Revista UNIT DC

Análise - Origem
da Justiça
20 coisas que
incomodam em
Batman vs Superman

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Indice
20 COISAS QUEM
INCOMODAM EM
BATMAN VS SUPER-
MAN
ANÁLISE - ORIGEM
DA JUSTIÇA
CRÍTICA DO FILME
ESQUADÃO
SUICIDA
Expediente:
Diagramador: Douglas Medeiros
Editor e Revisor: Thiago Sampaio
Fotografia: Nelson André

20
1.Por que o gerente d a Wayne Enterprises e m Metropolis p recisa
esperar a té que B ruce W ayne ligue e m ande t odos f ugirem? Dois
alienígenas estão brigando há 15 minutos e cada soco são três prédios
caindo. Só fujam!
2.Por que Super-homem d eixou a máquina k riptoniana no O ceano
Índico? Por que e le deixou a quilo l á intocável? Nenhum pouco de
curiosidade sobre seu povo?
3. Por que os paramilitares de Lex Luthor tem "armas experimentais"?
O que tem de "experimental" em uma bala e por que diabos achariam
que os mortos com essas balas seriam culpa do Super-homem?
4. O que diabos foi aquela sequencia de pesadelo? É o futuro? Universo
a lternativo? E O F lash v iajou pro sonho d o Batman? O que f oi
aquilo?
5. Por que o Super-homem para só o Batman naquela perseguição de
carro e i gnora os homens armados com bazukas e granadas num
caminhão com kryptonia?
Coisas que incomoram
em Batman vs Superman
6. Foi o próprio Lex Luthor que criou os nomes e logos dos integrantes
da Liga da Justiça? Ele abriu o photoshop e criou tudo mesmo?
7.Por que diabos o governo americano autorizou Lez a trabalhar numa
nave kryptoniana. NO MEIO de Metrópolis?! Sem palavras.
8.Pra que criar o Apocalipse se Lez achou que Batman mataria Super
homem? Se isso acontecesse, quem iria impedir Apocalipse de destruir
o mundo?
9.Batman precisa saltar o carro sempre com mesma precisão toda vez
que estacionar o carro na Batcaverna?
10.Por que Batman deixou a lança com kryptonita jogada no chão, no
meio de um prédio? Não me diga que ele planejou que a luta iria ser
travada exatamente naquele lugar...
Trailer honesto de Batman vs Superman
03

Como o filme deveria ter terminado
16. L egal, eles dois tem a m ãe c om o m esmo nome e ISSO VAI
MUDAR L ITERALMENTE O S SENTIMENTOS DE BATMAN.
Sério?
17. S e Super-homem t em s uperaudição, por que e le mesmo não foi
salvar a mãe na hora que teve pra matar Batman? Ele é um Deus, mas
achou que Batman faria isso melhor?
18. Se Super-homem não queria matar o Batman, por que então o jogou
através de um prédio?
19. C omo Lex Luthor sabe sobre Darkseid no f inal, se n a versão do
cinema inventaram de cortar exatamente essa parte do filme?
11. Por que estão f uriosos com Super-homem s e a explosão do
congresso foi um ato terrorista de um empregado da Wayne Enterprises?
12. O QUE DIABOS FOI AQUELE JARRO DE URINA?!
13. Por que Super-homem acha que o pai dele queria que ele fosse um
herói... se no filme anterior, Kevin Costner dizia exatamente o contrário
disso?
14. C omo Lois Lane sabia que a l ança poderia matar Apocalipse?
Batman sabia disso, mas em nenhum momento falou com ela sobre
isso.
15. Por que d e maneira suicida o Super-homem m atou e le mesmo
Apocalipse com a kryptonita ao invés da Mulher Maravilha?
20. Quando é mesmo o filme da Mulher Maravilha?
Thiago Sampaio
04

Crítica do Filme Esquadrão Suicida
Depois de grandes críticas do filme
Batman vs Superman, a Warney tem uma
nova posta: Esquadrão Suicida. O filme
tenta mostra na perspectiva de anti-heróis
inseridos no universo sombrio de
Gothan City. Apesar da bela propaganda,
o filme não entrega o que promete.
O filme contém vários atores famosos
e com um longo currículo na
área, porém o roteiro acaba sabotando
os personagens deles. Com bastantes
falhas no desenvolvimento da
história, acaba que o público não se
identifica com nenhum personagem.
Como o elenco é grande, alguns
personagens acabam sendo prejudicados
e aparecem bem pouco durante o
longa-metragem, como o Crocodilo e a
Katana. Arlequina (Margot Robbie) não
é engraçada, não passa de forma correta
a sua psicopatia e oferece momentos
de constrangimentos românticos com o
Coringa (Jared Leto). Atuação de Jared
Leto também não foi boa, o personagem
mais irritado que se revela ameaçador. A
personificação do vilão de aparelhos nos
dentes e trejeitos mal explorados, acabam
com o grande sucesso do Coringa.
No geral, Amanda Waller (Viola
Davis), integrante da inteligência dos
EUA, decide reunir um de criminosos
para lutar contra ameaças que possam
acontecer após o dramático desfecho de
Batman vs Superman. Mesmo tendo resistência
do governo, Amanda recruta
pessoas problemáticas que estão presas
dentro de uma prisão de segurança máxima
e coloca uma série de regras para
mantê-los sobre controle. Caso não realizem
a missão é acionado um dispositivo
fatal implantado no corpo dessas figuras.
Podcast do IGN Brasil sobre o filme Esquadrão Suicida
05

Outro problema encontrado no filme é
a forma como romantizam o relacionamento
doentio entre Arlequina e Coringa.
Nos quadrinhos Arlequina é abusada
sexualmente, apanha, sofre as piores
consequências e mesmo assim continua
amando o seu pudim, apelido carinhoso
para o Coringa. Enquanto o mesmo, só
faz destruir, literalmente a vida dela. Este
tema deveria ser abordado mesmo que de
forma sutil, para reflexão do público, no
filme mostra que nada disso aconteceu ou
acontece e parece ser um relacionamento
sadio entre os dois.
O posto de pior atuação do filme
fica para Cara Delevingne, que interpretou
a personagem magia, uma bruxa milenar
que possuiu o corpo de uma arqueóloga.
Conseguiram tirar a magia da magia.
Quando ela inicia a sua destruição com
base na força sobrenatural e com a ajuda
do seu exército de marionetes desfigurado,
percebe que o filme desandou e não
tem como mais voltar.
Em geral o filme é fraco e não se
compara a qualidade dos quadrinhos.
Trailer do filme Esquadrão Suicida na Comic-Con 2016
Douglas Medeiros
06

Análise - Origem da Justiça
O filme Batman vs superman marca a
retomada (recente) de um personagem que foi
bem trabalhado há pouco nos filmes de Christopher
Nolan, o Homem-Morcego. A trama
tem inicio (depois do prólogo que abre com a
morte dos Wayne) na peleja entre o Superman e
Zod, ponto “alto” que filme ruim, cara! do Homem
de Aço, de 2013.
Dessa vez, Bruce Wayne parece mais humano,
com suas preocupações, temores e até seu
Batman desenganado. Ele vê no super-homem
um alienígena de intenções desconhecidas que,
usa a máxima dos heróis japoneses “destruir a
terra para salvar a terra” e entende nisso uma
potencial ameaça à humanidade.
ZONA DE SPOILER
Acompanhar essa batalha pela perspectiva
dos humanos é um dos pontos positivos do
filme, que trabalha bem o ponto de vista dos
heróis como divindades e/ou seres acima da lei.
Quem vive nesse limiar é um já grisalho
Wayne, que revê a morte da mãe através de
um sonho: um bom recurso para essa parte,
que já é batida de conhecimento geral, bem
como apresentando a deixa para um potencial
desdobramento da história, visto que as personagens
são figurantes de luxo.
Mas o subconsciente é a chave para o
desdobramento da história. Tanto mostrando
os medos, traumas e inseguranças de um Batman
já cansado (Ben Affleck se redimindo),
como na aparição do Flash de Crises Infinitas
alertando sobre os temores de um universo
alternativo com um Superman déspota aos
parademons de Darkseid. Sim, todo esse espremido.
Não se espante de ver algo mal explicado.
O Superman, por sua vez, está em meio
a uma crise, pois acha que suas boas intenções
podem não ser suficientes. Parte da humanidade
o considera um deus, outra uma ameaça.
07

O que fica nele é sempre a dúvida se deve
ajudar, ou apenas viver sua vida e ligar o foda-
-se. Lois Lane que tem o papel de ser o pilar
dessa mente que, confusa e desgastada - algo
estranho para um herói símbolo de esperança,
mas todo direito de liberdade à adaptação - se
apega no sentimento da jornalista.
Os heróis, que tem seus estilos de proteção
à população - seja pelo excesso de violência
ou danos colaterais, seja por estarem acima da
lei - contestados em suas cidades (aparentemente
bem próximas) pelos próprios habitantes
- também não agradam um ao outro. E aí
aparece o Lex Luthor.
Em uma atuação caricata que destoa dos
bons Ben Affleck e Gal Gadot - e até do regular
Henry Cavill -, Jesse Eisenberg transformou o
vilão em uma piada. Os trejeitos, a gagueira, a
entonação… o Zuckeberg dos cinemas teve liberdade
para tirar as características principais
do mais célebre vilão do superman.
Atuação à parte, Luthor guia a ação do
filme com seu plano para que os dois heróis se
enfrentem. A luta é um dos bons momentos do
filme. Batman agora já entende seu oponente,
Superman enfrenta a si mesmo, Lex e o Morcego.
Inteligência contra força; estratégia contra
poder. A luta se encaminha para o final quando
respira fundo uma coincidência para a ação e
une os dois no mesmo ideal. Piegas.
Já a batalha final, contra o Apocalypse,
foi uma bela sequência de ação e que trouxe
o ponto alto do filme: Mulher Maravilha. A
apresentação da personagem para a luta foi
brilhante e ficou marcada, gerando alta expectativa
em torno da personagem. O filme solo
da amazona previsto para 2017 já faz mais barulho
que a Liga da Justiça.
O final mostra mais do que o filme inteiro
carrega: referências A história parece o
tempo inteiro contar fatos que os fãs dos quadrinhos,
games e animações já conhecem e
premissas que as produções futuras irão contar.
Muita estética, muito pano pra manga e…
uma colcha de retalhos. Sim, bons personagens,
bons efeitos, mas uma escolha equivocada
para se contar uma trama: deixando-a em
segundo plano. Talvez esse tenha sido o pecado
de um bom filme que marca o recomeço da
DC e seu universo estendido dos cinemas.
Nelson André 08

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