Maio/2016 - Referência Industrial 174
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ENTREVISTA - Diretor de mercado da empresa, João Saccaro, comemora os 70 anos da marca
I N D U S T R I A L
Nova casa
Fabricante de preservativos para
madeira inaugura fábrica no Brasil
New home
Wood preservative manufacturer
inaugurates a factory in Brazil
Construção civil – Madeira é destaque em grandes obras pelo mundo com design de vanguarda
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
SUMÁRIO
SUMÁRIO
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO
Arch Química/Lonza 75
30
Bruno Industrial 49
Dinâmica 21
DRV Ferramentas 15
50
58
Engecass 13
Fenasucro 27
Fhaizer 65
Formóbile 23
H. Bremer 09
Homag 07
04 Editorial
06 Cartas
08 Bastidores
10 Notas
18 Aplicação
20 Alta e Baixa
22 Frases
24 Entrevista
Linck 11
Mill Indústrias 76
Montana Química 02
MSM Química 17
Planeta Industrial 71
Siempelkamp 05
Vantec 19
28 Coluna Abimci Paulo Pupo
30 Principal Confiamos no Brasil
40 Construção Civil
44 Marcenaria
50 Especial Tendências do Salão de Milão
58 Madeira Tratada
62 Química na Madeira
66 Artigo
72 Agenda
74 Espaço Aberto
MAIO | 03
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
EDITORIAL
Ano XVIII - Edição n.º 174 - Maio 2016
Year XVIII - Edition n.º 174 - May 2016
Ilustra a capa desta edição
a recém-inaugurada fábrica da
Arch Proteção de Madeiras,
empresa do Grupo Lonza, e
suas modernas instalações na
cidade de Salto (SP)
CRESCER EM
TEMPOS DE CRISE
Mesmo em meio a situação instável da economia brasileira
nos últimos tempos, algumas empresas vêm desafiando
a crise. Exemplo é a da Arch Proteção de Madeiras, empresa
do Grupo Lonza, que com o compromisso de disponibilizar
produtos para o tratamento da madeira instalou a primeira
fábrica em solo brasileiro. A motivação ou palavra-chave que
inspirou o estabelecimento da marca no país é a confiança,
principalmente no setor industrial madeireiro.
Outro caso de sucesso é o da indústria de móveis Squadro.
A empresa investiu em maquinário de última geração e abriu
um leque de opções atuando, além do ramo coorporativo,
também no residencial. Os 70 anos da Saccaro são destaque
na seção Entrevista, com o diretor de mercado João Saccaro,
além da cobertura de um dos mais importantes eventos do setor
referência no mundo, o iSaloni (Salão do Móvel de Milão).
Imperdível!
GROWING IN TIMES OF CRISIS
Even amid the unstable situation that today pervades the
Brazilian economy, some companies are succeeding in defying
the crisis. An example is the Arch Proteção de Madeiras, a
Lonza Group company, which with the commitment to provide
products for the treatment of wood, installed its first factory
on Brazilian soil. The motivation or keyword that inspired the
establishment of the brand in Brazil is “confidence”, especially
in the industrial timber sector.
Another success story is that of furniture maker Saccaro,
which invested in state-of-the-art machinery, which allowed the
Company to broaden its range of operations to include residential
furniture, in addition to corporate fixtures. Saccaro’s 70 years
in operation are featured in the Interview with João Saccaro,
Director of Marketing for Saccaro. In this issue, we also provide
you with the latest trends from iSaloni (Milan Furniture Show).
Very pleasant reading!
EXPEDIENTE
JOTA COMUNICAÇÃO
Diretor Comercial / Commercial Director
Fábio Alexandre Machado
fabiomachado@revistareferencia.com.br
Diretor Executivo / Executive Director
Pedro Bartoski Jr
bartoski@revistareferencia.com.br
Diretora de Negócios / Business Director
Joseane Knop
joseane@jotacomunicacao.com.br
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0800 600 2038
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Paulo Pupo
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Tradução / Translation
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A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida
aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de
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A Revista REFERÊNCIA do Setor Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL
CARTAS
Capa da Edição 173 da
Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL,
mês de abril de 2016
Exportação
Por Juarez Taborda Neto,
Campinas (SP)
Gostaria de ler mais notícias focadas em mercado, principalmente
exportação. A propósito, achei interessante a
matéria sobre a serra fita da edição de março.
Sucesso
Por Walter de Almeida,
Telêmaco Borba (PR)
Parabéns pela Revista!
A REFERÊNCIA IN-
DUSTRIAL do mês está
demais, ótimo trabalho
como sempre. Sucesso
para toda a equipe.
Imagem: reprodução
Imagem: reprodução
Polos
Informações
Por Lucas de Alcântara Matos,
Mato Grosso (MT)
Tenho gostado muito das informações trazidas sobre a
redução do coeficiente volumétrico, tanto nas edições 172
e 173 da Revista. Parabéns pela abordagem!
Por Paulo
Roberto
dos Santos,
Natal (RN)
A REFERÊNCIA poderia fazer uma
matéria especial sobre os polos
moveleiros nordestinos. Seria um
prazer sermos prestigiados
pela publicação.
Imagem: reprodução
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião
é fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.
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Imagem: reprodução
revistareferencia@revistareferencia.com.br
E-mails, críticas e sugestões podem ser
enviados para redação ou siga:
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
BASTIDORES
Na foto, Gilmar Paulo
Favero (gerente de filial da
Salvador), Christian Salvador
(diretor da empresa),
Joseane Knop (diretora de
negócios GRUPO JOTA)
e Eduardo Rechenberg
(diretor da Alca)
Foto: REFERÊNCIA
VISITAS ILUSTRES
O mês de abril foi marcado por visitas importantes
nas dependências do GRUPO JOTA.
Na foto, Germano
Basko (gerente de
vendas Homag),
Marina de Capistrano
(jornalista no GRUPO
JOTA) e Helderson C.
Rodrigues (diretor da
Squadro Móveis)
NA PRÁTICA
Visitamos as dependências da Squadro Móveis, em Pinhais
(PR), para ver o funcionamento do moderno maquinário da
empresa.
Foto: REFERÊNCIA
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL
NOTAS
Foto: divulgação
Resultados
positivos na
Mostra Affemaq
A Mostra Affemaq Paraná (Feira Itinerante de Máquinas,
Ferramentas, Acessórios, Insumos e Serviços para as Indústrias
de Madeira e Móveis) provou novamente que os eventos
realizados dentro dos polos moveleiros têm grande potencial
de diferenciação para as indústrias, fornecedores e fabricantes
de móveis. A XVIII edição, realizada em Arapongas (PR),
recebeu visitantes de 38 cidades, dos Estados do Paraná, Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Segundo dados
fornecidos por cerca de 60% dos expositores, foram concretizados
negócios na casa dos R$ 3,5 milhões e estima-se uma
venda superior a R$ 13 milhões para os meses subsequentes
em negociações encaminhadas. A próxima edição do evento
já está confirmada e será realizada de 28 a 30 de junho de
2016, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves (RS).
Defesa do
compensado
brasileiro
A Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira
Processada Mecanicamente) preparou nova defesa que foi
protocolada no início do mês de abril, junto ao governo dos
EUA (Estados Unidos da América) justificando e solicitando
a re-designação do compensado de pinus dentro do SGP
(Sistema Geral de Preferências). Atualmente, o produto é
taxado em 8% para o mercado americano, tirando a competitividade
das empresas brasileiras frente aos demais países
produtores como Chile, Uruguai, entre outros. A defesa da
Abimci conta com apoios importantes como o da BIC (Brazil
Industries Coalition), entidade situada em Washington, da
CNI (Confederação Nacional das Indústrias), da Fiep (Federação
das Indústrias do Paraná), e, principalmente, o apoio
de várias empresas americanas que importam o compensado
do Brasil.
Foto: Fabio Ortolan
Foto: Mauricio de Paula
Unesc oferece capacitação
É denominado mobiliário digital todo o móvel criado no ambiente virtual.
Esse novo modo de pensar em móveis é desenvolvido por as máquinas CNC (Comando
Numérico Computadorizado), que fazem a leitura e executam a fabricação
das peças físicas. O processo tem ganho cada vez mais espaço na indústria
moveleira, visto que a máquina realiza todo o trabalho e a única mão de obra
utilizada fica para a fase de montagem e acabamento do móvel. Dentro deste
quadro, a Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense) traz o curso de extensão
em mobiliário digital. O principal objetivo do curso é capacitar estudantes e
profissionais das áreas de design, arquitetura e do setor mobiliário em geral, para
o desenvolvimento de móveis e objetos para fabricação em máquinas CNC. As
atividades são desenvolvidas em um laboratório, onde o estudante fabrica e testa
os protótipos durante o desenvolvimento de seus projetos. Informações adicionais
podem ser obtidas pelo e-mail: sce@unesc.net.
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serrarias com corte em curva desde 1989
serrarias para corte de toras classificadas por dimensão e não classificadas
MADE IN GERMANY
Foto: divulgação
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
NOTAS
Plano Nacional da
Cultura Exportadora
O Mdic (Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio
Exterior) lança o Pnce (Plano Nacional da Cultura Exportadora)
em Curitiba (PR). A ação é o braço regional do Plano Nacional
de Exportações, que tem o objetivo de aumentar o número de
empresas que operam no comércio exterior e, consequentemente,
aumentar as exportações dos Estados. O Mdic e a Apex-
-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos)
mapearam que mais de 14 mil empresas paranaenses
de diversos setores econômicos, que vão do setor de confecções
ao ramo moveleiro, poderão se beneficiar. As iniciativas serão
desenvolvidas até 2018. Entre as principais atividades previstas
estão o Peiex (Projeto Extensão Industrial Exportadora) e as
rodadas de negócios Brasil Trade da Apex-Brasil; pesquisa de
mercado e videoconferência com os setores de promoções comerciais,
em parceria com o Ministério das Relações Exteriores;
curso de exportação para empresário de pequeno porte e adaptação
de produtos para exportação, em parceria com o Sebrae
(Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Estandes
Movelpar 2017
As indústrias moveleiras expositoras da Movelpar
2017 poderão conhecer e interagir com
modelos diferentes de estantes. Estão montados
no Expoara em Arapongas (PR) três modelos com
100 m (metros) de área e mais sete modelos que
vão de 25 m² a 50 m² (metros quadrados), indo da
montagem básica à mista completa que inclui fechamento,
climatização e salas vips para atendimento
dos clientes.
“O nosso objetivo foi oferecer espaços já formatados
para que o expositor possa contar com
opções que atendam a sua necessidade com custos
menores. A aplicação da logomarca da empresa
e customizações com decoração e cores, vão
diferenciar os modelos e garantir bons espaços
para a realização de negócios”, afirma Wanderley
Vaz de Lima, presidente do Expoara.
Foto: divulgação
Foto: divulgação
Marcenaria high-tech
A B.Krick criou um projeto de marcenaria moderna, indicando
as máquinas, o software, bem como o ciclo de produção.
Além das máquinas, é fundamental ter o programa
de computador que fale a linguagem do equipamento e da
produção. O Cabinet Control funciona em conjunto com
a seccionadora e o centro de usinagem, além de executar
todo projeto do móvel. Isso significa, segundo a marca,
que o marceneiro consegue desenhar o móvel, ver como
construí-lo, saber o custo do total da produção e gerar o orçamento
completo para o cliente. Tudo na hora e 100% otimizado.
O Cabinet Control tem a versão de escritório como
a versão da máquina também, fazendo tudo se interligar.
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL
NOTAS
Capital da
indústria moveleira
Foto: divulgação
O setor moveleiro de Arapongas (PR) foi reconhecido
pelo Estado como a Capital da Indústria Moveleira
do Paraná. A entrega do título foi uma cerimônia realizada
na sede campestre do Sima (Sindicado das Indústrias
de Móveis de Arapongas).
O título, além do reconhecimento público que valoriza
a importância econômica da região para o país,
traz benefícios fiscais às indústrias como a garantia do
retorno do crédito do Icms (Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços) para aquisição de lixas e
abrasivos. Para o presidente do Sima, Irineu Munhoz,
o título traz relevância ao município de Arapongas e ao
setor moveleiro. “Além da maior visibilidade, os incentivos
fiscais darão fôlego às indústrias que geram milhares
de empregos e promovem o desenvolvimento
regional”, elanca.
O prefeito de Arapongas, Padre Beffa, também
ressaltou a importância do reconhecimento público e
do alcance de maior representatividade do município,
junto ao governo do Estado.
Impactos no polo
moveleiro do Rio
Grande Sul
O setor moveleiro continua enfrentando grandes dificuldades,
reflexo da grave crise econômica do país. Em relação
a Bento Gonçalves (RS), dados do primeiro trimestre
de 2016 indicam uma queda de 20,8% no faturamento em
termos nominais, o que intensifica a queda de 13,4% ocorrida
no ano de 2015. No Rio Grande do Sul, a queda nominal é
de 13,5% no trimestre.
As exportações de Bento Gonçalves, por sua vez, caíram
24,6% em dólares no primeiro trimestre, agravando ainda
mais a situação das empresas, que já haviam tido desempenho
negativo de 27% no ano passado. O desempenho
negativo generalizado afeta de forma aguda os empregos
no setor. Após o fechamento de mais de 1.100 postos de
trabalho em 2015, o primeiro trimestre de 2016 registrou
uma queda de 96 empregos diretos na indústria de móveis
de Bento Gonçalves, o que evidencia o grave momento enfrentado
pelo setor. No Brasil, foram quase duas mil vagas
de empregos na indústria moveleira fechadas no período.
Foto: divulgacão
Berço para máquinas
O Porto de Paranaguá (PR) conta com mais um berço para atracação
de navios que operam na exportação e importação de veículos,
máquinas, equipamentos e cargas que possam ser movimentadas
direto do navio para o cais. O berço é resultado do investimento
de R$ 60 milhões na implantação de novos dolfins. As estruturas
de concreto são fincadas no fundo do mar e servem para atracar e
amarrar navios, que carregam e descarregam cargas especiais. Esse
conjunto de dolfins forma o novo berço de atracação. O investimento
permitiu implantar três estruturas de atracação e uma de amarração
de navios, que serão utilizadas, exclusivamente, para receber embarcações
destinadas à operação com veículos e cargas gerais.
Foto: divulgacão
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Foto: divulgação
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
NOTAS
Diretor-geral
do Senai toma
possa no CNE
Receita líquida
da Abimaq sobe
A receita líquida total do setor industrial de
máquinas e equipamentos fechou o mês de março
em R$ 6,245 bilhões. Os dados são da Abimaq
(Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos)
e foram divulgados na Feimec (Feira Internacional
de Máquinas e Equipamentos). O valor é
12,3% maior que a receita líquida total apurada
no mês de fevereiro. Na comparação com março
do ano passado, houve uma queda de 32,6%. E
no acumulado do ano até março, a receita líquida
total do setor caiu 30,9% na comparação com o
mesmo período do ano passado. O consumo aparente
em março atingiu R$ 8,549 bilhões. Esse valor
é 5,7% maior que o apurado em fevereiro. Na
comparação com março do ano passado, o consumo
aparente recuou 36,2% e no acumulado do
ano recuou 30%.
O Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial)
passou a ter um novo representante no CNE (Conselho Nacional
de Educação) em maio. Rafael Lucchesi, diretor-geral,
tomou posse no Conselho de Educação Superior, assim
como o Pleno do Conselho pelo biênio 2016/2017. Em parceria
com outros 23 integrantes do MEC (Ministério da Educação),
Lucchesi irá assessorar no diagnóstico de problemas e
definição de medidas voltadas para o ensino, em diferentes
níveis e modalidades. “É uma grande honra e uma enorme
responsabilidade fazer parte do conselho”, disse Lucchesi,
que reforçou seus compromissos voltados para a política
pública. “A educação é o pilar fundamental para o desenvolvimento
econômico, social e de constituição da cidadania.”
Foto: REFERÊNCIA
Foto: divulgação
Nova linha de
produção de MDF
A Guararapes Painéis iniciou o funcionamento da sua nova linha
de produção de MDF em Caçador (SC). O investimento foi de mais de
R$320 milhões e irá triplicar a capacidade de produção, passando dos
atuais 200 mil m³/ano (metro cúbico) para 600mil m³/ano. Com isso, a
Guararapes passa a ser um dos maiores produtores de MDF do país. A
companhia espera conquistar novas fronteiras, principalmente no mercado
externo. Na ForMóbile (Feira Internacional de Fornecedores da Indústria Madeira e Móveis), que acontece entre 26 e 29 de
julho em São Paulo, a Guararapes pretende apresentar vários lançamentos. Ao longo de seus 32 anos de existência, a empresa
tem investido em melhoria da qualidade e da produtividade dos produtos por meio da modernização do parque industrial com
novas tecnologias e qualificação de suas equipes. Atualmente, a empresa possui 1,8 mil colaboradores. Seus produtos certificados
com o selo FSC® (Forest Stewardship Council® - Conselho de Manejo Florestal) são exportados para mais de 50 países.
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL
APLICAÇÃO
BRASILIDADE
Foto:divulgação
A
Butzke, empresa especializada
em móveis de madeira
certificada voltados para o
lazer, áreas externas e internas, ressalta
o melhor do design nacional. Por meio
do projeto Brazilian Furniture, convênio
entre Abimóvel (Associação Brasileira
das Indústrias de Mobiliário), e a Apex-
-Brasil (Agência Brasileira de Promoção
de Exportações e Investimentos), apresenta
lançamentos durante o iSaloni (Salão Internacional
do Móvel de Milão). Os produtos são todos desenvolvidos
em madeira nativa, entre eles o sofá Mucuri, de
três lugares, do designer Zanini de Zanine, em madeira
Cumaru 100% certificada FSC (Forest Stewardship
Council).
MOBILIÁRIO
ECOLÓGICO
Foto: Ciclovivo
A
prefeitura de São Paulo (SP) lançou
o programa municipal Mobiliário
Ecológico. Através da
iniciativa, as árvores caídas pela cidade são
transformadas em grandes bancos, a serem
instalados em espaços públicos. A primeira
unidade já foi entregue e está localizada no
Largo da Batata, no bairro de Pinheiros. O
projeto é fruto de uma parceria entre a Secretaria
Municipal do Verde e Meio Ambiente,
Secretarias de Desenvolvimento Urbano
e das subprefeituras. Além disso, o designer
Hugo França, especialista em esculturas e
mobílias em madeira, é quem assina a obra.
O objetivo da iniciativa é reaproveitar os
resíduos derivados de árvores que caíram
ou foram removidas na capital, evitando o
desperdício de madeira e transformando o
material lenhoso em bancos para áreas públicas,
parques e praças.
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL
ALTA E BAIXA
BAIXA
ALTA
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL
FRASES
No setor de exportação tivemos uma
valorização do câmbio, porém ao mesmo
tempo houve um aumento expressivo
do custo das matérias-primas, causando
um desequilíbrio nas planilhas de custo
desfavorável aos industriais
Foto: divulgação
Osni Carlos Verona, presidente do Simovale (Sindicato da Indústria
Madeireira e Moveleira do Vale do Uruguai), ressaltando que 2015 foi um
ano complicado para o segmento de móveis
Além das exportações, estão em curso iniciativas de reduções de
custos e investimentos, visando preservar a Companhia nesse período
que se mantém desafiador
José Antonio Goulart de Carvalho, diretor vice-presidente executivo e de relações com investidores da Eucatex, a
respeito do registro de crescimento de 81% na receita com exportações da marca em 2015
A transformação de madeira curta em piso pode ser uma
oportunidade de negócios para o setor madeireiro mato-grossense e
assim driblar a crise
Claudinei Melo Freitas, presidente do Sindinorte (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Médio-Norte de Mato
Grosso), sobre como a transformação da madeira curta em piso pode ganhar o mercado nacional e internacional
É essencial para empresas, nesse
período de retração do mercado
doméstico, tornarem-se mais competitivas,
reduzirem custos e aumentarem a
produtividade. Esses empreendedores
estarão à frente quando a economia
retomar o curso normal de crescimento
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Armando Monteiro Neto, ministro do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, sobre o programa Brasil Mais Produtivo, que atuará
diretamente junto às empresas para alavancar os níveis de eficiência de
pequenas e médias indústrias
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Promoção
e Organização:
Filiada à:
Mídia Oficial:
Agência Oficial de Viagem:
Transportadora
aérea oficial:
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
ENTREVISTA
JOÃO
SACCARO
LOCAL DE NASCIMENTO
PLACE OF BIRTH:
06/10/1964, em Caxias do Sul (RS)
October 6, 1964, in Caxias do Sul (RS)
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
EDUCATION:
Administração de empresas
Business Administration
Foto: divulgação
CARGO
PROFESSION:
Diretor de mercado da Saccaro
Director of marketing for Saccaro
De cestas de vime a
peças assinadas
From wicker to designer pieces
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Valorizar as
características
naturais da madeira
é o desafio dos
nossos designers
MAIO | 25
O produto é
pensado não somente
como forma, mas como
funcionalidade,
criatividade e inovação
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL
COLUNA ABIMCI
Paulo Pupo
Superintendente da Associação Brasileira da Indústria de
Madeira Processada Mecanicamente
Contato: abimci@abimci.com.br
Foto: divulgação
DE COSTAS PARA O MAR!
Quando avaliamos alguns cenários e políticas de comércio exterior promovidas pelo governo brasileiro, temos a
sensação que estamos na contramão dos acontecimentos mundiais
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL
PRINCIPAL
CONFIAMOS
NO BRASIL
ARCH PROTEÇÃO DE MADEIRAS,
EMPRESA DO GRUPO LONZA,
INAUGURA MODERNA FÁBRICA PARA
PRODUÇÃO DO PRESERVATIVO DE
MADEIRA CCA NO BRASIL
30 |
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Foto: Mauricio de Paula
Foto: Mauricio de Paula
WE CONFIDE
IN BRAZIL
ARCH PROTEÇÃO DE
MADEIRAS, A COMPANY
THAT IS PART OF THE LONZA
GROUP, INAUGURATES A
MODERN FACTORY FOR THE
PRODUCTION OF CCA WOOD
PRESERVATIVES IN BRAZIL
MAIO | 31
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
PRINCIPAL
Foto: Mauricio de Paula
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Foto: Mauricio de Paula
MAIO | 33
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
PRINCIPAL
“A INSTALAÇÃO DESSA
FÁBRICA, ANTES DE MAIS
NADA, DEMONSTRA A
CONFIANÇA QUE SEMPRE
DEPOSITAMOS NO NOSSO PAÍS,
ALÉM DE DEMONSTRARMOS QUE
ACREDITAMOS MUITO NO MERCADO
DE MADEIRA TRATADA PARA O
FUTURO, EM ESPECIAL A MADEIRA
INDUSTRIALIZADA DESTINADA A
SISTEMAS CONSTRUTIVOS”
FLÁVIO C. GERALDO,
GERENTE DE MERCADO PARA A
AMÉRICA LATINA DA ARCH
Foto: Mauricio de Paula
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Foto: divulgação
MAIO | 35
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
PRINCIPAL
Foto: divulgação
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ALÉM DA LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
NO BRASIL, AS INSTALAÇÕES ESTÃO
CAPACITADAS AO ATENDIMENTO DE
QUALQUER DEMANDA DAS USINAS
DE TRATAMENTO HOJE EXISTENTES NA
AMÉRICA DO SUL
Foto: Mauricio de Paula
MAIO | 37
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
PRINCIPAL
UM ASPECTO QUE PRECISAMOS
OBSERVAR NESSES MOMENTOS DA
ECONOMIA SÃO AS OPORTUNIDADES
QUE FOGEM AO TRADICIONAL:
PENSAR DIFERENTE DAS MESMAS
COISAS QUE TODOS ESTÃO
FAZENDO”
TOM KYZER,
DIRETOR DE VENDAS INTERNACIONAIS
DA LONZA NA AMÉRICA LATINA
Foto: divulgação
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Foto: divulgação
MAIO | 39
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
CONSTRUÇÃO CIVIL
MUITO ALÉM
DOS POSTES DE
MADEIRA
USO DO MATERIAL EM EDIFICAÇÕES DE LUXO NO
CANADÁ E NA NORUEGA MOSTRAM COMO A
MATÉRIA-PRIMA PODE SER MAIS VALORIZADA POR
AQUI TAMBÉM
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Foto: Herzog & de Meuron
Foto: Herzog & de Meuron
MAIO | 41
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
CONSTRUÇÃO CIVIL
WOOD INNOVATION
DESIGN CENTRE
Foto: divulgação
TREET
Foto: Arctec As
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HUSØY ARENA
Foto: Maciej Krawczyk
MAIO | 43
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
MARCENARIA
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ABRAÇANDO
OPORTUNIDADES
CASO DE SUCESSO DE INDÚSTRIA DE MÓVEIS PARANAENSE É EXEMPLO
DE COMO A ESCOLHA ACERTADA DO MAQUINÁRIO É SINÔNIMO DE
EFICIÊNCIA E AUMENTO DA PRODUTIVIDADE
Fotos: Maurício de Paula
MAIO | 45
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
MARCENARIA
H
elderson Carlos Rodrigues é um visionário. Há
20 anos, quando trabalhava como representante
comercial no Paraná para uma grande
indústria de mobiliário corporativo mineira, enxergou
uma oportunidade de mudança de vida e a abraçou sem
medo. Naquela época, em 1996, o mercado era restrito,
com poucas indústrias de porte. Empresas pequenas
tinham dificuldade em chegar aos equipamentos e à
matéria-prima. A mudança surge quando o MDF, que até
então não existia no país, passou a ser comercializado e as
pequenas empresas começaram a desenvolver produtos
melhores, pois tinham acesso à base para produção.
Com esta abertura, o produto evoluiu e ficou muito
difícil vender um móvel para escritório fabricado em
Belo Horizonte (MG) a clientes no Paraná, por exemplo,
pelos custos com frete, montagem, representante, etc.;
inviabilizando, assim, a competitividade. “Estávamos
perdendo mercado aqui, principalmente com a vinda de
grandes indústrias como Audi e Renault, pois começaram
a comprar mobiliário corporativo das indústrias locais”,
lembra Helderson.
De tanto a indústria que ele representava perder
negócios, Helderson percebeu, em uma situação pontual
de troca de tampo de uma mesa, que era hora de abrir o
próprio negócio. Nesta trajetória ele inaugura a Squadro
Móveis, localizada hoje em Pinhais (PR), com foco em mobiliário
corporativo. O primeiro pedido veio do Rio Grande
do Sul. “Era relativamente pequeno e nós demoramos 30
dias para realizar este serviço”, relembra o diretor. Foi
aí que Helderson pensou que com o barracão alugado,
réguas compradas e funcionários contratados, precisaria
também de máquinas mais modernas que otimizassem
a produção, até então manual.
Ele começou comprando equipamentos usados que
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serviram durante um espaço de tempo e deram mais
visibilidade ao produto final. “O mercado consumidor
foi ficando cada vez mais exigente e não queríamos
ficar engessados aos móveis seriados. Sempre levantei
a bandeira de que precisamos atender as necessidades
dos clientes”, conta.
MÚSICA PARA OS OUVIDOS
Nas andanças pelas feiras internacionais, como o
iSaloni (Salão do Móvel de Milão), Helderson sempre
ficou maravilhado e atento aos sons do maquinário em
funcionamento. “Cresci com minha irmã tocando piano
e eu sempre tive um ouvido muito bom para música o
que, posteriormente em feiras como a de Milão, me chamava
atenção para o barulho que as máquinas faziam”,
compara.
Em 2010, a marca sentiu a necessidade de modernizar
suas instalações e acreditou que aquele era o momento.
“O Brasil tinha (e tem) tudo para crescer e acreditei
que aquela era a hora de investir”, conta o diretor. Na
ocasião, viajou com a Homag para Europa e percebeu
uma necessidade de mercado. “Eles nos mostraram que
as empresas que possuíam parque industrial engessado
estavam precisando se modernizar e trocar tudo, senão
ficariam para trás”, salienta. Na volta, ele investiu em um
novo maquinário. E a escolha foi pelo da Homag.
VERSATILIDADE
“Entramos em um financiamento na ocasião, mas
toda a venda que estávamos esperando produzir não veio.
Como estávamos com todo o maquinário necessário, decidimos
investir também no segmento de móveis residenciais”,
revela Helderson. O diferencial da empresa seria
a liberdade de criação, mas produzindo desta maneira
MAIO | 47
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
MARCENARIA
(com liberdade de criação) surgiu outro problema, apesar
de termos equipamentos de última geração (Homag),
estávamos com dificuldades na transição do projeto
(escritório) para fábrica, foi aí que tivemos que investir
em um software e, depois de muitas pesquisas, recorremos
novamente a Homag, com a compra do software
Wood CAD CAN. “Neste momento posso dizer que tudo
começou a andar a contento, pois estamos produzindo
como uma grande indústria, mas com a flexibilidade de
uma marcenaria”, ressalta.
Depois do funcionamento pleno, e da escolha acertada
na aquisição do software, a fábrica foi modernizada.
“Ficamos mais rápidos, reduzimos custos e tudo isso nos
fortaleceu. Começamos 2016 muito bem e já estamos
com cinco anos de experiência no ramo residencial. Nossa
linha de produção não deixa nada a desejar a nenhuma
outra”, garante o diretor. Neste contexto deixa-se de
existir o marceneiro propriamente dito e passam a existir
os programadores e máquinas. “Temos até vantagem em
relação aos grandes, pois como não temos um volume
absurdo de vendas, possuímos um maquinário que vai
fazer única e exclusivamente o ambiente que o cliente
quer, do jeito que ele quer”, compara Helderson. O
processo, assim, acaba sendo mais rápido e com maior
qualidade, pois há um tempo hábil maior para regular as
máquinas, cuidar e controlar peças, o que reafirma que
o investimento em um parque fabril moderno dá uma
enorme vantagem competitiva para quem o faz.
Vantagens no uso do software:
• Soluções completas para integrar a máquina no processo de produção
• Investimento seguro graças ao desenvolvimento compatível descendente
• Módulos coordenados
• Moderna arquitetura do software
xx
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Soluções Completas para Alimentação de Caldeiras
Sistemas para Recepção de Toras e Cavacos
Sistemas para Picagem
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL
ESPECIAL
TENDÊNCIAS DO
SALÃO DE MILÃO
MOBILIÁRIOS QUE
ALIAM CRIATIVIDADE,
INOVAÇÃO E
TECNOLOGIA FORAM
AS ATRAÇÕES
PRINCIPAIS DA EDIÇÃO
2016 DO ISALONI
Foto: divulgação
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V
iver o lar por meio de uma decoração intimista
com móveis que convidem ao convívio
familiar. Esse foi um dos conceitos mostrados
durante o iSaloni (Salão do Móvel de Milão)
que finalizou a XLV edição com público superior a 30
mil pessoas. Muitas empresas brasileiras marcaram
presença na feira, que ocorreu no mês de abril, na
Itália, para trazer para cá um pouco do que foi visto
por lá. Referência internacional para o mobiliário e
design, o iSaloni reuniu 2.400 expositores.
Em 2016, o iSaloni contou com vários eventos
paralelos como o Salão do Complemento e Decoração
(Decoração, EuroCucina, Salone Del Bagno,
Salão Satélite), exposição Jovens Designer, Fuori
Saloni, Brera, Zona Tortona, Zona Lambrate, além
do Euroluce (iluminação) e Salone del Ufficio (escritórios).
A programação foi voltada para arquitetos,
designers de interiores, de produto, empresários do
setor de móveis, profissionais de marcenaria, varejo
e também decoração.
O presidente do Salão, Roberto Snaidero, exaltou
a qualificação dos visitantes deste ano. "Com
67% dos participantes do exterior, a maioria deles
com elevado poder de compra, de acordo com comentários
dos expositores, afirmou a forte vocação
internacional da feira como fundamental para o
setor hoje", disse.
AS EMPRESAS DE MOBILIÁRIO
ITALIANO FECHARAM
2015 COM RECEITAS DE 24
MILHÕES DE EUROS, 3,4%
SUPERIOR EM RELAÇÃO A
2014, UM CRESCIMENTO QUE
BENEFICIA, PELA PRIMEIRA VEZ
NOS ÚLTIMOS SETE ANOS, O
MERCADO INTERNO
Foto: SLV
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL
ESPECIAL
BRASIL
EM MILÃO
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TENDÊNCIAS
Foto: divulgação
SERIADOS
Foto: SLV
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL
ESPECIAL
VANGUARDA
TECNOLÓGICA
Foto: divulgação
Os recentes avanços da tecnologia também
estavam presentes. Nos pavilhões, as peças Milan
Fairgrounds se sobressaíram. É o caso dos painéis
Bemolle Caimi Brevetti, uma espécie de cortina
destinada a aliviar a reverberação acústica em
ambientes.
OLHAR
NOSTALGICO
Foto: AR
A nostalgia dos anos 1950 e 1960 marcou o
design de temporadas anteriores e irá continuar
durante 2016 e 2017. “Na feira, vimos reedições de
obras como a cadeira CH22, desenhada por Hans
J. Wegner em 1950, e a cadeira Domus, um dos
primeiros produtos finlandeses que conquistaram a
América na década de 50”, comenta Margot.
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Foto: divulgação
Foto: divulgação
Foto: divulgação
Foto: divulgação
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Foto: divulgação
Foto: divulgação Foto: divulgação
Foto: divulgação
Foto: divulgação
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CASA VERDE
Nos espaços urbanos, onde o verde é cada vez
mais escasso, qualquer planta é valorizada. O grande
destaque apresentado está relacionado à filosofia de
trazer de fora para dentro. Isso quer dizer que, nas
próximas estações, jardins verticais, vasos empilháveis,
quadros verdes e o clima tropical serão apostas
para recriar uma atmosfera natural dentro de casa.
No que diz respeito a texturas, o salão trouxe
uma predominância de veludo, algodão e materiais
naturais. A combinação de tons terrosos com acentos
fortes e pontuais, como mostarda, tijolo e esmeralda
também foi muito usada pelos expositores.
CORES E
TEXTURAS
Foto: SLV
Foto: AR
MAIO | 57
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
MADEIRA TRATADA
EXPANDINDO
FRONTEIRAS
Fotos: divulgação
USINA DE PRESERVAÇÃO
DE MADEIRA BRASILEIRA
CONQUISTA PRÊMIO
INTERNACIONAL DE
QUALIDADE INÉDITO
PARA O PAÍS
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A
Lua Madeira Imunizada, de Nova
União (MG), é a primeira UPM
(Usina de Preservação de Madeira)
do Brasil a receber premiação da Laqi (Latin
American Quality Institute). “Trata-se do
prêmio Latin American Quality Awards, que
concentra-se na excelência da gestão empresarial
e promoção da cultura de qualidade. O
encontro empresarial foi realizado durante o
mês de novembro de 2015, em Santiago no
Chile e contou com a participação de mais de
400 lideres empresariais de diversos países”,
comenta o diretor da Lua Madeira, Thulio Marques
Linhares.
Para Thulio, esta premiação é um reconhecimento
ao trabalho e foco em qualidade
nos produtos e serviços oferecidos aos clientes.
“É uma grande conquista e, mais ainda,
uma satisfação compartilhar este prêmio com
os colaboradores, parceiros e clientes. Fazemos
parte de uma corrente onde cada elo
representa a força para continuar, juntos, em
busca de um futuro com crescentes responsabilidades
e oportunidades.”
LATIN AMERICAN QUALITY AWARDS
É o evento central da Laqi, realizado anualmente
a partir da segunda quinta-feira do
mês de novembro, durante as comemorações
pelo Dia Mundial da Qualidade, data criada
pela ONU (Organização das Nações Unidas)
em 1992. O evento reúne um distinto grupo de
empresas e empresários de sucesso da América
Latina.
“É uma grande conquista e, mais
ainda, uma satisfação compartilhar
este prêmio com os colaboradores,
parceiros e clientes. Fazemos parte
de uma corrente onde cada elo
representa a força para continuar,
juntos, em busca de um futuro com
crescentes responsabilidades e
oportunidades”
Thulio Marques Linhares,
Diretor da Lua Madeira
MAIO | 59
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
MADEIRA TRATADA
FAZENDO A
DIFERENÇA
A Lua Madeira, que no final de 2015 comemorou 21
anos de mercado, oferece padrão de qualidade em produtos,
serviços e atendimento aos clientes, fornecedores
e colaboradores. “Acreditamos que este é o ponto certo
para ancorar nossa missão e visão. Pautamos nossa atuação
pela honestidade, responsabilidade e transparência,
valorizando os colaboradores e trabalhando efetivamente
juntos. O objetivo é atender as necessidades dos clientes
quanto à qualidade e durabilidade dos nossos produtos”,
orgulha-se Thulio.
Fundada pelo empreendedor Sebastião Linhares, com
uma carreira de mais de 50 anos de experiência no segmento
da preservação de madeira, a empresa construiu
um perfil criterioso de qualidade. “Nossos critérios começam
pela seleção das espécies que utilizamos. Trabalha-
mos somente com duas espécies de eucalipto para o tratamento
de madeira roliça, cloeziana e citriodora, de grande
aceitação neste segmento. Utilizamos no tratamento em
autoclave o preservativo CCA-C. Além do alto padrão do
imunizante fornecido, também contamos com um valioso
apoio técnico.”
Para Thulio, boas parcerias resultam diretamente no
crescimento da cultura de qualidade em uma empresa.
“Para isso devemos ter sempre bem definidos nossos valores
para que o caminho da nossa organização seja sempre
saudável. É de grande valia caminhar junto de outras empresas
que almejam chegar a um ponto comum de excelência
e qualidade.”
Em um mercado bastante competitivo, como é hoje
em dia, o diretor afirma que precisamos trabalhar firme os
conceitos de boas práticas e bom atendimento, oferecendo
o que há de melhor. “Também enfrentamos um desafio
importante no mercado, que é a falta de conhecimento dos
clientes em relação ao eucalipto imunizado. Por isso procuramos
sempre fornecer o máximo de conceitos e explicações
técnicas úteis e de fácil entendimento, para auxiliar
nossos clientes − ou futuros clientes − a ter uma visão mais
crítica ao adquirir produtos de madeira tratada”, finaliza
Thulio.
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“Também enfrentamos um desafio
importante no mercado, que é a
falta de conhecimento dos clientes
em relação ao eucalipto imunizado.
Por isso procuramos sempre
fornecer o máximo de conceitos e
explicações técnicas úteis e de fácil
entendimento, para auxiliar nossos
clientes - ou futuros clientes - a ter
uma visão mais crítica ao adquirir
produtos de madeira tratada”
Thulio Marques Linhares,
Diretor da Lua Madeira
MAIO | 61
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
QUÍMICA NA MADEIRA
FIXADORES
METÁLICOS PARA
MADEIRA TRATADA
QUANDO O ASSUNTO É O USO DE PREGOS E PARAFUSOS
METÁLICOS, MUITOS PROFISSIONAIS SE SURPREENDEM COM
A FALTA DE INFORMAÇÃO CONFIÁVEL PARA ORIENTAR A
ESCOLHA DOS MATERIAIS MAIS ADEQUADOS
Fotos: divulgação
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Q
uem é do ramo sabe que existem normas
técnicas para estruturas de telhados de madeira,
tratamento preservativo com base
em categorias de uso, entre outras, que orientam tecnicamente
os responsáveis pelas obras civis quanto
a processos e produtos químicos mais adequados ao
tratamento da madeira em função dos usos previstos.
Para o emprego da madeira, material construtivo de
alto desempenho e ecologicamente correto, os calculistas
estruturais dispõem de métodos avançados para dar
confiabilidade aos seus projetos. Levam em conta itens
vitais de desempenho, como o tratamento adequado
para evitar ataques de insetos e fungos, para aumentar
a vida útil do conjunto.
Persiste, porém, o risco inerente aos detalhes. A
exemplo daqueles que atendem pelo nome de fixadores
metálicos, capazes de comprometer o conjunto da
obra. Ainda não existem critérios práticos que definam
claramente os materiais de que são feitos os fixadores,
para junção das peças de madeira tratada, como pregos,
parafusos e porcas de ferro ou aço. Por isso engenheiros,
arquitetos, designers, paisagistas e construtores
em geral contam muitas vezes com a sorte na hora
de fazer suas escolhas. É imprescindível que passem a
contar com um balizamento técnico seguro, para validar
suas decisões também neste detalhe da obra.
PROCESSO CORROSIVO
Basicamente, o problema a ser enfrentado na escolha
de fixadores vem da química conceitual e envolve a
corrosão metálica. Trata-se de um processo eletroquímico
que induz ganhos e perdas de elétrons em reações
tecnicamente denominadas óxido redução. Em uma
ponta deste processo está o ânodo, onde ocorre a oxidação
que corresponde à perda de elétrons; na outra o
cátodo, onde ocorre a redução ou ganho de elétrons. O
que provoca esta reação é a diferença de potencial elétrico
entre os dois.
Como isto funciona na prática? Os metais contidos
pelos fixadores podem perder sua capacidade de carga
quando instalados mesmo em madeiras sem tratamento
ou em contato com elementos corrosivos. Ficam expostos
a condições que favorecem as trocas elétricas que
se traduzem, a olho nu, na pura e simples oxidação, a
popular ferrugem. Exemplo clássico de ambiente corrosivo
é a maresia. Os níveis de corrosão podem variar dos
mais leves, incapazes de comprometer o desempenho
dos fixadores, até os altamente críticos que demandam
substituição das peças. Por isso é importante que se faça
inspeções regulares, especialmente em instalações nos
ambientes externos, com exposição ao intemperismo.
De maneira geral, existem fatores externos que aumentam
a probabilidade da corrosão se desenvolver.
Basicamente, o problema a
ser enfrentado na escolha
de fixadores vem da química
conceitual e envolve a
corrosão metálica
MAIO | 63
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
QUÍMICA NA MADEIRA
Há exemplos como a água de chuva e sua condensação
superficial, ciclos curtos de umidificação e secagem,
expansão e retração que produzem microfissuras nas
madeiras, facilitando a entrada de água na área dos
fixadores. Os subprodutos da corrosão de elementos
metálicos podem comprometer a madeira, tanto pela
liberação de nutrientes quanto pela alteração do pH da
superfície. Criam assim um ambiente propício aos organismos
xilófagos, especialmente fungos.
ADEQUAÇÃO DO MATERIAL
Recomenda-se o uso de fixadores metálicos galvanizados
a quente, para conectar peças de madeira tratada,
por oferecerem a melhor relação custo/benefício.
A galvanização é um processo de proteção anticorrosiva
para materiais metálicos, como o aço ou ferro fundido,
mediante a imersão em banhos de zinco. Esses banhos
são classificados por imersão a quente, que proporciona
uma camada mais resistente na zincagem, ou por eletrodeposição,
com uma camada de menor resistência e,
portanto, menos adequada às conexões para peças de
madeira tratada. Este conceito vale especialmente nos
casos de instalações em ambientes externos, de unidades
estruturais a móveis de jardim. Outra opção para
a indústria da madeira tratada é o uso de fixadores de
aço inoxidável, porém, a um custo mais elevado e com
desempenho muitas vezes similar ao dos conectores de
aço galvanizado a quente.
Nos EUA (Estados Unidos da América) também há
estudos que recomendam fixadores de aço galvanizado
a quente. Outro estudo interessante na comprovação
da corrosividade a partir de extrativos da madeira é a
dissertação de mestrado de Manuela M.L. Nappi, defendida
na Faculdade de Engenharia Civil da Universidade
Federal de Santa Catarina, sob o título: Elementos Metálicos
Embutidos em Diferentes Espécies de Madeiras.
No seu estudo, Manuela empregou corpos de prova de
pinus e eucalipto sem tratamento preservativo vindo a
comprovar o alto poder corrosivo dos extrativos mesmo
em madeiras in natura.
É importante que
se faça inspeções
regulares,
especialmente em
instalações nos
ambientes externos,
com exposição ao
intemperismo
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A galvanização é um
processo de proteção
anticorrosiva para
materiais metálicos,
como o aço ou ferro
fundido, mediante a
imersão em banhos de
zinco
Jackson Vidal, pesquisador químico da
Montana Química S.A.
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
ARTIGO
EFEITO DA
ADIÇÃO DE
RESÍDUOS DE
PODA DA ERVA-
MATE EM PAINÉIS
AGLOMERADOS
Fotos: divulgação
AMELIA GUIMARÃES CARVALHO
BRUNO GEIKE DE ANDRADE
Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal pela UFV (Universidade Federal
de Viçosa), departamento de engenharia florestal
CARLA PRISCILLA TÁVORA CABRAL
Ueap (Universidade Estadual do Amapá), Macapá (AP)
BENEDITO ROCHA VITAL
UFV (Universidade Federal de Viçosa), Centro de Ciências
Agrárias), departamento de engenharia florestal
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INTRODUÇÃO
O
mercado de painéis de madeira industrializada
encontra-se em expansão no Brasil. Segundo
dados da FAO (2013), entre os anos 2002 e 2012
a produção anual de painéis de madeira industrializada no
país aumentou de 6,6 milhões de m³ (metros cúbicos) para
10,1 milhões, um crescimento de aproximadamente 53%.
Destacam-se, nesse setor, os painéis de aglomerado, cuja
produção, no mesmo período, passou de 1,9 milhão de m³
para 3,2 milhões, atingindo um crescimento em torno de
68%.
A produção desses painéis é feita, sobretudo, com madeiras
provenientes de florestas plantadas, principalmente
dos gêneros pinus e eucalipto. Contudo, o aproveitamento
dos resíduos gerados pela agroindústria brasileira pode ser
alternativa para atender à demanda do setor de painéis
aglomerados. De acordo com Mendes et al. (2009), entre
os resíduos com potencial para produção de aglomerados,
destacam-se o sabugo de milho, as cascas de arroz, café,
amendoim, mamona, coco, o pseudocaule de bananeira, o
caule da mandioca e o bagaço de cana.
Nesse contexto também se insere a cultura da erva-
-mate ou mate (Ilex paraguariensis, A. St. Hil.). De acordo
com o Ibge (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),
o mate é uma das principais espécies exploradas dentro
do setor de extrativismo vegetal não madeireiro no Brasil,
correspondendo a 229.681 t (toneladas) no ano 2011.
Na etapa de beneficiamento da matéria-prima, grande
quantidade de resíduo lignocelulósico é produzida e
descartada no campo, correspondendo a cerca de 5 t/ha
(hectare) de ramos com espessura superior a 10 mm (milímetros)
(Pagliosa, 2009). Com base no exposto, o objetivo
deste trabalho foi avaliar a utilização dos resíduos da poda
de erva-mate na produção de painéis aglomerados.
MATERIAL E MÉTODOS
Densidade básica da madeira
Para determinação da massa específica básica da
madeira de pinus e de erva-mate, as amostras foram co-
MAIO | 67
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
ARTIGO
letadas aleatoriamente e, então, saturadas com água em
dessecador, com aplicação de vácuo intermitente até que
os seus teores de umidade fossem elevados para um ponto
acima da saturação das fibras. Determinou-se o volume
saturado pelo método de deslocamento em água (Vital,
1984), e as amostras foram secas em estufa, mantidas a
103 ± 2°C (Graus Celsius) até atingirem massas constantes,
sendo a densidade básica das madeiras obtida pelo método
descrito por Vital (1984).
Composição química
Amostras dos ramos de erva-mate com e sem casca,
assim como da madeira de pinus, foram coletadas aleatoriamente.
A composição química das partículas de
pinus e de erva-mate, com e sem casca, foi determinada
utilizando-se os procedimentos da Norma Tappi T 264
cm-97 (adaptado) para cálculo de extrativos totais e Tappi
T222om-98 para teor de lignina insolúvel em ácido. O teor
de lignina solúvel foi calculado com base na metodologia
descrita por Goldschimid (1971).
Produção dos painéis aglomerados
Painéis aglomerados foram produzidos variando-se a
composição da matéria-prima em um total de cinco tratamentos,
conforme descrito na Tabela 1. Em cada tratamento
foram realizadas três repetições.
Para a produção de partículas de erva-mate com casca,
utilizaram-se ramos com diâmetros entre 10 e 30 mm (milímetros),
provenientes de um plantio com quatro anos de
idade. As partículas foram produzidas em um moinho de
martelo, ao qual foram inseridos ramos previamente seccionados
manualmente, com o auxílio de um facão. As partículas
selecionadas foram aquelas que passaram pela peneira
de quatro mm e retidas na peneira de dois mm. Para
a produção das partículas sem casca, foi utilizado o mesmo
procedimento das partículas com cascas, contudo foi realizado
o descascamento dos ramos antes da produção das
partículas no moinho de martelo. Após o descascamento,
foi determinada a porcentagem de casca dos ramos.
A madeira de Pinus caribaea var. hondurensis foi adquirida
na forma de tábuas, sendo seccionadas em serra
circular, produzindo baguetas com 20 mm de espessura
e 90 mm de largura na direção da grã. As baguetas foram
submersas em água até a completa saturação e, em seguida,
processadas em um moinho de facas, obtendo, assim,
flocos com dimensões de 20 x 90 x 0,20 mm (largura x comprimento
x espessura, respectivamente).
Os flocos de pinus foram processados em moinho de
martelo para obtenção das partículas. Tanto as partículas
de pinus quanto as de erva-mate foram secas em estufa
com circulação de ar forçada até a umidade de 3% (base
massa seca das partículas).
Foram selecionadas aleatoriamente 100 partículas.
Com o auxílio de um paquímetro, foram mensurados a espessura
e comprimento das partículas de pinus e de erva-
-mate, para estimar a relação entre essas medidas.
Para cada tratamento foram produzidos três painéis,
com densidade preestabelecida de 0,65 g/cm³ (grama por
centímetro cúbico). O adesivo foi aplicado por aspersão no
teor de 8% (base massa seca das partículas), utilizando-se
uma pistola de ar comprimido acoplada a um tambor rotatório.
Foi aplicada uma emulsão parafínica na quantidade
de 0,5% (base massa seca de partículas).
Após a aplicação do adesivo e da parafina, as partículas
foram transferidas para uma caixa formadora, para a
montagem do colchão, com dimensões de 40 x 40 x 1 cm
(centímetros) e prensadas durante 8 minutos, a 170ºC, com
a pressão de 30 kgf.cm -2 .
Tabela 1: Distribuição dos tratamentos para produção dos painéis
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Avaliação das propriedades físico-mecânicas
Os corpos de prova foram retirados com a utilização de
uma serra esquadrejadeira e climatizados na temperatura
de 22 ± 2°C e umidade relativa de 65 ± 5% e, em seguida,
realizados os testes físicos e mecânicos.
A resistência à tração perpendicular, à flexão estática,
ao arranque de parafuso, à dureza Janka e à compressão,
assim como a densidade, teor de umidade, inchamento e
absorção de água após 2 e 24h de imersão em água, foi
determinada segundo as especificações da Norma NBR
14810 -3 (Abnt, 2002).
Análise estatística
Foi considerado um DIC (Delineamento Inteiramente
Casualizado). Para a diferenciação entre os tratamentos,
foi realizada a análise de variância a 5% de significância.
Para a diferenciação entre médias, foi utilizado o teste de
média de Tukey a 5% de significância. De forma preliminar
às análises de variância, foram realizados os testes de homogeneidade
de variâncias (teste de Bartlett a 5% de significância)
e de normalidade (teste Shapiro-Wilk a 5% de
significância).
RESULTADOS
Composição Química
Na Tabela 2 são apresentados os resultados da análise
química da madeira de pinus e de erva-mate, com e sem
casca. As amostras de erva-mate com casca apresentaram
maior quantidade de extrativos que a amostra sem casca.
A madeira de pinus apresentou a menor quantidade de extrativos
que as amostras de erva-mate. Como esperado, a
amostra de pinus apresentou maior quantidade de lignina
insolúvel e menor quantidade de lignina solúvel. A quantidade
de lignina insolúvel e solúvel das amostras de erva-
-mate com e sem casca foram estatisticamente iguais.
DISCUSSÃO
Propriedades físicas
Segundo a Norma Ansi/A1-280/93, os painéis foram
classificados como de densidade média, o que corresponde
à faixa de 0,64 a 0,80 g/cm³.
A UEH (Umidade de Equilíbrio Higroscópico) dos painéis
produzidos apenas com partículas de pinus foi superior
à UEH dos painéis produzidos apenas com resíduos de
erva-mate, com e sem casca. Os painéis produzidos apenas
com madeira de pinus apresentaram maior absorção
de água em relação aos painéis produzidos com resíduos
de erva-mate, com e sem casca.
Nenhum dos tratamentos atendeu ao requisito de inchamento
em espessura (IE) após 24h de imersão em água,
estipulado em no máximo 35% pela Norma CS 236 (Commercial
Standard, 1968), e de no máximo 8% pela Norma
NBR 14810-2 (Abnt, 2002). Fato esse também ocorreu com
Melo et al. (2009), que adicionaram diferentes porcentagens
de casca de arroz à madeira de eucalipto para a produção
dos painéis e encontraram valores entre 45% e 49%
para IE de 24 h.
Propriedades mecânicas
A produção de painéis com resíduos de erva-mate com
e sem casca, assim como a adição de 50% de resíduo, ao
painel produzido com pinus, não alterou as propriedades
de compressão, de ligação interna, de arrancamento de
parafuso e dureza Janka. Contudo, o MOE (Módulo de
Elasticidade) dos painéis produzidos apenas com partículas
de Pinus foi superior ao MOE dos painéis produzidos
apenas com resíduos de erva-mate, com casca. E o MOR
(Módulo de Ruptura) foi superior ao MOR dos painéis produzidos
apenas com resíduos de erva-mate, tanto com e
quanto sem casca.
Rachtanapun et al. (2012) produziram painéis, com
A produção de painéis com resíduos de ervamate
com e sem casca, assim como a adição de
50% de resíduo, ao painel produzido com pinus,
não alterou as propriedades de compressão, de
ligação interna, de arrancamento de parafuso e
dureza Janka.
MAIO | 69
REFERÊNCIA INDUSTRIAL
ARTIGO
densidade de 0,775 g/cm³, a partir de resíduos de café, utilizando
11% de ureia formaldeído, quando encontraram
valores de 8,54 e 1116 MPa para MOR e MOE, respectivamente.
Bianche et al. (2012) produziram painéis, com densidade
de 0,71 g/cm³, a partir de partículas de vassoura (Sida
sp.), utilizando 8% de ureia formaldeído, e encontraram
valores de 13,13 e 1154,1 MPA para MOR e MOE, respectivamente.
Em comparação com os dados da literatura, que usaram
outros tipos de resíduos, apenas o tratamento com
100% de resíduo de erva-mate com casca se mostrou com
valores médios de MOR e MOE inferiores.
Para a propriedade de módulo de ruptura, apenas o
tratamento-testemunha, produzido com partículas de pinus,
atendeu ao mínimo estipulado pela Norma Brasileira
NBR 14810-2 (Abnt, 2002), a qual estipula o mínimo de 18
MPA para essa propriedade.
Os valores da ligação interna e arrancamento de parafuso,
obtidos por Bianche et al. (2012) para painéis produzidos
com partículas de vassoura (Sida sp.), foram da ordem
de 0,49 MPA e 1137,7 Newtons, respectivamente. Colli et
al. (2009) determinaram as propriedades de chapas fabricadas
com partículas de madeira de paricá (Schyzolobium
amazonicum Huber ex. Ducke), às quais foram adicionadas
proporções de 10, 20 e 30% de fibras de coco (Cocos nucifera
L.). Para a substituição de 30% com a fibra de coco,
os valores de ligação interna e arrancamento de parafuso
foram de 0,18 MPa e 295 N, respectivamente. Em ambos
os trabalhos, essas propriedades foram inferiores às obtidas
neste trabalho com partículas de resíduo de poda de
erva-mate.
De acordo com a Norma NBR 14810-2 (Abnt, 2002),
é estipulado que o painel tem que atingir um mínimo de
1.020 N para o arranchamento de parafuso da face e, segundo
a Norma Ansia208.1-93, o mínimo de 1098,4 N para
painéis de média densidade da categoria mais exigente
(M-3). Todos os painéis superaram o mínimo exigido por
essas duas normas. Para a Norma Ansi A208.1-93, o mínimo
estipulado para a Dureza Janka é de 2182 N, e todos
os painéis atenderam ao requerimento. Em relação à compressão
dos painéis, não foram encontrados, nas normas
consultadas, valores mínimos exigidos para essa propriedade.
CONCLUSÃO
As propriedades físicas de absorção de água, após 2
h de imersão, o inchamento em espessura, após 24 h de
imersão, e as propriedades mecânicas de compressão, de
ligação interna, de arrancamento de parafuso e dureza
Janka, não diferiram estatisticamente entre todos os tratamentos.
Tabela 2: teores médios de extrativos, lignina solúvel e lignina insolúvel da madeira de Pinus e de erva-mate com e sem casca
Médias seguidas por letras minúsculas nas colunas não apresentam diferenças significativas entre si,
pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade
Todos os painéis superaram o mínimo
exigido pelas duas normas que estipulam o
valor mínimo para o arranchamento de
parafuso da face
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Os painéis produzidos com os resíduos de erva-mate
apresentaram menor umidade de equilíbrio higroscópico e
menor absorção de água, após 24h de imersão.
A remoção da casca não interferiu nas propriedades
dos painéis em relação aos sem casca, sendo, assim, desnecessário
o descascamento.
Os painéis produzidos com resíduos de erva-mate,
assim como as misturas desses com partículas de pinus,
apresentaram valores de módulo de ruptura na flexão estática
inferiores ao estipulado pela Norma Brasileira NBR
14810-2 (Abnt, 2002). Como não atendeu a um dos requisitos
mínimos, painéis produzidos com resíduos de erva-mate
não devem ser utilizados em substituição aos painéis de
madeira aglomerada.
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL
AGENDA
MAIO 2016
JUNHO 2016
Feimec
3 a 7
São Paulo (SP)
www.abimaq.org.br
Salão de Gramado
7 a 10
Gramado (RS)
www.salaodegramado.com.br
ForMar
26 a 29
São Paulo (SP)
www.feiraformar.com.br
Femur (Feira de Móveis de
Minas Gerais)
9 a 13
Ubá (MG)
www.femur.com.br
Xylexpo
24 a 28
Milão (Itália)
www.xylexpo.com
Affemaq
28 a 30
Bento Gonçalves (RS)
www.affemaq.com.br
JULHO 2016
ForMóbile
26 a 29
São Paulo (SP)
www.feiraformobile.com.br
AGOSTO 2016
High Design Expo
9 a 11
São Paulo (SP)
www.highdesignexpo.com
Casa Brasil
10 a 14
São Paulo (SP)
www.casabrasil.com.br
DESTAQUE
FEMUR
9 a 13 de maio
Ubá (MG)
www.femur.com.br
Algumas das maiores e mais representativas empresas
do setor moveleiro nacional estarão reunidas, entre 9
e 13 de maio, em Ubá (MG) para a XII edição da Femur
2016 (Feira de Móveis de Minas Gerais). O evento, promovido
pelo Intersind (Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Mobiliário de Ubá), projeta movimentar cerca de R$ 300
milhões em negócios. A feira estima receber clientes de todo o Brasil e, até mesmo, de outros países.
Imagem: reprodução
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL
ESPAÇO ABERTO
OS INGREDIENTES PARA UMA
TRANSFORMAÇÃO ESTRATÉGICA
O
rápido lançamento do primeiro carro bicombustível
do Brasil, em 2003, pela VW (Volkswagen), representou
uma excepcional resposta à mudança do mercado
automobilístico brasileiro. A tecnologia do motor bicombustível,
capaz de funcionar tanto com gasolina como com álcool, foi
desenvolvida no Brasil por algumas empresas que investiram
tempo e dinheiro em pesquisas. Foi a Magneti Marelli, fabricante
de sistemas eletrônicos para controle de motor e fornecedora das
grandes montadoras que atuam no país, que fechou a primeira
parceria com a VW, para introduzir o motor flexível EA 827 1.6 l,
que equipou o modelo VW Gol 1.6 Total Flex, lançado em março
de 2003.
Analise a velocidade com que as coisas aconteceram: dois
anos depois do lançamento do Gol, praticamente todas as
outras montadoras que atuam no Brasil já tinham lançado ou
planejavam lançar modelos bicombustíveis. Hoje, vivemos um
momento em que os limites entre os setores estão cada vez mais
indefinidos. Essa obscuridade, além de dificultar os passos das
empresas em relação a suas áreas de atuação, permite aos que
estão de fora e antenados com o que há de novo nos setores de
tecnologia e estratégias de mercado a criação de novos produtos
e serviços, que irão atingir um público-alvo cada vez mais interessado
em praticidade e transparência. É preciso se perguntar:
será que o que estou fazendo hoje permitirá que me atualize no
futuro? Esse raciocínio requer drásticas mudanças no comportamento
geral das empresas, o que, muitas vezes, é difícil de se
conseguir. Comumente, no universo administrativo, é mais difícil
(e incômodo) esquecer os métodos antigos do que criar novos.
Para o professor C. K. Prahalad, reconhecido internacionalmente
como um dos maiores especialistas em estratégia
empresarial e negócios da atualidade, os ingredientes para os
empreendedores que desejam desenvolver um processo de
transformação estratégica em suas organizações são: imaginação,
paixão, coragem, humanidade, humildade, intelecto e um
pouco de sorte. Para Prahalad, é importante que a empresa se
conscientize, antes de tudo, de sua colocação no mercado e de
quais são as probabilidades reais de liderar esse setor. Para ele,
muitos não tomam atitudes inovadoras justamente porque desconhecem
seu papel no mercado e acreditam que simplesmente
atuam em um nicho imutável de comércio.
As mudanças, hoje, ocorrem de modo muito mais rápido do
que alguns anos atrás. Esse ritmo pode ser útil para países em
desenvolvimento como o Brasil, uma vez que eles podem saltar
algumas etapas, ou seja, as economias em desenvolvimento têm
a opção de escolher os métodos já criados pelos países desenvolvidos.
Isso lhes permitiria uma maior agilidade no processo de
atualização. Contudo, isso não os impede de lançar e exportar,
com sucesso, seus próprios projetos.
Inicialmente, o produto Kleenex, da empresa Kimberly-Clark,
estava dirigido ao mercado de cosméticos: era uma toalha para
retirar a maquilagem, que se comercializava por um preço elevado.
Com esse formato, os Kleenex não deram resultado, mas a
empresa reconheceu rapidamente seu erro e relançou o produto
sob a forma de lenços descartáveis.
E qual é a lição dessa história? Deixe que a sua intenção seja
mais rápida que os fatos!
Foto: divulgação
Por Alessandra Assad
Especialista em gestão de pessoas e negócios
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Uma empresa do Grupo Lonza
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