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Boletim_A4_4páginas_ENAE_Asa Juventude MPA

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A juventude é, portanto, uma categoria de sujeitos sociais que nas suas comunidades dinamizam a vida do seu povo e<br />

estimulam organização social. Nessa caminhada se experimentam, fazem nascerem atividades significativas para<br />

vida comunitária ao promoverem espaços de lazer, formação de grupos de jovens com diversas finalidades,<br />

produtiva, religiosa, cultural. Assim, muitos se despertaram para militância e hoje dão a cara jovem ao <strong>MPA</strong>.<br />

POÇO REDONDO/SE<br />

JUVENTUDE ORGANIZADA<br />

DO <strong>MPA</strong><br />

Nessa caminhada seguimos: do debate a ação da juventude camponesa que é de fato imprescindível a afirmação do<br />

Plano Camponês, meta síntese do <strong>MPA</strong>. A identificação dos jovens com os ideais políticos e ideológicos do<br />

movimento contribui, portanto na continuidade da vida e da história do povo camponês.<br />

Momento de mística do <strong>MPA</strong><br />

Levantamento de dados no campo<br />

<strong>Juventude</strong> Camponesa, Qual a é<br />

sua Missão?<br />

Semear Soberania e Fazer<br />

Revolução!<br />

“Vocês companheiros jovens, devem ser a vanguarda de todos os movimentos. Os primeiros nos sacrifícios exigidos<br />

pela revolução qualquer que seja a índole desses sacrifícios. Os primeiros no trabalho. Os primeiros no estudo. Os<br />

primeiros na defesa do país.” CHE.<br />

O <strong>MPA</strong> – Movimento dos Pequenos Agricultores é um<br />

movimento social, de caráter nacional, popular, de massa,<br />

autônomo, de luta permanente, organizado a partir de<br />

grupos de família nas comunidades camponesas. Surge em<br />

1996 no Rio Grande do Sul, se expandiu e hoje se constrói<br />

em 20 estados brasileiros. Tem como centro da sua<br />

estratégia o Plano Camponês como projeto de vida no<br />

campo, como referencial para produção de alimentos<br />

saudáveis e fortalecimento do campesinato no horizonte<br />

do socialismo. Se inserir na longa marcha da resistência<br />

camponesa.<br />

Assim como em todos os estados, em Sergipe o <strong>MPA</strong> tem buscado avançar nos seus processos de organização e luta<br />

camponesa, com clareza da sua tarefa histórica. O I Congresso Nacional do movimento realizado em 2015, em São<br />

Paulo, trouxe como lema “aliança camponesa e operaria por soberania alimentar”, o processo de construção nos<br />

ajudou a evidenciar os desafios amplos que a conjuntura impõe a toda classe trabalhadora, bem como os desafios<br />

internos, entre eles, segue o de avançar no trabalho com a juventude que se coloca como um sujeito importante na<br />

construção do movimento desde sempre.<br />

O debate da juventude tem sido incorporado com prioridade no conjunto do movimento, desde os espaços locais,<br />

considerando o contexto complexo da vida no campo e a presença crescente, expressiva e “espontânea”, o que<br />

demonstra a capacidade dos jovens se identificar e inserir-se. Partimos da compreensão de que uma organização só<br />

conseguirá medir seu vigor se for capaz de envolver os jovens no seu processo efetivo de construção. Então se faz<br />

necessário alimentar a resistência da juventude no campo, canalizar sua energia, criatividade e ação para um projeto<br />

estratégico de sociedade, estimular para que possam continuar cumprindo com seu papel na sociedade, assim como<br />

fez em outros momentos da história na luta de classes.<br />

Na perspectiva de ativar o vigor da juventude, o <strong>MPA</strong> em Sergipe tem dados passos importantes. No período dos<br />

últimos quatro anos, retomou coletivo de juventude estadual que tem se desafiado a construir as brigadas de<br />

juventude; incluiu jovens nas instancias organizativas; tem buscado organizar a juventude nas comunidades a partir<br />

de processos produtivos e culturais. Tem assegurado atividades diversas de formação e animação, como: encontros,<br />

oficinas, seminários, escolas de militantes; no sertão fortaleceu a experiências do Grupo Raízes Nordestinas que há<br />

mais de 14 anos promove um processo de formação e organização da juventude a partir do trabalho de cultura<br />

popular como foco no teatro e na musica, hoje o grupo se liga organicamente ao movimento. O <strong>MPA</strong> através da<br />

juventude tem buscado ainda construir ações com jovens de outros movimentos sociais na perspectiva de fortalecer


a relação entre campo e cidade, assim contribuiu na construção do Coletivo de <strong>Juventude</strong> Campo Cidade<br />

que é um espaço de articulação da juventude no Sertão, Cursos de Realidade Brasileira, acampamentos,<br />

atos, intercâmbios.<br />

Buscando conhecer mais da realidade dos jovens no campo, contribuiu com a construção do diagnóstico<br />

nacional-estadual da juventude, que hoje nos possibilita um olhar mais apurado sobre as questões e<br />

pautas que envolvem a juventude camponesa, sobretudo das bases do <strong>MPA</strong>. No marco das lutas está: a luta<br />

pela implantação do campus da Universidade Federal de Sergipe no Sertão; Plebiscito pela reforma do<br />

sistema politico; campanha contra os agrotóxicos e pela vida; luta pela manutenção da escola agrícola do<br />

sertão. Tem ainda assegurado a participação em importantes atividades nacionais: escolas camponesa da<br />

memória, brigadas de agitação e propaganda, escola de formação de formadores.<br />

Na comunidade Bom Jardim, em Poço Redondo - SE, a juventude se agregou a outros jovens das<br />

comunidades vizinhas: Patos, Garrote do Emiliano e Cururu para aprenderem a tocar violão, a<br />

experiência está sendo possibilitada pela extensão da Escola Popular de Música do Raízes Nordestinas.<br />

Os adolescentes e jovens envolvidos também se organizam para produzir renda de bilros resgatando<br />

uma pratica artesanal da cultura do município, e ainda fazem canto coral, nas atividades da igreja.<br />

Momento de reivindicação na educação<br />

É importante ressaltar que todo esse processo tem sido realizado compreendendo as afirmações mais<br />

gerais do movimento nacionalmente. Nessa perspectiva as ações acumulam para o processo de<br />

construção das BRIGADAS DE JUVENTUDE DO <strong>MPA</strong> que têm dois objetivos fundamentais: o trabalho<br />

permanente com a juventude no campo e a realização de ações de agitação e propaganda. Assim as<br />

brigadas se afirmam como espaço de organização, formação e ação política da juventude.<br />

Entre as questões que movem a juventude no debate está: a terra, cultura, lazer, educação, geração de<br />

renda, participação nas tomadas de decisões da família. Considerando sonhos e demandas se mobilizam,<br />

assim é importante conhecermos como jovens das bases <strong>MPA</strong> se colocam no movimento da história:<br />

Arte da juventude do <strong>MPA</strong><br />

Na comunidade Garrote do Emiliano em Poço Redondo – SE, a juventude vem se organizando a partir da<br />

produção de mudas nativas da caatinga e forrageiras em um viveiro, conquistado pela comunidade no<br />

ano de 2013 com a parceria ASA - Articulação do Semiárido Brasileiro, como parte do Programa Uma<br />

Terra e Duas Águas – P1+2. A perspectiva com o trabalho é reflorestar as áreas de caatinga dos seus<br />

familiares e vizinhos. Buscam ainda fortalecer a atividade da apicultura e as forrageiras para alimentação<br />

do rebanho que é a principal atividade de geração de renda das famílias na comunidade. A juventude<br />

também contribui nas atividades de uma mini fabrica de confecção de roupas coordenado pelo grupo de<br />

mulheres.<br />

Oficina de artes sobre telas<br />

Trabalho com as crianças camponesas

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