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ATUALIDADE Visão Zero Acidentes, da Continental<br />
TÉCNICA Jantes para veículos<br />
Ano VIII - 5 euros - revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
N.º <strong>40</strong><br />
Out. ‘16<br />
Qualidade<br />
.<br />
Ford Ranger 2.2 TDCi 4x4 Limited<br />
Robustez, eficácia e tecnologia<br />
associada a uma imagem de lazer<br />
REDES DE OFICINAS<br />
ENTREVISTA<br />
Ralf Hämmerling<br />
O homem-forte das marcas<br />
ATHOS, TALAS e SÄMM<br />
MERCADO<br />
Da<strong>dos</strong> do Europool<br />
Análise até ao terceiro<br />
trimestre de 2016<br />
Pressão alta<br />
A voz Eurotyre_interstate.pdf <strong>dos</strong> players 1 11/10/16 Tendências 10:08 do mercado Concorrência ao rubro<br />
Importador Exclusivo<br />
PUB<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
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Editorial<br />
DIRETOR<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
Redação<br />
Bruno Castanheira<br />
bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />
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Diretor comercial<br />
Mário Carmo<br />
mario.carmo@apcomunicacao.com<br />
Gestores de clientes<br />
Paulo Franco<br />
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Rodolfo Faustino<br />
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Arte<br />
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e contabilidade<br />
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Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />
interdita a utilização ou a reprodução desta<br />
publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />
autorização prévia e por escrito da REVISTA<br />
DOS PNEUS<br />
IMPRESSÃO<br />
FIG, Indústrias Gráficas, S.A.<br />
Rua Adriano Lucas - 3020 - 265 Coimbra / Tel.:<br />
239 499 922 N.º de Registo no ERC: 124.782<br />
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TIRAGEM<br />
5.000 exemplares<br />
AP COMUNICAÇÃO<br />
Propriedade:<br />
João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />
Sede:<br />
Bela Vista Office, sala 2-29<br />
Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66a<br />
2735 - 336 Cacém - Portugal<br />
Tel.: +351 219 288 052/4<br />
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Email: geral@apcomunicacao.com<br />
GPS: 38º45’51.12”n - 9º18’22.61”w<br />
Acesso ao futuro<br />
O conceito de rede organizada não é novo nem atual.<br />
Mas ganhou, na última década, um importante fôlego, por<br />
via da chegada a Portugal de novas ideias, provenientes<br />
de países que, nesta matéria, já estão alguns anos à frente,<br />
nomeadamente na área <strong>dos</strong> pneus<br />
Tem sido constante e regular o crescimento<br />
e o aparecimento de mais<br />
estruturas organizadas em rede, embora<br />
com conceitos distintos. O mais tradicional<br />
e mais implementado, nas redes organizadas,<br />
é o de oficina multimarca, agora<br />
tecnicamente muito mais apetrechada e<br />
que, na maioria <strong>dos</strong> casos, reúne oficinas independentes<br />
que se quiseram especializar<br />
(mesmo a nível da gestão) “debaixo” de uma<br />
determinada imagem.<br />
Poucas são as estruturas que se mantêm fiéis ao<br />
conceito original de “Serviços Rápi<strong>dos</strong>”, mas outras<br />
apostaram em fazer todo o tipo de serviços.<br />
Já os “Auto Centros”, juntam o conceito oficinal<br />
a uma loja de venda de artigos para automóvel,<br />
sendo que algumas destas estruturas evoluíram<br />
de antigas redes de casas de pneus.<br />
Mas existem muitos outros conceitos de rede<br />
organizada. De um modo geral, to<strong>dos</strong> se pretendem<br />
posicionar face ao cliente como alternativas<br />
credíveis, quer às oficinas independentes quer<br />
mesmo às oficinas das marcas, embora o facto<br />
de se pertencer a uma rede organizada não seja,<br />
por si só, garantia de sucesso ou diferenciação.<br />
O que é certo é que as redes oficinais estão em<br />
crescimento, a oferta é cada vez maior e cada vez<br />
mais diversificada, o que permite ao cliente ter<br />
mais escolha. A crise económica e financeira que<br />
o país atravessou nos últimos anos influenciou<br />
positivamente o crescimento deste conceito,<br />
que tem no mercado nacional um potencial de<br />
expansão, alicerçado quer no dinamismo das<br />
marcas, quer nos bons resulta<strong>dos</strong> que os agentes<br />
liga<strong>dos</strong> em rede apresentam.<br />
O acesso a informação técnica e de mercado, a<br />
capacidade de negociação, o marketing e a es-<br />
pecialização de determinado tipo de serviços,<br />
como a montagem de pneus e o alinhamento de<br />
direções, tornam este canal numa aposta ganhadora,<br />
sobretudo porque tem sabido adaptar as<br />
vantagens da oferta independente às necessidades<br />
do mercado.<br />
As necessidades de acesso a informação técnica<br />
e metodologias de gestão que tornem as oficinas<br />
tradicionais mais competitivas, implica a<br />
necessidade de estas estarem apoiadas em parceiros<br />
fortes que a ajudem a pensar, estrategicamente,<br />
o presente e o futuro do negócio.<br />
A integração numa rede permite à oficina dotar-<br />
-se de um conjunto de ferramentas de consultoria<br />
de vendas e marketing fundamentais para<br />
a expansão e rentabilidade do negócio. Assim<br />
como para a viabilidade financeira do mesmo.<br />
As vantagens competitivas da integração numa<br />
rede são inúmeras, sendo a aquisição de conhecimentos<br />
e competências uma das mais importantes,<br />
porque só mantendo-se atualizada é que<br />
a oficina consegue dar resposta às necessidades<br />
<strong>dos</strong> veículos mais modernos e, também, <strong>dos</strong><br />
novos clientes, com hábitos de consumo muito<br />
diferentes e cada vez mais exigentes.<br />
Nesta edição, fique a saber o que pensam os<br />
responsáveis de algumas das principais redes<br />
de oficinas sobre as tendências do conceito e<br />
conheça a listagem de toda a oferta disponível<br />
no mercado nacional que a redes organizadas<br />
diz respeito.<br />
João Vieira<br />
Diretor<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03
Produto estrela<br />
Galaxy Yardmaster SDS<br />
Duro de roer<br />
Para tarefas exigentes, um pneu duro de roer. Desenvolvido para empilhadores<br />
e veículos de transporte de contentores, o Galaxy Yardmaster SDS anuncia eleva<strong>dos</strong><br />
níveis de fiabilidade e estabilidade, proteção contra furos, grande longevidade<br />
e conforto de utilização<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Propriedade do ATG (Alliance Tire<br />
Group), que dispõe de quase seis<br />
décadas de experiência, tendo-se<br />
especializado no desenho, desenvolvimento<br />
e fabrico de pneus agropecuários, florestais,<br />
para o setor da construção, industriais<br />
e de movimentação de terras, a marca Galaxy<br />
lançou no mercado o modelo Yardmaster SDS<br />
(abreviatura de Severe Duty Solid).<br />
Projetado para trabalhos de armazenamento<br />
e cargas/descargas de to<strong>dos</strong> os tipos, bem<br />
como para operações em portos e estaleiros<br />
navais, este pneu está preparado para lidar<br />
com adversidades. Em superfícies de betão<br />
lisas que exijam a máxima estabilidade, em<br />
superfícies de cimento danificadas ou ainda<br />
em superfícies pavimentadas que combinem<br />
rampas de carga metálicas que pressuponham<br />
excelente aderência. Sem esquecer, claro, as<br />
superfícies asfaltadas abrasivas nem os corredores<br />
estreitos <strong>dos</strong> armazéns, que põem à<br />
prova as paredes laterais <strong>dos</strong> pneus.<br />
Tratando-se de um SDS, o Yardmaster elimina,<br />
praticamente, a possibilidade de paragem da<br />
máquina devido a um furo, o que contribui,<br />
decisivamente, para maximizar os perío<strong>dos</strong><br />
de atividade. O seu perfil proporciona uma capacidade<br />
de carga lateral elevada, bem como<br />
níveis de estabilidade e tração otimiza<strong>dos</strong>.<br />
Já o piso da banda de rolamento, assegura<br />
um desgaste uniforme em superfícies duras,<br />
dispondo de um design em bloco industrial<br />
de grandes dimensões com reforços que<br />
aumentam tanto a vida útil do pneu como a<br />
aderência. Tudo isto enquanto a zona central<br />
robusta do piso estabiliza os tacos em condições<br />
de trabalho extremas. Por seu turno, o<br />
composto, que dispõe de uma fórmula melhorada,<br />
garante maior resistência a cortes,<br />
fragmentações e desgastes.<br />
Já disponível no mercado, o Galaxy Yardmaster<br />
SDS vem enriquecer a gama de pneus do<br />
ATG para empilhadores e veículos de transporte<br />
de contentores de pequena e média<br />
tonelagens (1 a 5,5 toneladas).♦<br />
04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 05
Equipamento do mês<br />
Cormach Touch MEC 1000<br />
Eficácia na ponta <strong>dos</strong> de<strong>dos</strong><br />
Comercializada pela Tecniverca, a Touch MEC 1000 é a nova máquina<br />
de calibrar da Cormach. O seu ecrã tátil de 21” permite uma leitura rápida<br />
<strong>dos</strong> valores, bem como a integração de um acelerómetro interior para aquisição<br />
automática <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> da roda<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
A<br />
marca italiana Cormach (cujo nome resulta da conjugação Automático Alumínio, a iluminação de LED, o travão eletromagnético<br />
das palavras Correggio Machinery) inclui no seu catálogo com pesquisa de localização para aplicar peso e o indicador laser<br />
de produtos uma nova máquina de calibrar, que dispõe de colocação de peso. Além de rodas para veículos ligeiros, a nova<br />
de um interface intuitivo e de fácil utilização. Responde Touch MEC 1000 pode receber rodas de motos e de veículos todopelo<br />
nome de Touch MEC 1000 e é comercializada pela Tecniverca,<br />
empresa sediada na Moita, especialista em equipamentos e ferramentas<br />
para oficinas.<br />
-o-terreno. As atualizações de software fazem-se através de ligação<br />
USB. A nova máquina de calibrar da Cormach é comercializada com<br />
diversos acessórios incluí<strong>dos</strong>. ♦<br />
Equipada com um ecrã tátil de 21”, a nova máquina de calibrar da<br />
Cormach permite uma leitura rápida <strong>dos</strong> valores, bem como a integração<br />
de um acelerómetro interior para aquisição automática CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS<br />
<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> da roda. Para facilitar o posicionamento <strong>dos</strong> pesos, conta<br />
Peso máximo da roda<br />
80 kg<br />
com um travão eletromagnético que posiciona a roda na localização<br />
Diâmetro máximo da roda<br />
1.120 mm<br />
correta, onde um indicador laser faz com que o peso fique colocado Largura da jante<br />
590 mm<br />
com precisão. Já a iluminação de LED que integra, permite uma boa Diâmetro máximo da jante 9,5” a 28”<br />
visibilidade da área de trabalho durante todo o serviço. A Touch MEC<br />
1000 está apta a operar com jantes de 9,5” a 28”.<br />
Do seu leque de características, algumas delas já enumeradas anteriormente,<br />
destacam-se o monitor de 21” industrial e resistente, a<br />
aquisição automática de da<strong>dos</strong> com acelerómetro (trata-se de um<br />
novo sistema, mais rápido, que dispensa manutenção), o Programa<br />
Alimentação<br />
RPM<br />
Precisão de equilíbrio<br />
Tempo de medição<br />
Peso<br />
Comprimento/largura/altura (mm)<br />
100/230V 50/60Hz 1 ph<br />
1<strong>40</strong><br />
1 gr<br />
5,5 seg.<br />
152 kg<br />
1.580/900/1.360<br />
06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 07
Destaque<br />
Redes de oficinas<br />
Alta pressão<br />
Nas redes de oficinas, a ordem é para diversificar. Quem se dedicava, em exclusivo,<br />
aos pneus, começa a aderir aos serviços rápi<strong>dos</strong>. E vice-versa. O mercado disputa-se<br />
ao milímetro e a pressão está alta<br />
Por: Jorge Flores<br />
As redes de oficinas especializadas<br />
em pneus são um fenómeno em<br />
franca expansão no nosso país.<br />
Nunca a oferta foi tão profissional<br />
e diversificada, num mercado que continua<br />
a apresentar tendências de crescimento, à<br />
semelhança do que se tem verificado nos<br />
últimos anos.<br />
Em nome da rentabilidade, muitas destas casas<br />
têm alargado a sua atividade a serviços<br />
rápi<strong>dos</strong> de mecânica. E o contrário também<br />
é verdade. Muitos grupos de oficinas tradicionalmente<br />
liga<strong>dos</strong> à mecânica geral, têm<br />
abraçado o negócio <strong>dos</strong> pneus dentro das<br />
suas redes. O setor está ao rubro, de resto.<br />
As redes contactadas pela <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />
para este trabalho, esperam encerrar o ano de<br />
2016 com um saldo positivo. E a pressão é alta.<br />
08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
©APComunicação<br />
rente o alinhamento e, nesta tecnologia, existe<br />
uma evolução que a curto prazo irá alterar os<br />
méto<strong>dos</strong> de trabalho do canal tradicional de<br />
serviço de pneus”, afirma.<br />
Segundo Rui Damas, “os profissionais da rede<br />
são alvo de um programa de formação técnico<br />
constante e dispõem de uma linha de<br />
apoio, que lhes garante o acesso a da<strong>dos</strong> <strong>dos</strong><br />
fabricantes, para efetuarem todo o tipo de<br />
operações de reparação e manutenção em<br />
veículos, desde o primeiro quilómetro”. As<br />
oficinas da rede garantem to<strong>dos</strong> os serviços<br />
de manutenção e reparação automóvel na<br />
área de mecânica. Além disso, a rede “está<br />
munida de equipamentos de diagnóstico da<br />
última geração, para diagnosticar e reparar os<br />
complexos sistemas que equipam os veículos<br />
modernos”, garante.<br />
Rui Damas realça ainda o facto de todas as<br />
casas da rede estarem certificadas para trabalhar<br />
sistemas de ar condicionado de veículos e<br />
para executar operações de manutenção em<br />
w A OFICINA, PARA TODOS...<br />
Criada em 2006, a rede A Oficina é um conceito<br />
da Create Business, que integra uma<br />
série de serviços auto. O de pneus é uma<br />
das grandes novidades na rede. Mas já é imprescindível<br />
para a atividade. “O aumento <strong>dos</strong><br />
serviços disponibiliza<strong>dos</strong> por uma oficina é<br />
fundamental para o seu crescimento sustentado.<br />
O pneu torna-se, assim, fundamental<br />
para o crescimento da rede”, explica Rui Damas,<br />
responsável d’A Oficina. “No passado, o<br />
mercado permitia ter serviços especializa<strong>dos</strong><br />
em determinadas áreas. Hoje, a realidade é<br />
diferente. Por questões de mobilidade e proximidade,<br />
as oficinas têm de disponibilizar o<br />
maior número de serviços aos seus clientes.<br />
Além disso, no negócio <strong>dos</strong> pneus está inede<br />
recursos eficaz, pois é a única via para que<br />
as oficinas se tornem mais competitivas. A<br />
obtenção de profissionais qualifica<strong>dos</strong> é, sem<br />
dúvida, o maior desafio que a rede enfrenta”,<br />
destaca.<br />
w ACC: SERVIÇOS ALARGADOS<br />
A rede ACC (Auto Check Center), por sua vez,<br />
foi criada em 2013. Trata-se de uma marca do<br />
Grupo ATR International AG, presente em seis<br />
países da Europa, e que foi desenvolvida em<br />
Portugal, através (também) da Create Business.<br />
Rui Damas, diretor técnico e de formação<br />
também desta rede, traça os objetivos da ACC,<br />
em particular. “Potenciar a credibilidade, visibilidade<br />
e as vantagens competitivas das oficinas<br />
aderentes perante o cliente final, através<br />
de uma imagem uniformizada que transmite<br />
qualidade e transparência”, explica. O negócio<br />
<strong>dos</strong> pneus assume particular relevância para<br />
a Auto Check Center. Para mais, a “eletrónica,<br />
presente nos modernos sistemas de controlo<br />
modelos híbri<strong>dos</strong>. Com 10 anos de atividade,<br />
a rede conta com 74 casas aderentes e espera<br />
chegar às 85 até final de 2016.<br />
A expectativa de crescimento para este ano,<br />
de resto, é de “12%”, de acordo com Rui Damas.<br />
O responsável reconhece, no entanto,<br />
a existência de vários desafios pela frente. “A<br />
evolução tecnológica <strong>dos</strong> veículos e a maior<br />
exigência e conhecimento do cliente final,<br />
são desafios constantes para rede”, afirma.<br />
Paralelamente, “e num mercado cada vez mais<br />
agressivo, é necessário garantir uma gestão<br />
de direção e chassis, obriga a competências<br />
e a conhecimento”, razão pela qual, “as oficinas<br />
que dominam a eletrónica e diagnóstico<br />
terão maior facilidade em obtê-las”, adianta.<br />
Por outras palavras, as “nossas redes estão na<br />
linha da frente no domínio da tecnologia do<br />
diagnóstico. Por isso, reforçamos a importância<br />
deste negócio junto das nossas redes”. No<br />
presente, a rede Auto Check Center dispõe<br />
de 52 casas aderentes e espera alcançar as<br />
65 até final de 2016.<br />
Rui Damas estima que o volume de negócio<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09
Destaque<br />
Redes de oficinas<br />
cia” se mantiver até final deste ano, o volume<br />
de negócios superará o de 2015.<br />
w EUROMASTER: ESPECIALISTA DE RAIZ<br />
Presente em Portugal desde 2012, a Euromaster<br />
foi criada em 1991 para dar nome e corpo<br />
às redes do Grupo Michelin. Atualmente, tem<br />
braços em 17 países europeus. “O nosso modelo<br />
de negócio é baseado na oferta de soluções<br />
de pneus e manutenção de veículos para<br />
clientes particulares e profissionais, em toda<br />
a Europa”, adianta Miguel Santos. Trata-se de<br />
um “modelo de centro de serviço, adaptado<br />
à nova realidade e às novas necessidades do<br />
mercado, onde a experiência e a satisfação do<br />
cliente são pontos-chave”, acrescenta.<br />
O responsável da rede no nosso país, destaca<br />
três valores fundamentais para o grupo na<br />
sua atividade diária: “Profissionalismo, apoio<br />
ao cliente e honestidade”. Tudo para gerar<br />
“confiança”, sem a qual, nada funciona. São<br />
dois os formatos da Euromaster. “Centros<br />
de veículos ligeiros, localiza<strong>dos</strong> em centros<br />
urbanos, que asseguram a proximidade e o<br />
do volume de negócios de cada oficina, dependendo<br />
da realidade de cada parceiro”,<br />
assegura. “Por ter um perfil que depende<br />
tanto do negócio associado aos pneus, é<br />
que se torna importante e muito benéfico<br />
associar-se a uma rede liderada por um <strong>dos</strong><br />
principais distribuidores de pneus da Península<br />
Ibérica”, acrescenta o responsável à<br />
<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />
Os serviços “variam em função da realidade<br />
de cada associado”, enfatiza o responsável da<br />
rede no nosso país, mas as áreas que mais se<br />
destacam são as da mecânica rápida, pneus,<br />
equilibragem de pneus, troca de óleo e filtros,<br />
amortecedores, pastilhas de travão e jantes.<br />
Para o responsável, “pertencer à rede Center’s<br />
Auto implica adquirir mais força como oficina,<br />
ter uma imagem mais cuidada, pertencer<br />
a um grupo sólido, com a experiência<br />
e a vantagem de ter, por trás, mais de 1<strong>40</strong><br />
oficinas em Espanha também. Além disso,<br />
permite vender pneus a preços mais competitivos<br />
e com condições mais favoráveis do<br />
que se estivesse fora do grupo, ter apoio de<br />
marketing no desenvolvimento de campanhas<br />
e ações promocionais para os clientes<br />
finais, obter brindes e preços vantajosos”.<br />
No presente, são 34 os associa<strong>dos</strong>, “número<br />
que supera o objetivo previsto para 2016”,<br />
garante. “Em 2017, gostaríamos de chegar<br />
aos 45”, conclui, crente de que, se a “tendênda<br />
rede, este ano, cresça “cerca de 13%” em<br />
relação a 2015. E acredita que a rede está preparada<br />
para o futuro, nomeadamente, no que<br />
respeita a questões de telemática, veículos<br />
conecta<strong>dos</strong> e mobilidade partilhada. “Apesar<br />
da legislação ainda não estar clara, é já uma<br />
realidade. Hoje, os concessionários podem<br />
ter acesso, antes de qualquer outra oficina,<br />
às necessidades de reparação e manutenção<br />
<strong>dos</strong> veículos. É evidente que as redes têm<br />
de investir no desenvolvimento de soluções<br />
que lhes permita aceder a essa informação.<br />
Mais uma vez, e através da estreita ligação<br />
aos fabricantes, já estamos a trabalhar em<br />
soluções para este novo desafio!”, sublinha<br />
o responsável.<br />
w CENTER’S AUTO: FORÇA IBÉRICA<br />
A Center’s Auto também “atacou” o mercado<br />
nacional em 2013. E logo com 15 oficinas.<br />
Segundo Ricardo Moll, existe uma filosofia<br />
comum a todas as casas aderentes. “Tiresur<br />
como distribuidor principal”, dado que lhes<br />
“oferece cobertura em to<strong>dos</strong> os âmbitos do<br />
seu negócio (apoio promocional, marcas de<br />
pneus exclusivas, formação, condições preferenciais,<br />
imagem corporativa, ferramentas<br />
de trabalho, programa de fidelização e<br />
viagem de incentivo)”, realça o diretor de<br />
comunicação. Para a Center’s Auto, a venda<br />
de pneus “pode representar entre 50% a 90%<br />
serviço aos clientes particulares e às frotas de<br />
ligeiros; centros mistos de veículos ligeiros e<br />
industriais: habitualmente situa<strong>dos</strong>, estrategicamente,<br />
no raio exterior das povoações,<br />
em zonas industriais ou áreas de influência<br />
<strong>dos</strong> eixos rodoviários”, esclarece.<br />
Em solo nacional, a rede Euromaster é composta<br />
por 68 oficinas, todas em regime de<br />
franchising. Na Europa, o número ascende<br />
a 2.275 postos, <strong>dos</strong> quais 62% são centros<br />
próprios e 38% são franquia<strong>dos</strong>. “Temos um<br />
plano de expansão, traçado até 2019, com<br />
vista a melhorar a cobertura geográfica no<br />
10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
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easypneus<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11
Destaque<br />
Redes de oficinas<br />
nosso país e no resto da Europa, com o qual<br />
reafirmaremos a nossa liderança”, reforça.<br />
Para Miguel Santos, as vantagens de aderir<br />
a uma rede como a Euromaster são muitas.<br />
“Todas aquelas que, de forma individual,<br />
uma oficina não conseguiria ter ou teria de<br />
despender muito mais esforço e tempo para<br />
tê-las. No nosso caso, as vantagens são sentidas<br />
a montante e a jusante. A montante,<br />
referimo-nos a economias de escala ao nível<br />
das compras, ao acesso a tecnologia, à formação<br />
e informação, à partilha de recursos<br />
(departamentos que trabalham para a rede,<br />
como obras, jurídico, marketing...). A jusante,<br />
as vantagens de atuar em rede no mercado e<br />
sob as mesmas cores são notórias na comunicação,<br />
na captação de clientes (individuais e<br />
coletivos), no profissionalismo e atendimento<br />
ao cliente, no desenvolvimento de ofertas<br />
diferenciadoras e na presença na Internet”,<br />
afirma. A Euromaster é uma rede de centros<br />
originalmente especialista em pneus. E estes<br />
são o “coração do negócio”. No entanto, “devo<br />
realçar que a faturação de serviços de manutenção<br />
tem crescido consideravelmente e, em<br />
alguns centros Euromaster, chega mesmo a<br />
representar 50% do volume de faturação”,<br />
assegura Miguel Santos.<br />
Prova do bom desempenho da rede em<br />
Portugal é a convicção de que, este ano, A<br />
Euromaster “apresentará um aumento de<br />
faturação em relação a 2015, alicerçado no<br />
crescimento das vendas de pneus e na ampliação<br />
<strong>dos</strong> serviços de mecânica”.<br />
w MEGAMUNDI: UNIFORMIZAR O CONCEITO<br />
A MEGAMundi foi criada em 1997. Trata-se de<br />
uma rede de alicerces sóli<strong>dos</strong> e antigos em<br />
Portugal. Segundo o seu diretor financeiro,<br />
Jorge Correia, o conceito da rede “visa uma<br />
uniformização da imagem de serviços e preços”.<br />
Os serviços presta<strong>dos</strong> pelos centros aderentes<br />
passam, sobretudo, pelos serviços dedica<strong>dos</strong><br />
à “montagem de pneus (alinhamento,<br />
equilíbrio, montagem e desmontagem) e<br />
serviços rápi<strong>dos</strong>”, salienta o responsável da<br />
MEGAMundi, rede que conta, atualmente,<br />
com 35 centros, <strong>dos</strong> quais três aderiram durante<br />
este ano de 2016.<br />
Que benefícios colhe uma oficina multimarca<br />
ao aderir à MEGAMundi? “Como rede independente<br />
que somos, esta será uma das mais-<br />
-valias, uma vez que não fica fidelizado a uma<br />
marca”, sustenta Jorge Correia à nossa revista.<br />
Na atividade da rede, o pneu “continua a ser o<br />
principal negócio”, afirma. De forma complementar,<br />
a grande maioria da rede integra já<br />
serviços rápi<strong>dos</strong>, “tendo como principal objetivo<br />
a oferta de um maior numero de serviços”,<br />
diz. Na opinião de Jorge Correia, os grandes<br />
desafios da rede são simples e passam pela<br />
manutenção do “número atual de aderentes”.<br />
E, “se possível aumentar”, remata.<br />
As expectativas de volume de negócio para<br />
este ano afinam pelo mesmo diapasão.<br />
“Manter e, se possível, aumentar. Embora<br />
tenhamos subido o número de aderentes,<br />
isto não é sinónimo de aumento, uma vez<br />
que procuramos sempre melhores preços,<br />
12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
como central de compras que somos”, afirma o<br />
diretor financeiro da MEGAMundi, garantindo<br />
ainda que a rede está “atenta” às evoluções<br />
do mercado. “Vamos ser pacientes e estar<br />
prepara<strong>dos</strong>”, conclui Jorge Correia.<br />
w NORAUTO: 200 SERVIÇOS POR OFICINA<br />
Em Portugal desde 1996, as origens da Norauto<br />
são bem mais profundas, dado que a<br />
rede nasceu em França, nos i<strong>dos</strong> de 1970. “Um<br />
grupo líder no seu setor, com mais de <strong>40</strong> anos<br />
de experiência, com uma visão totalmente<br />
orientada para o cliente, que representa uma<br />
verdadeira alternativa aos concessionários”.<br />
Assim define Miguel Costa, diretor de compras<br />
e marketing da Norauto. Trata-se de um<br />
conceito através do qual uma oficina consegue<br />
disponibilizar cerca de “200 serviços para<br />
todas as marcas e modelos de automóveis,<br />
tendo agregada uma loja livre-serviço. É uma<br />
insígnia percursora das evoluções do mercado”,<br />
sublinha. Exemplos? <strong>Pneus</strong>, revisão,<br />
travagem, correia de distribuição, embraiagem,<br />
climatização, amortecedores, escapes,<br />
som, multimédia, navegação, alarmes, conec-<br />
tividade automóvel (box Norauto Connect),<br />
engates, iluminação, baterias, velas e diagnósticos<br />
diversos, entre muitos, muitos outros.<br />
To<strong>dos</strong> os centros da Norauto Portugal são sucursais.<br />
“Não constituímos a nossa rede através<br />
da adesão de oficinas independentes, contratos<br />
de franchising ou algo similar. Atualmente,<br />
temos 24 centros auto, um Norauto Shop e<br />
duas oficinas móveis”, adianta o responsável.<br />
Em 2016, tivemos a abertura de três centros<br />
auto (Alverca, Sacavém e Amadora, este último<br />
no centro comercial Dolce Vita Tejo). É possível<br />
que ocorram duas novas aberturas até final de<br />
2016. Representa um investimento superior a<br />
três milhões de euros, com fun<strong>dos</strong> próprios da<br />
Norauto Portugal, e ultrapassaremos a fasquia<br />
<strong>dos</strong> 600 colaboradores”, acrescenta o diretor<br />
de compras e marketing.<br />
A Norauto é uma rede muito focada no serviço<br />
ao cliente. Como tal, o grande desafio,<br />
permanente, “é ser a primeira escolha do automobilista<br />
para a manutenção e reparação<br />
do seu automóvel, na zona de influência <strong>dos</strong><br />
nossos centros. Os planos de ação são feitos<br />
com base nesta premissa”, diz. O ano de 2016<br />
será um <strong>dos</strong> melhores em termos de crescimento<br />
“like for like. Mesmo número de centros<br />
com um ano de atividade, comparáveis ao<br />
ano anterior”, refere Miguel Costa.<br />
w ROADY: MAIORIDADE EM PORTUGAL<br />
A Roady celebra, em 2016, 18 anos de atividade<br />
desde que marca presença em território<br />
PUB<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 13
Destaque<br />
Redes de oficinas<br />
nacional. E pode afirmar-se que já alcançou a<br />
maturidade. “Os centros auto Roady têm uma<br />
oferta de serviços diversos caracteriza<strong>dos</strong> por<br />
serem multimarca, em que a qualidade e a satisfação<br />
<strong>dos</strong> clientes são os elementos-chave”,<br />
afirma Estelle Pereira, responsável da rede. “A<br />
insígnia pertence ao Grupo Os Mosqueteiros,<br />
o que significa que conta com todo o apoio de<br />
uma estrutura organizacional integrada num<br />
Em 2016, prevemos um crescimento de<br />
4,13% e, em evolutivo, de 12,44%.”, revela.<br />
De resto, neste momento, a área <strong>dos</strong> pneus<br />
representa mais de 20% das vendas nas famílias<br />
de produtos Roady”. Atualmente, este<br />
rede do Grupo Os Mosqueteiros conta com 26<br />
aderentes. “Mas temos um ambicioso plano<br />
de expansão, através do qual pretendemos<br />
aumentar o número de centros auto Roady e,<br />
consequentemente, o número de aderentes<br />
para dar resposta às novas aberturas”, conclui<br />
Estelle Pereira.<br />
w SÓPNEUS: QUARTETO FANTÁSTICO<br />
A Sópneus é das mais antigas no mercado.<br />
Data de 1974 o início da atividade da rede na<br />
área da prestação de serviços a pneumáticos.<br />
Desde logo, “foca<strong>dos</strong> na qualidade e eficácia”,<br />
conta Paulo Costa. Para o diretor de comunicação<br />
da Sópneus, os “eixos fundamentais que<br />
orientam a estratégia da rede, bem como a sua<br />
atividade e o seu programa de crescimento,<br />
dispor de um grande número de centros.<br />
Atualmente, tem quatro oficinas no ativo. E<br />
não tem prevista a abertura de nenhuma em<br />
breve. Mas, para o responsável, são várias as<br />
vantagens de pertencer a uma rede como a<br />
Sópneus. “A filosofia da Sópneus tem como<br />
base o foco nas novas necessidades <strong>dos</strong><br />
clientes. Serviço inovador, de excelência e<br />
com altos padrões de qualidade em toda a<br />
sua conjuntura, aplicado a uma grande diversidade<br />
de serviços. As vantagens residem<br />
na qualidade da maquinaria e pessoal especializado<br />
e focado nas necessidades reais do<br />
cliente”, refere. Para mais, “acreditamos que o<br />
conforto total <strong>dos</strong> nossos clientes constitui<br />
um <strong>dos</strong> maiores desafios que temos e, por<br />
isso, todas as nossas lojas incluem uma sala<br />
de espera agradável com televisão, Internet<br />
gratuita, café, jornais e revistas, um espaço<br />
infantil e ainda um escritório privado para que<br />
o cliente possa trabalhar enquanto espera<br />
pela conclusão da intervenção à sua viatura”.<br />
grupo internacional, presente em Portugal,<br />
há quase 25 anos e líder europeu no setor da<br />
distribuição”, refere.<br />
Neste sentido, “à semelhança das restantes<br />
insígnias do grupo, também o modelo de<br />
negócio de Roady é único e original”. Estelle<br />
Pereira explica o motivo. “Cada loja é gerida,<br />
autonomamente, pelo seu aderente/dono,<br />
que reside na localidade onde esta está implantada,<br />
havendo, desta forma, maior proximidade<br />
com os clientes e maior sensibilidade<br />
para com as necessidades deste”. Por sua vez,<br />
esta proximidade permite que sejam “equacionadas<br />
e desenvolvidas soluções adaptadas às<br />
necessidades específicas de cada localidade<br />
e, por conseguinte, o empenho na gestão da<br />
loja é, também, maior”, sublinha.<br />
Os centros Roady agregam duas valências<br />
distintas: a loja e a oficina. “Na loja, é possível<br />
encontrar um diverso portefólio de acessórios<br />
auto, peças e pneus. A oficina, por seu turno,<br />
disponibiliza um vasto leque de serviços,<br />
desde os mais simples, como revisões, alinhamentos<br />
e mudanças de óleo, até aos mais<br />
complexos, como a substituição de amortecedores,<br />
travões e correias de distribuição”, diz.<br />
O objetivo da Roady em Portugal é ambicioso.<br />
“Até 2020, queremos atingir as 60 lojas, o que<br />
significa abrir mais 30. E calculamos investir<br />
20 milhões de euros em todo o processo<br />
(aberturas, desenvolvimento da marca e<br />
publicidade)”.<br />
residem na certeza que segurança automóvel<br />
é uma valia inestimável para o consumidor”.<br />
A rede presta assistência a ligeiros e pesa<strong>dos</strong>:<br />
comércio de pneus e jantes, equilíbrio<br />
de rodas, alinhamento de direção, escapes,<br />
suspensões, gestão de frotas, manutenção<br />
rápida e revisão oficial automóvel. Mas, apesar<br />
de um “cardápio” amplo, os pneus ocupam<br />
perto de “80% do volume de negócio”, afirma<br />
Paulo Costa.<br />
A estratégia da Sópneus não passa por<br />
Paulo Costa prevê, para 2016, uma “estabilização<br />
do volume de negócio”.<br />
w VULCO: PRESENÇA FORTE<br />
A Vulco é uma rede de oficinas com presença<br />
na Europa e África. Atualmente, conta com<br />
2.000 oficinas em ambos os continentes. No<br />
mercado ibérico, a primeira oficina abriu em<br />
1993 e, desde então, “tem crescido rápida e<br />
progressivamente, graças à nossa gestão<br />
moderna, alta qualidade do serviço e ao<br />
14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15
Destaque<br />
Redes de oficinas<br />
nosso compromisso para com os clientes”,<br />
apontam Mário Recio e Rui Neves, diretor da<br />
Vulco Ibéria e responsável da Vulco Portugal,<br />
respetivamente. Trata-se da rede de oficinas<br />
associada à Goodyear Dunlop, um <strong>dos</strong> principais<br />
fabricantes de pneus a nível mundial.<br />
“Como tal, começámos como especialistas em<br />
pneus. Ao longo do tempo, à medida que as<br />
necessidades <strong>dos</strong> consumidores foram mudando,<br />
evoluímos para um modelo em que<br />
a maior parte das nossas oficinas já oferecem<br />
serviços de mecânica rápida e manutenção<br />
capacidade para oferecer às oficinas que se<br />
integrem na rede Vulco muitos benefícios<br />
exclusivos”, enfatizam.<br />
Desde o início, o principal negócio das oficinas<br />
Vulco tem sido o <strong>dos</strong> pneus. “Com o passar<br />
do tempo, o mercado tem evoluído e temos<br />
vindo a diversificar o negócio com outros<br />
serviços relaciona<strong>dos</strong> com mecânica rápida<br />
e serviço de manutenção integral do veículo.<br />
Ainda que os serviços de pneus continuem a<br />
ser a principal linha de negócio das oficinas,<br />
vamos continuar a focar-nos na diversificação,<br />
integral do veículo”, dizem.<br />
Negócio de proximidade, a Vulco deve o seu<br />
sucesso “à atenção personalizada e à proximidade<br />
com o consumidor final. Oferecemos<br />
uma ampla gama de serviços vincula<strong>dos</strong> a diferentes<br />
tipos de veículos, desde automóveis,<br />
carrinhas, motos e até veículos industriais,<br />
passando por camiões e autocarros. E, por<br />
isso, as nossas oficinas estão preparadas para<br />
oferecer um serviço completo no que respeita<br />
a pneus e mecânica rápida”, acrescentam as<br />
mesmas fontes.<br />
No mercado ibérico, a Vulco regista 290 pontos,<br />
com uma forte presença nas principais<br />
cidades de cada país. “Em Portugal, mais<br />
concretamente, estamos no Porto e em Lisboa,<br />
as grandes cidades, mas, também, em<br />
localidades como Póvoa de Varzim, Viana do<br />
Castelo, Viseu e Aveiro, só para citarmos alguns<br />
exemplos. Contamos com <strong>40</strong> oficinas em Portugal<br />
e o nosso objetivo é consolidar a atual<br />
estrutura e crescer nas zonas estratégicas”,<br />
sublinham os responsáveis. Que destacam,<br />
como grande trunfo da rede, o “apoio da Goodyear<br />
Dunlop, um <strong>dos</strong> grandes fabricantes<br />
de pneus a nível mundial”. Como tal, “temos<br />
particularmente nos serviços de mecânica, e<br />
em oferecer ao consumidor um serviço integral”,<br />
acrescentam. Para os responsáveis da<br />
Vulco, 2016 está a “espelhar” a recuperação<br />
da crise. O otimismo é grande. Mas com os<br />
pés bem assentes no chão. “Ainda estamos<br />
longe de alcançar os níveis anteriores à crise.<br />
Não obstante, a Vulco é, hoje, uma rede cada<br />
vez mais forte e preparada para satisfazer um<br />
consumidor cada vez mais exigente, o que<br />
nos coloca numa posição privilegiada para<br />
captar as muitas possibilidades que advêm<br />
deste crescimento”, concluem. ♦<br />
16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
REDES DE OFICINAS EM PORTUGAL (CONTACTOS SEDE)<br />
A OFICINA<br />
Av.ª da República - Estoril Office, Escritório<br />
3.07, 2.º Piso, Alcoitão, 2649 - 517 Alcabideche<br />
Tel.: 214 821 550<br />
Email: aoficina@createbusiness.pt<br />
Site: www.aoficina.net<br />
Contacto: Pedro Proença<br />
pedro.proenca@createbusiness.pt<br />
ACC – AUTOCHECK CENTER<br />
Av.ª da República, Estoril Office, Escritório 3.07,<br />
2.º Piso, Alcoitão, 2649 - 517 Alcabideche<br />
Tel.: 214 821 550<br />
Email: info@createbusiness.pt<br />
Site: www.autocheckcenter.pt<br />
Contacto: Rui Damas<br />
rui.damas@createbusiness.pt<br />
AUTO CREW<br />
Av.ª Infante D. Henrique, Lotes 2 e 3 E,<br />
1800 - 220 Lisboa<br />
Tel.: 218 500 073<br />
Site: www.autocrew.pt<br />
Contacto: Mónica Alves<br />
monica.alves@pt.bosch.com<br />
BOSCH CAR SERVICE<br />
Av.ª Infante D. Henrique, Lotes 2E e 3E,<br />
1800 - 220 Lisboa<br />
Tel.: 218 500 005<br />
Site: www.boschcarservice.pt<br />
Contacto: Raquel Marinho<br />
raquel.marinho@pt.bosch.com<br />
CENTER’S AUTO<br />
Rua do Tertir, s/n, 2615 - 382 Alverca<br />
do Ribatejo<br />
Tel.: 219 938 120<br />
Email: encomendas@tiresur.com<br />
Site: www.tiresur.com.pt/<br />
Contacto: Armando Lima Santos<br />
alima@tiresur.com<br />
CONTISERVICE<br />
Rua Adelino Leitão n.º 330,<br />
4761 – 906 EC Lousado,<br />
Vila Nova de Famalicão<br />
Tel.: 252 499 200<br />
Site: www.continental-pneus.pt/<br />
Contacto: Pedro Teixeira<br />
CONFORTAUTO<br />
Rua 25 de Abril, 190,<br />
4825 - 010 Santo Tirso<br />
Tel.: 229 699 480<br />
Email: info@confortauto.pt<br />
Site: www.confortauto.pt<br />
Contacto: José Coelho<br />
jose.coelho@gruposoledad.net<br />
EUROMASTER PORTUGAL<br />
Campo Grande, 378, 4.ºA,<br />
1700 - 096 Lisboa<br />
Tel: 210 492 290<br />
Email: gen.pt.info@euromaster.com<br />
Site: www.euromaster.pt<br />
Contacto: Miguel Santos<br />
miguel.santos@euromaster.com<br />
EURO TYRE (ARC EN CIEL)<br />
Av.ª do Parque, 68C Loja Esq.°,<br />
2635 - 609 Rinchoa<br />
Tel.: 219 624 256<br />
Email: arcenciel@arcenciel.com.pt<br />
Site: eurotyrept.com<br />
PUB<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17
Destaque<br />
Redes de oficinas<br />
RECAUCHUTAGEM NORTENHA<br />
Rua Tenente Valadim,<br />
4564 - 909 Penafiel<br />
Tel.: 255 710 200<br />
Email: recnor@recnor.pt <br />
Site: www.recnor.pt/<br />
Contacto: José Gomes<br />
jgomes@recnor.pt<br />
FEU VERT<br />
Rua Quinta do Paizinho, 3,<br />
2794 - 067 Carnaxide<br />
Tel.: 210 117 987<br />
Email: ecommerce@feuvert.pt<br />
Site: www.feuvert.pt<br />
Contacto: Jorge Lobato de Faria<br />
jorge.faria@feuvert.es<br />
FIRST STOP<br />
Passil,<br />
2890 - 118 Alcochete<br />
Tel.: 212 307 350<br />
Site: www.firststop.pt<br />
Contacto: Mário Mendes<br />
mario.mendes@bridgestone.eu<br />
FIX’N’GO<br />
Rua São Francisco, 886,<br />
Adroana,<br />
2645 - 019 Alcabideche<br />
Tel.: 214 607 800<br />
Email: comercial@bandague.pt<br />
Site: www.bandague.pt/<br />
Contacto: Gomes Costa<br />
gomes.costa@bandague.pt<br />
JOSÉ LOURENÇO<br />
Largo <strong>dos</strong> Bombeiros, 21,<br />
6150 - 411 Proença-a-Nova<br />
Tel.: 274 670 010<br />
Email: geral@jlpneus.pt<br />
Site: www.jlpneus.pt/<br />
Contacto: Jaime Lourenço<br />
jaime@jlpneus.pt<br />
MEGAMUNDI<br />
Alameda Salgueiro Maia,<br />
Lote 4, Salas 2 e 3,<br />
2660 - 329 St.º António <strong>dos</strong> Cavaleiros<br />
Tel.: 219 898 110<br />
Email: global@megamundi.pt<br />
Site: www.megamundi.pt/<br />
Contacto: Jorge Correia<br />
jcorreia@megamundi.pt<br />
MIDAS PORTUGAL<br />
Rua <strong>dos</strong> Ciprestes, 48,<br />
Office no Estoril, Alto <strong>dos</strong> Gaios<br />
2765 - 623 Estoril<br />
Tel.: 210 115 017<br />
Email: sugestoes@midas.pt<br />
Site: www.midas.pt<br />
Contacto: Cláudia Antunes<br />
claudia.antunes@midas.pt<br />
NORAUTO PORTUGAL<br />
Av.ª <strong>dos</strong> Cavaleiros, n.º 49,<br />
2794 - 057 Carnaxide<br />
Tel.: 214 250 800<br />
Email: marketing@norauto.pt<br />
Site: www.norauto.pt<br />
Contacto: Miguel Costa<br />
mcosta@norauto.pt<br />
PNEUPORT<br />
Av.ª de Berna n.º 30, 5.º,<br />
1050 – 042 Lisboa<br />
Tel.: 217 937 681<br />
Email: geral@pneuport.pt<br />
Site: www.pneuport.pt<br />
Contacto: Rui Silva<br />
rui.silva@pneuport.pt<br />
PNEUVITA<br />
Alto da Bela Vista,<br />
Estrada de Paço de Arcos,<br />
2735 - 307 Cacém<br />
Tel.: 214 276 350<br />
Email: info@pneuvita.pt<br />
Site: www.pneuvita.pt<br />
Contacto: Miguel Freitas<br />
mf@pneuvita.pt<br />
PRECISION<br />
Av.ª Torre de Belém, 19,<br />
1<strong>40</strong>0 - 342 Lisboa<br />
Tel.: 213 000 700<br />
Email: franchising@precision-iberia.com<br />
Site: www.precison.pt<br />
RINO<br />
Rua Filipa de Lencastre,<br />
4439 - 908 Rio Tinto<br />
Gondomar<br />
Tel.: 229 772 049<br />
Site: www.rino.pt<br />
Contacto: Alexandre Barbosa<br />
alexandre.barbosa@rino.pt<br />
ROADY<br />
Lugar do Marrujo, Bugalhos,<br />
2384 - 004 Alcanena<br />
Tel.: 249 880 330<br />
Email: geral@mosqueteiros.com<br />
Site: www.roady.pt<br />
Contacto: Jorge Sampaio<br />
SOBRALPNEUS<br />
Ponte da Couraça, 2584 - 957 Carregado<br />
Tel.: 263 851 201<br />
Site: www.sobralpneus.com<br />
Contacto: António Eduardo<br />
aeduardo@sobralpneus.pt<br />
SÓPNEUS<br />
Rua de Monchique, 4/20,<br />
<strong>40</strong>50 - 394 Porto<br />
Tel.: 227169105<br />
Email: marketing@sopneus.com<br />
Site: www.sopneus.com<br />
Contacto: Paulo Costa<br />
paulo.costa@sopneus.com<br />
TOPCAR<br />
Rua Conde da Covilhã, 1637, 4100 - 189 Porto<br />
Tel.: 226 150 300<br />
Email: info@topcar.com.pt<br />
Site: www.topcar.com.pt<br />
facebook.com/topcar.com.pt<br />
Contacto: Vanessa Barros<br />
vbarros@asparts.pt<br />
VULCO<br />
Av. ª D. João II,<br />
Lote 1.06 2.5A, 2.º piso,<br />
Edifício Mar Vermelho,<br />
1990 - 095 Lisboa<br />
Tel.: 210 349 000<br />
Email: info@vulco.pt<br />
Site: www.vulco.pt<br />
Contacto: Rui Neves<br />
18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19
Mercado<br />
Europool<br />
Indicadores positivos<br />
Nos primeiros nove meses de 2016, de acordo com da<strong>dos</strong> do Europool, a venda<br />
de pneus ligeiros e pesa<strong>dos</strong> de substituição em Portugal registou um ligeiro<br />
crescimento. Apesar destes indicadores positivos, a verdade é que o mercado<br />
nacional continua muito sensível e pouco consolidado<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
O<br />
negócio <strong>dos</strong> pneus, como qualquer<br />
outro, é sensível a variações.<br />
Para medirmos o pulso ao mercado<br />
português de pneus ligeiros<br />
e pesa<strong>dos</strong> de substituição, observemos os<br />
da<strong>dos</strong> do Europool, entidade a que reportam<br />
todas as marcas de pneus representadas na<br />
Europa que tenham, pelo menos, uma fábrica<br />
instalada em solo europeu. De acordo com<br />
o último relatório deste organismo, em Portugal,<br />
no passado mês de setembro, no que<br />
ao mercado de substituição disse respeito,<br />
venderam-se, no segmento Consumer (ligeiros<br />
de passageiros, 4x4 e comerciais ligeiros),<br />
247.022 pneus (+4,6% do que em setembro<br />
de 2015), <strong>dos</strong> quais 213.164 ligeiros de passageiros<br />
(+3,3%), 16.3<strong>40</strong> 4x4 (+31%) e 17.518<br />
comerciais ligeiros (+1,2%).<br />
w NÚMEROS NO VERDE<br />
Olhando para os números por segmentos, do<br />
total de 247.022 pneus Consumer vendi<strong>dos</strong> no<br />
passado mês de setembro no mercado português,<br />
132.060 foram premium (+9,5%), 42.499<br />
20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
se consegue fazer a destrinça sobre a que<br />
segmento pertencem.<br />
Igualmente interessantes, são os números<br />
distribuí<strong>dos</strong> por índices de velocidade no segmento<br />
premium em setembro de 2016: 18.871<br />
R/S/T (-2,4%); 22.289 H (+13,5%); 37.276 V<br />
(+7,1%); 29.411 W/Y/Z (+16,8%). Os Run Flat<br />
w PESOS-PESADOS<br />
No caso <strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong>, trata-se de um<br />
segmento que abarca as classificações direcionais,<br />
de tração e de reboque. E vários tipos<br />
de utilização: regional, longo curso, on/off-<br />
-road, off-road, inverno, autocarros urbanos<br />
e autocarros de longo curso. Em Portugal, no<br />
foram quality (+2,1%) e 62.<strong>40</strong>3 foram budget<br />
(-15,2%). Os chama<strong>dos</strong> R3 (9.424 unidades<br />
provenientes de três fabricantes premium)<br />
e Basket (636 unidades), dizem respeito a<br />
vendas que não estão classificadas no Europool<br />
mas que devem ser considera<strong>dos</strong> para<br />
se chegar ao valor total de setembro de 2016.<br />
No acumulado de janeiro a setembro deste<br />
ano, de acordo com o Europool, os números<br />
estão, também, escritos preto no branco:<br />
venderam-se 2.303.341 pneus nos primeiros<br />
nove meses de 2016 em Portugal no segmento<br />
Consumer (+6,9%), <strong>dos</strong> quais 1.982.382<br />
ligeiros de passageiros (+7,5%), 1<strong>40</strong>.611 4x4<br />
(-0,7%) e 180.348 comerciais ligeiros (+6,1%).<br />
Por segmentos, do total de 2.303.341 pneus<br />
Consumer vendi<strong>dos</strong> de janeiro a setembro<br />
de 2016, 1.162.286 foram premium (+3,5%),<br />
371.236 foram quality (-1,1%) e 701.335 foram<br />
budget (+7,7%). Depois, importa ainda<br />
mencionar os chama<strong>dos</strong> R3 (62.172) e Basket<br />
(6.312), que dizem respeito a vendas que não<br />
estão classificadas no Europool, pelo que não<br />
cresceram 17,3% (7.051 unidades). Agora,<br />
em termos acumula<strong>dos</strong> (janeiro a setembro<br />
de 2016): 172.242 R/S/T (-0,3%); 196.759 H<br />
(+5,1%); 302.1<strong>40</strong> V (+14,9%); 271.446 W/Y/Z<br />
(+1,7%); 62.768 Run Flat (17,9%).<br />
passado mês de setembro, no que ao mercado<br />
de substituição disse respeito, venderam-se<br />
19.925 pneus pesa<strong>dos</strong>, ou seja, +27,4% do<br />
que em igual período de 2015. Distribuí<strong>dos</strong><br />
do seguinte modo: 13.461 premium (+18,5%);<br />
5.191 não premium (+21,1%); 1.262 classifica<strong>dos</strong><br />
de R3 (produzi<strong>dos</strong> por dois fabricantes<br />
premium); 11 classifica<strong>dos</strong> de Basket.<br />
Já em termos acumula<strong>dos</strong> (janeiro a setembro<br />
de 2016), foram vendi<strong>dos</strong> 135.570<br />
pneus pesa<strong>dos</strong> em Portugal (+2,4%): 90.467<br />
premium (-5,8%); 36.901 não premium (+1,7%);<br />
8.196 classifica<strong>dos</strong> de R3; 6 classifica<strong>dos</strong> de<br />
Basket. Aprofundando ainda mais a análise ao<br />
segmento <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, no passado mês de<br />
setembro, foram 8.669 os pneus direcionais<br />
vendi<strong>dos</strong> no nosso país (+24%), contra 5.269<br />
pneus de tração (+41,7%) e 5.987 pneus de<br />
reboque (+21,3%).<br />
Em termos acumula<strong>dos</strong> (janeiro a setembro<br />
de 2016), as vendas de pneus pesa<strong>dos</strong> por<br />
tipologia dividiram-se da seguinte forma:<br />
59.981 pneus de direção (+2,5% do que nos<br />
primeiros nove meses de 2015); 32.531 pneus<br />
de tração (+7,4%); 43.058 pneus de reboque<br />
(-1,1%). ♦<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 21
Entrevista<br />
Ralf Hämmerling<br />
“No início de 2017, teremos um ou<br />
A Hämmerling - The Tyre Company, um <strong>dos</strong> maiores distribuidores de pneus<br />
na Europa, tem nas marcas próprias ATHOS, TALAS e SÄMM, os seus ex-líbris.<br />
E já fez saber que, no início de 2017, contará com um ou dois representantes<br />
em Portugal. Razões mais do que suficientes para que tivéssemos entrevistado<br />
Ralf Hämmerling, business manager da empresa<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Fundada em 1979, mais precisamente no<br />
dia 13 de agosto, a Hämmerling - The<br />
Tyre Company está sediada em Paderborn,<br />
na Alemanha. E é, hoje, um <strong>dos</strong><br />
maiores distribuidores de pneus na Europa. O<br />
seu portefólio de produtos tem registado um<br />
forte crescimento e inclui a comercialização de<br />
todas as marcas, modelos e medidas. Desde<br />
pneus budget a premium. Para automóveis, camiões,<br />
motos, aplicações off-road, tratores e EM.<br />
Contudo, os ex-líbris da empresa são os produtos<br />
das marcas próprias. Nomeadamente,<br />
ATHOS (pneus pesa<strong>dos</strong>), TALAS (jantes de aço<br />
para veículos pesa<strong>dos</strong>) e SÄMM (pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
a frio para veículos pesa<strong>dos</strong>). Quer<br />
os operadores grossistas nacionais quer internacionais<br />
(num total de 120), estão liga<strong>dos</strong><br />
em rede através da loja online da Hämmerling<br />
- The Tyre Company, que disponibiliza<br />
aos clientes acesso a uma base de da<strong>dos</strong> que<br />
inclui vários milhares de artigos.<br />
Em 2017, a empresa alemã pretende dar continuidade<br />
à sua política de expansão, estando<br />
previsto, para o início do ano, o anúncio de<br />
um ou dois representantes exclusivos para<br />
Portugal. Razões mais do que suficientes para<br />
que tivéssemos entrevistado Ralf Hämmerling,<br />
business manager.<br />
Em que ano foi criada a Hämmerling – The<br />
Tyre Company?<br />
A empresa nasceu há 37 anos, em Paderbon,<br />
na Alemanha. Aos 22 anos, juntei-me a<br />
um amigo e comecei o meu próprio negócio.<br />
Que envolvia, no início, apenas pneus recauchuta<strong>dos</strong>.<br />
A empresa foi crescendo e, hoje,<br />
somos mais do que uma empresa de pneus.<br />
Contamos com mais de 500 colaboradores e<br />
fazemos parte de um grupo que dispõe de<br />
vários setores de atividade. Cerca de 100 colaboradores<br />
dedicam-se apenas e só aos pneus.<br />
A Hämmerling - The Tyre Company faz parte<br />
do Hämmerling Group, cuja atuação interna-<br />
22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
Business Manager da Hämmerling - The Tyre Company<br />
dois representantes em Portugal”<br />
cional contempla empresas na área grossista<br />
e de retalho de pneus, logística, TI e marketing.<br />
Os pneus sempre lhe foram familiares, certo?<br />
É verdade. Posso afirmar, com toda a humildade<br />
e frontalidade, que sei muito sobre<br />
pneus. Comecei a tratar estes componentes<br />
na segunda pessoa do singular aos sete anos<br />
de idade, uma vez que o seu pai dispunha de<br />
um negócio neste ramo. Em 1965, mudei o<br />
meu primeiro pneu, com apenas sete anos.<br />
Que produtos dispõem atualmente?<br />
Além de sermos um <strong>dos</strong> maiores distribuidores<br />
de pneus na Europa, já que comercializamos<br />
todas as marcas para os mais diversos<br />
segmentos de mercado, dispomos de marcas<br />
próprias. Estamos presentes em cerca de 20<br />
países com os nossos produtos. Temos algumas<br />
presenças fora da Europa, mas são<br />
de reposição. Já a TALAS, consiste na nossa<br />
marca de jantes de aço destinada aos veículos<br />
pesa<strong>dos</strong>. Quanto à SÄMM, tratam-se de pneus<br />
recauchuta<strong>dos</strong> a frio para veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />
Que balanço fazem da participação em<br />
Reifen (Essen) e no IAA (Hanover)?<br />
Bastante positivo. Quer no Salão de Reifen<br />
Eco da ATHOS, que permite reduzir o consumo<br />
de combustível em 0,5 l/100 km na medida<br />
385/65 R 22,5. Convém frisar, também,<br />
que quatro medidas e oito perfis diferentes<br />
dentro da gama ATHOS estão aptas a suportar,<br />
cada uma, 5.000 kg de peso (+500 kg do<br />
que nos pneus “convencionais”). Característica<br />
que permite que, no futuro, os camiões<br />
possam circular com menos pneus. To<strong>dos</strong> os<br />
anos, a gama da ATHOS é enriquecida com<br />
novas medidas ou novos pisos. Em 2017, é<br />
expectável que a marca passe a disponibilizar,<br />
também, pneus ligeiros.<br />
Como olha a Hämmerling - The Tyre Company<br />
para o mercado português?<br />
Não poupamos esforços para alargar a<br />
nossa presença na Europa. Depois de termos<br />
sido extremamente bem recebi<strong>dos</strong> nos merca<strong>dos</strong><br />
da Escandinávia e da Europa Oriental,<br />
situações pontuais, que ainda não têm grande<br />
expressão. Em 2017, pretendemos alargar o<br />
nosso raio de ação a mais países. Dentro e fora<br />
do Velho Continente. Atualmente, a Hämmerling<br />
- The Tyre Company dispõe das marcas<br />
ATHOS, TALAS e SÄMM. A ATHOS, produzida<br />
na China com tecnologia alemã, foi concebida<br />
para equipar os veículos pesa<strong>dos</strong> (camiões e<br />
autocarros). Está disponível com várias medidas<br />
e tipos de piso, para jantes que vão de<br />
17,5” a 22,5”. Os pneus ATHOS são escolha de<br />
primeiro equipamento de vários reboques,<br />
ao passo que os que se destinam aos eixos<br />
dianteiro e traseiro concorrem no mercado<br />
quer no de Hanover, demos a conhecer a<br />
nossa empresa, aquilo que fazemos, onde<br />
estamos e os produtos de que dispomos. Somos,<br />
também, bastante aprecia<strong>dos</strong> na área<br />
<strong>dos</strong> reboques, onde nos escolhem como<br />
primeiro equipamento. To<strong>dos</strong> os produtos<br />
das marcas próprias que produzimos e comercializamos<br />
são inspeciona<strong>dos</strong> e reúnem<br />
a aprovação da TÜV NORD.<br />
Que novidades apresentaram nos salões<br />
realiza<strong>dos</strong>, este ano, na Alemanha?<br />
Além de darmos a conhecer toda a nossa<br />
gama de produtos, apresentámos o modelo<br />
onde desfrutamos de boas cooperações com<br />
inúmeros parceiros, estamos, agora, vira<strong>dos</strong><br />
para estabelecer parcerias no sul da Europa,<br />
especialmente em Portugal. Em Espanha,<br />
dispomos já de oito parceiros. Em Portugal,<br />
no início de 2017 divulgaremos o nome de<br />
um ou dois representantes que teremos, os<br />
quais trabalharão as nossas marcas em regime<br />
de exclusividade. A nossa estratégia<br />
passa por ter entre um e três representantes<br />
em cada país. O número de representantes<br />
em Portugal vai depender, também, da<br />
abrangência geográfica que cada um conseguir<br />
assegurar. u<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23
Atualidade<br />
Uma visão<br />
e um compromisso<br />
A Continental <strong>Pneus</strong> Portugal apresentou o projeto denominado “Visão Zero<br />
Acidentes”. A mobilidade sem sinistros é o grande compromisso assumido pelo<br />
marca alemã e o maior legado da empresa<br />
Por: João Vieira<br />
Ao abrigo do projeto Visão Zero<br />
Acidentes e com o apoio do IPAM,<br />
a Continental <strong>Pneus</strong> Portugal divulgou<br />
as principais conclusões de<br />
um estudo sobre o comportamento de condução<br />
<strong>dos</strong> portugueses. O estudo pretende<br />
fornecer algumas pistas sobre as atitudes <strong>dos</strong><br />
automobilistas lusos em relação à segurança<br />
rodoviária e compreender o seu comportamento<br />
durante a condução.<br />
Os da<strong>dos</strong> recolhi<strong>dos</strong> permitem colocar em<br />
evidência o perfil “multitasking” <strong>dos</strong> portugueses,<br />
a importância da atividade profissional<br />
associada aos níveis de stresse e ao<br />
impacto que estes desempenham no comportamento<br />
durante a condução, bem como<br />
a confirmação de uma característica cultural<br />
predominante <strong>dos</strong> portugueses: “em caso de<br />
acidente, a culpa não é minha”.<br />
O estudo permitiu ainda identificar os principais<br />
comportamentos de risco durante a<br />
condução assumi<strong>dos</strong> pelos portugueses. Dos<br />
quais se destacam:<br />
w Receber e fazer chamadas com sistema de<br />
mãos livres (75%);<br />
w Comer e beber (75%);<br />
w Conduzir em excesso de velocidade em<br />
zonas residenciais (74%);<br />
w Conduzir em excesso de velocidade em<br />
autoestrada (72%);<br />
w Receber/ler e enviar SMS (63%);<br />
w Passar um sinal que acabou de ficar vermelho<br />
(60%);<br />
w Receber e fazer chamadas sem sistema de<br />
mãos livres (53%).<br />
Os da<strong>dos</strong> permitem ainda constatar que os<br />
portugueses têm consciência <strong>dos</strong> riscos da<br />
adoção de determina<strong>dos</strong> comportamentos<br />
durante a condução. Aqueles a que se associam<br />
níveis mais eleva<strong>dos</strong> de risco, são os<br />
seguintes: enviar emails; fazer relatórios; ler;<br />
utilizar as redes sociais.<br />
Do outro lado da escala, surge a utilização de<br />
telemóvel em sistema mãos livres, a condução<br />
em excesso velocidade em autoestrada<br />
e comer/beber como os comportamentos<br />
mais frequentes a que os condutores associam<br />
menor risco. As questões disponibilizadas no<br />
inquérito tinham como objetivo analisar e<br />
caracterizar o comportamento de condução,<br />
a atividade profissional exercida, a caracterização<br />
<strong>dos</strong> tempos livres, o estilo de vida<br />
saudável e a caracterização sociodemográfica.<br />
24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
Visão Zero Acidentes da Continental<br />
ESTUDO SOBRE COMPORTAMENTO<br />
DE CONDUÇÃO DOS PORTUGUESES<br />
Realizado pelo IPAM (Instituto Português de<br />
Administração de Marketing), com coordenação<br />
da prof.ª Sandra Gomes, teve duas<br />
fases: Qualitativo (universo: jovens condutores<br />
e jovens famílias – pais entre 25-44 anos);<br />
Quantitativo (universo: indivíduos de ambos<br />
os sexos, com mais de 18 anos – 1.285 inquéritos<br />
valida<strong>dos</strong>).<br />
Pedro Teixeira, diretor-geral da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal<br />
“Encaramos a Visão Zero Acidentes como uma missão”<br />
Objetivos <strong>dos</strong> estu<strong>dos</strong>:<br />
w Compreender o comportamento de condução<br />
<strong>dos</strong> portugueses;<br />
w Compreender as atitudes <strong>dos</strong> condutores<br />
portugueses em relação à segurança, em geral,<br />
e à segurança rodoviária, em particular.<br />
Nos últimos anos, muito tem sido feito<br />
em Portugal e no mundo com vista à redução<br />
do número de acidentes nas estradas.<br />
Esta tem sido uma preocupação<br />
transversal aos vários setores da sociedade e<br />
que tem mobilizado diversos agentes públicos<br />
e priva<strong>dos</strong>, cujos resulta<strong>dos</strong> alcança<strong>dos</strong> devem<br />
deixar todas as entidades envolvidas satisfeitas.<br />
A Continental tem estado na linha da frente no<br />
desenvolvimento de soluções tecnológicas que<br />
nos conduzem em segurança até à denominada<br />
mobilidade de futuro. A Continental produz,<br />
não só, os pneus com o melhor desempenho<br />
em travagem, mas integra, também, o grupo<br />
restrito de fabricantes de soluções e produtos<br />
inovadores liga<strong>dos</strong> à segurança automóvel. Os<br />
pneus premium da Continental são líderes em<br />
travagem. Além disso, somos os únicos a trabalhar<br />
a totalidade <strong>dos</strong> sistemas envolvi<strong>dos</strong> no<br />
processo de travagem. Este legado coloca-nos<br />
numa posição destacada para, como empresa<br />
socialmente responsável, darmos o nosso contributo<br />
para ajudar a diminuir os números da<br />
sinistralidade rodoviária.<br />
A nossa visão é a de um futuro sem mortos,<br />
sem feri<strong>dos</strong> e sem acidentes nas estradas. Para<br />
podermos concretizar a nossa visão, temos de<br />
entender o condutor, as suas fraquezas e as suas<br />
forças. Assim como conceber soluções que tornem<br />
a mobilidade mais segura.<br />
90% <strong>dos</strong> acidentes têm causa humana. Partindo<br />
desta evidência, era importante percebermos<br />
melhor o condutor português. Na posse da informação<br />
e <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> extraí<strong>dos</strong> do estudo sobre<br />
o comportamento <strong>dos</strong> condutores portugueses,<br />
realizado pelo IPAM, podemos, agora, de uma<br />
forma mais direcionada e eficaz, comunicar<br />
com os diferentes targets, sensibilizá-los para<br />
o risco e para o perigo de adotar determina<strong>dos</strong><br />
comportamentos perigosos.<br />
A meta que traçámos passa por ter uma visão<br />
de zero mortes na estrada e zero acidentes.<br />
Mobilidade sem acidentes, estamos a falar de<br />
segurança, que sempre esteve presente na Continental<br />
e faz parte do seu ADN. Ao longo <strong>dos</strong><br />
seus 1<strong>40</strong> anos de história, a marca tem vindo<br />
a desenvolver soluções tecnológicas no âmbito<br />
da segurança ativa, que muito têm contribuído<br />
para a redução de acidentes na estrada.<br />
A Continental está no top 3 <strong>dos</strong> maiores fabricantes<br />
da indústria automóvel e tem tido<br />
uma preocupação crescente com este tema da<br />
segurança rodoviária. É o único fornecedor da<br />
indústria automóvel que tem a capacidade de<br />
produzir e oferecer soluções tecnológicas para<br />
to<strong>dos</strong> os componentes do sistema de travagem,<br />
como, por exemplo, o ABS e o TPMS - sistema<br />
de monitorização da pressão <strong>dos</strong> pneus.<br />
As mortes e os acidentes nas estradas portuguesas<br />
são uma preocupação transversal a toda a<br />
sociedade. De 1998 a 2010, o número de acidentes<br />
baixou 70%, mas não podemos ficar por<br />
aqui. Temos de dar um passo mais além, que<br />
tem a ver com o facto de, em 90% <strong>dos</strong> acidentes,<br />
o erro humano ser o fator principal.<br />
Para além de tudo o que temos vindo a desenvolver<br />
a nível de soluções tecnológicas,<br />
consideramos, por aquilo que representamos<br />
dentro da indústria automóvel, que tínhamos<br />
um papel fundamental a desempenhar neste<br />
tema da segurança rodoviária. Por isso, saímos<br />
<strong>dos</strong> nossos gabinetes, <strong>dos</strong> nossos laboratórios e<br />
das nossas fábricas e fomos para o terreno, em<br />
conjunto com o IPAM, para conhecer o perfil<br />
<strong>dos</strong> condutores portugueses e a sua atitude perante<br />
situações de segurança rodoviária.<br />
Encaramos o projeto Visão Zero Acidentes<br />
como uma missão. Queremos (e podemos)<br />
ser um interlocutor privilegiado na questão da<br />
segurança rodoviária.<br />
Perfil do condutor português:<br />
w Usa diariamente o automóvel (85%);<br />
w Faz percursos diários médios até 50 km (62%);<br />
w Gasta, em média, por dia, na estrada: até<br />
30m (36%) e entre 30’ e 60’ (39%);<br />
w 55% já teve, pelo menos, um acidente rodoviário<br />
exclusivamente por sua culpa (15%) ou<br />
por culpa de outros condutores (26%).<br />
Preocupações com a segurança rodoviária:<br />
1.º Quando as condições meteorológicas estão<br />
adversas (92%);<br />
2.º Quando conduzem com crianças (89%) ou<br />
quando estão cansa<strong>dos</strong> (89%);<br />
3.º Quando conduzem com companhia (76%);<br />
4.º Quando estão stressa<strong>dos</strong> (72%).<br />
“Multitasking” (Policrónicos)<br />
w 55% tem por hábito levar trabalho para casa;<br />
w Os condutores que levam mais trabalho para<br />
casa são os que percecionam maior stresse na<br />
sua atividade profissional;<br />
w 58% aproveita para conversar enquanto<br />
conduz;<br />
w 30% canta, conta histórias e joga;<br />
w 10% faz gestão de crianças no banco traseiro.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25
Atualidade<br />
Os condutores que têm mais comportamentos<br />
de risco ao volante são os que dormem<br />
menos:<br />
w 24% dorme menos de 6 horas por noite;<br />
w <strong>40</strong>% dorme entre 6 a 7 horas.<br />
CONCLUSÕES ESTUDO QUALITATIVO<br />
Comportamento <strong>dos</strong> condutores jovens enquanto<br />
conduzem:<br />
w Tomam o pequeno-almoço;<br />
w Cantam e ouvem música;<br />
w Fumam;<br />
w Usam o telemóvel (chamadas e SMS);<br />
w Maquilham-se.<br />
Comportamento das famílias jovens com<br />
filhos, enquanto conduzem. Aproveitam a<br />
viagem para:<br />
w Ler e responder a emails;<br />
w Contactos telefónicos e SMS;<br />
w Ler relatórios e tratar da agenda;<br />
w Lanchar/almoçar;<br />
w Operações de maquilhagem;<br />
w Gestão de crianças no banco traseiro.<br />
A generalidade <strong>dos</strong> condutores portugueses<br />
considera que a culpa <strong>dos</strong> acidentes rodoviários<br />
é sempre <strong>dos</strong> outros, devido a:<br />
w Falta de civismo <strong>dos</strong> outros condutores;<br />
w Condições meteorológicas adversas;<br />
w Ausência de regulação mais restritiva;<br />
w Más condições das estradas portuguesas.<br />
CONCLUSÕES ESTUDO QUANTITATIVO<br />
Dimensão do estudo:<br />
w Caracterização do comportamento de condução;<br />
w Caracterização da atividade profissional<br />
exercida;<br />
w Caracterização sociodemográfica;<br />
w Caracterização das atividades tempos livres;<br />
w Caracterização do estilo de vida.<br />
Perceção Risco vs Comportamento Efetivo<br />
w Portugueses têm, em geral, consciência do<br />
risco associado a determina<strong>dos</strong> comportamentos<br />
enquanto conduzem:<br />
w Maior perceção de risco: enviar emails (98%),<br />
fazer relatórios (98%), ler (98%) e utilizar as<br />
redes sociais (97%);<br />
w Menor perceção de risco: usar telemóvel com<br />
sistema mãos livres (fazer chamadas – 51%;<br />
receber chamadas - 42%);<br />
Risco Menor vs Comportamento Mais Frequente:<br />
w 1.º Utilização do telemóvel em sistema mãos<br />
livres;<br />
w 2.º Conduzir em excesso velocidade em autoestrada<br />
e zonas residenciais;<br />
w 3.º Comer/beber.<br />
Comportamento de risco <strong>dos</strong> condutores<br />
portugueses:<br />
w Receber e fazer chamadas com sistema mãos<br />
livres (75%);<br />
w Comer e beber (75%);<br />
w Conduzir em excesso de velocidade em zonas<br />
residenciais (74%);<br />
w Conduzir em excesso de velocidade em autoestrada<br />
(72%);<br />
w Receber/ler e enviar SMS (63%);<br />
w Passar um sinal que acabou de ficar vermelho<br />
(60%);<br />
w Receber e fazer chamadas sem sistema mãos<br />
livres (53%).<br />
Existe correlação entre o número de horas de<br />
sono e o nível de stresse percecionado com<br />
comportamentos de risco ao volante. Em<br />
situações de stresse ao volante que deixe o<br />
condutor ansioso, tenso ou desconfortável:<br />
84% têm comportamento cuida<strong>dos</strong>o (mantêm<br />
a velocidade estável de forma a acalmarem-<br />
-se, tentam afastar-se <strong>dos</strong> outros automóveis<br />
e diminuem a velocidade até se sentirem<br />
confortáveis).<br />
27% têm comportamento agressivo/hostil<br />
(gritam com os outros condutores, dizem<br />
palavrões, buzinam aos outros condutores).<br />
11% têm performance deficitária (têm dificuldade<br />
em entrar no trânsito e esquecem-se para<br />
onde estão a conduzir).<br />
Os condutores que percecionam ter mais<br />
stresse na sua atividade profissional são os<br />
que revelam mais comportamentos agressivos.<br />
Em contrapartida, os condutores que se preocupam<br />
mais em manter um estilo de vida saudável,<br />
são os que revelam menos tendência<br />
para a agressividade ao volante.<br />
PRINCIPAIS CONCLUSÕES<br />
Os resulta<strong>dos</strong> do estudo vieram reforçar algumas<br />
características culturais <strong>dos</strong> condutores<br />
portugueses:<br />
w Estilo policrónico/”multitasking”;<br />
w Importância assumida da atividade profissional<br />
e do seu nível de stresse percecionado;<br />
w Lócus de causalidade externa. Externalidade:<br />
“A culpa não é minha..”<br />
Comportamento <strong>dos</strong> portugueses ao volante:<br />
w 55% já teve um acidente rodoviário;<br />
w Menor perceção de risco nas seguintes<br />
situações:<br />
Utilizar telemóvel em sistema mãos livres;<br />
conduzir excesso de velocidade em autoestradas,<br />
comer e beber;<br />
w Maior perceção de risco nas seguintes situações:<br />
enviar emails, fazer relatórios, ler e<br />
utilizar redes sociais;<br />
w 73% <strong>dos</strong> condutores já conduziu em excesso<br />
de velocidade em zonas residenciais e nas<br />
autoestradas;<br />
w 60% <strong>dos</strong> condutores portugueses já passou<br />
um sinal que acabou de ficar vermelho,<br />
sendo que 4% fê-lo de forma frequente ou<br />
muito frequente;<br />
w Os condutores que levam trabalho para casa<br />
são os que percecionam maior stresse e os<br />
que evidenciam comportamentos agressivos<br />
ao volante, bem como mais comportamentos<br />
de risco durante a condução;<br />
w Os condutores que mais têm comportamentos<br />
de risco ao volante são os que dormem<br />
menos. u<br />
26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27
Notícias<br />
Mercado<br />
Astra lançou bancada compacta RAPID<br />
A bancada RAPID, lançada pela Astra no decorrer do Salão Automechanika, em Frankfurt, tem<br />
tido um grande sucesso graças às suas características inovadoras. Trata-se de uma bancada<br />
profissional de altas prestações para todo o tipo de veículos sinistra<strong>dos</strong>. Dispõe de um travão<br />
de segurança mecânico e duplo pistão de elevação. A sua capacidade de carga é de 2.500 kg.<br />
As mandíbulas colocam o veículo a 32 cm da bancada para facilitar a ação de qualquer intervenção<br />
mecânica. Como novidade, as âncoras universais adaptam-se a qualquer tipo de veículo.<br />
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recauchutando e valorizando-os como fonte de energia.<br />
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Após oito anos de consolidação da Gripen<br />
Wheels Iberia, enquanto marca e centro<br />
de competências ao serviço da sua rede de<br />
agentes, 2016 ficará marcado pela expansão<br />
das áreas estratégicas de negócios da<br />
subsidiária ibérica do Grupo Gripen Wheels.<br />
Em setembro, iniciou a comercialização da<br />
gama de pneus pesa<strong>dos</strong> da marca HILO.<br />
Produzi<strong>dos</strong> pelo Xinguyuan Group, cuja capacidade<br />
de produção ascende a mais de<br />
5.800.000 pneus pesa<strong>dos</strong> radiais, 200.000<br />
pneus OTR e 12.000.000 de pneus de Turismo<br />
por ano, os pneus pesa<strong>dos</strong> HILO<br />
caracterizam-se pelos mais altos padrões<br />
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mais de 100 países de to<strong>dos</strong> os continentes.<br />
Disponíveis na mais completa gama do mercado,<br />
que cobre 18 séries, contam com 160<br />
medidas e 200 tipos de pisos para diferentes<br />
condições de utilização, climas e regiões do<br />
globo. Até final do ano, a gama de produtos<br />
da Gripen Wheels Iberia, passará a contar<br />
com a mais completa gama de pneus OTR,<br />
pneus pesa<strong>dos</strong>, jantes para pneus pesa<strong>dos</strong>,<br />
pneus industriais (giratórias, escavadoras,<br />
retro-escavadoras e Bob Cat), pneus agroflorestais,<br />
pneus florestais, pneus agrícolas,<br />
câmaras-de-ar, jantes agrícolas e pneus para<br />
equipamentos de movimentação de cargas<br />
(empilhadores e outros equipamentos).<br />
Poupança de emissões correspondente ao tratamento de 85.000 toneladas de pneus = 133,92 kton CO 2<br />
e equivalente às emissões resultantes da circulação média anual de 36.000 automóveis.<br />
Porque existe Amanhã.<br />
28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
Espanha contra a fraude<br />
<strong>dos</strong> pneus não declara<strong>dos</strong><br />
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As principais entidades do setor <strong>dos</strong> pneus em Espanha<br />
(Adine, Signus, TNU, Comissão <strong>dos</strong> Fabricantes de <strong>Pneus</strong><br />
e ainda as associações Cetraa Conepa, Gamvan e Open),<br />
fizeram uma aliança inédita para combater a fraude na importação<br />
de pneus não declara<strong>dos</strong>, que conta, ainda, com<br />
a colaboração do Ministério da Agricultura, Alimentação e<br />
Ambiente. Não é a primeira vez que estas entidades denunciam<br />
este problema, mas é a primeira vez que os principais<br />
representantes da indústria de pneus aparecem uni<strong>dos</strong><br />
numa campanha para combater a fraude na importação<br />
de pneus não declara<strong>dos</strong>.<br />
“Stop à fraude na importação de pneus não declara<strong>dos</strong>”<br />
é uma campanha de comunicação, com duração de dois<br />
meses e presença nos meios de comunicação especializa<strong>dos</strong>,<br />
em formato online e offline. Esta campanha tem<br />
por objetivo consciencializar o mercado para as boas práticas<br />
na compra de pneus e a obrigação de cumprir a legislação<br />
sobre a gestão <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>, que exige que<br />
os produtores (aqueles que colocam o pneu no mercado)<br />
integrem o sistema Signus ou TNU.<br />
Os sistemas integra<strong>dos</strong> de gestão de pneus em fim de<br />
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vida, Signus e TNU, estimam que entre 15% e 18% <strong>dos</strong><br />
pneus novos que são coloca<strong>dos</strong> pela primeira vez no<br />
mercado espanhol, não são declara<strong>dos</strong> ao sistema, o que<br />
cria um problema ambiental, incentiva a concorrência<br />
desleal (uma vez que aqueles que não declaram, não<br />
contribuem para os custos de gestão, sendo capazes de<br />
competir no mercado a preços significativamente inferiores<br />
aos <strong>dos</strong> seus concorrentes) e, também, pode representar<br />
uma fraude potencial para as finanças públicas e<br />
para o cliente final.<br />
A campanha informa que os condutores devem verificar<br />
se a oficina onde montaram os pneus do veículo contribui<br />
com o pagamento da taxa Ecovalor, para garantir o<br />
funcionamento do sistema.<br />
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RunOnFlat da Goodyear<br />
confirmam boas prestações<br />
TÜV SÜD Automotive, entidade alemã especializada na certificação<br />
automóvel, realizou um extenso programa de testes<br />
O<br />
que confirmou o excelente rendimento <strong>dos</strong> pneus RunOnFlat da<br />
Goodyear face aos seus concorrentes, bem como as suas boas<br />
prestações em comparação com os pneus convencionais.<br />
A última geração de pneus RunOnFlat da Goodyear foi certificada<br />
como capaz de proporcionar os mesmos ou melhores níveis<br />
de rendimento face aos pneus <strong>dos</strong> seus principais concorrentes,<br />
que não se encontram equipa<strong>dos</strong> com uma tecnologia<br />
tão segura. O que inclui uma redução de 4% na distância de travagem<br />
em piso molhado e níveis de resistência ao rolamento<br />
13% menores, quando compara<strong>dos</strong> com a média <strong>dos</strong> restantes<br />
pneus testa<strong>dos</strong>. A TÜV SÜD Automotive também confirmou o<br />
aumento de mobilidade com esta tecnologia segura da Goodyear,<br />
que permite que os condutores continuem a conduzir<br />
na eventualidade de um furo ou perda total de ar do pneu, ao<br />
longo de uma distância 80 km e a uma velocidade máxima de<br />
até 80 km/h. Mesmo sem ar, atua de forma igual a um pneu<br />
convencional insuflado a 1,0/2,0 bar. A uma pressão de inflação<br />
normal, os pneus RunOnFlat comportam-se do mesmo modo.<br />
A marca já vendeu 90.000 pneus RunOnFlat.<br />
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Novo site da BKT para dispositivos móveis<br />
A BKT, marca de pneus agrícolas e OTR, lançou um novo site, cujo endereço<br />
é m.bkt-tires.com e que já está online,oferecendo mais e melhor<br />
conteúdo. Pode ser acedido a partir de qualquer dispositivo eletrónico.<br />
A seleção de conteú<strong>dos</strong> específicos tem um layout ótimo para smartphones<br />
e tablets e torna a “aventura” de navegação mais cativante.<br />
A nova versão está de imediato disponível em seis idiomas: inglês,<br />
italiano, francês, espanhol, alemão e português. Mais tarde, serão<br />
adicionadas outras línguas, uma vez que a empresa marca presença<br />
em mais de 130 países.<br />
30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
Trelleborg relembra histórias de sucesso <strong>dos</strong> clientes<br />
Trelleborg está a fazer <strong>dos</strong> seus clientes heróis através<br />
da última iniciativa da empresa, que pretende<br />
A<br />
contar histórias de sucesso na implementação de alguns<br />
projetos, a partir do ponto de vista <strong>dos</strong> utilizadores.<br />
O novo programa Heróis coleciona experiências <strong>dos</strong><br />
profissionais agrícolas, colocando em relevo os seus<br />
problemas e o papel que a Trelleborg tem tido para resolvê-los.<br />
A série começa com a história de Guillaume<br />
Agneessens, co-proprietário da Agri Miñon, empresa<br />
agrícola da Bélgica. A Agri Miñon oferece um serviço<br />
completo especializado em plantações, colheitas e pulverizações.<br />
Agneessens proferiu a seguinte afirmação:<br />
“Investimos em pneus da Trelleborg para nos diferenciarmos<br />
da concorrência e estamos impressiona<strong>dos</strong><br />
pelo seu rendimento até agora. No início da temporada,<br />
quando estávamos a espalhar fertilizantes com a<br />
erva húmida, o TM 1060 não deixou qualquer pegada.<br />
A capacidade de tração e resistência ao desgaste também<br />
é muito menor quando comparada com pneus<br />
tradicionais”. Graças à tecnologia Progressive Traction<br />
da Trelleborg, a gama TM 1060 promete melhorar a eficiência<br />
na agricultura graças ao seu taco duplo.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 31
Notícias<br />
Pirelli apresentou Cinturato Winter<br />
A Pirelli completou a gama da família Cinturato. Depois do pneu de verão P7, campeão<br />
em homologações, e do All Season, lançado com sucesso no ano passado, chegou a versão<br />
de inverno: Cinturato Winter. Este novo pneu é destinado ao mercado de reposição<br />
e foi pensado para veículos médios com elevada quilometragem, habitual nos profissionais<br />
do volante. Graças ao inovador design da banda de rodagem, o novo Pirelli Winter<br />
reduz, consideravelmente, o ruído, tanto interno como externo, posicionando-se como<br />
candidato preferido para os veículos híbri<strong>dos</strong> e elétricos, nos quais o silêncio no habitáculo<br />
é um ponto a favor. A geometria especialmente sofisticada da banda de rodagem<br />
do pneu ajuda ao seu propósito, além de acumular a neve e de transportá-la para o<br />
interior da banda, garantindo a máxima estabilidade e tração na travagem.<br />
Point S lançou<br />
pneus de inverno<br />
A Point S anunciou o alargamento da<br />
sua gama de pneus de marca própria.<br />
Desde o dia 1 de outubro, que a empresa<br />
tem no seu portefólio de produtos,<br />
o pneu de inverno Winterstar ST. Este<br />
pneu é dedicado a merca<strong>dos</strong> específicos<br />
e está apenas disponível nas lojas<br />
Point S no norte da Europa, em países<br />
como a Estónia, Finlândia, Noruega e<br />
Suécia e, pela primeira vez, na América<br />
do Norte. O Winterstar ST cobre 30 dimensões<br />
no total e é dedicado a automóveis<br />
de passageiros e SUV.<br />
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32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
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Notícias<br />
AR-1 é o novo piso de competição da Nankang<br />
O novo AR-1, da Nankang, consiste num pneu de competição<br />
aprovado pela MSA. Estará disponível para jantes de 15” a<br />
18”, com mais medidas a serem adicionadas nos próximos meses.<br />
Este pneu de competição anuncia ser mais rápido e refinado,<br />
destinando-se aos entusiastas da competição. Com apenas<br />
um composto disponível, to<strong>dos</strong> os pneus têm 5,5 mm de piso,<br />
que se posiciona entre os melhores para competição. Apesar<br />
de ser um pneu 1C, poderá, facilmente, em 2017, atingir a classificação<br />
de 1B na lista da MSA.<br />
Euromaster renova<br />
certificação ISO 9001<br />
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A Euromaster recebeu, pelo quinto ano consecutivo, a aprovação<br />
por parte da AENOR: o certificado de qualidade ISO 9001.<br />
No seguimento de um processo de avaliação realizado em<br />
Portugal e Espanha, a entidade certificadora validou os aspetos<br />
qualitativos da rede líder de mercado, basea<strong>dos</strong> nos valores<br />
de Profissionalismo, Apoio ao Cliente e Honestidade.<br />
A Euromaster é a insígnia que conta com mais centros certifica<strong>dos</strong><br />
ao abrigo deste reconhecido sistema, que avalia os méto<strong>dos</strong><br />
de trabalho e o apoio ao cliente disponibiliza<strong>dos</strong> nos<br />
centros de serviço, a nível nacional. A qualidade foi sempre<br />
uma referência no modo de trabalhar <strong>dos</strong> centros Euromaster.<br />
Todas oficinas têm presente este método como guia orientador<br />
nas suas operações do dia a dia, sendo que o importante<br />
é que o certificador externo, objetivo e independente, tenha<br />
validado a conformidade deste método de trabalho, que diferencia<br />
a marca Euromaster <strong>dos</strong> restantes concorrentes.<br />
<strong>Pneus</strong> Taurus apresenta Point 65<br />
A Taurus, marca centenária do Grupo Michelin, presente<br />
há 35 anos no setor da agricultura, associa potência com tradição<br />
e modernidade ao serviço <strong>dos</strong> agricultores. Equipa as<br />
máquinas <strong>dos</strong> produtores agrários que procuram um excelente<br />
compromisso entre preço e fiabilidade <strong>dos</strong> pneus para<br />
a sua maquinaria agrícola.<br />
Apresentada na feira Agroglobal (Valada do Ribatejo, de 7<br />
a 9 de setembro), a gama Taurus Point 65 destina-se a tratores<br />
de 65 a 180 cv, principalmente em<br />
explorações de policultivos-ganadaria,<br />
mas, também, para tratores de<br />
segunda mão. A gama amplia-se<br />
agora com três novas dimensões.<br />
Além das performances próprias<br />
da marca Taurus, como a qualidade,<br />
a fiabilidade e a resistência, o<br />
Point 65, pneu tubeless com tecnologia<br />
radial, caracteriza-se por<br />
dispor de uma escultura que preserva<br />
os solos para obter melhor<br />
rendimento.<br />
34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
Safame Comercial<br />
lançou novo GRIP <strong>40</strong>00<br />
A Safame Comercial, distribuidor, em regime<br />
de exclusividade, da marca AUTOGRIP<br />
para Espanha e Portugal, lançou o novo GRIP<br />
<strong>40</strong>00. A AUTOGRIP é uma marca de origem<br />
asiática que anuncia uma excelente relação<br />
qualidade/preço, contando com uma trajetória<br />
de mais de nove anos no mercado espanhol.<br />
O novo GRIP <strong>40</strong>0 está disponível em<br />
35 medidas, para jantes de 16” a 20” e índices<br />
de velocidade H, V, W e Y, estando previsto,<br />
por parte do fabricante, um aumento gradual<br />
da gama. Através deste lançamento, a<br />
AUTOGRIP reforça a sua filosofia de rápida<br />
adaptação à cada vez maior procura do mercado<br />
europeu. O novo GRIP <strong>40</strong>00 foi desenvolvido,<br />
especificamente, para SUV e crossovers,<br />
cobrindo mais de 90% das necessidades<br />
de mercado.<br />
Euromaster Portugal<br />
abriu loja online<br />
rede europeia da Euromaster abriu a sua loja online ao grande público, na qual os<br />
A clientes podem encontrar pneus e serviços de manutenção. Tudo a partir de um<br />
computador, tablet ou smartphone. A loja online da Euromaster Portugal beneficia da<br />
experiência da rede do Grupo Michelin em toda a Europa, onde o comércio eletrónico<br />
é já uma realidade importante. A loja online disponibiliza várias marcas de pneus<br />
selecionadas, oferecendo aos seus clientes uma escolha adaptada às necessidades de<br />
condução e económicas de cada um. Também são disponibiliza<strong>dos</strong> alguns serviços<br />
de manutenção, como a mudança de óleo e filtro ou a recarga do ar condicionado.<br />
Recentemente, a rede colocou à disposição <strong>dos</strong> utilizadores portugueses da Internet<br />
o e-booking, ferramenta de grande utilidade que permite a marcação de visitas às<br />
oficinas da rede de forma prática e rápida.<br />
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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35
Notícias<br />
ATG Galaxy Jumbo Hulk para escavadoras<br />
A ATG (Alliance Tire Group) apresentou o novo Galaxy Jumbo<br />
Hulk nas dimensões 16.9-28, pneu para o eixo traseiro de escavadoras<br />
sobre rodas, versátil e totalmente vocacionado para o<br />
trabalho. As escavadoras sobre rodas são máquinas multifunções<br />
e muito leves, pelo que são utilizadas com frequência para<br />
a remoção da terras em zonas de obras, tanto em estrada como<br />
fora dela. Em consequência, os pneus para estas máquinas devem<br />
estar prepara<strong>dos</strong> para enfrentar diversas zonas de operações.<br />
O pneu Galaxy Jumbo Hulk incorpora um desenho exclusivo<br />
para a banda de rodagem L4, pensada para uma utilização<br />
em condições extremas. As prestações melhoradas de autolimpeza<br />
e a extraordinária profundidade da sua banda de rodagem<br />
permitem excelente tração, enquanto a alta relação entre<br />
tacos proporciona uma área de contacto com o solo otimizada,<br />
reduzindo, por isso, o desgaste em superfícies abrasivas, como<br />
estradas asfaltadas.<br />
O Jumbo Hulk permite alcançar uma velocidade máxima de <strong>40</strong><br />
km/h, o que garante uma utilização deste tipo de escavadoras<br />
muito rápido e eficiente. Para além disso, a carga máxima de<br />
3.878 kg por pneu traseiro proporciona um<br />
enorme leque de opções para<br />
operações de movimentação<br />
de terras e areias.<br />
Alfa Romeo Giulia “calçado” com<br />
Bridgestone Potenza S001 Run Flat<br />
Há cerca de um ano, a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) assinou<br />
uma parceria com a Bridgestone exatamente por estar à<br />
procura de um conjunto de pneus de topo que pudessem equipar,<br />
de origem, o novo desportivo<br />
Alfa Romeo Giulia. A escolha<br />
recaiu no Potenza S001, em<br />
grande parte graças à sua capacidade<br />
de resposta no manuseamento<br />
e precisão durante a condução.<br />
A Bridgestone é pioneira<br />
no desenvolvimento de pneus<br />
Run Flat, oferecendo segurança<br />
aos condutores mesmo após<br />
uma situação de furo.<br />
To<strong>dos</strong> os pneus da Bridgestone estarão marca<strong>dos</strong> com as iniciais<br />
“AR” indicando que são equipamento de origem do novo Alfa<br />
Romeo Giulia. Esta não é a primeira vez que a marca italiana escolhe<br />
pneus premium da Bridgestone para equipar alguns <strong>dos</strong><br />
seus modelos. A lista inclui Potenza para os modelos 147, 156,<br />
159, Giulietta e MiTo.<br />
Novo centro de distribuição<br />
Michelin Ibérico<br />
Michelin Espanha-Portugal inaugurou um novo centro de<br />
A distribuição, em Castilla-La Mancha, com o qual se encerra<br />
o processo de reorganização da sua rede logística na Península<br />
Ibérica. Este armazém, que implicou um investimento de 32,5<br />
milhões de euros, tem uma capacidade de 52.000m 2 e dará<br />
serviço aos clientes do grupo de Espanha, Portugal e Andorra.<br />
O arranque deste centro de distribuição, na localidade toledana<br />
de Illescas, destina-se a melhorar o serviço para oferecer<br />
aos clientes Michelin uma maior disponibilidade de produto,<br />
tanto em quantidade como nas referências da sua gama de<br />
pneus. Esta localidade foi eleita para acolher a nova plataforma<br />
logística pela sua excelente localização, que permite um<br />
ágil e rápido acesso à rede de infraestrutura rodoviária da península.<br />
O novo edifício foi construído num tempo recorde de<br />
sete meses, num terreno de 1<strong>40</strong>.000 m 2 , com a possibilidade<br />
de ampliar a zona de armazenamento até 80.000 m 2 . As quase<br />
200 pessoas que vão trabalhar diariamente neste centro, vão<br />
tratar de manter as instalações operacionais de forma permanente.<br />
O centro de distribuição de Illescas, está preparado<br />
para gerir entre 100 a 120 camiões trailer diários, entre receção<br />
e expedição, capazes de entregar as encomendas em 24 horas<br />
em qualquer ponto da península, graças a uma rede de 28 plataformas<br />
de redistribuição, situadas a nove horas de rota por<br />
estrada, no máximo, do novo armazém. Com esta rede, o armazém<br />
vai poder produzir o tráfego necessário para entregar<br />
sete milhões de pneus anuais, entre mais de 3.000 referências<br />
para ligeiros, comerciais, 4x4, camião, autocarro, moto, scooter,<br />
agricultura e engenharia civil.<br />
36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
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Notícias<br />
Continental revelou sistema ContiConnect<br />
Continental anunciou, no IAA 2016, em<br />
A Hanover, o lançamento de um sistema de<br />
informação e gestão de pneus para frotas comerciais.<br />
A nova oferta, chamada “ContiConnect”,<br />
monitoriza, analisa e informa sobre a<br />
pressão e a temperatura <strong>dos</strong> pneus de toda a<br />
frota, com base em da<strong>dos</strong> recolhi<strong>dos</strong> pelos<br />
sensores do ContiPressureCheck. O ContiConnect<br />
avisa o gestor da frota e fornece medidas<br />
de correção caso seja necessário, por exemplo<br />
através de um parceiro Conti360.<br />
Um portal online fornece informação transparente<br />
sobre o desempenho <strong>dos</strong> pneus da<br />
frota e sobre a eficiência geral. Com lançamento<br />
agendado para o segundo trimestre<br />
de 2017, o ContiConnect estará disponível<br />
nos principais merca<strong>dos</strong> na Europa, continente<br />
americano e zona da Ásia-Pacífico. O<br />
sistema pode funcionar em várias configurações<br />
para ligar to<strong>dos</strong> os pneus de uma frota:<br />
pode ser usado tanto em veículos que estão<br />
vários dias na estrada, como nos que regressam<br />
para check-ups diários. Em combinação<br />
com o design modular do ContiPressureCheck,<br />
permite a recolha de da<strong>dos</strong> com um recetor<br />
estacionário no depósito ou uma unidade<br />
recetora em cada veículo e em tempo real,<br />
enquanto este está na estrada. Se os pneus<br />
atingirem um nível crítico, o ContiConnect<br />
envia um alerta e sugere o respetivo serviço,<br />
como, por exemplo, a mudança de pneu,<br />
para que seja feita a ativação imediata através<br />
do gestor de frota. Com a maior transparência<br />
do ContiConnect, os pneus percorrem<br />
mais quilómetros, duram mais tempo e permitem<br />
que seja poupado mais combustível.<br />
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38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39
Notícias<br />
Bridgestone revela<br />
vantagens do Tirematics<br />
A Bridgestone apresentou o Tirematics, programa de sistema de monitorização<br />
de pneus, no IAA 2016, salão de veículos comerciais que decorreu<br />
em Hanover. O sistema Tirematics combina todas as soluções de<br />
pneus da Bridgestone: sistemas de IT que usam sensores para monitorizar,<br />
transmitir e analisar a informação, em tempo real e remotamente,<br />
bem como a pressão e a temperatura de pneus de camiões comerciais<br />
e autocarros. A solução para frotas Tirematics proporciona aos operadores<br />
um valor adicional, ao apresentar uma abordagem proativa para a<br />
manutenção <strong>dos</strong> seus pneus antes do aparecimento de problemas graves,<br />
ajudando a reduzir o período inativo e as avarias, otimizando, por<br />
outro lado, o período de vida <strong>dos</strong> pneus e a poupança de combustível.<br />
Válvulas especiais localizadas nos pneus enviam da<strong>dos</strong> da pressão através<br />
da rede GSM ao servidor de da<strong>dos</strong> de frotas da Bridgestone. A pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus é avaliada em tempo real e, se estiver fora <strong>dos</strong> parâmetros<br />
predefini<strong>dos</strong>, é, automaticamente, enviado um email ao fornecedor<br />
do serviço e da frota, para que se atue imediatamente. Atualmente,<br />
mais de 100.000 pneus estão a ser monitoriza<strong>dos</strong> através do servidor,<br />
ultrapassando as 25.000 medições por dia.<br />
Projeto “Taraxagum”<br />
vence prémios na<br />
Automechanika 2016<br />
A Continental venceu o prémio Inovação na feira Automechanika<br />
2016, com o seu projeto “Taraxagum –<br />
<strong>Pneus</strong> de borracha de dente-de-leão”. Com este prémio,<br />
o júri reconheceu o trabalho de investigação e<br />
desenvolvimento que a empresa está a fazer. Planos<br />
a longo prazo para produzir uma parte da borracha<br />
usada nos seus pneus e noutros produtos a partir das<br />
raízes de dente-de-leão, estão, também, em curso.<br />
Ao cultivar o dente-de-leão russo perto da fábrica da<br />
Continental, são encurtadas as distâncias de transporte<br />
da borracha, o que reduz, significativamente, as<br />
emissões de CO 2<br />
. Desta forma, a Continental espera,<br />
também, ficar menos dependente <strong>dos</strong> desenvolvimentos<br />
do mercado mundial de borracha. O dentede-leão<br />
russo foi cultivado para permitir, a longo<br />
prazo, uma produção por hectar em quantidades<br />
semelhantes às da árvore de borracha tradicional, a<br />
“Hevea brasiliensis”, que existe nos trópicos. Os lotes<br />
iniciais desta borracha “Taraxagum” já foram usa<strong>dos</strong><br />
na produção de pneus de inverno para veículos de<br />
passageiros, pneus para veículos comerciais e em suportes<br />
para motores.<br />
Z Tyre mostra gama de pneus para comerciais em Hanover<br />
A gama Z Tyre passou a incluir no seu portefólio<br />
pneus para veículos comerciais. Deste<br />
modo, fez sentido que a marca se apresentasse<br />
no salão de veículos comerciais e pesa<strong>dos</strong> que<br />
decorreu em Hanover, na Alemanha.<br />
A nova gama de pneus Z para camiões consiste<br />
em 26 dimensões e inclui medidas entre as 17,5”<br />
e as 22,5”. A gama Z Tyre é vista como um produto<br />
económico e uma alternativa muito válida para<br />
o mercado de camiões e autocarros. Produzi<strong>dos</strong><br />
por uma das empresas líder asiáticas, depois de<br />
significantes investimentos em edifícios e áreas<br />
de teste, os pneus Z para veículos comerciais<br />
estão prontos para serem lança<strong>dos</strong> na Europa.<br />
Desenvolvi<strong>dos</strong> para utilização regional, a gama<br />
Z inclui aplicações de longo curso, produtos<br />
duráveis e fiáveis. To<strong>dos</strong> os pneus da marca Z<br />
foram desenha<strong>dos</strong> para aguentar condições de<br />
utilização extremas e são resistentes. A elevada<br />
qualidade desta gama também se reflete na etiqueta<br />
do pneu, com o ZRS2 a ostentar um “A” na<br />
aderência em piso molhado.<br />
<strong>40</strong> | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41
Notícias<br />
Tiresur Portugal tem novo diretor-geral<br />
A Tiresur renovou a direção geral da sua delegação portuguesa<br />
com a contratação de Armando Lima Santos, um profissional nascido<br />
em Portugal e com uma ampla experiência no setor <strong>dos</strong> pneus.<br />
Armando Lima Santos assume, desde já, as funções de general manager<br />
Portugal na empresa.<br />
O responsável é licenciado em Economia e tem uma pós-graduação<br />
em Gestão de Marketing pelo ISEG. Nos seus mais de 15 anos<br />
de experiência profissional, desempenhou vários cargos de responsabilidade<br />
em diversas áreas de atividade, tais como serviços<br />
bancários (Banco Mais S.A.), auditoria financeira (KPMG) e vendas<br />
(VRC Warehouse Technologies; Goodyear Dunlop). A sua experiência<br />
como profissional no setor <strong>dos</strong> pneus foi demonstrada nos mais<br />
de nove anos em que desempenhou diferentes cargos comerciais<br />
na Goodyear Dunlop, tendo trabalhado em várias delegações, tais<br />
como Portugal, Espanha e Brasil. Na última etapa do seu percurso<br />
na Goodyear, ocupou, em Espanha, o cargo de responsável do<br />
canal distribuição regional – pneus de turismo. Com esta contratação,<br />
a Tiresur Portugal continua a aposta clara na excelência da<br />
sua equipa humana, contando com profissionais altamente qualifica<strong>dos</strong>,<br />
com muito a acrescentar a uma companhia em crescimento<br />
contínuo e de vincado carácter internacional, que procura no dia a<br />
dia melhorar os seus processos, a sua eficiência e os seus resulta<strong>dos</strong>.<br />
Goodyear apresenta<br />
Urban CrossOver para<br />
Lexus UX<br />
A<br />
Lexus apresentou, no Salão Automóvel de Paris, o seu<br />
protótipo Lexus UX, equipado com os pneus conceptuais<br />
Goodyear Urban Crossover. Este veículo exclusivo está<br />
associado a pneus especiais, um exemplo da bem-sucedida<br />
colaboração entre as duas empresas. Quando a Lexus solicitou<br />
à Goodyear que desenvolvesse um pneu para a sua<br />
mais recente criação, definiu dois requisitos: explorar novas<br />
fronteiras de design do pneu e aplicar tecnologia avançada.<br />
Refletindo o design exclusivo do veículo, a Goodyear empenhou-se<br />
na filosofia inside-out, adotada pela Lexus para<br />
este modelo, que promove uma mistura <strong>dos</strong> elementos<br />
interiores do automóvel com os exteriores. Seguindo este<br />
princípio, os raios da jante integram-se, subtilmente, no<br />
design do flanco do pneu, criando uma característica exclusiva,<br />
em harmonia com o resto do veículo. As secções<br />
do flanco, perfeitamente integradas na roda, conferem ao<br />
pneu um aspeto de transição urbana. E o padrão do piso<br />
dá-lhe um aspeto dinâmico. Já o design do pneu é criado<br />
graças à sofisticada técnica de entalhe a laser da Goodyear.<br />
O pneu incorpora componentes avança<strong>dos</strong>, incluindo a<br />
Tecnologia SoundComfort da Goodyear, que utiliza um<br />
elemento de espuma de poliuretano de célula aberta ligado<br />
ao interior do pneu. Esta tecnologia amortece o pico<br />
sonoro da ressonância na cavidade do pneu, produzido<br />
quando o pneu rola sobre uma superfície, permitindo que<br />
o habitáculo do veículo seja extremamente silencioso.<br />
Já conhece os pneus Mitas que flutuam?<br />
Os pneus de altas prestações Mitas ajudaram o trator Claas Axos 320 de 4 toneladas<br />
a “caminhar” sobre a água. Os enormes pneus de flutuação fazem com que<br />
o trator suba de imediato assim que entra na água. Mas graças a uns milagrosos<br />
cálculos e ao princípio de Arquimedes, o trator conseguiu navegar, de forma eficaz,<br />
através do porto e regressou a terra sem que o capitão molhasse os pés.<br />
A Mitas, marca do Grupo Trelleborg, juntamente com os seus parceiros, levaram<br />
a cabo este pouco habitual truque na Holanda. Um <strong>dos</strong> pneus agrícolas maiores<br />
do mundo, o Mitas 1250/50 R 32 SFT, foi montado no eixo traseiro e outro modelo<br />
da Mitas, o 750/55 R30 SFT, foi colocado no eixo dianteiro. O peso total de<br />
um trator Claas Axos 320, com o depósito cheio de combustível, é de 4.068 kg.<br />
O volume <strong>dos</strong> pneus é de 685 litros com uma pressão nominal de 2,4 bar. Este<br />
pneu está à venda em todo o mundo.<br />
42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
Continental vai propor<br />
pneus inteligentes de série<br />
E<br />
m 2013, com o lançamento do sistema de monitorização de pressão de<br />
pneus ContiPressureCheck, a Continental abriu caminho para os pneus<br />
inteligentes. Agora, com a sua gama iTyre, o fabricante de pneus topo de<br />
gama dá a conhecer uma solução digital de verificação de pneus ainda mais<br />
amiga do utilizador. Os sensores ContiPressureCheck para medição da pressão<br />
e temperatura <strong>dos</strong> pneus são pré-instala<strong>dos</strong> na fábrica.<br />
Os sensores pré-instala<strong>dos</strong> não só poupam às empresas transportadoras<br />
o tempo gasto na instalação, como, também, os custos de montagem. A<br />
Continental garante que os sensores sejam corretamente instala<strong>dos</strong> e posiciona<strong>dos</strong><br />
dentro <strong>dos</strong> pneus. Atualmente, 22 das principais dimensões de<br />
pneus – especialmente os das linhas Conti Hybrid e Conti EcoPlus – estão,<br />
também, disponíveis como pneus iTyre. Os da<strong>dos</strong> medi<strong>dos</strong> no interior do<br />
pneu são continuamente grava<strong>dos</strong> e apresenta<strong>dos</strong> ao condutor num ecrã.<br />
Se a pressão se desviar do valor pretendido, o ContiPressureCheck avisa,<br />
imediatamente, o condutor, o que permite tomar as medidas necessárias<br />
para resolver o problema e fazer com que a pressão regresse, imediatamente,<br />
ao seu valor normal. O sistema ContiPressureCheck é, também,<br />
compatível com vários sistemas de telemática, o que significa que os da<strong>dos</strong><br />
sobre a pressão e temperatura podem ser vistos num ecrã integrado e<br />
transmiti<strong>dos</strong> a dispositivos externos.<br />
PUB<br />
C<br />
M<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43
Empresa<br />
Gonçalteam<br />
Política de proximidade<br />
Estar perto do cliente, prestando-lhe o serviço de assistência técnica que ele<br />
necessita. Foi este o motivo que levou a Gonçalteam a abrir uma filial na zona norte<br />
do país. A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> esteve presente na festa de inauguração<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
No passado dia 3 de setembro, to<strong>dos</strong> os<br />
caminhos foram dar à Gonçalteam,<br />
que inaugurou a sua filial na zona<br />
norte, mais concretamente na Trofa.<br />
Localizado na Zona Industrial do Soeiro, em<br />
São Mamede do Coronado, o novo edifício<br />
tem extraordinárias potencialidades. Que vêm,<br />
aliás, dar resposta aos novos desafios que se<br />
colocam à empresa de António Gonçalves.<br />
O novo espaço está devidamente apetrechado<br />
com armazém, loja, salas de formação e um<br />
grande show room, onde os clientes podem<br />
ver e experimentar os equipamentos. E é,<br />
também, através desta particularidade, que<br />
a Gonçalteam pretende fazer a diferença no<br />
mercado, apostando, por isso, num método<br />
de venda diferenciador. “Viemos para a zona<br />
norte para nos aproximarmos <strong>dos</strong> clientes de<br />
que dispomos nesta área geográfica do país.<br />
Já estávamos bastante enraiza<strong>dos</strong> no sul, onde<br />
temos, também, ótimas condições na nossa<br />
sede, no Casal do Marco, mas queríamos ter<br />
uma presença mais efetiva no norte”, revelou<br />
António Gonçalves, diretor-geral da empresa.<br />
w FORMAÇÃO É SOLUÇÃO<br />
Entre colaboradores, parceiros, clientes e amigos,<br />
foram muitos os que marcaram presença<br />
na inauguração da filial da zona norte. Até do<br />
estrangeiro vieram pessoas. E, isto, não é fruto<br />
do acaso. “Ao dispormos da representação <strong>dos</strong><br />
produtos HPA FAIP, começava a não fazer sentido<br />
estamos presentes fisicamente apenas<br />
na região da Grande Lisboa e não termos um<br />
serviço de assistência técnica mais perto <strong>dos</strong><br />
clientes da zona norte”, afirmou António Gonçalves.<br />
Que, de seguida, acrescentou: “Não era<br />
tanto a necessidade de termos dois espaços de<br />
venda. Sentimos que era necessário dispormos<br />
de dois polos de assistência técnica e apoio<br />
pós-venda”.<br />
O novo edifício veio proporcionar à Gonçalteam<br />
a possibilidade de expor toda a gama<br />
de equipamentos HPA, sem esquecer outras<br />
marcas, como a Paoli e a Wegmann, só para<br />
citarmos dois exemplos, de forma a que cliente<br />
e técnico possam, com eles, interagir. “Os equipamentos<br />
não estão fecha<strong>dos</strong> numa caixa nem<br />
estão na casa de ninguém”, assegurou o diretor-<br />
“AJUDAR É PRINCÍPIO<br />
CÁ DE CASA”<br />
Se existe característica que está inerente à filosofia<br />
da Gonçalteam, é a sua enorme dimensão<br />
humana. Ana e António Gonçalves não se<br />
esquecem de quem os ajudou nas alturas difíceis<br />
e, por isso, fazem <strong>dos</strong> atos de solidariedade<br />
uma das “regras” da empresa que gerem.<br />
Por outras palavras, tornou-se apanágio da<br />
casa ajudar os outros sempre que possível.<br />
Desta vez, a Gonçalteam adquiriu um stock<br />
gigante de peças decorativas e utilitárias, que,<br />
depois, foram vendidas. O valor daí resultante<br />
reverteu, na íntegra, a favor <strong>dos</strong> Bombeiros<br />
Voluntários da Trofa. Gesto que os solda<strong>dos</strong><br />
da paz desta cidade nortenha agradeceram.<br />
Da esq.ª para a dta.: Filipe Coutinho; 2.°<br />
Comandante <strong>dos</strong> B.V. da Trofa; António Gonçalves,<br />
diretor-geral da Gonçalteam; João Bolar, 1.°<br />
Comandante <strong>dos</strong> B.V. da Trofa; José Ferreira,<br />
presidente da Junta de freguesia de São Romão e<br />
São Mamede do Coronado<br />
-geral da empresa. E acrescentou: “Temos os<br />
equipamentos expostos a funcionar. Sempre<br />
que o cliente queira, o nosso técnico pode<br />
esclarecer dúvidas no local”.<br />
A recém-inaugurada filial do norte permite à<br />
Gonçalteam dar formação ao cliente. “Estamos<br />
a dar formação de áreas de negócio. Não tem<br />
a ver com o equipamento A, B ou C”, enfatizou.<br />
“O que pretendemos é que o cliente venha<br />
até nós e esclareça dúvidas. Este novo edifício<br />
permite tornar tudo isso possível”, concluiu. ♦<br />
Gonçalteam<br />
Diretor-geral António Gonçalves | Sede Rua Quinta das Rosas, n.° 19, Zona Industrial Casal do Marco, 28<strong>40</strong> – 131 Paio Pires<br />
| Telefone 212 251 578 | Fax 212 251 397 | Email geral@goncalteam.pt | Site www.gteam.com.pt<br />
44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45
Empresa<br />
Auto-<strong>Pneus</strong> Gasolinas<br />
Símbolo da região<br />
Situada em Alfeizerão, a Auto-<strong>Pneus</strong> Gasolinas é uma oficina muito<br />
peculiar que pertence à rede First Stop. Liderada por Bruno Pereira,<br />
personalidade que tem uma história de vida muito curiosa, deve ser<br />
vista como um autêntico símbolo da região<br />
VEJA O VÍDEO<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Não existe ninguém em Alfeizerão que<br />
não conheça o “Gasolinas”. E quem<br />
diz em Alfeizerão, diz no concelho<br />
de Alcobaça, no distrito de Leiria ou<br />
até mesmo no distrito de Portalegre, só para<br />
citarmos alguns exemplos. Bruno Pereira é<br />
quem comanda os destinos da Auto-<strong>Pneus</strong><br />
Gasolinas, que fomos conhecer numa soalheira<br />
manhã de sábado, em pleno mês de setembro.<br />
Mas, antes de mais, a que se deve a alcunha de<br />
“Gasolinas”? Bruno Pereira, no tom simpático,<br />
brincalhão e frontal que o caracteriza, recua<br />
aos seus tempos de infância: “Com nove anos,<br />
já abastecia veículos e lavava-lhes os vidros,<br />
juntamente com amigos. Recebia gorjetas por<br />
essa tarefa. Havia dias, que ganhava três mil<br />
escu<strong>dos</strong>, o que era uma quantia respeitável<br />
naquela época”, recorda à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />
Corria o ano de 1991 quando aconteceu um<br />
lapso que viria a dar origem à alcunha de Bruno<br />
Pereira. “Um dia, enganei-me a pôr combustível.<br />
Coloquei gasolina num veículo que era a<br />
gasóleo. Nos dias que se seguiram, fui motivo<br />
de chacota, quer por parte de José Bento, proprietário<br />
de uma empresa de frio (Fribento),<br />
quer <strong>dos</strong> meus amigos. Desde esse dia, passei<br />
a ser o “Gasolinas”. Alcunha que, de resto, está<br />
na origem do nome Auto-<strong>Pneus</strong> Gasolinas.<br />
w CRESCER COM PNEUS<br />
Desde tenra idade que Bruno Pereira lida com<br />
automóveis e motos. Muito graças a José Bento,<br />
vizinho na aldeia a quem o “Gasolinas” dava<br />
assistência nas corridas de moto4. Os pneus<br />
fizeram, desde muito cedo, parte do seu vocabulário.<br />
Por outras palavras, Bruno Pereira já<br />
tratava estes componentes na segunda pessoa<br />
do singular. Daí até ter começado a trabalhar no<br />
negócio <strong>dos</strong> pneus, foi um pequeno passo. “Aos<br />
14 anos, comecei a tomar conta de uma casa de<br />
pneus que existia em Alfeizerão, propriedade<br />
de um holandês”, revela. “Grande parte do que,<br />
hoje, sei no setor <strong>dos</strong> pneus, devo-o ao meu<br />
antigo patrão, que era, aliás, uma excelente<br />
pessoa”, frisa, em jeito de homenagem.<br />
Anos mais tarde, mais concretamente em<br />
1998, Bruno Pereira abria a sua primeira casa<br />
de pneus, em Vale Maceira. “Trabalhava sozinho<br />
num espaço onde mal cabia um veículo”,<br />
recorda. Na altura, “pedi crédito ao Millennium,<br />
adquiri máquinas antigas e solicitei à Fedima,<br />
46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
na pessoa do Carlos Marques, que me colocasse<br />
um pequeno stock de pneus”. Ao fim de ano e<br />
meio, o “Gasolinas” contratou o seu primeiro<br />
colaborador. No ano 2000, comprou o trespasse<br />
ao seu antigo patrão holandês e fez obras no<br />
espaço. Até que, em 2002, fechou a primeira<br />
casa onde começou a trabalhar. Para, em 2006,<br />
abrir o espaço onde, atualmente, se encontra,<br />
tendo contratado uma pessoa (Inês Santos)<br />
para gerir toda a equipa. Contudo, o percurso<br />
de Bruno Pereira não foi fácil. “Basicamente,<br />
trabalhava nas instalações que adquiri ao meu<br />
antigo patrão holandês para investir nas novas.<br />
Mas, antes disso, estive cerca de ano e meio<br />
w AGENTE FIRST STOP<br />
A Auto-<strong>Pneus</strong> Gasolinas ocupa uma área total<br />
de 500 m2, onde uma equipa de nove colaboradores<br />
realiza serviços relaciona<strong>dos</strong> com<br />
pneus, reparações de jantes e mecânica rápida.<br />
Sempre com equipamentos de topo e sem<br />
esquecer a assistência ao cliente. <strong>Pneus</strong> em<br />
stock, são cerca de 7.000. Além de pneus novos<br />
de todas as marcas, com particular incidência<br />
nas Bridgestone e Firestone, a oficina de Bruno<br />
Pereira comercializa, sempre que necessário,<br />
pneus usa<strong>dos</strong> e recauchuta<strong>dos</strong>, ainda que em<br />
proporções bastante inferiores. Os pneus ligeiros<br />
e agrícolas são o forte da oficina, que não<br />
tanta concorrência, há que fazer a diferença.<br />
Além do serviço de qualidade, faço questão<br />
de ir tomar o pequeno-almoço com um cliente<br />
diferente to<strong>dos</strong> os dias. Na vila, as pessoas valorizam<br />
isto. Há muitos anos que vendo pneus<br />
usa<strong>dos</strong>. Mas não tenho especial interesse em<br />
vendê-los. Até porque, com o lançamento da<br />
marca Dayton através da rede First Stop, sendo<br />
este um produto de qualidade a preço mais<br />
acessível, o pneu usado deixou de compensar.<br />
Ninguém anda seguro com um pneu usado.<br />
Este é como que um chamariz. Nós temo-lo<br />
para desenrascar o cliente”.<br />
A chegada da First Stop ao negócio de Bruno<br />
Pereira é outra história curiosa. “Veio por intermédio<br />
de António Ferreira, de Lisboa, do qual<br />
sou amigo. Quando tinha a minha primeira casa<br />
de pneus, em Vale Maceira, ele trabalhava na<br />
Bruno Pereira, também conhecido por “Gasolinas”<br />
(em baixo), comanda os destinos da Auto-<strong>Pneus</strong><br />
Gasolinas. A manager da equipa é Inês Santos<br />
a trabalhar à noite numa empresa da região,<br />
já depois de ter aberto a minha primeira casa<br />
de pneus”, revela.<br />
Mas seria durante uma viagem de fim de semana<br />
aos Açores, corria o ano de 2002, que o<br />
negócio do “Gasolinas” daria um salto. “Quando<br />
visitei os Açores, conheci um habitante que<br />
me passou a comprar pneus, o que permitiu<br />
fazer crescer bastante o meu negócio. Ainda<br />
vendi pneus para os Açores entre seis a oito<br />
anos”, explica.<br />
rejeita, contudo, a venda de pneus pesa<strong>dos</strong><br />
para clientes certos.<br />
Há cerca de dois anos, o “Gasolinas” abriu um<br />
centro de lavagens, mesmo ao lado da casa<br />
de pneus. “O intuito foi fazer crescer o negócio.<br />
Funciona como um chamariz. Uma coisa<br />
puxa a outra”, revela. Sobre os pneus usa<strong>dos</strong>,<br />
Bruno Pereira tem uma visão muito particular:<br />
“A minha oficina situa-se como a que a meio<br />
caminho entre as Caldas da Rainha e Alcobaça.<br />
Para cada lado, existem cerca de 18 concorrentes.<br />
Portanto, são 36 no total. No meio de<br />
Bridgestone e Firestone. Sempre que passava à<br />
minha porta, via entre <strong>40</strong>0 a 500 pneus novos<br />
expostos das medidas mais requisitadas. Como<br />
a minha casa estava decorada com artigos da<br />
Bridgestone, em particular da Fórmula 1, António<br />
Ferreira começou a deixar-me material de<br />
merchandising das marcas que representava.<br />
Mais tarde, quando abri a primeira casa em<br />
Alfeizerão, passou a trazer-me autocolantes<br />
da First Stop, que comecei a colocar nos contentores<br />
que faziam de armazém de pneus”,<br />
conta. Para além de alinhar na Baja Portalegre<br />
500 com a sua moto, sendo a competição, aliás,<br />
um excelente meio de publicitar a oficina, o<br />
“Gasolinas” tem os olhos postos no futuro:<br />
“Todo o dinheiro que tenho ganho, invisto. “Nos<br />
próximos dois anos, pretendo implementar<br />
zonas diferenciadas de manutenção de veículos,<br />
onde o automóvel da marca “X” não se<br />
misture com o da marca “Y”. O meu objetivo<br />
passa por desenvolver o setor automóvel na<br />
região”, conclui. ♦<br />
Auto-<strong>Pneus</strong> Gasolinas<br />
Gerente Bruno Pereira | Sede Estrada Nacional 8, Rua Barba Torta, 2460 – 191 Alfeizerão | Telefone 961 721 291 | Fax 262 980 112<br />
Email autopneusgasolinas@live.com.pt | Sites https://autopneusgasolinas.wordpress.com; www.autopneusgasolinas.com<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47
Empresa<br />
Eurocofema<br />
Círculo perfeito<br />
Quando se trata de equipar uma oficina ou casa de pneus, a Eurocofema apresenta<br />
o círculo perfeito. Comercializa produtos para a área de mecânica, pintura e pneus.<br />
E tem uma marca própria: a ECF<br />
Por: Jorge Flores<br />
Muito mudou na vida da Eurocofema.<br />
A empresa de Ermesinde,<br />
especializada em equipamentos<br />
para oficinas e casas de pneus,<br />
inicialmente denominada por Cofema, iniciou<br />
a sua atividade ainda em 1980, graças ao empenho<br />
de Adão Couto Barbosa, um profundo<br />
conhecedor de importantes fornecedores de<br />
ferramentas da região.<br />
No ano 2000, a empresa assume o nome de<br />
Eurocofema, inspirado na entrada de Portugal<br />
na moeda única. E uma nova liderança: a de<br />
Jorge Barbosa, filho do fundador. “Passou num<br />
instante. Parece que foi ontem”, reconhece.<br />
A empresa tem conseguido manter um<br />
crescimento sustentado ao longo <strong>dos</strong> anos.<br />
O responsável tem uma grande “noção da<br />
realidade”, prefere manter os pés bem assentes<br />
no chão e cumprir sempre com as suas<br />
obrigações para com os clientes. Mais do que<br />
um crescimento fulgurante. Assume que o<br />
negócio terá sempre “altos e baixos”, mas<br />
que está a correr “muito bem”. A aposta na<br />
importação direta de produtos e, mais ainda,<br />
na criação de uma marca própria de equipamentos,<br />
a ECF, em 2007, foi “ousada”, mas<br />
relevou-se um sucesso. “Temos tido um bom<br />
retorno <strong>dos</strong> nossos clientes. Estão satisfeitos”,<br />
garante Jorge Barbosa à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />
w QUALIDADE EM NOME PRÓPRIO<br />
A Eurocofema tem como clientes tanto as<br />
oficinas como as casas de pneus. Os produtos<br />
em stock são múltiplos: elevadores auto,<br />
máquinas para pneus, extração de gases, equipamentos<br />
de lubrificação, cabinas e áreas de<br />
pintura. Infravermelhos e macacos hidropneumáticos.<br />
No fundo, a empresa “pode equipar,<br />
completamente, uma oficina ou uma casa de<br />
pneus. Hoje em dia, de resto, as realidades<br />
confundem-se. “A oficina mistura os pneus,<br />
assim como os pneus se misturam na oficina”,<br />
refere Jorge Barbosa. “As casas não gostam de<br />
deixar fugir o cliente. Nesse contexto, entra,<br />
também, a Eurocofema. Quem quiser começar<br />
a trabalhar com pneus, tem à disposição o<br />
nosso equipamento. Com a ECF, oferecemos<br />
preço e qualidade”, explica o responsável da<br />
empresa que, atualmente, consegue o círculo<br />
perfeito em termos de equipamento oficinal:<br />
mecânica, pintura e pneus.<br />
48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
w MERCADO MUITO ESTRANHO<br />
A empresa de Ermesinde dispõe de dois armazéns,<br />
cada qual com 600 m 2 , e continua<br />
a acreditar numa estrutura leve. A equipa é<br />
composta por nove funcionários, apesar de<br />
Jorge Barbosa estar a ponderar reforçá-la, em<br />
breve. “Mas não é fácil arranjar pessoal para<br />
trabalhar. Na parte técnica, então, é muito<br />
difícil”, lamenta o responsável.<br />
O gerente da Eurocofema admite ter trunfos<br />
na manga para o futuro. Mas prefere man-<br />
muito altos de competitividade no mercado<br />
<strong>dos</strong> equipamentos, nomeadamente, com a<br />
internacionalização <strong>dos</strong> seus produtos. Mas<br />
não deixa de lamentar determinadas situações.<br />
“Anda por aí muita concorrência com<br />
equipamento parecido, mas de qualidade<br />
bastante inferior. Ainda recentemente, numa<br />
feira, houve clientes que me pediram para<br />
fazer assistência a esses produtos. Tinham<br />
lá alguns equipamentos nossos, mas, depois,<br />
foram comprar mais baratos. A troco<br />
Equipamentos ECF<br />
FIRST STOP EM AMARANTE<br />
w w Os equipamentos da marca ECF, da<br />
Eurocofema, são os grandes protagonistas<br />
do novo posto da First Stop, no centro da<br />
cidade de Amarante, no acesso à A4: a<br />
Leite & Janeiro Lda. Álvaro Leite e Carlos<br />
Janeiro, primos e sócios, detêm já grande<br />
experiência neste meio, pois assimilaram<br />
know-how em outros projetos empresariais<br />
no setor <strong>dos</strong> pneus e desafiaram, agora, os<br />
fornecedores habituais. E conseguiram,<br />
de modo a garantir os equipamentos de<br />
melhor qualidade, como os da marca ECF,<br />
da Eurocofema.<br />
Inaugurado no passado dia 16 de julho,<br />
a Leite & Janeiro, localizada em Lomba,<br />
Amarante, vem oferecer à região to<strong>dos</strong> os<br />
serviços que a rede First Stop preconiza,<br />
nomeadamente pneus, revisão oficial<br />
<strong>dos</strong> veículos (sem perder a garantia do<br />
fabricante) e serviços rápi<strong>dos</strong>.<br />
ter o segredo. O mercado de equipamentos<br />
tem as suas vicissitudes. E 2016 foi um ano<br />
“muito estranho”, afirma. Os negócios em Angola<br />
e Moçambique pararam. E a atividade<br />
interior ressentiu-se. Ainda assim, “tivemos<br />
um início de ano bom, ao contrário do que<br />
muitas pessoas previam. Em março, houve<br />
uma quebra, mas continuámos a trabalhar.<br />
Depois, crescemos até acima <strong>dos</strong> objetivos”,<br />
sublinha Jorge Barbosa.<br />
No mercado <strong>dos</strong> pneus, em concreto, a Eurocofema<br />
continua a dispor, em stock, de equipamentos<br />
da marca italiana Sice. “Em matéria<br />
de máquinas de alinhamentos,” continua a ser<br />
importante”. Além disso, “estamos a pensar na<br />
eventualidade de importar uma nova marca”.<br />
Mas o investimento maior é na marca própria.<br />
Jorge Barbosa define a gama da ECF, neste<br />
capítulo, como uma “segunda linha”, sim. Mas<br />
de grande utilidade para “quem pretende arrancar<br />
com um negócio <strong>dos</strong> pneus”, esclarece.<br />
w COMPETIÇÃO (DEMASIADO) FEROZ<br />
Jorge Barbosa está habituado a lidar com a<br />
concorrência. Preparou-se para a enfrentar e<br />
tem mantido a Eurocofema dentro de níveis<br />
Especializada em equipamentos para oficinas e<br />
casas de pneus, a empresa iniciou a sua atividade<br />
em 1980, como Cofema. No ano 2000, alterou a<br />
sua designação para Eurocofema<br />
de pouco menos, trocaram-nos. E, depois,<br />
solicitam-nos assistência técnica”, confidencia.<br />
“Recusei!”, dispara Jorge Barbosa. Porquê?<br />
“Desde o momento em que pomos a mão na<br />
cria, o filho passa a ser nosso. To<strong>dos</strong> os problemas,<br />
depois, passam a ser nossos”, ilustra<br />
o responsável, que, em muitos casos, teria a<br />
solução para estes problemas, mas que, por<br />
uma questão princípio, não interfere. Na opinião<br />
do gerente, “existe muito equipamento<br />
semelhante. Poderia mandar vir mais barato.<br />
Mas não vale a pena. Não compensa. Prefiro<br />
ter preço e qualidade. Só o preço não vale a<br />
pena”, assegura.<br />
A Eurocofema orgulha-se de não ter problemas<br />
com os equipamentos da marca ECF, to<strong>dos</strong> eles<br />
sujeitos a controlos de qualidade rigorosos.<br />
Nem poderia ser de outra forma. Para Jorge<br />
Barbosa, “nem um parafuso pode estar fora do<br />
sítio”, confidencia. Faz-lhe muita confusão. ♦<br />
Eurocofema<br />
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Gestão<br />
Atendimento personalizado<br />
Exceder as expectativas<br />
Proporcionar um serviço integral focado na satisfação do cliente deve ser<br />
o objetivo a alcançar pelas oficinas. Não só para que ele volte, mas, também, para<br />
que o recomende a outras pessoas<br />
Parece óbvio que a principal finalidade<br />
de uma oficina de pneus é assegurar<br />
uma correta montagem de pneus e<br />
respetivo alinhamento da direção.<br />
Podemos pensar que a qualidade e a rapidez<br />
destas operações são os fatores mais determinantes<br />
na reputação da oficina. Nada mais<br />
longe da realidade. Não nos podemos esquecer<br />
do elemento, provavelmente, mais importante<br />
do automóvel: o proprietário, o seu cliente.<br />
Os clientes procuram, cada vez mais, não só,<br />
um trabalho técnico excelente para o seu veículo,<br />
mas, também, uma experiência agradável<br />
na oficina à qual se dirigem. E este aspeto é<br />
tão ou mais importante do que o motor ou a<br />
carroçaria de um automóvel.<br />
Cada cliente é uma pessoa única, com diferentes<br />
conhecimentos e necessidades e com uma<br />
personalidade distinta de todas as outras. Por<br />
conseguinte, o atendimento personalizado<br />
é um <strong>dos</strong> aspetos que conferem mais valor<br />
à oficina. Mas, para isso, é preciso conhecer<br />
bem o público a quem se dirige.<br />
O primeiro fator a ter em conta é que a pessoa<br />
que entra na oficina tem um problema e vê<br />
na sua casa a solução. O cliente escolheu o<br />
seu negócio e a forma como lhe solucionar o<br />
problema determinará que ele volta a confiar<br />
nos serviços da oficina. É uma relação bilateral:<br />
o cliente precisa da oficina e a oficina precisa<br />
do cliente. É a pessoa mais importante do<br />
negócio. Podemos dizer que, quem tem um<br />
cliente, tem um “tesouro”.<br />
w DOIS TIPOS DE CLIENTES<br />
Tal como referimos, cada cliente é um mundo<br />
e é imprescindível que a oficina se foque nas<br />
suas necessidades. Podemos dividir os clientes<br />
em dois grupos: os clientes atuais e os clientes<br />
potenciais. Temos de preocupar-nos em<br />
manter os primeiros e em atrair os segun<strong>dos</strong>.<br />
Se conseguir manter os clientes que tem, os<br />
50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
novos virão também.<br />
Frequentemente, esquecemo-nos que o difícil<br />
não é atingir uma meta, mas sim mantê-la.<br />
Com os clientes, acontece o mesmo. Por vezes,<br />
centramos o esforço em conseguir novos e<br />
esquecemo-nos <strong>dos</strong> que temos. Por isso, temos<br />
de assegurar que os clientes ativos permanecem<br />
satisfeitos.<br />
Em primeiro lugar, importa conhecer o público-<br />
-alvo ao qual se dirige. A tipologia de clientes<br />
de uma oficina é ampla. Desde o cliente particular<br />
às empresas, passando pelos clientes<br />
das gestoras de frotas ou de seguros. Cada<br />
um tem determinadas necessidades e o atendimento<br />
deve ser adaptado às mesmas. É tão<br />
importante cuidar do cliente particular, que<br />
se costuma dirigir à oficina por proximidade,<br />
como da empresa com uma frota de veículos,<br />
que assegura receitas mais ou menos estáveis.<br />
Por conseguinte, o bom atendimento torna-se<br />
numa responsabilidade ainda maior. E, naturalmente,<br />
o mesmo se passa se a oficina colaborar<br />
com alguma empresa de seguros, onde o<br />
cliente já paga uma quota anual e espera um<br />
atendimento em conformidade.<br />
w FALAR O MESMO IDIOMA<br />
A pessoa que solicita os serviços de uma oficina<br />
depara-se com um contratempo. Não podemos<br />
esquecer que um automóvel é <strong>dos</strong> investimentos<br />
mais importantes realiza<strong>dos</strong> por um<br />
indivíduo ao longo da sua vida. Há que saber<br />
identificar, não só, o problema, mas também,<br />
que entender a psicologia de um cliente que<br />
chega preocupado. É muito importante que<br />
se coloque no lugar dele.<br />
Não será necessariamente um especialista em<br />
mecânica, pelo que, muitas vezes, temos de<br />
entender o que ele nos quer dizer e manter em<br />
to<strong>dos</strong> os momentos uma atitude de ajuda. Há<br />
que recebê-lo com um sorriso, ser amigável e<br />
acessível. Deve ver no pessoal da oficina uma<br />
predisposição para solucionar qualquer problema.<br />
Que sinta e saiba que a oficina está à<br />
sua disposição, portanto.<br />
As explicações que recebe devem ser claras<br />
e precisas. Não é conveniente alongar as explicações<br />
e transformar o que deve ser uma<br />
conversa num monólogo. Quando caímos<br />
neste erro, costumamos cometer outro: dar<br />
explicações sem ter em conta se o cliente nos<br />
entende ou não.<br />
Quando um cliente se dirige à oficina, o mínimo<br />
que espera é que solucionem o seu problema.<br />
Empatizar com ele será fundamental. Pormenores<br />
como apresentar-se e tratar o cliente<br />
pelo nome irão, seguramente, fazer com que<br />
se sinta mais confortável e convencido de que<br />
se dirigiu ao sítio certo. Sempre com respeito,<br />
sem exceder os limites da cordialidade. Não se<br />
limite a perguntar o nome. Tente lembrar-se do<br />
nome do cliente quando ele voltar para que<br />
sinta que é único. Isso é algo que os clientes<br />
agradecem, saber que não são simples números,<br />
que a oficina os vê como pessoas com<br />
nome e apelido.<br />
w ATITUDE CORRETA<br />
Embora possa parecer difícil, os funcionários<br />
devem deixar os seus problemas de lado<br />
quando estão na oficina. As pessoas que<br />
entram na oficina nem sempre trazem o seu<br />
melhor sorriso, mas isso pode mudar caso encontrem<br />
um funcionário atento, que os escuta<br />
e que mostra interesse no que estão a dizer.<br />
A informação dada pelo cliente, os seus sentimentos,<br />
os seus motivos, tudo tem de ser<br />
interiorizado para um melhor atendimento.<br />
Uma atitude cordial e aberta, indicando que<br />
confiamos nas suas palavras, mostrará ao<br />
cliente que está na oficina certa. Para isso, é<br />
necessário aceitar, também, as suas opiniões,<br />
pois não pensamos to<strong>dos</strong> da mesma forma e<br />
é possível que ele tenha alguma ideia melhor<br />
do que a nossa. Evite ouvir o cliente enquanto<br />
pensa apenas em argumentos contrários como<br />
resposta. Uma atitude negativa pode gerar desconfiança.<br />
Não se deixe guiar por preconceitos<br />
nem se convença que sabe tudo.<br />
Quando estamos a falar com um cliente, devemos<br />
evitar distrações externas. Toda a atenção<br />
deve estar focada no que ele nos está a dizer.<br />
Dessa forma, não irá ignorar informações que<br />
sirvam para identificar o problema e saberá<br />
como prestar o melhor serviço. As distrações<br />
não resultam apenas de fatores externos. Não<br />
deve prestar atenção aos defeitos de comunicação<br />
do cliente: a vocalização, se tem tiques<br />
ou manias, se gagueja. O importante é o que<br />
ele diz. Olhar a pessoa nos olhos é sinal de que<br />
estamos a prestar atenção e gera confiança<br />
no interlocutor.<br />
O vocabulário também é importante. Frases do<br />
tipo “Em que posso ajudar?” ou “Estamos ao seu<br />
dispor”, mostrarão ainda mais ao cliente que<br />
nos preocupamos com ele e que a sua opinião<br />
é a mais importante. Num mundo empresarial<br />
com tanta concorrência, o atendimento<br />
ao cliente pode fazer a diferença.<br />
w O PRIMEIRO CONTACTO<br />
Não estamos a referir-nos, exclusivamente, aos<br />
clientes que se dirigem diretamente à oficina. O<br />
primeiro contacto entre estes e a oficina pode<br />
ocorrer de várias formas e cada uma delas requer<br />
determinadas atuações, embora todas<br />
estejam focadas em prestar um bom serviço.<br />
Uma pessoa poderá realizar um primeiro<br />
contacto telefónico para informar-se sobre os<br />
serviços da oficina ou solucionar uma dúvida.<br />
É necessário dar a melhor resposta possível,<br />
informá-lo sobre os preços, os tempos e os serviços<br />
de forma clara. E, caso pretenda recorrer<br />
à oficina, proporcionar-lhe uma marcação para<br />
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Gestão<br />
Atendimento personalizado<br />
A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA PRIMEIRA IMPRESSÃO<br />
que se dirija à oficina e trate do seu problema<br />
pessoalmente.<br />
Quando as consultas forem efetuadas através<br />
da web, email ou, inclusivamente, das redes<br />
sociais, também é necessário dar uma resposta<br />
o mais rápida e completa possível. E prestar<br />
atenção tanto à redação como à ortografia,<br />
também é parte da imagem que passamos.<br />
Este é um aspeto muito importante que muitas<br />
oficinas não têm em conta e pode ser prejudicial,<br />
acabando por afastar clientes. Embora o<br />
boca a boca continue a ser a principal fonte de<br />
reputação, as novas tecnologias permitem dar<br />
um passo à frente. Permitem que um cliente<br />
que não tem referências e procura oficinas<br />
de confiança na Internet perto da sua zona<br />
encontre o nome da sua.<br />
Mas na maioria <strong>dos</strong> casos, a comunicação é<br />
No atendimento ao cliente feito de forma<br />
correta, existe uma área fundamental: a receção<br />
na oficina. É o local onde vai acontecer<br />
o primeiro contacto. Portanto, faz parte da<br />
imagem global que o cliente vai percecionar<br />
da oficina.<br />
A oficina poderá ter o melhor equipamento,<br />
os melhores profissionais e as melhores instalações,<br />
mas essa realidade tem de ser evidente<br />
para o cliente. E é na entrada que se<br />
vende esta imagem, pelo que as pessoas que<br />
recebem os clientes, tornam-se assessores de<br />
serviço que têm de estar preparadas para o<br />
atendimento ao público.<br />
A imagem é parte fundamental. A entrada<br />
deve estar limpa e ordenada para criar uma<br />
perceção de boa organização. Nela, devem<br />
constar algumas informações que o cliente<br />
possa valorizar. É conveniente que se encontre<br />
em lugar visível, por exemplo, o preço da<br />
hora de trabalho, o direito a solicitar orçamentos<br />
detalha<strong>dos</strong> ou faturas, a existência<br />
de formulários de reclamação ou o horário.<br />
A oficina pode ser dividida em três espaços:<br />
a área de receção/entrega de veículos, a zona<br />
de atendimento ao cliente e a sala de espera<br />
para os clientes. Esta disposição é a ideal<br />
mas dependerá, naturalmente, do espaço<br />
existente na oficina.<br />
A entrada é o local onde se capta o cliente.<br />
Por isso, tudo tem de estar em sintonia. O<br />
pessoal responsável pelo atendimento deve<br />
estar preparado para oferecer ao cliente as<br />
soluções que ele procura. É o momento de<br />
esclarecer todas as dúvidas e inquietações.<br />
Se ele sair totalmente esclarecido, a sua satisfação<br />
será maior.<br />
A pessoa que atende, pela primeira vez, o<br />
cliente é, também, um comercial, que ajuda<br />
o cliente e lhe vende serviços, um técnico<br />
que valoriza o problema e um administrativo<br />
que elabora orçamentos. Nestes momentos,<br />
a pessoa que estabelece o primeiro contacto<br />
com o cliente é a cara visível da oficina e a<br />
primeira imagem da mesma. Muitas oficinas<br />
já apostam em contratar trabalhadores<br />
com este perfil. Alguém que saiba atender o<br />
cliente, mas que, também, possa fazer trabalhos<br />
mecânicos. Um posto cada vez mais<br />
necessário.<br />
O funcionamento do resto do negócio depende<br />
da capacidade de organização na receção<br />
de veículos. Na receção ou escritório que<br />
administre a oficina, deve conhecer a carga<br />
de trabalho existente para não exceder nem<br />
ficar aquém da capacidade da mesma. Deve<br />
saber gerir os tempos e conhecer o ritmo de<br />
trabalho.<br />
Sempre que possível, é importante ter um sistema<br />
de marcações prévias, para que os clientes<br />
não tenham de esperar muito tempo para<br />
serem atendi<strong>dos</strong>. Por conseguinte, ao organizar<br />
o trabalho, um bom rececionista deve<br />
saber reservar tempo para as contingências<br />
que possam surgir, como trabalhos urgentes<br />
ou inespera<strong>dos</strong>. Por exemplo, a chegada de<br />
automóveis em reboques, serviços rápi<strong>dos</strong><br />
ou clientes que surjam sem marcação prévia.<br />
Por tudo isto, o perfil da pessoa que atende<br />
o cliente deverá ter determinadas características<br />
específicas:<br />
l Amável, atento, responsável;<br />
l Competente. Com bons conhecimentos<br />
técnicos;<br />
l Alta capacidade de comunicação para<br />
transmitir bem a mensagem ao cliente;<br />
l Eficiente e organizado. Deve saber gerir<br />
o seu posto;<br />
l Bom vendedor;<br />
l Dinâmico e rápido a reagir. Para dar resposta<br />
imediata ao cliente;<br />
l Honesto.<br />
direta e pessoal, com o cliente na oficina, em<br />
pessoa. Este é o primeiro e mais importante<br />
teste que vai enfrentar. E com o examinador<br />
mais exigente, que está atento a to<strong>dos</strong> os detalhes.<br />
A primeira coisa que vai observar é o<br />
aspeto exterior da sua oficina. Cartazes apelativos<br />
e claros são a chave. Devem chamar a<br />
atenção e mostrar, também, informação sobre<br />
os serviços presta<strong>dos</strong> pela oficina, bem como<br />
os da<strong>dos</strong> de contacto.<br />
w É IMPRESCINDÍVEL SABER O MÁXIMO POSSÍVEL<br />
O tempo do cliente é de ouro. É necessário<br />
atender o cliente com a maior rapidez possível<br />
para que não se sinta ignorado. Adote uma<br />
postura corporal que transmita confiança, não<br />
se mantenha distante.<br />
Ele não deve ter de procurar um funcionário.<br />
52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
Este deve vir ao seu encontro. O tempo de espera<br />
também pode influenciar negativamente<br />
a atitude do cliente.<br />
A pessoa deve ter a perceção de que está a<br />
falar com um profissional. E para que tal aconteça,<br />
é preciso ter em atenção vários aspetos:<br />
o vestuário, a presença, a postura corporal e<br />
os conhecimentos. O cliente observa to<strong>dos</strong> os<br />
detalhes. Se mostrarmos sinais de aborrecimento<br />
ou desinteresse, o cliente poderá mudar<br />
de ideias e dirigir-se a outra oficina onde sinta<br />
que o escutam. A comunicação não verbal é<br />
muito importante.<br />
Tenha muito cuidado com o vocabulário utilizado.<br />
Demonstrar os seus conhecimentos<br />
não implica ter de utilizar uma linguagem<br />
técnica. O cliente não tem a obrigação de<br />
saber o que é uma cambota, por exemplo.<br />
Limite-se a explicar-lhe como vai solucionar<br />
o problema. É proibido utilizar a expressão “não<br />
sei”. É imprescindível saber o máximo possível<br />
tanto sobre a oficina como sobre os trabalhos<br />
realiza<strong>dos</strong> na mesma. Deve poder responder ao<br />
maior número de perguntas, dar os conselhos<br />
necessários, saber o que pode ou não ser oferecido.<br />
É evidente que saber tudo é muito difícil.<br />
Se lhe perguntarem algo que desconhece, o<br />
melhor é tentar averiguar e dar a resposta o<br />
mais rápido possível, visto que a perceção que<br />
o cliente tiver <strong>dos</strong> conhecimentos do pessoal<br />
também terá influência na sua experiência.<br />
Na comunicação cara a cara, há muitos fatores<br />
influenciadores. Não é só aquilo que se diz.<br />
Importa, também, a forma como o dizemos.<br />
A posição corporal é importante, tal como o<br />
tom de voz que empregamos.<br />
w SUPERAR AS EXPECTATIVAS<br />
Afinal de contas, um cliente tem necessidades<br />
mas também tem expectativas. É importante<br />
diferenciar ambos os aspetos, porque nem<br />
sempre coincidem. E o que o vai diferenciar<br />
da concorrência e lhe vai dar muitos pontos<br />
a favor é exceder as expectativas do cliente.<br />
As expectativas mais comuns costumam ser<br />
as que se referem ao tempo de execução do<br />
trabalho ou ao preço do mesmo. Mas não são<br />
as únicas.<br />
No primeiro contacto, devemos focar-nos,<br />
principalmente, em dar resposta às necessidades<br />
do cliente. Por isso, é tão importante<br />
prestar atenção à informação que nos transmite<br />
quando está a falar connosco. Analise qual é o<br />
problema do cliente e o que terá de fazer para<br />
solucionar o mesmo de forma rápida e eficaz.<br />
Identificar exatamente as necessidades do<br />
cliente, irá dar a quem o procura a oportunidade<br />
de conhecer, por exemplo, descontos<br />
ou promoções que lhe possam interessar ou<br />
poderá falar sobre as garantias da reparação.<br />
Há que tentar oferecer ao cliente o serviço que<br />
ele precisa, mas também ir mais além. Superar<br />
as suas expectativas ao oferecer algo mais do<br />
que um serviço eficaz. É possível que precise<br />
de algo mais e não saiba. Não se trata de conseguir<br />
a maior quantidade de dinheiro possível,<br />
mas sim de oferecer ao cliente os produtos e<br />
serviços que este realmente necessita.<br />
Aquilo que um cliente precisa de uma oficina é<br />
que esta repare o seu veículo. As suas principais<br />
expectativas são:<br />
• Preços competitivos;<br />
• Ser informado sobre tudo;<br />
• Uma reparação eficaz;<br />
• Que e o dia e hora de entrega sejam respeita<strong>dos</strong><br />
e que a reparação seja a mais rápida<br />
possível;<br />
• Funcionários sempre prontos a ajudar.<br />
Se estas expectativas forem cumpridas, estará a<br />
prestar um bom serviço. E se conseguir superar<br />
as expectativas, estará a prestar um serviço<br />
excelente. u<br />
Fonte: Henkel<br />
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Técnica<br />
Jantes para veículos<br />
Não há pneu sem jante<br />
Neste artigo, focamos a nossa atenção na jante, que se trata de um componente<br />
que passa pela mão do técnico que efetua a montagem do pneu e equilibra<br />
a roda, havendo, por isso, a obrigatoriedade de verificar o seu efetivo estado<br />
de conservação<br />
A<br />
Jante é um elemento fundamental<br />
num automóvel. É através dela que<br />
passa o movimento vindo da transmissão<br />
para os pneus. Além disso,<br />
são, constantemente, solicitadas pelo esforço<br />
adicional, devido às irregularidades do piso e<br />
às transferências de massa da carroçaria.<br />
Na construção das jantes, são utiliza<strong>dos</strong> materiais<br />
de elevada resistência, como ferro fundido,<br />
e, nas jantes de liga leve, alumínio e magnésio.<br />
Embora construídas com materiais de elevada<br />
rigidez, é necessário ter alguns cuida<strong>dos</strong> com<br />
as jantes durante a condução. Evitar passar<br />
por buracos e embater em passeios, podem<br />
prevenir que elas fiquem empenadas. Uma<br />
jante empenada pode levar ao desalinhamento<br />
da direção, ao desgaste desigual <strong>dos</strong> pneus,<br />
ao aumento do consumo do veículo e a algum<br />
desconforto durante a condução. Ou até<br />
mesmo a uma vibração no volante.<br />
Na realidade, a ligação do pneu à jante deve ser<br />
extremamente forte para suportar as elevadas<br />
forças dinâmicas do veículo em movimento,<br />
ao curvar, ao travar e ao efetuar manobras.<br />
Esse facto é ainda mais patente nos veículos<br />
pesa<strong>dos</strong>, onde o excesso de carga e as condições<br />
de circulação precárias geram, por vezes,<br />
solicitações acima da média.<br />
Para retirar o pneu da jante, são necessários<br />
equipamentos específicos, de elevada potência:<br />
as máquinas de desmontar/montar pneus.<br />
Apesar de tudo, há casos em que o pneu sai<br />
da jante, como, por exemplo, na sequência<br />
de um acidente em que a jante é seriamente<br />
danificada. Noutros casos, o pneu perde pressão,<br />
devido a um furo ou a outro problema<br />
qualquer, o pneu aquece acima do tolerável,<br />
deforma-se e pode até saltar da jante. Ou<br />
mesmo incendiar-se ou fragmentar-se.<br />
Também há os casos em que o pneu pode<br />
soltar-se da jante, devido à montagem de uma<br />
medida incompatível com a jante, danos estruturais<br />
no pneu (talão partido, telas estiradas),<br />
jantes danificadas e montagem incorreta do<br />
próprio pneu.<br />
Nestes derradeiros casos, a responsabilidade<br />
do profissional de retalho começa a ser um<br />
problema que deve evitar-se de todas as<br />
54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
formas, porque pode ter consequências extremamente<br />
gravosas. Isto quer dizer que o<br />
serviço do retalhista não consiste meramente<br />
em trocar ou reparar um pneu, mas garantir<br />
todas as condições de segurança do veículo<br />
ao circular. Pelo menos, é isso que os clientes<br />
e to<strong>dos</strong> os utentes da via pública esperam e<br />
devem exigir.<br />
w JANTES DE CONFIANÇA<br />
Em condições normais, uma jante pode gastar<br />
vários jogos de pneus e acompanhar o veículo<br />
na reciclagem de VFV, porque não se trata de<br />
uma peça de desgaste, pelo contrário. Será,<br />
por isso, que muitos retalhistas de pneus assumem<br />
que não é necessário verificar a jante<br />
ao pormenor. No entanto, há certas situações,<br />
como os impactos, excesso de carga e avarias<br />
nos travões, nos cubo da roda e na suspensão,<br />
que podem deformar e danificar a jante. Outras<br />
vezes, é a própria montagem/desmontagem<br />
do pneu que origina danos na jante quando<br />
a operação não é bem efetuada ou o equipamento<br />
utilizado não é o aconselhável.<br />
Portanto, as boas práticas associadas à montagem<br />
de pneus devem partir da regra lógica de<br />
montar apenas pneus em jantes de confiança.<br />
Todas as jantes em estado que suscite alguma<br />
dúvida devem ser reparadas, antes de se proceder<br />
à montagem do pneu.<br />
Isso implica, necessariamente, inspeção visual<br />
da jante e, caso seja necessário, o recurso a<br />
outros meios de comprovação. Deformações,<br />
fraturas, fissuras, corrosão e outros danos não<br />
podem ser tolera<strong>dos</strong> nos bor<strong>dos</strong> da jante e<br />
nos pontos de fixação desta ao cubo da roda/<br />
travão. Outras deformações que ponham<br />
em causa o alinhamento da jante ou tornem<br />
a montagem da roda incorreta, devem ser,<br />
Tipos de Jantes<br />
Hoje em dia, há uma grande variedade de marcas<br />
de jantes, com design, peso e diâmetros <strong>dos</strong><br />
mais varia<strong>dos</strong>. Os acabamentos também têm<br />
vindo a diversificar-se, havendo várias hipóteses<br />
de escolha.<br />
As jantes podem ser divididas em dois grupos<br />
face ao material utilizado. Por um lado, as<br />
jantes de aço ou aço inoxidável. Por outro, as<br />
jantes de liga leve, normalmente em alumínio<br />
ou magnésio.<br />
Para ajudar o condutor na escolha das jantes,<br />
descrevemos, de seguida, alguns aspetos a ter<br />
em conta e que podem condicionar essa escolha<br />
ou limitar a montagem no automóvel.<br />
Jantes de liga leve<br />
Como benefício, as jantes de liga leve pesam<br />
menos, o que permite diminuir o peso da<br />
massa não suspensa e baixar o centro de gravidade<br />
do veículo. As jantes de liga leve usadas<br />
nos automóveis são compostas por cerca de<br />
80% de alumínio e 20% de compostos de metais,<br />
como cobre ou o magnésio. As jantes de<br />
liga leve proporcionam uma redução de peso<br />
considerável comparativamente às de aço,<br />
bem como uma rigidez maior. Na competição,<br />
usam-se, muitas vezes, jantes em magnésio ou<br />
titânio, que chegam a ser 50% mais leves, só<br />
que estas têm um preço muito maior. Por outro<br />
lado, as jantes em liga leve têm um aspeto mais<br />
agradável e realçam as linhas do automóvel.<br />
A redução do peso tem influência no comportamento<br />
do veículo. As acelerações, as travagens<br />
e o comportamento em curva, melhoram<br />
com a redução <strong>dos</strong> pesos não suporta<strong>dos</strong> pela<br />
suspensão. Quanto menor for esse peso, melhor<br />
será o comportamento e as performances do veículo.<br />
Outra das vantagens das jantes em liga leve<br />
é que melhoram o arrefecimento <strong>dos</strong> travões, pois<br />
os metais de que são feitas são bons condutores<br />
do calor e, assim, proporcionam uma transferência<br />
de calor superior. Desta forma, os travões não<br />
ficam tão sujeitos à perda de eficácia devido ao<br />
calor excessivo.<br />
O desenho das jantes também pode ser otimizado<br />
para favorecer o arrefecimento <strong>dos</strong> travões. Hoje,<br />
há, também, uma tendência para ter em consideração<br />
o peso da jante. Existem modelos que<br />
comparativamente a outros na mesma medida,<br />
chegam a pesar metade. O peso é um fator preponderante<br />
nas prestações do automóvel.<br />
Jantes fundidas<br />
É o processo mais habitual de fabrico de jantes<br />
monobloco. Consiste em colocar a liga metálica<br />
a alta temperatura num molde especialmente estudado<br />
e com o formato da jante. A moldagem<br />
de jantes efetua-se colando alumínio líquido num<br />
molde especialmente estudado. São utiliza<strong>dos</strong> vários<br />
méto<strong>dos</strong>. O processo de preenchimento do<br />
molde pode ser feito a baixa ou alta pressão.<br />
Jantes forjadas<br />
A maioria das jantes são construídas por injeção<br />
de alumínio ou da liga num determinado molde.<br />
As jantes forjadas, ao contrário, são construídas<br />
a partir de blocos de alumínio prensa<strong>dos</strong> com<br />
cargas acima das dezenas de toneladas. Depois,<br />
estes blocos são tornea<strong>dos</strong> de acordo com o<br />
design da jante.<br />
As jantes forjadas são uma excelente combinação<br />
de rigidez, resistência e baixo peso. As<br />
características físicas das jantes forjadas garantem<br />
que a estrutura molecular é igual por toda<br />
a jante. Estas características garantem que as<br />
jantes se comportam melhor quando sujeitas<br />
a grandes esforços ou mesmo no caso de impacto.<br />
Ao serem mais leves do que as jantes<br />
convencionais, garantem ao veículo uma performance<br />
melhor pela redução do peso não<br />
suspenso, melhorando o comportamento e a<br />
capacidade de curvar. Permitem ainda reduzir<br />
o consumo e melhorar a aceleração.<br />
Jantes modulares<br />
Uma jante modular ou multipeça utiliza dois<br />
ou três componentes diferentes para formar<br />
a jante, chamando-se, frequentemente, bipartidas<br />
ou tripartidas, consoante o caso. Uma<br />
jante modular é composta pela Aba, o Barril<br />
e a Face ou Centro da jante. As várias peças<br />
das jantes são apertadas recorrendo a pequenos<br />
parafusos e à utilização de um selante. Este<br />
tipo de jantes foi desenvolvido na década de 70<br />
para a competição e, hoje, são mais populares<br />
para medidas superiores a 17’’. Cada um destes<br />
componentes pode recorrer a vários méto<strong>dos</strong><br />
de fabrico, podendo, cada peça, ser construída<br />
por tecnologias diferentes. As jantes bipartidas<br />
e tripartidas são, normalmente, mais leves e<br />
mais resistentes às pancadas. E são utilizadas<br />
em competição, mas os custos de produção<br />
fazem com que sejam caríssimas.<br />
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Técnica<br />
Jantes para veículos<br />
Medidas das jantes<br />
Duas medidas determinam o tamanho de<br />
uma jante. São elas o diâmetro e a largura<br />
da jante. Estas medidas são expressas em<br />
polegadas. Algumas das medidas mais<br />
usuais são 5,5×13”, 6×14”, 7×15”, 7,5×16”,<br />
8×17”. É possível encontrar, também,<br />
jantes com várias larguras para o mesmo<br />
diâmetro. É necessário ter em atenção que<br />
quanto maior for o diâmetro da jante, normalmente<br />
esta também vai pesar mais, o<br />
que influencia as performances do veículo<br />
em algumas situações.<br />
igualmente, reparadas. Nas jantes com aro<br />
desmontável, felizmente já raras, o estado<br />
desse aro e a sua fixação à jante também devem<br />
ser verifica<strong>dos</strong>.<br />
w PREPARAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE JANTES<br />
A primeira fase da preparação da jante para a<br />
montagem do pneu é a sua completa limpeza,<br />
através da qual se eliminam to<strong>dos</strong> os detritos e<br />
impurezas que impedem a correta observação<br />
do seu estado. A utilização de jato de ar comprimido<br />
não é muito aconselhável, porque enche<br />
o ar da oficina de poeiras e espalha impurezas<br />
pelo chão. A utilização de uma escova ou de<br />
um aspirador é muito mais conveniente. Se<br />
houver tinta despegada no interior da jante,<br />
devido à corrosão ou ao atrito provocado pelo<br />
pneu, esta deve ser retirada e a jante pintada<br />
de novo. Sem a tinta, a aderência do pneu à<br />
jante é inferior, devido ao facto de o diâmetro<br />
da jante ficar reduzido um par de milímetros.<br />
Na análise <strong>dos</strong> danos das jantes, é importante<br />
avaliar o custo de recuperação da jante, pois<br />
esta pode ser economicamente e tecnicamente<br />
inviável. As jantes de liga leve com fissuras e<br />
rachas devem ser descartadas, o mesmo sucedendo<br />
em jantes de aço com avança<strong>dos</strong><br />
problemas de corrosão. Nos outros casos, as<br />
jantes devem ser enviadas para uma oficina<br />
especializada, porque um retalhista de pneus<br />
não tem volume de trabalho para rentabilizar<br />
pessoal e equipamentos desse tipo. A não ser<br />
que invista nesse nicho de mercado e trabalhe,<br />
também, para outras empresas, a fim de<br />
rentabilizar o serviço.<br />
Nas frotas de transporte, deve haver um serviço<br />
específico de gestão de jantes, porque os veículos<br />
não podem parar e as jantes defeituosas<br />
são, imediatamente, substituídas, passando a<br />
constar de um stock de jantes em recuperação.<br />
Para esse stock não se tornar desproporcional,<br />
é necessário estudar a rotação das rodas, de<br />
modo a ter sempre pneus prontos a utilizar<br />
monta<strong>dos</strong>, para substituir outros com danos<br />
ou muito usa<strong>dos</strong>.<br />
w ESPECIFICAÇÕES DO CONSTRUTOR<br />
Qualquer técnico com formação atualizada<br />
do serviço de assistência a veículos só pode<br />
trabalhar com uma base de da<strong>dos</strong> de to<strong>dos</strong><br />
os modelos, onde constem as especificações<br />
do construtor. Designadamente, os binários<br />
de aperto, as medidas de jantes e pneus, bem<br />
como a pressão <strong>dos</strong> pneus e respetivas tolerâncias,<br />
caso existam.<br />
Certos operadores de transporte pesado “ren-<br />
Homologação de jantes e pneus<br />
A alteração do diâmetro das jantes obriga<br />
a homologar a nova medida do pneu para<br />
essa jante. Deverá verificar se a medida<br />
que pretende colocar consta no livrete ou<br />
DUA da viatura. Se o veículo for à inspeção<br />
com uma medida bem calculada mas<br />
que não conste no livrete ou DUA, leva<br />
uma anotação e não reprova por causa<br />
disso. Mas o facto de ela não constar, é suscetível<br />
de ser alvo de uma multa por parte<br />
da polícia. Assim, é necessário proceder<br />
à homologação <strong>dos</strong> pneus para o veículo<br />
poder circular à-vontade na estrada.<br />
tabilizam” os veículos com excesso de carga,<br />
o que é ilegal e uma forma de degradar o<br />
veículo, as vias de circulação e os pneus, necessariamente.<br />
Dentro da mesma “lógica”, costumam “reforçar”<br />
os apertos das rodas e as pressões <strong>dos</strong> pneus, o<br />
que é tecnicamente totalmente desaconselhável.<br />
O profissional idóneo do retalho de pneus<br />
não pode pactuar com este tipo de práticas,<br />
sob pena de comprometer a imagem do seu<br />
negócio e poder ser responsabilizado pelos<br />
acidentes causa<strong>dos</strong> pela imprevidência de<br />
terceiros. ♦<br />
Offset não deve ser ignorado<br />
O offset, ou inset ET (como vem especificado na jante), é a distância da<br />
superfície de montagem da jante à linha imaginária que divide a largura<br />
da jante ao meio. O offset pode ser zero, positivo ou negativo. Um offset<br />
positivo é quando a superfície de montagem é para fora dessa linha imaginária<br />
e é, normalmente, usado em veículos de tração à frente. Se o offset<br />
da nova jante for muito diferente, primeiro pode não poder montar a jante<br />
por tocar nas partes fixas do automóvel ou então o comportamento do<br />
veículo pode ser bastante afetado. O offset não deve ser ignorado, pois tem<br />
um papel importante no desempenho da suspensão e na capacidade de se<br />
manter a direção centrada em andamento. Tenha sempre em atenção qual<br />
o offset aconselhado para o automóvel onde vão ser montadas as jantes.<br />
Offset positivo Zero offset<br />
interior<br />
Centro da Jante<br />
Offset negativo<br />
lado da estrada<br />
56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57
Avaliação obrigatória<br />
Ford Ranger 2.2 TDCi 4x4 Limited<br />
Power Ranger<br />
Aparência não lhe falta. Eficácia fora de estrada e tecnologia, muito menos. Equipada<br />
com o motor 2.2 TDCi de 160 cv, caixa de transferências, tração integral e inúmeros<br />
dispositivos de assistência à condução, a nova Ford Ranger tem o power todo<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Nunca as pick-up tinham atingido um<br />
patamar de evolução tão elevado.<br />
Exemplos no mercado, não faltam.<br />
Um <strong>dos</strong> mais recentes, responde<br />
pelo nome de Ford Ranger. Liderada pela<br />
versão topo de gama, Wildtrak, a Ranger ultrapassou,<br />
de acordo com a Ford, as suas rivais.<br />
Para se tornar no modelo mais vendido do seu<br />
segmento na Europa em 2015, ano em que<br />
seduziu 27.300 novos clientes no Velho Continente,<br />
o que correspondeu a um aumento de<br />
27%. Produzida na África do Sul, a nova Ranger<br />
“europeia” evoluiu, substancialmente, em<br />
vários domínios. Desde o design à tecnologia,<br />
passando pelo equipamento e pela eficiência<br />
mecânica, o upgrade foi realmente grande.<br />
w IMAGEM DE LAZER<br />
As pick-up de cabine dupla, como a versão<br />
4x4 Limited da nova Ranger, que, aqui, surge<br />
em apreço, ficam sempre distantes do visual<br />
algo “rústico” das variantes de trabalho, menos<br />
elaboradas esteticamente, dotadas de cabines<br />
simples e equipadas com três lugares na<br />
frente (beneficiam, por isso, de desconto no<br />
IUC). Pintada no opcional cinzento “Oyster”<br />
(€457), tonalidade que mais parece castanho, a<br />
imagem de lazer da nova Ranger é conseguida<br />
à custa, também, da caixa de carga aberta,<br />
da imponente grelha cromada, <strong>dos</strong> grupos<br />
óticos dianteiros elegantes e das jantes de<br />
17”, montadas em pneus Goodyear Wrangler<br />
HP All Weather, de medida 265/65. As barras<br />
58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
desportivas tubulares cromadas aplicadas<br />
na traseira e o opcional pack Off-road (custa<br />
€<strong>40</strong>7 e inclui proteção do motor, da caixa de<br />
transferências e do depósito de combustível<br />
+ bloqueio do diferencial traseiro), completam<br />
o visual atraente e algo burguês desta<br />
versão. Discreta é algo que a nova Ranger não<br />
consegue ser, graças, em parte, aos inúmeros<br />
letterings que circundam a carroçaria: “2.2 6<br />
Speed” e “4x4” na secção lateral; “Ranger” e “Limited”<br />
na traseira. O que, quanto a nós, eram<br />
perfeitamente dispensáveis.<br />
Longe do visual austero e pouco elaborado de<br />
outros tempos, o habitáculo da nova pick-up<br />
da Ford é outro exemplo da enorme evolução<br />
sofrida por esta categoria de veículos. Exibindo<br />
uma qualidade de construção digna de elogios,<br />
a nova Ranger oferece amplo espaço, boa<br />
arrumação, posto de condução correto e diversas<br />
mordomias propostas de série. Como, por<br />
exemplo, estofos em couro, banco do condutor<br />
com regulação elétrica em oito direções e<br />
apoio lombar, ar condicionado com controlo<br />
eletrónico automático da temperatura, rádio<br />
com ecrã tátil de 8”, Ford SYNC 2 com controlo<br />
por voz e ligação USB para dispositivos de música<br />
externos. Aos quais se podem adicionar os<br />
seguintes opcionais presentes nesta unidade:<br />
câmara de visão traseira (€458); sensores de<br />
estacionamento dianteiros e traseiros (€102);<br />
pack Driver Plus (controlo automático de velocidade<br />
adaptativo + assistência à pré-colisão +<br />
sistema de aviso de saída de estrada com alerta<br />
do condutor + faróis de máximos automáticos<br />
+ reconhecimento de sinais de trânsito,<br />
tudo por €915); Ford SYNC 2 com sistema de<br />
navegação e Ford MyKey €427).<br />
Robusta e eficaz, a nova Ford Ranger,<br />
na versão 2.2 TDCi 4x4 Limited,<br />
oferece uma panóplia de dispositivos<br />
de assistência à condução<br />
w EFICÁCIA AOS MONTES<br />
Equipada com o motor 2.2 TDCi de 160 cv,<br />
que foi alvo de diversas melhorias com vista à<br />
diminuição de consumos e à redução do nível<br />
de vibrações, a nova Ford Ranger sente-se<br />
como peixe na água nas atividades fora de<br />
estrada. Não queremos com isto dizer que<br />
não seja uma pick-up agradável de conduzir<br />
em estrada, longe disso, mas o grau de envolvência<br />
de um veículo com mais de cinco<br />
metros de comprimento (para mais, dotado<br />
de uma direção pouco comunicativa e de uma<br />
suspensão “saltitante”), é sempre relativo. O<br />
comando da caixa manual de seis velocidades<br />
não é demasiado renitente nem os<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 59
Avaliação obrigatória<br />
Ford Ranger 2.2 TDCi 4x4 Limited<br />
Goodyear Wrangler HP All Weather<br />
Quatro estações<br />
w Pneu 4x4 inteligente que oferece um desempenho de topo durante<br />
todo o ano. É, desta forma, que a Goodyear define o Wrangler HP All<br />
Weather que equipava a nova Ford Ranger testada pela <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />
<strong>Pneus</strong>. Anunciando um excelente desempenho nas quatro estações,<br />
este pneu proporciona ótima aderência (quer em piso molhado, quer<br />
a baixas temperaturas), oferece elevada resistência ao aquaplaning e<br />
destaca-se por contribuir para uma condução confortável e silenciosa.<br />
Entre as suas principais características, encontra-se a tecnologia Smart-<br />
TRED Weather Reactive, que adapta o comportamento do pneu às<br />
condições da estrada. O Wrangler HP All Weather apresenta sulcos<br />
profun<strong>dos</strong> e amplos, que canalizam a lama para ajudar o condutor a<br />
enfrentar terrenos difíceis. Já o centro do piso, destina-se a garantir<br />
maior tração em superfícies escorregadias. E os sulcos garantem uma<br />
rápida dispersão da água, ajudando, deste modo, o condutor a manter<br />
o controlo do veículo em piso molhado. Quanto ao design <strong>dos</strong> blocos,<br />
foi concebido para reduzir o nível de ruído.<br />
MOTOR<br />
Tipo<br />
4 cil. linha Diesel,<br />
longitudinal, dianteiro<br />
Cilindrada (cc) 2198<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
86,0x94,6<br />
Taxa de compressão 15,7:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 160/3700<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 385/1500-2500<br />
Distribuição<br />
2 v.e.c., 16 válvulas<br />
Alimentação<br />
injeção direta common-rail<br />
Sobrealimentação<br />
turbo VTG + intercoooler<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
traseira ou integral com ESP<br />
Caixa de velocidades<br />
manual de 6+ma<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
pinhão e cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (elétrica)<br />
Diâmetro de viragem (m) 12,4<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (302)<br />
Traseiros (ø mm) tambores (295)<br />
ABS<br />
sim, com EBD+BAS<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira<br />
Triângulos duplos sobrepostos<br />
Traseira<br />
Eixo rígido<br />
Barra estabilizadora frente/trás sim/não<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 175<br />
0-100 km/h (s) 11,8<br />
Ângulos de ataque/saída/ventral (°) 28/28/25<br />
Passagem a vau (mm) 800<br />
CONSUMOS (L/100 KM)<br />
Extra-urbano/combinado/urbano 6,1/6,5/7,1<br />
Emissões de CO2 (g/km) 171<br />
Nível de emissões Euro 6<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Comprimento/largura/altura (mm) 5362/1860/1815<br />
Distância entre eixos (mm) 3220<br />
Largura de vias frente/trás (mm) 1560/1560<br />
Altura ao solo (mm) 232<br />
Capacidade do depósito (l) 80<br />
Comp./larg./prof. caixa de carga (mm) 1549/1560/511<br />
Peso (kg) 2102<br />
Relação peso/potência (kg/cv) 13,1<br />
Jantes de série<br />
8Jx17”<br />
<strong>Pneus</strong> de série 265/65R17<br />
PNEUS TESTE<br />
Goodyear Wrangler HP All Weather 265/65R17 112H<br />
Imposto Único de Circulação (IUC): €220,55<br />
Preço (s/ despesas): €42.8<strong>40</strong><br />
Unidade testada (s/ despesas): €45.606<br />
travões deixam de cumprir a sua missão<br />
com competência. Mas melhor, mesmo, é o<br />
facto de a passagem de duas para quatro<br />
rodas motrizes ser feita através de um comando<br />
circular existente entre os bancos, que<br />
inclui, também, uma posição específica para<br />
as chamadas “redutoras”.<br />
Dispondo de elevada altura ao solo, bons<br />
ângulos de ataque/saída/ventral e superior<br />
capacidade de tração, mesmo equipada com<br />
pneus vocaciona<strong>dos</strong> para todas as estações<br />
(ostentam a sigla M+S, o que significa que<br />
estão aptos a circular sobre lama e neve), a<br />
nova Ranger conta ainda com uma panóplia<br />
de dispositivos de assistência à condução.<br />
Nomeadamente: assistência ao arranque em<br />
subidas (HLA), controlo eletrónico de estabilidade<br />
com mitigação de capotamento (ESP),<br />
controlo de descidas (HDC) e controlo de balanço<br />
de reboque. No meio de tanta tecnologia,<br />
só mesmo cometendo um disparate é<br />
que algo pode correr mal. Se tal acontecer,<br />
a Ford aplicou nada menos do sete airbags<br />
no habitáculo desta pick-up: frontais; laterais<br />
dianteiros ao nível <strong>dos</strong> ombros; cortinas em<br />
toda a extensão do habitáculo para proteção<br />
da cabeça; um para a zona <strong>dos</strong> joelhos do condutor).<br />
Em princípio, devem ser suficientes...<br />
A última nota relevante deste ensaio vai<br />
para o motor Euro 6 de 2,2 litros, com 160<br />
cv e 385 Nm. Além de evidenciar um apetite<br />
controlado, este 2.2 TDCi agrada, também,<br />
pelas boas acelerações e recuperações que<br />
proporciona. O resultado só não é melhor,<br />
porque o elevado peso do conjunto (superior<br />
a duas toneladas) não o permite. ♦<br />
60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
Em estrada<br />
Por: Jorge Por: Flores<br />
Hyundai i20 Active 1.4 CRDi Comfort Navi<br />
Idade adulta<br />
w Os SUV são um mundo dentro do mercado automóvel. A<br />
Hyundai sabe-o. E também sabe que o i20 tem predica<strong>dos</strong><br />
para ombrear com outros modelos deste segmento. Basta<br />
observar o sucesso comercial que tem tido, dentro de portas,<br />
o Tucson, para dar a devida atenção às potencialidades do i20.<br />
Ora, com a recente proposta do motor 1.4 CRDi, o construtor<br />
sul-coreano consegue apresentar um modelo “adulto”. Que<br />
sabe perfeitamente ao que se apresenta. O Hyundai i20 Active<br />
Comfort Navi tem impacto visual. Deve-o, em grande parte, às<br />
barras no tejadilho e aos frisos de proteção das portas laterais,<br />
que conferem ao conjunto um ar de aventureiro. Na estrada, o<br />
i20 denota alguma lentidão. Os 90 cv às <strong>40</strong>00 rpm nem sempre<br />
têm o fulgor necessário e obrigam, muitas vezes, a recorrer à<br />
caixa manual de seis velocidades (de bom manuseio e eficaz,<br />
diga-se), sobretudo, nas manobras de recuperação. Mas, por<br />
outro lado, é um modelo bastante comedido nos gastos de<br />
gasóleo. A marca anuncia 4,3 l/100 km em percurso combinado<br />
e os valores regista<strong>dos</strong> pela <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> não foram muito<br />
acima disso. Em campanha “chave na mão”, a Hyundai reclama<br />
por esta versão €22.610, contando<br />
com dispositivos como<br />
cruise control e limitador de<br />
velocidade, ambos com coman<strong>dos</strong><br />
no volante, sistema<br />
de infoentretenimento AVN20<br />
e spoiler traseiro, entre muitos<br />
outros itens.<br />
Mazda3 1.5 Skyactiv-D Excellence Navi<br />
Espírito competitivo<br />
w O Mazda3 entrou na competição <strong>dos</strong> Diesel. Até ao agora, o<br />
construtor nipónico havia dado ênfase aos motores a gasolina,<br />
num segmento repleto de propostas a gasóleo. Mas com a<br />
chegada do motor Skyactiv-D de 1,5 litros, o “3” ganha um novo<br />
alento comercial. O turbodiesel debita 105 cv de potência às<br />
<strong>40</strong>00 rpm e disponibiliza um binário de 270 Nm, constante<br />
entre as 1600 e as 2500 rpm. A velocidade máxima é de 185<br />
km/h e o arranque <strong>dos</strong> 0 aos 100 km faz-se em 11,0 segun<strong>dos</strong>.<br />
Mais entusiasmantes são os consumos anuncia<strong>dos</strong>. Segundo a<br />
marca, em regime combinado, o Mazda3 1.5 Skyactiv-D consegue<br />
um registo de 3,8 l/100 km. Um <strong>dos</strong> aspetos mais notórios,<br />
desde os primeiros quilómetros de ensaio, é o competente<br />
trabalho de insonorização efetuado no habitáculo. Nada é<br />
feito ao acaso. A Mazda dotou o “3”de um turbocompressor<br />
de geometria variável e integra agora o designado “Natural<br />
Sound Smoother”, um sistema que reduz o ruído e as vibrações<br />
do motor. Na versão hatchback (cinco portas), o preço da<br />
versão Excellence (a mais equipada de todas), com sistema<br />
de navegação, é de €29.174.<br />
Valor que se justifica. Por vários<br />
motivos: desde a cuidada<br />
escolha de materiais ao elevado<br />
nível de equipamento,<br />
passando pelo visual moderno<br />
e pelo desempenho dinâmico<br />
de elevado gabarito.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1396<br />
Potência máxima (cv/rpm) 90/<strong>40</strong>00<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 2<strong>40</strong>/1500-2500<br />
Velocidade máxima (km/h) 170<br />
0-100 km/h (s) 12,3<br />
Consumo combinado (l/100 km) 4,3<br />
Emissões de CO2 (g/km) 115<br />
Preço €22.610<br />
IUC €124,90<br />
<strong>Pneus</strong> teste<br />
Pirelli Cinturato P7, 205/45R17 88V<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1499<br />
Potência máxima (cv/rpm) 105/<strong>40</strong>00<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 270/1600-2500<br />
Velocidade máxima (km/h) 185<br />
0-100 km/h (s) 11,0<br />
Consumo combinado (l/100 km) 3,8<br />
Emissões de CO2 (g/km) 99<br />
Preço €29.174<br />
IUC €124,90<br />
<strong>Pneus</strong> teste<br />
Michelin Pilot Sport 3, 215/45ZR18 93W<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 61
Em estrada<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Mercedes-Benz GLS 350d<br />
Imponência germânica<br />
w Na oferta SUV da Mercedes-Benz, o GLS é o mais imponente.<br />
Tração integral permanente (4Matic), sete lugares, motor V6 Diesel<br />
de 3,0 litros com 258 cv, caixa automática de nove velocidades<br />
(9G-Tronic), espaço à descrição, panóplia de dispositivos de assistência<br />
à condução. São nada menos do que €107.500 de automóvel<br />
(perdão, €128.890, já que a unidade testada estava recheada com<br />
€17.390 de extras). E esta é a<br />
versão mais acessível da gama...<br />
O GLS deve grande parte do seu<br />
apelo ao kit estético AMG, que<br />
contempla umas belíssimas jantes<br />
de 21”. A frente é atraente,<br />
graças à grelha e às luzes de<br />
LED. Já o perfil e, sobretudo, a<br />
traseira, são as secções menos<br />
elegantes. O interior oferece<br />
espaço, qualidade e muita arrumação. O posto de condução é<br />
simplesmente ótimo e nada falta em termos de segurança. Em<br />
estrada, este SUV de grande porte é eficaz e previsível, mas sem<br />
grande envolvência. Abandonando o asfalto, o GLS faz tudo com<br />
grande à-vontade. Para mais, está equipado com o opcional pack<br />
On&Off-Road. E no que toca a performances, o motor V6 é um<br />
portento, tendo a virtude de deslocar, de forma célere, os 2.455<br />
kg de peso do conjunto. A caixa é rápida, os través são eficazes<br />
e a direção é comunicativa. Em suma, o GLS é rei e senhor onde<br />
quer que esteja.<br />
VW Tiguan 2.0 TDI Highline 4Motion DSG<br />
Salto qualitativo<br />
w A nova geração do Volkswagen Tiguan deu um (enorme)<br />
salto qualitativo. E merece, por isso, os mais rasga<strong>dos</strong> elogios.<br />
Desde logo, pelo design, que está, agora, em linha<br />
com os restantes modelos da marca. Este SUV de médias<br />
proporções assemelha-se, por isso, bastante ao seu irmão<br />
de maior porte: o Touareg. O desenho da grelha e o estilo<br />
<strong>dos</strong> grupos óticos, parecem ter sido tira<strong>dos</strong> a papel químico.<br />
As formas da carroçaria assumem maior protagonismo.<br />
Graças, em boa parte, à presença de dois opcionais: jantes<br />
“Nizza” de 18” (€159) e pintura especial branco “Pure” (€135).<br />
Equipado com sistema de tração integral (4Motion), motor<br />
2.0 TDI de 150 cv e caixa DSG de sete velocidades, o novo<br />
Tiguan oferece uma condução muito boa. O pisar sólido,<br />
a honestidade de todas as reações, as boas prestações<br />
do motor, a correta assistência da direção e a rapidez de<br />
atuação da caixa automática de dupla embraiagem, tornam<br />
deveras agradável a condução. Os consumos são comedi<strong>dos</strong><br />
em todas as circunstâncias e o desempenho fora de estrada<br />
permite alinhar em diversas aventuras. Já o interior, está<br />
recheado de mordomias, oferecendo espaço, qualidade,<br />
equipamento e posto de<br />
condução ergonómico.<br />
O preço deste SUV não é<br />
propriamente acessível,<br />
mas acaba por ser ajustar<br />
face a tudo aquilo que é<br />
proposto.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
V6 Diesel a 72°, long., diant.<br />
Cilindrada (cc) 2987<br />
Potência máxima (cv/rpm) 258/3<strong>40</strong>0<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 620/1600-2<strong>40</strong>0<br />
Velocidade máxima (km/h) 222<br />
0-100 km/h (s) 7,8<br />
Consumo combinado (l/100 km) 7,1<br />
Emissões de CO2 (g/km) 185<br />
Preço €107.500<br />
IUC €646,02<br />
<strong>Pneus</strong> teste<br />
Pirelli PZero, 295/<strong>40</strong>ZR21 111Y<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1968<br />
Potência máxima (cv/rpm) 150/3500-<strong>40</strong>00<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 3<strong>40</strong>/1750-3000<br />
Velocidade máxima (km/h) 200<br />
0-100 km/h (s) 9,3<br />
Consumo combinado (l/100 km) 5,7<br />
Emissões de CO2 (g/km) 149<br />
Preço €45.628<br />
IUC €220,55<br />
<strong>Pneus</strong> teste<br />
Continental ContiSportContact 5, 235/55R18 100V<br />
62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016
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10 Sommerreifen – 195/65 R 15<br />
02/2016<br />
DESLOCA-TE<br />
COM ESTILO<br />
64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016<br />
2015<br />
NEXEN<br />
N'blue HD Plus<br />
Heft 12/2015<br />
Getestete Reifengröße<br />
185/60 R 15 84H<br />
Im Test: 52 Reifen<br />
Altamente<br />
Recomendável<br />
TEST<br />
Testsieger<br />
Nexen N’blue HD Plus<br />
Vencedor<br />
do teste<br />
NEXEN TIRE FRANCE SAS.<br />
59 BOULEVARD MARIUS VIVIER MERLE 69003 LYON<br />
T +(33)4-81-09-11-13 F +(33)4-81-09-11-17 E-MAIL a.dahi@nx-france.fr<br />
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