10.01.2017 Views

Outubro/2016 - Referência Florestal 179

Visitantes - Grupo Jota Comunicação

Visitantes - Grupo Jota Comunicação

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

SURTOS DE PERCEVEJO-BRONZEADO<br />

DIMINUEM SENSIVELMENTE O<br />

CRESCIMENTO FLORESTAL<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

dois meses, são capazes de reduzir em 14% a produtividade da<br />

floresta”, informa Wilcken. Isso mostra que não precisa de uma<br />

alta infestação para causar prejuízos. O poder destrutivo dessa<br />

praga pode estar ligada à hipótese da sua saliva que é tóxica.<br />

Apesar de não existir material genético altamente resistente<br />

ao ataque dos insetos, existem alguns clones que são ainda<br />

mais suscetíveis. “Existem clones que têm 30 insetos por folha<br />

e apresentam clorose, como o caso do Eucalyptus grandis. Porém,<br />

bastam dois percevejos para causar a desfolha total no<br />

Eucalyptus urograndis”, alerta Wilcken. Outro exemplo citado<br />

pelo professor está relacionado ao psilídeo-de-concha. Em<br />

questão de uma ou duas gerações um clone deixou de ser moderadamente<br />

resistente e passou para suscetível.<br />

CONTROLE<br />

A avaliação do grau de infestação é essencial para optar<br />

pelo método de controle. “Em todos os casos trabalhamos com<br />

a introdução de inimigos naturais. Mas o inimigo natural não se<br />

adapta a todas as regiões. Então tem que ser feito o controle<br />

químico. Na baixa infestação entra o biológico”, orienta o professor<br />

Wilcken.<br />

Existem duas opções de produtos químicos: os que agem<br />

de forma sistêmica e por contato. “Os sistêmicos são uma boa<br />

opção para as pragas sugadoras”, aponta Wilcken. Como o inseto<br />

suga os nutrientes ele também absorve o químico. Mas<br />

algumas pragas exóticas como o psilídeo-de-concha e percevejo-bronzeado<br />

ocorrem durante o período de seca, uma condição<br />

que limita bastante a absorção da planta. “Fizemos muitos<br />

estudos em Minas Gerais, Estado que fica quatro meses sem<br />

chuva, e Mato Grosso do Sul. A umidade relativa é muito baixa,<br />

chega a 15%.” Ficou comprovado que a eficiência dos inseticidas<br />

sistêmicos caiu. “A planta para de fazer fotossíntese e não<br />

absorve o produto. Assim, a umidade tem que passar de 50%”,<br />

destaca.<br />

Já as moléculas que agem por contato não possuem essa<br />

because the reproductive cycle is shorter. After it lays the eggs,<br />

the new insects are born after two or three months, and in colder<br />

regions, it may take more than six months.<br />

DIAGNOSIS AND CONTROL<br />

Information on the symptoms is the biggest ally of producers.<br />

“We saw this with the eucalyptus snout beetle in the State<br />

of São Paulo. They saw the forest changing color, but the color<br />

change was not associated with the presence of the insect,” says<br />

Protef Executive Coordinator Luis Renato.<br />

A very efficient model to measure the degree of attack is the<br />

use of yellow traps and counting the insects on the leaves, in the<br />

case of the bronze bug, for example. “We found that 10 to 15<br />

bronze bugs per trap, after two months, are capable of a 14% reduction<br />

in forest productivity,” states Protef Coordinator Wilcken.<br />

This shows that you don't need a high infestation to cause<br />

damage. The destructive power of this pest could be linked to the<br />

hypothesis that their saliva is toxic.<br />

Although there is no genetic material which is highly resistant<br />

to insect attack, there are some clones that are more susceptible.<br />

“There are clones that can have 30 bugs per leaf and have chlorosis,<br />

as is the case for Eucalyptus grandis. However, it only takes<br />

two bronze bugs per leaf to cause total defoliation in the case<br />

MITO DA CHUVA<br />

ALGUNS PRODUTORES ACREDITAM QUE A CHUVA ELIMINA AS<br />

PRAGAS. ISTO É UM ERRO. EM SE TRATANDO DA VESPA-DA-GALHA,<br />

O INSETO FICA DENTRO DA PLANTA ATÉ ATINGIR A IDADE ADULTA.<br />

JÁ PARA O PERCEVEJO-BRONZEADO AS CHUVAS TÊM DOIS EFEITOS<br />

NOCIVOS À PRAGA, MAS INSUFICIENTES PARA ELIMINÁ-LA POR<br />

COMPLETO. O IMPACTO DAS GOTAS DE CHUVAS PODE MATAR<br />

ALGUNS INDIVÍDUOS. JÁ NOS LOCAIS COM OCORRÊNCIA DE<br />

FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICO A UMIDADE, EM TORNO DE 80%,<br />

FAZ COM QUE ELES SE PROLIFEREM E ATAQUEM OS INSETOS.<br />

PORÉM, É NECESSÁRIO QUE ESSA CONDIÇÃO PERMANEÇA POR<br />

MAIS DE UMA SEMANA. QUANDO A UMIDADE CAI NOVAMENTE O<br />

FUNGO PARA DE AGIR E AS PRAGAS SE REESTABELECEM.<br />

<strong>Outubro</strong> de <strong>2016</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

37

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!