Linda_Flor
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Os associados conseguiram também para a comunidade o Projeto Telecentro Digital, sendo esse implementado em<br />
duas fases, e instalado na sede da associação. A associação recebeu cinco computadores e alguns outros aparelhos<br />
de informática, com o objetivo de colaborar no aprendizado escolar dos filhos/as dos associados/as como também<br />
no manuseio dessas tecnologias pelos demais associados.<br />
A Construção de eco fogão na casa de famílias dentro da comunidade com o objetivo de melhorar os trabalhos de<br />
cozimento dos alimentos, como também diminuir o consumo de lenha e por consequência o desmatamento da<br />
caatinga; a Construção de silos; construção de cisternas de 16 mil litros para armazenar água de consumo humano e<br />
Construção de cisterna 52 mil litros para armazenar água para produção de alimentos e/ou criação de pequenos<br />
animais através da Articulação do Semiárido Brasileiro - ASA; a criação de galinhas; a construção da sede da<br />
associação; o curso de operador de máquinas agrícolas e de corte e costura; 12 km de estradas empiçarradas, entre<br />
outros, foram também benefícios que os agricultores conseguiram para a comunidade através da associação.<br />
A associação possui outros projetos em andamento atualmente, a exemplo da construção de casas populares.<br />
Durante a jornada dos associados encontraram dificuldades dentro da comunidade, a exemplo de grandes períodos<br />
de seca, acesso a políticas públicas como saúde, educação escolar, energia e acesso a terra para cultivar. Dificuldades<br />
essas que a associação trabalha para sanar através da aquisição de projetos para a comunidade.<br />
Alguns associados relatam suas perspectivas de futuro diante do resultado do associativismo dentro da<br />
comunidade:<br />
“Osvaldo - Aqui não existe diferença nos somos todos associados, o presidente e os outros associados têm os mesmos<br />
direitos, a única diferença e que o presidente tem tarefas a mais que os sócios”.<br />
“Carlinhos - atual presidente, perspectivas futuras eu como pessoa e não presidente tenho o sonho que o nosso povo<br />
consiga ter o seu meio de conviver com o semiárido através da sua sustentabilidade produtiva familiar e que não<br />
fique mais a depender de programas sociais do governo, que esses sejam renda a complementar e não a base da<br />
renda familiar”.<br />
“Maria do grude - Na minha família ajudou muito a dividir as tarefas da casa entre o marido e os filhos e também a<br />
afetividade entre a família”.<br />
“Conceição. - Melhorou a unidade, a convivência, mesmo tendo opiniões diferentes, exemplo daqui pra fora somos<br />
famílias e aqui dentro somos todos associados e iguais, não é porque meu filho é o presidente que eu não posso<br />
discordar dele, ele pode ter a opinião e a proposta dele”.<br />
Entre outros resultados positivos percebe-se a satisfação dos associados por terem seus filhos atualmente<br />
trabalhando em projetos que desenvolvem o método agroecológico, diminuindo assim os custos de preparação da<br />
terra e melhorando as formas de cuidados.<br />
PORTO DA FOLHA<br />
Associação dos produtores<br />
Rurais da Comunidade <strong>Linda</strong> <strong>Flor</strong><br />
A comunidade <strong>Linda</strong> <strong>Flor</strong>, foi chamada por esse nome pela primeira vez em década de 1980. Antes era conhecida<br />
por Fazenda Areias ao qual pertencia a seu Antônio Pereira e dona Hilda.<br />
O novo nome foi sugerido por seu Antônio Rito recenseador do IBGE na época, e fez referencia o jardim da casa de<br />
Dona Hilda casada com seu Antônio Pereira na época uma das fundadoras da comunidade <strong>Linda</strong> <strong>Flor</strong> e logo após<br />
idealizando juntamente com seu esposo a formação da associação.<br />
A primeira reunião da comunidade aconteceu no ano de 1987, na casa de seu Antônio Pereira e em 07 de outubro de<br />
1988 foi fundada a associação.<br />
A fundação da associação teve e tem como objetivo melhorar a vida comunitária, nas questões de participação,<br />
integração no desenvolvimento associativo e desenvolvimento das potencialidades da região.<br />
Na década de 1980 a região da linda <strong>Flor</strong> era pouco habitada, possuindo em seu território cerca de 15 famílias com as<br />
mais diversas dificuldades, dentre elas: moradia, saúde, educação, agua de qualidade e segurança alimentar.<br />
Biodigestor Rural de Dona Conceição<br />
Sede da Associação dos Produtores Rurais da Comunidade <strong>Linda</strong> <strong>Flor</strong>
Surge dai uma motivação a principio provocada pelo seu Antônio Pereira (morador mais antigo) de<br />
formar um grupo para se organizar e lutar por melhorias na comunidade de forma comum e igualitária.<br />
Nisso no dia 07 de outubro de 1988 reuniram-se na casa de seu Antônio Pereira e de sua esposa Dona<br />
Hilda (considerada a mãe da associação, por ser a primeira mulher a fazer parte do grupo), 15<br />
agricultores e agricultoras, sendo 12 homens e 3 mulheres , Tendo como principal tema da reunião a<br />
fundação da associação comunitária. Depois de muitas discussões, luta e com o incentivo marcante do<br />
técnico agrícola Sergio Bode e de religiosos missionários da igreja católica, exatamente um ano depois da<br />
primeira reunião foi fundada oficialmente no dia no dia 07 de outubro de 1988 a associação dos<br />
produtores rurais da comunidade <strong>Linda</strong> <strong>Flor</strong>. No inicio com apenas 15 associados, agricultores estes que<br />
eram vistos por algumas pessoas da região como comunistas e loucos. Atualmente a organização possui<br />
60 associados, 57 ativos e 3 inativos, sendo referencia em processos de associativismo na comunidade e<br />
região, assim como é a única associação da região em funcionamento das varias outras fundadas na<br />
mesma época. Nos dias atuais é a única que estar conseguindo vencer as dificuldades e permanecer<br />
firme na proposta do associativismo como um meio de luta e conquista de direitos e políticas públicas . “<br />
Estamos cada vez mais fortes Hoje na vida comunitária e vida agrícola”, Diz Seu Osvaldo Pereira , membro<br />
e ex-presidente.<br />
Inicialmente buscaram orientações da associação do povoado Lagoa do Mato, sendo essa uma das<br />
primeiras a desenvolver o associativismo na região. Nos dias atuais a associação da comunidade <strong>Linda</strong><br />
<strong>Flor</strong> já possui um estatuto onde rege e define suas organicidades e atividades fins. Quando criada para se<br />
tornar associado da mesma necessitava apenas de perfil de agricultor e participar de 3 reuniões<br />
seguidas, critério esse que foi colocado em assembleia e apreciação aberta. Hoje o perfil para se tornar<br />
associado continua sendo ser agricultor e participar de 3 reuniões seguidas, sem atrasos. Caso não tenha<br />
justificativa do atraso ou falta a pessoa é automaticamente excluída da pretensão do processo de seleção.<br />
Tonando-se membro, o associado contribui no ato da entrada com 15% do salario mínimo vigente e 5<br />
reais mensais. As reuniões da assembleia acontecem uma vez por mês, onde na véspera da mesma se<br />
reúne a direção para tratar assuntos da pauta. O Mandato da direção no inicio era de 2 anos , com o passar<br />
dos anos passou a ser 4, podendo renovar ate 8 anos. O membro deve ter no mínimo 6 meses de associado<br />
para poder ter direito a voto e no mínimo 1 ano para poder se candidatar a diretoria, e caso algum<br />
membro da direção queira se candidatar a algum cargo eletivo público tem que pedir afastamento 2 anos<br />
antes. As Reuniões geralmente são pautadas na atividade agropecuária nas necessidades da<br />
comunidade.<br />
O primeiro projeto desenvolvido pela associação foi à implementação de uma casa de sementes com<br />
objetivo de garantir a autonomia e independência do plantio. sendo fortalecido com projetos posteriores<br />
do governo federal, e reforçado pelo projeto de sementes do Semiárido da ASA no ano 2015.<br />
Outro projeto no início dos trabalhos da associação foi a aquisição de 15 pareias de bois equipadas com<br />
arados, sendo adquiridas um ano depois mais 15 pareias de bois, via órgão do governo do estado,<br />
colaborando bastante nos trabalhos agrícolas comunitário. A Aquisição de trator com grade aradoura,<br />
uma carroção e um carro pipa veio logo em seguida. Os Associados adquiriram também com o passar do<br />
tempo 30 doses de semem para inseminação artificial, acompanhado de um curso de inseminação que<br />
teve a participação de dois associados. Outros benefícios vieram em seguida, como máquinas forrageiras<br />
e tanques de resfriamento de leite. Foram aparecendo também como resultado dos trabalhos<br />
comunitário dos associados, entre esses benefícios as Implementações de casas de farinha com todos os<br />
equipamentos e a construção do espaço de funcionamento ( Na época ainda tinham algumas famílias<br />
que plantavam mandioca, mas hoje em dia não está sendo possível mais a continuidade do plantio e por<br />
consequência a casa se encontra fechada), 18 km de rede elétrica para favorecimento de 15 famílias, 10<br />
km de rede de tubulação, para fornecimento de água encanada para 15 família, barraginhas, barragem<br />
subterrâneas e a implementação de biodigestores.<br />
Equipamentos adquiridos pela Associação<br />
Associados/as após reunião da Associação