.•.•.•• Z....•.....PSDBZé índio•••••.•..•••••••••••.••. PMDBZulaiê Cobra.•...•.••.. !'.•••••••• PSDBMato GrossoCelcita Pinheiro.•••••....•.....PFLLino Rossi•••••.•.••.•••••••••••PSDBMurilo Domingos •••••••••••••••••PTBOsvaldo Sobrinho....•.....•....•PTBPedro Henry••••••••••••.••••••••PSDBRicarte <strong>de</strong> Freitas•.•......•....PSDBTeté Be.zerra•.•...•..•..•••..•••PMDBWilson Santos••.•.•..••.•••...•. PMDBDistrito Fe<strong>de</strong>ralAgnelo Queiroz...••...•.•••.....PCdoBAlberto Fraga•••••••••••••.•••••PMDBGeraldo Magela••••••••••••••••••PTMaria Abadia.•.••.•••..•.•...••.PSDBPastor Jorge••••••••••••••••••••PMDBPaulo Octâvio•.. : ...••....•.....PFLPedro Celso.••.•......•.•.••..•.PTRicardo Noronha••.....•••..•.•.•PMDBGoiásBarbosa Neto•.••.......••...•••.PMDBEuler Morais..•..••.......•.••.•PMDBGeovan Freitas••.•••••••••••.•.. PMDBJovair Arantes•••••••••••• ; •••••PSDBJuquinha•••••••••••••..•.••.••••PSDBLidia Quinan•••••.•.••••••••••••PSDBLúcia Vânia.....••.••••.....••••PSDBLuiz Bittencourt..••••.......•.. PMDBNair Xavier Lobo.......•••" ..• ',' PMDBNorberto Teixeira•..•••••••••• ;.PMDBPedro Canedo••••••••••••••••••••PSDBPedro Chaves••••......••••••..••PMDB, .Pedro Wilson••••••••••••••••••••PTRoberto Balestra•.••••••••••••••PPB


Ronaldo Caiado ••·•••••••••••••••• PFLVilmar Rocha...•••••••••••••••••PFLZé Gomes da Rocha•••••••••••••.• PMDBMato Grosso do SulBen-hur Ferreira.•••••••••••••••PTFlávio Derzi•••••••••••••••••••• PMDBJoão Grandão•••••••••••••••••••• PTMarçal Filho••••.••••••••••••••• PMDBMarisa Serrano•••••••••••••••••• PSDBNelson Trad•••••••••••.••••••••• PTBPedro Pedrossian••••••••••••••••PFLWal<strong>de</strong>mir Moka •••••••••••••••••••PMDBParanáAbelardo Lupion••••••••.••••••••PFLAffonso Camargo•••••••••••••••••PFLAirton Roveda•••••••.•••••••••••PFLBasílio Villani••••••••• ; •••••••PSDBChico da Princesa•••••••••••••••PSDBDilceu Sperafico•••••••••••••••• PPBDr. Rosinha••.••••••••••••••••••PTFlávio Arns...•..•••...•...••.••PSDBGustavo Fruet••••••••••••••••.•• PMDBHermes Parcianello•.•••••••••••• PMDBIris Simões•••.•.•••••••••••••••PTBIvanio Guerra••.•••.••.•••••.•••PFLJosé Borba•••••...•.••••.••••••• PMDBJosé Carlos Martinez••••••••••••PTBJosé Janene••••.•••••••••••••••• PPBLuciano Pizzatto••••.•••••.••.••PFLLuiz Carlos Hauly•••••••••••••••PSDBMárcio Matos•••••.••••••.•.••••• PTMax Rosenmann•••••••·•.•••••••••• PSDBMoacir Micheletto•.••••••••••••• PMDBNelson Meurer••••••••••••••••••• PPBOdílio Balbinotti•••• , ••••••••••PSDBOliveira Filho••••••••••••••••••PPBOsmar Scrraglio•••.••••••••••••• PMDBPadre Roque•••••••••••••••••••••PTRicardo Barros••••••••••••••••••PPBRubens Bueno••••••.•••••••••••••PPSSantos Filho••••••••••••••••••••PFLValdomiro Meqer•••••••••••••••••PFLWerner Wan<strong>de</strong>rer•••••••••••••••••PFLSanta catarinaAntônio Carlos Kon<strong>de</strong>r Reis••••••PFLCarlito Merss•••••••••••••••••••PTEdi.nho Rez ••••••.•••.•••.•.••.•••.•• PMDBEdison Andrino•••••••••••••••••• PMDBFernando Coruja•••••••••••••••••PDTGervásio Silva••••••••••••••••••PFLHugo Biehl•••••.••••••••••••••••PPBJoão Matos .'••••••••••••••••.••••PMDBJoão Pizzolatti•••••••••••••••••PPBJosé Carlos Vieira•••••••••••••• PFLLuci Choinacki••••••••••••••••••PTPedro Bittencourt•••••••••••••••PFLRaimundo Colombo •••••••••••..••• PFLRenato Vianna•••••••••••••••.•.• PMDB~erafim Venzon..••••••••••••••••PDTVicente Caropreso..•.•.•••••....PSDBRio Gran<strong>de</strong> do SulAdão Pretto•••••••••••••••••••••PTAirton Dipp•••••.•••.••••.••••••PDTAlceu Collares••.•••••••••••.••. PDTAugusto Nar<strong>de</strong>s•••••••••••••.•••• PPBCaio Riela••••••••••••••••••••••PTBCezar Schirmer•••••••.•••••••••• PMDBDarcísío Perondí••••••••••••••••PMDBEnio Bacci•••••••••••••.••••..••PDTEsther Grossi•.•.••••••••••.••••PTFernando Marroni.••••••••••••••.PTFetter Júnior•••.••••••••.•••• ;.PPBGermano Rigotto•••••••••••.••••. PMDBHenrique Fontana••••••••••••••••PTJúlio Re<strong>de</strong>cker•••••••••••••••••. PPBLuis Carlos Heinze••••••••••••••PPBLuiz Mainardi..•.•......•.•.•••.·PTMarcos Rolim••••••••••••.•·•••••. PTMen<strong>de</strong>s Ribeiro Filho••••••••.••• PMDBNelson Marchezan•••••••••••••••.PSDBNelson Proença•••• ; ••••••••••••• PMDBOsvaldo Biolchi•••••••••••••.••• PMDBPaulo Jose Gouvêa••••••••.••••.•PSTPaulo Paím••••••••••••.••••.•••• PTPompeo <strong>de</strong> MattQs•.•••••••••••.•.PDTRoberto Argenta•••••••••.••••••.PFLSynval Guazzelli••••••••.••••••• PMDBTelmo Kirst••••.••••.••••••••••• PPBVal<strong>de</strong>cí Olíveíra••••••••••.•••••PTWaldir Schmidt•••••••••••••.•••• PMDBWaldomiro Fioravante•••••••••••• PTYeda ,Crusius•••'•••••••••••••••••PSDB


CONIISSÃO'DE'AGRrCULTURAE pOLíTICA RURALPresi<strong>de</strong>nte: DilceJ Sperafico (PPB)1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nie: Augusto Nar<strong>de</strong>s (PPB)2 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nie: Xico Graziano (PSDB)3 11 Vice-Presi<strong>de</strong>n"e: Antônio Jorge (PFL)TItularesAbelardo LupionAntônio JorgeCarlos MellesCleuber CarneiroFrancisco Coelh,>Jaime Fernan<strong>de</strong>sJoel <strong>de</strong> HollandEIPaulo BragaRoberto PessoaRonaldo CaiadoZila BezerraAdauto Pereira (PFL)Carlos DungaConfúcio MouraMarcelo CastroMoacir MicheleUoNelson Meurer (PPB)SlIas BrasileiroTh<strong>em</strong>{stocles EiampaioWal<strong>de</strong>mir MokaWilson SantosAnivaldo ValeCarlos BatataDanilo <strong>de</strong> CastroLuis Carlos Heinze (PPB)Od!lio BalbinottPaulo José GOL vêa (PST)Saulo PedrosaSérgio ReisXico GrazianoAdão PrettoGeraldo Simõe3João GrandãoLuci ChoinackiNilson MourãoValdir ·GanzerAlmir SáAugusto Nar<strong>de</strong>sDllceu SperaflcoHugo BiehlRoberto BalestraHelenlldo Ribeiro (PSDB)Nelson MarquEizelliNlllon CapixabaGiovanni QueirozPompeo <strong>de</strong> MElttosSérgio Barros.Carlos CuryRomel Anlzlo (PPB)João CaldasLuiz Dantast~locoPFLPMDBPSDBPTPPBPTBPDTPSB, PCdoBCOMISSÕES PERMANENTESSuplentesBetinho RosadoDarci CoelhoGervásio SilvaJoaquim FranciscoJosé Múcio MonteiroJosé RochaMarcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lhaReginaldo GermanoWerner Wan<strong>de</strong>rerZezé Perrella1 vagaAlberto FragaEdinho Araujo190r AvelinoMilton MontiPinheiro Landim5 vagasB. SáChiquinho FeitosaJulio S<strong>em</strong>eghiniLidia QuinanLuiz RibeiroNilo CoelhoPaulo KobayashiRubens Bueno (PPS)Sérgio CarvalhoJosé PimentelMarcos AfonsoPadre RoquePaulo RochaVal<strong>de</strong>ci Oliveira·Wellington ~iasAldo Rebelo (PCdoB)Fetter JúniorJoão TotaJonival Lucas JuniorPastor MarildoFélix MendonçaMurilo DomingosOsvaldo SobrinhoAgnaldo MunizCoriolano SalesEnivaldo Ribeiro (PPB)Cl<strong>em</strong>entino CoelhoSérgio GuerraBloco PL, PST, PMN, PSD, PSLEujácio SimõesMarcos <strong>de</strong> Jesus1-.. • _.Secretário: Moizes Lobo da CunhaLocal: Anexo"Telefones: 318-6916/6978/6979'/6981COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA,COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICAPresi<strong>de</strong>nte: Luiz Piauylino (PSDB)1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Narcio Rodrigues (PSDB)2 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Lamartine Posella (PMDB)3 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Robério Araújo (PPB)TitularesArol<strong>de</strong> <strong>de</strong> OliveiraCasar Ban<strong>de</strong>iraCorauci SobrinhoJosé Mendonça BezerraJosé RochaLuiz MoreiraMaluly NettoPaulo MarinhoSantos FilhoSilas CâmaraVic Pires FrancoFrancistônio PintoJosé Priante_Lamartine PosellaMarçal FilhoMarcelo BarbieriMattos NascimentoNelson ProençaPÇlstor JorgePedro IrujoPinheiro LandimAlberto GoldmanJosé <strong>de</strong> AbreuJulio S<strong>em</strong>eghiniLuiz PiauhylinoLuiz RibeiroNarcio RodriguesPedro CanedoSalvador Zimbaldi§ampaio DóriaAlmeida <strong>de</strong> Jesus (PL)BabáNelson PellegrinoPadre RoqueWalter Pinheiro1 vag~Antonio Joaquim AraújoAugusto Franco (PSDB)Ricardo BarrosRobério AraújoYvonilton GonçalvesIris SimõesJosé Carlos MartinezLino Rossi (PSDB)Agnaldo MunizDr. HélioEurfpe<strong>de</strong>s MirandaPFLPMDBPSDBPTPPBPTBPDTSuplentesAdauto PereiraElton RohneltFrancisco CoelhoGerson GrabielliJosé MeloMe<strong>de</strong>irosNey LopesPaul<strong>de</strong>rney AvelinoPaulo MagalhãesPaulo OctávioSérgio BarcellosGastão VieiraGiovan FreitasLuiz BittencourtMen<strong>de</strong>s Ribeiro FilhoRicardo Noronha5 vagasÁtila LiraJoão AlmeidaLino RossiRafael GuerraRoberto RochaRomeu Queiroz3 vagasAngela GuadagninAntonio PallocciEsther GrossiFernando MarroniPaulo DelgadoPedro WilsonAry KalaGerson PeresJosé JanenePaulo <strong>de</strong> Almeida1 vagaAlbérico Cor<strong>de</strong>iroMagno MaltaWalfrido Mares GuiaLuiz SalomãoVivaldo Barbosa1 vaga


Bloco PSB, PCdoBGivaldo CarimbãoSérgio MirandaLuiz Erundina1 vagaBloco PL, PST, PMN, PSD, PSLBispo Wan<strong>de</strong>rvalBispo RodriguesLincoln PortelaPaulo José GouvêaSecretária: Maria Ivone do Esplrito SantoLocal: Anexo 11, Sala 13-TTelefones: 318-6906 a 6908 Fax: 318-2143COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO EJUSTIÇA E DE REDAÇÃOPresi<strong>de</strong>nte: José Carlos Aleluia (PFL)1 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Geovani Freitas (PMDB)2 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: José Roberto Batochio (PDT)3 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Inaldo Leitão (PMDB)TitularesPFLAntônio Carlos Kon<strong>de</strong>r ReisCiro NogueiraDarci CoelhoEduardo PaesJaime MartinsJosé Carlos AleluiaMoreira FerreiraNey LopesPaulo MagalhãesRicardo FiuzaVilmar RochaPMDBCezar SchirmerFreire JúniorGeovan Freitaslédio RosaInaldo LeitãoMen<strong>de</strong>s Ribeiro FilhoNair Xavier LoboOsmar SeraglioRenato Vianna1 vagaAloysio Nunes FerreiraAndré BenassiJutahy JúniorLéo AlcântaraMoroni TorganNelson OtochVicente ArrudaZenaldo CoutinhoZulaiê CobraAntonio Carlos BiscaiaGeraldo MagelaJosé DirceuMarcelo DédaMarcos RolimWaldir PiresAry KaraAugusto FariasEdrnar MoreiraGerson peresIhr::thim Abi-AckelPSDBPTPPBSuplentesÁtila LinsBenedito DiasClaudio CajadoCoraucl SobrinhoJairo CarneiroJosé RonaldoLuis BarbosaMaluly NettoPaulo MarinhoRaimundo SantosVic Pires FrancoAntOnio do ValleCleonâncio FonsecaFernando DinizGustavo FruetHenrique Eduardo AlvesPedro lrujoPedro NovaisTh<strong>em</strong>rstocles Sampaio2 vagasAnlvaJdo ValeBonifácio <strong>de</strong> AndradaFranco MontoroJoão LeãoMax RosenmannNelson MarchezanNiclas RibeiroOdflio BalbinottlSalvador 21mbeldiDr. RoslnhaJosé GenolnoJosé MachadoNelson PellegrinoTeima <strong>de</strong> SouzaWaldomiro FioravanteCelso RussomannoJair BolsonaroLuiz FernandoRoberto BalestraVadão GomesCaio RielaLuiz Antonio F1euryMussa D<strong>em</strong>es (PFL)PTBSecretário: Sérgio Sampaio Contreiras <strong>de</strong> AlmeidaLocal: Anexo 11Telefones: 318-6922 a 318-6925Fernando GonçalvesNelson Marquezelli1 vagaPDTFernando CorujaPornpeo <strong>de</strong> MattosJosé Roberto Batochio2 vagasRoland Lavigne (PFL)Bloco PSB, PCdoBJosé AntonioEvilásio FariasSérgio MirandaGonzaga PatriotaBloco PL, PST, PMN, PSD, PSLBispo RodriguesBispo WaQ<strong>de</strong>rvalLuciano BivarPaes Landim (PFL)COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR,MEIO AMBIENTE E MINORIASPresi<strong>de</strong>nte: Flávio Derzi (PMDB)1 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Luciano Plzzatto (PFL)2l! Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Celso Russomanno (PPB)3 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Paulo Baltazar (PSB)TItularesExpedito JúniorLuciano PizzattoReginaldo Germano2 vagasEunlclo OliveiraFernando Gabelra (PV)Flávio DerziJorge Ta<strong>de</strong>u MudalenLuiz BitencourtBadu PicançoFátima PelaesMurilo DomingosSebastião Ma<strong>de</strong>iraVitorlo MEldioliBen-Hur FerreiraJoão MagnoMarcos AfonsoCelso RussomannoMárcio Bittar (PPS)Ricardo IzarRegis Cavalcante (PPS)Fernando ZuppoPaulo BaltazarPFLPMDBPSDBPTPPBPTBPDTBloco PSB, PCdoBSuplentesAroldo CedrazCiro NogueiraJaime Fernan<strong>de</strong>sLaura CarneiroPedro PedrossianJorge Ta<strong>de</strong>u MudalenJosé BorbaMoacir MichelettoNair Xavier LoboPhilernon RodriguesAlberto GoldmannAlolzio SantosAntonio FeijãoMaria AbadiaMarinha RauppAriindo ChinagliaFernandoFerroJoão PauloAlcione Athay<strong>de</strong>Nelo RodolfoPaulo <strong>de</strong> AlmeidaDuilio Pisaneschi.Fernando CorujaInácio ArrudaBloco PL, PST, PMN, PSDB, PSLPastor Val<strong>de</strong>clRonaldo VasconcellosSecretário: Arenllton Araruna <strong>de</strong> AlmeidaLocal: Anexo 11Telefones: 318-8929 a 6935 Fax: 318·2146


COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTOURBANO E INTERIORPresi<strong>de</strong>nte: Inácio Arruda (PCdoB)1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Sérgio Novais (PSB)2l! Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Celso Giglio (PTB)3 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Gustavo Fruet (PMDB)TitularesJoão SampaioInácio ArrudaPOTBloco PSB, PCdoBSérgio BarrosPaulo BaltazarBloco PL, PST, PMN, PSO, PSL1 vaga(s) R<strong>em</strong>i TrintaSecretário(a):Jorge Henrique Cartaxo <strong>de</strong> ArrudaLocal: Anexo 11, piso superior, Sala 184-CTelefones: 318-7072 e 318-7073 Fax: 318·2147COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOSSuplentesPFLCosta FerreiraCesar Ban<strong>de</strong>iraMauro FecuryEduardo PaesPedro Fernan<strong>de</strong>sII<strong>de</strong>fonço Cor<strong>de</strong>iroRaimundo SantosRQ!:>erto PessoaSérgio Barcellos ZiI~ BezerraPMOBBarbosa NetoAna CatàrinaGustavo FruetArmando AbflioJoão Men<strong>de</strong>sEuler MoraisVal<strong>de</strong>ci Oliveira (PT)Nelson Proença1 vagas Renato ViannaPSOBAdolfo MarinhoA<strong>de</strong>mir LucasDino Fernan<strong>de</strong>sCarlos MosconiDr. HelenoJosé <strong>de</strong> AbreuJoão Castelo JuquinhaRonaldo Cezar coelhoManoel SalvianoPTIara BernardiJoão CoserMárcio MatosNilmário MirandaProfessor LuizinhoValdir GanzerPPBMaria do Carmo Lara (pnEliseu MouraSérgio Novais (PSB)Ricardo IzarTelmo KirstSimão SessimPTBCelso GiglioAlbérico Cor<strong>de</strong>iroPresi<strong>de</strong>nte: Nilmário Miranda (pn1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Nelson Pellegrino (PT)2 11 Vice·Presi<strong>de</strong>nte: Agnelo Queiroz (PCdoB)3 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Neutan Uma (PDnTitularesMarcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lhaNlce LobãoPastor Reginaldo <strong>de</strong> JesusRubens FurlanSilas CâmaraAlberto FragaRicardo NoronhaRita Camata2 vagasPFLPMOBSuplentesJaime MartinsLaura CarneiroRoland Lavigne. Zila Bezerra1 vagasElcione Barbalho4 vagasBadu PicançoEduardo BarbosaFátima PelaesFlávio AmsSebastião Ma<strong>de</strong>iraBabáNelson PellegrinoNilmário MirandaAlmir SáJosé LinharesNilton BaianoMax MauroNeuton LimaPSOBPTPPBPTBPOTBloco PSB, PCdoBAgnelo QueirozJosé AntonioBloco PL, PST, PMN, PSO, PSLCabo JúlioDe VelascoSecretário(a): Márcio Marques <strong>de</strong> AraújoLocal: Anexo li, SalaTelefone: 318-8285Fax: 318-2170COMISSÃO DE ECONOMIAINDÚSTRIA E COMÉRCIOPresi<strong>de</strong>nte: Aloizio Mercadante (pn1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: José Machado (pn2 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Francisco Garcia (PFL)3 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Emerson Kapaz (PSDB)TitularesFrancisco GarciaGerson GabrielliJairo CameiroPaulo OctávioRub<strong>em</strong> MedinaAna CatarinaAntônio do ValleJurandil JuarezMúcio SáOsvaldo Coelho (PFL)Emerson KapazJosé MilitãoMárcio FortesMaria AbadiaRicardo FerraçoAloizio MereadanteJoão FassarellaJosé MachadoJoão PizzolattiJúlio Re<strong>de</strong>cker1 vagaRubens Bueno (PPS)Celso JacobPFLPMOBPSOBPTPPBPTBPOTAloysio Nunes FerreiraDanilo <strong>de</strong> CastroFernando Gabeira (PV)2 vagasMarcos RolimPedro WilsonWalter MirandaJair Bolsonaropadre Roque (PT)1 ·vagaIvan Paixão (PPS)Eber SilvaSuplentesArol<strong>de</strong> <strong>de</strong> OliveiraCarlos MellesRaimundo ColomboRicardo FiúzaRoberto ArgentaAntonio CambraiaArmando MonteiroEdison AndrinoJorge AlbertoSalatiel CarvalhoAndré BenassiAntonio KandirLéo AlcântaraMarisa SerranoXico GrazianoCarlito MerssGeraldo SimõesLuiz MainardiAry KaraHerculano AnghinettiHugo BiehlChico da PrincesaAirton Dipp


Bloco PSB, PCdoBCl<strong>em</strong>entino CoelhoGivaldo Carimbão. Bloco PL, PST, PMN, PSD, PSLRonaldo VasconcellosLuiz DantasSecretário: José Umberto <strong>de</strong> AlmeidaLocal: Anexo 1/Telefones: 318-7024 a 7026PFLCelcita PinheiroJoel <strong>de</strong> HollandaJosé MeloMauro FecuryLuis BarbosaMoreira FerreiraNice LobãoOsvaldo coelhoOsvaldo Sobrinho (PTB)Pedro Fernan<strong>de</strong>sZezé PerrellaSantos FilhoPMDBGastão VieiraAlberto MourãoJoão MatosGermano RigottoMaria ElviraGlycon Terra PintoNorberto TeixeiraOsmar SeraglioOsvaldo Biolehi1 vagaPSDBA<strong>de</strong>mir LucasBonifácio <strong>de</strong> AndradaÁtila LiraDino Fernan<strong>de</strong>sFlávio ArnsFe.u RosaMarisa SerranoRaimundo Gomes <strong>de</strong>MatosNelson MarchezanSérgio ReisPTEsther GrossiGilmar MachadoFernando MarroniIara BernardiPedro WilsonProfessor LuizinhoPPBEurico MirandaJosé LinharesJonival LucasMárcio Reinaldo MoreiraOliveira FilhoWagner SalustianoPTBWalfrido Mares GuiaJosé Carlos MartinezPDTEber SilvaCelso JacobBloco PSB, PCdoBAgnelo QueirozDjalma PaesEvandro MilhomenVanessa GrazzíotinBloco PL, PST, PMN, PSD, PSLNilson Pinto (PSDB)Eduardo Seabra (PTB)COMISSÃO DE EDUCAÇÃOCULTURA E·DESPORTOPresi<strong>de</strong>nte: Maria Elvira (PMDB)1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Nice Lobão (PFL)2 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Marisa Serrano (PSDB)3 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Celeita Pinheiro (PFL)TItularesPPSsecretário: Carla Rodrigues <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>irosLocal: Anexo 1/Telefones: 318-6900/69051701117012.João CaldasCOMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO. Presi<strong>de</strong>nte: Veda Crusius (PSDB)1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Max Rosenmann (PSDB)2ll Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Rodrigo Maia (PFL)3 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Armando Monteiro (PMDB)SuplentesFernando Gabeira (PV)TitularesBetinho RosadoDeus<strong>de</strong>th PantojaJorge KhouryJosé RonaldoManoel CastroPaes LandimPaulo LimaRobson TumaRodrigo MaiaAntonio CambraiaArmando MonteiroEdinhoBezGermano RigottoHenrique Eduardo AlvesMilton MontiPedro NovaisWaldir SChmidtAntonio KandirCustódio Mattos'Manoel SalvianoMax RosenmannNilo CoelhoRoberto BrantVeda CrusiusCarlito MerssJosé PimentelMilton T<strong>em</strong>erRicardo BerzoiniFétter JúniorIberê FerreiraO<strong>de</strong>lmoLeãoZé fndioBasflio Villani (PSDB)Félix MendonçaCoriolano SalesLuiz SalomãoEviláslo FariasSérgio GuerraAffonso CamargoElton RohneltPFLPMDBPSDBPTPPBPTBPDTBloco PSB, PCdoBPFLSuplentesAntônio JorgeFrancisco GarciaGilberto KassabJosé Carlos VieiraJosé LourençoLincoln Portela (PST)NiceLobãoPedro BittencourtValdomiro MegerCezar SchirmerEunício OliveiraJoão HenriqueJurandil JuarezOlavo Calheiros3 vagasAdolfo MarinhoAyrton XerêzEmerson KapazLuiz Carlos HaulyPaulo MourãoRicardo FerraçoSampaio DóriaAloizio MercadanteBen-Hur Ferreira. Geraldo MagelaHenrique FontanaHerculano AnghinettiJoão PizzolattiJúlio Re<strong>de</strong>ckerLuís Carlos HeinzeCaio RielafrisSimõesNeuton LimaOlimpio PiresEduardo CamposPedro EugênioBloco PL, PST, PMN, PSD, PSLMarcos CintraLuciano BivarSecretário(a): Maria Linda MagalhãesLocal: Anexo 1/, SalaTelefones: 318-6960/6989/6955COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃOFINANCEIRA E CONTROLEPresi<strong>de</strong>nte: Delfim Netto (PPB)1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Márcio R. Moreira (PPB)2 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Simão Sessim (PPB)3 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Luiz Fernando PPB)TitularesSuplentesDeus<strong>de</strong>th PantojaJaime Martins


Jairo AziPau<strong>de</strong>mey AvelinoRubens FurlanF<strong>em</strong>ando DinizHélio CostaJoão ColaçoJoão MagalhãesOsvaldo ReisAyrton XerêzEliseu Moura (PPB)João AlmeidaJoão LeãoRomel Feij6Gilmar MachadoJoão CoserJoão PauloDelfim NettoMárcio R. MoreiraSimão SessimMax MauroSerafim VenzonPMDBBloco PSB, PCdoBLuiz F<strong>em</strong>ando (PPB)José Carlos CoutinhoPPBLael Varella José Janene t:Jilton BaianoUrsicino Queiroz Nela Rodolfo RiCardo BarrosVadão GomesYvonilton GonçalvesAlbérico FilhoPTBGastão Vieira Albérico Cor<strong>de</strong>iro Nilton Capixaba3 vagas PDTOlímpio Pires1 vagaBloco PSB, PCdoBRicardo MaranhãoHaroldo Lima1 vagaBloco PL, PST, PMN, PSD, PSLVal<strong>de</strong>mar Costa NetoPastor Val<strong>de</strong>ciSecretário(a): Maria Helena Pinheiro MonteiroLocal: Anexo li, SalaTelefones: 318·6888/6887 Fax: 318·2176COMISSÃO DE MINAS E ENERGIAPresi<strong>de</strong>nte: Gilberto Kassab (PFL)1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Alceste Almeida (PMDB)2ll Vice·Presi<strong>de</strong>nte: José Janene (PPB)3 11 Vice·Presi<strong>de</strong>nte: Fernando Ferro (PT)TitularesPSDBPTPPBPTBPDTLufs EduardoMário NegromonteZenaldo Coutinho2 vagasAdão PrettoAntonio C. BiscaiaAvenzoar ArrudaCunha BuenoNelson MeurerPedro CorrêaRegis Cavalcante (PPS)Fernando ZuppoSuplentesPFLAirton Dipp (PDT)Airton RovedaGervásio SilvaEliseu Resen<strong>de</strong>Gilberto KassabFrancisco RodriguesPedro BittencourtPaulo UmaPedro PedrossianSilas CâmaraPMDBAlceste AlmeidaEdinho BezAnfbal GomesFlávio DerziMarcos LimaMattos NascimentoSalatiel CarvalhoRicardo RiqueZé Gomes da Rocha1 vagaPSDBAntonio FeijãoSebastião Ma<strong>de</strong>iraB. Sá Sérgio ReisJuqulnhaVergllio Guimarães (PT)Nicias Ribeiro2 vagasPaulo Felj6PTArlindo ChlnagllaLuiz SérgioF<strong>em</strong>ando FerroRomel AniZlo (PPB)1 vaga Walter PlnhelroBloco PL, PST, PMN, PSD, PSLIvanio Guerra (PFL)Marcos CintraSecretário(a): Valda D. S. LoboLocal: Anexo li, Sala T·S6 _ Reunião: 41s feirasTelefones: 318-6944/6946 Fax: 318-2137COMISSÃO DE SEGURIDADESOCIAL E FAMíLIAPresi<strong>de</strong>nte: Alceu Collares (PDT)1 11 Vice·Presi<strong>de</strong>nte: Enio Bacol (PDT)2 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Laura Cameiro (PFL)3 11 Vice·Presi<strong>de</strong>nte: Eduardo Barbosa (P,sDB)TitularesPFLAirton RovedaAlmerinda <strong>de</strong> CarvalhoArmando Abllio (PMDB).Benedito DiasJosé Carlos CoutinhoLaura CameiroLavoisier MaiaMarcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lhaMarcos <strong>de</strong> Jesus (PST). Ursicino Queiroz ..Darcfsio PerondlEuler MoraisJorge AlbertoJorge CostaOsmânio PereiraRita CamataSaraiva FelipeTeté BezerraCarlos MosconiEduardo BarbosaLfdia QuinanLúcia VâniaRafael GuerraRaimundo Gomes <strong>de</strong> MatosSérgio Carvalho. Vicente caropresoÂngela GuadagninAntonio PalocclDr. RosinhaEduardo JorgeHenrique FontanaAlcione Athay<strong>de</strong>Amaldo Faria d~ SáJosé UnharesNilton BaianoPastor AmarildoPMDBPSDBPTPPBSuplentes_ Celcita PinheiroCleuber CameiroCosta FerreiraIvanio GuerraJosé Mendonça BezerraRonaldo CaiadoRubens FurlanWilson Braga2 vagasJoão MatosLaire RosadoLamartine PosellaMarcelo CastroWal<strong>de</strong>mir Moka3 vagasAmon BezerraCustódio MattosJovair ArantesJutahy JuniorPedro CanedoRommel Feij6Saulo Pedrosa1 vagaJair MeneguelliJoão FassarellaMárcio MatosMaria do Carmo LaraPaulo PaimAntonio Joaquim AraújoEurico MirandaIberê FerreiraOliveira FilhoPedro Corrêa


Magno MaltaRenildo LealPTSPOTcelso GiglioMax MauroAlceu CollaresDr. HélioEnio BacolSerafim VenzonBloco PSB, PCdoBDjalma PaesAgnelo QueirozJandira FeghaliRicardo MaranhãoBloco PL, PST, PMN, PSO, PSLR<strong>em</strong>i TrintaAlmeida <strong>de</strong> JesusPPSIvan Paixão1 vagaS8cretário(a): Eloizio Neves GuimarãesLocal: Anexo li. sala 155-ATelefones: 319-7016 A 7021 Fax: 318-2156COMISSÃO DE TRABALHODE ADMINISTRAÇÃO E SERViÇO PÚBLICOPresi<strong>de</strong>nte: José Múcio Monteiro (PFL)1 11 Vice·Presi<strong>de</strong>nte: laire Rosado (PMD8)2 11 Vice·Presi<strong>de</strong>nte: Jair Meneguelli (pn3 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Marcus Vicente (PSDB)TitularesSuplentesPFLJosé Carlos VieiraExpedito JúniorJosé Múcio MonteiroHil<strong>de</strong>brando PascoalMe<strong>de</strong>iros João RibeiroRoberto ArgentaRobson TumaVaidomiro MegerRodrl9O MaiaWilson BragaRoland LavignePMOBLaire RosadoEunicio OliveiraPedro Celso (pnOsvaldo BiolchiRicardo NoronhaPinheiro LandimVanessa Grazziotin (PCdoB)2 vagaszaire Rezen<strong>de</strong>PSDBAlexandre santosArthur VirgmoJovair ArantesFátima Pelaesluciano CastroJosé MilitãoMarcus VicenteLúcia VâniaPedro HenryMareio FortesPTJair MeneguelliBabáPaulo PaimCarlos SantanaPaulo RochaJosé PimentelPPBEnivaldo RibeirdArnaldo Faria <strong>de</strong> SáHerculano Angh\nettiAugusto Nar<strong>de</strong>sPedro CorrêaJoão TotaPTBRoberto JeffersonLuiz Antonio FleuryPDTVivaldo BarbosaEuripe<strong>de</strong>s MirandaBloco PSB, PCdoBEduardo CamposLuiza ErundinaPedro Eugênio1 vaga. Bloco PL, PST, PMN, PSO, PSLAvenzoar Arruda (PT)Cabo JúlioPTN1 vaga Narcio Rodrigues (PSDB)Secretária: Anamélia Ribeiro Correia <strong>de</strong> AraújoLocal: Anexo liTelefones: 318-6987/69901700417007Bloco PSB, PCdoBGonzaga PatriotaPedro Chaves (PMDB)Bloco PL, PST, PMN, PSDB, PSLEujáclo SimõesPPSJosé Borba (PMDB)PVOlavo Calheiros (PMDB)Secretário: Ruy OmarPrudêncio da SilvaLocal: Anexo 1\Telefones: 318-6973 a 6976SuplentesPFLAntônio GeraidoAffonso CamargoAracely <strong>de</strong> PaulaA/dir CabralEliseu Resen<strong>de</strong>Almerinda <strong>de</strong> Carvalho190r Avelino (PMDB)Antônio Carlos Kon<strong>de</strong>r ReisII<strong>de</strong>fonso Cor<strong>de</strong>iroJairo AziJoão RibeiroLeur LomantoLael VarellaMussa D<strong>em</strong>esRaimundo ColomboPaulo Braga1 vaga Rub<strong>em</strong> MedinaPMDBAlbérico FilhoAlberto MourãoDomiciano CabralEdinho AraújoGlycon Terra PintoHermes ParcianelloJoão HenriqueMarcelo TeixeiraPSDBAloizio SantosChiquinho FeltosaFeu RosaLuis EduardoMário NegromonteRicarte <strong>de</strong> FreitasRoberto RochaRomeu QueirozPTCarlos SantanaLuiz SérgioPhil<strong>em</strong>on Rodrigues (PMDB)Teima <strong>de</strong> SouzaWellington DiasPPBAirton CascavelJoão TotaJosé Chaves (PMOB)Paulo <strong>de</strong> AlmeidaPTBChico da PrincesaDuilio PisaneschiPDTNeuton UmaWan<strong>de</strong>rley MartinsCOMISSÃO·DE VIAÇÃO ETRANSPORTESPresi<strong>de</strong>nte: Marcelo Teixeira (PMDB)1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Raimundo Colombo (PFL)2 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Mário Negromonte (PSDB)3 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Chico da Princesa (PTB)TItularesBarbosa NetoCarlos DungaFrancistônio PintoJorge CostaMúcio SáOsvaldo ReisWilson Santos1 vagaBasilio VillaniCoronel GarciaDr. HelenoNarcio RodriguesPaulo FeijóVittorio Medioli2 vagasAlmeida <strong>de</strong> Jesus (PL)João MagnoNilson MourãoPedro CelsoRicardo BerzoiniAlmir SáAugusto Nar<strong>de</strong>sCarlos CuryTelmo KirstJosé Carlos EliasJosué BengtsonGiovanni QueirozJoão SampaioJandira FeghaliPedro ValadaresDe Velasco1 vaga1 vaga


COMISSÃO DA AMAZÔNIAEDE DESENVOLVIMENTO REGIONALPresi<strong>de</strong>nte: Josué Bengtson (PTB)1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Nilton Capixaba (PTB)2 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Elcione Barbalho (PMDB)3 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Raimundo Santos (PFL)TitularesSuplentesPFL,- Átila LinsFrancisco GarciaBenedito DiasJoão RibeiroDeus<strong>de</strong>th PantojaJosé MeloRaimundo SantosSérgio BarcellosZila Bezerra1 vagaPMDBElcione BarbalhoFreire JúniorJorge CostaJurandil JuarezMário <strong>de</strong> OliveiraPSDBAnivaldo ValeJoão CasteloMarinha RauppNilton Capixaba (PTB)Sérgio CarvalhoPTBabáMarcos AfonsoPaulo RochaPPBLuiz FernandoPastor AmarildoVanessa Grazziotin (PCdoB)PTBJosué BengtsonPDTEurípe<strong>de</strong>s MirandaBloco PSB, PCdoBEvandro Milhomen . Cl<strong>em</strong>entino CoelhoBloco PL, PST, PMN, PSD, PSLValdir Ganzer (PT)secretário: Tércio Mendonça VllarLocal: Anexo 11Telefones: 318-6998/318-6999 e 6970PMDBAlberto FragaDamião FelicianoEdison AndrinoElcione BarbalhoJoão Herrmann Neto (PPS)Jorge WilsonMário <strong>de</strong> OliveiraRicardo RiqueSynval GuazzelliPSDBJoão,MagalhãesJosé ChavesLaire RosadoMaria ElviraPastor JorgeZaire Rezen<strong>de</strong>Zé Gomes da Rocha2 vagasAntonio Carlos PannunzioAugusto FrancoAmon BezerraLuciano CastroArthur VirgílioMárcio FortesBonifácio <strong>de</strong> AndradaMoroni TorganCoronel GarciaNelson OtochAlceste Almeida Franco MontoroRonaldo Cezar CoelhoConfúcio Moura José TelesVicente Arruda3 vagas Luiz C. HaulyVicente CaropresoPaulo KobayashiZulaiê CobraPTLuiz MainardiEduardo JorgeBadu Picanço Nilmário Miranda José DirceuEduardo Seabra (PTB) Paulo Delgado Marcedo DédaNilson Pinto Virgflio' Guimarães Milton T<strong>em</strong>erPedro Henry Waldomiro Fioravante Waldir PiresRicarte <strong>de</strong> FreitasPPBAldo Rebelo (PCdoB)Edmar MoreiraJosé Pimentel Cunha Bueno Robério A~aújoMárcio Matos Jairo Bolsonaro Zé Indio1 vaga Paulo Mourão (PSDB) 2 vagasWagner SalustianoCarlos CuryPTBJoão Tota Fernando Gonçalves Eduardo SeabraSérgio Barros (PDT) José Carlos Elias Renildo LealPDTRenildo Leal José Thomaz Nonõ (PSDB) Luiz SalomãoNeiva MoreiraWan<strong>de</strong>rley MartinsAgnaldo MunizBloco PSB, PCdoB2 vagas1 vagaCOMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORESE DE DEFESA NACIONALPresi<strong>de</strong>nte: Antonio C. Pannunzio (PSDB)1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Amon Bezerra (PSDB)2 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Synval Guazzelli (PSDB)3 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Paulo Delgado (PT)TItularesAldir CabralAroldo CedrazÁtila LinsCláudio CajadoFrancisco RodriguesHil<strong>de</strong>brando PascoalJoaquim FranciscoJosé LourençoLeur LomantoWerner Wan<strong>de</strong>rerPFLSuplentesAbelardo LupionAntônio GeraldoAracely <strong>de</strong> PaulaJorge KhouryLavoisier MaiaLuciano PizzattoLuiz MoreiraManoel CastroVilmar Rocha1 vagaHaroldo UmaPedro ValadaresBloco PL, PST, PMN, PSD, PSLCabo JúlioBisPo Wan<strong>de</strong>rvalDe VelascoVal<strong>de</strong>mar C. NetoSecretária: Walbia Vania <strong>de</strong> Farias LoràLocal: Anexo 11Telefones: 318-8266/318-6992 a 6996 Fax: 318-2125COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA AAPRECIAR E PROFERIR PARECER ÀPROPOSTA DE .~MENDA CONSTITUCIONALN 2 175, DE 1995, QUE "ALTERA O CAPíTULODO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL"Presi<strong>de</strong>nte: Germano Rigotto (PMDB)1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Antonio Kandir (PSDB)2 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Antonio Palocci (PT)3 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Romel Anizio (PPB)Relator: Mussa D<strong>em</strong>as (PFL)TitularesEduardo PaesEliseu Resen<strong>de</strong>Jorge KhouryMoreira FerreirâMussa D<strong>em</strong>esPFLSuplentesBetinho RosadoCleuber CarneiroDeus<strong>de</strong>th PantojaPau<strong>de</strong>mey AveJinoPaulo Braga


Pedro Fernan<strong>de</strong>sRodrigo MaiaRonaldo CaiadoAlberto MourãoAntônio do ValleArmando MonteiroEdinho AraújoGermano RigottoJosé PrianteLuiz BittencourtAntonio KandirEmerson Kapa~Lúcia VâniaLuiz Carlos HaulyMareio FortesNilo CoelhoRoberto BrantAloizio MercadanteAntonio PalocciMilton T<strong>em</strong>erRicardo BerzoiniFetter JúniorJoão PizzolattiRomel Anizio1 vagaFélix MendonçaWalfrido Mares GuiaPMDBPSDBPTPPBPTBPDTPedro PedrossianRoberto ArgentaWilson BragaAntonio cambraiaBarbosa NetoEdinho BezGestão VieiraJosé ChavesPhil<strong>em</strong>on RodriguesWal<strong>de</strong>mir MokaAlberto GoldmanAnivaldo ValeBasílio ViIlaniJosé MilitãoManoel SalvianoRicardo FerraçoSampaio DóriaAvenzoar ArrudaHenrique FontanaJoão FassarellaVirgílio GuimarãesEliseu MouraEnivaldo RibeiroGerson Peres1 vagaCelso GiglioJosé Carlos EliasCoriolano SalesJoão SampaioLuiz Salomão1 vagaBloco (PSB, PCdoB)Eduardo CamposSérgio MirandaBloco (PL, PST, PMN, PSD, PSL)Marcos CintraRonaldo VasconcellosSecretário (a): Angélica Maria Landim Fialho <strong>de</strong> AguiarLocal: Serviço <strong>de</strong> Com, Especiais, Anexo 11, Sala 165-BTelefone: 318-6874/7059COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA APROFERIR PARECER À PROPOSTA DEEMENDA CONSTITUCIONAL Nl! 96, DE 1992,QUE "INTRODUZ MODIFICAÇÕES NAESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO"Proposição: PEC 0096/92 Autor: Hélio Bicudo e OutrosPresi<strong>de</strong>nte: Jairo Carneiro (PFL)1 Q Vice-Presi<strong>de</strong>nte: lédio Rosa (PMDB)2 Q Vice·Presi<strong>de</strong>nte: Waldir Pires (PT)3 Q Vice·Presi<strong>de</strong>nte: Simão Sessim (PPB)Relator: Aloysio Nunes Ferreira (PSDB)TitularesSuplentesPFLAntônio Carlos Kon<strong>de</strong>r ReisAlmerinda <strong>de</strong> CarvalhoClaudio CajadoAntônio JorgeCorauci SobrinhoÁtila UnsDarci CoelhoJosé MeloJairo CarneiroLeur LomantoNey LopesMauro FecuryPaes LandimWilson BragaPMDBAlberto FragaGustavo Fruetlédio RosaOsmar SerraglioIna/do Leitãozaire Rezen<strong>de</strong>Men<strong>de</strong>s Ribeiro Filho3 vagasNair Chavier LoboRenato ViannaPSDBAloysio Nunes FerreiraAndré BenassiBonifácio <strong>de</strong> AndradaAirton XerêzJutahy JuniorFeu RosaLéo AlcantaraLuiz PiauhylinoVicente ArrudaNelson OtochZulaiê Cobra1 vagaPTAntonio Carlos BiscaiaJosé PimentelJosé DirceuNelson PellegrinoMarcelo DédaPadre RoqueWaldir PiresPaulo RochaPPBGerson PeresArnaldo Faria <strong>de</strong> SáIbrahim Abi-AckelEdmar MoreiraSimão SessimIberê FerreiraPTBLuiz Antonio FleuryCelso GiglioRoberto JeffersonChico da PrincesaPDTJosé Roberto BatochioFernando CorujaBloco (PSB, PCdoB)José AntonioAgnelol QueirozBloco (PL, PST, PMN, PSD, PSL)Ronaldo VasconcellosDe VelascoSecrretária: Cily MontenegroLocal: Serviço <strong>de</strong> Comissão Especial, Anexo 11, Sala 165-BTelefone: 318·7056COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA APROFERIR PARECER À PROPOSTA DEEMENDA CONSTITUCIONAL NR 498, DE 1998,DO SENHOR DEPUTADO JOSÉ GENOíNO EOUTROS, QUE "ALTERA A REDAÇÃO DOSARTIGOS 49, 84, 89, 90, 142 E 144 E SUPRIMEO ARTIGO 91 DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL" EÀ PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONALNR 626, DE 1998, DO PODER EXECUTIVO, QUE"ALTERA DISPOSITIVOS DA CONSTITUiÇÃOFEDERAL, MEDIANTE A INCLUSÃO DO CARGODE MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA ENTREOS P'RIVATIVOS DE BRASILEIRO NATO, AALTERAÇÃO DA COMPOSiÇÃO DOCONSELHO DE DEFESA NACIONAL, ADEFINiÇÃO DO Juízo COMPETENTE PARAPROCESSAR E JULGAR OS COMANDANTESDA MARINHA, DO EXÉRCITO E DAAERONÁUTICA, E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIAS", APENSADA ÀQUELAProposição: PEC 0498/97Presi<strong>de</strong>nte:1Q Vice-Presi<strong>de</strong>nte:2 Q Vice-Presi<strong>de</strong>nte:3 Q Vice-Presi<strong>de</strong>nte:Autor: José Genofno e outros


TitularesAldir CabralArol<strong>de</strong> <strong>de</strong> OliveiraAroldo CedrazFrancisco RodriguesMaluly NettoPaes LandimWerner Wan<strong>de</strong>rerHenrique Eduardo AlvesJoão HenriqueMarçal FilhoMarcelo BarbieriSilas BrasileiroSynval GuazzelliAyrton XerêzCoronel GarciaLuciano CastroMarcus VicenteNicias RibeiroPedro HenryJoão Herrmann Neto (PPS)Milton T<strong>em</strong>erVirgílio GuimarãesWaldomiro FioravanteHugo BiehlJair BolsonaroNelson MeurerPFLPMOBPSOBPTPPBSuplentesÁtila LinsCorauci SobrinhoElton RohneltJairo CarneiroJoão RibeiroJosé lourrençoLuciano PizzattoCleonâncio Fonseca5 vagasAntonio FeijãoArnon BezerraBadu PicançoFeu RosaLuiz RibeiroMarisa SerranoJosé GenoínoPaulo Delgado2 vagasAry KaraCelso RussomannoJoão TotaPTBFernando GonçalvesJosé Carlos MartinezJosé Carlos EliasRoberto JeffersonPOTNeiva MoreiraLuiz SalomãoBloco (PSBi,PCdoB)Haroldo LimaAldo RebeloBloco (PL, PST, PMN, PSO, PSL)Cabo JúlioR<strong>em</strong>i TrintaCOMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITODESTINADA A INVESTIGAR O AVANÇOE A IMPUNIDADE DO NARCOTRÁFICOProposição: RCP 0001/99 Autor: Morini Torgan e outrosPresi<strong>de</strong>nte: Magno Malta (PTB)1 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Elcione Barbalho (PMDB)2 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Fernando Ferro (PT)3 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: .Relator: Moroni Torgan (PSDB)TitularesSuplentesPFLAldir CabralCelclta PinheiroLaura CarneiroElton RohneltReginaldo GermanoSilas CâmaraRobson Tuma1 vagaElcione BarbalhoNelo RodolfoRicardo NoronhaWal<strong>de</strong>mir MokaLino RossiMoroni TorganPedro CanedoPMOBPSOBConfúcio Moura3 vagas·Fátima PelaesSérgio ReisZUlaiê CobraAntonio Carlos BiscaiaFernando FerroPTPPBMárcio Bittar (PPS)Eber Silva (PDT)Nelo RodolfoJonival Lucas JuniorNilton Baiano1 vagaPTBMagno MaltaPompeo <strong>de</strong> MattosBloco (PSB, PCdoB)paulo BaltazarJosé AntonioBloco (PL, PST, PMN, PSO, PSL)Cabo Júlio- Pastor Val<strong>de</strong>ciSecretário (a): Carm<strong>em</strong> Guimarães AmarálLocal: Serviço <strong>de</strong> Com. Pariam. <strong>de</strong> Inq., Anexo 11, sl139-BTelefone:318-7054COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA APROFERIR PARECER À PROPOSTA DEEMENDA CONSTITUCIONAL N2203, DE 1995,DO SENHOR DEPUTADO LAPROVITA VIEIRA EOUTROS, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO § 12DO ARTIGO N 2 222 DA CONSTITUiÇÃOFEDERAL, SUPRIMINDQ-SE O § 22DOREFEIDO ARTIGO, QUE TRATA DAPROPRIEDADE DE EMPRESASJORNALíSTICAS E DE RADIODIFUSÃOSONORA E DE SONS E IMAGENS", E ÀPROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO N2455, DE 1997, DO SENHOR DEPUTADOALOYSIO NUNES FERREIRA E OUTROS, QUE"DÁ NOVA REDAÇÃO AO ARTIGO 222 DACONSTITUiÇÃO FEDERAL", APENSADA ÀQUELAProposição: PEC 0203195 Autor: LaprovitaVieira e outrosPresi<strong>de</strong>nte:Ayrton Xerêz (PSDB)1 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Arol<strong>de</strong> <strong>de</strong> Oliveira (PFL)2 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Walter Pinheiro (PT)3 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Wagner Salustiano (PPB)Relator: Henrique Eduardo Alves (PMDB)TitularesSuplentesPFLArol<strong>de</strong> <strong>de</strong> OliveiraAirton RovedaFrancisco GarciaJosé Mendonça BezerraJoel <strong>de</strong> HollandaLavoisier MaiaJosé RonaldoLuiz Moreirasantos FilhoMaluly NettoSilas CâmaraPedro PedrossianVic Pires FrancoRonaldo CaiadoHenrique Eduardo AlvesJoão ColaçoLuiz BittencourtOlavo CalheirosPastor JorgePinheiro LandimAnivaldo ValeAyrton XerêzJosé Thomaz NonõLuís EduardoRoberto BrantVittorio MedioliPMOBPSOBEunício Oliveira5 vagasAlberto GoldmaÍlFernando Gabeira (PV)Marisa serranoZenaldo Coutinho2 vagas


Dr. RosinhaGilmar MachadoPedro CelsoWalter PinheiroAntonio Joaquim AraújoOliveira FilhoWagner salustianoAlbérico Cor<strong>de</strong>iro-José Carlos MartinezNeiva MoreiraCl<strong>em</strong>entino coelhoPTPPBPTBPDTRegis Cavalcante (PPS)3 vagasJosé JaneneRobério Araújo1 vagaIris SimõesMurilo DomingosAgnaldo MunizJandira FeghaliBloco (PL, PST, PMN, PSD, PSL) .Bispo RodrigUesBispd Wna<strong>de</strong>rvalSecretário: Valdivino Tolentino FilhoLocal: Servo Comissões Especiais, Anexo li, Sala 165-BTelefone: 318-7063COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA AELABORAR ANTEPROJETO COM VISTAS ÀREFORMA DO REGIMENTO INTERNO DACÂMARA DOS DEPUTADOSProposição:Autor: PRESIDENTEPresi<strong>de</strong>nte: De Velasco (PST)1 12 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Alberto Mourão (PMDB)2 12 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Professor Luizinho (PT)3 12 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Arnaldo Faria <strong>de</strong> Sá (PPB)Relator: Aroldo Cedraz (PFL)TitularesSuplentesPFLAroldo CedrazAracely <strong>de</strong> PaulaCesar Ban<strong>de</strong>iraCiro NogueiraDarci CoelhoDr. Benedito DiasJaime MartinsEduardo PaesJairo AziMaluly NettoJoel <strong>de</strong> HollandaPedro Fernan<strong>de</strong>sPaes LandimSilas CâmaraPMDBAlbérico FilhoAlberto MourãoAntonio CambraiaNelson ProençaOsmar SerraglioRenato ViannaAloysio Nunes FerreiraArthur VirgílioBonifácio <strong>de</strong> AndradaJoão AlmeiraMareio FortesNelson MarchezanGeraldo MagelaJoão PauloMarcelo DédaProfessor LuizinhoArnaldo Faria <strong>de</strong> SáHerculano AnghinettíJosé UnharesBloco (PSB, PCdoB)PSDBPTPPBAécio NevesAlberto GoldmanAntonio Carlos PannunzioArnaldo Ma<strong>de</strong>iraJutahy JuniorZulaiê CobraGilmar MachadoJosé GenoínoPaulo DelgadoVirgílio GuimarãesPTBEduardo SeabraCaio RielaFernando GonçalvesWalfrido Mares GuiaPDTCoriolano SaiesFernando CorujaBloco (PSB, PCdoB)Pedro ValadaresDjalma PaesBloco (PL, PST, PMN, PSD, PSL)De VelascoLincoln PortelaSecretária: Leila MachadoLocal: Serviço <strong>de</strong> Comissões Especiais, Anexo 11, Sala 129-BTelefone: 318-6893COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA AANALISAR O PROJETO DE LEICOMPLEMENTAR NQ 10, DE 1999, QUE"DISPÕE SOBRE O REGIME DE PREVIDÊNCIACOMPLEMENTAR E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIAS"Proposição: PLP 0010/99Autor: Po<strong>de</strong>r ExecutivoPresi<strong>de</strong>nte: Nelson Marchezan (PSDB)1 12 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Freire Júnior (PMDB)2 12 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Arlindo Chinaglia (PT)3 12 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Eurico Miranda (PPB)Relator: Manoel Castro (PFL)TitularesSuplentesPFLCelcita .PinheiroCosta FerreiraDeus<strong>de</strong>th PantojaLaura CarneiroAfonso CamargoJaime Fernan<strong>de</strong>sJoel <strong>de</strong> HollandaManoel CastroMe<strong>de</strong>irosRaimundo ColomboRodrigo MaiaFreire Júnior.José ChavesJosé PrianteNelson ProençaRita CamataSynval Guazzelli6 vagas Átila LiraBasílio VillaniEmerson KapazUno RossiNelson Marchezan1 vaga3 vagasArlindo ChinagliaEduardo JorgeRicardo BerzoiniWellington DiasEurico MirandaHerculano AnghinettiHugo BiehlCaio RielaFernando GonçalvesAlceu CollaresRicardo MaranhãoPMDBPSDBPTPPBPTBPDTBloco (PSB, PCdoB)Luis BarbosaPaulo OctávioWilson BragaEdinho AraújoEdison andrinoJoão MagalhãesMilton MontiOsrnânio Pereira1 vagaAdolfo marinhoJutahy JuniorZenaldo Coutinho3 vagasdPadre RoqueTeima <strong>de</strong> Souza2 vagasAlcione Athay<strong>de</strong>Arnaldo Faria <strong>de</strong> SáJonival Lucas Juniorlris SimõesRenildo LealDr. HélioGonzaga Patriota


Bloco (PL, PST, PMN, PSD, PSL)Luciano BivarLincoln PortelaSecretário: Francisco da Silva Lopes FilhoLocal: Serviço da Comissões Especiais, Anexo 11, S/165-BTelefone: 31B-7066COMISSÃO ESPECrAL DESTINADA AANALISAR O PROJETO DE LEICOMPLEMENTAR NR 09, DE 1999, QUE"DisPÕE SOBRE AS NORMAS GERAIS PARA AINSTITUiÇÃO DE REGIME DE PREVIDÊNCIACOMPLEMENTAR PELA UNIÃO, PELOSeSTADOS, PELO DISTRITO FEDERAL E PELOSMUNiCíPIOS"Proposição: PLP 0009/99Autor: Po<strong>de</strong>r ExecutivoPresi<strong>de</strong>nte: Enivaldo Ribeiro (PPB)1 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Pedro Canedo (PSDB)2 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Osvaldo Biolchi (PMDB)3 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Dr. Rosinha (PT)Relator: Robson Tuma (PFL)TitularesSuplentesPFLEduardo Paes Antônio Jorge Aracely <strong>de</strong> paulaPaulo Braga Jaime Martins Betinho RosadoPaulo Marinho Mauro Fecury José LourençoPaulo OCtávio Raimundo Colombo Roland LavigneRobson Tuma Raimundo santos Rubens FurlanUrsicino Queiroz Vilmar Rocha W<strong>em</strong>er Wan<strong>de</strong>rerWilson Braga1 vagaPMDBAna CatarinaGustava Fruet Albérico Filho Armando AbflioMilton Monti João Colaço Edinho BezNorberto Teixeira 4 vagas João MatosOsvaldo Biolchi Jorge AlbertoPedro chaves Marcelo CastroWilson SantosPSDBAdolfo MarinhoAnivaldo Vale Ji:ls-é <strong>de</strong> Abreu José TelesHelenildo Ribeiro Maria Abadia JuquinhaJoão Castelo Paulo Mourão Lidia QuinanMax Rosenmann Saulo Pedrosa Ricarte <strong>de</strong> FreitasPedro Canedo 2 vagas Sérgio Reissaulo PedrosaPTHenrique FontanaAntonio Palocci Angela Guadagnin José PimentelDr. Rosinha Jair Meneguelli Virgflio GuimarãesFernando Ferro Márcio Matos Walter PinheiroGilmar Machado1 vagaPPBAlcione Athay<strong>de</strong>Antonio Joaquim Araújo Pastor Amarildo José UnharesEnivaldo Ribeiro Robério Araújo Robério AraújoNilton BaianoYvonilton GonçalvesPTBCelso GiglioChico da Princesa (PSDB)lris SimõesMax MauroWalfrido Mares GuiaRenildo LealPDTAlceu Collares Dr. Hélio ~oão SampaioBloco (PSB, PedoB)Dialma PaesPedro EugênioRicardo MaranhãoBloco (PL, PST, PMN, PSD, PSL)Marcos <strong>de</strong> JesusR<strong>em</strong>i TrintaSecretária: Fátima MoreiraLocal: Serviço <strong>de</strong> Comissões Especiais, Anexo li, S/169-BTelefone: 318-7555COMISSÃO ESPECIAL DESTlNÁDA AANALISAR O PROJETO DE LEICOMPLEMENTAR NR OS, DE 1999, QUE, "DISPÕE SOBRE A RELAÇÃO ENTRE A UNIÃO,OS ESTADOS, O DISTRITO FEDERAL E OSMUNiCípIOS, SUAS AUTARQUIAS,FUNDAÇÕES, SOCIEDADES DE ECONOMIAMISTA E OUTRAS ENTIDADES PÚBLICAS ESUAS RESPECTIVAS ENTIDADES FECHADASDE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR, E DÁOUTRAS PROVIDÊNCIAS"Proposição: PLP 0008199Autor: Po<strong>de</strong>r ExecutivoPresi<strong>de</strong>nte: José Unhares (PPB)1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Marcelo Castro (PMDB)2 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Sérgio Reis (PSDB)3 2 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: José Pimentel (PT)Relator: Werner Wan<strong>de</strong>rer (PFL)TitularesSuplentesPFLAlmerinda <strong>de</strong> CarvalhoAdauto PereiraDr. Benedito DiasElton RohneltJosé Carlos VeiraJosé Mendonça BezerraRoberto PessoaZila BezerraPMDBPSDBPTPPBPTBPDTBloco (PSB, pedoB)Bloco (PL, PST, PMN, PSD, PSL)secretário: Erles Janner GoriniLocal: Serviço <strong>de</strong> Comissões Especiais, Anexo 11Telefone: 318-7067Anlbal GomesWal<strong>de</strong>mir Moka4 vagasNilson PintoRoberto Rocha4 vagasGeraldo MagelaJoão MagnoLuci ChoinackiLuiz MainardiLuis Carlos HeinzeOliveira FilhoZé índio (PMDB)Fernando GonçalvesJosé Carlos Martinezcelso JacobSérgio Novais


COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA AAPRECIAR E PROFERIR PARECER AOPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N 2 18, DE1999, QUE REGULA O ARTIGO 163, INCISOS I,11,111 E IV, E O ARTIGO 169DA CONSTITUiÇÃOFEDERAL, DISPÕE SOBRE PRINCípIOSFUNDAMENTAIS E NORMAS GERAIS DEFINANÇAS PÚBLICAS E ESTABELECE OREGIME DE GESTÃO FISCAL RESPONSÁVEL,BEM ASSIM ALTERAA La COMPLEMENTAR N264,DE 18 DE MAIO DE 1990Proposição: PLP 0018/99Autor: Po<strong>de</strong>r ExecutivoPresi<strong>de</strong>nte: Joaquim Francisco (PFL)1R Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Luiz Carlos Hauly (PSDB)2lI Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Carlito Merss (PT)3 R Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Iberê Ferreira (PPB)Relator: Pedro Novais (PMDB)TitularesSuplentesBetinho RosadoJoaquim FranciscoJosé RonaldoMoreira FerreiraPedro PedrossianRub<strong>em</strong> MedinaZezé PerrellaAntõnio CambraiaArmando MonteiroCarlos DundaCezar SchirmerGastão VieiraPedro NovaisAlofzio SantosCustódio MattosJuquinhaLuiz Carlos HaulyRoberto RochaVeda CrusiusCarlito MerssF<strong>em</strong>ando MarroniGeraldo MagelaJoão FassarellaEliseu MouraIberê FerreiraRoberto 'BalestraFélix MendonçaMurilo DomingosPFLPMDBEduardo PaesGervásio SilvaIvanio GuerraNice LobãoPau<strong>de</strong>mey AvelinoPaulo OCtávioRonaldo CaiadoMúcio SáSilas Brasileiro4 vagasPSDBAndré BenassiAyrton XerêzJoão AlmeidaMareio FortesRaimundo Gomes <strong>de</strong> MatosRoberto BrantPTPPBPTBBen-Hur FerreiraIara B<strong>em</strong>ardiJoão CoserProfessor LuizinhoAlmir SáEdmar MoreiraMárcio Reinaldo Moreiraalberico Cor<strong>de</strong>iroDuilio PisaneschiPDTLuiz Salomãos1 vagaBloco (PSB, PCdoB)Sérgio MirandaEduardo CamposBloco (PL, PST, PMN, PSD, PSL)Eujácio SimõesLuciano BivarSecretário: Marcos Figueira <strong>de</strong> AlmeidaLocal: Serviço <strong>de</strong> Comissões Especiais, Anexo li, 81165-BTelefone: 318-7063COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA AAPRECIAR E DAR PARECER SOBRE TODOSOS PROJETOS DE LEI EM TRÂMITE NESTACASA, ESPECIALMENTE OS CONTANTES NOANEXO ÚNICO DO ATO DE CRIAÇÃO,RELATIVOS À REGULAMENTAÇÃO DOSISTEMA FINANCEIRO NACIONAL,CONFORME PREVISTO NOARTIGO 192, DA CONSTITUiÇÃO FEDERALPresi<strong>de</strong>nte: Danilo <strong>de</strong> Castro (PSDB)1RVice-Presi<strong>de</strong>nte: Rub<strong>em</strong> Medina (PFL)2 R Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Ricardo Berzoini (PT)3 R Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Edmar Moreira (PPB)TItularesJorge KhouryJosé LourençoMarcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lhaPedro BittencourtRicardo FiuzaRobson TumaRub<strong>em</strong> MedinaEdinho BezEunfcio OliveiraNelson ProençaPaulo LimaPedro ChavesSalatiel CarvalhoAntonio KandirDanilo <strong>de</strong> CastroManoe SalvianoNarcio RodriguesRoberto BrantVeda CrusiusGeraldo MagelaJoão CoserRicardo BerzoiniWellington diasEdmar MoreiraJosé JaneneLuiz F<strong>em</strong>andoMurilo DomingosOsvaldo SobrinhoCoriolano SalesPFLPMDBPSDBPTPPBPTBPDTSuplentesCorauci SobrinhoFrancisco RodriguesJoão RibeiroJosé-Carlos CoutinhoLuciano PizzattoPaes LandimRodrigo MaiaAntonio CambraiaAntônio do ValleArmando MonteiroFlávio DerziFreire JúniorMilton MontiLuiz Carlos HaulyNilo CoelhoXico Graziano3 vagasJoão GrandãoJosé PimentelMilton T<strong>em</strong>er1 vagaDelfim NettoHerculano AnghinettiMárcio Reinaldo MoreiraJosé carlos EliasLuiz Antonio FleuryPompeo <strong>de</strong> MattosBloco (PL, PST, PMN, PSD, PSL)Marcos CintraRonaldo VasconcellosPedro EugênioBloco (PSB, PCdoB)Sérgio MirandaSecretário: Silvio Sousa da SilvaLocal: Serviço <strong>de</strong> Comissões especiais, Anexo li, 81165·BTelefone: 318-7061


COMISSÃO ESPECIAL DESTiNADA A PROFERIR\ PARECER À PROPOSTA 'DE EMÉNDACONSTITUCIONAL ~ 627, DE 1998, QUE"ALTERA OS ARTIGOS 29 E 212 DACONSTITUiÇÃO FEDERAL"Proposição: PEC 0627/98Autor: Senado Fe<strong>de</strong>ralPresi<strong>de</strong>nte: Átila Lins (PFL)1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Th<strong>em</strong>lstocles sampaio (PMDB)2 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Teima <strong>de</strong> Souza (PT)3 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: E1iseu Moura (PPB)Relator: Ronaldo Cezar Coelho (PSDB)TItularesAffonso CamargoÁtila LinsPaulo MagalhãesPedro TittencourtRaimundo santosRoberto PessoaVllmar RochaConfúcio MouraDomiciano CabralHermes ParcianelloNorberto TeixeiraOlavo CalheirosTh<strong>em</strong>rstocles sampaioAlberto GoldmanJovair ArantesNicias RibeiroPaulo Felj6Roberto RochaRonaldo Cezar CoelhoGeraldo SimõesLuiz sérgioMaria do Carmo LaraTeima <strong>de</strong> SouzaCunha BuenoEliseu MouraJosé JaneneCelso GigloOsvaldo SobrinhoAirton DippPedro EugênioPFLPMDBPSDB'PTPPBPTBPDTSuplentesAntônioGeraldoCiro NogueiraDarci CoelhoEduardo PaesGilberto KassabJaime MartinsRoberto ArgentaGastão VeiraPinheiro IandimWilson Santos3 vagasluiz Carlos Hauly.' Ricardo Ferraço4 vagasAngela GuadagninAntonio PaiocciJoão Herrmann Neto (PPS)João Magno3 vagasJosé Carlos EliasRenlldo LealCoriolano BalesBloCo (PSB, PCdoB)Vanessa GrazziotlnBloco (PL, PST, PUN, PSD, PSL).Almeida <strong>de</strong> JesusPastor Val<strong>de</strong>cl PalvaSecretária: Adia Calheiros BispoLocal: Serviço <strong>de</strong> Comissões Especiais. Anexo 11Telefone:318-7062COf4ISSÃO ESPECIAL DESTINADA APROFERIR PARECER À PROPOSTA DEEMENDA CONSTITUCIONAL N 2 374,DE 1996, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO À ALíNEA"e" DO INCISO 11 DO § 62 DO ART. 128DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL"Proposição: PEC 374/96Autor: Senado Fe<strong>de</strong>ralPresi<strong>de</strong>nte: Domiciano Cabral (PMDB)1" Vice-Presi<strong>de</strong>nte: João Castelo (PSDB)2" Vice·Presi<strong>de</strong>nte: Marcelo Déda (PT)3" Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Ary Kara (PPB)TItularesAlmerinda <strong>de</strong> CarvalhoAntônio JorgeDr. Benedito DiasGervásio SilvaLeur LamantoLuis BarbosaNeuton UmaAlbérico FilhoBarbosa netoDomiciano CabralEdinho AraújoGustavo FruetPhll<strong>em</strong>on RodriguesAndré BenassiHelenildo RibeiroJoão CasteloNelson OtochVicente ArrudaZulaiê CobraAntonio Carlos BiscaiaMarcelo Déda2 vagasAry KaraAugusto FariasGerson PeresNelson MarquezelllOsvaldo Sobrinhoenio BacolJosé AntonioPFLPMDBPSDBPTPPBPTBPDTBloco (PSDB, PC do B)'SuplentesLuiz MoreiraMarcon<strong>de</strong>s Ga<strong>de</strong>lhaMe<strong>de</strong>irosNice LobãoRaimundo santosRobson TumaValdomiro 'MegerJorge WilsonOlavo CalheirosPinheiro Landim3 vagasAlexandre SantosLéo AlcântaraZenaldo Coutinho3 vagas4 vagasAmaldo Faria <strong>de</strong> SáEurico Miranda1 vagaMax MauroNllton CapixabaCoriolano SalesDjalma PaesBloco (PL, PST, PMN, PSD, PSL)Bispo Wan<strong>de</strong>rvaJRonaldo Vasconcellossecretário: José Maria Aguiar <strong>de</strong> CastroLocal: Serv. <strong>de</strong> Comissões Especiais. Anexo liTe~e:318-7062


COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITODESTINADA A APURAR O DESPERDíCIO DEALIMENTOS NO PERíODO DOS GOVERNOSIMEDIATAMENTE ANTERIORES AOPRESIDENTE FERNANDO HENRIQUECARDOSO, QUANTO AO ARMAZENAMENTO,RODíZIO DE ESTOQUES, TRANSPORTE,MOVIMENTAÇÃO E CONSERVAÇÃO DOSALIMENTOS ESTOCADOS.Proposição: RCP 0010/95 Autor: Marilu Guimarães e outrosPresi<strong>de</strong>nte: Celclta Pinheiro (PFL)1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Luís Eduardo (PSDB)2~ Vice-Presi<strong>de</strong>nte:3 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Cleonâncio Fonseca (PPB)TitularesCalolta PinheiroCiro NogueiraPaulo BragaRoberto PessoaCarlos Dungaancistônio PintoJosé BorbaUdiaQuinanLuís Eduardo1 vagaAdão PrettoAloizio MercadanteAlcione Athay<strong>de</strong>Cleonâncio FonsecaCaio RielaPFLPMDBPSDBPTPPBPTBPDTOlimpio PiresBloco (PSB, PcdoB)Agnelo QueirozLocal: Servo <strong>de</strong> Comissões Especiais, Anexo 11 .SuplentesAirton RovedaElton RohneltJoão RibeiroRonaldo CaiadoPhil<strong>em</strong>on RodriguesSilas BrasileiroWilson SantosJovair ArantesMarisa Serrano1 vaga2 vagasAugusto Nar<strong>de</strong>sRomeu Anizi().Nelson Marquezelli1 vaga1 vagaCOMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITODESTINADA A INVESTIGAR A ATUAÇÃO DAFUNDAÇÃO NACIONAL DO íNDIO - FUNAIProposição: RCP 0013/95 Autor: Elton Rohnelt e outrosPresi<strong>de</strong>nte: Alceste Almeida (PMDB)1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Elton Rohnelt (PFL)2 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte:_ 3~ Vice-Presi<strong>de</strong>nte:Relator: Antonio Feijão (PSDB)TItularesSuplentesElton RohneltExpedito JúniorFrancisco GarciaRaimundo Santos3 vagasPFLDr. Benedito DiasJoão RibeiroJosé MeloLuis Barbosa3 vagasA/ceste Almeida19or AvelinoJorge Costa3 vagasAntonio FeijãoB. SáNicias Ribeiro3 vagasRenildo Leal1 vagaAgnaldo Muniz----------~------.Adão PrettoAloizio Mercadante3 vagasOliveira FilhoAlmir Sá1 vagaPMDBPSDB)onfúcio MouraJurandil JuarezOsvaldo Reis3 vagasLuciano CastroSelastião Ma<strong>de</strong>iraZ. ,"aldo Coutinho3 vagasPTAirton CaEcavel ( 'PS) - <strong>de</strong> ofíclo*3 vagaPPBPTBPDTBlOco (PDB, PcdoB)VanessaGrazziotinBloco (PL, PST, PMN, fSD, P~iL)1 vagaSecretário: Mário Dráusio CoutinhoLocal: Serv. <strong>de</strong> CPI, Anexo 11, sala 151-i3Telefone: 318-7058(* Indicado <strong>de</strong> ofício pelo presi<strong>de</strong>nte.)PMDBPSDBPTPPBYvonilton Gonçalves? vagasJosué Bengtson1 vaga1 vaga1 vaga1 vagaCOMISSÃO PARLAMENTAFl DE INQUÉRITODESTINADA A INVESTIG~I.R A GRISE NOSETOR PRODUTIVO DE BOR:~ACt1A NATURALE OS REFLEXOS DA pOLí'irJCAGOVERNAMENTAL tllO SETORProposição: RCP 0033/93 Autor: PaL,<strong>de</strong>mey Avelino e outrosPresi<strong>de</strong>nte: Badu Picanço (PSDB)1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Jurandil Juarez (PMDB)2 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte:3 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: João Tota (PPB)Relator: Silas Câmara (PFL)TitularesSuplentesPFLDr. Benedito Dias• Francisco GarciaII<strong>de</strong>fonço cor<strong>de</strong>iroFrancisco RodriguesPau<strong>de</strong>mey AvelinoLuis BarbosaSilas CâmaraZila BezerraEicione BarbalhoJurandil JuarezLuiz BittencourtBadu PicançoJoão CasteloNilson PintoAdão PrettoAloizio MercadanteJoão TotaLuiz F<strong>em</strong>andoA.lceste AlmeidaConfúcio MouraJorge CostaFátima PelaesSérgio Carvalho1 vaga2 vagas2 vagas


Nilton CapixabaSérgio BarrosPTBPDTBloco (PSB, PCdoB)Agnelo QueirózSecretário: Mário Dráusio CoutinhoLocal: Servo <strong>de</strong> CPI, Anexo li, sala 151-BTelefone: 318·7058OsValdo SobrinhoEurfpe<strong>de</strong>s Miranda1 vagaCOMISSÃO ESPECIAL DESTINADA APROFERIR PARECER À PROPOSTA DEEMENDA À CONSTITUiÇÃO Nll 89, DE 1995,QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO INCISO IV DOARTIGO 29 DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL"(TRE FIXARÁ O NÚMERO DE VEREADORESPROPORCIONAL À POPULAÇÃO)Proposição: PEC 0089/95 Autor: Nicias Ribeiro e outrosPresi<strong>de</strong>nte: Rafael Guerrar (PSDB)1 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Norberto Teixeira (PMDB)2 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: Geraldo Simões (pn3 11 Vice-Presi<strong>de</strong>nte: João Pizzolatti (PPB)Relator: Zezé Perrella (PFL)TitularesSuplentesJosé Mendonca BezerraPaulo BragaPedro BittencourtSérgio BarcellosVilmar RochaZezé PerrellaPFLDarci CoelhoFrancisco RodriguesJaime MartinsMaluly NettoMoreira FerreiraPaulo MarinhoZila BezerraAna CatarinaAnfhal GomesIgor AvelinoJoão MagalhãesNorberto TeixeiraZé [ndioAntonio FeijãoNicias RibeiroNilo CoelhoRafael GuerraSebastião Ma<strong>de</strong>iraZulaiê cobraGeraldo Simões3 vagasCarlos CuryCunha BuenoJoão PizzolattiCelso GiglioMax MauroEber SilvaPedro EugênioPMOBPSOBPTPPBPTBPOTBloco (PSB, PCdoB)Bloco (PL, PST, PMN, PSO, PSL)Almeida <strong>de</strong> JesusRegis Cavalcante (PPS)PVRoland LavigneHermes ParcianelloJoão Men<strong>de</strong>s4 vagasFátima PelaesMaria AbadiaMarinha RauppMax RosenmannNilson Pinto1 vaga4 vagasAntonio Joaquim AraújoHugo Biehl1 vagaOsvaldo SobrinhoRenildo LealPompeo <strong>de</strong> Mattos1 vagaR<strong>em</strong>i TrintaAirton Cascavel (PPS)Secretária: José Maria Aguiar <strong>de</strong> CastroLocal: Servo Comissões Especiais, Anexo li, Sala 168-ATelefone: 318-7067 FAX: 318-2140


CÂMARA DOS DEPUTADOSCENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃOCOORDENAÇÃO DE PUBLlCAÇOESTíTULOS PUBLICADOS -1998/1999QUEM FOI QUEM NA ASSEMBLÉIACONSTITUINTE DE 1946CÂMARA DOS DEPUTADOSISBN:85-7365-D29-X (v.1)85-7365-030-3 (v.2)R$18,92CHAMBER OF DEPUTIES. "~.'.'~:.~.. :~E~mÃOOSDlstrlbulçlo gratuitaCONSTlTUIÇAo DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL (1988)CHAMBERCfDEPlffiESDistribuição gratuitaCANDIDATO E A PROPAGANDAELEITORAL NO PLEITO DE 1998, OCÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIROR$1,10ISBN: 83·7365-038-9R$2,20Locais <strong>de</strong> venda: Midla Livraria. Ed. Principal e Anexo IV da Câmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>. Tt}lefones: (081) 318-647717271.Informações: Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Publicações. Telefone: (061) 318-6865.


CÂMARA DOS DEPUTADOSCENTRO DE DOCUMÉNTAÇÃO E INFORMAÇÃOCOORDENAÇÃO DE PUBLlCAÇOESTíTULOS PUBLICADOS -1998/1999LEGISLAÇÃO ELEITORALHOMENAGEM AO DIA'DO TRABALHADORISBN: 85-7365.1)39-7R$1,32ISBN:85-7365-045 c1 _R$1,43 :RELATÓRIO DA 11 CONFERÊNCIANACIONAL DE DIREITOS HUMANOSRELATÓRIO DAS ATIVIOÁDêS DE 1997 ­COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOSISBN: 85-7365.1)40-0R$ 5,50ISBN: 85-7365-041-9R$3,30ENDEREÇOS DOS DEPUTADOSRELATÓRIO DA 111 CONFERÊNC'IANACIONAL DE DIR.'EITOS HUMANOSR$2,92ISBN:85-7365-05&.9R$9,55 .-Lo-ca-j-S-<strong>de</strong>-v-e-nd-a-:M-j-di-a-Lj-Vra-n-'a-.E-d-.-Pn-'n-ci-pa-I-e-A-ne-X-o-Iv-d-a-ca-m"'!'"a-ra-dO-S-De-pu-ta-a-os-.-Te-le-fo-n-es-:-(0-6-1)-3-18--64-7~7f-'2-7-1.-,-.-:':O--"-- " .Informações: Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Publicações. Telefone: (061) 318-6865.' ,. . . ,


CÂMARA DOS DEPUTADOSCI;NTRO OE DOCUMENTAÇÃO eINFORMAÇÃOCOORDENAÇÃO OE PUBLICAÇOESTiTUlOS PUBLICADOS "':'1998/1999DEPUTADOS BRASILEIROS: REPERTÓRIOBIOGRÁFICO: $1· LEGISLATURA, 1999-2003AUDiêNCIA PÚBLICA: OSFINANCIAMENTOS DAS INSTITUiÇÕESFINANCEIRAS MULTILATERAIS ...._.,.-_ _.,...-. ....__.ISBN:85-7365-053-2 (v.1)85-7365-060-5 (v.2) •R$5O,DOCENTRO DE DOCUMENTAÇAo E -INFORMAÇÃO .... ceDI: GUIA DO USUÁRiOFINANCIAMENTO DA ESTRUTURASINDICAL NO BRASILISBN: 85-7365-062-1R$1,65MANUAL DE ELABORAÇAO LEGISLATIVA:MODELOS EINFORMAÇÕES (3. ED.)QUESTÕES SOBRE PROCESSOLEGISLATIVO E REGIMENTO INTERNO-L.'=.:a.UHIHIIIt •ISBN: 85-7365-047-8R$4,40I.ocaia cte~: Mldia Livraria. Ed. Prinçjpal e An4Ixo IV da camara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>. Telefones.: (061) 318-647717271.InfonnIçOes: Coof'";lenaçAo <strong>de</strong> PubliQat;Oel. Telefone: (061) 318-6865.


SENADOFEDERALSECRETARIAESPECIALDE EDITORAÇÃO"E PUBLlCAÇOESEDiÇÃO DE HOJE: 352 PÁGINAS

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