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Revista dos Pneus 38

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ENTREVISTA Nuno Ferreira, da Michelin<br />

Ano VIII - 5 euros - revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

SALÃO Reifen 2016 bateu recordes<br />

N.º <strong>38</strong><br />

Jun. ‘16<br />

Qualidade<br />

.<br />

Peugeot 308 GTi<br />

Desportivo de garras muito afiadas<br />

270 cv | 250 km/h | 6,0 s <strong>dos</strong> 0-100<br />

MESA REDONDA<br />

Distribuidores<br />

de jogo<br />

Eurotyre_Aquilles.pdf 1 03/06/14 14:56<br />

A posição <strong>dos</strong> players<br />

Mercado globalizado<br />

Fabricantes fecham circuito<br />

PUB<br />

Importador Exclusivo<br />

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02 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


Editorial<br />

DIRETOR<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Redação<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Diretor Comercial<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

Gestores de clientes<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

Rodolfo Faustino<br />

rodolfo.faustino@apcomunicacao.com<br />

Imagem<br />

António Valente<br />

Multimédia<br />

Catarina Gomes<br />

Arte<br />

Hélio Falcão<br />

Serviços administrativos<br />

e contabilidade<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

Periodicidade<br />

Bimestral<br />

Assinaturas<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© COPYRIGHT<br />

Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />

autorização prévia e por escrito da REVISTA<br />

DOS PNEUS<br />

IMPRESSÃO<br />

FIG, Indústrias Gráficas, S.A.<br />

Rua Adriano Lucas - 3020 - 265 Coimbra Telef.:<br />

239 499 922 N.º de Registo no ERC: 124.782<br />

Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />

TIRAGEM<br />

5.000 exemplares<br />

AP COMUNICAÇÃO<br />

Propriedade:<br />

João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />

Sede:<br />

Bela Vista Office, sala 2-29<br />

Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66a<br />

2735 - 336 Cacém - Portugal<br />

Tel.: +351 219 288 052/4<br />

Fax: +351 219 288 053<br />

Email: geral@apcomunicacao.com<br />

GPS: <strong>38</strong>º45’51.12”n - 9º18’22.61”w<br />

Distribuição de pneus:<br />

setor ainda mais profissional<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> organizou uma Mesa Redonda que teve como<br />

pano de fundo a distribuição de pneus em Portugal. Reunimos,<br />

por isso, vários responsáveis das principais empresas afetas a esta<br />

atividade, para saber o que pensam eles sobre o setor e como<br />

podem ser traçadas perspetivas quanto ao futuro deste negócio<br />

Como acontece com todas as outras áreas<br />

de negócio ligadas ao pós-venda automóvel,<br />

a distribuição de pneus não escapa<br />

ao contexto global das transformações que<br />

lhes são inerentes, através das quais se tentam<br />

criar novos modelos de distribuição que permitam<br />

satisfazer as necessidades e expectativas do<br />

consumidor final.<br />

A distribuição de pneus está, por isso, a viver<br />

um momento de transição, quer pela estratégia<br />

de domínio <strong>dos</strong> fabricantes de pneus, quer pela<br />

desadequação do modelo de negócio das casas<br />

de pneus e oficinas tradicionais. Na avaliação do<br />

setor deste nicho de mercado, não se pode, pois,<br />

deixar de equacionar os novos modelos de negócio<br />

a nível de operadores. Nem a redefinição<br />

do próprio modelo de distribuição, nomeadamente<br />

no que respeita à escala do negócio.<br />

Quase to<strong>dos</strong> os fabricantes de pneus já avançaram<br />

com os seus próprios conceitos oficinais,<br />

que têm a grande vantagem de operar em todo<br />

o país e, também, no estrangeiro. Para competir<br />

com armas iguais ou equivalentes, a distribuição<br />

independente tem de subir um degrau na escala<br />

da oferta de oficinas de reparação/manutenção<br />

automóvel diversificada, a única forma de garantir<br />

a rentabilidade do negócio e atrair mais consumidores.<br />

Paralelamente, a distribuição independente<br />

deve reorganizar-se e consolidar-se,<br />

através de movimentos de fusão e/ou associação,<br />

para adquirir a massa crítica, a dimensão de<br />

economia de escala e as sinergias indispensáveis<br />

para competir pelo mercado total.<br />

A palavra mais utilizada pelos intervenientes desta<br />

Mesa Redonda sobre a distribuição de pneus<br />

foi profissionalismo. Competência profissional na<br />

gestão das empresas, competência profissional<br />

na venda do produto, na logística, na assistência<br />

e no acompanhamento <strong>dos</strong> clientes. A direção<br />

está correta e não existe, efetivamente, hoje,<br />

outro rumo possível. Através do dinamismo das<br />

empresas e <strong>dos</strong> seus colaboradores, da proximidade<br />

com o cliente final e de um nível de serviço<br />

ótimo, a distribuição independente tem os seus<br />

argumentos fortes e está pronta para o “combate”.<br />

Com uma gestão eficaz das marcas que representam<br />

e uma oferta completa e adequada ao perfil<br />

do consumidor português, a distribuição portuguesa<br />

de pneus pode ganhar a dimensão necessária<br />

para competir num mercado sem fronteiras.<br />

Apostar na logística para conseguir melhorar o<br />

serviço aos clientes, desenvolver serviços inovadores,<br />

apostar claramente no apoio técnico,<br />

no serviço ao cliente, na formação e no apoio<br />

em marketing e comunicação através das novas<br />

ferramentas digitais, são fatores essenciais para<br />

o sucesso <strong>dos</strong> distribuidores de pneus. Logo, de<br />

todo este setor em Portugal. O que seria do negócio<br />

de pneus sem a distribuição?<br />

A concluir, podemos dizer que o artigo dedicado<br />

à Mesa Redonda é de leitura obrigatória, sobretudo<br />

para quem está no negócio da distribuição de<br />

pneus. Os participantes caracterizaram o momento<br />

que este setor atravessa e abordaram as ameaças<br />

e/ou oportunidades que, sobre ele, pairam.<br />

João Vieira<br />

Diretor<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03


Produto estrela<br />

Continental SportContact 6<br />

Tempero picante<br />

É o pneu mais desportivo de sempre da Continental. Substitui os ContiForceContact<br />

e ContiSportContact 5 P. Está disponível em 41 dimensões. Para jantes de 19” a 23”.<br />

O seu tempero picante deve-se ao composto “Black Chili”<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Anunciado como o pneu mais desportivo<br />

de sempre da Continental para veículos<br />

de produção em série, o SportContact<br />

6 substitui, de uma assentada, os ContiForceContact<br />

e ContiSportContact 5 P. Está disponível<br />

em 41 dimensões. Para jantes de 19” a<br />

23”. Concebido para atingir velocidades de até<br />

350 km/h, o SportContact 6 é o primeiro pneu<br />

da Continental a deixar cair a designação “Conti”.<br />

Estratégia que, aliás, será extensível aos futuros<br />

produtos deste fabricante. A elevada eficácia que<br />

o SportContact 6 anuncia deve-se, em boa parte,<br />

ao design do piso, dotado de blocos de suporte.<br />

Os engenheiros da Continental recorreram<br />

à nova tecnologia de vectorização para<br />

assegurar uma melhor transferência<br />

de forças. Tecnologia esta que aplica<br />

diferentes elementos no interior, no exterior e<br />

no centro. Dependendo do tamanho do pneu,<br />

três ou quatro nervuras centrais, mais o ombro<br />

interno, garantem a máxima transferência transversal<br />

da força.<br />

Destaque merece, também, o inovador material<br />

“Aralon 350”. Desenvolvido especificamente<br />

para o SportContact 6, consiste numa<br />

fibra sintética em que dois fios feitos de aramida<br />

resistente estão entrelaça<strong>dos</strong> com um fio<br />

de nylon flexível. Implantada na borracha, esta<br />

fibra é colocada sob o piso como uma tela de<br />

revestimento sem junções. Esta estrutura complexa<br />

atua como uma cinta de aço adicional e<br />

oferece um comportamento do contorno do<br />

pneu controlado e seguro, mesmo a velocidades<br />

de até 350 km/h.<br />

Disponível com larguras de piso que variam<br />

entre 225 e 335 mm, séries 25 a 40, índice de<br />

velocidade Y e jantes de 19” a 23”, o Continental<br />

SportContact 6 deve o seu tempero picante ao<br />

composto de piso de elevada aderência. Designado<br />

“Black Chili”, este composto de borracha<br />

foi concebido para se adaptar à rugosidade do<br />

piso. Simultaneamente, ligações atómicas<br />

temporárias entre o composto e a estrada<br />

asseguram uma aderência elevada,<br />

agindo como pequenas almofadas<br />

de sucção a nível nanoscópico. ♦<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


Art_Roady_Rev<strong>Pneus</strong>_180x258.pdf 1 16/05/16 12:43<br />

investimos juntos,<br />

para juntos chegarmos mais longe.<br />

Junte-se ao Roady. Junte-se ao sucesso do Grupo Os Mosqueteiros.<br />

Passa<strong>dos</strong> 25 anos, o Grupo Os Mosqueteiros, tem entre as suas marcas, mais de 300 pontos de venda de norte<br />

a sul do país. O segredo do sucesso? Simples. A União. Este é o segredo e o espírito de to<strong>dos</strong> os que fazem parte<br />

deste grupo de empreendedores. Junte-se a nós. Junte-se a mais de 220 empresários independentes que estarão<br />

sempre ao seu lado, sempre presentes para o levar mais longe.<br />

Mais informações em www.mosqueteiros.com<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 05


Equipamento do mês<br />

Hunter Revolution<br />

Eficácia automática<br />

Representada, em exclusivo, pela Cometil, a Hunter Revolution consiste numa<br />

evoluída máquina de (des)montar pneus 100% automática. Que, graças às precisas e<br />

sofisticadas soluções que integra, permite operar com todo o tipo de rodas de veículos<br />

ligeiros de passageiros e comerciais. Com a máxima eficácia<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Dos vários equipamentos comercializa<strong>dos</strong> pela Cometil<br />

que se destinam à (des)montagem de pneus, um há<br />

que se destaca <strong>dos</strong> restantes: Hunter Revolution. Esta<br />

máquina, que integra precisas e sofisticadas soluções, permite<br />

(des)montar todo o tipo de rodas de veículos ligeiros de<br />

passageiros e comerciais. E o mais curioso é que, mesmo sem<br />

experiência, o operador poderá (des)montar qualquer tipo de<br />

roda em apenas... 2:22 segun<strong>dos</strong>! De jantes de ferro às de liga<br />

leve, <strong>dos</strong> pneus standard aos especiais de baixo perfil, a Hunter<br />

Revolution executa o ciclo de desmontagem e montagem<br />

praticamente num “abrir e fechar” de olhos. Função que ajuda<br />

a calcular o número de rodas que se podem fazer diariamente,<br />

eliminando, por completo, o risco de reclamações devido a<br />

montagem incorreta, causada por inexperiência do operador<br />

e/ou potenciais danos, quer na jante quer no pneu.<br />

Para manusear a Hunter Revolution, o operador não necessita<br />

de ter formação específica na área de desmontagem/montagem<br />

de pneus. O que evita custos relaciona<strong>dos</strong> com formação.<br />

A Hunter Revolution tem vídeos formativos de casos específicos,<br />

que podem acompanhar o operador no exercício da<br />

sua atividade. Equipada com braços auxiliares monitoriza<strong>dos</strong><br />

por computador, esta máquina dispõe de um sistema de proteção<br />

de sensores de pressão, dispensando, assim, a utilização<br />

de acessórios, tais como desmontas. A Hunter Revolution incorpora,<br />

também, um elevador de roda, ideal para reduzir o<br />

esforço do operador. Existem, por isso, mil e um motivos para<br />

que os especialistas de pneus optem por este equipamento,<br />

que é representado, em exclusivo, pela Cometil. ♦<br />

TCR1S<br />

Utensílio de (Des)montagem<br />

Sistema de fixação<br />

Sistema (Des)talonador<br />

Capacidade p/Otimização<br />

Diâmetro de roda<br />

Diâmetro máximo do pneu<br />

Largura máxima da roda<br />

Motor<br />

Unha em plástico auto inserível<br />

Central com porca rápida<br />

Rolos Superior e Inferior<br />

Sim<br />

12 in. - 30 in. (305 mm - 762 mm)<br />

50 in. (1,270 mm)<br />

15 in. (<strong>38</strong>1 mm)<br />

Variável até 15 rpm CW/CCW/ Torque: 1186 Nm<br />

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS<br />

Alimentação<br />

Ar Comprimido<br />

Consumo de ar<br />

Peso<br />

Largura<br />

Altura<br />

Comprimento<br />

230V / 5,520 watts<br />

8.6 ± 1.7 bar<br />

27 L/Min<br />

816 kg<br />

1,321 mm<br />

1,994 mm<br />

1,702 mm – El. Roda p/cima<br />

1,981 mm – El. Roda p/baixo<br />

06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


www.yokohamaiberia.com<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 07


Mesa Redonda<br />

Distribuidores de pneus<br />

Distribuidores de jogo<br />

No mercado <strong>dos</strong> pneus, os distribuidores sempre jogaram a meio do terreno.<br />

Mas, numa altura em que os fabricantes começam a tentar “dominar” o<br />

circuito de A a Z, qual será a posição destes players no futuro? Nesta Mesa<br />

Redonda, procurámos responder a esta e a outras questões pertinentes<br />

VEJA O VÍDEO<br />

Por: Bruno Castanheira e Jorge Flores<br />

No mundo <strong>dos</strong> pneus, os distribuidores<br />

jogam a meio do terreno. São eles o<br />

(forte) elo de ligação entre os fabricantes<br />

e os retalhistas. Na gíria futebolística,<br />

dir-se-ia que vestem a camisola número 10. Uma<br />

espécie de organizadores de jogo no complexo<br />

(e ramificado) comércio <strong>dos</strong> pneus. Historicamente,<br />

o seu espaço no circuito era imprescindível.<br />

Insubstituível. Mas e na atualidade? A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong> organizou uma Mesa Redonda com seis<br />

<strong>dos</strong> principais distribuidores do mercado nacional<br />

de pneus. E convidou ainda um retalhista de peso.<br />

Uma voz que assegurou o contraditório nesta<br />

cadeia de distribuição. No evento realizado no<br />

Sweet Atlantic Hotel, na Figueira da Foz, no dia<br />

30 de maio último, procurou-se entender a atual<br />

e a futura posição <strong>dos</strong> distribuidores num modelo<br />

de negócio em permanente mudança. O debate<br />

foi animado e frutífero nos seus mais varia<strong>dos</strong><br />

pontos de vista.<br />

w PRESSÃO DOS FABRICANTES<br />

A análise do mercado de pneus em Portugal, nos<br />

dias de hoje, foi o tema do primeiro painel da<br />

Mesa Redonda. E as honras de estreia couberam<br />

a César Branco. O diretor-geral da AB Tyres começou<br />

por reconhecer que o setor vive uma “profunda<br />

alteração”, colocando, de seguida, a si e aos<br />

presentes, uma questão. “Sabemos para onde<br />

vamos e o que se passa concretamente?” Em sua<br />

opinião, existe uma “grande pressão <strong>dos</strong> fabricantes<br />

para a verticalização do canal de distribuição.<br />

O que quer isto dizer? Que os fabricantes estão a<br />

querer chegar diretamente aos clientes mais<br />

importantes. Verticalizam, ou seja, tomam conta<br />

deste negócio desde a produção até ao cliente<br />

final”, afirmou César Branco, dando, como exemplo,<br />

o que se passa em vários países da Europa,<br />

onde os fabricantes já estão a “tomar” conta das<br />

plataformas B2C, “o que significa que estão a<br />

entrar num novo canal de aproximação ao cliente<br />

final de forma direta. E que usarão as lojas es-<br />

08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


pecialistas para ser o seu canal de distribuição e<br />

de montagem”, disse. A pergunta a colocar aos<br />

distribuidores é simples. “O que estamos a fazer<br />

no mercado e que papel é o nosso?”<br />

A AB Tyres conta no catálogo com algumas marcas<br />

exclusivas. “Nas marcas premium, existe uma<br />

grande pressão, há uma forte concorrência entre<br />

to<strong>dos</strong> os operadores e um esmagamento muito<br />

grande de margens. E a questão de fundo quando<br />

digo que não sabemos o que se passa, é que<br />

não temos perspetivas. Porque o quadro macroeconómico<br />

é muito complicado. Não há investimento<br />

(nacional e internacional), não há crescimento<br />

económico, o PIB não cresce, a economia<br />

não se desenvolve. E o setor bancário, ao estar<br />

numa situação extremamente difícil, também não<br />

ajuda as empresas que querem investir para desenvolver<br />

o seu negócio”, disse.<br />

Numa tónica pouco otimista, César Branco acrescentou<br />

que, “não havendo consumo, há uma retração<br />

natural”. E lamentou os “escassos da<strong>dos</strong>”<br />

ca em outros setores em Portugal: uma forte<br />

competitividade e concorrência, que tenta atingir,<br />

de todas as formas, quota de mercado. As marcas<br />

vão fazendo pressão sobre os distribuidores para<br />

que estes aumentem os seus volumes de compras,<br />

tentando, assim, criar o canal direto e as suas<br />

próprias redes”, explicou. Na sua perspetiva, caberá,<br />

depois, a cada distribuidor saber em que<br />

“posição se deve colocar, traçar os seus caminhos<br />

e não se deixar influenciar demasiado pelo ambiente.<br />

Ter os objetivos bem defini<strong>dos</strong>”, enfatizou<br />

Luís Aniceto.<br />

De resto, o responsável da S. José <strong>Pneus</strong> é da<br />

opinião que, “em cada ano, as coisas se passam<br />

mais ou menos da mesma forma. Eventualmente,<br />

com outros meios, com outras marcas e outras<br />

formas de distribuição. Mas a competitividade<br />

existe. Está latente. Está instalada há muitos anos.<br />

Cada vez existem mais players no mercado. Com<br />

tudo o que isso tem de positivo e de negativo”,<br />

disse. Por outras palavras? “É uma evolução na<br />

“A tendência é, claramente, a<br />

verticalização. O domínio desde<br />

o fabricante até ao cliente final<br />

e o aparecimento das<br />

plataformas B2C. E isto vai<br />

acontecer. Quando? Não<br />

sabemos. E as empresas que<br />

estiverem preparadas e que<br />

forem capazes de se preparar<br />

para a mudança, seja ela qual<br />

for, são as que sobreviverão”<br />

CÉSAR BRANCO<br />

Diretor-Geral da AB Tyres<br />

existentes sobre o mercado de pneus”. Logo de<br />

seguida, reconheceu que, “to<strong>dos</strong> nós, distribuidores,<br />

dependemos <strong>dos</strong> fabricantes, que são quem<br />

define os canais que querem ter”. Assim sendo,<br />

“os fabricantes fazem o que querem e nós temos<br />

de nos adaptar. Temos de encontrar a solução,<br />

pois andamos à procura do nosso espaço. Na<br />

verdade, estamos to<strong>dos</strong> numa corrida”, vaticinou<br />

o diretor-geral da AB Tyres.<br />

w EVOLUÇÃO NA CONTINUIDADE<br />

Luís Aniceto, administrador da S. José <strong>Pneus</strong>,<br />

concordou com a primeira intervenção. “No mercado<br />

<strong>dos</strong> pneus, passa-se o mesmo que se verificontinuidade.<br />

To<strong>dos</strong> dizemos que cada ano é o<br />

mais complicado, porque nos esquecemos do<br />

que se passou em anos anteriores. Neste momento,<br />

temos presentes as dificuldades atuais. As que<br />

passaram estão resolvidas”, disparou.<br />

w MERCADO MADURO<br />

Que o mercado de pneus tem evoluído muito<br />

ninguém na Mesa Redonda duvidou. José Enrique<br />

Carreiro, gerente da RS Contreras, disse-o claramente.<br />

“Creio que estamos num mercado maduro.<br />

Tivemos anos de muito crescimento, mas<br />

chegámos a um ponto onde os crescimentos são<br />

muito complica<strong>dos</strong> e onde temos de marcar a<br />

diferença se quisermos atingi-los. As empresas<br />

têm de ser competitivas e temos de primar pela<br />

diferenciação, seja nos serviços ou na oferta<br />

(marcas). As organizações têm-se tornado mais<br />

complexas”, esclareceu José Enrique Carreiro.<br />

Como responsável por uma empresa de distribuição<br />

como a RS Contreras, José Enrique Carreiro<br />

acredita “plenamente na política de recursos<br />

humanos, que penso ser a chave para as organizações<br />

tornarem-se mais competitivas. O futuro?<br />

É um pouco difícil de adivinhar. Olhando até para<br />

o mercado fora de Portugal, penso que existe uma<br />

clara tendência de concentração de distribuidores.<br />

Em princípio, em Portugal será este o futuro. No<br />

entanto, repito, é difícil de adivinhar. A história<br />

encarregar-se-á de confirmá-lo ou de desmenti-lo.<br />

O nosso mercado é competitivo e maduro, sendo<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09


Mesa Redonda<br />

Distribuidores de pneus<br />

“As casas de peças, quando<br />

solicitam um serviço a um<br />

distribuidor, pagam portes. E<br />

não cobram ao cliente por este<br />

serviço porque têm margens<br />

que são o dobro ou o triplo das<br />

que se praticam nos pneus”<br />

país atravessa. Face a isto, temos de procurar outros<br />

segmentos de mercado que os clientes nos<br />

exigem. Não vejo que as coisas estejam melhores<br />

hoje do que há uns anos. O futuro? Veremos<br />

como vai ser. Se somos demasia<strong>dos</strong> operadores<br />

para a dimensão do país que temos? Provavelmente,<br />

sim”, reconheceu...<br />

w FRONTEIRAS E LIMITES<br />

Álvaro Cerqueira, administrador da Point S e da<br />

MEGAMundi, trouxe para a mesa um novo ponto<br />

de abordagem, “visto estar num mercado um<br />

pouco distinto”, disse. “Faço parte de um grupo<br />

internacional que tem uma luta totalmente diferente<br />

da que se verifica com os distribuidores. Eles<br />

fazem o trabalho deles e nós fazemos o nosso,<br />

que é diretamente com o cliente final. Claro que<br />

andamos atrás <strong>dos</strong> distribuidores, visto serem<br />

eles que nos abastecem, se calhar em 60 ou 70%,<br />

não os fabricantes”, enfatizou.<br />

Em sua opinião, “há muita concorrência. Os<br />

próprios distribuidores conseguem abrir canais<br />

de todas as formas e feitios. Será difícil para nós,<br />

aumentou, tal como a oferta”. Referindo-se ao<br />

mercado nacional, Rui Chorado apontou a “entrada<br />

de novos players, concretamente de Espanha, que<br />

veem Portugal como um canal que pode atenuar<br />

problemas que possam surgir nos seus países de<br />

origem”. Um problema, no seu entender, uma<br />

vez que “causa maior confusão para as empresas<br />

portuguesas. O fator preço torna-se num ‘canal’<br />

cada vez mais estreito e difícil para to<strong>dos</strong>. As<br />

empresas têm de ser flexíveis, mas tudo tem um<br />

limite”, reforçou o administrador da Dispnal.<br />

Manuel Félix, diretor-geral da Euro Tyre, focou<br />

a sua intervenção naquilo que considera ser<br />

uma evolução muito rápida do mercado de<br />

pneus. “Diria que, neste momento, está estável,<br />

por muito que queiramos ‘mexer’ e alterar. Não<br />

conseguimos provocar-lhe grande convulsões.<br />

Claro que cada distribuidor consegue sempre<br />

MANUEL FÉLIX<br />

Diretor-Geral da Euro Tyre<br />

preciso trabalhar arduamente para seguirmos<br />

para a frente. Importa, também, ter uma estratégia<br />

clara e definida”, sublinhou.<br />

Rui Chaveca, por seu turno, administrador da<br />

Chaveca & Janeira, empresa que já vem do tempo<br />

do seu pai, chamou a atenção para a existência,<br />

“desde sempre”, de problemas no setor <strong>dos</strong><br />

pneus. “Aquilo que tentamos fazer, muitas vezes,<br />

é adaptar-nos às circunstâncias. Estamos sempre<br />

a dizer que as empresas estão com dificuldades,<br />

mas o que é facto é que vamos assistindo à abertura<br />

de novos armazéns e de novos postos por<br />

parte das empresas”, disse.<br />

No caso da Chaveca & Janeira, “tivemos um annus<br />

horribilis em 2012. De então para cá, as coisas<br />

foram-se adaptando. Fomos acrescentando outras<br />

marcas, algumas próprias, se o mercado pede<br />

pneus mais económicos, vamos à procura deles.<br />

Se, ao invés, pedir marcas premium, também vamos<br />

buscá-las”, afirmou. Contudo, na sua visão,<br />

“as marcas premium libertam-nos cada vez menos<br />

margem, devido às dificuldades financeiras que o<br />

retalhistas, irmos ao ponto onde queremos chegar.<br />

Sabemos as dificuldades que existem, que<br />

se prendem com a falta de dinheiro. Os distribuidores<br />

estão a enveredar pelo caminho que<br />

os fabricantes querem ir: preço!”, disparou Álvaro<br />

Cerqueira. Concluindo, depois, o seu raciocínio:<br />

“Não está fácil. Até porque os fabricantes começaram<br />

a abrir canais pelas marcas de automóveis e<br />

os distribuidores começaram a abrir canais pelas<br />

oficinas. Hoje, todas as oficinas podem comprar<br />

pneus a um distribuidor. Estejam as oficinas em<br />

rede ou não”, lamentou o administrador da Point<br />

S e da MEGAMundi.<br />

Por sua vez, Rui Chorado, administrador da<br />

Dispnal, optou por começar a sua intervenção<br />

com uma frase lapidar. “A livre circulação trouxe<br />

a livre confusão”. Depois, deu conteúdo ao seu<br />

pensamento: “Estamos num mercado global. A<br />

Dispnal nasceu com o intuito de operar com to<strong>dos</strong><br />

os tipos de pneus, desde o pneu para empilhador<br />

até ao pneu industrial. Atualmente, devido a<br />

todo o tipo de canais que têm surgido, a procura<br />

“Se retirarmos o crédito a<br />

muitos clientes, eles não<br />

podem pagar e também já<br />

não compram. É um problema<br />

complexo. Resumindo e<br />

concluindo: se quisermos<br />

ganhar dinheiro, não é a vender<br />

pneus. Esta é que é a realidade,<br />

por mais cómica que ela possa<br />

parecer”<br />

RUI CHORADO<br />

Administrador da Dispnal<br />

10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


etirar quota de mercado a outro, mas são<br />

percentagens relativamente pequenas”, afirmou.<br />

“Obviamente, é um mercado competitivo. Porque<br />

tem de ser. Em to<strong>dos</strong> os aspetos, desde o preço<br />

ao serviço, passando pelas condições de crédito.<br />

Tudo isto define a competitividade do mercado”,<br />

acrescentou o diretor-geral da Euro Tyre, fazendo<br />

questão de concordar com os seus colegas de<br />

mesa no quanto são “prejudica<strong>dos</strong> pelos vizinhos<br />

espanhóis”. Porquê? “Adotam uma estratégia<br />

de preço em Portugal que nada tem a ver com<br />

aquela que praticam em Espanha”.<br />

Manuel Félix revelou estar contra a “ânsia<br />

desmesurada para vender” e partilhou ainda a<br />

sua preocupação quanto à “saúde financeira <strong>dos</strong><br />

seus clientes”, algo fundamental para o negócio<br />

das empresas de distribuição e para o mercado<br />

em geral. Segundo disse, cada um na mesa terá<br />

a sua “estratégia”, mas é importante que “olhemos<br />

para o comércio (que não é apenas o número de<br />

pneus vendi<strong>dos</strong>) de forma global”.<br />

w FALTA DE ESTATÍSTICAS<br />

Preocupação partilhada por (quase) to<strong>dos</strong> os<br />

participantes na Mesa Redonda foi o da falta de<br />

da<strong>dos</strong> e estatísticas oficiais sobre o mercado de<br />

pneus em Portugal. César Branco, diretor-geral<br />

da AB Tyres, não escondeu o incómodo com esta<br />

situação. “No mercado de pneus, sabemos qual é<br />

a produção europeia (os da<strong>dos</strong> são oficiais e são<br />

fidedignos), mas, depois, não sabemos quanto<br />

vale exatamente o mercado. Nem a penetração<br />

<strong>dos</strong> diversos segmentos, das diversas marcas,<br />

sejam elas europeias ou não, e <strong>dos</strong> diversos<br />

canais”, acusou. E propôs aos presentes o<br />

seguinte: “Podíamos, de facto, fazer algo. Como<br />

aliás, outros setores já fizeram: trabalhar para<br />

“Não é o retalho que deve<br />

assumir os custos da logística,<br />

mas o consumidor final.<br />

Acho que é impossível haver<br />

entendimento no setor sobre<br />

esta questão, que é quase<br />

cultural. Penso que teria<br />

de começar pelas próprias<br />

marcas, que deveriam cobrar o<br />

transporte”<br />

JOSÉ ENRIQUE CARREIRO<br />

Gerente da RS Contreras<br />

termos uma informação comum, de modo a<br />

que to<strong>dos</strong> pudéssemos beneficiar dela, sem,<br />

contudo, revelarmos da<strong>dos</strong> muito concretos de<br />

cada empresa. Acredito que quanto melhor for a<br />

informação que temos, mais eficazes seremos na<br />

gestão das nossas empresas”, sublinhou.<br />

Luís Aniceto, administrador da S. José <strong>Pneus</strong>,<br />

por sua vez, desvalorizou a questão, adiantando<br />

que “as estatísticas valem o que valem”. Até<br />

porque “temos uma noção global de quanto<br />

vale o mercado. A experiência vai-nos dizendo.<br />

Portanto, sabemos em que meio nos movemos”,<br />

disse. “A informação de que dispomos é suficiente<br />

para nos levar a tomar decisões”, esclareceu Luís<br />

Aniceto.<br />

Para José Enrique Carreiro, gerente da RS<br />

Contreras, em Portugal, na questão <strong>dos</strong> números,<br />

“sempre houve muito secretismo e pouca<br />

transparência”, afirmou. “Penso que possa ser,<br />

também, por uma questão cultural. Faltará<br />

maior associativismo e olhar para o negócio em<br />

conjunto. Pelo menos, no setor <strong>dos</strong> pneus. É<br />

importante podermos dispor de estatísticas que<br />

nos permitam fazer uma análise real do mercado,<br />

de modo a vermos onde estamos e para onde<br />

podemos ir. O nosso setor tem de ser profissional,<br />

tem de evoluir. Para isso, é preciso transparência”,<br />

disse José Enrique Carreiro.<br />

Mais importante do que o acesso aos da<strong>dos</strong><br />

do setor, para Manuel Félix, da Euro Tyre, é a<br />

credibilidade <strong>dos</strong> mesmos. “É importante ter<br />

informação, claro, mas é importante que ela seja<br />

fidedigna. Há um desafio que temos pela frente<br />

e que nunca foi feito a nível europeu. Faria todo<br />

sentido que nós, distribuidores, conseguíssemos<br />

arranjar em Portugal uma maneira de termos<br />

os nossos da<strong>dos</strong> reuni<strong>dos</strong> numa entidade<br />

totalmente independente”, referiu o responsável.<br />

Neste capítulo, também Álvaro Cerqueira,<br />

administrador da Point S e da MEGAMundi<br />

anuiu. Mas no ângulo de visão <strong>dos</strong> retalhistas.<br />

“As estatísticas são importantes, pois permitiriam<br />

aos distribuidores nacionais saberem exatamente<br />

o que cada um vende. E era uma forma de o<br />

mercado fora de Portugal saber o que por cá se<br />

vende”. Com que objetivo? “Para os distribuidores<br />

terem a concorrência de players de outros<br />

países. Seria uma forma de os distribuidores<br />

nacionais terem também concorrência, de modo<br />

a sentirem na pele a concorrência que fazem às<br />

casas especialistas em pneus, quando vendem<br />

diretamente às oficinas”, atreveu-se Álvaro<br />

Cerqueira.<br />

w VERTICALIZAÇÃO DO CANAL<br />

Na segunda parte da Mesa Redonda, ao procurar<br />

analisar as tendências do mercado de pneus e<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11


Mesa Redonda<br />

Distribuidores de pneus<br />

o papel <strong>dos</strong> distribuidores neste contexto, voltou<br />

a falar-se no “domínio” imposto pelos fabricantes.<br />

César Branco, da AB Tyres, disse verificar-se uma<br />

enorme “verticalização do canal de distribuição”.<br />

Em sua opinião, “é um fenómeno internacional<br />

onde, cada vez mais, o fabricante vai dominar de<br />

A a Z. E isto faz parte de todas as indústrias, seja<br />

a automóvel, a <strong>dos</strong> pneus ou a farmacêutica. Os<br />

Falta associação<br />

para distribuidores<br />

E um representante<br />

para o setor?<br />

w De um modo geral, to<strong>dos</strong> os participantes<br />

da Mesa Redonda concordaram<br />

num ponto: falta uma associação que<br />

represente os distribuidores do mercado<br />

de pneus. José Enrique Carreiro, da RS<br />

Contreras, deu o mote. “Para mim, faria<br />

todo o sentido e existe toda a abertura<br />

para que esta ideia avance. Somos uma<br />

componente do mercado e deveríamos<br />

estar representa<strong>dos</strong>, tal como estão os fabricantes<br />

e os retalhistas. Se não nos juntarmos<br />

para falar <strong>dos</strong> nossos problemas,<br />

não podemos esperar que sejam os outros<br />

a fazê-lo”, afirmou. Opinião semelhante<br />

manifestou Manuel Félix, da Euro Tyre:<br />

“Temos, obrigatoriamente, de estar representa<strong>dos</strong>,<br />

quer se queira quer não. Se nós,<br />

amanhã, decidirmos ‘desligar a ficha’ e fechar<br />

a porta, passa a existir um problema<br />

grande no mercado. Para os fabricantes<br />

e para os retalhistas”, alertou. Portanto,<br />

acrescentou, “não podemos subestimar o<br />

peso que temos neste negócio. Somos um<br />

elo extremamente importante da cadeia.<br />

Não acredito, por exemplo, que os retalhistas<br />

portugueses conseguissem viver<br />

com o abastecimento de distribuidores<br />

espanhóis se nós, distribuidores portugueses,<br />

deixássemos de existir. Devíamos<br />

ter alguma forma de representação. Fosse<br />

onde fosse”, concluiu Manuel Félix.<br />

Rui Chaveca, da Chaveca & Janeira, foi<br />

ainda mais objetivo. “Creio que a ACAP<br />

estaria aberta à criação de uma comissão<br />

específica para os distribuidores, tal como<br />

já existe para os fabricantes e para os retalhistas,<br />

da qual eu faço parte na área do<br />

retalho. Pelo menos, não vejo qualquer entrave.<br />

Acho que era importante”, afirmou.<br />

distribuidores estão no meio do canal para servir<br />

o fabricante. Ou como grossistas/armazenistas ou<br />

como representantes de marca”. E explicou: “Se<br />

são grossistas/armazenistas, que é muito o nosso<br />

papel em Portugal, vendemos de todas as marcas<br />

a toda a gente. Se formos distribuidores representantes<br />

de marca, temos vínculos contratuais com<br />

os fabricantes, de maneira a representarmos as<br />

marcas deles. Esta é a dicotomia académica, tradicional,<br />

sem grande discussão. E quer as casas<br />

de pneus, as casas de peças, as oficinas de concessionários<br />

de automóveis, isto são tudo canais<br />

dentro de outro canal. E qual é a tendência? É que<br />

os fabricantes dominem aqueles que lhes são estrategicamente<br />

importantes para eles. Para terem<br />

uma quota de mercado onde operarem”, afiançou<br />

César Branco.<br />

O cenário não difere muito aos olhos de Luís<br />

Aniceto, da S. José <strong>Pneus</strong>. “Nós, distribuidores,<br />

existimos realmente porque deu-lhes jeito que<br />

assim fosse. O tal presente envenenado que nos<br />

deram, porque assumimos parte <strong>dos</strong> custos deles<br />

e, principalmente, uma grande parte do risco.<br />

Provavelmente, diria que, num primeiro momento,<br />

eles não acreditaram que a distribuição<br />

conquistasse a quota tão grande que conquistou<br />

em Portugal”, revelou. “A adaptação vai sempre<br />

acontecer e a evolução é imprescindível. Agora,<br />

vai sempre haver lugar para os distribuidores”,<br />

garantiu. Ainda que com algumas reservas. “Provavelmente,<br />

cada vez mais aperta<strong>dos</strong>, com uma<br />

quota de mercado cada vez menos interessante”,<br />

adiantou Luís Aniceto, que se mostrou ainda<br />

preocupado com a “cada vez menor rentabilidade<br />

<strong>dos</strong> retalhistas”. O responsável da S. José <strong>Pneus</strong><br />

admitiu que tal até poderá ser consequência da<br />

estratégia <strong>dos</strong> distribuidores. “Neste momento, é<br />

duvi<strong>dos</strong>a a rentabilidade de um posto de retalho.<br />

E isto tem um reflexo negativo nas nossas contas,<br />

porque muitos não vão suportar as responsabilidades<br />

que têm e vão deixar de nos pagar. E, isso,<br />

é que é um grande risco. A pressão do retalho é<br />

cada vez maior. Em to<strong>dos</strong> os aspetos. E posso estar<br />

a afirmá-lo até contra nós próprios. Mas como<br />

“No mercado, tudo acaba por<br />

se regular e tudo se paga. É<br />

uma questão de tempo. Veja-se<br />

a indústria farmacêutica. Passou<br />

do 80 para o 8 em termos de<br />

entregas de medicamentos.<br />

Como não há margens, não<br />

havendo dinheiro, não há vícios.<br />

É uma questão de tempo até<br />

acontecer-nos o mesmo no<br />

setor <strong>dos</strong> pneus”<br />

LUÍS ANICETO<br />

Administrador da S. José <strong>Pneus</strong><br />

costumo dizer, as coisas não são como nós queremos.<br />

São o que são. A pressão existe e, depois,<br />

evoca-se os serviços de mecânica rápida para ir<br />

buscar rentabilidade. Quando um especialista de<br />

pneus não ganha dinheiro a fazer aquilo que mais<br />

sabe, como é que vai ganhar numa área que não<br />

sabe?”, indagou.<br />

w FUTURO GLOBALIZADO<br />

José Enrique Carreiro, da RS Contreras, tem observado<br />

as mudanças do mercado. “Nos últimos<br />

cinco anos, o mercado mudou talvez mais do que<br />

nos 30 anteriores. É um mundo global. As coisas<br />

vão acontecendo. E as empresas têm obrigação<br />

de adaptar-se às mudanças. Os que sobrevivem<br />

12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 13


Mesa Redonda<br />

Distribuidores de pneus<br />

nem sempre são os mais fortes, mas aqueles que<br />

sabem adaptar-se”, disse. Segundo acrescentou,<br />

Portugal tem um mercado “muito atomizado”. E<br />

isso explica, no seu entender, a existência de “tantos<br />

distribuidores”. O futuro não é fácil de prever.<br />

“Se existirão operadores que absorverão outros<br />

ou se alguns não serão competitivos para sobreviver,<br />

só o futuro o dirá. Cada um segue uma estratégia<br />

e a história encarregar-se-á de demonstrar<br />

se foi ou não a correta”.<br />

Rui Chaveca, da Chaveca & Janeira, considerou<br />

que, “com a abertura de novos centros auto,<br />

com horários alarga<strong>dos</strong> e oferta de produtos<br />

nas lojas, com a comunicação que têm e com a<br />

“A minha ideia é não adicionar<br />

nada mais ao meu negócio,<br />

além <strong>dos</strong> pneus. Manter<br />

a especialização. Uma das<br />

principais bases do meu<br />

negócio são as oficinas. Se<br />

tenho, hoje, os clientes que<br />

tenho, devo-o às oficinas<br />

também. Enviaram-me clientes.<br />

Não se serviram de mim. Foi<br />

por isso que nunca me pus a<br />

fazer o serviço delas”<br />

grande aposta que fazem no marketing, quem<br />

está sozinho no retalho tem muita dificuldade”.<br />

Muitas vezes, acrescentou, “para se conseguir fazer<br />

frente a isso tem de baixar-se o preço. É muito<br />

difícil combater a nova distribuição, que tem<br />

horários alarga<strong>dos</strong> e uma panóplia de serviços<br />

para o cliente, mesmo que não disponha de bons<br />

técnicos. Muitas vezes, o retalho perde margem<br />

para a nova distribuição. Na Chaveca & Janeira,<br />

que também está no retalho, tentamos adaptar-<br />

-nos. Os maiores concorrentes que temos são, de<br />

facto, os centros auto. Mas é difícil sobreviver sem<br />

estar inserido numa rede afeta a um fabricante.<br />

Tentamos ir à procura de novos produtos, como<br />

novas marcas, mas a nossa rentabilidade está a<br />

perder-se. Imposta, também, pelo fraco poder de<br />

compra do cliente”, disse.<br />

Quanto às alegadas ameaças de verticalização<br />

do canal imposta pelos fabricantes, Rui Chorado,<br />

da Dispnal, disse não sentir. Mas realçou a importância<br />

do “seguro de crédito”. Para evitar eventuais<br />

riscos. “Lembro-me que quando começámos a<br />

trabalhar com esse sistema, tínhamos coberta<br />

85% da carteira <strong>dos</strong> nossos clientes. Hoje, não sei<br />

se teremos sequer 35%”, exemplificou. “Até porque<br />

a credibilidade externa do nosso país é zero.<br />

Mas estamos a falar de vários problemas dentro<br />

do mesmo. Se retirarmos o crédito a muitos clientes,<br />

eles não podem pagar e também já não compram.<br />

É um problema complexo”. Resumindo?<br />

“Se quisermos ganhar dinheiro, não é a vender<br />

pneus. Esta é que é a realidade, por mais cómica<br />

que ela possa parecer. A partir daqui, teremos de<br />

fazer a gestão à nossa maneira. A nível internacional,<br />

temos assistido ao crescimento de alguns<br />

brokers. Mas temos de nos adaptar diariamente à<br />

“Os maiores concorrentes que<br />

temos são, de facto, os centros<br />

auto. Mas é difícil sobreviver<br />

sem estar inserido numa rede<br />

afeta a um fabricante. Tentamos<br />

ir à procura de novos produtos,<br />

como novas marcas, mas a<br />

rentabilidade <strong>dos</strong> retalhistas<br />

está a perder-se”<br />

RUI CHAVECA<br />

Administrador da Chaveca & Janeira<br />

ÁLVARO CERQUEIRA<br />

Administrador Point S e MEGAMundi<br />

14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


Vendas online B2C<br />

Uma concorrência virtual<br />

w Mais do que uma ameaça de futuro, as vendas de pneus<br />

online são, hoje, uma concorrência virtual e presente no<br />

mercado. Rui Chorado, administrador da Dispnal, não tem<br />

a menor dúvida sobre isso. “É um canal novo em Portugal.<br />

Na Europa, já existe há uns anos. É uma nova realidade<br />

para as casas de pneus. Se deixarem de ganhar na venda<br />

do pneu porque o cliente escolheu comprá-lo online, têm<br />

de ganhar no serviço de montagem”, adiantou. Em sua<br />

opinião, “é uma realidade que chegou pelos pneus pesa<strong>dos</strong><br />

e que, agora, está a florescer na parte <strong>dos</strong> pneus ligeiros”.<br />

E existe outra situação, prestes a eclodir. Qual? “A venda<br />

do pneu ligeiro por rede e ao quilómetro para grandes<br />

frotas. Tal como existe para o pneu pesado. Ocorrerão<br />

muitas mudanças”, garantiu.<br />

No caso concreto do negócio B2B, qual a sua evolução? Rui<br />

Chaveca, administrador da Chaveca & Janeira, assegura<br />

que é, atualmente, “fundamental” para a atividade. “Quem<br />

não o tiver, não conseguirá vender pneus. Ou muito dificilmente.<br />

Nós, enquanto distribuidores também (reúne<br />

60% do negócio da Chaveca & Janeira), temos de privilegiar<br />

este canal. Mas existem várias empresas que estão<br />

a apostar, também, na vertente B2C. Depois, caberá ao<br />

cliente deslocar-se a uma casa de pneus para proceder à<br />

montagem. Mas este é um mercado que quase não tem<br />

expressão em Portugal ainda”, revelou.<br />

Equipamento para Motos<br />

realidade de um mercado que é cada vez mais global”, sentenciou<br />

Rui Chorado.<br />

Quase a fechar o debate, Álvaro Cerqueira, administrador da Point<br />

S e da MEGAMundi, fez a apologia da especialização num mundo<br />

e num mercado globaliza<strong>dos</strong>. “Tenho as minhas casas e as que são<br />

do grupo. A minha ideia é não adicionar nada mais ao meu negócio<br />

para além <strong>dos</strong> pneus. Manter a especialização. Uma das principais<br />

bases do meu negócio são as oficinas. Se tenho, hoje, os clientes<br />

que tenho, devo-o às oficinas também. Foram elas que me enviaram<br />

os clientes. Não se serviram de mim. Foi por isso que eu nunca<br />

me pus a fazer o serviço delas”, disse.<br />

E foi mais longe. “Um dia que tenha de alterar este paradigma, fecharei<br />

a porta. Não vou inventar nada. Já está tudo inventado. Tenho<br />

de ter as margens para poder sobreviver. Sei que já errei. Se calhar,<br />

já quis ter mais margem do que aquela que, hoje, tenho. Perdi para<br />

outros postos novos que abriram, mas achei sempre que não devia<br />

baixar as minhas margens. Mas, no ano passado, tive de fazê-lo<br />

porque comecei a perder clientes. Modifiquei e estou a recuperar<br />

já aquilo que perdi”, revelou. À laia de conclusão, destacou ainda a<br />

importância de estar inserido em dois grupos independentes e que<br />

“não obrigam a vender uma determinada marca”. Ninguém sobrevive<br />

a solo no retalho. “Temos de trabalhar com um grupo”, alertou<br />

Álvaro Cerqueira. ♦<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15


Entrevista<br />

Nuno Ferreira<br />

“Se conseguirmos<br />

transmitir o nosso valor, o<br />

preço será sempre relativo”<br />

O responsável pelas Vendas de <strong>Pneus</strong> de Turismo da Michelin defende que o preço é<br />

uma questão relativa e proporcional à qualidade <strong>dos</strong> produtos e serviços. Para Nuno<br />

Ferreira, a redução das margens é algo de muito preocupante para a “saúde” do setor<br />

Por: Jorge Flores<br />

Nuno Ferreira é o homem-forte da<br />

Michelin no departamento de Venda<br />

de <strong>Pneus</strong> de Turismo em Portugal. O<br />

responsável acredita que o mercado<br />

nacional vive um período de maturidade e<br />

que a nova distribuição e os concessionários<br />

têm conquistado espaço num mundo dominado<br />

pelos “revendedores especialistas”. Em<br />

entrevista à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, Nuno Ferreira<br />

revela-se preocupado com a redução das margens<br />

do setor e lamenta a existência de uma<br />

“banalização” do produto “pneu”, através, por<br />

exemplo, da visualização <strong>dos</strong> preços na Internet,<br />

de uma forma acessível e simples. A chave do<br />

sucesso, para o responsável da Michelin, passa,<br />

necessariamente, por dispor de produtos (e<br />

serviços associa<strong>dos</strong>) de “qualidade”. Exemplos<br />

disso, são os inovadores pneus Cross Climate<br />

e Pilot Sport4, ambos da Michelin, lança<strong>dos</strong>,<br />

recentemente, no circuito comercial.<br />

Como caracteriza o mercado nacional de<br />

pneus para veículos ligeiros, na atualidade?<br />

O mercado português caracteriza-se por uma<br />

distribuição, na sua maioria madura, em que os<br />

revendedores especialistas têm o maior peso<br />

do mercado, sendo que a nova distribuição<br />

16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


Responsável de Vendas de <strong>Pneus</strong> de Turismo da Michelin<br />

e os concessionários têm vindo a crescer ao<br />

longo <strong>dos</strong> anos. É um mercado com grande<br />

diversidade de oferta, tanto de marcas como de<br />

operadores, assistindo-se, ao longo <strong>dos</strong> anos,<br />

ao aparecimento de diversas redes, entre elas<br />

as apoiadas pelos fabricantes.<br />

As plataformas B2B são uma realidade e a<br />

venda online B2C crescerá. É um mercado<br />

“O Grupo Michelin<br />

tem estado atento<br />

às tendências do<br />

mercado. E não<br />

apenas no que diz<br />

respeito a pneus”<br />

competitivo, no qual se tem assistido a uma<br />

redução das margens do negócio, tanto em<br />

venda direta como indireta.<br />

Depois de uma queda continuada <strong>dos</strong> volumes<br />

até 2012, o mercado português recuperou<br />

o nível com um crescimento médio de<br />

7,5%, nos últimos dois, e um enriquecimento<br />

do mix. Este ano, a tendência continua positiva,<br />

terminando o primeiro trimestre com um<br />

crescimento superior a 2%.<br />

Qual a sua opinião sobre a redução das<br />

margens?<br />

Para a Michelin, a redução das margens do<br />

negócio <strong>dos</strong> diferentes operadores é um fator<br />

de preocupação.<br />

A crise vivida, a visibilidade <strong>dos</strong> preços na<br />

Internet para o consumidor final e a estratégia<br />

de preços de alguns operadores no setor,<br />

contribuíram para a banalização do produto<br />

pneu. Até ao ponto de limitar o discurso à<br />

comparação de preços entre as diferentes<br />

marcas e distribuidores. A Michelin definiu,<br />

para 2016, uma estratégia em que a criação<br />

de valor é um vetor prioritário. O fator preço<br />

continua a ser muito importante, sabemo-<br />

-lo, mas temos a responsabilidade, enquanto<br />

players deste setor, de valorizar o produto<br />

pneu, no geral, e os serviços que damos aos<br />

distribuidores, em particular. Se formos capazes<br />

de transmitir ao cliente o valor do que fazemos,<br />

o preço converte-se em algo relativo.<br />

Quais são as principais tendências do mercado<br />

de pneus ligeiros e quais as medidas<br />

mais vendidas?<br />

Embora a grande fatia do mercado português<br />

continue a ser a jante maior ou equivalente a 16”<br />

(80% do mercado), a tendência é aponta para<br />

que o mix de produto continue a enriquecer nos<br />

próximos anos, refletindo a evolução do parque<br />

automóvel. O segmento das altas prestações<br />

(jantes de 17” ou superiores), em especial SUV,<br />

e jantes de 18”, 19” e 20”, continuará a ganhar<br />

peso, tanto em volume, como em valor.<br />

Na Michelin, temos de estar prepara<strong>dos</strong> para<br />

responder à totalidade do mercado, captando<br />

as oportunidades que existam em cada<br />

um <strong>dos</strong> segmentos, antecipando e seguindo<br />

as novas tendências, adaptando a nossa oferta<br />

e respondendo às necessidades e expectativas<br />

<strong>dos</strong> diferentes consumidores.<br />

A inovação tem, a este nível, um papel fundamental.<br />

Desde sempre que investimos em<br />

I+D+i, sendo que, em 2015, contámos com<br />

mais de 6.000 pessoas em sete centros distintos,<br />

investindo qualquer coisa como 689 milhões<br />

de euros em I+D+i. Este investimento<br />

reflete-se no contínuo lançamento de novos<br />

produtos nas diferentes áreas de negócio<br />

(pneus de turismo, comercial, 4x4, camião,<br />

agrícola, engenharia civil, avião, moto, bicicleta,<br />

edições de viagem), produtos de qualidade,<br />

inovadores, adapta<strong>dos</strong> às necessidades<br />

<strong>dos</strong> consumidores. O lançamento recente<br />

do nosso pneu Cross Climate é prova disso.<br />

Um produto inovador, único no mercado - o<br />

único pneu de verão do mercado, com certifi-<br />

Rede Euromaster<br />

“Uma relação<br />

estratégica”<br />

w w A Euromaster é uma empresa do<br />

Grupo Michelin, “mas opera como empresa<br />

independente”, explica Nuno Ferreira.<br />

A rede conta, atualmente, com 66<br />

pontos de venda franchisa<strong>dos</strong> e tem em<br />

marcha um plano de expansão da rede.”<br />

Incorporaram-se à rede cinco novos centros,<br />

em 2015, e pretende-se terminar o<br />

ano de 2020 com cerca de mais 90 postos<br />

de venda”, sublinha a mesma fonte.<br />

“A Euromaster é estratégica para o desenvolvimento<br />

das marcas do Grupo<br />

Michelin e para a valorização do produto.<br />

É constituída por um conjunto de<br />

empresas independentes altamente profissionais,<br />

cujo grau de homogeneidade<br />

a diversos níveis (instalações, certificação<br />

qualidade, oferta), está a consolidar-se<br />

paulatinamente”, reforça ainda Nuno<br />

Ferreira. De referir que a Euromaster<br />

acaba de obter a certificação ISO 9001,<br />

“o que atesta a aposta do grupo na qualidade<br />

do serviço e na diferenciação”, diz.<br />

Embora a Euromaster seja a rede de empresas<br />

mais próxima ao Grupo Michelin,<br />

o responsável faz questão de destacar “os<br />

demais revendedores, tanto diretos como<br />

indiretos”, que tanto “contribuíram e contribuem,<br />

de forma evidente, para o que<br />

somos hoje. E, por isso, continuaremos a<br />

estar presentes e a apoiá-los. São fundamentais<br />

para a boa presença do Grupo<br />

Michelin em Portugal”, refere ainda o<br />

nosso interlocutor.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17


Entrevista<br />

Nuno Ferreira<br />

cação de inverno -, e que contribui, de forma<br />

evidente, para a segurança e mobilidade das<br />

pessoas (o lema deste lançamento é “Estar<br />

preparado, faça o tempo que fizer”). Outro<br />

exemplo é o início da comercialização do Pilot<br />

Sport4, um pneu desportivo que valoriza<br />

o prazer de condução. “Simplesmente, uma<br />

experiência única”.<br />

Que papel têm as novas tecnologias e a<br />

Internet na comunicação da sua empresa<br />

com os clientes?<br />

As novas tecnologias têm, hoje, uma presença<br />

na vida das pessoas que talvez não imaginássemos<br />

quando éramos crianças. Imaginar, hoje,<br />

a vida sem Internet, telemóvel, tablet, email<br />

ou Facebook, é um exercício muito difícil de<br />

fazer! Na Michelin, acreditamos que podemos<br />

ter pela frente o terceiro marco importante da<br />

nossa história.<br />

O primeiro foi, obviamente, a criação da empresa.<br />

O segundo grande marco, foi o aparecimento<br />

do pneu radial. E o terceiro? A era digital.<br />

Se tivermos capacidade de nos adaptar<br />

e inovar convenientemente. Isto demonstra<br />

bem a forma como entendemos a importância<br />

das novas tecnologias para o nosso futuro<br />

e o <strong>dos</strong> nossos clientes.<br />

Que apoio dão aos vossos clientes retalhistas<br />

a nível de formação técnica, marketing<br />

e gestão?<br />

O mercado reconhece o trabalho que a Michelin,<br />

desde sempre, fez ao nível da formação,<br />

valorização do produto, gestão do negócio e<br />

captação de novas oportunidades de negócio,<br />

como é o caso da diversificação. Em 1997,<br />

começámos com um programa denominado<br />

Dinamização <strong>dos</strong> Pontos de Venda, mais tarde<br />

evoluindo para Programa Aliança Michelin e ainda<br />

depois como Vialider. Esta rede extinguiu-se<br />

com a chegada da rede Euromaster, em 2012,<br />

a Portugal. Faço este apontamento histórico<br />

para dizer que, durante estes mais de 20 anos,<br />

o desenvolvimento qualitativo <strong>dos</strong> pontos de<br />

venda, desde instalações, formação técnica e<br />

gestão da empresa, fez parte da nossa oferta<br />

de valor. Continuaremos a disponibilizar um<br />

catálogo de formação completo, a apostar e a<br />

reforçar a formação <strong>dos</strong> nossos colaboradores e<br />

revendedores. Melhoraremos o nível de serviço<br />

e desenvolveremos conceitos que permitam<br />

aos nossos revendedores aproveitarem as<br />

oportunidades do mundo digital. Acreditamos<br />

que, inovando em produto e serviço, formando<br />

as equipas, digitalizando, argumentando sobre<br />

o que nos distingue e colocando o cliente final<br />

no centro das atenções, estamos a contribuir<br />

para a valorização do nosso mercado e para a<br />

criação de valor.<br />

Qual é a estratégia de distribuição seguida<br />

pela Michelin em Portugal?<br />

A nível de distribuição, queremos garantir<br />

o acesso ao mercado. Isto é, que o produto<br />

esteja o mais próximo possível do consumidor<br />

“Hoje, 65% <strong>dos</strong><br />

clientes, antes de<br />

realizarem a compra,<br />

consultam informação<br />

através da Internet, tal<br />

é a presença do digital<br />

na vida das pessoas”<br />

final. Para consegui-lo, é necessário dispor de<br />

uma sólida rede de distribuição, com presença<br />

nos canais que o consumidor prefira e com<br />

elevada cobertura geográfica. No entanto,<br />

os nossos produtos têm um alto valor tecnológico,<br />

cuja manipulação requer altos níveis<br />

de profissionalismo e que vão dirigi<strong>dos</strong> a um<br />

público cada vez mais informado e exigente.<br />

Portanto, uma rede extensa, sim, mas que<br />

garanta a melhor experiência de compra <strong>dos</strong><br />

nossos produtos e atenta às novas tendências<br />

de mercado.<br />

Com a crise financeira que ainda se vive em<br />

Portugal, os condutores têm pouco poder<br />

de compra e procuram marcas mais económicas.<br />

Que soluções tem a Michelin para<br />

estes condutores?<br />

A crise económica teve impacto e levou a que<br />

os fabricantes reforçassem a sua presença no<br />

mercado de marcas budget com ofertas mais<br />

competitivas. Contudo, é importante afirmar<br />

que as marcas premium continuam a ser líderes<br />

de mercado. É verdade que o fator preço é<br />

importante, no entanto, o cliente de hoje está<br />

cada vez melhor informado e na sua decisão<br />

de compra valoriza, também, outros fatores,<br />

como a marca, as prestações, a atenção ao<br />

cliente, a confiança, o serviço e a segurança.<br />

Existem programas de financiamento, como<br />

o da rede Euromaster, que permitem fragmentar<br />

os pagamentos e aliviar o esforço de<br />

investimento no momento da compra.<br />

A estratégia comercial da Michelin passa<br />

pela afirmação das suas marcas de segunda<br />

linha?<br />

A estratégia da Michelin passa pela afirmação<br />

das suas marcas como a melhor opção em<br />

cada segmento de mercado, dependendo das<br />

necessidades e expectativas <strong>dos</strong> clientes. É certo<br />

que centramos os nossos esforços (promoções,<br />

campanhas, tecnologia...) de maneira a potenciar<br />

a marca premium – Michelin. Contudo, as<br />

marcas quality (BFGoodrich/Kleber) e budget<br />

(Tigar/Kormoran), contribuem para completar<br />

a nossa oferta ao mercado e para dar resposta<br />

às necessidades de diferentes tipos de clientes.<br />

O que marca a diferença neste mercado?<br />

Do ponto de vista do fabricante, o profissionalismo<br />

das equipas, a qualidade <strong>dos</strong> seus<br />

produtos, a atenção ao cliente, a fiabilidade das<br />

entregas, a disponibilidade de stock, as ações<br />

geradoras de tráfego nos pontos de venda,<br />

o catálogo de formação, o conhecimento e a<br />

exploração do mundo digital. Sabemos que<br />

temos caminho a percorrer em alguns aspetos.<br />

Mas deixe-me destacar o profissionalismo e o<br />

nível de conhecimento <strong>dos</strong> elementos das nossas<br />

equipas, a qualidade <strong>dos</strong> nossos produtos<br />

e o esforço que está a ser feito a nível digital.<br />

Quanto aos revendedores, a atenção ao<br />

cliente e o papel do rececionista são pontos<br />

18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19


Entrevista<br />

Nuno Ferreira<br />

chave. A qualidade do serviço e amplitude da<br />

oferta também.<br />

É importante ver o veículo como um todo. A<br />

diferenciação entre os diferentes operadores<br />

deve passar pela afirmação das vantagens<br />

competitivas de um face a outros e colocá-<br />

-las em evidência. Há trabalho muito bem<br />

feito que, por ser feito de forma sistemática,<br />

não é valorizado como diferente, especial. É<br />

preciso tomar consciência do que se faz bem e<br />

explicá-lo ao cliente. Afinal, marcar a diferença.<br />

O rececionista é fundamental neste ponto.<br />

mação através da rede. Mesmo sendo a conversão<br />

no nosso setor inferior em relação a outros países<br />

europeus, pouco a pouco, esta situação evoluirá.<br />

Mas é uma realidade: o processo de compra já não<br />

começa no ponto de compra físico. Através de<br />

um tablet ou smartphone, a qualquer hora e em<br />

qualquer lugar, a web de um distribuidor é a sua<br />

carta de apresentação. Uma boa visibilidade, uma<br />

transparência nos preços e uma opinião favorável<br />

<strong>dos</strong> consumidores, são elementos estratégicos de<br />

diferenciação que estão a marcar já a diferença.<br />

Por outro lado, a transparência nos preços que<br />

referi antes também gera uma pressão sobre as<br />

margens. É necessário introduzir novos serviços,<br />

que sejam diferenciadores e valoriza<strong>dos</strong> pelo<br />

cliente, garantindo, desta forma, a rentabilidade<br />

do distribuidor.<br />

Que novos tipos de negócio podem surgir<br />

no mercado <strong>dos</strong> pneus?<br />

O mundo muda cada vez mais rapidamente,<br />

pelo que o futuro é cada vez menos previsível. No<br />

entanto, o Grupo Michelin tem estado atento às<br />

tendências do mercado. Não só no que a pneus<br />

diz respeito. A razão de ser do Grupo Michelin é<br />

o seguinte: “Oferecer a cada um a melhor forma<br />

de avançar”. Neste sentido, temos de estar presentes<br />

em diferentes merca<strong>dos</strong>, com soluções<br />

de mobilidade inovadores. Nos últimos anos, o<br />

Grupo Michelin fez investimentos em diferentes<br />

merca<strong>dos</strong>: adquiriu a empresa Bookatable, líder<br />

europeia em reservas online de restaurantes,<br />

a empresa SASCAR no Brasil, especializada em<br />

gestão de frotas e monitorização de veículos e<br />

cargas, uma empresa de impressão de moldes 3D,<br />

a empresa Black Circles em Inglaterra, e entrou no<br />

capital da empresa Allôpneus, em França, ambas<br />

de venda online. Estamos atentos às tendências<br />

de mercado e posicionamo-nos de forma a ter<br />

melhor conhecimento da realidade de cada um,<br />

para inovar, criar novos produtos e melhor adaptar<br />

a nossa oferta ao consumidor.<br />

A Michelin é uma empresa com mais de 125<br />

anos e estes investimentos, além de demonstrarem<br />

a vitalidade do grupo, têm como propósito<br />

contribuir para a mobilidade das pessoas e<br />

mercadorias, com respeito pelo meio ambiente,<br />

mantendo e reforçando a nossa posição e daqueles<br />

que trabalham connosco. ♦<br />

Objetivos para 2016<br />

“Queremos<br />

criar valor”<br />

Ainda existem oportunidades de negócio<br />

no setor da distribuição de pneus para<br />

automóveis?<br />

Sem dúvida! A revolução digital. 65% <strong>dos</strong> clientes,<br />

antes de realizar uma compra, consulta inforw<br />

w Em 2015, a Michelin “voltou a acompanhar<br />

o crescimento do mercado, o<br />

que permitiu manter a nossa presença<br />

no mesmo, seguindo os movimentos<br />

de fundo que se têm visto nos últimos<br />

anos: enriquecimento do mix e forte<br />

crescimento da opção por medidas para<br />

jantes superiores”, revela Nuno Ferreira.<br />

Os objetivos do responsável pela Venda<br />

de <strong>Pneus</strong> de Turismo para este ano, são,<br />

também eles, ambiciosos.<br />

“Em 2106, pretendemos contribuir para a<br />

criação de valor. Obviamente, queremos<br />

vender mais, ganhar quota de mercado,<br />

consolidar e aumentar a nossa presença<br />

nos clientes atuais e incrementar o nosso<br />

acesso ao mercado, mas estamos conscientes<br />

da queda das margens do negócio,<br />

na generalidade. Como tal, faremos tudo<br />

o que estiver ao nosso alcance para contribuir<br />

para criar valor para o revendedor<br />

e para o consumidor. É uma prioridade<br />

em 2106”, sustenta Nuno Ferreira. Mas<br />

não só. “Inovar ao nível da oferta global,<br />

consolidar a oferta <strong>dos</strong> novos produtos<br />

Cross Climate e Pilot Sport4, explorar<br />

o mundo digital, formar as equipas internas<br />

e <strong>dos</strong> nossos clientes, simplificar<br />

procedimentos, valorizar o produto,<br />

desenvolver ações sell-out geradoras de<br />

tráfego nos pontos de compra e colocar<br />

o consumidor como o centro das atenções.<br />

Se formos capazes de trabalhar estes<br />

aspetos, estaremos mais próximos <strong>dos</strong><br />

nossos revendedores e consumidores. E,<br />

como tal, estaremos no caminho certo<br />

para obter bons resulta<strong>dos</strong>. Não duvido<br />

que, juntamente, com a nossa a nossa distribuição,<br />

teremos um ano de 2016 muito<br />

positivo”, conclui.<br />

20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


HIGH PERFORMENCE, AS EVER<br />

Gripenwheels_pagina_hr.pdf 1 01/06/16 09:30<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

OMNI GRIP<br />

E3/L3<br />

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CMY<br />

K<br />

HSS ROAD<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 21


Atualidade<br />

Continental <strong>Pneus</strong> Portugal<br />

Por: Jorge Flores<br />

Vendas a rolar... para cima<br />

A Continental <strong>Pneus</strong> Portugal fez um balanço muito positivo da sua<br />

atividade em 2015. A venda de pneus aumentou 10,3% face ao ano anterior<br />

e, pela primeira vez, a empresa ultrapassou os €70 milhões de faturação<br />

VEJA O VÍDEO<br />

A<br />

Continental <strong>Pneus</strong> Portugal organizou<br />

um pequeno-almoço/conferência, onde<br />

apresentou, aos jornalistas, o balanço<br />

da sua atividade em 2015. No evento, realizado<br />

no SNA Lisboa Hotel, em Lisboa, Pedro Teixeira,<br />

diretor-geral da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal, divulgou<br />

os números constantes no Relatório &<br />

Contas do ano passado. E não escondeu a sua<br />

satisfação. Os pneus da Continental estão a rolar<br />

bem em Portugal. E para cima. Em relação<br />

a 2014, o crescimento das vendas de pneus da<br />

marca, no nosso país, foi de 10,3%. Contudo,<br />

no balanço do período calculado entre 2012 e<br />

2015, a subida foi muito superior: 40%.<br />

Pedro Teixeira, diretor-geral da Continental<br />

<strong>Pneus</strong> Portugal, revelou ainda que, no ano passado,<br />

o volume de faturação correspondente à<br />

categoria de pneus premium ascendeu aos 77%,<br />

enquanto as segundas marcas representaram<br />

23% para as contas da empresa no mercado<br />

nacional.<br />

w BARREIRA DOS €70 MILHÕES<br />

A projeção para 2016 aponta para que o mercado<br />

luso registe um aumento na ordem <strong>dos</strong><br />

2,6% na venda de pneus ligeiros. E a Continental<br />

<strong>Pneus</strong> Portugal acredita que poderá acompanhar<br />

esta tendência. Já no que se refere aos<br />

pneus pesa<strong>dos</strong>, estima-se um crescimento de<br />

vendas acima <strong>dos</strong> dois dígitos. E, nesta categoria,<br />

a previsão da empresa é mesmo superar os<br />

números do mercado.<br />

Segundo reconheceu Pedro Teixeira, em conversa<br />

com a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, “2015 foi, de facto,<br />

um ano fantástico para nós. Foi um ano recorde.<br />

Em termos de faturação, ultrapassámos,<br />

pela primeira vez, a barreira <strong>dos</strong> €70 milhões a<br />

nível nacional. Foi um ano de crescimento em<br />

to<strong>dos</strong> os segmentos do negócio”, assegurou o<br />

diretor-geral da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal,<br />

fazendo questão de partilhar o “sucesso” destes<br />

números com toda a equipa e, em particular,<br />

com o seu antecessor, José Luís de la Fuente,<br />

que se manteve em funções até julho de 2015.<br />

w 100 CONTISERVICE EM 2020<br />

A ContiService continua a ser vital para o futuro<br />

da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal. Cumprido<br />

que está um ano desde a abertura da primeira<br />

casa, atualmente, a rede conta já com 18 agentes,<br />

esperando alcançar uma centena de postos<br />

dentro de quatro anos. “O investimento na rede,<br />

realizado em 2015, ascendeu aos €700.000”,<br />

anunciou. Neste momento, acrescentou, “a rede<br />

ContiService está a implementar soluções adaptadas<br />

à medida das necessidades <strong>dos</strong> parceiros<br />

e do mercado, criando os conceitos ContiService<br />

Member e ContiService Partner”.<br />

Para Pedro Teixeira, em 2015 a rede foi uma “pedra<br />

basilar” para consolidar a “posição de liderança<br />

no mercado”.<br />

O ano passado visou “apenas” a sua consolidação.<br />

“Em 2016, o que queremos é continuar a<br />

consolidar este projeto e crescer. O objetivo é,<br />

até 2020, chegarmos a um número de 100 pontos<br />

de venda. Com uma cobertura geográfica<br />

nacional que nos permita ter uma rede forte e<br />

uma marca forte ligada ao Grupo Continental”,<br />

sublinhou. ♦<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


NOVAS SURPRESAS NA COMPETIÇÃO<br />

<strong>Pneus</strong> que proporcionam "surpresas" aos condutores<br />

A Toyo Tires encontrou a resposta: Proxes<br />

A marca que vai de encontro aos condutores que procuram o verdadeiro<br />

desempenho.<br />

Proporciona um elevado desempenho, tanto em piso seco como molhado,<br />

bem como uma condução confortável.<br />

Este poder excecional pode ser seu hoje.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23


Salão<br />

Reifen 2016<br />

Nível muito elevado<br />

O Salão de Reifen 2016 esteve a um nível muito elevado, quer no que diz<br />

respeito à organização e qualidade <strong>dos</strong> expositores, quer ao nível do perfil<br />

<strong>dos</strong> visitantes, na sua maioria empresários do setor há procura de novas<br />

oportunidades de negócio<br />

VEJA O VÍDEO<br />

Por: João Vieira<br />

A<br />

edição de 2016 do Salão de Reifen<br />

registou um maior número de expositores,<br />

de área coberta e de presenças<br />

estrangeiras. Voltou a ser um grande sucesso,<br />

registando cerca de 20.000 visitantes de to<strong>dos</strong><br />

os pontos do globo, incluindo os participantes<br />

da Conferência sobre o “Futuro do Pneu”,<br />

que decorreu em paralelo com a feira.<br />

Com 675 expositores dividi<strong>dos</strong> por 43 países e<br />

uma área total de 60.000 m 2 , o Salão de Essen<br />

estabeleceu novos recordes, confirmando-se<br />

como o mais importante certame de pneus<br />

do mundo. A importância desta feira ficou<br />

também demonstrada pelos imponentes<br />

stands <strong>dos</strong> vinte maiores fabricantes de pneus<br />

do mundo, como Bridgestone, Continental,<br />

Goodyear e Michelin.<br />

Reifen 2016 permanecerá na memória de to<strong>dos</strong><br />

como uma das mais bem sucedidas feiras<br />

de pneus <strong>dos</strong> últimos anos. O evento deste<br />

ano esteve a um nível muito elevado, quer a<br />

nível de organização, com áreas bem definidas<br />

para os fabricantes, distribuidores e empresas<br />

de equipamentos e serviços, quer ao<br />

nível do perfil <strong>dos</strong> visitantes, na sua maioria<br />

empresários do setor há procura de novas<br />

oportunidades de negócio e com o intuito de<br />

partilhar os planos para o futuro.<br />

“Fiquei muito satisfeito com a resposta extremamente<br />

positiva de muitos <strong>dos</strong> expositores,<br />

que já estão a fazer planos para Reifen 2018,<br />

que se realizará, em paralelo, com o Salão<br />

Automechanika”, referiu Oliver Kuhrt, diretor-<br />

-geral da Messe Essen.<br />

De acordo com as respostas a um inquérito<br />

realizado pela organização, cerca de 80% <strong>dos</strong><br />

expositores mostraram intenção de participar<br />

no Salão de Reifen 2018.<br />

w OFICINAS CADA VEZ MAIS IMPORTANTES<br />

Mais de 90% <strong>dos</strong> visitantes afirmaram que as<br />

áreas de oficina mecânica e de serviços para<br />

o veículo estavam a tornar-se cada vez mais<br />

importantes para os seus negócios. O número<br />

de visitantes internacionais manteve-se<br />

a um nível elevado e, entre os países, a Ale-<br />

24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


manha e a Itália estiveram na liderança como<br />

os países que levaram mais visitantes à feira,<br />

seguidas pela França, Bélgica, Reino Unido<br />

e Polónia. Embora a maioria <strong>dos</strong> visitantes<br />

tenha viajado de outro lugar na Europa, o<br />

maior aumento percentual proveio da Ásia.<br />

30% <strong>dos</strong> visitantes profissionais vieram do setor<br />

das oficinas e cerca de 29% do retalho de<br />

pneus. Cerca de 90% eram decisores, com responsabilidade<br />

de aquisição/contratação. Ao<br />

todo, 89% <strong>dos</strong> visitantes profissionais fez uma<br />

avaliação positiva da sua visita à feira, o que<br />

representa um ligeiro aumento em comparação<br />

com o evento anterior. Mais de um terço<br />

a feira, pois está a criar um grande desequilíbrio<br />

entre os players do setor, tendo já dado<br />

origem a posições concretas de governos<br />

de vários países contra as práticas ilegais de<br />

do que o segmento de ligeiros. Estima-se que<br />

os 21 milhões de pneus comerciais ligeiros<br />

vendi<strong>dos</strong>, atualmente, na Europa, aumentem<br />

para 25 milhões no final de 2020.<br />

A indústria <strong>dos</strong> pneus e toda a cadeia de distribuição<br />

não param de evoluir. Novas tecnologias<br />

e materiais utiliza<strong>dos</strong> no fabrico <strong>dos</strong><br />

pneus, contribuem para um aumento da sua<br />

qualidade e durabilidade. A nível da distribuição,<br />

a tendência aponta para a transformação<br />

das oficinas de pneus em oficinas de mecânica<br />

e serviços rápi<strong>dos</strong>. Já no que diz respeito à<br />

parte técnica, os sistemas TPMS de montagem<br />

obrigatória no primeiro equipamento em to<strong>dos</strong><br />

visitantes efetivaram encomendas durante<br />

o salão, enquanto outros irão ainda fazer os<br />

pedi<strong>dos</strong>, o que também representa um ligeiro<br />

aumento nas encomendas. 93% <strong>dos</strong> visitantes<br />

recomendam uma visita a Reifen, o que significa<br />

que este valor melhorou ligeiramente.<br />

w MERCADO AO RUBRO<br />

Cotada entre as principais feiras da especialidade<br />

a que ninguém do setor quer faltar, o<br />

Salão de Reifen veio demonstrar a vitalidade<br />

do mundo <strong>dos</strong> pneumáticos, numa altura<br />

em que se assiste a um excesso de oferta de<br />

pneus asiáticos, muitos deles comercializa<strong>dos</strong><br />

com preços abaixo do seu custo de produção.<br />

Foi um <strong>dos</strong> temas mais comenta<strong>dos</strong> durante<br />

dumping praticadas por diversos fabricantes<br />

chineses de pneus novos radiais destina<strong>dos</strong> a<br />

veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />

À parte este facto, cuja resolução está dependente<br />

da decisão das entidades que controlam<br />

este comércio ilegal, a maioria <strong>dos</strong><br />

fabricantes presentes no salão mostrou-se<br />

otimista em relação ao futuro do setor, cuja<br />

tendência aponta para um crescimento em<br />

to<strong>dos</strong> os segmentos, nomeadamente nos veículos<br />

comerciais ligeiros, que cresce 35% mais<br />

<strong>dos</strong> os veículos fabrica<strong>dos</strong> na Europa, continua<br />

a merecer toda a atenção <strong>dos</strong> profissionais do<br />

setor. A manutenção destes sistemas e a substituição<br />

de sensores avaria<strong>dos</strong> é uma oportunidade<br />

de negócio para todas as oficinas que<br />

queiram investir na formação <strong>dos</strong> colaboradores<br />

e na aquisição de equipamento específico.<br />

w PRÉMIOS INOVAÇÃO<br />

Na véspera da abertura do salão realizou-se a<br />

cerimónia de entrega <strong>dos</strong> Prémios Inovação,<br />

atribuí<strong>dos</strong> aos produtos que mais se destacaram<br />

pela tecnologia e inovação técnica.<br />

Os fabricantes de pneus Bridgestone e Michelin,<br />

venceram a categoria “Produtos e Tecnologia”.<br />

A Bridgestone com os novos pneus Drive-<br />

Guard, com sistema Run-Flat, que podem ser<br />

monta<strong>dos</strong> em to<strong>dos</strong> os veículos equipa<strong>dos</strong><br />

com TPMS. A Michelin, por sua vez, destacou-<br />

-se com os pneus XLine Energy Triple A, os<br />

primeiros para eixo de direção de veículos<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25


Salão Reifen 2016<br />

pesa<strong>dos</strong> com classificação A de eficiência de<br />

consumo na etiqueta.<br />

O prémio para “Conceitos de serviço e otimização<br />

de processos”, foi ganho pela empresa<br />

4JET Technologies, que apresentou um processo<br />

que permite, pela primeira vez, marcar os<br />

pneus com um código QR, que pode ser lido<br />

a partir de um smartphone. Este sistema, denominado<br />

Scannet (que deriva da conjugação<br />

das palavras “scan e connect”), permite que os<br />

pneus sejam continuamente monitoriza<strong>dos</strong> ao<br />

longo da sua vida útil.<br />

O fabricante de equipamentos Corghi venceu<br />

o Prémio da categoria “Serviço Auto”, com o<br />

equipamento Uniformity, a primeira máquina<br />

de montagem de pneus com funções de<br />

diagnóstico. De acordo com este fabricante,<br />

o tempo de desmontagem/montagem de<br />

pneus pode ser reduzido em 25%, o que significa<br />

que 50% das operações que eram necessárias<br />

fazer-se, deixaram de o ser.<br />

De referir que os Prémios Inovação foram atribuí<strong>dos</strong><br />

por um júri independente, que analisou<br />

antes da feira as ideias mais inovadoras<br />

e pioneiras <strong>dos</strong> vários fabricantes de pneus e<br />

equipamentos presentes na feira.<br />

Reifen 2016<br />

em números<br />

675<br />

expositores<br />

43 países<br />

20.000<br />

visitantes<br />

60.000 m 2 de área<br />

90%<br />

visitantes que<br />

irão a Frankfurt<br />

em 2018<br />

93%<br />

visitantes<br />

que recomendam<br />

visita a Reifen<br />

80%<br />

expositores<br />

que querem participar<br />

em 2018<br />

visitantes que perten-<br />

30%cem ao setor oficinal<br />

89%<br />

29%<br />

visitantes<br />

pertencentes ao<br />

retalho de pneus<br />

visitantes que<br />

fizeram avaliação<br />

positiva da feira<br />

90%<br />

visitantes<br />

decisores<br />

de compra<br />

w REIFEN VAI PARA AUTOMECHANIKA EM 2018<br />

O próximo Salão de Reifen ocorrerá, em paralelo,<br />

com a Automechanika de Frankfurt, que<br />

se realizará de 11 a 15 setembro de 2018. Ao<br />

dar este passo, a Messe Essen e Messe Frankfurt<br />

estão a juntar os mais importantes setores<br />

do aftermarket numa única feira, indo, assim,<br />

ao encontro <strong>dos</strong> desejos de muitos expositores.<br />

Será a plataforma ideal para mostrar<br />

novos conceitos e produtos a um público<br />

especializado e interessado, quer em pneus e<br />

equipamentos, quer em peças e serviços dedica<strong>dos</strong><br />

ao automóvel e mobilidade.<br />

Reifen deixará, assim, de ser realizada em Essen<br />

e passará a ter lugar no centro financeiro<br />

da Alemanha (Frankfurt). De acordo com Oliver<br />

P. Kuhrt, CEO da Messe Essen, “o facto de<br />

nos unirmos à Messe Frankfurt permite-nos<br />

juntar a indústria <strong>dos</strong> pneus ao aftermarket<br />

automóvel, de modo a que o ‘universo’ fique<br />

completo. Os expositores de Reifen contarão<br />

com mais visitantes nesta nova localização,<br />

entres os quais estarão os grandes decisores<br />

internacionais da indústria, do setor oficinal e<br />

do comércio afeto ao pós-venda”.<br />

Por seu turno, Detlef Braun, membro do conselho<br />

de administração da Messe Frankfurt,<br />

realçou que “Reifen vem complementar o portefólio<br />

da marca de feiras líder a nível mundial:<br />

a Automechanika. Ofereceremos datas comuns<br />

à indústria e, quer para o universo <strong>dos</strong><br />

pneus quer para o setor oficinal, reuniremos<br />

todo o know-how e serviços num único local”.<br />

Decisão que, de resto, parece fazer todo o sentido,<br />

uma vez que, cada vez mais, o negócio<br />

<strong>dos</strong> pneus convive com o mundo das peças e<br />

com os serviços rápi<strong>dos</strong>. ♦<br />

26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27


Notícias<br />

Mercado<br />

Campanha de sensibilização<br />

CEPP em Alverca e Leixões<br />

Uma vez mais, a ACAP, através da CEPP<br />

(Comissão Especializada de Produtores<br />

de <strong>Pneus</strong>), realizou novas ações de sensibilização,<br />

que visaram alertar para a necessidade<br />

de controlo e verificação do estado <strong>dos</strong> pneus,<br />

tendo sido especialmente dirigida aos condutores<br />

de veículos pesa<strong>dos</strong>, com a divulgação<br />

do Guia <strong>Pneus</strong> Pesa<strong>dos</strong>. Estas ações decorreram<br />

no mês de abril nas portagens de Alverca<br />

e no porto de Leixões, tendo contado com<br />

o apoio da GNR-UNT (Unidade Nacional de<br />

Trânsito), IMT (Instituto da Mobilidade e <strong>dos</strong><br />

Transportes) e ANSR (Autoridade Nacional<br />

de Segurança Rodoviária). Uma das grandes<br />

preocupações da CEPP é, precisamente, a<br />

segurança. Devido à falta de um plano de<br />

manutenção e prevenção, esta campanha visou,<br />

essencialmente, alertar para a verificação<br />

do estado <strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong> em circulação,<br />

alertar os condutores de veículos pesa<strong>dos</strong><br />

para a importância <strong>dos</strong> pneus enquanto<br />

elemento de segurança e sensibilizar para<br />

a responsabilidade social a nível ambiental.<br />

Durante a campanha, foram analisa<strong>dos</strong> mais<br />

de 200 veículos pesa<strong>dos</strong>, tendo sido verificadas<br />

profundidades do desenho <strong>dos</strong> pisos e o estado<br />

geral de to<strong>dos</strong> os pneus, bem como divulgado<br />

o “Guia de <strong>Pneus</strong> Pesa<strong>dos</strong>”, que reúne um conjunto<br />

de recomendações técnicas fundamentais<br />

para que os condutores profissionais circulem<br />

com maior segurança e eficiência económica,<br />

assim como com menor impacto ambiental. <br />

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Euro Tyre alarga<br />

horário do call center<br />

Com o objetivo de prestar melhor serviço<br />

aos clientes, a Euro Tyre alargou o horário<br />

de atendimento do seu call center das 8h30<br />

até as 19h00, ininterruptamente. Passa, assim,<br />

a disponibilizar, diariamente, mais de<br />

10 horas de atendimento permanente para<br />

esclarecimento de dúvidas, seguimento de<br />

encomendas ou outro assunto. Com esta<br />

mudança, a Euro Tyre pretende incrementar<br />

o seu nível de serviço para, assim, poder responder<br />

melhor às necessidades <strong>dos</strong> clientes.<br />

TODOS JUNTOS EVITAMOS TANTAS<br />

EMISSÕES COMO AS QUE 36.000<br />

EMITEM NUM ANO<br />

Tudo graças à Valorpneu e aos seus parceiros do Sistema Integrado<br />

de Gestão de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong>, que recolhem, transportam e valorizam<br />

85 mil toneladas/ano de pneus usa<strong>dos</strong> em Portugal, reciclando,<br />

recauchutando e valorizando-os como fonte de energia.<br />

Tudo por um Ambiente melhor.<br />

Poupança de emissões correspondente ao tratamento de 85.000 toneladas de pneus = 133,92 kton CO 2<br />

e equivalente às emissões resultantes da circulação média anual de 36.000 automóveis.<br />

Porque existe Amanhã.<br />

28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 29


Notícias<br />

Mercado<br />

Tiresur quebrou barreiras<br />

de faturação em 2015<br />

A Tiresur continua a quebrar barreiras e mantém a sua linha<br />

de crescimento. As turbulências do setor não estão a ser um<br />

obstáculo para esta empresa, que opera no mercado há de 80<br />

anos, e cuja solidez e estabilidade se fortificam dia a dia. Desta<br />

forma, a Tiresur não só manteve a posição durante os anos<br />

mais críticos da desaceleração económica, como não deixou<br />

de aumentar o seu volume de faturação.No passado exercício<br />

económico, o distribuidor internacional de pneus conseguiu um<br />

volume de vendas global superior a 91 milhões de euros, tendo<br />

em conta, além do volume de negócio de Tiresur Espanha, as<br />

suas divisões de Brasil, Panamá e Portugal. Portanto, a equipa<br />

diretiva faz um balanço mais do que positivo do percurso da<br />

empresa durante 2015, que foi<br />

um ano de novos investimentos,<br />

nova sede central, novos<br />

armazéns, implementação de<br />

novas aplicações informáticas,<br />

novas políticas de logística<br />

com maiores recursos para otimizar<br />

os serviços de entregas.<br />

Em suma, um incremento <strong>dos</strong> meios e <strong>dos</strong> recursos utiliza<strong>dos</strong><br />

que permitiram atingir um maior volume de faturação.<br />

Goodyear equipa maior<br />

camião articulado da Volvo<br />

O novo pneu OTR (Off-The-Road) da Goodyear, o TL-4A, no tamanho<br />

33.25R29, foi especialmente concebido para o novo camião articulado<br />

A60H, o maior desta categoria da Volvo. As duas empresas colaboraram<br />

no desenvolvimento e fabrico de pneus OTR feitos à medida<br />

deste novo camião incluído na categoria de 60 toneladas, respondendo,<br />

assim, à crescente procura por parte <strong>dos</strong> clientes de uma maior<br />

capacidade nos veículos. Os engenheiros da Goodyear asseguram<br />

que estes novos pneus OTR oferecem uma tração dianteira e lateral<br />

otimizada, assim como uma condução mais cómoda. O desenho direcional<br />

da sua banda de rolamento conta com uma ampla pegada<br />

que permite o máximo contacto com o terreno e uma grande estabilidade,<br />

assim como uma excecional capacidade de autolimpeza. As<br />

características mais importantes do novo pneu OTR são a otimização<br />

do seu custo por hora, tornando-o numa opção muito adequada para<br />

o novo camião articulado de 60 toneladas da Volvo, com uma capacidade<br />

de 55 toneladas e um alto nível de resistência de deslizamento.<br />

SEGURANÇA<br />

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secas e molhadas - o resultado de um desenvolvimento técnico que tem como benchmark os<br />

requisitos europeus de desempenho como seu parâmetro de referência e coloca a segurança no<br />

topo da agenda. O novo pneu EMERA A1 HP / UHP da KENDA é o resultado de uma clara estratégia:<br />

qualidade premium a preço económico - qualidade premium em W e Y, de 16 a 20 polegadas.<br />

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30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 31


Notícias<br />

Mercado<br />

Z Tyre entra no Guinness Book<br />

Para celebrar e reconhecer o verdadeiro valor da sua gama de pneus de<br />

alta performance, a Z Tyre juntou-se a uma das joalharias mais exclusivas<br />

do mundo para desenvolver um pneu muito especial, o Z1, que foi<br />

revelado, pela primeira vez, no Salão de Reifen de 2016. Combinando<br />

ouro de 24 quilates com pedras de diamante especialmente selecionadas,<br />

este conjunto exclusivo da Z Tyre foi projetado e decorado com a<br />

assistência de Joaillier Prive e <strong>dos</strong> seus joalheiros artesanais italianos. O<br />

conjunto <strong>dos</strong> quatro pneus Z1 foram<br />

avalia<strong>dos</strong> em 600.000 dólares<br />

pelo Guinness World Records e devidamente<br />

reconheci<strong>dos</strong> por esta<br />

entidade como o set de pneus mais<br />

caro do mundo. Comentando este<br />

novo recorde mundial, o CEO da<br />

Zenises, Harjeev Kandhari, referiu:<br />

“A melhor maneira de comemorar o<br />

elevado nível de fabrico <strong>dos</strong> nossos<br />

pneus foi lançar um pneu que, para<br />

além de ser o mais caro do mundo,<br />

é, também, uma mostra do que de<br />

mais evoluído se faz a nível de fabrico<br />

de pneus”.<br />

Nexen Tire satisfaz mais os clientes<br />

A Nexen Tire ficou num honroso quarto lugar no segmento<br />

de automóveis ligeiros de passageiros, no Estudo de Satisfação<br />

do cliente com pneus originais, realizado pela J.D.Power.<br />

Participaram neste estudo 12 marcas de pneus e o 4.º lugar<br />

obtido mostra o importante<br />

crescimento da Nexen Tire no<br />

mercado europeu. Através<br />

de investimentos contínuos<br />

no departamento de I+D<br />

(Investigação e Desenvolvimento),<br />

a Nexen Tire continua<br />

a melhorar a qualidade<br />

do produto e a tecnologia,<br />

com o objetivo de aumentar<br />

a satisfação do cliente a nível<br />

mundial e de ser um player<br />

fulcral entre os fabricantes<br />

mundiais de pneus. Para o estudo, os principais fatores relaciona<strong>dos</strong><br />

com a satisfação <strong>dos</strong> pneus são o “Rolamento do<br />

pneu”, a “Tração e maneabilidade do pneu”, o “Desgaste do<br />

pneu” e o “Aspeto do pneu”. Estes são os fatores que os clientes<br />

consideram como os mais importantes de to<strong>dos</strong> quando se<br />

trata de avaliar a sua satisfação.<br />

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32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33


Notícias<br />

Mercado<br />

Trelleborg finaliza aquisição<br />

da CGS Holding / Mitas<br />

Recauchutagem Nortenha<br />

premiada nos EUA<br />

A Recauchutagem Nortenha foi galardoada<br />

com o prémio “Miss Retread Truck Tire 2016” na<br />

North American Tire & Retread, que decorreu nos<br />

EUA. Neste concurso, participaram os maiores recauchutadores<br />

americanos e europeus. Este prestigiado<br />

prémio atribuído na feira vem comprovar<br />

a excelência <strong>dos</strong> pneus Nortenha e contribuirá<br />

para a expansão da marca no mercado nacional<br />

e internacional.<br />

A Trelleborg finalizou a aquisição da<br />

CGS Holding, empresa privada líder na<br />

área de pneus agrícolas, industrial e em<br />

soluções na área de engenharia de polímeros.<br />

De acordo com o Presidente e<br />

CEO da Trelleborg, Peter Nilsson, “é altamente<br />

gratificante receber a CGS no<br />

Grupo Trelleborg. Esta companhia esteve<br />

por muito tempo na nossa lista de<br />

interesses. A aquisição vai permitir que<br />

a Trelleborg duplique as suas vendas de<br />

pneus agrícolas, reforce a posição de<br />

liderança em pneus industriais e acrescente<br />

novas posições em segmentos de<br />

pneus especiais. A linha de soluções de<br />

engenharia de polímeros da CGS permite<br />

reforçar a liderança da Trelleborg em<br />

diversas áreas de negócios do grupo”.<br />

A CGS Holding inclui as empresas Mitas,<br />

Rubena e Savatech. A Mitas responde<br />

por, aproximadamente, dois terços da<br />

venda do grupo e tem forte presença<br />

em merca<strong>dos</strong> de pneus especiais com<br />

forte atuação no mercado de agrícolas.<br />

A oferta de pneus especiais é complementada<br />

por nichos de soluções de<br />

engenharia de polímeros, que é representada<br />

pelas subsidiárias Rubena e<br />

Savatech.<br />

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34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


ContiService proporciona formação aos agentes<br />

rede ContiService, no âmbito do seu<br />

A plano de formação, proporcionou, recentemente,<br />

ao seu conjunto de agentes formação<br />

em liderança. Sob o claim “Gerir o Negócio.<br />

Liderar Gerações. Servir o Futuro”, os objetivos<br />

da formação passaram pelo desenvolvimento<br />

de uma visão pessoal de liderança, formas de<br />

criar um plano de sucessão, estratégias para<br />

a gestão de conflitos pessoais e profissionais,<br />

bem como refletir sobre formas de gerar motivação<br />

pessoal e na equipa. De entre os temas<br />

aborda<strong>dos</strong> no decorrer da sessão, destacam-se<br />

o perfil do líder de hoje, a liderança eficaz, a<br />

gestão de conflitos e a liderança e cultura,<br />

entre outros. Pedro Teixeira, diretor-geral da<br />

Continental <strong>Pneus</strong> Portugal, responsável pelo<br />

ContiService, destaca a formação como um<br />

pilar essencial para o sucesso de qualquer negócio.<br />

“Uma das apostas estratégicas da nossa<br />

rede é, desde a primeira hora, a formação. Para<br />

responderem de forma eficaz às exigências do<br />

mercado, clientes e colaboradores, os líderes<br />

de hoje têm de desenvolver um conjunto de<br />

ferramentas que os ajudem a tornar a sua liderança<br />

mais eficaz. Daí acharmos que esta era<br />

uma formação fulcral para os nossos parceiros”,<br />

esclareceu. Através do projeto ContiService,<br />

a Continental pretende incentivar e apoiar<br />

os seus parceiros na ampliação da oferta de<br />

serviços, para além da venda de pneus, introduzindo<br />

serviços de mecânica, como revisões,<br />

mudança de óleos e filtros, baterias, escovas<br />

e mecânica geral.<br />

Bridgestone<br />

adquire Speedy<br />

Bridgestone anunciou que planeia adquirir 100% da Speedy<br />

A France, empresa líder no retalho de serviço automóvel e uma<br />

das mais importantes redes de pneus de França. A finalização da<br />

aquisição encontra-se pendente da aprovação das autoridades<br />

regulatórias. Unir forças com a Speedy vai permitir à Bridgestone<br />

ter acesso direto aos utilizadores finais de França, um <strong>dos</strong><br />

merca<strong>dos</strong> prioritários do grupo, assim como aos utilizadores de<br />

outros merca<strong>dos</strong> onde a Speedy atua.<br />

“Consideramos a Speedy uma vantagem estratégica forte, com<br />

um leque de clientes premium, uma grande cobertura geográfica<br />

e foco na qualidade do serviço. Além disto, a Speedy tem<br />

um forte reconhecimento da marca e uma mentalidade inovadora”,<br />

afirma Eduardo Minardi, Executive Chairman e CEO da<br />

Bridgestone EMEA.<br />

A extensão de uma rede de serviços<br />

desta natureza proporciona<br />

também à Bridgestone<br />

uma oportunidade única<br />

para melhorar a sua compreensão<br />

<strong>dos</strong> utilizadores<br />

finais, essencial para que continue<br />

a construir a sua posição<br />

de liderança.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35


Notícias<br />

Mercado<br />

Vulco-Salco abre novas<br />

oficinas na Península Ibérica<br />

Vulco, rede de oficinas associada à Goodyear Dunlop e especializada<br />

em pneus e mecânica rápida, anunciou a incorporação<br />

A<br />

das suas oficinas do Grupo Salco: uma em Ourense (Espanha), outra<br />

em Braga (Portugal). Estas duas integrações reforçam a presença<br />

da rede na zona noroeste da Península Ibérica e permitem à Vulco<br />

contar com 23 oficinas, fruto da aliança com o Grupo Salco. A<br />

oficina galega, situada em Ourense, conta com mais de 25 anos<br />

de história no Polígono de San Cibrao. Por outro lado, a oficina<br />

portuguesa, Laranja Mecânica, aberta recentemente, surge para<br />

reforçar a presença de Vulco na cidade de Braga (Centro Comercial<br />

Nova Arcada), onde conta já com cinco oficinas. Ambas as oficinas<br />

contam com instalações modernas e estão equipadas com<br />

a última tecnologia, orientadas para a prestação de serviço de<br />

passageiros, SUV, carrinhas e 4x4. As inaugurações das oficinas,<br />

celebradas no passado dia 14 de abril, contaram com a presença<br />

de Hugo Carvalho, diretor da rede Vulco, Fidel Salinas, presidente<br />

do Grupo Salco, e o seu atual gerente, Agustín Salinas, para além<br />

de outros responsáveis da companhia.<br />

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36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 37


Notícias<br />

Mercado<br />

Novos Barum para eixo<br />

de direção e eixo motriz<br />

Os pneus BF 200 R para eixo da direção e BD 200 R para eixo<br />

do tração estão, agora, disponíveis no tamanho 315/70 R22.5.<br />

Estes pneus têm uma vida útil longa e proporcionam uma condução<br />

fiável, tanto em percursos regionais como nos de longo<br />

curso. Com estes pneus robustos e de elevado desempenho, a<br />

Barum oferece uma opção com boa relação qualidade/preço<br />

para utilização em camiões. Os BF 200 R e BD 200 R, no tamanho<br />

315/80 R 22.5, foram lança<strong>dos</strong> no ano passado. Agora, a<br />

Barum apresenta os seus pneus para utilização nos eixos de direção<br />

e de tração, no tamanho 315/70 R22.5. Ambos anunciam<br />

uma vida útil longa e uma segurança de condução inabalável.<br />

Graças aos melhoramentos feitos no composto de borracha e<br />

ao novo design do piso, levam para a estrada confiança, tanto<br />

nas viagens regionais como<br />

nas de longo curso. A nova<br />

geometria do piso, comum<br />

a to<strong>dos</strong> os pneus<br />

na série Barum 200 R,<br />

contribui para um aumento<br />

significativo na<br />

duração do pneu.O<br />

novo composto do piso<br />

ajuda a conseguir manobras<br />

mais seguras em<br />

piso molhado.<br />

Delin Mitel mais presente<br />

em Portugal<br />

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Com o alargamento da gama de pneus de camião da marca<br />

Doublestar, que representa, em exclusivo, para a Península<br />

Ibérica, a Delin Mitel aposta forte no mercado português, onde<br />

conta com uma equipa de vendedores liderada por João Alves<br />

(962 551 441), cobrindo todo o território nacional. Embora a<br />

marca Doublestar mereça grande destaque no portefólio de<br />

pneus que a Delin Mitel dispõe para o setor <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, a<br />

empresa também comercializa outras marcas premium, como<br />

Michelin, Pirelli, Goodyear, Firestone e Continental. A Delin<br />

Mitel também comercializa baterias de arranque para todo o<br />

tipo de aplicações, desde o<br />

automóvel ligeiro ao grande<br />

camião e máquinas industriais.<br />

A longa trajetória da<br />

empresa no mercado espanhol<br />

e internacional fala por<br />

si. Dispõe sempre <strong>dos</strong> pneus<br />

que têm maior procura, garantindo<br />

os melhores preços<br />

do mercado e um serviço rápido<br />

e eficaz.<br />

<strong>38</strong> | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


o seu parceiro em Portugal<br />

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Notícias<br />

Mercado<br />

Pisos da Vipal recebem<br />

certificação de desempenho<br />

A Vipal apresentou, no Salão de Reifen de 2016, produtos<br />

identifica<strong>dos</strong> com o Alpine Symbol e a etiqueta de resistência<br />

ao rolamento, ruído e aderência. O Alpine Symbol avalia a eficiência<br />

de pisos dedica<strong>dos</strong> a<br />

rodar em condições severas<br />

de neve. Neste caso, os produtos<br />

testa<strong>dos</strong> foram os VDA4<br />

e VT160, em prova realizada<br />

por laboratório credenciado,<br />

que mediu os seus índices de<br />

aderência à neve. Os resulta<strong>dos</strong><br />

foram, respetivamente, de<br />

79% e 60% a mais de aderência<br />

na neve em relação ao pneu padrão. O número, bem superior aos<br />

25% necessários para receber a certificação, atesta a qualidade<br />

destes produtos de neve da Vipal. Já a etiquetagem, mostra o<br />

desempenho da banda nos critérios de resistência ao rolamento,<br />

aderência ao piso molhado e ruído do rolamento, avaliado em<br />

decibéis. Esses critérios - importantes para garantir um bom<br />

desempenho do pneu - foram avalia<strong>dos</strong> por um laboratório certificado<br />

e trouxeram resulta<strong>dos</strong> positivos para as duas bandas<br />

testadas: VL140A e a VT110.<br />

Dunlop apresenta gama de<br />

pneus de estrada para camião<br />

A Dunlop lançou uma nova gama de pneus para camião, que oferece<br />

melhor rendimento em todo o tipo de estrada. A nova gama<br />

engloba o pneu de direção SP346, o pneu de tração SP446 e o pneu<br />

de atrelado SP246. Estes pneus proporcionam um aumento de quilometragem<br />

que pode chegar aos 10% e<br />

anunciam uma melhor economia de<br />

combustível em comparação com os<br />

antecessores, para além de se “comportarem”<br />

bem no inverno. Isto<br />

deve-se aos rigorosos requisitos da<br />

UE a serem cumpri<strong>dos</strong> pelos pneus<br />

de neve para camião, ostentando o<br />

símbolo 3-Peak-Mountain-Snowflake<br />

(3PMSF) nos pneus de tração e condução,<br />

para além da inclusão da marcação<br />

M+S em to<strong>dos</strong> os pneus.O desempenho da<br />

nova gama para estrada da Dunlop para transportes de longo curso e<br />

serviços regionais, tanto de verão como de inverno, representa, para<br />

os operadores de frotas, uma tranquilidade, uma vez que os seus camiões<br />

estão prepara<strong>dos</strong> para tudo.<br />

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40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


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Porque a nossa filosofia se baseia na proximidade, no serviço, na confiança mútua e na fiabilidade.<br />

Porque somos profissionais multimarca e multissegmento. Porque nos preocupamos com a<br />

rentabilidade da sua empresa, comprometemo-nos a assegurar de forma permanente<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41


Notícias<br />

Mercado<br />

NEX inaugura<br />

plataforma na Madeira<br />

A NEX Tyres Portugal inaugurou, no passado mês de maio, a sua plataforma<br />

na ilha da Madeira (mais propriamente na zona industrial da<br />

Cancela), iniciando, a partir desse dia, a operação dedicada para toda<br />

a ilha. Com esta operação, a NEX dá mais um passo para consolidar<br />

a sua posição como uma das referências na distribuição grossista na<br />

Península Ibérica, tornando-se pioneira na criação de uma plataforma<br />

na ilha da Madeira. E oferecendo aos clientes locais um serviço de excelência<br />

que, a curto prazo, passará pela distribuição bi-diária de to<strong>dos</strong><br />

os pedi<strong>dos</strong> com origem no armazém da Cancela, que tem uma capacidade<br />

corrente entre 3.000 e 5.000 unidades. Para além deste stock de<br />

proximidade, os clientes madeirenses continuarão a ser servi<strong>dos</strong> pelos<br />

armazéns de Lisboa e Madrid, mantendo, assim, o acesso a um nível<br />

de stock global na ordem <strong>dos</strong> 90.000 pneus.Esta operação corporativa<br />

representa mais um passo na agenda estratégica do desenvolvimento<br />

da NEX, onde, nos últimos meses, se observaram várias etapas no nosso<br />

país e das quais se destacam a abertura <strong>dos</strong> armazéns de Lisboa e<br />

Porto no arranque da operação (em novembro passado), a incorporação,<br />

em fevereiro de 2016, da sua oferta na gama agro-industrial e, em<br />

abril deste ano, a aquisição da Ihle Ibérica. <br />

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42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


Hämmerling apresenta<br />

novidade Athos<br />

A Hämmerling, distribuidor de pneus para veículos pesa<strong>dos</strong>, com sede na Alemanha,<br />

apresentou, no Salão de Reifen de 2016, os novos pneus da sua marca<br />

exclusiva Athos. Uma das novidades foram os pneus de reboque e tratores Athos,<br />

para cargas até cinco toneladas, e os primeiros pneus de camião Athos-ECO no<br />

tamanho <strong>38</strong>5/65 R 22.5. To<strong>dos</strong> os pneus vendi<strong>dos</strong> pela Hämmerling são submeti<strong>dos</strong><br />

aos testes mais rigorosos de qualidade e são audita<strong>dos</strong> e inspeciona<strong>dos</strong> regularmente<br />

por técnicos da TÜV. Os pneus Athos para camiões caracterizam-se<br />

pela elevada longevidade, design semelhante às marcas premium e uma excelente<br />

relação preço-desempenho. A empresa apresenta duas inovações importantes na<br />

gama: O Athos-ECO, na medida <strong>38</strong>5/65 R 22.5, que possibilita uma economia de<br />

combustível de até 0,5 l/100 km, e quatro medidas de pneus de reboque com oito<br />

perfis, com uma capacidade de carga aumentada de 500 kg a 5.000 kg, destina<strong>dos</strong><br />

a usos mais exigentes.<br />

Tyre Protector assina<br />

protocolo com a CPA<br />

A Tyre Protector Portugal realizou mais um<br />

protocolo, desta vez com a CPA (Associação Autocaravanista<br />

de Portugal), de modo a que to<strong>dos</strong><br />

os associa<strong>dos</strong> possam usufruir da instalação do<br />

selante da Tyre Protector. Deste modo, to<strong>dos</strong> os<br />

sócios têm a oportunidade de ficarem protegi<strong>dos</strong><br />

contra furos. A procura do selante Tyre Protector<br />

por parte deste segmento tem sido grande e este<br />

protocolo vem prestar um melhor serviço a esta<br />

comunidade. O utilizadores ficam, assim, mais<br />

descansa<strong>dos</strong> durante as suas viagens, pois estão<br />

protegi<strong>dos</strong> e mais tranquilos.<br />

Bridgestone expande<br />

parceria com BMW<br />

luxuoso BMW Série 7 encontra-se equipado com pneus desportivos Bridgestone<br />

O Potenza S001 UHP, disponíveis em seis medidas, com a garantia de segurança<br />

adicional graças à tecnologia Run-Flat. Os Potenza S001 são as jóias da coroa entre<br />

os pneus UHP da Bridgestone, concebi<strong>dos</strong> para um melhor desempenho a alta velocidade,<br />

permitindo uma precisão de resposta excecional e um maior controlo em<br />

piso molhado. A gama de inverno inclui ainda os pneus Blizzak LM001 RFT, o pneu<br />

de inverno da Bridgestone com<br />

a melhor avaliação nos testes do<br />

ADAC (German Automobile Club),<br />

estando disponível em duas medidas.<br />

A Bridgestone irá, também,<br />

disponibilizar o seu principal pneu<br />

de turismo premium, o Turanza<br />

T001, para o último BMW X1, com<br />

três medidas Run-Flat e três medidas<br />

padrão. O Turanza T001 foi<br />

concebido para proporcionar uma<br />

viagem mais suave, com estabilidade<br />

na velocidade e confiança<br />

nas manobras em piso molhado.<br />

Dunlop oferece €30 em<br />

combustível na compra de pneus<br />

A Dunlop lançou uma nova promoção dirigida<br />

aos condutores de motos, em que na compra de<br />

um conjunto de pneus SportSmart 2, RoadSmart<br />

III ou TrailSmart em qualquer uma das oficinas<br />

aderentes à promoção receberão, grátis, um cartão<br />

com €30 em combustível. A promoção, que estará<br />

disponível de 1 de junho a 31 de julho de 2016,<br />

conta com uma “mecânica” muito simples. Para<br />

participar, é necessário conservar a fatura, registar<br />

a sua compra em www.lovedunlop.com e seguir<br />

as instruções indicadas. Depois, basta completar<br />

o formulário online, anexar a fatura e completar<br />

a inscrição.Com esta nova promoção, a Dunlop<br />

pretende ajudar os motociclistas, equipando as<br />

suas motos com os melhores pneus e oferecendo<br />

um prémio de €30 em combustível.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43


Reportagem<br />

DonTyre realizou ação da Cooper Tires<br />

Estreitar relações<br />

No dia 29 de abril, a DonTyre realizou, no seu circuito de velocidade, em<br />

Talavera la Real, uma ação da Cooper Tires destinada aos clientes ibéricos.<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> foi convidada e dá-lhe conta de tudo o que se passou<br />

neste evento, onde nem uma corrida de karting faltou<br />

VEJA O VÍDEO<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Com mais de 35 anos de experiência no<br />

setor <strong>dos</strong> pneus, a DonTyre, que dispõe<br />

de 12 armazéns em Espanha, importa<br />

e distribui, hoje, pneus para to<strong>dos</strong> os<br />

segmentos, desde motociclos até industriais, dispondo<br />

de cobertura nacional e serviço 24 horas.<br />

E se há característica que diferencia a empresa<br />

de Jorge Berrocal é o facto de operar com várias<br />

marcas. Uma delas é a norte-americana Cooper<br />

Tires, que pertence, juntamente com outras<br />

oito (Mastercraft, Dean, Starfire, Roadmaster,<br />

Avon, Mickey Thompson, Dick Cepek e Mentor),<br />

à Cooper Tire & Rubber Company. Contudo,<br />

na União Europeia, são apenas três as marcas<br />

comercializadas por este grupo: Cooper, Avon<br />

e Starfire, sendo a produção delas efetuada nos<br />

EUA, Sérvia e Reino Unido para os merca<strong>dos</strong><br />

onde estão presentes.<br />

Marcos históricos da Cooper Tires<br />

1914 Os cunha<strong>dos</strong> John<br />

F. Schaefer e Claude E. Hart<br />

compram a empresa M e M<br />

Manufacturing Company, em<br />

Akron, no estado do Ohio<br />

1915 Schaefer e Hart<br />

adquirem a Giant Tire & Rubber<br />

Company, em Akron<br />

1917 A empresa muda-se<br />

para Findlay, também no estado<br />

do Ohio<br />

1920 Ira J. Cooper, diretor<br />

da empresa, funda a Cooper<br />

Corporation<br />

2015 Anuncia um<br />

investimento que se situa entre<br />

205 e 215 milhões de dólares,<br />

com especial incidência nas<br />

fábricas<br />

2014 No ano do centenário,<br />

a Cooper cria o Centro<br />

Técnico Global em Findlay,<br />

muda a localização do Centro<br />

Tecnológico da Ásia, em Kunshan<br />

(China), e vende a participação<br />

que detém na CCT<br />

2012 Adquire uma fábrica<br />

em Krusevac, na Sérvia<br />

44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


w NASCIDA EM 1914<br />

A ação, levada a cabo no passado dia 29 de abril<br />

para clientes ibéricos, realizou-se no circuito de<br />

velocidade da DonTyre, situado em Talavera la<br />

Real, município de Badajoz. E envolveu até uma<br />

corrida de karting e uma prova de tiro ao arco. O<br />

objetivo era aprender um pouco da história da<br />

Cooper Tires, com particular incidência sobre a<br />

sua gama de produtos, num ambiente descontraído<br />

e recheado de boa disposição. Mas, antes<br />

do “conhaque”, o trabalho. Por isso, Fernando<br />

Cueva, key account manager da Cooper Tires, fez<br />

um périplo sobre a história da marca e sobre os<br />

produtos que esta dispõe, com particular relevância<br />

nos 4x4: Zeon 4XS e 4XSTa (que, dentro<br />

em breve, serão substituí<strong>dos</strong> pelo Zeon 4XS<br />

Sport); Discoverer A/T3; Discoverer S/T Maxx.<br />

Com mais de um século de existência (mais<br />

concretamente 102 anos), a Cooper Tire & Rubber<br />

Company ocupa, atualmente, o 12.° lugar<br />

no ranking <strong>dos</strong> fabricantes mundiais de pneus,<br />

sendo o 5.° maior <strong>dos</strong> EUA. Tendo alcançado<br />

um lucro de 3.400 milhões de dólares em 2014,<br />

o grupo dispõe de sete fábricas em todo o<br />

mundo e vendeu, em 2014, mais de 50 milhões<br />

de pneus a nível mundial.<br />

w GAMA AJUSTADA<br />

Durante a sua apresentação, Fernando Cueva,<br />

key account manager da Cooper Tires, debruçou-se,<br />

também, sobre as tecnologias que estão<br />

presentes nos pneus da marca que representa,<br />

exibindo, cada uma delas, um símbolo<br />

correspondente. Quatro das mais conhecidas<br />

são a construção “Armor-Tek3” da carcaça, os<br />

aditivos do composto “Cut-N-Chip”, as lamelas<br />

em ziguezague “Micro-Gauge” e a terceira geração<br />

do composto de sílica. Interessante é,<br />

também, o chamado indicador quadrado, que<br />

mais não é do que um símbolo que permite ir<br />

acompanhando o desgaste que o pneu vai sofrendo<br />

(os rebor<strong>dos</strong> do quadrado vão desaparecendo<br />

com a utilização do pneu). Destaque<br />

mereceu, igualmente, a proteção de jantes.<br />

No que à gama da Cooper Tires diz respeito, a<br />

oferta tem início nos pneus de verão para turismo.<br />

São eles o CS2 destinado aos veículos<br />

urbanos (44 dimensões; códigos de velocidade<br />

“T” e “H”), o Zeon CS6 para berlinas (45 dimensões;<br />

códigos de velocidade “V”, “W” e “Y”), que,<br />

dentro em breve, será substituído pelo Zeon<br />

CS8, e o Zeon CS Sport para automóveis de elevadas<br />

prestações (19 dimensões; códigos de<br />

velocidade “W” e “Y”).<br />

Para os comerciais ligeiros, a Cooper Tires<br />

aposta no AV11, com piso simétrico e códigos<br />

de velocidade até 190 km/h. Depois, existem<br />

os Zeon 4XS (jantes de 18” a 20”; códigos de<br />

velocidade “V”, “W” e “Y”) e Zeon XSTa (jantes<br />

de 16” a 18”; códigos de velocidade “H” e “V”),<br />

ambos destina<strong>dos</strong> aos SUV de altas prestações.<br />

No topo da oferta, por assim dizer, situam-se os<br />

específicos para 4x4. São eles o Zeon 4XS Sport<br />

(que substituirá os Zeon 4XS e Zeon XSTa, dispondo<br />

de piso assimétrico, jantes de 16” a 21”<br />

e códigos de velocidade “H”, “V”, “W” e “Y”), o<br />

Discoverer A/T3 (pneu misto all season apropriado<br />

para todo-o-terreno), o Discoverer S/T<br />

Maxx (pneu de tração) e o Discoverer STT Pro<br />

(o “puro e duro” do fora de estrada). ♦<br />

1939 – 1945 Durante a<br />

2.ª Guerra Mundial, a empresa<br />

converte o seu departamento<br />

de “bens duradouros” para a<br />

produção bélica<br />

1946 A Cooper Corporation<br />

passa a designar-se Cooper Tire &<br />

Rubber Company<br />

1960 Converte-se numa<br />

sociedade anónima e passa a estar<br />

cotada na Bolsa de Nova Iorque<br />

1997 Adquire a célebre<br />

marca Avon Tyres Limited,<br />

com sede em Melksham,<br />

no Reino Unido<br />

2010 Adquire uns adicionais<br />

14% da CCT, elevando a sua<br />

participação para 65%<br />

2005 Fica com 51% do<br />

terceiro maior fabricante chinês<br />

de pneus<br />

2003 Adquire a Mickey<br />

Thompson Performance Tires<br />

& Wheels e entra com 50% para<br />

estabelecer uma joint venture<br />

com a Kenda Rubber Industrial<br />

Company Ltd., com o objetivo de<br />

construir uma nova fábrica fora<br />

de Xangai, China, destinada à<br />

produção de pneus de turismo e<br />

comerciais<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45


Empresa<br />

Pneu Low Cost<br />

Garantir o melhor preço<br />

Com a concretização deste projeto, que fora idealizado há já quatro anos, a Pneu Low<br />

Cost deixou de estar representada no Funchal e Machico para passar a estar presente<br />

num modelar edifício estrategicamente situado junto ao nó de Gaula<br />

Por: João Vieira<br />

Após estudar o mercado regional, os<br />

responsáveis verificaram que existia<br />

lugar para uma oficina automóvel com<br />

um novo conceito, que incluísse to<strong>dos</strong><br />

os serviços auto concentra<strong>dos</strong> num único espaço,<br />

oferecendo ao cliente um serviço completo para<br />

o seu automóvel. Nasceu, assim, a Pneu Low Cost,<br />

que aposta na comercialização de pneus e serviços<br />

de manutenção automóvel, representando um<br />

investimento de €230.000, 35% <strong>dos</strong> quais de<br />

capitais próprios e os outros 65% financia<strong>dos</strong><br />

pelo Montepio.<br />

“Decidimos abrir no Edifício Gaula devido ao facto<br />

de as nossas antigas instalações serem pequenas<br />

e já não suportarem a quantidade de pneus<br />

vendi<strong>dos</strong>. Por outro lado, o edifício também foi<br />

escolhido devido à sua localização estratégica,<br />

num troço da via rápida e de fácil acesso, situado<br />

no centro da zona mais populacional da Madeira<br />

(entre Câmara de Lobos e Machico)”, refere Ricardo<br />

Freitas, um <strong>dos</strong> sócios-gerentes.<br />

Numa época em que a taxa de desemprego no<br />

país é elevada, esta nova empresa criou nove<br />

novos postos de trabalho, sendo três técnicos de<br />

mecatrónica automóvel, um lavador, três<br />

funcionários para a área <strong>dos</strong> pneus, um no<br />

alinhamento e uma rececionista. As instalações<br />

ocupam um total 1.070 m 2 de área coberta, com<br />

duas mezzanines de 120 m 2 , uma utilizada como<br />

armazém de pneus e outra para escritórios.<br />

Como o leque de serviços foi alargado, tiveram<br />

de apostar na aquisição de máquinas modernas<br />

para prestar o melhor serviço. Assim, a nova loja<br />

foi totalmente equipada com máquinas fornecidas<br />

pela Domingos & Morgado, que facultará toda a<br />

assistência pós-venda necessária ao bom<br />

funcionamento <strong>dos</strong> equipamentos, que inclui<br />

máquina de alinhar, máquinas de desmontar,<br />

máquinas de calibrar, todas as máquinas<br />

necessárias à lavagem, elevadores e ainda toda a<br />

ferramenta mecânica. Com estes equipamentos<br />

de última geração, a Pneu Low Cost está apta a<br />

trabalhar em eletrónica, alinhamentos,<br />

diagnósticos, pneus, óleos e flui<strong>dos</strong>, ar<br />

Pneu Low Cost<br />

Contacto Marco Martins | Morada Gaula Business Park, 1, Porto Novo, 9125 Santa Cruz | Telemóvel 934 664 028<br />

Email pneulowcost.madeira@gmail.com<br />

46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


condicionado, travões, baterias, lavagens e<br />

aspiração. Uma panóplia de serviços, portanto.<br />

Relativamente aos pneus, a oficina tem preferência<br />

em trabalhar com marcas europeias. “Do nosso<br />

stock, que ronda os 800 pneus, eliminamos as<br />

marcas chinesas, que apenas temos por pedido<br />

especial ou encomenda específica do cliente. Nas<br />

marcas europeias, trabalhamos com as premium<br />

(Michelin, Bridgestone, Continental, Dunlop,<br />

Goodyear e BFGoodrich, entre outras) e, também,<br />

com segundas marcas (General, Uniroyal,<br />

Kormoran, Debica e Seiberling, entre outras). O<br />

nosso serviço prima pela qualidade e pela<br />

segurança do nosso cliente”, diz Ricardo Freitas.<br />

Nada menos do que nove foram os postos de<br />

trabalho cria<strong>dos</strong> pela Pneu Low Cost, como se<br />

pode observar na foto à direita<br />

w PREÇOS COMPETITIVOS<br />

A visão da Pneu Low Cost há quatro anos, fruto<br />

da situação sócio-económica portuguesa, foi<br />

procurar satisfazer o cliente com o mais barato,<br />

tentando arranjar uma solução equilibrada entre<br />

barato e com qualidade, sendo que o cliente da<br />

empresa não é apenas o consumidor final, pois<br />

também faz revenda para outras lojas. “Garantimos<br />

o melhor preço do mercado pela venda, pois a<br />

nossa estratégia de preço é a venda em volume,<br />

ou seja, diminuímos a margem de lucro e, para<br />

manter os preços competitivos, vendemos em<br />

quantidade”, enfatiza Ricardo Freitas.<br />

“Para o corrente ano, queremos duplicar o número<br />

de pneus vendi<strong>dos</strong>, de modo a conseguirmos<br />

manter os preços. O objetivo da Pneu Low Cost<br />

é atingir, até final deste ano, uma média de 2.500<br />

pneus vendi<strong>dos</strong> por mês e juntar um serviço de<br />

mecânica e eletrónica para atingir um volume de<br />

negócios anual de €1.000.000. A conjuntura<br />

desfavorável faz com que a população em geral,<br />

descuide um pouco a “saúde do seu automóvel”.<br />

Por isso, oferecemos, nos nossos serviços, mecânica,<br />

eletrónica e manutenção de veículos com preços<br />

justos e de qualidade. Temos uma equipa de topo,<br />

num espaço fresco, amplo e com preços justos”,<br />

conclui o responsável. ♦<br />

PUB<br />

Forte e leve ao mesmo tempo? Eis porque criámos o pneu TM1000 High Power. Apresenta uma<br />

área de contacto pneu/pavimento extra larga, reduzindo a pressão no solo. Ao proteger o solo<br />

da compactação, garante uma maior produtividade e um maior rendimento das colheitas. Além<br />

disso, a sua resistência reduzida ao rolamento permite um baixo consumo de combustível e<br />

emissões baixas, ajudando-o a produzir mais e de forma sustentável.<br />

www.trelleborg.com/wheelsystems/es<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47


Empresa<br />

Dispnal Avon Motorsport<br />

Da esquerda para a direita: Joaquim Matos,<br />

Pedro Silva, Nelson Teixeira e Lázaro Leal<br />

Desporto da pesada<br />

Joaquim Matos, responsável da Dispnal Avon Motorsport, revelou à<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> alguns <strong>dos</strong> segre<strong>dos</strong> escondi<strong>dos</strong> no interior do novo<br />

camião MAN da empresa. A competição está no ADN da companhia<br />

penafidelense VEJA O VÍDEO<br />

Por: Jorge Flores<br />

Nem tudo na vida é quantificável em<br />

termos de números e vendas. Nem, tãopouco,<br />

nos negócios. Por vezes, uma<br />

presença num determinado nicho de<br />

mercado, como o <strong>dos</strong> pneus desportivos, significa<br />

muito para uma empresa em matéria de projeção<br />

de uma imagem de força. É o caso da Dispnal<br />

Avon Motorsport, a “ala guerreira” da empresa.<br />

Joaquim Matos, diretor desportivo da Dispnal,<br />

conversou com a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> e revelou alguns<br />

<strong>dos</strong> segre<strong>dos</strong> escondi<strong>dos</strong> no interior do camião<br />

recentemente adquirido pela empresa de Penafiel<br />

para acompanhar a Dispnal Avon Motorsport no<br />

seu preenchido calendário de competições.<br />

w A FORÇA DA IMAGEM<br />

Para Joaquim Matos, não há grandes dúvidas de<br />

que “a Dispnal está na competição porque é um<br />

nicho de mercado importante em termos de<br />

imagem de marca. É uma mais-valia ainda pelos<br />

serviços que nós temos vindo a prestar nas pistas<br />

ao longo de tantos anos”, adiantou.<br />

O responsável da Dispnal Avon Motorsport explicou<br />

que a aquisição de um novo camião foi um<br />

investimento necessário. “O que tínhamos, além<br />

de ser um bocado antigo, era mais pequeno. E,<br />

cada vez mais, a solicitação é maior. Portanto, este<br />

investimento que a Dispnal resolveu fazer permite<br />

prestar um serviço melhor. Trata-se de uma garantia<br />

de melhor qualidade do serviço”, reforçou.<br />

No interior do modelo, nada falta. “Tem tudo o<br />

que é preciso para montar e equilibrar pneus.<br />

Vamos para as pistas, montamos o camião, a tenda,<br />

os clientes começam a aparecer e nós vamos<br />

montando os pneus que eles vão solicitando.<br />

Temos algumas encomendas prévias”, disse.<br />

A procura pelos serviços da Dispnal Avon Motorsport<br />

tem aumentado. “Há um calendário anual das várias<br />

corridas incluídas nos campeonatos nacionais. Com<br />

o camião, saímos 12 vezes por ano. É nas pistas<br />

que, de facto, faz sentido. Porque é aí que o serviço<br />

se torna importante. Desde que chegamos às pistas,<br />

demoramos cerca de duas horas para estarmos<br />

prontos a trabalhar. Para montar a tenda e para<br />

colocar o camião com o equipamento a trabalhar.<br />

O camião MAN dispõe de um compressor com<br />

secador de ar, porque é importante que o ar seja<br />

seco para um melhor desempenho <strong>dos</strong> pneus em<br />

pista”, revelou Joaquim Matos.<br />

A empresa não tem mãos a medir para tantas<br />

competições: Kia Cup, Clássicos e Rally Cross de<br />

montanha, entre muitas outras, colocam a Dispnal<br />

em lugar de destaque no calendário desportivo<br />

nacional e internacional.<br />

w ÀS VOLTAS COM O TEMPO<br />

A Dispnal Avon Motorsport dispõe de um atrelado<br />

para quando as corridas são mais longas. Ou<br />

para quando tem mais clientes (do que o habitual)<br />

numa determinada prova. Por norma, basta<br />

equipar o camião com um stock de 200 pneus.<br />

“Normalmente, vendemos metade”, confessou<br />

Joaquim Matos. Porém, não é tarefa simples<br />

escolher qual o produto que deverá constar do<br />

“recheio” do camião. Isto porque o tempo, por<br />

vezes, troca-lhes as voltas. “Temos de andar com<br />

pneus de chuva, mas quando não chove, não se<br />

vendem”, afirmou. Faz parte do negócio. “Este<br />

tipo de serviço fazemos quase diretamente com<br />

os pilotos. Já somos muito conheci<strong>dos</strong>. Temos<br />

muitos anos de corridas. Vamos falando de uma<br />

corrida para a outra. Praticamente, já sei o que,<br />

daqui a três semanas, vou precisar em Braga. Ou<br />

daqui a um mês em Vila Real. A única coisa que,<br />

às vezes, nos confunde é o tempo. Porque vamos<br />

prepara<strong>dos</strong> para seco e chove. Outras vezes, vamos<br />

prepara<strong>dos</strong> para chuva e está sol. Mas é um<br />

serviço que temos de fazer”, disse. ♦<br />

Dispnal Avon Motorsport<br />

Administrador Rui Chorado<br />

Sede Rua de S. Tiago, 217, 4575 - 581 Valpedre | Telefone 255 617 480 | Email dispnal@dispnal.pt | Site www.dispnal.pt<br />

48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


<strong>Pneus</strong> Gama<br />

Retalhista do Mês<br />

Trunfo da proximidade<br />

A <strong>Pneus</strong> Gama vende apenas produtos novos e aposta, sobretudo, em marcas<br />

premium. Além de to<strong>dos</strong> os serviços associa<strong>dos</strong> aos pneus, a empresa dispõe ainda de<br />

um veículo de assistência para clientes<br />

Por: Jorge Flores<br />

Numa freguesia<br />

com 300 pessoas,<br />

Eduardo Gama<br />

orgulha-se de<br />

montar entre 60 a<br />

80 pneus por dia<br />

Milharado é uma freguesia do concelho<br />

de Mafra, onde residem pouco mais<br />

de 300 pessoas. Número suficiente,<br />

ainda assim, para garantir o sucesso<br />

da <strong>Pneus</strong> Gama. A empresa nasceu em 1997,<br />

socorrendo-se de umas antigas instalações<br />

pertencentes a Guilherme Gama, pai do atual<br />

gerente da empresa, Eduardo Gama. Nome de<br />

família, num negócio que, há cerca de oito anos,<br />

mudou as suas infraestruturas para o espaço onde<br />

se encontra, hoje, situado, já com a atual liderança,<br />

na rua Vale da Fonte. Como revela Eduardo Gama<br />

à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, ainda recentemente, a<br />

empresa abriu uma segunda casa, em Pêro<br />

Pinheiro, numa zona com mais população e onde<br />

acrescentou uma área para lavagens de<br />

automóveis.<br />

Na <strong>Pneus</strong> Gama, em Milharado, porém, a atividade<br />

centra-se em torno <strong>dos</strong> pneus, ramo onde prestam<br />

to<strong>dos</strong> os serviços possíveis e imaginários, além<br />

da venda de pneus, serviços rápi<strong>dos</strong> e mecânica.<br />

E ainda mais um serviço complementar: a<br />

assistência aos clientes. “Se for um cliente nosso,<br />

vamos atrás dele para onde ele precisar”, garante<br />

Eduardo Gama. Paralelamente, “também fazemos<br />

assistências para Goodyear, Michelin e Continental”.<br />

w PNEUS NOVOS E... PREMIUM<br />

Eduardo Gama confidencia que apenas trabalha<br />

com pneus novos. E com produtos premium.<br />

Este é o seu foco.<br />

“Claro que temos uma ou outra marca mais económica,<br />

mas há-de ser sempre uma segunda<br />

marca, que dê alguma garantia de qualidade,<br />

para não haver cá stresses, nem reclamações”,<br />

reforça a mesma fonte à nossa revista.<br />

Numa área de serviço com 1.500 m 2 (aos quais<br />

acrescem outros 9.000 m 2 do parque exterior)<br />

e uma equipa composta por nove funcionários<br />

(mais oito colaboradores na casa de Pêro Pinheiro),<br />

a <strong>Pneus</strong> Gama dispõe de um rol de equipamento<br />

de primeira qualidade. “Temos máquinas<br />

de alinhar da Hunter (uma das melhores marcas<br />

do mercado), uma máquina de equilibrar rodas,<br />

com rolo de pressão, para ver os desequilíbrios<br />

e as deficiências <strong>dos</strong> pneus, e ainda as máquinas<br />

normais de equilibragem e destinadas a montar<br />

pneus Run-Flat e convencionais”, elenca o responsável<br />

da empresa.<br />

Existem dois espaços contíguos: um para os pesa<strong>dos</strong><br />

e outro para a oficina, onde são realiza<strong>dos</strong><br />

os serviços rápi<strong>dos</strong>, que também fazer parte do<br />

negócio da <strong>Pneus</strong> Gama.<br />

w TRABALHAR A CRÉDITO<br />

A venda de pneus tem corrido bem. Apesar da<br />

situação económica do país. “Temos crescido.<br />

Quando comecei a trabalhar por minha conta, já<br />

havia crise. Mas em pneus de gama nunca sentimos<br />

crise. A qualidade é sempre procurada.<br />

Temos um bom serviço”, diz. De resto, a <strong>Pneus</strong><br />

Gama funciona “muito a crédito”. Ou seja, grande<br />

parte <strong>dos</strong> clientes são empresas. Hoje em dia,<br />

na parte <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, “se não estivermos bem<br />

concentra<strong>dos</strong> e atentos ao mercado, passamos<br />

um mau bocado. Os transportadores, neste momento,<br />

estão de rastos. Há poucas construções.<br />

Dantes, vendíamos muitos pneus para obras.<br />

Agora, está parado”. Exemplo? “Chegámos a reparar<br />

20 pneus por dia. E, hoje, reparamos um<br />

ou dois. “No setor <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, foi essa parte<br />

que caiu”, revela Eduardo Gama, que lamenta o<br />

sucedido.<br />

Os pneus ligeiros assumem, neste momento,<br />

uma importância de quase 80% da procura,<br />

enquanto os pesa<strong>dos</strong> representam apenas cerca<br />

de 20%. “Não tem comparação”, reconhece.<br />

Em stock, a <strong>Pneus</strong> Gama dispõe de 3.000 pneus.<br />

“Temos uma boa capacidade de resposta. Normalmente,<br />

temos todas as medidas”, conclui. ♦<br />

<strong>Pneus</strong> Gama<br />

Gerente Eduardo Gama | Sede Rua Vale da Fonte, n.º 4, Casal Pedregulho, 2665 - 308 Milharado | Telefone 219 751 599<br />

Email geral@pneusgama.pt | Site www.pneusgama.pt<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49


Entrevista<br />

César Branco<br />

“O grande desafio é a capacidade<br />

Com mais de 1.800 clientes ativos, a AB Tyres é, hoje, um distribuidor de referência em<br />

Portugal. E, há cerca de seis meses, estabeleceu uma parceria inédita com a Garland<br />

Logística. Razões mais do que suficientes para que tivéssemos entrevistado César<br />

Branco, diretor-geral da AB Tyres<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

A<br />

sua experiência no setor <strong>dos</strong> pneus pode<br />

não ser ainda muita, uma vez que chegou<br />

à AB Tyres em 2014, mas o vasto currículo<br />

de que dispõe, no ramo automóvel e<br />

fora dele, diz, se não tudo, pelo menos muito, de<br />

César Branco. O diretor-geral da empresa da Mealhada<br />

contagia pela dinâmica que imprime em<br />

tudo aquilo que faz e pela visão “terra a terra” que<br />

tem do negócio. Como, aliás, da própria vida. No<br />

tom simpático e cordial que o caracteriza, concedeu-<br />

-nos, no meio da sua ocupada agenda, a entrevista<br />

que, aqui, publicamos.<br />

Quando foi criada a AB Tyres e quais os objetivos<br />

da empresa?<br />

O negócio <strong>dos</strong> pneus está presente, praticamente,<br />

desde a origem da Alves Bandeira, em 1960.<br />

Fruto de muitos anos de experiência, a empresa<br />

tem vindo a cimentar a sua posição, sendo, hoje,<br />

um <strong>dos</strong> maiores grossistas e distribuidores de pneus<br />

em Portugal. A AB Tyres, como empresa autónoma<br />

e dedicada exclusivamente à comercialização de<br />

pneus no seio do Grupo Alves Bandeira, iniciou a<br />

sua atividade em julho de 2014, ano em que arrancou<br />

o plano de reorganização e definição da<br />

sua estratégia de crescimento relacionada com a<br />

atividade de pneus, um <strong>dos</strong> core businesses do<br />

Grupo Alves Bandeira. A AB Tyres é, atualmente,<br />

<strong>dos</strong> distribuidores mais relevantes no mercado<br />

nacional, dispondo de operações em vários países<br />

da Europa, Ásia, África e Médio Oriente. A vertente<br />

internacional da AB Tyres S.A. é assegurada pela<br />

ABI, sediada no Dubai, a qual garante a presença<br />

e o desenvolvimento do Cross Trade Internacional,<br />

quer diretamente quer através de parcerias regionais.<br />

Como organização comercial para o negócio<br />

de exportação da AB Tyres, a ABI assenta na base<br />

logística em Portugal, de modo a garantir uma<br />

oferta e um serviço premium à escala global. Em<br />

2015, a AB Tyres comercializou mais de 350.000<br />

pneus a partir da sua base logística em Portugal.<br />

A AB Tyres assumiu a comercialização das marcas<br />

que eram representadas pela Garland <strong>Pneus</strong>.<br />

Que balanço faz <strong>dos</strong> primeiros seis meses de<br />

atividade?<br />

Desde 1 de novembro de 2015 que a AB Tyres<br />

S.A. passou a incorporar o negócio de vendas da<br />

Garland <strong>Pneus</strong>, estabelecendo uma parceria com<br />

a Garland Logística para a gestão da sua organização<br />

in house a partir de duas bases em Portugal:<br />

50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


Diretor-Geral da AB Tyres<br />

de resposta logística”<br />

Centro Logístico da Mealhada e Centro Logístico<br />

da Abóboda. Decorri<strong>dos</strong> os primeiros seis meses<br />

desde o início desta parceria, ficou concluída a<br />

integração <strong>dos</strong> dois armazéns (Lisboa e Mealhada)<br />

numa gestão de toda a armazenagem e distribuição<br />

em 24 horas e duas vezes no próprio dia, de<br />

acordo com a necessidade e localização geográfica<br />

do cliente. Estamos convenci<strong>dos</strong> de que o<br />

grande desafio no mercado de pneus é a capacidade<br />

de resposta logística (gestão de stocks e<br />

distribuição), de forma a podermos responder às<br />

necessidades. As marcas que eram da responsabilidade<br />

da Garland <strong>Pneus</strong> foram integradas no<br />

businesses. Ao mesmo tempo, fez com que adequássemos<br />

a capacidade logística de armazenagem<br />

e distribuição através da Garland Logística, umas<br />

das melhores empresas de logística nacional e<br />

internacional, com a experiência do passado da<br />

Garland <strong>Pneus</strong>. O que permite que estejamos foca<strong>dos</strong><br />

na comercialização, entregando a gestão<br />

logística a um especialista, que, ao contrário da AB<br />

Tyres, não tinha nos pneus o seu core business,<br />

como era o caso do Grupo Garland.<br />

Como ficou estruturada a AB Tyres depois da<br />

parceria com o Grupo Garland?<br />

A organização comercial da AB Tyres ajustou-se<br />

à nova realidade: entrar em merca<strong>dos</strong> onde até<br />

então não operava. Nesse sentido, reorganizou-se<br />

em duas áreas comerciais: Área de Retalho e Área<br />

de Especialidades. A primeira, contempla as marcas<br />

de pneus de turismo, 4x4 e comerciais. A segunda,<br />

engloba pneus pesa<strong>dos</strong>, industriais, florestais e<br />

agrícolas. A direção de vendas é comum, mas<br />

dispõe de duas equipas comerciais distintas.<br />

Quais são as marcas de pneus que representam<br />

em exclusivo para Portugal?<br />

Somos representantes oficiais das marcas Falken,<br />

Fulda Truck, Torque, Zeetex, Nokian, Uniroyal, Primewell,<br />

Runway, Mitas, Cultor e Saetta.<br />

Além das que representam em exclusivo, que<br />

outras marcas distribui a AB Tyres?<br />

Distribuímos as marcas Continental, Bridgestone,<br />

Goodyear, Dunlop, Pirelli, Michelin, Firestone,<br />

Mabor e Wanli.<br />

Qual a estratégia da AB Tyres relativamente às<br />

marcas premium que comercializa?<br />

Crescer de forma sustentada, garantindo uma<br />

rendibilidade adequada, num claro alinhamento<br />

estratégico com os fabricantes. Desenvolver com<br />

eles (fabricantes) planos de venda e de promoção<br />

das marcas em merca<strong>dos</strong>/áreas geográficas para<br />

clientes relevantes. Assim os fabricantes queiram<br />

trabalhar com os distribuidores, em geral, e com a<br />

AB Tyres, em particular.<br />

portefólio da AB Tyres, tendo sido respeitadas<br />

todas as condições e relações comerciais que estavam<br />

em vigor. A partir de 2016, um novo enquadramento<br />

e posicionamento das diversas marcas<br />

existentes levou a uma melhor definição de cada<br />

uma delas por segmento, bem como a um novo<br />

alinhamento na oferta. Hoje, dispomos de uma<br />

oferta completa em cada segmento, com um<br />

posicionamento claro em termos de preço e adequação<br />

de qualidade/função de cada marca. Os<br />

primeiros quatro meses de 2016, no que às vendas<br />

diz respeito, mostram como a aposta nas marcas<br />

que transitaram da Garland <strong>Pneus</strong>, bem como o<br />

reposicionamento destas, foi uma aposta ganha,<br />

já que a evolução foi superior a 40% face a 2015.<br />

Como define essa parceria inédita no setor?<br />

A parceria estabelecida entre o Grupo Alves<br />

Bandeira e o Grupo Garland teve como objetivo<br />

uma especialização das competências de cada<br />

uma das empresas core <strong>dos</strong> grupos, bem como<br />

uma visão de longo prazo na maximização <strong>dos</strong><br />

benefícios mútuos e na criação de valor. Permitiu-<br />

-nos reforçar a nossa posição através da inclusão<br />

de marcas complementares em segmentos onde<br />

não estávamos presentes (industrial, agrícola e<br />

florestal), reforçando a aposta num negócio dentro<br />

do Grupo Alves Bandeira, que é um <strong>dos</strong> seus core<br />

E em relação às marcas quality e budget?<br />

Pretendemos reforçar a posição e a gama de<br />

marcas quality e budget que, hoje, fazem parte da<br />

nossa oferta. Temos, atualmente, um vasto e equilibrado<br />

portefólio em termos de gamas, pisos, dimensões,<br />

preços e qualidade. Defender as “nossas”<br />

marcas (as que representamos em exclusivo), bem<br />

como garantir apoio comercial e continuidade de<br />

fornecimento aos clientes que quiserem apostar e<br />

diferenciar-se através da oferta que temos e do<br />

serviço que prestamos.<br />

Como se processa a vossa logística na entrega<br />

de pneus?<br />

Temos uma distribuição de pneus dividida por<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51


Entrevista<br />

César Branco<br />

encomendas, com entrega no dia seguinte ou no<br />

próprio dia, designadas “dia seguinte” ou “bi-diária”.<br />

As encomendas efetuadas fora das “janelas” bi-<br />

-diárias e até às 19h00 do próprio dia, serão entregues<br />

no dia seguinte de manhã (se estiverem na<br />

rota de distribuição bi-diária) ou durante o dia nas<br />

rotas que não estiverem cobertas pela distribuição<br />

bi-diária. Os clientes encontram-se dividi<strong>dos</strong> por<br />

código de postal e são atribuí<strong>dos</strong> prioritariamente<br />

a um <strong>dos</strong> armazéns – Mealhada ou Lisboa – para<br />

a distribuição bi-diária norte ou sul, respetivamente.<br />

Os clientes que coloquem as encomendas até<br />

às 11h30 na Mealhada (rota bi-diária norte) ou<br />

10h00 (rota bi-diária sul a partir da Mealhada) ou<br />

às 10h30 em Lisboa (rota Algarve e Leiria) e 11h30<br />

(rota da zona da Grande Lisboa), recebê-las-ão<br />

ainda na parte da tarde do próprio dia. Caso não<br />

exista em stock no armazém prioritário, o sistema<br />

procurará, automaticamente, no armazém alternativo<br />

e será enviado para o cliente a partir deste.<br />

César Branco analisa o mercado nacional<br />

“Falta de transparência<br />

e pouca informação”<br />

w w Convidado a analisar o mercado português,<br />

César Branco começou por afirmar<br />

que “neste momento, apresenta um comportamento<br />

muito pouco estável, apesar de evidenciar<br />

um crescimento aparente, existindo<br />

forte pressão sobre o segmento premium e<br />

um incremento no segmento budget”. Mais:<br />

o diretor-geral da AB Tyres deu conta da<br />

“pressão muito grande que existe entre to<strong>dos</strong><br />

os operadores, com clara destruição de<br />

valor sem benefício para ninguém, dado que<br />

as vantagens estão a passar para o consumidor<br />

final sem que este tenha qualquer perceção<br />

do real valor do serviço que está usufruir e<br />

sem aumento da qualidade do mesmo”. Em<br />

sua opinião, existe “enorme falta de qualidade<br />

no serviço de entregas”. E verifica-se, também,<br />

“uma impossibilidade de alterar o quadro,<br />

dado que os distribuidores absorveram os<br />

custos do serviço, que permitiu aos retalhistas<br />

reduzi-los, tal como os stocks, com reflexo<br />

direto nos custos e na gestão <strong>dos</strong> mesmos para<br />

os distribuidores”.<br />

Para César Branco, o mercado “é tudo menos<br />

transparente. Muitas assunções e pouca<br />

informação disponível e fidedigna para que<br />

possamos tomar decisões com base em números<br />

reais”. Além disso, afirmou, “o mercado<br />

tem muitas variáveis”. E para completar este<br />

cenário, revelou que existe “concorrência <strong>dos</strong><br />

operadores espanhóis, que, fruto da sua dimensão<br />

e da sua capacidade de negociação<br />

com os mesmos fabricantes que operam em<br />

Portugal (fabricantes esses que assumem<br />

a verticalização do canal de distribuição,<br />

vendendo, diretamente, aos retalhistas e ao<br />

consumidor final, sem passar pelos distribuidores).<br />

O que permite, assim, que os operadores<br />

espanhóis tenham uma postura comercial<br />

muito agressiva e uma concorrência que, se<br />

não é desleal, pelo menos é muito pouco recomendável”.<br />

Face a esta realidade, como pode, então, um<br />

grossista como a AB Tyres diferenciar-se no<br />

mercado? “A primeira pergunta a que temos<br />

de responder é: Qual o nosso papel? Resistir<br />

e acreditar que, com uma gestão eficaz das<br />

marcas que representamos, com uma oferta<br />

completa e adequada ao perfil do consumidor<br />

português, podemos ganhar a dimensão<br />

necessária para competir num mercado sem<br />

fronteiras. Apostar na logística para conseguirmos<br />

melhorar o serviço ao cliente e desenvolver<br />

serviços inovadores”, concluiu.<br />

Damos ainda ao cliente a possibilidade de efetuar,<br />

ele próprio, o levantamento no armazém.<br />

Quais são os vossos principais clientes?<br />

As casas/oficinas que montam pneus para o<br />

consumidor final. A AB Tyres não vende pneus diretamente<br />

a este último. O mercado, na generalidade,<br />

encontra-se dividido por canais de operadores<br />

diferencia<strong>dos</strong> (generalistas, especialistas, grupos<br />

de compras, distribuidores regionais, nova distribuição<br />

e redes próprias, entre outros), que são<br />

abasteci<strong>dos</strong> por distribuidores ou diretamente<br />

pelos fabricantes. A AB Tyres tem clientes em to<strong>dos</strong><br />

esses canais. No caso da nossa Área de Especialidades<br />

(pesa<strong>dos</strong>, industriais, florestais e agrícolas),<br />

vendemos, preferencialmente, a especialistas, que,<br />

normalmente, dão assistência a frotas. No segmento<br />

<strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong>, fornecemos, também, a<br />

grandes clientes frotistas (clientes de grande dimensão),<br />

desde que tenham equipamento de<br />

montagem e não recorram a serviço de terceiros.<br />

Apenas vendemos a transportadoras que não dependam<br />

de terceiros para efetuar o serviço de pneus.<br />

A AB Tyres efetuou alterações no site. Que novas<br />

funcionalidades tem e qual a recetividade por<br />

parte <strong>dos</strong> clientes?<br />

Tratou-se de um upgrade em termos de funcionalidades<br />

e de integração de novas marcas e stocks<br />

<strong>dos</strong> dois armazéns. A navegação está, agora, mais<br />

fácil e intuitiva. Foram introduzidas funcionalidades<br />

de encomenda e descontos imediatos em função<br />

do perfil de compra do cliente. Está ainda prevista<br />

uma nova plataforma B2B, mas só em 2017, quando<br />

introduzirmos um novo programa de gestão<br />

comercial.<br />

Planeiam ter uma marca própria de pneus?<br />

Não creio que tenhamos dimensão para ter uma<br />

marca própria de pneus num futuro próximo.<br />

Acreditamos mais na gestão das marcas que re-<br />

presentamos e na força das mesmas, com tudo o<br />

que de positivo isso acarreta: qualidade, diversidade,<br />

inovação, reputação e imagem. Através do<br />

apoio de marketing e de serviço logístico.<br />

Quais os grandes objetivos da AB Tyres para o<br />

mercado de pneus em Portugal e no mundo?<br />

Dar continuidade ao crescimento sustentado<br />

que temos alcançado e garantir uma posição no<br />

mercado nacional que nos permita encarar os<br />

desafios da concorrência externa com confiança e<br />

de igual para igual. Quanto à atividade internacional,<br />

continuará o seu crescimento, cada vez mais<br />

assente em parcerias regionais, com uma maior<br />

capacidade de abrir novos merca<strong>dos</strong> e conquistar<br />

novos clientes. Para 2016, a AB Tyres e a ABI deverão<br />

atingir um volume global de venda (nacional<br />

e internacional) superior a 700.000 pneus, o que,<br />

a confirmar-se, corresponderá a um volume de<br />

negócios próximo <strong>dos</strong> €50.000.000. ♦<br />

52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 53


Gestão<br />

Marketing nas oficinas<br />

Estratégia para vencer<br />

O marketing não é uma ciência exata. Muito menos numa sociedade inconstante.<br />

Adapte a sua estratégia nesta área a cada momento e faça com que ela continue a ser<br />

bem-sucedida. O êxito do negócio passa muito por isso<br />

Os automobilistas procuram sempre<br />

quem lhes ofereça a maior confiança,<br />

as melhores vantagens e a maior<br />

comodidade na altura de levar o veículo<br />

à oficina. E, naturalmente, quem lhes permita<br />

poupar uns euros. Neste âmbito, o marketing<br />

desempenha um papel primordial. Entre a<br />

concorrência e a segmentação que existe no setor,<br />

a capacidade de marcar a diferença pode ser<br />

aquilo que separa uma oficina próspera de uma<br />

estagnada. Nessa estratégia, as técnicas de<br />

marketing são fundamentais. Elaborar um plano<br />

apropriado nesta área é, para a oficina, o primeiro<br />

passo a dar para alcançar o êxito.<br />

w PENSAR, OBSERVAR E PONDERAR<br />

Temos de pensar, observar e ponderar bem o<br />

plano de marketing que vai permitir que a oficina<br />

ganhe ou perca clientes. Porque esse é o<br />

objetivo de um bom plano de marketing: conseguir<br />

clientes e fidelizá-los. O objetivo da oficina<br />

é realizar os seus serviços e que estes gerem benefícios<br />

económicos. Não nos podemos esquecer<br />

que, em última análise, a oficina não deixa<br />

54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


Factos<br />

w O plano de marketing tem como objetivo<br />

chegar aos clientes, tanto atuais como<br />

potenciais, da forma mais rápida, eficaz,<br />

clara e apelativa.<br />

w w O marketing é e deve ser uma parte fundamental<br />

no âmbito da gestão da oficina.<br />

w w Deve estar em consonância com os<br />

restantes recursos económicos e humanos,<br />

meios disponíveis para conseguir<br />

que tudo na oficina corra bem.<br />

w w Os objetivos e resulta<strong>dos</strong> da oficina<br />

vão depender, em grande medida, de um<br />

bom ou mau plano de marketing.<br />

efeito, a opinião <strong>dos</strong> funcionários conta muito.<br />

Eles também passam muitas horas na oficina<br />

e sabem qual é a sua capacidade de trabalho.<br />

Uma troca de ideias com os funcionários em<br />

pleno processo de elaboração do plano de marketing<br />

pode ser um instrumento para descobrir<br />

abordagens melhores. Além do mais, esta dinâmica<br />

fará com que se sintam importantes, e, por<br />

conseguinte, o seu trabalho melhorará.<br />

Os funcionários devem ser os primeiros a conhecer<br />

as medidas a implementar. Se não estiverem<br />

a par do plano final, não vão poder aplicá-lo.<br />

Incentive-os a participar no marketing para que<br />

possam dar ideias, que estas sejam ouvidas, inclusivamente<br />

premiando-os se certos objetivos<br />

forem atingi<strong>dos</strong>. Os funcionários devem sentir-<br />

-se orgulhosos de poderem recomendar a oficina<br />

onde trabalham.<br />

Se as necessidades detetadas pelos funcionários<br />

forem colmatadas, estes vão trabalhar com muito<br />

mais alegria. Existem estu<strong>dos</strong> que demonstram<br />

que as empresas nas quais há relações positivas<br />

projetam melhor imagem para o exterior.<br />

Embora possa não parecer, os clientes, não raras<br />

vezes, também notam o clima do ambiente de<br />

trabalho. Funcionários satisfeitos geram clientes<br />

satisfeitos. Cuide <strong>dos</strong> seus funcionários para que<br />

eles cuidem <strong>dos</strong> seus clientes.<br />

w O ATENDIMENTO AO CLIENTE<br />

Oferecer um serviço de qualidade é vital para<br />

fazer funcionar a “cultura do cliente” como parte<br />

fundamental do marketing da oficina. Custa<br />

muito mais conseguir um cliente novo do que<br />

manter o que já se tem. E, naturalmente, é mais<br />

complicado recuperar um cliente perdido.<br />

w w Não serve de muito ter o melhor serviço<br />

se este não for conhecido. E, neste<br />

âmbito, são muito importantes o esforço<br />

<strong>dos</strong> funcionários e o nível de satisfação<br />

<strong>dos</strong> clientes.<br />

de ser um negócio e ninguém abre um negócio<br />

para perder.<br />

Não é uma tarefa fácil, mas o plano de marketing<br />

tem uma importância fundamental para o<br />

sucesso da oficina. Nem todas as medidas tomadas<br />

podem revelar-se satisfatórias, mas se o<br />

resultado final for positivo é sinal de que o seu<br />

marketing é o correto.<br />

w ENVOLVER OS FUNCIONÁRIOS<br />

Naturalmente, um bom plano de marketing não<br />

pode ser concretizado individualmente. É de<br />

vital importância que os funcionários sejam envolvi<strong>dos</strong><br />

no mesmo. To<strong>dos</strong> na oficina devem trabalhar<br />

foca<strong>dos</strong> num objetivo comum. Para esse<br />

Reduzir as possibilidades de fracasso<br />

w w QUE TIPO DE OFICINA QUERO TER?<br />

Definir o seu negócio, em primeiro lugar,<br />

para saber que direção tomar. Ser uma oficina<br />

especializada em pneus ou uma oficina para<br />

todo o tipo de reparações são coisas diferentes.<br />

Nesta fase, deve perguntar-se se quer ser<br />

identificado facilmente, criar a sua própria<br />

marca. Ao criá-la, to<strong>dos</strong> os elementos da<br />

oficina devem estar em consonância: desde<br />

o uniforme <strong>dos</strong> funcionários aos cartazes,<br />

passando pelos produtos ofereci<strong>dos</strong>.<br />

w w QUAL O MEU PÚBLICO-ALVO?<br />

Muitas oficinas costumam ter um público-<br />

-alvo restrito. Mas pode querer dirigir-se a<br />

um setor mais amplo. Conforme o tipo de<br />

cliente ao qual se dirija, o seu plano de marketing<br />

deverá contemplar algumas características<br />

em detrimento de outras. Poderá<br />

ser útil fazer uma pesquisa de mercado para<br />

conhecer as pessoas a quem se dirige: que<br />

perfil sociodemográfico tem o seu cliente<br />

(idade, rendimentos, interesses…), qual será<br />

a característica mais valorizada da sua oficina<br />

(preço baixo, rapidez, qualidade do serviço)?<br />

w w QUEM É A MINHA CONCORRÊNCIA?<br />

Conhecer o mercado irá ajudá-lo a oferecer<br />

melhores serviços, melhor atendimento e<br />

melhores soluções aos clientes. E não só por<br />

saber o que estão a oferecer para melhorar<br />

a oferta e oferecer algo melhor ou único. A<br />

concorrência pode ser fonte de ideias para a<br />

sua própria oficina. Não deve encarar a concorrência<br />

como algo negativo, mas como um<br />

fator que o pode ajudar a crescer. Aproveite a<br />

base do êxito e melhore-a para que os clientes<br />

escolham a sua oficina.<br />

w w QUE PRETENDO CONSEGUIR?<br />

Se já sabe a quem se vai dirigir, em que mercado<br />

vai atuar, e se está certo que será muito<br />

competitivo, tem de estabelecer objetivos. Os<br />

objetivos a fixar, sejam a médio ou a longo<br />

prazo, devem ser realistas. Podem ser fixa<strong>dos</strong><br />

em termos económicos, em número de reparações,<br />

qualidade do serviço e velocidade na<br />

rotação de automóveis. O seu conhecimento<br />

da oficina permitir-lhe-á estabelecer metas.<br />

w w COMO “VENDO” A MINHA OFICINA?<br />

Chegado a este ponto, já saberá o que “vender”.<br />

Ou melhor, que imagem “vender”. Agora a<br />

parte complicada: como? As vias através das<br />

quais posso chegar aos meus clientes, méto<strong>dos</strong><br />

de fidelização e meios para angariar clientes<br />

novos. Se o “quê” e o “quem” compõem a base<br />

do êxito, o “como” é a sua concretização. E<br />

não é necessário gastar muito dinheiro para<br />

conseguir uma promoção eficaz. Mas não<br />

pense que ao conseguir fazer isto terá elaborado<br />

o plano de marketing perfeito para a<br />

oficina. Rever periodicamente a situação do<br />

mercado e da própria oficina continuamente<br />

é um mecanismo obrigatório. Só assim o negócio<br />

estará sempre atualizado.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 55


Gestão<br />

Marketing nas oficinas<br />

Há que ter em conta a alta concorrência no mercado,<br />

o que faz com que o cliente se torne cada<br />

vez mais exigente. Quando procura uma oficina<br />

de confiança, já não pretende apenas reparar o<br />

automóvel ou realizar a manutenção. Agora, o<br />

cliente valoriza muito um serviço bem prestado<br />

mas este tem de ser acompanhado de um bom<br />

atendimento, quer sentir-se único. Do atendimento<br />

que receber, dependerá o seu regresso<br />

à oficina. E não nos podemos esquecer da recomendação<br />

da oficina a conheci<strong>dos</strong>. O boca a<br />

boca continua a ser uma poderosa ferramenta<br />

de marketing que eleva ou afunda negócios.<br />

Se já efetuou a análise do tipo de cliente ao qual<br />

se dirige, será muito mais fácil estabelecer os<br />

mecanismos para que obtenha a atenção que<br />

procura. Será uma mais-valia para os serviços<br />

Recomendações para um<br />

atendimento ao cliente de qualidade<br />

w Sabe melhor do que ninguém a que tipo de cliente se dirige a sua oficina, mas dependendo<br />

também <strong>dos</strong> serviços que ofereça, pode ter em conta algumas recomendações para contar<br />

com um atendimento ao cliente de qualidade como forma de marcar a diferença.<br />

w w TRATAMENTO CORDIAL<br />

Desde o momento em que o cliente entra pela porta, como se dirige a ele? Não deve faltar<br />

um cumprimento, com educação e tranquilidade, ainda que o cliente esteja aborrecido ou<br />

que o dia não tenha corrido muito bem ao funcionário. O cliente deve notar a proximidade<br />

e o profissionalismo. Caso disponha de espaço na oficina, prepare uma zona de receção<br />

separada da zona de trabalho. Assim, será possível atender muito melhor o cliente. Evitar<br />

discussões e manter sempre uma postura aberta ao diálogo e amável, respeitando sempre a<br />

opinião do cliente.<br />

w w OUVIR O CLIENTE<br />

A conversação deve acontecer em dois senti<strong>dos</strong>, ouvindo sempre o que o clinte diz para<br />

conseguir obter informações sobre a melhor forma de ajudá-lo. O atendimento a clientes<br />

torna-o um pouco um psicólogo: interprete o que o cliente necessita e proporcione-o da<br />

melhor forma possível.<br />

w w EFICÁCIA E RAPIDEZ<br />

Nos tempos que correm, as pessoas vivem a um ritmo muito acelerado. Não podemos fazer<br />

esperar o cliente. Caso esteja a fazer outro trabalho ou a atender outro cliente, é conveniente<br />

que, de vez em quando, indique ao cliente em espera que será atendido assim que terminar. O<br />

cliente não deve sentir-se abandonado. Por outro lado, também não é recomendável pressioná-<br />

-lo, pelo que deve procurar um ponto intermédio.<br />

w w CONHECER A OFICINA E OS SEUS SERVIÇOS<br />

Naturalmente, o cliente confiará mais em si se notar que conhece os serviços que está a oferecer.<br />

Esse conhecimento caracteriza um atendimento de qualidade.<br />

ofereci<strong>dos</strong> na oficina. Com esses da<strong>dos</strong>, irá superar<br />

as expectativas do cliente e aumentar os<br />

seus benefícios, tanto económicos como a nível<br />

de marca.<br />

A opinião do cliente é mais importante do que<br />

possa imaginar, porque quando alguém procura<br />

uma oficina de confiança, a opinião de um cliente<br />

satisfeito é um grande incentivo.<br />

Uma opinião positiva pode resultar em novos<br />

clientes, mas uma crítica negativa significa que,<br />

provavelmente, vai perder um cliente e deixar<br />

de conseguir outros.<br />

w FIDELIZAÇÃO DO CLIENTE<br />

Quem tem um cliente, tem uma grande responsabilidade.<br />

Pode ser o melhor elemento de marketing<br />

porque é ele que tem nas suas mãos a reputação<br />

da oficina. Os clientes potenciais sabem<br />

que uma oficina não vai falar mal de si mesma.<br />

Por isso, procuram as opiniões <strong>dos</strong> clientes que<br />

já por lá passaram.<br />

Muitas vezes, estamos tão foca<strong>dos</strong> em conseguir<br />

w w BOA IMAGEM<br />

Da oficina e <strong>dos</strong> funcionários. A sensação de satisfação ou insatisfação criada no cliente é<br />

muito influenciada por aquilo que ele vê. Um aspeto limpo e profissional dar-lhe-á pistas<br />

relativamente ao nível de organização existente na oficina. E isso irá levá-lo a sentir maior<br />

segurança para entregar o seu automóvel.<br />

w w CUIDADO COM O QUE É DITO<br />

Banir totalmente a palavra “não” no momento de atender o cliente. E sempre que se diga algo<br />

ao cliente, ter em conta que é um contrato verbal. Talvez não o seja legalmente em to<strong>dos</strong> os<br />

casos, mas sim moralmente. Caso estabeleça um prazo para uma reparação ou um preço,<br />

cumpra. O cliente fica mais agradecido pela sinceridade do que por um mau serviço. Não<br />

se esqueça disso.<br />

w w CASO SE QUEIXE, APROVEITE A OPORTUNIDADE<br />

A capacidade resolutiva também marca a diferença. É a sua última oportunidade de não perder<br />

o cliente nem deixar uma má impressão. Parta do princípio de que a oficina não é perfeita<br />

e que podem ser cometi<strong>dos</strong> erros. Tente resolver o problema da melhor forma possível. É<br />

importante que to<strong>dos</strong> os funcionários da oficina conheçam e cumpram estas premissas de<br />

atendimento ao cliente. Nem todas as oficinas podem contar com uma pessoa especializada<br />

no atendimento a clientes, pelo que to<strong>dos</strong> os funcionários devem saber que, como parte da<br />

empresa, são também a imagem da oficina. Devem procurar dar satisfação ao cliente.<br />

56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


As novas tecnologias como aliadas na promoção da sua reputação<br />

w Atualmente, é de vital importância para qualquer<br />

negócio a presença na Internete. E, naturalmente,<br />

também para uma oficina. A maior<br />

parte da reputação, hoje, é gerada na rede. Uma<br />

boa imagem de marca tem de ser cuidada, também,<br />

no espaço cibernauta. Além do mais, é<br />

o “local” onde se consultam mais opiniões e<br />

se procuram mais referências. No que respeita<br />

às novas tecnologias, deve ter especial cuidado<br />

com a utilização de quatro elementos.<br />

w w PÁGINA WEB<br />

Por simples que seja, é muito útil para colocar<br />

o seu negócio no mapa. Atualize-a com a maior<br />

frequência possível com conselhos, descreva os<br />

serviços e garantias disponibiliza<strong>dos</strong>. E inclua<br />

um formulário de contacto e opiniões de clientes<br />

para gerar maior confiança.<br />

w w MARKETING VIA EMAIL<br />

Manter o contacto com os clientes por email<br />

servirá para enviar-lhes ofertas, lembretes ou,<br />

simplesmente, desejar-lhes um feliz aniversário.<br />

Os limites são defini<strong>dos</strong> por si.<br />

w w REDES SOCIAIS<br />

Atualmente, qualquer negócio que se preze tem<br />

de ter presença nas redes sociais. Praticamente<br />

toda a gente as utiliza. Nelas, é possível realizar<br />

promoções ou concursos e, inclusivamente,<br />

fazer ligações a artigos da sua página web para<br />

que a sua presença seja maior. Facebook e Twitter<br />

são as duas principais redes sociais. Através<br />

delas, poderá ter contacto direto com os seus<br />

clientes e com outros negócios.<br />

w w CONTACTO POR TELEMÓVEL<br />

A utilização de SMS para confirmar e relembrar<br />

marcações continua a ser uma tendência, mas<br />

existe uma aplicação que revolucionou a comunicação:<br />

WhatsApp. Através dela, o contacto<br />

com o cliente é mais rápido, direto e sem custo.<br />

novos clientes que nos esquecemos <strong>dos</strong> que já<br />

temos. Num mercado com tanta concorrência,<br />

este é um <strong>dos</strong> maiores erros que uma oficina<br />

pode cometer. E recuperar um cliente perdido<br />

é extremamente difícil. Se pretendemos criar<br />

um vínculo de confiança com o cliente, há que<br />

fazê-lo desde o primeiro momento em que este<br />

entra na oficina e deixa o seu veículo. Nesse momento,<br />

pode abrir uma ficha pessoal com to<strong>dos</strong><br />

os seus da<strong>dos</strong>, que ser-lhe-ão muito úteis para<br />

conseguir fidelizá-lo. Fazer com que ele se torne<br />

mais um membro da família. Trata-se de construir<br />

uma relação que vá para além da venda.<br />

Evidentemente, o primeiro passo para conseguir<br />

um cliente fiel é proporcionar um bom serviço.<br />

De nada servirão campanhas posteriores se não<br />

ficar satisfeito com o atendimento recebido em<br />

toda a oficina.<br />

A sua experiência será avaliada globalmente,<br />

pelo que uma falha que ocorra na cadeia de<br />

atendimento ou na reparação realizada, poderá<br />

deitar a perder todo o trabalho. Por conseguinte,<br />

uma vez mais, todo o pessoal da oficina<br />

deve envolver-se no processo. É que conseguir a<br />

consciencialização <strong>dos</strong> funcionários é absolutamente<br />

fundamental. ♦<br />

Programa de fidelização de clientes<br />

w Deve ponderar a possibilidade de implementar<br />

na oficina um programa estudado<br />

de fidelização em função do tipo de clientes.<br />

Embora cada cliente seja um mundo,<br />

to<strong>dos</strong> procuram elementos comuns: um<br />

bom preço, qualidade na reparação, um<br />

bom atendimento e rapidez. Se conseguir<br />

cumprir estas condicionantes, estará a ganhar<br />

um cliente. Tenha uma abordagem<br />

abrangente, supere as expectativas, mantenha<br />

o contacto uma vez que o cliente deixe<br />

a oficina e esse cliente ficará fidelizado. Este<br />

programa de fidelização pode constar de um<br />

ou vários elementos.<br />

w w A OPINIÃO DO CLIENTE CONTA<br />

Para a oficina, a opinião do cliente é muito<br />

importante. Se a sua informação for tida em<br />

conta, será um primeiro passo para que regresse.<br />

Com formulários na oficina ou através<br />

da Internet, permita que o cliente possa<br />

dar facilmente a sua opinião sobre o serviço.<br />

w w PROMOÇÕES E DESCONTOS<br />

O cartão de cliente ou VIP é um <strong>dos</strong> melhores<br />

elementos para fidelizar clientes. É o<br />

principal meio para disponibilizar descontos<br />

e promoções. Se optar por um sistema com<br />

pontos acumuláveis, irá garantir a fidelização<br />

do cliente ao longo do tempo. Quando<br />

um cliente habitual chegar à oficina para fazer<br />

uma reparação, ofereça a possibilidade<br />

de uma pequena revisão sem custo adicional.<br />

Lembre-se que são os pequenos detalhes<br />

que reforçam as relações.<br />

w w SEGUIMENTO E CONTACTO<br />

Não espere que seja o cliente a procurar a<br />

oficina. Não seja incomodativo, mas não<br />

deixe que se sinta esquecido. Caso tenha sido<br />

feito um bom trabalho na recolha de da<strong>dos</strong>,<br />

opte por iniciativas que se revelam surpresas<br />

agradáveis e marcantes. Tais como felicitar<br />

em datas especiais, como, por exemplo no<br />

dia de aniversário.<br />

w w REAJA RAPIDAMENTE AOS ERROS<br />

Caso cometa um erro com um cliente, deve<br />

encarar a situação como uma oportunidade.<br />

Sempre que tal seja possível, não deve olhar<br />

a despesas para proporcionar uma solução.<br />

Ao cometer um erro, há que reconhecê-lo,<br />

pedir desculpa e tratar de ressarcir o cliente<br />

rapidamente e da melhor forma possível.<br />

w w UTILIZE A IMAGINAÇÃO<br />

Para marcar ainda mais a diferença, estude<br />

as promoções da concorrência e utilize a sua<br />

imaginação. Uma campanha impactante e<br />

surpreendente, algo inesperado para o<br />

cliente, é um bom ponto a favor para o seu<br />

plano de fidelização e marketing. Mensagens<br />

diretas que lhe cheguem e que possa transmitir<br />

a outros potenciais clientes.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57


Técnica<br />

Montar pneus em segurança<br />

Proteger o investimento<br />

Muito foi já escrito sobre a melhor forma de montar pneus e de equilibrar rodas<br />

para obter os melhores resulta<strong>dos</strong>. Mas tão ou mais importante do que isso, é<br />

assegurar, também, a proteção <strong>dos</strong> operadores e <strong>dos</strong> próprios equipamentos<br />

Investir na formação <strong>dos</strong> operadores e na<br />

manutenção <strong>dos</strong> equipamentos de montar<br />

e equilibrar rodas, é a forma mais coerente<br />

e mais económica de salvaguardar o<br />

património da empresa e de maximizar a<br />

rentabilidade <strong>dos</strong> recursos. Na realidade,<br />

a forma como o operador organiza a sequência<br />

<strong>dos</strong> passos do seu trabalho encerra<br />

muitas oportunidades para aumentar<br />

a segurança. O fundamental é a atenção<br />

dispensada a to<strong>dos</strong> os detalhes. Nas linhas<br />

seguintes, tentaremos transmitir as ideias e<br />

os conceitos que os profissionais de pneus<br />

devem ter em mente quando estão a montar<br />

e a equilibrar rodas, sejam de veículos<br />

ligeiros, sejam de camiões ou tratores, onde<br />

o peso <strong>dos</strong> conjuntos é já muito respeitável.<br />

Mantendo estes princípios sempre na linha<br />

da frente da atividade, toda a equipa da oficina<br />

funcionará melhor, assim como quer as<br />

queixas aos seguros quer as baixas deixarão<br />

de ter importância.<br />

w VERIFICAR E MANTER EQUIPAMENTOS<br />

Todas as máquinas funcionam convenientemente<br />

e não apresentam riscos de qualquer<br />

tipo, desde que sejam cumpri<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os<br />

procedimentos de manutenção e desde que<br />

sejam verificadas e inspecionadas numa base<br />

regular. Isto é bastante evidente, mas nem<br />

58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


sempre as oficinas conseguem levar à prática<br />

as ações necessárias nesse sentido. Quando<br />

há muito serviço, é lógico que a oficina não<br />

pode parar, mas to<strong>dos</strong> os momentos de menos<br />

pressão constituem uma excelente oportunidade<br />

para efetuar a correta manutenção <strong>dos</strong><br />

equipamentos.<br />

Fugas de ar comprimido, contactos elétricos<br />

a falhar e peças com folga ou desafinadas,<br />

podem, facilmente, gerar problemas quando<br />

a máquina está operativa. Nenhum profissional<br />

deve ser surpreendido por situações<br />

inesperadas, para as quais nem sempre tem<br />

defesa e reações adequadas. Além de estarem<br />

em perfeito estado de funcionamento,<br />

as máquinas devem ter bem visíveis e limpas<br />

as etiquetas de instruções e os sinais de aviso.<br />

É especialmente importante que o operador<br />

conheça bem os limites e capacidades da máquina<br />

com a qual está a trabalhar e nunca<br />

tente forçá-la a ultrapassar esses limites.<br />

Como proteger o investimento<br />

da oficina em equipamentos<br />

w w A melhor forma de manter o rendimento e a eficiência das máquinas de montar e de equilibrar<br />

pneus, principalmente as de alta tecnologia das últimas gerações, consiste em operá-las corretamente<br />

e efetuar o seu programa de manutenção, de acordo com as instruções do fabricante.<br />

Eis os conselhos de um construtor de máquinas para pneus:<br />

w Todas as uniões e articulações de peças metálicas (metal com metal) devem ser limpas com<br />

um solvente vaporizado e lubrificadas novamente, com massa de chassis. O lubrificante envelhecido<br />

e cheio de impurezas, longe de proteger as peças, apressa antes o seu desgaste. Do mesmo<br />

modo, todas as superfícies de trabalho e o exterior da máquina devia ser limpo mensalmente<br />

com solvente pulverizado.<br />

w As garras de fixação das rodas devem ser verificadas regulamente, a fim de detetar desgaste<br />

e outros danos.<br />

w Verificar o manómetro de pressão de ar de enchimento de pneus to<strong>dos</strong> os dias e verificar a<br />

sua precisão to<strong>dos</strong> os meses. Há máquinas cujo manómetro se pode afinar manualmente. O<br />

limitador da pressão máxima devia ser verificado todas as semanas.<br />

w O nível de óleo das máquinas deve ser verificado a ajustado todas as semanas.<br />

w Diariamente, passar em revista todas as máquinas, antes de iniciar a laboração, para verificar<br />

que tudo funciona normalmente.<br />

w Manter o ecrã do interface sempre limpo e facilmente legível, utilizando um pano macio<br />

húmido ou papel limpo.<br />

w To<strong>dos</strong> os acessórios das máquinas devem ser manti<strong>dos</strong> limpos e arruma<strong>dos</strong>.<br />

Numa oficina de pneus com muito movimento, uma boa máquina de montar pneus, com uma<br />

correta manutenção, deve durar, pelo menos, cinco anos. Uma máquina de equilibrar rodas, nas<br />

mesmas condições, pode durar até sete anos. No máximo, as máquinas de desmontar podem<br />

durar sete anos e as máquinas de equilibrar mais ou menos 10 anos. A partir desse momento, as<br />

máquinas começam a ter desgastes estruturais e ficam, tecnicamente, desatualizadas, devendo<br />

ser substituídas. Além da duração do equipamento, a sua correta e regular manutenção defende<br />

ainda outro valor mais importante da empresa: a sua equipa de colaboradores.<br />

w USAR SEMPRE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO<br />

Os operadores não são super-homens, mesmo<br />

quando, por vezes, julgam sê-lo. Óculos de<br />

segurança, fato de trabalho em tecido resistente,<br />

calçado de segurança (com biqueiras<br />

metálicas), luvas e protetores auriculares<br />

(quando o nível de ruído é intenso e contínuo),<br />

devem fazer parte do equipamento <strong>dos</strong><br />

profissionais e estar sempre à mão para serem<br />

utiliza<strong>dos</strong>. Roupa solta, acessórios pendentes e<br />

cabelo comprido solto são situações de risco,<br />

que devem ser, sistematicamente, evitadas.<br />

Ninguém deve estar em condições de ser<br />

apanhado pelas peças rotativas e móveis<br />

das máquinas, porque o efeito dessas situações<br />

pode sair caro. Além disso, movimentar<br />

pneus e rodas de peso elevado e, às vezes, já<br />

com bastante uso, sem ter as mão protegidas<br />

por luvas, pode, facilmente, gerar ferimentos,<br />

infeções e outros problemas.<br />

w VERIFICAR POSIÇÃO DO PNEU NA JANTE<br />

Deve constituir uma regra normal e obrigatória<br />

da oficina conferir as dimensões do pneu,<br />

antes de montá-lo, devendo corresponder<br />

rigorosamente à jante em que vai ser mon-<br />

tado. Se houver um lado obrigatoriamente<br />

para fora e sentido de rotação, o operador<br />

também deve conferir esses detalhes antes de<br />

montar a roda. Se as dimensões do pneu não<br />

corresponderem perfeitamente às da jante,<br />

problemas graves podem ocorrer ao encher<br />

o pneu com ar comprimido, com risco de ferimentos<br />

para operadores e outras pessoas<br />

presentes no local. Essas situações podem<br />

ocorrer facilmente, porque nem sempre é<br />

o operador da máquina de montar o pneu<br />

que vai buscá-lo ao armazém. Assim sendo,<br />

impõem-se procedimentos de controlo sistemáticos<br />

por parte de quem monta os pneus.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 59


Técnica<br />

Montar pneus em segurança<br />

w VERIFICAR A JANTE CUIDADOSAMENTE<br />

Ao desmontar e montar pneus, as jantes devem<br />

ser, rigorosamente, inspecionadas, porque<br />

há muitos defeitos graves que passam<br />

despercebi<strong>dos</strong> a uma rápida inspeção visual.<br />

Entre estes, estão as deformações impercetíveis<br />

visualmente, a oxidação em pontos menos<br />

visíveis e as fendas ou rachas. Em certos<br />

casos, os operadores podem cair na tentação<br />

de dar pressão excessiva (acima de 40 psi)<br />

a um pneu que não assenta à primeira vez<br />

numa jante defeituosa, podendo provocar<br />

um acidente. É um procedimento básico<br />

de segurança reparar ou substituir todas as<br />

jantes com danos ou anomalias, sendo, além<br />

disso, um fator adicional de faturação para o<br />

negócio e um serviço de valor acrescentado<br />

para o cliente.<br />

w POSIÇÃO DO CORPO AO MONTAR<br />

O operador deve afastar os de<strong>dos</strong> da zona<br />

Verificar e afinar as máquinas<br />

w w As máquinas de montar e equilibrar<br />

pneus devem estar protegidas por programas<br />

de verificações e operações de manutenção<br />

regulares, de forma a poderem dar<br />

o máximo rendimento em qualquer oportunidade.<br />

As empresas fornecedoras de<br />

equipamentos, por vezes, encarregam-se<br />

desses serviços, o que poderá trazer vantagem<br />

para o negócio. De qualquer modo, os<br />

operadores que trabalham com as máquinas<br />

devem ter acesso a formação que permita<br />

saber como verificar, afinar e efetuar<br />

a correta manutenção das máquinas com<br />

as quais estão em permanente contacto, a<br />

fim de poderem detetar anomalias em fase<br />

inicial e de poderem evitar avarias e riscos<br />

para si próprios. É da máxima importância<br />

que não surjam problemas e surpresas<br />

durante a montagem do pneu, não só para<br />

evitar danos no pneu, como para prevenir<br />

perdas de tempo e demoras para o condutor<br />

do veículo. No caso de haver etiquetas<br />

com instruções de uso e avisos de segurança<br />

na própria máquina, estas devem<br />

estar bem limpas e perfeitamente visíveis.<br />

Por outro lado, os operadores não devem<br />

tentar forçar as máquinas a “darem mais”<br />

do que aquilo que as suas características<br />

permitem, uma vez que o funcionamento<br />

<strong>dos</strong> equipamentos e os seus ritmos estão<br />

estuda<strong>dos</strong> para garantirem a segurança e<br />

evitarem danos.<br />

de assento do pneu ao efetuar a montagem<br />

deste, para evitar ferir-se nos de<strong>dos</strong>. Um <strong>dos</strong><br />

perigos é o dedo ficar entalado entre o talão<br />

do pneu e o aro da jante. Aliás, os operadores<br />

não deveriam aproximar nenhuma parte do<br />

seu corpo do conjunto pneu/jante durante o<br />

processo de enchimento à pressão. Existem<br />

máquinas de montar/desmontar pneus que<br />

dispõem de uma proteção (opcional) para o<br />

operador se colocar atrás dela.<br />

w NÃO ALIVIAR OS TALÕES COM AR NO PNEU<br />

Esta situação é prejudicial, principalmente<br />

para a máquina, devido aos movimentos e<br />

forças contrárias que provoca, mas um estouro<br />

de ar inesperado pode fazer saltar a roda e<br />

magoar o operador de serviço. Também não<br />

é recomendável fumar ao desmontar pneus,<br />

Equipamentos<br />

de proteção sempre<br />

w w Os operadores devem usar os elementos<br />

de proteção pessoal recomenda<strong>dos</strong><br />

legalmente, como é o caso de óculos de<br />

segurança, fatos de trabalho adequa<strong>dos</strong> e<br />

calçado com biqueira de aço. Assim como<br />

luvas profissionais e capacete de proteção<br />

sempre que for aconselhável. O argumento<br />

de que os equipamentos de proteção<br />

pessoal prejudicam o rendimento<br />

do trabalho é totalmente despropositado,<br />

porque os poucos minutos que um trabalhador<br />

pode ganhar por dia ao trabalhar<br />

“livre”, podem transformar-se facilmente<br />

em meses de baixa médica, com to<strong>dos</strong> os<br />

inconvenientes e prejuízos daí resultantes.<br />

Ninguém sabe ao certo quando um<br />

pneu pode rebentar, cair ou sair disparado<br />

de uma máquina em movimento. Além<br />

disso, os operadores não devem ter objetos<br />

pendentes na roupa nem estar com esta<br />

desapertada, a fim de reduzirem o risco de<br />

serem “puxa<strong>dos</strong>” pelas máquinas. A utilização<br />

de material de proteção pessoal é,<br />

por isso, um <strong>dos</strong> critérios incontornáveis<br />

de certificação de qualidade e da imagem<br />

de eficiência e qualificação, que as empresas<br />

de hoje devem sempre procurar seja<br />

qual for a situação.<br />

60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


Nunca forçar a montagem<br />

w w Se o talão do pneu não vai ao sítio que<br />

lhe pertence, alguma coisa não está bem.<br />

Este é o princípio do qual devemos sempre<br />

partir. A solução correta consiste em esvaziar<br />

novamente o pneu, verificar outra vez<br />

o pneu e a jante ao milímetro, lubrificar<br />

os dois talões novamente para tentar uma<br />

nova montagem. Se ainda assim o pneu<br />

resistir à montagem, o passo seguinte é<br />

contactar o fabricante do pneu e, possivelmente,<br />

até a marca do veículo. Há sempre<br />

uma falha possível no controlo de qualidade<br />

e outro pneu da mesma medida pode<br />

ser montado com a maior das facilidades,<br />

como é normal.<br />

pois estes podem conter gases inflamáveis.<br />

Ninguém realmente sabe o que pode estar<br />

dentro de um pneu.<br />

w NÃO FORÇAR A MONTAGEM DO PNEU<br />

Se o talão não encaixar facilmente na jante, é<br />

arriscado forçar. É preferível esvaziar o pneu<br />

completamente, examinar atentamente o<br />

pneu e a jante e voltar a lubrificar os dois<br />

Jantes e pneus<br />

compatíveis<br />

w w Antes de montar o pneu, é indispensável<br />

confirmar as dimensões do pneu e<br />

da respetiva jante, para o caso de ter ocorrido<br />

algum lapso ou engano. Este procedimento<br />

de trabalho deve ser uma regra<br />

inviolável da empresa, porque falhas deste<br />

tipo podem provocar acidentes de maior<br />

ou menor gravidade, dependendo das<br />

circunstâncias. Um pneu menor do que<br />

a jante entra facilmente nesta, mas pode<br />

provocar um rebentamento de consequências<br />

imprevisíveis ao encher-se o pneu após<br />

a montagem. Por outro lado, o pessoal de<br />

armazém deve ter formação para interpretar<br />

rigorosamente os símbolos do pneu,<br />

designadamente as medidas e os códigos<br />

de velocidade e carga. Nenhuma empresa<br />

de pneus aceitará um pedido de indemnização<br />

se um pneu for mal escolhido e<br />

provocar um acidente rodoviário.<br />

la<strong>dos</strong> do pneu. Se mesmo assim o pneu não<br />

assentar facilmente na jante, depois de verificar<br />

que nada de anormal se passa, o melhor é<br />

contactar o fornecedor ou fabricante, porque<br />

se pode tratar de algum defeito de fabrico.<br />

w NUNCA RETIRAR A PROTEÇÃO DA MÁQUINA<br />

A proteção destas máquinas destina-se a proteger<br />

o operador e outros presentes, no caso<br />

da roda se desapertar enquanto está a girar.<br />

É, também, importante verificar se a roda está<br />

bem fixada no veio da máquina. Há sistemas<br />

manuais de aperto e sistemas automáticos<br />

de fixação, mas é sempre seguro verificar se<br />

a roda está realmente bem apertada.<br />

w UTILIZAR OS PESOS CERTOS<br />

Embora esta operação pareça inofensiva, há<br />

um risco elevado de alguém ser ferido, caso<br />

um peso se desprenda da roda durante o<br />

processo de equilibragem desta. Os pesos<br />

devem ser adequa<strong>dos</strong> à jante, devem ficar<br />

bem presos e o seu peso deve estar totalmente<br />

controlado. Uma vez mais, em nome<br />

da segurança e da eficácia.<br />

Manter o ritmo<br />

w w A oficina deve ter o serviço planificado<br />

de modo a que cada operação seja efetuada<br />

no tempo devido e com total segurança.<br />

Ao tentarem “recuperar” atrasos, os operadores<br />

podem ser leva<strong>dos</strong> a saltar etapas<br />

do trabalho e a falhar procedimentos de<br />

segurança, para tentarem economizar<br />

tempo. Apesar disso, os lucros em termos<br />

de tempo são mínimos e os riscos atingem<br />

pontos máximos, que, às vezes, provocam<br />

acidentes pessoais e danos no equipamento.<br />

Mais vale atender cinco clientes<br />

com toda a segurança do que seis fora de<br />

controlo. É mais rentável para a oficina e<br />

prolonga a vida e a saúde das pessoas.<br />

w DEVAGAR QUE TENHO PRESSA...<br />

Os operadores devem ter uma formação<br />

correta, para não tentarem saltar nenhum<br />

passo essencial do processo de montagem<br />

ou equilibragem de pneus, na tentativa de<br />

acelerarem o ritmo de trabalho. Por muito<br />

serviço que haja na oficina, cada trabalho deve<br />

ser feito com to<strong>dos</strong> os procedimentos recomenda<strong>dos</strong>,<br />

incluindo no plano da segurança.<br />

Além disso, as máquinas têm o seu próprio<br />

ritmo de trabalho e não adianta tentar fazê-<br />

-las andar mais depressa. É preferível investir<br />

antes em equipamentos com maior índice<br />

de produtividade e em organizar melhor os<br />

fluxos da oficina. ♦<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 61


Avaliação obrigatória<br />

Peugeot 308 GTi<br />

Diabo vermelho<br />

Com 270 cv extraí<strong>dos</strong> a partir do motor 1.6 THP, caixa manual de seis velocidades,<br />

diferencial Torsen, travões potentes, suspensão desportiva, direção acutilante e pneus<br />

Michelin Pilot Super Sport, de medida 235/35ZR19, o Peugeot 308 GTi é um autêntico<br />

diabo vermelho. A começar pela cor exterior que reveste a carroçaria de cinco portas<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Até à data, o GTi é o 308 mais potente<br />

jamais produzido em série. Fala-se<br />

de um tal 308 R HYbrid, com 500 cv,<br />

mas, por enquanto, não passa de concept. A<br />

par do RCZ R, modelo com o qual partilha,<br />

aliás, diversas soluções, o 308 GTi é desenvolvido<br />

pela Peugeot Sport. Em Portugal,<br />

este desportivo compacto de cinco portas<br />

dispõe de 270 cv, existindo, noutros merca<strong>dos</strong>,<br />

também uma variante de “apenas” 250<br />

cv. Com um elenco técnico de fazer inveja, o<br />

308 GTi tem uma mística especial.<br />

w COR DO DESEJO<br />

Uma das sete cores disponíveis para este<br />

desportivo é o vermelho “Ultimate” presente<br />

nesta unidade, que obriga ao dispêndio<br />

de uns adicionais €610. Vistoso sem ser<br />

espalhafatoso, o 308 GTi prima pela elegância.<br />

É certo que as lindíssimas jantes de<br />

19” escuras ajudam, mas as entradas de ar<br />

pretas, as molduras cromadas <strong>dos</strong> vidros, as<br />

capas pretas <strong>dos</strong> retrovisores, os vidros escureci<strong>dos</strong>,<br />

o defletor no topo do óculo posterior,<br />

o teto panorâmico (opcional que tem<br />

um preço promocional de €240, integrando<br />

a câmara de visão traseira) e o difusor tra-<br />

62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


Desportivo sem ser demasiado<br />

exuberante, o interior segue a filosofia do<br />

exterior. O posto de condução é ótimo e<br />

o botão Sport eleva a <strong>dos</strong>e de adrenalina<br />

seiro, que alberga as duas saídas de escape<br />

luzidias, são elementos que resultam muito<br />

bem. Depois, a iluminação de LED expressa<br />

o olhar felino do mais musculado <strong>dos</strong> 308.<br />

Abrindo uma das portas que garante um<br />

ótimo acesso ao interior, somos brinda<strong>dos</strong>,<br />

desde logo, por um ambiente acolhedor.<br />

Desportivo, claro, mas requintado também.<br />

Inserções em vermelho não faltam, sendo tal<br />

bem visível nas costuras <strong>dos</strong> bancos, volante,<br />

fole da caixa, tablier e painéis das portas,<br />

no punho da alavanca da caixa, nas agulhas<br />

<strong>dos</strong> mostradores e na marca vermelha que<br />

define o “ponto 0” do volante. Os pedais e<br />

punho da caixa em alumínio, a proliferação<br />

de croma<strong>dos</strong>, a base plana do volante de três<br />

raios e a inscrição Peugeot Sport existente<br />

nas soleiras das portas e nos bancos em pele<br />

e Alcântara, completam o visual aguerrido.<br />

Dotado de um posto de condução ótimo,<br />

o 308 GTi faz-se valer, também, de uma qualidade<br />

de construção francamente boa e de<br />

uma bagageira que cumpre os requisitos<br />

de uma utilização familiar. O nível de equipamento<br />

é recheado e a segurança situa-<br />

-se acima de qualquer suspeita. Quanto à<br />

habitabilidade, também merece nota mais,<br />

tal como o facto de o motor acordar sempre<br />

que se prime o botão cromado...<br />

w GARRAS AFIADAS<br />

Nada menos do que 270 cv extraí<strong>dos</strong> de<br />

um bloco de apenas 1,6 litros. Não existe<br />

no mundo outro motor de produção<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 63


Avaliação obrigatória<br />

Peugeot 308 GTi<br />

Michelin Pilot Super Sport<br />

Superlativo absoluto<br />

w Para um automóvel desportivo, um pneu super. O Peugeot 308 GTi que a<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha “calçado” com Michelin Pilot Super Sport,<br />

de medida 235/35ZR19 91Y XL em ambos os eixos. Das inúmeras tecnologias<br />

presentes, destacam-se três. Primeira: cinta de Twaron, que, a alta<br />

velocidade, garante maior estabilidade. Graças à sua tensão variável, a cinta<br />

contrai-se fortemente no centro da banda de rolamento em relação à zona<br />

<strong>dos</strong> ombros. Um maior controlo da força centrífuga e uma repartição mais<br />

homogénea das diferentes forças e tensões que se criam, são outras vantagens<br />

da cinta de Twaron. Segunda: tecnologia Bi-Compound. Consiste<br />

numa nova distribuição <strong>dos</strong> diferentes compostos entre as secções direita<br />

e esquerda da banda de rolamento. No lado exterior, está um composto<br />

de borracha inédito e um reforço de carbono proveniente diretamente da<br />

competição, que assegura uma resistência extrema em curvas apertadas.<br />

No lado interior, existe um composto de borracha de última geração, que<br />

proporciona grande aderência em piso molhado. Terceira: Variable Contact<br />

Patch 2.0. Em curva, a forma da superfície de contacto com o solo<br />

varia mas a quantidade de borracha em contacto com o solo não diminui.<br />

MOTOR<br />

Tipo<br />

4 cilindros em linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1598<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

77,0x85,8<br />

Taxa de compressão 9,2:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 270/6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 330/1900-5500<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c., 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção direta de gasolina<br />

Sobrealimentação<br />

turbo twin-scroll + intercooler<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

dianteira com ESP + diferencial<br />

Torsen<br />

Caixa de velocidades<br />

manual de 6+ma<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (elétrica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 10,4<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (<strong>38</strong>0)<br />

Traseiros (ø mm) discos maciços (268)<br />

ABS<br />

sim, com REF+AFU<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

McPherson<br />

Traseira<br />

eixo semi-rígido<br />

Barra estabilizadora frente/trás sim/não<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 250<br />

0-100 km/h (s) 6,0<br />

CONSUMOS (l/100 km)<br />

Extra-urbano/Combinado/Urbano 4,9/6,0/8,1<br />

Emissões de CO2 (g/km) 139<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4253/1804/1446<br />

Distância entre eixos (mm) 2617<br />

Largura de vias frente/trás (mm) 1570/1554<br />

Capacidade do depósito (l) 53<br />

Capacidade da mala (l) 432<br />

Peso (kg) 1280<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 4,7<br />

Jantes de série<br />

9Jx19”<br />

<strong>Pneus</strong> de série 235/35R19<br />

PNEUS DA UNIDADE TESTADA<br />

Michelin Pilot Super Sport<br />

235/35ZR19 91Y XL<br />

Imposto Único de Circulação (IUC) €153,83<br />

Preço (s/ despesas) €41.480<br />

unidade testada €42.330<br />

em série, nesta faixa de cilindrada, que ofereça<br />

tamanha potência. Com 168,75 cv/l,<br />

o 1.6 THP, que dispõe de injeção direta de<br />

gasolina, é sobrealimentado por um turbocompressor<br />

twin-scroll (dupla conduta)<br />

e dispõe de sistema start/stop. Equipado<br />

com caixa manual de seis relações, dotada<br />

de um comando rápido e preciso, o 308 GTi<br />

atinge velocidades proibitivas num ápice.<br />

É extremamente fácil, aliás, atingir os 250<br />

km/h. Igualmente interessante é o feedback<br />

proveniente da direção e, sobretudo, a estabilidade<br />

e motricidade demonstradas por<br />

este Peugeot, facto a que não são alheios os<br />

ótimos pneus que o equipam e o diferencial<br />

Torsen de escorregamento limitado. E premindo<br />

o botão “Sport”, tudo melhora...<br />

A suspensão desportiva controla muito<br />

bem os movimentos da carroçaria, mantendo<br />

uma réstia de conforto, os travões<br />

primam pela eficácia e a sonoridade a partir<br />

de regimes intermédios torna-se viciante.<br />

Ao volante do 308 GTi, a diversão está sempre<br />

garantida. Tudo com a maior das facilidades.<br />

Ainda que, em bom rigor, importe<br />

mencionar que as entradas em curva a velocidades<br />

para lá do otimismo se paguem<br />

com um escorregamento de frente, situa-<br />

ção que quer o diferencial Torsen quer o<br />

controlo de estabilidade ajudam a minorar.<br />

Por tudo o que, atrás, foi mencionado, o<br />

308 GTi é, sem dúvida, um desportivo compacto<br />

de eleição. Mas tudo tem o seu preço.<br />

O dele é €41.480 (sem extras nem despesas).<br />

Mas não é o caso da unidade aqui presente,<br />

que, por dispor de pintura metalizada<br />

e teto panorâmico, custa uns adicionais<br />

€850 (€610 + €240). No entanto, há boas<br />

notícias: a Peugeot tem em curso uma promoção<br />

(com IVA) até dia 30 de junho para<br />

clientes particulares, que prevê, imagine-<br />

-se, €3.000 de desconto com retoma. ♦<br />

64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


Em estrada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

DS 4 Crossback 2.0 BlueHDi Sport Chic<br />

Ares de SUV<br />

w Agora que a marca DS se emancipou da Citroën, o lançamento<br />

da variante Crossback do 4, vem dar brilho ao segmento <strong>dos</strong><br />

familiares compactos. Principalmente, nesta versão de topo, 2.0<br />

BlueHDi de 180 cv, que apenas está disponível com caixa automática<br />

de seis velocidades e nível de equipamento Sport Chic. E<br />

para elevar ainda mais a fasquia, a cor-de-laranja “Tourmaline”<br />

que reveste a carroçaria e as jantes de 18” escuras fazem desta a<br />

configuração ideal. Mas, primeiro, há que realçar o importante<br />

papel que desempenham as barras no tejadilho e as proteções<br />

das cavas das rodas, que demarcam o Crossback do DS 4 “normal”.<br />

Depois, as inserções pretas nas capas <strong>dos</strong> retrovisores, no<br />

para-choques dianteiro e no defletor traseiro contrastam com as<br />

molduras <strong>dos</strong> vidros cromadas. Não há nada, mas mesmo nada,<br />

que alterássemos no 4 Crossback. Equipado com um solícito<br />

motor common rail de 180 cv, bem explorado por intermédio<br />

de uma caixa automática de seis velocidades rápida, este DS<br />

oferece uma condução deveras interessante, ainda que o conforto<br />

pudesse ser melhor e que a suspensão pudesse controlar<br />

melhor o rolamento da carroçaria<br />

em curva. Mas o que<br />

gostámos menos foi mesmo<br />

da pega do volante, devido<br />

às suas arestas. Quanto ao<br />

preço, só não ultrapassa os<br />

€40.000 porque a marca está<br />

a atribuir €2.500 de oferta<br />

promocional.<br />

Peugeot 308 SW Style 1.2 PureTech<br />

Suavidade francesa<br />

w Para demonstrar que nem só de motores Diesel vive o segmento<br />

das carrinhas, a Peugeot lançou a 308 SW 1.2 PureTech de<br />

130 cv, aqui associada ao nível de equipamento Style. Equipada<br />

com sistema start/stop e caixa manual de seis velocidades, esta<br />

proposta francesa prima, essencialmente, pela suavidade. Desde<br />

logo, porque o motor de três cilindros a gasolina não emite as<br />

vibrações que, regra geral, se encontram nos motores a gasóleo.<br />

Aliás, ao ralenti, quase nem se dá por ele a trabalhar. Depois,<br />

porque ao dispor de jantes de 16” e suspensão mais “macia”, as<br />

oscilações incómodas em mau piso passam, muitas vezes, despercebidas.<br />

Visualmente, ainda que não ostente alguns detalhes<br />

das versões mais musculadas, a 308 SW consegue ser elegante e<br />

chamar a atenção. No interior, sóbrio, o equipamento proposto<br />

é convincente, o espaço para ocupantes e bagagem é de bom<br />

nível e a qualidade é francamente convincente. A única crítica<br />

que fazemos é ao volante. Tem uma pega ótima, é certo, mas o<br />

facto de ser invulgarmente pequeno, obstrui, na nossa posição<br />

de condução, o topo <strong>dos</strong> mostradores<br />

do painel de instrumentos. Já<br />

no que ao desempenho dinâmico<br />

diz respeito, esta carrinha propõe<br />

prestações muito interessantes com<br />

consumos conti<strong>dos</strong>. O pisar sólido<br />

e a honestidade de todas as reações<br />

são outros pontos a favor.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1997<br />

Potência máxima (cv/rpm) 180/3750<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 400/2000<br />

Velocidade máxima (km/h) 205<br />

0-100 km/h (s) 8,6<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,4<br />

Emissões de CO2 (g/km) 115<br />

Preço €39.194<br />

IUC €191,62<br />

<strong>Pneus</strong> teste: Michelin Pilot Sport 3, 225/45R18 91V<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

3 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1199<br />

Potência máxima (cv/rpm) 130/5500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 230/1750<br />

Velocidade máxima (km/h) 205<br />

0-100 km/h (s) 10,0<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,6<br />

Emissões de CO2 (g/km) 109<br />

Preço €26.503<br />

IUC €91,36<br />

<strong>Pneus</strong> teste: Michelin Energy Saver, 205/55R16 91V<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 65


Em estrada<br />

VW up! Alive! 1.0 2p<br />

Homenagem<br />

ao festival<br />

w Conhecida que é a ligação da Volkswagen ao festival de música<br />

NOS Alive (cuja edição de 2016 realiza-se no início do próximo<br />

mês de julho), o lançamento do citadino up! Alive! surge nesta<br />

edição como que em jeito de despedida, uma vez que a marca<br />

alemã já divulgou o upgrade feito neste modelo, que, brevemente<br />

(setembro), chegará a Portugal. Por fora, apenas o discreto logótipo<br />

colocado no óculo traseiro assinala a única diferença deste<br />

up! Alive! Que está, de resto, bem vivo. Ainda que a cor branca<br />

não aqueça nem arrefeça, as linhas da carroçaria são atraentes.<br />

Mas melhor, mesmo, é o conteúdo. Graças ao posto de condução<br />

correto, à boa qualidade geral, ao equipamento proposto de série<br />

e, imagine-se, ao espaço interior. É que apesar de ser pequeno, o<br />

up! oferece uma habitabilidade bastante razoável para ocupantes<br />

e bagagem. E, depois, evidencia um desempenho dinâmico bastante<br />

salutar. Ainda que o motor a gasolina 1.0 de 75 cv, dotado<br />

de tecnologia BlueMotion, se revele algo curto, as prestações até<br />

nem são nada de desprezar, sobretudo em estrada, onde é fácil<br />

levar este citadino a atingir velocidades proibidas pelo Código da<br />

Estrada. Tudo com consumos comedi<strong>dos</strong>. Na carroçaria de duas<br />

portas, o up! Alive! custa (ou, melhor, custava, uma vez que já não<br />

se encontra à venda, até porque as<br />

30 unidades já encontraram dono),<br />

€13.015. Valor que era, no fundo,<br />

diminuto. Como as suas dimensões.<br />

Renault Clio GT Line TCe<br />

Desportivo, mas pouco<br />

w Quem pretender mais do que um Clio “normal” mas não conseguir<br />

(ou quiser...) chegar ao exclusivo R.S., a Renault tem a<br />

solução. Responde pelo nome de GT Line e está equipado com o<br />

motor tricilíndrico a gasolina de 90 cv, designado TCe e comercializado<br />

sob a assinatura eco2. Ainda que de desportivo tenha<br />

pouco mais do que o visual (as jantes são de “apenas” 16”...), esta<br />

versão convence, essencialmente, pelo preço a que é proposta,<br />

situando-se abaixo <strong>dos</strong> €20.000. E devido ao facto de o motor ter<br />

uma cilindrada de 898 cc e de anunciar emissões de CO2 de 105 g/<br />

km, o Clio GT Line TCe posiciona-se nos escalões mais baixos no<br />

que diz respeito ao cálculo de IUC. Outra boa notícia, portanto.<br />

Agora, vamos às menos positivas. As prestações, que deixam algo<br />

a desejar. Além disso, só com muita contenção se conseguirão<br />

fazer os consumos anuncia<strong>dos</strong> pela marca. A condução propriamente<br />

dita beneficia do facto de a direção ser comunicativa e do<br />

chassis reagir bem às transferências de massa. Depois, os travões<br />

cumprem bem a sua missão e o comando caixa até é agradável<br />

de utilizar. Mas para um modelo que pretende assumir-se como<br />

um desportivo (a suspensão<br />

até tem um amortecimento<br />

durinho..), os pneus<br />

escolhi<strong>dos</strong> não deixam de<br />

causar alguma estupefação.<br />

Não está em causa a<br />

sua qualidade. Apenas a<br />

vocação.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

3 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 999<br />

Potência máxima (cv/rpm) 75/6200<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 95/3000-4300<br />

Velocidade máxima (km/h) 171<br />

0-100 km/h (s) 13,2<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,6<br />

Emissões de CO2 (g/km) 106<br />

Preço €13.015<br />

IUC €91,36<br />

<strong>Pneus</strong> teste: Bridgestone Ecopia EP25, 175/65R14 82T<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

3 cil. linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 898<br />

Potência máxima (cv/rpm) 90/5250<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 140/2500<br />

Velocidade máxima (km/h) 182<br />

0-100 km/h (s) 12,2<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,7<br />

Emissões de CO2 (g/km) 105<br />

Preço €17.280<br />

IUC €91,36<br />

<strong>Pneus</strong> teste: Continental ContiEcoContact 5, 195/55R16 87H<br />

66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 67

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