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teses de doutorado e dissertações de mestrado defendidas - USP

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194 - GEO<strong>USP</strong> - Espaço e Tempo, São Paulo, Nº 15, 2004Teses <strong>de</strong> Doutoradocomo o Morumbi e outros, localizados na zonaOeste, próximos ao centro da cida<strong>de</strong>, estãodotados <strong>de</strong> equipamentos públicos, serviços <strong>de</strong>lazer e cultura, enquanto a área estudadaapresenta escassez <strong>de</strong>sses mesmosinvestimentos. Ao mesmo tempo em que houvemelhorias públicas nas periferias em respostaaos movimentos sociais, os pobres foram sendoempurrados para novos bolsões <strong>de</strong> pobreza.Destacamos a concentração <strong>de</strong> população afro<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntenesses distritos mais pobres <strong>de</strong>São Paulo, não só por meio da contagempopulacional, entrevistas e artigos <strong>de</strong> jornais,mas pelas letras das músicas rap, as quaisapontam para a forma espacial da segregaçãoracial no Brasil. Antigamente quilombos, hojeperiferia <strong>de</strong>nuncia o mito da <strong>de</strong>mocracia racial,pois aponta para linhas <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> daexclusão social e étnica do afro-<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte,mas, agora, revelando-a nos espaços dacida<strong>de</strong>. Analisamos essa forma <strong>de</strong> exclusão peloconceito <strong>de</strong> banimento, o qual permite concluirque a metrópole expulsa seus pobres para locaismais distantes da cida<strong>de</strong>, sem infra-estruturapública, on<strong>de</strong> há ausência do Estado. A questãocentral é a presença <strong>de</strong> um contingente <strong>de</strong>pobres na cida<strong>de</strong> vivenciando longos períodos<strong>de</strong> exclusão. Constatamos que eles têm sidoquase sempre os mesmos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a escravidão.Terras <strong>de</strong> ninguém, territórios-prisão ou <strong>de</strong>quilombos? A i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e o território sãoelementos intrínsecos à realida<strong>de</strong> do cotidianodos pobres da cida<strong>de</strong>, revelando uma longabusca da cidadania.! ! !A captura do alto Rio Guaratuba :uma proposta metodológica para oestudo da evolução do relevo naSerra do Mar, Boracéia-SPDéborah <strong>de</strong> OliveiraOrientador: Profº Dr. José Pereira <strong>de</strong> QueirozNetoEste trabalho trata da captura da baciado Alto Guaratuba, <strong>de</strong>vido ao recuo da Escarpada Serra do Mar na região <strong>de</strong> Boracéia-SP. A baciado Alto Guaratuba localiza-se no reversoimediato da Escarpa da Serra do Mar, aaproximadamente 45056' e 45052' <strong>de</strong> longitu<strong>de</strong>oeste e 23038' e 23042' <strong>de</strong> latitu<strong>de</strong> sul, on<strong>de</strong>situa-se a Estação Biológica <strong>de</strong> Boracéia (<strong>USP</strong>),A Serra do Mar correspon<strong>de</strong> a um conjunto <strong>de</strong>escarpas festonadas com cerca <strong>de</strong> 1.000 km <strong>de</strong>extensão, que vai <strong>de</strong> Santa Catarina ao Rio <strong>de</strong>Janeiro. Sua origem está relacionada aprocessos tectônicos <strong>de</strong> movimentação verticalrealizadas no Cenozóico. A observação <strong>de</strong>imagem LANDSAT TM 7 permitiu uma primeiraaproximação do <strong>de</strong>lineamento estrutural (linhas<strong>de</strong> falhas, fraturas, etc) da área <strong>de</strong> estudo. Oemprego do programa ILWIS, no tratamentodas cartas topográficas 1:10.000 permitiu, porseu lado, confirmar aquelas direçõesestruturais, <strong>de</strong> sentido geral NE-SW, bem comomostrar a presença <strong>de</strong> compartimentosescalonados do relevo, a partir da borda daEscarpa para o interior. A fotointerpretação naescala 1:25.000 revelou a presença <strong>de</strong> umadrenagem direcionada a NE-SW, seguindo osalinhamentos estruturais que já haviam sidoassinalados. Revelou também a mudança <strong>de</strong>direção do Rio Guaratuba, formando umcotovelo, próximo à borda da Escarpa,<strong>de</strong>scendo-a na direção N-S. Algumas evidências<strong>de</strong> campo mostram o Rio Guaratuba, em seucotovelo <strong>de</strong> captura, <strong>de</strong>scendo oblíquo àsestruturas do gnaisse até posicionar-seperpendicularmente a elas ao <strong>de</strong>scer a Escarpa.O conjunto <strong>de</strong>sses dados indica a importânciada tectônica na formação do relevo da área,originando os patamares escalonados, entre osquais instalou-se a drenagem. Por outro lado,a erosão regressiva na Escarpa foi responsávelpela captura do Alto Guaratuba, gerando umgran<strong>de</strong> anfiteatro. Assim, foi possível propor umahistória prognóstica <strong>de</strong> evolução da Escarpa,sob a ação erosiva, aproveitando as linhasestruturais, po<strong>de</strong>ndo ocasionar novas capturas.


Teses <strong>de</strong> Doutorado e Dissertações<strong>de</strong> Mestrado Defendidas (2º Semestre <strong>de</strong> 2003 e 1º semestre <strong>de</strong> 2004), pp. 193 - 202 195Dessa maneira, seria necessário estudar osaltos cursos dos rios que <strong>de</strong>ságuam no litoral apartir <strong>de</strong> suas cabeceiras no Planalto, além <strong>de</strong>verificar <strong>de</strong> que maneira eles correm.A emergência do teletrabalho e asnovas territorialida<strong>de</strong>s na cida<strong>de</strong> doRio <strong>de</strong> JaneiroAlvaro Henrique <strong>de</strong> Souza FerreiraOrientadora: Profª Dra. Sandra LencioniAtualmente é possível observarmos autilização <strong>de</strong> teletrabalhadores por um númerocrescente <strong>de</strong> empresas na cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong>Janeiro. Essa forma <strong>de</strong> trabalho modifica arelação entre os trabalhadores e as empresase entre os trabalhadores e a cida<strong>de</strong>. O objetivo<strong>de</strong>ste trabalho é a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> indícios <strong>de</strong>novas territorialida<strong>de</strong>s na cida<strong>de</strong> relacionadosà utilização do teletrabalho no Rio <strong>de</strong> Janeiro.Assim sendo, em um esforço teóricometodológico,buscamos a construção daquiloque <strong>de</strong>nominamos holograma sócio-espacialpara nos auxiliar em nossa trajetória.! ! !! ! !Cada parte, por menor que seja, <strong>de</strong> umholograma possui uma informação global acercado objeto representado. Entretanto, é ainteração entre essas partes que permitiráreconstruir visualmente esse objeto com clareza.Assim, quando analisamos o espaço urbanocarioca, estivemos enten<strong>de</strong>ndo-o como esferado encontro das múltiplas trajetórias, dainter<strong>de</strong>pendência e da inter-relação.Acreditamos que os agentes, através <strong>de</strong>ssasinter-relações, produzem o espaço; e por estarsendo constantemente construído, está semprepor concluir. Nossa tese é que há sim novasterritorialida<strong>de</strong>s associadas à utilização doteletrabalho na cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro, queprovocam uma série <strong>de</strong> transformações narelação do teletrabalhador com a cida<strong>de</strong> e quecontribuem para <strong>de</strong>slocações, <strong>de</strong>sativações eredistribuições <strong>de</strong> firmas e <strong>de</strong> residências nointerior da cida<strong>de</strong>. A<strong>de</strong>mais, tais processosencontram-se ligados à atuação dos agentesque produzem o espaço urbano a partir <strong>de</strong>relações construídas em escalas local-local elocal-global.Seguindo Novos Caminhos:Transformações Territoriais eMo<strong>de</strong>rnização no Município <strong>de</strong>Quissamã – RJ. Uma Contribuiçãopara o Desenvolvimento LocalJoão RuaOrientador: Prof. Dr. José Wilian VesentiniO objetivo central <strong>de</strong>ste trabalho éanalisar as transformações territoriaisrelacionadas com o processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnizaçãoque o município <strong>de</strong> Quissamã vem sofrendo hámais <strong>de</strong> um século sem per<strong>de</strong>r as características<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização conservadora que caracterizaa socieda<strong>de</strong> brasileira, mas já apresentandoalguns sinais <strong>de</strong> uma mudança em que novosagentes sociais se superpôem aos antigosdisputando-lhes o po<strong>de</strong>r político e as opções<strong>de</strong> intervenção que emanam <strong>de</strong>ssa situação.Quando em 1877 se inaugurou o EngenhoCentral <strong>de</strong> Quissamã, inaugurou-se, também, achegada do capital industrial que vai <strong>de</strong>sbancaro capital comercial ao transformar os diversosdonos <strong>de</strong> engenhos em fornecedores <strong>de</strong> canapara o Engenho Central, criando-se uma<strong>de</strong>pendência técnica e creditícia dos primeirosao segundo o que favorece um longo período<strong>de</strong> <strong>de</strong>cadência econômica. Em 1975, com oPROALCOOL, inicia-se um processo <strong>de</strong> inovaçãotecnológica traduzida, basicamente, emmelhoria <strong>de</strong> espécies, mecanização <strong>de</strong> algumasfases da produção e, principalmente,


196 - GEO<strong>USP</strong> - Espaço e Tempo, São Paulo, Nº 15, 2004Teses <strong>de</strong> Doutoradomo<strong>de</strong>rnização industrial, com a introdução das<strong>de</strong>stilarias <strong>de</strong> álcool. A <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> petróleona bacia <strong>de</strong> Campos e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contarcom os royalties fornecidos pela PETROBRAS,alavancaram, no final dos anos 80, a perspectiva<strong>de</strong> crescimento econômico sem a <strong>de</strong>pendênciaexclusiva ao Engenho. Os setores urbanos,aliados a alguns produtores rurais, <strong>de</strong>finiramuma estratégia conjunta que levou àemancipação do município e à sua inserção, maisefetiva, nos fluxos capitalistas, formando umnovo sistema <strong>de</strong> relações sócio-espaciais aomesmo tempo em que buscavam umfortalecimento da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> territorial.! ! !Depressões interfluviais evoçorocas articuladas à re<strong>de</strong> <strong>de</strong>drenagem: o exemplo das baciasdos rios Ibicuizinho, Areal doParedão, Cacequi, Santa Maria eIbicuíIvaniza <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s Lazzarotto CabralOrientador: Prof. Dr. Jurandyr L. Sanches RossAs manifestações que marcam os eventosresponsáveis pela dinâmica superficial daDepressão Periférica Gaúcha respon<strong>de</strong>m poruma “paisagem” regional composta por amplascolinas. Estudos <strong>de</strong>senvolvidos sobre<strong>de</strong>terminados fatos, como por exemplo,processos <strong>de</strong> arenização, voçorocamentos,<strong>de</strong>pressões interluviais em topo <strong>de</strong> colinas -formas pseudo-cársticas, evolução pedológicaassociada à morfologia, caracterização elevantamento geológico e outros,<strong>de</strong>monstraram a complexida<strong>de</strong> na instalação eevolução do relevo associados à formastopográficas aparentemente simples <strong>de</strong> colinascom amplas áreas <strong>de</strong> captação e rampas longas.Consi<strong>de</strong>rando as informações prévias sobre ocomportamento e as características <strong>de</strong> algunsfatores importantes na dinâmica das superfíciesem <strong>de</strong>terminadas áreas do setor Sudoeste daDepressão Periférica, a proposta é a discussãoe a enumeração dos agentes que predispõeme dos que efetivam os processos responsáveispelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> voçorocas e<strong>de</strong>pressões interfluviais - formas pseudocársticasem cabeceiras <strong>de</strong> drenagem e topos<strong>de</strong> colinas. Ambas situadas nas superfíciesdivisoras d’ água entre a bacia do rio Ibicuí eJacuí, na Depressão Periférica Gaúcha.Evolução global da indústria da TI(Tecnologia da Informação): umaabordagem comparativa do Brasil eda Coréia da SulMee Joung LeeOrientador: Prof. Dr. Armen MamigonianA indústria <strong>de</strong> TI faz parte do novoparadigma técnico-econômico global <strong>de</strong> altatecnologia.Seu circuito do crescimento explosivofoi atribuído pela convergência tecnológica entreinformática e telecomunicações e isto<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou enorme mudança na dinâmica do! ! !sistema mundial da produção <strong>de</strong> TI. A maiorparte da indústria <strong>de</strong> TI começou a fazer partedo processo <strong>de</strong> exploração econômica <strong>de</strong>s<strong>de</strong> adécada <strong>de</strong> 60, através da comercializaçãocrescente <strong>de</strong> computadores e semicondutores.Des<strong>de</strong> o começo, a indústria <strong>de</strong> computadoresmundial foi dominada por pequeno numero <strong>de</strong>empresas multinacionais norte-americanas quepossuíam gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> tecnológica ehabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerenciamento. Com <strong>de</strong>correr dotempo, gran<strong>de</strong> difusão do uso <strong>de</strong> TI econseqüente fragmentação <strong>de</strong> mercado abriramespaço para novas indústrias dos países em<strong>de</strong>senvolvimento e as indústrias <strong>de</strong>stes paísescresceram com a fabricação <strong>de</strong> algunssegmentos <strong>de</strong> produtos padronizados através


Teses <strong>de</strong> Doutorado e Dissertações<strong>de</strong> Mestrado Defendidas (2º Semestre <strong>de</strong> 2003 e 1º semestre <strong>de</strong> 2004), pp. 193 - 202 197da alocação espacial <strong>de</strong> investimento produtivoe do meio <strong>de</strong> transferência tecnológica. Mas atendência do crescimento da produção localcomeçou a diminuir radicalmente a partir dadécada <strong>de</strong> 90. A abertura comercial <strong>de</strong>bilitou acapacida<strong>de</strong> industrial dos países em<strong>de</strong>senvolvimento e sua situação econômicacomeçou a ten<strong>de</strong>r negativamente. Os lí<strong>de</strong>resmundiais começaram a afetar fortemente atomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão da escolha da tecnologia eprodutos a serem <strong>de</strong>senvolvidos localmente eas indústrias nacionais <strong>de</strong> TI começaram aenfrentar maior dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamentoà dinâmica <strong>de</strong> competição em ambos mercados,os internos e os externos. A estrutura industrialficou mais concentrada e as indústrias nacionaistornaram-se <strong>de</strong>bilitadas. Nesse contexto, osgovernos <strong>de</strong> cada país começaram a buscaralternativa nas áreas <strong>de</strong> P & D e na construção<strong>de</strong> infra-estrutura <strong>de</strong> informação para contornaro agravamento das situações industriais <strong>de</strong>forma indireta.Turismo sustentável: realida<strong>de</strong>possível? O caso do município <strong>de</strong>Bertioga, SPLuana Lacaze <strong>de</strong> Camargo CasellaOrientadora: Profa. Dra. Magda A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong>Lombardo FruehaufO objetivo do presente trabalho éenten<strong>de</strong>r se o Turismo Sustentável, atualmentetão alar<strong>de</strong>ado, po<strong>de</strong> tornar-se uma realida<strong>de</strong>em qualquer localida<strong>de</strong> turística que seproponha a alcançá-lo, ou será privilégio <strong>de</strong>elites sociais que custeiam a organização e/oucriação <strong>de</strong> espaços turísticos escolhidos, os nãolugares,transformando o Turismo Sustentávelem mais uma bela utopia, com bonsembasamentos teóricos e férteis discussõesacadêmicas.Para atingir esse objetivo, foramescolhidas, como área <strong>de</strong> estudo, o núcleoPaleoambiente do quartenáriosuperior da Serra <strong>de</strong> Botucatu - SP(Cuestas Basálticas), com ênfasenas ocupações humanasWalter Mareschi BissaOrientador: Prof. Dr. Andreas Attila W. Miklos! ! !! ! !urbano central e a Riviera <strong>de</strong> São Lourenço,ambos no município Bertioga, litoral <strong>de</strong> SãoPaulo, como exemplos, respectivamente, <strong>de</strong>espaços urbanos sem e com a interferência <strong>de</strong>um planejamento na condução <strong>de</strong> suasocupações e utilizações e, portanto, comdiferentes conseqüências na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<strong>de</strong> suas populações, sejam elas fixas ouflutuantes.A escolha <strong>de</strong>ssas duas áreas, <strong>de</strong>ntre todoo município, teve como razão principal,exemplificar situações opostas no uso, ocupaçãoe tratamento do espaço urbano, partindo dapremissa <strong>de</strong> que o Turismo Sustentável começaou se impulsiona pela presença <strong>de</strong> espaçosurbanos organizados ou planejados, o quetambém exigiria um mesmo comportamento porparte dos espaços privados. Isso estimularia aspessoas que usufruem <strong>de</strong>sses espaços, aparticiparem ativamente da vida coletiva, sejabuscando ou reivindicando soluções para osproblemas existentes e melhorias necessárias,seja para a concretização das suas aspiraçõespessoais.As interpretações paleoecológicas sãobaseadas nas análises palinológicas eficológicas do sedimento coletado através <strong>de</strong>sondagem em uma turfeira localizada na Serra<strong>de</strong> Botucatu (município <strong>de</strong> Bofete - SP)Estas interpretações fundamentadas emdiagramas <strong>de</strong> porcentagem e concentração dospalinomorfos, permitem estabelecer 5 ecozonas


198 - GEO<strong>USP</strong> - Espaço e Tempo, São Paulo, Nº 15, 2004Teses <strong>de</strong> Doutoradoque evi<strong>de</strong>nciam entre 26.900 a 7.240 anos APpredomínio <strong>de</strong> vegetação campestre e, <strong>de</strong> 3.640anos AP ao presente predomínio <strong>de</strong> florestarevelando mudanças paleoclimáticasDe modo geral entre 26.900 a 14.650 APos resultados indicam clima frio e seco comoscilações. De 14.650 a 7.240 AP o clima foimais frio e mais seco. Entre 7.240 a 3.640 APhá evidências <strong>de</strong> clima um pouco mais quentee seco. A partir <strong>de</strong> 3.640 AP ao presente, ocorreaumento dos táxons florestais e <strong>de</strong>clínio davegetação <strong>de</strong> campo, associado ao clima maisquente e úmido. Há ca. 2.620 AP um clima umpouco mais seco prepon<strong>de</strong>rou. A pequena baciasedimentar começa a ser colmatada setransformando num pântano (turfeira), commosaicos <strong>de</strong> floresta presentes. A vegetação éconstituída por mosaicos <strong>de</strong> floresta e campo.A análise ficológica utilizando um marcadorpaleoclimático (alga Debarya), permite ai<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> períodos mais ou menos frios,complementando as informações palinológicas.Caracterização do Sistema <strong>de</strong>Abastecimento <strong>de</strong> Água para aGestão dos Recursos Hídricos domunicípio <strong>de</strong> Campo Gran<strong>de</strong> MSFelipe Augusto DiasOrientador: Prof. Dr. Adilson Anasi <strong>de</strong> AbreuA água e a energia solar representamrecursos essenciais para a vida na Terra e paraa socieda<strong>de</strong> humana. O ciclo hidrológicotransforma as paisagens que são resultantesdos tipos <strong>de</strong> rochas, da vegetação e do clima.Em escala crescente a ação humana, osprocessos <strong>de</strong> intemperismo dos minerais dacrosta terrestre, a lixiviação dos solos e otransporte <strong>de</strong> sais minerais em solução,modificam a paisagem. A visão integrada dosmúltiplos usos da água, a necessida<strong>de</strong> doestabelecimento <strong>de</strong> uma estrutura gerencial e,principalmente, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um processoparticipativo <strong>de</strong> planejamento integrado dosvários usos setoriais da água, alertam paraGestão dos Recursos Hídricos. No Cerradobrasileiro, para o aproveitamento racional dos! ! !! ! !recursos naturais, é necessário o emprego <strong>de</strong>tecnologia e <strong>de</strong> investimentos (em capital,energia e conhecimento). As mudançastecnológicas e o nível <strong>de</strong> investimentos po<strong>de</strong>malterar os padrões <strong>de</strong> uso da terra, acarretandodanos ambientais, como a diminuição dabiodiversida<strong>de</strong>, a perda da capacida<strong>de</strong>produtiva e a <strong>de</strong>gradação. No município <strong>de</strong>Campo Gran<strong>de</strong> os mananciais superficiais <strong>de</strong>abastecimento público, são responsáveis peloabastecimento <strong>de</strong> 62% da população urbanado município. A ocupação <strong>de</strong>stes mananciaisreduziu drasticamente a cobertura vegetal pelafalta <strong>de</strong> planificação, causandoincompatibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uso, provocando perdas<strong>de</strong> solo e assoreamento dos córregos ereservatórios. O presente trabalho analisou ocontexto do abastecimento público do município<strong>de</strong> Campo Gran<strong>de</strong> por meio da evolução do usoda terra em diferentes períodos e i<strong>de</strong>ntificou asconseqüências ambientais originadas pelaocupação dos mananciais superficiais <strong>de</strong>abastecimento. Como resultado sãoapresentadas recomendações <strong>de</strong> zoneamentodas áreas, visando subsidiar a Gestão <strong>de</strong>Recursos Hídricos do Município <strong>de</strong> CampoGran<strong>de</strong>, MS.Ibirapitanga: História, distribuiçãogeográfica e conservação do Pau-Brasil (Caesalpinia echinata LAM.,LEGUMINOSAE) do <strong>de</strong>scobrimentoa atualida<strong>de</strong>Yuri Tavares RochaOrientador: Prof. Dr. José Bueno Conti


Teses <strong>de</strong> Doutorado e Dissertações<strong>de</strong> Mestrado Defendidas (2º Semestre <strong>de</strong> 2003 e 1º semestre <strong>de</strong> 2004), pp. 193 - 202 199A ibirapitanga era o nome dado pelosindígenas brasileiros a uma ma<strong>de</strong>ira quefornecia corante vermelho, utilizado para tingirpenas e algodão. Os portugueses, que jáconheciam uma ma<strong>de</strong>ira oriental que tinha amesma função tintorial para tecidos <strong>de</strong> lã, sedae algodão, <strong>de</strong>pois do <strong>de</strong>scobrimento da Terra<strong>de</strong> Santa Cruz, passaram a explorar essama<strong>de</strong>ira americana, que se tornou conhecidapor brasil ou pau-brasil. A história <strong>de</strong>ssa árvoreestá intrinsecamente ligada à história do Brasilpois foi o primeiro produto natural extraído dacolônia portuguesa e constituiu seu primeirociclo econômico. Essa importância e significadoforam expressos <strong>de</strong> forma artística e marcantenas iluminuras dos mapas e cartas produzidospelos mais importantes cartógrafosquinhentistas. A extração, comércio e tráfico dopau-brasil envolveram, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XVI,portugueses, franceses, holan<strong>de</strong>ses,espanhóis, ingleses e, finalmente, brasileiros.A <strong>de</strong>signação da parte sul do Mundus Novus <strong>de</strong>Brasil substituiu a <strong>de</strong> Terra <strong>de</strong> Santa Cruz porcausa da importância do pau-brasil. A origemda palavra Brasil e a justificativa <strong>de</strong>ssaalteração têm várias explicações. O pau-brasilocorre naturalmente no Domínio AtlânticoBrasileiro e tem distribuição geográfica nosestados do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Espírito Santo, Bahia,Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Gran<strong>de</strong> doNorte. O pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam.(Leguminosae-Caesalpinoi<strong>de</strong>ae), é consi<strong>de</strong>radouma espécie em perigo <strong>de</strong> extinção. Há unida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> conservação em alguns dos estados <strong>de</strong> suaocorrência que executam sua conservação insitu. O estado <strong>de</strong> São Paulo <strong>de</strong>sempenhaimportante papel na conservação ex situ <strong>de</strong>ssaespécie, a árvore nacional brasileira. Ainda hácorte ilegal <strong>de</strong> pau-brasil para aten<strong>de</strong>r omercado <strong>de</strong> confecção <strong>de</strong> arcos <strong>de</strong> instrumentosmusicais, pois a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua ma<strong>de</strong>ira paraisso é inigualável.Paulística: A poética do precárioPaisagem, Crônicas e ImaginárioCarlos Alberto ManhiOrientador: Prof. Dr. Adilson Avansi AbreuEssa dissertação tem como escopo aaproximação metodológica entre as ciênciasgeográficas e as literárias, assim, explora-se apercepção da paisagem enquanto um fenômenocomplexo e propício a submeter-se a análisesinterdisciplinares. Da mesma maneira que paraBlanchot um narrador é aquele que conhece aarte <strong>de</strong> comover, parte-se do conceito <strong>de</strong> que oespaço geográfico também possa comover ohomem e estar, ao mesmo tempo, no âmbito daestruturação <strong>de</strong> comportamentos simbólicoscomplexos, como é caso do imaginário coletivo.Para tanto, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos a relevância e a! ! !! ! !importância das crônicas enquanto meio literárioprofícuo, penetrante e abrangente no que tangea apreensão das sensações e intelecções quecircundam o cotidiano e a mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>contemporânea. Assim sendo, constitui-se umaseleção <strong>de</strong> crônicas que lidam com umaespacialida<strong>de</strong> urbana consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> altaentropia. Desta maneira, a intenção é <strong>de</strong>promover uma análise das imagens literáriasmescladas à paisagem paulistana, procurandose,através do contato com narradorescomprometidos com o seu tempo e com o seuespaço, eleger um temário que pu<strong>de</strong>ssecaracterizar subjetivamente a paisagem dacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo nas últimas décadas doséculo XX; espacialida<strong>de</strong> urbana imersa em umaestrutura material <strong>de</strong> cunho científico, isto é,<strong>de</strong>terminada sobretudo pela velocida<strong>de</strong> e pelastecnologias <strong>de</strong> ponta.


200 - GEO<strong>USP</strong> - Espaço e Tempo, São Paulo, Nº 15, 2004Dissertações <strong>de</strong> MestradoDissertações <strong>de</strong> MestradoParques Públicos Urbanos naMetrópole PaulistanaConcepção e uso na produção doespaço urbanoRosalina BurgosOrientador: Prof. Dr. Wagner Costa RibeiroNeste trabalho objetivamos analisar oprocesso <strong>de</strong> criação, os usos e significados <strong>de</strong>alguns parques públicos urbanos da metrópolepaulistana. Para tanto, encontramos asegregação espacial e a dialética do públicoprivadocomo categorias <strong>de</strong> análise a partir dasquais buscamos analisar e compreen<strong>de</strong>r osparques públicos na produção do espaçourbano.Estabelecemos critérios para selecionaralguns parques para estudos <strong>de</strong> caso: origemdas terras (incorporadas à municipalida<strong>de</strong> noprocesso <strong>de</strong> abertura <strong>de</strong> loteamento); entornodo parque (caracterizado pela segregaçãoespacial); relação do parque com o entorno(parques <strong>de</strong>stinados preferencialmente àpopulação local); zona do município <strong>de</strong> SãoPaulo (ao menos um parque para cada zona).Com base nestes critérios selecionamos osseguintes parques: Parque Burle Marx (noPanamby), Parque Santo Dias (no CapãoRedondo), Parque Santa Amélia (no ItaimPaulista), Parque Luís Carlos Prestes (noButantã) e Parque Jardim Felicida<strong>de</strong> (emPirituba).Ainda que tenhamos encontrado aspectosem comum entre os parques estudados, osquais revelam os conteúdos universais doprocesso <strong>de</strong> urbanização, pu<strong>de</strong>mos encontrarparticularida<strong>de</strong>s e especificida<strong>de</strong>s em cada caso,segundo a diferenciação sócio-espacial doslugares on<strong>de</strong> estão inseridos, bem como pelasdistintas formas <strong>de</strong> apropriação <strong>de</strong>stes espaçospelos respectivos públicos que os usam.Os parques urbanos estudados nestapesquisa caracterizam-se por serem públicos esegregados. Assim, revelam os conflitos econtradições do modo <strong>de</strong> produção capitalistada cida<strong>de</strong>, os quais po<strong>de</strong>m ser observados noprocesso <strong>de</strong> segregação espacial implicando naapropriação diferencial da cida<strong>de</strong> para areprodução da vida. Neste contexto, arealização do sentido público <strong>de</strong>stes espaçosencontra-se em permanente conflito com odomínio do privado, seja em função dosinteresses privados envolvidos em seu processo<strong>de</strong> criação e formas <strong>de</strong> apropriação, seja nare<strong>de</strong>finição dos usos e significados do espaçopúblico no processo <strong>de</strong> urbanização emetropolização <strong>de</strong> São Paulo.Cida<strong>de</strong> e Lazer em São PauloRoberto da Silva SilveiraOrientador: Prof. Dr. Francisco Capuano ScarlatoO trabalho realizado visa compreen<strong>de</strong>r ainteração entre cida<strong>de</strong> e lazer e a apropriaçãodos espaços públicos para o lazer <strong>de</strong>ntro docontexto do município <strong>de</strong> São Paulo, no Estado<strong>de</strong> São Paulo.! ! !! ! !Procura realizar uma reflexão crítica sobrea natureza do processo da urbanização <strong>de</strong> SãoPaulo questionando os <strong>de</strong>scaminhos que amesma percorreu em relação à humanização<strong>de</strong>ste espaço. Faz uma análise <strong>de</strong>ssa relaçãocida<strong>de</strong>-lazer-cidadão procurando <strong>de</strong>scobriralgumas possibilida<strong>de</strong>s sobre o uso dos parquesurbanos e em especial um estudo <strong>de</strong> caso doParque do Ibirapuera. A escolha foi <strong>de</strong>finida pelosignificado <strong>de</strong> sua escala <strong>de</strong> importância emrelação aos <strong>de</strong>mais parques da cida<strong>de</strong>.


Teses <strong>de</strong> Doutorado e Dissertações<strong>de</strong> Mestrado Defendidas (2º Semestre <strong>de</strong> 2003 e 1º semestre <strong>de</strong> 2004), pp. 193 - 202 201Do passado ao futuro dosmoradores tradicionais da EstaçãoEcológica Juréia-Itatins/SPMárcia NunesOrientadora: Profa. Dra. Regina A. <strong>de</strong> AlmeidaAs Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação (UC’s)ambientais foram criadas com os objetivos <strong>de</strong>(1) “dar proteção” às áreas naturais ainda não<strong>de</strong>gradadas e com rica biodiversida<strong>de</strong> e belezacênica (2) serem preservadas como memória <strong>de</strong>um passado ambiental dilapidado ao longo dahistória da humanida<strong>de</strong>. Neste trabalho discutesea conservação da biodiversida<strong>de</strong> através dacategoria <strong>de</strong> UC’s <strong>de</strong> PROTEÇÃO INTEGRAL. Trata-se,<strong>de</strong> uma categoria que não permite a existência<strong>de</strong> moradores e uso no interior <strong>de</strong> seus limites,sendo seu principal objetivo a preservação danatureza, admitindo-se apenas o uso indireto<strong>de</strong> seus recursos naturais. A área <strong>de</strong> estudoescolhida foi a Estação Ecológica Juréia-Itatins/SP, localizada no Vale do Ribeira, litoral sul <strong>de</strong>Nor<strong>de</strong>ste do Brasil: formação sociale <strong>de</strong>senvolvimento regionalJosé Nivaldo da SilvaOrientador: Prof. Dr. Luiz A. <strong>de</strong> Queiroz AblasA consolidação <strong>de</strong> um mercado nacional,em meados dos anos 1950, tem como centrodinâmico o Centro-Sul do país. As <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>sregionais atribuídas a esse processoapresentavam tendências a um maioraprofundamento. Enquanto no Nor<strong>de</strong>ste o setordinâmico achava-se representado pelo setorexportador, em franca <strong>de</strong>cadência, no Centro-Sul, o processo <strong>de</strong> industrialização porsubstituição <strong>de</strong> importações assinalava odinamismo econômico, iniciado pro volta dosanos 1930 com a crise do mo<strong>de</strong>lo agroexportadorbaseado na economia cafeeira.! ! !! ! !São Paulo. Possui área <strong>de</strong> 79.230 ha e abrangeparte dos municípios <strong>de</strong> Peruíbe, Iguape, Itaririe Miracatu. O objetivo da pesquisa é analisaras transformações na ocupação do espaço, nasrelações sociais, produtivas e culturais<strong>de</strong>correntes da transformação da Juréia emestação ecológica. Quando <strong>de</strong>limitamos áreaspara conservação estamos criando novasfronteiras sob territórios já existentes. Estasnovas fronteiras <strong>de</strong>srespeitam os vínculos <strong>de</strong>i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> cultural-mítica-simbólica que unepopulação pré-existente nessas áreas. Formamsedois grupos: os que já estavam lá e os quevieram <strong>de</strong> fora. Cada um dos grupos tem leiturassimbólicas e necessida<strong>de</strong>s materiais diferentesem relação ao território. Instala-se a idéia <strong>de</strong>rompimento e não <strong>de</strong> cooperação entre osgrupos. Estamos num ponto <strong>de</strong> inflexão: ououvimos o que os moradores tradicionais dasUnida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação têm a nos dizer e nosensinar, ou nos resignamos a assistir seu<strong>de</strong>saparecimento enquanto grupo socialpossuidor <strong>de</strong> riquíssima cultura e saberesacumulados durante muitas gerações, narelação com o meio natural.Desse modo, a mo<strong>de</strong>rnização regional, combase na industrialização, foi proposta para oNor<strong>de</strong>ste como a forma mais rápida para aredução do seu atraso relativo. Este trabalhoprocura refletir o <strong>de</strong>senvolvimento regionalenquanto <strong>de</strong>sdobramento do mo<strong>de</strong>lo<strong>de</strong>senvolvimentista nacional. Apresenta umaavaliação das ações mais significativas damo<strong>de</strong>rnização regional, mostrando tambémseus limites. Dispensa particular interesse aoplanejamento regional, esten<strong>de</strong>ndo a análiseà escala local, sendo <strong>de</strong>dicada especial atençãoà questão agrária e ao problema hídrico.Questiona a mo<strong>de</strong>rnização conservadora, cujas<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais refletem <strong>de</strong> certo modoa permanência das elites tradicionais no po<strong>de</strong>r.Utiliza a hipótese <strong>de</strong> que o <strong>de</strong>senvolvimentoregional apresenta contradições inerentes àformação sócio-espacial regional, em suaarticulação com o nacional e o internacional, nomovimento da História.


202 - GEO<strong>USP</strong> - Espaço e Tempo, São Paulo, Nº 15, 2004Forjar da terra o milagre do pãoassentamento Timboré-Andradina/SPSelma Ribeiro Araújo MichelettoOrientador: Prof. Dr. Ariovaldo Umbelino <strong>de</strong>OliveiraEste trabalho é um esforço <strong>de</strong> escuta eentendimento <strong>de</strong>sse protagonista das lutasnessa região do Estado, <strong>de</strong> forma geral e doAssentamento Timboré em particular. A terra queprocuram, o território que fazem, não cabem<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> esquemas conceituais. Reivindicamoutra teoria, outra geografia. Transcen<strong>de</strong>m e,no entanto, o fazem no e pelo cotidiano. Ocaminho que utilizamos para proce<strong>de</strong>r essaescuta foi o seguinte: <strong>de</strong>senvolvemos os temasligados ao conceito <strong>de</strong> território eterritorialida<strong>de</strong>, as premissas teóricas docotidiano e da história oral e nossa filiaçãometodológica e teórica frente à ciênciageográfica. Dedicamo-nos ao estudo daQuestão Agrária no Brasil num esforço <strong>de</strong>contextualização do tema na história do Brasil.Na seqüência, <strong>de</strong>senvolvemos uma análise doDocumento Igreja e Problemas da Terra daCNBB <strong>de</strong> 1980 e sua importância para acompreensão <strong>de</strong>ssa consciência forjada no seiodo movimento. Promovemos uma retrospectivahistórica da região e dos movimentos sociais.Tratamos da construção <strong>de</strong> um novo paradigmaterritorial pelos agentes da luta pela terra noAssentamento Timboré. Finalmente, <strong>de</strong>dicamonosao processo histórico <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> umnovo paradigma territorial e dos agentes daluta e ao significado do conceito <strong>de</strong> terra <strong>de</strong>trabalho como princípio organizativo domovimento e articulador do projeto histórico dogrupo.

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