13.07.2015 Views

Mamíferos Aquáticos do Brasil: Plano de Ação ... - CAR-SPAW-RAC

Mamíferos Aquáticos do Brasil: Plano de Ação ... - CAR-SPAW-RAC

Mamíferos Aquáticos do Brasil: Plano de Ação ... - CAR-SPAW-RAC

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

abrigar uma população resi<strong>de</strong>nte, mas o tamanho <strong>de</strong>sta população é ainda <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>(CASTELLO; BARCELLOS, 1984; HETZEL; LODI, 1993; SILVA, J. M.; SILVA, F. J., 1994).No Nor<strong>de</strong>ste têm si<strong>do</strong> observa<strong>do</strong>s grupos mistos da espécie com Stenella attenuata e no Su<strong>de</strong>ste,com S. frontalis (MORENO et al. 2000).AmeaçasA área <strong>de</strong> maior concentração conhecida da espécie em águas brasileiras é a baía <strong>do</strong>s Golfinhos,em Fernan<strong>do</strong> <strong>de</strong> Noronha (PE), on<strong>de</strong> os animais se agrupam para <strong>de</strong>scanso e reprodução. Aprincipal ameaça atualmente nessa região é o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> turismo. O aumento <strong>do</strong>número <strong>de</strong> embarcações e os barcos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte na entrada da baía po<strong>de</strong>m estar provocan<strong>do</strong>alterações no comportamento <strong>de</strong>sses golfinhos (LODI; ALAMEIDA; PIMENTEL, 1994; SILVA,J. M.; SILVA, F. J., 1994). Nas regiões su<strong>de</strong>ste e sul <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>, existem registros <strong>de</strong> capturaaci<strong>de</strong>ntal da espécie em re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesca oceânica (SANTOS; DITT, 1994; ZERBINI; KOTAS,1998). Embora o número conheci<strong>do</strong> <strong>de</strong> capturas não seja consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> alto, a dificulda<strong>de</strong> <strong>do</strong>monitoramento <strong>do</strong> emprego <strong>de</strong>ssa arte <strong>de</strong> pesca e o recente incremento da utilização <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>riva oceânica em algumas regiões <strong>do</strong> litoral brasileiro (SECCHI, E.R., com. pess.) representammotivos <strong>de</strong> preocupação para espécies pelágicas, como o golfinho-rotator.3.1.4 Tursiops truncatusStatus e distribuiçãoClassificação IUCN: DD (2000)Classificação PA II: DDO golfinho-nariz-<strong>de</strong>-garrafa é um <strong>de</strong>lfiní<strong>de</strong>o <strong>de</strong> ampla distribuição, ocorren<strong>do</strong> em zonas tropicaise temperadas <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>. Ocupa diferentes hábitats <strong>de</strong>s<strong>de</strong> regiões costeiras, lagoas,estuários e mares internos até águas pelágicas e ilhas oceânicas. Sua taxonomia é bastantecontroversa, haven<strong>do</strong> mais <strong>de</strong> vinte espécies <strong>de</strong>scritas para o gênero (RICE, 1998; WELSS;SCOTT, 1999). No Atlântico Sul Oci<strong>de</strong>ntal, distribui-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a costa <strong>do</strong> Amapá (ROSAS, F.,com. pess.) até a Província <strong>de</strong> Chubut, Argentina (MERMOZ, 1977). Em águas oceânicas, olimite norte <strong>de</strong> sua distribuição esten<strong>de</strong>-se até o Arquipélago <strong>de</strong> São Pedro e São Paulo (SKAF;SECCHI, 1994; CAON; OTT, 2000). No sul <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>, ocorre freqüentemente em águascosteiras, penetran<strong>do</strong> em estuários e rios (SIMÕES LOPES, 1991, PINEDO; ROSAS;MARMONTEL, 1992; MOLLER et al. 1994).SIMÕES LOPES (1996), analisan<strong>do</strong> a coloração <strong>do</strong> corpo e o formato da nada<strong>de</strong>ira <strong>do</strong>rsal <strong>de</strong>staespécie, sugere a existência <strong>de</strong> um estoque oceânico e outro costeiro em águas brasileiras. Maisrecentemente, a existência <strong>de</strong> uma forma norte e outra, sul, ao longo da costa atlântica daAmérica <strong>do</strong> Sul também foi sugerida com base em da<strong>do</strong>s morfométricos e moleculares(BARRETO, 2000). A forma norte habitaria águas mais quentes sob a influência da Corrente <strong>do</strong><strong>Brasil</strong>, enquanto que a forma sul ocorreria em águas mais frias influenciadas pela Corrente dasMalvinas. A Zona <strong>de</strong> Transição Subtropical, na confluência das duas correntes, seria umapossível área <strong>de</strong> contato entre as duas formas (BARRETO, 2000).O tamanho e status populacional da espécie em nosso litoral são <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>s, embora existamestimativas <strong>de</strong> abundância e informações sobre o número <strong>de</strong> indivíduos foto-i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s parapopulações locais, em alguns estuários da região sul (SIMÕES LOPES, 1995; HOFFMAN, 1997;DALLA ROSA, 1999). No estuário da Lagoa <strong>do</strong>s Patos, Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, o tamanho15

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!