ARROZ Período: 28/05 a 1º/06/2012 /09/2011 - Conab
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<strong>ARROZ</strong> <strong>Período</strong>: <strong>28</strong>/<strong>05</strong> a <strong>1º</strong>/<strong>06</strong>/<strong>2012</strong>/<strong>09</strong>/<strong>2011</strong>Quadro I - PREÇO PAGO AO PRODUTOR – arroz em casca - (em R$/unidade)Centros deProduçãoUnid.12meses<strong>Período</strong>s anteriores4semanas1semanaMédia domercadoSemana atualCompostoatacado(fardo de 30 kg)PreçoMínimoPelotas (RS) (1) 50 kg 19,68 27,46 <strong>28</strong>,31 <strong>28</strong>,48Sorriso (MT) (1) 60 kg 25,00 26,00 26,00 <strong>28</strong>,34Notas: (1) Longo Fino, tipo 1, rendimento 58 x 10, sem impostosTipo 1 = 39,91Tipo 2 = 38,39Tipo 1 = 35,45Tipo 2 = 34,0425,80<strong>28</strong>,23Quadro II - PREÇO NO ATACADO – Arroz beneficiado (R$/fardo de 30 kg)Centros de comercialização<strong>Período</strong>s anterioresSemana atual12 4 1 Média do Decomposiçãomeses semanas semana mercado até o produtorSão Paulo – Tipo 1 41,95 46,72 47,89 47,83 33,68 (1)São Paulo – Tipo 2 38,13 42,20 42,20 42,20 40,24 (2)Notas: (1) Tipo 1, decomposto até o produtor em Pelotas (RS), em R$/50 kg(2) Tipo 2, decomposto até o produtor em Sorriso (MT), em R$/60 kgQuadro III - PREÇO INTERNACIONAL e PARIDADE DE IMPORTAÇÃO - Arroz beneficiadoCentros deReferência 12meses<strong>Período</strong>s anteriores (US$/t)4semanas1semanaMédia domercado(US$/t)ImportaçõesEfetivas(US$/t)(3)Semana atualParidade importaçãoProdutorAtacadoSão RS MTPaulo (R$/50kg) (R$/60kg)460.00 590.00 611.00 6<strong>05</strong>.00 57.52 44,<strong>28</strong> 43,80Tailândia,FOB BangkokArgentina, C+FUruguaiana515.00 575.00 580.00 580.00 483.79 48,70 38,75 35,71Uruguai, C+FChuí/Jaguarão5<strong>05</strong>.00 575.00 580.00 580.00 527.03 48,70 38,75 35,71EUA, FAS LakeCharles515.00 520.00 540.00 555.00 50,89 38,70 38,82Câmbio: Média utilizada: R$ 2,0075/US$Nota: (3) Importações efetivas arroz branco/polido, segundo o sistema AliceWeb, em abril de <strong>2012</strong>.−Todos os preços são calculados pela média das observações de segunda-feira a sexta-feira da semana em curso.Fonte dos dados primários: Mercado - Elaboração: <strong>Conab</strong>/Sugof/GerabO arroz continua em processo de valorização com o fim da colheita e restrição daoferta. Nesta semana, tomando-se por base as cotações em Pelotas (RS), o arroz longofino tipo 1, com 58% de inteiros e 10% de quebrados foi negociado por R$ <strong>28</strong>,48 por 50kg, alta de 0,60% na semana, o que resultou em elevação de 3,71% no mês e 44,72% noano. No Mato Grosso, baseado na cotação em Sorriso, nota-se ganho de 9,00% nasemana, que refletiu em igual proporção na média estadual, correspondendo a umaumento de 13,36% em relação ao ano passado.No atacado, base cidade de São Paulo (SP), nota-se que o arroz longo fino tipo 1Este texto pode ser reproduzido, por qualquer meio, desde que seja citada a fonte.1 / 6
a) Oferta total:a.1. Estoque inicial: o estoque inicial de uma safra é o estoque final da safraanterior, ou seja, o estoque inicial da safra de arroz brasileiro <strong>2011</strong>/12 e o quesobrou em 29/02/<strong>2012</strong>, da safra 2010/11. Essa variável é o resultado datransposição de produto de uma safra para outra.a.2. Produção: a produção brasileira é obtida pela <strong>Conab</strong>, por meio de pesquisade campo, de dois em dois meses, intermediada por pesquisa via telefone, juntoaos principais informantes. Para o trabalho de campo a Companhia segmentou asprincipais regiões produtoras em roteiros, onde estão identificados informantesqualificados que têm profundo conhecimento da produção de arroz, naquelalocalidade. Em datas programadas um técnico da <strong>Conab</strong> visita esse informante eobtém dele uma série de dados que são submetidos a um sistema deprocessamento, gerando as previsões de safra que são divulgadas regularmente.Em todos os roteiros, além dos informantes principais que geram a base dainformação a ser computada, existem, também, os informantes secundários usadoscomo contraponto para ajudar no ajuste das informações levantadas. Deve-se terem mente que esse sistema é chamado de levantamento subjetivo, pois o dado éobtido via entrevista a um informante, sem uma confirmação efetiva, ou seja,depende do sentimento desse entrevistado.A despeito da seriedade na seleção dos informantes e na confiança que a<strong>Conab</strong> deposita em suas informações, é sempre desejável que se tenha sistemasde pesquisas objetivas onde a influência do sentimento humano seja mitigada.Nesse sentido, a <strong>Conab</strong> vem investindo, há mais de dez anos, no desenvolvimento,juntamente com a comunidade científica, de sistema de cálculo de área porimagem de satélite e de outro sistema para projetar a produtividade por tratamentode imagem espectral.a.3. Importação: os dados utilizados pela <strong>Conab</strong> para o cálculo das importaçõesrealizadas são obtidos no sistema AliceWeb, do Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio (MDIC). Nesse caso, como o Brasil importa arroz com váriosgraus de industrialização, tomam-se os dados originais e os convertem para arrozem casca, de modo que os dados do quadro de suprimento são sempre divulgadosem base casca.Já para as importações futuras são feitas projeções que podem sermodificadas à medida que as condições de mercado assim indicam. Destamaneira, o analista de mercado verifica o volume de produção, o consumo e ospreços internos, a oferta e preços no mercado internacional, taxa de câmbio, evários outros elementos, estimando o volume que pode ser objeto desse tipo detransação. A seguir, ou até antes, são ouvidos os operadores desse mercado(indústrias que importam e exportam, operadores de mercado internacional, dentreoutros) e com esses elementos finaliza-se as projeções e é feita a divulgação daprevisão.b) Consumo total:b.1. Consumo interno: o consumo interno é projetado levando em conta trêsEste texto pode ser reproduzido, por qualquer meio, desde que seja citada a fonte.3 / 6
segmentos:b.1.1. perdas: tomando-se por base estudos técnicos elaborados no passado, sãoestimadas as perdas que ocorrem da fase lavoura, até o consumidor final.Essas perdas são sempre computadas em relação ao volume de safras decada ano.b.1.2. uso em sementes: são levados em conta os pacotes tecnológicosadotados nos levantamentos de custos de produção para cadaecossistema de produção (irrigado ou terras altas). Assim sãoseparadas as áreas de arroz de terras altas das de irrigado emultiplicadas pela quantidade de sementes que se usa em cada umdos ecossistemas. Durante o ano comercial são feitas estimativasprojetando a quantidade de terras que serão plantadas no ano posteriore, no fechamento da safra. Com a área já semeada esses números sãoajustados à realidade.b.1.3. Consumo humano e industrial: é consenso que no Brasil não se dispõede boas projeções de consumo de produtos. A única fonte segura eoficial que se tem do consumo de arroz, assim mesmo paraalimentação humana, são as Pesquisas de Orçamento Familiar (POF),elaboradas pelo IBGE, periodicamente. Entretanto, se tomar oconsumo per capita ali retratado, corre-se riscos enormes, já que sereferem ao consumo domiciliar em dez regiões metropolitanas, nãoespelhando, portanto, o consumo nacional do produto.Entretanto, na POF 2008/20<strong>09</strong>, a pesquisa foi abrangente, envolvendotodo o Brasil, inclusive a área rural. Tomando-se os dados divulgados econvertendo-os para arroz em casca, chega-se a conclusão que obrasileiro consome aproximadamente 36,7 kg de arroz por ano.Considerando que a população do Brasil em 20<strong>09</strong>, ano da pesquisa,era de 191,5 milhões de habitantes, resulta no consumo de 7,0 milhõesde toneladas, ou seja, bem abaixo da nossa expectativa. É certo que oconsumo de arroz no Brasil, embora seja o mais importante, não se dásó para consumo humano e a <strong>Conab</strong> nas suas projeções tratadasdesses outros usos, daí resultando em quantidades superiores àscomputadas se levar em conta apenas os dados da POF.b.2. Exportação: tem a mesma origem e tratamento dos dados que foi relatado nocaso das importações.c) Estoque finalc.1. Estoques públicos: é constituído pela totalidade de produto que o GovernoFederal mantém em seus estoques em decorrência das políticas de apoio àcomercialização que geram aquisições (Aquisição do Governo Federal – AGF,Contrato de Opção de Venda – COV e Programa de Aquisição de Alimentos –PAA). Quanto mais o Governo executa esses tipos de operações sem que oproduto tenha condições de retornar ao mercado, mais estoques são formados.c.2. Estoques privados:Por força do Art. 9º, da Lei nº 9.973, de 29/<strong>05</strong>/2000, regulamentada pelo Decreto nº3.855, de 03/07/2001, os armazenadores são obrigados a informar ao Ministério daEste texto pode ser reproduzido, por qualquer meio, desde que seja citada a fonte.4 / 6
toneladas de estoques públicos (461,4 mil toneladas de AGF, 1.253,5 mil toneladas decontrato de opções e 11,5 mil toneladas de agricultura familiar) e mais as 766,1 miltoneladas. Com o ajuste citado anteriormente este passará para 2.569,2 mil toneladas.No tangente ao número da safra, em sua divulgação de maio de <strong>2012</strong>, foram feitosalguns ajustes em razão de divergências nas quantidades produzidas nas safras 2007/08e 2008/<strong>09</strong>, compatibilizando-os com os dados divulgados do sitio da <strong>Conab</strong>. Para apresente safra foi feito o ajuste em razão do levantamento de campo realizado, resultandoem redução de 168,5 mil toneladas.Nas quantidades das exportações e importações efetivas não houve modificações,sendo os dados do AliceWeb, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércioapenas convertidos para base casca. Com respeito às projeções publicadas nasdivulgações anteriores a maio, a despeito do cenário internacional e do ímpeto exportadorda cadeia produtiva brasileira, indicava-se saldo negativo do produto, pois os números doquadro de suprimento não permitiam outro raciocínio.Contudo, com a incorporação dos estoques privados o cenário mudou e pode-sefazer os ajustes necessários. Em maio de <strong>2012</strong>, considerando o câmbio daquele mês, ospreços internacionais e as condições de mercado, pode-se igualar as importações àsexportações. Entretanto, com a elevação do câmbio, mas especialmente pelo fato de queforam exportadas 342,8 mil toneladas base casca nesses dois meses, é possível que sechegue ao final do ano comercial com saldo positivo na balança específica, autorizandoassim a Companhia a fazer os ajustes. É certo que a <strong>Conab</strong> continuará analisando osmercados e fazendo os ajustes, sempre que necessário.Nota-se, pois, que do lado da demanda total tem-se duas variáveis indefinidas eque exercem pressões de formas invertidas: o consumo, quanto maior, dá maissustentação aos preços internos, pois reduz a oferta; já o estoque final age em sentidocontrário, pois sua existência exerce pressão baixista nos preços. Assim, a melhor formade ter segurança nesses dados seria fazer a efetiva contabilização dos mesmos porlevantamentos. No caso do consumo já foram colocadas as dificuldades existentes. Dealguns anos para cá a <strong>Conab</strong> vem buscando, inclusive com discussões na CâmaraSetorial, meios de obtê-los com segurança. Com respeito aos estoques de passagem, aCompanhia havia feito os levantamentos em <strong>28</strong>/02/2007, <strong>28</strong>/02/2008 e 29/02/<strong>2012</strong>, assimespecificados: 1.199,1 mil toneladas, 613,3 mil toneladas e 843,1 mil toneladas,respectivamente.Desta maneira, com essas informações foram estimados os consumos e estoquesfinais e iniciais, no período de 2007/08 <strong>2011</strong>/12, resultando nos dados mostrados noQuadro de Suprimento divulgado neste levantamento de safras.Paulo Morceli – Técnico de Arroz – Fone (61) 3312-6250, (61) 9994-1<strong>05</strong>0 e Fax (61)3321-2029 – paulo.morceli@conab.gov.br - www.conab.gov.brEste texto pode ser reproduzido, por qualquer meio, desde que seja citada a fonte.6 / 6