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Aviacao e Mercado - Revista - 4

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Edição 04<br />

aviacaoemercado.com.br<br />

AVIAÇÃO TRIDIMENSIONAL - A IMPRESSÃO EM 3D<br />

PARTE DO SMARTPHONE E CHEGA REVOLUCIONANDO<br />

NA TECNOLOGIA AERONAÚTICA E AEROESPACIAL<br />

ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA PLANE<br />

AVIATION, DISTRIBUIDORA DA MAULE AIR INC<br />

E DA CIRRUS AIRCRAFT, SÉRGIO BENEDITTI<br />

O FAIRCHILD É UM DOS HERÓIS DA<br />

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ENTRE AS<br />

AERONAVES DE INSTRUÇÃO


EDITORIAL<br />

<br />

Fazer o último editorial de 2016 é gratificante,<br />

com sabor de missão cumprida. Um ano<br />

desafiador, com sérias crises nos poderes de<br />

comando do nosso Brasil. Um ano que só a<br />

ousadia e a criatividade trariam coragem<br />

suficiente para empreender, fazer o encontro<br />

do passado com o presente e ditar o futuro.<br />

Foi com esse espírito que surgiu a Aviação &<br />

<strong>Mercado</strong>, cria da A350, que busca se firmar<br />

como agência de conteúdo para mercados de<br />

nicho. A realidade necessitava ser encarada e<br />

a tecnologia incorporada aos processos criativos<br />

de multiplicação e distribuição de conteúdos<br />

em plataformas digitais. Tudo necessitava<br />

ser construído em um curto espaço de tempo.<br />

Uma plataforma multimídia para distribuir<br />

gratuitamente o conteúdo em formato de<br />

revista para manter o prazer da boa leitura ao<br />

leitor e cativar o mesmo, e também integrar a<br />

um site de conteúdo conectado às mídias<br />

sociais. Falta muito a ser construído, mas um<br />

projeto que se iniciou em agosto de 2016 e,<br />

em apenas 4 meses, ganhou corpo, visibilidade<br />

e conquistou milhares de leitores, consideramos<br />

isso uma grande conquista. Estamos no<br />

caminho certo para o sucesso!<br />

Conseguimos tudo isso graças à nossa equipe<br />

Cláudia, Nívea e Bruno e aos importantes<br />

colaboradores, Jardel, Carlos e demais que<br />

elaboraram e nos enviaram os seus artigos e<br />

fotos. Muito obrigado pelo apoio e pela ajuda!<br />

Também não posso deixar de agradecer a<br />

paciência de minha família por eu ter deixado<br />

de viver com ela várias horas da minha vida<br />

para fazer esse projeto andar. Aos parceiros<br />

comerciais que acreditaram e postaram em<br />

nosso projeto, que, na primeira edição da<br />

revista tinha apenas 32 páginas e apenas 3<br />

matérias, porém de conteúdo exclusivo,<br />

muito obrigado! E a quem ficou em dúvida<br />

ou ainda não conhece nossos projetos,<br />

convido-os a fazer parte desta nova realidade,<br />

que não é mais uma aposta, mas a<br />

melhor opção de mídia no mercado de<br />

aviação do Brasil.<br />

Presidente<br />

Vilso Ceroni<br />

Editora<br />

Cláudia Terra (MTB 26254)<br />

https://entusiastaadventure.blogspot.com.br/<br />

Projeto Gráfico / Diagramação<br />

Bruno Hilário<br />

Financeiro<br />

nivea@grupoc.com.br<br />

Nivea Ceroni<br />

Colaboradores<br />

Jardel Leal<br />

Carlos Barbosa<br />

Comercial e Marketing<br />

55 - 11 3467 6504<br />

vilso@a350.com.br<br />

Redação<br />

redacao@aviacaoemercado.com.br<br />

Acompanhe nas<br />

Redes sociais<br />

A350 - Mídias de nicho<br />

Aos parceiros comercial que acreditaram em um projeto que tinha apenas 32 páginas<br />

de uma primeira edição com 3 matérias para tomar a decisão se deveriam ou não<br />

apostar, obrigado aos que apostaram, e a quem ficou em dúvida convido-os a fazer<br />

parte de uma realidade e não mais uma aposta.<br />

Feliz Natal a todos e que 2017<br />

seja ainda mais gratificante!<br />

Estamos prontos para sermos<br />

desafiados, e para vencermos juntos!!!!<br />

04 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 05


A Força Aérea Brasileira<br />

(FAB) usou o Fairchild PT19<br />

para instrução por ele ser<br />

tão potente quanto os<br />

aviões de combate e<br />

atender plenamente essas<br />

exigências. Além disso, era<br />

uma aeronave barata, com<br />

baixo custo de manutenção<br />

e, na época, considerada de<br />

fácil pilotagem.<br />

Era o grande sucesso entre as aeronaves de instrução dos Estados Unidos e tinha o apelido<br />

de “Berço de Heróis”. ‘pilotar uma aeronave histórica é sempre descobrir o que sentiam<br />

nossos heróis nos primórdios da aviação. Experiência incrível e indescritível. Traz a essência<br />

do pilotar. A visibilidade é<br />

muito boa, levando-se em<br />

consideração que, literalmente<br />

pilotamos com o<br />

vento no rosto. Pilotando<br />

no posto dianteiro tem<br />

uma visão privilegiada. No<br />

posto traseiro a visibilidade<br />

vertical (abaixo), fica<br />

um pouco comprometida<br />

porque ficamos exatamente<br />

sobre a asa, mas<br />

nada que comprometa o<br />

voo. Quanto à alavanca<br />

externa, essa é uma<br />

manivela que é colocada<br />

do lado esquerdo do<br />

motor para a partida.<br />

Fairchild PT19<br />

Aeroclube de Pirassununga<br />

Cmte João D'Angelo's e o piloto recém habilitado<br />

Guilherme Luz, ambos do Aeroclube de Pirassununga<br />

Sala VIP<br />

É isso mesmo, a partida é à manivela’,<br />

explica Cmte João D’ Angelo´s, que<br />

acabou de assumir a presidência do<br />

Aeroclube de Pirassununga-SP. Ele é<br />

suboficial da reserva e foi, por mais de 20<br />

anos, Anjo da Guarda da Esquadrilha da<br />

Fumaça (Especialista em assentos<br />

ejetáveis). Após sair da Força Aérea, foi<br />

para a aviação comercial, onde voou<br />

aeronaves como o ATR.<br />

O PT 19 revolucionou a instrução de<br />

pilotos para a guerra. Esse monomotor<br />

biplace tinha algumas características que<br />

ajudavam os novatos, com suas longas<br />

asas e o trem de pouso mais espaçado,<br />

o que evitava acidentes durante os<br />

pousos. O seu sucesso foi imenso, levando<br />

o fabricante americano a liberar a sua<br />

fabricação por outros fabricantes fora<br />

dos Estados Unidos, entre eles o Brasil.<br />

Aqui ele passou a ser fabricado com<br />

nome de PT19 3FG com as asas sempre<br />

na cor laranja , um padrão das aeronaves<br />

e instrução da época nos Estados<br />

Unidos e que era mantida em outros<br />

países também. Eles eram fabricados em<br />

Fairchild PT19 3 FG Aeroclube de Pirassununga<br />

Cmte João D'Angelo's<br />

Aeroclube de Pirassununga<br />

em uma antiga fábrica no Galeão, no<br />

Rio de Janeiro, que chegou a produzir<br />

232, além disso, o Brasil recebeu 170<br />

aeronaves PT19 direto dos Estados<br />

Unidos.<br />

“Os PT-19 vieram ao Brasil como<br />

aeronaves militares importadas pela<br />

FAB em meados de 1943, com a finalidade<br />

de serem os treinadores<br />

primários da FAB.<br />

08 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 09


Em meados de 1960<br />

começaram a sair de serviço<br />

da FAB, quando então foram<br />

doados (por serem patrimônio<br />

da união) aos aeroclubes<br />

e museus. Foram utilizados<br />

como treinadores pelos<br />

aeroclubes até as décadas<br />

de1980 e 1990, quando<br />

foram sendo substituídos<br />

pelos CAP-4 e P56C Paulistinha.<br />

Passaram então a<br />

serem utilizados por entusiastas<br />

para voos de lazer e<br />

desporto.<br />

A nossa aeronave de prefixo PP-HQM está fora de<br />

voo desde 2001 por não possuirmos condições<br />

financeiras para execução do boletim de manutenção,<br />

que é uma exigência da ANAC para<br />

colocá-la em condições de voo. E pelo fato<br />

dessas aeronaves pertencerem à União, conforme<br />

contrato que temos (Aeroclube/ União), elas só<br />

podem ser doadas a outros aeroclubes ou museus<br />

públicos”, lamenta Tobias Chies, presidente do<br />

Aeroclube de Garibaldi-RS e Comte na Gol Linhas<br />

Aéreas com 12 mil horas de voo. O Fairchild do<br />

clube está em um hangar aguardando um momento<br />

para ser recuperado e voltar aos seus dias heróis<br />

dos céus, como várias outras aeronaves clássicas<br />

pelo Brasil, na mesma situação.<br />

PT-19 e Paulistinha Aeroclube de Pirassununga<br />

PT19 Aeroclube de Pirassununga<br />

10 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 11


Mas ainda há no Brasil<br />

alguns exemplares do<br />

Fairchild em plena<br />

condição de voo e estão<br />

integrando a frota, em<br />

alguns aeroclubes, e<br />

marcam presença em<br />

alguns eventos aéreos<br />

pelo Brasil, como o PT26<br />

da Classic Escola de<br />

Aviação, que e foi trazido<br />

ao Brasil de navio e aqui<br />

restaurada. Essa aeronave<br />

está em condições de voo,<br />

mas não é usada pela<br />

escola para instrução.<br />

Temos também o Fairchild<br />

PT19 3FG, uma das<br />

170 aeronaves fabricadas<br />

no Brasil com permissão<br />

dos Estados Unidos. O<br />

Aeroclube de Pirassununga-SP<br />

tem esse Fairchild<br />

de fabricação nacional,<br />

que esta em plena forma<br />

e nas suas cores clássicas<br />

com as longas asas laranjas,<br />

dos auros tempos em<br />

que o PT19 era usado na<br />

instrução da FAB. “Entre os<br />

anos de 1942 e 1943, 170<br />

essas aeronaves vieram<br />

voando dos EUA para o<br />

Brasil. Após isso, elas<br />

começaram a ser produzidos<br />

na fábrica do Galeão<br />

no Rio de Janeiro, com<br />

designação 3FG. O nosso<br />

PT-19 foi o terceiro a sair<br />

da fábrica aqui no Brasil e<br />

voou na Força Aérea Brasileira<br />

com a matricula<br />

0357 até 1961. O nosso<br />

PT-19 passou por vários<br />

aeroclubes, sendo voado<br />

inclusive por Alberto<br />

Bertelli. Em 1992 ele foi<br />

transferido do Aeroclube<br />

de São Carlos, depois<br />

para o Aeroclube de<br />

Pirassununga, onde ele<br />

foi restaurado, em 1998.<br />

O Aeroclube de<br />

Pirassununga então,<br />

passou por tempos<br />

difíceis nos anos de<br />

2009/2010 e esse avião<br />

ficou no fundo do<br />

hangar até que um<br />

grupo do aeroclube se<br />

mobilizou e o colocou<br />

em condições de voo<br />

novamente no ano de<br />

2013. Hoje nós mantemos<br />

o PT-19 através de<br />

um fundo de preservação<br />

e de doações. Ele está na<br />

categoria histórica.<br />

Fairchild PT19 Aeroclube de Pirassununga<br />

A aeronave pode entrar nessa categoria<br />

se ela tiver sido produzida antes de<br />

1967 e tiver relevância histórica. Após<br />

isso, o propósito dela é ir para a<br />

exposição é por esse motivo ela não<br />

pode dar instrução, por exemplo.<br />

Mas, o nosso PT-19, no momento, não<br />

está equipado com rádio, o que dificulta<br />

levá-lo para locais muito longe<br />

de Pirassununga, mas nos eventos da<br />

região nós geralmente estamos presentes.<br />

Sendo o maior, é claro, os<br />

Portões Abertos da Academia da Força<br />

Aérea! Mas ele esta em perfeitas<br />

condições de voo . O PT-19 não faz<br />

voos panorâmicos como as outras<br />

aeronaves, mas quem desejar fazer um<br />

voo em nosso Fairchild poderá fazê-lo<br />

mediante uma doação ao fundo de<br />

preservação e para isso basta entrar<br />

em contato com o clube e agendar o<br />

voo. Inclusive a pessoa recebe um<br />

certificado por ter contribuído para a<br />

Fairchild PT19 Aeroclube de Pirassununga<br />

sua preservação. O nosso aeroclube<br />

tem outra aeronave antiga, um planador<br />

Olympia Meise, que está desmontado<br />

no momento. Nossa<br />

intenção é colocar esse planador em<br />

condição de voo e incluí-lo na<br />

mesma categoria que em está o<br />

PT-19”, explica Guilherme Luz, piloto<br />

privado e Assessor de Comunicação<br />

do Aeroclube de Pirassununga-SP.<br />

Lembrando que, embora os Fairchilds<br />

naturalmente possam realizar<br />

manobras mais radicais , o voo com a<br />

aeronave do Aeroclube de<br />

Pirassununga não inclui acrobacia<br />

para evitar riscos de danos à<br />

aeronave, que deve ser preservada e<br />

somente faz voos de demonstração,<br />

tranquilos. O tempo de duração do<br />

voo varia com o valor doado. O valor<br />

mínimo para doação é cerca de 250<br />

reais, com esse valor o doador<br />

ganha um voo de 15 mim.<br />

12 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 13


De acordo com Guilherme<br />

Luz, o fundo de preservação<br />

foi uma alternativa<br />

que o aeroclube encontrou<br />

para preservar<br />

aeronave e que essa iniciativa<br />

é aprovada pela ANAC<br />

e poderá ser usado por<br />

outras aeronaves, como o<br />

planador antigo do clube<br />

que aguarda restauração.<br />

O fundo foi criado logo<br />

que o PT-19 voltou a voar,<br />

em 2013, uma iniciativa<br />

criativa para preservar<br />

esse clássico da aviação.<br />

De acordo com Guilherme,<br />

com o sucesso do<br />

fundo, o aeroclube não<br />

precisa tirar dinheiro das<br />

outras áreas e transferir<br />

para a manutenção do<br />

PT19, o fundo de preservação<br />

tem funcionado<br />

muito bem.<br />

O Fairchild PT-19 é um<br />

monoplano de treinamento<br />

primário americano<br />

fabricado pela Fairchild Aircraft. Essa aeronave serviu com<br />

as Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos durante a<br />

Segunda Guerra Mundial. A variante final foi o PT-26, que<br />

usou o motor G-440-7. E, por conta do seu sucesso no<br />

treinamento dos pilotos de guerra americanos, a demanda<br />

por essa aeronave por outros países levou os Estados<br />

Unidos a permitir a fabricação do PT19 para além de<br />

suas fronteiras. As versões de fabricação canadense destas<br />

aeronaves foram chamadas de Cornell.<br />

A Aircraft Manufacturing Company foi fundada por Sherman<br />

Fairchild, em 1924, como Fairchild Aviation Corporation,<br />

com sede em Farmingdale, Leste Farmingdale e Nova<br />

Iorque. A empresa produziu a primeira aeronave com um<br />

cockpit completamente fechado e trem de pouso hidráulico,<br />

a Fairchild FC. A Fairchild Aircraft de Longueuil,<br />

Quebec, Canadá era um fabricante de aeronaves durante o<br />

período de 1920-1950, que serviu como uma subsidiária<br />

da empresa Fairchild americana.<br />

Fairchild PT 26 Cornell AFB Washington<br />

Fairchild PT19 Aeroclube de Pirassununga<br />

Em 1935, a Fairchild foi contratada pelo governo dos EUA para fazer fotografia aérea<br />

para pesquisa, no controle de erosão do solo e seus efeitos. A alta capacidade de<br />

desempenho a levou a se tornar uma das mais populares aeronaves da época. O<br />

Fairchild 71, monoplano, foi um dos três principais aviões usados por Richard E.<br />

Byrd, entre 1928-1929, em uma expedição ao Polo Sul. Essa aeronave foi utilizada<br />

para voos de teste e de reconhecimento.<br />

A Fairchild Engine Company<br />

foi formada com a<br />

compra da Caminez<br />

Engine Company em<br />

1925. Em 1929, Sherman<br />

Fairchild adquiriu uma<br />

participação acionária<br />

majoritária na<br />

Kreider-Reisner Aircraft<br />

Company de Hagerstown,<br />

Maryland. A empresa<br />

mudou-se para<br />

Hagerstown em 1931.<br />

Fairchild PT19 Aeroclube de Pirassununga<br />

Fairchild PT 26 Cornell<br />

14 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 15


Durante a Segunda Guerra<br />

Mundial, foi produzida<br />

aeronave Fairchild PT-19,<br />

PT-23, PT-26 (Cornell) e<br />

AT-21, C-82 Packet de<br />

transportes .O Fairchild<br />

AT-21Gunner, um<br />

treinador bimotor, foi<br />

fabricado em uma antiga<br />

fábrica em Burlington,<br />

Carolina do Norte. Também,um<br />

grande número<br />

do Fairchild 24 (C-61 /<br />

Argus) foram produzidos<br />

para as forças armadas<br />

(principalmente como o<br />

Argus para a Royal Air<br />

Force) e continuou a produção<br />

após a guerra para<br />

o mercado civil.<br />

O Fairchild C-119, com<br />

cockpit coberto, era uma<br />

aeronave de transporte<br />

militar dos EUA desenvolvida<br />

a partir da II<br />

Guerra Mundial. O C-119<br />

pode transportar carga,<br />

pessoas e equipamentos<br />

Fairchild PT 23<br />

mecanizados. O C-119 fez, em novembro, de 1947 seu<br />

primeiro voo. Parou de ser produzido em 1955, quando<br />

mais de 1.100 C-119s tinham sido construídos para uso na<br />

força aérea canadense e outros países.<br />

Durante os anos 1950, a Fairchild era uma empresa subcontratada<br />

da Boeing para o B-52, para fornecimento de<br />

fuselagem e de painéis laterais. Mais tarde foi construído o<br />

F-4 Phantom II, aeronave militar. A associação da Aircrafit<br />

Fairchild com a Boeing continuaria até à década de 1980.<br />

Em 1964, a empresa adquiriu a Hiller Aircraft, mudando seu nome para Fairchild Hiller<br />

e passou a produzir o FH-1100 até 1973, quando a divisão de helicóptero foi vendida<br />

para Stanley Hiller. Em 1965 a empresa adquiriu a República Aviation Company.<br />

Fairchild PT 23<br />

Thunderbolt II sobre o Mar Mediterrâneo<br />

16 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 17


Após a morte de seu fundador, a Fairchild mudou seu nome para Fairchild Industries,<br />

em 1971, antes de comprar a Swearingen e da fabricação do Fairchild Swearingen<br />

Metroliner, um aviao para transporte, que foi um de sucesso e conquistou o exército<br />

norte americano. Em 1971 a empresa começou a desenvolver o A-10 Thunderbolt II.<br />

Systems. A Elbit Systems, fundada em 1996, com sede em Haifa, Israel, é uma empresa<br />

com destaque na produção e exportação de tecnologia militar, responsável, por<br />

exemplo, pela fabricação de veículos aéreos não tripulados, como drones, e de equipamentos<br />

para os carros de combate Merkava. Em agosto de 2016, o Conselho<br />

A empresa desenvolveu<br />

também o T-46, avião instrutor<br />

para substituir os Cessna T-37<br />

de instruição, mas esse não foi<br />

aceito pela força aérea por<br />

causa de problemas de<br />

desempenho. Em 1996, a<br />

empresa foi renomeada Fairchild<br />

Dornier e iniciou a produção<br />

do Dornier 328 em 1998<br />

sob licença da DASA .<br />

Em 2003 os ativos da Fairchild<br />

foram comprados pela M7<br />

Aerospace e a nova empresa foi<br />

transferida para San Antonio.<br />

Em 15 de dezembro, de 2010, a<br />

M7 foi comprada pela Elbit<br />

Fairchild PT 26<br />

Administrativo de Defesa Econômica<br />

autorizou a compra pela Elbit, da Mectron.<br />

A divisão de comunicação militar<br />

da Odebrecht estaria à venda devido à<br />

crise financeira, na qual o grupo está<br />

envolvido nas investigações de corrupção<br />

da Operação Lava Jato da Polícia<br />

Federal, no Brasil.<br />

Três versões foram produzidas do TPT 19,<br />

a última foi o PT-26. O custo e simplicidade<br />

das várias aeronaves PTs fizeram<br />

dessas as mais populares aeronaves no<br />

mercado após a guerra e muitos ainda<br />

estão preservadas e são utilizados por<br />

proprietários privados e aeroclubes em<br />

vários países. Foram aeronaves de inegável<br />

sucesso naqueles tempos.<br />

Fairchild Cornello<br />

18 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 19


Embora a política do exército tivesse uma tendência em favorecer o biplano para programas<br />

de treinamento de piloto na Primeira Guerra Mundial, os treinadores de asa<br />

baixa da Fairchild foram construídos em quase tão grande número como fora os biplanos<br />

Boeing-Stearman sendo amplamente utilizados em escolas de formação dos Estados<br />

Unidos e fora dele, como Brasil e Canadá.<br />

O Fairchild canadense, designado Cornell 10712<br />

PT-26, fez seu primeiro voo em 29 de junho de<br />

1943 e foi então, levado para a Royal Canadian Air<br />

Force como 10712 e designado para fazer parte<br />

das atividades de treinamento de voos básicos. A<br />

aeronave Cornell 10712 foi uma das cinco compradas<br />

a partir do excedente de guerra por Paul<br />

Durand e o seu filho Bob. Depois de mais alguns<br />

proprietários em Quebec e Nova York, o Cornell<br />

10712 foi adquirido pela Vintage Wings, do<br />

Canadá e restaurada nas cores originais.<br />

Atualmente há exemplares<br />

originais Fairchilds 19 e 26 em<br />

museus pelo planeta, além de<br />

muitas réplicas e alguns originais<br />

que ainda estão em plenas<br />

condições de voos em vários<br />

países, como aqui, onde<br />

temos a sorte de termos<br />

alguns exemplares desse clássico<br />

da aviação mundial ativos<br />

para voos.<br />

O empenho e a dedicação de alguns<br />

clubes para preservar suas aeronaves,<br />

seu acervo aéreo, merece reconhecimento,<br />

pois o sucesso nesse empreendimento<br />

nem sempre fácil de se conseguir, mas<br />

sempre vale a pena usar a criatividade<br />

para consegui-lo sempre e de modo honesto<br />

e justo. Que a iniciativa de sucesso<br />

do Aeroclube de Pirassununga inspire a<br />

outros clubes e que todos que considera<br />

importante preservar a história, nas suas<br />

mais variadas formas, sempre apoiem<br />

iniciativa como a criação do fundo para<br />

preservar uma aeronave clássica, que no<br />

caso do Fatichild PT19 é uma importante<br />

parte da história aeronáutica nacional e<br />

mundial, que pode continuar a ser admirada<br />

pelos seus voos, pelo som e designer<br />

exclusivo<br />

pelos céus<br />

do Brasil.<br />

Fairchild do Aeroclube de Pirassununga<br />

20 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 21


-<br />

<br />

<br />

Nas edições 2 e 3 da<br />

Aviação & <strong>Mercado</strong> apresentamos<br />

a trajetória dos planadores,<br />

partimos da<br />

Segunda Guerra Mundial e<br />

chegamos aos nossos<br />

tempos, com as evoluções<br />

dessas fabulosas máquinas<br />

desmotorizadas, que dão<br />

mais belezas aos céus com<br />

seus voos planados. No<br />

Brasil os planadores mais<br />

usados ainda são Nhapecan<br />

e Quero-Quero. Planadores<br />

de fabricação nacional e<br />

baixíssimas performances,<br />

se comparados com os<br />

importados alemães e poloneses,<br />

que são os melhores<br />

para voar sem motor, com<br />

tecnologia e performance<br />

no que diz respeito há planadores.<br />

E já estão presentes aqui no Brasil, um modelo como o<br />

alemão Alexander Schleicher ASH30, que possui 26m<br />

de envergadura e razão de planeio que pode chegar<br />

facilmente a mais de 1:60. Um detalhe interessante é<br />

que assim como o ASH30 e outros planadores de<br />

ultima geração, eles vêm equipados com motores<br />

também, transformando-se em motoplanador, o que<br />

lhes dão independência na hora das decolagens.<br />

Nesta parte final da trilogia dos planadores apresentamos<br />

um pouco dos procedimentos para voar de planador,<br />

o voo planado. O curso para piloto de planador<br />

possui duas modalidades, uma para quem não é piloto<br />

de nenhum tipo de aeronave e outro para pilotos em<br />

alguma modalidade. Para quem não é piloto e esta<br />

começando na aviação os requisitos são: Requerimento<br />

de Licença. Desde 2012 os exames<br />

médicos (ccf/cma) não são mais<br />

emitidos em papel, sendo<br />

obrigatório o candidato<br />

ter seu Código<br />

Anac para<br />

Aeroclube de Bebedouro<br />

realizar o exame; Procedimento para gerar o código ANAC; Procedimento para<br />

realização do Exame Médico 4ª Classe para PPL e 2º Classe para PP:<br />

1 - Exame medico 4ª classe – Procedimentos Clique aqui<br />

2 - Exame medico 2ª classe – Procedimentos Clique aqui<br />

3 - Exame medico IFR / PC – Procedimentos Clique aqui<br />

Exame médico 4ª classe - Procedimentos; exame médico<br />

2ª classe - Procedimentos; exame medico IFR / PC -;<br />

Procedimento para agendar o exame teórico na ANAC;<br />

Para quem já é piloto: Requerimento de Licença;<br />

Procedimento para agendar o Exame Teórico na<br />

ANAC (Matérias: Regulamentos, Teoria de Voo<br />

e Conhecimentos Técnicos). A maioria dos<br />

aeroclubes disponibilizam alojamentos<br />

para os<br />

alunos.<br />

Interior parte da traseira do AK 21<br />

Foto divulgação<br />

Planador Schleicher ASH 30<br />

O Aeroclube de Bebedouro também tem um planador especial<br />

adaptado com um kit que permite que piloto com certa deficiência<br />

física consiga pilotar sem problemas. O planador é um ASK-21,<br />

fabricado na Alemanha por Alexander Schleicher, um dos melhores<br />

fabricantes de planadores do planeta.<br />

“O kit foi adquirido direto do fabricante com custo aproximado de<br />

3 mil euros, mais instalação em oficina homologada no valor de 4<br />

mil reais. O funcionamento do KIT é bem simples. O mesmo é<br />

conectado aos comandos dos pedais e uma alavanca próxima à<br />

alavanca do freio aerodinâmico comanda o leme direcional.Sem o<br />

kit, esse comando do leme é feito com os pedais”, explica Angelo<br />

Sérgio Hermini, presidente do aeroclube.<br />

24 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 25


O ASK 21 permite que pilotos<br />

com pernas deficientes<br />

possam pilotar. O leme é<br />

acionado por meio de uma<br />

alavanca manual adicional<br />

para a parede esquerda da<br />

cabine. A alavanca de freio<br />

aerodinâmico engata de um<br />

modo semelhante como<br />

uma alavanca de aba, para<br />

que uma mão fique livre<br />

para controlar o leme. As<br />

alavancas de acionamento<br />

adicionais são facilmente e<br />

rapidamente removíveis de<br />

modo que o ASK 21<br />

também poça ser operado<br />

na forma usual. A experiência<br />

com a operação de tal<br />

modificação do ASK 21<br />

mostrou que as alavancas<br />

de acionamento são ergonomicamente muito bem<br />

definidas e se destacam por baixas forças de atuação. A<br />

instalação da alavanca de mão também é possível na<br />

cabine traseira.<br />

Planador ASK 21<br />

De acordo com Bruno, uma nova tendência nos últimos anos, no Brasil, é a procura<br />

pelo curso de planadores por pilotos comerciais. Com a inclusão das atividades de<br />

voo à vela pela ANAC na aviação brasileira, com exames teóricos, certificados de<br />

capacidade física e exames de proficiência muito semelhantes aos dos aviões.<br />

O planador tem se tornado uma ferramenta para o aprimoramento de pilotos de<br />

todas as categorias. Desde os jovens iniciantes a pilotos comerciais formados. Os<br />

aeroclubes que não se adaptarem a essas novas tendências tendem a ficar para<br />

trás na formação de novos pilotos. Apesar de ser uma atividade ainda desportiva,<br />

a formação de pilotos de planador exige um profissionalismo muito grande.<br />

Nhapecan Aeroclube de Itápolis<br />

O curso para iniciantes na aviação é dividido em 50<br />

reboques. Para quem já possui ao menos a habilitação<br />

de Piloto Privado de Avião, o curso é feito em 30 reboques,<br />

intercaladas com voos solos e duplos. O custo<br />

para a obtenção de uma carteira de planador pode<br />

variar de aeroclube para aeroclube, custo médio pode<br />

girar em torno de R$8.000,00 á R$12.000,00. O aeroclube<br />

de Itápolis-SP também oferece o curso de Piloto Rebocador<br />

de Planador (Curso muito procurado para quem<br />

deseja acumular horas de voo para a formação de Piloto<br />

Agrícola) e o curso de Instrutor de Planador. “Somos o<br />

único aeroclube do Brasil a contar com o rebocador<br />

Pawnee de 235hp. Além dos tradicionais Aero Boeros-180<br />

e Paulistinha 150hp. Também somos o único aeroclube no<br />

Brasil a contar com 2 checadores credenciados, tanto para<br />

Piloto, instrutor e rebocador de planadores.<br />

O aeroclube de Itápolis atualmente conta com 4 planadores<br />

sendo eles: 1 Nhapecan, 2 KW-1 (Quero-Quero) e um Grob<br />

G103 Acrobático”, explica Bruno de Camargo Penteadado ,<br />

instrutor de planador do Aeroclube de Itápolis-SP.<br />

Quero-Quero Aeroclube de Itápolis<br />

08 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 27


Para se tornar um piloto rebocador de planador é necessário ter o curso de planador e<br />

pelo menos 100 horas de voo de avião em comando. É um curso diferenciado pelo fato<br />

de se voar em horários térmicos, ou seja, turbulentos necessitando de habilidade por<br />

parte do piloto.<br />

Instrutores e pilotos Aeroclube de Itápolis<br />

Instrutores e pilotos Aeroclube de Itápolis<br />

“O alijamento da corda é outra peculiaridade. Cruzamos a cabeceira com 200 pés AGL<br />

a fim de livrar os obstáculos e na lateral da pista alijamos a corda, ou seja, na grama.<br />

Após o alijamento prosseguimos para o pouso buscando o eixo da pista. Existem<br />

sinais de emergência entre o rebocador e o planador. Em caso de pane no planador é<br />

feito uma coordenação<br />

de primeiro<br />

tipo (balançando as<br />

asas em torno do<br />

eixo longitudinal)<br />

com os spoilers (freios<br />

aerodinâmicos)<br />

abertos, em caso de<br />

pane no rebocador é<br />

feito uma coordenação<br />

de primeiro<br />

tipo por parte do<br />

rebocador, explica o<br />

piloto rebocador de<br />

planador do Aeroclube<br />

de Itápolis,<br />

Octavio Oliveira.<br />

Aeroclube de Itápolis<br />

28 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 29


As habilidades dos pilotos de planadores<br />

são mundialmente reconhecidas<br />

como acima da média.<br />

Entre essas, o planejamento detalhado,<br />

raciocínio rápido e conhecimento<br />

vasto da meteorologia são<br />

algumas que se destacam nos<br />

pilotos de planador. No planador o<br />

piloto curte o voo, mas sem se<br />

acomodar durante esse. O voo<br />

planado é conexão harmônica<br />

entre piloto, aeronave e natureza.<br />

Não tem essa de ficar na pilotagem<br />

automática! As habilidades dos<br />

pilotos de voo à vela podem fazer a<br />

diferença, por exemplo, no sucesso<br />

ou não de um pouso de emergência<br />

para pilotos de aeronaves<br />

motorizadas.<br />

Schleicher ASH 30<br />

Como diz Bruno Penteado “O voo de planador é um voo que esta sempre em ‘pane’ ”,<br />

isso significa que o piloto sempre estará voando em alerta, atento às condições meteorológicas<br />

e ao comportamento da aeronave, que depende totalmente das térmicas<br />

para se manter em voo, diferente de uma aeronave motorizada que o piloto em voo<br />

não tem que se preocupar, mas se tiver uma pane real, poderá ter dificuldades em<br />

resolve-las, já o piloto de planador consegue resolver esse tipo de situação com maior<br />

probabilidade de sucesso, por estar habituado a voar sem motor, esse é um dos motivos<br />

pelo qual o voo de planador torna o piloto mais completo no comando de<br />

qualquer aeronave motorizada.<br />

Aeroclube de Itápolis<br />

30 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 31


Para se tornar um<br />

piloto de planador<br />

não é obrigatório que<br />

o aluno seja proprietário<br />

de um planador,<br />

pois após o curso ele pode<br />

locar um planador de um<br />

aeroclube e fazer os seus voos<br />

normalmente, o pagamento é por<br />

reboque (valor que varia para cada<br />

aeroclube, mas de modo geral pode<br />

variar de 200 a 400 reais) e não pela hora<br />

de voo, que é muito variável.<br />

“É importante salientar que estes incentivos pelo projeto de formação de pilotos de<br />

planado, reduzem um pouco os custos operacionais e patrimoniais dos equipamentos<br />

envolvidos na formação e treinamento de pilotos competidores, mas estamos muito<br />

atrás de países que priorizam e muitas vezes obrigam empresas ( principalmente<br />

ligadas à aviação) a investirem neste esporte, que ajuda qualquer piloto a melhorar<br />

a eficiência operacional e tomada de decisão em casos de panes em aeronaves<br />

comerciais”, informa Marcos Afonso Junqueira, tesoureiro da FBVV.<br />

A Federação Brasileira de Voo à Vela (FBVV) tem<br />

alguns projetos de incentivos ao volovelismo,<br />

como o Projeto Voa Planador São Paulo, criado com a<br />

Secretaria dos Esportes de São Paulo e tem por objetivo<br />

auxiliar a formação de um(a) novo(a) piloto de planador,<br />

além de desenvolver e difundir a modalidade esportiva<br />

de voo à vela no Estado de São Paulo, a qual se apresenta<br />

como uma atividade seletiva e competitiva,<br />

enquadrada, portanto, no desporto de alto rendimento,<br />

bem como aumentar o número de pilotos<br />

de planadores, ampliando a base da pirâmide<br />

e descobrir talentos esportivos através dos<br />

cursos de instrução oferecidos.<br />

A seleção dos candidatos é feita através da análise dos dados cadastrais informados e do<br />

desempenho durante os voos de avaliação, buscando-se sempre a maior convergência<br />

possível com o perfil desejado. O processo de seleção compreende a análise do cadastro<br />

do candidato e do seu desempenho no voo de experiência. Os voos de experiência e<br />

avaliação são custeados pelos candidatos. Apenas os voos realizados após a seleção dos<br />

bolsistas aprovados serão 100% financiados pelo projeto conforme especificado no<br />

regulamento, disponível no site da FBVV, bem como a relação de aeroclubes participantes<br />

do projeto.<br />

Aeroclube de Itápolis<br />

32 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 33


Além desse e outros, a FBVV tem o Projeto Planador Brasil,<br />

que tem objetivo de realizar a importação de planadores<br />

para aeroclubes, que, como mostramos na edição 3 da<br />

Aviação & <strong>Mercado</strong>, infelizmente o Brasil ainda não tem empresa<br />

fabricante de planadores, como temos de aviões.<br />

O Projeto Planador Brasil, esta ativo desde 2010 e nesse período<br />

realizou a compra de 12 planadores e de acordo com Marcos<br />

Junqueira essas importações são geralmente de planadores com<br />

10 a 15 anos de uso, com máximo de 2 mil horas voadas, a um valor<br />

médio de 20 mil Euros, se o planador for novo o custo varia de 100 a<br />

120 mil euros, no país de origem. Mas a logística de transporte, taxas<br />

(ANAC, ICMS, IPI, PIS, COFINS, IR, Contribuição Social) e impostos de<br />

importação, o custo dessas aeronaves podem dobrar de valor. O que<br />

pode comprometer a compra para muitos clubes e seus associados.<br />

Os clubes, às vezes conseguem a captação dos valores para a importação<br />

com empresas, que com isso, recolhem parte do imposto de renda através<br />

da lei de incentivo ao esporte.<br />

Planador Schleicher ASH 30<br />

Foto Divulgação<br />

Planador ASK21<br />

Após o pedido feito, o planador chega ao Brasil em 6 meses. “Estamos empenhados em<br />

zerar as taxas e impostos na construção e ou na montagem de planadores, como existem<br />

em outras atividades competitivas. Pretendemos também acabar com a exigência do uso<br />

de aeronaves homologadas, pois isso onera os custos de produção, habilitação e<br />

revisões periódicas ( IAM/CA), dificultando a produção de planadores no Brasil. Existe,<br />

por exemplo, um planador biplace de treinamento avançado, o P1, construído por Ekkehard<br />

Schubert, piloto e engenheiro aeronáutico do ITA e dos fundadores da EMBRAER,<br />

que ainda não se transformou em realidade por falta de incentivos e pelos exagerados<br />

custos na homologação”, lembra Marcos Junqueira.<br />

O P1 já foi testado e aprovado como planador seguro e eficiente. A iniciativa de construir<br />

o P-1 surgiu em 1996, em São José dos Campos quando o projetista de aviões<br />

conseguiu reunir 66 pessoas, que dispuseram a arcar com os custos da construção do<br />

protótipo e também participar do desenvolvimento do projeto. Schubert, que há<br />

décadas voa em planadores e foi, por 10 vezes, campeão brasileiro de planador, diz<br />

que o P-1 é extremamente dócil e tem excelente performance para a sua categoria.<br />

Confira na edição 2 da Aviação & <strong>Mercado</strong>, mais informações sobre esse planador.<br />

O Projeto Planador Brasil é comandado por uma equipe com 4 gestores, 1 presidente,<br />

1 vice-presidente e 2 tesoureiros.<br />

34 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 35


A FBVV representa os interesses do esporte junto às autoridades aeronáuticas do país,<br />

como, ANAC e DECEA zelando pelos interesses dos filiados. Dentre algumas atividades<br />

que são de responsabilidade da Federação estão: defesa do espaço aéreo, fundamental<br />

para o exercício do voo com planadores. Problema localizado atualmente próximo aos<br />

grandes centros e que tende a aumentar nos próximos anos e uma ação no sentido de<br />

defender os interesses dos volovelistas é fundamental para o futuro do esporte. A federação<br />

busca patrocínios e auxílios. Ao longo da história, os patrocínios eram concedidos<br />

pelo poder público, de certo<br />

modo responsáveis pela existência<br />

dos aeroclubes no Brasil e<br />

também pela maioria dos rebocadores<br />

e planadores de instrução.<br />

Mas atualmente o poder público<br />

não mais oferece subsídios diretos<br />

ao esporte, portanto, um<br />

grande desafio é conseguir<br />

patrocínios via setor privado,<br />

como pelas leis de incentivo ao<br />

esporte, por exemplo.<br />

36 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 37


A legislação atual esta passando por um período<br />

de mudanças sobre a formação de pilotos, estrutura<br />

de aeroclubes e escolas de pilotagem, certificação<br />

de capacidade física, manutenção de<br />

aeronaves. A FBVV tem estado presente, respondendo<br />

às consultas públicas sobre o assunto,<br />

defendendo os interesses da comunidade volovelista.<br />

Aos pilotos com melhor situação no Ranking<br />

Brasileiro, são distribuídos planadores, com<br />

objetivo de facilitar o treinamento para participação<br />

nos campeonatos nacionais e internacionais.<br />

Esses planadores estão disponíveis a todos<br />

associados FBVV que preencherem os requisitos<br />

mínimos para voá-los. FBVV é mantida por seus<br />

pilotos filiados de competição mais engajados nos<br />

campeonatos e os pilotos volovelistas, que apesar<br />

de não voarem nos maiores campeonatos têm<br />

interesse, com seus clubes, em ver o seu esporte<br />

bem representado diante da sociedade brasileira.<br />

O voo de planador permite que os<br />

profissionais, piloto de outras modalidades,<br />

tornem-se mais completos na<br />

pilotagem, mas também permite que<br />

pessoas que só ame voar por lazer ou<br />

esporte complete integração com os<br />

céus, levado em um voo só pelas forças<br />

do vento(térmicas ascendentes) para a<br />

vastidão silenciosa e encantadora das<br />

alturas. Não é tão difícil explicar a parte<br />

técnica de um voo, falar dos elementos<br />

físicos do voo, mas descrever o que<br />

ocasiona sua existência no espírito de<br />

quem ama voar,isso quase é impossível,<br />

pois explicar a magia de voar esta<br />

além das palavras. E o voo planado é<br />

um estilo de voo que representa a<br />

essência natural de voar livre só com<br />

as forças na da natureza, é essa a magia<br />

dessas majestosas e elegantes<br />

aeronaves, que vale apena conhecer.<br />

38 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 39


A Olo é uma impressora compacta que produz pequenos objetos<br />

tridimensionais e funciona com a ajuda do seu smartphone. Já a<br />

Robo R2 é uma versão mais avançada que busca alta performance. O<br />

modelo pesa 11,5 kg, capaz de imprimir objetos maiores, com medidas<br />

de até 254 x 203,2 x 203,2 mm. A produção é mais aprimorada e<br />

rápida, equipada com uma câmera interna para gravar a impressão<br />

em tempo real. Mas a aplicabilidade das impressoras varia, há casos<br />

de modelos que criam casas, chocolate e até servem para fazer tatuagem.<br />

Há vários tipos de impressão e como esses equipamentos<br />

funcionam. É preciso saber qual técnica é mais adequada aos seus<br />

objetivos ao comprar uma impressora 3D. Na medicina a impressão<br />

3D possibilita criar modelos<br />

de imagens de ressonância<br />

magnética, agindo como<br />

uma ferramenta poderosa<br />

para ajudar os pacientes<br />

visualmente a entenderem<br />

o problema deles em três<br />

dimensões, além de<br />

mostrar qual tratamento é<br />

necessário e quais os riscos<br />

Sala VIP<br />

envolvidos.<br />

A aplicação da impressão 3D é quase infinita.<br />

Ela pode até ajudar na preservação da fauna.<br />

Exemplo: a impessão3D pode salvar os<br />

rinocerontes da extinção. Eles são uma das<br />

espécies com maior risco de extinção no<br />

mundo. Eles são caçados por seus chifres,<br />

Réplica do motor de jato<br />

Impresso em 3D que foi<br />

capaz de girar a 2.000 RPM.<br />

<br />

comumente usados no continente asiático<br />

para fins medicinais ou como símbolo<br />

de status. Esses chifres são vendidos a 60<br />

mil dólares por quilo, mais caro do que<br />

cocaína, por exemplo. Com essa preocupação,<br />

George Bonaci e Matthew Marcus,<br />

um dos fundadores do Pembient (empresa<br />

americana de biotecnologia), acredita<br />

que eles podem salvar os rinocerontes<br />

com seus chifres impressos em 3D. Com a<br />

combinação de inorgânicos, metais,<br />

minerais, proteínas e DNA de rinocerontes,<br />

eles foram capazes de fazer uma replica<br />

idêntica ao chifre real, usando uma impressora<br />

3D que eles mesmos projetaram.<br />

“Nós mandamos esses protótipos para<br />

laboratórios testarem, e o resultado vinha<br />

como chifre de rinoceronte. Também fizemos<br />

teste de DNA e o resultado também veio<br />

positivo”, diz George.<br />

A impressão 3D, também conhecida como<br />

prototipagem rápida, é uma técnica de<br />

fabricação super moderna que utiliza a<br />

tecnologia de concepção de sólidos tridimensionais.<br />

A agilidade desse processo está<br />

mudando a maneira como os engenheiros<br />

elaboram novos veículos. A Ford é a montadora<br />

pioneira no uso da prototipagem e<br />

vem utilizando, cada vez mais, essa tecnologia<br />

em novos veículos. O investimento na<br />

impressão 3D no desenvolvimento de carros<br />

fez com que a montadora americana conseguisse<br />

reduzir significativamente o tempo<br />

de criação e execução de diversos projetos.<br />

No desenvolvimento do novo Ford GT, por<br />

exemplo, foram utilizadas impressoras a<br />

laser para produção de diversas partes do<br />

veículo. O volante do esportivo, que é inspirado<br />

nos utilizados em carros de Fórmula 1,<br />

foi um componente desenvolvido por meio<br />

dessa técnica. Projetos que antes poderiam<br />

levar cerca de 5 meses para serem desenvolvidos<br />

e custar milhões de dólares para as<br />

montadoras, com a utilização de impressoras<br />

3D podem ser produzidos em poucos<br />

dias e custando alguns milhares de dólares.<br />

Foi-se o tempo em que as empresas de<br />

aviação usavam impressoras 3D apenas<br />

para produzir protótipos das peças a serem<br />

fabricadas para suas aeronaves: elas já estão<br />

fabricando os próprios componentes que<br />

serão usados nos aviões através dessas<br />

máquinas. A mudança é significativa e<br />

revela o avanço da tecnologia dessas<br />

impressoras.<br />

42 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 43


E vem mais por aí: até 2050, poderemos ter um jato particular totalmente fabricado através de uma<br />

grande impressora 3D. É tudo questão de tempo. A GE Aviation, por exemplo, já adquiriu duas<br />

empresas pequenas do setor e afirmou que a impressão 3D vai moldar o futuro das aeronaves.<br />

O motor demonstrador de tecnologia CT7, apelidado de a-CT7, da GE<br />

possibilitou que se cumprissem os<br />

seus prazos de entrega. Por isso, temos<br />

agora o prazer de apoiar a Airbus na<br />

inclusão de peças impressas em 3D<br />

com equipamentos Stratasys na cadeia<br />

de produção da aeronave A350 XWB. E<br />

como fornecedores, asseguramos<br />

nosso apoio contínuo para que as<br />

entregas de aeronaves sejam regulares<br />

e confiáveis", afirma Amos Lieberman,<br />

diretor de Contas Estratégicas da<br />

Stratasys EMEA.<br />

A manufatura aditiva tráz novos níveis<br />

de eficiência e flexibilidade para as<br />

cadeias de abastecimento de produção,<br />

propiciando a fabricação sobdemanda<br />

de peças em locais otimizados,<br />

para entrega direta nas linhas de<br />

montagem. Melhora também, de<br />

modo expressivo, o custo-benefício,<br />

devido ao menor desperdício de materiais,<br />

em comparação com os métodos<br />

de manufaturas convencionais.<br />

A Stratasys, há mais de 25 anos, tem<br />

sido uma empresa de destaque na<br />

inovação e líder mundial no desenvolvimento<br />

de tecnologias de<br />

impressão 3D e manufatura aditiva,<br />

moldando a forma como as coisas<br />

são feitas. Com sedes em Minneápolis,<br />

no estado de Minnesota, nos EUA,<br />

e em Rehovot, no Distrito Central de<br />

Israel. A empresa dedica-se a uma<br />

extensa gama de mercados criando<br />

novas concepções na fabricação de<br />

objetos para as mais diversas finalidades.<br />

As soluções da empresa dão<br />

aos clientes uma liberdade de design<br />

incomparável e flexibilidade de<br />

produção, reduzindo de forma<br />

expressiva o tempo de colocação no<br />

mercado e os custos de desenvolvimento,<br />

por meio de melhorias significativas<br />

de design e de comunicação.<br />

Entre suas subsidiárias estão a<br />

Makerbot e a Solidscape.<br />

A francesa Airbus, líder<br />

mundial em fabricação de<br />

aeronaves comerciais,<br />

padronizou, com o material<br />

ULTEM (tm) 9085 de<br />

impressão 3D da Stratasys,<br />

sua cadeia de produção de<br />

peças dos aviões modelo<br />

A350 XWB. Esse material é<br />

certificado de acordo com<br />

as especificações da Airbus,<br />

usado nas soluções de<br />

manufatura aditiva da<br />

Stratasys baseadas na<br />

tecnologia FDM (Fused<br />

Deposition Modelling).<br />

Airbus A350 XWB - Stratasys<br />

Ao combinar uma excelente relação peso x resistência com critérios<br />

FST (chama, fumaça e toxicidade, em português) para atender<br />

ao cumprimento de exigências para a produção de partes de<br />

aeronaves, o ULTEM 9085 permite a produção de peças fortes,<br />

resistentes e mais leves, ao mesmo tempo em que reduz substancialmente<br />

o tempo e os custos de fabricação. "Em 2014, a Airbus<br />

produziu uma quantidade significativa de peças nas impressoras<br />

Sala VIP<br />

3D Stratasys FDM para uso na nova aeronave A350 XWB, o que<br />

44 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 45


Seu portfólio inclui<br />

impressoras 3D para prototipagem<br />

e produção em<br />

uma ampla gama de materiais<br />

de impressão 3D;<br />

impressão de peças<br />

on-demand por meio da<br />

Stratasys Direct Manufacturing;<br />

consultoria<br />

estratégica e serviços<br />

profissionais. A Stratasys<br />

tem mais de 2.700 funcionários<br />

e 800 patentes<br />

de manufatura digital<br />

direta, entre concedidas e<br />

pendentes. Sua atuação<br />

no mercado já foi reconhecida<br />

por mais de 30 prêmi-<br />

os por suas tecnologias<br />

inovadoras e liderança.<br />

Além de vários outros<br />

setores de atuação, a<br />

Stratasys esta no setor<br />

aeroespacial e defesa.<br />

Os seus engenheiros<br />

aeroespaciais utilizam a<br />

tecnologia Fused Deposition<br />

Modeling (FDM) para<br />

prototipagem, ferramentaria<br />

e fabricação de componentes.<br />

A FDM trabalha<br />

com termoplásticos de<br />

alto desempenho, inclusive<br />

o ULTEM 9085, para<br />

criar articulações, fixações,<br />

medidores de teste e<br />

Motor impesso em 3d pela Stratasys<br />

peças de aeronaves de uso<br />

final. O setor aeroespacial<br />

adotou há muito tempo a<br />

tecnologia FDM em suas<br />

atividades de modelagem<br />

conceitual e prototipagem.<br />

Para prototipagem<br />

de precisão que inclui<br />

materiais rígidos, do tipo<br />

borracha e transparentes,<br />

a Stratasys também<br />

oferece a impressão 3D<br />

PolyJet. A Stratasys com a<br />

Autodesk criam o primeiro<br />

modelo em tamanho<br />

natural de motor de<br />

aeronave turbo alimentado<br />

impresso em 3D.<br />

A NASA, em parceria com<br />

a Stratasys, fez um satélite<br />

com impressão 3D para a<br />

missão COSMIC-2 e marca<br />

a primeira que essa tecnologia<br />

vai para o espaço<br />

exterior. O satélite irá<br />

capturar dados atmosféricos<br />

e ionosféricos para<br />

ajudar a melhorar os<br />

modelos de previsão de<br />

tempo e avançar em<br />

pesquisas meteorológicas<br />

na Terra. A Stratasys Manufacturing<br />

construiu as<br />

peças de design personalizado<br />

usando Fortus<br />

900mc Sistemas de Produção<br />

3D baseados em<br />

FDM da Stratasys. FDM foi<br />

o processo de fabricação<br />

único aditivo capaz de<br />

atender aos requisitos de<br />

resistência e de carga do<br />

projeto. A NASA escolheu<br />

ULTEM 9085, material<br />

Sala VIP<br />

Uma imagem gerada por computador do FORMOSAT7 COSMIC2<br />

Crédito da imagem NSPO, NOAA, NASA e JPL, UCAR, SST<br />

durável, um termoplástico<br />

que tem força semelhante<br />

aos metais como o alumínio,<br />

mas pesa muito menos.<br />

"Usando FDM para um projeto<br />

como este, algo nunca<br />

feito antes. Isso demonstra<br />

como a impressão 3D está<br />

inovando a indústria de<br />

transformação", disse Jim<br />

Bartel, vice-presidente sênior<br />

de Estratégia, Marketing e<br />

Desenvolvimento de<br />

Negócios da Stratasys Manufacturing.<br />

Se esta tecnologia<br />

pode ser validada para uso<br />

no ambiente inóspito do<br />

espaço exterior, as suas<br />

capacidades são aparentemente<br />

intermináveis para<br />

projetos aqui na Terra.<br />

Os engenheiros da NASA<br />

pretendem usar a<br />

impressão 3D para construir<br />

a próxima geração de<br />

veículos espaciais para<br />

auxiliar na exploração de<br />

outros planetas, como Marte e outros corpos<br />

celestes como asteroides, por exemplo.<br />

A Made in Space, tem impressora que pode ser operada<br />

em gravidade zero e pode ser levada para a<br />

estação espacial internacional ou qualquer outra base<br />

espacial, como na lua, para realização de impressão de<br />

peças os astronautas. Os testes já são realizados e os<br />

resultados sucesso. A empresa é especializada em<br />

produção de equipamentos para serem utilizados em<br />

ambientes extremos, inclusive fora da gravidade<br />

terrestre. Trabalha focada no desenvolvimento das<br />

tecnologias necessárias para a humanidade, para que<br />

essa se torne uma civilização multiplanetária.<br />

46 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 47


A NASA trabalha em parceria com as mais diversas empresas especializadas de variados<br />

setores, assim tem suas pesquisas mais rapidamente desenvolvidas, além de a criar um<br />

novo mercado na corrida espacial. Em novembro de 2015, a NASA anunciou a sua seleção<br />

de projeto para a utilização de parcerias público-privadas para avançar o Tipping Point<br />

Technologies. O projeto financiado pela agência espacial, designado Archinaut, com a Made<br />

in Space, é projetado para desenvolver as tecnologias e subsistemas necessários, que permitirão<br />

a primeira fabricação aditiva, agregação e montagem de sistemas grandes e complexos<br />

no espaço sem atividade autônoma em naves em órbita, evitando colocar em risco a<br />

vida dos astronautas.<br />

Airbus junto com a Stratasys<br />

utilizaram peças 3D<br />

impressas no A350 XWB, ele<br />

tem mais de 1.000 em 3D a<br />

bordo, em uma grande<br />

variedade de materiais. O<br />

processo foi todo supervisionado<br />

pela Airbus para<br />

que houvesse a certeza de<br />

que a utilização destas<br />

peças não fosse prejudicial<br />

à aeronave. O trabalho não<br />

é recente e a certificação<br />

começou em 2013. Tudo foi<br />

feito usando uma resina<br />

especial e já aprovada pela<br />

companhia após muitos<br />

testes. “Do que eu posso me<br />

Projeção projeto Archinaut da NASA<br />

lembrar, é algo inédito em escala. Historicamente, partes<br />

impressas em 3D haviam sido usadas em aviões militares e<br />

não em jatos comerciais de passageiros”, disse James Woodcock,<br />

especialista em impressão 3D da Rapid News, à rede<br />

britânica BBC. Utilizando sistemas de produção FDM 3D, a<br />

Stratasys conseguiu fazer mais de mil peças para utilizar na<br />

primeira aeronave A350 XWB, que foi lançada em dezembro<br />

de 2015. Elas substituíram peças fabricadas tradicionalmente,<br />

aumentando a flexibilidade da produção e tornando<br />

mais rápida a criação do avião. “As companhias têm uma<br />

visão de aplicar tecnologias inovadoras para desenhar e<br />

fabricar benefícios realmente inovadores. Nossas soluções<br />

produzem partes complexas em demanda. A Stratasys está<br />

ansiosa para usar esta e outras vantagens em colaborações<br />

com a Airbus”, afirmou Dan Yalon, vice-presidente executivo<br />

da Stratasys. Os primeiros aviões com a tecnologia foram<br />

entregues no final de 2014 e agora eles podem ser utilizados<br />

em voos de linhas aéreas como Finnair e Qatar Airways.<br />

Sala VIP<br />

Em um documento compartilhado<br />

pela Airbus com<br />

Quartz, a empresa está interessada<br />

em explorar as novas<br />

propriedades dos materiais<br />

que a impressão pode gerar,<br />

mas também como a<br />

impressão 3D permite que os<br />

engenheiros possam criar<br />

novas estruturas que não são<br />

possíveis com técnicas de<br />

fabricação tradicionais.<br />

O Airbus A350 XWB é uma<br />

aeronave widebody, bimotor<br />

turbofan, desenvolvida e<br />

fabricada pela Airbus. O A350<br />

é a primeira aeronave fabricada<br />

pela Airbus com fuselagem<br />

e asas feitas principalmente<br />

com fibra de carbono<br />

e polímero. Sua capacidade<br />

de passageiros varia de 280 a<br />

366 passageiros. O A350 foi<br />

desenvolvido para substituir<br />

os Airbus A340, quadrimotores<br />

que pararam de ser<br />

produzidos em 2011 e competir<br />

com o Boeing 777 e<br />

777X. O A350 foi projetado<br />

em 2004, com o layout de<br />

fuselagem do A330 e novas<br />

características aerodinâmicas<br />

e motores. Até setembro de<br />

2016, a Airbus havia recebido<br />

810 encomendas de 43<br />

companhias aéreas.<br />

O primeiro voo foi realizado<br />

em 14 junho de 2013, partindo<br />

do aeroporto de Toulouse-Blagnac,<br />

França. A<br />

certificação da Agência Europeia<br />

para a Segurança da<br />

Aviação foi recebida em<br />

setembro de 2014 e certifi-<br />

Nariz distintivo do A350<br />

cação da Administração Federal de Aviação foi recebida<br />

em novembro de 2014. Em 15 de janeiro de 2015,<br />

o A350 entrou em serviço com a Qatar Airways, cliente<br />

de lançamento da aeronave. A fuselagem tem um<br />

diâmetro de 5,97 metros (19,6 pés), em comparação<br />

com os 5,64 metros (18,5 pés) da fuselagem do Airbus<br />

A330 e Airbus A340. O diâmetro interno da cabine de<br />

passageiros é de 5,61 metros (18,4 pés), enquanto a<br />

fuselagem do Boeing 787 Dreamliner tem 5,49 metros<br />

(18,0 pés) de diâmetro. Isso permite uma configuração<br />

de assentos de 2-4-2 na classe econômica premium,<br />

com os assentos tendo uma largura de 49,5 centímetros<br />

(19,5 polegadas). A Airbus diz que a largura do<br />

assento é 1,3 cem (0,5 polegadas), maior do que o<br />

assento do 787. Na classe econômica a disposição de<br />

assentos é de 3-3-3, a largura do assento é de 45 cem<br />

(18 polegadas), sendo 1,27 cem (0,5 polegadas) maior<br />

do que o assento do 787. A TAM (LATAM) foi a primeira<br />

companhia das Américas e a quarta do mundo a voar<br />

com o A350 XWB, considerado um dos aviões comerciais<br />

mais modernos do planeta.<br />

48 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 49


Mas, a Airbus já lançou um pequeno um avião, protótipo quase 100% impresso em 3D,<br />

batizado de Thor (abreviação de Test of High-Tech Objectives in Reality e não deus nórdico<br />

do trovão), a aeronave de 21 quilos e quase 4 metros de comprimento teve todas as suas<br />

partes criadas em poliamida por meio de impressão 3D, com exceção dos componentes<br />

elétricos. Ele foi apresentado em show aéreo de Berlim, em junho, pela a Airbus. O Thor é<br />

bastante estável, mas não é somente esta vantagem que ele traz. A produção de suas peças<br />

leva um curto período de tempo, já que dispensa o uso de ferramentas e os componentes<br />

em metal chegam a ser até 50% mais leves do que as originais, sem contar que produzem<br />

uma quantidade significativamente menor de resíduos no processo de fabricação.<br />

Thor Airbus divulgação<br />

Thor Airbus divulgação<br />

O pequeno avião levou<br />

apenas quatro semanas<br />

para ser impresso e construído.<br />

O Thor é uma versão em<br />

miniatura de um avião<br />

comercial. Essas inovações<br />

podem dar um vislumbre<br />

de como a indústria da<br />

aviação se beneficiará das<br />

novas tecnologias. A<br />

Boeing também já utilizou<br />

impressoras 3D para criar<br />

algumas peças do B787<br />

Dreamliner, mas a ideia é<br />

que isso se estenda à<br />

aeronave toda.<br />

"Queremos ver se podemos acelerar o processo de desenvolvimento<br />

usando impressão 3D, não apenas para peças<br />

individuais, mas para um sistema inteiro", afirmou um dos<br />

responsáveis pelo desenvolvimento do Thor para a Airbus,<br />

Detlev Konigorski.<br />

Thor Airbus divulgação<br />

Diversas técnicas estão sendo<br />

criadas para permitir a<br />

impressão de uma série de<br />

materiais diferentes através<br />

de impressoras 3D, tal como<br />

o derretimento de feixe de<br />

elétrons, que permite imprimir<br />

através de titânio, cerâmica<br />

e resina. E novos materiais<br />

devem ser adicionados a<br />

amplas opções: uma fabricante<br />

de impressoras 3D da<br />

Suécia está trabalhando com<br />

laboratórios selecionados<br />

para desenvolver uma gama<br />

maior de produtos,<br />

aumentando substancialmente<br />

a variedade.<br />

O motor ainda é parte mais<br />

complexa para a Impressão<br />

3D. Mas já existe motor quase<br />

100% feito em 3D, como da<br />

GE Aviation que está desenvolvendo<br />

para um avião com<br />

motor impresso 3D para<br />

Textron Aviation. Esse o<br />

Cessna Denali, um avião<br />

turboélice, irá usar 20%<br />

menos combustível do que<br />

os modelos comparáveis, oferecendo 10% mais<br />

potência, graças, em parte, a um design aerodinâmico<br />

do motor com múltiplas peças impressas em 3D,<br />

motor com maior quantidade de componentes em<br />

3D do que qualquer outro já produzido na história da<br />

aviação, até o momento.<br />

A GE revelou que eles fizeram progressos significativos.<br />

Ao longo do último ano e meio a empresa projetou<br />

e construiu um motor de demonstração e foi<br />

muito bem nos testes. As peças impressas em 3D<br />

incluem dois principais componentes estruturais e<br />

peças menores e mais complexas em todo o motor,<br />

alguns exemplos sendo o quadro de entrada, escape,<br />

caixas de rolamentos, quadros, forro combustor,<br />

permutadores de calor e componentes de fluxo estacionários.<br />

Também vai contar com os bicos de combustível<br />

3D impresso introduzido pela no novo motor<br />

LEAP da GE.<br />

Detalhes do motor a-CT7 da GE<br />

50 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 51


Um segundo motor de<br />

demonstração da GE, o a-CT7<br />

será testado nos próximos<br />

meses, esse motor terá mais<br />

peças em 3D. A GE pretende<br />

realizar o primeiro teste completo<br />

do motor de ATP até o<br />

final de 2017. O ATP-rated<br />

1,240shp será o primeiro em<br />

uma nova série de motores<br />

turboélice na 1,000shp para<br />

1,600shp. Com esse novo<br />

motor o Cessna Denali terá<br />

um alcance de 1.600 nm e<br />

velocidades superiores a 28<br />

kts. Entre os recursos adicionais<br />

estão um compressor de<br />

titânio aerodinâmico, lâminas<br />

de turbina, melhor eficiência<br />

de combustível<br />

e controle de propulsão<br />

eletrônico integrado. O<br />

motor usa tecnologia<br />

CT7, apelidado de<br />

a-CT7, tem mais de<br />

855 peças convencionalmente<br />

produzidos,<br />

graças à capacidade de impressão 3D para criar grandes<br />

montagens complexas em uma única peça, em vez da<br />

fabricação tradicional. De acordo com Gordon Follin,<br />

ATP Engenharia GM na GE Aviation, usando impressão<br />

3D se faz mais do que apenas economizar tempo e<br />

dinheiro. Esse tipo de fabricação também permite que o<br />

motor a seja muito mais leve do que um convencionalmente<br />

fabricado, pois elimina uso dos parafusos, soldas<br />

e outros componentes necessários para fixar os componentes<br />

em conjunto. A Textron Aviation irá lançar o<br />

Cessna Denali ,em 2018, mas já aceita pedidos. A<br />

aeronave já foi apresentada no EAA Airventure, em<br />

Oshkosh, Wiscponsin-USA deste ano.<br />

Mas impressão tridimensional também conquistou a<br />

NASA. A agência espacial americana já começou a<br />

imprimir peças para testar seu próximo foguete de<br />

carga pesada. Uma empresa chamada DIYRockets foi<br />

ainda mais longe e lançou um concurso para desenvolver<br />

um motor de foguete de código-fonte<br />

aberto imprimível.<br />

3D. Hull já havia desenvolvido<br />

um ano antes a tecnologia<br />

do que viria a ser a<br />

máquina. Quando ela tinha<br />

duas funções principais,<br />

sendo uma delas a criação<br />

de lâmpadas para solidificação<br />

de resinas, primeiro<br />

objeto criado pela ferramenta.<br />

Uma das primeiras<br />

versões comerciais semelhantes<br />

às impressoras de<br />

depósito por fusão,<br />

semelhantes àquelas impressoras 3D domésticas, foi desenvolvida por<br />

S. Scott Crump, cofundador da Stratasys, em 1989.<br />

A principal, entretanto, foi a confecção de partes plásticas de forma<br />

rápida, já que o processo tradicional levaria de seis a oito semanas<br />

e as peças ainda precisavam ser refeitas diversas<br />

Cessna Denali divulgação<br />

Os estudantes da Universidade<br />

da Virgínia realizaram<br />

outra proeza construindo<br />

todos os componentes de<br />

um drone, incluindo sua<br />

estrutura de 1,98 metros. O<br />

veículo espacial voou em<br />

torno de um aeródromo.<br />

Talvez o plano mais audacioso<br />

esteja sendo desenvolvido<br />

por Bastian Schaefer, um<br />

engenheiro da Airbus, que já<br />

projetou um jato inteiro para impressão. Mas, atualmente,<br />

não existem impressoras grandes o suficiente<br />

para fabricar algumas das peças (Schaefer estima que<br />

precisará de uma máquina de 79 x 79 metros). Mesmo<br />

assim, ele vai começar a imprimir as partes menores e<br />

espera concluir seu plano até 2050, quando a tecnologia<br />

deve estar disponível.<br />

Mas a história da impressão tridimensional começou<br />

em 1984, a primeira impressão 3D funcionando a<br />

pleno vapor foi inventada por Chuck Hull, um<br />

norte-americano do estado da Califórnia, utilizando a<br />

estereolitografia, tecnologia precursora da impressão<br />

vezes, devido a problemas na manufatura.<br />

Sendo assim, com a produção desses componentes<br />

em um ambiente controlado e de<br />

maneira muito mais veloz, a impressora 3D já<br />

demonstrava flexibilidade e rapidez, duas de<br />

suas principais características até 2014. A<br />

tecnologia permite que os produtos prontos<br />

de 25 a 100 vezes mais rápida do que com uso<br />

de outros métodos, além criar oportunidades<br />

para a inovação, não só na área da saúde e<br />

medicina, mas também em outras grandes<br />

indústrias como automotiva e aviação.<br />

52 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 53


A Impressão 3D, também<br />

conhecida como prototipagem<br />

rápida, é uma forma de<br />

tecnologia de fabricação<br />

aditiva onde um modelo<br />

tridimensional é criado por<br />

sucessivas camadas de material.<br />

São geralmente mais rápidas,<br />

mais poderosas e mais<br />

fáceis de se usar, do que<br />

outras tecnologias de fabricação<br />

aditiva. A 3D oferece<br />

aos desenvolvedores de<br />

produtos a habilidade de, em<br />

um simples processo imprimirem<br />

partes de alguns materiais<br />

com diferentes propriedades<br />

físicas e mecânicas.<br />

Tecnologias de impressão avançadas permitem imitar<br />

com precisão a quase exata aparência e funcionalidades<br />

dos protótipos dos produtos.<br />

A fabricação aditiva é o processo de criar objetos a<br />

partir de modelos digitais.<br />

Divulgação<br />

As tecnologias de fabricação aditiva compreendem a fusão a laser, fundição a vácuo e moldagem<br />

por injeção. A fusão a laser é um processo de fabricação aditiva digital que utiliza energia<br />

laser concentrada para fundir pós metálicos em objetos 3D. A fusão a laser é uma tecnologia<br />

de fabricação emergente, com presença na indústria médica (ortopedia), aeroespacial, assim<br />

como nos setores de engenharia de alta tecnologia e eletrônica.<br />

Já a fundição a vácuo basicamente é utilizada para produzir protótipos de alta qualidade<br />

em variedade de resinas de poliuretano (PU) que mimetizam o desenho de polímeros de<br />

engenharia. O nylon também pode ser fundido a vácuo e criar matrizes de cera para processos<br />

de fundição de cera perdida. Algumas máquinas injetoras são apropriadas para a<br />

produção de pequenas séries, utilizando molde de resina, ou produção em série de<br />

pequenas peças pesando até 12 gramas, dependendo do modelo escolhido.<br />

Nos últimos anos, as impressoras 3D<br />

tornaram-se financeiramente acessíveis para<br />

pequenas e médias empresas, levando a<br />

prototipagem da indústria pesada para o<br />

ambiente de trabalho. Além disso, é possível<br />

simultaneamente usar diferentes tipos de<br />

materiais. A tecnologia é utilizada em diversos<br />

ramos de produção, como em joalheria, calçado,<br />

alimentos,design de produto, arquitetura,<br />

automotivo, aeroespacial e indústrias de<br />

desenvolvimento médico (Graças aos avanços<br />

da impressão 3D é possível imprimir tudo,<br />

desde próteses a corações, rins e outros<br />

órgãos vitais humanos. Agora os pesquisadores<br />

estão trabalhando o uso da tecnologia<br />

em uma máquina de fabricação de moléculas<br />

para simplificar química complexa).<br />

Os impactos que a tecnologia de impressão<br />

3D trouxe e esta trazendo para indústria<br />

automotiva são expressivos, assim, pode-se<br />

projetar a expansão do seu campo de<br />

atuação. Além da prototipagem em pequenas<br />

peças, o próximo passo são outros componentes<br />

como peças para carros antigos, feitas<br />

de plástico ou resina, assim como para carros<br />

de luxo, cuja série de produção é pequena ou<br />

limitada.<br />

A impressão 3D fará com que as montadoras<br />

não necessitem manter estoques dessas<br />

peças. Elas poderão manter somente um<br />

Impressora 3D ORDbot Quantum<br />

acervo de arquivo digital para imprimir a demanda e a escala necessária. Dessa forma, será<br />

possível realizar a montagem rápida desses componentes quando necessário e a liberação<br />

do veículo pronto será muito mais eficiente. À medida que essa tecnologia se aperfeiçoa,<br />

garagens e oficinas poderão ter impressoras 3D e desta forma criar suas peças de<br />

reposição e realizar os reparos com maior facilidade e em menor tempo. O futuro da<br />

indústria poderá ser a impressão 3D. Ainda não há oficialmente nenhuma aeronave em<br />

tamanho natural que tenha sido 100% montada com peças impressas, mas caminha para<br />

ser essa a realidade no futuro. Nesse momento isso pode estar sendo desenvolvido.<br />

54 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 55


Como podemos ver, a base para definir o custo e o valor de cobertura dos seguros está<br />

baseado no preenchimento de uma planilha feito pelo cliente e pelo corretor. Isso<br />

pode ser facilmente manipulado e os valores de cobertura ser contratados a valores<br />

inferiores aos dos bens que estão hangarados junto à empresa que presta tal serviço.<br />

Vamos tratar, nessa edição, do Seguro de Responsabilidade Civil de Hangares, o RC<br />

Hangar, para concluir a nossa série sobre Seguros Aeronáuticos Casco e segundo risco<br />

do Seguro Reta confira nossas edições anteriores da <strong>Revista</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong>.<br />

Fairchild PT19 3 FG Aeroclube de Pirassununga<br />

Divulgação<br />

Divulgação<br />

O RC Hangar tem como<br />

base a cobertura às<br />

empresas de hangaragem<br />

por fatos e<br />

acidentes que possam<br />

ser responsabilizadas<br />

civilmente, em sentença<br />

judicial transitada em<br />

julgado ou por acordo<br />

formal entre seguradores<br />

e reseguradores. O<br />

Seguro RC Hangar contempla<br />

basicamente:<br />

1 reclamações por danos pessoais e/ou materiais involuntariamente<br />

causados a terceiro, decorrentes da manutenção,<br />

do uso e/ou de operações e atos necessários às<br />

atividades do hangar próprio, alugado ou controlado pela<br />

empresa segurada;<br />

2 peças, motores e equipamentos em estoque;<br />

3 peças, motores, acessórios e equipamentos que fazem<br />

parte da aeronave segurada, podendo a mesma ser de<br />

propriedade da empresa segurada ou sob sua responsabilidade,<br />

ou seja, estar hangarado em seu hangar.<br />

A aceitação da cobertura de RC de Hangar se faz através da<br />

análise de um questionário detalhado, Clique aqui para<br />

acessar o Modelo do questionário.<br />

Também temos outras<br />

possibilidades de risco.<br />

Digamos que o seguro foi<br />

contratado para cobrir 20<br />

aeronaves, estrutura do<br />

hangar, estoque. Essa<br />

cobertura é do prédio e o<br />

conteúdo poderá ser<br />

contratada no Empresarial<br />

Hangar para ressarcir o<br />

proprietário do hangar<br />

contratante do RC, danos<br />

a terceiros, etc.<br />

Divulgação<br />

58 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 59


Um total de cem milhões de reais, mas o hangar amplia o número de clientes e de bens<br />

sob sua responsabilidade e passa a ter 150 milhões de reais e por descuido esquece de<br />

ampliar sua cobertura de seguro RC Hangar e ocorra uma fatalidade ou um curto<br />

circuito na eletricidade e uma das aeronaves, com tanque cheio, pega fogo, explode e<br />

todo o hangar e seus bens são queimados.<br />

Divulgação<br />

A seguradora é acionada e paga o valor<br />

da cobertura, restaram 50 milhões de<br />

reais sem cobertura que podem não ter<br />

como ser ressarcidos e sua aeronave pode<br />

estar dentro desse saldo sem cobertura.<br />

Portanto, quando contratar serviço de<br />

hangaragem exija, da empresa prestadora<br />

de serviços, cópia das apólices de<br />

seguros, o montante assegurado e compare<br />

com o total de bens que dependem dessa cobertura, não fique pensando que<br />

isso acontece só com os outros, em especial se você for daqueles proprietários de<br />

aeronave que só contrata o seguro RETA, porque é obrigatório e não contra o Seguro<br />

Casco e o Seguro a Segundo Risco do RETA, o LUC.<br />

60 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 61


Os principais riscos excluídos da cobertura de responsabilidade civil de hangares são<br />

(mas poderão ser contratados adicionalmente):<br />

1 Decorrentes de guerra, tumultos,<br />

rebelião, insurreição, revolução, confisco,<br />

nacionalização, destruição;<br />

2 Atos dolosos e praticados em estado<br />

de insanidade mental;<br />

3 Danos causados pela ação paulatina<br />

de temperatura, vapores umidade,<br />

gases, fumaça e vibrações, bem como<br />

os provocados por material de armas<br />

nucleares;<br />

4 Extravio, furto ou roubo, ressalvado o<br />

furto ou roubo total de aeronave,<br />

desde que não praticado em conivência<br />

com ou por qualquer preposto do<br />

segurado;<br />

5 Danos causados ao segurado, seus<br />

empregados e prepostos quando a seu<br />

serviço, pais, filhos, cônjuge, irmãos e<br />

demais parentes que com ele residam<br />

ou dele dependam economicamente, e<br />

os causados aos sócios;<br />

6 Danos a veículos de terceiros sob<br />

custódia do segurado, incluindo furto<br />

ou roubo;<br />

7 Danos causados pelo manuseio, uso<br />

ou por imperfeição de produtos fabricados,<br />

vendidos, negociados ou<br />

distribuídos pela empresa segurada,<br />

depois de entregues a terceiros, definitiva<br />

ou provisoriamente, e fora dos<br />

locais ocupados ou controlados pela<br />

empresa;<br />

8)Danos decorrentes de testes em voo,<br />

corridas, torneios e ensaios preparatórios<br />

de competições aeronáuticas e de<br />

aeronaves sob a guarda ou custódia da<br />

empresa segurada;<br />

9 Prejuízos de manutenção insuficiente<br />

ou execução defeituosa de quaisquer<br />

trabalhos mecânicos;<br />

Divulgação<br />

10 Danos causados a quaisquer<br />

outros bens sob a guarda ou<br />

custódia do da empresa segurada,<br />

que não sejam aeronaves ou outros<br />

relacionados às atividades específicas<br />

de hangares;<br />

11 Prejuízos provocados por atos<br />

praticados para empresa segurada<br />

por empreiteiros, subempreiteiros<br />

ou contratantes independentes;<br />

12 Prejuízos de demolição, ruína<br />

total ou parcial dos imóveis, ou<br />

qualquer outra causa oriunda do seu<br />

estado de conservação, ou, ainda, os<br />

danos devido à restauração, consertos,<br />

alteração estrutural ou aumento<br />

dos imóveis componentes do estabelecimento<br />

segurado ou por instalações<br />

de equipamentos e/ou<br />

máquinas.<br />

13 Perdas ou danos aos bens<br />

segurados, ocorridos após o início<br />

dos trabalhos de operação, de<br />

instalação ou colocação a bordo<br />

da aeronave para onde são destinados;<br />

14 Perdas ou danos a motores e<br />

turbinas durante testes;<br />

15 Mau funcionamento de partes<br />

elétricas e mecânicas;<br />

16 Perdas ou danos por uso, desgastes<br />

ou deterioração gradual<br />

dos bens segurados;<br />

17 Perdas ou danos devido à<br />

negligência da empresa segurada<br />

em utilizar meios razoáveis para<br />

salvar e/ou preservar o bem;<br />

18 Perdas ou danos a qualquer<br />

bem que tenha sido retirado de<br />

uma aeronave e para o qual exista<br />

a intenção de recoloca-lo na<br />

mesma aeronave, e não substituição<br />

por outro equipamento;<br />

19 Perdas ou danos aos bens<br />

diretamente resultantes a um<br />

processo de trabalho;<br />

20 Bens instalados ou formando<br />

parte de qualquer aeronave;<br />

21 Bens de terceiros transportados<br />

ou armazenados pela empresa<br />

segurada mediante pagamento<br />

de aluguel ou outra remuneração;<br />

22 Desaparecimento misterioso<br />

ou dano inexplicável ou falta<br />

manifestada após realização do<br />

inventário. Normalmente, essa<br />

cobertura é contratada para<br />

peças e motores em estoque.<br />

Assim, sua contratação só se<br />

justifica para a proteção de um<br />

grande número de aeronaves, o<br />

que garante uma quantidade<br />

adequada de itens sobressalente.<br />

62 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 63


Divulgação<br />

Esta serie que elaboramos sobre o tema, Seguros Aeronáuticos nos deixou bem<br />

claro como os seguros no Brasil são muito ruins. Na edição 2, da revista Aviação e<br />

<strong>Mercado</strong> entrevistamos o presidente da seguradora AXA, Sr Phelippi Jouvelot, que<br />

afirmou, em alguns momentos, que os seguros no Brasil são muito ruins e que<br />

precisavam ser melhorados.<br />

Divulgação<br />

Naquele instante eu não estava<br />

entendendo corretamente o que<br />

ele estava dizendo, mas ao concluir<br />

os estudos sobre os seguros<br />

aeronáuticos ficou tudo muito<br />

claro, a grande maioria dos riscos<br />

não estão contemplados nas<br />

apólices de seguros contratadas ou<br />

os clientes entendem, erroneamente,<br />

que não é importante contratar.<br />

Diante disso, podemos dizer que os<br />

seguros não são baratos e nem<br />

caros, eles são incompletos e pre-<br />

cisam de melhoria e evolução continua.<br />

As três partes (Cliente, corretores<br />

e seguradoras) que estão envolvidas<br />

no processo têm que entender essa<br />

necessidade e evoluírem juntas. Não<br />

se trata apenas de negociar preço, e<br />

sim pensar juntos em um caminho de<br />

equilíbrio para ter melhores coberturas,<br />

preservando a saúde financeira de<br />

todos os envolvidos. Existem terceiros<br />

nesse processo que podem ser os<br />

grandes perdedores, que nada têm a<br />

ver com as três partes participantes<br />

nas negociações.<br />

64 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 09


A aviação geral no Brasil afundou juntamente<br />

com a economia brasileira e tem<br />

deixado muitas empresas do setor em<br />

grandes dificuldades. Com queda brusca<br />

de venda de aeronaves chegando a 70%<br />

ou mais, muitas empresas distribuidoras<br />

de aeronaves de grandes marcas internacionais<br />

se viram obrigadas a cortar<br />

custos e viver da venda de aeronaves<br />

usadas e outros serviços aos clientes. O<br />

Brasil tem a segunda frota de aviação<br />

geral do planeta, com aproximadamente<br />

Cmte João D'Angelo's e o piloto recém habilitado<br />

16 mil aeronaves, ficando atrás apenas<br />

Guilherme Luz, ambos do Aeroclube de Pirassununga<br />

dos EUA, e nem isso facilitou a vida das<br />

Sérgio Beneditti<br />

empresas de manutenção que tem sofrido<br />

muito com a falta ou prorrogação dos serviços por parte dos clientes.<br />

Com a valorização do dólar, em relação ao real, as dificuldades aumentaram muito, na<br />

aviação tudo é dolarizado, trabalhando-se com um preço médio da moeda a R$ 3.60 por<br />

dólar, as venda de novas aeronaves entraram em queda livre fazendo o segmento<br />

todo entrar em recessão. Em 2016 pouco mudou, a<br />

retração continuou,<br />

mas a expectativa é<br />

que em 2017, aos<br />

poucos, os negócios<br />

comecem a reagir e voltem a<br />

movimentar toda a cadeia produtiva<br />

do segmento.<br />

A mudança da política econômica<br />

adotada pelo novo governo no Brasil<br />

pode trazer esperança ao segmento, mas<br />

o fator político americano ameaça atrapalhar a<br />

esperada melhoria para 2017. Caso ocorra uma<br />

desvalorização do real acima do esperado pelo<br />

mercado, não podemos esquecer que a operação<br />

Lava Jato ainda não lavou tudo o que precisa e<br />

está na fila para tal.<br />

Fairchild PT19<br />

Aeroclube de Pirassununga<br />

Com o preço muito alto do combustível<br />

e por ser um dos itens de maior impacto<br />

na aviação, muitas pessoas e empresas<br />

passaram a compartilhar aeronaves para<br />

redução dos custos nesses tempos de<br />

crise. Mostramos isso na nossa edição 3,<br />

da Aviação & <strong>Mercado</strong>, acesse aqui e<br />

leia. Além disso, as outras medidas de<br />

contenção de custos foram reduzir as<br />

manutenções, contratar pilotos freelans<br />

e diminuir as horas de voo.<br />

O agronegócio brasileiro tem sido um<br />

dos pontos positivos para o segmento na<br />

aquisição, onde, mesmo na crise tem<br />

adquirido novas aeronaves. A mobilidade<br />

aérea em grandes cidades como<br />

São Paulo tem ajudado na manutenção<br />

das vendas de helicópteros.<br />

Diante deste momento de crise que vive<br />

a aviação geral brasileira nós da Aviação<br />

& <strong>Mercado</strong> nós vimos na obrigação de<br />

tratarmos desse assunto e para isso<br />

escolhemos a nossa seção “Com a palavra,<br />

o presidente”,para a qual teríamos<br />

que entrevistar alguém que conhece<br />

muito bem o momento econômico, que<br />

convive e que sofre com ele.<br />

Escolhemos um presidente que<br />

vive há 44 anos da aviação, que<br />

iniciou como piloto e partiu para<br />

empreender nesse segmento.<br />

Estamos falando de um profissional<br />

que todos na aviação, se não<br />

conhecem, já ouviram falar.<br />

O nosso presidente do mês é<br />

Sérgio Beneditti, presidente da<br />

Plane Aviation, distribuidora da<br />

Cirrus e da Maule no Brasil.<br />

Sérgio Beneditti começou na<br />

aviação civil em 1973, obtendo<br />

suas licenças de piloto comercial,<br />

instrutor, IFR (do inglês Instrument<br />

Flight Rules) e multi no aeroclube<br />

de Bauru-SP. Atuou por 12 anos<br />

como piloto profissional na aviação<br />

geral quando então, voltou-se para<br />

a área de vendas de aeronaves.<br />

Em 1991 estabeleceu-se no aeroporto<br />

de Jundiaí-SP, com a Maule<br />

do Brasil, que anos mais tarde<br />

tornou-se Plane Aviation, empresa<br />

que hoje representa a Maule Air Inc<br />

e a Cirrus Aircraft.<br />

Cirrus Vision Inspired 2 LR<br />

66 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 67


1) Como você define o momento do<br />

Brasil e da Aviação Geral?<br />

O momento está difícil para todo mundo,<br />

não só pera a aviação geral. O Brasil passa<br />

por uma purgação e precisamos urgente<br />

de mudanças para buscar novamente o<br />

rumo e a confiança.<br />

2) Quais seriam essas mudanças, no seu<br />

ponto de vista?<br />

A mudança no rumo político foi um<br />

grande passo. O atual governo tem<br />

demonstrado tentativas para colocar o<br />

país nos eixos, mas não se sabe quanto<br />

tempo isso vai demorar, o momento é<br />

muito delicado. Precisamos de ajuste<br />

econômico, reformas trabalhistas, reforma<br />

tributária, previdenciária, políticas de<br />

juros mais adequadas e justas, agências<br />

de regulamentação mais profissionalizadas<br />

e etc.<br />

4) Já podemos sentir alguma mudança<br />

que caminha para a retomada<br />

das vendas?<br />

As aeronaves novas têm dado sinais<br />

de começar a retomada das vendas,<br />

mas estamos muito longe de estarmos<br />

nos níveis de mercado que já<br />

tivemos. Porém, temos que dar um<br />

passo de cada vez para subir novamente<br />

a escada. A queda foi muito<br />

grande, automaticamente a retomada<br />

será lenta, mas temos que continua<br />

e acreditamos que em 2017 já<br />

veremos um novo horizonte menos<br />

sombrio.<br />

5) Até a retomado das vendas, o<br />

que você tem como estratégia de<br />

negócios para a Plane a as marcas<br />

que ela distribui no Brasil?<br />

O momento atual é de sobrevivência,<br />

atender os clientes que já possuem as<br />

aeronaves da melhor forma e com<br />

inteligência, apresentar ao mercado<br />

coisas novas, melhorias de atendimento,<br />

de serviços e de produtos. Ser parceiro<br />

do cliente, estar perto dele, para que ele<br />

se lembre de você e das marcas, quando<br />

se sentir confortável em trocar ou comprar<br />

uma aeronave.<br />

6) Porque você acredita na melhora dos<br />

negócios para 2017?<br />

Porque a Cirrus apresentará, em janeiro<br />

de 2017, sua nova serie SR, que é o SR 20,<br />

22 e o 22T, com inúmeras novidades,<br />

grandes evoluções tecnológicas que vão<br />

manter a marca à frente das suas concorrentes.<br />

A marca caracteriza-se como<br />

inovadora e que sempre lança novas<br />

tecnologias. Muita coisa que temos<br />

hoje no mercado foi a Cirrus que<br />

inovou e lançou. Está muito claro<br />

que isso continua e no próximo ano<br />

as expectativas são muito boas. Já<br />

temos boas expectativas de<br />

negócios e vendas. Independente do<br />

momento econômico, teremos melhores<br />

condições de negócios pelas<br />

novidades que serão apresentadas<br />

ao mercado.<br />

Também será o ano da chegada do<br />

Vision SF 50, o nosso jato. E isso vai<br />

fomentar nossas vendas. Estamos<br />

muito otimistas com os negócios a<br />

partir de janeiro de 2017. Mas ressalvo<br />

que contamos com um melhor<br />

momento econômico do país, o que<br />

seria um bom casamento com o<br />

momento dos negócios da Cirrus.<br />

3) Como você analisa o impacto dessa<br />

crise econômica para o mercado da<br />

aviação geral?<br />

Estamos passando por essa crise há mais<br />

de 20 meses. A política, o câmbio, os juros<br />

e o momento econômico levaram a uma<br />

grande crise no comércio. Isso fez os<br />

números de vendas baixarem muito,<br />

estamos trabalhando mais do que nunca<br />

e empenhados em continuar fazendo<br />

negócio. A crise política afetou a economia<br />

e isso fez com que toda estrutura do<br />

país ficasse muito ruim.<br />

A venda de aeronaves novas foi muito<br />

afetada, levou quase a zero o número de<br />

unidades vendidas. O mercado de<br />

aeronaves usadas segurou um pouco os<br />

negócios, mas mesmo assim, muito<br />

abaixo de um momento de normalidade.<br />

Estamos muito a baixo do ponto de<br />

equilíbrio dos resultados dos negócios.<br />

Estamos no vermelho há um bom tempo.<br />

Cirrus SF50 Carbon 2016<br />

68 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 69


7) Como está o segmento de manutenção de aeronaves da aviação geral?<br />

Está sofrido, como todos os outros, nós na Plane Aviation não temos atendimento de<br />

manutenção. Nós optamos, junto com a Cirrus estruturar uma rede de manutenção no<br />

Brasil, deixar isso para quem entende do assunto. Temos hoje uma rede de 23 empresas<br />

autorizadas e homologadas pela Cirrus e pela ANAC. Todas elas têm mecânicos<br />

treinados pela Cirrus.<br />

Cirrus SF50 Ryan<br />

ser justa a comparação. As aeronaves<br />

da marca são as mais eficientes em<br />

seu custo operacional em termos de<br />

velocidades, desempenho e consumo<br />

de combustível. O que mais<br />

impacta em qualquer aeronave é o<br />

custo de combustível.<br />

A manutenção é relativamente<br />

barata, se comparar com um carro<br />

de luxo como uma BMW, um Audi e<br />

outros, onde a manutenção é mais<br />

cara que a em uma aeronave Cirrus.<br />

11) Como você vê a atuação da<br />

ANAC?<br />

A ANAC na realidade cumpre o papel<br />

de agência fiscalizadora e certificadora,<br />

temos todos nossos produtos<br />

certificados bem como nossas oficinas<br />

terceirizadas. Anualmente essas<br />

oficinas passam por fiscalização<br />

e renovação da certificação. No<br />

meu contexto ela não atrapalha,<br />

apenas cumpre o papel dela de<br />

reguladora, não tem grandes<br />

interferências nos negócios.<br />

12) E o Ministério da Aviação<br />

Civil?<br />

Infelizmente, em 44 anos que<br />

estou na aviação, até hoje eu<br />

não vi uma política governamental<br />

definida para a aviação.<br />

Troca-se de governo e nada<br />

muda. O Governo só enxerga a<br />

aviação comercial. A aviação<br />

geral não existe para o governo,<br />

eles nem visualizam, estamos ao<br />

acaso da governabilidade e das<br />

políticas para o setor.<br />

8) O atendimento no período de garantia como é feito?<br />

Temos 4 empresas especializadas e homologadas e em 2017 incluídas mais três oficinas<br />

com a finalidade de atendimento ao cliente, em período de garantia de fábrica.<br />

9) Como é feito o treinamento dos mecânicos?<br />

O treinamento dos mecânicos, parte é feito no Brasil e parte nos EUA,<br />

na fábrica. O primeiro curso de familiarização com o Cirrus é feito<br />

online, depois nos EUA é feito um curso aprofundado<br />

sobre o equipamento, inclusive sobre a manutenção<br />

do paraquedas.<br />

10) Qual o custo operacional de<br />

uma aeronave Cirrus?<br />

O Cirrus é hoje o avião mais<br />

econômico do mercado, voei<br />

outro dia uma aeronave de<br />

outra marca. E no final do<br />

voo ficou claro que se fosse<br />

com um cirrus teríamos gasto<br />

40% menos combustível.<br />

Estou falando de um monomotor<br />

de outra marca, para<br />

Cirrus SF50 Carbon 2016<br />

Cirrus SF50 Ryan<br />

70 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong><br />

09 71


13) Como você vê a atuação das associações<br />

do segmento?<br />

Não temos hoje uma associação com<br />

representatividade dentro do segmento<br />

para levar os anseios da aviação geral<br />

para o governo e defender os caminhos.<br />

Diante disso continuamos sem ser visualizados<br />

por eles.<br />

14) Como você analisa a infraestrutura<br />

aeroportuária no Brasil?<br />

Eu divido em três categorias:<br />

1 Existe uma parca infraestrutura aeroportuária<br />

no Brasil composta por um<br />

pequeno número de aeroportos com<br />

pistas asfaltadas e com operação IFR nas<br />

cidades de maior população;<br />

2 Um pequeno número de pistas asfaltadas<br />

em cidades menores que operam<br />

durante o dia em condições visuais;<br />

3 Um grande número de pistas desprepa-<br />

radas de terra e grama que apresenta<br />

pequenas condições operacionais.<br />

15) E como mudar isso?<br />

É muito barato construir uma pista e isso<br />

pode dar uma mobilidade muito grande<br />

para o mundo dos negócios. É muito mais<br />

barato construir 10 aeroportos do que 50<br />

km de rodovia. O que nós precisamos não<br />

é só a construção de aeroportos, mas<br />

também de um tratamento da infraestrutura<br />

dos já existentes, trazendo as novas<br />

tecnologias.<br />

16) Quais seriam essas tecnologias?<br />

Desde que foram desenvolvidas as<br />

aeronaves com sistema de aproximação,<br />

utilizando-se dos GPS, liberou-se a necessidade<br />

de investimento tão alto na<br />

infraestrutura do solo. O que precisa é<br />

ampliar o número de aeroportos, que<br />

possam utilizar esses procedimentos.<br />

Isso tem que ser revisto pelo<br />

governo e pela ANAC. Temos a<br />

necessidade de acompanhar a<br />

evolução tecnológica das<br />

aeronaves, que trazem condições<br />

diferenciadas de pouso. Apenas<br />

regulamentar isso já facilitaria<br />

muito.<br />

Tem gente no governo que quer<br />

implantar bons programas como<br />

esse, mas as consequências da<br />

falta de verba, para todos os setores,<br />

não tem permitido essas<br />

implantações. Isso nos leva ao<br />

início de nossa conversa, em 44<br />

anos que estou na aviação não<br />

tivemos nem mesmo um plano.<br />

17) Como está, hoje, o financiamento<br />

de aeronaves no Brasil?<br />

Nós sempre fomos submetidos à<br />

condição de financiar os aviões aqui no<br />

Brasil somente através de Leasing. Os<br />

juros autos não ajudam no negócio,<br />

mas é o que nós temos. Não existe<br />

financiamento externo para aeronaves<br />

de pequeno e médio porte. O que tem<br />

no mercado são financiamentos para<br />

aeronaves acima de 3 milhões de<br />

dólares. E o BNDES só financia aviões<br />

produzidos no Brasil, basicamente<br />

quem se beneficia dessas linhas são a<br />

Embraer e a Helibrás, com taxas de<br />

3,5% a 5% ao ano. Nós que importamos<br />

não temos esse benefício.<br />

18) Uma mensagem sua para seus<br />

clientes e futuros clientes?<br />

O que eu digo aos nossos clientes e<br />

amigos, com a experiência que adquirimos<br />

comercializando e voando Cirrus<br />

Platinum Agate White 04<br />

pelo país todo é uma mensagem de confiança. A Cirrus tem uma capacidade de<br />

desenvolvimento muito grande e vem investindo pesado em novas e na evolução das<br />

tecnologias já existentes. A maior prova da competência da marca é a certificação do<br />

Vision que foi o único sobrevivente entre todos os jatos monomotores, que foram<br />

lançados de 2007 para frente. Além disso, já tem outros projetos que estão em desenvolvimento.<br />

Isso nos dá certeza de que a satisfação de nossos atuais e dos nossos<br />

novos clientes estará garantida. Venha voar e divertir-se com a Cirrus!<br />

72 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong><br />

09 73


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74 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 75


Divulgação<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Como engenheiro, principalmente<br />

em relação a aeródromos de menor<br />

porte, para a operação de uma ampla<br />

gama de aeronaves, entre elas as<br />

experimentais, tenho encontrado<br />

algumas situações inusitadas, ou seja,<br />

para se operar as maravilhosas<br />

máquinas voadoras experimentais.<br />

Sempre, e sem exceção, é necessário<br />

um aeródromo, ainda que pequeno.<br />

Contudo, vejo muitos proprietários<br />

adquirindo determinadas propriedades,<br />

com este objetivo, mas sem<br />

terem a mínima noção do que é<br />

necessário para abrigar um aeródromo.<br />

Não raras situações, começam as<br />

surpresas, por vezes desagradáveis,<br />

visto que a propriedade, ou não tem<br />

largura suficiente, ou em outros<br />

casos: Possuir taludes laterais que<br />

interferem na rampa de transição<br />

lateral, obstáculos que interferem na<br />

rampa longitudinal, hangares sem o<br />

devido afastamento da pista, entre<br />

outras situações, que frustram o<br />

proprietário. Além disso, embora já<br />

tenham construído a pista e um ou<br />

mais hangares, quê, por se encontrarem<br />

fora das Especificações Aeronáuticas,<br />

inviabilizam a regularização do<br />

aeródromo.<br />

Com o objetivo de evitar tais transtornos<br />

é interessante falar um pouco<br />

sobre as superfícies destinadas a<br />

pouso e decolagem de aeronaves.<br />

Os aeródromos podem ser estabelecidos na<br />

água ou no solo. Ficaremos com os do solo.<br />

Basicamente são classificados em quatro categorias<br />

com códigos:<br />

1- pista com comprimento até 800m e largura<br />

mínima de 18m;<br />

2 - até 1200m, largura, mínima e de 23m;<br />

3 - até 1800m x 30m;<br />

4 - acima de 1800m x 45m.<br />

Vamos nos ater a pista de código 1, que atende<br />

Sala VIP<br />

a 99% dos experimentais.<br />

Divulgação<br />

76 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 77


Divulgação<br />

Assumiremos uma pista hipotética de<br />

200m, sabendo que até 800m, todos os<br />

parâmetros são iguais.<br />

Para abrigar uma pista de 200m é<br />

necessária uma faixa de pista que tenha<br />

no mínimo 30m aquém da cabeceira e<br />

30m além da cabeceira oposta, bem<br />

como 30m para cada lado do eixo da<br />

pista. O terreno deve apresentar declividade<br />

longitudinal máxima de 2% e<br />

transversal de até 3%.<br />

Divulgação<br />

Toda a área operacional tem que ser<br />

cercada para evitar a invasão de animais<br />

e intrusos, mas deve-se respeitar a<br />

rampa longitudinal, que começa a partir<br />

da borda da faixa de pista, que é de 20:1<br />

até atingir 1600m no terreno.<br />

Divulgação<br />

Além de uma abertura lateral, em<br />

leque de 10º para cada lado, a contar<br />

do vértice da faixa de pista até atingir<br />

190m de largura para cada lado<br />

do eixo. Ou seja, a cada 20m no<br />

terreno, admite-se um obstáculo<br />

vertical de até 1m, sendo assim, para<br />

uma cerca de 1m de altura, tem que<br />

afastar mais vinte metros além da<br />

faixa de pista. A rampa de transição<br />

lateral é de 5:1, estendendo-se no<br />

terreno até 225m, assim sendo, para<br />

ter uma cerca de 1m, ela deve estar<br />

5m afastada lateralmente. Além da<br />

faixa de pista, para abrigar a pista de<br />

200m será necessário um terreno de<br />

300m de comprimento por 70 de<br />

largura, isto só para a pista. Há ainda<br />

a biruta, que deve ficar a 80m, afastada<br />

do eixo da pista.<br />

Vamos agora a um exercício prático.<br />

Uma edificação de 10m de altura,<br />

situada no eixo longitudinal da pista<br />

deve estar afastada quantos<br />

metros da cabeceira? 30m da faixa<br />

de pista + (20 x 10) = 200m, logo, a<br />

resposta é 230m. E, um hangar,<br />

cuja cumeeira tenha 5m de altura,<br />

deve estar afastado, lateralmente a<br />

que distância do eixo da pista?<br />

30m da faixa de pista + (5 x 5) =<br />

25, logo, deve estar a 55m afastado<br />

do eixo da pista.<br />

Muitas pessoas perguntam qual o<br />

comprimento mínimo de uma<br />

pista? Por incrível que pareça a<br />

resposta é que não há restrição<br />

alguma quanto ao comprimento,<br />

desde que tenha no mínimo 18m<br />

de largura, segundo a legislação<br />

pertinente ao assunto.<br />

Desejo a todos uma boa sorte na<br />

aquisição da propriedade para implantação<br />

do seu aeródromo, e lembrem-se!<br />

Em caso de dúvida é bom<br />

consultar um profissional do ramo.<br />

78 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 79


Na aviação tudo é padronizado, inclusive as<br />

comunicações. Contudo, muito pouco é<br />

falado sobre o alfabeto fonético internacional<br />

e a história de sua criação. Então, vamos<br />

falar um pouco sobre essa modalidade<br />

universal de comunicação que tomou conta<br />

dos ares nos quatro cantos do globo. Nos<br />

primórdios da aviação a única forma de<br />

comunicação entre pilotos, ou entre pilotos<br />

e o solo, eram os sinais (mãos e bandeiras),<br />

os símbolos (cores, formas no solo e bandeiras)<br />

e o Código Morse, por influência das<br />

práticas marítimas. Com o advento da<br />

comunicação por voz via rádio, houve a<br />

necessidade de se criar uma linguagem<br />

simplificada para as comunicações aéreas,<br />

para ordenar e dar entendimento das<br />

instruções por todos, independentemente<br />

dos sotaques ou da língua utilizada.<br />

08 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 81


Antes da Segunda Guerra Mundial<br />

não existia um alfabeto fonético<br />

comum, com exceção de alfabetos<br />

utilizados para uso militar. Contudo,<br />

cada serviço possuía seu próprio<br />

alfabeto, um para a Aeronáutica, outro<br />

para a Marinha e outro para o Exército,<br />

o que gerava uma grande confusão.<br />

Eram conhecidos como alfabeto<br />

radiotelefônico e apresentavam problemas<br />

de interferência, ruídos, além<br />

da própria dificuldade de se fazer<br />

entender, devido à semelhança que<br />

algumas palavras possuem entre si,<br />

apesar de pertencerem ao mesmo<br />

idioma. Em 1941, perto da entrada<br />

dos EUA no conflito, ficou evidente a<br />

necessidade de se encontrar um<br />

alfabeto comum, que permitisse um<br />

entendimento uniforme no campo de<br />

batalha. Era grande a rivalidade entre<br />

os diversos serviços existentes. E, após<br />

várias tentativas frustradas de harmonizar<br />

as ideias de todos os interessados,<br />

os responsáveis pelos vários<br />

serviços de alfabetos codificados<br />

foram chamados para uma reunião no<br />

MIT (Massachusetts Institute of Technology)<br />

que, após um árduo trabalho<br />

político e técnico, resultou na criação<br />

do Alfabeto Fonético JAN (Joint<br />

Army/Navy), coincidindo com a entrada<br />

dos EUA na Segunda Grande<br />

Guerra. Este alfabeto foi um grande<br />

avanço no campo das comunicações<br />

militares, apesar de ainda perdurarem<br />

algumas dificuldades de compreensão<br />

de várias letras por parte de algumas<br />

forças armadas aliadas.<br />

Após o término da guerra houve<br />

tentativas de aprimorar o alfabeto<br />

utilizado na época. No entanto, nenhuma<br />

teve sucesso. Neste momento,<br />

paralelamente, a ICAO (International<br />

Civil Aviation Organization) também estava preocupada em desenvolver um<br />

alfabeto que facilitasse a comunicação da emergente indústria aeronáutica.<br />

Foram desenvolvidas então regras de fraseologia de comunicação da aviação e<br />

junto com estas regras veio o alfabeto fonético da aviação, que tem o propósito<br />

de soletração de letras e números de forma a não surgir outras interpretações.<br />

Existem diversas publicações que tratam do alfabeto fonético, tanto no âmbito da<br />

língua portuguesa, quanto no âmbito das línguas estrangeiras e oficiais usadas<br />

pela ICAO. Inclusive, em um de seus documentos, o DOC 4444, a ICAO trata sobre<br />

o assunto, descrevendo detalhadamente o que deve ser usado em fraseologia em<br />

inglês, levando em consideração seu Anexo 10.<br />

82 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 83


NEWSKY Comunicação aeronáutica<br />

Internamente, há três legislações específicas que tratam sobre o tema. São as novíssimas<br />

Instruções do Comando da Aeronáutica (ICA’s) 100-12 “Regras do Ar” e 100-37, “Serviços<br />

de Tráfego Aéreo”, e o novo Manual do Comando da Aeronáutica (MCA) 100-16 “Fraseologia<br />

de Tráfego Aéreo”. Todos entraram em vigor no dia 10 membro, de 2016. Nesses documentos<br />

a autoridade aeronáutica conceitua a fraseologia aeronáutica como “um procedimento<br />

estabelecido com o objetivo de assegurar a uniformidade das comunicações radiotelefônicas,<br />

reduzir ao mínimo o tempo de transmissão das mensagens e proporcionar<br />

autorizações claras e concisas”. Ainda, define que: a fraseologia apresentada neste capítulo<br />

não pretende ser completa. Quando for estritamente necessário tanto os controladores de<br />

tráfego aéreo e operadores de estação aeronáutica, como os pilotos poderão utilizar<br />

frases adicionais, devendo, no entanto, afastarem-se o mínimo possível da fraseologia.<br />

A utilização correta do alfabeto fonético permite<br />

a detecção de qualquer erro de compreensão na<br />

transmissão de qualquer mensagem, evitando-se<br />

entendimentos equivocados e ambiguidades,<br />

o que, por consequência, traduz maior<br />

segurança aos serviços aéreos. E, para se ter uma<br />

noção dessa ambiguidade, é possível dizer, por<br />

exemplo, que na língua inglesa, o número zero<br />

(0) e a letra “o” podem ser confundidos devido à<br />

terminação no som de ambas, que<br />

finalizam com "ou". No espanhol, as<br />

letras “v” e “b” possuem a mesma<br />

pronunciação. O português também<br />

possui sons muito semelhantes,<br />

como os números "sessenta e sete" e<br />

"setenta e sete". Veja abaixo o alfabeto<br />

fonético aeronáutico utilizado<br />

atualmente por todos os países:<br />

Letra Código Pronúncia<br />

A alfa al fa<br />

Letra Código Pronúncia<br />

H hotel ho tel<br />

Número Código Pronúncia em<br />

português brasileiro<br />

Número Código Pronúncia em<br />

português brasileiro<br />

B bravo bra vo<br />

I india in dia<br />

0 zero zé ro<br />

5 cinco cin co<br />

C charlie tchar li<br />

J juliett djou li ett<br />

1 uno Uno<br />

6<br />

meia<br />

dúzia<br />

mei a<br />

D delta del ta<br />

K kilo qui lô<br />

2 dois Dois<br />

7 sete Sé te<br />

E echo é co<br />

L lima li ma<br />

F foxtrot fox trot<br />

M mike maic<br />

3 três Três<br />

8 oito Oito<br />

G golf golf<br />

N november no vem ber<br />

4 quatro qua tro<br />

9 nove nó ve<br />

84 Aviação & <strong>Mercado</strong> Aviação & <strong>Mercado</strong> 85


COMEMORE O RÉVEILLON 2016-2017 EM GRANDE ESTILO<br />

TERRENOS FLY INN<br />

AVIÃO E LANCHA NA PORTA DE CASA.<br />

Um local exclusivo onde você pode estacionar seu avião dentro ou na frente da sua casa,<br />

com vagas para barcos e uma vista deslumbrante. Venha vivenciar a experiência de fazer parte<br />

do Portobello em terrenos de 1 mil até 7 mil m 2 , um canal navegável de -2.5 de calado e uma pista<br />

de pouso de asfalto com 1.270m X 30m. Tudo isso com serviços e lazer do Portobello Resort.<br />

VENHA DE AVIÃO<br />

PASSAR O REVEILLON<br />

NO PORTOBELLO E<br />

APROVEITE PARA CONHECER<br />

O NOSSO FLY INN<br />

PISTA EM OPERAÇÃO<br />

LOCALIZADA NA FAZENDA PORTOBELLO: DESIGNAÇÃO: SDPA, LAT: 022°55’39” • LONG:044°04’48”W, AL: 20FT<br />

RIO: 50 MILHAS • SÃO PAULO: 148 MILHAS • BELO HORIZONTE: 185 MILHAS.<br />

BAÍA DA ILHA GRANDE • A 100 KM DO RIO • ENTRE RIO E SÃO PAULO<br />

WWW.PORTOBELLORESORT.COM.BR<br />

TEL.: 21 2789 8063 | 2789 8000

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