L+D 55
Edição 55 : Setembro/Outubro - 2015
Edição 55 : Setembro/Outubro - 2015
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R$ 19,20
AIGAI SPA , SÃO PAULO (BRASIL)
E MAIS: THE FAT DUCK, MELBOURNE (AUSTRÁLIA) | ICI BRASSERIE, SÃO PAULO (BRASIL)
PAVILHÃO BRITÂNICO NA EXPO 2015, MILÃO (ITÁLIA) | ESPECIAL: SEMANA DA LUZ
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REPRESENTANTE OFICIAL
Pendentes Spoke, Foscarini, arandelas Io e abajur Volée, FontanaArte e abajur Hexx, Diesel with Foscarini.
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Encontre um de nossos showrooms através do www.lightdesign.com.br
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sumário
setembro/outubro 2015
edição 55
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44
50
56
62
66
agenda
¿Que Pasa?
AIGAI spa
Pavilhão Britânico Expo 2015
ICI Brasserie Bela Cintra
The Fat Duck
Apartamento Higienópolis
semana da luz
62
56
8 9
50
André Hänii
AIGAI SPA
Iluminação: Ana Spina Lighting
Designer
Publisher
Thiago Gaya
Editores
Orlando Marques e Thiago Gaya
DIRETORA DE ARTE
Thais Moro
EDITORIAL
Abrimos esta edição extremamente felizes com o sucesso da
Semana da Luz 2015. Todas as ações desenvolvidas de 16 a 21 de
agosto, incluindo o Workshop Internacional de Iluminação e o
6º LEDforum, foram um grande sucesso – de crítica e de público
– e envolveram mais de 500 profissionais de todas as partes do
Brasil e de outros países. Logo após o término do LEDforum, foi
realizada uma pesquisa de satisfação junto aos congressistas e
patrocinadores. Nada menos do que 97% dos participantes, em
sua avaliação geral, apontaram o evento como “bom ou excelente”.
Indagados se retornarão em 2016, 71% responderam que “com
certeza”, 29% responderam que “provavelmente” e nenhum
participante respondeu que não participará. Esses números
dão uma boa ideia do grau de satisfação de congressistas e
patrocinadores e do estágio da qualidade que o LEDforum atingiu.
De todos os elogios, comentários, críticas e sugestões que
recebemos ao longo dos eventos da Semana da Luz, um em
particular foi muito repetido: “como vocês conseguiram realizar
um evento deste nível e qualidade nessa recessão que o país
enfrenta?”. Bem, confessamos que não é fácil. É necessário uma
frequente colaboração e troca de ideias com todos os setores da
nossa indústria, além de uma abordagem inovadora na elaboração
e produção do evento em si e, claro muito, muito trabalho.
Para quem não pôde comparecer, preparamos duas matérias
sobre a Semana da Luz. Uma contando um pouco do workshop
Luz Para Coexistência, organizado pela AsBAI em conjunto com a
Revista L+D e outra apresentando as palestras do 6º LEDforum.
E como acreditamos que o único remédio em tempos de
retração é mais trabalho e parcerias, aproveitamos a oportunidade
para informar que já temos um encontro marcado no 7º LEDforum,
em agosto de 2016.
REPORTAGENS DESTA EDIÇÃO
André Becker, Carlos Fortes,
Débora Torii, Valentina Figuerola e Waleria Mattos
IMPRESSA POR
PUBLICADA POR
REVISÃO
Deborah Peleias
ADMINISTRAÇÃO
Richard Schiavo
Telma Luna
CIRCULAÇÃO E MARKETING
Márcio Silva
PUBLICIDADE
Lucimara Ricardi | diretora
Bruna Oliveira | assistente
PARA ANUNCIAR
comercial@editoralumiere.com.br
t: 11 2827.0660
PARA ASSINAR
assinaturas@editoralumiere.com.br
t: 11 2827.0690
tiragem e circulação auditadas por
Boa leitura
Thiago Gaya e Orlando
Editora Lumière Ltda.
Rua Catalunha, 350, 05329-030, São Paulo SP, t: 11 2827.0660
www.editoralumiere.com.br
10 11
Nelson Azevedo
agenda
FOCA – Luz em Ação
O workshop FOCA – Luz em Ação acontecerá de 21 e 24
de outubro em Porto Alegre, como parte das programações
do L-RO para o Ano Internacional da Luz e Tecnologias
Relacionadas, IYL2015.
Buscando alavancar a discussão sobre a luz e o seu papel
na criação de espaços mais harmoniosos dentro da escala
urbana, o workshop terá como objeto de trabalho o complexo
arquitetônico do Vila Flores, discutindo e testando de que forma
a luz pode somar na revitalização deste espaço e seu entorno.
Projetado no final da década de 1920 pelo arquiteto alemão
Josef Lutzenberger e hoje tombado pelo IPHAN, o Vila Flores
tem sido palco de diversas atividades culturais que buscam
chamar a atenção para a importância da região onde está
inserido, levantando questões acerca da cidade que queremos,
pensamos e projetamos.
FOCA – Luz em Ação
Porto Alegre, RS
21 a 24 de outubro
Informações e inscrições: foca.luz.acao@
gmail.com
freeimages.com
PLDC em roma
Acontece de 28 a 31 de outubro a quinta edição do PLDC –
Professional Lighting Design Convention. O grande congresso,
bienal e itinerante, desembarca em Roma com expectativa de
público de 1.500 participantes.
Como nos anos anteriores, o conteúdo do evento, que reúne
aproximadamente 70 palestras, será construído sobre quatros
plataformas. Aplicação e Estudo de Casos, Pesquisa e Prática
Profissional são as três plataformas básicas que se repetem a cada
edição. A quarta vertente é definida de acordo com o momento
vivido pelo mercado e estabelece a orientação da edição. Neste ano
o tema é “Luz e Cultura”, plataforma sobre a qual serão apresentados
projetos recém-inaugurados, indicando como a luz transformou
espaços culturais e como diferentes culturas a percebem.
Professional Lighting Design Convention
Roma, Itália
28 a 31 de outubro
pld-c.com
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www.complexitygraphics.com & mathrioshka.ru
¿QuÉ Pasa?
Abstrações
Gráficas
Inspirada pela simplicidade e harmonia encontradas em
elementos matemáticos, a artista digital russa Tatiana Plakhova
desenvolve o que ela define como abstrações gráficas: complexos
trabalhos visuais e interativos baseados em padrões lógicos,
biológicos, geológicos e culturais.
À frente do estúdio Complexity Graphics, a designer exibiu
uma de suas mais recentes criações, a instalação interativa “Antrum”,
durante o mês de maio na galeria MARS, em Moscou. O projeto,
ainda em desenvolvimento, até o momento é composto por 40
imagens tridimensionais – das quais apenas oito foram exibidas
neste primeiro momento – geradas por meio de um código
concebido especialmente para este trabalho.
Partindo de abstrações matemáticas mescladas a formas
naturais, as complexas estruturas resultantes foram projetadas em
uma membrana têxtil instalada no local, na qual os visitantes podiam
tocar e experimentar diferentes resultados visuais em resposta aos
seus movimentos. A forma geometrizada do tecido, baseada em
estruturas paramétricas, exerceu papel igualmente importante
no resultado final da instalação, que “remete a uma gruta, em cuja
superfície parecem habitar estranhas criaturas”, define Tatiana.
O projeto tem sido desenvolvido ao longo dos últimos
dois anos em colaboração com os designers Vadim Smakhtin
e Eduard Haiman, do também russo estúdio Mathrioshka, que
tiveram participação crucial na programação das imagens e do
design do espaço.
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The Wabash Lights
¿QuÉ Pasa?
De Chicago, Com Orgulho
Configurações urbanísticas recorrentes em diversas cidades
do mundo, as vias elevadas muitas vezes acabam por interferir
na paisagem urbana.
Uma delas, no entanto, está prestes a receber uma
intervenção artística inédita e pioneira, que tem a intenção
de requalificar a região na qual se insere. Trata-se do
elevado ferroviário sobre a Wabash Avenue, localizada no
distrito de Loop, centro financeiro de Chicago, Estados
Unidos. “The Wabash Lights” propõe uma instalação
luminosa interativa sob o elevado, que será composta por
aproximadamente cinco mil luminárias tubulares com LEDs
RGB programáveis.
O grande diferencial do projeto, além da sua escala – com
extensão total de mais de 6 km –, é a interatividade. A partir de
um site ou aplicativo, os designers pretendem permitir que o
público crie e programe as suas próprias sequências de cores,
fazendo com que os resultados finais sejam bastante dinâmicos
graças à tecnologia a ser utilizada, que possibilita o controle
individual dos tubos luminosos a cada 3 cm.
Trabalhando no projeto há quatro anos, os designers
Jack C. Newell e Seth Unger encontraram, na cada vez mais
popular tendência das plataformas de financiamento coletivo,
a oportunidade de tirar finalmente a sua ideia do papel. A bem-
sucedida campanha de arrecadação aconteceu durante junho
e julho, visando angariar apenas o montante necessário para,
em conjunto com o Departamento de Trânsito de Chicago,
implantar um pequeno trecho teste, além dos custos para
a elaboração do website no qual ocorrerá o processo de
interatividade.
Esta versão beta, como foi chamada por seus criadores,
funcionará por 12 meses, permitindo a prevenção e solução
de eventuais questões técnicas e de segurança – decorrentes,
por exemplo, da influência do clima e das vibrações dos
trilhos nos equipamentos e da interação das luzes com o
trânsito de automóveis.
Os moradores de Chicago sentem tradicionalmente um
grande orgulho cívico por sua cidade, cuja cultura de arte
pública é bastante rica. Com a implantação de “The Wabash
Lights”, os designers esperam impulsionar ainda mais esse
sentimento, além de promover a requalificação da região
por meio do possível incremento na sensação de segurança
e embelezamento da paisagem, o que atrairá maior público,
tanto local como turistas, além de encorajar a instalação de
novas empresas e comércio.
“A obra de arte pública em questão não são os tubos
luminosos, mas, sim, a oportunidade de qualquer um criar a
sua própria experiência. Estamos criando uma tela na qual
todos possam se expressar”, define Newell.
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¿QuÉ Pasa?
Jim Campbell
Ritmos de Luz
Imagens: cortesia do artista
Aconteceu entre abril e junho deste ano a exposição “Jim
Campbell. Ritmos de Luz”, primeira exibição antológica do
artista norte-americano Jim Campbell na Espanha. Contando
com aproximadamente 30 obras de sua produção, a mostra foi
montada no Espacio Fundación Telefónica, em Madri.
Formado em engenharia eletrônica pelo prestigioso MIT
(Instituto de Tecnologia de Massachussetts), Campbell é um dos
pioneiros na utilização de ciência e tecnologias digitais na arte,
tendo se dedicado nas últimas décadas ao desenvolvimento de
instalações utilizando predominantemente LEDs.
A mostra espanhola, realizada em colaboração com o
centro cultural escocês Dundee Contemporary Arts, explorou
essencialmente os limites da percepção de seus visitantes a partir
de provocantes e desafiadoras instalações escultóricas de vídeo e
de luz.
Os trabalhos exibidos se dividem em instalações, obras de
imagens fixas e obras de baixa resolução, como a série “Home
Movies 1040”. Fazendo uso basicamente de LEDs, projetores,
frames de vídeos, imagens pixeladas, sons, circuitos eletrônicos,
telas, filtros e difusores como elementos base para suas criações,
Campbell proporciona, por meio da manipulação desses
elementos, reflexões sobre a maneira como o ser humano
processa e decodifica informações visuais.
Como parte do catálogo da exposição, foi desenvolvido
um aplicativo gratuito que conta com uma ferramenta de
reconhecimento de imagens, permitindo a visualização das
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G r a v i t y L i g h t
¿QuÉ Pasa?
O Poder da
Gravidade
Parece inacreditável que, em pleno século XXI ainda
haja bilhões de pessoas vivendo sem acesso à eletricidade
e dependendo de fontes luminosas perigosas e poluentes,
como as lamparinas à base de querosene.
Buscando uma alternativa para eliminar os riscos e
elevados custos decorrentes do uso desta substância – que
pode chegar a consumir até 30% da renda mensal das famílias
mais carentes –, os britânicos Martin Riddiford e Jim Reeves
criaram GravityLight, um equipamento inovador capaz de
gerar luz a partir da força da gravidade, dispensando o uso de
baterias ou energia elétrica e solar.
O mecanismo é bastante simples, funcionando por meio
da suspensão de um contrapeso de 12 kg (que pode ser
constituído por pedras, areia etc.), cuja descida aciona um
gerador de corrente direta, responsável pelo acendimento
do LED integrado ao equipamento. Como resultado, a
iluminância obtida é até cinco vezes maior do que aquela
gerada pelas lamparinas de querosene, consumindo apenas
um décimo de watt. O tempo de duração do ciclo varia de
acordo com a altura da instalação do equipamento e é de 20
minutos, no máximo. Adicionalmente, o pacote acompanha
duas luminárias adicionais, as SatLights, que podem ser
conectadas à GravityLight, permitindo a obtenção de ainda
mais luminosidade por meio de um único aparelho.
Após uma primeira campanha experimental de muito
sucesso entre 2012 e 2013, quando foi lançada e testada
a primeira versão da luminária, a equipe da GravityLight
Foundation – uma organização sem fins lucrativos formada
por uma equipe de colaboradores com vasta experiência em
design e marketing de produtos – lançou neste ano, no site de
financiamento colaborativo Indiegogo, uma nova campanha
intitulada “GravityLight 2: Made in Africa”, visando a captação de
fundos para a produção de uma segunda versão do dispositivo,
aprimorado a partir do feedback obtido após a primeira
experiência. A nova campanha se encerrou em julho e contou
com mais de 2.700 apoiadores, que financiaram 129% do valor
inicial almejado. Desta vez, o financiamento será utilizado
também para a constituição de uma linha de produção no
Kenya, que possibilitará a geração de empregos e novos meios
de subsistência para aqueles que fabricarem e venderem
as luminárias. O preço final de venda do equipamento ainda
não foi definido, porém espera-se que, para as famílias mais
carentes, o custo se pague em semanas, de forma a encorajálas
a abandonar o querosene. Também está sendo estudada
a possibilidade de negociação com governos, ONGs e
empresários que queiram contribuir e, desta forma, financiar as
atividades de caridade da GravityLight Foundation.
20 21
Ellen Sollod
¿QuÉ Pasa?
Puget Sound Energy Art
por Ellen Sollod
A artista norte-americana Ellen Sollod inaugurou recentemente um
de seus trabalhos mais desafiadores, comissionada pela concessionária de
energia e gás natural do estado norte-americano de Washington, a Puget
Sound Energy. A tarefa consistiu em transformar a nova torre de transmissão
elétrica da companhia, a ser instalada na cidade de Redmond, em um
elemento visual interessante a partir de uma intervenção artística.
A inovadora solução proposta por Sollod teve como inspiração o
próprio caráter industrial do local da intervenção, também funcionando,
inteligentemente, como um comunicador da sua função, sem a necessidade
de palavras ou qualquer sinalização extra. Treze anéis em aço inoxidável
foram instalados ao redor do poste, com espaçamentos proporcionalmente
maiores de acordo com a altura da instalação. Estes elementos trabalham
como suporte para luminárias LED lineares flexíveis, cuja superfície difusa e
brilhante remete a antigos equipamentos de néon.
Por meio de um sistema de controle DMX, a artista desenvolveu uma
programação de 20 minutos, na qual ilustra a sequência de cores da
escala Kelvin, desde o vermelho, no anel inferior, até o azul, no topo. A
programação simula, ainda, um movimento de energia, como se pulsasse
em direção ao topo do poste.
Sollod classifica a instalação como “metafórica e literal”, transmitindo
um senso tecnológico com a sua imagem diurna e celebrando o poder da
eletricidade por meio do jogo de luzes à noite. O toque especial ficou por
conta da pintura do poste na cor azul, o que causa a impressão de que os
anéis luminosos estão flutuando em meio ao céu noturno da cidade.
22 23
Vivid Sydney
¿QuÉ Pasa?
Sydney Vívida
O festival “Vivid Sydney”, maior evento ao ar livre de
iluminação, música e intercâmbio de ideias do mundo,
anualmente sediado na mais populosa cidade australiana,
fechou a sua sétima edição com um público recorde, com mais
de 1,7 milhão de visitantes.
A edição de 2015 aconteceu de 22 de maio a 8 de junho,
contando com mais de 80 instalações de luz e projeções criadas
por artistas de mais de 20 países, além de 150 eventos ligados
ao fórum de ideias e cerca de 70 performances musicais.
Entre os destaques deste ano, instalações interativas –
como “Swing Glow”, composta por balanços iluminados cujas
cores se alteram de acordo com o movimento – e projeções
mapeadas – em especial as realizadas nas icônicas fachadas
da Sydney Opera House e da Universidade de Sydney – foram
responsáveis por mesmerizar o público, proveniente de todos
os continentes especialmente para o evento.
Ocupando, a cada ano, uma área maior da zona portuária
da cidade e seu entorno, o festival foi, desta vez, integralmente
alimentado por energia renovável certificada, em complemento
a diversas outras iniciativas sustentáveis, como o incentivo ao
uso do transporte público pelos visitantes e o emprego de
tecnologias eficientes nas instalações. “Apesar de abranger
uma área cada vez maior, a pegada ecológica do evento em
2015 foi reduzida”, salienta Stuart Ayres, Ministro do Comércio,
Turismo e Grandes Eventos do Estado de New South Wales.
Alguns vídeos e imagens das instalações do festival podem
ser conferidos no link vividsydney.com/media-centre.
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¿QuÉ Pasa?
PORCELANA E LUZ
A Holaria iniciou as suas atividades em 2005, pouco
depois dos sócios Aleverson Ecker e Luiz Pellanda se
formarem em design de produto na Universidade Federal
do Paraná (UFPR). Sua origem, no entanto, remonta a 2002,
época em que eram colegas de iniciação em pesquisa e
faziam um diagnóstico da situação das micro e pequena
empresas do segmento cerâmico de Campo Largo, região
conhecida como capital da louça no Paraná. Lá surgiram
as ideias que levariam à criação da Holaria. A proposta da
empresa era desenvolver tradicionais produtos cerâmicos,
como vasos, xícaras de café, pratos e outras peças, sob uma
abordagem diferente, procurando explorar os limites do
material e criar novas linguagens formais. Em 2011, a Holaria
passou a fazer parte do Grupo Germer, segundo maior
produtor de porcelanas do Brasil, impulsionando o negócio.
Com o tempo, o trabalho naturalmente evoluiu para uma
abordagem mais plástica e voltada para um discurso de
memória afetiva, posicionando a marca no segmento de
decoração e presentes. O passo mais recente e foco atual
do trabalho da Holaria é a entrada na iluminação. Surgem,
assim, as luminárias Diamante, Gelo, Plissan e Plissan
Geométrico. A dupla lança mão de toda a sua habilidade e
intimidade com a porcelana para dar forma a essas peças tão
instigantes.
holaria.com.br
novo showroom
A Dimlux inaugurou o seu novo showroom no Rio de Janeiro.
Localizada no Casa Shopping, a loja, de 100 m², comercializa
produtos técnicos e decorativos da própria marca, luminárias
exclusivas e artesanais do Studio Gustavo Di Meno e também
peças da fabricante italiana Slamp.
Showroom Dimlux
Casa Shopping
Rio de Janeiro, RJ
www.dimlux.com.br
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Leka Mendes
¿QuÉ Pasa?
PASSADO, PRESENTE E S A M B A
O arquiteto e lighting designer Carlos Fortes apresenta, no livro
recém-lançado pela editora C4, a produção recente de seu Estúdio,
criado em 2012 após 15 anos de atividade na Franco & Fortes
Lighting Design.
Composto por três capítulos, o livro Estúdio Carlos Fortes
Luz + Design apresenta os projetos dessa safra recente, trabalhos
desenvolvidos nas áreas de cenografia e design, e projetos
significativos do período compreendido entre 1997 e 2011. A
publicação tem coordenação de Cris Correa, projeto gráfico de
Christine Miocque e prefácio de Thiago Gaya, editor da Revista L+D.
O livro foi lançado em 14 de agosto na loja Dpot, da Alameda
Gabriel Monteiro da Silva, em São Paulo. Na ocasião, também foi
apresentada a coleção de luminárias assinada por Carlos Fortes
para a marca, sob curadoria de Baba Vacaro.
Inspiradas nas cadeiras de espaguete comumente encontradas
nas varandas e jardins das residências do interior do Brasil, as
luminárias S A M B A provocam nossa memória afetiva, ao deslocar
para o universo da iluminação esse elemento icônico de nossas
casas. A criação reforça essa identidade ao lançar um olhar para a
tradição do mobiliário popular brasileiro. Sua fabricação valoriza o
fazer artesanal, agregando ao design contemporâneo a expertise
dos artesãos anônimos e intuitivos do Brasil. As cores vibrantes
e saturadas remetem ao carnaval brasileiro, multicolorido em
serpentinas, brilhos e transparências. A proposta de uso é a de criar
elementos que possam se deslocar pela casa através dos terraços,
varandas e jardins.
Apoiadas em mesas, no chão, penduradas nas tesouras dos
telhados ou em árvores, têm a mobilidade das cadeiras que nos
acompanham ao jardim para uma brisa ou às calçadas para uma
prosa e para ver o tempo passar.
Livro Estúdio Carlos Fortes Luz + Design
Editora C4
Edição bilíngue (português/inglês)
274 páginas
Valor: R$ 125,00
editorac4.com.br
Luminárias S A M B A
dpot.com.br
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Hugo Glendinning, Cortesia do Artista e Houghton Hall
LEMCA LED
GALLERY
¿QuÉ Pasa?
A Luz Tangível
Projetor com possibilidade de
alteração de ângulo de 12-70º,
2.468Lm e dimerizável.
Após o encerramento de quatro celebradas exibições
dedicadas à sua obra nos últimos dois anos, James Turrell
é mais uma vez o foco na exposição “LightScape”, em
cartaz desde o início de junho na mansão Houghton Hall,
em Norforlk, Inglaterra. A suntuosa construção em estilo
palladiano, datada dos anos 1.720 e ainda habitada, tem suas
portas abertas ao público durante os meses de verão, três
vezes por semana, para eventos culturais.
A escolha do tema deste ano partiu do próprio morador e
proprietário do local, o Lorde Cholmondeley, que aspirava uma
oportunidade de homenagear Turrell desde que conheceu o
seu trabalho 20 anos atrás, tornando-se um colecionador e,
inclusive, convidando-o para construir um de seus famosos
“Skyspaces” no local, trabalho concluído em 2004 e batizado de
“Seldom Seen”.
A exposição tem como destaque a coleção permanente do
Houghton Hall, mas conta também com diversas outras obras
emprestadas, fazendo da exibição um panorama da carreira
do artista norte-americano, que desde os anos 1960 se dedica
ao trabalho com luz e espaço. Os visitantes poderão ver, até
24 de outubro, criações como “Shirim” (exemplar da sua série
intitulada “Tall Glass”), além de diversas projeções, hologramas
e impressões.
Ao anoitecer das sextas-feiras e sábados, o público poderá,
ainda, observar e se surpreender com “The Illumination”,
instalação montada especialmente para a mostra. Durante
45 minutos, toda a fachada oeste da mansão é iluminada por
uma sequência de cores cuidadosamente planejada, de modo
a ressaltar a marcante colunata e os materiais da arquitetura.
“Eu sinto que os edifícios geralmente têm um aspecto prosaico
visível sob a luz do dia e um lado mais resplandecente que
emerge apenas após o anoitecer”, declara Turrell.
Soluções em iluminação
www.lemca.com.br | led@lemca.com.br
Tel: |11| 2827.0600
30 31
ASSOCIADA:
Reinaldo
C l a u d i a
¿QuÉ Pasa?
SINTONIA FINA
A nova coleção desenvolvida pela designer Claudia
Moreira Salles para a Lumini traz seis modelos com edição
limitada e numerada (apenas 25 peças de cada) produzidos
com matérias-primas sofisticadas. Para a base das peças,
madeira de demolição. Para as hastes, o cobre. A tecnologia
LED também foi incorporada e garante a função. Nas cúpulas,
uma inovação: o nióbio. Metal raro usado normalmente para
dar mais resistência ao aço – e, por isso, de uso comum na
aviação e construção civil -, aparece aqui de forma totalmente
diferente: colorido.
É a sintonia fina entre a arte e o design. Os processos
artesanais e as elaboradas técnicas de manipulação de
materiais especiais de uso pouco frequente.
“Conheci o trabalho com nióbio da designer de joias Marina
Sheetikoff há alguns anos. O componente estético, a raridade do
material e elaboração do acabamento dado por Marina foram
decisivos para incorporá-lo ao projeto”, explica Claudia. Foi
Marina quem trabalhou com as tonalidades das cúpulas, todas
feitas com o metal nobre, que tem a intensidade de tons obtida
após um processo de anodização, sem adição de pigmento. A
variedade das cores depende da voltagem utilizada em cada
peça, o que torna cada uma delas única. As madeiras utilizadas
também são nobres. jacarandá da Bahia, pinho de riga, peroba
rosa, ipê, sucupira preta, baraúna e garapeira estão entre elas.
Em cada pedaço, histórias e marcas próprias.
É uma aposta nos contrastes: à densidade da madeira, nas
bases, sobrepõe-se a leveza do cobre nas hastes. E há ainda
o delicado equilíbrio das cumbucas (como Claudia chama as
cúpulas), que são apoiadas nas linhas horizontais do cobre.
Assim, Sintonia Fina se concretiza, no contraste entre o quente
e o frio, o leve e o pesado, tanto na escolha dos materiais
quanto em suas formas - esculturais sem perder as funções.
Para representar o conceito que dá nome, as luminárias
AM e FM se assemelham a antenas, com uma ou duas hastes;
já o aparador Antenado, único móvel da linha, conta com uma
assimetria proposital, que opõe o bloco sólido com a lâmina
fina do tampo; a luminária que faz alusão a um flash de câmera
fotográfica antiga, batizada de Flash, contrasta a forma côncava
do refletor com as linhas retas das hastes e o volume da base.
Por fim, as LPs (com opções para piso e mesa) remetem ao disco
de vinil por suas formas e cores.
lumini.com.br
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Vegetação e abstrações geométricas determinam
a presença urbana do Aigai, diferente e generosa,
em meio a uma vizinhança pacata
refúgio urbano
Texto: André Becker | Fotos: Leonardo Finotti
Num pedaço tranquilo do bairro residencial de Alto de
Pinheiros, em São Paulo, a sequência de casas, comércios
e muros despretensiosos é interrompida em uma esquina
por uma edificação quase abstrata. Ela chama a atenção por
diversos motivos. O primeiro é o recuo da construção, sem muros,
com uma atitude generosa da rua. O segundo é que, em que
pese essa abertura para a rua, a natureza da obra é fechada: ao
jardim no piso, sequência da calçada, junta-se um jardim vertical
entre duas lâminas horizontais de concreto, sem nenhuma pista
ou abertura que dê leitura do que ocorre lá dentro. Acima deste
verde, um grande retângulo de muxarabiê em cor amadeirada
se projeta, continuando o jogo de abstrações. No muro da divisa
lateral, a palavra Aigai.
O elemento com maior leitura funcional e escala humana no
espaço externo é a rampa de acesso, que flutua sobre um espelho
d’água, rebatida na fachada por um painel cerâmico do Coletivo
Muda. Esta relação entre abertura e fechamento é a tônica do
espaço: um spa de alto padrão, voltado à introspecção, mas que
busca espaços, ambientes e detalhes ricos e exuberantes no seu
minimalismo formal. Esta proposta foi desenvolvida meticulosamente
na arquitetura de Mario Figueroa, na iluminação de Ana Spina e
no paisagismo de Talita Gutierrez.
Ana afirma que “assim como a arquitetura, a iluminação precisava
trazer uma sensação de recolhimento, tranquilidade e relaxamento.
O arquiteto Mario Figueroa me pediu uma luz aconchegante, não
muito clara. Acima de tudo, ele não queria um teto que chamasse
atenção e que o conforto visual do cliente fosse a prioridade”.
Deste modo, no acesso feito pela rampa, a iluminação destaca
36 37
Ambientes minimalistas, com
detalhes sofisticados, recebem
uma iluminação inserida na
arquitetura, na qual a luz e os
planos são protagonistas
o painel cerâmico por meio de spots embutidos para LED (14W,
3.000K, foco 30°), enquanto luminárias subaquáticas para LED (3W,
3.000K) criam um efeito de cintilamento.
Na recepção, o partido interno fica claro: grandes aberturas
para páteos, espelhos d’água e jardins permeiam os ambientes
em concreto, tecido, mármore e outras texturas. Outro espelho
d’água marca o pátio externo, para o qual se abre toda uma lateral
do espaço (com as mesmas luminárias subaquáticas do acesso),
enquanto um cortineiro tem uma sanca wallwasher com perfil
LED 45° (14W/m, 3.000K) que faz a iluminação geral do ambiente.
Pendentes no balcão e LEDs embutidos na marcenaria completam
esta primeira câmera, que direciona o visitante para o ciclo de
massagem do térreo, ou para a escada que leva à área VIP no
piso superior.
No térreo, saindo da recepção, um corredor iluminado apenas
com embutidas de solo para LED EYE (3W, 2.700K) leva aos vestiários
masculino e feminino. Nos vestiários, a iluminação difusa está
integrada nos espelhos e bancadas, complementadas por embutidos
para LED (6,6W, 3.000K, 25°) no forro. Os clientes entram por uma
porta e saem por outra oposta, cada vestiário levando a uma
extremidade da circulação de acesso às seis salas de massagem
e à área de repouso externa. Esta circulação tem, como não podia
deixar de ser, um pátio estreito com espelho d’água e jardim vertical,
assim como iluminação indireta integrada na sanca do cortineiro
(perfil LED 45° 19,4W/m, 3.000K).
Cada uma das salas de massagem tem pátio privado, mantendo
o padrão de introspecção aberta e controlada. Todas elas possuem
iluminação indireta integrada nas sancas em gesso (perfil LED 45°
19,2 W/m dimerizados) e um spot pontual (LED 3W, 2.700K foco
fechado 10°) acima da bancada de trabalho para que o massagista
consiga visualizar os cremes e demais acessórios. E duas salas
possuem sistema RGB para cromoterapia, o que gerou efeitos
interessantes na arquitetura minimalista das salas.
38 39
Os muxarabiês são um elemento
recorrente no projeto. À noite,
a caixa de tom amadeirado do
segundo pavimento vira uma
lanterna; durante o dia, ela
parece um volume mais fechado.
A marquise do páteo térreo se
mantém suave e arejada o tempo
todo, criando sombras ricas no
ambiente
40 41
Completa esse pavimento, a área de repouso externa, onde
a arquitetura criou um espelho d’água alongado na frente de um
grande muro de concreto e uma marquise em muxarabiê marcante.
Criando um efeito vívido com a luz natural a partir do rebatimento
na água e das sombras geométricas da cobertura translúcida. Ana
desenvolveu neste espaço os mesmos embutidos subaquáticos
(LED 3W, 3.000K) somados a embutidos de solo (9W, 3.000K 25°,
destacando a textura do concreto no muro, enquanto projetores
na pérgola/muxarabiê destacam os padrões orientais e permitem
a sombra viva com iluminação artificial. Uma luminária de piso
decorativa pontua o ambiente.
O pavimento superior, bem menor do que o térreo, recebe
o espaço VIP: um vestiário, sala de massagem, área de repouso
externa, ducha e sala de Hammam interligados e para uso exclusivo.
As soluções de iluminação repetem o padrão desenvolvido nos
espaços de mesmo uso do térreo, com uma grande novidade apenas:
a caixa de muxarabiê que marca a construção externamente é, na
verdade, uma caixa de concreto revestida. Ou seja, a textura interna
é o mesmo concreto do térreo (exceto na sala de Hammam, onde
pastilhas criam um padrão geométrico), mas aqui com rasgos
zenitais, nos quais o muxarabiê cria um novo elemento e cumpre
a sua função de filtragem de luz. Nestes rasgos, acima da laje, Ana
aplicou projetores com lâmpadas de vapor metálico (CDM–R, PAR
20 35W, 4.000K, 10°), criando um efeito de luz do luar.
Páteos ponteiam todo
o projeto, criando
condições para um
diálogo permanente
entre a luz natural, a
iluminação artificial
e os detalhes
geométricos que são
outra constante no
AIGAI
São Paulo, SP, Brasil
Projeto de Iluminação
Ana Spina. Colaboradores: Lumi Maruyama e Daiane
Iensen
Projeto de Arquitetura
Mário Figueroa. Colaboradores: Leticia Tamisari, Marcus
Vinicius Damon, Ana Montag, Carlos Garcia, João
Paulo Payar, Rafael Brych, Riccardo Buso, Tânia Alegria,
Alexandre Titielli e Antônio Coutinho
Projeto de Paisagismo
Talita Gutierrez
Fornecedores
42 43
As circulações, que
representam os
prados do interior
da Inglaterra, foram
iluminadas com uma
baixa iluminância, que
apenas delimita os
caminhos. Ao fundo,
o brilho e pulsação da
colmeia
Pavilhão
Britânico
Expo 2015
Texto: Carlos Fortes | Fotos: David Barbour © BDP
O
tema da exposição universal de 2015 (Expo 2015),
inaugurada em maio desse ano em Milão, na Itália,
propõe um amplo olhar sobre a produção de alimentos
no planeta nos dias de hoje. Neste contexto, o artista britânico
Wolfgang Buttress desenvolveu como tema a contribuição das
abelhas para a saúde do planeta, a partir da reflexão sobre
o seu ciclo de vida. O tema “Feeding the Planet, Energy for
Life” – Alimentar o Planeta, Energia para a Vida – traduziuse
em uma grande instalação que reproduz uma colmeia,
e o projeto de iluminação desempenhou um papel crucial
para a proposta.
Wolfgang, juntamente com o engenheiro Tristan Simmonds
e uma equipe multidisciplinar, que incluía ainda arquitetos e
44 45
À esquerda, as paredes na
entrada, que recebem os
visitantes, brilham como
enxames de abelhas. As árvores
do pomar foram iluminadas
a partir de projetores fixados
no piso. Abaixo, luminárias
hexagonais foram agrupadas
na sala de conferências,
configurando um teto em forma
de favos de mel. A iluminação
é quente, quase alaranjada, e
o teto brilha sutilmente, sem
ofuscamentos excessivos
paisagistas, foi o vencedor de um concurso que ocorreu em
todo o território do Reino Unido. Os lighting designers do
escritório BPD, em Londres, dirigidos por Colin Ball, fizeram parte
da equipe. Os conceitos de iluminação foram desenvolvidos
em perfeita sintonia com a arquitetura e as propostas de
Wofgang, apresentando soluções essencialmente integradas
ao conjunto.
O prazo decorrido entre a divulgação do resultado do concurso
e a inauguração da Expo 2015 foi de um ano. Esse cronograma
exigiu um grande esforço por parte da equipe. Além do tempo
exíguo o para desenvolvimento das propostas, o orçamento
para iluminação do pavilhão, excetuando a colmeia, limitavase
a £ 25.000 (aproximadamente R$ 137.000). A intenção de
apresentar uma iluminação de alto padrão, com orçamento
e prazos reduzidos, exigiu da equipe o desenvolvimento de
soluções extremamente criativas, e uma intensa colaboração
entre as equipes de projetos, que contaram com amplo apoio
da indústria britânica de iluminação.
O conceito de Wolfgang previa, ainda, proporcionar aos
visitantes uma experiência multissensorial. Sua visão artística
culminou com a representação espacial da colmeia. Além da
estrutura física, o projeto previu efeitos de som e luz mapeados
em tempo real a partir de uma colônia de abelhas no Reino
Unido. A atividade da colmeia é medida por acelerômetros, e
46 47
Abaixo, vista das
circulações que
representam os prados,
com a estrutura da
colmeia em primeiro
plano. Na página ao
lado, a iluminação das
passarelas, escadas e
terraços foi integrada
aos guarda-corpos e
as vibrações medidas são convertidas, por meio de algoritmos,
em efeitos de luz. Cerca de mil luminárias para LED, com
endereçamentos individuais, confeccionadas em vidro soprado
transparente, brilham em sintonia com esse mapeamento,
fazendo com que a colmeia pulse numa representação da
atividade das abelhas.
Além da colmeia, outros espaços com variadas funções
compõem o pavilhão. As paredes na entrada foram tratadas
como enxames de abelhas, que brilham e recebem os
visitantes. As passarelas de circulação, que representam os
prados do interior da Inglaterra, foram iluminadas com uma
baixa iluminância, que apenas delimita os caminhos. Essa
iluminação sutil, branca quente, buscou apresentar uma
tonalidade cor de mel. Procurou-se, sempre que possível,
integrar a iluminação das passarelas, escadas e terraços
aos guarda-corpos e corrimãos. Árvores frutíferas foram
dispostas ao longo da circulação, representando pomares.
Essas árvores foram iluminadas de baixo para cima a partir
do piso, complementado a iluminação das circulações.
Na sala de conferências, luminárias hexagonais em alumínio
extrudado foram agrupadas configurando um teto em forma
de favos de mel. A iluminação é quente, quase alaranjada,
e o teto brilha sutilmente, sem ofuscamentos excessivos.
Cada uma dessas soluções foi meticulosamente detalhada
e integrada à arquitetura.
Na colmeia propriamente dita, projetores orientáveis
com rigoroso controle do ofuscamento foram fixados sob os
casulos, iluminando o piso com focos de luz bem definidos.
Esse efeito de luz e sombra foi usado para criar um ponto
de interesse visual em contraste com a iluminação uniforme
das passarelas.
O resultado de todos esses sistemas é uma iluminação
perfeitamente integrada à arquitetura e a todos os elementos
que compõem os espaços. O projeto de iluminação interpreta
e traduz em forma de luz o conceito artístico da colmeia
proposta por Wolfgang, em perfeita sintonia com a vibração
e com o impacto visual e sensorial desejados.
Pavilhão Britânico Expo 2015
Milão, Itália
Projeto de Iluminação e Arquitetura:
BDP
Idealização do Projeto:
Wolfgang Buttress
Projeto de Engenharia/Contrução:
Stage One
Fornecedores:
Light Projects; LEDFlex; Lumenpulse; Lumenal; Luxonic
Lighting; Mike Stoane Lighting;Thorlux Lighting
48 49
A volumetria curva dos barris vermelhos
de cerveja que compõem a inusitada
fachada são destacadas por meio de
duas luminárias de LED embutidas nas
prateleiras que sustentam os recipientes
Luz despretensiosa,
atmosfera casual
Texto: Valentina Figuerola | Fotos: Douglas Daniel
Inaugurado em abril de 2015, no bairro dos Jardins, em
São Paulo, o ICI Brasserie é um restaurante descontraído
que desperta o interesse dos visitantes logo na entrada,
com sua inusitada fachada composta por barris de cerveja
sobrepostos em uma estrutura de madeira que parece uma
estante. Deixar os recipientes metálicos à mostra, revelados ao
exterior pelos painéis de vidro, reflete o espírito funcional com
o qual Rodolfo Yamamoto concebeu o projeto de arquitetura.
Envolvido com o arquiteto desde a concepção, o escritório
Illumination Strategic Design criou um projeto de iluminação
plenamente integrado às soluções arquitetônicas.
“A luz preenche o espaço, mas permanece invisível nele,
coadjuvante, deixando a arquitetura em primeiro plano”, diz
Rodrigo Jardim, arquiteto do Illumination Strategic Design.
Jardim conta que os barris vermelhos da fachada têm a sua
volumetria curva evidenciada por meio de duas luminárias
de LED (1W, 3.000K,120°) embutidas nas prateleiras.
Ao entrar no estabelecimento, o visitante se depara com
o bar, espaço que é separado do salão por uma divisória
composta de prateleiras e barris, da mesma forma que a fachada.
O ambiente e divisória são iluminados pelos LEDs lineares
(4,8W/m, 3.000K) integrados às prateleiras de fundo espelhado,
onde se destacam as cervejas comercializadas pela casa. Sob a
bancada do bar, o LED linear (4,8W/m, 3.000K) emite uma luz
suave e amarelada que chega até o piso de madeira.
O salão é percorrido, em todo o perímetro, pela estante
de madeira que mantém acessíveis as bebidas e outros
produtos usados no dia a dia pelo restaurante. Uma calha
com lâmpadas fluorescentes T5 (14W/28W, 3.000K) percorre
a parte superior de toda a estante, proporcionando uma luz
difusa que é rebatida pelo teto para o ambiente. A solução
também valoriza o quadro negro linear rente ao teto, que exibe
o trabalho da designer gráfica Lu Maia. “Indireta e agradável,
essa luz perimetral varre o salão inteiro”, acrescenta Fabiana
Rodriguez, arquiteta do Illumination Strategic Design.
Em sintonia com a atmosfera casual e despojada do ICI
Brasserie, as luminárias articuladas de parede Lamp Gras Nº
214, com lâmpadas fluorescentes compactas (ESL 11W, 2.700K),
jogam luz nas prateleiras e mesas do salão. Desenhado em
1922 por Bernard-Abin Gras, o equipamento, um clássico da
iluminação que Le Corbusier apreciava, permanece preso aos
montantes da estante, podendo ser regulado pelos clientes
em altura e orientação do facho. “É uma luz presente na vida
do usuário, que pode interagir com ela. Nossos projetos têm
incorporado cada vez mais o conceito de luz participativa”,
explica Lucas Falcão, arquiteto do Illumination Strategic Design.
No salão, a luz geral é proporcionada pelos spots de LED
(25W, 2.700K, 14°) embutidos no forro de gesso. Fabiana conta
que um dos desafios do projeto foi obter uma iluminação
aconchegante, que provocasse luz e sombras nas mesas,
por meio da tecnologia LED. “Para que a iluminação do teto
não ficasse chapada, associamos lentes e filtros aos spots de
LED”, completa Fabiana.
Na parte posterior do restaurante fica a cozinha, que é
50 51
As soluções de
iluminação se fundem à
arquitetura. Um exemplo
é a calha com lâmpadas
fluorescentes integradas
na parte superior da
estante com bebidas que
percorre perimetralmente
o espaço. Embutidos
no forro de gesso, spots
de LED provocam luz e
sombras nas mesas para
criar uma atmosfera
revelada ao salão por uma janela linear de vidro, seguida
por uma bancada de madeira. “O que joga a luz na bancada
é a própria luz da cozinha, onde tivemos o cuidado de fazer
prevalecer uma temperatura de cor mais amarelada para
que não entrasse em conflito com a do salão”, diz Jardim.
O lighting designer explica que, para conseguir este efeito,
além das luminárias herméticas com fluorescentes T5 (28W,
2.700K) embutidas no teto, foram instalados pontos de luz com
halógenas, que criam uma atmosfera semelhante à do salão.
A iluminação é complementada pela sanca com fluorescentes
T5 (28W, 3.000K), que se sobrepõe ao trabalho de Lu Maia.
Com exceção das Lamp Gras, todos os equipamentos
usados no ICI Brasserie são dimerizáveis. Durante o dia, a
intensidade de luz aumenta e o ambiente adquire um clima
mais alegre. À noite, a intensidade é suavizada para que o
espaço se torne mais acolhedor. “A luz aqui não é inibidora.
Ao contrário, reflete o espírito democrático e informal que
uma brasserie deve ter”, finaliza Jardim.
52 53
ICI Brasserie Bela Cintra
São Paulo, Brasil
Projeto de iluminação
Illumination Strategic Design Group
Arquitetura de interiores
Roya Arquitetura
Fornecedores
E:Light (luminária de LED da fachada, fluorescentes
tubulares, luminárias herméticas, LED linear
e arandela Tartaruga e Lampe Gras Nº 214 );
Iluminar (plafon de embutir no frame e downlights
embutidas em forro modular); Targetti (projetor de
embutir de LED com Blade Filter e refletor spot)
54 55
Inspirado na
técnica do
chiaroscuro, o
restaurante The Fat
Duck Melbourne
foi inteiramente
iluminado com
equipamentos de
tecnologia LED
Claro-escuro
na cidade de
Melbourne
Texto: Orlando Marques | Fotos: Electrolight
Em 2001, 54 alunos do curso de enologia da Universidade
de Bordeaux, em Talence, na França, foram convidados a
participar de uma prova de vinhos branco e tinto para o
trabalho do então estudante de doutorado Frédérique Brochet.
Enquanto a amostra do vinho branco foi descrita à partir de sua
aparência límpida como “cor de mel”, “um toque de damasco” ou
“floral”, o vinho tinto foi descrito a partir de sua cor avermelhada
como “um toque de frutas vermelhas”, “intenso sabor de cassis” ou
“cereja”. O que os alunos não esperavam é que ambos os vinhos
eram exatamente o mesmo, sendo que o vinho branco recebera
um corante sem sabor para torná-lo tinto.
Este e outros experimentos em torno dos sentidos são
apresentados pelo inglês Heston Blumenthal - estrela da culinária e
dono do também estrelado restaurante The Fat Duck. Seu objetivo
é mostrar a importância da visão na apreciação e degustação de
bebida e comida.
56 57
Ao lado, a corredorrampa
de acesso
ao salão principal
foi iluminado por
luminárias cilíndricas
de sobrepor,
customizadas com
a acabamento em
cobre e fonte de LED
(2.700K, 12° de facho
e IRC >90). Acima,
balcão da recepção
iluminado pelas
luminárias cilíndricas
de sobrepor. Ao
fundo, o reflexo das
mesas no plano de
vidro parece servir a
cidade de Melbourne
como prato principal
Aberto em 1995 no vilarejo de Bray, na Inglaterra, o restaurante
The Fat Duck tornou-se famoso por criar pratos com forte apelo
aos sentidos. Seu menu degustação, por exemplo, pode servir
uma sequência de 14 pratos, onde frutos do mar se parecem e
soam como o mar, ovos são mexidos com nitrogênio e servidos
com sorvete de bacon e o preparo da tradicional sopa vitoriana
de tartaruga falsa é inspirado em uma cena do livro Alice no
País das Maravilhas.
Há poucos meses atrás o Fat Duck se mudou temporariamente
para a cidade de Melbourne, na Austrália, enquanto a sede na
Inglaterra foi reformada. O projeto de arquitetura e interiores
foi encomendado ao escritório australiano Bates Smart, com
projeto de iluminação da Electrolight.
O projeto de interiores foi inspirado no conceito de chiaroscuro,
utilizada nos trabalhos de alguns artistas renascentistas como
Giovanni Baglione e Caravaggio, por exemplo. A técnica se
caracteriza pelo contraste intenso entre a luz e sombra na
representação dos objetos.
No corredor-rampa da entrada do restaurante, as paredes
e o teto receberam acabamentos de cor escura. Poças de luz
iluminam o piso de madeira de cor caramelizada, contribuindo
para a criação de uma perspectiva falsa, que conduz as pessoas
à uma porta miniatura, entrada do salão principal, tal qual na
fábula de James Carroll.
No salão principal, carpetes espessos e também escuros,
58 59
Abaixo, as mesas do salão principal
foram iluminadas por luminárias
cilíndricas de sobrepor, distribuídas
numa malha regular acompanhando o
desenho no forro. As paredes e objetos
decorativos foram iluminados por
projetores para lâmpadas tipo retrofit
de LED (2.700K, 18° de facho e IRC >80).
À direita, a modulação dos painéis
da parede foi marcada por projetores
para lâmpadas LED tipo retrofit. As
prateleiras laterais do console foram
iluminadas por luminárias para LED,
fixadas nas partes superior e inferior
paredes de laca preta brilhantes e balcões de granito preto,
contrastam com as mesas e sofás em tonalidades claras. O
ambiente foi iluminado de maneira a destacar dramaticamente
os poucos elementos decorativos do salão – um deles o relógio
de bolso gigante que marcou a contagem regressiva o último
serviço do restaurante temporário – e também o destaque
das mesas e sofás, iluminados como se fossem pequenos os
palcos onde a experiência multissensorial de Heston acontece.
Um grande plano de vidro separa o restaurante da paisagem
da cidade, que parece ser mais um item no menu do Fat Duck.
Devido à precisão dos fachos das luminárias, o vidro pouco
reflete os interiores, garantindo, assim, uma vista plena do
centro de Melbourne.
Todas as fontes de luz do projeto foram especificadas com
tecnologia LED com alto índice de reprodução de cores e
temperatura de cor quente 2.700K. A fim de garantir a aparência
consistente dos pratos desde a sua criação e preparo até a
chegada à mesa, a cozinha recebeu os mesmos tipos de luz.
Segundo Heston, The Fat Duck Melborne tem a melhor
iluminação que ele já viu em um restaurante.
The Fat Duck
Melbourne, Austrália
Projeto de Iluminação
Electrolight
Projeto de Arquitetura
Bates Smart
Fornecedores
Aglo; Lucent; Masso
60 61
Luz acolhedora
A tonalidade amarelada de equipamentos, como os
spots com lâmpadas halógenas e a iluminação difusa
proporcionada pelas sancas, contribui para tornar a
atmosfera do apartamento mais acolhedora
Texto: Valentina Figuerola | Fotos: Maíra Acayaba
A
busca pela integração espacial era um dos principais
objetivos da arquiteta Lucia Ravache ao criar o projeto
de reforma deste apartamento, localizado no bairro
de Higienópolis, em São Paulo. A demolição de paredes em
drywall tornou ainda mais ampla a área de estar de tons neutros
e mobiliário de design moderno e sofisticado. Proporcionar
acolhimento por meio da luz era o objetivo do lighting designer
Guinter Parschalk ao criar o projeto de iluminação.
No hall do elevador, os dois painéis de madeira são
lateralmente iluminados por LEDs lineares (7,2W/m, 2.700K)
que evidenciam os novos elementos, que parecem ainda mais
soltos das paredes originais com o efeito da luz. A escultura
de Arcangelo Ianelli, em frente a um dos painéis, recebe uma
luz de destaque do spot de LED direcionável (6,6W, 3.000K,
10°) embutido no forro de gesso.
62 63
Peças escultóricas, como os pendentes Light Structure e Match, se sobressaem no cenário neutro e sofisticado criado pela
arquiteta Lucia Ravache. Os quadros das salas de estar e de jantar são valorizados por spots quadrados direcionáveis com
halógenas
Na sala de estar, a tonalidade amarelada dos spots com
lâmpadas halógenas dimerizáveis ECO (35W, 2.900K, 10° e 36°)
embutidos no forro de gesso cria uma atmosfera confortável e
acolhedora. “Ao diminuir a intensidade luminosa, as halógenas
adquirem uma tonalidade âmbar que transmite aconchego”,
explica o lighting designer. Junto às esquadrias, sancas com
fitas de LED (15W/m, 3.000K) emanam uma luz indireta que
realça a superfície irregular das cortinas.
Em meio aos espaços de estar integrados, sobressaem-se
luminárias escultóricas, como, por exemplo, a Light Structure
de Ingo Maurer, em sua versão original, ou seja, com lâmpadas
incandescentes dimerizáveis (60W, 2.900K a 2.300K) em forma
de tubos que emitem uma luz difusa sobre a mesa de jogos.
Outra peça que causa impacto visual é a pendente de alumínio
preta Match, desenhada por Jordi Vilardell e Meritxell Vidal
para a Vibia, com pequenas lâmpadas de LED (3W, 3.000K) que
jogam a luz diretamente na mesa de 4,20 m de comprimento
criada pela designer Juliana Llussá.
Ainda na sala de jantar, os quadros de Eduardo Coimbra
são valorizados por meio de spots quadrados direcionáveis
com halógenas ECO (35W, 2.900K, 36°) embutidos no forro de
gesso. No living, o mesma solução foi adotada para iluminar o
tríptico de Sergio Sister e os quadros concebidos por Artur Piza
e Julio Le Park. Ao lado do tríptico, destaca-se a Wall Rupture,
da Flos, um painel-luminária desenhado por Thierry Dreyfus
que cria um efeito de fenda luminosa folhada a ouro, que é
iluminada por módulos de LED (17,5W/m, 2.700K).
O design brasileiro foi privilegiado por Lucia em todo o
apartamento, sobretudo nas áreas de estar, onde se destacam
peças como poltronas de Flavio de Carvalho, Bruno Faucz, Jorge
Zalszupin e do italiano Dodo Arslan. Em harmonia com o cenário
elegante, ao lado de um dos sofás grafite, destaca-se a luminária
de mesa Taccia, desenhada em 1962 pelos irmãos Achille e Pier
Giacomo Castiglioni para a Flos, cuja luz indireta e suave contribui
para tornar o espaço ainda mais acolhedor.
APARTAMENTO EM HIGIENOPÓLIS
São Paulo, Brasil
Arquitetura
Lucia Ravache
Iluminação
Studio IX - Guinter Parschalk
Fornecedores
Brilia e Centru (LED linear junto às esquadrias); Lumini
(pontos e LED linear do hall); Osram (lâmpadas
halógenas); Erco (spots direcionáveis da sala de jantar)
64 65
Foto cedida por Brilia
semana
da luz
2015
Aconteceu de 16 a 21 de agosto a terceira edição da
Semana da Luz, na qual foram realizados o Workshop
Internacional de Iluminação e o LEDforum.
A cada nova edição, o LEDforum ganha em escala
e diversidade, se consolidando como o mais importante
congresso brasileiro de iluminação. O evento novamente
bateu recorde de público, superando os 420 participantes de
2014 e atingindo 450 profissionais neste ano e mais uma vez
propôs um olhar abrangente sobre o que está acontecendo
de mais atual no Brasil e no mundo com a prática profissional
no desenho da luz.
A Revista L+D aproveitou a grande presença de lighting
designers e profissionais da iluminação de todo o Brasil e
de outros países para, em parceria com a AsBAI, realizar
um workshop de iluminação. Neste ano foi a vez do grupo
transnacional Social Light Movement desembarcar em São
Paulo para coordenar os trabalhos de um evento inesquecível:
o workshop Luz Para Coexistência.
A Semana da Luz, que contou ainda com o lançamento
dos livros do Estúdio Carlos Fortes e do LD Studio e com a
realização de um jantar especial no showroom da E:light,
reafirmou em 2015, com grande sucesso, a sua maior vocação:
proporcionar aos seus participantes uma oportunidade única
no calendário brasileiro de confraternização, networking e
celebração da luz.
Confira nas próximas páginas como foram os eventos da
Semana da Luz 2015.
66 67
Workshop Luz para Coexistência
Foto cedida por Brilia
Texto: Débora Torii | Fotos: Rafael Leão
Foto cedida por Brilia
Após duas edições de sucesso, a parceria entre a Revista
L+D e a AsBAI – Associação Brasileira dos Arquitetos de
Iluminação – se repete, pelo terceiro ano consecutivo,
para a promoção de mais um workshop internacional, abrindo a
Semana da Luz. Intitulado “Luz Para Coexistência”, o workshop dá
continuidade à linha pedagógica traçada por seus organizadores,
propondo neste ano a realização de intervenção urbana em um
contexto social – após ter lidado com observações, análises
e iluminação no contexto urbano em suas edições anteriores. O
workshop ficou sob o comando do SLM – Social Light Movement,
em sua primeira ação fora da Europa, representado pelas lighting
designers Isabelle Corten (palestrante do 6° LEDforum) e Elettra
Bordonaro, e teve patrocínio de Brilia, E:light, Lemca, Lumini,
Omega Light, Osvaldo Matos e Steluti. Os trabalhos aconteceram
entre 16 e 19 de agosto, nos quais estiveram envolvidos 34
participantes, que foram divididos em quatro grupos bastante
heterogêneos (compostos por, além de lighting designers,
fotógrafos, pesquisadores, artistas plásticos e representantes
68 69
Fotos cedidas por Brilia
Fotos cedidas por Brilia
dos fornecedores dos equipamentos que foram utilizados nas
intervenções). O local escolhido para as atividades fica nos arredores
do conhecido Beco do Batman e incluiu, além desta área, a Praça
e Beco do Aprendiz (esquina das ruas Inácio Pereira da Rocha e
Belmiro Braga) e a escadaria de acesso entre as ruas Medeiros de
Albuquerque e Patápio Silva, situados no bairro da Vila Madalena,
em São Paulo. Curiosamente, à primeira vista este bairro não
parece tão marcado por problemas sociais e urbanísticos quanto
outras regiões da cidade, mas foi selecionado devido aos grandes
contrastes observados entre os locais privados (e habitados) e os
espaços públicos, muitos dos quais abandonados.
No primeiro dia do workshop foram ministradas palestras
e propostas atividades voltadas para a descoberta e engajamento
com a realidade do local, seguidas por um trabalho de investigação
social e espacial a partir de entrevistas com moradores e
visitantes locais e visitas a todos os espaços de intervenção
no dia seguinte. No terceiro dia, os grupos puderam dar início
ao processo de conceituação das intervenções e também aos
testes iniciais dos equipamentos de iluminação cedidos pelos
patrocinadores e apoiadores do evento. As instalações ficaram
abertas à visitação pública durante três horas na noite do dia 19.
Cada um dos quatro grupos também teve a oportunidade de
apresentar o seu conceito de intervenção para os participantes
do segundo dia do LEDforum 2015.
O primeiro grupo, batizado de “Message in a Bottle”, propôs
uma alusão ao Rio Verde – que foi canalizado e hoje passa sob
as ruas e entornos dos locais selecionados para as intervenções
– por meio de luzes azuis lavando o muro no decorrer de um
trecho da Rua Medeiros de Albuquerque. O caminho foi
também marcado por luminárias construídas através com
garrafas PET, nas quais o público era convidado a deixar
bilhetes com mensagens. O percurso da intervenção foi
finalizado na escadaria de acesso à Rua Patápio Silva, cujos
espelhos dos degraus foram recém-reformados. O “Escadão”,
como ficou conhecido, recebeu em seus patamares iluminação
com projeções lúdicas, além da instalação de uma escultura de
luz com a qual os usuários e visitantes podiam interagir. Já a
instalação realizada no Beco do Batman foi desenhada de forma
a homenagear os dois tipos distintos de ocupantes identificados
no local: os moradores das edificações do entorno do beco e
seus visitantes. A intervenção do grupo “Harmonia NoiteDia”
buscou acentuar a coexistência desses dois tipos de ocupantes
com a criação de pontos focais no percurso do beco, trazendo
diferentes ambiências à área. Suas intervenções incluíram
as janelas e aberturas dos edifícios residenciais e comerciais
do local o destaque de elementos específicos existentes no
percurso, como a poltrona de concreto e algumas árvores. Em
homenagem ao nome do local, o grupo projetou o famoso
símbolo do personagem Batman no piso da entrada do beco.
O grupo “Vitral” trabalhou a Praça do Aprendiz, espaço
caracterizado por usuários e usos bastante heterogêneos. Desta
forma, construíram e instalaram luminárias feitas à mão, inspiradas
em vitrais, procurando dar ao local a ambiência de um lar – devido
à marcante presença de moradores de rua –, além de refletir
a diversidade e a pluralidade do espaço. Buscaram também
obter permeabilidade visual e física por meio da iluminação
de planos verticais, de modo a tornar o local mais convidativo.
De maneira a lembrar a existência do Rio Verde, canalizado sob
a praça, os integrantes criaram uma luminária com água que
projetava seu brilho no chão.
Finalizando as propostas, o grupo “Família do Beco” realizou
sua intervenção no Beco do Aprendiz – que é conhecido como
Beco Niggaz da Hora – um sinuoso percurso que acompanha
o traçado original do Rio Verde. Apesar da marcante presença
de diversos grafites em suas paredes, que atrai visitantes durante
o dia, o espaço é praticamente negado por seus vizinhos
devido aos usuários de drogas e moradores de rua presentes
no local. De forma a harmonizar todas as delicadas questões
que permeiam o local, o grupo propôs a valorização da natureza,
iluminando predominantemente o piso – ressaltando a presença
do rio abaixo – e permitindo a observação do céu noturno, sem a
interferência da luz. O objetivo foi conferir ao local uma sensação
de fluidez até conduzir os visitantes ao final do beco, onde foi
proposto um encontro entre rio e céu, em instalação com aspecto
descrito por muitos como “mágico”.
A proposta do workshop, assim como a filosofia do Social
Light Movement, foi de utilizar a luz como ferramenta de
integração social, demonstrando o seu poder na requalificação
de espaços. O objetivo desse tipo de trabalho não é somente criar
uma instalação de luzes para serem vistas, mas, sim, estimular
a participação da própria comunidade, de forma que possam
desenhar o seu próprio espaço e dele devidamente se apropriar.
Como concluiu Elettra: “just do it!”. Esta é a mensagem que fica
para os moradores e autoridades locais em relação à implementação
das propostas oferecidas à cidade.
70 71
Fotos cedidas por Brilia
6 º LEDFORUM
Texto: Débora Torii | Fotos: André Hänii
O
LEDforum já se consolidou como um dos maiores eventos
de iluminação do país e também do mundo. Mais uma
vez com inscrições e cotas de patrocínio esgotadas, sua
6ª edição aconteceu em 20 e 21 de agosto, pelo terceiro ano
consecutivo encerrando a Semana da Luz no Brasil.
Nascido da necessidade de um maior conhecimento da então
novidade da tecnologia dos LEDs, o evento, que inicialmente contava
praticamente apenas com palestras da indústria de iluminação,
transformou-se em um grande congresso da área, com temas cada
vez mais diversificados, apresentando um panorama abrangente
do universo da iluminação sob vários aspectos, muito além de
uma discussão sobre a tecnologia LED.
O LEDforum é uma realização da Editora Lumière e da Revista
L+D, com curadoria de seu editor Orlando Marques e do publisher
Thiago Gaya, que define: “a troca de informações é o objetivo”.
Abrindo o evento, o lighting designer, norte-americano radicado
na Alemanha, Dwayne Waggoner apresentou a palestra “Preservando
o encanto, afastando ilusões: uma nova linguagem para o lighting
design”, baseada em sua tese de mestrado para a Hochschule Wismar,
na Alemanha, intitulada “Comunicando luz”. Em sua dissertação,
vencedora do Concurso de Trabalhos do Light Symposium 2015
em Estocolmo, evento apoiado pela L+D, Waggoner expõe um
estudo de teorias linguísticas que podem resultar na criação de
novas terminologias, gerando inéditas possibilidades e ferramentas
para auxiliar na percepção, compreensão e principalmente, na
comunicação da luz.
O futuro da iluminação em consequência da irrefreável evolução
da tecnologia LED também esteve em pauta nas palestras de Paulo
Willig, da Nichia, e de Luan Nguyen, da Osram, que discursaram
a respeito das possibilidades e tendências de desenvolvimento
da tecnologia, a ser moldada de acordo com as necessidades
do mercado e de forma a promover cada vez mais melhorias na
qualidade da luz e na eficiência dos equipamentos, a um custo
cada vez menor.
Ainda em relação à tecnologia LED, o engenheiro Ricardo
Benucci, da Lutron, apresentou uma visão geral sobre a dimerização
e da escolha do tipo de controle ideal para essa fonte luminosa.
A sustentabilidade foi um dos enfoques do projetista de iluminação
Antonio Carlos Mingrone em sua palestra a respeito do projeto de
iluminação para o Eataly São Paulo, realizado pelo seu escritório,
Mingrone Iluminação. O engenheiro e professor discorreu sobre os
desafios na elaboração do conceito luminotécnico para um local
com programa tão amplo e que respeitasse as premissas impostas
pela própria rede, além da integração com uma arquitetura de
caráter industrial, dotada de iluminação natural abundante.
Os participantes desta edição do LEDforum também tiveram
diversas oportunidades de se inspirar, com palestras como a da
jovem lighting designer alemã Janna Aronson, que apresentou
sua tese de mestrado intitulada “Luz do Dia – Arte – Ambiência”,
com a qual foi premiada como Young Lighter of the Year 2014, pela
Society of Light and Lighting, trabalho orientado pelo lighting
72 73
designer Orlando Marques, editor da L+D.
O lighting designer francês radicado no Chile Pascal Chautard
apresentou os desafios e êxitos de alguns de seus projetos
luminotécnicos para galerias e museus. Com exemplos mais
próximos à realidade brasileira, a palestra detalhou as soluções
do premiado projeto do Museu Chileno de Arte Pré-Colombiana,
em Santiago, no Chile.
A diretora da empresa holandesa Creative Innovation Works,
Lorna Goulden, apresentou a palestra “Histórias de um laboratório
vivo: a cidade como interface dinâmica”, na qual relatou o conceito
e um pouco dos futuros planos para o premiado projeto Strijp-S,
em Eindhoven, para o qual propõe-se uma requalificação urbana
baseada nas experiências entre pessoas, espaço e tempo, porém
sob o desafio de ainda não haver usuários no local para embasar
as decisões do projeto. Já o também holandês Serge van den
Berg, especialista em projetos de iluminação externa para cidades
inteligentes e sustentáveis, relatou alguns dos aspectos práticos
relacionados à implantação e gestão do sistema de iluminação
inteligente para o Strijp-S.
Os desafios e dificuldades por trás de um projeto de iluminação
de grande porte que faz parte do patrimônio da Unesco foram o
tema da palestra da arquiteta e urbanista belga Isabelle Corten
– que também atuou como uma das líderes do workshop Luz
Para Coexistência, como membro do Social Light Movement –
coautora do projeto luminotécnico para a Grand-Place e algumas
de suas ruas adjacentes, em Bruxelas, na Bélgica. Apesar de toda a
complexidade técnica, a lighting designer denota, com sensibilidade,
que o sucesso de qualquer projeto é essencialmente uma questão
de espírito de equipe.
Este, inclusive, foi o tema chave desta edição do LEDforum: a
colaboração, explorada sob três vieses distintos. A lighting designer
independente grega Anna Sbokou introduziu o assunto, defendendo a
remoção das barreiras de um escritório convencional em prol de uma
estrutura mais orgânica e flexível, na qual as equipes são moldadas
de acordo com cada projeto, possibilitando a troca de conhecimento
e um maior potencial para um resultado final bem-sucedido.
A arquiteta Mônica Lobo e o designer Guto Índio da Costa
apresentaram três projetos que ilustram a sua parceria de longa
data para abrir um debate sobre a imprescindível interação entre
as disciplinas da arquitetura, do design e da iluminação.
Já as lighting designers Cláudia Shimabukuro e Letícia Mariotto,
da Lit Arquitetura de Iluminação, dividiram com o público um pouco
da sua trajetória até o presente momento, na qual contaram com
o apoio e a colaboração de colegas da área, além de arquitetos,
clientes e membros da indústria, o que as levou a acreditar que
uma postura colaborativa é a chave para a obtenção de melhores
resultados.
Também visando a promoção e a discussão do tema iluminação
no Brasil, Dieter Dubois, diretor de marketing e desenvolvimento
da Schréder no continente americano, apresentou o resultado
do concurso de ideias SculpLight, promovido pela empresa pelo
segundo ano consecutivo e pela primeira vez no Brasil. Tendo
como temática a iluminação de espaços icônicos brasileiros, os
participantes foram convocados a propor uma intervenção para a
fachada do Theatro Municipal de Paulínia, no interior de São Paulo,
a ser instalada por três meses. A proposta vencedora, intitulada “Luz
e Tempo em Cena”, foi apresentada em seguida por seus autores,
Gabriel Vinagre e Solange Stork.
Encerrando o LEDforum desse ano, o experiente lighting designer
alemão Andreas Schulz, CEO do renomado escritório Licht Kunst
Licht, apresentou um belíssimo panorama dos projetos realizados
por seu escritório, oferecendo reflexões sobre a influência dos
lighting designers no projeto de iluminação natural nos espaços,
tão importante quanto a luz artificial, além da grande necessidade
e utilidade da realização de modelos e testes prévios à instalação
final das soluções propostas.
Além dos muitos elogios ao longo dos dois dias de evento,
houve ainda a oportunidade de receber algumas sugestões para o
LEDforum do ano que vem, que está previsto para 18 e 19 de agosto.
A todos os participantes, palestrantes, patrocinadores e
colaboradores do evento, nosso muito obrigado e até 2016!
74 75
Produtos: Especial LEDforum
Texto: Waleria Mattos
Aureon
A luminária de emergência para balizamento Lumeon foi
o destaque da Aureon no LEDforum. O produto apresenta
autonomia superior a uma hora e versões de embutir e sobrepor
em teto ou parede para seis e nove LEDs. Possui funcionamento
permanente e fluxo luminoso constante até o término da
autonomia. Com alimentação 110V ou 220V, acabamento em
chassi branco e difusor em acrílico.
aureon.com.br
BJB
A BJB apresentou a lâmpada LED Linear Flat System (LFS),
que já vem pronta para a instalação e permite fácil substituição
da fonte de luz, mesmo em luminárias estreitas (canais Slotlight).
A BJB também exibiu os conectores para Chip on Board (COB),
que permitem a montagem de refletores e são de engate
rápido. Outro destaque foi o sistema Spot/Downlight, cuja
instalação é por conexão com conceito Twist and Lock, que
assegura eficiente dissipação de calor por meio de um sistema
de feixe de molas tensionadas.
bjb.com
Conexled
A Conexled apresentou a linha de luminárias LED CLL
para aplicação em áreas que necessitem de um alto índice
de luminosidade. Possui corpo em chapa de aço, com pintura
anticorrosiva eletrostática na cor branca e sistema de dissipação
inovador, garantindo maior vida útil do LED. Utiliza LED Lighting
Class Mid Power, conforme a norma IES LM80.
conexled.com.br
FLC
A lâmpada de filamento LED Vintage A60 da FLC
tem potência de 6W – equivalente a uma incandescente
de 60W – temperatura de cor de 3000K, fluxo luminoso
de 750lm, tensão bivolt e vida útil aproximada de 15
mil horas.
flc.com.br
Guarilux
A Guarilux apresentou a luminária LED industrial INDU. A
tecnologia apresenta potência de 66W, IRC >80%, temperatura
de cor 5000K e vida útil >50.000 horas. Fabricada em aço
zincado e dissipador em alumínio extrudado anodizado com
acabamento na cor natural, é montada com módulos de LED
e driver que asseguram alta eficiência e longa durabilidade.
guarilux.com.br
DPS Telas Tensionadas
Audax Electronics
O módulo de LED Light Engine Linear Padrão Zagha (versões
2ft e 1ft) possui fluxo luminoso de 2.430lm (2ft), 1.215lm (2ft),
1.215lm (1ft) e 608lm (1ft). Está disponível nas potências de 25W
(2ft), 12,5W (2ft), 12,5W (1ft) e 6,3W (2ft) e nas temperaturas
de cor de 2700K, 4000K e 5000K.
audax.ind.br
Avant
A Avant expôs o projetor RGB de 580W, de uso externo para
iluminação de fachadas e estruturas, assim como para longo
alcance (100 metros de extensão). Apresenta grau de proteção
IP66 e não desbota objetos, pois não emite raios ultravioletas.
Seu fluxo luminoso é constante em toda a faixa de tensão.
avantled.com.br
Brilia
O destaque da Brilia foi a nova lâmpada Bulbo Autodimerizável
da Linha Intelligent. Acionada com um simples toque no
interruptor, basta aguardar a lâmpada atingir a intensidade
esperada e instantaneamente desligar e ligar o interruptor.
Outro destaque foi a fita multitemperatura de cor da Linha
Expert, que possui controle de dimerização e 12 temperaturas
pré-programadas por meio do controle Slim Multitemperatura.
brilia.com
A luminária para instalação sobreposta ou pendente Light
Tenzi foi o destaque da DPS. O produto possui estrutura em
alumínio circular com pintura eletrostática e difusor de luz
translúcido em tela tensionada, além de sistema opcional
dimerizável ou automação. Temperatura de cor de 3000K a
4000K ou opcional RGB. A DPS Brasil é distribuidora exclusiva
da Lumitenzi.
telasdps.com.br
e:light
A e:light destacou a nova criação e lançamento do designer
Nendo. O design ergonômico em aço e alumínio é pintado a pó
e disponível na cor branca e preta. A luminária usa LED de 10W
(2700K ou 3000K) com um driver 100-240V que possui timer
de quatro e oito horas. A luminária providencia luz horizontal,
direta e sem ofuscamento para a superfície de trabalho.
facebook.com/elight.experience.room
Itaim Iluminação
A Itaim Iluminação apresentou o sistema de iluminação
Magic White. Partindo do princípio do ciclo circadiano, o
Magic White, quando aplicado em locais sem a presença de
luz natural e ligado em um sistema de automação, permite a
simulação da luz solar através da iluminação artificial, gerando
efeitos que representam o nascer e o pôr-do-sol (2700K) e o
sol a pino (5000K).
itaimiluminacao.com.br
76 77
Lutron
Osram
Lemca Iluminação
O produto exibido pela Lemca Iluminação foi o perfil em
alumínio com LED, indicado para delinear e valorizar áreas
externas ou internas. O produto possui difusor em policarbonato
leitoso, LEDs nas tonalidades branco quente, branco frio, RGB
e conexão à rede por meio de fonte 12V ou 24V.
lemca.com.br
Lumicenter Lighting
As luminárias LED LCN12 e LCN13 foram os destaques
do Grupo Lumicenter. Disponíveis nas versões de sobrepor e
embutir, com difusor em acrílico transparente ou leitoso, as
luminárias são indicadas para uso em supermercados, lojas
de departamentos etc. Com fluxo de 3.850lm a 17.400lm e
eficácia de até 119lm/W, os produtos propiciam redução de
até 73% no consumo de energia elétrica.
lumicenter.com
A Lutron destacou o driver de LED A-Series Hi-lume, que
oferece dimerização contínua de um nível de iluminação de
100% a 1%. Disponível em dois formatos para adequar-se em
diferentes luminárias LED, suporta uma ampla gama de níveis
de corrente e de tensão (até 40W). Permite que o usuário opte
entre redução de corrente constante (CCR) ou dimerização com
modulação de amplitude de pulso (PWM) para os drivers de
corrente constante.
lutron.com
A Osram destacou o seu chip de LED Soleriq S13. A tecnologia
é indicada para efeito downlight e oferece iluminação de alto
desempenho, capaz de produzir luminosidade suficiente para
uma luminária com apenas um diodo emissor de luz. Possui
temperatura de cor de 2.700K e 6.500K (IRC 80) e 2.700K e
4.000K (IRC 90).
osram.com.br
Osvaldo/Matos
Nichia
A Nichia apresentou o seu novo LED modelo 3030 para
iluminação geral e específica. O produto apresenta eficácia
luminosa de 200lm/W e três step MacAdam Elipses. O LED
está disponível nas temperaturas de cor de 2.000K até 6.500K,
índice de reprodução de cor >90 e vermelho R9 maior que 50%.
nichia.co.jp
A Osvaldo/Matos expôs o downlight de embutir com aro
ou sem aro. A tecnologia é orientável até 30° e com rotação até
355°, possui fonte de luz LED COB com grande uniformidade da
luz e de temperatura de cor entre luminárias (3 step McAdam).
Possibilidade de adição de difusores transparentes ou fosco
que conferem maior índice de proteção (IP44). Fixação do aro
por magnetismo e tração mecânica.
osvaldomatos.com.br
Light Design + Exporlux
Lumini
A Light Design + Exporlux apresentou o pendente Line
para ambientes comerciais e residenciais. O produto apresenta
design minimalista e é composto por perfil de alumínio e
difusor de acrílico leitoso. Conta com três opções de tamanhos
e versões para iluminação direta e indireta ou as duas. A
luminária dispõe de LED integrado. Disponível na cor branca,
preta, prata e grafite.
IndeLED
A luminária Corisco foi o produto em destaque da IndeLED
durante o LEDforum. Indicada para ambientes comerciais, pode
ser instalada de maneira unitária ou em linha contínua. Possui
a opção de luz direta e indireta. Apresenta três opções de
difusores e pode ser utilizada com LED ou T5. Temperatura de
cor de 4.000K, IRC >80, tensão de 90-305Vac e fluxo luminoso
de 3.000lm/W a 3.700lm/W.
lighttool.com.br
A linha Beam de projetores orientáveis LED à prova de
tempo da Lumini possuem corpo em alumínio injetado, tratado
e pintado por processo eletrostático, além de sistema de
orientação e travamento do facho, disponível em três aberturas.
lumini.com.br
Omega Light
A Omega Light destacou o Ubíquo, um sistema de iluminação
modular para forros comerciais que permite flexibilidade de
composição. A unidade de projeto é dividida em sete espaços,
dispostos para abrigar uma série de módulos difusos, assimétricos
ou com aletas. Os módulos são equipados com LED de fluxos entre
1.250lm e 2.200lm com eficiência de 1.56lm/W, na versão PRO.
omegalight.com.br/ubiquo
Philips
A luminária modular StyliD da Philips possibilita a substituição
de peças específicas tanto do ponto de vista óptico como
estético. A luminária proporciona intensidade e fachos de
luz variados, permitindo destacar diferentes pontos, além de
proporcionar 25% de economia de energia. A StyliD foi um
dos produtos utilizados no projeto de iluminação do mercado
Eataly, em São Paulo (SP).
lighting.philips.com.br
78 79
Power Lume
Stillux
A Power Lume apresentou a sua nova linha de projetores
wallwasher com potências de 30W, 60W e 120W. Os produtos
têm temperatura de cor de 2.700K, 4.500K, 5.700K e RGB e
opções de lentes colimadoras 10°, 25°, 40°, 60° e 30° x 65°. Possui
sistema opcional Colormix RGB e controle de dimerização.
powerlume.com.br
Sends Iluminação
A lâmpada CDM LED foi o produto em destaque da Sends
Iluminação durante o LEDforum. A tecnologia apresenta
potência de 35W, ângulo de 30°, fator de potência de >0.9
e índice de reprodução de cor >85. Emite temperatura de
cor de 3.000K e 4.000K e fluxo luminoso de 2.300 e 2.700lm.
sendsiluminacao.com.br
A luminária downlight LED da Stillux está disponível
nas potências de 10W, 20W e 30W. O produto apresenta
acabamento fino em alumínio injetado, com resistente pintura
eletrostática na cor branca. É indicada para escritórios, lojas,
bancos, showrooms etc.
stillux.com
Supergauss
A Supergauss exibiu os produtos da iSave. Desenvolvidos
com o rigor da tecnologia alemã, os materiais proporcionam
eficiente relação custo x benefício, pois apresentam lm/W
superior. A Supergauss igualmente apresentou as luminárias
High Bay, tube LED, luminárias planas, além da linha de High
Bay com soquete.
supergauss.com.br
Revoluz
A luminária LED de embutir RLE-1251 da linha Maisha utiliza
LED Nichia, possui longa vida útil e boa relação térmica em
atividade, pois apresenta corpo e dissipadores em alumínio
anodizado. Apresenta eficiente rendimento e sistema de
isolamento do LED, protegendo-o da queima pela estática,
principal fator geral de queima, de acordo com os fabricantes
de LED.
revoluz.com.br
Stellatech
Schréder
A Schréder destacou a luminária Shuffle para áreas externas,
com módulos que rotacionam 360° e integram componentes
de iluminação LED com fotometrias adaptáveis para diversas
aplicações. Integra câmera, alto-falantes, WiFi, fotocélula e
sensores de movimento, sistema de controle Owlet para redes
autônomas e intergerenciáveis e carregador para veículos
elétricos, valorizando os ambientes.
schreder.com/brs-pt
A nova lâmpada AR111 EVO2 10° dimerizável foi o destaque
da Stellatech. O produto apresenta potência de 13W, temperatura
de cor de 2700K, eficiência luminosa de 58lm/W e IRC >80.
Além da lâmpada AR111, a Stella também destacou a AR70
10° dimerizável, cuja potência é de 7W, fluxo luminoso de
400lm e vida útil de 30 mil horas.
stellatech.com.br
Tensoflex
A Tensoflex lançou o Sistema Removível para a manutenção
dos elementos de iluminação agregados às telas translúcidas.
Cada tela dispõe de uma pequena alça fixada na borda, que
permite a sua retirada de forma simples e prática pelo próprio
cliente. A recolocação da tela também é feita rapidamente
sem a necessidade de equipamentos especiais, acessórios
ou equipes treinadas.
tensoflex.com.br
Utiluz
A Utiluz exibiu a família Tube LED durante o evento. Faz
parte da linha a TubeLED Industrial, que pode ser aplicada em
pavilhões comerciais e industriais, com potências que variam
entre 30W a 70W. Os produtos TubeLED Interno, TubeLED
Projetor e TubeLED Embutido de Solo, igualmente, fazem
parte da nova linha. Todos têm diâmetro de 140 mm e altura
variável de acordo com a potência.
utiluz.com
80 81
PARA SABER MAIS
Ana Spina Lighting Designer
T (11) 3045 4431
anaspina.com.br
BDP
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Claudia Moreira Salles
T (11) 3167 6173
contato@estudiocms.com
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electrolight.com.au
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Design
T (11) 3064 4194
estudiocarlosfortes.com.br
Gravity Light
info@gravitylight.org
gravitylight.org
Houghton Hall
T +44 1485 528569
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Illumination Strategic Design
T (11) 2364 3438 (SP)
T + 1 347 416 68 55 (NY)
ilumineisn.com
Jim Campbell
T +1 415 626 2617
jimcampbell.tv
Social Light Movement
sociallightmovement.com
Studio IX
T (11) 3872 9919
studioix.com.br
Tatiana Plakhova
complexitygraphics.com
The Wabash Lights
thewabashlights.com
Vivid Sydney
vividsydney.com
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Alper
T (11) 3018 4699
alper.com.br
página 20
Itaim Iluminação
T (11) 4785 1010
itaimiluminacao.com.br
3ª capa
Lutron
sacbrasil@lutron.com
lutron.com/latinamerica
página 25
Schréder
T (19) 3856 9680
schreder.com.br
página 19
Arrow Brasil
T (11) 3613 9300
arrowbrasil.com.br
página 33
Lemca Iluminação
T (11) 2827 0600
lemca.com.br
página 31
Luxion
T (54) 3021 0007
luxion.com.br
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steluti.com.br
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T (11) 3846 8100
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Light Design + Exporlux
T (81) 3339 1654
lightdesign.com.br
páginas 4 e 5
Mantra
T (41) 3026 8081
mantraco.com.br
páginas 6 e 7
Sylvania
T (11) 3133 2430
sylvania-americas.com
página 13
Aureon
T (11) 3966 6211
aureon.com.br
página 27
Lumicenter
T (41) 2103 2750
lumicenter.com
página 29
Omega Light
T (11) 5034 1233
omegalight.com.br
2ª capa
Ventana
T (11) 4596 1100
ventanabr.com
página 23
E:light
T (11) 3062 7525
cynthron.com.br
página 17
Lumini
T (11) 3437 5555
lumini.com.br
4ª capa
Osvaldo Matos
T (11) 3045 3095
osvaldomatos.com.br
página 9
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