Sim & Não (Parte Dois)_Paulo Vitor Grossi (2016)_
Shaira fala nestas páginas, conta o que aconteceu a ela, a seu filho, a seu amado Jesú da Silva. Esta Guardiã só quer ouvir a voz do Bem, só quer repassar, e que nós seres humanoides possamos continuar no caminho pela pureza, a escutar as mensagens que chegam através de seu filho. Shaira pede a Deus que nosso passado apenas se deturpe às boas novas, às vindas. O êxtase da vida na carne passara, mas para muitos ainda perturbam as sombras de conclusões equivocadas. Como dar um jeito? Acreditando em si e tendo fé? Vocês já sabem. Shaira tem nas mãos as façanhas perdidonas do Capitão da Silva, que tempos atrás foram deturpadas por forças do Mal, vindo a ser chamadas de histórias desvairadas e publicadas como folhetos infantis sob o título de Sim, e essas toscas reviradas foram mostradas ainda por cima para uma galera pouco atuante, trocando ideias por tolices, cheias de incentivos a vidas desperdiçadas!!! Dentre um dos últimos registros, está o que Jesú adverte para 'Quem tiver por esta tradução algum agraciar, quem preferir as decodificações às irrealidades, que duvide conosco. Só Deus seja louvado! A paz esteja no meio de nós.'
Shaira fala nestas páginas, conta o que aconteceu a ela, a seu filho, a seu amado Jesú da Silva. Esta Guardiã só quer ouvir a voz do Bem, só quer repassar, e que nós seres humanoides possamos continuar no caminho pela pureza, a escutar as mensagens que chegam através de seu filho.
Shaira pede a Deus que nosso passado apenas se deturpe às boas novas, às vindas.
O êxtase da vida na carne passara, mas para muitos ainda perturbam as sombras de conclusões equivocadas. Como dar um jeito? Acreditando em si e tendo fé? Vocês já sabem.
Shaira tem nas mãos as façanhas perdidonas do Capitão da Silva, que tempos atrás foram deturpadas por forças do Mal, vindo a ser chamadas de histórias desvairadas e publicadas como folhetos infantis sob o título de Sim, e essas toscas reviradas foram mostradas ainda por cima para uma galera pouco atuante, trocando ideias por tolices, cheias de incentivos a vidas desperdiçadas!!!
Dentre um dos últimos registros, está o que Jesú adverte para 'Quem tiver por esta tradução algum agraciar, quem preferir as decodificações às irrealidades, que duvide conosco. Só Deus seja louvado! A paz esteja no meio de nós.'
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Avisa o autor: “que não seja este relato apenas por<br />
uma leitura agradável e distração sensorial.”<br />
Humildemente… se este
“S i m & N ã o”<br />
( P a r t e D o i s )
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|não..| |sabe!?|
“Estudem a história das<br />
culturas antigas. Os povos<br />
antigos deixaram<br />
testemunhos de silêncio<br />
interior, esplendor, graça e<br />
beleza, enquanto as nações<br />
do futuro deixarão apenas<br />
traços de pragas e morte.<br />
Cada nova geração<br />
desenvolve armas mais<br />
terríveis do que as anteriores<br />
e não (a ti) podem impedir<br />
que isso aconteça, pois eles se<br />
tornaram escravos do<br />
próprio medo.”<br />
(Nostradamus)
Assim como na Parábola da Vida e Obra, ou mesmo pela<br />
sua iniciativa, quer dizer, comentava Padmasambhava que<br />
a mensagem é passada através dos Tempos, apenas se<br />
deixando às pessoas, e que também a palavra vem no<br />
intuito justo de lhes presentear, isso a quem queira, e as<br />
perguntas que residem na alma: 'O advento do Medo só<br />
retraiu os seres, subjugando suas atitudes a patamares ou<br />
êxitos não alcançados, a não-logos? E qual importância<br />
confere o Cosmo? Ou: Saber é mais do quê?'
Este prefácio enfim foi sugerido, e escrito<br />
posteriormente, pois parei de trabalhar esta obra (<strong>Parte</strong><br />
<strong>Dois</strong>) e me dediquei a pensar sobre o que já fizera no<br />
título anterior (<strong>Sim</strong>, Ou <strong>Parte</strong> Um) Bem, este prefácio<br />
trata de detalhes que talvez não ficaram claros de cara no<br />
esboço anterior. Mas o Tempo teve seu curso definido. Foi<br />
difícil, já que o computador, a Rede, os livros, a Música e<br />
os Porres D'Ego me afastaram da meta, e tudo isso me<br />
afastou do que devia; me afastei tanto que só após um<br />
longo enxergar (pelo efeito de inspiração e expiração) é<br />
que vi o que devia, ou o incio desta jornada. Foi só assim<br />
aos poucos que elaborei a crítica dos meus livros já<br />
lançados no período em que a densidade das conclusões<br />
reinava no que via – que havia (em si) dito? E como<br />
corrigir meus erros? Então agora venho com a conclusão<br />
do que se passou com a alienígena Shaira Shii (Shayra, ou<br />
Xay'Ra são as grafias incorretas), ela que tenta interpretar<br />
o fenômeno da Vida. Mais uma! Ela que tem tudo de<br />
humanoide mas nem um pingo de piedade ao ser explícita<br />
– e muito menos uma crença ilusória. Só quer ajudar! Mas<br />
há quem não deixe.<br />
Entrementes, ela realmente passou sua essência (luz) a<br />
uma criança, vista igualmente bípede, e alienígena,<br />
portanto, um ser híbrido. Uma nova alma para nos<br />
ensinar, outro mestre, que quer o senso comum que seja<br />
outro Jesus!<br />
Há de se elucidar a questão heroica de seu gesto<br />
benevolente – e sobre ler e meditar acerca do futuro da<br />
Espécie Humana real fora das páginas dos livros de Ficção<br />
–, elucidar também como tanto fora feito durante as eras<br />
e extinções em massa; o genro humanoide sobrevive por
meio de sacrifícios; e ficamos com essas palavras – as<br />
palavras sempre foram de se alterar –, palavras escritas<br />
por homens, seres como eu ou você que lê, digo, somos<br />
seres moldáveis. Os seres materiais são o veículo.<br />
Lanço um desafio: quem gentilmente puder, quem<br />
tiver alguma escritura em sua posse, ou algo que o valha,<br />
de fato escrito por Deus (propriamente dito, seja Este<br />
imemorial, seja Ele símbolo, nosso Pai, Pai da Terra e dos<br />
elementos; seja espiritual, seja O próprio Cosmo), que<br />
mostre a mim e a todos, caramba! Duvido que encontre.<br />
Só não me venha com disfarces vulgares, absolutismos,<br />
comércios, e mais tantas religiões aproveitadoras. Sei que<br />
O Eterno apenas é.<br />
O autor aqui prefere acreditar ser Deus tudo que existe<br />
e sempre foi, A Essência, O Espírito, que é A Natureza e O<br />
Cosmo como um todo, que também é O Moldador, 'tudo'<br />
na mesma 'coisa' indivisível... pela Vida. Algo, Tempo,<br />
Lapso, o Núcleo. Mas esta é uma opinião baseada em<br />
observações pessoais vindas de uma intuição. E para<br />
vocês? Falem mais disso! Destas palavras mirabolantes<br />
que apresento dou a cara a tapa eu!<br />
Desejo assim uma vida longa, jocosa, e fartura, paz,<br />
felicidade para a gente! Peço que leiam e busquem e<br />
sintam seus sentimentos. Que com esta narrativa<br />
possamos buscar muito mais
Shaira analisa os últimos registros visuais (slides,<br />
apresentações), o que restara das palavras de seu amado,<br />
o capitão Jesú da Silva, pai de seu filho, o ajudante da<br />
gente; enquanto ela fala, o rosto dele lhe dá compaixão e<br />
harmonia. O que temos aqui ocorre no transcurso<br />
enquanto Jesú envia o único filho do casal através do<br />
portal de Milarepa para reencarnar no planeta Terra, em<br />
um passado antigo em vias de desenvolvimento, e sua<br />
prisão e desaparecimento. Um sente falta do outro, mas a<br />
certeza do reencontro anima seus corpos físicos. Vejamos
SHAIRA APRESENTA:<br />
Ou, se quiserem, leiam assim:<br />
NOTAS AVENTURÍSTICAS INÉDITAS<br />
PALAVRAS A MAIS DO JESÚ DA SILVA,<br />
FUGINDO DAS ILUSÕES DE UMA MENTE<br />
DESEJOSA (EGOR)<br />
APRESENTAÇÃO 26<br />
“Aleph & Aleph”<br />
“(...) a religião nomeada dos mares será<br />
vencida, contra a seita do filho Adaluncatif;<br />
a teimosia e lamentável<br />
seita temerá dois homens feridos por<br />
A & A”<br />
Jesú: “<strong>Não</strong> sei se tenho forças para filosofar, ou algo<br />
mais ainda questiono... reclamar como sempre faço.<br />
Agora já era, tanto tempo por aí e não te dão um pedaço<br />
de fazenda nem pensã de rei? Para quê eu vim? Vim para<br />
listar bobagens como essas.”<br />
“Novamente venho para dizer a todos que as coisas<br />
andam más! E que a comida de certos locais do Espaço é<br />
sofrível, verde nas bordas, como se fosse um suco de<br />
espinafre com farofa de beterraba. Penso nos Alientes,<br />
esse gênero só prefere só os líquidos. E que bom que
sejam exímios colecionadores de quinquilharias; o<br />
comércio (mesmo que para terráqueos, no sentido mais<br />
literal possível, seja o de mais rentabilidade, e não pela<br />
real necessidade) (entre povos) resulta em uma bela<br />
garrafinha de Paraty aqui outra ali, isso faz os Alientes<br />
vidrarem nelas por horas. As doses rápidas em copinhos<br />
de tutano de Lascas, só na pura Lavré Rii, são doses para<br />
esquecerem sua origem.<br />
Peço então minha própria garrafa das mãos do atendente,<br />
para fingir e interagir com eles, e pago o que falta. Nem<br />
sequer molhei o nico. Gosto mesmo é de água! Água pura<br />
e verdadeira. Só preciso esperar um pouco antes de seguir<br />
meu rumo. Os Alientes ficarão por aqui, talvez descolando<br />
uns alucinógenos novos desses otários das Ondas que se<br />
percorrem, tremendo ambas as estirpes pelo solo. É isso<br />
viver? Tudo se concentra no próprio Cérebro & Raios...<br />
que já por estão por se explodir (...)<br />
Olho o balcão de perto, bem facial, porque estou com a<br />
cabeça pendendo de pena, até que percebo o rótulo<br />
imbuído que o atendente me entregou, aparentemente<br />
normal, entretanto... no local onde deveria estar escrito os<br />
ingredientes, havia os seguintes dizeres:<br />
TIQUIRA DE PARA A.... ..<br />
Ergo minha lástima, seguro forte entre as mãos minha<br />
garrafinha pessoal, ela que agora é de veneno de Tiquira,<br />
roxa que nem beterraba, clara igual um babalú de<br />
mandioca e álcool! Até que perco a memória... somente<br />
sobrando o rótulo, o embaçado, a nuvem se desfazendo...<br />
jaz o líquido inebriante no sangue deste corpo,<br />
funcionando aditivado, me envenenaram não sei como<br />
(...) Sorte que sei como sair.”
“<strong>Não</strong> era para, durante o processo da Vida, esta alma<br />
ter virado um homem profético sem seguidores, nem ter<br />
permanecido um boçal ladrão de comida, nem eu ficar<br />
como um arruaceiro do Espaço, usando telas para tudo.<br />
Penso no quanto ainda preciso realizar.<br />
Quem cochicha sobre a da família que tenho e que adquiri<br />
me daria uma lição!<br />
Vide a história toda.”<br />
“Na área dos Alientes muitos sorriem com a lembrança<br />
dos antigos que usufruíam de substâncias que abriam suas<br />
mentes, teimam ainda hoje que isso faz chegar a pontos<br />
desconhecidos; acabam emagrecendo, aceitavam isso!<br />
Porém faziam com cautela e disciplina, até que<br />
inventaram algo chamado MODISMO e os Alientes fracos<br />
transformaram o seu ritual do conhecimento em<br />
desperdício de quantidades.. outro nome para carnificina!<br />
Que legal seria se em alguma parte da vastidão em que<br />
estamos, ávidos pelo Saber, se assim alertar fosse lei!<br />
Que revelador seria se reinventassem a prática teorizada.<br />
A prática ficou para os pacientes, ansiosos por soluções!!<br />
Ou conscientes... Quem fosse contrário, tentariam<br />
eliminar. Deus nos salve!”
APRESENTAÇÃO 27<br />
“Passeio turístico em Io”<br />
“Algum Aliente perdeu a cabeça e simplesmente não<br />
hibernou, estragando 8 anos de pesquisa nos males da<br />
ganância espacial. Daí que sua sonda vagou durante 15<br />
séculos consecutivos (contagem esta aproximada) até ser<br />
comida justamente por Júpiter! E, pode crer, é verdade.<br />
Por isso sempre penso nesse imenso planeta e suas<br />
incríveis luas... a mais fogosa é a amante Io.<br />
Acreditem: para chegar a entrar em Io, você somente<br />
vai conseguir se estiver com uma nave de mercúrio – sim,<br />
a nave inteira, um modelo desses. É difícil explicar! Mas<br />
dá pra imaginar! Imaginar é fácil. Melhor seria procurar<br />
um bom mecânico e pedir um orçamento.<br />
Ouvi falar muitas esquisitices sobre essa lua, não vi<br />
nada de muito inimaginável, nem muitos fedores ou<br />
enxofres, a não ser alguns tipos de amônia ou fósforos,<br />
mas nada dessas paradas a la ovo podre. Muito pelo<br />
contrário. Os fedores nesse lugar caótico e quente vêm da<br />
fumaça e gases liberados a todo tempo. Nada que se<br />
compare ao nosso passado natural. – Ah ninguém tem<br />
noção, na terrinha dos meus antepassados tinha pera,<br />
goiaba, bolo de laranja com açuquinha, café com leite e<br />
acerola do pé regado. A tarde fresca melhorava e relaxava<br />
a alma... Que foi-se. Virar passado é o caminho natural,<br />
vamos aprender aí.<br />
Mas enfim, eu nem de férias mais ou menos penso em<br />
um caminho tranquilamente percorrido pelas vielas de<br />
lava incandescente de Io.<br />
Sigo um letreiro ali, que acomete: 'Por favor, tomem
nota e decidam por si próprios a interpretação, tente ver e<br />
testemunhar de boas... OS HABITANTES DESTE<br />
PLANETA VIVEM APENAS 7 ANOS, NO MÁXIMO!? SIM,<br />
NÃO VIU AINDA? SÃO INCRIVELMENTE<br />
DESENVOLVIDOS E LIGEIROS EM SUAS MISSÕES. EU<br />
NESTA PLACA SOU UM DELES. E VOCÊ? QUER SER? A<br />
BASE DE NOSSA INTELIGÊNCIA VEM DO QUE VOCÊS<br />
AQUI DECODIFICANDO DIZEM HAVER NA SOFIA.<br />
RESPEITEM! ESSA PARADA. RENDE'<br />
Achei engraçado, como tudo nesse passeio. Nisso,<br />
visualizo, e repito por todos nós, já que há bastante<br />
incidência de humanoides por aqui... Que fizeram?<br />
Provável que haja outro letreiro, e, com certeza, vou me<br />
espantar mais uma vez. Diria talvez esse outro aviso: 'A<br />
Filosofia não deve duelar contra as Telas ou contra<br />
Computadores, porque inverteram-se os valores e devidas<br />
utilidades.' Mal acabaria de ler e um guardinha de Io me<br />
olharia. Faria a seguinte pergunta, de tão incrédulo que<br />
estaria:<br />
– E por que veio aqui?<br />
– Como assim, não entendi o questionamento dos teus<br />
comunicadores??<br />
– <strong>Não</strong> sabe que estamos fartos de vocês humanoides!!<br />
– <strong>Não</strong> sou como os demais, relaxa. Além domais,<br />
turismo de olhudo também é gentileza não só no<br />
comércio, até isso deu pra vender! Digo, vocês sabem<br />
vender. Ou entender, certamente...<br />
– De verdade que não me importa. Isso mesmo,<br />
estamos cansados de tantos olhares críticos; nem<br />
traduzindo eu acharia um humanoide legal, e se me<br />
xingar na cara e for para ir embora boladaço, fique com<br />
esse tchau!!
– Eita papo insosso. Te deixo só!<br />
– Vá em paz!<br />
“O que aprendi nestes anos de galáxia é que Educação<br />
pode-se retraduzir por gentileza, já que os povos além da<br />
Terra velha e da nova pouco sabem de refinamentos<br />
emoldurados. Bem, para toda regra existe uma exceção, e<br />
isso já basta... nem sei como ainda disse de novo.<br />
Em muitos recantos me estranhei, evidentemente. Mas<br />
pensem comigo se vocês não acham o que passa na<br />
cabeça da... sei lá, centopeia de fogo que molda o próprio<br />
corpo e vende souvenires do grande molusco geleia de<br />
Sua balofa e suada atitude, e que fala assoprando, ainda<br />
por cima, me digam se não é divertido!? Ah, Sua<br />
balofagem ainda por cima usa farda! Que parece? Que<br />
rara é!? Até para nós, gente que explora; ainda assim nos<br />
espantamos com certas horas doidas. Mas o inesperado<br />
deixa a gente safo nos paranauês.<br />
Dessa forma, atordoado, vejo à frente mais um<br />
amontoado de pobres turistas... Chegara um ônibus!<br />
Desceram, correram para as lojas de quinquilharias nos<br />
branheiros (E se riem! Riem) Aí, fotos! Fazem retratos<br />
para posteridade e para se gabarem. Com suas máquinas<br />
de REG Visual... então, é...? Que pergunta tola eu faria,<br />
estão é perdidos nas possibilidades. Sujam as entradas das<br />
lojas como galinhas terráqueas desaproveitadas e... sim, o<br />
turista idiotizado é agora mais parecido com um nãohumanoide<br />
de laboratório... Maldita hora em que foram<br />
capazes de recriar até o próprio DNA. Claro, a<br />
Humanidade capaz a princípio só projetava seres vivos<br />
por alguma boa vontade. Poxa, todo aquele material<br />
genético ofertado pelo Criador realizando chulas malditas
horas de ensaio, à vera, tarefas específicas às quais seus<br />
autores se diziam melhores, mas só se viam debaixo de<br />
espelhos retroegoístas. Amassaram o papel errado do<br />
rascunho, hein.”<br />
Da Silva assina.
APRESENTAÇÃO 28<br />
“Divinópolis”<br />
“E se quando os primeiros homens humanoides, ao<br />
nascer, eles simplesmente não tivessem essa ganância<br />
pela vida despropositada, pela perpetuação deles<br />
enquanto indivíduos assim de forma equivocada. Se sua<br />
única referência era a sobrevivência da espécie e então<br />
buscassem se reproduzir muito mais do que o devido,<br />
talvez como se no largar de uma corrida ou disputa em<br />
que seu corpo fosse diferente. As próprias doenças teriam<br />
outro padrão, justificando apenas a morte lateral do Ser,<br />
morte apenas material, portanto nem haveria a doença<br />
nomeada ou só a fatídica e conhecida tia morte, sequer<br />
haveria dessa. Por que então preocupar seus melhores<br />
momentos com trivialidades como disputas, ciúmes,<br />
medo? A busca essencial se daria pelo conhecimento<br />
passado logo de geração em geração, somente lutar como<br />
um todo pensante e tendo um ao outro para realizar algo,<br />
seria... legal!?<br />
Mais ou menos assim eram as pessoas em Divinópolis.<br />
Mas sim, está desambiguação, Divinópolis, devo fazer<br />
constar, pois esse nome eu mesmo dei, porque pude saber<br />
que essas criaturas poderosas dali desenvolveram<br />
habilidades que outros como eu não puderam. Por<br />
exemplo, vi rara telepatia; transmitiam pensamentos,<br />
sentimentos e ordens em cadência direta. Digo isso tão<br />
rapidamente pois já conseguem ligar-se e raciocinar como<br />
que numa rede (ou massa) ideal a não conjugar como nos<br />
jogos mentais ex-terráqueos. Em Divinópolis<br />
simplesmente há uma soma de mentalidades, a fim de
entender o que for que cada um tenha que fazer. Daí o<br />
sucesso dos seus deuses, seria a pergunta? Autopiedade...<br />
fala ou resume melhor? Era comum ali; talvez fosse<br />
necessária. E se não te chega mais surpresa, por que se<br />
incomodar com receios? diriam. Veriam o táctil cuidado<br />
se a liberdade, igualmente fácil, estivesse como cega e<br />
enganadora; por minha vez, comento que quem te quer<br />
bem avisaria que é por aí, fique alerta.<br />
Uma vez não sei quem de Divinópolis chegou já do<br />
nada perguntando por que nosso gênero nunca se<br />
indagou como nós humanos do tipo TERRÁQUEO, como<br />
conseguimos viver mudando e pouco habituando-se ao<br />
meio. Mas logo de lá essa pergunta? Respondi que havia a<br />
quietude e silêncio, e que era seguida de outra regra<br />
imperiosa, a do que não existe, muito comentada no Sutra<br />
de Diamante; foi fácil explicar, só não sei se entenderam.<br />
Buda não passara em Divinópolis. Então fugimos da<br />
necessidade em si de rodeios, que busquem mais sobre os<br />
terráqueos.<br />
Mas essa gente era fina, e minhas provações foram<br />
sadias, apesar de tudo! Visitei muitas vezes mais este<br />
grande exemplo de comunhão... Isso exemplifica meu<br />
respeito.”
APRESENTAÇÃO 29<br />
“A Caverna do Rei Morto, Tupac e os Charlatões”<br />
“Corri atrás das minhas próprias pernas mas elas não<br />
eram as minhas, e sim dos Charlatões, quase perco a<br />
corrida. Tive um estranho dia no Além Par, e neste, invadi<br />
à força a caverna do Rei Morto, Tupac. Diziam tantas<br />
vezes a cidadela de Tupac ser impenetrável. É que<br />
estávamos eu e mais um bando de salteadores atrás de<br />
tesouros inestimáveis, e por essa adrenalina passaríamos<br />
por cima de qualquer ladrãozinho de túmulo zé mané que<br />
soubesse das Traduções Indiscriminadas. Isso quando eu<br />
era moleque. Me vali disso apenas por saber que haveria<br />
ali algo dos Mistérios, tão logo soube no sussurro.<br />
Um velho manuscrito roubado por minha amada<br />
Shaira da biblioteca tupacquiana nos guiava; e pela ira<br />
seguimos por selvas, vimos ciclos de selvageria explícita,<br />
passamos por bichos primitivos com quatro braços<br />
desatados sob gorduras... assistimos inexplicáveis<br />
desaparecimentos de pessoas e tantas ratoeiras de salas,<br />
sim, isso existe, e a correria igualmente!<br />
Já dentro da tumba outros mapas deveriam nos<br />
confundir. Adentramos mesmo assim a sala de espelhos<br />
do rei, olhamos diversos cálices comerciais... E numa<br />
descoberta mais sagrada ainda, eu rio, além de acidental,<br />
guardada desde tempos imemoriais, vimos o brinde; sem<br />
querer essa carga espiritual se desprendeu, ali tive então<br />
em minhas mãos alguns lírios. <strong>Sim</strong>, lírios, estalidos,<br />
lampejos, símbolos da realeza Adqui. Os Charlatões, sem<br />
imaginar qual era a espera que suportaríamos, disseram<br />
entre soluços: 'Estamos atrasados. Eu falo de ter... da
efinada e sagrada comunhão. Poder & Dinheiro, que<br />
regra maldita... Se perdemos seu manejo.”<br />
Mas eram fracos mesmo, dava para sacar. Corrigir é<br />
uma vasta análise, se liguem. Mas eis que tudo termina<br />
azul quando os velhos amantes da riqueza ouvem o uivo<br />
do vento e do roubo, e o passado condenando; então<br />
redesenham suas paixões em fábulas, mesmo as<br />
irrealizáveis, isso sabem fazer. São como enamorados<br />
empolgados, que vão liçando tudo que se perde em<br />
fantasias, ora na diversão, também. Quando algo dentro<br />
de suas consciências dizia para voltarem desse mundo<br />
pagão, nunca mais enervando fogueira aos<br />
enfrentamentos de mentes e criaturas sem males... pouco<br />
ou nada mudaram. Foi quando se fizeram ao mar, se<br />
separaram das esposas via distância emotiva, ambos<br />
pobres sem a garantia da posse. Sem quaisquer fumos ou<br />
incensos, urgente era seu porquê; já se imagina como uma<br />
dessas cabeças funciona melhor com mais açúcar dentro.<br />
'Vê porque construímos esse muro sem mais nem menos,<br />
e sem sentido, se eu que só te amei.', diria um dos<br />
charlatões a beira da entrada da caverna saqueada,<br />
pensando em tudo que deixou para trás com aquela vida<br />
que levava. '100 anos de perdão para eles', alguém mais<br />
comenta. 'Que sofrer!', falo eu. E me despeço dos<br />
companheiros de fuga.<br />
Três séculos entre a queda e a chegada da civilização<br />
seguinte, três contagens para crer. 'Mais tarde a<br />
reencontrarei...', estava em um bilhete. A Luz volta, é o<br />
caminho, o que engana é a inveja falante que, também<br />
arruinada por seu turno, só que mais corada que você,<br />
charlatão estilo tolo. Nenhum mortal poderia isso de ser<br />
vitorioso sem saber que existe a falência, não compreende
isso? Que a Poesia não te confunda. Uma hora vai<br />
entender, nem que tenha que ter diversas existências.<br />
Nem que seja estrelando a mais danada ou atraente peça<br />
teatral para representar suas trajetórias. Encontrem por<br />
fim este caridoso bilhete: 'Sobre a Vida, que é mãe da<br />
Poesia.. É dela questionar para que sempre reafirme amála.<br />
É que a Poesia é suspeita de desculpar-se por não ter<br />
dito já de antemão o quando admira a Vida! Quantas<br />
superaventuras testemunham na Existência, querendo.'”
APRESENTAÇÃO 30<br />
“Atraquei em Tera”<br />
“Atraquei em Tera, a ilha. Havia um bocado eu<br />
pensava descansar um ano de tanta carga anterior, tendo<br />
uma casa; até um condenado merece, não é, chamavam<br />
essa condição na antiga Terra de viver como 'cachorro<br />
vira-lata'. E este lugar é perfeito para férias, Tera é um<br />
oásis em meio ao caos que perpetuei, mas que bom o<br />
nascer e a noite, dão os cumprimentos de 'muito obrigado'<br />
ao velho aqui. Todos precisamos de descansamo, gosto<br />
assim de agradecer ao Sol e a Lua!<br />
Então eu relaxava. Mas os assuntos<br />
incompreensíveis foram os que mais me afetaram na<br />
primeira temporada à toa; fiquei boa parte do tempo<br />
pensando, lendo os diversos títulos que acumulara, só<br />
engordei um pouco devido à inércia, dormi muito e<br />
aprendi bastante. Como não morri antes, pensei, fui muito<br />
relapso. <strong>Não</strong> é? Só não ia ser de descanso que sofreria<br />
agora.<br />
Dei uns bastas nas procuras pelos xis nos<br />
mapas e cidades mortas habitadas somente por fantasmas<br />
depressivos. Só queria o paraíso das manhãs em paz... Sei<br />
que sobrevivi porque ainda sou esperto, nunca fui de<br />
inflar meu ego para cada vez mais bem longe, como vi<br />
tantos fazendo... Muita gente vislumbrava e teorizava<br />
acerca do fim de todas luzes. Ao formular minha<br />
catastrófica solução equatorial, sorri, dei boas salvas aos<br />
que tentam ir além. Poetizo por fim: 'Exotérica casca de<br />
isopor, couraça mais que material, ruim de se pegar, que<br />
se desintegra ridiculamente... esta que não serviu muito
para conter todos esses Eus fora do Universo, fora de<br />
tudo, olhando... e pouco sentindo!'<br />
Penso em Shaira, ela sempre volta à mente,<br />
assim como a imagem de nosso filho. Me coço, dá uma<br />
ansiedade... preciso demais da companhia dos dois<br />
novamente, só que não é a hora... Ao menos já não fico<br />
nem cego nem enganado. Ambos nos ferimos pela causa.<br />
Nada menos que uns meses a mais ao lado<br />
deles, é só o que peço antes de partir, quero amar<br />
sentindo gratidão pelo que passou, além de continuar<br />
brincando... Ao preferir a órbita perpétua do Bem, na qual<br />
a curvatura nunca se deturpa, nós no Espaço-tempo,<br />
nossas essências vão se encontrar!<br />
Estranho como o Universo aparenta ser<br />
necessário. Está longe do meu plano concretizar logo de<br />
susto minha missão. Ainda mais se não for para me lascar,<br />
da forma que vou está legal. Tenho que ser paciente,<br />
ressoar grandes temas e ainda inventar a nomenclatura,<br />
vigiar, organizar, tudo isso vai fazer com que acreditem<br />
que a Terra não se bastou; nem seria ali o começo e fim<br />
dos Humanos. O Espaço Sideral como obra de imaginação<br />
fértil foi um engano induzido por gente equivocada, e<br />
sim, meu filho virá para ajudar. O Eterno Divino trouxe<br />
Shaira até mim. Que bom. O Bem sempre vencerá!<br />
Mesmo estando em norte, sul, leste e oeste, o método é<br />
infalível!!!”
APRESENTAÇÃO 31<br />
“Ninkasi”<br />
“Dizia o enunciado: 'Eso en la Antigua<br />
Mitología de la Mesopotamia, Ninkasi, fue 'la Señora que<br />
llena la Boca'. Diosa de la elaboración de Cerveza o del<br />
Alcohol, y nacida de 'Agua Dulce y Brillante'. Es una de las<br />
ocho deidades creadas por Ninhursag para sanar a Enki<br />
(véase Mito de Enki y Ninhursag) Se dice que nació por el<br />
Dolor de Boca de Enki, y Ninhursag declaró que debía ser<br />
la diosa que 'sacia el Corazón'.' Vê não, o escrivão era<br />
hispanofalante, da época do Wiki Grobal.<br />
Mas quero chegar é no conto em si, da vez em<br />
que quase morri em um conforto, envenenado pela<br />
bactéria goghiana com esse mesmo nome, Ninkasi, que é<br />
injetável em vinhos tintos, aí você enxerga.... nem tem<br />
tchã. É você descuidar e se dá mal!<br />
Gogh, nutrindo tanta insânia, subornou as<br />
melhores cabeças do ramo vinícola. De alguma forma, ele<br />
havia descoberto minhas predileções durante aquele<br />
tempo. Era como funcionava a cabeça da inveja e cerne da<br />
perseguição.<br />
Logo que percebi a zueragem; só não via esta<br />
inteligência dele de forma sadia. Sou um cara que estuda.<br />
Sei o que consumo, me previno das indigestões, e nessa<br />
vida tenho que volta e meia carregar uns antídotos, uns<br />
antiofídicos. Fizeram na minha bebida então essa<br />
inserção*, e me pus a correr para conseguir meu antídoto<br />
junto à tribo de Rá – Rá, o Sol, que criou toda uma legião<br />
a partir de suas lágrimas. Seu melhor remédio, o xarope<br />
expectorante de que dentro 12 horas me faria estar
novinho na folha de pago, esse era do bom. Tudo bem<br />
que tive um pouco de medo, eu devia já ter comprado<br />
esses remédios e estocá-los junto das balas de<br />
tranquilizante, vocês sabem, tem uma galera querendo me<br />
tirar de qualquer jogada. Tive medo de me tornar infértil<br />
e tal, mas mudaram o princípio ativo desse remédio! Opa!<br />
Às vezes passa de ter medo. Vou passar vergonha nada,<br />
isso não é legal não. ..<br />
Assim é a rotina no Espaço... cheiona. Eu falo<br />
de quem que não tem vergonha de rir ou chorar, por certo<br />
para o bem e para o mal, arrebentamos com tudo. As<br />
folhas secas, galhos quebrando com as vibrações da<br />
Árvore da Vida são como um alerta, nunca devemos ter<br />
desespero. Nunca autômatos ou infelizes perdendo dissos<br />
ou daquilos; sem sermos prisioneiros nem da gente nem<br />
de mais ninguém; nunca sentados nem de pé reclamando.<br />
Força é o dever! Por isso me safo, sei lá.<br />
E pensei em Shaira, sempre a imagem da mãe<br />
subversiva, como foram aquelas das Galerias (Anos 60,<br />
Século XX na Terra Velha!), ela nas suas roupas escuras e<br />
calças de couro, os óculos de sol. Antes era a alegoria de<br />
sermos desertores do que fosse banal, logo, tão sóbria,<br />
atingiu a perfeição, deu a Luz. Tudo tão artístico.<br />
Ou isso, ou o que entendi! Depois de muita<br />
parada, depois de alguns dias, mandei uma mensagem<br />
assim para ela perguntando o que houve. Seria nossa<br />
hora?”
APRESENTAÇÃO 32<br />
“Sinais, poucos sinais”<br />
“???????, poucos ???? por estas pistas de areia<br />
velha e suja. Lembra um estilo Saara (Terra.. .), mas este<br />
território se chama AriaL'Ha. É mais uma civilização que<br />
se acha perdida e não documentada, das que vi, mais uma<br />
que nem sabem mais o que a detonou (… ) Sigo sem<br />
identificar como foi feito, sei lá, mas aconteceu.<br />
É certo que fui atraído foi pelo campo exótico<br />
gravitacional tão verde e musgo do local; muitas listras de<br />
barro derretido... Mas a ganância me venceu, e cá estou a<br />
vasculhar (risos) novas... OPORTUNIDADES DE<br />
EMPREGO!!! E sabe-se lá o que se pode achar<br />
procurando, se o que perdeu também não faz falta.<br />
Haverão detratores aqui? <strong>Não</strong> importa, a<br />
geladeira dos recursos anda capenga. (Ri mais) Será que<br />
aqui existe uma religião que carrega a multidão? <strong>Não</strong><br />
seria melhor?<br />
Mas vasculho, deve ter sido incrível viver aqui<br />
no ápice; ainda assim, depois de cinco horas e nada do<br />
que conclusões ralas, só vejo um vazio. Olho para a<br />
frente, desanimado, minha face anuncia que muita coisa<br />
existe e dá voltas, é certo. Este lugar já foi Episílon, agora<br />
eu vi, onde tive a vez do meu treinamento ninja. Ficou tão<br />
diferente, estive aqui acredito que pouco antes do começo<br />
da ruína. Uma terra que foi outras, curioso, e bem normal.<br />
Muitos nomes se repetem, deve ser uma mania. Chatão<br />
ver como uma extinção sucede a outra, na Terra cada<br />
uma teve seu propósito. Bem, vou embora. Anotaram o<br />
recado?”
APRESENTAÇÃO 33<br />
“Treinamento ninja”<br />
“Eu também passei por um treinamento. Eu<br />
mais 6 ignóbeis, geral se refugiando das guerras.<br />
Habitávamos as províncias de Episílon enquanto ali era<br />
calmo, quer dizer, éramos cativos que não se davam<br />
conta. O cárcere então abre a mente para os exercícios<br />
físicos. Mas o que aprendi preso não foi só isso!! Envolvia<br />
adaptação, espírito e a perseverança... Tivemos contato<br />
com as artes da espilantragem, infiltração, enrolação,<br />
aprendemos a usar shurikens, bombas de fumaça e como<br />
interpretar livros encadernados criptografados. E até hoje<br />
consigo manejar bem lanças, participar de sabotagens, ou<br />
me defender com armas com correntes e bokens. Até<br />
carrego escondida em uma excelente e eficiente Shikomi<br />
Zue, sabe, cajado Zue de madeira com sua espada<br />
camuflada – tratava-se de uma genuína Katana herdada.<br />
Foi manufaturada pelo próprio Mestre Zen Tal para virar<br />
quase a extensão de meu corpo e mente. Vivíamos sob o<br />
lema de sermos guerreiros do silêncio. Foi uma época boa,<br />
descansei e esqueci das responsabilidades que me<br />
rondariam se estivesse no mundo real e ordinário das<br />
perseguições, isso serviu para tirar o meu da reta por um<br />
pouco.<br />
Aliás, já ouviram falar em 'golpe do cometa no<br />
pescoço que voa'? Aprendi esse, é simular ao efetivar uma<br />
garra com o indicador e o polegar atingindo rapidamente<br />
o pescoço dos outros, é só apertar de uma só vez a fim de<br />
zoar a respiração. Imaginem desorientar o oponente, rir<br />
de sua cara e ganhar alguns segundos de vantagem sobre
alguém buscando o próprio ar, possibilitando uma fuga<br />
sua ou um golpe fatal. Prefiro liquidar sem baixas,<br />
desestabilizando.<br />
Aprendi também a tocar até um instrumento<br />
musical local chamado Episílonômetrus. Foi muito<br />
praticado na época, a curiosidade dava uma moral, e ele<br />
emitia somente tons de ré menor com baixo em Dé. Foi<br />
divertido por uns momentos, consiste, como tudo que<br />
brincamos, feito de ócios. São só lembranças, é<br />
interessante rever nosso percurso.<br />
Ao cair da noite minhas fissuras deixam vazar<br />
muitas outras frases da minha linda Shaira. Passados os<br />
meses de ciclos de treinos, eu ainda jovem fui me<br />
esquentar nas apostas que aconteciam no Rservatório<br />
mais próximo. Perdem suas melhores oportunidades<br />
competindo... Aticei aquela gente perguntando como<br />
reagem a um não. Ando como artista do ócio e do<br />
inesperado, olhando para cima!”
APRESENTAÇÃO 34<br />
Tengu e a droga chamada Nana-Buluku<br />
“'Tengu de peruca atômica explodindo no meio<br />
da selva, coisa de doido vindo das florestas e montanhas,<br />
veio assustando e cuspindo fogo...' Assim começa mais<br />
uma lenda. Leiam isso, acabou, não dá para esconder<br />
dessa vez, nem os incrédulos sabem sua grafia correta:<br />
'Tengu, Rei na Cocada Preta, autointitulado maior mente<br />
daquela organização secreta marcial do Cosmo. Uma<br />
sociedade provinciana que matava por susto ou grito; às<br />
vezes, na besteira. Faria de tudo para que esquecessem o<br />
que era e o que não-era, quer dizer, para os seres. Como<br />
varia, caramba, a imaginação nos conspiradores viventes!<br />
Estou numa hospedaria, organizando as ideias<br />
para como explanar tudo isso. Tive que cortar papo com a<br />
recepcionista porque a menina falava muito, a única hora<br />
que me interessei pelo papo foi quando me indicou essa<br />
lenda. Realmente, já ouvi falar de vezes parecidas,<br />
inclusive de outros no esquema Tengu, mas isso foi há<br />
muito, quando esqueciam até de contar TEMPO. É<br />
provável que algum dissidente terráqueo aportou por<br />
essas paragens e propagou algumas baboseiras... e a<br />
menina, ou quem quer que seja, deturpou, mesclou um<br />
papo ao outro. Mas enfim, estou nessa hospedaria na<br />
zona dos planetas Uisquebaughs, dos Gaélicos. Só parei<br />
para descansar mesmo. Que sina a minha, aqui<br />
bebericando pelos confins, não imaginariam o difícil<br />
sistema atual pela purificação da água. Nem vou entrar<br />
em detalhes!
Depois de acordar, fico matutando. Quem me<br />
dera ter poderes como os de meu filho. Ao menos ajudo<br />
como posso! Antigamente, devido à má alimentação, as<br />
pessoas eram mais presas a visões, e diziam que seus<br />
senhorios, propensos chefes ou detremens sabiam a<br />
capacidade de mudar de forma, além disso, sabiam do<br />
ventriloquismo, teletransporte e a habilidade de penetrar<br />
no sonho dos mortais singulares, durante os<br />
desdobramentos. E isso fazia com que tanta gente boa se<br />
deixasse subjugar! Quando eu era menino, tive acesso a<br />
uma boa biblioteca, talvez por isso quis ser como o<br />
Aventureiro (Don!!!), ambos com a principal diversão, é,<br />
de causar desordem a quaisquer imposições.<br />
Meu tio da parte de pai, Yayin, depois de<br />
passar da conta em seus vícios, relembrava os tempos<br />
áureos, sua Era de Prata, enlouquecia nas exaltações...<br />
Falava algo de uns pirateantes que muniam-se de cerveja<br />
engarrafada antes das viagens longas, e nesse modo de<br />
prostituição dos sentidos, pois a água rapidamente<br />
deixava de ser potável devido ao sabor salgado,<br />
precisavam de seus tragos, se não iam começando a ficar<br />
chatos, pouco também se apaixonavam... ou se<br />
surpreendiam. Que triste ler uma coisa dessas.<br />
Esqueço Tengu e essas historinhas opiáceas,<br />
prefiro é a sobriedade. Ligo o aparelho deste quarto de<br />
parada, com todo aquele brilho especial de minha<br />
ansiedade sem fim. Aproveito a distração, mas passava<br />
um noticiário local justamente sobre um tipinho que se<br />
faz valer de outra droga. Chamam a substância de Nana-<br />
Buluku, que seria como um choro da única divindade nem<br />
macho nem fêmea deles. Essa tal 'Nana', nada mais é que
um tipo próximo de raxis, mas, ainda que sem mais nem<br />
menos malefícios além da poluição dos fluidos vitais.<br />
Reproduzo a fala do tipinho inebriado no noticiário: ' (...)<br />
adentra delongas no intrigante mundo da levitação e da<br />
bruma... E cantam Olelê Lairáá, Bananá Cabecis!!... usar<br />
desafiou esta compreensão mas era excitante... e<br />
materializou-se para mim o nada, já fora dos pontos<br />
luminosos cintilando como destintos corridos, estalidos e<br />
cores inidentificáveis.. em sonora tempestade, mais<br />
imponente era minha galáxia, e desejar. Acercar essa<br />
descoberta... tal notável digressão.. para que estejamos<br />
nós que usamos a Buluko, estejamos aptos ao Universo<br />
neutro, tão eterno, sempre presente. E dormir na boa em<br />
lugar santo...' Ele continuava se desculpando, isso<br />
segundo sua visão deturpada, já distante da real pureza.<br />
Rezo para que se arrependa.”
APRESENTAÇÃO 35<br />
“Novamente, O Oráculo”<br />
“Tem muito tempo isso. Aquela vez também o<br />
mesmo tal Oráculo (de Basho, para quem não sabem<br />
ainda... fora exemplar único de sua espécie; ah, era)<br />
confessou-me algumas certas particularidades sobre a<br />
Vida e o Universo. Eu e Shaira íamos a seu lado. Ela lhe<br />
disse, 'quero levar um papo contigo', ao que respondera o<br />
Oráculo 'é para isso que estão os amigos, fofa'. Rimos.<br />
Perguntei se estava servido à minha branda garrafa de<br />
suco de uva. Ele riu de novo. Rimos mais, sem hora ou<br />
motivos para cessar a alegria. Grande mente tinha esse<br />
Oráculo, e uma aura leve. Ao escambau com as teorias, eu<br />
fico na VOZ dele! Da sua crítica da fraqueza alheia,<br />
ressoando.<br />
Falou que, 'em geral, os seres são todos bestas<br />
e afobados'. Nisso, eu ri à toa!! E Shaira também gostou,<br />
estava em paz, vi, inclusive, como que desenhada, uma<br />
lua do seu lado. E assistindo nossa tranquilidade, o<br />
Oráculo continuou... dizendo que 'sempre esteve na cara,<br />
porém todos teimam em pensar através das tolices. E que,<br />
depois que você morre, entra num túnel de luz e seu<br />
espírito mescla-se a todos os elementos, e você, deixando<br />
de ser você, é mais uma vez cuspido no Espaço Sideral,<br />
refundindo-se de novo à estaca zero até boiar e boiar<br />
para ser incorporado e modelado sobre outra forma,<br />
infinitamente em ciclo. Tudo o que existe é da mesma<br />
diretriz, essencialmente. Quer chamem de átomo,<br />
molécula, espírito, alma, enfim... ou o que mais seja de se<br />
endireitar ou aperfeiçoar, respirando e pulsando pela
força da Existência (como chamamos as partículas) Bem,<br />
é que a Vida se submete aos ciclos, assim como ciclos se<br />
submetem uns aos outros para a Ordem Divina. Maneiro é<br />
viver um pouco isso, aprendendo e passando além.<br />
Quando você ainda fisicamente estiver....'<br />
'A Natureza, concluiu... jogou fora a chave do<br />
entendimento, apenas com o fim de que busquemos<br />
novamente. Que sejam férteis enquanto durem teus dias!<br />
A Natureza sim é que é real.'<br />
Foi mais ou menos dessa forma resumida que<br />
ele nos dá uma a pequena dica, e esta perdura, o resto é<br />
de se crer. Presenciando. Estamos bem. <strong>Sim</strong>ples como<br />
dizer um 'bom dia'.<br />
Shaira comenta com seu tom descabido:<br />
'Viemos no começo para uma missão desinteressada que<br />
nem a das maestrias, agora digo também que seguir na<br />
direção do vento é preciso para quem nada teme, na<br />
borda do riso, em seu furacão, mas que não me<br />
acompanhem que não sou novela. Pois cada ser sabe a<br />
resposta.'”
APRESENTAÇÃO 36<br />
“Matar Barbuc e pegar a fortuna”<br />
“Barbuc, o barbudo, o estilosinho. O de<br />
fluorescente cara de veludo verde esfolar, pirata do mar<br />
dos desenhos animados (e das pilhas, pilhagens), ele que<br />
se ridicularizou através das próprias atitudes. E o que<br />
esperar de alguém fantasioso? <strong>Sim</strong>, ele e a namoradinha<br />
que se veste de sombra (mas, realmente, seus contornos<br />
são milimétricos) e muitas outras aproveitadoras sentem<br />
assim inveja por todo os poros. As reclamações são as<br />
fontes confiantes deste relato, e afirmaram que ele, que é<br />
mais um mandado do vacilão do Capgog, estava numa<br />
zorra envolvendo somas, prazeres e muito rum. Soubemos<br />
também que comida gasta, vinagre e jogos estavam na<br />
conta; faziam palhaçadas nas pobres lojas (Tabernas) e<br />
tentavam dar ordens aos escravos dos donos da riqueza<br />
durante a noite. Em suma, ele e os Desocupados de Naã<br />
Dá em Nada gastavam nas bebedeiras tudo o que<br />
ganhavam, e irritavam a vista dos outros. Através de uma<br />
procura vã por seu tesouro nos mapas reescritos, e com<br />
essa apropriação, efetuavam diversos envenenamentos,<br />
cavavam hipnoses e faziam pressão nos pontos vitais de<br />
suas vítimas; vejam que durante essa tortura, havendo<br />
suborno, se valendo dessas desculpas, aí que gostavam!<br />
Será que não tem mais nada gostoso a se<br />
ocupar, tipo assim, com as vestes de sombra da sua<br />
namorada, Barbuc, pergunto, e essa dúvida me segue<br />
desde a alfândega.<br />
Algemado nali que o vaia, eu tenho os bolsos<br />
repletos de pepitas de ouro maciço, ervas, elixires,
amuletos defeituosos de um Cândido, e seu otimismo.<br />
Minha liberdade deve valer muito mesmo pois toda hora<br />
alguém quer me capturar, eu hein! Mas a liberdade de<br />
todos nós sempre foi o alvo do Mal.<br />
Agora quem sabe se estou preso numa zona<br />
árida e pestilenta, nas plataformas à frente que existem<br />
nulas... ou estou num lindo platô vermelho como o de<br />
Marte (Sabem quanto existe pela Via Láctea!?) Acredito<br />
nos sintomas de um declínio geral, o reflexo de uma<br />
música que envolve um desequilíbrio ecológico e<br />
desagradável erosão de todos os solos. Talvez este lugar,<br />
que os viajantes costumam chamar graciosamente de<br />
Durango, este já tenha sido uma civilização próspera, mas<br />
em uma época dessas só se for daquelas distantes. Agora<br />
a vastidão selvagem e tantos mais degenerados aqui<br />
ferrados com sede e ganância estão por toda parte. <strong>Não</strong><br />
há tempo que já resolva, é um mistério insolúvel. Barbuc<br />
e essa galerinha são um enxame!<br />
Olho para o que ainda há de meu corpo ao<br />
fundo dessa sala... serei um rei, vou erguer um templo,<br />
depois um muro, e, se mais, me trancarei com medo, ou<br />
será que em um lugar sagrado, mais físico ainda, será que<br />
nada me serviu? Nada disso, seguramente. A Cidade<br />
Cintilá, eu estava lá, e havendo ali aquela gente<br />
barulhenta, bem como fenômenos peculiares; havendo ali<br />
sacerdotes vestidos em peles, chifres, ossos, além de<br />
medonhas máscaras enfeitadas, colares de dentes,<br />
crianças em cabelos desgrenhados, e nuas formas de<br />
Muspel, do Reino de Fogo; Nifl, de Gelo, igual Shamash,<br />
pelo Sol Afortunado... havendo ainda misticismo, onde<br />
fica a intuição por sentir o bem de Deus??
Fujo como posso, desapercebido, Barbuc estará<br />
feliz no próprio veneno, bêbado e ocupado demais com as<br />
concubinas destas estradas, não faz questão de me<br />
perseguir nem eu de levar as coisas na ponta da faca. Se<br />
existe gentileza em alguma de multidão desumanizada?<br />
Será que vale? Esqueço até de pegar suas fortunas, pois<br />
também eu fui abatido por compaixão, nem tive gana por<br />
matar, isso nunca, e talvez seja a aura deste lugar, ou da<br />
alma Quetzalcoatl serpente emplumada em sangue, que<br />
aos pensamentos, como um conforto das eras adverte...<br />
Será. . porém que existir seja dos mundos o 'aonde'? E a<br />
matéria nossa distração!? Existir engana, isso é fato. Só<br />
amar está reservado de boas para a gente!”
APRESENTAÇÃO 37<br />
“Guerra Li Cósmica”<br />
“Uma notícia eu achei, que perda! Dizia que<br />
'em vinte de agosto de mil oitocentos e cinquenta nove na<br />
virgem Amazônia, dois mil e dez certeiros Tupinambás<br />
avistaram uma bola de fogo no céu (estilo meteoro, só<br />
que não) Fizeram oferendas atirando todos os prisioneiros<br />
numa fogueira de churrasco indo-europeísta, pois daquele<br />
jeito era sua precaução! Já encarou o sangue? Sangue<br />
atrai sangue. <strong>Não</strong> sabemos se existe ou existiram registros<br />
do fato, e a culpa não era da que se dizia tribo rival (....)'<br />
Fora isso...<br />
Segundo este documento em minhas mãos,<br />
cuja apresentação número 37 eu tomo conhecimento, o<br />
evento acima foi causado por uma explosão gama. Graças<br />
a minha galeria estas preciosas histórias foram<br />
preservadas (slaides, na versão anterior que vocês já<br />
devem saber que o Gogh editou toscamente) A memória é<br />
salva por detalhes e esforços.<br />
Tudo se passou no Cinturão de Dória durante<br />
o décimo quarto furioso encontro de raças, digamos,<br />
pensantes. Fico com a função nessa presente hora de<br />
esclarecer alguma coisa para vocês, mesmo relembrando<br />
esse escarcéu em que louvaram o horror. Os motores<br />
foram as consequências. Naves e tripulantes baiando aos<br />
pedaços além Cosmo, mortos em uma carnificina que nós<br />
posteriores não deveríamos tomar parte, de tão<br />
influenciadora que se esgueirou. Como não foi provada<br />
nem detectada a presença humana, encerram o caso e<br />
disseram que seria uma lenda, pura fantasia, apenas
elato. As más interpretações causam efeitos curiosos.<br />
Porém a guerra aconteceu de verdade, infelizmente.<br />
Isso tudo só serviu para quê? Revelar o talento<br />
de um grande guerreiro de nome?? Ilustrar forças? Quer<br />
tudo pronto? Quer detalhes? Vamos buscar mais<br />
respostas, vamos repudiar as disputas!”
APRESENTAÇÃO 38<br />
“Desafio”<br />
“A seguinte transcrição de uma das aventuras<br />
da tribo dos Astrossonsos eu apenas reproduzo a título de<br />
crítica, mais para advertir sobre o tema da morte e<br />
assassinato, e por não concordar ser este o caminho a<br />
tomarmos (nós enquanto seres)<br />
'Com medo, um deles começaria, será isto<br />
normal? Rodeados por perversas cretinices,<br />
subalternagens, geral na debilitação quimicamente<br />
tratada, e aptos a matar por migalhas. Sou um homem<br />
normal? O que sei fazer de extraordinário é mesmo bom??<br />
Analiso a conjuntura atual (mesmo sorvido por<br />
meus fones de ouvido e pela liga aos olhos infravermelhos<br />
no capacete da aleatoriedade) A época e a localização<br />
perfeitas para a realização deste feito – ou seria mero<br />
sonho? – são já indiferentes. Estes sensores de igual<br />
entropia, indicam também a transformação da mesma<br />
coisa, afinal, indicam... movimento? Nas contas, tive<br />
mesmo uma carreira, será meu fim?? Meteórica,<br />
oponente, a diretriz é básica: atirar, sem sublinhar, ou<br />
então quem morre sou eu. Tenho muito o que fazer<br />
ainda! À minha frente o roxo e putrefato solo da Terra<br />
Chata. Isso mesmo, nos tambores, este conto, esta história<br />
desde os confins da mente de um querer celerado<br />
agoniado pelas lembranças de origem. Rio das baías<br />
cagadjias, totais medusas e águas-vivas venenosas com<br />
praias cheias do lodo da mesma cor dos coletivos e<br />
transeuntes. .. celebrados desde tempos imemoriais, antes<br />
os melhores, já era aquele povo de alegria. Ali ainda seria
como num paraíso? <strong>Não</strong> mais. Bem, quase não deixam<br />
haver registros escritos ou pinturas, é, aquelas, lojas<br />
turísticas dominam! Os museus são derrotas, o erro foi<br />
esquecerem a transmissão cultural. A Astrossonsa foi<br />
talvez uma notável tribo. As primeiras lutas e derrotas<br />
foram necessárias no tempo de nossas cavernas como<br />
subdesenvolvidos, ainda que talvez continuar guerreando<br />
sim que foi desnecessário. Esta que foi uma boa terra para<br />
aprendermos que a ocasião, o acaso, todos juntos são os<br />
responsáveis das coisas (tudo chamam 'de coisas' quando<br />
falta insignia)... mas não seria o destino, ou tua boca<br />
calada o real motivo de nosso declínio!?'<br />
E aqui esse infeliz Astrossonso descreve como<br />
eliminou um de seus inimigos, ao utlizar alguma 'arma de<br />
fogo, e aparatos, pistolas, arapongas, buzinas, existem<br />
muitos nomes e as mesmas designações', diria ele. E mais:<br />
'A 12-PIBA (Calibre qual?) com um só tiro você consegue<br />
atingir um perímetro de... um... é... sei lá tantos metros.<br />
Foi sem dó nem piedade que larguei o dedo enquanto<br />
corria para saltar atrás de um barril do Mosto. No mesmo<br />
segundo em que me resguardei atrás desse adeus, jogo<br />
para trás umas quantas granadas das de pimenta regada.<br />
Se foide aí!! Essas safadas atordoam a vítima a ponto do<br />
suicídio ser cogitado (Em especial)<br />
Mas nem foi necessário, já que caiu o cenário<br />
inteiro estrebuchado pela PIBA e pelo gás das granadas....<br />
na hora.<br />
– Vergonha é roubar, otários... – disse isso ao<br />
contemplar os cadáveres daqueles.<br />
Eis que brota na minha fuça a última alma da<br />
parada, Kid Boca Liente. Agora a piada se estende. Era o
chefão do território, o personagem final. <strong>Não</strong> tive escolha,<br />
apenas perguntei:<br />
– Como quer morrer, tu?<br />
– <strong>Não</strong> morrerei, morre é a PAZ! – respondeu<br />
Kid.<br />
– Cadê essa, trouxa?? – fico zoando.<br />
– Na minha pata.... – debocha mais o Boca.<br />
– <strong>Não</strong>, quem se larga é você, trouxa...Uid, Kid,<br />
sei lá. Someeee!!!<br />
– Você, quem seria isso? Tudo é aqui! – berrou<br />
ele. E se enfurece, puxa uma faca, levanta acima da<br />
própria cabeça e tira o próprio sopro de vida com três<br />
simples estocadas no abdômen. Oi?! Fiquei sem saber o<br />
porquê! Uid-Kid-Boca mortinho agora usava aquelas<br />
tanguinhas da época, cabelinho de Hei-Mein. Se tivesse<br />
ouvindo alguma canção antes de se matar, a que seria<br />
tocada seria em uma ridícula escala desafinada em que<br />
cantasse que Ah chovendo, sóbrio, frio. Ah escuro, sombrio,<br />
apocalípticooo, ou.... Terminaria a canção com o desligar<br />
do aparelho. Era a falência de tudo'.<br />
Neste momento da conclusão do embate entre<br />
o Astrossonso Vs. Kid, os djembês soam baixinho, que<br />
música ansiosa! É o nascimento da Lua, a celebração da<br />
vitória para os astrossonsos. Soou tanto o Raio como o<br />
Trovão naquelas mentes orgulhosas. <strong>Não</strong> tem mais<br />
desafio nenhum, só a perda na disputa, ninguém ganha,<br />
nem ganhar existe.<br />
Três facadas no abdômen... que matam. Era<br />
assim que queria ter respeito como médico e sacerdote,<br />
jovem sonso? Era assim que esperava que dissessem que<br />
falava com os Espíritos das Florestas? Era assim,
totalmente alheio à paz? <strong>Não</strong> está com mais nada, é<br />
terrível presenciar, igual me derroto, aqui narrando dois<br />
tipos de assassinatos.”
APRESENTAÇÃO 39<br />
“Sem emprego, o que farei?”<br />
Shaira pensa, transcreve: 'Leio na dificuldade<br />
estes últimos capítulos do seu Jesú... Ele começa:'<br />
“Rá-ralei muito tempo caminhando em lados<br />
escuros das luas, e de todas elas ao inverso, para ver<br />
como seria. Percebi as almas purgatórias, fui recebido por<br />
um séquito de belas e elegantes damas preferindo que<br />
dissesse que troquei sistemas inovadores pela boa e pura<br />
intuição. Eu não cairia. Até agora fui feliz ao explicar com<br />
certeza de causa e efeitos alguns detalhes sobre a Vida,<br />
mas cabe a cada um de nós discernir e evoluir. Dialoguei<br />
até nos entretantos, digo, analisei mas não achei<br />
nenhuma civilização mais justa que a da Verdade<br />
Universal. As outras nem sequer querem esperar!<br />
Infelizmente... é a soma das conquistas fadadas ao<br />
esquecimento. A antiga Terra ficou, diriam, 5 bilhões de<br />
anos largada debaixo de escombros, como sombras. Até<br />
que os remanescentes se lançaram à vastidão de volta ao<br />
Cosmo.<br />
Mas hoje estou desempregado e sem<br />
expectativas... tudo ficou transparente, sem forças... É<br />
muito frio daqui quando você está terminado sua missão!<br />
Quem já não passou por isso? Pura radiação cósmica!!!<br />
Eram fótons e canos de descarga das aeronaves de ontem<br />
e hoje porque me sinto ocioso neste horário de almoço.<br />
Como se isso que passei há muito tempo, ah lá longe<br />
(risos) Já agora no presente, Xiva da Destruição ergue só<br />
barreiras de arame farpado. Retorna com os calabouços
como mensagens demoradas entre nós, reles seres<br />
viventes. A aniquilação é a falta de visão. <strong>Não</strong> quero<br />
acabar como aqueles humanecentes na ruína e no<br />
esquecimento (risos), prisioneiros de tirania ou<br />
esmagados pela busca do prazer; se toda a Vida era viajar<br />
nas areias do Tempo!<br />
Acabar sem emprego e sem comida? (risos)<br />
Para onde eu vou nada disso importa! Retorno ao ponto<br />
crucial!!<br />
Pensaria Shaira de onde estivesse que o Jesú<br />
aqui se guiava muito pelo olfato, isso foi passado; ou que<br />
me preocupava demais com os próprios sentidos, com<br />
gente contrária, aqueles que queriam nosso filho<br />
derrotado, como os valores deles e seus parcos espectros<br />
tentando diminuir o poder do Bem Maior.. . . Sem o<br />
emprego da ocupação, que farei? Veremos, mas nada de<br />
continuar a lamentação lisa (risos)”
APRESENTAÇÃO 40<br />
“& Nota o quê”<br />
“'Ventre materno, mãe, como está? Eu começo<br />
essa nota me lembrando do passado. Me empresta um<br />
trocado? Brincadeira (risos) Queria só desabafar. As<br />
últimas relíquias arqueológicas nem deram para pagar os<br />
reparos da nave. Ainda nessa fiel aos meus planos de<br />
enviar o menino pelo Milarepa, em vista do que<br />
resultaria; o menino é a base para o entendimento<br />
comum, mas fazer tudo isso sozinho sempre só dificulta,<br />
empaca! Ainda depois de todos esses desencontros com<br />
Shaira e minha prisão temporária...<br />
Essa minha recente expedição pela miríade do<br />
planeta de Valdéx semana passada me arrasou legal<br />
(intuito infrutífero financeiramente) São difíceis essas<br />
incursões, sabe... São muitas pistas. Ainda por cima,<br />
gastei muito do que tinha com intérpretes nos primeiros<br />
meses, nem meu tradutor tinha registros da língua falada<br />
lá; mais gastos; a tradução havia confirmado as notícias<br />
das hélices sobre as torres malignas por toda parte.<br />
Cobras acerca, répteis demais; seria a chave para<br />
entender o símbolo do caduceu da Medicina? Mas isso já<br />
é outro assunto.<br />
Aceito qualquer colaboração, tenho café mas<br />
nada de pão; minha nave parece um sistema de visitação<br />
ocasional (mausoléu), só com artefatos de todas essas<br />
eras passadas e seus livros raros. Como sustentar um<br />
corpo só com condimentos? Daqueles de quando me fiz<br />
valer de um lance que a senhora avisou ser muito possível<br />
mas que se mostrou uma bela furada (risos) Te perdoo,
sempre reclamou que eu adoro condimentos......<br />
Ah vai, me dá um dindin aí... (risos) ou reza<br />
por mim, mãezinha! Faz esse favor, diz algo, de onde<br />
estiver, me passe uma mensagem. Aqui tem uma<br />
expressão de Valdéx para isso, 'Nhar di pródigo Nur no<br />
Rio de Luz, opina'.”
APRESENTAÇÃO 41<br />
“Labirinto de Coisas Instáveis”<br />
“De brilho próprio, agridoce Shaira, só te amei,<br />
mas me atraiu a este lugar, ao acaso para ganharmos<br />
também umas amostras grátis, brindes de novíssimas<br />
máquinas geradoras de videogames. Queríamos uma<br />
distração depois do que passou, né. E como esse tal jogo<br />
do labirinto, o LCI, já que ele tinha essa nova atualização,<br />
bem... Pode que seja da famosa Máikina, isso, a marca.<br />
Lembra não, é a mesma marca que lançou aquele outro<br />
jogo meio que simulando um veraneio a ver o pôr do Sol<br />
desde qualquer campo, oscilando entre certo tom<br />
vermelho, madeira ou labareda. Aí papeamos:<br />
– Que estupidez virmos até aqui! disse, e<br />
contrariado!<br />
– Você sempre reclama da mesma forma,<br />
responde ela.<br />
– <strong>Não</strong> podíamos enviar uma fórmula para<br />
alguém analisar e dar a pista certa, vai ver. .. aí não temos<br />
que enfrentar essa filna!<br />
– Que isso, amor! Até parece que tu não se<br />
irrita. De onde vem...<br />
Nisso, tivemos um susto, como era esperado!<br />
Somos surpreendidos por uma energia que acontece,<br />
acontecerá ou já aconteceu... seria a presença de Deus??”
<strong>Sim</strong> & não, e acima e abaixo
Os cabelos voando, a silhueta aparecendo aos<br />
poucos. Ao fundo, uma planície avermelhada:<br />
Shaira Shii, a morena tanto quanto<br />
entreparente lingual vitra, ela que possui os cabelos<br />
dourados e olhos de íris indolente amarelada. Seu corpo<br />
forte de guerreira Nó... Sua voz chega carregada pelo<br />
vento:<br />
“A Poesia me dá forças, nela adquiro<br />
instrumento.”<br />
Depois de uns segundos, vira o rosto, inspira e<br />
termina sua oratória:<br />
“Há o Espaço e tudo que Existe, estamos por<br />
aí, seguindo.”
“Meu amado errou em não ser mais claro,<br />
recomeça Shaira a explicação, poderia logo ter dito que o<br />
gênero humano em sua transição pela matéria e expiação<br />
se encaminha para a libertação; o que para nós era a<br />
reencarnação servindo ao ciclo de mortes e renascimentos<br />
físicos, já neste momento decisivo, vai se tornar a<br />
realidade; chagaremos à liberdade, isso sim significa<br />
nosso destino! Ao perder a morada do planeta Terra, e<br />
logo se lançando pelo Espaço na busca do que não<br />
conhecia, acabou por encontrar a si mesmo, e então<br />
percebeu a centelha divina! Nosso filho será um<br />
divulgador, um pacífico e justo ser ao auxílio daqueles<br />
que precisam de ajuda.”
“Assim como vim para dizer que só falam em<br />
discordar e dizer 'não', deixando assim todas as<br />
oportunidades por um bom sim; eu vou recordar um<br />
pouco do que aconteceu, como chegamos aqui; não foi à<br />
toa!”
“Ele me apareceu em algum momento, e, bem,<br />
na verdade, penso agora que foi no momento que devia,<br />
porque já estivemos unidos outras vezes, foi tão bom! É<br />
pela lei da reciprocidade que nos valemos, viemos do<br />
mundo dos terráqueos, eu uma fêmea engendrada ao<br />
modo 'do acaso' e ele um dito 'da Silva', portanto nossa<br />
origem, podem ver, é mais que simples! Jesú mesmo<br />
tendo vivido como um mercenário perseguido e difamado<br />
por esse equivocado chamado Gogh, revejam a história<br />
anterior, <strong>Sim</strong>, ainda assim em sua candura tinha o melhor<br />
lema tribal de que um terráqueo despunha naqueles<br />
tempos, e desde pequeno tendeu a rejeitar os que<br />
adoravam a matéria, os que rotulavam. Como dissera o<br />
Comendador fulano tal, motivo este que, colocando Jesú<br />
na condição de um liberto, o levou também a ser<br />
ironicamente julgado durante sete vezes. Que<br />
incompreendido foi meu querido!<br />
Suas incertezas, medos, eventos<br />
cataclísmicos..... os suplícios de re-harmonia entre<br />
humanoides, as falhas dos que vieram da abundância,<br />
seus conterrâneos que se estabanaram! Ele foi um poeta<br />
que não suportou o Teatro, de desligado que estava. E<br />
quem naquela época que não faltou com a verdade na<br />
ilusão? Esta é uma das explicações mais plausíveis. 'Fique<br />
tranquilo até que se prove o contrário, ele costumava<br />
provocar, OU NÃO SE PODE DISCORDAR MAIS??<br />
Mas ele reconheceu que os antigos humanos<br />
tinham tantas habilidades que nem se voltaram a dominálas<br />
por conta de caprichos raivosos, coisa de uma estirpe<br />
mal distribuída. Que habitava nessa renovação moral? Ou<br />
era mudança democrática? Uns milagres? Parece que
perderam a dignidade lutando e usando muito o corpo;<br />
estiveram também amando demais sem verificar, sem<br />
utilizar o que há de espiritual em si; eram tão jovens, tão<br />
plurais. Se conheceram ali... em qualquer canto, nunca<br />
dariam certo juntos lutando com pontas de facas,<br />
avisando em diversos atos que havia muita distração.<br />
Nossa geração humanoide advém da matéria<br />
esclusa e de crias sem muito desejar fora do que fosse<br />
carbono, bactéria, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio,<br />
fósforo, enxofre ou autoimolação – afinal, que é bonito ou<br />
feio senão mesmo uma questão de enquadrar modismo<br />
imposto!? Queria você uma criança para ensinar assim: 'É<br />
livre para você'. Mas trazer uma alma à matéria é tão<br />
complicado, por isso somente no momento certo<br />
aconteceria!<br />
Após a sublimação, já não pertenço a nada,<br />
apenas às Guardiãs e nossa missão. Nós guardiãs<br />
aprendemos que temos que ficar atentas. Mas também,<br />
quem sou eu se nem de um eu me valho! <strong>Não</strong> teimo nisso<br />
de lição de moral, é só um palpite intuitivo. Com os<br />
sentidos cerrados nada se conserta, ria sim mas com o<br />
dever já cumprido (...)”
“E que houve no Portal de Milarepa, Jesú???<br />
Boiou? Ainda me pergunto, mas dessa resposta nada me<br />
fartarei, é tua mente a semente e a fertilização assistida,<br />
sigo nessa espreita, até voltei ao portal bem depois de<br />
tudo para ver como eram as condições lá, fui apenas de<br />
passagem, planei para ver se tinha alguma pista das tuas<br />
atividades. Mas ouço em meu ouvido só uma música<br />
suave cantando com essa letra: 'O Sol é nosso amigo,<br />
dependemos dele, talvez seja mesmo o Sol como o<br />
verdadeiro Deus'<br />
Sou atingida por uma Voz. Vem diretamente<br />
para minha consciência. <strong>Não</strong> me faz caso, seria um eco do<br />
teu pensamento, meu amor? Era dessa forma:<br />
– Saí pelo... fio tênue que mantém o equilíbrio<br />
dos planetas e suas órbitas, rotações, o que seja<br />
Ouço graças também, como referências, e<br />
continua a Voz, agora desenfreada, aos gritos:<br />
– ...o povo nunca cansa de repetir (...)
Eu berro que não importa o que pensem, Deus<br />
dá 'aquela moral' sim, mesmo sabendo que não estamos<br />
prontos; entretanto, sei muito bem que não Lhe somos<br />
gratos como deveríamos; e, pensando bem, quem daria<br />
asa para cobra ou filhas e filhos que não voltam a lares?<br />
Ele dessa forma não acharia um amigo ou ajudaria casais.<br />
Que os humanoides fazem, então? Olham? O calor da<br />
ansiedade cozinha? Peçam paz, pela harmonia!<br />
E novamente a Voz que sai do portal nem liga<br />
para o que digo... como se estivesse me provocando:<br />
– É ainda por cima cínica e despretensiosa!<br />
A Voz se a quieta enquanto estou perplexa...<br />
para dizer, finalmente:<br />
– Isso, jovem, zomba de mim com essa Moral e<br />
nem me dá direito de resposta... se não dialoga... Já sabe!!<br />
– Se não dialogo, mista demais.... chego<br />
espectral no que era de mim.. . . eu tento responder.<br />
– Então renuncia sua personalidade?<br />
– Desde o começo! Vim para esta vida mostrar<br />
isso!!<br />
– Veja que uma responsabilidade não é por<br />
acaso, pois que tenha certeza do que faz, volta a Voz a<br />
proferir. Até dentro do caos da aleatoriedade da que veio,<br />
continua, até ali há função (...)<br />
– Espera! Deixa eu te falar............<br />
– Pense em quem peca, e se usa. Nada basta se<br />
só você entender, ajude quem puder.<br />
– Tudo bem.<br />
– Agora continue! Há o porquêee (...) Some a<br />
Voz em minha cabeça, eu reflito.”
“(Iuummmmnn...) Ouço esse som e dessa<br />
forma vou aos poucos voltando do transe, reconhecendo a<br />
turvação normalda viagem de volta do portal,<br />
corriqueiramente a abraçar a realidade extramaterial...<br />
assinalando. Sinto que não morri, apenas veio esse som,<br />
esse iummmmnn e me salvou. Ou não, pois... tontear<br />
engana! Lá pelos fios tênues (ao volante, velocidade,<br />
inconsequência), perto do impulso primitivo (a<br />
redescobrir) o que farei.<br />
Ser e Pensar ficam sendo só como detalhes,<br />
bem como também escrevermos conjecturas para as<br />
Energias e Lidas. Concordo que (com o) fundamental já<br />
viveríamos, mas pensar em mais invade a mente<br />
humanoide. Então, o que me dizem? É verdade ou não o<br />
que já concluíram por vocês mesmos? Ou poderia?<br />
Digam!<br />
Um ideal hoje, outro amanhã, e assim<br />
caminham muitos seres até que se perdem em anseios e<br />
cometem loucuras ou travam! A dialética é a solução de<br />
suas sanidades; digo, o caminho para o entendimento, a<br />
pacificidade, algo para unir bem-estar, a pureza das ideias<br />
e ações. Sem comunhão não há humanidade ou respeito.<br />
Sem humanidade não há Humanidade. E sem<br />
Humanidade, não há nem humanoides, nisso de nosso<br />
depois (...)
Ouvi repetirem pelas raças da Terra, muitas se<br />
diziam atuais, porém somo a esses detalhes que o<br />
isolamento e o individualismo afastaram o progresso dos<br />
seres, mas então... eu deveria preferir não interferir mais,<br />
só respeitando e transcrevendo? Seria muito descaso e<br />
falta de carinho, não sou assim.<br />
Uma guardiã em eras passadas viria vestida em<br />
pele de onça, desvairada ao sentir as máculas<br />
individualistas indisciplinado o esplendor bilateral dos<br />
humanoides... repudiando tantas distrações em banhos de<br />
vinho rosado... Sofrem as a guardiã nas águas dos<br />
líquidos ilusórios, nos líquidos dos mares, sem entes, sem<br />
estar amarrada no espeto... (Iuummmmnn...) e nunca<br />
pronta para dourar um pouco antes de ir parar em uma<br />
caldera.”
“Desmemoriada e com o tradutor quebrado, já<br />
havia um período em que pouco sabia detalhes destes<br />
meus órgãos sensoriais, é... como funcionavam. <strong>Não</strong><br />
entendo o que tem passado depois do que relatei, hã, e<br />
estou a falar somente pelo abrasador susto, só! Perdi o<br />
prumo. Estou instável. Dialogar e expor uma opinião a<br />
mais seria censurar; sou eu válida para quê, então? <strong>Não</strong><br />
vamos tentar?? Mas é bom dizer, guiar-se pela intuição,<br />
não importa, importa sim alguma consequência. A ajuda<br />
sempre demora a chegar nestes locais desconhecidos e tão<br />
polvorosamente estrelados. Mas que tive essas<br />
lembranças, ah tive! Foi quando me cansei, e<br />
desmemoriada senti as coisas a seguir, que uma 'anã<br />
amarela de nome Nova surpreenderia olhando o<br />
horizonte. Climas áridos fazem isso se estamos em<br />
mundos de ilusões delirantes, e nenhuma guardiã<br />
estivesse em paz! Será que nada sobraria para falar? Por<br />
que só se pode pensar e maquinar??'<br />
<strong>Não</strong> sei, talvez tenha tido só problemas com a<br />
pressão atmosférica, essas firulas que desnorteiam a<br />
gente. Pouco oxigênio deixa qualquer uma mal. Preciso<br />
juntar as peças... já que deliro.. virtualmente longe dos<br />
povos da Natureza e sua calma...<br />
Ossos finos como vidro, assim eu sinto, e<br />
dobro de peso. É lá e cá... depois dessa... será?...<br />
hibernação... toscamente congelada para longas viagens<br />
ajudando as pessoas... Se eu suportar grandes<br />
deslocamentos... Ao sair do mundo de mentiras; enxergar<br />
através de todas safadezas que contamos a nós mesmas ao<br />
longo dos anos (Veja como agem com a Linguagem!...)
Prudência e combate nas alvas palavras de ordem,<br />
conversar fica estável, maravilha ou não, ainda cabe a<br />
cada uma acreditar.<br />
Só caminho com uma gravidade modal. Qual<br />
substituto neste oxigênio recriado? Glândulas,<br />
respiradores? Suplementos... tudo tão antinatural.<br />
Contém vigilância, nada tem a ver... com Deus. Que ver<br />
além desses... lugares com gravidade semelhante...<br />
Sempre... Vamos nos ajudar!”
“III. Estamos agora mesmo na melhor forma<br />
existencial, a beijarmos a total Paz. Ainda que para isso<br />
tenhamos que passar por situações difíceis.<br />
II. Vidro e sangue nas mãos gastas não me<br />
fazem falhar, pois lhes mostro uma nova versão da<br />
intensidade, a conjunta. Mostro o que perdura!<br />
I. Sobre vidro ou corte com vidro e sangue nas<br />
mãos, cruzando os céus, a libertar os escravos de sua<br />
condição ignóbil...<br />
O poema retroativo que comento acima, o tal<br />
que foi pelas veias de sangue amenizado, este não é o<br />
mesmo que vai e volta ao ser empregado; nem percebe; se<br />
você é um ser empregado, sua mãe é uma árvore; você já<br />
foi como um galho, a folha que cai perto e seca no chão<br />
que o patrão pisará; e depois sua cria se espalhará sobre<br />
os outonos de mais árvores da sua nova terra arada. É que<br />
muitos pisam!<br />
Que comédia gostam os pisadores (versam de<br />
forma teatral sobre Vida e Morte, Justo forçoso, ou uma<br />
equação para Tentativas) Ainda nessa vertente, quem se<br />
acomete celebrando a Vida Real todos os dias? Da conta<br />
geral, é certo que findarão todos os seres sem nenhum<br />
desenrolo, e já encenaram quantas vezes!? Muitas foram<br />
as extinções por um recomeço, muitos foram os<br />
renascimentos, tão poucos os sucessos. Que sou de<br />
humana? Que me faz humana? E gente, como é ser<br />
gente? Como estou então humanoide? Que gênero é<br />
esse?! Preciso tanto abrir meu afago (coração), a ver eu<br />
mesma seu tamanho e doçura... e desse coração amar<br />
tanta gente!
Assim, prometo por todos nós também pensar<br />
na consciência (Cósmica, correção), e concluir que estou<br />
viva, e estamos, além somente de um morrer na equação;<br />
não em invenções, pertenço a Deus, o Todo e a Natureza<br />
oferecida para a gente, ambos indissociáveis no Cosmo<br />
Espaço inteiro Sideral; não mais pessoal, nem exatamente<br />
sentindo as dores do mundo, ó Deus, mas sendo cúmplice<br />
em suas esferas e preces; a força, os poderes, o que<br />
decifrar... é o que digo, de todos os nasceres.”
“Afinal, que é uma mosca-morta? Um<br />
humanoide que pouco move as partes!? Bicho<br />
descansado, frouxo, pensante talvez de vez em quando,<br />
que pena, além tudo fica é burro no que mais a leseira<br />
imaginar. Geralmente, vive sob as asas dos pais.<br />
E existem curiosas invenções aos moscasmortas,<br />
tipo controles remotos acionados à distância<br />
(infindar) Tudo por diminuir a marcha de seu<br />
pensamento. Por fim, vivem parados.<br />
Estou aqui a concluir, juntando os fatos que<br />
tenho, que a bobeira lhes fez representar os próprios<br />
medos em figuras míticas e celestiais, talvez errando pelo<br />
método também... E através das eras, das suas próprias<br />
extinções, propagaram o Medo, e certo acovardamento,<br />
que só gerarem mais inferioridades fúteis. Mas sempre há<br />
uma solução em seus esquemas para se tornarem mais<br />
moscas-mortas ainda, há um elemento secreto comum,<br />
uma chave, aquele genezinho ocasional. É de se desgastar<br />
de tão desconfiável...<br />
Mas que isso, que deu errado mesmo? Como se<br />
chegou a isso? O que houve com os seres humanoides?<br />
<strong>Não</strong> cooperam para o bem de todos, mas sim pela<br />
esquisitice do que lhe pode acontecer; está por aí disperso<br />
e acoado, tendo sua animalesca base firulada... já não há<br />
mais glória, apenas acha que tudo descobriu. É necessária<br />
uma retomada de consciência, reclamar conhecimentos<br />
antigos de união ou prosperidade. Humanoides agregam<br />
valor a tudo, menos à espiritualidade! Menos para um<br />
bom abraço!!<br />
É uma forma de protesto, leiam! Eu não estou<br />
louca nem sou ladra nem perigosa... Confesso o que
posso, faço de tudo contra a estagnação. Mas esse<br />
mundão cansado de se tornar habitat dos frescos, dos<br />
meramente civilizados, porém frescos; isso não leva à<br />
nada não. Nem foi assim com egoísmo que progrediram,<br />
nem vai ser dessa forma que vão perdurar.<br />
Se te roubam os pertences, e quem viu nada<br />
fez.... como reage? E se fosse o contrário? É humano a<br />
passividade? Legal??<br />
Sou humana? Problemas sabemos que todos<br />
temos, queremos ver a apresentação de soluções<br />
dignas........ Porém, sem passarem por corretores<br />
superficiais. Prometam que aqui não se gasta mais, o que<br />
tinha (de essencial) foi feito, virá mais, expressamente. De<br />
agora em diante, (pura, diferente, atemporal) a calma.<br />
Juntos!”
“Trombetas, vuvuzelas, tanto escondendo da<br />
gente com barulhos, esses sons que nos atingem... fazem<br />
o balançar das ideias na nossa cachola zuretada. Sabe,<br />
estar nessa armadilha, digo, fomenta questões sobre onde<br />
buscamos soluções, como quando buscamos<br />
conhecimento. Hoje, daqui de onde me vejo, por exemplo,<br />
penso no tanto que me disseram, e como tardei a pensar<br />
verdadeiramente; graças ao apoio das guardiãs me safei<br />
de muitas distrações. E quanto ao meu amado? Juro que<br />
tentei ao máximo poupá-lo de minhas questões, eu sabia<br />
que ele, como eu, tinha muito trabalho à frente; e então o<br />
tempo correu... pude ouvir, esperar, aprendi com o passar<br />
dos meus dias.<br />
Mas desde o momento em que estive auxiliada<br />
pela boa voz intuitiva, além da calma no silêncio,<br />
desacelerei, e pararam de me perturbar certas, ditas<br />
sábias... teimas! Querem saber como ficaram as respostas<br />
nas questões práticas das religiões hipócritas que me<br />
ofereciam? Ou que induziram a pensarmos da criação sem<br />
sexo, sabe, nos livros intitulados Bíblia. Isso sem falar no<br />
que transformaram a mulher, a grande mãe nesse livro!<br />
Olha, vi em vários locais sua edição disforme (me refiro<br />
também aos títulos apócrifos), é uma mitologia local? Mas<br />
por que não mencionavam os outros continentes? Por que<br />
não uma língua só? Ô, Jesú... se queria poupar tempo e<br />
explicar para os demais, somente isso, mas foi mesmo é<br />
tão rápido, li e reli várias dessas edições, porém não<br />
encontrei o que esperávamos além de indícios.<br />
As tais igrejas de que os vendedores falavam<br />
não passavam de politicagem para controlar a população<br />
naquela época de esculachos; as pessoas não pensavam
por si sós pois a todo momento eram atreladas a<br />
bestialidades, só visavam uma prometida salvação. Isso<br />
nem foi preciso muito para perceber. Além do mais, era<br />
(ou é?) gente normal controlando essas instituições – não<br />
reais santos, nem iniciados ou monges – ou o que seja isso<br />
de santidade naquela linguagem! E por que esse Deus fez<br />
os seres terem cabeças e diante d'Ele sofrer? Por qual<br />
motivo? <strong>Não</strong> é muito oportuno nem real a meu ver mexer<br />
com fanatismos, e infelizmente estão ainda por aí... com<br />
ou sem um Deus punitivo.<br />
Há quem prefira ser ignorante. Talvez seja<br />
uma forma de se manter (um motor); pois eu conheço<br />
uma outra lenda que em dada região existiu um colégio<br />
onde a 4ª série era frequentada por apenas três alunos. A<br />
3ª por dois, já a 2ª por ninguém. E a primeira? Descubram<br />
vocês que lerem isso. Sempre vão existir as peças que não<br />
se encaixam (as natas), e resvalam em fluxos de<br />
possibilidades; o mesmo tanto surpreendeu e abateu<br />
muita gente acerca da Vida e do mundo físico; dirão<br />
também o que lhes acontecerá, caso não busquem ou<br />
duvidem.”
“No Paraíso, ninguém trabalha. É com essas<br />
palavras chamativas que muitos foram enganam. Coisas<br />
do Gogh. 'Só queria poder vivenciar isso', diria o meu<br />
amado... Mas Jesú evaporou por aí, depois daquele sim, e<br />
me deixou seca e surda por um tempo, imaginando,<br />
relembrando. Você e seus estranhos dizeres sobre<br />
divindades de nomes complicados, servidões, poderes,<br />
mundos paralelos, e que sobrou? A memória, a certeza de<br />
nosso depois!<br />
O Mal com seu domínio pela infecção não<br />
assusta mais, a esterilização de males (gerais; a citar...)<br />
virou piada. Gogh vai ter que escolher uma rede diferente<br />
para atuar, se ainda sobrar algum respiro naquele corpo.<br />
Muita ruindade desgasta! Talvez fosse apenas a primeira<br />
exposição, o deslumbramento do inédito e afável (instinto<br />
de morte!?) que o guiou, mostramos com o Bem que<br />
estava tão equivocado. Muda enquanto pode, Gogh!!<br />
Todos te perdoamos.
“Um final apoteótico, infalíveis diversos<br />
personagens vivos e perecendo por romances entre<br />
desculpas e grandes findos diálogos.... É o que pede um<br />
Gogh desses por aí.<br />
Já eu, Shaira, com a força de meu amado, e<br />
pela Paz, peço a nosso filho.... caso se sinta perdido...<br />
Se.... às vezes a realidade e o mito, a incerteza (devota no<br />
caos) te confundir, ame. O Amor reflete. Serei uma mãe<br />
ou vingadora? (Risos)”
“Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh Ouvimos um grito<br />
visceral chegando do mais profundo silêncio da solidão;<br />
vindo do passado, durante aquele rapto de Shaira, em um<br />
sem capítulo por sua degradação (...) Era o que queriam,<br />
mas ela nunca se abateu!<br />
A perseguição pelo que ela representa chegara<br />
a um ponto extremo naquela época. Já não tinham lá uma<br />
sociedade com tantos falsos profetas, ou uma sociedade<br />
sem polícia, em que cada um prezasse pelo todo, por<br />
exemplo; ao azar, comentavam, e também que isso de<br />
sociedade de consumo em que você vale o que você tem,<br />
que sem tua interconexão democrática ninguém acessaria<br />
seus queridos conteúdos não programados diariamente;<br />
sem um reles asteroide infestado de microrganismos de<br />
irmãos nossos em riscas galáxias. A mesma estirpe de<br />
sociedade sem a Deusa Andorinha... S/ outra Era do<br />
Mármore de estátuas e palácios milenares. <strong>Não</strong> tendo<br />
Matusalém ou Enoque; sem gárgulas, caninus, nervous,<br />
rex, tiranias; nem Bardos, recreares, múmias caminhando<br />
pelas cidades; nada do respeito à privacidade alheia...<br />
nem teria voluntário de partido algum; mais ainda sem o<br />
Horóscopo; Ci, a grande Mãe de tudo sem ser vista...<br />
zelando... Sem estabilidade viria pois a aniquilação de<br />
todos os PC's, um baita pulso eletromagnético ou<br />
instrumento de mudança social pela empatia... mas é pelo<br />
nosso bem! Precisavam os seres dessas vastas<br />
necessidades de energia, precisavam se resolver, ou se<br />
munir de sistemas de segurança que lhe reconhecessem<br />
com autonomia? Querem trocas intermináveis de dados<br />
naquela interação entre máquinas e seres da mesma nave<br />
inteligente...? Sofrem por obrigações tolas!.... Aquela
língua intercósmica que facilitaria toda compreensão<br />
necessária, sem bom gosto e prazer... esta foi relegada.<br />
Nada sentir na translação do terno Sol nos faria perder<br />
forças, assim como pensar como seria a nova Puma Punku<br />
de objetos diamantizados; sem cortes ou seres gigantes<br />
que diversas culturas citam como sendo deuses a mente<br />
livre se desenvolveria. S/ esse pessoal faz-tudo que a tudo<br />
de melhor resiste... Cadê teu ouro? Precisamos é de nosso<br />
mundo ao redor das pirâmides, e nossa espiritualidade,<br />
nossa visão pela energia, sem dúvida! 'Era como se,<br />
desabafo, imaginem tais coisas... Isso que é amar (...)'”
“Procurei em todos cantos, mesmo através das<br />
entonações, esmeril até nas vagas opções; qual uma via a<br />
dar pela presença do Divino. Sigo a empreitada dos<br />
vastos, só não me caio por terra, estatelada como muitas<br />
aos olhos que já não sentem como sentiram meus<br />
antecessores, dos que dependiam a si os quatro ventos, o<br />
faz-me rir acaso; não há teclas lá nesse passado, vim<br />
ainda assim precisando de digitação pois só assim nessa<br />
era saberiam dessas histórias, ou que alguém orasse;<br />
como seria fácil só amar, não é? <strong>Não</strong> mais em rodeios ou<br />
mudas desenhadas, o agraciar é o sorriso... que atiça!!<br />
Dou um basta aos artifícios que prejudicam o<br />
que nos faz vibrar!<br />
Busquei tanto que esqueci quem era, disse Jesú<br />
lá quando também preso. Eu digo que tanto como a<br />
paixão de uma existência... com Deus nunca eu nem<br />
ninguém está só e sem afagos; com Ele vou além do que<br />
for sim ou não; eu guardo isso para sempre.<br />
Mas e esses galos na cabeça! São apenas<br />
serviços dos que me pararam por um tempo, mas meu<br />
intelecto se expande, e envio em pensamentos positivos<br />
minha esperança.<br />
Uso já o que sei sobre ser feliz, agora só o que<br />
falta é descansar, esperar por quanto precisar ajudar.<br />
Quero a presença da Vida dada por Deus, dar e receber<br />
abraços após chorar por nós, e a favor de qualquer<br />
ventura.. . renascer todo dia.”
“Shaira já solta no que chamam de vácuo,<br />
dentro de uma pequena cápsula migratória (...)<br />
Ao cabo de três ciclos de sono..... Seu<br />
controlador de bordo ao passar por....... instantaneamente<br />
leva Shaira em direção ao planeta.. . ..., que é o organismo<br />
vivo de...... (...) igual poder que atrai e admira os dons de<br />
cada visitante (...) O controlador continua sem assimilar<br />
algo de inquietante dirigido a Shaira... e ela fica suave.<br />
Passam-se os intervalos de tempo e as explosões<br />
de criação planetária (conhecidos núcleos)”
“Shaira anota, não sabemos quando:<br />
– Em realidade, no nada que afeta não há<br />
lugar para seres equivocados, muito menos dos que se<br />
seduzem pelo pessimismo devoto, descarado; já o nada é<br />
a negação de tudo, muito mais até que, isso sim, que o<br />
pessimismo. Relaxe, não há o Nada.<br />
Incluo pois que saiam incólumes antes de ver<br />
qualquer final que não seja o feliz, seja o seu nunca à toa,<br />
ou o da Mãe Terra, ou de tantos outros Silvas. Ninguém<br />
estará em nenhum vagão dos expurgos bípedes, nem em<br />
naves rumo a, quem diria, rumo a fraquezas. Essas foram<br />
mais incompatibilidades relegadas ao seu embaraço!<br />
Na seleção dos tempos, escolhiam sim os mais<br />
espertos, ávidos pelo Conhecimento, por isso foram salvos<br />
os humanos pela sua criatividade. Agora é a vez de<br />
deixarem de lado o livre-arbítrio e o trivial, e repito da<br />
forma que lembro as palavras dos Jardineiros do Espaço,<br />
de que se sabe que é necessário que as virtudes estejam<br />
incorporadas ao caráter do individuo. Devem, então,<br />
surgir naturalmente, e não através do esforço, como se<br />
fazia nos níveis preparatórios da ascese. Quando socorrer<br />
alguém for uma ação espontânea, não estruturada<br />
previamente, terá sido alcançado esse estado tão buscado.<br />
A disciplina introduzida pelos antigos mestres da<br />
Humanidade já ensinava que o ato de ajudar o<br />
semelhante deve ser tão espontâneo como o ato<br />
automático de retirar a mano ao tocar um objeto ardente.<br />
Chegamos a essa etapa quando nosso orgulho<br />
e nossa soberba sejam dominados, pelo menos em boa<br />
parte. Quem a alcançou SABE que na realidade os atos<br />
positivos que manifestamos não partem exclusivamente
de nós mesmos, mas sim que afloram em razão de<br />
múltiplas causas que fazem com que nossas energias<br />
fluam através de nosso ser. Algumas das energias que<br />
entram na criação dessas ações desejadas são<br />
reconhecíveis, e a elas o individuo se une eterna e<br />
profundamente; experimentamos um sentimento perene<br />
de gratidão, ainda que impessoal e generalizado.<br />
Nesse sentimento está tudo incluído, pois seus<br />
instrutores são todos os seres e todas as circunstâncias.<br />
Neste degrau evolutivo, que é a porta de<br />
entrada na direção das expansões maiores de consciência,<br />
não há motivos para que o indivíduo se orgulhe de si, e<br />
tampouco para que se humilhe. É um ciclo de paz estável,<br />
paz que no entanto não foi buscada por ele. A consciência<br />
da própria pequenez ante o Cosmos antecede a etapa<br />
seguinte, a que desaparecem todas essas percepções e em<br />
que a união é ainda mais perfeita.<br />
Revejo aquele planeta de água inteiro, este<br />
formava um único ser vivo..... Foi ali que caiu pela<br />
primeira vez a sustentação do que veio a ser conhecido<br />
por valores.......... e como se comportavam os tolos,<br />
mentindo para a gente, falando que estaríamos tão logo<br />
todos mortos, ou muito dispersos, nunca saindo da<br />
matéria; e que só restariam humanoides.... relegados.<br />
Os Humanoides, por assim dizer, propuseram<br />
um poema geral para o Universo e o Existir......... Mesmo<br />
sendo ridicularizados perante as outras comunidades<br />
vivas; as comunidades etéreas e as hierarquias adiantadas<br />
não viram ingenuidade, querem é nossa evolução; então<br />
reproduzo o poema, era dessa forma e nessa escritura:
VIDA TUDO DEUS<br />
VALE<br />
VIDA<br />
TUDO<br />
DEUS<br />
VALE<br />
<strong>Sim</strong>! Há quem diga que fofocas nas<br />
comunidades vivas surgiram. Era esperado, fazer o quê?<br />
Tenhamos pena dessas almas! Foram seres que<br />
recriminaram a Raça Humana e sua graça. Logo (por sua<br />
Escrita!) se cansaram dos Humanoides gerais, dizendo<br />
que não se deve mensurar e compactar tudo a esmo; que<br />
se gastam as energias com tolices em vez de agrupar as<br />
experiências pelo futuro. Os Humanoides pediram fé, e<br />
que rezassem juntos. Mas os fofoqueiros se revoltaram e<br />
se retiraram da reunião da Junta dos Planetas, desde<br />
então não batendo muito bem por alegar que a teimosia<br />
assola.<br />
'VIDA TUDO DEUS VALE'.... Favor girar o<br />
poema e escrever em círculo infinito!!<br />
Ouvi ainda um poema mais de humanoides<br />
naquela vez, era este:<br />
'A bem estreita que possamos acreditar,<br />
a caminhada que nós procuramos<br />
com tanta divindade, é amar!'
“Já em outra época, e como em um piscar de<br />
olhos, ouvimos o que Shaira dita, é como um clarão, a<br />
reaparição enérgica nos confins de sua certeza (...)<br />
Ela tem os olhos brancos, raios lhe partem e<br />
aniquilam os ares, tudo está carregado. Volta, gira, dança<br />
e deslisa em si no firmamento que a vê, veja você<br />
também, ela pulsa desde as vontades aos seus cabelos,<br />
flutuando na brisa energética da beleza de todas as mães.<br />
E expulsa, tem a voz insuperável:<br />
“SOOU O RAIO E O TROVÃO, MELANOCETUS<br />
JOHNSONII VIROU UM DIABO-NEGRO, KALOKAGATIA É<br />
SÓ MARTYR, CYNICAL BUSTO PARA ESPELHOS........<br />
CRIARAM ÍDOLOS, CRIARAM O MEDO E UM PECADO<br />
ORIGINAL PARA SER CARREGADO EM CADA UMA DE<br />
SUAS ATITUDES, OFUSCANDO A CRIAÇÃO... E A CADA<br />
HERÓI PETRIFICADO.... KALOS KAI AGATHOS RESPEITA<br />
O PAJÉ QUE LHE ENSINA MAIS, FALAVAM COM OS<br />
ESPÍRITOS DAS FLORESTAS, SANANDO SEUS CORPOS<br />
E TRONCOS, MENTES.... A LINGUÍSTICA LHES<br />
FAVORECIA DURANTE A MANIFESTAÇÃO EM DEUS...<br />
VIA. DESCUBRA VOCÊ, AME DEMAIS, O QUE IMPORTA<br />
É O BEM.'”
“Na planície do planeta dos calmos, este que<br />
parece um Céu, vemos Shaira. Ela caminhava em sua paz,<br />
e tão logo se detém, como estivesse olhando para todos<br />
nós, comenta apenas enquanto a bruma daquela manhã<br />
vai dando espaço para a luz do seu segundo sol, são então<br />
os ares de sua justa boca que percebemos:<br />
– Mas quem ainda não tem certeza? Que boa é<br />
sua companhia, esquecemos as regras impostas pelas<br />
forças equivocadas e suas teimas.... Deve ser encarado<br />
com pena, devemos rezar para que passem por cima dos<br />
próprios erros. Foi redescoberta a Paz!”
SHAIRA APRESENTA OS FOTOGRAMAS RESTANTES E<br />
SUAS GRAVAÇÕES, ELA LÊ ESTES ÚLTIMOS<br />
ARQUIVOS INSULARES DE JESÚ ANTES DE SEU<br />
DESENCARNE
APRESENTAÇÃO 76.<br />
“Discordar e dizer 'não'?”<br />
Mas por quê? Eu, heim. Falo é SIM
APRESENTAÇÃO 77.<br />
“Televisão com cheiro*”<br />
“Enquanto prepara algumas receitas provando<br />
seus temperos, a Gran Chefa de Cozinha dAi Nefertiti<br />
papeia com sua entrevistada, a lerda Haja, como era<br />
conhecida. E é essa que faz uma pergunta capciosa,<br />
desequilibrando a dAi ao vivo:<br />
– Estamos em pleno ar pela TV COM CHEIRO?<br />
– <strong>Sim</strong>, lesa! Todas sabem, toda hora tem que<br />
repetir. A chefa não deixa barato.<br />
– <strong>Não</strong> precisa me dar um fora ao vivo!<br />
– Precisa então que você se porte.<br />
– Mas é uma mega invenção, não vê?<br />
Experimenta, vai, chefa, o nome é bom humor!<br />
– <strong>Não</strong>, doida. Esquece, o público não se liga<br />
nisso. Do que estávamos falando?<br />
– De que 'nada escapa ao olhar de uma<br />
mulher', e como você é seca...<br />
– Mais do que legal isso, tenta escapar lisa a<br />
chefa mais uma vez. - E vamos continuar com essa receita<br />
tão conhecida, ela continua.<br />
dAi pega um pouco de Salta, que por milênios<br />
serve de alimento base polivalente ao povo Gulodiça;<br />
sabemos agora que a Salta é extraída serelepe do solo de<br />
lá, algo como acontece na fabricação da deliciosa tapioca<br />
dos sonhos dos terráqueos! Salta e a chefa como<br />
performance rindo para o público. Que coisa pálida e sem<br />
fermento! A senhorita Haja, bem engraçadinha,<br />
surpreende outra vez e despeja uma jarra de guaraná<br />
encima da mesa, molhando assim sua chegada dAi com o
guaraná e a Salta, brinca a lerda:<br />
– Vamos provar, minha gente!!!<br />
– Saibam que a fome cega o indivíduo... – sem<br />
graça a chefa olha para Haja e tenta achar uma solução e<br />
um motivo para aquilo.<br />
– Viva o Tempo, mesmo a dilacerar estes<br />
alimentos para tua energia e deles nutrir os pensamentos!<br />
finaliza a senhorita Haja. dAi escolhe uma câmera e recita<br />
um velho texto que ela aprendera quando ainda não tinha<br />
posses:<br />
– Bem, vocês sabem, aqui no auditório tudo é<br />
imprevisto para a diversão do público.<br />
– As invenções... Haja corta a onda da chefa,<br />
essas invenções dos povos e eras reunidas retradu... xidas<br />
para tantos planetas e formas de se pensar.... perguntem<br />
se o que a chamada Ciência vai prolongar de juventude<br />
pelo cérebro humanoide!!?? Se estes corpos querem<br />
evaporar... querem o espírito livre, poiseu lhes digo:<br />
COMAM BEM! SELECIONEM!!!! MELHOR NUTRIR QUE<br />
EMPORCALHAR SEUS PERISPÍRITOS!<br />
– Segura a minha mão, Hajinha.... fala a<br />
chefa, parecendo comovida – e a assistente convidada<br />
obedece. dAi continua: – Sente urrar essa sensação de<br />
confiança.... o cheiro dessa iguaria envolve uuuuuuuhn...<br />
satis fac tar... arsenal de substâncias químicas... Legal é<br />
que cada que uma de nós pode manipular a própria<br />
mente. Mas evitando abusos... e pausa, respirando fundo.<br />
– <strong>Não</strong> há temores, fala a assistente, cortando<br />
de novo. É um 'conceito' ultrapassado... esbalda, dAi!<br />
Chega de enrolar essa gente! fala alto, na chamada língua<br />
Extraterrar, para que todos possam entender.<br />
– Falta de tempo para pensar na Vida e se
eorganizar? Dá uma beliscadinha... diz a chefa, sempre<br />
tentando mudar de assunto. Então prossegue no discurso:<br />
TELEVISÃO COM CHEIRO, A MAIOR INVENÇÃO DO<br />
SECULAR! MUITA SALTA PARA VOCÊS!!<br />
Haja ficou só olhando e balançando a cabeça em<br />
sinal de reprovação, e em seguida fala por cima do<br />
sorriso falso da chefa dAi:<br />
– É, dá uma volta no perímetro pra sair dessa.<br />
Rapidamente entram os comercias e a chamada da<br />
emissora:<br />
Ve ndo o prog ram a 'COMiDA ჯ OS DEUSES', da<br />
Gran Chefa de Cozinha dAi Nefertiti, sempre conosco na Gulodiça<br />
E a transmissão segue...”<br />
* Ouvi essa historieta no mesmo mercado dessa região<br />
das gulodices, já em meus últimos tempos de estudo, fui<br />
saber o que acontecia àquela gente para que engordasse<br />
tanto. Soube que era mais do que por reserva de energias.<br />
Espero que tenham tirado boas conclusões sobre suas<br />
manias e ansiedades, ou rido um pouco lendo essas<br />
coisas.
APRESENTAÇÃO 78.<br />
“Programa Trucidadoragens”<br />
“Um dia até saiu uma reportagem sobre um<br />
caso meu, foi em todas as mídias, era assim, segundo<br />
constou na interpretação deles: 'Ao ejetar-se de sua<br />
capsula, e saindo esbanjando que 'O palavrão já existiu<br />
tanto quanto as expressões e descrições chulas, portanto,<br />
respeitadas; a diferenciação ocorre no tratamento e na<br />
malícia', o procurado Capitão de Silva, que também diz<br />
vir até aqui com a pretensão de nos alertar que hoje<br />
temos a libertação, e que tudo podemos, digamos, ao<br />
mesmo tempo; comenta ele da mesma forma que o nosso<br />
livre arbítrio funciona para podermos compreender o<br />
quando; no caso, o hoje é agora, o que há hoje será<br />
amanhã; na medida que nossa percepção seja parcial, pois<br />
a lei da compensação, a lei acima ou abaixo, positiva ou<br />
negativa, tudo isso e mais nos torna atuantes pela<br />
iniciativa; além disso ele comenta ainda que seu filho virá<br />
à vida útil para ensinar muito mais às pessoas, e que esse<br />
filho pertence a um grupo de mensageiros de luz que de<br />
tempos em tempos aparece para certas missões'.<br />
Aqui há um corte na transmissão para as<br />
palavras seguintes de Jesú da Silva, ele mesmo em<br />
depoimento gravado:<br />
“– Acho que a propaganda fez melhor que muitas<br />
das minhas explosões e perseguições, aí sim. Quero ver a<br />
superação, só mais (...)<br />
Agora devo me calar, repito demais, por essas<br />
e outras é que me chateiam. Fala o ditado popular que 'se
é mesmo com fome que reclama o chato, repetindo como<br />
matraca que tenho fome, tenho fome, quero isso, quero<br />
aquilo. Se tem fome, poupa a saliva, é o alimento da<br />
palavra.' A fé é na Vida, na certeza, e na partícula.”<br />
A câmera fica paralisada focando o rosto dele<br />
por uns instantes, e então calmamente Jesú se levanta e<br />
sai andando. De onde estava, já não o vemos.
APRESENTAÇÃO 79.<br />
“Cientista Bouca (Tentou na minha cara ser<br />
louca, nem má chega)”<br />
“Vem ela tagarelando, começa Jesú essa<br />
narrativa peculiar de algum planetoide aí e da cientista<br />
Bouca. Era uma figura bem conhecida oportunista. A<br />
memória de seu planetoide se aproxima do colapso,<br />
estando as conclusões embaralhadas... a Bouca então fala<br />
o que pode, já não é a mesma:<br />
– .....pela tempestade magnética ---raios,<br />
trovões ao chegar------ campos gramados e imensidões de<br />
rios lotados de vitórias-régias, espécies parecidas com as<br />
da minha velha Amazônia...... ---- Artificial, extinta, minha<br />
irmã usando aquela vacina injetável de vitaminas para<br />
fortalecimento, e sua dependência contínua, recursa ---<br />
– Ei, eu lembro de você de antes...... responde<br />
Jesú. – Vendia substâncias que deixavam as pessoas<br />
inebriadas por uma meia hora, mais ou menos....<br />
– ------- Êhhta, lasqueira!!---- Era eu, mais<br />
nova!<br />
– Que houve, doida? Além da mudança de<br />
penteado!<br />
– Espera, estou tentando lembrar...........<br />
– Mas como assim?<br />
– ...........até a descoberta feita pela equipe<br />
coordenada pela bioquímica ------ A evolução prometida<br />
por essas substâncias, quando testada nos animais<br />
domésticos como gatos e cachorros, dos mais sociáveis,<br />
felpudos, com garras menos afiadas; bem, vimos que<br />
nunca mais foram apegados ou fiéis aos seus donos; a
finalidade prática da animalidade controlada parece que<br />
se reduz, e o que tenderia a se pacificar, facilitando ao<br />
humanoide em geral------<br />
– Hãn? Como é que é? Você dopava animais<br />
para testes??? Além de poluir pessoas, você.....<br />
– Partindo do ponto do que dizem ter dito um<br />
tal de Parmênides, cujo ser é, e o não-ser não é, pois que<br />
temos o que está conosco. A confusão proposta se dá<br />
porque desse experimento ainda não sabemos muito ao<br />
certo... Linda é a vírgula dentro dos conceitos escritos, dos<br />
contidos nos diversos livros do Universo, não é Jesú!?<br />
Dizem que é a como a Filosofia terráquea que... sempre<br />
foi?.... a que rege estas premissas.<br />
– Falam que você é louca mas pelo visto é<br />
mal caráter mesmo. Quando age baseada em<br />
interpretações atazanadas retiradas de livros sagrados, aí<br />
tenho mais certeza ainda. Mas ninguém pode afirmar nem<br />
condenar, como sempre o foi!-------------<br />
– <strong>Não</strong> sou terráquea, mas tudo bem..... Use<br />
outros padrões.<br />
– Só se especula-------------<br />
– Ê, me ouve não? Como sabe?<br />
– Espero que pare com tais experimentos.<br />
– Mas acorda. É só PALAVRA, seu pensamento<br />
e reflexo. Só se reconhece a VIA. Vou lhe dar um tapa pra<br />
ficar mais esperta!!!!<br />
– Vi seres sofrendo, ou acha tudo isso normal e<br />
necessário quando preciso? Hein, Bouca??<br />
– Onde foi isso?<br />
– Vai dizer que o que faz é de boa vontade??<br />
Os animais não falam...<br />
– Eu te digo que as escavações e as caças
foram apenas para adicionarem os nomes das vítimas aos<br />
seus de batismo, funciona assim para quem caça; recursos<br />
sempre cifram OUROS, naturais por natureza, seres,<br />
escravos..... tudo que possa fazer naves, remédios,<br />
substâncias para atenuar dores...... Chega de comoção,<br />
essa é uma bobeira; já se houve muito antes da gente......<br />
Trouxeram as doenças e bactérias, geraram a falência de<br />
toda e qualquer compaixão... pelo agrado geral. É por isso<br />
que existem invenções, isso mesmo! Em contrapartida, a<br />
alta de praticidade......... ----------<br />
– Claro, e você segue o caminho trilhado em<br />
época inominável... conheço um pouco disso nos discursos<br />
partidários, cruz-credo!<br />
– <strong>Não</strong> zomba, nem sabe em que dá!<br />
– Eu não zombo nada pelo visto, estou só te<br />
ouvindo, mas você em nenhum memento escuta o outro<br />
lado dessa coisa toda.<br />
– Eu conheci sua Shaira, em seu povo havia<br />
mais gente cultuando o Fogo. Ela gostava da<br />
contemplação, das visões, esclarecimentos, do calor<br />
interno----- Ela viveu até em colônias, vielas, cidades<br />
inteiras por juramentos---------- a impulsionar corpos<br />
vestindo pele de jaguar frente ao --- suor. Muitas<br />
mulheres bípedes cobertas de joias do povo dela queriam<br />
o mesmo. Grandes salões luxuosos repletos de rubis,<br />
pérolas. Sua classe ao contemplar esses personagens<br />
míticos e as algas azuis semeadoras de oxigênio era<br />
genuína; igualitárias no Fogo, diversas raças se uniam só<br />
para atiçar o senso comum... traziam em si pura Vida....<br />
Então Shaira não foi culpada em nenhum momento?<br />
Vocês dois se acham demais!<br />
– Nunca a vi persistindo, Shaira vem de uma
meta de nunca maltratar, e, mesmo assim, a pele do<br />
jaguar é doada por suas instrutoras Guardiãs mesmo antes<br />
de seu nascimento, em agradecimento à Natureza, da<br />
mesma forma as pérolas são. São dádivas!!<br />
– Mas....<br />
– Formam a cultura das Guardiãs. <strong>Não</strong> foram<br />
fases..... fases de momento, nem caprichos. <strong>Não</strong> ataque a<br />
gente, quero te mostrar que você pode se regenerar. Te<br />
trago um regado---------<br />
– Claro, já vi daqui. Me deixe, quero saber não,<br />
vou é embora dessa conversa!<br />
– Você é uma mãe também, esteja pronta.<br />
Virá!<br />
– Daqui a tantos anos.... Ahãm<br />
IMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM<br />
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM<br />
MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM<br />
MMMMMMMMMMM<br />
A transmissão se perde inesperadamente.
nós”<br />
APRESENTAÇÃO 80.<br />
“PirΔmides pelo mundo.<br />
◊ Pirâmides entre<br />
Este é um capítulo à parte falando de como<br />
foram encontradas pirâmides em outros planetas e seus<br />
respectivos registros em desenhos. O paredeiro dessa<br />
apresentação é desconhecido
APRESENTAÇÃO 81.<br />
“O Mundo das Moreias”<br />
Mesclas de todos os tamanhos e escamas, são<br />
múltiplas as cores que dominam os mares com suas<br />
irritadas assassinas de pequenos peixes atomificados!<br />
Chegaram e disseram que nos registros 'aqueles'<br />
que seria incluído o capítulo da cara versão da história da<br />
Ilha do Doc. Mourreu, ou o Mundo das Moreias, e que se<br />
substituiria por outro nome se fosse exibida na Terra;<br />
haveria igualmente muita explosão e disfarces sensoriais;<br />
novas espécies dominantes melifluiriam vindas dos fungos<br />
que surgiriam dos desgastes.<br />
É de se esperar que na ilha ocorram muitos<br />
beijos gerais e sejam vistos casais unificados aos pedintes em<br />
transição; classes de expurgos em tamanho secular<br />
apareceriam, além dos seres horripilantes das profundezas<br />
aquáticas de alguma evolução tresloucada desde um<br />
meteorito musguento que caíra ao acaso e na derrocada dos<br />
posteriores humanoides, tão involucrados às eras e tropeços<br />
seus; seguiria o surgimento no clarão do destino do melhor<br />
metal a se dobrar às vontades criativas; muitos aspirariam<br />
gases quebrifatos maquinados em poluições, e... já sem<br />
dentes, até pelados... nos abrigos forçados por estufas e<br />
incubadoras de doenças, couraças, infecções... bem, as<br />
pessoas não entenderiam a si mesmas. Agonizariam estes<br />
seres!! Fixariam seus olhares por demais desidratados,<br />
famintos, sem... ☼<br />
Vejo mais nas Moreias...... é por definição um<br />
abatedouro, e ainda acham isso sua glória, embutida na
crônica que lhe realça, assim clamam. A princípio só<br />
existiam os seres tipo 'crustáceos' (Para terráqueos essa é<br />
a melhor referência que se pode dar, já que os padrões<br />
daqueles seres estão além de qualquer compreensão...);<br />
existiam também os invertebrados....... ou seres naquelas<br />
carapaças duras......... mas nem em meio de sal, nem<br />
vaga-lumes, lulas, gosmiantes e peixes de luz... Apenas<br />
não se desidratavam, devido ao exoesqueleto..........<br />
apresentavam dois pares de antenas....... brânquias......<br />
olhos compostos que se moviam para um melhor<br />
comodismo.......... Muitas das citadas Ciências Vãs<br />
experimentaram e ali fizeram seus testes acelerando as<br />
metamorfoses desfocadas, ora pensando em como<br />
inutilizar alguém, seja atribuindo novos aspectos às<br />
larvas............ ora pela imposição da total tristeza. Havia<br />
também o grupo das Lesma$ que não suavam, porque<br />
eram caranguejos sutis (e de tamanho equivalente ao<br />
coeficiente humano); elas queriam remodelar suas<br />
moléculas para ficarem igualzinhas às moléculas de água,<br />
só que nunca coexistindo de forma elementar. E por aí<br />
vai, né!<br />
Entenderam como era no Mundo das Moreias?<br />
Mais ou menos, não é, pensem em como ninguém quer<br />
pôr o seu na reta e ajudar quem sofre. Ai, ai
APRESENTAÇÃO 82.<br />
“Oração”<br />
Fala Shaira, Guardiã da Palavra<br />
“Espaço!!! Estas foram, de todas, minhas<br />
melhores palavras, observações e definições de seres<br />
seculares... Vida! diz a bela Shaira. Aprendera essa<br />
saudação na maior saudade, um senso já devastado,<br />
durante uma reunião de raças; lá inclusive lhe contaram<br />
alguns detalhes da tragédia dos Humanos e seu início,<br />
além de como funcionava o planeta Terra, lar de<br />
expiação. Eis que quem entrava na Terra era iludido com<br />
as percepções, continuando a zerar-se a cada período de<br />
fertilidade do planeta, ou seja, de tempos em tempos tudo<br />
mudava para que o recomeço seja digno. Um dos únicos<br />
empecilhos eram as mentes equivocadas que carregavam<br />
as memórias das proles humanas com teorias e<br />
explicações atazanadas para que acreditassem que o afã e<br />
a perseguição se valessem com a gentileza forçada, esta<br />
que é de se reprovar! A boa vontade salva da ruína poucas<br />
coisas...<br />
Shaira agora lê uma das poucas lembranças<br />
boas que o seu tempo físico presenciou na Terra. O nome<br />
é 'Oração da Deusa Andorinha':
Deusa Andorinha,<br />
Algumas boas Guardiães sabem, até redigem<br />
Há quem sisme com a plenitude nomeada e o<br />
que não alcançar<br />
É a gente humana repetindo!<br />
Querida amada, mas do fundo intacto da<br />
Floresta das Eras<br />
É pelo descuido do rebanho que nos ouça,<br />
rainha zelosa<br />
A gente humanizada se acha tão somente como<br />
filhos e filhas do erro<br />
Rezamos pelo entendimento e pelo que o Amor<br />
salva!!<br />
Agora, finda tanto, do assovio a planta revive na<br />
justa paz, vamos ouvir:<br />
Eu me questiono. Sou músicada!!!!!, ela grita, e<br />
o canto comove por toda parte<br />
Acontece que percebida a Beleza, grande obra<br />
Vida, apenas saudamos!
D e s f e c h o
Vocês devem ter concluído que na primeira parte<br />
o filho do casal ainda viria, e que na segunda a criança já<br />
nasceu e está conosco. Shaira por fim termina a leitura das<br />
memórias de seu amado com a consciência leve por terem os<br />
dois conseguido o que seu destino ditara. O que é ela fala<br />
nos textos a seguir vem de sua percepção sobre o que<br />
presenciou em vida.<br />
Depois da tríplice vida física por eles recorrida,<br />
fundem suas essências no que há de mais belo e altruístico,<br />
que é amar; depois, já imersos na Luz, por tudo o que há,<br />
podem enfim partir quando for a hora. Vemos então as<br />
palavras deixadas por Shaira, vamos ler juntos:<br />
'Deus não te abandona, mas você sabe no que<br />
erra; reassuma-se enquanto existir, veja a si, encontre você<br />
mesma(o), solte-se deste corpo pesado em seus atos, a<br />
matéria e o apego não são nada, nem servem de<br />
comparações, não há nem Tempo. Somos ainda<br />
representações.<br />
O Ser busca uma criação de ídolos e heróis, mas<br />
sentir Deus é a única verdade. Há Deus. Precisa você refletir<br />
o que foi, quer em umas necessidades aqui, outras ali, mas<br />
lide com o que os mestres do passado registraram,<br />
aperfeiçoe apenas as boas mensagens; medite, esteja leve.<br />
Que não existe Ser estagnado, o Tempo é uma promulgação<br />
do que permitimos. A vinda de mais seres para nossa ajuda<br />
é recíproca e de intuito evolutivo, esqueça o que for<br />
distrativo. Temos a vida bilateral, tamanha e cíclica,<br />
quantas vezes se lembrou de reencarnar? Ou nem acha que<br />
é possível?
Sofre, se confunde, pede; saia de si, sua reflexão<br />
é a Vida, somos em Deus, na Luz, na Vida, Amando.'<br />
Agora vamos rever algumas palavras do Jesú:<br />
'Sendo o mundo material apenas um recanto de<br />
prova e expiação, como nos informam, a seu devido dia a<br />
dia, por tantas formas, devemos portanto crer na fé, esta<br />
que nem medimos; vamos juntos traduzindo e tendo cada<br />
vez mais clareza, ajudando quem precisa; sem nós a muitos<br />
ainda não chegaria mensagem alguma!<br />
Pensem no coração da gente, seus dois lados,<br />
dessa união completamente é inundado o Amor. E<br />
funcionamos. Quem como tantos desde as eras longínquas<br />
proferiu suas palavras, colaborou, e, dessa forma, em<br />
cadeia, comungou tanto entendimento... é como chamamos<br />
Evoluir, a Iniciação, para que percebam, desde a veia e o<br />
sangue, existir para amar produz o inteiro sentido dos seres.<br />
Amar nos trará de volta, é o que queremos, e se por acaso<br />
algum de vocês se afastou, espera, respira. E tanto acima<br />
como abaixo, em sua percepção, sentirá a força divina.<br />
Já pensou na Energia? Energia move!'<br />
A seguir uma mensagem do filho deles:<br />
'Uma reaproximação urge, é a intuição, há<br />
muito ansiamos; ver só existe como recurso, como existem<br />
adjetivos, modos... vamos sentir mais da paz. Erigem-se as<br />
palavras e nomes, e mais e mais, comentam que Deus ou o<br />
Cosmo isso ou aquilo. Pensem daqui por diante em mais,<br />
fora de vocês, e por todos.<br />
Muitos vão se questionar: 'Que há no Estalar, na<br />
força que faz que apareçam os núcleos; dizem que começam
como fagulhas ou pequenas luzes, como no início de toda a<br />
Vida, materializada então por tamanha energia; o que está<br />
ali antes do Estalar, antes da Vida? Ante o Verbo há Deus!'<br />
Espera, você deve ir por partes! Existem diversos níveis de<br />
aprendizado, diversas moradas na casa do Pai!!<br />
Primeiro vai o Corpo, que sairá do Meio Comum<br />
e do Desleixo. Segue a Alma, que se extrairá do que for<br />
restando de carne e impurezas, novamente se atraindo ao<br />
Astral. Assim se revelará o Espírito, invisível, inaudito...<br />
caridoso, e a expressão do Todo se fará mais forte... <strong>Sim</strong>ples<br />
será no Entendimento quando você também se for depois da<br />
matéria, mas não existe a morte, esta é uma invenção<br />
induzida pelo medo contra nosso desenvolvimento, contra a<br />
Vida. Mas a Vida sempre vence!'
Shaira fala nestas páginas, conta o que<br />
aconteceu a ela, a seu filho, a seu amado<br />
Jesú da Silva. Esta Guardiã só quer ouvir a<br />
voz do Bem, só quer repassar, e que nós<br />
seres humanoides possamos continuar no<br />
caminho pela pureza, a escutar as<br />
mensagens que chegam através de seu filho.<br />
Shaira pede a Deus que nosso passado<br />
apenas se deturpe às boas novas, às vindas.<br />
O êxtase da vida na carne passara, mas para<br />
muitos ainda perturbam as sombras de<br />
conclusões equivocadas. Como dar um<br />
jeito? Acreditando em si e tendo fé? Vocês<br />
já sabem.<br />
Shaira tem nas mãos as façanhas<br />
perdidonas do Capitão da Silva, que tempos<br />
atrás foram deturpadas por forças do Mal,<br />
vindo a ser chamadas de histórias<br />
desvairadas e publicadas como folhetos<br />
infantis sob o título de <strong>Sim</strong>, e essas toscas<br />
reviradas foram mostradas ainda por cima<br />
para uma galera pouco atuante, trocando<br />
ideias por tolices, cheias de incentivos a<br />
vidas desperdiçadas!!!<br />
Dentre um dos últimos registros, está o que<br />
Jesú adverte para 'Quem tiver por esta<br />
tradução algum agraciar, quem preferir as<br />
decodificações às irrealidades, que duvide<br />
conosco. Só Deus seja louvado! A paz esteja<br />
no meio de nós.'
A primeira parte deste livro mostra como foram<br />
publicadas as memórias póstumas do Capitão Jesú da<br />
Silva. Seus escritos haviam sido alterados por um tal de<br />
Gogh, inimigo do Bem, e postos alguns ao público sob a<br />
forma de quadrinhos infantis. Jesú havia deixado<br />
instruções para seu filho com Shaira. O menino está aqui<br />
pela salvação do gênero humanoide. O destino promulga<br />
que somente tempos depois Shaira encontrará uma terça<br />
parte do conteúdo original, que veremos no segundo ato<br />
deste livro, já narrado e comentada por ela. Deus é por<br />
nós!
Capa de Marília Veloso (instagram.com/azingara_)<br />
Originais produzidos entre 2010-13-14-15<br />
<strong>2016</strong>, <strong>Paulo</strong> <strong>Vitor</strong> <strong>Grossi</strong>