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Revista dos Pneus 40

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ATUALIDADE Visão Zero Acidentes, da Continental<br />

TÉCNICA Jantes para veículos<br />

Ano VIII - 5 euros - revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

N.º <strong>40</strong><br />

Out. ‘16<br />

Qualidade<br />

.<br />

Ford Ranger 2.2 TDCi 4x4 Limited<br />

Robustez, eficácia e tecnologia<br />

associada a uma imagem de lazer<br />

REDES DE OFICINAS<br />

ENTREVISTA<br />

Ralf Hämmerling<br />

O homem-forte das marcas<br />

ATHOS, TALAS e SÄMM<br />

MERCADO<br />

Da<strong>dos</strong> do Europool<br />

Análise até ao terceiro<br />

trimestre de 2016<br />

Pressão alta<br />

A voz Eurotyre_interstate.pdf <strong>dos</strong> players 1 11/10/16 Tendências 10:08 do mercado Concorrência ao rubro<br />

Importador Exclusivo<br />

PUB<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

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CMY<br />

K


Editorial<br />

DIRETOR<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Redação<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Diretor comercial<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

Gestores de clientes<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

Rodolfo Faustino<br />

rodolfo.faustino@apcomunicacao.com<br />

Imagem<br />

António Valente<br />

Multimédia<br />

Catarina Gomes<br />

Arte<br />

Hélio Falcão<br />

Serviços administrativos<br />

e contabilidade<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

Periodicidade<br />

Bimestral<br />

Assinaturas<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© COPYRIGHT<br />

Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />

autorização prévia e por escrito da REVISTA<br />

DOS PNEUS<br />

IMPRESSÃO<br />

FIG, Indústrias Gráficas, S.A.<br />

Rua Adriano Lucas - 3020 - 265 Coimbra / Tel.:<br />

239 499 922 N.º de Registo no ERC: 124.782<br />

Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />

TIRAGEM<br />

5.000 exemplares<br />

AP COMUNICAÇÃO<br />

Propriedade:<br />

João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />

Sede:<br />

Bela Vista Office, sala 2-29<br />

Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66a<br />

2735 - 336 Cacém - Portugal<br />

Tel.: +351 219 288 052/4<br />

Fax: +351 219 288 053<br />

Email: geral@apcomunicacao.com<br />

GPS: 38º45’51.12”n - 9º18’22.61”w<br />

Acesso ao futuro<br />

O conceito de rede organizada não é novo nem atual.<br />

Mas ganhou, na última década, um importante fôlego, por<br />

via da chegada a Portugal de novas ideias, provenientes<br />

de países que, nesta matéria, já estão alguns anos à frente,<br />

nomeadamente na área <strong>dos</strong> pneus<br />

Tem sido constante e regular o crescimento<br />

e o aparecimento de mais<br />

estruturas organizadas em rede, embora<br />

com conceitos distintos. O mais tradicional<br />

e mais implementado, nas redes organizadas,<br />

é o de oficina multimarca, agora<br />

tecnicamente muito mais apetrechada e<br />

que, na maioria <strong>dos</strong> casos, reúne oficinas independentes<br />

que se quiseram especializar<br />

(mesmo a nível da gestão) “debaixo” de uma<br />

determinada imagem.<br />

Poucas são as estruturas que se mantêm fiéis ao<br />

conceito original de “Serviços Rápi<strong>dos</strong>”, mas outras<br />

apostaram em fazer todo o tipo de serviços.<br />

Já os “Auto Centros”, juntam o conceito oficinal<br />

a uma loja de venda de artigos para automóvel,<br />

sendo que algumas destas estruturas evoluíram<br />

de antigas redes de casas de pneus.<br />

Mas existem muitos outros conceitos de rede<br />

organizada. De um modo geral, to<strong>dos</strong> se pretendem<br />

posicionar face ao cliente como alternativas<br />

credíveis, quer às oficinas independentes quer<br />

mesmo às oficinas das marcas, embora o facto<br />

de se pertencer a uma rede organizada não seja,<br />

por si só, garantia de sucesso ou diferenciação.<br />

O que é certo é que as redes oficinais estão em<br />

crescimento, a oferta é cada vez maior e cada vez<br />

mais diversificada, o que permite ao cliente ter<br />

mais escolha. A crise económica e financeira que<br />

o país atravessou nos últimos anos influenciou<br />

positivamente o crescimento deste conceito,<br />

que tem no mercado nacional um potencial de<br />

expansão, alicerçado quer no dinamismo das<br />

marcas, quer nos bons resulta<strong>dos</strong> que os agentes<br />

liga<strong>dos</strong> em rede apresentam.<br />

O acesso a informação técnica e de mercado, a<br />

capacidade de negociação, o marketing e a es-<br />

pecialização de determinado tipo de serviços,<br />

como a montagem de pneus e o alinhamento de<br />

direções, tornam este canal numa aposta ganhadora,<br />

sobretudo porque tem sabido adaptar as<br />

vantagens da oferta independente às necessidades<br />

do mercado.<br />

As necessidades de acesso a informação técnica<br />

e metodologias de gestão que tornem as oficinas<br />

tradicionais mais competitivas, implica a<br />

necessidade de estas estarem apoiadas em parceiros<br />

fortes que a ajudem a pensar, estrategicamente,<br />

o presente e o futuro do negócio.<br />

A integração numa rede permite à oficina dotar-<br />

-se de um conjunto de ferramentas de consultoria<br />

de vendas e marketing fundamentais para<br />

a expansão e rentabilidade do negócio. Assim<br />

como para a viabilidade financeira do mesmo.<br />

As vantagens competitivas da integração numa<br />

rede são inúmeras, sendo a aquisição de conhecimentos<br />

e competências uma das mais importantes,<br />

porque só mantendo-se atualizada é que<br />

a oficina consegue dar resposta às necessidades<br />

<strong>dos</strong> veículos mais modernos e, também, <strong>dos</strong><br />

novos clientes, com hábitos de consumo muito<br />

diferentes e cada vez mais exigentes.<br />

Nesta edição, fique a saber o que pensam os<br />

responsáveis de algumas das principais redes<br />

de oficinas sobre as tendências do conceito e<br />

conheça a listagem de toda a oferta disponível<br />

no mercado nacional que a redes organizadas<br />

diz respeito.<br />

João Vieira<br />

Diretor<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03


Produto estrela<br />

Galaxy Yardmaster SDS<br />

Duro de roer<br />

Para tarefas exigentes, um pneu duro de roer. Desenvolvido para empilhadores<br />

e veículos de transporte de contentores, o Galaxy Yardmaster SDS anuncia eleva<strong>dos</strong><br />

níveis de fiabilidade e estabilidade, proteção contra furos, grande longevidade<br />

e conforto de utilização<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Propriedade do ATG (Alliance Tire<br />

Group), que dispõe de quase seis<br />

décadas de experiência, tendo-se<br />

especializado no desenho, desenvolvimento<br />

e fabrico de pneus agropecuários, florestais,<br />

para o setor da construção, industriais<br />

e de movimentação de terras, a marca Galaxy<br />

lançou no mercado o modelo Yardmaster SDS<br />

(abreviatura de Severe Duty Solid).<br />

Projetado para trabalhos de armazenamento<br />

e cargas/descargas de to<strong>dos</strong> os tipos, bem<br />

como para operações em portos e estaleiros<br />

navais, este pneu está preparado para lidar<br />

com adversidades. Em superfícies de betão<br />

lisas que exijam a máxima estabilidade, em<br />

superfícies de cimento danificadas ou ainda<br />

em superfícies pavimentadas que combinem<br />

rampas de carga metálicas que pressuponham<br />

excelente aderência. Sem esquecer, claro, as<br />

superfícies asfaltadas abrasivas nem os corredores<br />

estreitos <strong>dos</strong> armazéns, que põem à<br />

prova as paredes laterais <strong>dos</strong> pneus.<br />

Tratando-se de um SDS, o Yardmaster elimina,<br />

praticamente, a possibilidade de paragem da<br />

máquina devido a um furo, o que contribui,<br />

decisivamente, para maximizar os perío<strong>dos</strong><br />

de atividade. O seu perfil proporciona uma capacidade<br />

de carga lateral elevada, bem como<br />

níveis de estabilidade e tração otimiza<strong>dos</strong>.<br />

Já o piso da banda de rolamento, assegura<br />

um desgaste uniforme em superfícies duras,<br />

dispondo de um design em bloco industrial<br />

de grandes dimensões com reforços que<br />

aumentam tanto a vida útil do pneu como a<br />

aderência. Tudo isto enquanto a zona central<br />

robusta do piso estabiliza os tacos em condições<br />

de trabalho extremas. Por seu turno, o<br />

composto, que dispõe de uma fórmula melhorada,<br />

garante maior resistência a cortes,<br />

fragmentações e desgastes.<br />

Já disponível no mercado, o Galaxy Yardmaster<br />

SDS vem enriquecer a gama de pneus do<br />

ATG para empilhadores e veículos de transporte<br />

de contentores de pequena e média<br />

tonelagens (1 a 5,5 toneladas).♦<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 05


Equipamento do mês<br />

Cormach Touch MEC 1000<br />

Eficácia na ponta <strong>dos</strong> de<strong>dos</strong><br />

Comercializada pela Tecniverca, a Touch MEC 1000 é a nova máquina<br />

de calibrar da Cormach. O seu ecrã tátil de 21” permite uma leitura rápida<br />

<strong>dos</strong> valores, bem como a integração de um acelerómetro interior para aquisição<br />

automática <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> da roda<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

A<br />

marca italiana Cormach (cujo nome resulta da conjugação Automático Alumínio, a iluminação de LED, o travão eletromagnético<br />

das palavras Correggio Machinery) inclui no seu catálogo com pesquisa de localização para aplicar peso e o indicador laser<br />

de produtos uma nova máquina de calibrar, que dispõe de colocação de peso. Além de rodas para veículos ligeiros, a nova<br />

de um interface intuitivo e de fácil utilização. Responde Touch MEC 1000 pode receber rodas de motos e de veículos todopelo<br />

nome de Touch MEC 1000 e é comercializada pela Tecniverca,<br />

empresa sediada na Moita, especialista em equipamentos e ferramentas<br />

para oficinas.<br />

-o-terreno. As atualizações de software fazem-se através de ligação<br />

USB. A nova máquina de calibrar da Cormach é comercializada com<br />

diversos acessórios incluí<strong>dos</strong>. ♦<br />

Equipada com um ecrã tátil de 21”, a nova máquina de calibrar da<br />

Cormach permite uma leitura rápida <strong>dos</strong> valores, bem como a integração<br />

de um acelerómetro interior para aquisição automática CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS<br />

<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> da roda. Para facilitar o posicionamento <strong>dos</strong> pesos, conta<br />

Peso máximo da roda<br />

80 kg<br />

com um travão eletromagnético que posiciona a roda na localização<br />

Diâmetro máximo da roda<br />

1.120 mm<br />

correta, onde um indicador laser faz com que o peso fique colocado Largura da jante<br />

590 mm<br />

com precisão. Já a iluminação de LED que integra, permite uma boa Diâmetro máximo da jante 9,5” a 28”<br />

visibilidade da área de trabalho durante todo o serviço. A Touch MEC<br />

1000 está apta a operar com jantes de 9,5” a 28”.<br />

Do seu leque de características, algumas delas já enumeradas anteriormente,<br />

destacam-se o monitor de 21” industrial e resistente, a<br />

aquisição automática de da<strong>dos</strong> com acelerómetro (trata-se de um<br />

novo sistema, mais rápido, que dispensa manutenção), o Programa<br />

Alimentação<br />

RPM<br />

Precisão de equilíbrio<br />

Tempo de medição<br />

Peso<br />

Comprimento/largura/altura (mm)<br />

100/230V 50/60Hz 1 ph<br />

1<strong>40</strong><br />

1 gr<br />

5,5 seg.<br />

152 kg<br />

1.580/900/1.360<br />

06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


DISTRIBUIÇÃO de PNEUS<br />

APORTAMOS VALOR ACRESCENTADO À DISTRIBUIÇÃO<br />

Porque queremos ser o seu parceiro de negócio. Porque queremos construir relações a longo prazo.<br />

Porque a nossa filosofia se baseia na proximidade, no serviço, na confiança mútua e na fiabilidade.<br />

Porque somos profissionais multimarca e multissegmento. Porque nos preocupamos com a<br />

rentabilidade da sua empresa, comprometemo-nos a assegurar de forma permanente<br />

um EXCELENTE SERVIÇO com 2 plataformas logísticas em Portugal, uma AMPLA<br />

DISPONIBILIDADE DE STOCK e tudo isso aliado a PREÇOS MUITO COMPETITIVOS<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 07


Destaque<br />

Redes de oficinas<br />

Alta pressão<br />

Nas redes de oficinas, a ordem é para diversificar. Quem se dedicava, em exclusivo,<br />

aos pneus, começa a aderir aos serviços rápi<strong>dos</strong>. E vice-versa. O mercado disputa-se<br />

ao milímetro e a pressão está alta<br />

Por: Jorge Flores<br />

As redes de oficinas especializadas<br />

em pneus são um fenómeno em<br />

franca expansão no nosso país.<br />

Nunca a oferta foi tão profissional<br />

e diversificada, num mercado que continua<br />

a apresentar tendências de crescimento, à<br />

semelhança do que se tem verificado nos<br />

últimos anos.<br />

Em nome da rentabilidade, muitas destas casas<br />

têm alargado a sua atividade a serviços<br />

rápi<strong>dos</strong> de mecânica. E o contrário também<br />

é verdade. Muitos grupos de oficinas tradicionalmente<br />

liga<strong>dos</strong> à mecânica geral, têm<br />

abraçado o negócio <strong>dos</strong> pneus dentro das<br />

suas redes. O setor está ao rubro, de resto.<br />

As redes contactadas pela <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

para este trabalho, esperam encerrar o ano de<br />

2016 com um saldo positivo. E a pressão é alta.<br />

08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


©APComunicação<br />

rente o alinhamento e, nesta tecnologia, existe<br />

uma evolução que a curto prazo irá alterar os<br />

méto<strong>dos</strong> de trabalho do canal tradicional de<br />

serviço de pneus”, afirma.<br />

Segundo Rui Damas, “os profissionais da rede<br />

são alvo de um programa de formação técnico<br />

constante e dispõem de uma linha de<br />

apoio, que lhes garante o acesso a da<strong>dos</strong> <strong>dos</strong><br />

fabricantes, para efetuarem todo o tipo de<br />

operações de reparação e manutenção em<br />

veículos, desde o primeiro quilómetro”. As<br />

oficinas da rede garantem to<strong>dos</strong> os serviços<br />

de manutenção e reparação automóvel na<br />

área de mecânica. Além disso, a rede “está<br />

munida de equipamentos de diagnóstico da<br />

última geração, para diagnosticar e reparar os<br />

complexos sistemas que equipam os veículos<br />

modernos”, garante.<br />

Rui Damas realça ainda o facto de todas as<br />

casas da rede estarem certificadas para trabalhar<br />

sistemas de ar condicionado de veículos e<br />

para executar operações de manutenção em<br />

w A OFICINA, PARA TODOS...<br />

Criada em 2006, a rede A Oficina é um conceito<br />

da Create Business, que integra uma<br />

série de serviços auto. O de pneus é uma<br />

das grandes novidades na rede. Mas já é imprescindível<br />

para a atividade. “O aumento <strong>dos</strong><br />

serviços disponibiliza<strong>dos</strong> por uma oficina é<br />

fundamental para o seu crescimento sustentado.<br />

O pneu torna-se, assim, fundamental<br />

para o crescimento da rede”, explica Rui Damas,<br />

responsável d’A Oficina. “No passado, o<br />

mercado permitia ter serviços especializa<strong>dos</strong><br />

em determinadas áreas. Hoje, a realidade é<br />

diferente. Por questões de mobilidade e proximidade,<br />

as oficinas têm de disponibilizar o<br />

maior número de serviços aos seus clientes.<br />

Além disso, no negócio <strong>dos</strong> pneus está inede<br />

recursos eficaz, pois é a única via para que<br />

as oficinas se tornem mais competitivas. A<br />

obtenção de profissionais qualifica<strong>dos</strong> é, sem<br />

dúvida, o maior desafio que a rede enfrenta”,<br />

destaca.<br />

w ACC: SERVIÇOS ALARGADOS<br />

A rede ACC (Auto Check Center), por sua vez,<br />

foi criada em 2013. Trata-se de uma marca do<br />

Grupo ATR International AG, presente em seis<br />

países da Europa, e que foi desenvolvida em<br />

Portugal, através (também) da Create Business.<br />

Rui Damas, diretor técnico e de formação<br />

também desta rede, traça os objetivos da ACC,<br />

em particular. “Potenciar a credibilidade, visibilidade<br />

e as vantagens competitivas das oficinas<br />

aderentes perante o cliente final, através<br />

de uma imagem uniformizada que transmite<br />

qualidade e transparência”, explica. O negócio<br />

<strong>dos</strong> pneus assume particular relevância para<br />

a Auto Check Center. Para mais, a “eletrónica,<br />

presente nos modernos sistemas de controlo<br />

modelos híbri<strong>dos</strong>. Com 10 anos de atividade,<br />

a rede conta com 74 casas aderentes e espera<br />

chegar às 85 até final de 2016.<br />

A expectativa de crescimento para este ano,<br />

de resto, é de “12%”, de acordo com Rui Damas.<br />

O responsável reconhece, no entanto,<br />

a existência de vários desafios pela frente. “A<br />

evolução tecnológica <strong>dos</strong> veículos e a maior<br />

exigência e conhecimento do cliente final,<br />

são desafios constantes para rede”, afirma.<br />

Paralelamente, “e num mercado cada vez mais<br />

agressivo, é necessário garantir uma gestão<br />

de direção e chassis, obriga a competências<br />

e a conhecimento”, razão pela qual, “as oficinas<br />

que dominam a eletrónica e diagnóstico<br />

terão maior facilidade em obtê-las”, adianta.<br />

Por outras palavras, as “nossas redes estão na<br />

linha da frente no domínio da tecnologia do<br />

diagnóstico. Por isso, reforçamos a importância<br />

deste negócio junto das nossas redes”. No<br />

presente, a rede Auto Check Center dispõe<br />

de 52 casas aderentes e espera alcançar as<br />

65 até final de 2016.<br />

Rui Damas estima que o volume de negócio<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09


Destaque<br />

Redes de oficinas<br />

cia” se mantiver até final deste ano, o volume<br />

de negócios superará o de 2015.<br />

w EUROMASTER: ESPECIALISTA DE RAIZ<br />

Presente em Portugal desde 2012, a Euromaster<br />

foi criada em 1991 para dar nome e corpo<br />

às redes do Grupo Michelin. Atualmente, tem<br />

braços em 17 países europeus. “O nosso modelo<br />

de negócio é baseado na oferta de soluções<br />

de pneus e manutenção de veículos para<br />

clientes particulares e profissionais, em toda<br />

a Europa”, adianta Miguel Santos. Trata-se de<br />

um “modelo de centro de serviço, adaptado<br />

à nova realidade e às novas necessidades do<br />

mercado, onde a experiência e a satisfação do<br />

cliente são pontos-chave”, acrescenta.<br />

O responsável da rede no nosso país, destaca<br />

três valores fundamentais para o grupo na<br />

sua atividade diária: “Profissionalismo, apoio<br />

ao cliente e honestidade”. Tudo para gerar<br />

“confiança”, sem a qual, nada funciona. São<br />

dois os formatos da Euromaster. “Centros<br />

de veículos ligeiros, localiza<strong>dos</strong> em centros<br />

urbanos, que asseguram a proximidade e o<br />

do volume de negócios de cada oficina, dependendo<br />

da realidade de cada parceiro”,<br />

assegura. “Por ter um perfil que depende<br />

tanto do negócio associado aos pneus, é<br />

que se torna importante e muito benéfico<br />

associar-se a uma rede liderada por um <strong>dos</strong><br />

principais distribuidores de pneus da Península<br />

Ibérica”, acrescenta o responsável à<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

Os serviços “variam em função da realidade<br />

de cada associado”, enfatiza o responsável da<br />

rede no nosso país, mas as áreas que mais se<br />

destacam são as da mecânica rápida, pneus,<br />

equilibragem de pneus, troca de óleo e filtros,<br />

amortecedores, pastilhas de travão e jantes.<br />

Para o responsável, “pertencer à rede Center’s<br />

Auto implica adquirir mais força como oficina,<br />

ter uma imagem mais cuidada, pertencer<br />

a um grupo sólido, com a experiência<br />

e a vantagem de ter, por trás, mais de 1<strong>40</strong><br />

oficinas em Espanha também. Além disso,<br />

permite vender pneus a preços mais competitivos<br />

e com condições mais favoráveis do<br />

que se estivesse fora do grupo, ter apoio de<br />

marketing no desenvolvimento de campanhas<br />

e ações promocionais para os clientes<br />

finais, obter brindes e preços vantajosos”.<br />

No presente, são 34 os associa<strong>dos</strong>, “número<br />

que supera o objetivo previsto para 2016”,<br />

garante. “Em 2017, gostaríamos de chegar<br />

aos 45”, conclui, crente de que, se a “tendênda<br />

rede, este ano, cresça “cerca de 13%” em<br />

relação a 2015. E acredita que a rede está preparada<br />

para o futuro, nomeadamente, no que<br />

respeita a questões de telemática, veículos<br />

conecta<strong>dos</strong> e mobilidade partilhada. “Apesar<br />

da legislação ainda não estar clara, é já uma<br />

realidade. Hoje, os concessionários podem<br />

ter acesso, antes de qualquer outra oficina,<br />

às necessidades de reparação e manutenção<br />

<strong>dos</strong> veículos. É evidente que as redes têm<br />

de investir no desenvolvimento de soluções<br />

que lhes permita aceder a essa informação.<br />

Mais uma vez, e através da estreita ligação<br />

aos fabricantes, já estamos a trabalhar em<br />

soluções para este novo desafio!”, sublinha<br />

o responsável.<br />

w CENTER’S AUTO: FORÇA IBÉRICA<br />

A Center’s Auto também “atacou” o mercado<br />

nacional em 2013. E logo com 15 oficinas.<br />

Segundo Ricardo Moll, existe uma filosofia<br />

comum a todas as casas aderentes. “Tiresur<br />

como distribuidor principal”, dado que lhes<br />

“oferece cobertura em to<strong>dos</strong> os âmbitos do<br />

seu negócio (apoio promocional, marcas de<br />

pneus exclusivas, formação, condições preferenciais,<br />

imagem corporativa, ferramentas<br />

de trabalho, programa de fidelização e<br />

viagem de incentivo)”, realça o diretor de<br />

comunicação. Para a Center’s Auto, a venda<br />

de pneus “pode representar entre 50% a 90%<br />

serviço aos clientes particulares e às frotas de<br />

ligeiros; centros mistos de veículos ligeiros e<br />

industriais: habitualmente situa<strong>dos</strong>, estrategicamente,<br />

no raio exterior das povoações,<br />

em zonas industriais ou áreas de influência<br />

<strong>dos</strong> eixos rodoviários”, esclarece.<br />

Em solo nacional, a rede Euromaster é composta<br />

por 68 oficinas, todas em regime de<br />

franchising. Na Europa, o número ascende<br />

a 2.275 postos, <strong>dos</strong> quais 62% são centros<br />

próprios e 38% são franquia<strong>dos</strong>. “Temos um<br />

plano de expansão, traçado até 2019, com<br />

vista a melhorar a cobertura geográfica no<br />

10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


Importador Oficial<br />

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www.easypneus.pt<br />

easypneus<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11


Destaque<br />

Redes de oficinas<br />

nosso país e no resto da Europa, com o qual<br />

reafirmaremos a nossa liderança”, reforça.<br />

Para Miguel Santos, as vantagens de aderir<br />

a uma rede como a Euromaster são muitas.<br />

“Todas aquelas que, de forma individual,<br />

uma oficina não conseguiria ter ou teria de<br />

despender muito mais esforço e tempo para<br />

tê-las. No nosso caso, as vantagens são sentidas<br />

a montante e a jusante. A montante,<br />

referimo-nos a economias de escala ao nível<br />

das compras, ao acesso a tecnologia, à formação<br />

e informação, à partilha de recursos<br />

(departamentos que trabalham para a rede,<br />

como obras, jurídico, marketing...). A jusante,<br />

as vantagens de atuar em rede no mercado e<br />

sob as mesmas cores são notórias na comunicação,<br />

na captação de clientes (individuais e<br />

coletivos), no profissionalismo e atendimento<br />

ao cliente, no desenvolvimento de ofertas<br />

diferenciadoras e na presença na Internet”,<br />

afirma. A Euromaster é uma rede de centros<br />

originalmente especialista em pneus. E estes<br />

são o “coração do negócio”. No entanto, “devo<br />

realçar que a faturação de serviços de manutenção<br />

tem crescido consideravelmente e, em<br />

alguns centros Euromaster, chega mesmo a<br />

representar 50% do volume de faturação”,<br />

assegura Miguel Santos.<br />

Prova do bom desempenho da rede em<br />

Portugal é a convicção de que, este ano, A<br />

Euromaster “apresentará um aumento de<br />

faturação em relação a 2015, alicerçado no<br />

crescimento das vendas de pneus e na ampliação<br />

<strong>dos</strong> serviços de mecânica”.<br />

w MEGAMUNDI: UNIFORMIZAR O CONCEITO<br />

A MEGAMundi foi criada em 1997. Trata-se de<br />

uma rede de alicerces sóli<strong>dos</strong> e antigos em<br />

Portugal. Segundo o seu diretor financeiro,<br />

Jorge Correia, o conceito da rede “visa uma<br />

uniformização da imagem de serviços e preços”.<br />

Os serviços presta<strong>dos</strong> pelos centros aderentes<br />

passam, sobretudo, pelos serviços dedica<strong>dos</strong><br />

à “montagem de pneus (alinhamento,<br />

equilíbrio, montagem e desmontagem) e<br />

serviços rápi<strong>dos</strong>”, salienta o responsável da<br />

MEGAMundi, rede que conta, atualmente,<br />

com 35 centros, <strong>dos</strong> quais três aderiram durante<br />

este ano de 2016.<br />

Que benefícios colhe uma oficina multimarca<br />

ao aderir à MEGAMundi? “Como rede independente<br />

que somos, esta será uma das mais-<br />

-valias, uma vez que não fica fidelizado a uma<br />

marca”, sustenta Jorge Correia à nossa revista.<br />

Na atividade da rede, o pneu “continua a ser o<br />

principal negócio”, afirma. De forma complementar,<br />

a grande maioria da rede integra já<br />

serviços rápi<strong>dos</strong>, “tendo como principal objetivo<br />

a oferta de um maior numero de serviços”,<br />

diz. Na opinião de Jorge Correia, os grandes<br />

desafios da rede são simples e passam pela<br />

manutenção do “número atual de aderentes”.<br />

E, “se possível aumentar”, remata.<br />

As expectativas de volume de negócio para<br />

este ano afinam pelo mesmo diapasão.<br />

“Manter e, se possível, aumentar. Embora<br />

tenhamos subido o número de aderentes,<br />

isto não é sinónimo de aumento, uma vez<br />

que procuramos sempre melhores preços,<br />

12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


como central de compras que somos”, afirma o<br />

diretor financeiro da MEGAMundi, garantindo<br />

ainda que a rede está “atenta” às evoluções<br />

do mercado. “Vamos ser pacientes e estar<br />

prepara<strong>dos</strong>”, conclui Jorge Correia.<br />

w NORAUTO: 200 SERVIÇOS POR OFICINA<br />

Em Portugal desde 1996, as origens da Norauto<br />

são bem mais profundas, dado que a<br />

rede nasceu em França, nos i<strong>dos</strong> de 1970. “Um<br />

grupo líder no seu setor, com mais de <strong>40</strong> anos<br />

de experiência, com uma visão totalmente<br />

orientada para o cliente, que representa uma<br />

verdadeira alternativa aos concessionários”.<br />

Assim define Miguel Costa, diretor de compras<br />

e marketing da Norauto. Trata-se de um<br />

conceito através do qual uma oficina consegue<br />

disponibilizar cerca de “200 serviços para<br />

todas as marcas e modelos de automóveis,<br />

tendo agregada uma loja livre-serviço. É uma<br />

insígnia percursora das evoluções do mercado”,<br />

sublinha. Exemplos? <strong>Pneus</strong>, revisão,<br />

travagem, correia de distribuição, embraiagem,<br />

climatização, amortecedores, escapes,<br />

som, multimédia, navegação, alarmes, conec-<br />

tividade automóvel (box Norauto Connect),<br />

engates, iluminação, baterias, velas e diagnósticos<br />

diversos, entre muitos, muitos outros.<br />

To<strong>dos</strong> os centros da Norauto Portugal são sucursais.<br />

“Não constituímos a nossa rede através<br />

da adesão de oficinas independentes, contratos<br />

de franchising ou algo similar. Atualmente,<br />

temos 24 centros auto, um Norauto Shop e<br />

duas oficinas móveis”, adianta o responsável.<br />

Em 2016, tivemos a abertura de três centros<br />

auto (Alverca, Sacavém e Amadora, este último<br />

no centro comercial Dolce Vita Tejo). É possível<br />

que ocorram duas novas aberturas até final de<br />

2016. Representa um investimento superior a<br />

três milhões de euros, com fun<strong>dos</strong> próprios da<br />

Norauto Portugal, e ultrapassaremos a fasquia<br />

<strong>dos</strong> 600 colaboradores”, acrescenta o diretor<br />

de compras e marketing.<br />

A Norauto é uma rede muito focada no serviço<br />

ao cliente. Como tal, o grande desafio,<br />

permanente, “é ser a primeira escolha do automobilista<br />

para a manutenção e reparação<br />

do seu automóvel, na zona de influência <strong>dos</strong><br />

nossos centros. Os planos de ação são feitos<br />

com base nesta premissa”, diz. O ano de 2016<br />

será um <strong>dos</strong> melhores em termos de crescimento<br />

“like for like. Mesmo número de centros<br />

com um ano de atividade, comparáveis ao<br />

ano anterior”, refere Miguel Costa.<br />

w ROADY: MAIORIDADE EM PORTUGAL<br />

A Roady celebra, em 2016, 18 anos de atividade<br />

desde que marca presença em território<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 13


Destaque<br />

Redes de oficinas<br />

nacional. E pode afirmar-se que já alcançou a<br />

maturidade. “Os centros auto Roady têm uma<br />

oferta de serviços diversos caracteriza<strong>dos</strong> por<br />

serem multimarca, em que a qualidade e a satisfação<br />

<strong>dos</strong> clientes são os elementos-chave”,<br />

afirma Estelle Pereira, responsável da rede. “A<br />

insígnia pertence ao Grupo Os Mosqueteiros,<br />

o que significa que conta com todo o apoio de<br />

uma estrutura organizacional integrada num<br />

Em 2016, prevemos um crescimento de<br />

4,13% e, em evolutivo, de 12,44%.”, revela.<br />

De resto, neste momento, a área <strong>dos</strong> pneus<br />

representa mais de 20% das vendas nas famílias<br />

de produtos Roady”. Atualmente, este<br />

rede do Grupo Os Mosqueteiros conta com 26<br />

aderentes. “Mas temos um ambicioso plano<br />

de expansão, através do qual pretendemos<br />

aumentar o número de centros auto Roady e,<br />

consequentemente, o número de aderentes<br />

para dar resposta às novas aberturas”, conclui<br />

Estelle Pereira.<br />

w SÓPNEUS: QUARTETO FANTÁSTICO<br />

A Sópneus é das mais antigas no mercado.<br />

Data de 1974 o início da atividade da rede na<br />

área da prestação de serviços a pneumáticos.<br />

Desde logo, “foca<strong>dos</strong> na qualidade e eficácia”,<br />

conta Paulo Costa. Para o diretor de comunicação<br />

da Sópneus, os “eixos fundamentais que<br />

orientam a estratégia da rede, bem como a sua<br />

atividade e o seu programa de crescimento,<br />

dispor de um grande número de centros.<br />

Atualmente, tem quatro oficinas no ativo. E<br />

não tem prevista a abertura de nenhuma em<br />

breve. Mas, para o responsável, são várias as<br />

vantagens de pertencer a uma rede como a<br />

Sópneus. “A filosofia da Sópneus tem como<br />

base o foco nas novas necessidades <strong>dos</strong><br />

clientes. Serviço inovador, de excelência e<br />

com altos padrões de qualidade em toda a<br />

sua conjuntura, aplicado a uma grande diversidade<br />

de serviços. As vantagens residem<br />

na qualidade da maquinaria e pessoal especializado<br />

e focado nas necessidades reais do<br />

cliente”, refere. Para mais, “acreditamos que o<br />

conforto total <strong>dos</strong> nossos clientes constitui<br />

um <strong>dos</strong> maiores desafios que temos e, por<br />

isso, todas as nossas lojas incluem uma sala<br />

de espera agradável com televisão, Internet<br />

gratuita, café, jornais e revistas, um espaço<br />

infantil e ainda um escritório privado para que<br />

o cliente possa trabalhar enquanto espera<br />

pela conclusão da intervenção à sua viatura”.<br />

grupo internacional, presente em Portugal,<br />

há quase 25 anos e líder europeu no setor da<br />

distribuição”, refere.<br />

Neste sentido, “à semelhança das restantes<br />

insígnias do grupo, também o modelo de<br />

negócio de Roady é único e original”. Estelle<br />

Pereira explica o motivo. “Cada loja é gerida,<br />

autonomamente, pelo seu aderente/dono,<br />

que reside na localidade onde esta está implantada,<br />

havendo, desta forma, maior proximidade<br />

com os clientes e maior sensibilidade<br />

para com as necessidades deste”. Por sua vez,<br />

esta proximidade permite que sejam “equacionadas<br />

e desenvolvidas soluções adaptadas às<br />

necessidades específicas de cada localidade<br />

e, por conseguinte, o empenho na gestão da<br />

loja é, também, maior”, sublinha.<br />

Os centros Roady agregam duas valências<br />

distintas: a loja e a oficina. “Na loja, é possível<br />

encontrar um diverso portefólio de acessórios<br />

auto, peças e pneus. A oficina, por seu turno,<br />

disponibiliza um vasto leque de serviços,<br />

desde os mais simples, como revisões, alinhamentos<br />

e mudanças de óleo, até aos mais<br />

complexos, como a substituição de amortecedores,<br />

travões e correias de distribuição”, diz.<br />

O objetivo da Roady em Portugal é ambicioso.<br />

“Até 2020, queremos atingir as 60 lojas, o que<br />

significa abrir mais 30. E calculamos investir<br />

20 milhões de euros em todo o processo<br />

(aberturas, desenvolvimento da marca e<br />

publicidade)”.<br />

residem na certeza que segurança automóvel<br />

é uma valia inestimável para o consumidor”.<br />

A rede presta assistência a ligeiros e pesa<strong>dos</strong>:<br />

comércio de pneus e jantes, equilíbrio<br />

de rodas, alinhamento de direção, escapes,<br />

suspensões, gestão de frotas, manutenção<br />

rápida e revisão oficial automóvel. Mas, apesar<br />

de um “cardápio” amplo, os pneus ocupam<br />

perto de “80% do volume de negócio”, afirma<br />

Paulo Costa.<br />

A estratégia da Sópneus não passa por<br />

Paulo Costa prevê, para 2016, uma “estabilização<br />

do volume de negócio”.<br />

w VULCO: PRESENÇA FORTE<br />

A Vulco é uma rede de oficinas com presença<br />

na Europa e África. Atualmente, conta com<br />

2.000 oficinas em ambos os continentes. No<br />

mercado ibérico, a primeira oficina abriu em<br />

1993 e, desde então, “tem crescido rápida e<br />

progressivamente, graças à nossa gestão<br />

moderna, alta qualidade do serviço e ao<br />

14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15


Destaque<br />

Redes de oficinas<br />

nosso compromisso para com os clientes”,<br />

apontam Mário Recio e Rui Neves, diretor da<br />

Vulco Ibéria e responsável da Vulco Portugal,<br />

respetivamente. Trata-se da rede de oficinas<br />

associada à Goodyear Dunlop, um <strong>dos</strong> principais<br />

fabricantes de pneus a nível mundial.<br />

“Como tal, começámos como especialistas em<br />

pneus. Ao longo do tempo, à medida que as<br />

necessidades <strong>dos</strong> consumidores foram mudando,<br />

evoluímos para um modelo em que<br />

a maior parte das nossas oficinas já oferecem<br />

serviços de mecânica rápida e manutenção<br />

capacidade para oferecer às oficinas que se<br />

integrem na rede Vulco muitos benefícios<br />

exclusivos”, enfatizam.<br />

Desde o início, o principal negócio das oficinas<br />

Vulco tem sido o <strong>dos</strong> pneus. “Com o passar<br />

do tempo, o mercado tem evoluído e temos<br />

vindo a diversificar o negócio com outros<br />

serviços relaciona<strong>dos</strong> com mecânica rápida<br />

e serviço de manutenção integral do veículo.<br />

Ainda que os serviços de pneus continuem a<br />

ser a principal linha de negócio das oficinas,<br />

vamos continuar a focar-nos na diversificação,<br />

integral do veículo”, dizem.<br />

Negócio de proximidade, a Vulco deve o seu<br />

sucesso “à atenção personalizada e à proximidade<br />

com o consumidor final. Oferecemos<br />

uma ampla gama de serviços vincula<strong>dos</strong> a diferentes<br />

tipos de veículos, desde automóveis,<br />

carrinhas, motos e até veículos industriais,<br />

passando por camiões e autocarros. E, por<br />

isso, as nossas oficinas estão preparadas para<br />

oferecer um serviço completo no que respeita<br />

a pneus e mecânica rápida”, acrescentam as<br />

mesmas fontes.<br />

No mercado ibérico, a Vulco regista 290 pontos,<br />

com uma forte presença nas principais<br />

cidades de cada país. “Em Portugal, mais<br />

concretamente, estamos no Porto e em Lisboa,<br />

as grandes cidades, mas, também, em<br />

localidades como Póvoa de Varzim, Viana do<br />

Castelo, Viseu e Aveiro, só para citarmos alguns<br />

exemplos. Contamos com <strong>40</strong> oficinas em Portugal<br />

e o nosso objetivo é consolidar a atual<br />

estrutura e crescer nas zonas estratégicas”,<br />

sublinham os responsáveis. Que destacam,<br />

como grande trunfo da rede, o “apoio da Goodyear<br />

Dunlop, um <strong>dos</strong> grandes fabricantes<br />

de pneus a nível mundial”. Como tal, “temos<br />

particularmente nos serviços de mecânica, e<br />

em oferecer ao consumidor um serviço integral”,<br />

acrescentam. Para os responsáveis da<br />

Vulco, 2016 está a “espelhar” a recuperação<br />

da crise. O otimismo é grande. Mas com os<br />

pés bem assentes no chão. “Ainda estamos<br />

longe de alcançar os níveis anteriores à crise.<br />

Não obstante, a Vulco é, hoje, uma rede cada<br />

vez mais forte e preparada para satisfazer um<br />

consumidor cada vez mais exigente, o que<br />

nos coloca numa posição privilegiada para<br />

captar as muitas possibilidades que advêm<br />

deste crescimento”, concluem. ♦<br />

16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


REDES DE OFICINAS EM PORTUGAL (CONTACTOS SEDE)<br />

A OFICINA<br />

Av.ª da República - Estoril Office, Escritório<br />

3.07, 2.º Piso, Alcoitão, 2649 - 517 Alcabideche<br />

Tel.: 214 821 550<br />

Email: aoficina@createbusiness.pt<br />

Site: www.aoficina.net<br />

Contacto: Pedro Proença<br />

pedro.proenca@createbusiness.pt<br />

ACC – AUTOCHECK CENTER<br />

Av.ª da República, Estoril Office, Escritório 3.07,<br />

2.º Piso, Alcoitão, 2649 - 517 Alcabideche<br />

Tel.: 214 821 550<br />

Email: info@createbusiness.pt<br />

Site: www.autocheckcenter.pt<br />

Contacto: Rui Damas<br />

rui.damas@createbusiness.pt<br />

AUTO CREW<br />

Av.ª Infante D. Henrique, Lotes 2 e 3 E,<br />

1800 - 220 Lisboa<br />

Tel.: 218 500 073<br />

Site: www.autocrew.pt<br />

Contacto: Mónica Alves<br />

monica.alves@pt.bosch.com<br />

BOSCH CAR SERVICE<br />

Av.ª Infante D. Henrique, Lotes 2E e 3E,<br />

1800 - 220 Lisboa<br />

Tel.: 218 500 005<br />

Site: www.boschcarservice.pt<br />

Contacto: Raquel Marinho<br />

raquel.marinho@pt.bosch.com<br />

CENTER’S AUTO<br />

Rua do Tertir, s/n, 2615 - 382 Alverca<br />

do Ribatejo<br />

Tel.: 219 938 120<br />

Email: encomendas@tiresur.com<br />

Site: www.tiresur.com.pt/<br />

Contacto: Armando Lima Santos<br />

alima@tiresur.com<br />

CONTISERVICE<br />

Rua Adelino Leitão n.º 330,<br />

4761 – 906 EC Lousado,<br />

Vila Nova de Famalicão<br />

Tel.: 252 499 200<br />

Site: www.continental-pneus.pt/<br />

Contacto: Pedro Teixeira<br />

CONFORTAUTO<br />

Rua 25 de Abril, 190,<br />

4825 - 010 Santo Tirso<br />

Tel.: 229 699 480<br />

Email: info@confortauto.pt<br />

Site: www.confortauto.pt<br />

Contacto: José Coelho<br />

jose.coelho@gruposoledad.net<br />

EUROMASTER PORTUGAL<br />

Campo Grande, 378, 4.ºA,<br />

1700 - 096 Lisboa<br />

Tel: 210 492 290<br />

Email: gen.pt.info@euromaster.com<br />

Site: www.euromaster.pt<br />

Contacto: Miguel Santos<br />

miguel.santos@euromaster.com<br />

EURO TYRE (ARC EN CIEL)<br />

Av.ª do Parque, 68C Loja Esq.°,<br />

2635 - 609 Rinchoa<br />

Tel.: 219 624 256<br />

Email: arcenciel@arcenciel.com.pt<br />

Site: eurotyrept.com<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17


Destaque<br />

Redes de oficinas<br />

RECAUCHUTAGEM NORTENHA<br />

Rua Tenente Valadim,<br />

4564 - 909 Penafiel<br />

Tel.: 255 710 200<br />

Email: recnor@recnor.pt <br />

Site: www.recnor.pt/<br />

Contacto: José Gomes<br />

jgomes@recnor.pt<br />

FEU VERT<br />

Rua Quinta do Paizinho, 3,<br />

2794 - 067 Carnaxide<br />

Tel.: 210 117 987<br />

Email: ecommerce@feuvert.pt<br />

Site: www.feuvert.pt<br />

Contacto: Jorge Lobato de Faria<br />

jorge.faria@feuvert.es<br />

FIRST STOP<br />

Passil,<br />

2890 - 118 Alcochete<br />

Tel.: 212 307 350<br />

Site: www.firststop.pt<br />

Contacto: Mário Mendes<br />

mario.mendes@bridgestone.eu<br />

FIX’N’GO<br />

Rua São Francisco, 886,<br />

Adroana,<br />

2645 - 019 Alcabideche<br />

Tel.: 214 607 800<br />

Email: comercial@bandague.pt<br />

Site: www.bandague.pt/<br />

Contacto: Gomes Costa<br />

gomes.costa@bandague.pt<br />

JOSÉ LOURENÇO<br />

Largo <strong>dos</strong> Bombeiros, 21,<br />

6150 - 411 Proença-a-Nova<br />

Tel.: 274 670 010<br />

Email: geral@jlpneus.pt<br />

Site: www.jlpneus.pt/<br />

Contacto: Jaime Lourenço<br />

jaime@jlpneus.pt<br />

MEGAMUNDI<br />

Alameda Salgueiro Maia,<br />

Lote 4, Salas 2 e 3,<br />

2660 - 329 St.º António <strong>dos</strong> Cavaleiros<br />

Tel.: 219 898 110<br />

Email: global@megamundi.pt<br />

Site: www.megamundi.pt/<br />

Contacto: Jorge Correia<br />

jcorreia@megamundi.pt<br />

MIDAS PORTUGAL<br />

Rua <strong>dos</strong> Ciprestes, 48,<br />

Office no Estoril, Alto <strong>dos</strong> Gaios<br />

2765 - 623 Estoril<br />

Tel.: 210 115 017<br />

Email: sugestoes@midas.pt<br />

Site: www.midas.pt<br />

Contacto: Cláudia Antunes<br />

claudia.antunes@midas.pt<br />

NORAUTO PORTUGAL<br />

Av.ª <strong>dos</strong> Cavaleiros, n.º 49,<br />

2794 - 057 Carnaxide<br />

Tel.: 214 250 800<br />

Email: marketing@norauto.pt<br />

Site: www.norauto.pt<br />

Contacto: Miguel Costa<br />

mcosta@norauto.pt<br />

PNEUPORT<br />

Av.ª de Berna n.º 30, 5.º,<br />

1050 – 042 Lisboa<br />

Tel.: 217 937 681<br />

Email: geral@pneuport.pt<br />

Site: www.pneuport.pt<br />

Contacto: Rui Silva<br />

rui.silva@pneuport.pt<br />

PNEUVITA<br />

Alto da Bela Vista,<br />

Estrada de Paço de Arcos,<br />

2735 - 307 Cacém<br />

Tel.: 214 276 350<br />

Email: info@pneuvita.pt<br />

Site: www.pneuvita.pt<br />

Contacto: Miguel Freitas<br />

mf@pneuvita.pt<br />

PRECISION<br />

Av.ª Torre de Belém, 19,<br />

1<strong>40</strong>0 - 342 Lisboa<br />

Tel.: 213 000 700<br />

Email: franchising@precision-iberia.com<br />

Site: www.precison.pt<br />

RINO<br />

Rua Filipa de Lencastre,<br />

4439 - 908 Rio Tinto<br />

Gondomar<br />

Tel.: 229 772 049<br />

Site: www.rino.pt<br />

Contacto: Alexandre Barbosa<br />

alexandre.barbosa@rino.pt<br />

ROADY<br />

Lugar do Marrujo, Bugalhos,<br />

2384 - 004 Alcanena<br />

Tel.: 249 880 330<br />

Email: geral@mosqueteiros.com<br />

Site: www.roady.pt<br />

Contacto: Jorge Sampaio<br />

SOBRALPNEUS<br />

Ponte da Couraça, 2584 - 957 Carregado<br />

Tel.: 263 851 201<br />

Site: www.sobralpneus.com<br />

Contacto: António Eduardo<br />

aeduardo@sobralpneus.pt<br />

SÓPNEUS<br />

Rua de Monchique, 4/20,<br />

<strong>40</strong>50 - 394 Porto<br />

Tel.: 227169105<br />

Email: marketing@sopneus.com<br />

Site: www.sopneus.com<br />

Contacto: Paulo Costa<br />

paulo.costa@sopneus.com<br />

TOPCAR<br />

Rua Conde da Covilhã, 1637, 4100 - 189 Porto<br />

Tel.: 226 150 300<br />

Email: info@topcar.com.pt<br />

Site: www.topcar.com.pt<br />

facebook.com/topcar.com.pt<br />

Contacto: Vanessa Barros<br />

vbarros@asparts.pt<br />

VULCO<br />

Av. ª D. João II,<br />

Lote 1.06 2.5A, 2.º piso,<br />

Edifício Mar Vermelho,<br />

1990 - 095 Lisboa<br />

Tel.: 210 349 000<br />

Email: info@vulco.pt<br />

Site: www.vulco.pt<br />

Contacto: Rui Neves<br />

18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19


Mercado<br />

Europool<br />

Indicadores positivos<br />

Nos primeiros nove meses de 2016, de acordo com da<strong>dos</strong> do Europool, a venda<br />

de pneus ligeiros e pesa<strong>dos</strong> de substituição em Portugal registou um ligeiro<br />

crescimento. Apesar destes indicadores positivos, a verdade é que o mercado<br />

nacional continua muito sensível e pouco consolidado<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

O<br />

negócio <strong>dos</strong> pneus, como qualquer<br />

outro, é sensível a variações.<br />

Para medirmos o pulso ao mercado<br />

português de pneus ligeiros<br />

e pesa<strong>dos</strong> de substituição, observemos os<br />

da<strong>dos</strong> do Europool, entidade a que reportam<br />

todas as marcas de pneus representadas na<br />

Europa que tenham, pelo menos, uma fábrica<br />

instalada em solo europeu. De acordo com<br />

o último relatório deste organismo, em Portugal,<br />

no passado mês de setembro, no que<br />

ao mercado de substituição disse respeito,<br />

venderam-se, no segmento Consumer (ligeiros<br />

de passageiros, 4x4 e comerciais ligeiros),<br />

247.022 pneus (+4,6% do que em setembro<br />

de 2015), <strong>dos</strong> quais 213.164 ligeiros de passageiros<br />

(+3,3%), 16.3<strong>40</strong> 4x4 (+31%) e 17.518<br />

comerciais ligeiros (+1,2%).<br />

w NÚMEROS NO VERDE<br />

Olhando para os números por segmentos, do<br />

total de 247.022 pneus Consumer vendi<strong>dos</strong> no<br />

passado mês de setembro no mercado português,<br />

132.060 foram premium (+9,5%), 42.499<br />

20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


se consegue fazer a destrinça sobre a que<br />

segmento pertencem.<br />

Igualmente interessantes, são os números<br />

distribuí<strong>dos</strong> por índices de velocidade no segmento<br />

premium em setembro de 2016: 18.871<br />

R/S/T (-2,4%); 22.289 H (+13,5%); 37.276 V<br />

(+7,1%); 29.411 W/Y/Z (+16,8%). Os Run Flat<br />

w PESOS-PESADOS<br />

No caso <strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong>, trata-se de um<br />

segmento que abarca as classificações direcionais,<br />

de tração e de reboque. E vários tipos<br />

de utilização: regional, longo curso, on/off-<br />

-road, off-road, inverno, autocarros urbanos<br />

e autocarros de longo curso. Em Portugal, no<br />

foram quality (+2,1%) e 62.<strong>40</strong>3 foram budget<br />

(-15,2%). Os chama<strong>dos</strong> R3 (9.424 unidades<br />

provenientes de três fabricantes premium)<br />

e Basket (636 unidades), dizem respeito a<br />

vendas que não estão classificadas no Europool<br />

mas que devem ser considera<strong>dos</strong> para<br />

se chegar ao valor total de setembro de 2016.<br />

No acumulado de janeiro a setembro deste<br />

ano, de acordo com o Europool, os números<br />

estão, também, escritos preto no branco:<br />

venderam-se 2.303.341 pneus nos primeiros<br />

nove meses de 2016 em Portugal no segmento<br />

Consumer (+6,9%), <strong>dos</strong> quais 1.982.382<br />

ligeiros de passageiros (+7,5%), 1<strong>40</strong>.611 4x4<br />

(-0,7%) e 180.348 comerciais ligeiros (+6,1%).<br />

Por segmentos, do total de 2.303.341 pneus<br />

Consumer vendi<strong>dos</strong> de janeiro a setembro<br />

de 2016, 1.162.286 foram premium (+3,5%),<br />

371.236 foram quality (-1,1%) e 701.335 foram<br />

budget (+7,7%). Depois, importa ainda<br />

mencionar os chama<strong>dos</strong> R3 (62.172) e Basket<br />

(6.312), que dizem respeito a vendas que não<br />

estão classificadas no Europool, pelo que não<br />

cresceram 17,3% (7.051 unidades). Agora,<br />

em termos acumula<strong>dos</strong> (janeiro a setembro<br />

de 2016): 172.242 R/S/T (-0,3%); 196.759 H<br />

(+5,1%); 302.1<strong>40</strong> V (+14,9%); 271.446 W/Y/Z<br />

(+1,7%); 62.768 Run Flat (17,9%).<br />

passado mês de setembro, no que ao mercado<br />

de substituição disse respeito, venderam-se<br />

19.925 pneus pesa<strong>dos</strong>, ou seja, +27,4% do<br />

que em igual período de 2015. Distribuí<strong>dos</strong><br />

do seguinte modo: 13.461 premium (+18,5%);<br />

5.191 não premium (+21,1%); 1.262 classifica<strong>dos</strong><br />

de R3 (produzi<strong>dos</strong> por dois fabricantes<br />

premium); 11 classifica<strong>dos</strong> de Basket.<br />

Já em termos acumula<strong>dos</strong> (janeiro a setembro<br />

de 2016), foram vendi<strong>dos</strong> 135.570<br />

pneus pesa<strong>dos</strong> em Portugal (+2,4%): 90.467<br />

premium (-5,8%); 36.901 não premium (+1,7%);<br />

8.196 classifica<strong>dos</strong> de R3; 6 classifica<strong>dos</strong> de<br />

Basket. Aprofundando ainda mais a análise ao<br />

segmento <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>, no passado mês de<br />

setembro, foram 8.669 os pneus direcionais<br />

vendi<strong>dos</strong> no nosso país (+24%), contra 5.269<br />

pneus de tração (+41,7%) e 5.987 pneus de<br />

reboque (+21,3%).<br />

Em termos acumula<strong>dos</strong> (janeiro a setembro<br />

de 2016), as vendas de pneus pesa<strong>dos</strong> por<br />

tipologia dividiram-se da seguinte forma:<br />

59.981 pneus de direção (+2,5% do que nos<br />

primeiros nove meses de 2015); 32.531 pneus<br />

de tração (+7,4%); 43.058 pneus de reboque<br />

(-1,1%). ♦<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 21


Entrevista<br />

Ralf Hämmerling<br />

“No início de 2017, teremos um ou<br />

A Hämmerling - The Tyre Company, um <strong>dos</strong> maiores distribuidores de pneus<br />

na Europa, tem nas marcas próprias ATHOS, TALAS e SÄMM, os seus ex-líbris.<br />

E já fez saber que, no início de 2017, contará com um ou dois representantes<br />

em Portugal. Razões mais do que suficientes para que tivéssemos entrevistado<br />

Ralf Hämmerling, business manager da empresa<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Fundada em 1979, mais precisamente no<br />

dia 13 de agosto, a Hämmerling - The<br />

Tyre Company está sediada em Paderborn,<br />

na Alemanha. E é, hoje, um <strong>dos</strong><br />

maiores distribuidores de pneus na Europa. O<br />

seu portefólio de produtos tem registado um<br />

forte crescimento e inclui a comercialização de<br />

todas as marcas, modelos e medidas. Desde<br />

pneus budget a premium. Para automóveis, camiões,<br />

motos, aplicações off-road, tratores e EM.<br />

Contudo, os ex-líbris da empresa são os produtos<br />

das marcas próprias. Nomeadamente,<br />

ATHOS (pneus pesa<strong>dos</strong>), TALAS (jantes de aço<br />

para veículos pesa<strong>dos</strong>) e SÄMM (pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

a frio para veículos pesa<strong>dos</strong>). Quer<br />

os operadores grossistas nacionais quer internacionais<br />

(num total de 120), estão liga<strong>dos</strong><br />

em rede através da loja online da Hämmerling<br />

- The Tyre Company, que disponibiliza<br />

aos clientes acesso a uma base de da<strong>dos</strong> que<br />

inclui vários milhares de artigos.<br />

Em 2017, a empresa alemã pretende dar continuidade<br />

à sua política de expansão, estando<br />

previsto, para o início do ano, o anúncio de<br />

um ou dois representantes exclusivos para<br />

Portugal. Razões mais do que suficientes para<br />

que tivéssemos entrevistado Ralf Hämmerling,<br />

business manager.<br />

Em que ano foi criada a Hämmerling – The<br />

Tyre Company?<br />

A empresa nasceu há 37 anos, em Paderbon,<br />

na Alemanha. Aos 22 anos, juntei-me a<br />

um amigo e comecei o meu próprio negócio.<br />

Que envolvia, no início, apenas pneus recauchuta<strong>dos</strong>.<br />

A empresa foi crescendo e, hoje,<br />

somos mais do que uma empresa de pneus.<br />

Contamos com mais de 500 colaboradores e<br />

fazemos parte de um grupo que dispõe de<br />

vários setores de atividade. Cerca de 100 colaboradores<br />

dedicam-se apenas e só aos pneus.<br />

A Hämmerling - The Tyre Company faz parte<br />

do Hämmerling Group, cuja atuação interna-<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


Business Manager da Hämmerling - The Tyre Company<br />

dois representantes em Portugal”<br />

cional contempla empresas na área grossista<br />

e de retalho de pneus, logística, TI e marketing.<br />

Os pneus sempre lhe foram familiares, certo?<br />

É verdade. Posso afirmar, com toda a humildade<br />

e frontalidade, que sei muito sobre<br />

pneus. Comecei a tratar estes componentes<br />

na segunda pessoa do singular aos sete anos<br />

de idade, uma vez que o seu pai dispunha de<br />

um negócio neste ramo. Em 1965, mudei o<br />

meu primeiro pneu, com apenas sete anos.<br />

Que produtos dispõem atualmente?<br />

Além de sermos um <strong>dos</strong> maiores distribuidores<br />

de pneus na Europa, já que comercializamos<br />

todas as marcas para os mais diversos<br />

segmentos de mercado, dispomos de marcas<br />

próprias. Estamos presentes em cerca de 20<br />

países com os nossos produtos. Temos algumas<br />

presenças fora da Europa, mas são<br />

de reposição. Já a TALAS, consiste na nossa<br />

marca de jantes de aço destinada aos veículos<br />

pesa<strong>dos</strong>. Quanto à SÄMM, tratam-se de pneus<br />

recauchuta<strong>dos</strong> a frio para veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />

Que balanço fazem da participação em<br />

Reifen (Essen) e no IAA (Hanover)?<br />

Bastante positivo. Quer no Salão de Reifen<br />

Eco da ATHOS, que permite reduzir o consumo<br />

de combustível em 0,5 l/100 km na medida<br />

385/65 R 22,5. Convém frisar, também,<br />

que quatro medidas e oito perfis diferentes<br />

dentro da gama ATHOS estão aptas a suportar,<br />

cada uma, 5.000 kg de peso (+500 kg do<br />

que nos pneus “convencionais”). Característica<br />

que permite que, no futuro, os camiões<br />

possam circular com menos pneus. To<strong>dos</strong> os<br />

anos, a gama da ATHOS é enriquecida com<br />

novas medidas ou novos pisos. Em 2017, é<br />

expectável que a marca passe a disponibilizar,<br />

também, pneus ligeiros.<br />

Como olha a Hämmerling - The Tyre Company<br />

para o mercado português?<br />

Não poupamos esforços para alargar a<br />

nossa presença na Europa. Depois de termos<br />

sido extremamente bem recebi<strong>dos</strong> nos merca<strong>dos</strong><br />

da Escandinávia e da Europa Oriental,<br />

situações pontuais, que ainda não têm grande<br />

expressão. Em 2017, pretendemos alargar o<br />

nosso raio de ação a mais países. Dentro e fora<br />

do Velho Continente. Atualmente, a Hämmerling<br />

- The Tyre Company dispõe das marcas<br />

ATHOS, TALAS e SÄMM. A ATHOS, produzida<br />

na China com tecnologia alemã, foi concebida<br />

para equipar os veículos pesa<strong>dos</strong> (camiões e<br />

autocarros). Está disponível com várias medidas<br />

e tipos de piso, para jantes que vão de<br />

17,5” a 22,5”. Os pneus ATHOS são escolha de<br />

primeiro equipamento de vários reboques,<br />

ao passo que os que se destinam aos eixos<br />

dianteiro e traseiro concorrem no mercado<br />

quer no de Hanover, demos a conhecer a<br />

nossa empresa, aquilo que fazemos, onde<br />

estamos e os produtos de que dispomos. Somos,<br />

também, bastante aprecia<strong>dos</strong> na área<br />

<strong>dos</strong> reboques, onde nos escolhem como<br />

primeiro equipamento. To<strong>dos</strong> os produtos<br />

das marcas próprias que produzimos e comercializamos<br />

são inspeciona<strong>dos</strong> e reúnem<br />

a aprovação da TÜV NORD.<br />

Que novidades apresentaram nos salões<br />

realiza<strong>dos</strong>, este ano, na Alemanha?<br />

Além de darmos a conhecer toda a nossa<br />

gama de produtos, apresentámos o modelo<br />

onde desfrutamos de boas cooperações com<br />

inúmeros parceiros, estamos, agora, vira<strong>dos</strong><br />

para estabelecer parcerias no sul da Europa,<br />

especialmente em Portugal. Em Espanha,<br />

dispomos já de oito parceiros. Em Portugal,<br />

no início de 2017 divulgaremos o nome de<br />

um ou dois representantes que teremos, os<br />

quais trabalharão as nossas marcas em regime<br />

de exclusividade. A nossa estratégia<br />

passa por ter entre um e três representantes<br />

em cada país. O número de representantes<br />

em Portugal vai depender, também, da<br />

abrangência geográfica que cada um conseguir<br />

assegurar. u<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23


Atualidade<br />

Uma visão<br />

e um compromisso<br />

A Continental <strong>Pneus</strong> Portugal apresentou o projeto denominado “Visão Zero<br />

Acidentes”. A mobilidade sem sinistros é o grande compromisso assumido pelo<br />

marca alemã e o maior legado da empresa<br />

Por: João Vieira<br />

Ao abrigo do projeto Visão Zero<br />

Acidentes e com o apoio do IPAM,<br />

a Continental <strong>Pneus</strong> Portugal divulgou<br />

as principais conclusões de<br />

um estudo sobre o comportamento de condução<br />

<strong>dos</strong> portugueses. O estudo pretende<br />

fornecer algumas pistas sobre as atitudes <strong>dos</strong><br />

automobilistas lusos em relação à segurança<br />

rodoviária e compreender o seu comportamento<br />

durante a condução.<br />

Os da<strong>dos</strong> recolhi<strong>dos</strong> permitem colocar em<br />

evidência o perfil “multitasking” <strong>dos</strong> portugueses,<br />

a importância da atividade profissional<br />

associada aos níveis de stresse e ao<br />

impacto que estes desempenham no comportamento<br />

durante a condução, bem como<br />

a confirmação de uma característica cultural<br />

predominante <strong>dos</strong> portugueses: “em caso de<br />

acidente, a culpa não é minha”.<br />

O estudo permitiu ainda identificar os principais<br />

comportamentos de risco durante a<br />

condução assumi<strong>dos</strong> pelos portugueses. Dos<br />

quais se destacam:<br />

w Receber e fazer chamadas com sistema de<br />

mãos livres (75%);<br />

w Comer e beber (75%);<br />

w Conduzir em excesso de velocidade em<br />

zonas residenciais (74%);<br />

w Conduzir em excesso de velocidade em<br />

autoestrada (72%);<br />

w Receber/ler e enviar SMS (63%);<br />

w Passar um sinal que acabou de ficar vermelho<br />

(60%);<br />

w Receber e fazer chamadas sem sistema de<br />

mãos livres (53%).<br />

Os da<strong>dos</strong> permitem ainda constatar que os<br />

portugueses têm consciência <strong>dos</strong> riscos da<br />

adoção de determina<strong>dos</strong> comportamentos<br />

durante a condução. Aqueles a que se associam<br />

níveis mais eleva<strong>dos</strong> de risco, são os<br />

seguintes: enviar emails; fazer relatórios; ler;<br />

utilizar as redes sociais.<br />

Do outro lado da escala, surge a utilização de<br />

telemóvel em sistema mãos livres, a condução<br />

em excesso velocidade em autoestrada<br />

e comer/beber como os comportamentos<br />

mais frequentes a que os condutores associam<br />

menor risco. As questões disponibilizadas no<br />

inquérito tinham como objetivo analisar e<br />

caracterizar o comportamento de condução,<br />

a atividade profissional exercida, a caracterização<br />

<strong>dos</strong> tempos livres, o estilo de vida<br />

saudável e a caracterização sociodemográfica.<br />

24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


Visão Zero Acidentes da Continental<br />

ESTUDO SOBRE COMPORTAMENTO<br />

DE CONDUÇÃO DOS PORTUGUESES<br />

Realizado pelo IPAM (Instituto Português de<br />

Administração de Marketing), com coordenação<br />

da prof.ª Sandra Gomes, teve duas<br />

fases: Qualitativo (universo: jovens condutores<br />

e jovens famílias – pais entre 25-44 anos);<br />

Quantitativo (universo: indivíduos de ambos<br />

os sexos, com mais de 18 anos – 1.285 inquéritos<br />

valida<strong>dos</strong>).<br />

Pedro Teixeira, diretor-geral da Continental <strong>Pneus</strong> Portugal<br />

“Encaramos a Visão Zero Acidentes como uma missão”<br />

Objetivos <strong>dos</strong> estu<strong>dos</strong>:<br />

w Compreender o comportamento de condução<br />

<strong>dos</strong> portugueses;<br />

w Compreender as atitudes <strong>dos</strong> condutores<br />

portugueses em relação à segurança, em geral,<br />

e à segurança rodoviária, em particular.<br />

Nos últimos anos, muito tem sido feito<br />

em Portugal e no mundo com vista à redução<br />

do número de acidentes nas estradas.<br />

Esta tem sido uma preocupação<br />

transversal aos vários setores da sociedade e<br />

que tem mobilizado diversos agentes públicos<br />

e priva<strong>dos</strong>, cujos resulta<strong>dos</strong> alcança<strong>dos</strong> devem<br />

deixar todas as entidades envolvidas satisfeitas.<br />

A Continental tem estado na linha da frente no<br />

desenvolvimento de soluções tecnológicas que<br />

nos conduzem em segurança até à denominada<br />

mobilidade de futuro. A Continental produz,<br />

não só, os pneus com o melhor desempenho<br />

em travagem, mas integra, também, o grupo<br />

restrito de fabricantes de soluções e produtos<br />

inovadores liga<strong>dos</strong> à segurança automóvel. Os<br />

pneus premium da Continental são líderes em<br />

travagem. Além disso, somos os únicos a trabalhar<br />

a totalidade <strong>dos</strong> sistemas envolvi<strong>dos</strong> no<br />

processo de travagem. Este legado coloca-nos<br />

numa posição destacada para, como empresa<br />

socialmente responsável, darmos o nosso contributo<br />

para ajudar a diminuir os números da<br />

sinistralidade rodoviária.<br />

A nossa visão é a de um futuro sem mortos,<br />

sem feri<strong>dos</strong> e sem acidentes nas estradas. Para<br />

podermos concretizar a nossa visão, temos de<br />

entender o condutor, as suas fraquezas e as suas<br />

forças. Assim como conceber soluções que tornem<br />

a mobilidade mais segura.<br />

90% <strong>dos</strong> acidentes têm causa humana. Partindo<br />

desta evidência, era importante percebermos<br />

melhor o condutor português. Na posse da informação<br />

e <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> extraí<strong>dos</strong> do estudo sobre<br />

o comportamento <strong>dos</strong> condutores portugueses,<br />

realizado pelo IPAM, podemos, agora, de uma<br />

forma mais direcionada e eficaz, comunicar<br />

com os diferentes targets, sensibilizá-los para<br />

o risco e para o perigo de adotar determina<strong>dos</strong><br />

comportamentos perigosos.<br />

A meta que traçámos passa por ter uma visão<br />

de zero mortes na estrada e zero acidentes.<br />

Mobilidade sem acidentes, estamos a falar de<br />

segurança, que sempre esteve presente na Continental<br />

e faz parte do seu ADN. Ao longo <strong>dos</strong><br />

seus 1<strong>40</strong> anos de história, a marca tem vindo<br />

a desenvolver soluções tecnológicas no âmbito<br />

da segurança ativa, que muito têm contribuído<br />

para a redução de acidentes na estrada.<br />

A Continental está no top 3 <strong>dos</strong> maiores fabricantes<br />

da indústria automóvel e tem tido<br />

uma preocupação crescente com este tema da<br />

segurança rodoviária. É o único fornecedor da<br />

indústria automóvel que tem a capacidade de<br />

produzir e oferecer soluções tecnológicas para<br />

to<strong>dos</strong> os componentes do sistema de travagem,<br />

como, por exemplo, o ABS e o TPMS - sistema<br />

de monitorização da pressão <strong>dos</strong> pneus.<br />

As mortes e os acidentes nas estradas portuguesas<br />

são uma preocupação transversal a toda a<br />

sociedade. De 1998 a 2010, o número de acidentes<br />

baixou 70%, mas não podemos ficar por<br />

aqui. Temos de dar um passo mais além, que<br />

tem a ver com o facto de, em 90% <strong>dos</strong> acidentes,<br />

o erro humano ser o fator principal.<br />

Para além de tudo o que temos vindo a desenvolver<br />

a nível de soluções tecnológicas,<br />

consideramos, por aquilo que representamos<br />

dentro da indústria automóvel, que tínhamos<br />

um papel fundamental a desempenhar neste<br />

tema da segurança rodoviária. Por isso, saímos<br />

<strong>dos</strong> nossos gabinetes, <strong>dos</strong> nossos laboratórios e<br />

das nossas fábricas e fomos para o terreno, em<br />

conjunto com o IPAM, para conhecer o perfil<br />

<strong>dos</strong> condutores portugueses e a sua atitude perante<br />

situações de segurança rodoviária.<br />

Encaramos o projeto Visão Zero Acidentes<br />

como uma missão. Queremos (e podemos)<br />

ser um interlocutor privilegiado na questão da<br />

segurança rodoviária.<br />

Perfil do condutor português:<br />

w Usa diariamente o automóvel (85%);<br />

w Faz percursos diários médios até 50 km (62%);<br />

w Gasta, em média, por dia, na estrada: até<br />

30m (36%) e entre 30’ e 60’ (39%);<br />

w 55% já teve, pelo menos, um acidente rodoviário<br />

exclusivamente por sua culpa (15%) ou<br />

por culpa de outros condutores (26%).<br />

Preocupações com a segurança rodoviária:<br />

1.º Quando as condições meteorológicas estão<br />

adversas (92%);<br />

2.º Quando conduzem com crianças (89%) ou<br />

quando estão cansa<strong>dos</strong> (89%);<br />

3.º Quando conduzem com companhia (76%);<br />

4.º Quando estão stressa<strong>dos</strong> (72%).<br />

“Multitasking” (Policrónicos)<br />

w 55% tem por hábito levar trabalho para casa;<br />

w Os condutores que levam mais trabalho para<br />

casa são os que percecionam maior stresse na<br />

sua atividade profissional;<br />

w 58% aproveita para conversar enquanto<br />

conduz;<br />

w 30% canta, conta histórias e joga;<br />

w 10% faz gestão de crianças no banco traseiro.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25


Atualidade<br />

Os condutores que têm mais comportamentos<br />

de risco ao volante são os que dormem<br />

menos:<br />

w 24% dorme menos de 6 horas por noite;<br />

w <strong>40</strong>% dorme entre 6 a 7 horas.<br />

CONCLUSÕES ESTUDO QUALITATIVO<br />

Comportamento <strong>dos</strong> condutores jovens enquanto<br />

conduzem:<br />

w Tomam o pequeno-almoço;<br />

w Cantam e ouvem música;<br />

w Fumam;<br />

w Usam o telemóvel (chamadas e SMS);<br />

w Maquilham-se.<br />

Comportamento das famílias jovens com<br />

filhos, enquanto conduzem. Aproveitam a<br />

viagem para:<br />

w Ler e responder a emails;<br />

w Contactos telefónicos e SMS;<br />

w Ler relatórios e tratar da agenda;<br />

w Lanchar/almoçar;<br />

w Operações de maquilhagem;<br />

w Gestão de crianças no banco traseiro.<br />

A generalidade <strong>dos</strong> condutores portugueses<br />

considera que a culpa <strong>dos</strong> acidentes rodoviários<br />

é sempre <strong>dos</strong> outros, devido a:<br />

w Falta de civismo <strong>dos</strong> outros condutores;<br />

w Condições meteorológicas adversas;<br />

w Ausência de regulação mais restritiva;<br />

w Más condições das estradas portuguesas.<br />

CONCLUSÕES ESTUDO QUANTITATIVO<br />

Dimensão do estudo:<br />

w Caracterização do comportamento de condução;<br />

w Caracterização da atividade profissional<br />

exercida;<br />

w Caracterização sociodemográfica;<br />

w Caracterização das atividades tempos livres;<br />

w Caracterização do estilo de vida.<br />

Perceção Risco vs Comportamento Efetivo<br />

w Portugueses têm, em geral, consciência do<br />

risco associado a determina<strong>dos</strong> comportamentos<br />

enquanto conduzem:<br />

w Maior perceção de risco: enviar emails (98%),<br />

fazer relatórios (98%), ler (98%) e utilizar as<br />

redes sociais (97%);<br />

w Menor perceção de risco: usar telemóvel com<br />

sistema mãos livres (fazer chamadas – 51%;<br />

receber chamadas - 42%);<br />

Risco Menor vs Comportamento Mais Frequente:<br />

w 1.º Utilização do telemóvel em sistema mãos<br />

livres;<br />

w 2.º Conduzir em excesso velocidade em autoestrada<br />

e zonas residenciais;<br />

w 3.º Comer/beber.<br />

Comportamento de risco <strong>dos</strong> condutores<br />

portugueses:<br />

w Receber e fazer chamadas com sistema mãos<br />

livres (75%);<br />

w Comer e beber (75%);<br />

w Conduzir em excesso de velocidade em zonas<br />

residenciais (74%);<br />

w Conduzir em excesso de velocidade em autoestrada<br />

(72%);<br />

w Receber/ler e enviar SMS (63%);<br />

w Passar um sinal que acabou de ficar vermelho<br />

(60%);<br />

w Receber e fazer chamadas sem sistema mãos<br />

livres (53%).<br />

Existe correlação entre o número de horas de<br />

sono e o nível de stresse percecionado com<br />

comportamentos de risco ao volante. Em<br />

situações de stresse ao volante que deixe o<br />

condutor ansioso, tenso ou desconfortável:<br />

84% têm comportamento cuida<strong>dos</strong>o (mantêm<br />

a velocidade estável de forma a acalmarem-<br />

-se, tentam afastar-se <strong>dos</strong> outros automóveis<br />

e diminuem a velocidade até se sentirem<br />

confortáveis).<br />

27% têm comportamento agressivo/hostil<br />

(gritam com os outros condutores, dizem<br />

palavrões, buzinam aos outros condutores).<br />

11% têm performance deficitária (têm dificuldade<br />

em entrar no trânsito e esquecem-se para<br />

onde estão a conduzir).<br />

Os condutores que percecionam ter mais<br />

stresse na sua atividade profissional são os<br />

que revelam mais comportamentos agressivos.<br />

Em contrapartida, os condutores que se preocupam<br />

mais em manter um estilo de vida saudável,<br />

são os que revelam menos tendência<br />

para a agressividade ao volante.<br />

PRINCIPAIS CONCLUSÕES<br />

Os resulta<strong>dos</strong> do estudo vieram reforçar algumas<br />

características culturais <strong>dos</strong> condutores<br />

portugueses:<br />

w Estilo policrónico/”multitasking”;<br />

w Importância assumida da atividade profissional<br />

e do seu nível de stresse percecionado;<br />

w Lócus de causalidade externa. Externalidade:<br />

“A culpa não é minha..”<br />

Comportamento <strong>dos</strong> portugueses ao volante:<br />

w 55% já teve um acidente rodoviário;<br />

w Menor perceção de risco nas seguintes<br />

situações:<br />

Utilizar telemóvel em sistema mãos livres;<br />

conduzir excesso de velocidade em autoestradas,<br />

comer e beber;<br />

w Maior perceção de risco nas seguintes situações:<br />

enviar emails, fazer relatórios, ler e<br />

utilizar redes sociais;<br />

w 73% <strong>dos</strong> condutores já conduziu em excesso<br />

de velocidade em zonas residenciais e nas<br />

autoestradas;<br />

w 60% <strong>dos</strong> condutores portugueses já passou<br />

um sinal que acabou de ficar vermelho,<br />

sendo que 4% fê-lo de forma frequente ou<br />

muito frequente;<br />

w Os condutores que levam trabalho para casa<br />

são os que percecionam maior stresse e os<br />

que evidenciam comportamentos agressivos<br />

ao volante, bem como mais comportamentos<br />

de risco durante a condução;<br />

w Os condutores que mais têm comportamentos<br />

de risco ao volante são os que dormem<br />

menos. u<br />

26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27


Notícias<br />

Mercado<br />

Astra lançou bancada compacta RAPID<br />

A bancada RAPID, lançada pela Astra no decorrer do Salão Automechanika, em Frankfurt, tem<br />

tido um grande sucesso graças às suas características inovadoras. Trata-se de uma bancada<br />

profissional de altas prestações para todo o tipo de veículos sinistra<strong>dos</strong>. Dispõe de um travão<br />

de segurança mecânico e duplo pistão de elevação. A sua capacidade de carga é de 2.500 kg.<br />

As mandíbulas colocam o veículo a 32 cm da bancada para facilitar a ação de qualquer intervenção<br />

mecânica. Como novidade, as âncoras universais adaptam-se a qualquer tipo de veículo.<br />

Tem três anos de garantia e é distribuída, com exclusividade em Portugal, pela Altaroda S.A.<br />

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<strong>Pneus</strong> para pesa<strong>dos</strong> da HILO<br />

chegam à Península Ibérica<br />

TODOS JUNTOS EVITAMOS TANTAS<br />

EMISSÕES COMO AS QUE 36.000<br />

EMITEM NUM ANO<br />

Tudo graças à Valorpneu e aos seus parceiros do Sistema Integrado<br />

de Gestão de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong>, que recolhem, transportam e valorizam<br />

85 mil toneladas/ano de pneus usa<strong>dos</strong> em Portugal, reciclando,<br />

recauchutando e valorizando-os como fonte de energia.<br />

Tudo por um Ambiente melhor.<br />

www.valorpneu.pt<br />

Após oito anos de consolidação da Gripen<br />

Wheels Iberia, enquanto marca e centro<br />

de competências ao serviço da sua rede de<br />

agentes, 2016 ficará marcado pela expansão<br />

das áreas estratégicas de negócios da<br />

subsidiária ibérica do Grupo Gripen Wheels.<br />

Em setembro, iniciou a comercialização da<br />

gama de pneus pesa<strong>dos</strong> da marca HILO.<br />

Produzi<strong>dos</strong> pelo Xinguyuan Group, cuja capacidade<br />

de produção ascende a mais de<br />

5.800.000 pneus pesa<strong>dos</strong> radiais, 200.000<br />

pneus OTR e 12.000.000 de pneus de Turismo<br />

por ano, os pneus pesa<strong>dos</strong> HILO<br />

caracterizam-se pelos mais altos padrões<br />

de qualidade, preço competitivo e serviço<br />

pós-venda da máxima rapidez e fiabilidade.<br />

Com todas as certificações das diferentes organizações<br />

mundiais, como DOT, ECE, REACH,<br />

CCC, GCC, SNI, BIS, ISO 9001 e ISO 1<strong>40</strong>01,<br />

os seus produtos são comercializa<strong>dos</strong> em<br />

mais de 100 países de to<strong>dos</strong> os continentes.<br />

Disponíveis na mais completa gama do mercado,<br />

que cobre 18 séries, contam com 160<br />

medidas e 200 tipos de pisos para diferentes<br />

condições de utilização, climas e regiões do<br />

globo. Até final do ano, a gama de produtos<br />

da Gripen Wheels Iberia, passará a contar<br />

com a mais completa gama de pneus OTR,<br />

pneus pesa<strong>dos</strong>, jantes para pneus pesa<strong>dos</strong>,<br />

pneus industriais (giratórias, escavadoras,<br />

retro-escavadoras e Bob Cat), pneus agroflorestais,<br />

pneus florestais, pneus agrícolas,<br />

câmaras-de-ar, jantes agrícolas e pneus para<br />

equipamentos de movimentação de cargas<br />

(empilhadores e outros equipamentos).<br />

Poupança de emissões correspondente ao tratamento de 85.000 toneladas de pneus = 133,92 kton CO 2<br />

e equivalente às emissões resultantes da circulação média anual de 36.000 automóveis.<br />

Porque existe Amanhã.<br />

28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


Espanha contra a fraude<br />

<strong>dos</strong> pneus não declara<strong>dos</strong><br />

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As principais entidades do setor <strong>dos</strong> pneus em Espanha<br />

(Adine, Signus, TNU, Comissão <strong>dos</strong> Fabricantes de <strong>Pneus</strong><br />

e ainda as associações Cetraa Conepa, Gamvan e Open),<br />

fizeram uma aliança inédita para combater a fraude na importação<br />

de pneus não declara<strong>dos</strong>, que conta, ainda, com<br />

a colaboração do Ministério da Agricultura, Alimentação e<br />

Ambiente. Não é a primeira vez que estas entidades denunciam<br />

este problema, mas é a primeira vez que os principais<br />

representantes da indústria de pneus aparecem uni<strong>dos</strong><br />

numa campanha para combater a fraude na importação<br />

de pneus não declara<strong>dos</strong>.<br />

“Stop à fraude na importação de pneus não declara<strong>dos</strong>”<br />

é uma campanha de comunicação, com duração de dois<br />

meses e presença nos meios de comunicação especializa<strong>dos</strong>,<br />

em formato online e offline. Esta campanha tem<br />

por objetivo consciencializar o mercado para as boas práticas<br />

na compra de pneus e a obrigação de cumprir a legislação<br />

sobre a gestão <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>, que exige que<br />

os produtores (aqueles que colocam o pneu no mercado)<br />

integrem o sistema Signus ou TNU.<br />

Os sistemas integra<strong>dos</strong> de gestão de pneus em fim de<br />

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vida, Signus e TNU, estimam que entre 15% e 18% <strong>dos</strong><br />

pneus novos que são coloca<strong>dos</strong> pela primeira vez no<br />

mercado espanhol, não são declara<strong>dos</strong> ao sistema, o que<br />

cria um problema ambiental, incentiva a concorrência<br />

desleal (uma vez que aqueles que não declaram, não<br />

contribuem para os custos de gestão, sendo capazes de<br />

competir no mercado a preços significativamente inferiores<br />

aos <strong>dos</strong> seus concorrentes) e, também, pode representar<br />

uma fraude potencial para as finanças públicas e<br />

para o cliente final.<br />

A campanha informa que os condutores devem verificar<br />

se a oficina onde montaram os pneus do veículo contribui<br />

com o pagamento da taxa Ecovalor, para garantir o<br />

funcionamento do sistema.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 29


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Notícias<br />

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RunOnFlat da Goodyear<br />

confirmam boas prestações<br />

TÜV SÜD Automotive, entidade alemã especializada na certificação<br />

automóvel, realizou um extenso programa de testes<br />

O<br />

que confirmou o excelente rendimento <strong>dos</strong> pneus RunOnFlat da<br />

Goodyear face aos seus concorrentes, bem como as suas boas<br />

prestações em comparação com os pneus convencionais.<br />

A última geração de pneus RunOnFlat da Goodyear foi certificada<br />

como capaz de proporcionar os mesmos ou melhores níveis<br />

de rendimento face aos pneus <strong>dos</strong> seus principais concorrentes,<br />

que não se encontram equipa<strong>dos</strong> com uma tecnologia<br />

tão segura. O que inclui uma redução de 4% na distância de travagem<br />

em piso molhado e níveis de resistência ao rolamento<br />

13% menores, quando compara<strong>dos</strong> com a média <strong>dos</strong> restantes<br />

pneus testa<strong>dos</strong>. A TÜV SÜD Automotive também confirmou o<br />

aumento de mobilidade com esta tecnologia segura da Goodyear,<br />

que permite que os condutores continuem a conduzir<br />

na eventualidade de um furo ou perda total de ar do pneu, ao<br />

longo de uma distância 80 km e a uma velocidade máxima de<br />

até 80 km/h. Mesmo sem ar, atua de forma igual a um pneu<br />

convencional insuflado a 1,0/2,0 bar. A uma pressão de inflação<br />

normal, os pneus RunOnFlat comportam-se do mesmo modo.<br />

A marca já vendeu 90.000 pneus RunOnFlat.<br />

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Novo site da BKT para dispositivos móveis<br />

A BKT, marca de pneus agrícolas e OTR, lançou um novo site, cujo endereço<br />

é m.bkt-tires.com e que já está online,oferecendo mais e melhor<br />

conteúdo. Pode ser acedido a partir de qualquer dispositivo eletrónico.<br />

A seleção de conteú<strong>dos</strong> específicos tem um layout ótimo para smartphones<br />

e tablets e torna a “aventura” de navegação mais cativante.<br />

A nova versão está de imediato disponível em seis idiomas: inglês,<br />

italiano, francês, espanhol, alemão e português. Mais tarde, serão<br />

adicionadas outras línguas, uma vez que a empresa marca presença<br />

em mais de 130 países.<br />

30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


Trelleborg relembra histórias de sucesso <strong>dos</strong> clientes<br />

Trelleborg está a fazer <strong>dos</strong> seus clientes heróis através<br />

da última iniciativa da empresa, que pretende<br />

A<br />

contar histórias de sucesso na implementação de alguns<br />

projetos, a partir do ponto de vista <strong>dos</strong> utilizadores.<br />

O novo programa Heróis coleciona experiências <strong>dos</strong><br />

profissionais agrícolas, colocando em relevo os seus<br />

problemas e o papel que a Trelleborg tem tido para resolvê-los.<br />

A série começa com a história de Guillaume<br />

Agneessens, co-proprietário da Agri Miñon, empresa<br />

agrícola da Bélgica. A Agri Miñon oferece um serviço<br />

completo especializado em plantações, colheitas e pulverizações.<br />

Agneessens proferiu a seguinte afirmação:<br />

“Investimos em pneus da Trelleborg para nos diferenciarmos<br />

da concorrência e estamos impressiona<strong>dos</strong><br />

pelo seu rendimento até agora. No início da temporada,<br />

quando estávamos a espalhar fertilizantes com a<br />

erva húmida, o TM 1060 não deixou qualquer pegada.<br />

A capacidade de tração e resistência ao desgaste também<br />

é muito menor quando comparada com pneus<br />

tradicionais”. Graças à tecnologia Progressive Traction<br />

da Trelleborg, a gama TM 1060 promete melhorar a eficiência<br />

na agricultura graças ao seu taco duplo.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 31


Notícias<br />

Pirelli apresentou Cinturato Winter<br />

A Pirelli completou a gama da família Cinturato. Depois do pneu de verão P7, campeão<br />

em homologações, e do All Season, lançado com sucesso no ano passado, chegou a versão<br />

de inverno: Cinturato Winter. Este novo pneu é destinado ao mercado de reposição<br />

e foi pensado para veículos médios com elevada quilometragem, habitual nos profissionais<br />

do volante. Graças ao inovador design da banda de rodagem, o novo Pirelli Winter<br />

reduz, consideravelmente, o ruído, tanto interno como externo, posicionando-se como<br />

candidato preferido para os veículos híbri<strong>dos</strong> e elétricos, nos quais o silêncio no habitáculo<br />

é um ponto a favor. A geometria especialmente sofisticada da banda de rodagem<br />

do pneu ajuda ao seu propósito, além de acumular a neve e de transportá-la para o<br />

interior da banda, garantindo a máxima estabilidade e tração na travagem.<br />

Point S lançou<br />

pneus de inverno<br />

A Point S anunciou o alargamento da<br />

sua gama de pneus de marca própria.<br />

Desde o dia 1 de outubro, que a empresa<br />

tem no seu portefólio de produtos,<br />

o pneu de inverno Winterstar ST. Este<br />

pneu é dedicado a merca<strong>dos</strong> específicos<br />

e está apenas disponível nas lojas<br />

Point S no norte da Europa, em países<br />

como a Estónia, Finlândia, Noruega e<br />

Suécia e, pela primeira vez, na América<br />

do Norte. O Winterstar ST cobre 30 dimensões<br />

no total e é dedicado a automóveis<br />

de passageiros e SUV.<br />

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32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


Gripenwheels_pagina.pdf 1 11/10/16 21:47<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 33


Notícias<br />

AR-1 é o novo piso de competição da Nankang<br />

O novo AR-1, da Nankang, consiste num pneu de competição<br />

aprovado pela MSA. Estará disponível para jantes de 15” a<br />

18”, com mais medidas a serem adicionadas nos próximos meses.<br />

Este pneu de competição anuncia ser mais rápido e refinado,<br />

destinando-se aos entusiastas da competição. Com apenas<br />

um composto disponível, to<strong>dos</strong> os pneus têm 5,5 mm de piso,<br />

que se posiciona entre os melhores para competição. Apesar<br />

de ser um pneu 1C, poderá, facilmente, em 2017, atingir a classificação<br />

de 1B na lista da MSA.<br />

Euromaster renova<br />

certificação ISO 9001<br />

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A Euromaster recebeu, pelo quinto ano consecutivo, a aprovação<br />

por parte da AENOR: o certificado de qualidade ISO 9001.<br />

No seguimento de um processo de avaliação realizado em<br />

Portugal e Espanha, a entidade certificadora validou os aspetos<br />

qualitativos da rede líder de mercado, basea<strong>dos</strong> nos valores<br />

de Profissionalismo, Apoio ao Cliente e Honestidade.<br />

A Euromaster é a insígnia que conta com mais centros certifica<strong>dos</strong><br />

ao abrigo deste reconhecido sistema, que avalia os méto<strong>dos</strong><br />

de trabalho e o apoio ao cliente disponibiliza<strong>dos</strong> nos<br />

centros de serviço, a nível nacional. A qualidade foi sempre<br />

uma referência no modo de trabalhar <strong>dos</strong> centros Euromaster.<br />

Todas oficinas têm presente este método como guia orientador<br />

nas suas operações do dia a dia, sendo que o importante<br />

é que o certificador externo, objetivo e independente, tenha<br />

validado a conformidade deste método de trabalho, que diferencia<br />

a marca Euromaster <strong>dos</strong> restantes concorrentes.<br />

<strong>Pneus</strong> Taurus apresenta Point 65<br />

A Taurus, marca centenária do Grupo Michelin, presente<br />

há 35 anos no setor da agricultura, associa potência com tradição<br />

e modernidade ao serviço <strong>dos</strong> agricultores. Equipa as<br />

máquinas <strong>dos</strong> produtores agrários que procuram um excelente<br />

compromisso entre preço e fiabilidade <strong>dos</strong> pneus para<br />

a sua maquinaria agrícola.<br />

Apresentada na feira Agroglobal (Valada do Ribatejo, de 7<br />

a 9 de setembro), a gama Taurus Point 65 destina-se a tratores<br />

de 65 a 180 cv, principalmente em<br />

explorações de policultivos-ganadaria,<br />

mas, também, para tratores de<br />

segunda mão. A gama amplia-se<br />

agora com três novas dimensões.<br />

Além das performances próprias<br />

da marca Taurus, como a qualidade,<br />

a fiabilidade e a resistência, o<br />

Point 65, pneu tubeless com tecnologia<br />

radial, caracteriza-se por<br />

dispor de uma escultura que preserva<br />

os solos para obter melhor<br />

rendimento.<br />

34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


Safame Comercial<br />

lançou novo GRIP <strong>40</strong>00<br />

A Safame Comercial, distribuidor, em regime<br />

de exclusividade, da marca AUTOGRIP<br />

para Espanha e Portugal, lançou o novo GRIP<br />

<strong>40</strong>00. A AUTOGRIP é uma marca de origem<br />

asiática que anuncia uma excelente relação<br />

qualidade/preço, contando com uma trajetória<br />

de mais de nove anos no mercado espanhol.<br />

O novo GRIP <strong>40</strong>0 está disponível em<br />

35 medidas, para jantes de 16” a 20” e índices<br />

de velocidade H, V, W e Y, estando previsto,<br />

por parte do fabricante, um aumento gradual<br />

da gama. Através deste lançamento, a<br />

AUTOGRIP reforça a sua filosofia de rápida<br />

adaptação à cada vez maior procura do mercado<br />

europeu. O novo GRIP <strong>40</strong>00 foi desenvolvido,<br />

especificamente, para SUV e crossovers,<br />

cobrindo mais de 90% das necessidades<br />

de mercado.<br />

Euromaster Portugal<br />

abriu loja online<br />

rede europeia da Euromaster abriu a sua loja online ao grande público, na qual os<br />

A clientes podem encontrar pneus e serviços de manutenção. Tudo a partir de um<br />

computador, tablet ou smartphone. A loja online da Euromaster Portugal beneficia da<br />

experiência da rede do Grupo Michelin em toda a Europa, onde o comércio eletrónico<br />

é já uma realidade importante. A loja online disponibiliza várias marcas de pneus<br />

selecionadas, oferecendo aos seus clientes uma escolha adaptada às necessidades de<br />

condução e económicas de cada um. Também são disponibiliza<strong>dos</strong> alguns serviços<br />

de manutenção, como a mudança de óleo e filtro ou a recarga do ar condicionado.<br />

Recentemente, a rede colocou à disposição <strong>dos</strong> utilizadores portugueses da Internet<br />

o e-booking, ferramenta de grande utilidade que permite a marcação de visitas às<br />

oficinas da rede de forma prática e rápida.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 35


Notícias<br />

ATG Galaxy Jumbo Hulk para escavadoras<br />

A ATG (Alliance Tire Group) apresentou o novo Galaxy Jumbo<br />

Hulk nas dimensões 16.9-28, pneu para o eixo traseiro de escavadoras<br />

sobre rodas, versátil e totalmente vocacionado para o<br />

trabalho. As escavadoras sobre rodas são máquinas multifunções<br />

e muito leves, pelo que são utilizadas com frequência para<br />

a remoção da terras em zonas de obras, tanto em estrada como<br />

fora dela. Em consequência, os pneus para estas máquinas devem<br />

estar prepara<strong>dos</strong> para enfrentar diversas zonas de operações.<br />

O pneu Galaxy Jumbo Hulk incorpora um desenho exclusivo<br />

para a banda de rodagem L4, pensada para uma utilização<br />

em condições extremas. As prestações melhoradas de autolimpeza<br />

e a extraordinária profundidade da sua banda de rodagem<br />

permitem excelente tração, enquanto a alta relação entre<br />

tacos proporciona uma área de contacto com o solo otimizada,<br />

reduzindo, por isso, o desgaste em superfícies abrasivas, como<br />

estradas asfaltadas.<br />

O Jumbo Hulk permite alcançar uma velocidade máxima de <strong>40</strong><br />

km/h, o que garante uma utilização deste tipo de escavadoras<br />

muito rápido e eficiente. Para além disso, a carga máxima de<br />

3.878 kg por pneu traseiro proporciona um<br />

enorme leque de opções para<br />

operações de movimentação<br />

de terras e areias.<br />

Alfa Romeo Giulia “calçado” com<br />

Bridgestone Potenza S001 Run Flat<br />

Há cerca de um ano, a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) assinou<br />

uma parceria com a Bridgestone exatamente por estar à<br />

procura de um conjunto de pneus de topo que pudessem equipar,<br />

de origem, o novo desportivo<br />

Alfa Romeo Giulia. A escolha<br />

recaiu no Potenza S001, em<br />

grande parte graças à sua capacidade<br />

de resposta no manuseamento<br />

e precisão durante a condução.<br />

A Bridgestone é pioneira<br />

no desenvolvimento de pneus<br />

Run Flat, oferecendo segurança<br />

aos condutores mesmo após<br />

uma situação de furo.<br />

To<strong>dos</strong> os pneus da Bridgestone estarão marca<strong>dos</strong> com as iniciais<br />

“AR” indicando que são equipamento de origem do novo Alfa<br />

Romeo Giulia. Esta não é a primeira vez que a marca italiana escolhe<br />

pneus premium da Bridgestone para equipar alguns <strong>dos</strong><br />

seus modelos. A lista inclui Potenza para os modelos 147, 156,<br />

159, Giulietta e MiTo.<br />

Novo centro de distribuição<br />

Michelin Ibérico<br />

Michelin Espanha-Portugal inaugurou um novo centro de<br />

A distribuição, em Castilla-La Mancha, com o qual se encerra<br />

o processo de reorganização da sua rede logística na Península<br />

Ibérica. Este armazém, que implicou um investimento de 32,5<br />

milhões de euros, tem uma capacidade de 52.000m 2 e dará<br />

serviço aos clientes do grupo de Espanha, Portugal e Andorra.<br />

O arranque deste centro de distribuição, na localidade toledana<br />

de Illescas, destina-se a melhorar o serviço para oferecer<br />

aos clientes Michelin uma maior disponibilidade de produto,<br />

tanto em quantidade como nas referências da sua gama de<br />

pneus. Esta localidade foi eleita para acolher a nova plataforma<br />

logística pela sua excelente localização, que permite um<br />

ágil e rápido acesso à rede de infraestrutura rodoviária da península.<br />

O novo edifício foi construído num tempo recorde de<br />

sete meses, num terreno de 1<strong>40</strong>.000 m 2 , com a possibilidade<br />

de ampliar a zona de armazenamento até 80.000 m 2 . As quase<br />

200 pessoas que vão trabalhar diariamente neste centro, vão<br />

tratar de manter as instalações operacionais de forma permanente.<br />

O centro de distribuição de Illescas, está preparado<br />

para gerir entre 100 a 120 camiões trailer diários, entre receção<br />

e expedição, capazes de entregar as encomendas em 24 horas<br />

em qualquer ponto da península, graças a uma rede de 28 plataformas<br />

de redistribuição, situadas a nove horas de rota por<br />

estrada, no máximo, do novo armazém. Com esta rede, o armazém<br />

vai poder produzir o tráfego necessário para entregar<br />

sete milhões de pneus anuais, entre mais de 3.000 referências<br />

para ligeiros, comerciais, 4x4, camião, autocarro, moto, scooter,<br />

agricultura e engenharia civil.<br />

36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 37


Notícias<br />

Continental revelou sistema ContiConnect<br />

Continental anunciou, no IAA 2016, em<br />

A Hanover, o lançamento de um sistema de<br />

informação e gestão de pneus para frotas comerciais.<br />

A nova oferta, chamada “ContiConnect”,<br />

monitoriza, analisa e informa sobre a<br />

pressão e a temperatura <strong>dos</strong> pneus de toda a<br />

frota, com base em da<strong>dos</strong> recolhi<strong>dos</strong> pelos<br />

sensores do ContiPressureCheck. O ContiConnect<br />

avisa o gestor da frota e fornece medidas<br />

de correção caso seja necessário, por exemplo<br />

através de um parceiro Conti360.<br />

Um portal online fornece informação transparente<br />

sobre o desempenho <strong>dos</strong> pneus da<br />

frota e sobre a eficiência geral. Com lançamento<br />

agendado para o segundo trimestre<br />

de 2017, o ContiConnect estará disponível<br />

nos principais merca<strong>dos</strong> na Europa, continente<br />

americano e zona da Ásia-Pacífico. O<br />

sistema pode funcionar em várias configurações<br />

para ligar to<strong>dos</strong> os pneus de uma frota:<br />

pode ser usado tanto em veículos que estão<br />

vários dias na estrada, como nos que regressam<br />

para check-ups diários. Em combinação<br />

com o design modular do ContiPressureCheck,<br />

permite a recolha de da<strong>dos</strong> com um recetor<br />

estacionário no depósito ou uma unidade<br />

recetora em cada veículo e em tempo real,<br />

enquanto este está na estrada. Se os pneus<br />

atingirem um nível crítico, o ContiConnect<br />

envia um alerta e sugere o respetivo serviço,<br />

como, por exemplo, a mudança de pneu,<br />

para que seja feita a ativação imediata através<br />

do gestor de frota. Com a maior transparência<br />

do ContiConnect, os pneus percorrem<br />

mais quilómetros, duram mais tempo e permitem<br />

que seja poupado mais combustível.<br />

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38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 39


Notícias<br />

Bridgestone revela<br />

vantagens do Tirematics<br />

A Bridgestone apresentou o Tirematics, programa de sistema de monitorização<br />

de pneus, no IAA 2016, salão de veículos comerciais que decorreu<br />

em Hanover. O sistema Tirematics combina todas as soluções de<br />

pneus da Bridgestone: sistemas de IT que usam sensores para monitorizar,<br />

transmitir e analisar a informação, em tempo real e remotamente,<br />

bem como a pressão e a temperatura de pneus de camiões comerciais<br />

e autocarros. A solução para frotas Tirematics proporciona aos operadores<br />

um valor adicional, ao apresentar uma abordagem proativa para a<br />

manutenção <strong>dos</strong> seus pneus antes do aparecimento de problemas graves,<br />

ajudando a reduzir o período inativo e as avarias, otimizando, por<br />

outro lado, o período de vida <strong>dos</strong> pneus e a poupança de combustível.<br />

Válvulas especiais localizadas nos pneus enviam da<strong>dos</strong> da pressão através<br />

da rede GSM ao servidor de da<strong>dos</strong> de frotas da Bridgestone. A pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus é avaliada em tempo real e, se estiver fora <strong>dos</strong> parâmetros<br />

predefini<strong>dos</strong>, é, automaticamente, enviado um email ao fornecedor<br />

do serviço e da frota, para que se atue imediatamente. Atualmente,<br />

mais de 100.000 pneus estão a ser monitoriza<strong>dos</strong> através do servidor,<br />

ultrapassando as 25.000 medições por dia.<br />

Projeto “Taraxagum”<br />

vence prémios na<br />

Automechanika 2016<br />

A Continental venceu o prémio Inovação na feira Automechanika<br />

2016, com o seu projeto “Taraxagum –<br />

<strong>Pneus</strong> de borracha de dente-de-leão”. Com este prémio,<br />

o júri reconheceu o trabalho de investigação e<br />

desenvolvimento que a empresa está a fazer. Planos<br />

a longo prazo para produzir uma parte da borracha<br />

usada nos seus pneus e noutros produtos a partir das<br />

raízes de dente-de-leão, estão, também, em curso.<br />

Ao cultivar o dente-de-leão russo perto da fábrica da<br />

Continental, são encurtadas as distâncias de transporte<br />

da borracha, o que reduz, significativamente, as<br />

emissões de CO 2<br />

. Desta forma, a Continental espera,<br />

também, ficar menos dependente <strong>dos</strong> desenvolvimentos<br />

do mercado mundial de borracha. O dentede-leão<br />

russo foi cultivado para permitir, a longo<br />

prazo, uma produção por hectar em quantidades<br />

semelhantes às da árvore de borracha tradicional, a<br />

“Hevea brasiliensis”, que existe nos trópicos. Os lotes<br />

iniciais desta borracha “Taraxagum” já foram usa<strong>dos</strong><br />

na produção de pneus de inverno para veículos de<br />

passageiros, pneus para veículos comerciais e em suportes<br />

para motores.<br />

Z Tyre mostra gama de pneus para comerciais em Hanover<br />

A gama Z Tyre passou a incluir no seu portefólio<br />

pneus para veículos comerciais. Deste<br />

modo, fez sentido que a marca se apresentasse<br />

no salão de veículos comerciais e pesa<strong>dos</strong> que<br />

decorreu em Hanover, na Alemanha.<br />

A nova gama de pneus Z para camiões consiste<br />

em 26 dimensões e inclui medidas entre as 17,5”<br />

e as 22,5”. A gama Z Tyre é vista como um produto<br />

económico e uma alternativa muito válida para<br />

o mercado de camiões e autocarros. Produzi<strong>dos</strong><br />

por uma das empresas líder asiáticas, depois de<br />

significantes investimentos em edifícios e áreas<br />

de teste, os pneus Z para veículos comerciais<br />

estão prontos para serem lança<strong>dos</strong> na Europa.<br />

Desenvolvi<strong>dos</strong> para utilização regional, a gama<br />

Z inclui aplicações de longo curso, produtos<br />

duráveis e fiáveis. To<strong>dos</strong> os pneus da marca Z<br />

foram desenha<strong>dos</strong> para aguentar condições de<br />

utilização extremas e são resistentes. A elevada<br />

qualidade desta gama também se reflete na etiqueta<br />

do pneu, com o ZRS2 a ostentar um “A” na<br />

aderência em piso molhado.<br />

<strong>40</strong> | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41


Notícias<br />

Tiresur Portugal tem novo diretor-geral<br />

A Tiresur renovou a direção geral da sua delegação portuguesa<br />

com a contratação de Armando Lima Santos, um profissional nascido<br />

em Portugal e com uma ampla experiência no setor <strong>dos</strong> pneus.<br />

Armando Lima Santos assume, desde já, as funções de general manager<br />

Portugal na empresa.<br />

O responsável é licenciado em Economia e tem uma pós-graduação<br />

em Gestão de Marketing pelo ISEG. Nos seus mais de 15 anos<br />

de experiência profissional, desempenhou vários cargos de responsabilidade<br />

em diversas áreas de atividade, tais como serviços<br />

bancários (Banco Mais S.A.), auditoria financeira (KPMG) e vendas<br />

(VRC Warehouse Technologies; Goodyear Dunlop). A sua experiência<br />

como profissional no setor <strong>dos</strong> pneus foi demonstrada nos mais<br />

de nove anos em que desempenhou diferentes cargos comerciais<br />

na Goodyear Dunlop, tendo trabalhado em várias delegações, tais<br />

como Portugal, Espanha e Brasil. Na última etapa do seu percurso<br />

na Goodyear, ocupou, em Espanha, o cargo de responsável do<br />

canal distribuição regional – pneus de turismo. Com esta contratação,<br />

a Tiresur Portugal continua a aposta clara na excelência da<br />

sua equipa humana, contando com profissionais altamente qualifica<strong>dos</strong>,<br />

com muito a acrescentar a uma companhia em crescimento<br />

contínuo e de vincado carácter internacional, que procura no dia a<br />

dia melhorar os seus processos, a sua eficiência e os seus resulta<strong>dos</strong>.<br />

Goodyear apresenta<br />

Urban CrossOver para<br />

Lexus UX<br />

A<br />

Lexus apresentou, no Salão Automóvel de Paris, o seu<br />

protótipo Lexus UX, equipado com os pneus conceptuais<br />

Goodyear Urban Crossover. Este veículo exclusivo está<br />

associado a pneus especiais, um exemplo da bem-sucedida<br />

colaboração entre as duas empresas. Quando a Lexus solicitou<br />

à Goodyear que desenvolvesse um pneu para a sua<br />

mais recente criação, definiu dois requisitos: explorar novas<br />

fronteiras de design do pneu e aplicar tecnologia avançada.<br />

Refletindo o design exclusivo do veículo, a Goodyear empenhou-se<br />

na filosofia inside-out, adotada pela Lexus para<br />

este modelo, que promove uma mistura <strong>dos</strong> elementos<br />

interiores do automóvel com os exteriores. Seguindo este<br />

princípio, os raios da jante integram-se, subtilmente, no<br />

design do flanco do pneu, criando uma característica exclusiva,<br />

em harmonia com o resto do veículo. As secções<br />

do flanco, perfeitamente integradas na roda, conferem ao<br />

pneu um aspeto de transição urbana. E o padrão do piso<br />

dá-lhe um aspeto dinâmico. Já o design do pneu é criado<br />

graças à sofisticada técnica de entalhe a laser da Goodyear.<br />

O pneu incorpora componentes avança<strong>dos</strong>, incluindo a<br />

Tecnologia SoundComfort da Goodyear, que utiliza um<br />

elemento de espuma de poliuretano de célula aberta ligado<br />

ao interior do pneu. Esta tecnologia amortece o pico<br />

sonoro da ressonância na cavidade do pneu, produzido<br />

quando o pneu rola sobre uma superfície, permitindo que<br />

o habitáculo do veículo seja extremamente silencioso.<br />

Já conhece os pneus Mitas que flutuam?<br />

Os pneus de altas prestações Mitas ajudaram o trator Claas Axos 320 de 4 toneladas<br />

a “caminhar” sobre a água. Os enormes pneus de flutuação fazem com que<br />

o trator suba de imediato assim que entra na água. Mas graças a uns milagrosos<br />

cálculos e ao princípio de Arquimedes, o trator conseguiu navegar, de forma eficaz,<br />

através do porto e regressou a terra sem que o capitão molhasse os pés.<br />

A Mitas, marca do Grupo Trelleborg, juntamente com os seus parceiros, levaram<br />

a cabo este pouco habitual truque na Holanda. Um <strong>dos</strong> pneus agrícolas maiores<br />

do mundo, o Mitas 1250/50 R 32 SFT, foi montado no eixo traseiro e outro modelo<br />

da Mitas, o 750/55 R30 SFT, foi colocado no eixo dianteiro. O peso total de<br />

um trator Claas Axos 320, com o depósito cheio de combustível, é de 4.068 kg.<br />

O volume <strong>dos</strong> pneus é de 685 litros com uma pressão nominal de 2,4 bar. Este<br />

pneu está à venda em todo o mundo.<br />

42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


Continental vai propor<br />

pneus inteligentes de série<br />

E<br />

m 2013, com o lançamento do sistema de monitorização de pressão de<br />

pneus ContiPressureCheck, a Continental abriu caminho para os pneus<br />

inteligentes. Agora, com a sua gama iTyre, o fabricante de pneus topo de<br />

gama dá a conhecer uma solução digital de verificação de pneus ainda mais<br />

amiga do utilizador. Os sensores ContiPressureCheck para medição da pressão<br />

e temperatura <strong>dos</strong> pneus são pré-instala<strong>dos</strong> na fábrica.<br />

Os sensores pré-instala<strong>dos</strong> não só poupam às empresas transportadoras<br />

o tempo gasto na instalação, como, também, os custos de montagem. A<br />

Continental garante que os sensores sejam corretamente instala<strong>dos</strong> e posiciona<strong>dos</strong><br />

dentro <strong>dos</strong> pneus. Atualmente, 22 das principais dimensões de<br />

pneus – especialmente os das linhas Conti Hybrid e Conti EcoPlus – estão,<br />

também, disponíveis como pneus iTyre. Os da<strong>dos</strong> medi<strong>dos</strong> no interior do<br />

pneu são continuamente grava<strong>dos</strong> e apresenta<strong>dos</strong> ao condutor num ecrã.<br />

Se a pressão se desviar do valor pretendido, o ContiPressureCheck avisa,<br />

imediatamente, o condutor, o que permite tomar as medidas necessárias<br />

para resolver o problema e fazer com que a pressão regresse, imediatamente,<br />

ao seu valor normal. O sistema ContiPressureCheck é, também,<br />

compatível com vários sistemas de telemática, o que significa que os da<strong>dos</strong><br />

sobre a pressão e temperatura podem ser vistos num ecrã integrado e<br />

transmiti<strong>dos</strong> a dispositivos externos.<br />

PUB<br />

C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43


Empresa<br />

Gonçalteam<br />

Política de proximidade<br />

Estar perto do cliente, prestando-lhe o serviço de assistência técnica que ele<br />

necessita. Foi este o motivo que levou a Gonçalteam a abrir uma filial na zona norte<br />

do país. A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> esteve presente na festa de inauguração<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

No passado dia 3 de setembro, to<strong>dos</strong> os<br />

caminhos foram dar à Gonçalteam,<br />

que inaugurou a sua filial na zona<br />

norte, mais concretamente na Trofa.<br />

Localizado na Zona Industrial do Soeiro, em<br />

São Mamede do Coronado, o novo edifício<br />

tem extraordinárias potencialidades. Que vêm,<br />

aliás, dar resposta aos novos desafios que se<br />

colocam à empresa de António Gonçalves.<br />

O novo espaço está devidamente apetrechado<br />

com armazém, loja, salas de formação e um<br />

grande show room, onde os clientes podem<br />

ver e experimentar os equipamentos. E é,<br />

também, através desta particularidade, que<br />

a Gonçalteam pretende fazer a diferença no<br />

mercado, apostando, por isso, num método<br />

de venda diferenciador. “Viemos para a zona<br />

norte para nos aproximarmos <strong>dos</strong> clientes de<br />

que dispomos nesta área geográfica do país.<br />

Já estávamos bastante enraiza<strong>dos</strong> no sul, onde<br />

temos, também, ótimas condições na nossa<br />

sede, no Casal do Marco, mas queríamos ter<br />

uma presença mais efetiva no norte”, revelou<br />

António Gonçalves, diretor-geral da empresa.<br />

w FORMAÇÃO É SOLUÇÃO<br />

Entre colaboradores, parceiros, clientes e amigos,<br />

foram muitos os que marcaram presença<br />

na inauguração da filial da zona norte. Até do<br />

estrangeiro vieram pessoas. E, isto, não é fruto<br />

do acaso. “Ao dispormos da representação <strong>dos</strong><br />

produtos HPA FAIP, começava a não fazer sentido<br />

estamos presentes fisicamente apenas<br />

na região da Grande Lisboa e não termos um<br />

serviço de assistência técnica mais perto <strong>dos</strong><br />

clientes da zona norte”, afirmou António Gonçalves.<br />

Que, de seguida, acrescentou: “Não era<br />

tanto a necessidade de termos dois espaços de<br />

venda. Sentimos que era necessário dispormos<br />

de dois polos de assistência técnica e apoio<br />

pós-venda”.<br />

O novo edifício veio proporcionar à Gonçalteam<br />

a possibilidade de expor toda a gama<br />

de equipamentos HPA, sem esquecer outras<br />

marcas, como a Paoli e a Wegmann, só para<br />

citarmos dois exemplos, de forma a que cliente<br />

e técnico possam, com eles, interagir. “Os equipamentos<br />

não estão fecha<strong>dos</strong> numa caixa nem<br />

estão na casa de ninguém”, assegurou o diretor-<br />

“AJUDAR É PRINCÍPIO<br />

CÁ DE CASA”<br />

Se existe característica que está inerente à filosofia<br />

da Gonçalteam, é a sua enorme dimensão<br />

humana. Ana e António Gonçalves não se<br />

esquecem de quem os ajudou nas alturas difíceis<br />

e, por isso, fazem <strong>dos</strong> atos de solidariedade<br />

uma das “regras” da empresa que gerem.<br />

Por outras palavras, tornou-se apanágio da<br />

casa ajudar os outros sempre que possível.<br />

Desta vez, a Gonçalteam adquiriu um stock<br />

gigante de peças decorativas e utilitárias, que,<br />

depois, foram vendidas. O valor daí resultante<br />

reverteu, na íntegra, a favor <strong>dos</strong> Bombeiros<br />

Voluntários da Trofa. Gesto que os solda<strong>dos</strong><br />

da paz desta cidade nortenha agradeceram.<br />

Da esq.ª para a dta.: Filipe Coutinho; 2.°<br />

Comandante <strong>dos</strong> B.V. da Trofa; António Gonçalves,<br />

diretor-geral da Gonçalteam; João Bolar, 1.°<br />

Comandante <strong>dos</strong> B.V. da Trofa; José Ferreira,<br />

presidente da Junta de freguesia de São Romão e<br />

São Mamede do Coronado<br />

-geral da empresa. E acrescentou: “Temos os<br />

equipamentos expostos a funcionar. Sempre<br />

que o cliente queira, o nosso técnico pode<br />

esclarecer dúvidas no local”.<br />

A recém-inaugurada filial do norte permite à<br />

Gonçalteam dar formação ao cliente. “Estamos<br />

a dar formação de áreas de negócio. Não tem<br />

a ver com o equipamento A, B ou C”, enfatizou.<br />

“O que pretendemos é que o cliente venha<br />

até nós e esclareça dúvidas. Este novo edifício<br />

permite tornar tudo isso possível”, concluiu. ♦<br />

Gonçalteam<br />

Diretor-geral António Gonçalves | Sede Rua Quinta das Rosas, n.° 19, Zona Industrial Casal do Marco, 28<strong>40</strong> – 131 Paio Pires<br />

| Telefone 212 251 578 | Fax 212 251 397 | Email geral@goncalteam.pt | Site www.gteam.com.pt<br />

44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45


Empresa<br />

Auto-<strong>Pneus</strong> Gasolinas<br />

Símbolo da região<br />

Situada em Alfeizerão, a Auto-<strong>Pneus</strong> Gasolinas é uma oficina muito<br />

peculiar que pertence à rede First Stop. Liderada por Bruno Pereira,<br />

personalidade que tem uma história de vida muito curiosa, deve ser<br />

vista como um autêntico símbolo da região<br />

VEJA O VÍDEO<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Não existe ninguém em Alfeizerão que<br />

não conheça o “Gasolinas”. E quem<br />

diz em Alfeizerão, diz no concelho<br />

de Alcobaça, no distrito de Leiria ou<br />

até mesmo no distrito de Portalegre, só para<br />

citarmos alguns exemplos. Bruno Pereira é<br />

quem comanda os destinos da Auto-<strong>Pneus</strong><br />

Gasolinas, que fomos conhecer numa soalheira<br />

manhã de sábado, em pleno mês de setembro.<br />

Mas, antes de mais, a que se deve a alcunha de<br />

“Gasolinas”? Bruno Pereira, no tom simpático,<br />

brincalhão e frontal que o caracteriza, recua<br />

aos seus tempos de infância: “Com nove anos,<br />

já abastecia veículos e lavava-lhes os vidros,<br />

juntamente com amigos. Recebia gorjetas por<br />

essa tarefa. Havia dias, que ganhava três mil<br />

escu<strong>dos</strong>, o que era uma quantia respeitável<br />

naquela época”, recorda à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

Corria o ano de 1991 quando aconteceu um<br />

lapso que viria a dar origem à alcunha de Bruno<br />

Pereira. “Um dia, enganei-me a pôr combustível.<br />

Coloquei gasolina num veículo que era a<br />

gasóleo. Nos dias que se seguiram, fui motivo<br />

de chacota, quer por parte de José Bento, proprietário<br />

de uma empresa de frio (Fribento),<br />

quer <strong>dos</strong> meus amigos. Desde esse dia, passei<br />

a ser o “Gasolinas”. Alcunha que, de resto, está<br />

na origem do nome Auto-<strong>Pneus</strong> Gasolinas.<br />

w CRESCER COM PNEUS<br />

Desde tenra idade que Bruno Pereira lida com<br />

automóveis e motos. Muito graças a José Bento,<br />

vizinho na aldeia a quem o “Gasolinas” dava<br />

assistência nas corridas de moto4. Os pneus<br />

fizeram, desde muito cedo, parte do seu vocabulário.<br />

Por outras palavras, Bruno Pereira já<br />

tratava estes componentes na segunda pessoa<br />

do singular. Daí até ter começado a trabalhar no<br />

negócio <strong>dos</strong> pneus, foi um pequeno passo. “Aos<br />

14 anos, comecei a tomar conta de uma casa de<br />

pneus que existia em Alfeizerão, propriedade<br />

de um holandês”, revela. “Grande parte do que,<br />

hoje, sei no setor <strong>dos</strong> pneus, devo-o ao meu<br />

antigo patrão, que era, aliás, uma excelente<br />

pessoa”, frisa, em jeito de homenagem.<br />

Anos mais tarde, mais concretamente em<br />

1998, Bruno Pereira abria a sua primeira casa<br />

de pneus, em Vale Maceira. “Trabalhava sozinho<br />

num espaço onde mal cabia um veículo”,<br />

recorda. Na altura, “pedi crédito ao Millennium,<br />

adquiri máquinas antigas e solicitei à Fedima,<br />

46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


na pessoa do Carlos Marques, que me colocasse<br />

um pequeno stock de pneus”. Ao fim de ano e<br />

meio, o “Gasolinas” contratou o seu primeiro<br />

colaborador. No ano 2000, comprou o trespasse<br />

ao seu antigo patrão holandês e fez obras no<br />

espaço. Até que, em 2002, fechou a primeira<br />

casa onde começou a trabalhar. Para, em 2006,<br />

abrir o espaço onde, atualmente, se encontra,<br />

tendo contratado uma pessoa (Inês Santos)<br />

para gerir toda a equipa. Contudo, o percurso<br />

de Bruno Pereira não foi fácil. “Basicamente,<br />

trabalhava nas instalações que adquiri ao meu<br />

antigo patrão holandês para investir nas novas.<br />

Mas, antes disso, estive cerca de ano e meio<br />

w AGENTE FIRST STOP<br />

A Auto-<strong>Pneus</strong> Gasolinas ocupa uma área total<br />

de 500 m2, onde uma equipa de nove colaboradores<br />

realiza serviços relaciona<strong>dos</strong> com<br />

pneus, reparações de jantes e mecânica rápida.<br />

Sempre com equipamentos de topo e sem<br />

esquecer a assistência ao cliente. <strong>Pneus</strong> em<br />

stock, são cerca de 7.000. Além de pneus novos<br />

de todas as marcas, com particular incidência<br />

nas Bridgestone e Firestone, a oficina de Bruno<br />

Pereira comercializa, sempre que necessário,<br />

pneus usa<strong>dos</strong> e recauchuta<strong>dos</strong>, ainda que em<br />

proporções bastante inferiores. Os pneus ligeiros<br />

e agrícolas são o forte da oficina, que não<br />

tanta concorrência, há que fazer a diferença.<br />

Além do serviço de qualidade, faço questão<br />

de ir tomar o pequeno-almoço com um cliente<br />

diferente to<strong>dos</strong> os dias. Na vila, as pessoas valorizam<br />

isto. Há muitos anos que vendo pneus<br />

usa<strong>dos</strong>. Mas não tenho especial interesse em<br />

vendê-los. Até porque, com o lançamento da<br />

marca Dayton através da rede First Stop, sendo<br />

este um produto de qualidade a preço mais<br />

acessível, o pneu usado deixou de compensar.<br />

Ninguém anda seguro com um pneu usado.<br />

Este é como que um chamariz. Nós temo-lo<br />

para desenrascar o cliente”.<br />

A chegada da First Stop ao negócio de Bruno<br />

Pereira é outra história curiosa. “Veio por intermédio<br />

de António Ferreira, de Lisboa, do qual<br />

sou amigo. Quando tinha a minha primeira casa<br />

de pneus, em Vale Maceira, ele trabalhava na<br />

Bruno Pereira, também conhecido por “Gasolinas”<br />

(em baixo), comanda os destinos da Auto-<strong>Pneus</strong><br />

Gasolinas. A manager da equipa é Inês Santos<br />

a trabalhar à noite numa empresa da região,<br />

já depois de ter aberto a minha primeira casa<br />

de pneus”, revela.<br />

Mas seria durante uma viagem de fim de semana<br />

aos Açores, corria o ano de 2002, que o<br />

negócio do “Gasolinas” daria um salto. “Quando<br />

visitei os Açores, conheci um habitante que<br />

me passou a comprar pneus, o que permitiu<br />

fazer crescer bastante o meu negócio. Ainda<br />

vendi pneus para os Açores entre seis a oito<br />

anos”, explica.<br />

rejeita, contudo, a venda de pneus pesa<strong>dos</strong><br />

para clientes certos.<br />

Há cerca de dois anos, o “Gasolinas” abriu um<br />

centro de lavagens, mesmo ao lado da casa<br />

de pneus. “O intuito foi fazer crescer o negócio.<br />

Funciona como um chamariz. Uma coisa<br />

puxa a outra”, revela. Sobre os pneus usa<strong>dos</strong>,<br />

Bruno Pereira tem uma visão muito particular:<br />

“A minha oficina situa-se como a que a meio<br />

caminho entre as Caldas da Rainha e Alcobaça.<br />

Para cada lado, existem cerca de 18 concorrentes.<br />

Portanto, são 36 no total. No meio de<br />

Bridgestone e Firestone. Sempre que passava à<br />

minha porta, via entre <strong>40</strong>0 a 500 pneus novos<br />

expostos das medidas mais requisitadas. Como<br />

a minha casa estava decorada com artigos da<br />

Bridgestone, em particular da Fórmula 1, António<br />

Ferreira começou a deixar-me material de<br />

merchandising das marcas que representava.<br />

Mais tarde, quando abri a primeira casa em<br />

Alfeizerão, passou a trazer-me autocolantes<br />

da First Stop, que comecei a colocar nos contentores<br />

que faziam de armazém de pneus”,<br />

conta. Para além de alinhar na Baja Portalegre<br />

500 com a sua moto, sendo a competição, aliás,<br />

um excelente meio de publicitar a oficina, o<br />

“Gasolinas” tem os olhos postos no futuro:<br />

“Todo o dinheiro que tenho ganho, invisto. “Nos<br />

próximos dois anos, pretendo implementar<br />

zonas diferenciadas de manutenção de veículos,<br />

onde o automóvel da marca “X” não se<br />

misture com o da marca “Y”. O meu objetivo<br />

passa por desenvolver o setor automóvel na<br />

região”, conclui. ♦<br />

Auto-<strong>Pneus</strong> Gasolinas<br />

Gerente Bruno Pereira | Sede Estrada Nacional 8, Rua Barba Torta, 2460 – 191 Alfeizerão | Telefone 961 721 291 | Fax 262 980 112<br />

Email autopneusgasolinas@live.com.pt | Sites https://autopneusgasolinas.wordpress.com; www.autopneusgasolinas.com<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47


Empresa<br />

Eurocofema<br />

Círculo perfeito<br />

Quando se trata de equipar uma oficina ou casa de pneus, a Eurocofema apresenta<br />

o círculo perfeito. Comercializa produtos para a área de mecânica, pintura e pneus.<br />

E tem uma marca própria: a ECF<br />

Por: Jorge Flores<br />

Muito mudou na vida da Eurocofema.<br />

A empresa de Ermesinde,<br />

especializada em equipamentos<br />

para oficinas e casas de pneus,<br />

inicialmente denominada por Cofema, iniciou<br />

a sua atividade ainda em 1980, graças ao empenho<br />

de Adão Couto Barbosa, um profundo<br />

conhecedor de importantes fornecedores de<br />

ferramentas da região.<br />

No ano 2000, a empresa assume o nome de<br />

Eurocofema, inspirado na entrada de Portugal<br />

na moeda única. E uma nova liderança: a de<br />

Jorge Barbosa, filho do fundador. “Passou num<br />

instante. Parece que foi ontem”, reconhece.<br />

A empresa tem conseguido manter um<br />

crescimento sustentado ao longo <strong>dos</strong> anos.<br />

O responsável tem uma grande “noção da<br />

realidade”, prefere manter os pés bem assentes<br />

no chão e cumprir sempre com as suas<br />

obrigações para com os clientes. Mais do que<br />

um crescimento fulgurante. Assume que o<br />

negócio terá sempre “altos e baixos”, mas<br />

que está a correr “muito bem”. A aposta na<br />

importação direta de produtos e, mais ainda,<br />

na criação de uma marca própria de equipamentos,<br />

a ECF, em 2007, foi “ousada”, mas<br />

relevou-se um sucesso. “Temos tido um bom<br />

retorno <strong>dos</strong> nossos clientes. Estão satisfeitos”,<br />

garante Jorge Barbosa à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

w QUALIDADE EM NOME PRÓPRIO<br />

A Eurocofema tem como clientes tanto as<br />

oficinas como as casas de pneus. Os produtos<br />

em stock são múltiplos: elevadores auto,<br />

máquinas para pneus, extração de gases, equipamentos<br />

de lubrificação, cabinas e áreas de<br />

pintura. Infravermelhos e macacos hidropneumáticos.<br />

No fundo, a empresa “pode equipar,<br />

completamente, uma oficina ou uma casa de<br />

pneus. Hoje em dia, de resto, as realidades<br />

confundem-se. “A oficina mistura os pneus,<br />

assim como os pneus se misturam na oficina”,<br />

refere Jorge Barbosa. “As casas não gostam de<br />

deixar fugir o cliente. Nesse contexto, entra,<br />

também, a Eurocofema. Quem quiser começar<br />

a trabalhar com pneus, tem à disposição o<br />

nosso equipamento. Com a ECF, oferecemos<br />

preço e qualidade”, explica o responsável da<br />

empresa que, atualmente, consegue o círculo<br />

perfeito em termos de equipamento oficinal:<br />

mecânica, pintura e pneus.<br />

48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


w MERCADO MUITO ESTRANHO<br />

A empresa de Ermesinde dispõe de dois armazéns,<br />

cada qual com 600 m 2 , e continua<br />

a acreditar numa estrutura leve. A equipa é<br />

composta por nove funcionários, apesar de<br />

Jorge Barbosa estar a ponderar reforçá-la, em<br />

breve. “Mas não é fácil arranjar pessoal para<br />

trabalhar. Na parte técnica, então, é muito<br />

difícil”, lamenta o responsável.<br />

O gerente da Eurocofema admite ter trunfos<br />

na manga para o futuro. Mas prefere man-<br />

muito altos de competitividade no mercado<br />

<strong>dos</strong> equipamentos, nomeadamente, com a<br />

internacionalização <strong>dos</strong> seus produtos. Mas<br />

não deixa de lamentar determinadas situações.<br />

“Anda por aí muita concorrência com<br />

equipamento parecido, mas de qualidade<br />

bastante inferior. Ainda recentemente, numa<br />

feira, houve clientes que me pediram para<br />

fazer assistência a esses produtos. Tinham<br />

lá alguns equipamentos nossos, mas, depois,<br />

foram comprar mais baratos. A troco<br />

Equipamentos ECF<br />

FIRST STOP EM AMARANTE<br />

w w Os equipamentos da marca ECF, da<br />

Eurocofema, são os grandes protagonistas<br />

do novo posto da First Stop, no centro da<br />

cidade de Amarante, no acesso à A4: a<br />

Leite & Janeiro Lda. Álvaro Leite e Carlos<br />

Janeiro, primos e sócios, detêm já grande<br />

experiência neste meio, pois assimilaram<br />

know-how em outros projetos empresariais<br />

no setor <strong>dos</strong> pneus e desafiaram, agora, os<br />

fornecedores habituais. E conseguiram,<br />

de modo a garantir os equipamentos de<br />

melhor qualidade, como os da marca ECF,<br />

da Eurocofema.<br />

Inaugurado no passado dia 16 de julho,<br />

a Leite & Janeiro, localizada em Lomba,<br />

Amarante, vem oferecer à região to<strong>dos</strong> os<br />

serviços que a rede First Stop preconiza,<br />

nomeadamente pneus, revisão oficial<br />

<strong>dos</strong> veículos (sem perder a garantia do<br />

fabricante) e serviços rápi<strong>dos</strong>.<br />

ter o segredo. O mercado de equipamentos<br />

tem as suas vicissitudes. E 2016 foi um ano<br />

“muito estranho”, afirma. Os negócios em Angola<br />

e Moçambique pararam. E a atividade<br />

interior ressentiu-se. Ainda assim, “tivemos<br />

um início de ano bom, ao contrário do que<br />

muitas pessoas previam. Em março, houve<br />

uma quebra, mas continuámos a trabalhar.<br />

Depois, crescemos até acima <strong>dos</strong> objetivos”,<br />

sublinha Jorge Barbosa.<br />

No mercado <strong>dos</strong> pneus, em concreto, a Eurocofema<br />

continua a dispor, em stock, de equipamentos<br />

da marca italiana Sice. “Em matéria<br />

de máquinas de alinhamentos,” continua a ser<br />

importante”. Além disso, “estamos a pensar na<br />

eventualidade de importar uma nova marca”.<br />

Mas o investimento maior é na marca própria.<br />

Jorge Barbosa define a gama da ECF, neste<br />

capítulo, como uma “segunda linha”, sim. Mas<br />

de grande utilidade para “quem pretende arrancar<br />

com um negócio <strong>dos</strong> pneus”, esclarece.<br />

w COMPETIÇÃO (DEMASIADO) FEROZ<br />

Jorge Barbosa está habituado a lidar com a<br />

concorrência. Preparou-se para a enfrentar e<br />

tem mantido a Eurocofema dentro de níveis<br />

Especializada em equipamentos para oficinas e<br />

casas de pneus, a empresa iniciou a sua atividade<br />

em 1980, como Cofema. No ano 2000, alterou a<br />

sua designação para Eurocofema<br />

de pouco menos, trocaram-nos. E, depois,<br />

solicitam-nos assistência técnica”, confidencia.<br />

“Recusei!”, dispara Jorge Barbosa. Porquê?<br />

“Desde o momento em que pomos a mão na<br />

cria, o filho passa a ser nosso. To<strong>dos</strong> os problemas,<br />

depois, passam a ser nossos”, ilustra<br />

o responsável, que, em muitos casos, teria a<br />

solução para estes problemas, mas que, por<br />

uma questão princípio, não interfere. Na opinião<br />

do gerente, “existe muito equipamento<br />

semelhante. Poderia mandar vir mais barato.<br />

Mas não vale a pena. Não compensa. Prefiro<br />

ter preço e qualidade. Só o preço não vale a<br />

pena”, assegura.<br />

A Eurocofema orgulha-se de não ter problemas<br />

com os equipamentos da marca ECF, to<strong>dos</strong> eles<br />

sujeitos a controlos de qualidade rigorosos.<br />

Nem poderia ser de outra forma. Para Jorge<br />

Barbosa, “nem um parafuso pode estar fora do<br />

sítio”, confidencia. Faz-lhe muita confusão. ♦<br />

Eurocofema<br />

Gerente Jorge Barbosa | Sede Rua das Laranjeiras, 80/82, 4445 - 491 Ermesinde | Telefone 229 758 579 | Fax 229 758 580<br />

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Gestão<br />

Atendimento personalizado<br />

Exceder as expectativas<br />

Proporcionar um serviço integral focado na satisfação do cliente deve ser<br />

o objetivo a alcançar pelas oficinas. Não só para que ele volte, mas, também, para<br />

que o recomende a outras pessoas<br />

Parece óbvio que a principal finalidade<br />

de uma oficina de pneus é assegurar<br />

uma correta montagem de pneus e<br />

respetivo alinhamento da direção.<br />

Podemos pensar que a qualidade e a rapidez<br />

destas operações são os fatores mais determinantes<br />

na reputação da oficina. Nada mais<br />

longe da realidade. Não nos podemos esquecer<br />

do elemento, provavelmente, mais importante<br />

do automóvel: o proprietário, o seu cliente.<br />

Os clientes procuram, cada vez mais, não só,<br />

um trabalho técnico excelente para o seu veículo,<br />

mas, também, uma experiência agradável<br />

na oficina à qual se dirigem. E este aspeto é<br />

tão ou mais importante do que o motor ou a<br />

carroçaria de um automóvel.<br />

Cada cliente é uma pessoa única, com diferentes<br />

conhecimentos e necessidades e com uma<br />

personalidade distinta de todas as outras. Por<br />

conseguinte, o atendimento personalizado<br />

é um <strong>dos</strong> aspetos que conferem mais valor<br />

à oficina. Mas, para isso, é preciso conhecer<br />

bem o público a quem se dirige.<br />

O primeiro fator a ter em conta é que a pessoa<br />

que entra na oficina tem um problema e vê<br />

na sua casa a solução. O cliente escolheu o<br />

seu negócio e a forma como lhe solucionar o<br />

problema determinará que ele volta a confiar<br />

nos serviços da oficina. É uma relação bilateral:<br />

o cliente precisa da oficina e a oficina precisa<br />

do cliente. É a pessoa mais importante do<br />

negócio. Podemos dizer que, quem tem um<br />

cliente, tem um “tesouro”.<br />

w DOIS TIPOS DE CLIENTES<br />

Tal como referimos, cada cliente é um mundo<br />

e é imprescindível que a oficina se foque nas<br />

suas necessidades. Podemos dividir os clientes<br />

em dois grupos: os clientes atuais e os clientes<br />

potenciais. Temos de preocupar-nos em<br />

manter os primeiros e em atrair os segun<strong>dos</strong>.<br />

Se conseguir manter os clientes que tem, os<br />

50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


novos virão também.<br />

Frequentemente, esquecemo-nos que o difícil<br />

não é atingir uma meta, mas sim mantê-la.<br />

Com os clientes, acontece o mesmo. Por vezes,<br />

centramos o esforço em conseguir novos e<br />

esquecemo-nos <strong>dos</strong> que temos. Por isso, temos<br />

de assegurar que os clientes ativos permanecem<br />

satisfeitos.<br />

Em primeiro lugar, importa conhecer o público-<br />

-alvo ao qual se dirige. A tipologia de clientes<br />

de uma oficina é ampla. Desde o cliente particular<br />

às empresas, passando pelos clientes<br />

das gestoras de frotas ou de seguros. Cada<br />

um tem determinadas necessidades e o atendimento<br />

deve ser adaptado às mesmas. É tão<br />

importante cuidar do cliente particular, que<br />

se costuma dirigir à oficina por proximidade,<br />

como da empresa com uma frota de veículos,<br />

que assegura receitas mais ou menos estáveis.<br />

Por conseguinte, o bom atendimento torna-se<br />

numa responsabilidade ainda maior. E, naturalmente,<br />

o mesmo se passa se a oficina colaborar<br />

com alguma empresa de seguros, onde o<br />

cliente já paga uma quota anual e espera um<br />

atendimento em conformidade.<br />

w FALAR O MESMO IDIOMA<br />

A pessoa que solicita os serviços de uma oficina<br />

depara-se com um contratempo. Não podemos<br />

esquecer que um automóvel é <strong>dos</strong> investimentos<br />

mais importantes realiza<strong>dos</strong> por um<br />

indivíduo ao longo da sua vida. Há que saber<br />

identificar, não só, o problema, mas também,<br />

que entender a psicologia de um cliente que<br />

chega preocupado. É muito importante que<br />

se coloque no lugar dele.<br />

Não será necessariamente um especialista em<br />

mecânica, pelo que, muitas vezes, temos de<br />

entender o que ele nos quer dizer e manter em<br />

to<strong>dos</strong> os momentos uma atitude de ajuda. Há<br />

que recebê-lo com um sorriso, ser amigável e<br />

acessível. Deve ver no pessoal da oficina uma<br />

predisposição para solucionar qualquer problema.<br />

Que sinta e saiba que a oficina está à<br />

sua disposição, portanto.<br />

As explicações que recebe devem ser claras<br />

e precisas. Não é conveniente alongar as explicações<br />

e transformar o que deve ser uma<br />

conversa num monólogo. Quando caímos<br />

neste erro, costumamos cometer outro: dar<br />

explicações sem ter em conta se o cliente nos<br />

entende ou não.<br />

Quando um cliente se dirige à oficina, o mínimo<br />

que espera é que solucionem o seu problema.<br />

Empatizar com ele será fundamental. Pormenores<br />

como apresentar-se e tratar o cliente<br />

pelo nome irão, seguramente, fazer com que<br />

se sinta mais confortável e convencido de que<br />

se dirigiu ao sítio certo. Sempre com respeito,<br />

sem exceder os limites da cordialidade. Não se<br />

limite a perguntar o nome. Tente lembrar-se do<br />

nome do cliente quando ele voltar para que<br />

sinta que é único. Isso é algo que os clientes<br />

agradecem, saber que não são simples números,<br />

que a oficina os vê como pessoas com<br />

nome e apelido.<br />

w ATITUDE CORRETA<br />

Embora possa parecer difícil, os funcionários<br />

devem deixar os seus problemas de lado<br />

quando estão na oficina. As pessoas que<br />

entram na oficina nem sempre trazem o seu<br />

melhor sorriso, mas isso pode mudar caso encontrem<br />

um funcionário atento, que os escuta<br />

e que mostra interesse no que estão a dizer.<br />

A informação dada pelo cliente, os seus sentimentos,<br />

os seus motivos, tudo tem de ser<br />

interiorizado para um melhor atendimento.<br />

Uma atitude cordial e aberta, indicando que<br />

confiamos nas suas palavras, mostrará ao<br />

cliente que está na oficina certa. Para isso, é<br />

necessário aceitar, também, as suas opiniões,<br />

pois não pensamos to<strong>dos</strong> da mesma forma e<br />

é possível que ele tenha alguma ideia melhor<br />

do que a nossa. Evite ouvir o cliente enquanto<br />

pensa apenas em argumentos contrários como<br />

resposta. Uma atitude negativa pode gerar desconfiança.<br />

Não se deixe guiar por preconceitos<br />

nem se convença que sabe tudo.<br />

Quando estamos a falar com um cliente, devemos<br />

evitar distrações externas. Toda a atenção<br />

deve estar focada no que ele nos está a dizer.<br />

Dessa forma, não irá ignorar informações que<br />

sirvam para identificar o problema e saberá<br />

como prestar o melhor serviço. As distrações<br />

não resultam apenas de fatores externos. Não<br />

deve prestar atenção aos defeitos de comunicação<br />

do cliente: a vocalização, se tem tiques<br />

ou manias, se gagueja. O importante é o que<br />

ele diz. Olhar a pessoa nos olhos é sinal de que<br />

estamos a prestar atenção e gera confiança<br />

no interlocutor.<br />

O vocabulário também é importante. Frases do<br />

tipo “Em que posso ajudar?” ou “Estamos ao seu<br />

dispor”, mostrarão ainda mais ao cliente que<br />

nos preocupamos com ele e que a sua opinião<br />

é a mais importante. Num mundo empresarial<br />

com tanta concorrência, o atendimento<br />

ao cliente pode fazer a diferença.<br />

w O PRIMEIRO CONTACTO<br />

Não estamos a referir-nos, exclusivamente, aos<br />

clientes que se dirigem diretamente à oficina. O<br />

primeiro contacto entre estes e a oficina pode<br />

ocorrer de várias formas e cada uma delas requer<br />

determinadas atuações, embora todas<br />

estejam focadas em prestar um bom serviço.<br />

Uma pessoa poderá realizar um primeiro<br />

contacto telefónico para informar-se sobre os<br />

serviços da oficina ou solucionar uma dúvida.<br />

É necessário dar a melhor resposta possível,<br />

informá-lo sobre os preços, os tempos e os serviços<br />

de forma clara. E, caso pretenda recorrer<br />

à oficina, proporcionar-lhe uma marcação para<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51


Gestão<br />

Atendimento personalizado<br />

A IMPORTÂNCIA DE UMA BOA PRIMEIRA IMPRESSÃO<br />

que se dirija à oficina e trate do seu problema<br />

pessoalmente.<br />

Quando as consultas forem efetuadas através<br />

da web, email ou, inclusivamente, das redes<br />

sociais, também é necessário dar uma resposta<br />

o mais rápida e completa possível. E prestar<br />

atenção tanto à redação como à ortografia,<br />

também é parte da imagem que passamos.<br />

Este é um aspeto muito importante que muitas<br />

oficinas não têm em conta e pode ser prejudicial,<br />

acabando por afastar clientes. Embora o<br />

boca a boca continue a ser a principal fonte de<br />

reputação, as novas tecnologias permitem dar<br />

um passo à frente. Permitem que um cliente<br />

que não tem referências e procura oficinas<br />

de confiança na Internet perto da sua zona<br />

encontre o nome da sua.<br />

Mas na maioria <strong>dos</strong> casos, a comunicação é<br />

No atendimento ao cliente feito de forma<br />

correta, existe uma área fundamental: a receção<br />

na oficina. É o local onde vai acontecer<br />

o primeiro contacto. Portanto, faz parte da<br />

imagem global que o cliente vai percecionar<br />

da oficina.<br />

A oficina poderá ter o melhor equipamento,<br />

os melhores profissionais e as melhores instalações,<br />

mas essa realidade tem de ser evidente<br />

para o cliente. E é na entrada que se<br />

vende esta imagem, pelo que as pessoas que<br />

recebem os clientes, tornam-se assessores de<br />

serviço que têm de estar preparadas para o<br />

atendimento ao público.<br />

A imagem é parte fundamental. A entrada<br />

deve estar limpa e ordenada para criar uma<br />

perceção de boa organização. Nela, devem<br />

constar algumas informações que o cliente<br />

possa valorizar. É conveniente que se encontre<br />

em lugar visível, por exemplo, o preço da<br />

hora de trabalho, o direito a solicitar orçamentos<br />

detalha<strong>dos</strong> ou faturas, a existência<br />

de formulários de reclamação ou o horário.<br />

A oficina pode ser dividida em três espaços:<br />

a área de receção/entrega de veículos, a zona<br />

de atendimento ao cliente e a sala de espera<br />

para os clientes. Esta disposição é a ideal<br />

mas dependerá, naturalmente, do espaço<br />

existente na oficina.<br />

A entrada é o local onde se capta o cliente.<br />

Por isso, tudo tem de estar em sintonia. O<br />

pessoal responsável pelo atendimento deve<br />

estar preparado para oferecer ao cliente as<br />

soluções que ele procura. É o momento de<br />

esclarecer todas as dúvidas e inquietações.<br />

Se ele sair totalmente esclarecido, a sua satisfação<br />

será maior.<br />

A pessoa que atende, pela primeira vez, o<br />

cliente é, também, um comercial, que ajuda<br />

o cliente e lhe vende serviços, um técnico<br />

que valoriza o problema e um administrativo<br />

que elabora orçamentos. Nestes momentos,<br />

a pessoa que estabelece o primeiro contacto<br />

com o cliente é a cara visível da oficina e a<br />

primeira imagem da mesma. Muitas oficinas<br />

já apostam em contratar trabalhadores<br />

com este perfil. Alguém que saiba atender o<br />

cliente, mas que, também, possa fazer trabalhos<br />

mecânicos. Um posto cada vez mais<br />

necessário.<br />

O funcionamento do resto do negócio depende<br />

da capacidade de organização na receção<br />

de veículos. Na receção ou escritório que<br />

administre a oficina, deve conhecer a carga<br />

de trabalho existente para não exceder nem<br />

ficar aquém da capacidade da mesma. Deve<br />

saber gerir os tempos e conhecer o ritmo de<br />

trabalho.<br />

Sempre que possível, é importante ter um sistema<br />

de marcações prévias, para que os clientes<br />

não tenham de esperar muito tempo para<br />

serem atendi<strong>dos</strong>. Por conseguinte, ao organizar<br />

o trabalho, um bom rececionista deve<br />

saber reservar tempo para as contingências<br />

que possam surgir, como trabalhos urgentes<br />

ou inespera<strong>dos</strong>. Por exemplo, a chegada de<br />

automóveis em reboques, serviços rápi<strong>dos</strong><br />

ou clientes que surjam sem marcação prévia.<br />

Por tudo isto, o perfil da pessoa que atende<br />

o cliente deverá ter determinadas características<br />

específicas:<br />

l Amável, atento, responsável;<br />

l Competente. Com bons conhecimentos<br />

técnicos;<br />

l Alta capacidade de comunicação para<br />

transmitir bem a mensagem ao cliente;<br />

l Eficiente e organizado. Deve saber gerir<br />

o seu posto;<br />

l Bom vendedor;<br />

l Dinâmico e rápido a reagir. Para dar resposta<br />

imediata ao cliente;<br />

l Honesto.<br />

direta e pessoal, com o cliente na oficina, em<br />

pessoa. Este é o primeiro e mais importante<br />

teste que vai enfrentar. E com o examinador<br />

mais exigente, que está atento a to<strong>dos</strong> os detalhes.<br />

A primeira coisa que vai observar é o<br />

aspeto exterior da sua oficina. Cartazes apelativos<br />

e claros são a chave. Devem chamar a<br />

atenção e mostrar, também, informação sobre<br />

os serviços presta<strong>dos</strong> pela oficina, bem como<br />

os da<strong>dos</strong> de contacto.<br />

w É IMPRESCINDÍVEL SABER O MÁXIMO POSSÍVEL<br />

O tempo do cliente é de ouro. É necessário<br />

atender o cliente com a maior rapidez possível<br />

para que não se sinta ignorado. Adote uma<br />

postura corporal que transmita confiança, não<br />

se mantenha distante.<br />

Ele não deve ter de procurar um funcionário.<br />

52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


Este deve vir ao seu encontro. O tempo de espera<br />

também pode influenciar negativamente<br />

a atitude do cliente.<br />

A pessoa deve ter a perceção de que está a<br />

falar com um profissional. E para que tal aconteça,<br />

é preciso ter em atenção vários aspetos:<br />

o vestuário, a presença, a postura corporal e<br />

os conhecimentos. O cliente observa to<strong>dos</strong> os<br />

detalhes. Se mostrarmos sinais de aborrecimento<br />

ou desinteresse, o cliente poderá mudar<br />

de ideias e dirigir-se a outra oficina onde sinta<br />

que o escutam. A comunicação não verbal é<br />

muito importante.<br />

Tenha muito cuidado com o vocabulário utilizado.<br />

Demonstrar os seus conhecimentos<br />

não implica ter de utilizar uma linguagem<br />

técnica. O cliente não tem a obrigação de<br />

saber o que é uma cambota, por exemplo.<br />

Limite-se a explicar-lhe como vai solucionar<br />

o problema. É proibido utilizar a expressão “não<br />

sei”. É imprescindível saber o máximo possível<br />

tanto sobre a oficina como sobre os trabalhos<br />

realiza<strong>dos</strong> na mesma. Deve poder responder ao<br />

maior número de perguntas, dar os conselhos<br />

necessários, saber o que pode ou não ser oferecido.<br />

É evidente que saber tudo é muito difícil.<br />

Se lhe perguntarem algo que desconhece, o<br />

melhor é tentar averiguar e dar a resposta o<br />

mais rápido possível, visto que a perceção que<br />

o cliente tiver <strong>dos</strong> conhecimentos do pessoal<br />

também terá influência na sua experiência.<br />

Na comunicação cara a cara, há muitos fatores<br />

influenciadores. Não é só aquilo que se diz.<br />

Importa, também, a forma como o dizemos.<br />

A posição corporal é importante, tal como o<br />

tom de voz que empregamos.<br />

w SUPERAR AS EXPECTATIVAS<br />

Afinal de contas, um cliente tem necessidades<br />

mas também tem expectativas. É importante<br />

diferenciar ambos os aspetos, porque nem<br />

sempre coincidem. E o que o vai diferenciar<br />

da concorrência e lhe vai dar muitos pontos<br />

a favor é exceder as expectativas do cliente.<br />

As expectativas mais comuns costumam ser<br />

as que se referem ao tempo de execução do<br />

trabalho ou ao preço do mesmo. Mas não são<br />

as únicas.<br />

No primeiro contacto, devemos focar-nos,<br />

principalmente, em dar resposta às necessidades<br />

do cliente. Por isso, é tão importante<br />

prestar atenção à informação que nos transmite<br />

quando está a falar connosco. Analise qual é o<br />

problema do cliente e o que terá de fazer para<br />

solucionar o mesmo de forma rápida e eficaz.<br />

Identificar exatamente as necessidades do<br />

cliente, irá dar a quem o procura a oportunidade<br />

de conhecer, por exemplo, descontos<br />

ou promoções que lhe possam interessar ou<br />

poderá falar sobre as garantias da reparação.<br />

Há que tentar oferecer ao cliente o serviço que<br />

ele precisa, mas também ir mais além. Superar<br />

as suas expectativas ao oferecer algo mais do<br />

que um serviço eficaz. É possível que precise<br />

de algo mais e não saiba. Não se trata de conseguir<br />

a maior quantidade de dinheiro possível,<br />

mas sim de oferecer ao cliente os produtos e<br />

serviços que este realmente necessita.<br />

Aquilo que um cliente precisa de uma oficina é<br />

que esta repare o seu veículo. As suas principais<br />

expectativas são:<br />

• Preços competitivos;<br />

• Ser informado sobre tudo;<br />

• Uma reparação eficaz;<br />

• Que e o dia e hora de entrega sejam respeita<strong>dos</strong><br />

e que a reparação seja a mais rápida<br />

possível;<br />

• Funcionários sempre prontos a ajudar.<br />

Se estas expectativas forem cumpridas, estará a<br />

prestar um bom serviço. E se conseguir superar<br />

as expectativas, estará a prestar um serviço<br />

excelente. u<br />

Fonte: Henkel<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 53


Técnica<br />

Jantes para veículos<br />

Não há pneu sem jante<br />

Neste artigo, focamos a nossa atenção na jante, que se trata de um componente<br />

que passa pela mão do técnico que efetua a montagem do pneu e equilibra<br />

a roda, havendo, por isso, a obrigatoriedade de verificar o seu efetivo estado<br />

de conservação<br />

A<br />

Jante é um elemento fundamental<br />

num automóvel. É através dela que<br />

passa o movimento vindo da transmissão<br />

para os pneus. Além disso,<br />

são, constantemente, solicitadas pelo esforço<br />

adicional, devido às irregularidades do piso e<br />

às transferências de massa da carroçaria.<br />

Na construção das jantes, são utiliza<strong>dos</strong> materiais<br />

de elevada resistência, como ferro fundido,<br />

e, nas jantes de liga leve, alumínio e magnésio.<br />

Embora construídas com materiais de elevada<br />

rigidez, é necessário ter alguns cuida<strong>dos</strong> com<br />

as jantes durante a condução. Evitar passar<br />

por buracos e embater em passeios, podem<br />

prevenir que elas fiquem empenadas. Uma<br />

jante empenada pode levar ao desalinhamento<br />

da direção, ao desgaste desigual <strong>dos</strong> pneus,<br />

ao aumento do consumo do veículo e a algum<br />

desconforto durante a condução. Ou até<br />

mesmo a uma vibração no volante.<br />

Na realidade, a ligação do pneu à jante deve ser<br />

extremamente forte para suportar as elevadas<br />

forças dinâmicas do veículo em movimento,<br />

ao curvar, ao travar e ao efetuar manobras.<br />

Esse facto é ainda mais patente nos veículos<br />

pesa<strong>dos</strong>, onde o excesso de carga e as condições<br />

de circulação precárias geram, por vezes,<br />

solicitações acima da média.<br />

Para retirar o pneu da jante, são necessários<br />

equipamentos específicos, de elevada potência:<br />

as máquinas de desmontar/montar pneus.<br />

Apesar de tudo, há casos em que o pneu sai<br />

da jante, como, por exemplo, na sequência<br />

de um acidente em que a jante é seriamente<br />

danificada. Noutros casos, o pneu perde pressão,<br />

devido a um furo ou a outro problema<br />

qualquer, o pneu aquece acima do tolerável,<br />

deforma-se e pode até saltar da jante. Ou<br />

mesmo incendiar-se ou fragmentar-se.<br />

Também há os casos em que o pneu pode<br />

soltar-se da jante, devido à montagem de uma<br />

medida incompatível com a jante, danos estruturais<br />

no pneu (talão partido, telas estiradas),<br />

jantes danificadas e montagem incorreta do<br />

próprio pneu.<br />

Nestes derradeiros casos, a responsabilidade<br />

do profissional de retalho começa a ser um<br />

problema que deve evitar-se de todas as<br />

54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


formas, porque pode ter consequências extremamente<br />

gravosas. Isto quer dizer que o<br />

serviço do retalhista não consiste meramente<br />

em trocar ou reparar um pneu, mas garantir<br />

todas as condições de segurança do veículo<br />

ao circular. Pelo menos, é isso que os clientes<br />

e to<strong>dos</strong> os utentes da via pública esperam e<br />

devem exigir.<br />

w JANTES DE CONFIANÇA<br />

Em condições normais, uma jante pode gastar<br />

vários jogos de pneus e acompanhar o veículo<br />

na reciclagem de VFV, porque não se trata de<br />

uma peça de desgaste, pelo contrário. Será,<br />

por isso, que muitos retalhistas de pneus assumem<br />

que não é necessário verificar a jante<br />

ao pormenor. No entanto, há certas situações,<br />

como os impactos, excesso de carga e avarias<br />

nos travões, nos cubo da roda e na suspensão,<br />

que podem deformar e danificar a jante. Outras<br />

vezes, é a própria montagem/desmontagem<br />

do pneu que origina danos na jante quando<br />

a operação não é bem efetuada ou o equipamento<br />

utilizado não é o aconselhável.<br />

Portanto, as boas práticas associadas à montagem<br />

de pneus devem partir da regra lógica de<br />

montar apenas pneus em jantes de confiança.<br />

Todas as jantes em estado que suscite alguma<br />

dúvida devem ser reparadas, antes de se proceder<br />

à montagem do pneu.<br />

Isso implica, necessariamente, inspeção visual<br />

da jante e, caso seja necessário, o recurso a<br />

outros meios de comprovação. Deformações,<br />

fraturas, fissuras, corrosão e outros danos não<br />

podem ser tolera<strong>dos</strong> nos bor<strong>dos</strong> da jante e<br />

nos pontos de fixação desta ao cubo da roda/<br />

travão. Outras deformações que ponham<br />

em causa o alinhamento da jante ou tornem<br />

a montagem da roda incorreta, devem ser,<br />

Tipos de Jantes<br />

Hoje em dia, há uma grande variedade de marcas<br />

de jantes, com design, peso e diâmetros <strong>dos</strong><br />

mais varia<strong>dos</strong>. Os acabamentos também têm<br />

vindo a diversificar-se, havendo várias hipóteses<br />

de escolha.<br />

As jantes podem ser divididas em dois grupos<br />

face ao material utilizado. Por um lado, as<br />

jantes de aço ou aço inoxidável. Por outro, as<br />

jantes de liga leve, normalmente em alumínio<br />

ou magnésio.<br />

Para ajudar o condutor na escolha das jantes,<br />

descrevemos, de seguida, alguns aspetos a ter<br />

em conta e que podem condicionar essa escolha<br />

ou limitar a montagem no automóvel.<br />

Jantes de liga leve<br />

Como benefício, as jantes de liga leve pesam<br />

menos, o que permite diminuir o peso da<br />

massa não suspensa e baixar o centro de gravidade<br />

do veículo. As jantes de liga leve usadas<br />

nos automóveis são compostas por cerca de<br />

80% de alumínio e 20% de compostos de metais,<br />

como cobre ou o magnésio. As jantes de<br />

liga leve proporcionam uma redução de peso<br />

considerável comparativamente às de aço,<br />

bem como uma rigidez maior. Na competição,<br />

usam-se, muitas vezes, jantes em magnésio ou<br />

titânio, que chegam a ser 50% mais leves, só<br />

que estas têm um preço muito maior. Por outro<br />

lado, as jantes em liga leve têm um aspeto mais<br />

agradável e realçam as linhas do automóvel.<br />

A redução do peso tem influência no comportamento<br />

do veículo. As acelerações, as travagens<br />

e o comportamento em curva, melhoram<br />

com a redução <strong>dos</strong> pesos não suporta<strong>dos</strong> pela<br />

suspensão. Quanto menor for esse peso, melhor<br />

será o comportamento e as performances do veículo.<br />

Outra das vantagens das jantes em liga leve<br />

é que melhoram o arrefecimento <strong>dos</strong> travões, pois<br />

os metais de que são feitas são bons condutores<br />

do calor e, assim, proporcionam uma transferência<br />

de calor superior. Desta forma, os travões não<br />

ficam tão sujeitos à perda de eficácia devido ao<br />

calor excessivo.<br />

O desenho das jantes também pode ser otimizado<br />

para favorecer o arrefecimento <strong>dos</strong> travões. Hoje,<br />

há, também, uma tendência para ter em consideração<br />

o peso da jante. Existem modelos que<br />

comparativamente a outros na mesma medida,<br />

chegam a pesar metade. O peso é um fator preponderante<br />

nas prestações do automóvel.<br />

Jantes fundidas<br />

É o processo mais habitual de fabrico de jantes<br />

monobloco. Consiste em colocar a liga metálica<br />

a alta temperatura num molde especialmente estudado<br />

e com o formato da jante. A moldagem<br />

de jantes efetua-se colando alumínio líquido num<br />

molde especialmente estudado. São utiliza<strong>dos</strong> vários<br />

méto<strong>dos</strong>. O processo de preenchimento do<br />

molde pode ser feito a baixa ou alta pressão.<br />

Jantes forjadas<br />

A maioria das jantes são construídas por injeção<br />

de alumínio ou da liga num determinado molde.<br />

As jantes forjadas, ao contrário, são construídas<br />

a partir de blocos de alumínio prensa<strong>dos</strong> com<br />

cargas acima das dezenas de toneladas. Depois,<br />

estes blocos são tornea<strong>dos</strong> de acordo com o<br />

design da jante.<br />

As jantes forjadas são uma excelente combinação<br />

de rigidez, resistência e baixo peso. As<br />

características físicas das jantes forjadas garantem<br />

que a estrutura molecular é igual por toda<br />

a jante. Estas características garantem que as<br />

jantes se comportam melhor quando sujeitas<br />

a grandes esforços ou mesmo no caso de impacto.<br />

Ao serem mais leves do que as jantes<br />

convencionais, garantem ao veículo uma performance<br />

melhor pela redução do peso não<br />

suspenso, melhorando o comportamento e a<br />

capacidade de curvar. Permitem ainda reduzir<br />

o consumo e melhorar a aceleração.<br />

Jantes modulares<br />

Uma jante modular ou multipeça utiliza dois<br />

ou três componentes diferentes para formar<br />

a jante, chamando-se, frequentemente, bipartidas<br />

ou tripartidas, consoante o caso. Uma<br />

jante modular é composta pela Aba, o Barril<br />

e a Face ou Centro da jante. As várias peças<br />

das jantes são apertadas recorrendo a pequenos<br />

parafusos e à utilização de um selante. Este<br />

tipo de jantes foi desenvolvido na década de 70<br />

para a competição e, hoje, são mais populares<br />

para medidas superiores a 17’’. Cada um destes<br />

componentes pode recorrer a vários méto<strong>dos</strong><br />

de fabrico, podendo, cada peça, ser construída<br />

por tecnologias diferentes. As jantes bipartidas<br />

e tripartidas são, normalmente, mais leves e<br />

mais resistentes às pancadas. E são utilizadas<br />

em competição, mas os custos de produção<br />

fazem com que sejam caríssimas.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 55


Técnica<br />

Jantes para veículos<br />

Medidas das jantes<br />

Duas medidas determinam o tamanho de<br />

uma jante. São elas o diâmetro e a largura<br />

da jante. Estas medidas são expressas em<br />

polegadas. Algumas das medidas mais<br />

usuais são 5,5×13”, 6×14”, 7×15”, 7,5×16”,<br />

8×17”. É possível encontrar, também,<br />

jantes com várias larguras para o mesmo<br />

diâmetro. É necessário ter em atenção que<br />

quanto maior for o diâmetro da jante, normalmente<br />

esta também vai pesar mais, o<br />

que influencia as performances do veículo<br />

em algumas situações.<br />

igualmente, reparadas. Nas jantes com aro<br />

desmontável, felizmente já raras, o estado<br />

desse aro e a sua fixação à jante também devem<br />

ser verifica<strong>dos</strong>.<br />

w PREPARAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE JANTES<br />

A primeira fase da preparação da jante para a<br />

montagem do pneu é a sua completa limpeza,<br />

através da qual se eliminam to<strong>dos</strong> os detritos e<br />

impurezas que impedem a correta observação<br />

do seu estado. A utilização de jato de ar comprimido<br />

não é muito aconselhável, porque enche<br />

o ar da oficina de poeiras e espalha impurezas<br />

pelo chão. A utilização de uma escova ou de<br />

um aspirador é muito mais conveniente. Se<br />

houver tinta despegada no interior da jante,<br />

devido à corrosão ou ao atrito provocado pelo<br />

pneu, esta deve ser retirada e a jante pintada<br />

de novo. Sem a tinta, a aderência do pneu à<br />

jante é inferior, devido ao facto de o diâmetro<br />

da jante ficar reduzido um par de milímetros.<br />

Na análise <strong>dos</strong> danos das jantes, é importante<br />

avaliar o custo de recuperação da jante, pois<br />

esta pode ser economicamente e tecnicamente<br />

inviável. As jantes de liga leve com fissuras e<br />

rachas devem ser descartadas, o mesmo sucedendo<br />

em jantes de aço com avança<strong>dos</strong><br />

problemas de corrosão. Nos outros casos, as<br />

jantes devem ser enviadas para uma oficina<br />

especializada, porque um retalhista de pneus<br />

não tem volume de trabalho para rentabilizar<br />

pessoal e equipamentos desse tipo. A não ser<br />

que invista nesse nicho de mercado e trabalhe,<br />

também, para outras empresas, a fim de<br />

rentabilizar o serviço.<br />

Nas frotas de transporte, deve haver um serviço<br />

específico de gestão de jantes, porque os veículos<br />

não podem parar e as jantes defeituosas<br />

são, imediatamente, substituídas, passando a<br />

constar de um stock de jantes em recuperação.<br />

Para esse stock não se tornar desproporcional,<br />

é necessário estudar a rotação das rodas, de<br />

modo a ter sempre pneus prontos a utilizar<br />

monta<strong>dos</strong>, para substituir outros com danos<br />

ou muito usa<strong>dos</strong>.<br />

w ESPECIFICAÇÕES DO CONSTRUTOR<br />

Qualquer técnico com formação atualizada<br />

do serviço de assistência a veículos só pode<br />

trabalhar com uma base de da<strong>dos</strong> de to<strong>dos</strong><br />

os modelos, onde constem as especificações<br />

do construtor. Designadamente, os binários<br />

de aperto, as medidas de jantes e pneus, bem<br />

como a pressão <strong>dos</strong> pneus e respetivas tolerâncias,<br />

caso existam.<br />

Certos operadores de transporte pesado “ren-<br />

Homologação de jantes e pneus<br />

A alteração do diâmetro das jantes obriga<br />

a homologar a nova medida do pneu para<br />

essa jante. Deverá verificar se a medida<br />

que pretende colocar consta no livrete ou<br />

DUA da viatura. Se o veículo for à inspeção<br />

com uma medida bem calculada mas<br />

que não conste no livrete ou DUA, leva<br />

uma anotação e não reprova por causa<br />

disso. Mas o facto de ela não constar, é suscetível<br />

de ser alvo de uma multa por parte<br />

da polícia. Assim, é necessário proceder<br />

à homologação <strong>dos</strong> pneus para o veículo<br />

poder circular à-vontade na estrada.<br />

tabilizam” os veículos com excesso de carga,<br />

o que é ilegal e uma forma de degradar o<br />

veículo, as vias de circulação e os pneus, necessariamente.<br />

Dentro da mesma “lógica”, costumam “reforçar”<br />

os apertos das rodas e as pressões <strong>dos</strong> pneus, o<br />

que é tecnicamente totalmente desaconselhável.<br />

O profissional idóneo do retalho de pneus<br />

não pode pactuar com este tipo de práticas,<br />

sob pena de comprometer a imagem do seu<br />

negócio e poder ser responsabilizado pelos<br />

acidentes causa<strong>dos</strong> pela imprevidência de<br />

terceiros. ♦<br />

Offset não deve ser ignorado<br />

O offset, ou inset ET (como vem especificado na jante), é a distância da<br />

superfície de montagem da jante à linha imaginária que divide a largura<br />

da jante ao meio. O offset pode ser zero, positivo ou negativo. Um offset<br />

positivo é quando a superfície de montagem é para fora dessa linha imaginária<br />

e é, normalmente, usado em veículos de tração à frente. Se o offset<br />

da nova jante for muito diferente, primeiro pode não poder montar a jante<br />

por tocar nas partes fixas do automóvel ou então o comportamento do<br />

veículo pode ser bastante afetado. O offset não deve ser ignorado, pois tem<br />

um papel importante no desempenho da suspensão e na capacidade de se<br />

manter a direção centrada em andamento. Tenha sempre em atenção qual<br />

o offset aconselhado para o automóvel onde vão ser montadas as jantes.<br />

Offset positivo Zero offset<br />

interior<br />

Centro da Jante<br />

Offset negativo<br />

lado da estrada<br />

56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


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Avaliação obrigatória<br />

Ford Ranger 2.2 TDCi 4x4 Limited<br />

Power Ranger<br />

Aparência não lhe falta. Eficácia fora de estrada e tecnologia, muito menos. Equipada<br />

com o motor 2.2 TDCi de 160 cv, caixa de transferências, tração integral e inúmeros<br />

dispositivos de assistência à condução, a nova Ford Ranger tem o power todo<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Nunca as pick-up tinham atingido um<br />

patamar de evolução tão elevado.<br />

Exemplos no mercado, não faltam.<br />

Um <strong>dos</strong> mais recentes, responde<br />

pelo nome de Ford Ranger. Liderada pela<br />

versão topo de gama, Wildtrak, a Ranger ultrapassou,<br />

de acordo com a Ford, as suas rivais.<br />

Para se tornar no modelo mais vendido do seu<br />

segmento na Europa em 2015, ano em que<br />

seduziu 27.300 novos clientes no Velho Continente,<br />

o que correspondeu a um aumento de<br />

27%. Produzida na África do Sul, a nova Ranger<br />

“europeia” evoluiu, substancialmente, em<br />

vários domínios. Desde o design à tecnologia,<br />

passando pelo equipamento e pela eficiência<br />

mecânica, o upgrade foi realmente grande.<br />

w IMAGEM DE LAZER<br />

As pick-up de cabine dupla, como a versão<br />

4x4 Limited da nova Ranger, que, aqui, surge<br />

em apreço, ficam sempre distantes do visual<br />

algo “rústico” das variantes de trabalho, menos<br />

elaboradas esteticamente, dotadas de cabines<br />

simples e equipadas com três lugares na<br />

frente (beneficiam, por isso, de desconto no<br />

IUC). Pintada no opcional cinzento “Oyster”<br />

(€457), tonalidade que mais parece castanho, a<br />

imagem de lazer da nova Ranger é conseguida<br />

à custa, também, da caixa de carga aberta,<br />

da imponente grelha cromada, <strong>dos</strong> grupos<br />

óticos dianteiros elegantes e das jantes de<br />

17”, montadas em pneus Goodyear Wrangler<br />

HP All Weather, de medida 265/65. As barras<br />

58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


desportivas tubulares cromadas aplicadas<br />

na traseira e o opcional pack Off-road (custa<br />

€<strong>40</strong>7 e inclui proteção do motor, da caixa de<br />

transferências e do depósito de combustível<br />

+ bloqueio do diferencial traseiro), completam<br />

o visual atraente e algo burguês desta<br />

versão. Discreta é algo que a nova Ranger não<br />

consegue ser, graças, em parte, aos inúmeros<br />

letterings que circundam a carroçaria: “2.2 6<br />

Speed” e “4x4” na secção lateral; “Ranger” e “Limited”<br />

na traseira. O que, quanto a nós, eram<br />

perfeitamente dispensáveis.<br />

Longe do visual austero e pouco elaborado de<br />

outros tempos, o habitáculo da nova pick-up<br />

da Ford é outro exemplo da enorme evolução<br />

sofrida por esta categoria de veículos. Exibindo<br />

uma qualidade de construção digna de elogios,<br />

a nova Ranger oferece amplo espaço, boa<br />

arrumação, posto de condução correto e diversas<br />

mordomias propostas de série. Como, por<br />

exemplo, estofos em couro, banco do condutor<br />

com regulação elétrica em oito direções e<br />

apoio lombar, ar condicionado com controlo<br />

eletrónico automático da temperatura, rádio<br />

com ecrã tátil de 8”, Ford SYNC 2 com controlo<br />

por voz e ligação USB para dispositivos de música<br />

externos. Aos quais se podem adicionar os<br />

seguintes opcionais presentes nesta unidade:<br />

câmara de visão traseira (€458); sensores de<br />

estacionamento dianteiros e traseiros (€102);<br />

pack Driver Plus (controlo automático de velocidade<br />

adaptativo + assistência à pré-colisão +<br />

sistema de aviso de saída de estrada com alerta<br />

do condutor + faróis de máximos automáticos<br />

+ reconhecimento de sinais de trânsito,<br />

tudo por €915); Ford SYNC 2 com sistema de<br />

navegação e Ford MyKey €427).<br />

Robusta e eficaz, a nova Ford Ranger,<br />

na versão 2.2 TDCi 4x4 Limited,<br />

oferece uma panóplia de dispositivos<br />

de assistência à condução<br />

w EFICÁCIA AOS MONTES<br />

Equipada com o motor 2.2 TDCi de 160 cv,<br />

que foi alvo de diversas melhorias com vista à<br />

diminuição de consumos e à redução do nível<br />

de vibrações, a nova Ford Ranger sente-se<br />

como peixe na água nas atividades fora de<br />

estrada. Não queremos com isto dizer que<br />

não seja uma pick-up agradável de conduzir<br />

em estrada, longe disso, mas o grau de envolvência<br />

de um veículo com mais de cinco<br />

metros de comprimento (para mais, dotado<br />

de uma direção pouco comunicativa e de uma<br />

suspensão “saltitante”), é sempre relativo. O<br />

comando da caixa manual de seis velocidades<br />

não é demasiado renitente nem os<br />

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Avaliação obrigatória<br />

Ford Ranger 2.2 TDCi 4x4 Limited<br />

Goodyear Wrangler HP All Weather<br />

Quatro estações<br />

w Pneu 4x4 inteligente que oferece um desempenho de topo durante<br />

todo o ano. É, desta forma, que a Goodyear define o Wrangler HP All<br />

Weather que equipava a nova Ford Ranger testada pela <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong>. Anunciando um excelente desempenho nas quatro estações,<br />

este pneu proporciona ótima aderência (quer em piso molhado, quer<br />

a baixas temperaturas), oferece elevada resistência ao aquaplaning e<br />

destaca-se por contribuir para uma condução confortável e silenciosa.<br />

Entre as suas principais características, encontra-se a tecnologia Smart-<br />

TRED Weather Reactive, que adapta o comportamento do pneu às<br />

condições da estrada. O Wrangler HP All Weather apresenta sulcos<br />

profun<strong>dos</strong> e amplos, que canalizam a lama para ajudar o condutor a<br />

enfrentar terrenos difíceis. Já o centro do piso, destina-se a garantir<br />

maior tração em superfícies escorregadias. E os sulcos garantem uma<br />

rápida dispersão da água, ajudando, deste modo, o condutor a manter<br />

o controlo do veículo em piso molhado. Quanto ao design <strong>dos</strong> blocos,<br />

foi concebido para reduzir o nível de ruído.<br />

MOTOR<br />

Tipo<br />

4 cil. linha Diesel,<br />

longitudinal, dianteiro<br />

Cilindrada (cc) 2198<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

86,0x94,6<br />

Taxa de compressão 15,7:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 160/3700<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 385/1500-2500<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c., 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção direta common-rail<br />

Sobrealimentação<br />

turbo VTG + intercoooler<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

traseira ou integral com ESP<br />

Caixa de velocidades<br />

manual de 6+ma<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (elétrica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 12,4<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (302)<br />

Traseiros (ø mm) tambores (295)<br />

ABS<br />

sim, com EBD+BAS<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

Triângulos duplos sobrepostos<br />

Traseira<br />

Eixo rígido<br />

Barra estabilizadora frente/trás sim/não<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 175<br />

0-100 km/h (s) 11,8<br />

Ângulos de ataque/saída/ventral (°) 28/28/25<br />

Passagem a vau (mm) 800<br />

CONSUMOS (L/100 KM)<br />

Extra-urbano/combinado/urbano 6,1/6,5/7,1<br />

Emissões de CO2 (g/km) 171<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 5362/1860/1815<br />

Distância entre eixos (mm) 3220<br />

Largura de vias frente/trás (mm) 1560/1560<br />

Altura ao solo (mm) 232<br />

Capacidade do depósito (l) 80<br />

Comp./larg./prof. caixa de carga (mm) 1549/1560/511<br />

Peso (kg) 2102<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 13,1<br />

Jantes de série<br />

8Jx17”<br />

<strong>Pneus</strong> de série 265/65R17<br />

PNEUS TESTE<br />

Goodyear Wrangler HP All Weather 265/65R17 112H<br />

Imposto Único de Circulação (IUC): €220,55<br />

Preço (s/ despesas): €42.8<strong>40</strong><br />

Unidade testada (s/ despesas): €45.606<br />

travões deixam de cumprir a sua missão<br />

com competência. Mas melhor, mesmo, é o<br />

facto de a passagem de duas para quatro<br />

rodas motrizes ser feita através de um comando<br />

circular existente entre os bancos, que<br />

inclui, também, uma posição específica para<br />

as chamadas “redutoras”.<br />

Dispondo de elevada altura ao solo, bons<br />

ângulos de ataque/saída/ventral e superior<br />

capacidade de tração, mesmo equipada com<br />

pneus vocaciona<strong>dos</strong> para todas as estações<br />

(ostentam a sigla M+S, o que significa que<br />

estão aptos a circular sobre lama e neve), a<br />

nova Ranger conta ainda com uma panóplia<br />

de dispositivos de assistência à condução.<br />

Nomeadamente: assistência ao arranque em<br />

subidas (HLA), controlo eletrónico de estabilidade<br />

com mitigação de capotamento (ESP),<br />

controlo de descidas (HDC) e controlo de balanço<br />

de reboque. No meio de tanta tecnologia,<br />

só mesmo cometendo um disparate é<br />

que algo pode correr mal. Se tal acontecer,<br />

a Ford aplicou nada menos do sete airbags<br />

no habitáculo desta pick-up: frontais; laterais<br />

dianteiros ao nível <strong>dos</strong> ombros; cortinas em<br />

toda a extensão do habitáculo para proteção<br />

da cabeça; um para a zona <strong>dos</strong> joelhos do condutor).<br />

Em princípio, devem ser suficientes...<br />

A última nota relevante deste ensaio vai<br />

para o motor Euro 6 de 2,2 litros, com 160<br />

cv e 385 Nm. Além de evidenciar um apetite<br />

controlado, este 2.2 TDCi agrada, também,<br />

pelas boas acelerações e recuperações que<br />

proporciona. O resultado só não é melhor,<br />

porque o elevado peso do conjunto (superior<br />

a duas toneladas) não o permite. ♦<br />

60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


Em estrada<br />

Por: Jorge Por: Flores<br />

Hyundai i20 Active 1.4 CRDi Comfort Navi<br />

Idade adulta<br />

w Os SUV são um mundo dentro do mercado automóvel. A<br />

Hyundai sabe-o. E também sabe que o i20 tem predica<strong>dos</strong><br />

para ombrear com outros modelos deste segmento. Basta<br />

observar o sucesso comercial que tem tido, dentro de portas,<br />

o Tucson, para dar a devida atenção às potencialidades do i20.<br />

Ora, com a recente proposta do motor 1.4 CRDi, o construtor<br />

sul-coreano consegue apresentar um modelo “adulto”. Que<br />

sabe perfeitamente ao que se apresenta. O Hyundai i20 Active<br />

Comfort Navi tem impacto visual. Deve-o, em grande parte, às<br />

barras no tejadilho e aos frisos de proteção das portas laterais,<br />

que conferem ao conjunto um ar de aventureiro. Na estrada, o<br />

i20 denota alguma lentidão. Os 90 cv às <strong>40</strong>00 rpm nem sempre<br />

têm o fulgor necessário e obrigam, muitas vezes, a recorrer à<br />

caixa manual de seis velocidades (de bom manuseio e eficaz,<br />

diga-se), sobretudo, nas manobras de recuperação. Mas, por<br />

outro lado, é um modelo bastante comedido nos gastos de<br />

gasóleo. A marca anuncia 4,3 l/100 km em percurso combinado<br />

e os valores regista<strong>dos</strong> pela <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> não foram muito<br />

acima disso. Em campanha “chave na mão”, a Hyundai reclama<br />

por esta versão €22.610, contando<br />

com dispositivos como<br />

cruise control e limitador de<br />

velocidade, ambos com coman<strong>dos</strong><br />

no volante, sistema<br />

de infoentretenimento AVN20<br />

e spoiler traseiro, entre muitos<br />

outros itens.<br />

Mazda3 1.5 Skyactiv-D Excellence Navi<br />

Espírito competitivo<br />

w O Mazda3 entrou na competição <strong>dos</strong> Diesel. Até ao agora, o<br />

construtor nipónico havia dado ênfase aos motores a gasolina,<br />

num segmento repleto de propostas a gasóleo. Mas com a<br />

chegada do motor Skyactiv-D de 1,5 litros, o “3” ganha um novo<br />

alento comercial. O turbodiesel debita 105 cv de potência às<br />

<strong>40</strong>00 rpm e disponibiliza um binário de 270 Nm, constante<br />

entre as 1600 e as 2500 rpm. A velocidade máxima é de 185<br />

km/h e o arranque <strong>dos</strong> 0 aos 100 km faz-se em 11,0 segun<strong>dos</strong>.<br />

Mais entusiasmantes são os consumos anuncia<strong>dos</strong>. Segundo a<br />

marca, em regime combinado, o Mazda3 1.5 Skyactiv-D consegue<br />

um registo de 3,8 l/100 km. Um <strong>dos</strong> aspetos mais notórios,<br />

desde os primeiros quilómetros de ensaio, é o competente<br />

trabalho de insonorização efetuado no habitáculo. Nada é<br />

feito ao acaso. A Mazda dotou o “3”de um turbocompressor<br />

de geometria variável e integra agora o designado “Natural<br />

Sound Smoother”, um sistema que reduz o ruído e as vibrações<br />

do motor. Na versão hatchback (cinco portas), o preço da<br />

versão Excellence (a mais equipada de todas), com sistema<br />

de navegação, é de €29.174.<br />

Valor que se justifica. Por vários<br />

motivos: desde a cuidada<br />

escolha de materiais ao elevado<br />

nível de equipamento,<br />

passando pelo visual moderno<br />

e pelo desempenho dinâmico<br />

de elevado gabarito.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1396<br />

Potência máxima (cv/rpm) 90/<strong>40</strong>00<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 2<strong>40</strong>/1500-2500<br />

Velocidade máxima (km/h) 170<br />

0-100 km/h (s) 12,3<br />

Consumo combinado (l/100 km) 4,3<br />

Emissões de CO2 (g/km) 115<br />

Preço €22.610<br />

IUC €124,90<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Pirelli Cinturato P7, 205/45R17 88V<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1499<br />

Potência máxima (cv/rpm) 105/<strong>40</strong>00<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 270/1600-2500<br />

Velocidade máxima (km/h) 185<br />

0-100 km/h (s) 11,0<br />

Consumo combinado (l/100 km) 3,8<br />

Emissões de CO2 (g/km) 99<br />

Preço €29.174<br />

IUC €124,90<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Michelin Pilot Sport 3, 215/45ZR18 93W<br />

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Em estrada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Mercedes-Benz GLS 350d<br />

Imponência germânica<br />

w Na oferta SUV da Mercedes-Benz, o GLS é o mais imponente.<br />

Tração integral permanente (4Matic), sete lugares, motor V6 Diesel<br />

de 3,0 litros com 258 cv, caixa automática de nove velocidades<br />

(9G-Tronic), espaço à descrição, panóplia de dispositivos de assistência<br />

à condução. São nada menos do que €107.500 de automóvel<br />

(perdão, €128.890, já que a unidade testada estava recheada com<br />

€17.390 de extras). E esta é a<br />

versão mais acessível da gama...<br />

O GLS deve grande parte do seu<br />

apelo ao kit estético AMG, que<br />

contempla umas belíssimas jantes<br />

de 21”. A frente é atraente,<br />

graças à grelha e às luzes de<br />

LED. Já o perfil e, sobretudo, a<br />

traseira, são as secções menos<br />

elegantes. O interior oferece<br />

espaço, qualidade e muita arrumação. O posto de condução é<br />

simplesmente ótimo e nada falta em termos de segurança. Em<br />

estrada, este SUV de grande porte é eficaz e previsível, mas sem<br />

grande envolvência. Abandonando o asfalto, o GLS faz tudo com<br />

grande à-vontade. Para mais, está equipado com o opcional pack<br />

On&Off-Road. E no que toca a performances, o motor V6 é um<br />

portento, tendo a virtude de deslocar, de forma célere, os 2.455<br />

kg de peso do conjunto. A caixa é rápida, os través são eficazes<br />

e a direção é comunicativa. Em suma, o GLS é rei e senhor onde<br />

quer que esteja.<br />

VW Tiguan 2.0 TDI Highline 4Motion DSG<br />

Salto qualitativo<br />

w A nova geração do Volkswagen Tiguan deu um (enorme)<br />

salto qualitativo. E merece, por isso, os mais rasga<strong>dos</strong> elogios.<br />

Desde logo, pelo design, que está, agora, em linha<br />

com os restantes modelos da marca. Este SUV de médias<br />

proporções assemelha-se, por isso, bastante ao seu irmão<br />

de maior porte: o Touareg. O desenho da grelha e o estilo<br />

<strong>dos</strong> grupos óticos, parecem ter sido tira<strong>dos</strong> a papel químico.<br />

As formas da carroçaria assumem maior protagonismo.<br />

Graças, em boa parte, à presença de dois opcionais: jantes<br />

“Nizza” de 18” (€159) e pintura especial branco “Pure” (€135).<br />

Equipado com sistema de tração integral (4Motion), motor<br />

2.0 TDI de 150 cv e caixa DSG de sete velocidades, o novo<br />

Tiguan oferece uma condução muito boa. O pisar sólido,<br />

a honestidade de todas as reações, as boas prestações<br />

do motor, a correta assistência da direção e a rapidez de<br />

atuação da caixa automática de dupla embraiagem, tornam<br />

deveras agradável a condução. Os consumos são comedi<strong>dos</strong><br />

em todas as circunstâncias e o desempenho fora de estrada<br />

permite alinhar em diversas aventuras. Já o interior, está<br />

recheado de mordomias, oferecendo espaço, qualidade,<br />

equipamento e posto de<br />

condução ergonómico.<br />

O preço deste SUV não é<br />

propriamente acessível,<br />

mas acaba por ser ajustar<br />

face a tudo aquilo que é<br />

proposto.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

V6 Diesel a 72°, long., diant.<br />

Cilindrada (cc) 2987<br />

Potência máxima (cv/rpm) 258/3<strong>40</strong>0<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 620/1600-2<strong>40</strong>0<br />

Velocidade máxima (km/h) 222<br />

0-100 km/h (s) 7,8<br />

Consumo combinado (l/100 km) 7,1<br />

Emissões de CO2 (g/km) 185<br />

Preço €107.500<br />

IUC €646,02<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Pirelli PZero, 295/<strong>40</strong>ZR21 111Y<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1968<br />

Potência máxima (cv/rpm) 150/3500-<strong>40</strong>00<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 3<strong>40</strong>/1750-3000<br />

Velocidade máxima (km/h) 200<br />

0-100 km/h (s) 9,3<br />

Consumo combinado (l/100 km) 5,7<br />

Emissões de CO2 (g/km) 149<br />

Preço €45.628<br />

IUC €220,55<br />

<strong>Pneus</strong> teste<br />

Continental ContiSportContact 5, 235/55R18 100V<br />

62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016


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10 Sommerreifen – 195/65 R 15<br />

02/2016<br />

DESLOCA-TE<br />

COM ESTILO<br />

64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Outubro 2016<br />

2015<br />

NEXEN<br />

N'blue HD Plus<br />

Heft 12/2015<br />

Getestete Reifengröße<br />

185/60 R 15 84H<br />

Im Test: 52 Reifen<br />

Altamente<br />

Recomendável<br />

TEST<br />

Testsieger<br />

Nexen N’blue HD Plus<br />

Vencedor<br />

do teste<br />

NEXEN TIRE FRANCE SAS.<br />

59 BOULEVARD MARIUS VIVIER MERLE 69003 LYON<br />

T +(33)4-81-09-11-13 F +(33)4-81-09-11-17 E-MAIL a.dahi@nx-france.fr<br />

http://www.nexentire.com

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