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Revista Digital Cultura Colaborativa - Comunicação Interna - Edição nº 018 - 3º trimestre de 2016 - - SocialBase

Nesta edição, buscamos tratar de um tema que tem sido dúvida recorrente entre os nossos leitores: como mostrar o valor estratégico da comunicação interna

Nesta edição, buscamos tratar de um tema que tem sido dúvida recorrente entre os nossos leitores: como mostrar o valor estratégico da comunicação interna

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<strong>Edição</strong> <strong>nº</strong> <strong>018</strong> - <strong>3º</strong> <strong>trimestre</strong> <strong>de</strong> <strong>2016</strong><br />

Como provar a<br />

importância da<br />

comunicação interna<br />

O segredo para manter<br />

a relevância: gestão<br />

inteligente <strong>de</strong> canais <strong>de</strong><br />

comunicação interna<br />

Pag 16<br />

<strong>Comunicação</strong> interna: a<br />

maior aliada da <strong>Cultura</strong><br />

Organizacional<br />

Pag 10<br />

O papel do gestor como<br />

comunicador<br />

Pag 30<br />

1


EDITORIAL<br />

Nesta edição, buscamos<br />

tratar <strong>de</strong> um tema<br />

que tem sido dúvida<br />

recorrente entre os nossos<br />

leitores: como mostrar<br />

o valor estratégico da<br />

comunicação interna?<br />

Historicamente, a<br />

comunicação interna<br />

sempre é a primeira a<br />

sofrer quando a empresa<br />

passa alguma crise e<br />

também a área que fica<br />

em segundo plano na<br />

hora <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir a verba<br />

<strong>de</strong> cada <strong>de</strong>partamento.<br />

Hoje, a razão disso<br />

nos parece clara: a<br />

comunicação interna não<br />

conseguia provar seu<br />

valor estratégico para a<br />

empresa, e as atenções<br />

sempre eram voltadas para<br />

as áreas <strong>de</strong> marketing,<br />

vendas e produto. Mas<br />

essa era está com os dias<br />

contados.<br />

Os avanços tecnológicos e<br />

as novas ferramentas que<br />

surgiram nos últimos anos<br />

têm ajudado a comunicação<br />

interna a provar seu valor<br />

estratégico para a gestão,<br />

já que, inspirados pelo<br />

exemplo do marketing<br />

digital, começou a criar<br />

métricas que vali<strong>de</strong>m seus<br />

resultados e a procurar<br />

meios <strong>de</strong> provar o retorno<br />

sobre o investimento.<br />

No entanto, se compreen<strong>de</strong>r<br />

que a comunicação interna<br />

tem um papel estratégico<br />

para as organizações é<br />

<strong>de</strong>safio inclusive para quem<br />

trabalha na área, provar sua<br />

importância para a gestão<br />

é ainda mais complexo.<br />

<strong>Cultura</strong>lmente, as empresas<br />

não mostram interessem<br />

nem mesmo em ouvir a<br />

área, e isso precisa mudar<br />

agora.<br />

Nesta edição, portanto,<br />

procuramos trazer artigos,<br />

colunas e sugestões <strong>de</strong><br />

ferramentas que mostram o<br />

caminho das pedras para que<br />

você prove a importância da<br />

comunicação interna para a<br />

cultura e para os objetivos<br />

e metas da empresa.<br />

Esperamos contribuir para<br />

o fortalecimento da área<br />

<strong>de</strong> comunicação interna<br />

nas empresas para que<br />

elas sejam percebidas pela<br />

relevância estratégica que<br />

você e nós sabemos que ela<br />

possui.<br />

Boa leitura!<br />

2


Editor & Redação<br />

Kleiton Reis<br />

Arte & Diagramação<br />

Mariana Vidal<br />

Marketing & Divulgação<br />

Amanda Cunha<br />

Cassiane Vilvert<br />

3


SUMÁRIO<br />

06<br />

Do Marketing <strong>Digital</strong> à<br />

<strong>Comunicação</strong> <strong>Interna</strong> <strong>Digital</strong><br />

10<br />

<strong>Comunicação</strong> interna: a maior aliada da<br />

<strong>Cultura</strong> Organizacional<br />

16<br />

O segredo para manter a relevância: gestão<br />

inteligente <strong>de</strong> canais <strong>de</strong> comunicação interna<br />

4


30<br />

O papel do gestor como comunicador<br />

22<br />

Material Especial -Como provar<br />

a importância da comunicação<br />

interna<br />

34<br />

Por que é vital compartilhar<br />

conhecimento <strong>de</strong>ntro da empresa?<br />

5


Do<br />

Marketing<br />

<strong>Digital</strong> à<br />

<strong>Comunicação</strong><br />

<strong>Interna</strong><br />

<strong>Digital</strong><br />

Por: Cassiane Vilvert<br />

Marketing e comunicação são<br />

áreas pares. A segunda preocupa-se<br />

em falar internamente<br />

com as pessoas da organização,<br />

enquanto a primeira, externamente,<br />

com o público que se relaciona<br />

com a empresa no geral.<br />

Por sua matéria-prima principal<br />

ser a informação, ou o conteúdo,<br />

ambas acabam tendo, às vezes,<br />

pontos <strong>de</strong> contato e intersecção<br />

no trabalho, porém essas<br />

áreas <strong>de</strong> atuação têm pesos e<br />

importâncias diferentes <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> uma organização.<br />

Apesar disso, uma tendência<br />

vem surgindo no ambiente <strong>de</strong><br />

trabalho: a transformação<br />

digital. Foi sobre esse assunto<br />

que a redação da <strong>Revista</strong><br />

<strong>Cultura</strong> <strong>Colaborativa</strong> conversou<br />

com Amanda Silva, gerente <strong>de</strong><br />

Marketing da <strong>SocialBase</strong>. Amanda<br />

explicou que essa transformação<br />

já chegou no marketing<br />

há algum tempo e tem po<strong>de</strong>r<br />

para impactar diretamente outras<br />

áreas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma organização,<br />

como a <strong>Comunicação</strong><br />

<strong>Interna</strong>.<br />

Na entrevista, Amanda também<br />

explicou porque essa disparida<strong>de</strong><br />

entre marketing e comunicação<br />

ocorre, e <strong>de</strong> que forma a<br />

comunicação po<strong>de</strong> aproveitar-se<br />

da tecnologia e usá-la como pilar<br />

estratégico para <strong>de</strong>senvolver o<br />

seu trabalho.<br />

6


<strong>Cultura</strong> <strong>Colaborativa</strong>: Amanda,<br />

na sua visão, qual o papel atual<br />

que a <strong>Comunicação</strong> <strong>Interna</strong><br />

ocupa <strong>de</strong>ntro das empresas?<br />

Amanda: Sempre vi a <strong>Comunicação</strong><br />

<strong>Interna</strong> como um pilar muito<br />

importante do planejamento<br />

estratégico do negócio, pois é<br />

através <strong>de</strong>la que uma empresa<br />

alcança alinhamento, engajamento<br />

e, consequentemente,<br />

produtivida<strong>de</strong> e competitivida<strong>de</strong><br />

no mercado. Mas atualmente<br />

vejo que um dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios<br />

da <strong>Comunicação</strong> <strong>Interna</strong> ainda<br />

é se posicionar como estratégica<br />

<strong>de</strong>ntro das organizações.<br />

As áreas <strong>de</strong> marketing também<br />

já passaram por um processo<br />

parecido on<strong>de</strong> eram vistas mais<br />

como fonte <strong>de</strong> custos e não um<br />

investimento, porque não estava<br />

tão claro como as ações <strong>de</strong><br />

marketing impactavam em vendas.<br />

Vejo que hoje a comunicação<br />

não está sabendo evi<strong>de</strong>nciar<br />

este ponto também.<br />

<strong>Cultura</strong> <strong>Colaborativa</strong>: E como<br />

foi que o marketing conseguiu<br />

mostrar esse papel estratégico<br />

<strong>de</strong>ntro das empresas?<br />

Amanda: Com o marketing digital,<br />

a área viu uma oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> mostrar o valor que<br />

agregava ao negócio. Isso porque<br />

o marketing digital não<br />

trouxe apenas novas formas <strong>de</strong><br />

nos comunicarmos com o público<br />

externo, mas também ferramentas<br />

que possibilitaram à<br />

área otimizar e mensurar esses<br />

processos. E foi justamente a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> mensuração o que<br />

<strong>de</strong>u força para a área <strong>de</strong>ntro das<br />

organizações.<br />

Agora, a área <strong>de</strong> marketing consegue<br />

medir e compreen<strong>de</strong>r melhor<br />

o famoso ‘funil <strong>de</strong> vendas’. É<br />

possível, com a massa <strong>de</strong> dados<br />

disponibilizadas pelas plataforma<br />

sociais, medir, por exemplo,<br />

quantas pessoas - os leads - precisamos<br />

atingir para fechar uma<br />

venda, qual é a efetivida<strong>de</strong> das<br />

ações e qual o potencial cada<br />

ação tem <strong>de</strong> trazer novos negócios.<br />

Foi assim que o marketing<br />

“conversou” <strong>de</strong> maneira<br />

mais direta com a organização,<br />

mostrando o seu impacto no<br />

faturamento <strong>de</strong> maneira direta<br />

e tangível, e é esse valor que a<br />

<strong>Comunicação</strong> <strong>Interna</strong> ainda não<br />

conseguiu entregar, apesar da<br />

sua importância.<br />

<strong>Cultura</strong> <strong>Colaborativa</strong>: Então,<br />

esse reconhecimento obtido<br />

pelo marketing e almejado<br />

pela comunicação só foi possível<br />

com a adoção <strong>de</strong>ssas<br />

tenologias?<br />

Amanda: Esse novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

fazer marketing é chamado <strong>de</strong><br />

Martech pelo mercado, pela<br />

relevância que tecnologia e a<br />

metrificação possuem para ele.<br />

Além disso, esse mo<strong>de</strong>lo também<br />

trouxe uma nova <strong>de</strong>manda<br />

em termos do perfil dos profissionais<br />

<strong>de</strong> marketing. Por exemplo,<br />

agora a minha área precisa<br />

se dividir entre cientistas <strong>de</strong><br />

dados, redatores incansáveis,<br />

publicitários super criativos e<br />

estrategistas.<br />

É importante ressaltar que a<br />

tecnologia impacta diretamente<br />

não só o negócio, mas até os<br />

públicos com que uma organização<br />

precisa se relacionar. Posso<br />

usar como exemplo a nova<br />

forma <strong>de</strong> consumir, em que as<br />

pessoas passaram a utilizar a informação<br />

online para <strong>de</strong>finir seu<br />

relacionamento e a tomada <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão em relação às marcas e<br />

produtos. O Google chama essa<br />

etapa <strong>de</strong> compra online <strong>de</strong> zero<br />

moment of truth que, além <strong>de</strong><br />

complexa, exige do marketing<br />

o uso <strong>de</strong>finitivo <strong>de</strong> tecnologia<br />

como ferramenta <strong>de</strong> trabalho. É<br />

um caminho sem volta.<br />

7


<strong>Cultura</strong> <strong>Colaborativa</strong>: E como<br />

você enxerga que essa revolução<br />

acontecerá para CI?<br />

Amanda: A revolução digital<br />

com suas re<strong>de</strong>s, plataformas e<br />

aplicativos muda o modo como<br />

nos comunicamos <strong>de</strong>ntro e fora<br />

das organizações. E por mais que<br />

a comunicação interna ocorra<br />

ainda <strong>de</strong> maneira muito analógica<br />

e por e-mail, o público interno<br />

urge por novos canais <strong>de</strong> comunicação,<br />

muito mais fluidos e centralizados,<br />

seguindo os padrões<br />

dos fluxos <strong>de</strong> comunicação que<br />

eles já estabeleceram fora do organização.<br />

Assim como o marketing,<br />

a <strong>Comunicação</strong> <strong>Interna</strong> vai<br />

se tornar cada vez mais digital e<br />

acontecer muito mais <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

plataformas, que <strong>de</strong> preferência<br />

sejam integradas.<br />

A própria evolução dos negócios<br />

brasileiros - que agora buscam<br />

ser mais digitais e construírem<br />

seu digital workplace - traz uma<br />

gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> para <strong>Comunicação</strong><br />

<strong>Interna</strong>. Uma pesquisa<br />

realizada com executivos<br />

do mundo inteiro pela McKinsey<br />

mostrou que a utilização <strong>de</strong><br />

ferramentas sociais alavanca<br />

iniciativas internas, segundo a<br />

maioria dos respon<strong>de</strong>ntes, isso<br />

<strong>de</strong>vido ao benefícios trazidos<br />

pelas melhorias na comunicação<br />

interna e colaboração entre os<br />

funcionários.<br />

Eu compartilho da visão<br />

da Beth Gleba, do <strong>Digital</strong><br />

Workplace Group, que afirma<br />

que o perfil da <strong>Comunicação</strong><br />

<strong>Interna</strong>, que agora foca em<br />

‘produtos corporativos’, como<br />

reuniões <strong>de</strong> alinhamento,<br />

newsletter e conteúdos para<br />

novas seções na intranet, mudará<br />

para estrategistas da<br />

colaboração e da informação.<br />

Assim como nos tornamos<br />

mais ‘cientistas’ <strong>de</strong>ntro do<br />

marketing, os comunicadores<br />

internos também precisarão<br />

mais das suas competências<br />

analíticas no seu dia a dia.<br />

A <strong>Comunicação</strong> <strong>Interna</strong>, assim<br />

como o Marketing, <strong>de</strong>ve abraçar<br />

novas tecnologias e plataformas,<br />

usufruindo dos benefícios<br />

que elas trazem para o seu dia<br />

a dia, como automação <strong>de</strong> processos,<br />

maior alcance e agilida<strong>de</strong><br />

das ações, mais inteligência<br />

e, acima <strong>de</strong> tudo, mensuração<br />

das ações, que é a ponte para a<br />

tão sonhada posição estratégica<br />

que os vários comunicadores internos<br />

anseiam em conquistar.<br />

8


<strong>Cultura</strong> <strong>Colaborativa</strong>: E como<br />

você enxerga o relacionamento<br />

da CI com a tecnologia?<br />

Amanda: A área <strong>de</strong> comunicação<br />

interna, na minha visão, ainda<br />

aceita o e-mail como principal<br />

tecnologia <strong>de</strong> trabalho, e encara<br />

outros canais não oficiais como<br />

rivais a sua estratégia <strong>de</strong> comunicação.<br />

Aí posso citar o fracasso<br />

das intranets, que no fundo não<br />

passaram <strong>de</strong> “wikis” em que os<br />

colaboradores têm um relacionamento<br />

puramente transacional<br />

e ineficiente para o consumo<br />

da informação.<br />

interessante. Imagine ser possível<br />

prover informação para os<br />

colaboradores no timing certo e<br />

acompanhar como eles estão recebendo<br />

e engajando com isso?<br />

Mensurar como as ações estão<br />

contribuindo para o clima <strong>de</strong>ntro<br />

da empresa, e ser mais ágil<br />

que os canais não oficiais, <strong>de</strong>spertando<br />

no colaborador a vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> participar? O momento<br />

é este, a tecnologia existe.<br />

Tenho a impressão que o insucesso<br />

das ferramentas anteriores<br />

acabou ocasionando um distanciamento<br />

da <strong>Comunicação</strong><br />

<strong>Interna</strong> das novas tecnologias,<br />

pois sempre escuto <strong>de</strong> vários<br />

comunicadores internos que é<br />

através do mural na frente do<br />

café, banheiro, elevador, ou<br />

qualquer outro lugar a sua escolha,<br />

é que se tem a garantia do<br />

consumo eficiente da informação,<br />

mesmo que esse canais não<br />

sejam mensuráveis.<br />

No entanto, novas tecnologias<br />

sociais surgem com funcionalida<strong>de</strong>s<br />

que possibilitam<br />

aos comunicadores internos<br />

alcançarem seus públicos com<br />

mais assertivida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> maneira<br />

mais fluida, colaborativa e<br />

Jornalista, Social Media e curiosa. Entusiasta <strong>de</strong> inovação e cultura digital.<br />

Apaixonada por fotografia e viagens.<br />

9


<strong>Comunicação</strong> interna:<br />

a maior aliada da<br />

<strong>Cultura</strong><br />

Organizacional<br />

Por: Gerson Ferreira<br />

A tecnologia influenciou o mundo <strong>de</strong> maneira irreversível. Ela <strong>de</strong>ixou<br />

a comunicação entre as pessoas mais dinâmica, mas também provocou<br />

um fenômeno que muito vem sendo <strong>de</strong>batido: o excesso <strong>de</strong> informações.<br />

As relações se tornaram transitórias e o indivíduo mais<br />

consciente, complexo e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. O impacto <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong> nas<br />

organizações é imenso e muitas não estão conseguindo se adaptar a<br />

essa nova fase: menos estável e controlável, e mais orgânica. Enquanto<br />

o mundo se comunica em re<strong>de</strong>, a gran<strong>de</strong> maioria das organizações<br />

mantém a comunicação tão rígida e inflexível quanto sua hierarquia,<br />

criando um abismo entre os colaboradores e os objetivos mercadológicos<br />

cada vez mais <strong>de</strong>safiadores.<br />

10


<strong>Comunicação</strong> é parte<br />

da cultura organizacional<br />

Por mais que muitos executivos<br />

<strong>de</strong>clarem que a comunicação<br />

interna é um assunto estratégico,<br />

são raros os que tratam<br />

o assunto com a serieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>vida.<br />

Geralmente, ela fica sob a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> profissionais<br />

juniores sem experiência<br />

e autonomia, focados apenas<br />

em cumprir a pauta e, por isso,<br />

promovem trabalhos previsíveis<br />

com baixíssimo engajamento<br />

dos colaboradores. Os<br />

principais gestores precisam<br />

parar <strong>de</strong> se preocupar com a<br />

comunicação interna apenas<br />

quando querem promover resultado<br />

ou algum tipo <strong>de</strong> mudança<br />

pontual, até porque, se<br />

há uma certeza, é a <strong>de</strong> que as<br />

mudanças externas continuarão<br />

sendo frequentes, complexas,<br />

imprevisíveis e rápidas.<br />

Assim como a boca e os ouvidos<br />

fazem parte do corpo, a comunicação<br />

interna é parte inseparável<br />

da cultura organizacional.<br />

Mesmo quando não existem canais<br />

formais <strong>de</strong> comunicação, os<br />

informais estão lá, assim como<br />

os lí<strong>de</strong>res com suas atitu<strong>de</strong>s,<br />

comportamentos e discursos.<br />

Consi<strong>de</strong>rar a comunicação como<br />

um anexo é tratá-la apenas<br />

como um conjunto <strong>de</strong> táticas e<br />

tarefas a serem executadas e<br />

não como estratégica. Essa visão<br />

só mudará quando a gestão<br />

e os colaboradoresenten<strong>de</strong>rem<br />

que a comunicação interna é<br />

inerente à cultura da empresa<br />

e sua função principal é garantir<br />

que todos na empresa sejam<br />

participantes ativos do modo<br />

como a organização sente, pensa,<br />

age e reage ao mundo externo.<br />

A questão é como gerenciar<br />

a comunicação interna porque<br />

ela já está lá, acontecendo nesse<br />

exato momento. Viva, mas<br />

provavelmente existindo <strong>de</strong><br />

forma não a<strong>de</strong>quada.<br />

A tecnologia acabou com a era<br />

do monólogo das empresas<br />

com o mercado. Essa realida<strong>de</strong><br />

exige que os distintos níveis organizacionais<br />

passem a <strong>de</strong>sempenhar<br />

seus respectivos papéis<br />

alinhados com a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> organizacional.<br />

Ser verda<strong>de</strong>iro ao<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r uma causa pela qual<br />

as pessoas sintam vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ouvir o que a empresa tem a<br />

dizer é um <strong>de</strong>safio que a comunicação<br />

interna, como parte <strong>de</strong><br />

uma cultura, <strong>de</strong>ve promover. Os<br />

gestores precisam estar menos<br />

preocupados em como encontrar<br />

novos argumentos - para<br />

enfatizar diferenciais <strong>de</strong> produtos<br />

e serviços cada vez mais<br />

similares -, e mais em cuidar da<br />

cultura organizacional ao ponto<br />

<strong>de</strong>la se transformar em uma<br />

vantagem competitiva, que, por<br />

ser constituída por pessoas, é<br />

impossível <strong>de</strong> ser copiada.<br />

11


Fortalecendo a<br />

cultura organizacional<br />

Com o intuito <strong>de</strong> fortalecer a cultura organizacional, bem como facilitar<br />

adaptações cada vez mais necessárias <strong>de</strong>ntro do macro contexto<br />

atual, a comunicação interna <strong>de</strong>ve trabalhar constantemente<br />

cinco aspectos estratégicos:<br />

Promover os valores<br />

Significa influenciar as atitu<strong>de</strong>s e comportamentos.<br />

Uma organização possui uma cultura<br />

forte se os valores são claros, compartilhados<br />

e praticados. Realizei um projeto <strong>de</strong> branding<br />

para uma empresa com mais <strong>de</strong> 30 anos <strong>de</strong><br />

existência, que <strong>de</strong>senvolve e comercializa softwares<br />

para gestão pública e cujo foco são as<br />

prefeituras. Um dos valores <strong>de</strong>ssa empresa<br />

é a integrida<strong>de</strong> e isso significa, entre outras<br />

coisas, não aceitar acordos “extraoficiais”. Em<br />

um país marcado pela cultura da corrupção,<br />

principalmente no âmbito político, esse comportamento<br />

<strong>de</strong>ve ser reconhecido sempre<br />

que possível. Ao conversar com o CEO, perguntei<br />

se não se sentiriam tentados a abrir uma exceção<br />

em uma negociação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte. A resposta<br />

<strong>de</strong>monstra o que é uma cultura forte<br />

– “Quando uma proposta assim é feita para nós, ela<br />

não passa do nosso profissional que está conduzindo<br />

a negociação. Isso acontece porque ele sabe que<br />

<strong>de</strong> nada adianta tentar trazer esse assunto para ser<br />

discutido aqui <strong>de</strong>ntro. Po<strong>de</strong>mos per<strong>de</strong>r a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fechar negócio, mas não abrimos mão dos<br />

nossos valores. Isso todos que trabalham aqui sabem<br />

e praticam”.<br />

12


Estimular a ambição coletiva<br />

O público interno <strong>de</strong>ve ter clareza dos compromissos<br />

assumidos com os públicos externos,<br />

como os colaboradores, reven<strong>de</strong>dores, consumidores,<br />

fornecedores, parceiros estratégicos,<br />

comunida<strong>de</strong>s e outros. A comunicação interna<br />

passa a ser uma importante ferramenta para<br />

estimular uma forte <strong>de</strong>terminação em cumprir<br />

esses compromissos e manter o foco na visão<br />

<strong>de</strong> futuro e no propósito, fazendo com que cada<br />

indivíduo <strong>de</strong>ntro da organização compreenda o<br />

impacto do seu trabalho na realização das priorida<strong>de</strong>s<br />

estratégicas e operacionais.<br />

Desenvolver conexões<br />

Por ainda estarem engessadas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> rígidas estruturas hierárquicas<br />

e ambientes on<strong>de</strong> o “como fazer” é mais importante do que<br />

“o que fazer”, o baixo nível <strong>de</strong> integração entre as equipes <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

uma organização é uma consequência natural. No mundo fora das<br />

organizações, por estarem conectadas em forma <strong>de</strong> re<strong>de</strong>,<br />

as informações chegam às pessoas por todos os lados.<br />

Da porta para fora, as fronteiras físicas não<br />

são limitadoras, mas isso não condiz com a<br />

realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro da maioria das empresas,<br />

on<strong>de</strong> imperam ambientes não propícios<br />

para a troca <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> vista, i<strong>de</strong>ias e<br />

inovação.<br />

As empresas precisam interiorizar em<br />

sua cultura a valorização das conexões<br />

entre pessoas e a comunicação<br />

interna <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>senvolver estas conexões<br />

para que as empresas sejam<br />

mais ágeis, inovadoras, competitivas<br />

e rentáveis. As melhores soluções<br />

não são privilégio <strong>de</strong> gestores melhor<br />

remunerados e colecionadores <strong>de</strong><br />

MBAs. Elas estão disponíveis em qualquer<br />

lugar, mas precisam <strong>de</strong> lí<strong>de</strong>res menos<br />

preocupados em ser donos das gran<strong>de</strong>s<br />

i<strong>de</strong>ias e mais <strong>de</strong>dicados a criar condições<br />

a<strong>de</strong>quadas para que elas se <strong>de</strong>senvolvam. Sem<br />

dúvida alguma, a comunicação interna é uma <strong>de</strong>ssas<br />

condições.<br />

13


Alimentando o<br />

engajamento<br />

As ciências sociais têm nos<br />

provado que a motivação que<br />

impacta na autogestão e na<br />

produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> mais<br />

<strong>de</strong> fatores intrínsecos do que<br />

extrínsecos. Isso quer dizer que<br />

reconhecer significado no que<br />

faz, compartilhar opiniões em<br />

<strong>de</strong>cisões que o afetam, ser reconhecido<br />

pela sua experiência,<br />

habilida<strong>de</strong> e contribuição<br />

na conquista <strong>de</strong> resultados, são<br />

mais importantes para o engajamento<br />

do público interno do<br />

que receber um décimo quinto<br />

salário. Alimentar o engajamento<br />

dos colaboradores é<br />

um aspecto estratégico da comunicação<br />

interna no processo<br />

<strong>de</strong> fortalecimento da cultura<br />

organizacional. Lembre-se que<br />

as pessoas estão dispostas a se<br />

<strong>de</strong>dicar mais pelo simples fato<br />

<strong>de</strong> enten<strong>de</strong>rem, perceberem e<br />

serem reconhecidas pela importância<br />

da sua contribuição para<br />

a realização <strong>de</strong> algo com o qual<br />

elas realmente se importam.<br />

14


Reconhecer as relações <strong>de</strong> confiança<br />

Em uma época on<strong>de</strong> <strong>de</strong>scuidar da reputação é tão irresponsável<br />

quanto atravessar uma avenida movimentada andando com olhos<br />

vendados, a confiança passa a ser um ativo intangível ainda mais importante<br />

para sustentar a longevida<strong>de</strong> da organização. Um dos aspectos<br />

estratégicos da comunicação interna é promover os componentes<br />

que sustentam as relações <strong>de</strong> confiança, como a integrida<strong>de</strong>,<br />

a ética, a transparência, a experiência e a credibilida<strong>de</strong>. Estimular e<br />

evi<strong>de</strong>nciar a prática <strong>de</strong>sses componentes não só fortalece a cultura<br />

organizacional, como também gera forte impacto na<br />

diminuição dos custos e na consolidação dos<br />

lucros.<br />

Para finalizar quero enfatizar a importância<br />

do principal executivo<br />

reconhecer a gestão da comunicação<br />

interna e a gestão <strong>de</strong><br />

pessoas como questões estratégicas<br />

e não táticas. Uma organização<br />

ineficiente na comunicação<br />

interna gera fragilida<strong>de</strong><br />

na cultura organizacional e isso<br />

será cada dia mais inaceitável.<br />

É necessário estar consciente<br />

que uma empresa sustentada<br />

por valores tem mais chances <strong>de</strong><br />

obter resultados financeiros que a<br />

sustentem. É fundamental promover<br />

a <strong>de</strong>terminação e a motivação necessárias<br />

para viver um propósito verda<strong>de</strong>iro e<br />

valioso, conectar, integrar, compartilhar i<strong>de</strong>ias e<br />

reconhecer as relações <strong>de</strong> confiança como um meio inegociável,<br />

não só para a sustentabilida<strong>de</strong> do negócio, mas também para ser<br />

referência na sua área <strong>de</strong> atuação.<br />

Gerson Ferreira.<br />

Fundador e gestor da Bronze Branding, uma consultoria que nasceu para ajudar<br />

organizações e pessoas a sustentar relevância por meio da plenitu<strong>de</strong> da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>.<br />

15


O segredo para manter a<br />

relevância: gestão inteligente <strong>de</strong><br />

canais <strong>de</strong> comunicação interna<br />

Por Flávio Benetti<br />

Para tratar sobre estratégias<br />

<strong>de</strong> canais <strong>de</strong> comunicação, gosto<br />

muito da parábola sobre um<br />

lenhador que era <strong>de</strong>safiado a<br />

cada dia no trabalho a cortar<br />

mais e mais árvores. Des<strong>de</strong> que<br />

começara a trabalhar, acordava<br />

cedo todos os dias, antes mesmo<br />

do sol raiar, pegava seu machado<br />

bem afiado, sua força <strong>de</strong><br />

vonta<strong>de</strong> e partia para a floresta.<br />

estou apenas pensando nisso.<br />

Eu me concentro para o trabalho,<br />

percebo sentido do vento,<br />

a inclinação do terreno, elejo as<br />

melhores árvores para abater e,<br />

principalmente, estudo on<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong> que maneira vou golpear o<br />

tronco.<br />

Lá, ele encontrava outros lenhadores,<br />

mas um em especial<br />

lhe chamava a atenção porque<br />

o cumprimentava e sentava durante<br />

um bom tempo para afiar<br />

seu machado antes <strong>de</strong> partir <strong>de</strong><br />

fato para a floresta. O primeiro<br />

lenhador não entendia como era<br />

possível segundo per<strong>de</strong>r tanto<br />

tempo fazendo isso, e, no fim,<br />

ainda voltar com muitas toras,<br />

enquanto ele trabalhava exaustivamente,<br />

às vezes para <strong>de</strong>rrubar<br />

uma só arvore. Indignado<br />

então, um dia ele pergunta:<br />

- Como você fez para produzir<br />

tanto e <strong>de</strong> maneira tão rápida?<br />

-Meu caro, quando chego e sento<br />

para afiar o machado, não<br />

16


Moral da<br />

história?<br />

Para a comunicação interna, po<strong>de</strong>mos interpretar<br />

que se você quer relevância,<br />

além <strong>de</strong> apenas “amolar seu machado”, é<br />

preciso observar o terreno para tomar as<br />

melhores <strong>de</strong>cisões. Na prática, isso significa<br />

pensar sobre estratégias a<strong>de</strong>quadas<br />

para os canais <strong>de</strong> comunicação.<br />

Para fazer isso, saiba que um dos principais<br />

fatores <strong>de</strong> sucesso da comunicação interna<br />

é o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> interna<br />

<strong>de</strong> comunicação alinhada às necessida<strong>de</strong>s<br />

da empresa, em que os canais são usados<br />

<strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada e coerente, sendo<br />

escolhidos levando em consi<strong>de</strong>ração a<br />

abrangência <strong>de</strong> público, suas preferências<br />

e hábitos <strong>de</strong> consumo das informações e,<br />

também, as características editoriais pertinentes<br />

a cada canal.<br />

17


Da teoria à prática<br />

Para começar a gerenciar <strong>de</strong><br />

forma estratégica os canais, é<br />

necessário <strong>de</strong>finir se a comunicação<br />

circulará mais pulverizada<br />

ou concentrada. Essa <strong>de</strong>cisão<br />

irá <strong>de</strong>terminar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

canais na empresa. É importante<br />

lembrar que quanto maior a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> canais, mais trabalho<br />

se terá com gestão integrada.<br />

Por isso, po<strong>de</strong> ser preferível<br />

optar pela concentração,<br />

que <strong>de</strong>manda um número menor<br />

<strong>de</strong> ferramentas.<br />

Com isso em mente, o próximo<br />

passo é <strong>de</strong>senvolver a Matriz<br />

da Re<strong>de</strong> <strong>Interna</strong> <strong>de</strong> <strong>Comunicação</strong><br />

para coletar informações<br />

primordiais para a estratégia <strong>de</strong><br />

canais da empresa. Nessa matriz<br />

será possível ter uma visão clara<br />

<strong>de</strong> cada canal para pensá-los <strong>de</strong><br />

maneira mais inteligente. Ela<br />

<strong>de</strong>ve conter a colunas: canal,<br />

<strong>de</strong>scrição do canal, público-alvo,<br />

foco editorial, atributo principal<br />

e periodicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atualização.<br />

Na coluna do Canal, liste todas<br />

as ferramentas <strong>de</strong> comunicação<br />

interna que sua empresa possui,<br />

inclusive, se houver, as reuniões<br />

<strong>de</strong> cascateamento <strong>de</strong> informação<br />

que os lí<strong>de</strong>res fazem com<br />

suas equipes. Na sequência, em<br />

Descrição do Canal, escreva <strong>de</strong><br />

forma resumida do que se trata<br />

o canal e qual seu objetivo.<br />

No Público-Alvo, eleja quem<br />

são os principais consumidores<br />

<strong>de</strong> informação <strong>de</strong> cada um dos<br />

canais.<br />

Em Foco Editorial, <strong>de</strong>termine<br />

os focos <strong>de</strong> informação que precisam<br />

ser atendidos pelos canais,<br />

que po<strong>de</strong>m ser: humano,<br />

voltado à valorização dos colaboradores,<br />

à melhoria do clima<br />

organizacional, à construção <strong>de</strong><br />

uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> única e ao reconhecimento<br />

das pessoas como<br />

protagonistas dos resultados<br />

alcançados pela empresa; estratégico,<br />

que visa orientar as<br />

ações dos colaboradores em<br />

direção ao propósito estratégico<br />

da organização, validando<br />

os critérios para tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;<br />

informativo, <strong>de</strong>stinado a<br />

divulgar a ampla oferta <strong>de</strong> informações<br />

geradas pela empresa,<br />

que po<strong>de</strong> ir <strong>de</strong> benefícios até<br />

realizações específicas no mercado<br />

e; serviços, que tem como<br />

objetivo oferecer às pessoas informações<br />

úteis não só em sua<br />

dia a dia <strong>de</strong> trabalho, mas também<br />

fora da empresa.<br />

Na próxima coluna da matriz,<br />

em Atributo Principal, selecione<br />

uma ou duas palavras que<br />

<strong>de</strong>screvam as principais qualida<strong>de</strong>s<br />

daquele canal, como<br />

disponibilida<strong>de</strong>, transparência<br />

e integração. A última etapa é<br />

sobre Periodicida<strong>de</strong>, ou seja, a<br />

frequência <strong>de</strong> atualização dos<br />

canais.<br />

18


Com essa matriz em mãos, você tem uma fotografia exata <strong>de</strong> como<br />

se comportam os canais internos da empresa, apresentando questionamentos<br />

relevantes, como:<br />

• Existe um equilíbrio da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> canais por<br />

público-alvo?<br />

• Os canais aten<strong>de</strong>m a expectativa <strong>de</strong> comunicação da<br />

empresa?<br />

• A maior parte dos canais estão concentrados na menor<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> colaboradores?<br />

• Existem canais que não possuem focos editoriais bem<br />

<strong>de</strong>finidos?<br />

• Será que preciso criar um novo canal, apenas a<strong>de</strong>quar um<br />

já existente, ou substituí-los?<br />

Essas e muitas outras questões aparecerão ao fazer<br />

uma análise profunda da matriz <strong>de</strong> comunicação.<br />

19


Implementando a estratégia<br />

Ao criar, revitalizar ou substituir<br />

um canal interno <strong>de</strong> comunicação,<br />

tenha em mente que<br />

nem sempre é preciso reproduzir<br />

neles a forma como a qual<br />

a empresa se comunica com<br />

o mercado – já que na gran<strong>de</strong><br />

parte dos casos, o público interno<br />

possui perfil diferente<br />

dos consumidores. Porém, é<br />

necessário que os discursos estejam<br />

alinhados.<br />

Além disso, a linguagem estética<br />

utilizada também precisa<br />

estar em equilíbrio, pois embora<br />

a empresa tenha uma certa<br />

vantagem competitiva dada<br />

ao monopólio da informação<br />

propagada pela comunicação<br />

interna, o referencial dos colaboradores<br />

sempre será a comunicação<br />

externa, tanto em visual<br />

quanto em linguagem.<br />

Para pensar na estratégia também<br />

vale lembrar que quanto<br />

mais os canais <strong>de</strong> comunicação<br />

prestarem serviço ao seu público,<br />

melhor. Além <strong>de</strong> propagar<br />

as informações <strong>de</strong>sejadas pela<br />

empresa, eles <strong>de</strong>vem proporcionar<br />

às pessoas o acesso a<br />

conhecimentos novos, que lhe<br />

sejam úteis também fora da empresa,<br />

como dicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, planejamento<br />

financeiro, entre outros.<br />

Isso é conteúdo relevante!<br />

Tenha cuidado apenas com o<br />

gran<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> informações<br />

que as pessoas recebem atualmente.<br />

Para manter-se relevante,<br />

consi<strong>de</strong>re o conteúdo a ser<br />

propagado em cada canal mantendo<br />

linhas <strong>de</strong> coesão e coerência<br />

que também estejam voltadas<br />

em nutrir a afeição <strong>de</strong>ssa<br />

pessoa pela empresa, seu ambiente<br />

<strong>de</strong> trabalho, marca etc.<br />

Isso fortalece o laço emocional,<br />

mostrando aos colaboradores a<br />

autorida<strong>de</strong> que a empresa tem<br />

sobre <strong>de</strong>terminados assuntos,<br />

e, principalmente, reforçando<br />

o honesto interesse em ajudar,<br />

por mais simples que seja esse<br />

favor.<br />

Por incrível que pareça, a mesma<br />

estratégia <strong>de</strong> funil <strong>de</strong> vendas<br />

utilizadas para os consumidores,<br />

serve perfeitamente<br />

para colaboradores – afinal, o<br />

conteúdo po<strong>de</strong> transformar a<br />

experiência <strong>de</strong> um recém contratado<br />

logo no primeiro dia<br />

<strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong>ixando-o, com o<br />

20


passar do tempo, ainda mais interessado<br />

pela empresa em que<br />

trabalha, motivando-o até chegar<br />

ao patamar <strong>de</strong> embaixador<br />

da marca – mas isso só irá acontecer<br />

se você utilizar os canais<br />

<strong>de</strong> comunicação interna da sua<br />

empresa <strong>de</strong> maneira consciente<br />

e estratégica.<br />

A maior prova da eficiência <strong>de</strong><br />

aplicar estratégias claras aos<br />

canais <strong>de</strong> comunicação está no<br />

diálogo que se abre, por meios<br />

<strong>de</strong>stes canais internos, com os<br />

colaboradores. Uma produção<br />

constante <strong>de</strong> material com qualida<strong>de</strong><br />

que faz sentindo a esse<br />

público e chega até ele <strong>de</strong> maneira<br />

fluida, permite enten<strong>de</strong>r<br />

melhor quem são essas pessoas,<br />

quais são as suas necessida<strong>de</strong>s<br />

e potencializar a comunicação<br />

interna para melhores resultados.<br />

Então, antes <strong>de</strong> “amolar seu<br />

machado” e correr para a floresta,<br />

<strong>de</strong>senhe e reflita bastante<br />

sobre sua estratégia <strong>de</strong> comunicação<br />

interna. Lembre-se <strong>de</strong><br />

estruturar a matriz <strong>de</strong> Re<strong>de</strong> <strong>Interna</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Comunicação</strong> da sua<br />

empresa, procurando saber, por<br />

meio <strong>de</strong> pesquisas, quais canais<br />

fazem ou não sentido aos colaboradores.<br />

Só então parta para<br />

uma geração <strong>de</strong> conteúdo relevante,<br />

mantendo o foco no seu<br />

público, tratando os assuntos<br />

<strong>de</strong> maneira clara e transparente,<br />

praticando a frequência <strong>de</strong>terminada,<br />

não <strong>de</strong>scuidando da<br />

formatação dos textos e imagens<br />

e priorizando as oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> conversão – ou seja,<br />

que ação você espera dos colaboradores<br />

frente ao conteúdo<br />

produzido.<br />

Life e Professional Coaching, especialista em comunicação pessoal, profissional e empresarial.<br />

Sua gran<strong>de</strong> missão <strong>de</strong> vida é ajudar as pessoas a atingirem suas metas e a realizarem seus<br />

sonhos. Possui mais <strong>de</strong> 15 anos <strong>de</strong> experiência nas áreas <strong>de</strong> comunicação corporativa e<br />

marketing. Graduado em <strong>Comunicação</strong> Social, com MBA em Gestão <strong>de</strong> Marketing e Trends &<br />

Innovation. Certificação internacional como coaching.<br />

Para saber mais: www.fmbenetti.com.br ou envie um e-mail para fmbenetti@fmbenetti.com.br.<br />

21


Como provar a<br />

importância da<br />

comunicação<br />

interna<br />

Por: Kleiton Reis<br />

Qual é a sua reação quando o reconhecimento<br />

por seu trabalho<br />

não vem? Já experimentou fazer<br />

uma pesquisa para enten<strong>de</strong>r<br />

qual a percepção dos funcionários<br />

da sua empresa em relação<br />

à área <strong>de</strong> comunicação interna?<br />

Fizemos uma pesquisa com alguns<br />

leitores do Blog e da <strong>Revista</strong><br />

<strong>Cultura</strong> <strong>Colaborativa</strong> e <strong>de</strong>scobrimos<br />

que entre os maiores<br />

<strong>de</strong>safios das áreas que cuidam<br />

da comunicação interna e do<br />

endomarketing está justamente<br />

na falta <strong>de</strong> percepção pela gestão<br />

<strong>de</strong> que a comunicação é uma<br />

ativida<strong>de</strong> estratégica para as<br />

empresas. Sabemos que é uma<br />

sensação muito frustrante,<br />

mas há meios para contornar<br />

esse problema.<br />

A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que a comunicação<br />

interna não é estratégica ocorre<br />

porque muitas vezes a área<br />

responsável é vista como secundária<br />

<strong>de</strong>ntro da empresa,<br />

e é <strong>de</strong>ixada <strong>de</strong> lado na hora <strong>de</strong><br />

tomar <strong>de</strong>cisões estratégicas e a<br />

primeira a sofrer com cortes na<br />

hora da crise. Ela geralmente<br />

é a área que faz o informativo<br />

interno e que atualiza os ultrapassados<br />

murais internos. Mas<br />

você sabe os problemas que<br />

uma comunicação interna falha<br />

po<strong>de</strong> causar:<br />

22


Circulação <strong>de</strong> informações equivocadas<br />

que apenas fortalecem a<br />

“rádio corredor” e provocam um<br />

clima <strong>de</strong> insegurança entre os colaboradores;<br />

Descrédito da empresa ante seus<br />

colaboradores quando uma informação<br />

muito importante chega<br />

<strong>de</strong> outra forma que não pelos canais<br />

oficiais;<br />

suas ações etc.<br />

Muitas empresas têm conseguido<br />

superar esses e outros <strong>de</strong>safios,<br />

e algumas até viram cases<br />

<strong>de</strong> sucesso pelas ações implementadas.<br />

Mas por que, mesmo<br />

com as con<strong>de</strong>corações externas,<br />

a gestão da sua empresa<br />

continua não dando o <strong>de</strong>vido<br />

reconhecimento para a área?<br />

Baixa retenção <strong>de</strong> talentos <strong>de</strong>vido<br />

à empresa não mostrar preocupação<br />

em manter os colaboradores<br />

bem informados e engajados em<br />

23


Tente respon<strong>de</strong>r a três simples questões:<br />

1. De que forma cada ação que você realiza está diretamente<br />

conectada a um objetivo ou mesmo à visão e missão da sua<br />

empresa?<br />

2. Como você costuma mostrar para a gestão da empresa as<br />

ações realizadas? Se faz, com qual periodicida<strong>de</strong>?<br />

3. Como é feito o planejamento da comunicação interna? Quem<br />

participa?<br />

Após vários anos estudando e trabalhando com gran<strong>de</strong>s comunicadores<br />

internos <strong>de</strong>scobrimos que essas três perguntas po<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong>finir o modo como a comunicação interna é vista na sua empresa.<br />

Com base nelas, nos <strong>de</strong>bruçamos sobre o tema para trazer<br />

algumas estratégias que você po<strong>de</strong> implementar imediatamente<br />

para fortalecer e provar a importância das ações que a sua área<br />

tanto se esforça para entregar.<br />

Envolva os colaboradores e a gestão<br />

no seu planejamento<br />

Esse tópico po<strong>de</strong> parecer óbvio,<br />

afinal a gestão precisa ficar<br />

sabendo o que você planejou.<br />

Mas esse é o ponto-chave: ela<br />

precisa participar ativamente<br />

do processo <strong>de</strong> planejamento<br />

e não apenas tomar conhecimento<br />

do que sua área i<strong>de</strong>alizou.<br />

Por isso, é importante<br />

pensar em ações criativas que<br />

realmente engajem a gestão<br />

para sugerirem ações e estratégias.<br />

Neste momento será<br />

preciso ser bastante empático<br />

e ter perfil <strong>de</strong> mediador e<br />

orientador para não <strong>de</strong>ixar as<br />

coisas fugirem ao controle da<br />

sua área.<br />

ela será analisada e consi<strong>de</strong>rada<br />

no planejamento da área, já<br />

que, se você não alinhar as expectativas,<br />

po<strong>de</strong>rá ser cobrado<br />

por isso no futuro e per<strong>de</strong>r credibilida<strong>de</strong>.<br />

Não esqueça <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar claro<br />

como será essa participação,<br />

até que ponto ela vai e como<br />

24


Alinhe suas metas aos objetivos da<br />

empresa<br />

Sua empresa provavelmente<br />

suou para construir sua missão<br />

e visão e se empenhou bastante<br />

para ter um plano <strong>de</strong> negócio<br />

bem estruturado. Nada mais<br />

justo que todos contribuam<br />

para que as metas da empresa<br />

sejam alcançadas, inclusive a comunicação<br />

interna. E este é um<br />

ponto em que a comunicação interna<br />

geralmente falha.<br />

É importante que a comunicação<br />

interna trace metas e ob-<br />

jetivos claros para que no curto,<br />

médio e longo prazo essas<br />

sejam alcançadas, no entanto<br />

eles precisam estar alinhados<br />

às metas e aos objetivos do negócio.<br />

Você po<strong>de</strong> continuar atualizando<br />

seus murais internos e<br />

produzindo seus informativos,<br />

mas será preciso provar quali<br />

e quantitativamente que estas<br />

ações estão ajudando a empresa<br />

a alcançar algum dos seus objetivos.<br />

Mensure todas as ações da área<br />

Lidar com dados era obrigatório<br />

para poucas áreas <strong>de</strong>ntro da<br />

empresa, e a comunicação interna<br />

quase nunca era cobrada por<br />

isso. Com as mudanças pelas<br />

quais as empresas têm passado<br />

nos últimos anos, principalmente<br />

pelo <strong>de</strong>senvolvimento acelerado<br />

da tecnologia, houve uma<br />

mudança nesse mindset. O ambiente<br />

digital ampliou a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> mensuração, e assim<br />

praticamente todas as áreas da<br />

empresa têm hoje ferramentas<br />

disponíveis para mensurar suas<br />

ações. Se as cobranças por dados<br />

provando resultados ainda<br />

não bateram à porta da sua<br />

área, po<strong>de</strong> esperar que logo,<br />

logo elas vão bater.<br />

Por isso, junto às metas e objetivos,<br />

a área precisa <strong>de</strong>finir métricas<br />

claras que aju<strong>de</strong> a medir<br />

constantemente os resultados<br />

<strong>de</strong> suas ações. O planejamento<br />

<strong>de</strong>ve prever <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua concepção:<br />

Métricas primárias para a área -<br />

que vão contribuir para os objetivos<br />

e metas do negócio<br />

Metas secundárias - que mostram<br />

o <strong>de</strong>sempenho das estratégias<br />

e ações da área e aju<strong>de</strong>m<br />

na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões sobre<br />

o que <strong>de</strong>ve continuar e o que<br />

<strong>de</strong>ve ser interrompido<br />

Metas terciárias - que vão ajudar<br />

a área a otimizar as ações já<br />

implementadas.<br />

25


Exemplos <strong>de</strong> métricas primárias<br />

ROI (Retorno Sobre Investimento):<br />

É a relação entre o que<br />

a empresa ganhou e o que ela<br />

gastou com comunicação interna.<br />

Na comunicação interna, há<br />

diversas maneiras <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar<br />

o ROI, uma <strong>de</strong>las é por meio<br />

da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> clientes que<br />

a empresa consegue através<br />

<strong>de</strong> indicação <strong>de</strong> funcionários.<br />

Isso porque um funcionário só<br />

indica o produto da empresa<br />

em que trabalha quando confia<br />

na organização e quando<br />

se sente preparado para isso.<br />

Assim, se sua empresa focar<br />

no engajamento e empo<strong>de</strong>ramento<br />

dos funcionários, e treiná-los<br />

para serem promotores<br />

da marca e ven<strong>de</strong>dores natos,<br />

o número <strong>de</strong> clientes obtidos<br />

por meio <strong>de</strong> indicação po<strong>de</strong>rá<br />

ser utilizado no cálculo <strong>de</strong> ROI<br />

da área.<br />

Produtivida<strong>de</strong>: Outra métrica<br />

interessante é o impacto das<br />

ações na produtivida<strong>de</strong> dos<br />

funcionários. Em um mural, os<br />

funcionários precisam parar<br />

para lê-lo. Quando a empresa<br />

implementa uma ferramenta<br />

que <strong>de</strong>ixa a comunicação mais<br />

fluida e online, por exemplo,<br />

ela po<strong>de</strong>rá liberar as informações<br />

em pequenas quantida<strong>de</strong>s,<br />

em que os funcionários<br />

po<strong>de</strong>rão ler em suas próprias<br />

mesas ao longo do dia.<br />

Turnover: As ações da comunicação<br />

interna, por promoverem<br />

engajamento e senso <strong>de</strong><br />

pertencimento, impactam diretamente<br />

em uma métrica bem<br />

importante para os RHs das<br />

empresas: o turnover. Em um<br />

estudo realizado pelo Bureau<br />

of National Affairs, as empresas<br />

americanas per<strong>de</strong>m US$ 11<br />

bilhões todo ano <strong>de</strong>vido ao turnover.<br />

No Brasil, não encontramos<br />

este dado, mas acreditamos<br />

ser um valor significativo<br />

como nos Estados Unidos.<br />

26


Exemplos <strong>de</strong> métricas secundárias<br />

Engajamento: Quando um funcionário<br />

fala bem da empresa, quer permanecer<br />

nela e está disposto a empenhar-se,<br />

significa que ele está <strong>de</strong><br />

fato engajado. Essa é uma métrica<br />

que <strong>de</strong>ve impactar diretamente as<br />

métricas primárias. Em entrevista à<br />

revista Valor, Clarice Costa, diretora<br />

<strong>de</strong> recursos humanos das lojas Renner<br />

diz que “uma pessoa engajada é<br />

25% mais produtiva”, por exemplo.<br />

Mas cuidado para não confundir essa<br />

métrica com curtidas, compartilhamentos<br />

e comentários em sua re<strong>de</strong>,<br />

elas são métricas terciárias.<br />

Resultados da Pesquisa <strong>de</strong> Clima:<br />

Outras métricas impactadas pelas iniciativas<br />

da comunicação interna são<br />

os resultados da pesquisa <strong>de</strong> clima<br />

que é um instrumento fundamental<br />

<strong>de</strong> trabalho para <strong>de</strong>linear as estratégias<br />

<strong>de</strong> fortalecimento da cultura<br />

organizacional, retenção <strong>de</strong> talentos<br />

e melhoria do clima da empresa. É<br />

importante a <strong>Comunicação</strong> <strong>Interna</strong><br />

estar atenta às ações realizadas que<br />

po<strong>de</strong>m impactar nestas métricas.<br />

27


Exemplo <strong>de</strong> métricas terciárias<br />

Taxa <strong>de</strong> acesso aos conteúdos:<br />

Primeiramente é preciso<br />

ressaltar que tudo o que é produzido<br />

precisa estar alinhado<br />

aos objetivos da área, o que já<br />

serve como um filtro para que<br />

essa não fique atolada <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandas<br />

e são saiba priorizar.<br />

Quando a comunicação monitora<br />

quais conteúdos são mais<br />

lidos, é possível i<strong>de</strong>ntificar<br />

quais temas estão mais afinados<br />

ao propósito previsto pela<br />

comunicação interna.<br />

Fontes <strong>de</strong> acesso: Quando a<br />

empresa possui várias canais<br />

<strong>de</strong> comunicação, é preciso<br />

i<strong>de</strong>ntificar quais são mais utilizados<br />

pelos colaboradores e<br />

se os conteúdos acessados por<br />

eles são os que realmente interessam<br />

aos objetivos da área.<br />

Número <strong>de</strong> reclamações: O<br />

número <strong>de</strong> reclamações referentes<br />

a qualquer interação<br />

que o colaborador tenha com a<br />

comunicação da empresa <strong>de</strong>ve<br />

ser observado como um termômetro<br />

da efetivida<strong>de</strong> das<br />

ações realizadas, pois po<strong>de</strong>m<br />

ser sintomas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinformação,<br />

excesso <strong>de</strong> informação,<br />

informação não relevante, falta<br />

<strong>de</strong> agilida<strong>de</strong> das iniciativas,<br />

<strong>de</strong>ntre outros problemas.<br />

28


Apresentação <strong>de</strong> resultados para a<br />

gestão<br />

Depois <strong>de</strong> tanto trabalho, é<br />

muito importante que a área<br />

mantenha uma rotina <strong>de</strong> apresentação<br />

<strong>de</strong> resultados para a<br />

gestão. Assim, a diretoria estará<br />

sempre muito bem informada<br />

das ações que têm sido<br />

realizadas e como isso tem impactado<br />

o negócio.<br />

Lembre-se <strong>de</strong> que este é o momento<br />

<strong>de</strong> focar na apresentação<br />

das métricas primárias, que<br />

realmente interessam à diretoria.<br />

Também é preciso ressaltar<br />

que este momento não po<strong>de</strong><br />

“parecer” chato. Na reunião <strong>de</strong><br />

apresentação <strong>de</strong> resultados da<br />

comunicação interna procure<br />

inovar na forma <strong>de</strong> apresentar<br />

esses resultados para captar<br />

a atenção e engajar os participantes.<br />

Outra forma <strong>de</strong> mostrar os resultados<br />

é criando uma rotina<br />

<strong>de</strong> apresentá-los cotidianamente.<br />

Caso você utilize alguma<br />

ferramenta social e colaborativa<br />

na comunicação interna,<br />

por exemplo, po<strong>de</strong> criar o hábito<br />

<strong>de</strong> postar diariamente sobre<br />

as ações a serem realizadas e<br />

os resultados das que já foram<br />

executadas, sempre focando<br />

em como ela impacta positivamente<br />

nos objetivos <strong>de</strong> negócio.<br />

Implementando essas ações, a<br />

área <strong>de</strong> comunicação interna<br />

se fortalece e consegue mostrar<br />

a importância <strong>de</strong>la para o<br />

negócio, mudando a percepção<br />

da empresa <strong>de</strong> que ela não<br />

faz parte do conjunto <strong>de</strong> áreas<br />

estratégicas para o alcance<br />

dos objetivos do negócio.<br />

Para mensurar e mostrar seus resultados<br />

baixe aqui o kit com whitepaper + ferramenta<br />

contendo outras métricas e indicadores<br />

essenciais para a CI da sua empresa ser vista<br />

como área estratégica.<br />

Analista <strong>de</strong> Conteúdo na <strong>SocialBase</strong> e Editor-chefe da <strong>Revista</strong> <strong>Cultura</strong> <strong>Colaborativa</strong>.<br />

É jornalista e mestre em Jornalismo pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina<br />

(UFSC) e cursa a Especialização em Gestão <strong>Comunicação</strong> em Mídias Digitais.<br />

29


O papel<br />

do gestor<br />

como<br />

comunicador<br />

Por: Daiane Andognini<br />

30


Na edição <strong>nº</strong> 17 da revista<br />

<strong>Cultura</strong> <strong>Colaborativa</strong> abordamos<br />

o tema Li<strong>de</strong>rança e autoconhecimento,<br />

fazendo relação<br />

sobre a importância do<br />

lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong>senvolver seu “olhar<br />

para <strong>de</strong>ntro” e, a partir disso,<br />

conseguir i<strong>de</strong>ntificar e gerenciar<br />

o comportamento da<br />

sua equipe <strong>de</strong> trabalho. Isso<br />

porque, à medida que o lí<strong>de</strong>r<br />

conhece seus pontos fortes e<br />

suas competências naturais,<br />

consegue empo<strong>de</strong>rar-se por<br />

meio da autoconsciência e,<br />

ao mesmo tempo, i<strong>de</strong>ntificar<br />

as competências que faltam<br />

na equipe para ir em busca <strong>de</strong><br />

pessoas que possam suprir<br />

essas necessida<strong>de</strong>s.<br />

Nesta edição, queremos seguir<br />

o mesmo caminho, agora<br />

abordando o papel da li<strong>de</strong>rança<br />

enquanto comunicador<br />

cujo papel é <strong>de</strong> motivar<br />

diariamente sua equipe, diante<br />

<strong>de</strong> um cenário em que as<br />

pessoas querem cada vez<br />

mais fazer parte <strong>de</strong> algo, sentir-se<br />

importante, trabalhar<br />

por um propósito e fazer a<br />

diferença nas organizações.<br />

Para isso, é essencial que os<br />

lí<strong>de</strong>res saibam comunicar e<br />

passar as mensagens da maneira<br />

mais assertiva aos seus<br />

li<strong>de</strong>rados.<br />

31


Motivação 3.0<br />

Des<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 1930, a<br />

psicologia <strong>de</strong>senvolve estudos<br />

e experimentos que<br />

mostram sobre como o ser<br />

humano apren<strong>de</strong>. Essas pesquisas<br />

eram feitas utilizando<br />

animais para aplicar técnicas<br />

<strong>de</strong> reforço e punição do comportamento,<br />

ou seja, se o ele<br />

seguisse o caminho <strong>de</strong>terminado<br />

pelo experimento, ganharia<br />

comida, caso contrário<br />

seria punido <strong>de</strong> alguma<br />

maneira. Nos anos seguintes,<br />

para favorecer a evolução<br />

<strong>de</strong>sses estudos, cientistas<br />

passaram a usar outras ativida<strong>de</strong>s<br />

(que não fossem comidas,<br />

bebidas ou aplausos)<br />

para estimular e reconhecer<br />

o <strong>de</strong>sempenho dos animais<br />

em jogos e brinca<strong>de</strong>iras. Surgia<br />

o conceito do “<strong>de</strong>sempenho<br />

da tarefa em si”, que<br />

está relacionado ao prazer e<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar <strong>de</strong>terminada<br />

ativida<strong>de</strong>.<br />

Daniel Pink, pesquisador, escritor<br />

e autor <strong>de</strong> livros como<br />

“O Cérebro do Futuro: a revolução<br />

do lado direito do cérebro”<br />

e “Drive”, fala do mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> motivação que mais<br />

faz sentido para as relações<br />

atuais <strong>de</strong> trabalho, o Mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> Motivação 3.0. Se antes as<br />

motivações das pessoas advinham<br />

<strong>de</strong> ações extrínsecas<br />

e intrínsecas, hoje elas estão<br />

retornando a um estado <strong>de</strong><br />

motivação apenas intrínseca,<br />

ou seja, agem <strong>de</strong> acordo<br />

com suas expectativas, em<br />

que o impulso para realizar<br />

<strong>de</strong>terminada tarefa está relacionada<br />

à satisfação interna<br />

(prazer) e à realização pessoal<br />

(propósito). Para o autor,<br />

a autonomia, excelência e<br />

propósito são os três fatoreschave<br />

que fazem as pessoas<br />

mobilizarem suas energias<br />

para algo.<br />

32


E a cenoura e o chicote?<br />

Diante do contexto atual e<br />

contemporâneo, o papel do<br />

gestor como comunicador<br />

também precisa se rea<strong>de</strong>quar<br />

ao novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> motivação<br />

da equipe. Se antes a comunicação<br />

para melhoria <strong>de</strong><br />

performance estilo “cenoura<br />

e chicote”, em que a chefia<br />

motivava a equipe por meio<br />

da promessa <strong>de</strong> lutar para<br />

ganhar algo inalcançável,<br />

funcionava bem, hoje essa<br />

filosofia sai <strong>de</strong> cena, por não<br />

fazer mais sentido quando se<br />

trata <strong>de</strong> constância <strong>de</strong> performance,<br />

e passa a dar lugar<br />

à comunicação que enaltece<br />

a autonomia, a excelência e o<br />

propósito.<br />

A autonomia está relacionada<br />

ao <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> sentir-se seguro,<br />

bem orientado e <strong>de</strong> ter<br />

a confiança do seu lí<strong>de</strong>r para<br />

fazer o que precisa ser feito.<br />

Ao ter a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar<br />

as próprias tarefas, o<br />

colaborador se sentirá mais<br />

feliz e motivado.<br />

Já a excelência envolve o conhecimento<br />

técnico para <strong>de</strong>sempenhar<br />

uma <strong>de</strong>terminada<br />

ativida<strong>de</strong>, ou seja, o ambiente<br />

favorece o exercício e aplicação<br />

das competências e conhecimentos<br />

<strong>de</strong>senvolvidos.<br />

Esse fator tem a capacida<strong>de</strong>,<br />

por exemplo, <strong>de</strong> criar nos li<strong>de</strong>rados<br />

o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> melhorar<br />

cada vez mais.<br />

Por último, e tão importante<br />

quanto os outros dois elementos,<br />

é o propósito, que<br />

está relacionado ao porquê<br />

<strong>de</strong> fazermos o que fazemos e<br />

o impacto que essa ação gera<br />

no mundo. Quando o li<strong>de</strong>rado<br />

sabe on<strong>de</strong> seu trabalho se<br />

encaixa na organização, ele<br />

consegue perceber com mais<br />

facilida<strong>de</strong> como uma melhora<br />

no seu <strong>de</strong>sempenho individual<br />

impacta no resultado final.<br />

Após o gestor ter claro o conceito<br />

da motivação baseada<br />

nos princípios autonomia, excelência<br />

e propósito, a boa comunicação<br />

entrará como uma<br />

ferramenta que irá ajudar gradativamente<br />

à <strong>de</strong>senvolver e<br />

acompanhar a performance<br />

dos seus li<strong>de</strong>rados. Enquanto<br />

comunicador interno, é<br />

essencial que o gestor tenha<br />

domínio <strong>de</strong>sse conceito para<br />

uma relação bem estruturada<br />

com seu time, baseada em<br />

cumplicida<strong>de</strong> e que <strong>de</strong>ixe as<br />

pessoas seguras, com isso ele<br />

terá um espaço <strong>de</strong> troca com<br />

o time on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rá propagar<br />

as informações da empresa<br />

em um fluxo <strong>de</strong> comunicação<br />

fluído.<br />

*Psicóloga e Coach, especialista em comportamento organizacional e MBA<br />

em Gestão <strong>de</strong> Negócios. Fundadora da HUG Consultoria. Atua com Gestão<br />

<strong>de</strong> Pessoas em Startups que estão em fase <strong>de</strong> crescimento.<br />

http://www.hugconsultoria.com.br/<br />

33


Por que é vital<br />

compartilhar<br />

conhecimento<br />

<strong>de</strong>ntro da empresa?<br />

Por Jocelito André Salvador<br />

Já parou para notar que na sua<br />

timeline do Facebook geralmente<br />

aparece exatamente o<br />

que você gosta ou os temas que<br />

você mais curte e compartilha? É<br />

a que a re<strong>de</strong> social <strong>de</strong> Mark Zuckerberg<br />

possui uma inteligência<br />

capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar seus interesses<br />

para mostrar apenas o<br />

que fará você se engajar apenas<br />

por seus movimentos <strong>de</strong>ntro da<br />

re<strong>de</strong>, e isso só é possível porque<br />

diariamente você e seus amigos<br />

produzem e compartilham conteúdos.<br />

E se a sua empresa também<br />

pu<strong>de</strong>sse i<strong>de</strong>ntificar quais<br />

os temas que mais interessam e<br />

engajam seus funcionários?<br />

Quando o Facebook iniciou, era o<br />

próprio Zuckerberg e seus amigos<br />

que produziam e compartilhavam<br />

os conteúdos. Algum<br />

tempo <strong>de</strong>pois, motivados pelos<br />

primeiros compartilhadores <strong>de</strong><br />

conteúdo, outras pessoas passaram<br />

também a contribuir com<br />

conteúdos para a re<strong>de</strong>. Hoje, o<br />

Facebook é um dos maiores produtores<br />

<strong>de</strong> conteúdo do mundo<br />

com quase nada sendo produzido<br />

internamente e por essa<br />

característica tornou-se altamente<br />

rentável, e hoje é uma das<br />

maiores empresas do mundo.<br />

Fica claro então que, antes <strong>de</strong><br />

você cobrar engajamento <strong>de</strong><br />

seus funcionários é a sua própria<br />

organização que precisa começar<br />

a compartilhar conteúdos. E<br />

a melhor maneira <strong>de</strong> fazer isso é<br />

compartilhando os conhecimentos<br />

que já existem na empresa.<br />

Neste artigo vou mostrar como é<br />

possível dar esse pontapé inicial.<br />

34


O valor do<br />

compartilhamento<br />

na empresa<br />

O uso das características das<br />

re<strong>de</strong>s sociais <strong>de</strong>ntro das organizações<br />

para conhecer melhor os<br />

colaboradores tem sido cada vez<br />

mais frequente entre as empresas<br />

que reconhecem a importância<br />

do engajamento interno para<br />

melhoria nos resultados. Outra<br />

possibilida<strong>de</strong> que sua empresa<br />

também precisa atentar-se<br />

agora mesmo é o compartilhamento<br />

<strong>de</strong> conhecimento através<br />

das re<strong>de</strong>s.<br />

Mas o compartilhamento só é<br />

vantajoso quando agrega <strong>de</strong>-<br />

sempenho, resultados e valor<br />

tanto para o indivíduo quanto<br />

para a organização. como você<br />

po<strong>de</strong> ver no esquema a seguir.<br />

Insumos Elementos Desempenho<br />

Valor para o<br />

indivíduo<br />

Demandas do<br />

contexto<br />

organizacional,<br />

social ou<br />

econômico<br />

Conhecimentos<br />

Habilida<strong>de</strong>s<br />

Atitu<strong>de</strong>s<br />

Comportamentos<br />

Resultados<br />

Valor para a<br />

organização<br />

O compartilhamento <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong>ntro<br />

das organizações também ganha importância<br />

quando se percebe que ele tem o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> diferenciar<br />

sua empresa da concorrência. Para chegar<br />

neste ponto, é necessário fazer a administração<br />

do conhecimento das pessoas <strong>de</strong>ntro da organização,<br />

para que seja possível gerar algo com isso.<br />

Competência = Conhecimento (saber) +<br />

Habilida<strong>de</strong>/Know how (saber como fazer) +<br />

Atitu<strong>de</strong> (querer fazer)<br />

Naturalmente, há variações no conceito <strong>de</strong> competência, mas este<br />

ainda é um dos mais aceitos.<br />

Quando uma organização enten<strong>de</strong> que o conhecimento<br />

é a base <strong>de</strong> formação das competências<br />

da empresa, ficará ainda mais clara a sua importância.<br />

Para ilustrar esse conceito po<strong>de</strong>mos usar<br />

a formula:<br />

35


<strong>Cultura</strong> do<br />

compartilhamento<br />

Para iniciar uma cultura <strong>de</strong> compartilhamento<br />

<strong>de</strong>ntro da empresa,<br />

é necessário que ela i<strong>de</strong>ntifique<br />

a sua ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor. Por<br />

ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor enten<strong>de</strong>mos o<br />

conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sempenhado<br />

por uma organização (empresa),<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> suas relações com<br />

fornecedores e ciclos <strong>de</strong> produção<br />

e <strong>de</strong> venda, até a fase <strong>de</strong> distribuição<br />

final <strong>de</strong> seu produto ou<br />

serviço.<br />

Esse conceito foi introduzido por<br />

Michael Porter em meados <strong>de</strong><br />

1985 e ressalta a importância da<br />

participação <strong>de</strong> diversos atores<br />

nessa ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor, sejam eles<br />

funcionários da empresa, parceiros<br />

<strong>de</strong> negócio, fornecedores,<br />

clientes etc. Ao i<strong>de</strong>ntificar a ca<strong>de</strong>ia,<br />

fica mais fácil agregar valor,<br />

transformado conhecimento em<br />

competência, através <strong>de</strong> compartilhamento.<br />

Para isso, é necessário<br />

estabelecer uma cultura <strong>de</strong><br />

compartilhamento <strong>de</strong> conhecimentos<br />

<strong>de</strong> forma organizada e<br />

<strong>de</strong>finir o que <strong>de</strong>ve ser compartilhado<br />

com a ca<strong>de</strong>ia.<br />

Essa <strong>de</strong>finição é relevante, pois<br />

imagine se a sua empresa estivesse<br />

preocupada em administrar,<br />

e, principalmente, compartilhar<br />

todo e qualquer conhecimento<br />

que está na cabeça das pessoas?<br />

Por exemplo, a forma como é feito<br />

o cafezinho é um conhecimento<br />

da sua empresa, mas será ele<br />

relevante o suficiente para receber<br />

tamanha atenção?<br />

Para chegar a uma resposta não<br />

é muito difícil: basta dizer que os<br />

conhecimentos que merecem ser<br />

compartilhados são todos aqueles<br />

que vão formar as competências<br />

essenciais, críticas ou seguindo<br />

o termo em inglês as core<br />

competences da sua empresa.<br />

36


O que são competências<br />

críticas e como<br />

reconhecê-las?<br />

As competências críticas são as que geram efetivos diferenciais<br />

competitivos para o mercado, ou seja, aquelas que diferenciam a<br />

sua empresa dos seus concorrentes diretos e indiretos. O reconhecimento<br />

<strong>de</strong> tais competências começa pela análise das <strong>de</strong>mandas<br />

do contexto organizacional, social e econômico:<br />

1. O que a empresa precisa saber: qual conhecimento precisa ser<br />

adquirido, <strong>de</strong>senvolvido, compartilhado e protegido.<br />

2. O que a empresa precisa saber como fazer: i<strong>de</strong>ntificar as habilida<strong>de</strong>s<br />

(know how) essenciais envolvidas nos seus processos.<br />

3. O que a empresa precisa querer fazer: estimular o comportamento<br />

das pessoas que fazem parte da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor para que<br />

se atinja os resultados planejados e esperados.<br />

Dito isso, parece ficar mais claro que <strong>de</strong>vemos nos ater àqueles conhecimentos<br />

que dão base às competências críticas da empresa (organização),<br />

e que, por fim, <strong>de</strong>vem ajudá-la a gerar e manter seus diferenciais<br />

competitivos no mercado.<br />

37


Como compartilhar<br />

conhecimento <strong>de</strong> forma<br />

organizada<br />

Hoje, temos à disposição da<br />

maior parte das nossas empresas<br />

aparato tecnológico suficiente<br />

para que possam organizar o<br />

processo <strong>de</strong> compartilhamento<br />

dos conhecimentos relevantes<br />

da empresa. Vejamos um exemplo<br />

para facilitar o entendimento<br />

<strong>de</strong>sta questão.<br />

João é diretor comercial <strong>de</strong> uma<br />

empresa multinacional com filiais<br />

espalhada por todo o mundo.<br />

No Brasil, a empresa <strong>de</strong> João<br />

tem a sua matriz em Salvador,<br />

na Bahia, enquanto que a se<strong>de</strong><br />

da empresa fica nos Estados<br />

Unidos. Ocorre que João e sua<br />

equipe precisa ter acesso a informações<br />

(conhecimento) muito<br />

importantes para po<strong>de</strong>r realizar<br />

seu trabalho <strong>de</strong> forma eficiente,<br />

tais como:<br />

1. Funcionamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado<br />

equipamento.<br />

2. Diferenciais que os equipamentos<br />

<strong>de</strong>sta marca têm<br />

perante seus concorrentes.<br />

3. O que <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>stacado<br />

no momento <strong>de</strong> abordar<br />

uma possível cliente.<br />

Não seria melhor que João nem<br />

precisem sair <strong>de</strong> Salvador para<br />

ter acesso a este tipo <strong>de</strong> conhecimento?<br />

A maneira como a multinacional<br />

po<strong>de</strong>ria resolver esse<br />

problema é simples: adotando<br />

uma ferramenta que permitisse<br />

que todos os funcionários, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> sua localização<br />

geográfica, compartilhassem<br />

conhecimento <strong>de</strong> forma organizada,<br />

segura e ágil com quem<br />

consi<strong>de</strong>rassem essencial.<br />

Com esse exemplo, mesmo que<br />

a sua empresa não seja uma multinacional,<br />

você <strong>de</strong>ve ter se dado<br />

conta que, <strong>de</strong> alguma forma, é<br />

relevante compartilhar o seu conhecimento<br />

empresarial, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que seja <strong>de</strong> forma organizada,<br />

segura e ágil, não é verda<strong>de</strong>?<br />

Para isso, é importante que você<br />

pense estrategicamente a comunicação<br />

interna na empresa<br />

e parta para a escolha da ferramenta<br />

que melhor supra as<br />

necessida<strong>de</strong> das organização.<br />

Analise a tecnologia que hoje<br />

está disponível no mercado e<br />

também quais são os ajustes no<br />

processo <strong>de</strong> administração do<br />

conhecimento da sua empresa<br />

que precisam ser feitos para que<br />

isso flua <strong>de</strong> forma natural na sua<br />

ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor.<br />

Com estas reflexões você será<br />

capaz <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r melhor<br />

a importância <strong>de</strong> compartilhar<br />

o seu conhecimento, para não<br />

<strong>de</strong>ixar que ele “morra” na sua<br />

empresa ou mesmo em algum<br />

<strong>de</strong>partamento, não agregando<br />

valor algum para você, para sua<br />

empresa e para o mercado.<br />

*Amante do conhecimento, especialista em educação corporativa, e-learning e gestão<br />

das competências críticas. CEO da Conducere Desenvolvimento Corporativo<br />

38


Plataforma <strong>de</strong> <strong>Comunicação</strong> <strong>Interna</strong><br />

Simplifique<br />

Torne mais eficaz a comunicação<br />

da sua empresa.<br />

Peça sua<br />

<strong>de</strong>mostração<br />

39

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