20.11.2016 Views

Sim & Não (Parte Dois)_Paulo Vitor Grossi (2016)_

Shaira fala nestas páginas, conta o que aconteceu a ela, a seu filho, a seu amado Jesú da Silva. Esta Guardiã só quer ouvir a voz do Bem, só quer repassar, e que nós seres humanoides possamos continuar no caminho pela pureza, a escutar as mensagens que chegam através de seu filho. Shaira pede a Deus que nosso passado apenas se deturpe às boas novas, às vindas. O êxtase da vida na carne passara, mas para muitos ainda perturbam as sombras de conclusões equivocadas. Como dar um jeito? Acreditando em si e tendo fé? Vocês já sabem. Shaira tem nas mãos as façanhas perdidonas do Capitão da Silva, que tempos atrás foram deturpadas por forças do Mal, vindo a ser chamadas de histórias desvairadas e publicadas como folhetos infantis sob o título de Sim, e essas toscas reviradas foram mostradas ainda por cima para uma galera pouco atuante, trocando ideias por tolices, cheias de incentivos a vidas desperdiçadas!!! Dentre um dos últimos registros, está o que Jesú adverte para 'Quem tiver por esta tradução algum agraciar, quem preferir as decodificações às irrealidades, que duvide conosco. Só Deus seja louvado! A paz esteja no meio de nós.'

Shaira fala nestas páginas, conta o que aconteceu a ela, a seu filho, a seu amado Jesú da Silva. Esta Guardiã só quer ouvir a voz do Bem, só quer repassar, e que nós seres humanoides possamos continuar no caminho pela pureza, a escutar as mensagens que chegam através de seu filho.
Shaira pede a Deus que nosso passado apenas se deturpe às boas novas, às vindas.
O êxtase da vida na carne passara, mas para muitos ainda perturbam as sombras de conclusões equivocadas. Como dar um jeito? Acreditando em si e tendo fé? Vocês já sabem.
Shaira tem nas mãos as façanhas perdidonas do Capitão da Silva, que tempos atrás foram deturpadas por forças do Mal, vindo a ser chamadas de histórias desvairadas e publicadas como folhetos infantis sob o título de Sim, e essas toscas reviradas foram mostradas ainda por cima para uma galera pouco atuante, trocando ideias por tolices, cheias de incentivos a vidas desperdiçadas!!!
Dentre um dos últimos registros, está o que Jesú adverte para 'Quem tiver por esta tradução algum agraciar, quem preferir as decodificações às irrealidades, que duvide conosco. Só Deus seja louvado! A paz esteja no meio de nós.'

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Avisa o autor: “que não seja este relato apenas por<br />

uma leitura agradável e distração sensorial.”<br />

Humildemente… se este


“S i m & N ã o”<br />

( P a r t e D o i s )


_____<br />

/__ __ \<br />

__[\` .. / __<br />

/\ #\ \__~~_/ /# /\<br />

/ \# \_.---._/ #/ \<br />

/ /|\ | | /|\ \<br />

/___/ | | | | | | \___\<br />

| | | | |---| | | | |<br />

|__| \_| |_ _| |_/ |__|<br />

//\\ //\\<br />

\||/ |\///°|°\\\/| \||/<br />

| | | |<br />

|---| |---|<br />

|---| |---|<br />

| | | |<br />

|___| |___|<br />

/ \ / \<br />

|_____| |_____|<br />

|não..| |sabe!?|


“Estudem a história das<br />

culturas antigas. Os povos<br />

antigos deixaram<br />

testemunhos de silêncio<br />

interior, esplendor, graça e<br />

beleza, enquanto as nações<br />

do futuro deixarão apenas<br />

traços de pragas e morte.<br />

Cada nova geração<br />

desenvolve armas mais<br />

terríveis do que as anteriores<br />

e não (a ti) podem impedir<br />

que isso aconteça, pois eles se<br />

tornaram escravos do<br />

próprio medo.”<br />

(Nostradamus)


Assim como na Parábola da Vida e Obra, ou mesmo pela<br />

sua iniciativa, quer dizer, comentava Padmasambhava que<br />

a mensagem é passada através dos Tempos, apenas se<br />

deixando às pessoas, e que também a palavra vem no<br />

intuito justo de lhes presentear, isso a quem queira, e as<br />

perguntas que residem na alma: 'O advento do Medo só<br />

retraiu os seres, subjugando suas atitudes a patamares ou<br />

êxitos não alcançados, a não-logos? E qual importância<br />

confere o Cosmo? Ou: Saber é mais do quê?'


Este prefácio enfim foi sugerido, e escrito<br />

posteriormente, pois parei de trabalhar esta obra (<strong>Parte</strong><br />

<strong>Dois</strong>) e me dediquei a pensar sobre o que já fizera no<br />

título anterior (<strong>Sim</strong>, Ou <strong>Parte</strong> Um) Bem, este prefácio<br />

trata de detalhes que talvez não ficaram claros de cara no<br />

esboço anterior. Mas o Tempo teve seu curso definido. Foi<br />

difícil, já que o computador, a Rede, os livros, a Música e<br />

os Porres D'Ego me afastaram da meta, e tudo isso me<br />

afastou do que devia; me afastei tanto que só após um<br />

longo enxergar (pelo efeito de inspiração e expiração) é<br />

que vi o que devia, ou o incio desta jornada. Foi só assim<br />

aos poucos que elaborei a crítica dos meus livros já<br />

lançados no período em que a densidade das conclusões<br />

reinava no que via – que havia (em si) dito? E como<br />

corrigir meus erros? Então agora venho com a conclusão<br />

do que se passou com a alienígena Shaira Shii (Shayra, ou<br />

Xay'Ra são as grafias incorretas), ela que tenta interpretar<br />

o fenômeno da Vida. Mais uma! Ela que tem tudo de<br />

humanoide mas nem um pingo de piedade ao ser explícita<br />

– e muito menos uma crença ilusória. Só quer ajudar! Mas<br />

há quem não deixe.<br />

Entrementes, ela realmente passou sua essência (luz) a<br />

uma criança, vista igualmente bípede, e alienígena,<br />

portanto, um ser híbrido. Uma nova alma para nos<br />

ensinar, outro mestre, que quer o senso comum que seja<br />

outro Jesus!<br />

Há de se elucidar a questão heroica de seu gesto<br />

benevolente – e sobre ler e meditar acerca do futuro da<br />

Espécie Humana real fora das páginas dos livros de Ficção<br />

–, elucidar também como tanto fora feito durante as eras<br />

e extinções em massa; o genro humanoide sobrevive por


meio de sacrifícios; e ficamos com essas palavras – as<br />

palavras sempre foram de se alterar –, palavras escritas<br />

por homens, seres como eu ou você que lê, digo, somos<br />

seres moldáveis. Os seres materiais são o veículo.<br />

Lanço um desafio: quem gentilmente puder, quem<br />

tiver alguma escritura em sua posse, ou algo que o valha,<br />

de fato escrito por Deus (propriamente dito, seja Este<br />

imemorial, seja Ele símbolo, nosso Pai, Pai da Terra e dos<br />

elementos; seja espiritual, seja O próprio Cosmo), que<br />

mostre a mim e a todos, caramba! Duvido que encontre.<br />

Só não me venha com disfarces vulgares, absolutismos,<br />

comércios, e mais tantas religiões aproveitadoras. Sei que<br />

O Eterno apenas é.<br />

O autor aqui prefere acreditar ser Deus tudo que existe<br />

e sempre foi, A Essência, O Espírito, que é A Natureza e O<br />

Cosmo como um todo, que também é O Moldador, 'tudo'<br />

na mesma 'coisa' indivisível... pela Vida. Algo, Tempo,<br />

Lapso, o Núcleo. Mas esta é uma opinião baseada em<br />

observações pessoais vindas de uma intuição. E para<br />

vocês? Falem mais disso! Destas palavras mirabolantes<br />

que apresento dou a cara a tapa eu!<br />

Desejo assim uma vida longa, jocosa, e fartura, paz,<br />

felicidade para a gente! Peço que leiam e busquem e<br />

sintam seus sentimentos. Que com esta narrativa<br />

possamos buscar muito mais


Shaira analisa os últimos registros visuais (slides,<br />

apresentações), o que restara das palavras de seu amado,<br />

o capitão Jesú da Silva, pai de seu filho, o ajudante da<br />

gente; enquanto ela fala, o rosto dele lhe dá compaixão e<br />

harmonia. O que temos aqui ocorre no transcurso<br />

enquanto Jesú envia o único filho do casal através do<br />

portal de Milarepa para reencarnar no planeta Terra, em<br />

um passado antigo em vias de desenvolvimento, e sua<br />

prisão e desaparecimento. Um sente falta do outro, mas a<br />

certeza do reencontro anima seus corpos físicos. Vejamos


SHAIRA APRESENTA:<br />

Ou, se quiserem, leiam assim:<br />

NOTAS AVENTURÍSTICAS INÉDITAS<br />

PALAVRAS A MAIS DO JESÚ DA SILVA,<br />

FUGINDO DAS ILUSÕES DE UMA MENTE<br />

DESEJOSA (EGOR)<br />

APRESENTAÇÃO 26<br />

“Aleph & Aleph”<br />

“(...) a religião nomeada dos mares será<br />

vencida, contra a seita do filho Adaluncatif;<br />

a teimosia e lamentável<br />

seita temerá dois homens feridos por<br />

A & A”<br />

Jesú: “<strong>Não</strong> sei se tenho forças para filosofar, ou algo<br />

mais ainda questiono... reclamar como sempre faço.<br />

Agora já era, tanto tempo por aí e não te dão um pedaço<br />

de fazenda nem pensã de rei? Para quê eu vim? Vim para<br />

listar bobagens como essas.”<br />

“Novamente venho para dizer a todos que as coisas<br />

andam más! E que a comida de certos locais do Espaço é<br />

sofrível, verde nas bordas, como se fosse um suco de<br />

espinafre com farofa de beterraba. Penso nos Alientes,<br />

esse gênero só prefere só os líquidos. E que bom que


sejam exímios colecionadores de quinquilharias; o<br />

comércio (mesmo que para terráqueos, no sentido mais<br />

literal possível, seja o de mais rentabilidade, e não pela<br />

real necessidade) (entre povos) resulta em uma bela<br />

garrafinha de Paraty aqui outra ali, isso faz os Alientes<br />

vidrarem nelas por horas. As doses rápidas em copinhos<br />

de tutano de Lascas, só na pura Lavré Rii, são doses para<br />

esquecerem sua origem.<br />

Peço então minha própria garrafa das mãos do atendente,<br />

para fingir e interagir com eles, e pago o que falta. Nem<br />

sequer molhei o nico. Gosto mesmo é de água! Água pura<br />

e verdadeira. Só preciso esperar um pouco antes de seguir<br />

meu rumo. Os Alientes ficarão por aqui, talvez descolando<br />

uns alucinógenos novos desses otários das Ondas que se<br />

percorrem, tremendo ambas as estirpes pelo solo. É isso<br />

viver? Tudo se concentra no próprio Cérebro & Raios...<br />

que já por estão por se explodir (...)<br />

Olho o balcão de perto, bem facial, porque estou com a<br />

cabeça pendendo de pena, até que percebo o rótulo<br />

imbuído que o atendente me entregou, aparentemente<br />

normal, entretanto... no local onde deveria estar escrito os<br />

ingredientes, havia os seguintes dizeres:<br />

TIQUIRA DE PARA A.... ..<br />

Ergo minha lástima, seguro forte entre as mãos minha<br />

garrafinha pessoal, ela que agora é de veneno de Tiquira,<br />

roxa que nem beterraba, clara igual um babalú de<br />

mandioca e álcool! Até que perco a memória... somente<br />

sobrando o rótulo, o embaçado, a nuvem se desfazendo...<br />

jaz o líquido inebriante no sangue deste corpo,<br />

funcionando aditivado, me envenenaram não sei como<br />

(...) Sorte que sei como sair.”


“<strong>Não</strong> era para, durante o processo da Vida, esta alma<br />

ter virado um homem profético sem seguidores, nem ter<br />

permanecido um boçal ladrão de comida, nem eu ficar<br />

como um arruaceiro do Espaço, usando telas para tudo.<br />

Penso no quanto ainda preciso realizar.<br />

Quem cochicha sobre a da família que tenho e que adquiri<br />

me daria uma lição!<br />

Vide a história toda.”<br />

“Na área dos Alientes muitos sorriem com a lembrança<br />

dos antigos que usufruíam de substâncias que abriam suas<br />

mentes, teimam ainda hoje que isso faz chegar a pontos<br />

desconhecidos; acabam emagrecendo, aceitavam isso!<br />

Porém faziam com cautela e disciplina, até que<br />

inventaram algo chamado MODISMO e os Alientes fracos<br />

transformaram o seu ritual do conhecimento em<br />

desperdício de quantidades.. outro nome para carnificina!<br />

Que legal seria se em alguma parte da vastidão em que<br />

estamos, ávidos pelo Saber, se assim alertar fosse lei!<br />

Que revelador seria se reinventassem a prática teorizada.<br />

A prática ficou para os pacientes, ansiosos por soluções!!<br />

Ou conscientes... Quem fosse contrário, tentariam<br />

eliminar. Deus nos salve!”


APRESENTAÇÃO 27<br />

“Passeio turístico em Io”<br />

“Algum Aliente perdeu a cabeça e simplesmente não<br />

hibernou, estragando 8 anos de pesquisa nos males da<br />

ganância espacial. Daí que sua sonda vagou durante 15<br />

séculos consecutivos (contagem esta aproximada) até ser<br />

comida justamente por Júpiter! E, pode crer, é verdade.<br />

Por isso sempre penso nesse imenso planeta e suas<br />

incríveis luas... a mais fogosa é a amante Io.<br />

Acreditem: para chegar a entrar em Io, você somente<br />

vai conseguir se estiver com uma nave de mercúrio – sim,<br />

a nave inteira, um modelo desses. É difícil explicar! Mas<br />

dá pra imaginar! Imaginar é fácil. Melhor seria procurar<br />

um bom mecânico e pedir um orçamento.<br />

Ouvi falar muitas esquisitices sobre essa lua, não vi<br />

nada de muito inimaginável, nem muitos fedores ou<br />

enxofres, a não ser alguns tipos de amônia ou fósforos,<br />

mas nada dessas paradas a la ovo podre. Muito pelo<br />

contrário. Os fedores nesse lugar caótico e quente vêm da<br />

fumaça e gases liberados a todo tempo. Nada que se<br />

compare ao nosso passado natural. – Ah ninguém tem<br />

noção, na terrinha dos meus antepassados tinha pera,<br />

goiaba, bolo de laranja com açuquinha, café com leite e<br />

acerola do pé regado. A tarde fresca melhorava e relaxava<br />

a alma... Que foi-se. Virar passado é o caminho natural,<br />

vamos aprender aí.<br />

Mas enfim, eu nem de férias mais ou menos penso em<br />

um caminho tranquilamente percorrido pelas vielas de<br />

lava incandescente de Io.<br />

Sigo um letreiro ali, que acomete: 'Por favor, tomem


nota e decidam por si próprios a interpretação, tente ver e<br />

testemunhar de boas... OS HABITANTES DESTE<br />

PLANETA VIVEM APENAS 7 ANOS, NO MÁXIMO!? SIM,<br />

NÃO VIU AINDA? SÃO INCRIVELMENTE<br />

DESENVOLVIDOS E LIGEIROS EM SUAS MISSÕES. EU<br />

NESTA PLACA SOU UM DELES. E VOCÊ? QUER SER? A<br />

BASE DE NOSSA INTELIGÊNCIA VEM DO QUE VOCÊS<br />

AQUI DECODIFICANDO DIZEM HAVER NA SOFIA.<br />

RESPEITEM! ESSA PARADA. RENDE'<br />

Achei engraçado, como tudo nesse passeio. Nisso,<br />

visualizo, e repito por todos nós, já que há bastante<br />

incidência de humanoides por aqui... Que fizeram?<br />

Provável que haja outro letreiro, e, com certeza, vou me<br />

espantar mais uma vez. Diria talvez esse outro aviso: 'A<br />

Filosofia não deve duelar contra as Telas ou contra<br />

Computadores, porque inverteram-se os valores e devidas<br />

utilidades.' Mal acabaria de ler e um guardinha de Io me<br />

olharia. Faria a seguinte pergunta, de tão incrédulo que<br />

estaria:<br />

– E por que veio aqui?<br />

– Como assim, não entendi o questionamento dos teus<br />

comunicadores??<br />

– <strong>Não</strong> sabe que estamos fartos de vocês humanoides!!<br />

– <strong>Não</strong> sou como os demais, relaxa. Além domais,<br />

turismo de olhudo também é gentileza não só no<br />

comércio, até isso deu pra vender! Digo, vocês sabem<br />

vender. Ou entender, certamente...<br />

– De verdade que não me importa. Isso mesmo,<br />

estamos cansados de tantos olhares críticos; nem<br />

traduzindo eu acharia um humanoide legal, e se me<br />

xingar na cara e for para ir embora boladaço, fique com<br />

esse tchau!!


– Eita papo insosso. Te deixo só!<br />

– Vá em paz!<br />

“O que aprendi nestes anos de galáxia é que Educação<br />

pode-se retraduzir por gentileza, já que os povos além da<br />

Terra velha e da nova pouco sabem de refinamentos<br />

emoldurados. Bem, para toda regra existe uma exceção, e<br />

isso já basta... nem sei como ainda disse de novo.<br />

Em muitos recantos me estranhei, evidentemente. Mas<br />

pensem comigo se vocês não acham o que passa na<br />

cabeça da... sei lá, centopeia de fogo que molda o próprio<br />

corpo e vende souvenires do grande molusco geleia de<br />

Sua balofa e suada atitude, e que fala assoprando, ainda<br />

por cima, me digam se não é divertido!? Ah, Sua<br />

balofagem ainda por cima usa farda! Que parece? Que<br />

rara é!? Até para nós, gente que explora; ainda assim nos<br />

espantamos com certas horas doidas. Mas o inesperado<br />

deixa a gente safo nos paranauês.<br />

Dessa forma, atordoado, vejo à frente mais um<br />

amontoado de pobres turistas... Chegara um ônibus!<br />

Desceram, correram para as lojas de quinquilharias nos<br />

branheiros (E se riem! Riem) Aí, fotos! Fazem retratos<br />

para posteridade e para se gabarem. Com suas máquinas<br />

de REG Visual... então, é...? Que pergunta tola eu faria,<br />

estão é perdidos nas possibilidades. Sujam as entradas das<br />

lojas como galinhas terráqueas desaproveitadas e... sim, o<br />

turista idiotizado é agora mais parecido com um nãohumanoide<br />

de laboratório... Maldita hora em que foram<br />

capazes de recriar até o próprio DNA. Claro, a<br />

Humanidade capaz a princípio só projetava seres vivos<br />

por alguma boa vontade. Poxa, todo aquele material<br />

genético ofertado pelo Criador realizando chulas malditas


horas de ensaio, à vera, tarefas específicas às quais seus<br />

autores se diziam melhores, mas só se viam debaixo de<br />

espelhos retroegoístas. Amassaram o papel errado do<br />

rascunho, hein.”<br />

Da Silva assina.


APRESENTAÇÃO 28<br />

“Divinópolis”<br />

“E se quando os primeiros homens humanoides, ao<br />

nascer, eles simplesmente não tivessem essa ganância<br />

pela vida despropositada, pela perpetuação deles<br />

enquanto indivíduos assim de forma equivocada. Se sua<br />

única referência era a sobrevivência da espécie e então<br />

buscassem se reproduzir muito mais do que o devido,<br />

talvez como se no largar de uma corrida ou disputa em<br />

que seu corpo fosse diferente. As próprias doenças teriam<br />

outro padrão, justificando apenas a morte lateral do Ser,<br />

morte apenas material, portanto nem haveria a doença<br />

nomeada ou só a fatídica e conhecida tia morte, sequer<br />

haveria dessa. Por que então preocupar seus melhores<br />

momentos com trivialidades como disputas, ciúmes,<br />

medo? A busca essencial se daria pelo conhecimento<br />

passado logo de geração em geração, somente lutar como<br />

um todo pensante e tendo um ao outro para realizar algo,<br />

seria... legal!?<br />

Mais ou menos assim eram as pessoas em Divinópolis.<br />

Mas sim, está desambiguação, Divinópolis, devo fazer<br />

constar, pois esse nome eu mesmo dei, porque pude saber<br />

que essas criaturas poderosas dali desenvolveram<br />

habilidades que outros como eu não puderam. Por<br />

exemplo, vi rara telepatia; transmitiam pensamentos,<br />

sentimentos e ordens em cadência direta. Digo isso tão<br />

rapidamente pois já conseguem ligar-se e raciocinar como<br />

que numa rede (ou massa) ideal a não conjugar como nos<br />

jogos mentais ex-terráqueos. Em Divinópolis<br />

simplesmente há uma soma de mentalidades, a fim de


entender o que for que cada um tenha que fazer. Daí o<br />

sucesso dos seus deuses, seria a pergunta? Autopiedade...<br />

fala ou resume melhor? Era comum ali; talvez fosse<br />

necessária. E se não te chega mais surpresa, por que se<br />

incomodar com receios? diriam. Veriam o táctil cuidado<br />

se a liberdade, igualmente fácil, estivesse como cega e<br />

enganadora; por minha vez, comento que quem te quer<br />

bem avisaria que é por aí, fique alerta.<br />

Uma vez não sei quem de Divinópolis chegou já do<br />

nada perguntando por que nosso gênero nunca se<br />

indagou como nós humanos do tipo TERRÁQUEO, como<br />

conseguimos viver mudando e pouco habituando-se ao<br />

meio. Mas logo de lá essa pergunta? Respondi que havia a<br />

quietude e silêncio, e que era seguida de outra regra<br />

imperiosa, a do que não existe, muito comentada no Sutra<br />

de Diamante; foi fácil explicar, só não sei se entenderam.<br />

Buda não passara em Divinópolis. Então fugimos da<br />

necessidade em si de rodeios, que busquem mais sobre os<br />

terráqueos.<br />

Mas essa gente era fina, e minhas provações foram<br />

sadias, apesar de tudo! Visitei muitas vezes mais este<br />

grande exemplo de comunhão... Isso exemplifica meu<br />

respeito.”


APRESENTAÇÃO 29<br />

“A Caverna do Rei Morto, Tupac e os Charlatões”<br />

“Corri atrás das minhas próprias pernas mas elas não<br />

eram as minhas, e sim dos Charlatões, quase perco a<br />

corrida. Tive um estranho dia no Além Par, e neste, invadi<br />

à força a caverna do Rei Morto, Tupac. Diziam tantas<br />

vezes a cidadela de Tupac ser impenetrável. É que<br />

estávamos eu e mais um bando de salteadores atrás de<br />

tesouros inestimáveis, e por essa adrenalina passaríamos<br />

por cima de qualquer ladrãozinho de túmulo zé mané que<br />

soubesse das Traduções Indiscriminadas. Isso quando eu<br />

era moleque. Me vali disso apenas por saber que haveria<br />

ali algo dos Mistérios, tão logo soube no sussurro.<br />

Um velho manuscrito roubado por minha amada<br />

Shaira da biblioteca tupacquiana nos guiava; e pela ira<br />

seguimos por selvas, vimos ciclos de selvageria explícita,<br />

passamos por bichos primitivos com quatro braços<br />

desatados sob gorduras... assistimos inexplicáveis<br />

desaparecimentos de pessoas e tantas ratoeiras de salas,<br />

sim, isso existe, e a correria igualmente!<br />

Já dentro da tumba outros mapas deveriam nos<br />

confundir. Adentramos mesmo assim a sala de espelhos<br />

do rei, olhamos diversos cálices comerciais... E numa<br />

descoberta mais sagrada ainda, eu rio, além de acidental,<br />

guardada desde tempos imemoriais, vimos o brinde; sem<br />

querer essa carga espiritual se desprendeu, ali tive então<br />

em minhas mãos alguns lírios. <strong>Sim</strong>, lírios, estalidos,<br />

lampejos, símbolos da realeza Adqui. Os Charlatões, sem<br />

imaginar qual era a espera que suportaríamos, disseram<br />

entre soluços: 'Estamos atrasados. Eu falo de ter... da


efinada e sagrada comunhão. Poder & Dinheiro, que<br />

regra maldita... Se perdemos seu manejo.”<br />

Mas eram fracos mesmo, dava para sacar. Corrigir é<br />

uma vasta análise, se liguem. Mas eis que tudo termina<br />

azul quando os velhos amantes da riqueza ouvem o uivo<br />

do vento e do roubo, e o passado condenando; então<br />

redesenham suas paixões em fábulas, mesmo as<br />

irrealizáveis, isso sabem fazer. São como enamorados<br />

empolgados, que vão liçando tudo que se perde em<br />

fantasias, ora na diversão, também. Quando algo dentro<br />

de suas consciências dizia para voltarem desse mundo<br />

pagão, nunca mais enervando fogueira aos<br />

enfrentamentos de mentes e criaturas sem males... pouco<br />

ou nada mudaram. Foi quando se fizeram ao mar, se<br />

separaram das esposas via distância emotiva, ambos<br />

pobres sem a garantia da posse. Sem quaisquer fumos ou<br />

incensos, urgente era seu porquê; já se imagina como uma<br />

dessas cabeças funciona melhor com mais açúcar dentro.<br />

'Vê porque construímos esse muro sem mais nem menos,<br />

e sem sentido, se eu que só te amei.', diria um dos<br />

charlatões a beira da entrada da caverna saqueada,<br />

pensando em tudo que deixou para trás com aquela vida<br />

que levava. '100 anos de perdão para eles', alguém mais<br />

comenta. 'Que sofrer!', falo eu. E me despeço dos<br />

companheiros de fuga.<br />

Três séculos entre a queda e a chegada da civilização<br />

seguinte, três contagens para crer. 'Mais tarde a<br />

reencontrarei...', estava em um bilhete. A Luz volta, é o<br />

caminho, o que engana é a inveja falante que, também<br />

arruinada por seu turno, só que mais corada que você,<br />

charlatão estilo tolo. Nenhum mortal poderia isso de ser<br />

vitorioso sem saber que existe a falência, não compreende


isso? Que a Poesia não te confunda. Uma hora vai<br />

entender, nem que tenha que ter diversas existências.<br />

Nem que seja estrelando a mais danada ou atraente peça<br />

teatral para representar suas trajetórias. Encontrem por<br />

fim este caridoso bilhete: 'Sobre a Vida, que é mãe da<br />

Poesia.. É dela questionar para que sempre reafirme amála.<br />

É que a Poesia é suspeita de desculpar-se por não ter<br />

dito já de antemão o quando admira a Vida! Quantas<br />

superaventuras testemunham na Existência, querendo.'”


APRESENTAÇÃO 30<br />

“Atraquei em Tera”<br />

“Atraquei em Tera, a ilha. Havia um bocado eu<br />

pensava descansar um ano de tanta carga anterior, tendo<br />

uma casa; até um condenado merece, não é, chamavam<br />

essa condição na antiga Terra de viver como 'cachorro<br />

vira-lata'. E este lugar é perfeito para férias, Tera é um<br />

oásis em meio ao caos que perpetuei, mas que bom o<br />

nascer e a noite, dão os cumprimentos de 'muito obrigado'<br />

ao velho aqui. Todos precisamos de descansamo, gosto<br />

assim de agradecer ao Sol e a Lua!<br />

Então eu relaxava. Mas os assuntos<br />

incompreensíveis foram os que mais me afetaram na<br />

primeira temporada à toa; fiquei boa parte do tempo<br />

pensando, lendo os diversos títulos que acumulara, só<br />

engordei um pouco devido à inércia, dormi muito e<br />

aprendi bastante. Como não morri antes, pensei, fui muito<br />

relapso. <strong>Não</strong> é? Só não ia ser de descanso que sofreria<br />

agora.<br />

Dei uns bastas nas procuras pelos xis nos<br />

mapas e cidades mortas habitadas somente por fantasmas<br />

depressivos. Só queria o paraíso das manhãs em paz... Sei<br />

que sobrevivi porque ainda sou esperto, nunca fui de<br />

inflar meu ego para cada vez mais bem longe, como vi<br />

tantos fazendo... Muita gente vislumbrava e teorizava<br />

acerca do fim de todas luzes. Ao formular minha<br />

catastrófica solução equatorial, sorri, dei boas salvas aos<br />

que tentam ir além. Poetizo por fim: 'Exotérica casca de<br />

isopor, couraça mais que material, ruim de se pegar, que<br />

se desintegra ridiculamente... esta que não serviu muito


para conter todos esses Eus fora do Universo, fora de<br />

tudo, olhando... e pouco sentindo!'<br />

Penso em Shaira, ela sempre volta à mente,<br />

assim como a imagem de nosso filho. Me coço, dá uma<br />

ansiedade... preciso demais da companhia dos dois<br />

novamente, só que não é a hora... Ao menos já não fico<br />

nem cego nem enganado. Ambos nos ferimos pela causa.<br />

Nada menos que uns meses a mais ao lado<br />

deles, é só o que peço antes de partir, quero amar<br />

sentindo gratidão pelo que passou, além de continuar<br />

brincando... Ao preferir a órbita perpétua do Bem, na qual<br />

a curvatura nunca se deturpa, nós no Espaço-tempo,<br />

nossas essências vão se encontrar!<br />

Estranho como o Universo aparenta ser<br />

necessário. Está longe do meu plano concretizar logo de<br />

susto minha missão. Ainda mais se não for para me lascar,<br />

da forma que vou está legal. Tenho que ser paciente,<br />

ressoar grandes temas e ainda inventar a nomenclatura,<br />

vigiar, organizar, tudo isso vai fazer com que acreditem<br />

que a Terra não se bastou; nem seria ali o começo e fim<br />

dos Humanos. O Espaço Sideral como obra de imaginação<br />

fértil foi um engano induzido por gente equivocada, e<br />

sim, meu filho virá para ajudar. O Eterno Divino trouxe<br />

Shaira até mim. Que bom. O Bem sempre vencerá!<br />

Mesmo estando em norte, sul, leste e oeste, o método é<br />

infalível!!!”


APRESENTAÇÃO 31<br />

“Ninkasi”<br />

“Dizia o enunciado: 'Eso en la Antigua<br />

Mitología de la Mesopotamia, Ninkasi, fue 'la Señora que<br />

llena la Boca'. Diosa de la elaboración de Cerveza o del<br />

Alcohol, y nacida de 'Agua Dulce y Brillante'. Es una de las<br />

ocho deidades creadas por Ninhursag para sanar a Enki<br />

(véase Mito de Enki y Ninhursag) Se dice que nació por el<br />

Dolor de Boca de Enki, y Ninhursag declaró que debía ser<br />

la diosa que 'sacia el Corazón'.' Vê não, o escrivão era<br />

hispanofalante, da época do Wiki Grobal.<br />

Mas quero chegar é no conto em si, da vez em<br />

que quase morri em um conforto, envenenado pela<br />

bactéria goghiana com esse mesmo nome, Ninkasi, que é<br />

injetável em vinhos tintos, aí você enxerga.... nem tem<br />

tchã. É você descuidar e se dá mal!<br />

Gogh, nutrindo tanta insânia, subornou as<br />

melhores cabeças do ramo vinícola. De alguma forma, ele<br />

havia descoberto minhas predileções durante aquele<br />

tempo. Era como funcionava a cabeça da inveja e cerne da<br />

perseguição.<br />

Logo que percebi a zueragem; só não via esta<br />

inteligência dele de forma sadia. Sou um cara que estuda.<br />

Sei o que consumo, me previno das indigestões, e nessa<br />

vida tenho que volta e meia carregar uns antídotos, uns<br />

antiofídicos. Fizeram na minha bebida então essa<br />

inserção*, e me pus a correr para conseguir meu antídoto<br />

junto à tribo de Rá – Rá, o Sol, que criou toda uma legião<br />

a partir de suas lágrimas. Seu melhor remédio, o xarope<br />

expectorante de que dentro 12 horas me faria estar


novinho na folha de pago, esse era do bom. Tudo bem<br />

que tive um pouco de medo, eu devia já ter comprado<br />

esses remédios e estocá-los junto das balas de<br />

tranquilizante, vocês sabem, tem uma galera querendo me<br />

tirar de qualquer jogada. Tive medo de me tornar infértil<br />

e tal, mas mudaram o princípio ativo desse remédio! Opa!<br />

Às vezes passa de ter medo. Vou passar vergonha nada,<br />

isso não é legal não. ..<br />

Assim é a rotina no Espaço... cheiona. Eu falo<br />

de quem que não tem vergonha de rir ou chorar, por certo<br />

para o bem e para o mal, arrebentamos com tudo. As<br />

folhas secas, galhos quebrando com as vibrações da<br />

Árvore da Vida são como um alerta, nunca devemos ter<br />

desespero. Nunca autômatos ou infelizes perdendo dissos<br />

ou daquilos; sem sermos prisioneiros nem da gente nem<br />

de mais ninguém; nunca sentados nem de pé reclamando.<br />

Força é o dever! Por isso me safo, sei lá.<br />

E pensei em Shaira, sempre a imagem da mãe<br />

subversiva, como foram aquelas das Galerias (Anos 60,<br />

Século XX na Terra Velha!), ela nas suas roupas escuras e<br />

calças de couro, os óculos de sol. Antes era a alegoria de<br />

sermos desertores do que fosse banal, logo, tão sóbria,<br />

atingiu a perfeição, deu a Luz. Tudo tão artístico.<br />

Ou isso, ou o que entendi! Depois de muita<br />

parada, depois de alguns dias, mandei uma mensagem<br />

assim para ela perguntando o que houve. Seria nossa<br />

hora?”


APRESENTAÇÃO 32<br />

“Sinais, poucos sinais”<br />

“???????, poucos ???? por estas pistas de areia<br />

velha e suja. Lembra um estilo Saara (Terra.. .), mas este<br />

território se chama AriaL'Ha. É mais uma civilização que<br />

se acha perdida e não documentada, das que vi, mais uma<br />

que nem sabem mais o que a detonou (… ) Sigo sem<br />

identificar como foi feito, sei lá, mas aconteceu.<br />

É certo que fui atraído foi pelo campo exótico<br />

gravitacional tão verde e musgo do local; muitas listras de<br />

barro derretido... Mas a ganância me venceu, e cá estou a<br />

vasculhar (risos) novas... OPORTUNIDADES DE<br />

EMPREGO!!! E sabe-se lá o que se pode achar<br />

procurando, se o que perdeu também não faz falta.<br />

Haverão detratores aqui? <strong>Não</strong> importa, a<br />

geladeira dos recursos anda capenga. (Ri mais) Será que<br />

aqui existe uma religião que carrega a multidão? <strong>Não</strong><br />

seria melhor?<br />

Mas vasculho, deve ter sido incrível viver aqui<br />

no ápice; ainda assim, depois de cinco horas e nada do<br />

que conclusões ralas, só vejo um vazio. Olho para a<br />

frente, desanimado, minha face anuncia que muita coisa<br />

existe e dá voltas, é certo. Este lugar já foi Episílon, agora<br />

eu vi, onde tive a vez do meu treinamento ninja. Ficou tão<br />

diferente, estive aqui acredito que pouco antes do começo<br />

da ruína. Uma terra que foi outras, curioso, e bem normal.<br />

Muitos nomes se repetem, deve ser uma mania. Chatão<br />

ver como uma extinção sucede a outra, na Terra cada<br />

uma teve seu propósito. Bem, vou embora. Anotaram o<br />

recado?”


APRESENTAÇÃO 33<br />

“Treinamento ninja”<br />

“Eu também passei por um treinamento. Eu<br />

mais 6 ignóbeis, geral se refugiando das guerras.<br />

Habitávamos as províncias de Episílon enquanto ali era<br />

calmo, quer dizer, éramos cativos que não se davam<br />

conta. O cárcere então abre a mente para os exercícios<br />

físicos. Mas o que aprendi preso não foi só isso!! Envolvia<br />

adaptação, espírito e a perseverança... Tivemos contato<br />

com as artes da espilantragem, infiltração, enrolação,<br />

aprendemos a usar shurikens, bombas de fumaça e como<br />

interpretar livros encadernados criptografados. E até hoje<br />

consigo manejar bem lanças, participar de sabotagens, ou<br />

me defender com armas com correntes e bokens. Até<br />

carrego escondida em uma excelente e eficiente Shikomi<br />

Zue, sabe, cajado Zue de madeira com sua espada<br />

camuflada – tratava-se de uma genuína Katana herdada.<br />

Foi manufaturada pelo próprio Mestre Zen Tal para virar<br />

quase a extensão de meu corpo e mente. Vivíamos sob o<br />

lema de sermos guerreiros do silêncio. Foi uma época boa,<br />

descansei e esqueci das responsabilidades que me<br />

rondariam se estivesse no mundo real e ordinário das<br />

perseguições, isso serviu para tirar o meu da reta por um<br />

pouco.<br />

Aliás, já ouviram falar em 'golpe do cometa no<br />

pescoço que voa'? Aprendi esse, é simular ao efetivar uma<br />

garra com o indicador e o polegar atingindo rapidamente<br />

o pescoço dos outros, é só apertar de uma só vez a fim de<br />

zoar a respiração. Imaginem desorientar o oponente, rir<br />

de sua cara e ganhar alguns segundos de vantagem sobre


alguém buscando o próprio ar, possibilitando uma fuga<br />

sua ou um golpe fatal. Prefiro liquidar sem baixas,<br />

desestabilizando.<br />

Aprendi também a tocar até um instrumento<br />

musical local chamado Episílonômetrus. Foi muito<br />

praticado na época, a curiosidade dava uma moral, e ele<br />

emitia somente tons de ré menor com baixo em Dé. Foi<br />

divertido por uns momentos, consiste, como tudo que<br />

brincamos, feito de ócios. São só lembranças, é<br />

interessante rever nosso percurso.<br />

Ao cair da noite minhas fissuras deixam vazar<br />

muitas outras frases da minha linda Shaira. Passados os<br />

meses de ciclos de treinos, eu ainda jovem fui me<br />

esquentar nas apostas que aconteciam no Rservatório<br />

mais próximo. Perdem suas melhores oportunidades<br />

competindo... Aticei aquela gente perguntando como<br />

reagem a um não. Ando como artista do ócio e do<br />

inesperado, olhando para cima!”


APRESENTAÇÃO 34<br />

Tengu e a droga chamada Nana-Buluku<br />

“'Tengu de peruca atômica explodindo no meio<br />

da selva, coisa de doido vindo das florestas e montanhas,<br />

veio assustando e cuspindo fogo...' Assim começa mais<br />

uma lenda. Leiam isso, acabou, não dá para esconder<br />

dessa vez, nem os incrédulos sabem sua grafia correta:<br />

'Tengu, Rei na Cocada Preta, autointitulado maior mente<br />

daquela organização secreta marcial do Cosmo. Uma<br />

sociedade provinciana que matava por susto ou grito; às<br />

vezes, na besteira. Faria de tudo para que esquecessem o<br />

que era e o que não-era, quer dizer, para os seres. Como<br />

varia, caramba, a imaginação nos conspiradores viventes!<br />

Estou numa hospedaria, organizando as ideias<br />

para como explanar tudo isso. Tive que cortar papo com a<br />

recepcionista porque a menina falava muito, a única hora<br />

que me interessei pelo papo foi quando me indicou essa<br />

lenda. Realmente, já ouvi falar de vezes parecidas,<br />

inclusive de outros no esquema Tengu, mas isso foi há<br />

muito, quando esqueciam até de contar TEMPO. É<br />

provável que algum dissidente terráqueo aportou por<br />

essas paragens e propagou algumas baboseiras... e a<br />

menina, ou quem quer que seja, deturpou, mesclou um<br />

papo ao outro. Mas enfim, estou nessa hospedaria na<br />

zona dos planetas Uisquebaughs, dos Gaélicos. Só parei<br />

para descansar mesmo. Que sina a minha, aqui<br />

bebericando pelos confins, não imaginariam o difícil<br />

sistema atual pela purificação da água. Nem vou entrar<br />

em detalhes!


Depois de acordar, fico matutando. Quem me<br />

dera ter poderes como os de meu filho. Ao menos ajudo<br />

como posso! Antigamente, devido à má alimentação, as<br />

pessoas eram mais presas a visões, e diziam que seus<br />

senhorios, propensos chefes ou detremens sabiam a<br />

capacidade de mudar de forma, além disso, sabiam do<br />

ventriloquismo, teletransporte e a habilidade de penetrar<br />

no sonho dos mortais singulares, durante os<br />

desdobramentos. E isso fazia com que tanta gente boa se<br />

deixasse subjugar! Quando eu era menino, tive acesso a<br />

uma boa biblioteca, talvez por isso quis ser como o<br />

Aventureiro (Don!!!), ambos com a principal diversão, é,<br />

de causar desordem a quaisquer imposições.<br />

Meu tio da parte de pai, Yayin, depois de<br />

passar da conta em seus vícios, relembrava os tempos<br />

áureos, sua Era de Prata, enlouquecia nas exaltações...<br />

Falava algo de uns pirateantes que muniam-se de cerveja<br />

engarrafada antes das viagens longas, e nesse modo de<br />

prostituição dos sentidos, pois a água rapidamente<br />

deixava de ser potável devido ao sabor salgado,<br />

precisavam de seus tragos, se não iam começando a ficar<br />

chatos, pouco também se apaixonavam... ou se<br />

surpreendiam. Que triste ler uma coisa dessas.<br />

Esqueço Tengu e essas historinhas opiáceas,<br />

prefiro é a sobriedade. Ligo o aparelho deste quarto de<br />

parada, com todo aquele brilho especial de minha<br />

ansiedade sem fim. Aproveito a distração, mas passava<br />

um noticiário local justamente sobre um tipinho que se<br />

faz valer de outra droga. Chamam a substância de Nana-<br />

Buluku, que seria como um choro da única divindade nem<br />

macho nem fêmea deles. Essa tal 'Nana', nada mais é que


um tipo próximo de raxis, mas, ainda que sem mais nem<br />

menos malefícios além da poluição dos fluidos vitais.<br />

Reproduzo a fala do tipinho inebriado no noticiário: ' (...)<br />

adentra delongas no intrigante mundo da levitação e da<br />

bruma... E cantam Olelê Lairáá, Bananá Cabecis!!... usar<br />

desafiou esta compreensão mas era excitante... e<br />

materializou-se para mim o nada, já fora dos pontos<br />

luminosos cintilando como destintos corridos, estalidos e<br />

cores inidentificáveis.. em sonora tempestade, mais<br />

imponente era minha galáxia, e desejar. Acercar essa<br />

descoberta... tal notável digressão.. para que estejamos<br />

nós que usamos a Buluko, estejamos aptos ao Universo<br />

neutro, tão eterno, sempre presente. E dormir na boa em<br />

lugar santo...' Ele continuava se desculpando, isso<br />

segundo sua visão deturpada, já distante da real pureza.<br />

Rezo para que se arrependa.”


APRESENTAÇÃO 35<br />

“Novamente, O Oráculo”<br />

“Tem muito tempo isso. Aquela vez também o<br />

mesmo tal Oráculo (de Basho, para quem não sabem<br />

ainda... fora exemplar único de sua espécie; ah, era)<br />

confessou-me algumas certas particularidades sobre a<br />

Vida e o Universo. Eu e Shaira íamos a seu lado. Ela lhe<br />

disse, 'quero levar um papo contigo', ao que respondera o<br />

Oráculo 'é para isso que estão os amigos, fofa'. Rimos.<br />

Perguntei se estava servido à minha branda garrafa de<br />

suco de uva. Ele riu de novo. Rimos mais, sem hora ou<br />

motivos para cessar a alegria. Grande mente tinha esse<br />

Oráculo, e uma aura leve. Ao escambau com as teorias, eu<br />

fico na VOZ dele! Da sua crítica da fraqueza alheia,<br />

ressoando.<br />

Falou que, 'em geral, os seres são todos bestas<br />

e afobados'. Nisso, eu ri à toa!! E Shaira também gostou,<br />

estava em paz, vi, inclusive, como que desenhada, uma<br />

lua do seu lado. E assistindo nossa tranquilidade, o<br />

Oráculo continuou... dizendo que 'sempre esteve na cara,<br />

porém todos teimam em pensar através das tolices. E que,<br />

depois que você morre, entra num túnel de luz e seu<br />

espírito mescla-se a todos os elementos, e você, deixando<br />

de ser você, é mais uma vez cuspido no Espaço Sideral,<br />

refundindo-se de novo à estaca zero até boiar e boiar<br />

para ser incorporado e modelado sobre outra forma,<br />

infinitamente em ciclo. Tudo o que existe é da mesma<br />

diretriz, essencialmente. Quer chamem de átomo,<br />

molécula, espírito, alma, enfim... ou o que mais seja de se<br />

endireitar ou aperfeiçoar, respirando e pulsando pela


força da Existência (como chamamos as partículas) Bem,<br />

é que a Vida se submete aos ciclos, assim como ciclos se<br />

submetem uns aos outros para a Ordem Divina. Maneiro é<br />

viver um pouco isso, aprendendo e passando além.<br />

Quando você ainda fisicamente estiver....'<br />

'A Natureza, concluiu... jogou fora a chave do<br />

entendimento, apenas com o fim de que busquemos<br />

novamente. Que sejam férteis enquanto durem teus dias!<br />

A Natureza sim é que é real.'<br />

Foi mais ou menos dessa forma resumida que<br />

ele nos dá uma a pequena dica, e esta perdura, o resto é<br />

de se crer. Presenciando. Estamos bem. <strong>Sim</strong>ples como<br />

dizer um 'bom dia'.<br />

Shaira comenta com seu tom descabido:<br />

'Viemos no começo para uma missão desinteressada que<br />

nem a das maestrias, agora digo também que seguir na<br />

direção do vento é preciso para quem nada teme, na<br />

borda do riso, em seu furacão, mas que não me<br />

acompanhem que não sou novela. Pois cada ser sabe a<br />

resposta.'”


APRESENTAÇÃO 36<br />

“Matar Barbuc e pegar a fortuna”<br />

“Barbuc, o barbudo, o estilosinho. O de<br />

fluorescente cara de veludo verde esfolar, pirata do mar<br />

dos desenhos animados (e das pilhas, pilhagens), ele que<br />

se ridicularizou através das próprias atitudes. E o que<br />

esperar de alguém fantasioso? <strong>Sim</strong>, ele e a namoradinha<br />

que se veste de sombra (mas, realmente, seus contornos<br />

são milimétricos) e muitas outras aproveitadoras sentem<br />

assim inveja por todo os poros. As reclamações são as<br />

fontes confiantes deste relato, e afirmaram que ele, que é<br />

mais um mandado do vacilão do Capgog, estava numa<br />

zorra envolvendo somas, prazeres e muito rum. Soubemos<br />

também que comida gasta, vinagre e jogos estavam na<br />

conta; faziam palhaçadas nas pobres lojas (Tabernas) e<br />

tentavam dar ordens aos escravos dos donos da riqueza<br />

durante a noite. Em suma, ele e os Desocupados de Naã<br />

Dá em Nada gastavam nas bebedeiras tudo o que<br />

ganhavam, e irritavam a vista dos outros. Através de uma<br />

procura vã por seu tesouro nos mapas reescritos, e com<br />

essa apropriação, efetuavam diversos envenenamentos,<br />

cavavam hipnoses e faziam pressão nos pontos vitais de<br />

suas vítimas; vejam que durante essa tortura, havendo<br />

suborno, se valendo dessas desculpas, aí que gostavam!<br />

Será que não tem mais nada gostoso a se<br />

ocupar, tipo assim, com as vestes de sombra da sua<br />

namorada, Barbuc, pergunto, e essa dúvida me segue<br />

desde a alfândega.<br />

Algemado nali que o vaia, eu tenho os bolsos<br />

repletos de pepitas de ouro maciço, ervas, elixires,


amuletos defeituosos de um Cândido, e seu otimismo.<br />

Minha liberdade deve valer muito mesmo pois toda hora<br />

alguém quer me capturar, eu hein! Mas a liberdade de<br />

todos nós sempre foi o alvo do Mal.<br />

Agora quem sabe se estou preso numa zona<br />

árida e pestilenta, nas plataformas à frente que existem<br />

nulas... ou estou num lindo platô vermelho como o de<br />

Marte (Sabem quanto existe pela Via Láctea!?) Acredito<br />

nos sintomas de um declínio geral, o reflexo de uma<br />

música que envolve um desequilíbrio ecológico e<br />

desagradável erosão de todos os solos. Talvez este lugar,<br />

que os viajantes costumam chamar graciosamente de<br />

Durango, este já tenha sido uma civilização próspera, mas<br />

em uma época dessas só se for daquelas distantes. Agora<br />

a vastidão selvagem e tantos mais degenerados aqui<br />

ferrados com sede e ganância estão por toda parte. <strong>Não</strong><br />

há tempo que já resolva, é um mistério insolúvel. Barbuc<br />

e essa galerinha são um enxame!<br />

Olho para o que ainda há de meu corpo ao<br />

fundo dessa sala... serei um rei, vou erguer um templo,<br />

depois um muro, e, se mais, me trancarei com medo, ou<br />

será que em um lugar sagrado, mais físico ainda, será que<br />

nada me serviu? Nada disso, seguramente. A Cidade<br />

Cintilá, eu estava lá, e havendo ali aquela gente<br />

barulhenta, bem como fenômenos peculiares; havendo ali<br />

sacerdotes vestidos em peles, chifres, ossos, além de<br />

medonhas máscaras enfeitadas, colares de dentes,<br />

crianças em cabelos desgrenhados, e nuas formas de<br />

Muspel, do Reino de Fogo; Nifl, de Gelo, igual Shamash,<br />

pelo Sol Afortunado... havendo ainda misticismo, onde<br />

fica a intuição por sentir o bem de Deus??


Fujo como posso, desapercebido, Barbuc estará<br />

feliz no próprio veneno, bêbado e ocupado demais com as<br />

concubinas destas estradas, não faz questão de me<br />

perseguir nem eu de levar as coisas na ponta da faca. Se<br />

existe gentileza em alguma de multidão desumanizada?<br />

Será que vale? Esqueço até de pegar suas fortunas, pois<br />

também eu fui abatido por compaixão, nem tive gana por<br />

matar, isso nunca, e talvez seja a aura deste lugar, ou da<br />

alma Quetzalcoatl serpente emplumada em sangue, que<br />

aos pensamentos, como um conforto das eras adverte...<br />

Será. . porém que existir seja dos mundos o 'aonde'? E a<br />

matéria nossa distração!? Existir engana, isso é fato. Só<br />

amar está reservado de boas para a gente!”


APRESENTAÇÃO 37<br />

“Guerra Li Cósmica”<br />

“Uma notícia eu achei, que perda! Dizia que<br />

'em vinte de agosto de mil oitocentos e cinquenta nove na<br />

virgem Amazônia, dois mil e dez certeiros Tupinambás<br />

avistaram uma bola de fogo no céu (estilo meteoro, só<br />

que não) Fizeram oferendas atirando todos os prisioneiros<br />

numa fogueira de churrasco indo-europeísta, pois daquele<br />

jeito era sua precaução! Já encarou o sangue? Sangue<br />

atrai sangue. <strong>Não</strong> sabemos se existe ou existiram registros<br />

do fato, e a culpa não era da que se dizia tribo rival (....)'<br />

Fora isso...<br />

Segundo este documento em minhas mãos,<br />

cuja apresentação número 37 eu tomo conhecimento, o<br />

evento acima foi causado por uma explosão gama. Graças<br />

a minha galeria estas preciosas histórias foram<br />

preservadas (slaides, na versão anterior que vocês já<br />

devem saber que o Gogh editou toscamente) A memória é<br />

salva por detalhes e esforços.<br />

Tudo se passou no Cinturão de Dória durante<br />

o décimo quarto furioso encontro de raças, digamos,<br />

pensantes. Fico com a função nessa presente hora de<br />

esclarecer alguma coisa para vocês, mesmo relembrando<br />

esse escarcéu em que louvaram o horror. Os motores<br />

foram as consequências. Naves e tripulantes baiando aos<br />

pedaços além Cosmo, mortos em uma carnificina que nós<br />

posteriores não deveríamos tomar parte, de tão<br />

influenciadora que se esgueirou. Como não foi provada<br />

nem detectada a presença humana, encerram o caso e<br />

disseram que seria uma lenda, pura fantasia, apenas


elato. As más interpretações causam efeitos curiosos.<br />

Porém a guerra aconteceu de verdade, infelizmente.<br />

Isso tudo só serviu para quê? Revelar o talento<br />

de um grande guerreiro de nome?? Ilustrar forças? Quer<br />

tudo pronto? Quer detalhes? Vamos buscar mais<br />

respostas, vamos repudiar as disputas!”


APRESENTAÇÃO 38<br />

“Desafio”<br />

“A seguinte transcrição de uma das aventuras<br />

da tribo dos Astrossonsos eu apenas reproduzo a título de<br />

crítica, mais para advertir sobre o tema da morte e<br />

assassinato, e por não concordar ser este o caminho a<br />

tomarmos (nós enquanto seres)<br />

'Com medo, um deles começaria, será isto<br />

normal? Rodeados por perversas cretinices,<br />

subalternagens, geral na debilitação quimicamente<br />

tratada, e aptos a matar por migalhas. Sou um homem<br />

normal? O que sei fazer de extraordinário é mesmo bom??<br />

Analiso a conjuntura atual (mesmo sorvido por<br />

meus fones de ouvido e pela liga aos olhos infravermelhos<br />

no capacete da aleatoriedade) A época e a localização<br />

perfeitas para a realização deste feito – ou seria mero<br />

sonho? – são já indiferentes. Estes sensores de igual<br />

entropia, indicam também a transformação da mesma<br />

coisa, afinal, indicam... movimento? Nas contas, tive<br />

mesmo uma carreira, será meu fim?? Meteórica,<br />

oponente, a diretriz é básica: atirar, sem sublinhar, ou<br />

então quem morre sou eu. Tenho muito o que fazer<br />

ainda! À minha frente o roxo e putrefato solo da Terra<br />

Chata. Isso mesmo, nos tambores, este conto, esta história<br />

desde os confins da mente de um querer celerado<br />

agoniado pelas lembranças de origem. Rio das baías<br />

cagadjias, totais medusas e águas-vivas venenosas com<br />

praias cheias do lodo da mesma cor dos coletivos e<br />

transeuntes. .. celebrados desde tempos imemoriais, antes<br />

os melhores, já era aquele povo de alegria. Ali ainda seria


como num paraíso? <strong>Não</strong> mais. Bem, quase não deixam<br />

haver registros escritos ou pinturas, é, aquelas, lojas<br />

turísticas dominam! Os museus são derrotas, o erro foi<br />

esquecerem a transmissão cultural. A Astrossonsa foi<br />

talvez uma notável tribo. As primeiras lutas e derrotas<br />

foram necessárias no tempo de nossas cavernas como<br />

subdesenvolvidos, ainda que talvez continuar guerreando<br />

sim que foi desnecessário. Esta que foi uma boa terra para<br />

aprendermos que a ocasião, o acaso, todos juntos são os<br />

responsáveis das coisas (tudo chamam 'de coisas' quando<br />

falta insignia)... mas não seria o destino, ou tua boca<br />

calada o real motivo de nosso declínio!?'<br />

E aqui esse infeliz Astrossonso descreve como<br />

eliminou um de seus inimigos, ao utlizar alguma 'arma de<br />

fogo, e aparatos, pistolas, arapongas, buzinas, existem<br />

muitos nomes e as mesmas designações', diria ele. E mais:<br />

'A 12-PIBA (Calibre qual?) com um só tiro você consegue<br />

atingir um perímetro de... um... é... sei lá tantos metros.<br />

Foi sem dó nem piedade que larguei o dedo enquanto<br />

corria para saltar atrás de um barril do Mosto. No mesmo<br />

segundo em que me resguardei atrás desse adeus, jogo<br />

para trás umas quantas granadas das de pimenta regada.<br />

Se foide aí!! Essas safadas atordoam a vítima a ponto do<br />

suicídio ser cogitado (Em especial)<br />

Mas nem foi necessário, já que caiu o cenário<br />

inteiro estrebuchado pela PIBA e pelo gás das granadas....<br />

na hora.<br />

– Vergonha é roubar, otários... – disse isso ao<br />

contemplar os cadáveres daqueles.<br />

Eis que brota na minha fuça a última alma da<br />

parada, Kid Boca Liente. Agora a piada se estende. Era o


chefão do território, o personagem final. <strong>Não</strong> tive escolha,<br />

apenas perguntei:<br />

– Como quer morrer, tu?<br />

– <strong>Não</strong> morrerei, morre é a PAZ! – respondeu<br />

Kid.<br />

– Cadê essa, trouxa?? – fico zoando.<br />

– Na minha pata.... – debocha mais o Boca.<br />

– <strong>Não</strong>, quem se larga é você, trouxa...Uid, Kid,<br />

sei lá. Someeee!!!<br />

– Você, quem seria isso? Tudo é aqui! – berrou<br />

ele. E se enfurece, puxa uma faca, levanta acima da<br />

própria cabeça e tira o próprio sopro de vida com três<br />

simples estocadas no abdômen. Oi?! Fiquei sem saber o<br />

porquê! Uid-Kid-Boca mortinho agora usava aquelas<br />

tanguinhas da época, cabelinho de Hei-Mein. Se tivesse<br />

ouvindo alguma canção antes de se matar, a que seria<br />

tocada seria em uma ridícula escala desafinada em que<br />

cantasse que Ah chovendo, sóbrio, frio. Ah escuro, sombrio,<br />

apocalípticooo, ou.... Terminaria a canção com o desligar<br />

do aparelho. Era a falência de tudo'.<br />

Neste momento da conclusão do embate entre<br />

o Astrossonso Vs. Kid, os djembês soam baixinho, que<br />

música ansiosa! É o nascimento da Lua, a celebração da<br />

vitória para os astrossonsos. Soou tanto o Raio como o<br />

Trovão naquelas mentes orgulhosas. <strong>Não</strong> tem mais<br />

desafio nenhum, só a perda na disputa, ninguém ganha,<br />

nem ganhar existe.<br />

Três facadas no abdômen... que matam. Era<br />

assim que queria ter respeito como médico e sacerdote,<br />

jovem sonso? Era assim que esperava que dissessem que<br />

falava com os Espíritos das Florestas? Era assim,


totalmente alheio à paz? <strong>Não</strong> está com mais nada, é<br />

terrível presenciar, igual me derroto, aqui narrando dois<br />

tipos de assassinatos.”


APRESENTAÇÃO 39<br />

“Sem emprego, o que farei?”<br />

Shaira pensa, transcreve: 'Leio na dificuldade<br />

estes últimos capítulos do seu Jesú... Ele começa:'<br />

“Rá-ralei muito tempo caminhando em lados<br />

escuros das luas, e de todas elas ao inverso, para ver<br />

como seria. Percebi as almas purgatórias, fui recebido por<br />

um séquito de belas e elegantes damas preferindo que<br />

dissesse que troquei sistemas inovadores pela boa e pura<br />

intuição. Eu não cairia. Até agora fui feliz ao explicar com<br />

certeza de causa e efeitos alguns detalhes sobre a Vida,<br />

mas cabe a cada um de nós discernir e evoluir. Dialoguei<br />

até nos entretantos, digo, analisei mas não achei<br />

nenhuma civilização mais justa que a da Verdade<br />

Universal. As outras nem sequer querem esperar!<br />

Infelizmente... é a soma das conquistas fadadas ao<br />

esquecimento. A antiga Terra ficou, diriam, 5 bilhões de<br />

anos largada debaixo de escombros, como sombras. Até<br />

que os remanescentes se lançaram à vastidão de volta ao<br />

Cosmo.<br />

Mas hoje estou desempregado e sem<br />

expectativas... tudo ficou transparente, sem forças... É<br />

muito frio daqui quando você está terminado sua missão!<br />

Quem já não passou por isso? Pura radiação cósmica!!!<br />

Eram fótons e canos de descarga das aeronaves de ontem<br />

e hoje porque me sinto ocioso neste horário de almoço.<br />

Como se isso que passei há muito tempo, ah lá longe<br />

(risos) Já agora no presente, Xiva da Destruição ergue só<br />

barreiras de arame farpado. Retorna com os calabouços


como mensagens demoradas entre nós, reles seres<br />

viventes. A aniquilação é a falta de visão. <strong>Não</strong> quero<br />

acabar como aqueles humanecentes na ruína e no<br />

esquecimento (risos), prisioneiros de tirania ou<br />

esmagados pela busca do prazer; se toda a Vida era viajar<br />

nas areias do Tempo!<br />

Acabar sem emprego e sem comida? (risos)<br />

Para onde eu vou nada disso importa! Retorno ao ponto<br />

crucial!!<br />

Pensaria Shaira de onde estivesse que o Jesú<br />

aqui se guiava muito pelo olfato, isso foi passado; ou que<br />

me preocupava demais com os próprios sentidos, com<br />

gente contrária, aqueles que queriam nosso filho<br />

derrotado, como os valores deles e seus parcos espectros<br />

tentando diminuir o poder do Bem Maior.. . . Sem o<br />

emprego da ocupação, que farei? Veremos, mas nada de<br />

continuar a lamentação lisa (risos)”


APRESENTAÇÃO 40<br />

“& Nota o quê”<br />

“'Ventre materno, mãe, como está? Eu começo<br />

essa nota me lembrando do passado. Me empresta um<br />

trocado? Brincadeira (risos) Queria só desabafar. As<br />

últimas relíquias arqueológicas nem deram para pagar os<br />

reparos da nave. Ainda nessa fiel aos meus planos de<br />

enviar o menino pelo Milarepa, em vista do que<br />

resultaria; o menino é a base para o entendimento<br />

comum, mas fazer tudo isso sozinho sempre só dificulta,<br />

empaca! Ainda depois de todos esses desencontros com<br />

Shaira e minha prisão temporária...<br />

Essa minha recente expedição pela miríade do<br />

planeta de Valdéx semana passada me arrasou legal<br />

(intuito infrutífero financeiramente) São difíceis essas<br />

incursões, sabe... São muitas pistas. Ainda por cima,<br />

gastei muito do que tinha com intérpretes nos primeiros<br />

meses, nem meu tradutor tinha registros da língua falada<br />

lá; mais gastos; a tradução havia confirmado as notícias<br />

das hélices sobre as torres malignas por toda parte.<br />

Cobras acerca, répteis demais; seria a chave para<br />

entender o símbolo do caduceu da Medicina? Mas isso já<br />

é outro assunto.<br />

Aceito qualquer colaboração, tenho café mas<br />

nada de pão; minha nave parece um sistema de visitação<br />

ocasional (mausoléu), só com artefatos de todas essas<br />

eras passadas e seus livros raros. Como sustentar um<br />

corpo só com condimentos? Daqueles de quando me fiz<br />

valer de um lance que a senhora avisou ser muito possível<br />

mas que se mostrou uma bela furada (risos) Te perdoo,


sempre reclamou que eu adoro condimentos......<br />

Ah vai, me dá um dindin aí... (risos) ou reza<br />

por mim, mãezinha! Faz esse favor, diz algo, de onde<br />

estiver, me passe uma mensagem. Aqui tem uma<br />

expressão de Valdéx para isso, 'Nhar di pródigo Nur no<br />

Rio de Luz, opina'.”


APRESENTAÇÃO 41<br />

“Labirinto de Coisas Instáveis”<br />

“De brilho próprio, agridoce Shaira, só te amei,<br />

mas me atraiu a este lugar, ao acaso para ganharmos<br />

também umas amostras grátis, brindes de novíssimas<br />

máquinas geradoras de videogames. Queríamos uma<br />

distração depois do que passou, né. E como esse tal jogo<br />

do labirinto, o LCI, já que ele tinha essa nova atualização,<br />

bem... Pode que seja da famosa Máikina, isso, a marca.<br />

Lembra não, é a mesma marca que lançou aquele outro<br />

jogo meio que simulando um veraneio a ver o pôr do Sol<br />

desde qualquer campo, oscilando entre certo tom<br />

vermelho, madeira ou labareda. Aí papeamos:<br />

– Que estupidez virmos até aqui! disse, e<br />

contrariado!<br />

– Você sempre reclama da mesma forma,<br />

responde ela.<br />

– <strong>Não</strong> podíamos enviar uma fórmula para<br />

alguém analisar e dar a pista certa, vai ver. .. aí não temos<br />

que enfrentar essa filna!<br />

– Que isso, amor! Até parece que tu não se<br />

irrita. De onde vem...<br />

Nisso, tivemos um susto, como era esperado!<br />

Somos surpreendidos por uma energia que acontece,<br />

acontecerá ou já aconteceu... seria a presença de Deus??”


<strong>Sim</strong> & não, e acima e abaixo


Os cabelos voando, a silhueta aparecendo aos<br />

poucos. Ao fundo, uma planície avermelhada:<br />

Shaira Shii, a morena tanto quanto<br />

entreparente lingual vitra, ela que possui os cabelos<br />

dourados e olhos de íris indolente amarelada. Seu corpo<br />

forte de guerreira Nó... Sua voz chega carregada pelo<br />

vento:<br />

“A Poesia me dá forças, nela adquiro<br />

instrumento.”<br />

Depois de uns segundos, vira o rosto, inspira e<br />

termina sua oratória:<br />

“Há o Espaço e tudo que Existe, estamos por<br />

aí, seguindo.”


“Meu amado errou em não ser mais claro,<br />

recomeça Shaira a explicação, poderia logo ter dito que o<br />

gênero humano em sua transição pela matéria e expiação<br />

se encaminha para a libertação; o que para nós era a<br />

reencarnação servindo ao ciclo de mortes e renascimentos<br />

físicos, já neste momento decisivo, vai se tornar a<br />

realidade; chagaremos à liberdade, isso sim significa<br />

nosso destino! Ao perder a morada do planeta Terra, e<br />

logo se lançando pelo Espaço na busca do que não<br />

conhecia, acabou por encontrar a si mesmo, e então<br />

percebeu a centelha divina! Nosso filho será um<br />

divulgador, um pacífico e justo ser ao auxílio daqueles<br />

que precisam de ajuda.”


“Assim como vim para dizer que só falam em<br />

discordar e dizer 'não', deixando assim todas as<br />

oportunidades por um bom sim; eu vou recordar um<br />

pouco do que aconteceu, como chegamos aqui; não foi à<br />

toa!”


“Ele me apareceu em algum momento, e, bem,<br />

na verdade, penso agora que foi no momento que devia,<br />

porque já estivemos unidos outras vezes, foi tão bom! É<br />

pela lei da reciprocidade que nos valemos, viemos do<br />

mundo dos terráqueos, eu uma fêmea engendrada ao<br />

modo 'do acaso' e ele um dito 'da Silva', portanto nossa<br />

origem, podem ver, é mais que simples! Jesú mesmo<br />

tendo vivido como um mercenário perseguido e difamado<br />

por esse equivocado chamado Gogh, revejam a história<br />

anterior, <strong>Sim</strong>, ainda assim em sua candura tinha o melhor<br />

lema tribal de que um terráqueo despunha naqueles<br />

tempos, e desde pequeno tendeu a rejeitar os que<br />

adoravam a matéria, os que rotulavam. Como dissera o<br />

Comendador fulano tal, motivo este que, colocando Jesú<br />

na condição de um liberto, o levou também a ser<br />

ironicamente julgado durante sete vezes. Que<br />

incompreendido foi meu querido!<br />

Suas incertezas, medos, eventos<br />

cataclísmicos..... os suplícios de re-harmonia entre<br />

humanoides, as falhas dos que vieram da abundância,<br />

seus conterrâneos que se estabanaram! Ele foi um poeta<br />

que não suportou o Teatro, de desligado que estava. E<br />

quem naquela época que não faltou com a verdade na<br />

ilusão? Esta é uma das explicações mais plausíveis. 'Fique<br />

tranquilo até que se prove o contrário, ele costumava<br />

provocar, OU NÃO SE PODE DISCORDAR MAIS??<br />

Mas ele reconheceu que os antigos humanos<br />

tinham tantas habilidades que nem se voltaram a dominálas<br />

por conta de caprichos raivosos, coisa de uma estirpe<br />

mal distribuída. Que habitava nessa renovação moral? Ou<br />

era mudança democrática? Uns milagres? Parece que


perderam a dignidade lutando e usando muito o corpo;<br />

estiveram também amando demais sem verificar, sem<br />

utilizar o que há de espiritual em si; eram tão jovens, tão<br />

plurais. Se conheceram ali... em qualquer canto, nunca<br />

dariam certo juntos lutando com pontas de facas,<br />

avisando em diversos atos que havia muita distração.<br />

Nossa geração humanoide advém da matéria<br />

esclusa e de crias sem muito desejar fora do que fosse<br />

carbono, bactéria, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio,<br />

fósforo, enxofre ou autoimolação – afinal, que é bonito ou<br />

feio senão mesmo uma questão de enquadrar modismo<br />

imposto!? Queria você uma criança para ensinar assim: 'É<br />

livre para você'. Mas trazer uma alma à matéria é tão<br />

complicado, por isso somente no momento certo<br />

aconteceria!<br />

Após a sublimação, já não pertenço a nada,<br />

apenas às Guardiãs e nossa missão. Nós guardiãs<br />

aprendemos que temos que ficar atentas. Mas também,<br />

quem sou eu se nem de um eu me valho! <strong>Não</strong> teimo nisso<br />

de lição de moral, é só um palpite intuitivo. Com os<br />

sentidos cerrados nada se conserta, ria sim mas com o<br />

dever já cumprido (...)”


“E que houve no Portal de Milarepa, Jesú???<br />

Boiou? Ainda me pergunto, mas dessa resposta nada me<br />

fartarei, é tua mente a semente e a fertilização assistida,<br />

sigo nessa espreita, até voltei ao portal bem depois de<br />

tudo para ver como eram as condições lá, fui apenas de<br />

passagem, planei para ver se tinha alguma pista das tuas<br />

atividades. Mas ouço em meu ouvido só uma música<br />

suave cantando com essa letra: 'O Sol é nosso amigo,<br />

dependemos dele, talvez seja mesmo o Sol como o<br />

verdadeiro Deus'<br />

Sou atingida por uma Voz. Vem diretamente<br />

para minha consciência. <strong>Não</strong> me faz caso, seria um eco do<br />

teu pensamento, meu amor? Era dessa forma:<br />

– Saí pelo... fio tênue que mantém o equilíbrio<br />

dos planetas e suas órbitas, rotações, o que seja<br />

Ouço graças também, como referências, e<br />

continua a Voz, agora desenfreada, aos gritos:<br />

– ...o povo nunca cansa de repetir (...)


Eu berro que não importa o que pensem, Deus<br />

dá 'aquela moral' sim, mesmo sabendo que não estamos<br />

prontos; entretanto, sei muito bem que não Lhe somos<br />

gratos como deveríamos; e, pensando bem, quem daria<br />

asa para cobra ou filhas e filhos que não voltam a lares?<br />

Ele dessa forma não acharia um amigo ou ajudaria casais.<br />

Que os humanoides fazem, então? Olham? O calor da<br />

ansiedade cozinha? Peçam paz, pela harmonia!<br />

E novamente a Voz que sai do portal nem liga<br />

para o que digo... como se estivesse me provocando:<br />

– É ainda por cima cínica e despretensiosa!<br />

A Voz se a quieta enquanto estou perplexa...<br />

para dizer, finalmente:<br />

– Isso, jovem, zomba de mim com essa Moral e<br />

nem me dá direito de resposta... se não dialoga... Já sabe!!<br />

– Se não dialogo, mista demais.... chego<br />

espectral no que era de mim.. . . eu tento responder.<br />

– Então renuncia sua personalidade?<br />

– Desde o começo! Vim para esta vida mostrar<br />

isso!!<br />

– Veja que uma responsabilidade não é por<br />

acaso, pois que tenha certeza do que faz, volta a Voz a<br />

proferir. Até dentro do caos da aleatoriedade da que veio,<br />

continua, até ali há função (...)<br />

– Espera! Deixa eu te falar............<br />

– Pense em quem peca, e se usa. Nada basta se<br />

só você entender, ajude quem puder.<br />

– Tudo bem.<br />

– Agora continue! Há o porquêee (...) Some a<br />

Voz em minha cabeça, eu reflito.”


“(Iuummmmnn...) Ouço esse som e dessa<br />

forma vou aos poucos voltando do transe, reconhecendo a<br />

turvação normalda viagem de volta do portal,<br />

corriqueiramente a abraçar a realidade extramaterial...<br />

assinalando. Sinto que não morri, apenas veio esse som,<br />

esse iummmmnn e me salvou. Ou não, pois... tontear<br />

engana! Lá pelos fios tênues (ao volante, velocidade,<br />

inconsequência), perto do impulso primitivo (a<br />

redescobrir) o que farei.<br />

Ser e Pensar ficam sendo só como detalhes,<br />

bem como também escrevermos conjecturas para as<br />

Energias e Lidas. Concordo que (com o) fundamental já<br />

viveríamos, mas pensar em mais invade a mente<br />

humanoide. Então, o que me dizem? É verdade ou não o<br />

que já concluíram por vocês mesmos? Ou poderia?<br />

Digam!<br />

Um ideal hoje, outro amanhã, e assim<br />

caminham muitos seres até que se perdem em anseios e<br />

cometem loucuras ou travam! A dialética é a solução de<br />

suas sanidades; digo, o caminho para o entendimento, a<br />

pacificidade, algo para unir bem-estar, a pureza das ideias<br />

e ações. Sem comunhão não há humanidade ou respeito.<br />

Sem humanidade não há Humanidade. E sem<br />

Humanidade, não há nem humanoides, nisso de nosso<br />

depois (...)


Ouvi repetirem pelas raças da Terra, muitas se<br />

diziam atuais, porém somo a esses detalhes que o<br />

isolamento e o individualismo afastaram o progresso dos<br />

seres, mas então... eu deveria preferir não interferir mais,<br />

só respeitando e transcrevendo? Seria muito descaso e<br />

falta de carinho, não sou assim.<br />

Uma guardiã em eras passadas viria vestida em<br />

pele de onça, desvairada ao sentir as máculas<br />

individualistas indisciplinado o esplendor bilateral dos<br />

humanoides... repudiando tantas distrações em banhos de<br />

vinho rosado... Sofrem as a guardiã nas águas dos<br />

líquidos ilusórios, nos líquidos dos mares, sem entes, sem<br />

estar amarrada no espeto... (Iuummmmnn...) e nunca<br />

pronta para dourar um pouco antes de ir parar em uma<br />

caldera.”


“Desmemoriada e com o tradutor quebrado, já<br />

havia um período em que pouco sabia detalhes destes<br />

meus órgãos sensoriais, é... como funcionavam. <strong>Não</strong><br />

entendo o que tem passado depois do que relatei, hã, e<br />

estou a falar somente pelo abrasador susto, só! Perdi o<br />

prumo. Estou instável. Dialogar e expor uma opinião a<br />

mais seria censurar; sou eu válida para quê, então? <strong>Não</strong><br />

vamos tentar?? Mas é bom dizer, guiar-se pela intuição,<br />

não importa, importa sim alguma consequência. A ajuda<br />

sempre demora a chegar nestes locais desconhecidos e tão<br />

polvorosamente estrelados. Mas que tive essas<br />

lembranças, ah tive! Foi quando me cansei, e<br />

desmemoriada senti as coisas a seguir, que uma 'anã<br />

amarela de nome Nova surpreenderia olhando o<br />

horizonte. Climas áridos fazem isso se estamos em<br />

mundos de ilusões delirantes, e nenhuma guardiã<br />

estivesse em paz! Será que nada sobraria para falar? Por<br />

que só se pode pensar e maquinar??'<br />

<strong>Não</strong> sei, talvez tenha tido só problemas com a<br />

pressão atmosférica, essas firulas que desnorteiam a<br />

gente. Pouco oxigênio deixa qualquer uma mal. Preciso<br />

juntar as peças... já que deliro.. virtualmente longe dos<br />

povos da Natureza e sua calma...<br />

Ossos finos como vidro, assim eu sinto, e<br />

dobro de peso. É lá e cá... depois dessa... será?...<br />

hibernação... toscamente congelada para longas viagens<br />

ajudando as pessoas... Se eu suportar grandes<br />

deslocamentos... Ao sair do mundo de mentiras; enxergar<br />

através de todas safadezas que contamos a nós mesmas ao<br />

longo dos anos (Veja como agem com a Linguagem!...)


Prudência e combate nas alvas palavras de ordem,<br />

conversar fica estável, maravilha ou não, ainda cabe a<br />

cada uma acreditar.<br />

Só caminho com uma gravidade modal. Qual<br />

substituto neste oxigênio recriado? Glândulas,<br />

respiradores? Suplementos... tudo tão antinatural.<br />

Contém vigilância, nada tem a ver... com Deus. Que ver<br />

além desses... lugares com gravidade semelhante...<br />

Sempre... Vamos nos ajudar!”


“III. Estamos agora mesmo na melhor forma<br />

existencial, a beijarmos a total Paz. Ainda que para isso<br />

tenhamos que passar por situações difíceis.<br />

II. Vidro e sangue nas mãos gastas não me<br />

fazem falhar, pois lhes mostro uma nova versão da<br />

intensidade, a conjunta. Mostro o que perdura!<br />

I. Sobre vidro ou corte com vidro e sangue nas<br />

mãos, cruzando os céus, a libertar os escravos de sua<br />

condição ignóbil...<br />

O poema retroativo que comento acima, o tal<br />

que foi pelas veias de sangue amenizado, este não é o<br />

mesmo que vai e volta ao ser empregado; nem percebe; se<br />

você é um ser empregado, sua mãe é uma árvore; você já<br />

foi como um galho, a folha que cai perto e seca no chão<br />

que o patrão pisará; e depois sua cria se espalhará sobre<br />

os outonos de mais árvores da sua nova terra arada. É que<br />

muitos pisam!<br />

Que comédia gostam os pisadores (versam de<br />

forma teatral sobre Vida e Morte, Justo forçoso, ou uma<br />

equação para Tentativas) Ainda nessa vertente, quem se<br />

acomete celebrando a Vida Real todos os dias? Da conta<br />

geral, é certo que findarão todos os seres sem nenhum<br />

desenrolo, e já encenaram quantas vezes!? Muitas foram<br />

as extinções por um recomeço, muitos foram os<br />

renascimentos, tão poucos os sucessos. Que sou de<br />

humana? Que me faz humana? E gente, como é ser<br />

gente? Como estou então humanoide? Que gênero é<br />

esse?! Preciso tanto abrir meu afago (coração), a ver eu<br />

mesma seu tamanho e doçura... e desse coração amar<br />

tanta gente!


Assim, prometo por todos nós também pensar<br />

na consciência (Cósmica, correção), e concluir que estou<br />

viva, e estamos, além somente de um morrer na equação;<br />

não em invenções, pertenço a Deus, o Todo e a Natureza<br />

oferecida para a gente, ambos indissociáveis no Cosmo<br />

Espaço inteiro Sideral; não mais pessoal, nem exatamente<br />

sentindo as dores do mundo, ó Deus, mas sendo cúmplice<br />

em suas esferas e preces; a força, os poderes, o que<br />

decifrar... é o que digo, de todos os nasceres.”


“Afinal, que é uma mosca-morta? Um<br />

humanoide que pouco move as partes!? Bicho<br />

descansado, frouxo, pensante talvez de vez em quando,<br />

que pena, além tudo fica é burro no que mais a leseira<br />

imaginar. Geralmente, vive sob as asas dos pais.<br />

E existem curiosas invenções aos moscasmortas,<br />

tipo controles remotos acionados à distância<br />

(infindar) Tudo por diminuir a marcha de seu<br />

pensamento. Por fim, vivem parados.<br />

Estou aqui a concluir, juntando os fatos que<br />

tenho, que a bobeira lhes fez representar os próprios<br />

medos em figuras míticas e celestiais, talvez errando pelo<br />

método também... E através das eras, das suas próprias<br />

extinções, propagaram o Medo, e certo acovardamento,<br />

que só gerarem mais inferioridades fúteis. Mas sempre há<br />

uma solução em seus esquemas para se tornarem mais<br />

moscas-mortas ainda, há um elemento secreto comum,<br />

uma chave, aquele genezinho ocasional. É de se desgastar<br />

de tão desconfiável...<br />

Mas que isso, que deu errado mesmo? Como se<br />

chegou a isso? O que houve com os seres humanoides?<br />

<strong>Não</strong> cooperam para o bem de todos, mas sim pela<br />

esquisitice do que lhe pode acontecer; está por aí disperso<br />

e acoado, tendo sua animalesca base firulada... já não há<br />

mais glória, apenas acha que tudo descobriu. É necessária<br />

uma retomada de consciência, reclamar conhecimentos<br />

antigos de união ou prosperidade. Humanoides agregam<br />

valor a tudo, menos à espiritualidade! Menos para um<br />

bom abraço!!<br />

É uma forma de protesto, leiam! Eu não estou<br />

louca nem sou ladra nem perigosa... Confesso o que


posso, faço de tudo contra a estagnação. Mas esse<br />

mundão cansado de se tornar habitat dos frescos, dos<br />

meramente civilizados, porém frescos; isso não leva à<br />

nada não. Nem foi assim com egoísmo que progrediram,<br />

nem vai ser dessa forma que vão perdurar.<br />

Se te roubam os pertences, e quem viu nada<br />

fez.... como reage? E se fosse o contrário? É humano a<br />

passividade? Legal??<br />

Sou humana? Problemas sabemos que todos<br />

temos, queremos ver a apresentação de soluções<br />

dignas........ Porém, sem passarem por corretores<br />

superficiais. Prometam que aqui não se gasta mais, o que<br />

tinha (de essencial) foi feito, virá mais, expressamente. De<br />

agora em diante, (pura, diferente, atemporal) a calma.<br />

Juntos!”


“Trombetas, vuvuzelas, tanto escondendo da<br />

gente com barulhos, esses sons que nos atingem... fazem<br />

o balançar das ideias na nossa cachola zuretada. Sabe,<br />

estar nessa armadilha, digo, fomenta questões sobre onde<br />

buscamos soluções, como quando buscamos<br />

conhecimento. Hoje, daqui de onde me vejo, por exemplo,<br />

penso no tanto que me disseram, e como tardei a pensar<br />

verdadeiramente; graças ao apoio das guardiãs me safei<br />

de muitas distrações. E quanto ao meu amado? Juro que<br />

tentei ao máximo poupá-lo de minhas questões, eu sabia<br />

que ele, como eu, tinha muito trabalho à frente; e então o<br />

tempo correu... pude ouvir, esperar, aprendi com o passar<br />

dos meus dias.<br />

Mas desde o momento em que estive auxiliada<br />

pela boa voz intuitiva, além da calma no silêncio,<br />

desacelerei, e pararam de me perturbar certas, ditas<br />

sábias... teimas! Querem saber como ficaram as respostas<br />

nas questões práticas das religiões hipócritas que me<br />

ofereciam? Ou que induziram a pensarmos da criação sem<br />

sexo, sabe, nos livros intitulados Bíblia. Isso sem falar no<br />

que transformaram a mulher, a grande mãe nesse livro!<br />

Olha, vi em vários locais sua edição disforme (me refiro<br />

também aos títulos apócrifos), é uma mitologia local? Mas<br />

por que não mencionavam os outros continentes? Por que<br />

não uma língua só? Ô, Jesú... se queria poupar tempo e<br />

explicar para os demais, somente isso, mas foi mesmo é<br />

tão rápido, li e reli várias dessas edições, porém não<br />

encontrei o que esperávamos além de indícios.<br />

As tais igrejas de que os vendedores falavam<br />

não passavam de politicagem para controlar a população<br />

naquela época de esculachos; as pessoas não pensavam


por si sós pois a todo momento eram atreladas a<br />

bestialidades, só visavam uma prometida salvação. Isso<br />

nem foi preciso muito para perceber. Além do mais, era<br />

(ou é?) gente normal controlando essas instituições – não<br />

reais santos, nem iniciados ou monges – ou o que seja isso<br />

de santidade naquela linguagem! E por que esse Deus fez<br />

os seres terem cabeças e diante d'Ele sofrer? Por qual<br />

motivo? <strong>Não</strong> é muito oportuno nem real a meu ver mexer<br />

com fanatismos, e infelizmente estão ainda por aí... com<br />

ou sem um Deus punitivo.<br />

Há quem prefira ser ignorante. Talvez seja<br />

uma forma de se manter (um motor); pois eu conheço<br />

uma outra lenda que em dada região existiu um colégio<br />

onde a 4ª série era frequentada por apenas três alunos. A<br />

3ª por dois, já a 2ª por ninguém. E a primeira? Descubram<br />

vocês que lerem isso. Sempre vão existir as peças que não<br />

se encaixam (as natas), e resvalam em fluxos de<br />

possibilidades; o mesmo tanto surpreendeu e abateu<br />

muita gente acerca da Vida e do mundo físico; dirão<br />

também o que lhes acontecerá, caso não busquem ou<br />

duvidem.”


“No Paraíso, ninguém trabalha. É com essas<br />

palavras chamativas que muitos foram enganam. Coisas<br />

do Gogh. 'Só queria poder vivenciar isso', diria o meu<br />

amado... Mas Jesú evaporou por aí, depois daquele sim, e<br />

me deixou seca e surda por um tempo, imaginando,<br />

relembrando. Você e seus estranhos dizeres sobre<br />

divindades de nomes complicados, servidões, poderes,<br />

mundos paralelos, e que sobrou? A memória, a certeza de<br />

nosso depois!<br />

O Mal com seu domínio pela infecção não<br />

assusta mais, a esterilização de males (gerais; a citar...)<br />

virou piada. Gogh vai ter que escolher uma rede diferente<br />

para atuar, se ainda sobrar algum respiro naquele corpo.<br />

Muita ruindade desgasta! Talvez fosse apenas a primeira<br />

exposição, o deslumbramento do inédito e afável (instinto<br />

de morte!?) que o guiou, mostramos com o Bem que<br />

estava tão equivocado. Muda enquanto pode, Gogh!!<br />

Todos te perdoamos.


“Um final apoteótico, infalíveis diversos<br />

personagens vivos e perecendo por romances entre<br />

desculpas e grandes findos diálogos.... É o que pede um<br />

Gogh desses por aí.<br />

Já eu, Shaira, com a força de meu amado, e<br />

pela Paz, peço a nosso filho.... caso se sinta perdido...<br />

Se.... às vezes a realidade e o mito, a incerteza (devota no<br />

caos) te confundir, ame. O Amor reflete. Serei uma mãe<br />

ou vingadora? (Risos)”


“Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh Ouvimos um grito<br />

visceral chegando do mais profundo silêncio da solidão;<br />

vindo do passado, durante aquele rapto de Shaira, em um<br />

sem capítulo por sua degradação (...) Era o que queriam,<br />

mas ela nunca se abateu!<br />

A perseguição pelo que ela representa chegara<br />

a um ponto extremo naquela época. Já não tinham lá uma<br />

sociedade com tantos falsos profetas, ou uma sociedade<br />

sem polícia, em que cada um prezasse pelo todo, por<br />

exemplo; ao azar, comentavam, e também que isso de<br />

sociedade de consumo em que você vale o que você tem,<br />

que sem tua interconexão democrática ninguém acessaria<br />

seus queridos conteúdos não programados diariamente;<br />

sem um reles asteroide infestado de microrganismos de<br />

irmãos nossos em riscas galáxias. A mesma estirpe de<br />

sociedade sem a Deusa Andorinha... S/ outra Era do<br />

Mármore de estátuas e palácios milenares. <strong>Não</strong> tendo<br />

Matusalém ou Enoque; sem gárgulas, caninus, nervous,<br />

rex, tiranias; nem Bardos, recreares, múmias caminhando<br />

pelas cidades; nada do respeito à privacidade alheia...<br />

nem teria voluntário de partido algum; mais ainda sem o<br />

Horóscopo; Ci, a grande Mãe de tudo sem ser vista...<br />

zelando... Sem estabilidade viria pois a aniquilação de<br />

todos os PC's, um baita pulso eletromagnético ou<br />

instrumento de mudança social pela empatia... mas é pelo<br />

nosso bem! Precisavam os seres dessas vastas<br />

necessidades de energia, precisavam se resolver, ou se<br />

munir de sistemas de segurança que lhe reconhecessem<br />

com autonomia? Querem trocas intermináveis de dados<br />

naquela interação entre máquinas e seres da mesma nave<br />

inteligente...? Sofrem por obrigações tolas!.... Aquela


língua intercósmica que facilitaria toda compreensão<br />

necessária, sem bom gosto e prazer... esta foi relegada.<br />

Nada sentir na translação do terno Sol nos faria perder<br />

forças, assim como pensar como seria a nova Puma Punku<br />

de objetos diamantizados; sem cortes ou seres gigantes<br />

que diversas culturas citam como sendo deuses a mente<br />

livre se desenvolveria. S/ esse pessoal faz-tudo que a tudo<br />

de melhor resiste... Cadê teu ouro? Precisamos é de nosso<br />

mundo ao redor das pirâmides, e nossa espiritualidade,<br />

nossa visão pela energia, sem dúvida! 'Era como se,<br />

desabafo, imaginem tais coisas... Isso que é amar (...)'”


“Procurei em todos cantos, mesmo através das<br />

entonações, esmeril até nas vagas opções; qual uma via a<br />

dar pela presença do Divino. Sigo a empreitada dos<br />

vastos, só não me caio por terra, estatelada como muitas<br />

aos olhos que já não sentem como sentiram meus<br />

antecessores, dos que dependiam a si os quatro ventos, o<br />

faz-me rir acaso; não há teclas lá nesse passado, vim<br />

ainda assim precisando de digitação pois só assim nessa<br />

era saberiam dessas histórias, ou que alguém orasse;<br />

como seria fácil só amar, não é? <strong>Não</strong> mais em rodeios ou<br />

mudas desenhadas, o agraciar é o sorriso... que atiça!!<br />

Dou um basta aos artifícios que prejudicam o<br />

que nos faz vibrar!<br />

Busquei tanto que esqueci quem era, disse Jesú<br />

lá quando também preso. Eu digo que tanto como a<br />

paixão de uma existência... com Deus nunca eu nem<br />

ninguém está só e sem afagos; com Ele vou além do que<br />

for sim ou não; eu guardo isso para sempre.<br />

Mas e esses galos na cabeça! São apenas<br />

serviços dos que me pararam por um tempo, mas meu<br />

intelecto se expande, e envio em pensamentos positivos<br />

minha esperança.<br />

Uso já o que sei sobre ser feliz, agora só o que<br />

falta é descansar, esperar por quanto precisar ajudar.<br />

Quero a presença da Vida dada por Deus, dar e receber<br />

abraços após chorar por nós, e a favor de qualquer<br />

ventura.. . renascer todo dia.”


“Shaira já solta no que chamam de vácuo,<br />

dentro de uma pequena cápsula migratória (...)<br />

Ao cabo de três ciclos de sono..... Seu<br />

controlador de bordo ao passar por....... instantaneamente<br />

leva Shaira em direção ao planeta.. . ..., que é o organismo<br />

vivo de...... (...) igual poder que atrai e admira os dons de<br />

cada visitante (...) O controlador continua sem assimilar<br />

algo de inquietante dirigido a Shaira... e ela fica suave.<br />

Passam-se os intervalos de tempo e as explosões<br />

de criação planetária (conhecidos núcleos)”


“Shaira anota, não sabemos quando:<br />

– Em realidade, no nada que afeta não há<br />

lugar para seres equivocados, muito menos dos que se<br />

seduzem pelo pessimismo devoto, descarado; já o nada é<br />

a negação de tudo, muito mais até que, isso sim, que o<br />

pessimismo. Relaxe, não há o Nada.<br />

Incluo pois que saiam incólumes antes de ver<br />

qualquer final que não seja o feliz, seja o seu nunca à toa,<br />

ou o da Mãe Terra, ou de tantos outros Silvas. Ninguém<br />

estará em nenhum vagão dos expurgos bípedes, nem em<br />

naves rumo a, quem diria, rumo a fraquezas. Essas foram<br />

mais incompatibilidades relegadas ao seu embaraço!<br />

Na seleção dos tempos, escolhiam sim os mais<br />

espertos, ávidos pelo Conhecimento, por isso foram salvos<br />

os humanos pela sua criatividade. Agora é a vez de<br />

deixarem de lado o livre-arbítrio e o trivial, e repito da<br />

forma que lembro as palavras dos Jardineiros do Espaço,<br />

de que se sabe que é necessário que as virtudes estejam<br />

incorporadas ao caráter do individuo. Devem, então,<br />

surgir naturalmente, e não através do esforço, como se<br />

fazia nos níveis preparatórios da ascese. Quando socorrer<br />

alguém for uma ação espontânea, não estruturada<br />

previamente, terá sido alcançado esse estado tão buscado.<br />

A disciplina introduzida pelos antigos mestres da<br />

Humanidade já ensinava que o ato de ajudar o<br />

semelhante deve ser tão espontâneo como o ato<br />

automático de retirar a mano ao tocar um objeto ardente.<br />

Chegamos a essa etapa quando nosso orgulho<br />

e nossa soberba sejam dominados, pelo menos em boa<br />

parte. Quem a alcançou SABE que na realidade os atos<br />

positivos que manifestamos não partem exclusivamente


de nós mesmos, mas sim que afloram em razão de<br />

múltiplas causas que fazem com que nossas energias<br />

fluam através de nosso ser. Algumas das energias que<br />

entram na criação dessas ações desejadas são<br />

reconhecíveis, e a elas o individuo se une eterna e<br />

profundamente; experimentamos um sentimento perene<br />

de gratidão, ainda que impessoal e generalizado.<br />

Nesse sentimento está tudo incluído, pois seus<br />

instrutores são todos os seres e todas as circunstâncias.<br />

Neste degrau evolutivo, que é a porta de<br />

entrada na direção das expansões maiores de consciência,<br />

não há motivos para que o indivíduo se orgulhe de si, e<br />

tampouco para que se humilhe. É um ciclo de paz estável,<br />

paz que no entanto não foi buscada por ele. A consciência<br />

da própria pequenez ante o Cosmos antecede a etapa<br />

seguinte, a que desaparecem todas essas percepções e em<br />

que a união é ainda mais perfeita.<br />

Revejo aquele planeta de água inteiro, este<br />

formava um único ser vivo..... Foi ali que caiu pela<br />

primeira vez a sustentação do que veio a ser conhecido<br />

por valores.......... e como se comportavam os tolos,<br />

mentindo para a gente, falando que estaríamos tão logo<br />

todos mortos, ou muito dispersos, nunca saindo da<br />

matéria; e que só restariam humanoides.... relegados.<br />

Os Humanoides, por assim dizer, propuseram<br />

um poema geral para o Universo e o Existir......... Mesmo<br />

sendo ridicularizados perante as outras comunidades<br />

vivas; as comunidades etéreas e as hierarquias adiantadas<br />

não viram ingenuidade, querem é nossa evolução; então<br />

reproduzo o poema, era dessa forma e nessa escritura:


VIDA TUDO DEUS<br />

VALE<br />

VIDA<br />

TUDO<br />

DEUS<br />

VALE<br />

<strong>Sim</strong>! Há quem diga que fofocas nas<br />

comunidades vivas surgiram. Era esperado, fazer o quê?<br />

Tenhamos pena dessas almas! Foram seres que<br />

recriminaram a Raça Humana e sua graça. Logo (por sua<br />

Escrita!) se cansaram dos Humanoides gerais, dizendo<br />

que não se deve mensurar e compactar tudo a esmo; que<br />

se gastam as energias com tolices em vez de agrupar as<br />

experiências pelo futuro. Os Humanoides pediram fé, e<br />

que rezassem juntos. Mas os fofoqueiros se revoltaram e<br />

se retiraram da reunião da Junta dos Planetas, desde<br />

então não batendo muito bem por alegar que a teimosia<br />

assola.<br />

'VIDA TUDO DEUS VALE'.... Favor girar o<br />

poema e escrever em círculo infinito!!<br />

Ouvi ainda um poema mais de humanoides<br />

naquela vez, era este:<br />

'A bem estreita que possamos acreditar,<br />

a caminhada que nós procuramos<br />

com tanta divindade, é amar!'


“Já em outra época, e como em um piscar de<br />

olhos, ouvimos o que Shaira dita, é como um clarão, a<br />

reaparição enérgica nos confins de sua certeza (...)<br />

Ela tem os olhos brancos, raios lhe partem e<br />

aniquilam os ares, tudo está carregado. Volta, gira, dança<br />

e deslisa em si no firmamento que a vê, veja você<br />

também, ela pulsa desde as vontades aos seus cabelos,<br />

flutuando na brisa energética da beleza de todas as mães.<br />

E expulsa, tem a voz insuperável:<br />

“SOOU O RAIO E O TROVÃO, MELANOCETUS<br />

JOHNSONII VIROU UM DIABO-NEGRO, KALOKAGATIA É<br />

SÓ MARTYR, CYNICAL BUSTO PARA ESPELHOS........<br />

CRIARAM ÍDOLOS, CRIARAM O MEDO E UM PECADO<br />

ORIGINAL PARA SER CARREGADO EM CADA UMA DE<br />

SUAS ATITUDES, OFUSCANDO A CRIAÇÃO... E A CADA<br />

HERÓI PETRIFICADO.... KALOS KAI AGATHOS RESPEITA<br />

O PAJÉ QUE LHE ENSINA MAIS, FALAVAM COM OS<br />

ESPÍRITOS DAS FLORESTAS, SANANDO SEUS CORPOS<br />

E TRONCOS, MENTES.... A LINGUÍSTICA LHES<br />

FAVORECIA DURANTE A MANIFESTAÇÃO EM DEUS...<br />

VIA. DESCUBRA VOCÊ, AME DEMAIS, O QUE IMPORTA<br />

É O BEM.'”


“Na planície do planeta dos calmos, este que<br />

parece um Céu, vemos Shaira. Ela caminhava em sua paz,<br />

e tão logo se detém, como estivesse olhando para todos<br />

nós, comenta apenas enquanto a bruma daquela manhã<br />

vai dando espaço para a luz do seu segundo sol, são então<br />

os ares de sua justa boca que percebemos:<br />

– Mas quem ainda não tem certeza? Que boa é<br />

sua companhia, esquecemos as regras impostas pelas<br />

forças equivocadas e suas teimas.... Deve ser encarado<br />

com pena, devemos rezar para que passem por cima dos<br />

próprios erros. Foi redescoberta a Paz!”


SHAIRA APRESENTA OS FOTOGRAMAS RESTANTES E<br />

SUAS GRAVAÇÕES, ELA LÊ ESTES ÚLTIMOS<br />

ARQUIVOS INSULARES DE JESÚ ANTES DE SEU<br />

DESENCARNE


APRESENTAÇÃO 76.<br />

“Discordar e dizer 'não'?”<br />

Mas por quê? Eu, heim. Falo é SIM


APRESENTAÇÃO 77.<br />

“Televisão com cheiro*”<br />

“Enquanto prepara algumas receitas provando<br />

seus temperos, a Gran Chefa de Cozinha dAi Nefertiti<br />

papeia com sua entrevistada, a lerda Haja, como era<br />

conhecida. E é essa que faz uma pergunta capciosa,<br />

desequilibrando a dAi ao vivo:<br />

– Estamos em pleno ar pela TV COM CHEIRO?<br />

– <strong>Sim</strong>, lesa! Todas sabem, toda hora tem que<br />

repetir. A chefa não deixa barato.<br />

– <strong>Não</strong> precisa me dar um fora ao vivo!<br />

– Precisa então que você se porte.<br />

– Mas é uma mega invenção, não vê?<br />

Experimenta, vai, chefa, o nome é bom humor!<br />

– <strong>Não</strong>, doida. Esquece, o público não se liga<br />

nisso. Do que estávamos falando?<br />

– De que 'nada escapa ao olhar de uma<br />

mulher', e como você é seca...<br />

– Mais do que legal isso, tenta escapar lisa a<br />

chefa mais uma vez. - E vamos continuar com essa receita<br />

tão conhecida, ela continua.<br />

dAi pega um pouco de Salta, que por milênios<br />

serve de alimento base polivalente ao povo Gulodiça;<br />

sabemos agora que a Salta é extraída serelepe do solo de<br />

lá, algo como acontece na fabricação da deliciosa tapioca<br />

dos sonhos dos terráqueos! Salta e a chefa como<br />

performance rindo para o público. Que coisa pálida e sem<br />

fermento! A senhorita Haja, bem engraçadinha,<br />

surpreende outra vez e despeja uma jarra de guaraná<br />

encima da mesa, molhando assim sua chegada dAi com o


guaraná e a Salta, brinca a lerda:<br />

– Vamos provar, minha gente!!!<br />

– Saibam que a fome cega o indivíduo... – sem<br />

graça a chefa olha para Haja e tenta achar uma solução e<br />

um motivo para aquilo.<br />

– Viva o Tempo, mesmo a dilacerar estes<br />

alimentos para tua energia e deles nutrir os pensamentos!<br />

finaliza a senhorita Haja. dAi escolhe uma câmera e recita<br />

um velho texto que ela aprendera quando ainda não tinha<br />

posses:<br />

– Bem, vocês sabem, aqui no auditório tudo é<br />

imprevisto para a diversão do público.<br />

– As invenções... Haja corta a onda da chefa,<br />

essas invenções dos povos e eras reunidas retradu... xidas<br />

para tantos planetas e formas de se pensar.... perguntem<br />

se o que a chamada Ciência vai prolongar de juventude<br />

pelo cérebro humanoide!!?? Se estes corpos querem<br />

evaporar... querem o espírito livre, poiseu lhes digo:<br />

COMAM BEM! SELECIONEM!!!! MELHOR NUTRIR QUE<br />

EMPORCALHAR SEUS PERISPÍRITOS!<br />

– Segura a minha mão, Hajinha.... fala a<br />

chefa, parecendo comovida – e a assistente convidada<br />

obedece. dAi continua: – Sente urrar essa sensação de<br />

confiança.... o cheiro dessa iguaria envolve uuuuuuuhn...<br />

satis fac tar... arsenal de substâncias químicas... Legal é<br />

que cada que uma de nós pode manipular a própria<br />

mente. Mas evitando abusos... e pausa, respirando fundo.<br />

– <strong>Não</strong> há temores, fala a assistente, cortando<br />

de novo. É um 'conceito' ultrapassado... esbalda, dAi!<br />

Chega de enrolar essa gente! fala alto, na chamada língua<br />

Extraterrar, para que todos possam entender.<br />

– Falta de tempo para pensar na Vida e se


eorganizar? Dá uma beliscadinha... diz a chefa, sempre<br />

tentando mudar de assunto. Então prossegue no discurso:<br />

TELEVISÃO COM CHEIRO, A MAIOR INVENÇÃO DO<br />

SECULAR! MUITA SALTA PARA VOCÊS!!<br />

Haja ficou só olhando e balançando a cabeça em<br />

sinal de reprovação, e em seguida fala por cima do<br />

sorriso falso da chefa dAi:<br />

– É, dá uma volta no perímetro pra sair dessa.<br />

Rapidamente entram os comercias e a chamada da<br />

emissora:<br />

Ve ndo o prog ram a 'COMiDA ჯ OS DEUSES', da<br />

Gran Chefa de Cozinha dAi Nefertiti, sempre conosco na Gulodiça<br />

E a transmissão segue...”<br />

* Ouvi essa historieta no mesmo mercado dessa região<br />

das gulodices, já em meus últimos tempos de estudo, fui<br />

saber o que acontecia àquela gente para que engordasse<br />

tanto. Soube que era mais do que por reserva de energias.<br />

Espero que tenham tirado boas conclusões sobre suas<br />

manias e ansiedades, ou rido um pouco lendo essas<br />

coisas.


APRESENTAÇÃO 78.<br />

“Programa Trucidadoragens”<br />

“Um dia até saiu uma reportagem sobre um<br />

caso meu, foi em todas as mídias, era assim, segundo<br />

constou na interpretação deles: 'Ao ejetar-se de sua<br />

capsula, e saindo esbanjando que 'O palavrão já existiu<br />

tanto quanto as expressões e descrições chulas, portanto,<br />

respeitadas; a diferenciação ocorre no tratamento e na<br />

malícia', o procurado Capitão de Silva, que também diz<br />

vir até aqui com a pretensão de nos alertar que hoje<br />

temos a libertação, e que tudo podemos, digamos, ao<br />

mesmo tempo; comenta ele da mesma forma que o nosso<br />

livre arbítrio funciona para podermos compreender o<br />

quando; no caso, o hoje é agora, o que há hoje será<br />

amanhã; na medida que nossa percepção seja parcial, pois<br />

a lei da compensação, a lei acima ou abaixo, positiva ou<br />

negativa, tudo isso e mais nos torna atuantes pela<br />

iniciativa; além disso ele comenta ainda que seu filho virá<br />

à vida útil para ensinar muito mais às pessoas, e que esse<br />

filho pertence a um grupo de mensageiros de luz que de<br />

tempos em tempos aparece para certas missões'.<br />

Aqui há um corte na transmissão para as<br />

palavras seguintes de Jesú da Silva, ele mesmo em<br />

depoimento gravado:<br />

“– Acho que a propaganda fez melhor que muitas<br />

das minhas explosões e perseguições, aí sim. Quero ver a<br />

superação, só mais (...)<br />

Agora devo me calar, repito demais, por essas<br />

e outras é que me chateiam. Fala o ditado popular que 'se


é mesmo com fome que reclama o chato, repetindo como<br />

matraca que tenho fome, tenho fome, quero isso, quero<br />

aquilo. Se tem fome, poupa a saliva, é o alimento da<br />

palavra.' A fé é na Vida, na certeza, e na partícula.”<br />

A câmera fica paralisada focando o rosto dele<br />

por uns instantes, e então calmamente Jesú se levanta e<br />

sai andando. De onde estava, já não o vemos.


APRESENTAÇÃO 79.<br />

“Cientista Bouca (Tentou na minha cara ser<br />

louca, nem má chega)”<br />

“Vem ela tagarelando, começa Jesú essa<br />

narrativa peculiar de algum planetoide aí e da cientista<br />

Bouca. Era uma figura bem conhecida oportunista. A<br />

memória de seu planetoide se aproxima do colapso,<br />

estando as conclusões embaralhadas... a Bouca então fala<br />

o que pode, já não é a mesma:<br />

– .....pela tempestade magnética ---raios,<br />

trovões ao chegar------ campos gramados e imensidões de<br />

rios lotados de vitórias-régias, espécies parecidas com as<br />

da minha velha Amazônia...... ---- Artificial, extinta, minha<br />

irmã usando aquela vacina injetável de vitaminas para<br />

fortalecimento, e sua dependência contínua, recursa ---<br />

– Ei, eu lembro de você de antes...... responde<br />

Jesú. – Vendia substâncias que deixavam as pessoas<br />

inebriadas por uma meia hora, mais ou menos....<br />

– ------- Êhhta, lasqueira!!---- Era eu, mais<br />

nova!<br />

– Que houve, doida? Além da mudança de<br />

penteado!<br />

– Espera, estou tentando lembrar...........<br />

– Mas como assim?<br />

– ...........até a descoberta feita pela equipe<br />

coordenada pela bioquímica ------ A evolução prometida<br />

por essas substâncias, quando testada nos animais<br />

domésticos como gatos e cachorros, dos mais sociáveis,<br />

felpudos, com garras menos afiadas; bem, vimos que<br />

nunca mais foram apegados ou fiéis aos seus donos; a


finalidade prática da animalidade controlada parece que<br />

se reduz, e o que tenderia a se pacificar, facilitando ao<br />

humanoide em geral------<br />

– Hãn? Como é que é? Você dopava animais<br />

para testes??? Além de poluir pessoas, você.....<br />

– Partindo do ponto do que dizem ter dito um<br />

tal de Parmênides, cujo ser é, e o não-ser não é, pois que<br />

temos o que está conosco. A confusão proposta se dá<br />

porque desse experimento ainda não sabemos muito ao<br />

certo... Linda é a vírgula dentro dos conceitos escritos, dos<br />

contidos nos diversos livros do Universo, não é Jesú!?<br />

Dizem que é a como a Filosofia terráquea que... sempre<br />

foi?.... a que rege estas premissas.<br />

– Falam que você é louca mas pelo visto é<br />

mal caráter mesmo. Quando age baseada em<br />

interpretações atazanadas retiradas de livros sagrados, aí<br />

tenho mais certeza ainda. Mas ninguém pode afirmar nem<br />

condenar, como sempre o foi!-------------<br />

– <strong>Não</strong> sou terráquea, mas tudo bem..... Use<br />

outros padrões.<br />

– Só se especula-------------<br />

– Ê, me ouve não? Como sabe?<br />

– Espero que pare com tais experimentos.<br />

– Mas acorda. É só PALAVRA, seu pensamento<br />

e reflexo. Só se reconhece a VIA. Vou lhe dar um tapa pra<br />

ficar mais esperta!!!!<br />

– Vi seres sofrendo, ou acha tudo isso normal e<br />

necessário quando preciso? Hein, Bouca??<br />

– Onde foi isso?<br />

– Vai dizer que o que faz é de boa vontade??<br />

Os animais não falam...<br />

– Eu te digo que as escavações e as caças


foram apenas para adicionarem os nomes das vítimas aos<br />

seus de batismo, funciona assim para quem caça; recursos<br />

sempre cifram OUROS, naturais por natureza, seres,<br />

escravos..... tudo que possa fazer naves, remédios,<br />

substâncias para atenuar dores...... Chega de comoção,<br />

essa é uma bobeira; já se houve muito antes da gente......<br />

Trouxeram as doenças e bactérias, geraram a falência de<br />

toda e qualquer compaixão... pelo agrado geral. É por isso<br />

que existem invenções, isso mesmo! Em contrapartida, a<br />

alta de praticidade......... ----------<br />

– Claro, e você segue o caminho trilhado em<br />

época inominável... conheço um pouco disso nos discursos<br />

partidários, cruz-credo!<br />

– <strong>Não</strong> zomba, nem sabe em que dá!<br />

– Eu não zombo nada pelo visto, estou só te<br />

ouvindo, mas você em nenhum memento escuta o outro<br />

lado dessa coisa toda.<br />

– Eu conheci sua Shaira, em seu povo havia<br />

mais gente cultuando o Fogo. Ela gostava da<br />

contemplação, das visões, esclarecimentos, do calor<br />

interno----- Ela viveu até em colônias, vielas, cidades<br />

inteiras por juramentos---------- a impulsionar corpos<br />

vestindo pele de jaguar frente ao --- suor. Muitas<br />

mulheres bípedes cobertas de joias do povo dela queriam<br />

o mesmo. Grandes salões luxuosos repletos de rubis,<br />

pérolas. Sua classe ao contemplar esses personagens<br />

míticos e as algas azuis semeadoras de oxigênio era<br />

genuína; igualitárias no Fogo, diversas raças se uniam só<br />

para atiçar o senso comum... traziam em si pura Vida....<br />

Então Shaira não foi culpada em nenhum momento?<br />

Vocês dois se acham demais!<br />

– Nunca a vi persistindo, Shaira vem de uma


meta de nunca maltratar, e, mesmo assim, a pele do<br />

jaguar é doada por suas instrutoras Guardiãs mesmo antes<br />

de seu nascimento, em agradecimento à Natureza, da<br />

mesma forma as pérolas são. São dádivas!!<br />

– Mas....<br />

– Formam a cultura das Guardiãs. <strong>Não</strong> foram<br />

fases..... fases de momento, nem caprichos. <strong>Não</strong> ataque a<br />

gente, quero te mostrar que você pode se regenerar. Te<br />

trago um regado---------<br />

– Claro, já vi daqui. Me deixe, quero saber não,<br />

vou é embora dessa conversa!<br />

– Você é uma mãe também, esteja pronta.<br />

Virá!<br />

– Daqui a tantos anos.... Ahãm<br />

IMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM<br />

MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM<br />

MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM<br />

MMMMMMMMMMM<br />

A transmissão se perde inesperadamente.


nós”<br />

APRESENTAÇÃO 80.<br />

“PirΔmides pelo mundo.<br />

◊ Pirâmides entre<br />

Este é um capítulo à parte falando de como<br />

foram encontradas pirâmides em outros planetas e seus<br />

respectivos registros em desenhos. O paredeiro dessa<br />

apresentação é desconhecido


APRESENTAÇÃO 81.<br />

“O Mundo das Moreias”<br />

Mesclas de todos os tamanhos e escamas, são<br />

múltiplas as cores que dominam os mares com suas<br />

irritadas assassinas de pequenos peixes atomificados!<br />

Chegaram e disseram que nos registros 'aqueles'<br />

que seria incluído o capítulo da cara versão da história da<br />

Ilha do Doc. Mourreu, ou o Mundo das Moreias, e que se<br />

substituiria por outro nome se fosse exibida na Terra;<br />

haveria igualmente muita explosão e disfarces sensoriais;<br />

novas espécies dominantes melifluiriam vindas dos fungos<br />

que surgiriam dos desgastes.<br />

É de se esperar que na ilha ocorram muitos<br />

beijos gerais e sejam vistos casais unificados aos pedintes em<br />

transição; classes de expurgos em tamanho secular<br />

apareceriam, além dos seres horripilantes das profundezas<br />

aquáticas de alguma evolução tresloucada desde um<br />

meteorito musguento que caíra ao acaso e na derrocada dos<br />

posteriores humanoides, tão involucrados às eras e tropeços<br />

seus; seguiria o surgimento no clarão do destino do melhor<br />

metal a se dobrar às vontades criativas; muitos aspirariam<br />

gases quebrifatos maquinados em poluições, e... já sem<br />

dentes, até pelados... nos abrigos forçados por estufas e<br />

incubadoras de doenças, couraças, infecções... bem, as<br />

pessoas não entenderiam a si mesmas. Agonizariam estes<br />

seres!! Fixariam seus olhares por demais desidratados,<br />

famintos, sem... ☼<br />

Vejo mais nas Moreias...... é por definição um<br />

abatedouro, e ainda acham isso sua glória, embutida na


crônica que lhe realça, assim clamam. A princípio só<br />

existiam os seres tipo 'crustáceos' (Para terráqueos essa é<br />

a melhor referência que se pode dar, já que os padrões<br />

daqueles seres estão além de qualquer compreensão...);<br />

existiam também os invertebrados....... ou seres naquelas<br />

carapaças duras......... mas nem em meio de sal, nem<br />

vaga-lumes, lulas, gosmiantes e peixes de luz... Apenas<br />

não se desidratavam, devido ao exoesqueleto..........<br />

apresentavam dois pares de antenas....... brânquias......<br />

olhos compostos que se moviam para um melhor<br />

comodismo.......... Muitas das citadas Ciências Vãs<br />

experimentaram e ali fizeram seus testes acelerando as<br />

metamorfoses desfocadas, ora pensando em como<br />

inutilizar alguém, seja atribuindo novos aspectos às<br />

larvas............ ora pela imposição da total tristeza. Havia<br />

também o grupo das Lesma$ que não suavam, porque<br />

eram caranguejos sutis (e de tamanho equivalente ao<br />

coeficiente humano); elas queriam remodelar suas<br />

moléculas para ficarem igualzinhas às moléculas de água,<br />

só que nunca coexistindo de forma elementar. E por aí<br />

vai, né!<br />

Entenderam como era no Mundo das Moreias?<br />

Mais ou menos, não é, pensem em como ninguém quer<br />

pôr o seu na reta e ajudar quem sofre. Ai, ai


APRESENTAÇÃO 82.<br />

“Oração”<br />

Fala Shaira, Guardiã da Palavra<br />

“Espaço!!! Estas foram, de todas, minhas<br />

melhores palavras, observações e definições de seres<br />

seculares... Vida! diz a bela Shaira. Aprendera essa<br />

saudação na maior saudade, um senso já devastado,<br />

durante uma reunião de raças; lá inclusive lhe contaram<br />

alguns detalhes da tragédia dos Humanos e seu início,<br />

além de como funcionava o planeta Terra, lar de<br />

expiação. Eis que quem entrava na Terra era iludido com<br />

as percepções, continuando a zerar-se a cada período de<br />

fertilidade do planeta, ou seja, de tempos em tempos tudo<br />

mudava para que o recomeço seja digno. Um dos únicos<br />

empecilhos eram as mentes equivocadas que carregavam<br />

as memórias das proles humanas com teorias e<br />

explicações atazanadas para que acreditassem que o afã e<br />

a perseguição se valessem com a gentileza forçada, esta<br />

que é de se reprovar! A boa vontade salva da ruína poucas<br />

coisas...<br />

Shaira agora lê uma das poucas lembranças<br />

boas que o seu tempo físico presenciou na Terra. O nome<br />

é 'Oração da Deusa Andorinha':


Deusa Andorinha,<br />

Algumas boas Guardiães sabem, até redigem<br />

Há quem sisme com a plenitude nomeada e o<br />

que não alcançar<br />

É a gente humana repetindo!<br />

Querida amada, mas do fundo intacto da<br />

Floresta das Eras<br />

É pelo descuido do rebanho que nos ouça,<br />

rainha zelosa<br />

A gente humanizada se acha tão somente como<br />

filhos e filhas do erro<br />

Rezamos pelo entendimento e pelo que o Amor<br />

salva!!<br />

Agora, finda tanto, do assovio a planta revive na<br />

justa paz, vamos ouvir:<br />

Eu me questiono. Sou músicada!!!!!, ela grita, e<br />

o canto comove por toda parte<br />

Acontece que percebida a Beleza, grande obra<br />

Vida, apenas saudamos!


D e s f e c h o


Vocês devem ter concluído que na primeira parte<br />

o filho do casal ainda viria, e que na segunda a criança já<br />

nasceu e está conosco. Shaira por fim termina a leitura das<br />

memórias de seu amado com a consciência leve por terem os<br />

dois conseguido o que seu destino ditara. O que é ela fala<br />

nos textos a seguir vem de sua percepção sobre o que<br />

presenciou em vida.<br />

Depois da tríplice vida física por eles recorrida,<br />

fundem suas essências no que há de mais belo e altruístico,<br />

que é amar; depois, já imersos na Luz, por tudo o que há,<br />

podem enfim partir quando for a hora. Vemos então as<br />

palavras deixadas por Shaira, vamos ler juntos:<br />

'Deus não te abandona, mas você sabe no que<br />

erra; reassuma-se enquanto existir, veja a si, encontre você<br />

mesma(o), solte-se deste corpo pesado em seus atos, a<br />

matéria e o apego não são nada, nem servem de<br />

comparações, não há nem Tempo. Somos ainda<br />

representações.<br />

O Ser busca uma criação de ídolos e heróis, mas<br />

sentir Deus é a única verdade. Há Deus. Precisa você refletir<br />

o que foi, quer em umas necessidades aqui, outras ali, mas<br />

lide com o que os mestres do passado registraram,<br />

aperfeiçoe apenas as boas mensagens; medite, esteja leve.<br />

Que não existe Ser estagnado, o Tempo é uma promulgação<br />

do que permitimos. A vinda de mais seres para nossa ajuda<br />

é recíproca e de intuito evolutivo, esqueça o que for<br />

distrativo. Temos a vida bilateral, tamanha e cíclica,<br />

quantas vezes se lembrou de reencarnar? Ou nem acha que<br />

é possível?


Sofre, se confunde, pede; saia de si, sua reflexão<br />

é a Vida, somos em Deus, na Luz, na Vida, Amando.'<br />

Agora vamos rever algumas palavras do Jesú:<br />

'Sendo o mundo material apenas um recanto de<br />

prova e expiação, como nos informam, a seu devido dia a<br />

dia, por tantas formas, devemos portanto crer na fé, esta<br />

que nem medimos; vamos juntos traduzindo e tendo cada<br />

vez mais clareza, ajudando quem precisa; sem nós a muitos<br />

ainda não chegaria mensagem alguma!<br />

Pensem no coração da gente, seus dois lados,<br />

dessa união completamente é inundado o Amor. E<br />

funcionamos. Quem como tantos desde as eras longínquas<br />

proferiu suas palavras, colaborou, e, dessa forma, em<br />

cadeia, comungou tanto entendimento... é como chamamos<br />

Evoluir, a Iniciação, para que percebam, desde a veia e o<br />

sangue, existir para amar produz o inteiro sentido dos seres.<br />

Amar nos trará de volta, é o que queremos, e se por acaso<br />

algum de vocês se afastou, espera, respira. E tanto acima<br />

como abaixo, em sua percepção, sentirá a força divina.<br />

Já pensou na Energia? Energia move!'<br />

A seguir uma mensagem do filho deles:<br />

'Uma reaproximação urge, é a intuição, há<br />

muito ansiamos; ver só existe como recurso, como existem<br />

adjetivos, modos... vamos sentir mais da paz. Erigem-se as<br />

palavras e nomes, e mais e mais, comentam que Deus ou o<br />

Cosmo isso ou aquilo. Pensem daqui por diante em mais,<br />

fora de vocês, e por todos.<br />

Muitos vão se questionar: 'Que há no Estalar, na<br />

força que faz que apareçam os núcleos; dizem que começam


como fagulhas ou pequenas luzes, como no início de toda a<br />

Vida, materializada então por tamanha energia; o que está<br />

ali antes do Estalar, antes da Vida? Ante o Verbo há Deus!'<br />

Espera, você deve ir por partes! Existem diversos níveis de<br />

aprendizado, diversas moradas na casa do Pai!!<br />

Primeiro vai o Corpo, que sairá do Meio Comum<br />

e do Desleixo. Segue a Alma, que se extrairá do que for<br />

restando de carne e impurezas, novamente se atraindo ao<br />

Astral. Assim se revelará o Espírito, invisível, inaudito...<br />

caridoso, e a expressão do Todo se fará mais forte... <strong>Sim</strong>ples<br />

será no Entendimento quando você também se for depois da<br />

matéria, mas não existe a morte, esta é uma invenção<br />

induzida pelo medo contra nosso desenvolvimento, contra a<br />

Vida. Mas a Vida sempre vence!'


Shaira fala nestas páginas, conta o que<br />

aconteceu a ela, a seu filho, a seu amado<br />

Jesú da Silva. Esta Guardiã só quer ouvir a<br />

voz do Bem, só quer repassar, e que nós<br />

seres humanoides possamos continuar no<br />

caminho pela pureza, a escutar as<br />

mensagens que chegam através de seu filho.<br />

Shaira pede a Deus que nosso passado<br />

apenas se deturpe às boas novas, às vindas.<br />

O êxtase da vida na carne passara, mas para<br />

muitos ainda perturbam as sombras de<br />

conclusões equivocadas. Como dar um<br />

jeito? Acreditando em si e tendo fé? Vocês<br />

já sabem.<br />

Shaira tem nas mãos as façanhas<br />

perdidonas do Capitão da Silva, que tempos<br />

atrás foram deturpadas por forças do Mal,<br />

vindo a ser chamadas de histórias<br />

desvairadas e publicadas como folhetos<br />

infantis sob o título de <strong>Sim</strong>, e essas toscas<br />

reviradas foram mostradas ainda por cima<br />

para uma galera pouco atuante, trocando<br />

ideias por tolices, cheias de incentivos a<br />

vidas desperdiçadas!!!<br />

Dentre um dos últimos registros, está o que<br />

Jesú adverte para 'Quem tiver por esta<br />

tradução algum agraciar, quem preferir as<br />

decodificações às irrealidades, que duvide<br />

conosco. Só Deus seja louvado! A paz esteja<br />

no meio de nós.'


A primeira parte deste livro mostra como foram<br />

publicadas as memórias póstumas do Capitão Jesú da<br />

Silva. Seus escritos haviam sido alterados por um tal de<br />

Gogh, inimigo do Bem, e postos alguns ao público sob a<br />

forma de quadrinhos infantis. Jesú havia deixado<br />

instruções para seu filho com Shaira. O menino está aqui<br />

pela salvação do gênero humanoide. O destino promulga<br />

que somente tempos depois Shaira encontrará uma terça<br />

parte do conteúdo original, que veremos no segundo ato<br />

deste livro, já narrado e comentada por ela. Deus é por<br />

nós!


Capa de Marília Veloso (instagram.com/azingara_)<br />

Originais produzidos entre 2010-13-14-15<br />

<strong>2016</strong>, <strong>Paulo</strong> <strong>Vitor</strong> <strong>Grossi</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!