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Dezembro/2015 - Celulose e Papel 23

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Rui Brandt, do Sinpacel (PR), fala sobre cenários da indústria no Brasil<br />

Queimadas<br />

Matéria-prima<br />

protegida<br />

Abtcp <strong>2015</strong><br />

Congresso internacional<br />

e exposição<br />

Indústria 4.0<br />

Como o avanço tecnológico<br />

está ajudando na produção<br />

Industry 4.0<br />

Industry 4.0<br />

How advances in technology<br />

are helping in production


S U M Á R I O<br />

50 Especial<br />

Patrimônio protegido<br />

Protecting assets<br />

16 Principal<br />

Indústria 4.0<br />

Industry 4.0<br />

60 Feira<br />

Mercado concentrado<br />

Market concentration<br />

04 Sumário<br />

06 Editorial<br />

08 Cartas<br />

10 Novidades<br />

26 Avanços e tecnologia<br />

Com a ajuda da química e da física<br />

With the help of chemistry and physics<br />

30 Artigo<br />

Nanocelulose<br />

Nanocellulose<br />

68 Entrevista<br />

Rui Gerson Brandt<br />

74 Calendário<br />

04


A ORIGEM<br />

DAS SUAS<br />

SOLUÇÕES<br />

Conheça a Solenis. Um novo nome para uma equipe com décadas<br />

de experiência.<br />

Éramos conhecidos como Ashland Water Technologies. Hoje somos Solenis, líder mundial em<br />

químicos para celulose e papel. Com anos de experiência em processos de produção, tecnologia<br />

avançada e 3.500 funcionários em todo o mundo, a equipe da Solenis está pronta para entregar<br />

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E D I T O R I A L<br />

REFERÊNCIA<br />

<strong>Celulose</strong> & <strong>Papel</strong><br />

Novidades à vista<br />

Realidades conflitantes pairam sobre a indústria<br />

brasileira. A crise econômica direciona o empresário<br />

para retenção de despesas, diminuição de investimentos<br />

e corte de gastos. A evolução nos parques<br />

fabris, no entanto, trouxe à tona uma nova revolução<br />

industrial, chamada de Indústria 4.0. A tecnologia<br />

de sensores, transmissão instantânea de dados e<br />

armazenamento de informações em espaço virtual<br />

está possibilitando um salto na linha de produção. E<br />

ela já chegou na indústria de papel e celulose. Porém,<br />

não são produtos baratos. E como quem não<br />

se atualiza é ultrapassado, tudo indica que uma seleção<br />

natural, onde só os fortes sobrevivem está por<br />

vir. Nosso entrevistado desta edição, o presidente<br />

do Sinpacel (Sindicato das Indústrias de <strong>Papel</strong> e <strong>Celulose</strong><br />

do Paraná) alerta para essa questão. Segundo<br />

Rui Gerson Brandt, falta suporte governamental<br />

para que as empresas atualizem seus equipamentos.<br />

Nos países mais industrializados do globo isso<br />

é diferente. Na Áustria por exemplo, existem vários<br />

incentivos do governo, de acordo com o CEO da<br />

IBS, Marc Kaddoura. Enquanto isso, os empresários<br />

brasileiros enfrentam as dificuldades. Projetando<br />

investimentos futuros com esperança que 2016 já<br />

aponte novos horizontes. Boa leitura!<br />

REFERÊNCIA <strong>Celulose</strong> & <strong>Papel</strong><br />

News in sight<br />

Conflicting realities hang over Brazilian industry. The<br />

economic crisis drives the businessman to hold back on<br />

expenditures, reducing investment and cutting spending.<br />

Developments in industrial parks, however, has led to what<br />

might be called a new industrial revolution, called Industry<br />

4.0. Sensor technology, instant data transmission, and information<br />

storage in virtual space, is making a leap on the<br />

production line possible. And it has now arrived in the Pulp<br />

and Paper Sector. However, they are expensive products.<br />

And as those that have not modernized are behind the times,<br />

this leads to a natural selection, where only the strong<br />

can survive what is to come.<br />

Our interviewee in this issue is the Sinpacel President<br />

(State of Parana Syndicate of Paper, Pulp and Wood Pulp for<br />

Paper and Paper Artifacts and Cardboard Producers) who<br />

alerts the industry as to this topic. According to Rui Gerson<br />

Brandt, there is a lack of government support for companies<br />

to update their equipment. In most industrialized countries<br />

of the world, it is different. In Austria for example, there<br />

are various government incentives, according to Marc Kaddoura,<br />

Chief Executive of IBS. Meanwhile, Brazilian entrepreneurs<br />

are facing difficulties. Projecting future investments<br />

with hope is already pointing out new horizons for 2016.<br />

Pleasant reading!<br />

JOTA COMUNICAÇÃO<br />

Diretor Comercial / Commercial Director: Fábio Alexandre Machado (fabiomachado@revistareferencia.com.br) • Diretor Executivo / Executive Director:<br />

Pedro Bartoski Jr (bartoski@revistareferencia.com.br) • Diretora de Negócios / Business Director: Joseane Knop (joseane@jotacomunicacao.com.br)<br />

EXPEDIENTE<br />

JOTA EDITORA<br />

Diretor Comercial / Commercial Director: Fábio Alexandre Machado (fabiomachado@revistareferencia.com.br) • Diretor Executivo / Executive<br />

Director: Pedro Bartoski Jr (bartoski@revistareferencia.com.br) • Redação / Writing: Rafael Macedo - Editor, Davi Etelvino (jornalismo@<br />

revistareferencia.com.br) • Dep. de Criação / Graphic Design: Fabiana Tokarski - Supervisão, Fabiano Mendes, Bruce Cantarim, Fernanda<br />

Domingues (criacao@revistareferencia.com.br) • Tradução / Translation: John Wood Moore • Dep. Comercial / Sales Departament: Gerson Penkal<br />

(comercial@revistareferencia.com.br) • Fone: +55 (41) 3333-10<strong>23</strong> • Dep. de Assinaturas / Subscription: Monica Kirchner - Coordenação, Elaine<br />

Cristina.<br />

A Revista REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL é uma publicação do GRUPO JOTA<br />

Rua Maranhão, 502 Água Verde - Cep: 80610-000 - Curitiba (PR) - Brasil<br />

Fone/Fax: +55 (41) 3333-10<strong>23</strong><br />

www.jotaeditora.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Publicações Técnicas da Jota Editora<br />

06<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL é uma publicação trimestral<br />

e independente, dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços<br />

em celulose e papel, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou<br />

indiretamente ligados ao segmento. A Revista REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL<br />

não se responsabiliza por conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas<br />

assinadas, por entender serem estes materiais de responsabilidade de seus autores.<br />

A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco de dados,<br />

sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da<br />

Revista REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL são terminantemente proibidos sem<br />

autorização escrita dos titulares dos direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL is a quarterly and an independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the pulp and paper industry,<br />

research institutions, university students, governmental agencies, NGO’s, class and other entities<br />

directly and/or indirectly linked to the segment. Revista REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL does not<br />

hold itself responsible for the concepts contained in the material, articles or columns signed by<br />

others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The use, reproduction,<br />

appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs and<br />

other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL is<br />

expressly prohibited without the written authorization of the holders of the authorial rights.


AQUECEDOR DE<br />

ÓLEO TÉRMICO<br />

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS<br />

• Temperatura de saída do óleo: até 310ºC<br />

• Diferencial de temperatura (Δt): 20 até 40 ºC<br />

• Baixo custo operacional<br />

• Execução de base civil simples, com a mínima<br />

intervenção da instalação mecânica<br />

Gerando energia para o mundo.<br />

CAPACIDADES OPERACIONAIS<br />

• 1 Gcal/h a 10,0 Gcal/h<br />

PRINCIPAIS VANTAGENS DO FLUIDO<br />

TÉRMICO<br />

• O projeto HBFT tem o diferencial de ser desenvolvido<br />

para a queima de biomassa. Cada combustível a ser<br />

utilizado, é previamente analisado para se determinar<br />

o melhor sistema de queima e a sua viabilidade de<br />

utilização<br />

• A sua grelha é fabricada sem a utilização de ligas<br />

especiais para alta temperatura. Como a grelha está<br />

integrada ao circuito, a mesma é refrigerada pelo óleo<br />

do circuito o que dispensa a instalação de um<br />

conjunto de bombas independentes para a<br />

refrigeração da grelha e outro para o Aquecedor<br />

• Fabricado inteiramente em paredes membranadas<br />

proporcionando grande rigidez estrutural ao conjunto<br />

• Fornalha com paredes membranadas em toda sua<br />

extensão, sem aplicação de refratários<br />

COMBUSTÍVEIS<br />

• Com alternativas de biomassa, lenha em toras,<br />

combustíveis líquidos ou gasosos em uma única<br />

instalação<br />

CONDIÇÕES OPERACIONAIS<br />

• Teor de CO : abaixo de 1000 ppm<br />

• Teor de CO2 : 14 %<br />

• Temperatura dos gases na saída do aquecedor:<br />

~350 ºC<br />

• Temperatura dos gases após pré-aquecedor de ar :<br />

~250 ºC<br />

• Temperatura do ar aquecido : ~210 ºC<br />

Rua Lilly Bremer, 322 • Bairro Navegantes • Rio do Sul • Santa Catarina<br />

Tel.: (047) 3531-9000 • Fax: (047) 3525-1975<br />

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C A R T A S<br />

Capa da Edição 22 da<br />

Revista CELULOSE & PAPEL<br />

Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />

INCREMENTO<br />

Por Douglas Carvalho - Recife (PE)<br />

Sou professor e a Revista CELULOSE&PAPEL é uma ótima ferramenta para incrementar<br />

as aulas. São informações em texto e imagens, impressas com boa qualidade gráfica.<br />

ENTREVISTA<br />

Por Aline Silva - Florianópolis (SC)<br />

Muito interessante a entrevista com a diretora do FSC Brasil, Fabíola Zerbini. É bom<br />

saber que além do selo verde existe um conceito e uma política ambiental a ser seguida<br />

para obtenção do certificado.<br />

TECNOLOGIA<br />

Por Rubens Oliveira - Ortigueira (PR)<br />

Gosto muito da Revista CELULOSE&PAPEL. As novidades em relação à tecnologia são<br />

importantes para melhorarmos nossos processos de produção.<br />

FEIRAS<br />

Por Jefferson Thomaz - São Paulo (SP)<br />

Olá, parabéns pela Revista. Muito útil a sessão Calendário. As informações ajudam a<br />

atualizarmos nossa agenda e a serguir os eventos.<br />

Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é fundamental para a Revista REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL.<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

08


TM<br />

Soluções Integradas<br />

Soluções integradas para papel e celulose,<br />

refinarias, sucroacooleiros, mineradoras, geração<br />

de energia e siderurgia.<br />

Filial da Diamond Power International, Inc. (DPII),<br />

líder mundial de Mercado. Diamond Power do<br />

Brasil está no mercado brasileiro há mais de 16<br />

anos.<br />

P Sopradores de fuligem retráteis e fixo<br />

P Controle e diagnóstico de desempenho<br />

de caldeiras<br />

P Transporte, armazenamento e<br />

recuperação de energia cinzas<br />

P Câmeras industriais<br />

P Serviços de campo e instalação completa<br />

P Sistemas de partida e comissionamento<br />

P Peças de reposição e serviços<br />

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Vitor Gomes de Melo<br />

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N O V I D A D E S<br />

Financiamento<br />

Horizonte 2<br />

A Fibria informou a estruturação de todo<br />

o financiamento para o Projeto Horizonte 2,<br />

que ampliará a capacidade de produção de<br />

sua Unidade de Três Lagoas (MS). O investimento<br />

total foi revisado para R$ 8,7 bilhões,<br />

equivalente a cerca de US$ 2,2 bilhões, uma<br />

redução do Capex (investimento de capital)<br />

inicial de US$ 2,5 bilhões. Segundo o diretor<br />

de Finanças e Relações com Investidores da Fibria,<br />

Guilherme Cavalcanti, a combinação de<br />

financiamento e capital próprio permitiu que a companhia chegasse a um custo médio de 2% ao ano, em dólar.<br />

A solução financeira para o projeto irá melhorar a qualidade de crédito da companhia, reduzindo o juro médio<br />

de 3,3% para 2,8%, com vencimento e prazos mais longos. Cerca de 30% do volume total do financiamento – o<br />

equivalente a R$ 2,6 bilhões – virão da forte geração de caixa da Fibria, que vem registrando recordes operacionais<br />

consistentes. O Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) poderá financiar R$ 1,7<br />

bilhão, caso o projeto, em fase de análise, venha a ser aprovado, o que representa cerca de 20% do total.<br />

A Fibria tem ainda um financiamento de R$ 1 bilhão enquadrado no projeto da Sudeco (Superintendência<br />

do Desenvolvimento do Centro-Oeste) do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste. O enquadramento saiu<br />

em outubro e a expectativa é de conclusão da operação até o final de dezembro. No mercado externo, a Fibria<br />

acessou duas linhas, que somam US$ 700 milhões.<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Soluções 360 graus<br />

O Grupo Tequaly está oferecendo ao mercado o conceito<br />

Soluções 360 graus. O gerente técnico comercial<br />

da empresa, Arcidio Luiz Mazim (foto), explica que isso<br />

engloba uma gama de serviços, que normalmente são<br />

prestados por diferentes fornecedores. “Englobamos a<br />

parte de tecnologia para fabricação, manutenção e montagem.<br />

Hoje, o cliente contrata a tecnologia, a fabricação<br />

e a montagem de empresas diferentes. Além disso, precisa<br />

de um gerenciamento para essas três frentes. Nós oferecemos<br />

os quatro vieses. Se o cliente precisa de um sistema<br />

de evaporação nós temos a tecnologia, fabricamos,<br />

montamos e fazemos o gerenciamento desse projeto.”<br />

10


Foto: divulgação<br />

Medidor<br />

portátil<br />

O mesmo equipamento que faz a medição das<br />

características da matéria-prima utilizada na produção<br />

de celulose pode ser utilizado para aferir<br />

a biomassa que aquece as caldeiras. Este é um<br />

dos destaques da Marrari Automação, empresa<br />

de Curitiba (PR) que está há 25 anos no mercado.<br />

“Fornecemos equipamentos para medição de<br />

volume e umidade de materiais a granel”, explica<br />

Celso Martini, diretor da empresa. “A grande<br />

novidade é o medidor de umidade e densidade<br />

portátil. O mesmo equipamento, voltado para a<br />

indústria de celulose, mede a umidade a densidade<br />

aparente, a densidade básica e o poder calorífico<br />

do material”, explica o diretor. O M75-D,<br />

por exemplo, é um medidor portátil de umidade e<br />

densidade que reúne em um único instrumento a<br />

medição desses parâmetros em materiais granulados<br />

ou particulados. Os dados são essenciais para<br />

caracterizar cavacos de madeira utilizados na produção<br />

de celulose ou na avaliação da capacidade<br />

de produção de energia de biomassa entre outros<br />

usos. Entre as vantagens do equipamento está a<br />

simplicidade na operação e rapidez.<br />

Livro técnico<br />

A Editora da UFV (Universidade Federal<br />

de Viçosa) lançou o livro Branqueamento<br />

de Polpa Celulósica – Da Produção da Polpa<br />

Marrom ao Produto Acabado. A publicação<br />

é de autoria de Jorge Luiz Colodette<br />

e Fernando José Borges Gomes e tem 816<br />

páginas. A obra cobre com a devida profundidade<br />

a operação de branqueamento<br />

de polpa celulósica, com foco na fibra do<br />

eucalipto. Foi preparada por renomados<br />

professores, pesquisadores, pós-doutores<br />

e profissionais da indústria nacional, abordando<br />

aspectos teóricos e práticos do<br />

processo industrial da produção de polpa<br />

celulósica branqueada. A obra vem tornar<br />

público o grande conhecimento nacional<br />

sobre o branqueamento de polpa Kraft de<br />

eucalipto. Na atualidade, mais de 100 milhões<br />

de t (toneladas) de polpa celulósica<br />

são branqueadas anualmente, representando<br />

mais de 50% de toda a polpa produzida<br />

no mundo. Uma pequena fração<br />

desse montante provém de processos mecânicos<br />

de polpação e de fibras recicladas,<br />

sendo a maior parte da polpa branqueada<br />

produzida na atualidade derivada do<br />

processo químico de polpação kraft. A intenção<br />

do livro é contribuir com os meios<br />

técnico-científicos e com a indústria brasileira<br />

de celulose e papel para o avanço<br />

da ciência de branqueamento de polpa<br />

celulósica.<br />

Imagem: divulgação<br />

11


N O V I D A D E S<br />

Nova fábrica<br />

no sul do país<br />

Santa Catarina vai receber uma nova fábrica de celulose.<br />

O empreendimento está projetado para acontecer<br />

no norte do Estado, na cidade de Major Vieira. Um<br />

grupo de empresários apresentou ao secretário de<br />

Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável,<br />

Carlos Chiodini, o projeto de construção<br />

avaliado em quase R$15 milhões. “Vamos contribuir<br />

na implantação com incentivos fiscais, é<br />

uma região que estamos olhando de forma diferente<br />

para aumentar a economia e tenho certeza<br />

que a empresa vai gerar renda, empregos e valor<br />

agregado para Santa Catarina”, relata o secretário.<br />

Com a expectativa de abrir as portas no início de<br />

2017, a empresa MR terá aproximadamente 2 mil<br />

m² (metros quadrados) de área construída e produzirá<br />

inicialmente 30 t (toneladas) de papel por dia, para<br />

atender o sul do país. Segundo o empresário Silvestre Mijeski,<br />

em um prazo de 10 anos a empresa deve gerar cerca de<br />

250 empregos diretos.<br />

Imagem: reprodução<br />

Foto: divulgação<br />

Eficiência como<br />

diferencial<br />

Atendendo vários nichos de mercado a Icavi (Indústrias<br />

de Caldeiras do Vale do Itajaí), é fornecedora<br />

também de fabricantes de celulose e papel. De<br />

acordo com Guilherme Adriano, do departamento<br />

de vendas da empresa, apesar do mercado estar em<br />

baixa por causa da crise econômica este é um momento<br />

de investir. “Precisamos investir e trabalhar<br />

para estar cada vez mais presentes no mercado. Temos vendido muito bem nos últimos três anos”, lembra ele.<br />

Guilherme conta que a empresa aposta em qualidade como diferencial de mercado. “Fornecemos um equipamento<br />

muito eficiente. Focamos na redução de custo e nosso equipamento, mesmo não tendo o melhor preço no<br />

momento da cotação, tem um payback rápido. É um produto eficiente e trabalha com uma gama grande de combustíveis.<br />

Nossos equipamentos são capazes de queimar tanto o combustível muito úmido quanto o muito seco.<br />

Essa flexibilidade faz com que estejamos em praticamente todas as regiões do país”, comemora.<br />

12


N O V I D A D E S<br />

Foto: divulgação<br />

Anatec e<br />

GRUPO JOTA<br />

Fundada em 27 de julho de 1987 a Anatec<br />

(Associação Nacional de Editores de Publicações)<br />

surgiu com o principal objetivo de<br />

congregar editores de publicações em todo o<br />

país. Ao longo dos anos ganhou corpo e passou<br />

a coordenar, completar e apoiar a ação de<br />

seus associados na defesa da livre iniciativa,<br />

da liberdade de imprensa e de propaganda,<br />

promovendo o fortalecimento do setor de publicações.<br />

Tempo e experiência possibilitou<br />

oferecer aperfeiçoamento técnico e profissional<br />

a todos que exercem atividades em publicações<br />

de caráter informativo e que se utilizam<br />

de quaisquer meios para sua divulgação<br />

mediante a realização de cursos, seminários,<br />

palestras, conferências, simpósios, congressos<br />

e outros eventos de natureza educativa, cultural,<br />

técnica ou científica. Hoje a Anatec exerce<br />

diversas atividades voltadas ao desenvolvimento<br />

do setor de publicações e ao fortalecimento<br />

da associação. Durante o XLVIII Congresso e<br />

Exposição da Abtcp, o presidente Executivo<br />

da Anatec, Pedro Renato Eckersdorff, visitou o<br />

estande da Revista <strong>Celulose</strong>&<strong>Papel</strong> e foi recebido<br />

pelo diretor comercial da GRUPO JOTA,<br />

Fábio Alexandre Machado.<br />

Desastre<br />

ambiental<br />

O desastre ocorrido na barragem da mineradora<br />

Samarco, em Mariana (MG) refletiu em diversas<br />

áreas. A fabricante de celulose Cenibra teve que<br />

suspender a produção das duas linhas da fábrica na<br />

cidade de Belo Oriente (MG). Lama e detritos liberados<br />

com o rompimento da barragem alcançaram<br />

a área próxima ao local de captação de água da Samarco.<br />

Em nota a empresa informou que não havia<br />

previsão para restabelecer as operações. “Alternativas<br />

para minimizar os impactos para a empresa e<br />

empregados estão em andamento”, diz um trecho<br />

do comunicado. A fábrica da Cenibra tem capacidade<br />

de produção de 1,2 milhão de t (toneladas) de<br />

celulose por ano. Esse volume representa cerca de<br />

4% da capacidade mundial de produção do insumo<br />

de fibra curta. O desastre deixou seis mortos e dezenove<br />

pessoas ainda estão desparecidas. Cidades a<br />

mais de 300 quilômetros de distância tiveram cortes<br />

no fornecimento de água potável. A Fibria, que capta<br />

água da região para sua fábrica em Aracruz, no<br />

Espírito Santo, está usando reservatórios próprios.<br />

Foto: Agência Brasil<br />

14


P R I N C I P A L<br />

INDÚSTRIA<br />

4.0<br />

16


A NOVA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL<br />

QUE ESTÁ TRANSFORMANDO<br />

O MODO DE PRODUÇÃO DE<br />

CELULOSE E PAPEL<br />

Industry<br />

4.0<br />

THE NEW INDUSTRIAL REVOLUTION IS<br />

TRANSFORMING THE PRODUCTION<br />

MODE OF PULP AND PAPER<br />

MANUFACTURING<br />

17


P R I N C I P A L<br />

No século XVIII as melhorias de<br />

James Watt para a máquina a<br />

vapor deram inicio à Primeira<br />

Revolução Industrial. Ele não inventou<br />

a máquina a vapor, porém<br />

fez inovações que aumentaram a<br />

produtividade da indústria têxtil, o que iniciou a<br />

mecanização. A Segunda Revolução Industrial é<br />

marcada pela introdução da energia elétrica nas<br />

linhas de montagem. O modelo T, aplicado por<br />

Henry Ford a partir de 1913, resultou em grande<br />

aumento de produção. A inovação se transformou<br />

em tendência e pouco tempo depois outras<br />

indústrias manufatureiras estavam usando as linhas<br />

de montagem para aumentar a eficiência e<br />

produtividade.<br />

I<br />

n the 18th century, the improvements<br />

James Watt made in the steam engine<br />

led to the First Industrial Revolution.<br />

He didn’t invent the steam engine, but<br />

made innovations that increased productivity<br />

in the textile industry, which resulted<br />

in mechanization. The Second Industrial Revolution<br />

was marked by the introduction of<br />

electric power in the assembly line. The Model<br />

T, built by Henry Ford starting 1913, led to<br />

production in mass resulting in large increases<br />

in production. The innovation became a trend<br />

and shortly after, other manufacturing industries<br />

were using the assembly line to increase<br />

efficiency and productivity.<br />

In the 70’s, when the computer was in-<br />

1750<br />

1860 1940 2000<br />

1 a 2 a 3 a 4 a<br />

Revolução<br />

Industrial<br />

Revolução<br />

Industrial<br />

Revolução<br />

Industrial<br />

Revolução<br />

Industrial<br />

Melhorias nas<br />

máquinas a<br />

vapor<br />

Otimização<br />

energética<br />

nas linhas de<br />

produção<br />

Novos tipos<br />

de tecnologia<br />

Sensores<br />

superinteligentes,<br />

capacidade de<br />

armazenamento e<br />

leitura de dados<br />

18


19


20<br />

P R I N C I P A L


“É necessário que a tecnologia disponível hoje<br />

no mercado proporcione o máximo de ganhos em<br />

produtividade e competitividade, e de maneira<br />

interligada, usando o melhor do mundo real e do<br />

mundo virtual a esse favor. Temos que otimizar<br />

processos de produção por meio de simulações,<br />

por exemplo”<br />

José Borges Frias,<br />

Executivo da Siemens do Brasil<br />

Foto: CELULOSE&PAPEL<br />

21


22<br />

P R I N C I P A L


“A Revolução Industrial 4.0 faz referência à<br />

internet das coisas. É um pouco da tecnologia<br />

da digitalização e da comunicação, quando as<br />

máquinas vão se autogerenciar”<br />

Flávio Silva,<br />

Presidente da Voith Paper na América do Sul<br />

Foto: CELULOSE&PAPEL


24<br />

P R I N C I P A L


NOS PAÍSES QUE ESTÃO A FRENTE DO<br />

PROCESSO, NOVAMENTE EUA, ALEMANHA<br />

E OUTRAS NAÇÕES EUROPEIAS, O<br />

ESTUDANTE É ESTIMULADO DESDE CEDO A<br />

CONVIVER, INTERAGIR E GERAR INOVAÇÕES<br />

TECNOLÓGICAS<br />

Foto: DEsoftware<br />

Wedge ®<br />

Aumente a eficiência do seu processo<br />

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Você pode ter cerca de 20.000 variáveis em seu<br />

processo industrial, todas relacionadas com a<br />

produtividade e qualidade do produto final. Podem<br />

haver alguns eventos cujas causas você queira<br />

explorar em maiores detalhes para melhorar o<br />

rendimento e eficiência de seu processo ou salvar<br />

matéria-prima.<br />

Wedge® oferece uma combinação única de flexibilidade, poder de análise<br />

e simplicidade. É possivel identificar a causa raiz dos distúrbios de processo,<br />

aumentar a qualidade do produto final e a produtividade.<br />

Wedge® é customizável e pode ser integrado com uma vasta linguagem<br />

de sistemas de controle (SDCD) e correlacionar múltiplas variáveis mesmo<br />

de diferentes áreas.<br />

Savcor Ltda.<br />

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A V A N Ç O S E T E C N O L O G I A<br />

Com a ajuda da<br />

química e da<br />

física<br />

Durante o XLVIII Congresso e Exposição da Abtcp percorremos os corredores<br />

da feira e conversamos com os principais expositores. Diversas<br />

tecnologias estão à disposição no mercado. Com focos variados,<br />

que passam pelo aumento de produção, redução no consumo de<br />

energia, maior segurança para operadores, menor impacto ao meio<br />

ambiente e melhor qualidade do produto final, as novidades estão<br />

aí. Confira algumas delas.<br />

With the help of<br />

chemistry and physics<br />

D<br />

uring the 48th Abtcp Congress and Exhibition, we wandered through the halls of the<br />

Fair and talked with major exhibitors. Various different technologies are available on<br />

the market, with varying focuses, from the increase in production, to the reduction<br />

of energy consumption, greater safety for operators, less impact on the environment<br />

and better quality of the final product. The new technologies are here. Check out some of them.<br />

26


Tratamento enzimático<br />

A Nutrenzi Soluções Ambientais desenvolveu<br />

um tratamento enzimático que possibilita<br />

a desagregação de fibras no processo de preparação<br />

e limpeza de máquinas na indústria de<br />

papel e celulose. O gerente de representações<br />

da empresa, Jeferson Leite Oliveira, explica<br />

que em função da crise energética e da falta<br />

de água esta linha de produtos está ganhando<br />

destaque, principalmente no setor de papel e<br />

celulose. Jeferson conta que durante o processo<br />

com o refinador, quando as fibras são tratadas<br />

e ganham mais resistência e alinhamento, são<br />

utilizados muitos produtos químicos e a tecnologia<br />

com enzimas é muito cara. Na prática o<br />

processo dá maior velocidade à máquina, gera<br />

maior retenção e drenagem da água. Segundo o<br />

gerente da empresa, testes físicos comprovaram<br />

um incremento na resistência do papel. “Nossa<br />

solução permite economia de energia em até<br />

25%, maior produtividade e um produto final<br />

com muito mais qualidade”, conclui ele.<br />

Enzyme<br />

treatment<br />

Nutrenzi Soluções Ambientais has developed an<br />

enzyme treatment for the pulp and paper industry<br />

that breaks down fibers in the preparation process<br />

and is used in the cleaning of machines. Jeferson Leite<br />

Oliveira, Manager of Representatives for the Company,<br />

explains that due to the energy crisis and the lack of<br />

water, this line of products is gaining prominence, especially<br />

in the Pulp and Paper Sector. Jeferson says that<br />

during the refining process, when the fibers are treated<br />

and gain more strength and are aligned, many chemicals<br />

are used and enzyme technology is very expensive.<br />

In practice, the process leads to greater speed, generates<br />

better water drainage and greater reuse. According<br />

to the Company Manager, physical tests prove there is<br />

an increase in paper resistance. “Our solution enables<br />

energy savings of up to 25%, higher productivity and a<br />

final product with more quality,” he concludes.<br />

Foto: CELULOSE&PAPEL<br />

27


A V A N Ç O S E T E C N O L O G I A<br />

Torque controlado<br />

A Hytorc, empresa de sistemas de torque<br />

controlado, está trabalhando fortemente no<br />

mercado brasileiro com a arruela chamada<br />

Washer. De acordo com a empresa, ao inserir<br />

a peça no sistema de parafusamento é possível<br />

eliminar o braço de reação para ancoragem e a<br />

chave de backup, que tem como função segurar<br />

a porca do outro lado do estojo. “A grande<br />

vantagem está em aumentar a velocidade da<br />

operação ao mesmo tempo em que há ganho<br />

de segurança laboral, devido ao operador não<br />

precisar do ponto de ancoragem. Isto elimina<br />

os riscos de esmagamento de dedos, por<br />

exemplo.”<br />

Oito meses após o lançamento da peça no<br />

mercado a aceitação já é grande. Empresas de<br />

grande porte como Gerdau, Siemens, Alstom,<br />

GE, que utilizavam a tecnologia de braço de<br />

reação, substituíram pelo torque controlado<br />

com o Washer. “Serve para qualquer segmento<br />

que utilize torque controlado, desde uma turbina<br />

até um simples flange.”<br />

A Hytorc está em mais de 80 países e conta<br />

com mais de 300 patentes registradas.<br />

Controlled Ttorque<br />

Hytorc, a company that produces torque controlled<br />

systems, is working heavily in the Brazilian market with a<br />

washer. According to the Company, the piece is used in<br />

the tightening system, eliminating the reaction arm used<br />

for anchoring and backup key, the function of which is to<br />

secure the tightened nut on the other side of the casing.<br />

“The big advantage is to increase the speed of operation<br />

with an improvement in worker safety, as the operator<br />

does not need to check the anchor point. This eliminates<br />

the risk of crushing fingers, for example.”<br />

Eight months after the launch of the piece on the market,<br />

acceptance is already big. Large companies, such as<br />

Gerdau, Siemens, Alstom, GE, which used to use the reaction<br />

arm technology, have replaced it by the controlled<br />

torque washer. “It serves any segment that uses controlled<br />

torque, from a turbine to a single flange.” Hytorc operates<br />

in more than 80 countries and has more than 300<br />

registered patents.<br />

Foto: CELULOSE&PAPEL<br />

28


COMUNICAÇÃO<br />

REVISTAS<br />

VÍDEO<br />

WEBSITES<br />

MARKETING<br />

TV<br />

PRODUÇÕES<br />

INTERNET<br />

EVENTOS<br />

PUBLICIDADE<br />

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A R T I G O<br />

NANOCELULOSE DE<br />

ELEVADA CRISTALINIDADE<br />

EXTRAÍDA DA FIBRA DO<br />

BAGAÇO DE MANDIOCA<br />

HIGH CRYSTALLINITY NANOCELLULOSE<br />

EXTRACTED FROM CASSAVA BAGASSE FIBER<br />

Foto: divulgação<br />

30


Ana Paula Travalini<br />

Departamento de Engenharia de<br />

Alimentos da Uepg (Universidade<br />

Estadual de Ponta Grossa)<br />

Ivo Mottin Demiate<br />

Departamento de Engenharia de<br />

Alimentos da Uepg (Universidade<br />

Estadual de Ponta Grossa)<br />

Eduardo Prestes<br />

Departamento de Engenharia de<br />

Materiais da Uepg (Universidade<br />

Estadual de Ponta Grossa)<br />

Luis Antônio Pinheiro<br />

Departamento de Engenharia de<br />

Materiais da Uepg (Universidade<br />

Estadual de Ponta Grossa)<br />

31


32<br />

A R T I G O


33


34<br />

A R T I G O


IC = 1 - ——— x 100<br />

I (am)<br />

IC = 1 - ——— x 100<br />

I (200)<br />

I (am)<br />

I (200)<br />

35


A R T I G O<br />

Tabela 1. Caracterização fibrosa da Fbm e da Fbmb<br />

COMPONENTE (%-p) FBM FBMB<br />

FDN 61,5 ± 0,53 93,8 ± 2,80<br />

FDA 63,1 ± 0,69 94,1 ± 0,50<br />

<strong>Celulose</strong> 51,5 ± 2,80 90,6 ± 0,75<br />

Lignina 11,6 ± 2,11 3,5 ± 0,34<br />

36


Figura 1. Aspecto visual da FBM (a), CMC (b) e Fbmb (c)<br />

37


A R T I G O<br />

3200<br />

1720<br />

1550<br />

Absorbância (u.a.)<br />

1244<br />

c<br />

b<br />

1061<br />

897<br />

a<br />

Figura 2. Espectro de Ftir da<br />

FBM (a), Fbmb (b) e CMC (c)<br />

4000 3600 3200 2800 2400 2000 1600 1200 800 400<br />

38


Figura 3. Suspensões de Cnc-Cmc (a) e Cnc-Fbmb (b)<br />

22<br />

CNC-CMC<br />

CNC-FBMB<br />

Intensidade (%)<br />

0<br />

10<br />

100 1000 10000<br />

Tamanho (nm)<br />

Figura 4. Distribuição de tamanho<br />

de partículas contadas de nanocristais<br />

de celulose para as suspensões<br />

de Cnc-Cmc e Cnc-Fbmb<br />

39


A R T I G O<br />

Intensidade relativa (u.a.)<br />

(a)<br />

FBM<br />

FBMB<br />

CNC-FBMB<br />

Intensidade relativa (u.a.)<br />

(b)<br />

CMC<br />

CNC-CMC<br />

10 15 20 25 30<br />

2-Theta (°)<br />

10 15 20 25 30<br />

2-Theta (°)<br />

Figura 5. Difratograma de raios X para a Fbm, Fbmb, Cnc-Fbmb (a), Cmc e Cnc-Cmc (b).<br />

40


Tabela 2. Índice de cristalinidade das fibras celulósicas.<br />

FIBRA CELULÓSICA IC (%)<br />

FBM 49,3<br />

FBMB 74,2<br />

CMC 81,0<br />

CNC-CMC 78,7<br />

CNC-FBMB 84,1<br />

41


42<br />

A R T I G O


GUINDASTES COM CAPACIDADE<br />

DE ATÉ 220 TONELADAS<br />

IÇAMENTOS ATÉ 100m de ALTURA


A R T I G O<br />

(a)<br />

100<br />

(b)<br />

0,0<br />

Perda de massa (%)<br />

0<br />

50<br />

CMC<br />

CNC-CMC<br />

200 350 500 600<br />

Temperatura (°C)<br />

Taxa de perda de massa (%/min)<br />

-2,5<br />

50<br />

CMC<br />

CNC-CMC<br />

200 350 500 600<br />

Temperatura (°C)<br />

(c)<br />

100<br />

(d)<br />

0,0<br />

Perda de massa (%)<br />

0<br />

50<br />

FBMB<br />

CNC-FBMB<br />

200 350 500 600<br />

Temperatura (°C)<br />

Taxa de perda de massa (%/min)<br />

-2,0<br />

50<br />

FBMB<br />

CNC-FBMB<br />

200 350 500 600<br />

Temperatura (°C)<br />

Figura 6. Perda de massa e taxa de perda de massa para a Cmc, Cnc-Cmc, Fbmb e Cnc-Fbmb<br />

44


A R T I G O<br />

Figura 7. Imagem de Mev da Cmc<br />

500x (a), Cnc-Cmc 1200x (b), Fbmb<br />

1000x (c), Cnc-Fbmb 1500x (d) e<br />

Cnc-Fbmb 4800x (e)<br />

46


Produtos para indústria de<br />

celulose e madeira<br />

• Facas para corte de papel<br />

• Facas planas<br />

• Facas circulares<br />

• Contra-Facas<br />

• Placas de desgaste<br />

• Grampos de fixação de facas<br />

• Suportes para os mais variados<br />

tipos de picadores de madeira<br />

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48<br />

A R T I G O


6. REFERÊNCIAS / BIBLIOGRAPHY<br />

Abdul Khalil, H.; Bhat, A.; Ireana Yusra, A. Green composites from<br />

sustainable cellulose nanofibrils: a review. Carbohydrate Polymers, v.<br />

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microfibril aggregates of wood, rice straw and potato tuber. Cellulose,<br />

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sugarcane bagasse (SCB) and its characterization. Carbohydrate Polymers,<br />

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Ouajai, S.; Shanks, R. Composition, structure and thermal degradation<br />

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Peng, Y.; Han, Y.; Gardner, D. J. Spray-drying cellulose nanofibrils:<br />

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<strong>23</strong>79-<strong>23</strong>92, 2013.<br />

Rattanachomsri, U.; Tanapongpipat, S.; Eurwilaichitr, L.; Champreda,<br />

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by multi-enzyme activity and ethanol fermentation by Candida tropicalis.<br />

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493, 2009.<br />

Rehman, N.; De Miranda, M. I. G.; Rosa, S. M.; Pimentel, D. M.;<br />

Nachtigall, S. M.; BICA, C. I. Cellulose and Nanocellulose from Maize<br />

Straw: An Insight on the Crystal Properties. Journal of Polymers and the<br />

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Roman, M.; Winter, W. T. Effect of sulfate groups from sulfuric acid<br />

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Rosa, S. M.; Rehman, N.; De Miranda, M. I. G.; Nachtigall, S.<br />

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Segal, L.; Creely, J.J.; Martin, A.E.; Conrad, C.M. An empirical method<br />

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1959.<br />

Teixeira, E. D. M.; Bondancia, T. J.; Teodoro, K. B. R.; Corrêa, A.<br />

C.; Marconcini, J. M.; Mattoso, L. H. C. Sugarcane bagasse whiskers:<br />

Extraction and characterizations. Industrial Crops and Products, v. 33,<br />

n. 1, p. 63-66, 2011.<br />

Teixeira, E. D. M.; Corrêa, A. C.; Manzoli, A.; Leite, F. L.; Oliveira,<br />

C. R.; Mattoso, L. H. C. Cellulose nanofibers from white and naturally<br />

colored cotton fibers. Cellulose, v. 17, n. 3, p. 595-606, 2010.<br />

Teixeira, E. D. M.; Pasquini, D.; Curvelo, A. A. S.; Corradini, E.;<br />

Belgacem, M. N.; Dufresne, A. Cassava bagasse cellulose nanofibrils<br />

reinforced thermoplastic cassava starch. Carbohydrate Polymers, v. 78,<br />

n. 3, p. 422-431, 2009.<br />

Teixeira, E. M.; Róz, D.; Luzia, A.; De Carvalho, A. J. F.; Da Silva<br />

Curvelo, A. A. Preparation and characterisation of thermoplastic starches<br />

from cassava starch, cassava root and cassava bagasse. Macromolecular<br />

Symposia, p.266-275, 2005.<br />

Uto, T.; Hosoya, T.; Hayashi, S.; Yui, T. Partial crystalline transformation<br />

of solvated cellulose IIII crystals, reproduced by theoretical<br />

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Van Soest, P. J.; Robertson, J. B.; Lewis, B. A. Symposium: Carbohydrate<br />

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31. Wang, H.; Li, D.; Yano, H.; Abe, K. Preparation of tough<br />

cellulose II nanofibers with high thermal stability from wood. Cellulose,<br />

v. 21, n. 3, p. 1505-1515, 2014.<br />

32. Wicaksono, R.; Syamsu, K.; Yuliasih, I.; Nasir, M. Cellulose<br />

nanofibers from cassava bagasse: Characterization and application on<br />

tapioca-film. Chemistry and Materials Research, v. 3, n. 13, p. 79-87,<br />

2013.<br />

49


E S P E C I A L<br />

Foto: Lotus R<br />

50


INCÊNDIOS SÃO UMA AMEAÇA ÀS FLORESTAS<br />

PLANTADAS. EMPRESAS DO SETOR DE<br />

CELULOSE E PAPEL INVESTEM EM ESTRATÉGIAS<br />

E TREINAMENTOS PARA PROTEGER A PRINCIPAL<br />

MATÉRIA-PRIMA<br />

PROTECTING<br />

ASSETS<br />

FIRES ARE A THREAT TO PLANTED FORESTS.<br />

COMPANIES IN THE PULP AND PAPER SECTOR<br />

ARE INVESTING IN STRATEGIES AND TRAINING<br />

TO PROTECT THEIR PRINCIPAL RAW MATERIAL<br />

Foto: divulgação<br />

51


E S P E C I A L<br />

Foto: Cameron Strandberg<br />

52


53


E S P E C I A L<br />

Foto: divulgação<br />

54


Foto: divulgação<br />

55


E S P E C I A L<br />

Foto: divulgação<br />

56


E S P E C I A L<br />

From the analysis of the indicators from<br />

58


Foto: Valter Campanato


F E I R A<br />

Fotos: CELULOSE&PAPEL<br />

MERCADO<br />

CONCENTRADO<br />

NOVIDADES, TROCA DE CONHECIMENTO E<br />

NETWORK DURANTE TRÊS DIAS DE FEIRA E<br />

CONGRESSO<br />

MARKET CONCENTRATION<br />

NEW EQUIPMENT, KNOWLEDGE EXCHANGE AND NETWORKING DURING A<br />

THREE-DAY TRADE FAIR AND CONGRESS<br />

60


OXLVIII Congresso e Exposição<br />

Internacional de <strong>Celulose</strong> e<br />

<strong>Papel</strong>, promovido pela Abtcp<br />

(Associação Brasileira Técnica<br />

de <strong>Celulose</strong> e <strong>Papel</strong>), terminou,<br />

segundo os organizadores,<br />

com uma perspectiva otimista para o próximo<br />

ano. Responsável por um superávit de R$<br />

60 bilhões em 2014, o setor espera contribuir<br />

para a retomada do crescimento econômico do<br />

Brasil. Foram três dias de evento (de 6 a 8 de<br />

outubro), realizado no Transamerica Expo Center,<br />

sob o tema: Inovação e Competitividade.<br />

“Consideramos que nosso evento foi muito positivo,<br />

pois conseguimos mostrar o lado técnico<br />

da Abtcp, que é muito forte na realização do<br />

congresso e na valorização das pessoas, na capacitação<br />

técnica delas, o que pôde ser visto nas<br />

sessões técnicas e temáticas, além da participação<br />

de renomados técnicos do setor e dos presidentes<br />

de grandes empresas”, comenta Darcio<br />

Berni, diretor executivo da Abtcp. O executivo<br />

lembra também da solenidade de abertura que<br />

contou com a presença de autoridades federais<br />

e estaduais.<br />

T<br />

he 48th International Pulp and Paper<br />

Conference and Exhibition promoted by<br />

the Brazilian Technical Pulp and Paper<br />

Association (Abtcp), ended, as the organizers<br />

expected, with an optimistic outlook for next<br />

year. Responsible for a R$ 60 billion trade surplus<br />

in 2014, the Sector is hoping to contribute to the<br />

resumption of economic growth in Brazil. The three<br />

day event (from October6 to 8) was held at the<br />

Transamerica Expo Center, with the theme “Innovation<br />

and Competitiveness”. “We believe that our<br />

event was very successful, because we were able to<br />

show Abtcp’s technical side, which is very strong, in<br />

holding the Congress and in providing value for participants<br />

with technical information, which could<br />

be gained from the technical and thematic sessions,<br />

besides participation by well-known industry technicians<br />

and Presidents of large companies” says<br />

Darcio Berni, Executive Director of Abtcp. The Executive<br />

Director also reminded us of the opening ceremony<br />

attended by Federal and State authorities.<br />

61


F E I R A<br />

“AJUDAMOS A INDÚSTRIA DE PAPEL E<br />

CELULOSE A ECONOMIZAR DINHEIRO, COM<br />

MENOS PRODUTOS QUÍMICOS, MENOS<br />

ENERGIA E AUMENTANDO A CAPACIDADE<br />

PRODUTIVA”<br />

MARC KADDOURA,<br />

CEO DA IBS<br />

EXPOSITORES<br />

Para muitos expositores o ponto alto do<br />

evento é a rede de trabalho que é construída<br />

durante os dias de feira. Abílio Antonio Franco,<br />

diretor da IBS Brasil, conta que a empresa participa<br />

desde a primeira edição. “Minha primeira<br />

experiência na Abtcp foi em 2010, desde então<br />

tivemos a participação intensificada dentro da<br />

feira. Diria que o ponto alto de um evento desse<br />

porte é o networking. Não esperamos sair daqui<br />

com grandes negócios. Felizmente, ao longo<br />

dos anos acabamos fechando negócio durante<br />

o evento. Muitos clientes vêm e percebem que<br />

estamos aqui com novas tecnologias. O retorno<br />

vem na sequência.”<br />

Para o CEO da IBS, o austríaco Marc Kaddoura,<br />

a expectativa é que a situação econômica<br />

do Brasil estabilize. “Estamos acompanhando as<br />

informações de mercado e acreditamos que a<br />

situação econômica vai estabilizar. Esperamos<br />

que quando a crise financeira acabar poderemos<br />

fazer novos negócios no Brasil.”<br />

O CEO conta que na Áustria muitas fábricas<br />

recebem apoio do governo, principalmente na<br />

área de exportação. “A Áustria é um país que<br />

desenvolve muita engenharia industrial. A taxa<br />

de exportação da IBS está em torno de 90%,<br />

EXHIBITORS<br />

For many exhibitors, the highlight of the event<br />

was the networking that was established during the<br />

Fair. Abílio Antonio Franco, Director of IBS Brasil that<br />

has participated ever since the Fair began, says “My<br />

first experience at Abtcp was in 2010, since then<br />

we have intensified our participation within the Fair.<br />

I would say that the high point of an event of this<br />

size is networking. We don’t expect to leave here<br />

with many big deals. Fortunately, over the years, we<br />

have closed business deals during the event. Many<br />

customers come and realize that we are here with<br />

new technologies. The return comes afterwards.”<br />

For Austrian Marc Kaddoura, Chief Executive<br />

Officer of IBS, the expectation is that Brazil’s economic<br />

situation will stabilize. “We are closely following<br />

market information and we believe that the<br />

economic situation will stabilize. We hope that<br />

when the financial crisis is over, we can do new business<br />

in Brazil.”<br />

The IBS CEO says that in Austria many factories<br />

receive support from the Government, mainly in the<br />

area of export. “Austria is a country that develops a<br />

lot of industrial engineering. IBS exports about 90%<br />

of what it produces, not only because it has government<br />

support, but also because we have good high<br />

technology products. We help the pulp and paper<br />

62


industry to save money using fewer chemicals, less<br />

energy and increasing productive capacity. At the<br />

same time, it is possible to protect and conserve the<br />

environment. This is our philosophy as to how to do<br />

things,” he explains.<br />

“TEMOS UM PORTFÓLIO COM MAIS DE 50<br />

TURBINAS DENTRO DO SETOR DE PAPEL E<br />

CELULOSE, PARA INDÚSTRIAS BRASILEIRAS<br />

E DO EXTERIOR. SÃO MAIS DE 40 PAÍSES<br />

ATENDIDOS PELA TGM FORA DO BRASIL”<br />

CARLOS PALETTA,<br />

GERENTE DE DESENVOLVIMENTO DE<br />

NEGÓCIO DA TGM<br />

DIVERSIFICATION IS THE WORD<br />

Initially, TGM was a company that began meeting<br />

the needs of only the Sugar-ethanol Sector.<br />

Soon, it became a supplier to other segments, and<br />

today, in addition to pulp and paper, it serves the<br />

food, metallurgy and petrochemical industries.<br />

“Here, we are demonstrating what we’ve been<br />

doing for the past 20 years, within the sectors in<br />

which we operate,” explains Carlos Paletta, Business<br />

Development Manager for the Company. He<br />

says, the Company has become more active in the<br />

Pulp and Paper Sector over the past 10 years. “It<br />

is an important sector for the economy and for us<br />

too, just in the diversification of our range of servi-<br />

63


F E I R A<br />

não apenas por termos o apoio governamental,<br />

mas sim também porque temos bons produtos, de<br />

alta tecnologia. Ajudamos a indústria de papel e<br />

celulose a economizar dinheiro, com menos produtos<br />

químicos, menos energia e aumentando a<br />

capacidade produtiva. Ao mesmo tempo é possível<br />

proteger e conservar o meio ambiente. Essa é<br />

a nossa filosofia quanto à forma de como fazer”,<br />

explicou ele.<br />

DIVERSIFICAR É A PALAVRA<br />

Inicialmente a TGM era uma empresa que<br />

atendia só o setor sucroalcooleiro. Logo passou a<br />

ser fornecedor de outros segmentos e hoje, além<br />

de papel e celulose, atua nas áreas alimentícia,<br />

siderurgia e indústria petroquímica. “Procuramos<br />

divulgar aqui o que a gente vem fazendo nos últimos<br />

20 anos, dentro dos setores nos quais atuamos”,<br />

explica o gerente de desenvolvimento de<br />

negócio, Carlos Paletta. Ele conta que para o setor<br />

de papel e celulose a atuação ficou mais intensa ao<br />

longo dos últimos 10 anos. “É um setor importante<br />

para a economia e para nós também, justamente<br />

por diversificar nossa gama de atendimento. Temos<br />

um portfólio com mais de 50 turbinas dentro<br />

do setor de papel e celulose, para indústrias brasileiras<br />

e do exterior. São mais de 40 países atendidos<br />

pela TGM fora do Brasil. O setor de papel e<br />

celulose, por incrível que pareça, é um setor que<br />

está aquecido hoje. Há vários projetos para novas<br />

unidades, ampliação e modernização de unidades<br />

antigas. Isso nos dá uma perspectiva muito boa e<br />

nós temos equipamentos para atender as expectativas<br />

desses clientes”, afirma ele.<br />

Com mais de 20 anos de mercado a PSN presta<br />

serviços de montagem e manutenção em praticamente<br />

todos os setores da indústria. Os serviços<br />

que oferece estão em algumas das principais empresas<br />

de papel e celulose do Brasil como Eldorado,<br />

Suzano e Rigesa. A especialidade está em manutenção<br />

de caldeiras, precipitadores, digestores<br />

e na parte de classificação. “As fábricas de papel<br />

fazem as paradas anuais e nós participamos com<br />

a manutenção em qualquer unidade da fábrica e<br />

em todo o território nacional”, conta Jair José de<br />

“AS FÁBRICAS DE PAPEL FAZEM<br />

AS PARADAS ANUAIS E NÓS<br />

PARTICIPAMOS COM A MANUTENÇÃO<br />

EM QUALQUER UNIDADE DA<br />

FÁBRICA E EM TODO O TERRITÓRIO<br />

NACIONAL”<br />

JAIR JOSÉ DE SOUZA (ESQUERDA),<br />

DIRETOR COMERCIAL DA PSN<br />

ces. We have a portfolio of more than 50 turbines<br />

installed within the Pulp and Paper Sector, in Brazil<br />

and abroad. TGM serves over 40 countries as well<br />

as Brazil. Today, oddly enough, the Pulp and Paper<br />

Sector is a sector that is heating up. There are various<br />

projects for new units, expansion and modernization<br />

of old units. This provides us with a very<br />

good perspective and we have the equipment to<br />

meet the expectations of those customers,” he says.<br />

With more than 20 years in the market, PSN is<br />

an installation and maintenance service provider for<br />

virtually all industrial sectors. In Brazil, the services<br />

it offers are to some of the major pulp and paper<br />

companies, such as Eldorado, Suzano and Rigesa.<br />

The specialty of the Company is in boiler, precipitator,<br />

digester, and classifier maintenance. “Paper<br />

mills take annual downtime and we participate with<br />

64


Souza, diretor comercial da empresa.<br />

Esta foi a 10ª participação da PSN na feira<br />

da Abtcp que, segundo Jair, vem diminuindo a<br />

cada ano. “Com a crise de 2008 a feira encolheu,<br />

tanto que mudou de pavilhão. Desde que<br />

participamos esta é a edição em que ela está<br />

menor. Além do momento econômico, a feira<br />

é muito cara para as empresas. O metro quadrado,<br />

a montagem, tudo é muito caro”, observa<br />

ele. Segundo o diretor comercial a sugestão<br />

dos expositores é que a feira seja realizada a<br />

cada dois anos. “Nós, participantes e expositores,<br />

sugerimos aos organizadores desde 2010<br />

que realizem a exposição a cada dois anos. Ano<br />

que vem será em outro local, no Expo Center<br />

Norte e em 2017 haverá somente o congresso.<br />

Finalmente nos atenderam, mas acho que tarde<br />

demais. Há um movimento muito grande de<br />

expositores que não irão participar no ano que<br />

vem. Nós da PSN ainda não definimos nossa<br />

participação”, afirma ele.<br />

Já o gerente comercial da Brunnschweiler<br />

para a América Latina, Marcelo Boarin, foi mais<br />

O SETOR FOI<br />

RESPONSÁVEL POR<br />

UM SUPERÁVIT DE R$<br />

60 BILHÕES EM 2014<br />

E ESPERA CONTRIBUIR<br />

PARA A RETOMADA<br />

DO CRESCIMENTO<br />

ECONÔMICO DO<br />

BRASIL<br />

65


F E I R A<br />

otimista. Para ele, que participa do encontro da<br />

Abtcp desde a fundação da Brunnschweiler em<br />

1996, o movimento surpreendeu. “Achávamos<br />

que a demanda e que a participação dos nossos<br />

parceiros do setor fosse menor, mas nos surpreendeu<br />

positivamente”, conta Marcelo. Ele lembra<br />

que a parte técnica e os congressos também tiveram<br />

conteúdo de alto nível, o que colaborou para<br />

atrair o público do setor. “A Abtcp está fazendo um<br />

trabalho forte em relação a produtores de papel e<br />

celulose, que antigamente não existia. Tudo isso<br />

tem gerado bons frutos, apesar da situação econômica<br />

do país. Acreditamos que o dólar dará uma<br />

compensação para quem é fabricante nacional de<br />

máquinas, assim como nós, com equipamentos<br />

100% fabricados no Brasil.”<br />

Entre os serviços e produtos que se destacaram<br />

na feira o gerente comercial cita um trabalho para<br />

recuperação de energia. “Fazemos estudos, individualmente<br />

em cada máquina, para detectar ponthe<br />

maintenance of any unit in the mill and throughout<br />

Brazil,” says Jair José de Souza, Sales Director<br />

for the Company.<br />

This was the tenth time PSN has participated<br />

at Abtcp, according to Jair, and it has been getting<br />

smaller each year. “With the 2008 crisis, the Fair has<br />

shrunk so much that it moved to a smaller pavilion.<br />

Since we began to participate, this is the smallest.<br />

Besides the economic moment, participating in the<br />

Fair has become very expensive for many companies.<br />

A square meter, assembly, everything is very<br />

expensive,” he says. According to the Sales Director,<br />

exhibitors are suggesting that the fair be held<br />

every two years. “Since 2010, we, participants and<br />

exhibitors, have been suggesting to organizers that<br />

the exhibition be carried out every two years. Next<br />

year, it will be held in a different location, at Expo<br />

Center Norte and, in 2017, there will be only the<br />

Congress. Finally answered, but I think it’s too late.<br />

There is a very large movement by exhibitors not to<br />

O XLVIII CONGRESSO E EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE<br />

CELULOSE E PAPEL, PROMOVIDO PELA ABTCP (ASSOCIAÇÃO<br />

BRASILEIRA TÉCNICA DE CELULOSE E PAPEL), TERMINOU<br />

COM UMA PERSPECTIVA OTIMISTA PARA O PRÓXIMO ANO<br />

66


“A ABTCP ESTÁ FAZENDO UM TRABALHO FORTE<br />

EM RELAÇÃO A PRODUTORES DE PAPEL E<br />

CELULOSE, QUE ANTIGAMENTE NÃO EXISTIA.<br />

TUDO ISSO TEM GERADO BONS FRUTOS”<br />

MARCELO BOARIN,<br />

GERENTE COMERCIAL DA BRUNNSCHWEILER<br />

PARA A AMÉRICA LATINA<br />

tos de recuperação de energia. Mostramos para<br />

nossos clientes onde é possível ganhar, utilizando<br />

determinados equipamentos. Isso vale não<br />

só para máquinas de papel tissue, mas também<br />

para máquinas de papel plano. Temos percebido<br />

que o retorno deste investimento, tanto para<br />

clientes médios como grandes, está sendo um<br />

diferencial”, comemora ele.<br />

participate in the Fair next year. We at PSN have not<br />

yet defined our participation,” he states.<br />

Marcelo Boarin, Sales Manager for Brunnschweiler<br />

in Latin America, is more optimistic. For<br />

him, who has participated in Abtcp meeting since<br />

the founding of Brunnschweiler in 1996, the movement<br />

is surprising. “We found that the demand and<br />

participation of our industry partners was smaller,<br />

but that surprised us positively,” says Marcelo. He<br />

recalls that the technical part including the congresses<br />

had high-level content, which contributed in attracting<br />

the public. “Abtcp, which formerly did not<br />

exist, is doing good work in support of pulp and paper<br />

producers. All this has generated good results,<br />

despite the economic situation in the Country. We<br />

believe that the dollar will compensate those who<br />

are domestic machine manufacturers, just like us,<br />

with equipment 100% manufactured in Brazil.”<br />

Amongst the services and products that stood<br />

out at the Fair, the Sales Manager cites work for<br />

energy recovery. “We carry out studies on each machine,<br />

individually, to detect points of energy recovery.<br />

We show our customers where they can save<br />

using certain equipment. That occurs not only for<br />

tissue machines, but also for plain paper machines.<br />

We have noticed that the return on this investment,<br />

both for average customers as well as large customers,<br />

is a differentiator,” he commemorates.<br />

67


E N T R E V I S T A<br />

Sobra<br />

qualidade<br />

falta<br />

incentivo<br />

Foto: divulgação<br />

Rui Gerson Brandt<br />

Excess quality, lack<br />

of incentives<br />

Presidente do Sinpacel (Sindicato das Indústrias de <strong>Papel</strong>, <strong>Celulose</strong> e Pasta de<br />

Madeira para <strong>Papel</strong> e Artefatos de <strong>Papel</strong> e <strong>Papel</strong>ão do Estado do Paraná)<br />

President of Sinpacel (State of Parana Syndicate of Paper, Pulp and Wood Pulp for<br />

Paper and Paper Artifacts and Cardboard Producers)<br />

68


69


E N T R E V I S T A<br />

O Brasil se diferencia<br />

por ser o maior produtor<br />

de celulose de fibra curta<br />

branqueada<br />

70


Já existem pesquisas e utilização<br />

da celulose para a fabricação de<br />

tecidos para a indústria<br />

de biocombustíveis<br />

71


E N T R E V I S T A<br />

Existe uma burocracia<br />

demasiada. O governo também<br />

deveria revisar a política de<br />

incentivos para a aquisição de<br />

máquinas e equipamentos<br />

72


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