Jornal Cocamar Outubro 2016
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19 | <strong>Jornal</strong> de Serviço <strong>Cocamar</strong> | <strong>Outubro</strong> <strong>2016</strong><br />
REGIÃO<br />
Leite, grãos, laranja e gado.<br />
Diversificando as fontes de renda<br />
Família de Atalaia se especializou na produção de leite mas diversificou os negócios ao longo<br />
dos anos e mecanizou o que foi possível, em nome da sustentabilidade. POR MARLY AIRES<br />
Os irmãos Divaldo e<br />
Denis Fumagalli<br />
sempre foram parceiros<br />
no trabalho na<br />
propriedade, em Atalaia, desde<br />
a época em que o pai,<br />
David, estava à frente. Ambos<br />
nunca perderam de vista o objetivo<br />
de se aperfeiçoar no que<br />
fazem, lembrando que quando<br />
a família começou a trabalhar<br />
com gado de leite, há<br />
mais de 50 anos, eram algumas<br />
poucas cabeças de girolanda,<br />
rústico e não muito<br />
produtivo.<br />
Há três décadas, quando os<br />
dois irmãos assumiram as<br />
funções na propriedade, decidiram<br />
melhorar o rebanho.<br />
Bem orientados, investiram<br />
em genética, com inseminação<br />
artificial, compraram alguns<br />
exemplares de padrão<br />
superior e partiram para a<br />
criação das raças holandesa,<br />
jersey e jersolanda. “Com isso,<br />
diminuímos o número de<br />
cabeças no pasto e aumentamos<br />
a produção, economizando<br />
mão de obra e gastando<br />
menos tempo para fazer o<br />
trabalho”, explica Divaldo.<br />
Ao mesmo tempo, eles<br />
aprimoraram o manejo e a<br />
alimentação, profissionalizando<br />
a atividade e mecanizando<br />
o que fosse possível e<br />
melhorando a qualidade do<br />
produto.<br />
GESTÃO - “Mexemos com<br />
leite há bastante tempo. O<br />
mercado passa por altos e baixos,<br />
mas quem não se profissionalizou,<br />
teve que sair da<br />
atividade”, afirma Denis, comentando<br />
não haver como<br />
continuar nesse ramo sem<br />
alta produção e custo bem administrado.<br />
A família mantém a média<br />
de 50 vacas em lactação, produzindo<br />
20 litros por cabeça/dia.<br />
O rebanho é formado<br />
por 60 vacas, ao todo, mais<br />
25 novilhas de reposição,<br />
todas criadas a pasto, em 2,2<br />
alqueires de grama estrela<br />
africana irrigada, com silagem<br />
à vontade e concentrado<br />
conforme a produção de<br />
cada uma. Três alqueires são<br />
reservados para produção<br />
de milho destinado a silagem.<br />
Os irmãos não<br />
perdem de vista<br />
o objetivo de<br />
aprimorar os<br />
negócios: mecanizar<br />
o que for possível<br />
e reduzir custos<br />
São vários negócios<br />
Além de lidar com leite,<br />
com possibilita uma renda<br />
diária, a família Fumagalli<br />
também é produtora de<br />
grãos. Possui 25 alqueires<br />
e arrenda outros 35 alqueires<br />
nos quais cultiva soja e<br />
milho. Além disso, mantém<br />
10 alqueires plantados com<br />
laranja: no pomar, onde há<br />
10 mil pés, são produzidos<br />
25 mil caixas a cada safra,<br />
o que dá uma média de 2,5<br />
caixas por pé.<br />
Sem esquecer os cinco alqueires<br />
de pasto, onde os irmãos<br />
engordam gado de<br />
corte. Quando o preço da<br />
arroba compensa, eles<br />
arrendam pasto na vizinhança<br />
para aumentar a<br />
criação. Compram bezerros,<br />
deixam crescer um pouco<br />
no pasto e confinam por 60<br />
a 90 dias, para a terminação.<br />
O abate é feito com a<br />
média de 17 a 18 arrobas e<br />
a idade máxima de dois<br />
anos e meio. “Dá para abater<br />
umas cem cabeças no<br />
ano. É uma reserva para as<br />
emergências e uma forma<br />
de agregar valor ao milho,<br />
quando o preço está muito<br />
baixo”, completa Divaldo.