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Seg 12 Fev Edição LisboaSegunda-feira 12 Fevereiro 2007Ano XVII, nº 6163Portugal: 0,90€ (IVA incluído)Espanha: 2,00€ (IVA incluído)Director: José Manuel FernandesDirectores adjuntos: Nuno Pacheco e Manuel CarvalhoThe Blues DVD ¤7.95CinemaEastwoodSegundo de oito volumesda colecção produzida porMartin Scorsese. AmanhãBarack ObamaQuem é o homemque quer mudara AméricaYouTubeTem lixo e temarte, comoencontrar osmelhores videos?Sim59% Não41% Abs56%Agora simBalanço ‘independente’MAI fez ajustedirecto ilegal deestudo dos fogosa O Ministério da Administração Internacontratou através de um ajustedirecto no valor de 375,7 mil euros aempresa que fez “pela primeira vez”o balanço “independente” das operaçõesde combate aos incêndios florestaisdo ano passado. Três juristas queanalisaram o despacho do secretáriode Estado consideram que o mesmoé ilegal. c Nacional, 20/21PUBLICIDADEa“Sim” obteve mais um milhão devotos do que no referendo de 1998aAbstenção acima de 50 por centonão torna o voto vinculativoaPS promete alterar depressa a lei ecombater o aborto clandestinoENRIC VIVES-RUBIO¬ Desta vez o “sim” à despenalizaçãodo aborto venceu. Numa noite que foicurta no apuramento de resultados,confirmaram-se as expectativas formadaspelas sondagens. O “sim” ficoumuito próximo dos 60 por cento dosvotantes, num referendo que voltou anão atrair a metade de eleitores que alei exige para que se torne vinculativo.De qualquer forma, houve imediatoconsenso entre vencedores e vencidosem considerar que a abstenção não éum obstáculo à passagem a lei do resultadoda consulta popular.O Partido Socialista comprometesea tratar o tema com carácter deurgência em sede parlamentar. Nosvencedores da noite surge, de formaincontornável e destacada, José Sócra-tes, que imprimiu ao PS uma posiçãosem equívocos a favor do “sim”. Dolado perdedor, surgem na linha dafrente a Igreja católica e Marcelo Rebelode Sousa, na sua qualidade de“pai” político de um referendo que,pela segunda vez, não conseguiu atrairmais de metade dos eleitores.A análise do mapa de resultadosconfirma um país dividido ao meio,com o Sul a favor do “sim” e grandeparte do Norte a votar “não”.Deste referendo fica ainda a novidadeda participação dos movimentoscívicos, cuja mobilização, de ambos oslados, animou uma campanha ondeos partidos não foram os principaisprotagonistas. Agora a palavra é-lhesdevolvida na Assembleia.Tudo sobre a noite do referendo c páginas 2 a 17Eleições em FrançaSégolène Royalpropõe pactode esquerdaa Ségolène Royal, a candidata socialistaque aspira a ser a primeira mulherPresidente de França, anunciou ontemum plano em 100 pontos que assinalauma clara mudança de política à esquerda.Prometeu maior intervençãodo Estado na economia e um modelode redistribuição ainda mais generoso,tentando demarcar-se do liberalismode Nicolas Sarkozy. c Mundo, 24


2 • Público • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007DestaqueReferendo 2007 Despenalização da interrupção voluntária da gravidezNUNO FERREIRA SANTOS“Sim” vencecom maioriaexpressivae PS prometeaprovaçãourgente da leiSócrates obteve uma vitóriapessoal. Mas a vitória foi tambémda ideia de que a participação cívicaé possível. Segue-se a aprovaçãofinal da lei e a sua regulamentação,com carácter de urgênciaSão José Almeidaa À segunda, foi. A lei que despenalizao aborto a pedido da mulher até às dezsemanas, em estabelecimento legalmenteautorizado, vai ser submetidaa votação final global com carácter deurgência, depois de ontem 59 por centodos votantes se terem exprimido nasurnas a favor do “sim”. A abstenção,na ordem dos 56,4 por cento, faz comque o resultado do referendo não sejavinculativo, pois não votaram metademais um dos eleitores. Mas, ontem ànoite, todas as forças políticas foramconsensuais a aceitar a inevitabilidadepolítica da aprovação da lei. Até porqueesse foi o compromisso assumidopelo primeiro-ministro e líder do PS,José Sócrates, ainda antes da campanha,no Congresso do PS, que se realizouem Novembro, em Santarém.A certeza da celeridade na finalizaçãodo processo legislativo sobrea despenalização é garantida pelossocialistas e foi ontem afirmado peloprimeiro-ministro, José Sócrates.Com carácter de urgência, seguirse-áa posterior regulamentação dalei. Ontem, o primeiro-ministro nãoadiantou pormenores sobre a soluçãoa adoptar, apenas deu dois sinais: vaiseguir soluções em vigor noutros paísese garantirá um período de reflexãoà mulher que quer abortar. A próximaintervenção de Sócrates sobre o assuntodeverá ser feita depois de amanhã,em Óbidos, o palco escolhido pelo PSpara, numas jornadas parlamentares,dar ao primeiro-ministro espaço paracantar vitória neste referendo.As decisões que Sócrates venha atomar sobre o tipo de regulamentaçãoda lei da despenalização até àsUma onda de felicidade inundou ontem o Hotel Altis, em Lisboadez semanas deverão ser indiciadasem Óbidos, mas deverão receber oconsenso do PSD.Ontem, Marques Mendes, um dosperdedores da noite, deixou claroque não se oporá ao veredicto dasurnas e que a despenalização é paraseguir em frente no Parlamento, ondeo PSD, aliás, deverá repetir a liberdadede voto. É também provável que os socialistasvenham a acordar com o PSDos contornos da regulamentação. Umconsenso de centro, suficientementeabrangente, para que a lei resista àcontestação e à polémica que o CDS eo movimento Plataforma Não Obrigadajá prometeram.Os números finais2238053 pelo “Sim”Com mais quase um milhão devotos do que em 1998, graças auma maior mobilização, o “Sim”ganhou agora por 18,5 pontos.1539078 pelo “Não”A diminuição da abstençãoainda permitiu que, mesmoperdendo, o “Não” recolhesseeste ano mais 200 mil votos.É importante que Portugalcombata o aborto clandestinoem passo firme para umasociedade mais abertaJosé Socrates ontem à noiteVitória pessoal de SócratesSe esta é uma vitória do PS, ela é,sobretudo, a vitória do próprio JoséSócrates. Não só pela forma pessoalíssimacomo assumiu esta causa:inscreveu-ano programa eleitoral e noprograma do Governo e insistiu narepetição do referendo. Mas tambémpela forma como deu a cara em nomeda despenalização na campanha,marcando a diferença de forma abissalpara a atitude de António Guterres, em1998, que cedeu então o referendo aolíder do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa,bloqueando a acção do PS em relaçãoà campanha e acabando mesmo porafirmar que era partidário do “não”.Mas se esta é uma vitória de Sócratesela é igualmente a solução do últimocompromisso com os partidos maisà esquerda e particularmente como BE que Sócrates transportava consigodesde a sua eleição como secretário-geral,a receber a herança doguterrismo neste dossier. Agora, estáliberto de compromissos com o Blocode Esquerda.A força dos cidadãosA vitória do “sim” foi também umavitória do BE. Desde o início da discussãosobre a repetição do referendo,ou seja, praticamente desde a anteriorconsulta popular, que o BE tem sidocategórico na defesa da necessidadede não fugir a esta etapa de legitimaçãopopular da lei. Ontem, FranciscoLouçã não deixou de puxar pelos seuslouros de ganhador, marcando a diferençade atitude em relação ao PCP.Isto porque os comunistas entraramna campanha do “sim” com tudo, masnunca deixaram de afirmar a sua oposiçãoabsoluta ao facto de o PS ter op-


Público • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007 • 3O movimento do “Não” mostrou profissionalismo mesmo na derrotaMIGUEL MADEIRAtado por repetir o referendo.O resultado de ontem foi ainda umaclara vitória dos movimentos de cidadãos.Quer do lado do “não” quer dolado do “sim” surgiram, pela primeiravez, em momentos de decisão nas urnas,grupos de cidadãos organizadosem torno de uma causa. Pelo ladodo “não” e prometendo não desistir– Isilda Pegado e Pinheiro Torres foramperemptórios – a Plataforma Não Obrigadamostrou uma capacidade de mobilizaçãoe um profissionalismo quefoi inédito e que, até certo ponto,aumenta o peso da sua derrota.Do lado do “sim” o Movimento Responsabilidadee Cidadania, como principalagrupamento, era o outro grandevencedor da noite. E isso foi visível naonda de felicidade que irrompeu noHotel Altis, em Lisboa, quando foramanunciadas as projecções.Agregando personalidades de váriasáreas da esquerda, algumas até entãoem ruptura, este movimento, aindaque com contornos absolutamenteamadores em alguns aspectos organizacionais,revelou uma dinâmicainédita na sociedade civil portuguesaem torno de causas políticas. Daí queuma das incógnitas para o “day after”do referendo seja a de saber o que vaiacontecer a esta nova onda de participaçãocívica.Uma das incógnitas do“day after” do referendopassa por saber o que vaiacontecer a esta nova ondade participação cívicaPresidente ao votarCavaco desaconselhaprecipitação sobreLei do ReferendoCom níveis de abstençãosuperiores a 50 por cento, oreferendo não foi vinculativo. Eembora o número de votantestenha sido superior ao anteriorreferendo, foi inferior ao daconsulta sobre regionalização.Esta situação volta a avivar odebate sobre a necessidade ounão de rever a Lei do Referendo.Isto porque, face ao caráctervinculativo voltar a ser nulo,discute-se o interesse daclaúsula legal de vinculação.Em 1998, esta discussão foilançada durante a campanhapor figuras como Jorge Sampaio,que defendeu que a lei poderiaser alterada. Ontem, o actualPresidente da República,Cavaco Silva, desaconselhouqualquer alteração legislativaprecipitada: “É matéria quedeve ser analisada, mas não meparece que, com tanta facilidadeou rapidez se possa pôr de parteo instrumento do referendo.”Falando depois de votar, Cavacoacrescentou, segundo a Lusa:“Talvez seja matéria para aAssembleia meditar, mas podeser precipitado pôr já de lado apossibilidade de os portuguesesse pronunciarem directamente”sobre temas “consideradasimportantes” para o país.O dia seguinte à escolha dos portuguesesEditorialJosé Manuel Fernandesa Os eleitores deram, desta vez,uma maioria confortável ao “sim”.O que significa que a Assembleiada República pode, como foiprometido pela maioria dospartidos, modificar o artigo doCódigo Penal que criminalizava ainterrupção da gravidez a não serem circunstâncias excepcionais.Por isso, o dia seguinte à escolhados portugueses é também o diaem que os eleitores devolvem aosseus representantes o direito e odever de legislar olhando para ofuturo e tendo em conta os sinaissaídos da campanha.Na verdade é bom estarconsciente que os problemas nãoacabam no momento em quefor revisto o famoso artigo doCódigo Penal. Podem acabar asinvestigações e os julgamentos,mas não desaparece o país e opovo que, tendo até agora uma leiidêntica à espanhola, aplicavamnade forma bem distinta.A primeira questão de que sedeveriam ocupar os legisladoresé, depois de alterado o artigo doCódigo Penal, de tirar partidoda nova realidade para que onúmero de abortos, agora legais,não aumente, antes diminua.A experiência de outros paísesmostra que se pode evoluir emdirecções diferentes e isso temmuito a ver, por exemplo, com aprevalência de problemas como agravidez adolescente ou o déficede informação sobre planeamentofamiliar tanto nos serviços desaúde ou entre as comunidadespior integradas. A experiênciade países que têm lidado comsituações mais complexas indicaque estes problemas não seresolvem apenas nas escolas ouno consultório médico, antespromovendo uma cultura deresponsabilidade nas relações deonde possa resultar uma gravidez.Estude-se, neste domínio, oexemplo inglês.A segunda questão que alei ou a sua regulamentaçãodeveriam prever é a conveniênciada interrupção voluntária dagravidez poder ser antecedida poruma consulta de aconselhamento.Por incrível que pareça, háparteiras clandestinas que já ofaziam, mesmo podendo perdernessa conversa uma cliente.Práticas deste tipo são regra emmuitos países europeus.A terceira questão que nãodeixará de se colocar é a daobjecção de consciência dosmédicos. Em França, quando a leifoi introduzida, o tema gerou umacrise e quase levou à dissoluçãoda respectiva Ordem. Ora numpaís onde os médicos têm deseguir um Código Deontológicoque nem contempla as situaçõesdespenalizadas desde 1984, sãode prever problemas na aplicaçãoem concreto da nova legislação,sobretudo nos serviços públicos.Aqui aconselha-se prudênciae persuasão, assim como autilização do sector privado.A quarta questão remete paraas sempre adiadas promessasde ter políticas que contrariema tendência dos portuguesespara terem cada vez menosfilhos. Não há qualquer relaçãodirecta entre a liberdade dadaà mulher para interromperuma gravidez e a necessidadeque o país tem de que nasçammais crianças, pois ninguém éresponsável por carregar sozinhoum peso que cabe a todos. Há,contudo, necessidade de, agoraque desapareceu da agenda umtema que impedia a discussãode outros, tratar de melhorar ascondições para uma maternidadee uma paternidade responsáveise adaptadas às exigências da vidaneste início do século XXI. Aíconvinha olhar para, por exemplo,os países nórdicos.


4 • Público • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007DestaqueReferendo 2007 Um país que continua dividido entre Norte e Sul2007Sondagem pós-referendoHomens foram mais pelo“sim” do que as mulheresForam os homens, enão as mulheres, os quemais terão contribuídopara a vitória do“sim” no referendo deontem, revela umasondagem telefónica daIntercampus para a TVI eo Rádio Clube Portuguêsa cujos dados o PÚBLICOteve acesso. Este dado,coincidente com o dealgumas sondagensrealizadas antes daseleições, é em parteexplicado por o númerode mulheres com mais55 anos ser superior aonúmero de homens e oseleitores mais idosostenderem a votar “não”enquanto os mais novosse inclinaram, de formaquase esmagadora,para o “sim”. Os eleitorescom filhos, os casados,os que vivem em uniãode facto e os viúvostambém se inclinaramproporcionalmentemenos para o “sim” doque os solteiros e osseparados ou divorciados.Entre os inquiridospela Intercampusque admitiram nãoter votado, os motivosmais vezes invocadosforam impedimentos1998particulares ou estarlonge do local de voto. Otema de o referendo nãolhe interessar ou manter--se indeciso sobre comovotar foi referido por umquarto dos entrevistados.Apesar de nova baixaparticipação eleitoral,esta sondagem detectouo interesse dos eleitorespara se pronunciaremem referendo sobre aeutanásia, a liberalizaçãodo consumo de drogasleves, a reintroduçãoda pena de morte, ocasamento homossexuale a adopção de criançaspor homossexuais.Este estudo foirealizado ontem pelaIntercampus para aTVI e o Rádio ClubePortuguês. O universoé constituído pelapopulação portuguesaeleitoralmenterecenseada, de ambosos sexos, residente emPortugal, com mais de 18anos. A informação foirecolhida através de 1043entrevistas telefónicaspara a residência dosinquiridos. A margemde erro associada é de3,0%, com um nível deconfiança de 95%.


12 • Público • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007DestaqueConcelho a concelho “Sim” ganhou terreno ao “não” com ajuda de abstenção mais baixa1988 2007Sim Não Sim Não Abs.43,67 56,33 55,68 44,32 61,67ÁguedaAlbergaria-a-Velha 33,38 66,62 44,01 55,99 59,86Anadia 40,41 59,59 51,01 48,99 61,44Arouca 13,31 86,69 22,84 77,16 54,84Aveiro 46,77 53,23 53,93 46,07 56,57Castelo de Paiva 20,79 79,21 37,04 62,96 63,97Espinho 44,24 55,76 52,52 47,48 52,31Estarreja 32,10 67,90 43,75 56,25 60,88Santa Maria da Feira 25,05 74,95 40,34 59,66 55,68Ílhavo 37,53 62,47 49,49 50,51 61,11Mealhada 63,79 36,21 71,92 28,08 63,16Murtosa 19,69 80,31 29,52 70,48 64,81Oliveira de Azeméis 24,46 75,54 39,05 60,95 55,93Oliveira do Bairro 26,35 73,65 36,37 63,63 59,37Ovar 38,62 61,38 50,55 49,45 57,03S. João da Madeira 41,14 58,86 51,39 48,61 56,13Sever do Vouga 24,65 75,35 35,09 64,91 55,45Vagos 18,29 81,71 27,85 72,15 58,76Vale de 20,20 79,80 32,21 67,79 54,45Cambra1988 2007Sim Não Sim Não Abs.83,57 16,43 90,41 9,59 52,26AljustrelAlmodôvar 66,74 33,26 76,00 24,00 70,73Alvito 75,71 24,29 78,88 21,12 62,01Barrancos 62,41 37,59 68,26 31,74 69,15Beja 77,76 22,24 83,18 16,82 54,70Castro Verde 81,65 18,35 86,84 13,16 58,15Cuba 72,55 27,45 83,00 17,00 64,22Ferreira do Alentejo 87,26 12,74 89,66 10,34 55,03Mértola 81,64 18,36 85,77 14,23 62,99Moura 72,43 27,57 80,55 19,45 68,55Odemira 79,20 20,80 84,54 15,46 59,12Ourique 74,41 25,59 78,20 21,80 68,68Serpa 78,04 21,96 83,08 16,92 60,63Vidigueira 76,99 23,01 84,33 15,67 61,921988 2007Sim Não Sim Não Abs.13,81 86,19 28,46 71,54 55,14AmaresBarcelos 16,60 83,40 32,58 67,42 48,39Braga 32,40 67,60 47,98 52,02 51,36Cabeceiras de Basto 15,02 84,98 37,53 62,47 64,17Celorico de Basto 11,89 88,11 28,15 71,85 61,49Esposende 15,74 84,26 31,84 68,16 51,66Fafe 25,67 74,33 49,42 50,58 60,51Guimarães 27,87 72,13 47,71 52,29 53,26Póvoa de Lanhoso 14,88 85,12 30,14 69,86 58,39Terras de Bouro 11,58 88,42 27,24 72,76 58,79Vieira do Minho 14,70 85,30 28,54 71,46 63,93Vila Nova de Famalicão 25,92 74,08 45,59 54,41 51,77Vila Verde 10,50 89,50 25,02 74,98 55,86Vizela - - 49,83 50,17 57,591988 2007Sim Não Sim Não Abs.25,95 74,05 41,06 58,94 60,33Alfândega da FéBragança 32,77 67,23 47,13 52,87 66,67Carrazeda de Ansiães 26,94 73,06 41,78 58,22 66,91Freixo de Espada à Cinta 31,69 68,31 47,87 52,13 69,69Macedo de Cavaleiros 13,21 86,79 28,72 71,28 62,77Miranda do Douro 28,77 71,23 44,74 55,26 64,17Mirandela 29,45 70,55 41,64 58,36 62,96Mogadouro 22,29 77,71 35,75 64,25 66,25Torre de Moncorvo 30,16 69,84 43,35 56,65 65,44Vila Flor 30,53 69,47 44,38 55,62 62,82Vimioso 19,44 80,56 35,02 64,98 69,96Vinhais 24,08 75,92 41,20 58,80 73,121988 2007Sim Não Sim Não Abs.52,45 47,55 69,36 30,64 62,34BelmonteCastelo Branco 58,09 41,91 68,03 31,97 57,42Covilhã 54,05 45,95 67,25 32,75 57,85Fundão 48,07 51,93 62,98 37,02 60,74Idanha-a-Nova 45,83 54,17 63,16 36,84 66,46Oleiros 19,16 80,84 35,58 64,42 62,96Penamacor 32,59 67,41 53,09 46,91 67,30Proença-a-Nova 23,72 76,28 38,70 61,30 54,98Sertã 27,18 72,82 46,96 53,04 63,32Vila de Rei 14,23 85,77 29,87 70,13 44,83Vila Velha de Rodão 68,83 31,17 78,15 21,85 61,50Seis concelhos do distrito deAveiro – Águeda, Anadia, Aveiro,Espinho, Ovar e S. João da Madeira– transferiram-se do “não” para o“sim”, juntando-se deste modo àMealhada, único que em 1998 tinhavotado o favor da despenalização.Este concelho melhorou, aliás, oseu “score” (de 63,8 para 71, 9%). EmÍlhavo, o “não” (50,5%) rivalizou como “sim” (49,4%) e Arouca continuaà frente no “não”, embora comalgum recuo: desceu de 86,7 para77,1%, tendência que se verificouna generalidade dos restantes dezconcelhos. A participação subiu de37,4% para 45,5 % dos inscritos. F.F.Aljustrel foi dos concelhos maisempenhados na causa do “sim”de todo o país: a abstenção ficouse“apenas” pelos 52,3 por cento,e 90,4 por cento dos votantesaljustrelenses optaram pelo “sim”. Opanorama foi semelhante no restodo distrito. Com excepção do maispequeno município do continente,Barrancos (onde o “sim” teve 68,3por cento), em todo o lado o “sim”ganhou com mais de 75 por cento.Apesar de Beja ter hoje menos oitomil eleitores inscritos que em 1998,o número total de votantes cresceu– foram mais 21 mil que há oitoanos. E esse acréscimo foi quasetodo para o “sim”. O “não” teveapenas 8641 votos – ainda assim,mais 1500 que em 1998. P.R.É o distrito mais jovem do país, masem Braga a vitória continuou a serdo “não”, que ontem registou 58,8por cento contra os 41,2 por cento afavor do “sim”. Mas o “não” perdeumargem relativamente a 1998, anoem que registou vitória estrondosacom 77,3 por cento, muito acima dos22,78 por cento do “sim”. A afluênciaàs urnas subiu de 39,5 por centoregistados em 1998 para os 46,4registados ontem. Na soma dos 14concelhos do distrito, dividido em515 freguesias, ressalta Vila Verdepela adesão ao “não”, que teve74,98 por cento dos votos. Em 1998,Vizela ainda não existia enquantoconcelho, mas, neste referendo,destaca-se por ter registado a maiorpercentagem de votos a favor doaborto: 49, 8 por cento. N.F.De braço dado com o númerode votantes, o “sim” registouno distrito de Bragança umcrescimento assinalável. De umtotal de 26,3 por cento registadoem 1998, os defensores dadespenalização do aborto saltaramagora para os 41 por cento, numuniverso de votantes que disparoudos 28,6 para os 34,36 por cento.Ainda assim, esta subida não foisuficiente para pôr em causa otriunfo do “não” que, apesar deuma queda dos 73,8 para os 59 porcento, registou uma vantagem de18 pontos percentuais. No quadrodistrital, foi em Freixo-de-Espada--à-Cinta que o “sim” teve mais força(47,87 por cento), quedando-seVimioso como o mais importantereduto do “não”, com 64,98 porcento dos votos. N.S.Em 1998, o “não” ganhou comuma vantagem de cerca de cincopor cento. Ontem, o desfecho foidiferente: o “sim” registou 61,63 porcento dos votos, enquanto o “não”se ficou pelos 38,37%. Em 1998,recorde-se, o “não” tinha obtido 52,8por cento dos votos, contra os 47,2por cento do “sim”. A abstençãodiminuiu ligeiramente, tendo oreferendo de ontem registado umaparticipação de 40,53 por cento, nasoma das 160 freguesias. Há noveanos, os votantes não foram alémdos 28,81 O concelho de Vila de Rei,onde a escassa natalidade se sentecom particular acutilância, foi oque registou maior percentagem devotos “não”: 70,13. Do lado do “sim”,Vila Velha do Ródão foi o concelhocom a mais alta percentagem devotos: 78,15 por cento. N.F.1988 2007Sim Não Sim Não Abs.45,04 54,96 54,68 45,32 63,44ArganilCantanhede 36,39 63,61 47,81 52,19 61,33Coimbra 60,18 39,82 66,83 33,17 54,45Condeixa a Nova 52,64 47,36 67,01 32,99 55,12Figueira da Foz 69,22 30,78 74,95 25,05 62,10Góis 43,25 56,75 63,05 36,95 65,07Lousã 48,73 51,27 63,77 36,23 56,17Mira 28,01 71,99 40,69 59,31 61,00Miranda do Corvo 44,45 55,55 62,50 37,50 61,72Montemor-o-Velho 55,94 44,06 65,41 34,59 66,27Oliveira do Hospital 32,40 67,60 50,85 49,15 65,13Pampilhosa da Serra 20,37 79,63 44,27 55,73 64,12Penacova 43,65 56,35 55,67 44,33 65,51Penela 28,12 71,88 48,03 51,97 66,58Soure 54,83 45,17 65,32 34,68 60,62Tábua 41,22 58,78 56,06 43,94 66,74Vila Nova de Poiares 52,72 47,28 66,92 33,08 70,481988 2007Sim Não Sim Não Abs.77,89 22,11 82,71 17,29 62,24AlandroalArraiolos 80,31 19,69 83,09 16,91 53,28Borba 74,40 25,60 82,61 17,39 54,40Estremoz 71,13 28,87 73,78 26,22 60,74Évora 71,17 28,83 76,81 23,19 53,40Montemor-o-Novo 77,92 22,08 82,63 17,37 50,74Mora 72,23 27,77 77,13 22,87 61,61Mourão 57,88 42,12 71,95 28,05 67,54Portel 71,84 28,16 80,78 19,22 66,77Redondo 74,27 25,73 78,90 21,10 65,71Reguengos Monsaraz 56,29 43,71 71,18 28,82 66,01Vendas Novas 78,83 21,17 81,28 18,72 53,28Viana do Alentejo 78,03 21,97 83,11 16,89 58,51Vila Viçosa 69,97 30,03 75,24 24,76 58,251988 2007Sim Não Sim Não Abs.72,11 27,89 76,48 23,52 61,58AlbufeiraAlcoutim 68,85 31,15 73,81 26,19 72,68Alzejur 77,16 22,84 80,53 19,47 61,59Castro Marim 68,58 31,42 73,98 26,02 66,50Faro 73,38 26,62 75,71 24,29 55,39Lagoa 65,86 34,14 69,97 30,03 60,18Lagos 72,97 27,03 75,49 24,51 56,74Loulé 71,21 28,79 73,78 26,22 63,80Monchique 35,16 64,84 51,34 48,66 60,52Olhão 69,08 30,92 69,80 30,20 65,36Portimão 68,56 31,44 72,03 27,97 58,12S. Brás de Alportel 67,42 32,58 72,54 27,46 62,94Silves 69,71 30,29 76,77 23,23 63,34Tavira 69,42 30,58 72,43 27,57 64,31Vila do Bispo 76,21 23,79 80,98 19,02 59,66Vila Real de St. António 69,42 30,58 74,98 25,02 64,251988 2007Sim Não Sim Não Abs.18,04 81,96 34,01 65,99 63,97Aguiar da BeiraAlmeida 30,76 69,24 47,61 52,39 62,44Celorico da Beira 28,76 71,24 45,87 54,13 65,28Fig. Castelo Rodrigo 35,76 64,24 53,96 46,04 67,80Fornos de Algodres 23,54 76,46 42,50 57,50 60,40Gouveia 38,96 61,04 52,79 47,21 66,09Guarda 37,03 62,97 53,90 46,10 55,53Manteigas 35,29 64,71 52,33 47,67 64,58Meda 19,60 80,40 36,96 63,04 62,85Pinhel 24,90 75,10 41,84 58,16 64,25Sabugal 23,43 76,57 41,03 58,97 62,59Seia 29,47 70,53 44,25 55,75 59,73Trancoso 22,09 77,91 40,57 59,43 64,00Vila Nova de Foz-Côa 31,53 68,47 45,32 54,68 63,971988 2007Sim Não Sim Não Abs.48,01 51,99 57,39 42,61 53,53AlcobaçaAlvaiázere 22,13 77,87 36,33 63,67 62,76Ansião 26,83 73,17 42,05 57,95 59,98Batalha 30,99 69,01 45,97 54,03 47,73Bombarral 47,07 52,93 59,97 40,03 59,89Caldas da Rainha 57,25 42,75 61,86 38,14 58,00Castanheira de Pêra 58,22 41,78 68,51 31,49 66,26Figueiró dos Vinhos 33,14 66,86 46,52 53,48 63,28Leiria 43,67 56,33 54,78 45,22 50,92Marinha Grande 82,37 17,63 83,26 16,74 50,5Nazaré 67,29 32,71 74,83 25,17 63,65Óbidos 57,57 42,43 67,22 32,78 63,08Pedrógão Grande 33,94 66,06 50,63 49,37 67,95Peniche 56,39 43,61 64,33 35,67 61,96Pombal 37,87 62,13 51,93 48,07 63,59Porto de Mós 35,61 64,39 51,90 48,10 52,45No referendo de 1998, o “sim” jáganhara em Coimbra, mas comapenas 52,9 dos votos – uma vitóriatangencial, se comparada com osexpressivos 63 por cento que ontemresponderam afirmativamente àpergunta que lhes foi colocada. E,ao contrário de 1998, quando o “sim”venceu muito à custa dos centrosurbanos de Coimbra, Figueira daFoz e Montemor-o-Velho, tendo sidominoritário em 11 dos 17 concelhosdo distrito, desta vez o “não” sóficou à frente em Cantanhede, Mira,Pampilhosa da Serra e Penela. Talcomo em 1998, o “sim” obteve o seumelhor resultado – 74,9 por cento– na Figueira da Foz. L.M.Q.Há oito anos, os eborenses haviamvotado em massa “sim”; o cenáriorepetiu-se em 2007, com o “sim”a aumentar ainda mais a suavantagem. Em todos os concelhosdo distrito, o “sim” à perguntacolocada neste referendo teve pelomenos 71 por cento dos votos. Aabstenção registou uma reduçãoextraordinária – de 73,3 por centoem 1998 para 57 por cento este ano.Isso resultou em mais votos, tantopara o “sim” como para o “não”, massobretudo para o “sim”. Na capitalde distrito, a abstenção ficou-sepelos 53,4 por cento, enquanto o“sim” triunfou com 76,8 por centodos votos expressos. Em todo odistrito, apenas 13311 eborensesvotaram “não”. P.R.Só o concelho de Monchique haviavotado “não” em todo o Algarve em1998. Desta vez, até na serra o “sim”triunfou – teve 51,3 por cento. Noresto do distrito de Faro, registouseuma vitória a toda a linha do“sim”, com pelo menos 70 por centodos votos expressos em todos osconcelhos. Faro já havia dado umaampla vitória ao “sim” em 1998, masa margem de vitória cresceu esteano quatro pontos percentuais.Como no resto do país, o factor maisimportante nos resultados globaisfoi a abstenção: só 22,4 por centodos eleitores algarvios tinhamido às urnas em 1998. Desta vez,diminuiu: 38,8 por cento deram-seao trabalho de ir votar. P.R.O “não” voltou a ganhar na Guarda,mas agora com 53,1 por cento dosvotos, muito longe dos 70,1 porcento que conquistara no referendoanterior. Em 1998, os partidáriosda despenalização haviam mesmoperdido em todos os 14 concelhosdo distrito, e a sua melhor votaçãonão ultrapassara os 39 por cento,obtidos em Gouveia, um dos quatroúnicos concelhos – juntamentecom a Guarda, Manteigas eFigueira de Castelo Rodrigo –, ondeo “sim” ontem venceu. Apesar dacampanha local do movimento“Guarda’a Vida”, os defensoresdo “não” desceram 17 por centorelativamente a 1998, uma quedamuito superior à da médianacional. L.M.Q.A Batalha é um caso raro nestereferendo: mais de metade dos seuseleitores foi votar – a abstençãoficou-se pelos 47,7 por cento. Noconjunto do distrito houve umaclara inversão de tendência: o“não” ganhara em 1998 com 51,8por cento, desta vez ganhou o “sim”com 58,3. Leiria foi dos distritosmais divididos: os resultadosvariaram entre os 83,3 por centodo “sim” na Marinha Grande e os63,7 do “não” em Alvaiázere. Mas atendência geral é reflectida pelosresultados na capital de distrito: nomunicípio de Leiria, o “sim” haviaperdido há oito anos por 13 pontospercentuais, e desta vez ganhoupor nove pontos. P.R.


26 • Público • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007MundoSaiba como foi a refeição da vida de Dick Nieeport Pública do próximo DomingoIrão tenta reabrir negociação sobre o nuclearJorge Almeida FernandesTeerão parece quererestabelecer uma ponte dediálogo com os europeuse russos, de modo a evitaro isolamento e a diluir aameaça americanaa O Irão está disposto a retomar asnegociações para “resolver” o contenciosonuclear e para “não agravar” asituação” no Médio Oriente, declarouontem em Munique Ali Larijani,o principal negociador iraniano. Teveum encontro com o chefe da diplomaciaeuropeia, Javier Solana”, por ambosconsiderado “construtivo”. Falandoem Teerão, o Presidente MahmoudAhmadinejad, prometeu o anúncio denovos progressos nucleares e refutouqualquer ideia de suspensão do programa.São mensagens opostas, masnão necessariamente contraditórias.Larijani, secretário do SupremoConselho de Segurança, é a voz autorizadado dossier nuclear. Falando na43.ª Conferência de Munique sobre Segurança,tentou romper o isolamentointernacional do seu país e estabeleceruma ponte com os “amigos europeus”– Alemanha, França, Grã-Bretanha eRússia – que têm assumido uma posiçãodiferente da dos EUA.Afirmou que o Irão baniu as armasnucleares e químicas, que sofreu duasguerras impostas, que tem “uma estratégiadefensiva”, que “não ameaçanenhum país”, resume a AFP. Negouapoio ao terrorismo e lembrou que osbombistas que se suicidam na região“provêm de países amigos dos EUA”.Condenou o “conflito sectário” entresunitas e xiitas.Teerão parece interessada naproposta de Mohamed ElBaradei,director da Agência Internacional deEnergia Atómica (AIEA), que sugeriuum compromisso, a “dupla pausa”: oConselho de Segurança suspenderiaas sanções ao Irão, que, por sua vez,suspenderia o enriquecimento de urâniodurante as negociações. Esta proposta,que tem o apoio de Moscovo,é discretamente apreciada em Paris eBerlim. Desagrada aos EUA, cuja políticaé aumentar o cerco económico aoIrão e fazer pairar a ameaça de umaacção militar.Larijani declarou ter informadoElBaradei sobre a disposição e ascondições iranianas para retomar asnegociações. O mesmo terá debatidocom Solana.O outro discursoAlém da vulnerabilidade às sançõeseconómicas, o Irão confronta-secom o risco de isolamento regional:a Arábia Saudita lançou uma ofensivajunto dos países sunitas para travaras ambições iranianas. Mas, ao contráriodos EUA, Riad está a negociarcom Teerão, designadamente sobre oLíbano, e opõe-se frontalmente a umataque militar.EUA acusam TeerãoO Exército dos EUA acusou oGoverno iraniano de fornecerexplosivos cada vez maissofisticados à insurreiçãoiraquiana. Desde 2004, estesterão morto 170 militaresamericanos e ferido 620. Trêsoficiais convocaram ontem osjornalistas em Bagdad para darconta das acusações e mostraras armas, cuja “utilizaçãoaumentou consideravelmentenos últimos seis meses”. “Estasactividades são comandadas aomais alto nível”, acusaram osresponsáveis que falaram sobanonimato e apontaram o dedoaos Guardas da Revolução.Desafio ao Ocidente nas celebrações da revolução islâmica em TeerãoUma segunda mensagem iranianafoi ontem emitida por Ahmadinejad:“Estamos prontos para conversaçõesmas não suspenderemos as nossas actividades[nucleares].”Num discurso perante dezenas demilhares de iranianos nas celebraçõesdo aniversário da revolução islâmica,prometeu a revelação de “progressosúnicos”, sobretudo no campo nuclear.Admite-se tratar-se do anúncio damontagem de uma cadeia de 3000centrifugadoras.“Por trás da suspensão, eles [ocidentais]pensam burlar-nos, fazendopromessas vazias para nos impedirde dominar o ciclo do combustívelnuclear.”Para alguns analistas, Teerão sópoderá retomar as negociações apósuma demonstração de força que lhesalve a face.Uma guerra fria bastou, responde Robert Gates a PutinTeresa de Sousaa Depois do virulento ataque de VladimirPutin aos Estados Unidos, quemarcou o primeiro dia da conferênciaanual de Munique sobre segurança, foia vez de Robert Gates lhe respondercom humor, fleuma e uma boa dosede franqueza. O secretário da Defesaamericano disse que “uma guerra friabastou” e que a Rússia, se quiser, continuaráa ser um parceiro do Ocidentepara fazer face aos “muitos desafios comunsque todos temos pela frente”.No sábado, o Presidente russo, quepela primeira vez aceitou participarnum fórum onde pontifica a fina-florda defesa ocidental, abriu os trabalhosda conferência com um ataque em linhaaos EUA, lançando sobre o encontroa sombra da Guerra Fria. Ontem,num tom diametralmente oposto, quechegou a envolver alguma autocrítica,Gates defendeu que os EUA ainda são“uma força para o bem no mundo”,apesar da imagem criada pelos abusoscometidos no Iraque ou em Guantánamoe do défice de explicações sobre assuas decisões. Putin tinha acusado aAmérica de “unilateralismo” e de recorrersistematicamente à força pararesolver os problemas mundiais, semrespeito pelo “direito internacional”.Foi a primeira intervenção de Gatesnum fórum internacional, desde quesubstituiu Donald Rumsfeld à frentedo Pentágono em Dezembro. O tommoderado que utilizou, a insistênciaSe a Rússiaquiser, disseRobert Gates,continuará a serum parceiro doOcidente, parafazer face aosmuitos desafiosna importância da Aliança Atlântica,não poderiam contrastar mais com aimagem do antecessor. Foi também emMunique, em 2003, que Rumsfeld provocoua fúria dos aliados com a célebrefrase sobre “a velha e a nova Europa”.Nessa altura, véspera da invasão doIraque, a nova doutrina de segurançaamericana contrapunha à velha aliançaocidental as “coligações de vontade”,segundo as quais “é a missão quedetermina a coligação”.Gates, ao desdramatizar amigavelmenteo ataque de Putin e ao insistirprecisamente no tópico que mais incomodaPutin – o reforço da AliançaAtlântica –, acabou por aliviar o ambientepesado criado pelas críticascontundentes do seu colega do antigoKGB. “Como um velho guerreiroda Guerra Fria, um dos discursos deontem [sábado] quase me encheu denostalgia por tempos menos complexos”,disse. “Quase”, porque “umaguerra fria bastou”. E passou ao queverdadeiramente interessa – o futuroda NATO, ao qual dedicou grandeparte do seu discurso. Para dizer quea Aliança testa a sua credibilidade noAfeganistão, mas que também é dointeresse de todos os aliados que ascoisas terminem bem no Iraque.Curiosamente, foi dos participanteseuropeus que vieram as reacçõesmais preocupadas ao discurso de Putin.“Devemos levá-lo à letra”, disse ochefe da diplomacia sueca, Carl Bildt.“Não sei como vamos negociar novaparceria [com a Rússia] nesta base”,disse a “verde” alemã Angelika Beer.“Esta conferência costuma ser sobreas bicadas entre americanos e europeus.Será engraçado verificar se Putinacabou por conseguir unir-nos”, disseRon Asmus, director de um think-tankde Bruxelas.BEHROUZ MEHRI/AFPHarvard tempela primeiravez uma mulherpresidenteLucinda Canelasa Drew Gilpin Faust derrubou ontemmais uma barreira nas instituiçõesnorte-americanas, ao ser nomeadapresidente da Universidade de Harvard,a mais antiga dos EUA. É a primeiravez que uma mulher assume ocargo desde a fundação da universidade,há 371 anos.“Sou uma historiadora. Passei muitotempo a pensar no passado e em comoele dá forma ao futuro”, disse Faustno discurso divulgado por Harvard.“Nenhuma universidade no país, talvezno mundo, tem um passado tãoextraordinário como esta. E agora anossa tarefa comum é tornar o futurode Harvard ainda mais extraordináriodo que o seu passado.”A escolha, oficializada pelo conselhode supervisão da universidade, divideopiniões. Os que a criticam dizemque lhe falta firmeza e experiência degestão de uma grande universidade.Os que a apoiam elogiam o seu estiloconciliador.Drew Faust, de 59 anos, nasceu naVirgínia e foi professora na Universidadeda Pensilvânia. Autora de cincolivros, na maioria sobre a guerra civilamericana e a vida das mulheres noA historiadoraDrew GilpinFaust enfrentao desafio derestaurar aconfiança napresidência dauniversidadeSul dos EUA, era até aqui reitora doRadcliffe Institute, o mais pequenoinstituto de Harvard, que se dedicasobretudo a temas sociais.“Harvard esperou muito tempo”,disse ao jornal norte-americanoThe New York Times Patricia AlbjergGraham, professora de História daEducação em Harvard, lembrandoque, quando era bolseira de pós-doutoramento,em 1972, estava proibidade entrar no clube da universidadepela porta da frente e de usar a salade jantar principal.A decisão ocorre dois anos depoisdo então presidente de Harvard, LawrenceH. Summers, que se demitiuem Fevereiro do ano passado sobforte contestação, ter defendido queas mulheres eram menos aptas doque os homens para atingir o topo dahierarquia universitária nas áreas daCiência, Engenharia e Matemática.Professores ouvidos pelo diário americanoe pelas agências Reuters e AFPdefenderam que o estilo de gestão deDrew Faust foi mais importante paraa comissão que há um ano procuravaum novo presidente do que o desejode nomear uma mulher. “É uma escolhacautelosa, que parece destinada acurar as feridas dos anos da presidênciaSummers e a restaurar o ímpeto deHarvard”, disse ao New York Times RichardBradley, autor do livro HarvardRules (Harper Collins, 2005).Harvard passou a ser a quarta universidadeda Ivy League – oito universidadescom níveis de excelência e elitismo– presidida por uma mulher.


40 • Público • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007LocalHabitação População das zonas antigas está a envelhecerPreços altosafastam jovensdos bairroshistóricosOs bairros antigos são procurados, mas os preços são elevadosJOÃO MATOSReportagemFilipa BelaOs bairros históricos deAlfama e do Castelo parecematrair moradores jovens,mas o mau estado e o preçodas habitações constituemimpedimentoa Os bairros antigos e históricos deLisboa parecem continuar cada vezmais degradados e despovoados,ainda muito devido a umainsuficiente aposta na reabilitaçãode espaços e edifícios e aos preçosde habitação desadequados àspossibilidades da maioria dosjovens, que assim se vêem obrigadosa procurar casa nas zonas periféricasda capital.De acordo com dados do InstitutoNacional de Estatística (INE), apopulação dos bairros históricoslisboetas está a envelhecer a umritmo acelerado. Entre 1994 e2001, Alfama, um dos bairros maiscarismáticos da capital, perdeumais de cinco mil habitantes, sendoque o número de jovens moradorestambém decresceu, constituindoesta franja apenas 15 por cento dototal de residentes.Estes dados parecem contrariaruma nova tendência anunciada deatracção pelas zonas mais antigas“Isto está uma miséria; poreste andar, daqui a uns anosnão vê ninguém”, desabafaum morador, referindo-seao crescente envelhecimentodo bairro onde vivehá mais de 50 anosda cidade, por parte de jovens queprocuram a sua primeira casa.Ricardo Barreto, de 29 anos, moraperto da Igreja da Graça e é um doscasos que constitue, a excepção.“Morava em Odivelas com os meuspais, mas quando surgiu a vontadede vir morar sozinho e andei àprocura de habitação própria,apaixonei-me por esta zona”, refere.Ricardo Barreto já mora há doisanos com a namorada, numa “casade duas assoalhadas, antiga e a pedirobras”, e mesmo assim asseguraque “a renda mensal não é nadabarata”. “Tenho muitos amigosque gostam desta zona e que atéequacionam morar aqui, mas depoistudo se torna muito complicado.”Tudo isto porque a maioria das casasencontra-se em “muito mau estado”de conservação, e mesmo as quejá foram sujeitas a reabilitação defachadas e interiores “estão a preçosabsolutamente absurdos”, explicaRicardo Barreto.Casas degradadasA tipologia mais dominante dosfogos é de reduzida dimensão,e muitas vezes encontram-sedemasiado degradados. As casascom uma ou duas assoalhadasconstituem mais de 60 por centodo total existente, o que representauma limitação no que diz respeito àsreais necessidades actuais.Apesar desse facto, e da existênciade outros problemas, como ainsegurança naqueles locais, e ostranstornos de estacionamentoautomóvel para os residentes,Ricardo Barreto explica por quenão trocaria esta casa por outraem sítio nenhum: “Já não me vejoa morar em outra zona. Isto aqui étudo muito característico, o bomambiente entre a vizinhança, ocomércio de bairro, a roupa a secarnas janelas, é tudo diferente”,conclui, com ar divertido.Alfama é o bairro mais antigo deLisboa. Surgiu com os mouros, queocuparam a região em torno dasmuralhas do castelo. Mais tarde foihabitado por pescadores e artesãos,e resistiu practicamente intacto aoterramoto de 1755. Neste sentido,conserva ainda hoje característicasde um bairro medieval, com a suasruas estreitas e íngremes, repletas deigrejas e largos históricos. São estasparticularidades que parecem atrairos turistas, visita habitual durantetodo o ano. Segundo dados doobservatório de Turismo de Lisboa,quase 73 por cento dos estrangeirosque debandam Lisboa acabam,obrigatoriamente, por passar porAlfama.Foi nesta condição que RaúlMartín, espanhol, de 24 anos,conheceu o bairro e decidiu adoptá--lo como seu, quando há mais deseis meses chegou a Portugal paraestudar ao abrigo do programaErasmus, que permite o intercâmbioentre universitários de vários países.Mora num apartamento alugadoperto do Castelo de São Jorge egarante que planeia, assim queacabar o curso, comprar umacasa naquele bairro e ali viver. “Éfantástico morar aqui, é estar nocentro de Lisboa e sentir que seestá em alguma aldeia do interior”,descreve, acrescentando que “aindase vive muito o passado histórico,vive-se outros tempos, devido àproximidade do castelo.”Este entusiasmo por um dosbairros mais característicos deO que eles dizemAcha que há muitos jovensa viver no centro de Lisboa?Sofia GuerraExplicadora,26 anos“Há alguns,mas deveria haver mais. Mesmocom os concursos promovidospela Empresa Pública deUrbanização de Lisboa, osactuais preços das casassão muito elevados para aspossibilidades dos jovens.”Bruno AugustoEmpregado de mesa, 24 anos“Acho quesim, masprincipalmentehabitam emcasas alugadas.São poucos os que conseguemter casa própria.”Lisboa, parece, ainda assim, nãocontagiar os seus moradoresmais antigos. É com nostalgia queAmândio Garrido, de 77 anos, fala dasua Alfama de outros tempos.“Isto está uma miséria; por esteandar, daqui a uns anos não vêninguém”, desabafa, referindo-se aocrescente envelhecimento do bairro.Conta mesmo que, no prédio ondevive há mais de 50 anos, a situaçãocomeça a ser muito preocupante:“Há dez anos viviam aqui 13 pessoas,agora somos apenas três residentes etodos acima dos 65 anos de idade.”Aumento da insegurançaAmândio Garrido fala tambémde um sentimento crescente dainsegurança, em grande partedevido ao despovoamento e aoenvelhecimento do bairro. “Hojeem dia já não podemos viverdescansados, pois à noite não se vêninguém nas ruas, estamos semprecom medo de estar aqui isolados”,lamenta, para acrescentar que, “poraí, nessas zonas mais escondidas, oque se vê é só tráfico de droga”.A casa onde vive, de onde podedesfrutar da majestosa e desafogadavista do Miradouro de Santa Luzia,situa-se num prédio já bastantedegradado. Ainda assim, AmândioGarrido nem pensa em sugerir aosenhorio qualquer tipo de renovaçãoou remodelação. “Não podemosdar parte de fracos, senão acabampor nos tirar daqui, pois aindaconstroem algum prédio de luxo e jánão nos deixam voltar”, refere.Também Maria da Conceição,de 72 anos, ouve as palavras domarido e questiona: “Não sei porque querem eles construir estescondominíos de luxo, se depoisninguém tem dinheiro para vir paraaqui morar.” “Só se vê por aquigente velha, e a verdade é que osjovens não têm interesse nisto”,comenta.Carmona Rodrigues, presidenteda Câmara Municipal de Lisboa, temdito que acredita numa renovaçãoe no renascimento destes bairroshistóricos e tem reiterado a intençãode a autarquia encarregar-se departe do processo de reabilitação ede tornar a habitação nestas zonasmais acessível aos jovens, atravésde concursos da EPUL, a rendascondicionadas e custos controlados.


48 • Público • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007DesportoFutebol Dabao fez três golos no primeiro jogoSe Dabao agradar, o seu passe no final da época pode custar 400 mil euros ao BenficaRUI GAUDÊNCIOYu Dabao, a jovem “pérola” chinesaque já começou a marcar golos no BenficaTem apenas 18 anos e chegou há duas semanas. Alinha nos juniores do clube “encarnado”,onde já é vedeta, é o primeiro futebolista da China a jogar em Portugal e admira Rui CostaJorge Miguel Matiasa A bancada do principal relvado docentro de estágio dos “encarnados”,no Seixal, estava a abarrotar no sábado.É verdade que um Benfica-Sportingatrai sempre muita gente, mesmoem juniores, mas a justificação para aenchente não se resumia à rivalidadeentre “águias” e “leões”. Havia outromotivo: Yu Dabao.Ele é o primeiro jogador chinês doBenfica, o primeiro futebolista dogigante asiático a jogar em Portugal.Com apenas 18 anos, Yu Dabao estáa deslumbrar todos no clube. Apesarde ter feito apenas dois jogos oficiais,a fama de goleador espalhou-se rapidamente.E a curiosidade tornou-setão grande que anteontem vários milharesfizeram questão de ver com osseus próprios olhos “a pérola”, comojá lhe chamam. Mas não serão tantoselogios exagerados? Afinal de contas,Dabao está em Portugal há poucomais de duas semanas. A respostatem sido dada pelo asiático, em campo:na primeira partida oficial, frenteao Portimonense, marcou três golos,acertou duas vezes nos postes e fezuma assistência para golo. E se no segundoencontro, contra o Sporting,ficou em branco, o Benfica tambémnão conseguiu marcar.Dabao é diferenteSe pensa que Dabao personifica aqueleestereótipo do futebolista chinês – pequeno,frágil e inocente – ,esqueça. Eleé exactamente o contrário. O que o tornadiferente, além da origem, é a suafrieza em frente à baliza. Dabao não éapenas um avançado, é um goleador.Tanto Bruno Lage, como Renato Paiva,respectivamente treinador principale técnico adjunto da equipa de juniores,sublinham a sua capacidade parafazer golos. Os índices de finalizaçãodo jovem ponta-de-lança chinês sãoassombrosos. “É um jogador acima damédia para o escalão. Na ‘cara do golo’tem classe, é frio”, explica Lage.O internacional sub-17, sub-18 e sub-19 chinês não facilita, nem nos treinos,onde não há o ambiente de competiçãodos jogos. “Em dez situações degolo, marca nove”, garante RenatoPaiva. E é esta capacidade que está adeslumbrar os responsáveis benfiquistas.Outra das qualidades elogiadas aDabao é a sua cultura táctica, “muitoelevada para a idade que tem”, quelhe permite jogar com facilidade emdiferentes esquemas tácticos.Não é a primeira vez que Dabao estáno Benfica – em Outubro do ano passadoficou à experiência dois meses. Masas suas qualidades foram tão evidentesque os “encarnados” avançarampara a sua contratação. Depois de terregressado à China, o avançado voltouhá pouco mais de duas semanas e iráterminar a época a jogar pelos juniores.No final da temporada será decididoo seu futuro (o passe custa 400 mileuros), mas Rosário e Justino, adjuntosde Fernando Santos, treinador dos séniores,já observaram o jogador.Agarrado aos pauzinhosDabao vive no centro de estágio doclube, no Seixal. E foi lá que falou aoPÚBLICO. Pouco surpreendido pormerecer o interesse da imprensa portuguesae chinesa (um jornal chinêstambém aproveitou a ocasião para oentrevistar, ajudando na tradução),apareceu com um par de pauzinhosna mão. Há hábitos que não se alteramfacilmente e Dabao não abdicados seus “talheres”.A mudança de país, de continente,de civilização não parece incomodálo.Dabao é natural da cidade de QingDao, que fica a cerca de uma hora emeia de avião de Pequim e de Xangai,onde vivia com os pais (é filho único).A solidão que enfrenta no Seixal mataaa ler e a estudar inglês e português.Já sabe dizer “obrigado” e contar atétrês – os golos que já marcou.Para o ano, espera jogar na equipaprincipal do Benfica, quem sabe ao ladode Rui Costa, o jogador portuguêsque mais admira. Lá fora, prefere obrasileiro Kaká (AC Milan). Futebolistashabilidosos. Talvez mais do queDabao, mas o chinês espera que osgolos o tornem tão famoso como osseus ídolos.


54 • Público • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007EconomiaComércio Iranianos querem investir e captar investimentoDelegaçãocomercialdo Irão prestesa chegar a LisboaGhoncheh Tazmini é a directora da Câmara de Comércio Irão-PortugalRUI GAUDÊNCIOA delegação deverá chegar dentrode semanas. Um dos objectivos éavaliar possibilidades de negócios naconstrução de residências de férias.Cristina Ferreiraa Quinhentos anos depois de osportugueses terem iniciado relaçõescomerciais com a antiga Pérsia, Lisboaprepara-se para receber pela primeiravez uma delegação económica oficialdo Irão, constituída por representantesgovernamentais e homens de negócios.O objectivo? Sensibilizar osempresários nacionais a olhar paraaquele país como destino de investimentoe chamá-los a envolver-se nomovimento de privatizações que estáem curso. Mas não só. Um dos intuitosda viagem é encontrar alternativaspara aplicar fora de portas os petrodólaresque circulam entre os iranianose canalizá-los, nomeadamente, paraa construção em solo português desegundas residências para férias.A directora executiva da Câmarade Comércio Irão-Portugal, GhonchehTazmini, classificou de “muitosignificativa” a vinda a Portugal, noA AssociaçãoIndustrialPortuguesa,liderada porRocha de Matos,irá recebera delegaçãoiranianafinal do mês, princípio de Março, deum grupo “liderado pelo presidenteda Câmara do Comércio de Teerão”,Nahavandian. Esta instituição de capitaispúblicos com parcerias privadasfunciona como uma agência decaptação de investimento externo ede promoção do comércio, mas temainda como desígnio encontrar negóciosno estrangeiro para aplicar asreceitas petrolíferas, que acumulamsomas exorbitantes.A presença dos empresários iranianosem Lisboa (que vão ainda aEspanha e Itália) “constitui um sinalimportante” de que estão “empenhados”em procurar oportunidades deinvestimento para os dois países. “Osprivados estão cheios de liquidez equerem internacionalizar-se, parafora do Médio Oriente”, evidenciouGhoncheh Tazmini. “Mas não conhecemo mercado português.”Em que áreas pensam investir emPortugal? Tomando posições emempresas, mas também “adquirindosegundas residências para vir de férias”.Ghoncheh Tazmini constatouque “normalmente os rendimentospetrolíferos acabam por ser aplicadosno Dubai”, que está associado a umambiente empresarial dinâmico.Reuniões com a API e AIPEm Lisboa, a delegação iraniana reunir-se-ácom a Agência Portuguesapara o Investimento (API) e a AssociaçãoIndustrial Portuguesa (AIP),para celebrarem um acordo que visaa promoção de um maior intercâmbioeconómico. Confrontada com estas informações,a API não respondeu àsquestões colocadas pelo PÚBLICO, enquantoa AIP confirmou a assinaturade um memorando de entendimentoenvolvendo as várias entidades.Os contactos decorrem num contextode instabilidade interna e geopolítica,com o Irão a ser intimidadocom a aplicação de sanções devido aosseus projectos nucleares. “Teerão estáa procurar diversificar a economia etem um projecto de privatizações novalor de 1,3 mil milhões de euros”,evocou Ghoncheh Tazmini, aproveitandopara recordar que o governoacaba de criar um departamento destinadoa promover as relações económicase comerciais com Portugal.Uma das prioridades é conquistar“capitais internacionais e know-how”que ajudem à modernização do Irão,que cresce a uma taxa de 6,5 por centoao ano, notou a responsável. O programade privatizações, disse, vai permitirabsorver cerca de 24 mil milhõesde euros de capitais externos. “Porfalta de conhecimento” ou ausênciade iniciativa, as trocas comerciais dePortugal com o Irão atingem valoresque se podem considerar irrelevantes(ver textos na página ao lado) quandocomparados com o montante que éassociado à Grã-Bretanha, à França,à Alemanha e à Espanha, que no conjuntose aproxima dos 2,5 mil milhõesde euros.Segundo Ghoncheh Tazmini, em2005, a taxa de expansão da produçãoindustrial iraniana situou-se em7,4 por cento, tendo sido exportadosprodutos não-petrolíferos no valor de7,7 mil milhões de euros.


Paulo Macedo deve continuar na DGCI?O ministro das Finanças, FernandoTeixeira dos Santos, tem dedecidir rapidamente. O mandatodo director-geral dos Impostostermina em Maio. Deve o Govermanter Paulo Macedo, ou devesubstituí-lo? Responda à questem www.publico.ptPúblico • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007 • 55Sanções internacionais ameaçam IrãoEconomia dependente do petróleoa A forte dependência relativamenteao petróleo e as ameaças de mais sançõescomerciais por parte das grandespotências mundiais são os grandes riscosque a economia iraniana enfrenta,apesar de os últimos anos terem sidopositivos. Entre 2002 e 2006, a taxade crescimento do PIB foi de 6,3 porcento, e a balança externa apresentou,durante todo esse período, excedentes.Mas estes resultados foram conseguidos,quase na sua totalidade, graçasao mercado energético mundial.Os preços do petróleo, apesar da recentetendência de descida, mantém--se em níveis historicamente altos e issotem permitido que as exportações iranianascontinuem a sustentar um ritmode actividade económica elevado. Ospróximos anos podem, no entanto,trazer dificuldades. As expectativasnos mercados internacionais são deuma descida progressiva dos preçosPIB vai abrandar6,3%Entre 2002 e 2006, a economiairaniana cresceu a um ritmomédio anual superior a seispor cento. Esta situação nãodeverá, no entanto, repetir--se num futuro próximo e aeconomia deverá abrandar.do petróleo face às pressões da ArábiaSaudita. E, de acordo com as previsõesda Economist Intelligence Unit, o Irãopode voltar aos défices externos já em2009, ano em que a taxa de crescimentoda economia não deverá ultrapassartrês por cento. É para encontrar alternativasque as autoridades iranianascomeçam a apostar na atracção de investimentoestrangeiro. Esta estratégiatem, contudo, problemas. Em Dezembropassado, o Conselho de Segurançadas Nações Unidas aprovou umaresolução que proíbe o comércio dequalquer tecnologia relacionada como desenvolvimento nuclear ou balístico.E agora, os Estados Unidos tentamconvencer a Europa a ir mais longe,nomeadamente terminando com aatribuição de créditos às exportaçõesdirigidas ao Irão e tomando medidaspara travar o investimento naquelepaís. Esta situação, a verificar-se, seriagrave, já que a Europa é um dosprincipais destinos das exportaçõesiranianas. Em conjunto, Alemanha,França e Itália, representam quase umterço do total dos produtos importadospelo país. S.A.Relações Portugal-IrãoDesequilíbrio no comércioe investimento insignificantea O Irão é um dos países do mundocom quem Portugal apresenta uma balançacomercial mais desequilibrada.Nos primeiros 11 meses do ano passado,de acordo com os últimos dadosdo Instituto Nacional de Estatística,entraram no país produtos de origemiraniana no valor de 247,6 milhões deeuros. Em contrapartida, as empresasportuguesas apenas conseguiram realizarvendas de 14,1 milhões, ou seja,um valor cerca de 17 vezes menor.Os enormes recursos energéticos doIrão são a explicação para este déficenacional. Quase 95 por cento das exportaçõesiranianas para o mercadonacional são combustíveis minerais.No decorrer do ano passado, estepaís do Médio Oriente conquistoumesmo espaço em Portugal, mais doque duplicando as suas vendas (semestarem contabilizados os resultadosdo último mês) e passando do décimooitavo para o décimo terceiro lugarna lista dos maiores fornecedores decombustíveis.As vendas de Portugal para o Irão,pelo contrário, teimam em não crescere limitam-se a vendas esporádicas e dereduzido valor em áreas como a maquinaria,o papel e a madeira.A reduzida dimensão do comércioentre os dois países (quando retiradoo efeito do petróleo) tem como umadas principais razões a inexistênciade investimentos. O Banco de Portugal,responsável por agregar estesdados, não disponibiliza informaçãorelativamente ao investimento directodo Irão em Portugal e de Portugalno Irão. Isto acontece porque o valortem sido nos últimos anos tão reduzidoque se torna, de acordo com obanco, estatisticamente irrelevante.Uma situação que o Irão tenta agorainverter. A energia e a refinação sãoas áreas prioritárias para captaçãode fundos externos, pois vão exigir,numa fase inicial, investimentos de 23mil milhões de euros. Mas também ostêxteis, a indústria de componentespara automóveis, da madeira e a agriculturasão actividades que aguardampor fundos externos. S.A. e C.F.PUBLICIDADE


62 • Público • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007PPúblicoEditorialUm jornalpara ofuturoA informação avulsae padronizada exige,mais do que nunca,referências, contextose escolhas editoriaisinteligentes, seja naedição impressa, sejano publico.ptLos Angeles, Novembro de2019. No caos futuristacriado pelo realizadorRidley Scott para a suaobra-prima Blade Runner,Deckard, protagonizado por HarrisonFord, aparece pela primeira vezentre o cenário de penumbra,nevoeiro, sujidade e fumo a folhearvagarosamente as páginas de umjornal. Quando o filme foi realizado,em 1982, a era da Internet não passavade uma miragem e a discussão sobreo futuro da imprensa escrita eratão improvável como a existênciade “replicantes”, máquinas queadquiriram emoções e lutavam pelasua sobrevivência como espécie.Hoje, porém, os crentes na ideia deque o progresso tecnológico impõea destruição inexorável de hábitos ecomportamentos podem ver no gestocalmo de Harrison Ford a folhear ojornal um anacronismo sem lugar numfuturo digital. Os jornais impressosenfrentam hoje o seu maior desafiodesde que entraram nos hábitosdos cidadãos e revolucionarama intervenção democrática, nosprimórdios do século XIX.Quando a equipa do PÚBLICOiniciou a reflexão sobre o futurodo jornal, na Primavera de 2006,sabia que os desafios aos quais urgiaresponder eram muitos e difíceis.A generalização da banda largapulverizou radicalmente os canaisde distribuição da informação. Osurgimento dos blogues alargouo espectro do debate público. Afacilidade de colocar na rede textos,sons e imagens dessacralizou afunção dos jornalistas e alterouirremediavelmente a superfície decontacto entre a informação e osseus destinatários. A pressa da vidamoderna nem sempre tolera espaçoe tempo para o prazer de ler jornais.Num ápice, constatámos que qualqueralteração incremental redundarianuma mera atitude de resistência eestaria condenada ao fracasso.Por isso falámos na refundaçãodo PÚBLICO, por isso chamámosLeonardo ao processo que culminahoje com o lançamento do novojornal. Quisemos questionar tudopara estar a par dos desafios do nossotempo.Fizemo-lo com a convicçãode que, num mundosobrepovoado de notícias ede fontes de informação, écada vez mais importantea selectividade, o rigor e a exigência.A informação avulsa e padronizadaexige, mais do que nunca, referências,contextos e escolhas editoriaisinteligentes, seja na edição impressa,seja no publico.pt, cujo site tambémaparece hoje renovado. E como nemtudo o que de importante acontecese enquadra no noticiário puro eduro, decidimos avançar com umnovo caderno que comprova a nossaabertura às novas necessidades dosleitores: o P2 representa, estamosconvencidos, uma nova atitudeeditorial que coloca o PÚBLICO unspassos à frente no panorama dojornalismo português. Um lugar comespaço para novos temas e onde adisciplina porventura mais nobre dojornalismo, a grande reportagem, serápresença assídua.A edição integral a cores, areorganização das secções, oP2 e os novos suplementos, ofuncionamento da redacção em rede,com uma ligação permanente porvideoconferência entre Porto e Lisboa,a maior selectividade das escolhas ouo grafismo renovado são argumentoscom os quais queremos encarar defrente o futuro. Mas, a acompanhá-los,permanecerá o legado de 17 anos quetransformou o PÚBLICO num projectoeditorial inovador. Ao combinar otalento e a dedicação de uma equipaexcelente, o papel e a Internet,as heranças do nosso passado dereferência e um incontido espírito deabertura aos novos desafios, quisemosencarar o futuro com optimismo. EmNovembro de 2019, poderá não haver“replicantes”, como no filme de RidleyScott; mas o PÚBLICO continuará a sero jornal português que melhor reflecteo pulsar do mundo.A Direcção EditorialCartas ao DirectorQuem nos governahá 30 anosQuando Santana Castilho, entremuitos outros professores, na suacostumada missionária e militantediatribe contra este Governo e,principalmente, contra esta ministrada Educação (ou melhor ainda,contra tudo o que “cheire” a Governo– “Hay Gobierno, soy contra!” –, oh,Deus, também eu, durante tantosanos, tive lugar cativo e permanentena 1.ª fila dessa tribo anarca!),faz, uma vez mais, referência aoinfindável e desgraçado rol detudo aquilo que já todos sabemose de que todos temos opiniãoformada e segura – a corrupção,as negociatas, a impunidade dascriaturas que nos têm governado,sem competência nem talento, asmedidas disparatadas elaboradaspor autênticos mentecaptos, a faltade profissionalismo, de inteligênciae de lucidez de todas as equipasministeriais portuguesas (ainda quea actual pareça ser a mais terrívele mais demencial do mundo!),etc., etc. –, esquece-se uma vezmais de que toda essa miserávelincompetência, todos essesdesgraçados que nos têm governado,todas essas aventesmas que sãotodos “os outros” e que poluem oespaço à nossa volta, foram alunosdas nossas escolas, foram alunos dosnossos professores, foram nossosalunos! (...)Além do apontado e sempreo mesmo eternizado “cansativodiscurso de décadas”, temos agorao cansativo discurso de dois anos(tão cansativo como o outro!) de quetudo o que está aí em movimento émentira, não tem pés nem cabeçae vai para pior. Tudo o que se temfeito só traz o mal absoluto e tudo ésó para nos afundar ainda mais faceà Europa! É a desgraça completa!Fechemos a porta, passemos ocobertor pela cabeça e apaguemosa luz!... Não se espere nunca que,de entre toda a vacuidade sandiaque rodeia estes comentadores,surja alguma vez e em alguma épocaalguma solução. Claro, excluindo adeles próprios, já me esquecia!Ah, mas antes do cobertor e de,inúteis desiludidos e absolutamentedescrentes, nos entregarmosa Caronte para a passagem,façamos um telefonema: “Alô! Éda Al-Qaeda? Olhem, seria possívelfazerem o favor de vir até cá pôruns petardozitos em Belém, em SãoBento (no quarteirão todo, em baixoe em cima!), no Terreiro do Paço ena 5 de Outubro? E já agora, umavez cá, talvez não fosse má ideiaarrasar todas as escolas deste paísque formaram toda esta gentalhamenor, incapaz e palerma, que nostem governado! Mas, atenção, nãotoquem na “nossa” escola, que nosfez tão diferentes!”Ruben MarksMaiaManuel João GomesFoi notícia curta e triste nas páginasde Cultura do PÚBLICO na terçafeira,6 de Fevereiro. “O ex-críticode teatro do PÚBLICO e tradutorManuel João Gomes morreu, ontemao fim da tarde, em Coimbra (...)”Nos dias seguintes procurei maisqualquer coisinha sobre esta notícia,uma nota da redacção, uma palavrade um ex-colega, qualquer coisinhaque fosse, mas, ou não procureibem ou, de facto, a notícia morreu,tal como Manuel João Gomes, numpacífico esquecimento.Dizia-se ainda, na curta notícia doPÚBLICO, que Manuel João Gomesfoi um crítico “(…) empenhado nadivulgação do teatro que se fazia pelopaís (…)” ao longo dos dez anos emque trabalhou para este jornal. Quermeparecer que referir este factoconstitui uma justa homenagema Manuel João Gomes. Ele estavasempre lá! Discreto, quase invisível,raros terão sido os espectáculos aque este homem não assistiu, mesmoos resultantes das mais obscurasproduções de vão-de-escada. Ondehouvesse teatro haveria de passarManuel João Gomes e disso darianotícia nas páginas de Cultura doPÚBLICO, contribuindo de formasistemática para a fama de jornal dereferência de que este jornal aindahoje goza. Os pequenos grupos dossubúrbios da Grande Cidade ou os deprovíncia tinham neste homem umespectador atento e interessado, umdivulgador incansável.Desde que se retirou, devidoaos problemas de saúde referidosna tal noticiazinha do passadodia 6, Manuel João Gomes deixouaberta uma vaga que nunca maisfoi preenchida. As críticas teatraistornaram-se menos frequentes,menos completas na coberturaaos eventos que se multiplicampor esse país fora. A divulgaçãodo fenómeno teatral empobreceusignificativamente “pósmodernizando-se”na forma, noconteúdo e mesmo na quantidadedos textos publicados.Termino esta carta agradecendopostumamente a Manuel João Gomesa honestidade e a qualidade do seutrabalho. Que descanse em paz.Rui SilvaresCova da PiedadeAs cartas destinadas a esta secção devemindicar o nome e a morada do autor,bem como um número telefónico decontacto. O PÚBLICO reserva-se o direitode seleccionar e eventualmente reduzir ostextos. Não se devolvem os originais dostextos não solicitados, nem se prestaráinformação postal ou telefónicasobre eles.Email: cartasdirector@publico.ptContactos do Provedor dos LeitoresEmail: provedor@publico.ptTelefone: 210.111.000


Segunda-feira 12 Fevereiro 2007 • P2@publico.ptEastwoodmostrou emBerlim umaobra-primaJASON REED/REUTERSQuem é o homem que quer mudar a América Pág.4/6


2 • P2 • Segunda-feira 12 Fevereiro 200712.02.07Bloguesde papelConjugalidade e aquários,problemas de quem nãodeixou de fumar, diferençasente homens e mulheres,ateísmo e restos decampanha. Uma primeiraselecção de novos e velhosposts favoritos. Amanhã,todos os dias, mais sitesVariedadeshttp://diariodocil.blogspot.com/Comprámos um aquário redondoe um peixinho vermelho, e nosúltimos dias não temos feito maisque alimentá-lo, enternecidos ehipnotizados pelo lufa-lufa da suaboquinha atrás dos flocos de comida– o meu amor disforme, depois dovidro, depois da água, imitava-o nomomento em que explodiu.Despejámo-lo na latrina – semdramas, era um peixe barato – epusemos o aquário agora jarra deflores em cima da televisão: «ficoubonito», suspirou o meu amor, de sipara si, no intervalo das variedades.No passado 12 de Fevereiro de 1994Um tesouroSó há báculos nos monumentosfunerários megalíticos (têm estenome por serem parecidos comos báculos dos bispos), e sãomais raros do que as placas dexisto gravadas. Há apenas cercade 50 e muitas interpretaçõessobre o que eram: objectosrituais, reminiscentes de um“culto fálico” ou de um “culto domachado”? Ou eram símbolos depoder civil e/ou religioso? Esteé o exemplar mais notável – porcausa da forma apurada e grandedimensão, e pela decoraçãogravada e silhueta denteada. Foidescoberto em 1934 na Herdadedas Antas, em Montemor-o-Novo.Ao lado, estavam vasos, facas emsílex, setas e contas de colar.BáculoNeolítico Final / Calcolítico Inicial(3º / 2º milénios a.C.)Museu Nacional de Arqueologia,Lisboa© Instituto Português de MuseusA Itália ignora o Vaticanoe reconhece uniões defactohttp://www.ateismo.net/diario/O Vaticano é um furúnculoencravado no corpo italiano que,quase sempre, o infecta. A coligaçãoque governa a Itália adoptou naúltima quinta-feira um projectode lei sobre o reconhecimentodos casais homossexuais eheterossexuais. B16 e os bisposrangem os dentes perante esteprimeiro passo para reconheceros casais homossexuais. A Igrejacatólica vai perdendo influência.pelo sim # 16http://irmaolucia.blogspot.com/No regresso do cinema recebo umfolheto de última hora da campanhado não na estação do marquês. pordeformação vagamente profissionalatribuo sempre importância apormenores como a paleta de coresescolhidas, no caso um rosa clássico,pouco luminoso, com capitularese caixas matizadas a rosa velho,saturado. de súbito faz-se-me luze recordo que andaram a usar oespectro de cores da pílula minulete tenho a confirmação que nem emrelação às escolhas de cmyk’s estamalta conseguiu manter a coerência.Alguma vantagemhavia de terhttp://www.tristestopicos.blogspot.com/Isolada de todos, e na maior partedas vezes sozinha, dou-me contade que a gélida sala reservada aosfumadores é a única explicação paraser eu a derradeira sobreviventeà virose de estirpe desconhecidaque assola toda a gente com quemtrabalho.A origem do homem (5)http://estadocivil.blogspot.com/Os cientistas explicam que asmulheres preferem homens maismasculinos durante o períodofértil e homens mais femininos norestante ciclo menstrual. Ou seja,quando são irrelevantes.O Grito de Munchfoi roubado pelaprimeira vezEra sábado e os ladrões entraramde madrugada por uma janela naNational Gallery de Oslo, com aajuda de uma escada. Bastaram50 segundos para levaremesta versão d’O Grito pintadapelo expressionista norueguêsEdvard Munch – existem quatro,esta é considerada a melhor.Ainda se associou o roubo auma campanha anti-aborto, oque nunca se provou. Tambémse pensou que tinha sido umamanobra de opositores dos JogosOlímpicos de Lillehammer,que começavam nesse dia. Ummês depois surgiu o pedido deresgate: quase um milhão deeuros. A 7 de Maio, o final feliz:numa operação das políciasbritânica e local, a obra foiencontrada num hotel do sul daNoruega. Sem danos. No mesmodia foi pendurado na parede doMuseu Nacional de Oslo. Um dosladrões é agora um negociadorde arte e já tem um Munch – éuma litografia e comprou-a em2001. Há dois anos, dez depoisdo primeiro roubo, outro Grito


4 • P2 • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007JASON REED/REUTERS


8 • P2 • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007Os outros heróisFOTÓGRAFOObra-primaabsolutaFora de concurso, em Berlim, Cartasde Iwo Jima, magnífico requiempelos mortos do último guardiãodo cinema clássico dos EUAJorge Mourinha, em Berlima Já fora assim o ano passado comO Novo Mundo, de Terrence Malick:o primeiro filme que mereceria decaras o Urso de Ouro em Berlimpassa fora de competição. Pior: é umfilme que – coisa rara na selecçãooficial berlinense – está tambémnomeado para os Óscares (quatro,incluindo Melhor Filme). E chamarobra-prima a Cartas de Iwo Jima, deClint Eastwood, não chega.O homem que, com Imperdoável,deu a “machadada final” no westerncomo género heróico americanopor natureza (nunca mais vimos ospistoleiros da mesma maneira…)leva agora o filme de guerra clássicoa uma espécie de ponto-limite,depois do qual nada mais pode serigual. Crepuscular é dizer pouco:onde o filme-gémeo As Bandeirasdos Nossos Pais era a história de umavitória contada como se fosse umaderrota (e era, de certa maneira;a derrota de uma certa inocênciaamericana, quando os “heróis” deIwo Jima compreendem a armadilhaem que se deixaram cair), Cartas deIwo Jima é a história de uma derrotacom travo amargo de vitória maldita,ambas custando um quinhão pesadode vidas inocentes.que é preciso ter visto um paracompreender o outro: o mérito deEastwood é ter feito dois filmes quefuncionam como duas faces de umamesma moeda – não precisamosde ver a outra face para saber queela está lá. As Bandeiras… era sobreheróis que não achavam merecersê-lo; Cartas… é sobre heróis queninguém soube que o foram. A outraface da moeda.Depois do lado americano de IwoJima, então, vemos agora o ladojaponês da batalha que decidiuo curso da Segunda Guerra noPacífico, acompanhando os esforçosheróicos do general Kurabayashi(um extraordinário Ken Watanabe)para lutar contra dois inimigos.Porque não são só as muito maiorese muito melhor equipadas forçasamericanas que preocupamKurabayashi; são, sobretudo, os seuspróprios superiores hierárquicos noJapão, os seus oficiais subalternos,que constituem o seu maior inimigo.É isso o que mais perturba oespectador de Cartas de Iwo Jima: asúbita compreensão do desperdíciode vidas humanas impostas por umrígido código de valores militaresherdado dos samurais, preferindoo suicídio ritual a continuar ocombate, em nome de uma honraA outra face da moedaSim, estamos, outra vez, a falarde heroísmo; mas As Bandeiras…falava da culpa de ter sobrevividoe Cartas… fala do desperdício denão sobreviver. Isto não quer dizerClint Eastwood


P2 • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007 • 11JÁ NÃO FIGURAM NA LISTA TELEFÓNICA CORTESIA DA NATIONAL GALLERY OF AUSTRALIA, CAMBERRAEric ThakeEsta imagem mostra as ruínasde uma empresa de engenharianuclear, onde ainda se vêclaramente um letreiro. O autordeu à fotografia (de 1962) otítulo irónico “Já não vem nalista telefónica”. Podia ser umafotografia emblemática paraas pessoas que se opõem ao usoda energia nuclear, que já nãomora ali.Mark PowerUma das ambições do homem,e isso tem sido um dos grandesmotores do desenvolvimento daengenharia, é fazer coisas cadavez maiores, viajar cada vezmais depressa, estar onde nuncaninguém esteve. Esta esplêndidafotografia de Mark Power, daMagnum (de 2004), mostra aconstrução do novo Airbusgigante, o novo Jumbo A380. Decerto modo, há aqui também umanota de optimismo em relação aofuturo da engenharia e ao futuroda aviação que esta fotografiacelebra.Entrevista completa aJorge Calado em http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1285390&idCanal=21SEM TÍTULO CORTESIA DA SCOTT NICHOLS GALLERY, SAN FRANCISCO


12 • P2 • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007Dois anosa despejararte e lixono YouTubeNo YouTube há de tudo, do objectode arte mais sublime à parvoíce maisimbecil. Como realizar e encontrarmelhores vídeosRUI GAUDÊNCIOAnn Hornadaya O YouTube está repleto doacidental e do indiscriminado.Há imagens apanhadas da tv, háquartos e pátios das traseiras semsignificado. Um vídeo muito visto, odo bebé panda que espirra no jardimzoológico e que por momentosassusta a mãe, parece uma imagemtípica da sensibilidade desordenadado YouTube. Mas, vendo bem,parece que quem gravou sabiaque estava perante um momentodecisivo.A verdade é que, mesmopequenas e aparentementeespontâneas, as melhores coisas daWeb são fruto de um trabalho duroe cuidado.Uma imagem pequena, umsom imperfeito, uma luz pobre— mesmo um vídeo feito nasmelhores condições apareceráassim no YouTube. E os filmesque superam o que há de pior emver vídeos num computador (ounum telemóvel ou num iPod) sãoos que assumem isso. O cineastaMitchell Rose, de Los Angeles, usa adança e os movimentos físicos paracriar sátiras poéticas e engraçadassobre a vida contemporânea. Comfundos lisos e vozes off, as imagensajustam-se perfeitamente ao ecrã docomputador, enquanto superfíciebidimensional.Ensaios pessoaisO facto de o ecrã ser mais pequenodo que uma tela de cinema ouuma televisão não tem de limitara ambição cinematográfica. EmWhite Plastic Flower, um diário emforma de podcast sobre o festivalde cinema de Sundance, feito paraa revista Filmmaker, o realizadorJamie Stuart conseguiu umaimpressionante profundidade decampo nas imagens, com hábeismudanças de grandes planos paraas panorâmicas das montanhasWasatch, nos EUA. Variadas, asimagens vão da abstracção aodocumentário na primeira pessoa (aactriz Sienna Miller a fazer um gestoobsceno para a câmara de Stuart).Provavelmente, funcionariam bemno grande ecrã, mas, como ensaiopessoal e impressionista, funcionamainda melhor no computador.O sarcasmo é fácil, a sátira édifícil. O YouTube poderá ser oúltimo meio pós-moderno e, comotal, está sujeito a um dos maioresdefeitos do pós-modernismo: aimitação. Por cada adolescente atentar provar como pode imitarbem Jackass (uma série da MTV),o YouTube também permitiu,embora em menor número, queartistas talentosos explorassem estemeio e despertassem o interessedo mundo. É o caso de Ze Frank,um humorista de Brooklyn, NovaIorque, cujo site é uma verdadeiramina de jogos, de transmissões naWeb e uma miscelânea de clips maisou menos surrealistas. Frank gerouum fenómeno na Web quando o seuvídeo privado e feito para amigosComo dançar apropriadamente setransformou num vírus.Quando na década de 40 foilançada uma versão mais portátilda câmara Arriflex, isso permitiu oMelhores sítios de vídeos na WebProcurar o que é mais popularno YouTube é bastante maisfácil do que encontrar algumacoisa com qualidade. Usarsites que fazem uma filtrageme juntam grupos de pessoasque gostam das mesmas coisaspode ser um bom caminho.Estes são alguns endereçosonde podem ver-se dosmelhores filmes.Mitchellrose.comRose, cujo trabalho foi mostradoprimeiro em festival, tem aquitodos os seus pequenos filmes(Elevator World é o melhor).Snobsite.comNão é oficialmente um sitede vídeos, mas os Snobexperimentam tudo eencaminham os internautaspara algumas das coisas maisengraçadas que existemna Web.Zefrank.comJogos, projectos de áudio e odiário de Ze Frank, The Show,fazem deste site um espaçoonde se pode passar semanasa navegar. Frank também é ummagnífico conselheiro, quefornece ligações para sítios dequalidade.Hollywood-elsewhere.comÉ um excelente site de JeffreyWells sobre a indústriacinematográfica, que servede repositório a váriasreportagens e comentários.Também remete para os trailersdos filmes mais engraçados epara outros vídeos ligados aosfilmes.YouTube.comProcure por God, Inc., Hopeis Emo, Le Grand Contente Pancakes e encontraráconteúdos inovadores.


18 • P2 • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007CulturaLivroPaul Austersentou-se numescritório a olharpara a América“Que melhor maneira de unir aspessoas do que inventar um inimigocomum e iniciar uma guerra?”,pergunta o escritor no novo livroPaul AusterDANIEL ROCHATim Ruttena Quando falamos de boa escrita,a distinção entre cheio de arte echeio de artifício é uma questão comalgum peso.Ao longo dos anos, é uma questãocuja sombra se tem projectado comvisibilidade sobre os que praticama ficção pós-moderna, com as suasconvenções de auto-referênciainteligente e de sofisticação autoconsciente.Testemunho de comoPaul Auster é um bom escritor,embora tenha construído a suareputação como um dos principaispós-modernistas norte-americanos,é o facto de ter sempre parecidomais engenhoso do que apenasesperto.Agora, aos 60 anos e com umadezena de romances publicados,Auster parece, à primeira vista, terregressado às suas raízes metafísicascom Travels in the Scriptorium,uma ficção que gira em torno dequestões de identidade, objectivo,responsabilidade e conhecimento.O protagonista, Mr. Blank, acordanum quarto espartano, parecidocom uma cela. Uma câmara no tectoe um microfone na parede gravamcada um dos seus movimentospara um relatório de um narradorinvisível. Na secretária que está noquarto há um manuscrito inacabadoque Blank recebe instruções para lere, finalmente, para terminar. Podeser também um relatório ou podeser um trabalho de ficção, o relatode uma América imaginada e doseu conflito com “primitivos” quepodem ser índios americanos... outalvez não.Vários visitantes entram e saemdo quarto fechado de Blank efazem várias sugestões sobre a suapossível identidade, a sua possívelcumplicidade em crimes ou talvezos de alguma outra pessoa. Pode serque seja um antigo chefe de espiões,As primeiras linhas“O velho está sentado na beirada cama estreita, as palmas dasmãos abertas sobre os joelhos, acabeça baixa, a olhar fixamentepara o chão. Não faz ideia de quehá uma câmara colocada no tectodirectamente por cima dele. Oobturador clica silenciosamenteuma vez por segundo, produzindooitenta e seis mil e quatrocentosinstantâneos a cada revoluçãoou um escritor, ou uma personagemque outra pessoa criou para umrelatório, ou para uma ficção – oupara as duas coisas.Personagens revisitadasAlgumas convenções pós-modernassão observadas. Leitores para quemo trabalho de Auster é familiarreconhecerão, mesmo nestapaisagem minimalmente povoada,personagens da Trilogia de NovaIorque, No País das Últimas Coisas, OPalácio da Lua ou Leviatã. O últimodos que visitam Blank partilha onome com o detective do primeiroromance de Auster, Cidade de Vidro.Mas há aqui outras coisas emacção. Enquanto Blank lê o relatodo conflito entre a nação chamadaa “Confederação” e os “Primitivos”,interroga-se: “Que melhor maneirade unir as pessoas do que inventarum inimigo comum e iniciar umaguerra?” É possível ler toda anarrativa como uma fábula sobre odestino dos presos pela América emlugares como Guantánamo ou a redesecreta de prisões da CIA.Também é possível lê-la comouma homenagem ao mestremodernista em cuja sombra Austertem sempre trabalhado, SamuelBeckett. Auster já escreveu de restosobre as suas várias conversascom Beckett em Paris no início dadécada de 1970. Tem recordado,em especial, uma conversa emque Beckett referiu terminar umatradução para língua inglesa de umromance – Mercier et Camier – quetinha escrito anos antes em francês.Auster escreveu: “Tinha lido olivro em francês e gostado muitodele, e disse: ‘Um livro maravilhoso.’No fim de contas era apenas ummiúdo. Não conseguia suprimir omeu entusiasmo. Beckett abanoua cabeça e disse: ‘Oh, não, não,nada de muito bom. Na verdade,cortei cerca de 25 por cento doda terra. Mesmo que soubesseque estava a ser observado,não faria qualquer diferença.Tem o pensamento noutro lado,perdido entre os fragmentos dasua cabeça enquanto procurauma resposta à pergunta que oassombra. Quem é ele? O que fazaqui?”(tradução do início do livro, quechega a Portugal em Setembro)original. A versão inglesa vai serbem mais curta do que a francesa.’E eu disse (lembrem-se de como eranovo): ‘Mas porque é que havia defazer uma coisa dessas? É um livromaravilhoso. Não devia ter retiradouma palavra.’ E ele abanou a cabeçae disse: ‘Oh, não, não, nada demuito bom.’”“Continuámos a falarsobre outras coisas e de repente, apropósito de nada, dez ou quinzeminutos depois, ele debruçousesobre a mesa, aproximou-se edisse-me, muito sério: ‘Você gostoumesmo, hem? A sério que pensouque era bom?’ É bom lembrar queera o Samuel Beckett. E nem eletinha qualquer ideia do que valiao seu trabalho. Bom ou mau, comou sem significado, nunca nenhumescritor sabe, nem mesmo osmelhores.”Há mais de vinte anos, Austerescreveu esta frase: “A questão é aprópria história, e se significa ounão alguma coisa não compete àhistória dizer.” Tendo isto em conta,a palavra scriptorium (escritório)no título deste romance tornaserelevante. Em primeiro lugar,porque os scriptoria dos extintosmundos clássico e medievaleram câmaras onde se recebiasabedoria, lugares onde copistaspegavam nos trabalhos de outros eos duplicavam, muitas vezes comembelezamentos visuais, às vezesÉ possível ler toda anarrativa como umafábula sobre o destinodos presos pelaAmérica em lugarescomo Guantánamocom emendas subtis, acrescentosou mudanças radicais. No processode transmissão, o tempo pode atéelevar a um estatuto canónico osimples erro mecânico do escriba.A igreja gosta de gramáticaMais ainda, os primeiros manuscritosproduzidos pelos scriptoria eramcompostos em scripta continua, istoé, sem parágrafos, capitulares oupontuação. Os autores e os copistaspresumiam que existia um leitorcapaz de, no decurso da sua leituraindividual, fornecer esses elementosde interpretação essenciais.A pontuação surgiu, em parte,como uma extensão do desejo daigreja para que houvesse uma únicaleitura ortodoxa dos textos sagrados.Em Travels in the Scriptorium,Auster invoca a autoridade humanade Beckett, e depois, com elegância,retira-se, presumindo a inteligênciados seus leitores. Eles podemescolher ler este pequeno livroelegante como uma alegoria dasactuais dificuldades do seu país,como um conceito de escrita, oucomo um comentário mais amplosobre a condição humana... talveztodas estas coisas, ou outra.© Público/Los Angeles Times“Travels in the Scriptorium”, 120pp, de Paul Auster, está disponível,importado, na FNAC (14,95 euros)


22 • P2 • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007MediaTelevisãoAs estrelas (jáuma certa idacontinuam a ca The L WordTiveram os seus momentosbaixos) em Hollywood. Agormais sexy do que nunca na sculto sobre o circuito lésbicoa Em 2004, a série The L Word foiconsiderada revolucionária no modocomo ousou contar (e apimentar) asvidas das lésbicas em Los Angeles.Agora, que já vai na sua quartatemporada, o elenco do programaexpandiu-se de tal forma que assuas mulheres parecem constituir,elas próprias, uma pequenacomunidade.As novas aquisições são, cada vezmais, actrizes famosas que deramconsigo excluídas do estreito lequede opções disponíveis – ou melhor,não disponíveis – em Hollywood.Kristanna Loken, o cyborg nórdicode Exterminador 3, interpreta opapel de uma mãe solteira. CybillShepherd (que foi protagonista dasérie Modelo e Detective) juntou-seao conjunto sáfico como a novapatroa de Bette ( Jennifer Beals– uma estrela de L Word desde oinício). E para sublinhar ainda maisa onda nostálgica, estilo “adoroos anos 80”, evocada pela simplesideia de colocar Shepherd e Beals atrabalharem juntas, Marlee Matlin,vencedora de um Óscar (Filhos deum Deus Menor) também se estreoucomo a nova paixão de Bette.Doze dos 13 protagonistasregulares de L Word, incluindoShepherd e Matlin, são mulheres.Isso representa uma maioriasem precedentes para um dramatelevisivo. Até porque outras sériesque são lideradas por personagensfemininas, como Donas de CasaDesesperadas ou Anatomia de Grey,requerem geralmente que cadamulher tenha o seE se no princípide Casa Desesperadpor oferecer papéa actrizes, o castinquarta temporadaWord é um exempsérie que continualo – acrescentandopersonagens sexuextravagantes quepara beneficiar a sNuma entrevista teIlene Chaiken, a crprodutora executidisse:”Todos sabeexiste uma enormde papéis de substpara as actrizes emfaixas etárias, e issvez mais verdade àque elas vão ficandvelhas.”OportunidadeDesde a concepçãsérie, Chaiken semaproveitou a propHollywood para reenvelhecimento emais latos, a ideiamundo da televisãsobre quem podeum papel romântiexecutivos do canque produz a sérieque esperavam apdesconhecidos nomantinham entusio projecto apesarChaiken respondeKristanna Lokeninterpreta o papel deuma mãe solteira. CybillShepherd é a novapatroa de Bette (JenniferBeals). E Marlee Matlin,vencedora de um Óscartambém se estreou comoa nova paixão de BetteMas aviso-vos que vamoscontratar algumas estrelas”.A sua confiança extravasou quandoBeals aceitou o papel de Bette e PamGrier foi escolhida para fazer de suairmã, Kit. As actrizes tiveram altos ebaixos nas suas carreiras depois deterem protagonizado projectos deculto: Beals em Flashdance (1983) eGrier em Foxy Brown (1974). Tinhamconquistado um espaço no cinemaindependente mas, para Cheiken,poder colocá-las na série foi uma“grande oportunidade”.Velhas?Desde então, Rossana Arquette,Anne Archer, Sandra Bernhard, DanaDelany e Kelly Lynch, entre outras,surgiram como actrizes convidadasem The L Word.Shepherd interessou-se pelasérie desde que ouviu falar delapela primeira vez, e reuniu coma produção para discutir se elaesempenhar o papel de Kit.mente, quando nos dizemgs que estão a pensarm diferente, isso significaà procura de alguém”, conta Shepherd. “Masescobri que iria ser a Pamcebi que a conversa erardade”.L Word, Shepherd éma administradoranha e conservadora que seque toda a vida foi lésbica,ter marido e filhos. AtravésPhyllis conhece AliceHailey) e é absolutamentea compensar o tempodo. Para aceitar o papel, az só impôs uma condição:da de nudez. De restoou mais ou menos dispostaudo”. Este mês, Shepherd57 anos. “Quantos papéisra mulheres desta idadeom cenas de sexo – é que? Conseguem pensar emm?” A resposta é dela:istem apenas “cinco” esses vão para Meryl Streepu para Anjelica Huston.Marlee Matlin, 41 anos,anhou um Óscar paramelhor actriz há 20 anoselo seu desempenho emilhos de um Deus Menor,onde contracenou comWilliam Hurt. Emboraenha trabalhadoregularmente desde entãoem séries como Picketences e Os Homens doresidente, Matlin diz doeu novo papel em TheWord: “Nunca tive umrsonagem tão completomo este depois de Filhos deDeus Menor”.atlin assume que o factor surda impediu que fossehida para desempenharromânticos. E quandosonagens que tinhamresultado esteve longe doto. “Há filmes que eu fizheiro, porque precisavahar e porque queria”L Word, Matlin é Jodi,tora por quem Bette seApesar de ser amiga de0 anos, Matlin nunca tinhaie. Quando viu os DVDboca aberta”. “Nunca tinhaassim em televisão.”de Kristanna Loken aão é a idade (tem 27 anos).z uma carreira de filmesdepois de surgir emdor Implacável 3 (2003)de Terminatrix. Com osseus quase dois metros, foi escolhidapara porque parecia ser uma ameaçacredível ao heróico Extreminadordesempenhado por ArnoldSchwarzenegger. Mas tamanhaestatura acabou por se revelar umempecilho para a carreira – desdeentão calharam-lhe papéis em filmesde acção, terror ou fantasia.Assumidamente bissexual, dizque não escolheu entrar em TheL Word por causa da temática dasérie. “Sinto que foi a série que meescolheu a mim”. E remata: “Sempretive esta altura desde os 18 anos. EmThe L Word isso não é impeditivode nada porque somos todos iguaisquando estamos deitados e é assimque estamos em metade do tempona série”. No novo papel vai andarde cabeça perdida atrás de Shane(Katherine Moenning), a quebracoraçõesmais cobiçada de LA.Kate Aurthur, exclusivo Público/losAngeles Times


28 • P2 • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007SairChiado ReadingGroupsUma conversa à volta do livro1984, do britânico GeorgeOrwell, que retrata o dia-a-dianuma sociedade totalitária,abre, no Café do Chiado, emLisboa, os encontros de gruposde leitura de autores britânicos.Chiado Reading Groups, umainiciativa do Café do Chiado emparceria com o British Coucilde Lisboa, destina-se a todos osque gostam de ler e de partilhara sua experiência. Das 19hàs 21h no Largo do Picadeiro,com moderação de Tim Perry.Gratuito.guialazer@publico.ptCinemaLisboaCinemateca PortuguesaR. Barata Salgueiro, 39 Lisboa.T. 213596200Riquezas da Sua Avó Sala Félix Ribeiro- 21h30; Roubei Um Milhão Sala FélixRibeiro - 15h30; A Máquina Destruidorade Malvados M12. Sala Félix Ribeiro -19h; Os Fidalgos da Casa Mourisca M12.Sala Luís de Pina - 22h; Comboio deSombras Sala Luís de Pina - 19h30LondresAv. Roma, 7A. T. 707220220Rocky Balboa M12. Sala 1 - 14h, 16h30, 19h,21h30; Scoop M12. Sala 2 - 14h15, 16h45,19h15, 21h45Lusomundo AmoreirasAv. Eng. Duarte Pacheco. T. 707 CINEMARocky Balboa M12. 13h10, 15h30, 18h,21h20, 23h40; A Teia da Carlota M6. 13h20,16h30, 18h50, 21h35 (V.Port.);Hollywoodland M12. 13h, 15h50, 18h40,21h30, 00h20; Pecados Íntimos M16.12h40, 15h25, 18h20, 21h10, 24h; A ProfeciaCelestina M12. 13h30, 16h10, 19h, 21h40,23h50; Diamante de Sangue M16.13h45, 17h, 21h, 00h10; Babel M12.23h50; Scoop M12. 12h50, 15h, 17hLusomundo ColomboAv. Lusíada. T. 707 CINEMATempos Cruéis M16. 13h15, 16h15,18h50, 21h, 23h20; Rocky Balboa M12.13h, 15h30, 18h, 21h30, 23h55; A Teia daCarlota M6. 13h30, 15h55, 18h25, 21h05(V.Port.); Hollywoodland M12. 12h55,16h20, 19h, 21h50, 00h25; Flyboys– Nascidos para Voar M12. 18h20, 21h15,00h10; Cargo M12. 18h15, 21h45, 00h05; EmBusca da Felicidade M12. 13h05, 16h05,18h35, 21h10, 23h45; O Escolhido M16.23h45; Apocalypto M16. 12h45, 15h45,18h40, 21h25, 00h15; Scoop M12. 13h10,15h25; Diamante de Sangue M16. 12h50,15h40, 18h45, 21h35, 00h30; À Noite, NoMuseu M6. 13h20, 16h; Babel M12. 12h40,15h35, 18h30, 21h20, 00h20Lusomundo OlivaishoppingR. Cidade de Bolama. T. 707 CINEMAContado Ninguém Acredita M12.12h50, 15h20, 18h30, 21h10, 00h10; RockyBalboa M12. 13h10, 15h40, 18h20,21h30, 24h; A Teia da Carlota M6.13h, 15h10, 17h20, 19h30, 21h40, 23h50(V.Port.); Bobby M12. 12h40, 15h30, 18h40,21h20, 00h20Lusomundo Vasco da GamaParque das Nações. T. 707 CINEMATempos Cruéis M16. 13h, 15h25, 17h50,21h30, 24h; Rocky Balboa M12. 12h50,15h20, 18h, 21h20, 23h50; A Teia daCarlota M6. 13h10, 15h40, 18h10, 21h20,23h45; Hollywoodland M12. 13h15, 15h30,18h20, 21h35, 00h05; Flyboys – Nascidospara Voar M12. 17h55, 21h10, 00h10; NãoÉs Tu, Sou Eu M12. 13h05, 15h35,18h05; Em Busca da Felicidade M12.13h10, 15h50, 18h35, 21h15, 23h55; OEscolhido M16. 21h25, 23h50; Diamantede Sangue M16. 13h25, 17h, 21h,00h10; Bobby M12. 21h05, 23h40; À Noite,No Museu M6. 12h50, 15h25; Babel M12.13h20, 17h25; Apocalypto M16. 21h10,00h15; Scoop M12. 12h55, 15h15, 17h45Medeia - Fonte NovaEst. Benfica, 503. T. 217145088Diamante de Sangue M16. Sala 1 - 13h50,16h25, 19h05, 21h45; Babel M12. Sala 2- 14h, 18h45; Scoop M12. Sala 2 - 16h45,21h30; Rocky Balboa M12. Sala 3 - 13h40,15h45, 17h50, 19h55, 22hMedeia - KingAv. Fr. Miguel Contreiras, 52A. T. 218480808Pecados Íntimos M16. Sala 1 - 14h30, 17h,19h30, 22h, 00h30; Uma Familia à Beirade Um Ataque de Nervos M12. Sala 2 - 14h,21h30; A Rainha M12. Sala 2 - 16h45, 19h15,24h; As Vidas dos Outros M12. Sala 3 -13h40, 16h20, 19h, 21h40, 00h15Medeia - MonumentalAv. Praia da Vitória. T. 213142223Rocky Balboa M12. Sala 4 - Cine Teatro- 13h40, 15h45, 17h50, 19h55, 22h, 00h30;As Vidas dos Outros M12. Sala 1 - 13h15,16h20, 19h, 21h40, 00h15; Babel M12.Sala 2 - 16h, 21h30, 00h10; Em Buscada Felicidade M12. Sala 2 - 13h20,18h45; Assalto e Intromissão M12. Sala3 - 16h30, 19h10; Bobby M12. Sala 3 - 14h,21h30, 24hMedeia - NimasAv. 5 Outubro, 42B. T. 213574362O Grande Silêncio M12. Sala 1 - 15h, 18h15,21h30Medeia - Saldanha ResidenceAv. Fontes Pereira de Melo. T. 213142223Hollywoodland M12. Sala 5 - 14h30,17h, 19h30, 22h, 00h30; PecadosÍntimos M16. Sala 6 - 13h45, 16h20, 19h,21h50, 00h30; Diamante de Sangue M16.Sala 7 - 13h20, 16h10, 18h55, 21h40,00h20; Scoop M12. Sala 8 - 13h30, 15h30,17h30, 19h20, 21h30, 24hMillenium AlvaláxiaEstádio José Alvalade. T. 217549000Tempos Cruéis M16. Sala 1 - 13h50,16h30, 19h10, 21h50, 00h30; RockyBalboa M12. Sala 2 - 14h, 16h30, 18h40,22h, 00h10; Diamante de Sangue M16.Sala 3 - 13h10, 16h, 18h50, 21h50,00h35; Em Busca da Felicidade M12.Sala 4 - 13h20, 15h40, 18h, 21h50,00h10; A Profecia Celestina M12. Sala 5- 14h20, 16h50, 19h10, 22h, 00h10; EntreInimigos M16. Sala 6 - 23h50; A Teia daCarlota M6. Sala 6 - 14h10, 16h20, 18h40,21h20; Hollywoodland M12. Sala 7 -13h30, 16h20, 19h, 21h50, 00h30; Socorro,Conheci os Meus Pais M12. Sala 8 -14h30, 16h40, 19h10, 22h, 00h10; PecadosÍntimos M16. Sala 9 - 13h30, 19h, 21h40,00h20; Apocalypto M16. Sala 9 -16h10; Contado Ninguém Acredita M12.Sala 10 - 16h, 18h20; O Escolhido M16. Sala10 - 21h40, 00h20; À Noite, No Museu M6.Sala 11 - 15h50; Babel M12. Sala 11 - 18h10,21h35, 00h20; Caos M12. Sala 12 - 15h,17h40; Assalto e IntromissãoM12. Sala 12 - 21h40, 24h; Não És Tu,Sou Eu M12. Sala 13 - 16h30, 18h40,22h10; Bobby M12. Sala 14 - 16h10, 19h,22h; Scoop M12. Sala 15 - 16h30, 18h40,22h10; Flyboys - Nascidos para Voar M12.Sala 16 - 16h10, 19h, 22hQuartetoR. Flores de Lima, 16. T. 217971378Voltar M12. Sala 1 - 16h45, 21h45; AsTartarugas Também Voam M16. Sala 1- 14h30, 19h; Entre Inimigos M16. Sala 2- 14h30, 17h, 21h45; Match Point M12. Sala3 - 19h15; Manual de Amor M12. Sala 3- 17h, 22h; 20,13 - Purgatório M16. Sala3 - 14h30; 10 Dias para Encontrar umMelhor Amigo Sala 4 - 14h30, 17h, 19h15,22hTurimEstr. Benfica, 723A. T. 217606666As Bandeiras dos Nossos Pais M12. Sala1 - 15h, 17h30, 21h30Twin TowersGalerias Twin Towers, R. de Campolide,351. T. 217249232Rocky Balboa M12. Sala 1 - 13h45,16h10, 18h30, 21h50, 00h15; Diamantede Sangue M16. Sala 2 - 13h, 15h50,18h40, 21h30, 00h20; HollywoodlandM12. Sala 3 - 13h10, 16h, 18h45, 21h45,00h30; Scoop M12. Sala 4 - 14h, 16h30, 19h,22h, 00h25; À Beira do Precipício M12.Sala 5 - 19h10, 00h30; Babel M12. Sala 5- 13h10, 16h10, 21h35UCI CinemasEl Corte Inglés, Av. Ant. Aug. Aguiar, 31.T. 707232221A Rainha M12. Sala 1 - 14h20, 16h40,19h, 21h50, 00h05; O Escolhido M16.Sala 2 - 14h15, 16h50, 22h, 00h15; AsBandeiras dos Nossos Pais M12.Sala 2 - 19h05; Bobby M12. Sala 3 - 14h,16h35, 19h05, 21h45, 00h15; Em Buscada Felicidade M12. Sala 4 - 14h15,16h45, 19h15, 22h, 00h25; Scoop M12.Sala 5 - 14h25, 16h40, 19h, 21h45,24h; Apocalypto M16. Sala 6 - 23h30; ATeia da Carlota M6. Sala 6 - 14h15, 16h30,18h45, 21h; Não És Tu, Sou Eu M12. Sala7 - 14h30, 17h, 19h20, 22h, 00h15; EntreEm cartazApocalyptoDe Mel Gibson. Com RudyYoungblood, Dalia Hernandez,Jonathan Brewer. EUA. 2006.139m. Dra. M16.Mel Gibson mergulha agora nacultura e civilização maia, antes dachegada dos espanhóis. Um jovemé escolhido para ser sacrificado eé levado numa perigosa viagem.Castello Lopes-Torres Novas, CentroCultural do Cartaxo, Cinema CityBeloura, Feira Nova Barreiro,Fitares Shopping, LagoShopping,Lusomundo Almada Fórum,Lusomundo Colombo, LusomundoDolce Vita Miraflores, LusomundoFórum Montijo, LusomundoOdivelas Parque, Lusomundo Vascoda Gama, Millenium Alvaláxia, UCICinemas.Artur e os MinimeusDe Luc Besson. Com FreddieHighmore (Voz), Madonna (Voz),Toinette Laquière (Voz). EUA/FRA. 2006. 102m. Ani. M4.Como qualquer rapaz da suaidade, Artur fica fascinado com ashistórias que a avó lhe conta antesde adormecer. Mas e se todas essashistórias fossem verdadeiras? Ese os Minimeus, essas pequenasPUBAs estrelas do PúblicoInimigos M16. Sala 8 - 00h10; ContadoNinguém Acredita M12. Sala 8 - 14h,16h30, 19h, 21h40; Rocky Balboa M12.Sala 9 - 14h20, 16h45, 19h10, 21h40,00h20; Assalto e Intromissão M12.Sala 10 - 14h10, 16h55, 19h25, 21h55,00h25; Babel M12. Sala 11 - 15h15, 18h20,21h30, 00h25; Diamante de Sangue M16.Sala 12 - 15h30, 18h30, 21h30, 00h30; Hollywoodland M12. Sala 13 - 14h, 16h35, 19h15,21h50, 00h30; Pecados Íntimos M16. Sala14 - 14h, 16h35, 19h10, 21h50, 00h30AlmadaJorgeMourinhaAcademia AlmadenseR. Capitão Leitão, 64. T. 212729750A Teia da CarlotaM6. Sala 1 - 15h30, 21h30Lusomundo Almada FórumEstr. Caminho Municipal, 1011 -Vale de Mourelos. T. 707 CINEMARocky Balboa M12. 13h, 15h45, 18h30,21h10, 23h50; A Teia da Carlota M6. 13h10,15h35, 18h, 21h20, 23h45;Hollywoodland M12. 12h45, 15h30,18h15, 21h15, 00h10; Socorro, Conhecios Meus Pais M12. 13h20, 15h50, 18h45,21h45, 00h15; Tempos Cruéis M16.12h55, 15h55, 18h45, 21h30, 00h20; EmBusca da Felicidade M12. 12h55,16h, 18h45, 21h30, 00h10; Flyboys -Nascidos para Voar M12. 15h35, 21h10;O Escolhido M16. 13h, 15h40, 18h20,21h15, 23h45; Não És Tu, Sou Eu M12.13h, 18h35, 23h40; Bobby M12. 15h35,21h35; Scoop M12. 13h15, 15h50, 18h10,21h40, 23h50; Assalto e Intromissão M12.15h30, 21h15; Diamante de Sangue M16.13h05, 17h, 21h, 24h; Caos M12. 12h50,18h40, 00h05; À Noite, No Museu M6.13h10, 15h45, 18h30; Apocalypto M16.21h05, 23h55; Déjà Vu M12. 12h40, 18h20,00h10; Babel M12. 13h35, 17h10, 21h, 24hcriaturas desenhadas pelo seuavô fossem mesmo reais? Arturfica determinado a saber se essashistórias serão ou não verdadeiras.Cinema City Beloura, Cinema CityLeiria.As Bandeiras dos Nossos PaisDe Clint Eastwood. Com RyanPhillippe, Jesse Bradford, AdamBeach. EUA. 2006. 132m. Dra,Gue. M12.Fevereiro, 1945. A guerra na Europaestava ganha, mas no Pacíficocontinuava acesa. Uma das maissangrentas batalhas foi a luta pelailha de Iwo Jima, traduzida poruma das mais icónicas imagens daHistória: o momento em que cinco“marines“ erguem a bandeira dosEUA no monte Suribachi. Esta é ahistória desses soldados.Atlântida-Cine, Auditório Charlot,Cinema Gescine, Delta, LusomundoLuís M.OliveiraBarreiroFeira Nova BarreiroHipermercado Feira Nova. T. 212060020Rocky Balboa M12. Sala 1 - 14h, 16h30, 19h,21h30; A Teia da Carlota M6. Sala 2 - 14h15,16h45, 19h15, 21h45 (V.Port.); ApocalyptoM16. Sala 3 - 14h15, 16h45, 19h15, 21h45; ACoragem do Guerreiro M12. Sala 4 - 14h,16h30, 19h, 21h30CascaisMárioJ. TorresCastello Lopes-Cascais VillaCascais Villa, Av. Marginal. T. 707220220Diamante de Sangue M16. Sala 1 - 12h40,15h40, 18h40, 21h40; Contado NinguémAcredita M12. Sala 2 - 13h, 15h20, 17h50,21h50; Bobby M12. Sala 3 - 12h50, 15h30,18h20, 21h10; A Teia da Carlota M6. Sala4 - 13h20, 15h50, 18h10, 21h20; RockyBalboa M12 Sala 5-13h10, 16h, 18h30, 21h30Lusomundo Cascais ShoppingCascaiShopping-EN 9, Alcabideche.T. 707 CINEMARocky Balboa M12. 13h10, 16h,18h30, 21h40, 00h15; A Teia daCarlota M6. 13h40, 16h20, 18h45, 21h10(V.Port.); Hollywoodland M12. 12h40,15h20, 18h10, 21h05, 23h50; TemposCruéis M16. 12h50, 15h30, 18h20, 21h50,00h20; Diamante de Sangue M16.13h, 17h20, 21h, 24h; Em Busca daFelicidade M12. 13h20, 16h10, 18h35, 21h30,23h55; Caos M12. 23h30; Babel M12. 15h40,21h20; Scoop M12. 13h30, 18h40, 00h10Caldas da RainhaVascoCâmaraAs Vidas dos Outros mmmnn nnnnn mmmnn nnnnnBobby mmmmn mmnnn mmnnn mmnnnContado Ninguém Acr. mmmnn mnnnn mmnnn mnnnnDiamantes de Sangue mmnnn mmnnn nnnnn nnnnnEm Busca da Felicidade mmnnn nnnnn mnnnn nnnnnHollywoodland mmnnn nnnnn nnnnn mnnnnO Grande Silêncio mmmnn mmnnn nnnnn nnnnnPecados Íntimos mmmnn nnnnn mmmnn mmmnnRocky Balboa mmnnn mmmnn mmnnn mmmnnTempos Cruéis nnnnn mnnnn nnnnn nnnnna Mau mnnnn Medíocre mmnnn Razoável mmmnn Bom mmmmn Muito Bom mmmmm ExcelenteDeltaC.C.R. Montras - R. Almirante Cândido Reis.T. 262880209Recomendações PÚBLICO/OPTIMUSAlfas, Lusomundo Dolce VitaMiraflores, Turim, UCI Cinemas.BabelDe Alejandro González Iñárritu.Com Brad Pitt, Cate Blanchett,Mohamed Akhzam, Gael GarcíaBernal. EUA/MEX. 2006. 142m.Dra, Thr. M12.Vencedor do Prémio de MelhorRealizador e o Prémio do JúriEcuménico no Festival de Cannese somando já sete nomeações paraos Globos de Ouro nas categoriasprincipais, “Babel“, o novo filmede Alejandro González Iñárritu,é a história de um incidentetrágico que gera uma cadeiade acontecimentos em quatrofamílias, em quatro continentes.Castello Lopes-Loureshopping,Castello Lopes-Torres Novas,Lusomundo Almada Fórum,Lusomundo Amoreiras, LusomundoCascais Shopping, LusomundoColombo, Lusomundo FórumMontijo, Lusomundo OdivelasParque, Lusomundo Oeiras Parque,Lusomundo Vasco da Gama, Medeia- Fonte Nova, Medeia - Monumental,Millenium Alvaláxia, SBC-International Cinemas, Twin Towers,UCI Cinemas.Veja todos os trailers dos filmes em cartaz, na área de Cinema do OPTIMUS ZONE


30 • P2 • Segunda-feira 12 Fevereiro 2007TeatroLisboaA Barraca - Teatro CinearteLg Santos, 2. T. 213965360O Auto Falante Até 16/2.Todos os dias 21h30.Teatro PoliteamaR. Portas de Santo Antão, 109. T. 213245500O Principezinho Enc. Filipe La Féria. ComHugo Rendas, Martin Penedo e RubenSilva, entre outros. Seg. a sex. 11h e 15h(para escolas, com marcação). Sáb, dom. eferiados 15h. M/6Teatro-Estúdio Mário Viegas/Companhia Teatral do ChiadoLg. Picadeiro, 40. T. 213257652As Obras Completas de WilliamShakespeare em 97 minutos CompanhiaTeatral do Chiado. Enc. Juvenal Garcês.Até 6/3. Seg, ter. e dom. 21h.ArteLisboaCarlos Carvalho Arte ContemporâneaR. Joly Braga Santos Lt F R/C.T. 217261831Joana da Conceição Até 27/2. Seg. a sex.10h30 às 19h30. Sáb. 12h às 19h30. Espaço20M3. Pedro Paixão Até 27/2. Seg. asex. 10h30 às 19h30. Sáb. 12h às 19h30.Espaço ZOOM. Sandra Cinto Até 27/2.Seg. a sex. 10h30 às 19h30. Sáb. 12h às19h30. Pintura. Sob o Sol e o as Estrelas- Hemisfério Norte De Sandra Cinto. Até27/2. Seg. a sex. 10h às 19h30. Sáb. 12h às19h30.Caroline Pagès GalleryRua Tenente Ferreira Durão, 12 - 1º Dto.T. 213873376Funny (how I’ve stopped lovin’ you) DeGerald Petit. Até 10/3. Seg. a qua. 12h às17h. Qui. e sex. 12h às 20h. Sáb. 15h às 20h.Chiado 8 Arte ContemporâneaLargo do Chiado, 8 - Edifício Sede daMundial-Confiança. T. 213237335José Loureiro Até 23/3. Seg. a sex. 12h às20h. Pintura.CulturgestR. Arco do Cego, Ed. CGD. T. 217905155All Together De Bruno Pacheco. Até 25/3.Seg, qua. a sex. 11h às 19h (última entradaàs 18h30). Sáb, dom. e feriados 14h às 20h(última entrada às 19h30). Pintura. Galeria2. Benjamin Callaway Até 25/3. Seg, qua.a sex. 11h às 19h (última entrada às 18h30).Sáb, dom. e feriados 14h às 20h (últimaentrada às 19h30). Galeria 1.Forte do Bom SucessoPç. Império - junto à Torre de Belém.Guerra e Paz De Júlio Pomar. Todos osdias 10h30 às 17h. Desenho.Fundação Arpad SzenesVieira da SilvaPç. Amoreiras, 56. T. 213880039Atelier Simultané 1923-1934 De SoniaDelaunay. Até 25/2. Seg. a sáb. 11h às 19h.Dom. 10h às 18h (encerra 3ª e feriados).Guaches sobre papel. Visitas guiadas:2ª,4ª,6ª das 10h às 12h (marcação prévia).Galeria 111Campo Grande, 113 / R. Dr. João Soares, 5-B.T. 217977418Paula Rego - Obra Gráfica Até 3/3. Seg. asáb. 10h às 19h. Litografia. Lisboarte.Galeria 9/ArteR. D. Luís I, 22. T. 939994446Unknown Places De Pedro Besugo. Até5/3. Seg. a sex. 12h às 19h. Sábado pormarcação. Pintura.Galeria ArquéAv. Miguel Bombarda 120A. T. 217972886Revisited Até 10/3. Seg. a sáb. 11h às 21h.Pintura.Galeria Arte PeriféricaPç. Império, Centro Cultural de Belém -Lojas 1, 3, 5 e 6. T. 213617100João Gaspar Até 3/3. Todos os dias 10h às20h. Lisboarte.Galeria de Arte de São BentoR. Machadinho, 1. T. 213974325Paula Rego Até 20/2. Seg. a sex. 13h às20h. Gravura e litografia. Lisboarte.Galeria GalveiasR. Misericórdia, 83. T. 213422232Colectiva de Pintura Até 3/3. Seg. a sáb.10h30 às 13h/14h30 às 19h. Lisboarte.Galeria HibiscusRua Almeida e Sousa, 12-A . T. 213869002Navegante De Gamito. Até 28/2. Seg. asáb. 10h às 20h.Galeria João Esteves de OliveiraR. Ivens 38. T. 213259940O Acervo de Novo II De AlmadaNegreiros, Álvaro Siza, Pedro Calapez,entre outros. Até 24/2. Ter. a sáb. 11h às19h30. Seg. 15h às 19h30.Galeria RattonR. Academia Ciências, 2 - C. T. 213460948Movimentos de Vida De FrançoiseSchein. Até 28/2. Seg. a sex. 10h às 13h30/15h às 19h30. Desenho e fotografia.Galeria São FranciscoR. Ivens, 40. T. 213463460Mais Além De Sylvia Falcão Trigoso. Até3/3. Seg. a sáb. 10h30 às 13h/14h30 às 19h.Pintura. Lisboarte.Galeria São MamedeR. Escola Politécnica, 167. T. 213973255Eduardo Nery Até 7/3. Seg. a sex. 10h30 às20h30. Sáb. 11h às 19h. Pintura.Galeria TremaR. Mirante, 12. T. 218130523Migrações De Adriano Mesquita. Até 3/3.Seg. a sex. 15h às 19h30. Sáb. 11h às 19h.Pintura. Lisboarte.Instituto Cervantes de LisboaR. Santa Marta, 43. T. 213523121Ángel Crespo. Com o Tempo, Contra oTempo Até 16/3. Todos os dias 9h às 21h.Documental.Museu das ComunicaçõesR. Instituto Industrial, 16. T. 213935108Casa do Futuro Até 31/12. Seg. a sex.10h às 18h. Sáb. 14h às 18h. Exposiçãopermanente. Cinco Séculos deComunicações em Portugal Seg. a sex.10h às 18h. Sáb. 14h às 18h. Exposiçãopermanente.Oceanário de LisboaEsplanada D. Carlos I - Doca dos Olivais.T. 218917002Bastidores do Oceanário Até 28/2. Todosos dias 10h às 19h (última entrada às 18h).Promontório ArquitectosR. Fábrica de Material de Guerra, 10.T. 218620970Prova de ArtistaR. Tomás Ribeiro, 115, Loja 1. T. 213199551Alexandra Barbosa Até 16/3. Seg.a sex. 10h30 às 20h. Sáb. 15h às 20h.Xilogravura. Cântico à Água De SaskiaMoro. Seg. a sex. 10h30 às 20h. Sáb. 15h às20h. Pintura e Gráfica Original.Sé de LisboaLargo da Sé. T. 2188766281700 Anos do Martírio de S. VicenteTodos os dias. 1700 anos do Martírio de S.Vicente.Último dia dos Nine Inch Nailsno Coliseu dos RecreiosSoc. de Instrução Guilherme CossoulAv. D.Carlos I, 61 - 1º. T. 213973471Ana Anacleto Até 14/2. Todos os dias 19hàs 22h. Instalação.Trem Azul Jazz StoreR. do Alecrim 21 A . T. 213423141Improvisações De Daily Collage Project.Até 18/3. Seg. a sáb. 10h às 19h30.Vera Cortês Agência de ArteAv. 24 de Julho 54, 1ºE. T. 213950177Fuga De Mariana Viegas. Até 2/3. Seg. asex. 10h às 19h. Fotografia.AlvitoCentro Cultural do AlvitoLargo do Relógio, Edifício da CâmaraMunicipal. T. 284485566Pintei Um Jardim, Escondi-me ládentro De José de Guimarães. Até 4/3. Seg.a sáb. 09h às 12h30/14h às 17h30. Pintura.CascaisAntigo Edifício dos BombeirosLargo 5 de Outubro.Cascais com Futuro - Projectos e ObraPública A partir de 3/2. Seg. a qui, dom. eferiados 11h às 19h. Sex. e sáb. 11h às 23h.EstorilGaleria de Arte do Casino do EstorilPç. José Teodoro dos Santos - Casino doEstoril. T. 214684521Douro e Porto De Ruy Brito e Cunha. Até15/2. Todos os dias 15h às 24h. Fotografia.ÉvoraGaleria Évora-ArteR. Manuel do Olival, 22. T. 266701898Grave De João Fitas. De 10/2 a 23/3. Seg. asex. 15h às 19h. Sáb. 15h às 18h. Pintura.Igreja e Convento de Nossa Senhora dosRemédiosAv. São Sebastião.Imagens e Mensagens A partir de 25/11.Todos os dias. Escultura romana.LagosCentro Cultural de LagosR. Lançarote de Freitas, 7. T. 282770450Praça das Águas De Gabriel AndreasDirr. Até 21/3. Seg. a sáb. 10h às 20h.Pintura e instalação. Vinte e DuasCasas De Eduardo Souto Moura. Até 21/3.Seg. a sáb. 10h às 20h. Arquitectura.OeirasGaleria 24BR. Dr José da Cunha, 24-B. T. 214544450Interferometria De Inês Rebelo. Até 10/3.Seg. a sex. 12h às 19h30. Sáb. 11h às 19h30.PortimãoEdifício EMARPVale Arrancada - Coca Maravilhas.T. 282476238José Eliseu De 12/2 a 16/3. Todos os dias8h30 às 17h. Escultura.SinesCentro de Artes de SinesR. Cândido dos Reis (centro histórico).06 Arquitecturas no Litoral Até 15/2.Todos os dias 14h às 20h. Viagem noTempo Até 26/2. Todos os dias 14h às 20h.Documental. No átrio do arquivo.TiresBiblioteca Municipal de Cascais -S. Domingos de RanaR. Travessas, Massapés - Tires T. 214481970Pequenos Ilustradores da UrbanizaçãoTerras de Polima Até 17/2. Seg. 13h às 19h.Ter. a sex. 10h às 19h. Sáb. 10h às 13h/14hàs 18h.TomarBiblioteca Municipal de TomarR. Silva Magalhães. T. 249329874Figuração Onírica De Luís Athouguia.Até 28/2. Seg. 11h às 19h30. Ter. a sex. 10hàs 19h30. Sáb. 11h às 13h. Pintura.Torres VedrasGaleria Municipal de Torres VedrasEdifício Paços do Concelho.T. 261320739El Contemplador Activo De PabloPicasso. Até 24/2. Seg. a sáb. 9h30 às 20h.Gravura.MúsicaLisboaCasino LisboaAlameda dos Oceanos Lote 1.03.01 - Parquedas Nações. T. 214667700Dynamite Até 12/2. Todos os dias 20h. NoArena Lounge. Juke Box Até 28/2. Todosos dias 01h às 03h. No Arena Lounge.Catacumbas Jazz BarTv. Água da Flor, 43. T. 213463969Quarteto de Paulo Lopes Até 12/2. Seg.23h.Coliseu dos RecreiosR. Portas St. Antão, 96. T. 213240580Nine Inch Nails + The PopoHoje às 21h (portas abrem às 20h).Teatro Nacional D. Maria IIPç. D. Pedro IV. T. 213250835María Orán e Orquestra doAlgarve Maestro Cesário Costa. ComMaría Orán (soprano). Dia 12/2 às 21h30.Na Sala Garrett.EstorilCasino EstorilPraça José Teodoro dos Santos.T. 214667700Karma Seg, ter, qui, sex. e dom. 21h. NoDu Arte Lounge. Orquestra CasinoEstoril Seg, qui, sáb. e dom. 21h. No DuArte Lounge. Sylvie C. Seg. a qua. e sex.21h. No Du Arte Lounge.Olival BastoCentro Cultural da MalapostaR. Angola. T. 219383100Dulce Pontes e Luís Neves Com DulcePontes (voz), Luís Neves (piano). Hoje às21h30. Festival dos Sentidos. Gratuito.DançaVilamouraCasino de VilamouraPç. Casino. T. 289310000Marilyn Todos os dias às 22h30 (jantar às20h30).FarmáciasLisboaAlvalade- Gasparinho - R. Dr. GamaBarros, 54-a Alvalade- São Miguel - PraçaFrancisco de Morais, 1 Anjos- Guerra Suc.- R. Andrade, 34 Lapa- Central da Lapa - R.dos Navegantes, 10 14 Lumiar- Alameda- Alameda das Linhas de Torres, 201-bMarvila- Almeida Vaz - R. Luis Cristinoda Silva - Bairro dos Loios - Lt. 248, Loja 92Prazeres- Tagus - R. Possidónio da Silva,162-a Santa Maria de Belém- GomesSuc. - R. da Junqueira, 326-328 SantaMaria dos Olivais- Zira - Praça das CasasNovas, 5 A-b São Domingos de Benfica-J. Ribeiro - Estrada da Luz, 199-a SãoJoão- São João - R. Morais Soares, 56-cSão Sebastião da Pedreira- Sagres - Av.Luís Bivar, 69-71Outras localidadesAbitureiras- Pereira - R. Serpa Pinto,109 Abrantes (São João)- Mota Ferraz- Lg. Mota Ferraz, 7 Agualva-cacém-São Francisco Xavier - Av. Cidade deLisboa, 53-a Albufeira- Santos Pinto- Urb. Quinta da Bela Vista, Lt.e,lj.4-5Alcobaça- Campeão - R. AlexandreHerculano, 4 Algés- Dias & Saraiva Lda.- R. Major Afonso Pala, 19 AlgueirãomemMartins- Fidalgo - R. Ribeiro dosReis, Lote 8, Casal de São José, AlhosVedros- Gusmão - R. Cândido dos Reis,30 Almada- Central - R. de Olivença, 11Amora- Matos Lopes - R. 25 de Abril, 28-aArrentela- Ana Branco - R. da Liberdade,105-a Assunção- Rosado e Silva - R. daCadeia, 28 Barreiro- Piçarra - Av. doBocage, 65-a Beja (Salvador)- Palma -Lg. D. Dinis, S/n Caldas da RainhaCentral - Praça da República, 15-16Carcavelos- Santos Ferreira - R. Barãode Moçamedes, 9-b Carnaxide- Maria- Praceta. António Boto, 11-a Cascais-Rosário - Av. Nossa Senhora do Rosário,1212 Charneca De Caparica- Vale Fetal- R. Francisco Costa, 28-28 A Corroios-Rosa e Viegas - R. Mario SampaioRibeiro, Nº 7 Cova Da Piedade- Louro- R. Alexandre Herculano, 6-b Damaia-Confiança - R. Bartolomeu Dias, 15-bEntroncamento- Carlos Pereira Lucas- R. Almirante Reis, 32 Évora (SantoAntão)- Ferro Suc. - R. João de Deus,33 Faro (Sé)- Helena - Lg. Sá Carneiro,69, Lagos (São Sebastião)- Silva - R.25 de Abril, 9 Laranjeiro- Brasil - R.Eduardo Viana, 26-a Leiria- Av. de LeiriaLda. - Av. Heróis de Angola, 63 Lindaa-Velha-Pinto - R. Antero Quental, 9LOURES- Fátima - Av. das Descobertas,17-loja B Massamá- Quinta das Flores - R.Dr. Francisco Ribeiro de Spínola, Lt.76,Lj 1 Moita- União Moitense - Av. TeófiloBraga, 1 Moscavide- Santa Barbara - R.Francisco M. Beato, 75-a Nossa SenhoraDa Vila- Misericórdia - Lg. GeneralHumberto Delgado, 12 Odivelas- NabaisVicente - R. Artur Bual, Nº3a-ljesq. OeirasE São Julião Da Barra- Alto da Barra- Edificios Varandas Alto da Barra - Av.D. João I, Bl 1 Lj1 Paço De Arcos- Pargana- R. Eng. Boneville Franco, 6-g Parede-Macau - R. José Elias Garcia, 42 Peniche(Ajuda)- Higiénica - R. António daConceição Bento, 21-b Pombal- Vilhena- R. do Louriçal, 1 Pontinha- LeitãoRibeiro - Av. 25 de Abril, 23-a Portimão-Oliveira Furtado - R. Direita, 33 Póvoa deSanta Iria- Eduardo A.césar - AlamedaAristides Sousa Mendes, Lt.8 Queluz- Gil- Av. Dr. Miguel Bombarda, 28 QuintaDo Conde- Bio-latina - R. D. Sebastião,Lt 2050-a Santa Maria dos Olivais-Nova - R. António Antunes Silva, 6 SãoLourenço- Nova - R. 5 de Outubro, 106São Nicolau- Morão - R. da Assunção,17-19 Setúbal (Santa Maria da Graça)-Marques - R. Arronches Junqueiro, 109Setúbal (São Sebastião)- Tavares daSilva - Av. Bento Jesus Caraça, 70 B Sintra(São Pedro de Penaferri- Valentim- Calçada de São Pedro, 56 F Sobreda-Palmeirim - Av. República, Torre BTavira (Santa Maria)- Sousa - R. JacquesPessoa, 7 Torres Novas (Santiago)-Higiene - Lg. Coronel António MariaBatista, 7 Torres Vedras (São Pedro ESan- Santa Cruz - R. Santos Bernardes,17 Vendas Novas- Santos Monteiro - R.General Humberto Delgado, 30 Venteira-Borel - R. Francisco Sá Carneiro, 22-bVenteira- Cavaca - R. Elias Garcia, Nº 221,R/c Vila Franca De Xira- César - PraçaAfonso de Albuquerque, 7-9Até às 22hAfonsoeiro- Borges da Cruz - EstradaNacional 5, 346 Lj.3 Alenquer(Triana)- Matos Coelho - R. SacaduraCabral, Edif. Palmeira, 33 Alverca DoRibatejo- Raposo - R. Ivone Silva, Nº 1Arraiolos- Misericórdia - R. AlexandreHerculano, 31 Barcarena- Sílvia- R. Henrique Santana, 27-b Camarate-Batalha - R. Avelino Salgado De Oliveira,6 Coruche- Frazão - R. Direita, 64Estremoz (Santo André)- Godinho- Praça Luís De Camões, 39 Grândola-Moderna - R. D. Nuno Álvares Pereira, 35Loulé (São Clemente)- Av. - Av. José C.Mealha, 109-a Marinha Grande-Moderna - Av. Do Vidreiro, 19Nazaré- Sousa - R. MouzinhoAlbuquerque, 22 Olhão- Brito - Av. DaRepública, 38-40 Portela- Paula DeCampos - Urbanizacao Da Portela-c.Comercial, Loja-62 Porto Salvo-Varela Baião - R. Do Comércio, 7-aPrior Velho- Prior Velho - UrbanizaçãoQuinta De Santo António Da Serra,Lote 26-a Queijas- Central De Queijas -R. Júlio Dantas, Lt1, Lj.a/b Reguengosde Monsaraz- Moderna - Praça DeSanto António, 3sacavém- Soares - R.Auta Da Palma Carlos, 15 Santiagodo Cacém- Barradas - R. GeneralHumberto Delgado, 4-a Santo AntãoDo Tojal- Tojal - Praceta De SantoAntónio, Lote 1 Santo António DosCavaleiros- Santo António DosCavaleiros - Praça D. Miguel I, 9São Brás De Alportel- Dias Neves -Lg. De São Sebastião, 1-2 Vila Viçosa(São Bartolomeu)- Torrinha -R. Florbela Espanca, 9


Tempo para hojeSu DokuProblema 631Dificuldade: médio12.02.07Solução doproblema 630Soluções, dicas eprograma decomputador emwww.sudoku.comProblema 632Dificuldade: difícilProblema 6163A pele tem 247espécies de batérias,um verdadeiro zooPág. 20Rui Santos diz que,às vezes, se sentecomo FranciscoLouçã Pág. 14HORIZONTAIS:1 Fragmento demadeira, pedra oumetal. Estiveraapaixonado.2 Superfíciecompreendida dentrode certos limites (pl.).Fruto da romãzeira(pl.). 3 Indivíduo dopovo. Revestir de laca.Sociedade Anónima(abrev.). 4 Estrela que éo centro do nossosistema planetário.5 Pouco espessa.Qualquer aberturacircular (pl.).6 Restituis a paz.7 Porção de remédioque se toma de cadavez. Criem ovos.8 Discursa em público.9 - Palavra havaianaque significa lavasásperas e escoriáceas.Recinto circular ondese correm touros.Instituto deMeteorologia (abrev.).10 Peça socorro,bradando. Enfurecia.11 Atrevem-se.Qualidade (pl.).VERTICAIS:1 Descanso. Porção quese bebe de uma só vez.2 Unidade das medidasagrárias. Hastehorizontal da charrua.Espécie de sapo daregião do Amazonas.3 Igreja episcopal,arquiepiscopal. Passo atrama por entre os fiosda urdidura. Nona letrado alfabeto (pl.).4 Nome vulgar doóxido de cálcio. Maucheiro.Género deformigas a quepertence a saúva.5 Membro guarnecidode penas que serve àsaves para voar (pl.).Discursem. 6 Verificase está exacto.7 Terra que de incultapassou a ser arroteada.Matéria corante azul deorigem vegetal. 8 Red.de maior. Pergaminhoda pele de vitela. Altarcristão. 9 Amerício (s.q.). Fixe por meio decravo ou prego. Gritoaflitivo. 10 Batráquioanfíbio aquático, anuro,da família dos ranídeos(pl.). Glícido simples,não hidrolisável. Nomede uma planta labiada,vivaz com baselenhosa. 11 Guarneceisde asas. Glândulamamária (pl.).Solução do problemaanterior:HORIZONTAIS:1 Farta. Arras. 2 Ora.Rafeiro. 3 La. Atais.Em. 4 Ama. Ela. 5Rapas. Ralar. 6 Rás. Ril.7 Lagar. Cavar. 8 Ave.Aro. 9 Vá. Omega. Me.10 Apurara. Par.11 Rotos. Seira.VERTICAIS:1 Folar. Levar.2 Aramara. Apo.3 Ra. Apaga. Ut.4 Asa. Oro.5 Artes. Ramas.6 Aal. Ver.7 Afiar. Cegas.8 Rês. Ara.9 Ri. Oliva. Pi.10 Are. Alarmar.11 Somar. Roera.Ka KuroO kakuro é um puzzle de númeroscomparado ao sudoku porque cadanúmero, de 1 a 9, só pode aparecer umavez em cada fila ou coluna. Mas há umaenorme diferença: em cada uma destasfilas ou colunas a soma dos seusnúmeros tem de corresponder aonúmero indicado. Por exemplo, se umafila de duas casas tem a soma 4, ascombinações possíveis são 1-3 ou 3-1. 2-2 não pode ser, pois não pode havernúmeros repetidos. A partir deamanhã.Amanhã no P2AfonsoPimentel,uma estrelaascendenteem BerlimPor Bill Watterson Tradução de Helena GubernatisChuvade prémios:os Grammy,os Bafta,etc.

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