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Mamíferos Aquáticos do Brasil: Plano de Ação ... - CAR-SPAW-RAC

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operações <strong>de</strong> pesca, os leões-marinhos são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s pelos pesca<strong>do</strong>res como um sériocompeti<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s recursos marinhos. Além disso, eles muitas vezes danificam os equipamentos <strong>de</strong>pesca durante as tentativas <strong>de</strong> apanhar o pesca<strong>do</strong> das re<strong>de</strong>s (ROSAS, 1989; SANTOS;MESSIAS, 1994; OTT et al., 1996). Embora esses comportamentos pareçam freqüentes, nãoexistem em águas brasileiras da<strong>do</strong>s precisos sobre a magnitu<strong>de</strong> e os prejuízos econômicos <strong>de</strong>ssasinterações. Da mesma forma, as informações sobre os níveis <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntal nasativida<strong>de</strong>s pesqueiras são pouco precisas e necessitam ser melhor investigadas. Contu<strong>do</strong>, a maiorameaça à espécie em nosso litoral são o molestamento e a morte intencional por parte <strong>do</strong>spesca<strong>do</strong>res, principalmente no Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul. Cerca <strong>de</strong> 30% <strong>do</strong>s exemplares encontra<strong>do</strong>smortos no litoral <strong>de</strong>ste esta<strong>do</strong>, entre 1977-1986, apresentavam evidências <strong>de</strong> interações com asativida<strong>de</strong>s pesqueiras (ROSAS; MONTEIRO FILHO; OLIVEIRA, 1993; ROSAS et al., 1994).Um impacto potencial sobre o comportamento <strong>do</strong>s indivíduos que utilizam o Refúgio <strong>de</strong> VidaSilvestre em São José <strong>do</strong> Norte diz respeito às obras <strong>de</strong> reestruturação e ampliação <strong>do</strong>s molhes dabarra da lagoa <strong>do</strong>s Patos (SILVA, K.G., com. pess.). A <strong>de</strong>gradação <strong>do</strong> ambiente costeiro <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> àpoluição e à sobrepesca é outra ameaça à espécie. Na Argentina já foram constatadas alteraçõesna pelagem e na <strong>de</strong>rme <strong>do</strong>s indivíduos <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a contaminação por hidrocarbonetos (JUNIN;CASTELLO, 1992). A presença <strong>de</strong> níveis eleva<strong>do</strong>s <strong>de</strong> metais pesa<strong>do</strong>s foi <strong>de</strong>tectada em teci<strong>do</strong>s <strong>de</strong>exemplares na Argentina e no Chile (JUNIN; CASTELO; SECCHI, 1994; QUIROZ;CROVETTO, 1994).3.3 Sirênios3.3.1. Trichechus manatusStatus e distribuiçãoClassificação IUCN: VU (2000)CITES: Apêndice IClassificação PA II: CRConsta da Lista Oficial <strong>de</strong> Espécies da Fauna <strong>Brasil</strong>eira Ameaçada <strong>de</strong> Extinção.As informações sobre a atual distribuição da espécie estão baseadas no extenso levantamento <strong>do</strong>Centro Peixe-Boi/IBAMA, <strong>de</strong> Sergipe ao Amapá, no perío<strong>do</strong> entre 1990 e 1993 (LIMA, 1997;LUNA, 2001). No <strong>Brasil</strong>, consi<strong>de</strong>ra-se o peixe-boi marinho como <strong>de</strong>sapareci<strong>do</strong> nos esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>Espírito Santo, Bahia (ALBUQUERQUE; MARCOVALDI, 1982; BOROBIA; LODI, 1992) eSergipe (LIMA et al., 1992). As atuais áreas <strong>de</strong> ocorrência da espécie abrangem os esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>Alagoas até o Amapá, porém com áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> em Pernambuco, Ceará (LIMA,1997), Maranhão e Pará (LUNA, 2001).Áreas <strong>de</strong> importante ocorrência estão sen<strong>do</strong> monitoradas a partir da Base <strong>de</strong> Pesquisa eConservação <strong>do</strong> CMA/IBAMA em Itamaracá-PE, responsável pelo resgate, reabilitação ereintrodução monitorada <strong>de</strong> filhotes encalha<strong>do</strong>s ao longo <strong>do</strong> litoral. Existem bases implantadasatuan<strong>do</strong> nos esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Alagoas, Paraíba e Piauí. Outras áreas <strong>de</strong> ocorrência significativa são apraia <strong>do</strong> Sagi (RN), litoral leste <strong>do</strong> Ceará, Golfão Maranhense e baía <strong>de</strong> Tubarão (MA), regiãodas reentrâncias (MA, PA) e entre a ilha <strong>de</strong> Maracá e foz <strong>do</strong> Oiapoque (AP) (LIMA, 1997;PALUDO, 1997; LUNA, 2001). Na foz <strong>do</strong> rio Amazonas pre<strong>do</strong>mina o peixe-boi amazônico (T.inunguis). As áreas <strong>de</strong> possível simpatria <strong>de</strong> T. manatus e T. inunguis são a porção interna dabaía <strong>de</strong> Marajó e o nor<strong>de</strong>ste <strong>de</strong>ssa ilha (DOMNING, 1981; LIMA, et al. 1994; LUNA, 2001). A21

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