Heróis “ Brigas e Amizades Peneira Pop um rapa no que rola de mais super. Os melhores das HQs Heróis Revista <strong>Mundo</strong> elege os destaques de 2007 um ótimo ano para os leitores de gibis Nem sagas mirabolantes, nem dramas psicológicos, nem mortes provisórias... O melhor <strong>dos</strong> quadrinhos de super-heróis é sempre a pancadaria. Quanto mais, melhor. Em especial quando os combatentes são defensores da justiça. A idéia é fascinante e bem antiga. Dois superseres voltam-se um contra o outro e combatem ferozmente, destruindo carros e prédios sob os olhares incrédulos da população. Por esse motivo, “ brigas” são o tema desse <strong>dos</strong>siê. Dos nove combates que citamos, considero o do Superman versus Capitão Marvel o mais espantoso. Não me canso de ler aquela seqüencia final no Reino do Amanhã, com a morte do Capítão Marvel. É uma obra de arte que mostra bem por que Alex Ross é imbatível. O Capitão e o Super também estão ótimos em um episódio da Liga da Justiça Sem Limites. A cena de luta tem um grau de violência e uma força criativa que poucas vezes vi na TV. Se bem que os desenhos anima<strong>dos</strong> de super-heróis já não são apenas para crianças... Chega de brigas. Vamos falar de amizade. Desde sua primeira edição, a <strong>Mundo</strong> <strong>dos</strong> Super-Heróis tem servido de motivo para a reunião de diversos amigos meus. Graças à revista, voltei a ter contato quase diário com grandes companheiros da época do colégio, lá do começo <strong>dos</strong> anos 90, quando tínhamos nosso fanzine Ovo (um dia desses, ainda edito uma coletânea desses trabalhos!). Celso Marcelo Kodama (o CMK) e Fransérgio Rodrigues são dessas época, assim como o Társis Salvatore (por trás desse nome afrescalhado, ele se chama Tarcíso Salvatore) e, agora, o Joel Lobo, o capista dessa edição. Fora os amigos <strong>dos</strong> amigos, como o Morelli, Claudio, Alexandre e Toni, to<strong>dos</strong> apresenta<strong>dos</strong>pelo Fransérgio. Mas não pense que a revista é uma “panelinha fechada”. Muitos <strong>dos</strong> nossos colaboradores são pessoas que conheceram a revista em bancas, entraram em contato e, naturalmente, viraram membros. O Maurício Muniz e o José Salles são dois desses. Há ainda os frequentadores assíduos de nossa comunidade não-oficial no Orkut, organizada pelo leitor Ricardo Quartim. Aliás, o pessoal do Orkut participa ativamente e alguns integrantes hoje são figurinhas no quadro Nossa Super Equipe, como o Jota Silvestre, o vvEder e o Antônio Luiz. De lá, também surge boa parte das nossas pautas (Vocês pediram Conan? Olha o cimério aí). Em 2008, o plano é manter esse contato e deixar o <strong>Mundo</strong> ainda mais informativo e divertida. Conto com sua participação, amigo. Manoel de Souza Manoel.souza@europanet.com.br Uma palavra resume bem o ano eu passou: diversidade. Mesmo sem números oficiais, nunca se viu tantos estilos diferentes de quadrinhos não só em bancas como em livrarias, território que cada vez mais abre espaço para as HQs. Em meio a tantos materiais, a redação da <strong>Mundo</strong> <strong>dos</strong> Super-Heróis se juntou a um grupo de especialistas para eleger quem se destacou no período. Em 2007, algumas editoras apostaram em encadernações de luxo com histórias clássicas (como a Biblioteca Histórica Marvel e Crônicas DC da Panini) e outras reviveram personagens há muito esqueci<strong>dos</strong>, de Transformers (On line) a Luluzinha (Devir). A Panini investiu boa parte do ano nas megassagas da Marvel e da DC. Muita gente comentou a Crise Infinita e 52, mas poucos entenderam seus complexos enre<strong>dos</strong>. A Marvel se deu melhor com sua Guerra Civil, trama bem mais acessível. Aliás, a Marvel investiu forte em polêmicas durante 2007. A morte do Capitão América ganhou destaque até em noticiários da TV e ajudou a esgotar a venda da revista nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>. O ano também foi marcado pelo fortalecimento de editoras como a Pixel Mythos, HQ Maniacs e Devir, o que garantiu a distribuição de títulos como Planetary, Conan e Invencível, numa concorrência que só fortalece o mercado. Infelizmente, ainda é raro encontrar nas bancas quadrinhos nacionais que não fujam da linha infantil. O principal veículo <strong>dos</strong> artista iniciantes continuou sendo os fanzines e 2007 foi repleto de publicações com alto grau de profissionalismo. Do outro lado, os desenhista brasileiros que trabalham para o exterior vivem seu melhor momento, com a aclamação de Ivan Reis pela crítica americana pelo seu trabalho na série da DC Sinestro Corps War. Filmes como Homem-Aranha 3, Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado, Motoqueiro Fantasma e 300 de Esparta despertaram a curiosidade do púwblico não-iniciado pelos quadrinhos. O seriado Heroes, com nítidas referências às HQs, se tornou campeão de audiência no mundo todo. Até o Brasil entrou na moda, com a novela da Record Caminhos do Coração e seus personagens mutantes. Na próxima edição será publicada a lista com os melhores segundo nossos leitores. Para votar, acesse www.europanet.com.br/superheroi. 2 3