Saber Madeira
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19<br />
anos<br />
Viajar com <strong>Saber</strong>... Riga Acontecimentos que marcaram a <strong>Madeira</strong> em 2016<br />
ANO XVII • N.º236 Mensal Janeiro 2017 • €2<br />
35 anos<br />
do Xarabanda<br />
A entrevista a Rui Camacho<br />
(Des)Conhecida Arte<br />
A fotografia de<br />
Mafalda Camacho<br />
A a Z<br />
Barmen<br />
Alberto Silva
Semanário | Ano 17 | Nº 835<br />
1,50 € Sexta-feira | 20 de novembro de 2015<br />
iniciativa contará com a presença do conhecido<br />
médico daniel sampaio. | Pág. 12<br />
editados por o liberal. | Pág. 28 e 29<br />
Director: Edgar R. Aguiar<br />
tribunadamadeira.pt<br />
Carlos Pereira diz que<br />
presença como deputado em Lisboa<br />
presidente da república falou no âmbito da sétima jornada do roteiro para uma<br />
economia dinâmica, que foi dedicada à região autónoma da <strong>Madeira</strong>. | Pág. 8 a 1<br />
não o afasta da política regional<br />
o presidente do ps-M, Carlos pereira, garante que<br />
os deputados do seu partido que foram eleitos<br />
à a sembleia da república não estarão com<br />
“paninhos quentes ou tacticismos oportunistas”.<br />
o dedo é apontado ao psd-M, que acusa de<br />
“dizer uma coisa nos cartazes de campanha<br />
e fazer outra na governação”. Quando à<br />
po sibilidade de o ps formar governo<br />
em lisboa, o presidente do socialistas<br />
madeirenses diz que “é um salto na robustez<br />
da no sa democracia” e “uma normalidade<br />
que nem é inédita na europa”. | Pág. 4 a 7<br />
a estreia será a 1 de<br />
dezembro, em Machico,<br />
por baixo do aeroporto.<br />
| Pág. 14<br />
autarca cumpre um desejo esperado há 40 anos. | Pág. 32<br />
Cais 8 já levou “negas” de navios<br />
em dua semanas. | Pág. 18<br />
| Pág. SOCIAL<br />
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seMinário na<br />
CâMara pestana<br />
alBuQuerQue | Pág. 20 e 21<br />
anteVê ContriButo<br />
da eVerjets na<br />
aproxiMação da<br />
<strong>Madeira</strong> ao Mundo<br />
Violante Matos,<br />
antónio Cruz e CaB<br />
<strong>Madeira</strong> lançaM<br />
liVros na próxiMa<br />
seMana<br />
ilha proMoVe a<br />
desCentralização<br />
Cultural | Pág. 30<br />
“A geStãO<br />
dA dívIdA<br />
PúbLICA<br />
mAdeIrenSe<br />
nãO mudOu<br />
umA vírguLA”<br />
Cafôfo “presenteia” Moradores de são pedro<br />
CaVaCo<br />
desafia à<br />
diVersifiCação<br />
da eConoMia<br />
regional<br />
CirCo dallas<br />
traz aniMais<br />
à <strong>Madeira</strong><br />
Cais “ensoMBrado”<br />
ConferênCia | Pág. 15<br />
reflete soBre as<br />
proBleMátiCas da<br />
segurança e defesa<br />
atiVidade eConóMiCa<br />
portuguesa regista<br />
aBrandaMento | Pág. 2<br />
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12<br />
14<br />
16<br />
17<br />
18<br />
20<br />
Entrevista<br />
Incansável e incontornável<br />
qualificam a personalidade<br />
e o trabalho desenvolvido<br />
por Rui Camacho no<br />
panorama da música<br />
tradicional madeirense.<br />
Com o grupo musical<br />
Xarabanda, que funda<br />
com João Viveiros<br />
nos anos setenta, Rui<br />
Camacho irá empreender<br />
a causa da cultura e da<br />
tradição madeirense e<br />
que permitirá preservar<br />
para as novas gerações,<br />
a identidade madeirense<br />
ou o sentir ilhéu. A<br />
entrevista a este que foi<br />
um dos responsáveis pela<br />
“nova música tradicional<br />
madeirense”.<br />
<strong>Madeira</strong><br />
Exposição retrospetiva<br />
apresentou momentos<br />
que marcaram 35 anos<br />
da Associação Musical e<br />
Cultural Xarabanda/grupo<br />
musical Xarabanda.<br />
Opinião Teresa Brazão<br />
Lugares de Cá ...<br />
Museu de História Natural<br />
do Funchal.<br />
Opinião António Castro<br />
(Des)Conhecida Arte<br />
A fotografia de Mafalda<br />
Camacho.<br />
Opinião Hélder Spínola<br />
Saúde<br />
Prevenir e diagnosticar<br />
dá-nos mais anos de saúde.<br />
Câmara Municipal<br />
do Funchal<br />
Seis meses de Encontros<br />
com as Pessoas com balanço<br />
positivo.<br />
A a Z<br />
Alberto Silva, presidente<br />
da Associação Barmen da<br />
<strong>Madeira</strong>.<br />
sumário<br />
“Geringonça” é a Palavra do Ano 2016 em Portugal.<br />
Literatura<br />
Tecnologia<br />
PAG. 13<br />
As tecnologias que podem sair de cena em 2017.<br />
PAG. 24<br />
22 Opinião Pai Nélio D’Oxalá<br />
23<br />
25<br />
26<br />
28<br />
29<br />
30<br />
32<br />
34<br />
39<br />
40<br />
48<br />
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Viajar com <strong>Saber</strong>...<br />
Riga<br />
Nutrição<br />
Ano novo, que tal uma vida<br />
mais ativa?<br />
O blogue… Miguel Pires<br />
Do medo.<br />
<strong>Madeira</strong><br />
Acontecimentos que<br />
marcaram o ano de 2016 na<br />
<strong>Madeira</strong>.<br />
Agenda Cultural<br />
Janeiro<br />
Moda DDiarte<br />
Tendências<br />
Social<br />
À mesa com...<br />
Fernando Olim<br />
Site do Mês<br />
www.fadoinmadeira.com<br />
Errata:<br />
Por lapso, na página 37 da<br />
revista <strong>Saber</strong> <strong>Madeira</strong> 235<br />
(dezembro), rubrica “O<br />
blogue de … Miguel Pires”,<br />
atribuiu-se a autoria do texto<br />
e fotos a Carmo Mervill de<br />
Araújo, quando devia ser a<br />
Miguel Pires. Na revista <strong>Saber</strong><br />
<strong>Madeira</strong> 234 (novembro), na<br />
página 33, rubrica Desporto,<br />
atribuiu-se a autoria do texto<br />
e fotos a Paulo Melim quando<br />
deveria ser Associação Ludens<br />
Clube de Machico. Aos visados,<br />
as nossas sinceras desculpas.<br />
Siga-nos também em www.facebook.com/sabermadeira<br />
e em www.sabermadeira.pt<br />
saber | Janeiro | 2017<br />
3
ENTREVISTA<br />
“Desde o início da actividade do Xarabanda,<br />
Rui Camacho<br />
Incansável e incontornável são adjetivos que se colam à<br />
personalidade e trabalho desenvolvido por Rui Camacho no<br />
panorama da música tradicional madeirense. Com o grupo<br />
musical Algozes, que funda com João Viveiros no final dos anos<br />
setenta, Rui Camacho empreendeu a causa da cultura/ tradição<br />
madeirense e que permitiu preservar para as novas gerações,<br />
a identidade e o sentir ilhéu. Em 1989, o nome do grupo Algozes<br />
deu lugar a Xarabanda, em homenagem à dança/música<br />
tradicional conhecida como “xaramba” mas o seu contributo<br />
para a salvaguarda do património musical de tradição popular,<br />
já estava garantido. A atribuição ao grupo musical Xarabanda<br />
pelo Governo Regional em agosto de 2002, de Associação<br />
de Utilidade Pública, reconheceu este trabalho<br />
incontornável da existência da Associação<br />
Musical e Cultural Xarabanda, que<br />
contribuiu para afirmar a música<br />
tradicional madeirense na educação<br />
e nas escolas. Nascido em 1957,<br />
em Santa Maria Maior, no Funchal,<br />
Rui Camacho frequentou o<br />
Conservatório de Música da<br />
<strong>Madeira</strong>, onde desenvolveu<br />
o seu gosto pela cultura<br />
musical madeirense.<br />
Aprendeu a tocar<br />
instrumentos de sopro<br />
e percussão e fez<br />
também formação na<br />
área da fotografia. Através<br />
da música e da fotografia,<br />
Rui Camacho empreendeu<br />
o trabalho de recuperação de<br />
material da cultura popular/tradicional<br />
madeirense que hoje é reconhecido<br />
internacionalmente.<br />
Dulcina Branco<br />
Fotos: Rui Camacho<br />
4<br />
saber | Janeiro | 2017
houve uma constante preocupação pela recolha”<br />
Esteve recentemente patente ao<br />
público, no auditório da Fnac,<br />
uma exposição retrospetiva dos<br />
35 anos da Associação Musical<br />
e Cultural Xarabanda. O que é<br />
que representou, para si, esta<br />
iniciativa que tem na génese o<br />
grupo musical Xarabanda, por si<br />
fundado nos anos 70?<br />
- É o resultado de muito trabalho.<br />
É mais de metade da minha vida<br />
neste projeto, a lutar por uma<br />
causa que é a cultura da tradição<br />
madeirense realizada a partir<br />
do projeto Algozes/Xarabanda,<br />
a partir de 1971. Dentro da<br />
Associação Musical e Cultural<br />
Xarabanda, existem vários projectos,<br />
a exemplo do grupo musical<br />
Xarabanda, que divulga a<br />
música tradicional, e o que apresentámos<br />
foi apenas uma pequena<br />
amostra do resultado de um<br />
esforço continuado de atividade.<br />
Tratou-se de mostrar o processo<br />
evolutivo do grupo Xarabanda ao<br />
nível da música e dos instrumen-<br />
tos. Representou a nossa maneira<br />
de olhar para as coisas que nos<br />
dizem respeito e que é a tradição<br />
madeirense. Tratou-se de um trabalho<br />
de documentação fotográfica<br />
pertencente ao arquivo da<br />
Associação Xarabanda e que pretendeu<br />
despertar para a reflexão<br />
sobre a necessidade de salvaguardar<br />
o nosso património musical<br />
de tradição popular. Os registos<br />
fotográficos apresentados foram,<br />
na sua grande maioria, captados<br />
durante o meu trabalho de campo<br />
e que são o testemunho do muito<br />
que foi feito ao longo destes<br />
anos. Temos a consciência de que<br />
há, ainda, muito por fazer. Estes<br />
registos são também uma justa<br />
homenagem a todos aqueles que<br />
nos abriram as portas das suas<br />
casas para, connosco, partilhar<br />
o seu tempo, as suas vivências<br />
e seus saberes, pelo que, sem os<br />
quais, nada disto teria sido possível.<br />
Dentro da Associação, existem<br />
vários projectos, a exemplo<br />
{<br />
“Nós queríamos<br />
fazer alguma<br />
coisa no sentido<br />
de contribuir para<br />
preservar parte da<br />
música tradicional<br />
para que não se<br />
perdesse”<br />
{<br />
do grupo Xarabanda, que divulga<br />
a música tradicional.<br />
Tudo começou consigo e com<br />
oJoão Viveiros nos anos setenta,<br />
numa época musicalmente<br />
dominada pela pop e o rock,<br />
pela liberdade política e contra<br />
as ditaduras da direita e da<br />
esquerda. A música de intervenção<br />
estava associada a uma<br />
certa esquerda política. Tiveram<br />
que afirmar o grupo Xarabanda<br />
num contexto social e político<br />
algo conturbado. Como é que<br />
isto aconteceu?<br />
- O grupo Xarabanda começa a<br />
tomar forma no anos 70. Eu e o<br />
João Viveiros frequentávamos a<br />
escola Industrial do Funchal e a<br />
FAOJE (antiga Direção Regional<br />
de Juventude) onde desenvolvemos<br />
o gosto pela música tradicional.<br />
Ficávamos o dia todo, nas<br />
férias, no FAOGE, e foi muito<br />
bom para nós e motivador porque<br />
tínhamos os convívios com professores<br />
de música que nos incutiram,<br />
ainda mais, o gosto pela<br />
música e pelos instrumentos tradicionais.<br />
No início, o Xarabanda<br />
começou por chamar-se ‘Algozes’,<br />
um nome que aludia a uma<br />
cultura aparente que existia mas<br />
era ignorada na vertente da cultura<br />
popular e tradicional. Havia<br />
um certo preconceito e ignorância<br />
em relação à música tradicional.<br />
Fomos estudar música para<br />
o Conservatório, com o intuito<br />
de aprofundar os conhecimentos<br />
musicais. Tudo aquilo que aprendíamos<br />
no Conservatório, aplicávamos<br />
no grupo. Nos anos 80,<br />
começámos a participar nos festivais,<br />
criando canções de carácter<br />
popular e influenciados pela<br />
música de intervenção portuguesa<br />
e europeia. Tínhamos consciência<br />
do que se passava em toda a<br />
Europa, baseando-se sempre na<br />
música de José Afonso, Sérgio<br />
Godinho, que nos dizia alguma<br />
coisa. Havia um sector do público<br />
que entendia esta nossa ação mas<br />
saber | Janeiro | 2017 5
ENTREVISTA<br />
“Do Xarabanda pode dizer-se que criou um novo conceito musical que figura nos<br />
manuais de educação musical e nas escolas”<br />
o mais complicado foi lidar com a<br />
questão política e que alguns quiseram<br />
associar ao projeto, erradamente<br />
porque nunca estivemos<br />
associados a qualquer partido<br />
político. Fomos sempre um grupo<br />
completamente independente<br />
da política partidária. Nesses<br />
primeiros tempos, houve, de facto,<br />
essa tentativa de associação<br />
política mas que nos era completamente<br />
alheia. Hoje, isto já não<br />
acontece, porque as pessoas perceberam<br />
que a nossa causa sempre<br />
foi a defesa da cultura que<br />
nos identifica. Em 1989, alterámos<br />
o nome do grupo para Xarabanda,<br />
numa alusão à dança/<br />
música tradicional madeirense,<br />
o ‘xaramba’. O percurso do grupo<br />
não foi fácil também porque,<br />
na altura, havia os géneros Pop,<br />
Rock, a música clássica e todo o<br />
resto era folclore. Quando aparecemos<br />
com uma nova abordagem<br />
- que não era folclore, começamos<br />
a ser reconhecidos.<br />
Que palavra melhor define o<br />
contributo do Xarabanda no<br />
panorama da música tradicional?<br />
- Recuperação. Recuperação da<br />
música e dos instrumentos tradicionais<br />
da Ilha da <strong>Madeira</strong>, e<br />
defesa daquilo que é património.<br />
É este o nosso grande projeto e<br />
o que define o nosso trabalho. O<br />
Xarabanda surgiu porque sentimos<br />
a necessidade de recuperar<br />
um material cultural que havia<br />
de se perder no tempo se não fosse<br />
recuperado ou recolhido. Sentimos<br />
que era preciso fazer alguma<br />
coisa, traçar um caminho e<br />
trabalhar nesse sentido e nessa<br />
consciência que era a salvaguarda<br />
do património cultural madeirense.<br />
Havia no continente e na<br />
Europa, projetos musicais que<br />
trabalhavam já nesta temática da<br />
recolha e preservação da música<br />
tradicional, e nós avançámos em<br />
relação à <strong>Madeira</strong>. Designamos<br />
a nossa música por nova música<br />
tradicional porque a verdadeira<br />
música tradicional pertence ao<br />
passado. O que fizemos foi adaptar<br />
a música tradicional, preservando<br />
características que lhe são<br />
próprias, como o texto e a estrutura<br />
melódica. O resto foi acrescentado.<br />
Acrescentámos à música<br />
popular, instrumentos que não<br />
são da tradição, juntando aos que<br />
são da tradição, como os cordofones,<br />
as percurssões, criando,<br />
recriando e adaptando de acordo<br />
com a nossa sensibilidade e as<br />
nossas influências no tempo presente.<br />
Com o Xarabanda, há uma<br />
nova abordagem à música tradicional.<br />
De onde é que vem esse seu<br />
gosto pela tradição, ou pela<br />
música tradicional madeirense?<br />
- O meu gosto musical vem de<br />
família. O meu pai era músico,<br />
os meus primos também. Sempre<br />
houve uma vivência, sempre<br />
acompanhei o meu pai. Tanto o<br />
meu pai como o meu avô e bisavô<br />
passaram pela banda distrital ‘Os<br />
Guerrilhas’ e eu fui, de certa forma,<br />
ganhando essa vivência e, do<br />
lado da minha mãe, mais o gosto<br />
pela música tradicional. Para<br />
mim, é um prazer enorme trabalhar<br />
nesta área da música tradicional.<br />
Tudo o que tenha a ver<br />
com a ilha e a sua cultura tradicional<br />
e o sentir ilhéu, agrada-<br />
-me particularmente. Frequentei<br />
o Conservatório de Música da<br />
<strong>Madeira</strong>, onde estudei formação<br />
musical, o que me permite hoje<br />
tocar instrumentos de sopro e<br />
percussão. Fiz também uma formação<br />
na área da fotografia que<br />
tem sido uma ferramenta de trabalho<br />
fundamental no meu trabalho<br />
porque música e imagem<br />
são áreas que estão lado a lado.<br />
A música permite suscitar imagens<br />
e as imagens permitem suscitar<br />
melodias e sons, e portanto,<br />
música e imagem são duas atividades<br />
com as quais me identifico<br />
e desenvolvo.<br />
Em que projetos está a trabalhar<br />
atualmente?<br />
- Estou destacado para desenvolver<br />
todos os projetos relacionados<br />
com o Cancioneiro Popular da<br />
Tradição Oral Madeirense e que<br />
faz parte de uma proposta cujo<br />
título é “ recolha, sistematização<br />
edição e divulgação do cancioneiro<br />
dos instrumentos tradicionais,<br />
danças e jogos populares”.<br />
Desde o início da actividade do<br />
Xarabanda, houve uma constante<br />
preocupação pela recolha. Do<br />
resultado desse trabalho de campo,<br />
realizado nas décadas de 80 e<br />
90, esteve em curso o trabalho de<br />
transcrição e sistematização das<br />
6<br />
saber | Janeiro | 2017
“O Xarabanda surgiu porque sentimos a necessidade de recuperar um material cultural<br />
que havia de se perder no tempo, se não fosse recolhido”<br />
recolhas da música tradicional<br />
da Região, trabalho este que foi<br />
entregue em dezembro, na Direcção<br />
Regional de Assuntos Culturais,<br />
para posterior edição em<br />
livro. A classificação musical está<br />
dividida em 4 grupos: cantigas de<br />
entretenimento, cantigas de caráter<br />
religioso, de trabalho e popularizadas.<br />
Há uma parte dedicada<br />
ao estudo e sistematização dos<br />
instrumentos usados na música<br />
tradicional, outra às danças tradicionais<br />
e por, fim, aos jogos<br />
populares. Em termos da Associação<br />
Xarabanda, são diversos<br />
os projetos a desenvolver. É objetivo<br />
da Associação Xarabanda, a<br />
criação de uma base de dados só<br />
sobre música tradicional madeirense.<br />
Pretendemos revitalizar a<br />
imagem do que é o Xarabanda, ao<br />
nível da imagem do grupo. Vamos<br />
continuar com projetos emblemáticos<br />
nossos, chamando a atenção<br />
para a importância de escutar.<br />
Vamos continuar com os cadernos<br />
do Xarabanda, com a colaboração<br />
da UMa . Estamos a preparar<br />
o nosso 6. º disco que tem como<br />
título “A Cantar se contam histórias”,<br />
dedicado às histórias tradicionais.<br />
São dez histórias: romances<br />
históricos e cantigas narrativas<br />
da tradição oral madeirense,<br />
material este que for recolhido<br />
em toda a <strong>Madeira</strong> e Porto Santo.<br />
É um trabalho importante e fundamental<br />
já que permitirá, às<br />
novas gerações, perceberem<br />
como foi no passado. Sente que<br />
o vosso trabalho tem sido, efetivamente,<br />
reconhecido?<br />
- Sim porque o nosso trabalho deu<br />
‘frutos’ não só a nível regional<br />
como ao nível nacional e internacional,<br />
com o Festival Raízes do<br />
Atlântico, por exemplo, um projeto<br />
que é para manter e melhorar.<br />
O nosso trabalho foi reconhecido<br />
pelo Governo Regional<br />
com a atribuição, ao Xarabanda,<br />
de Associação de Utilidade<br />
Pública. Nos 25 anos da fundação<br />
do Xarabanda, recebemos o<br />
prémio DIÁRIO de Notícias/RTP<br />
da música. Depois, a relação com<br />
o meio e a comunidade escolar, a<br />
educação, Mudámos a mentalidade.<br />
O conceito de música tradicional<br />
entrou através da comunicação<br />
social que também deu o<br />
seu contributo e percebeu a sua<br />
importância, na educação e nas<br />
escolas. Notou-se um aumento<br />
no interesse pela música tradicional<br />
e a aprendizagem de instrumentos<br />
tradicionais, como o<br />
rajão e o braguinha. Neste âmbito,<br />
Roberto Moniz, professor de<br />
Educação Musical e vice-presidente<br />
da associação, é responsável<br />
por um projecto que visa a<br />
valorização dos instrumentos cordofones,<br />
como o rajão e a braguinha,<br />
dando uma outra dimensão,<br />
indo ao encontro de uma geração<br />
mais nova de músicos. O resultado<br />
é extremamente positivo,<br />
cada vez são mais as crianças,<br />
adolescentes ou os pais a pedem<br />
para os filhos aprenderem música.<br />
O que era preciso era chamar<br />
a atenção.Editámos 6 discos que<br />
contribuíram para a divulgação<br />
da diversidade da música tradicional,<br />
baseada em recolhas feitas<br />
por elementos do Xarabanda.<br />
Continuamos a defender e a<br />
seguir a linha que traçámos no<br />
nosso pensamento, dentro daquela<br />
seriedade, defendendo a cultura<br />
tradicional, nomeadamente a<br />
música tradicional, valorizando-<br />
-a e divulgando-a dentro e fora<br />
da Região.<br />
A <strong>Madeira</strong> tem o grupo Xarabanda<br />
mas também tem outros grupos<br />
dedicados à música tradicional<br />
madeirense. Como é que<br />
vê esta questão?<br />
- A diversidade é uma qualidade.<br />
Colaboramos entre todos. O<br />
Xarabanda é uma porta aberta<br />
para outros grupos e outros projetos.<br />
Apoiamos e proporcionamos<br />
conhecimento, quer seja com<br />
músicos, escolas, universidade...<br />
Quem quiser saber, pode consultar<br />
o nosso espólio musical para<br />
os mais diversos trabalhos.<br />
O Rui está também ligado ao<br />
projeto Vértice. Como é que tem<br />
sido este trabalho?<br />
- É um projeto em defesa da poesia<br />
insular através da antologia<br />
dos poetas madeirenses, mas<br />
não só. Os cordofones tradicionais<br />
são outro dos aspetos deste<br />
projeto. Falamos do sentimento<br />
de ser madeirense, é isto o que<br />
nos interessa. Há o objetivo de<br />
fazer uma digressão pela ilha,<br />
nos locais onde nasceram os poetas<br />
madeirenses, que está em fase<br />
de apoio. ✪<br />
saber | Janeiro | 2017 7
MADEIRA<br />
“Aquilo que fomos,<br />
o que somos e o<br />
que queremos ser,<br />
um projeto para o<br />
futuro” é o lema da<br />
Associação Musical<br />
e Cultural Xarabanda<br />
que em outubro de<br />
2016, celebrou os seus<br />
35 anos de atividade<br />
com uma exposição<br />
retrospetiva e concerto<br />
do grupo Xarabanda,<br />
no auditório da Fnac<br />
do <strong>Madeira</strong> Shopping.<br />
Revisitámos a história<br />
deste grupo, e<br />
respetiva associação,<br />
que é um incontornável<br />
da história da música<br />
tradicional madeirense.<br />
Dulcina Branco<br />
Fonte/Fotos: Associação Cultural e<br />
Musical Xarabanda/Rui Camacho.<br />
AAssociação Musical e<br />
Cultural Xarabanda/grupo<br />
musical Xarabanda,<br />
assinalou em outubro de 2016, o<br />
35.º aniversário com uma exposição<br />
retrospetiva que decorreu no<br />
auditório da Fnac do <strong>Madeira</strong> Shopping.<br />
“Este trabalho de documentação<br />
fotográfica pertencente ao<br />
arquivo da Associação Xarabanda,<br />
pretende despertar para a reflexão<br />
sobre a necessidade de salvaguardar<br />
o património musical de tradição<br />
popular. Os registos fotográficos<br />
apresentados, na sua maioria<br />
captados durante o trabalho<br />
de campo pelo olhar de Rui Camacho,<br />
são o testemunho de que muito<br />
foi feito. No entanto, há plena<br />
consciência de que há, ainda,<br />
muito por fazer. Só com a união<br />
de todos os interessados na defesa<br />
desta nobre causa, podemos fazer<br />
35 anos do Xarabanda<br />
um trabalho válido. Estes registos<br />
são também uma justa homenagem<br />
a todos aqueles que nos abriram<br />
as portas das suas casas para,<br />
connosco, partilhar o seu tempo,<br />
as suas vivências e seus saberes<br />
sem os quais nada disto teria<br />
sido possível”, leu-se na apresentação<br />
da exposição. Tudo começou<br />
com o grupo musical Xarabanda.<br />
Fundado em 1981, com o<br />
nome “Algozes“, por Rui Camacho<br />
e João Viveiros, este projeto, com<br />
base na reinterpretação e adaptação<br />
em músicas de expressão tradicional,<br />
trouxe para o panorama<br />
da música madeirense, a designada<br />
“nova música tradicional<br />
madeirense”. Desde o início da sua<br />
actividade, houve uma preocupação<br />
de recolha. Alguns dos seus<br />
elementos realizaram trabalhos de<br />
campo, um pouco por toda a ilha<br />
da <strong>Madeira</strong> e Porto Santo, que se<br />
encontram depositadas no arquivo<br />
da Associação Musical e Cultural<br />
Xarabanda. Em 1989, com a gravação<br />
do primeiro disco, “Tocares<br />
e cantares tradicionais” - a discografia<br />
do Xarabanda apresenta<br />
6 discos - houve a necessidade<br />
de transformar o grupo informal<br />
numa entidade que se dedicasse<br />
pudesse dedicar-se a um projecto<br />
mais abrangente na área da cultura<br />
tradicional da Região. Assim<br />
nasceu a Associação Cultural e<br />
Musical Xarabanda. Para além de<br />
prosseguir com o trabalho de recolha,<br />
a associação musical e cultural<br />
desenvolveu novas ideias. Esta<br />
associação desenvolve atualmente<br />
vários projectos, tais como: Grupo<br />
Musical Xarabanda, Grupo Vocal<br />
Seis Pó Meia Dúzia, Orquestra<br />
de Ponteado da <strong>Madeira</strong>, Revista<br />
Xarabanda, Turismo Cultural,<br />
Cantigas ao Menino Jesus, Centro<br />
de Investigação e Documentação,<br />
Escola de Cordofones Tradicionais<br />
Madeirenses (Braguinha Rajão e<br />
Viola de Arame), edições relacionadas<br />
com o património, colóquios<br />
e acções em escolas da Região,<br />
concertos do grupo Xarabanda e<br />
sua participação em outras edições<br />
discográficas, atuações (teatro e<br />
outras), participações em festivais<br />
regionais, nacionais e internacionais.<br />
A associação disponibiliza a<br />
sua biblioteca, fonoteca e arquivo<br />
fotográfico com o objectivo de<br />
permitir aos seus associados e a<br />
outros interessados (professores e<br />
alunos), realidades do património<br />
etnomusicológico. O Cancioneiro<br />
Popular de Tradição Oral Madeirense<br />
é um grande projeto que a<br />
associação apresentou recentemente<br />
à DRAC para ser editado<br />
em livro. São diversos os prémios<br />
e reconhecimentos já conquistados<br />
por esta associação que, em agosto<br />
de 2002, foi declarada Instituição<br />
de Utilidade Pública, pelo mérito<br />
reconhecido a nível Regional,<br />
Nacional e Internacional. ✪<br />
8<br />
saber | Janeiro | 2017
Comemoração dos 30 Anos Xarabanda com outros músicos convidados, 2011<br />
Recolha, Sítio Lombo do Urzal, Boaventura, por Mário André,<br />
Paulo Fernandes, Jorge Torres e Rui Camacho, 1992<br />
Recolha por Mário André, Helena Camacho, Luís<br />
Nunes e Rui Camacho, 1990. Achada de Cima, Gaula Primeira foto oficial do grupo Algozes no 1º de maio de 1981<br />
Xarabanda, Festas de Concelho de S. Vicente, 1997<br />
Xarabanda, RTP, 1992<br />
Atual formação do Xarabanda, Festival Raízes do Atlântico, 2016<br />
Sessão de gravação do 1º disco vinil LP dos Algozes, 1988<br />
Sessão de gravação do 2º CD com Miguel Camacho, sede da AMCX, 1993<br />
Apresentação do 1º disco vinil LP no programa da RTP “Sábado ao Vivo”, 1989 Algozes, Coimbra, 1989<br />
Recolha por Rui Camacho e Jorge Torres, Sítio da Ribeira Funda, S.<br />
Jorge, 1992<br />
Xarabanda, 3º CD “Sete dúzias de mentiras”, 1997<br />
Recolha por João Viveiros, Helena Camacho, Carla Barradas,<br />
Maria dos Anjos e Rui Camacho, Porto da Cruz, 1988
OPINIÃO<br />
Os Felizes Natais<br />
A <strong>Madeira</strong> sempre foi<br />
rica na diversidade das<br />
suas culturas. A imensa<br />
devoção religiosa<br />
que proporcionava a<br />
animação nas igrejas,<br />
nas missas do parto e<br />
do galo, nas romagens<br />
, autos de Natal e<br />
peregrinações. Mas<br />
também os pais-natal<br />
e as neves simuladas,<br />
que apareciam nas<br />
montras sobretudo das<br />
lojas com tradições<br />
britânicas e influências<br />
nórdicas, que não eram<br />
poucas.<br />
O<br />
Natal-da-rua de antes<br />
era nas montras, nas<br />
iluminações e no adro<br />
das igrejas. Mistura de ritual religioso<br />
com festa profana, o Natal<br />
esboçava já a mega-estratégia<br />
comercial em que se tornou. Mas<br />
ninguém adivinharia. Os presentes<br />
eram dados mesmo pelo Menino<br />
Jesus ou pelo Pai Natal, conforme<br />
as crenças de cada família.<br />
Presépios e pinheiros enfeitados às<br />
cores iluminavam as casas, semeados<br />
de velas, searas e alegra-campo.<br />
O cheiro era o dos campos trazido<br />
para dentro de casa, cheiro<br />
silvestre, a pinheiro e a relva.<br />
Isso, e o colorido. O Natal eram<br />
as cores, em casa, nas árvores<br />
da avenida que se iluminavam de<br />
várias bolinhas, uma de cada cor.<br />
De vez em quando a luz ia ao ar<br />
e a cidade ficava às escuras, era<br />
normal, já toda a gente esperava.<br />
A casa da luz não tinha potência<br />
para fornecer electricidade a<br />
tanta coisa acesa ao mesmo tempo.<br />
Nas cozinhas faziam-se broas,<br />
rosquilhas e areias. Cheirava muito<br />
bem. As crianças tinham direito<br />
a moldar algumas bolachinhas, em<br />
forma de bonecos ou carrinhos ou<br />
borboletas. Depois faziam-se grandes<br />
comezainas com carnes diversas,<br />
desde o vinho-e-alhos ao peru,<br />
para repastos monstruosos e infindáveis<br />
que acabavam sempre com<br />
pudins daqueles que levavam trinta<br />
gemas e três quilos de açúcar. O<br />
movimento também caracterizava<br />
a festa. Nas ruas, porque noutras<br />
épocas eram vazias, e também<br />
nas casas, onde se subiam e<br />
desciam escadas, onde as cozinhas<br />
e as despensas tinham gente em<br />
correrias a buscar coisas que faltavam<br />
à última hora. Recebiam-<br />
-se muitos, mesmo muitos cartões<br />
de boas-festas e feliz ano novo.<br />
Os correios entupiam, muitos<br />
dos cartões só chegavam a meio<br />
de janeiro. Os cartões coloridos<br />
cobriam as cómodas e as estantes,<br />
ajudando à vivacidade daquele<br />
ambiente natalício. Só quando<br />
tive de responder aos cartões<br />
é que percebi que aquela parte<br />
do ritual era maçadora. Nas ruas<br />
da cidade, as lojas esmeravam-<br />
-se nas suas montras. Eram artigos<br />
colocados com a melhor estética,<br />
eram coisas novas e nunca<br />
vistas, novidades vindas de longe,<br />
eram montras temáticas que mostravam<br />
quartos de casas madeirenses<br />
com meninos de pijama na<br />
noite de Natal. Era costume e tradição<br />
passear pelo Funchal para<br />
ver as montras, num roteiro igual<br />
de ano para ano, que incluía o<br />
eixo entre a Fernão de Ornelas e a<br />
Maison Blanche. Os lojistas esmeravam-se<br />
mesmo, e eram eles próprios<br />
que tratavam do arranjo das<br />
suas vitrines. Uns com mais jeito,<br />
outros mais trapalhões. Mas valia<br />
a pena o passeio. As montras eram<br />
mesmo giras, e cada uma tinha<br />
a sua identidade. Haviam umas<br />
lojas pequeninas que aproveitavam<br />
a oportunidade para aparecerem<br />
com arranjos muito engraçados,<br />
ganhando assim lugar a uma<br />
atenção impossível de prender<br />
durante o ano inteiro. A <strong>Madeira</strong><br />
sempre foi rica na diversidade<br />
das suas culturas. A imensa devoção<br />
religiosa que proporcionava<br />
a animação nas igrejas, nas missas<br />
do parto e do galo, nas romagens<br />
, autos de Natal e peregrinações.<br />
Mas também os pais-natal e<br />
as neves simuladas, que apareciam<br />
nas montras sobretudo das lojas<br />
com tradições britânicas e influências<br />
nórdicas, que não eram poucas.<br />
A cor e a vivacidade natalícias<br />
existia até nos papéis de<br />
embrulho, papéis de presente, com<br />
cores garridas e texturas diferentes.<br />
Que eram tratados com cuidado,<br />
dobradinhos depois de usar,<br />
reciclados quando a palavra ainda<br />
não existia, porque era um desperdício<br />
deitá-los fora, de tão bonitos<br />
que eram. O mercado sempre<br />
foi um centro de grande animação,<br />
de muitos cheiros, de grande colorido.<br />
Era tradição lá ir pelas vésperas<br />
de Natal, pelo dia 23, comprar<br />
searinhas, buchos, pinheiros<br />
e alegra-campo. Traziam-se também<br />
frutas cheirosas e legumes<br />
de todas as cores. Só mais tarde<br />
se foi gerando a “rave” que é<br />
hoje a festa do mercado. No Almirante<br />
Reis estava o circo Royal,<br />
os carrinhos eléctricos e os carrocéis.<br />
As famílias reservavam um<br />
dia para lá estarem, com sessão<br />
comprada no circo e com a passagem<br />
por várias diversões. As barracas<br />
com rifas, com tiros ao alvo,<br />
com rebuçados brancos e cor-de-<br />
-rosa e com vendedores a assediar<br />
os passantes. Tudo fazia parte dessa<br />
festa. O Natal anunciava já a<br />
proximidade do fim-do-ano, com o<br />
seu fogo-de-artifício e com as festas<br />
nos hotéis. Via-se o fogo em<br />
casa, e depois ceava-se, uma canja<br />
de galinha, sanduiches de galinha<br />
e bolos de ovos. Nunca me esqueço<br />
dos assassinatos em série no<br />
galinheiro associados a estes tempos<br />
de festa. Depois as crianças<br />
iam para a cama, e os adultos iam<br />
dançar. Era assim mesmo. Tudo<br />
muda, tudo mudou. Mas saber das<br />
raízes ajuda a um melhor entendimento<br />
das coisas. ✪<br />
Teresa Brazão<br />
Pintora<br />
10<br />
saber | Janeiro | 2017
LUGARES DE CÁ<br />
Museu de História Natural do Funchal<br />
Dulcina Branco<br />
Fonte/Fotos: Câmara Municipal do<br />
Funchal/ Museu de História Natural<br />
do Funchal.<br />
OMuseu de História Natural<br />
do Funchal é o mais<br />
antigo museu do arquipélago<br />
da <strong>Madeira</strong>. Localiza-se<br />
no Palácio de São Pedro, na Rua<br />
da Mouraria, no Funchal. Já existia<br />
como Museu Regional da <strong>Madeira</strong><br />
desde 1929, mas foi inaugurado<br />
com a designação de Museu Municipal<br />
do Funchal (mais recentemente<br />
Museu Municipal do Funchal (História<br />
Natural)) oficialmente em 5 de<br />
outubro de 1933. O primeiro Director<br />
do Museu foi Adolfo César de<br />
Noronha, um naturalista madeirense<br />
que se dedicou ao estudo da Ictiologia,<br />
da Ornitologia, da Malacologia<br />
e da Carcinologia do arquipélago.<br />
Como Museu Regional da<br />
<strong>Madeira</strong>, este abarcava para além<br />
da História Natural, a Etnografia,<br />
a Arqueologia, a Arte, etc. Contudo,<br />
e ao longo dos anos, o Museu<br />
foi-se especializando cada vez mais<br />
na História Natural, quer a nível das<br />
exposições patentes e colecções quer<br />
a nível da investigação desenvolvida,<br />
sendo neste momento o seu âmbito<br />
exclusivo. Sob a acção de Günther<br />
Maul, eminente taxidermista e cientista<br />
de origem alemã, que desempenhou<br />
a função de Director deste<br />
Museu entre 1943-1981, o Museu<br />
passou a dispor de uma colecção<br />
cada vez maior de animais montados<br />
e outros espécimes biológicos e<br />
geológicos distribuídos ao longo de<br />
6 salas. Actualmente, encontram-se<br />
expostas 78 espécies de peixes, 247<br />
de aves, 14 mamíferos terrestres e<br />
marinhos, 3 répteis marinhos, 152<br />
de insectos e outros invertebrados,<br />
19 espécies de plantas e uma representativa<br />
colecção de rochas e minerais<br />
do arquipélago, assim como de<br />
fósseis marinhos do Porto Santo. As<br />
colecções de estudo do Museu atingem<br />
actualmente mais de 41.166<br />
exemplares. Tendo por princípio o<br />
conhecimento da fauna, flora e geologia<br />
do arquipélago madeirense, o<br />
Museu, desde a sua criação evidenciou<br />
uma vertente regionalista, só<br />
apresentando espécies capturadas<br />
no arquipélago. Desenvolve acções<br />
de colheita de espécies do património<br />
natural madeirense e projectos<br />
de informação científica nos grupos<br />
zoológicos, botânicos e geológicos de<br />
modo a garantir um melhor conhecimento<br />
do património natural madeirense,<br />
assim como a sua divulgação.<br />
Realiza ainda acções de Educação<br />
Ambiental. Desde sempre tem privilegiado<br />
uma vertente de investigação<br />
científica, publicando, desde 1945<br />
o Boletim do Museu Municipal do<br />
Funchal. Sob a orientação de Günther<br />
Maul, conservador do Museu,<br />
inaugurou-se, em Dezembro de<br />
1953, um Aquário com 15 tanques<br />
de exposição nos quais se encontram<br />
representados os mais importantes<br />
elementos da fauna marinha costeira<br />
da <strong>Madeira</strong>. A existência do Aquário<br />
Municipal, deve-se em grande parte<br />
ao Sr. Charles L. Rolland, industrial<br />
de bordados na <strong>Madeira</strong> que, em<br />
1951, ofereceu à Câmara Municipal<br />
do Funchal 30 mil escudos e material<br />
para que a sua construção se<br />
concretizasse. Neste Museu encontra-se<br />
o Jardim de Plantas Aromáticas<br />
e Medicinais, cuja inauguração<br />
aconteceu em 2000 e no qual o visitante<br />
pode observar algumas dezenas<br />
de plantas medicinais e aromáticas.<br />
O Museu de História Natural do<br />
Funchal está integrado no Departamento<br />
de Ciência da Câmara Municipal<br />
do Funchal, entidade que tutela<br />
e financia o Museu. ✪<br />
saber | Janeiro | 2017 11
OPINIÃO<br />
Criar, aproximar, aprender<br />
O<br />
Mundo de Hoje apresenta<br />
novos desafios,<br />
ao mesmo tempo que<br />
acentua antigos problemas que,<br />
apesar de muito debatidos, ainda<br />
não foram superados. Refletir<br />
com maior propriedade sobre<br />
esses pontos exige rever posturas<br />
conceituais que fundamentam<br />
as ações da prática educacional,<br />
levando o educador a sair da<br />
sua habitual zona de conforto. Por<br />
outro lado, a qualidade do processo<br />
de ensino e aprendizagem não<br />
é responsabilidade exclusiva dos<br />
professores, mas também é determinada<br />
por um conjunto de fatores:<br />
políticos, económicos, sociais<br />
e culturais. Sente-se também, e<br />
cada vez mais, a “necessidade de<br />
reflexões e ações” que possibilitem<br />
uma maior compreensão da<br />
arte enquanto campo do conhecimento,<br />
para que esta não seja<br />
reduzida, simplesmente, a um<br />
meio de comunicação que evidencie,<br />
quer os dons inatos, quer as<br />
práticas centradas no entretenimento<br />
e/ou na terapia. Com efeito,<br />
só uma reflexão, atenta, poderá<br />
conduzir a uma mudança, eficaz,<br />
na(s) prática(s) docente(s).<br />
“A Escola é uma instituição que<br />
atende a um determinado tipo de<br />
sociedade, modelo de vida e hierarquia<br />
de valores. Nesse sentido,<br />
entendemos a prática pedagógica<br />
como parte de um processo<br />
social e de uma prática social<br />
A formação em<br />
moldes inovadores é<br />
indispensável, uma vez<br />
que é por meio dela que<br />
a formação inicial se<br />
articula às experiências<br />
profissionais na sala<br />
de aula, bem como<br />
aos saberes advindos<br />
deste fazer. É mesmo<br />
fundamental, se<br />
proporcionar uma<br />
melhor compreensão<br />
sobre a necessidade<br />
de construção de um<br />
novo entendimento<br />
no que respeita à<br />
aprendizagem, ao<br />
currículo, à função da<br />
escola e ao papel da<br />
educação enquanto<br />
processo permanente.<br />
maior, que, por sua vez, envolve a<br />
dimensão educativa não apenas na<br />
esfera escolar, mas na dinâmica<br />
das relações sociais que produzem<br />
aprendizagens” (Maria Antónia<br />
de Souza). A Escola também pode<br />
/ deve ser – como defende Isabel<br />
Bezelga - o prazer de fazer acontecer.<br />
Por outro lado, a dicotomia<br />
entre teoria e prática poderá ser<br />
algo de muito evidente (para além<br />
de uma compreensão pouco esclarecida<br />
sobre o conceito de prática<br />
pedagógica que, muitas vezes,<br />
se reduz a um conjunto de indicações<br />
de atividades para serem<br />
aplicadas na sala de aula). Na<br />
perspetiva da epistemologia contemporânea,<br />
a prática não constitui<br />
mero campo de aplicação da<br />
teoria aprendida, pois o conhecimento<br />
também se produz na prática.<br />
Nesse sentido, a formação<br />
deve permitir que o professor se<br />
torne, sobretudo, um profissional<br />
capaz de investigar a própria prática<br />
e atribuir-lhe novos significados,<br />
considerando, ainda, os desafios<br />
da contemporaneidade que<br />
implicam um processo de ensino<br />
e aprendizagem, segundo o qual a<br />
sala de aula se projeta para além,<br />
tanto das suas próprias paredes,<br />
como dos muros da escola.<br />
Importa, pois, ir ao encontro do<br />
“risco, do desafio e da liberdade<br />
de agir”, tendo a prévia consciência<br />
da “imprevisibilidade de resultados<br />
a que os processos criativos<br />
nos poderão conduzir”. As artes -<br />
como defende Ana Cristina Duarte<br />
– “devem aproximar e não coartar<br />
os alunos”, desenvolvendo a<br />
sua compreensão e “levando-os a<br />
irem para além do que está disponível”,<br />
fomentando a capacidade<br />
de “interpretar o que nos rodeia,<br />
o conhecimento do outro, do Mundo<br />
e da História”. Para a prática<br />
docente é fundamental a constatação<br />
de que as propostas de<br />
exercícios fragmentados (em que<br />
o discente é mero executante) não<br />
desenvolvem o pensamento global<br />
dos alunos, nem lhes permitem a<br />
sua formação integral: em suma,<br />
não o preparam para o mundo dos<br />
nossos dias. Por outro lado, também<br />
é fundamental a constatação<br />
de que “criatividade também<br />
é adaptação, capacidade de resolver<br />
problemas”. A formação em<br />
moldes inovadores é indispensável,<br />
uma vez que é por meio dela<br />
que a formação inicial se articula<br />
às experiências profissionais na<br />
sala de aula, bem como aos saberes<br />
advindos deste fazer. É mesmo<br />
fundamental, se proporcionar<br />
uma melhor compreensão sobre a<br />
necessidade de construção de um<br />
novo entendimento no que respeita<br />
à aprendizagem, ao currículo,<br />
à função da escola e ao papel<br />
da educação enquanto processo<br />
permanente. Importa inovar…<br />
aproximar… aprender. Importa<br />
ganhar o Futuro! ✪<br />
António Castro<br />
Professor e Escritor<br />
12<br />
saber | Janeiro | 2017
LITERATURA<br />
“Geringonça” Palavra do Ano 2016 em Portugal<br />
Fonte/Fotos:<br />
“Palavra Do Ano” Porto Editora e DN<br />
Esta foi a oitava edição da<br />
Palavra do Ano, em Portugal<br />
e, pela primeira vez,<br />
decorreu também em Angola e<br />
Moçambique. “Geringonça” foi<br />
eleita a Palavra do Ano 2016 em<br />
Portugal, tendo arrecadado 35%<br />
dos cerca de 28.000 votos expressos,<br />
anunciou a Porto Editora, promotora<br />
do evento. No segundo<br />
lugar, ficou o vocábulo “campeão”<br />
e, em terceiro “brexit”, seguindo-<br />
-se, ex-aequo, “parentalidade” e<br />
“presidente”, depois “turismo”,<br />
“racismo”, “humanista”, “empoderamento”<br />
e “microcefalia”. O<br />
vocábulo “geringonça” tem origem<br />
numa reação do antigo líder<br />
do CDS, Paulo Portas, à formação<br />
do atual Governo, liderado por<br />
António Costa, e passou a ser usado<br />
para designar a maioria de esquerda<br />
no parlamento (PS/Bloco de<br />
Esquerda/PCP e Partido Ecologista<br />
“Os Verdes”), que apoia o executivo.<br />
Quanto a “campeão”, a escolha<br />
está relacionada com a vitória de<br />
Portugal no Campeonato Europeu<br />
de futebol, em julho do ano passado,<br />
ao vencer a França, em Paris, na<br />
final da 15.ª edição do campeonato<br />
da UEFA. “Brexit” é uma palavra<br />
que surgiu associada à saída do<br />
Reino Unido da União Europeia,<br />
em resultado do referendo realizado<br />
naquele país. O termo entrou, em<br />
dezembro, no dicionário de inglês<br />
de Oxford, considerado a obra de<br />
referência sobre a evolução da língua<br />
inglesa. A Palavra do Ano em<br />
Portugal foi anunciada na Biblioteca<br />
Municipal José Saramago,<br />
em Loures. As palavras eleitas nas<br />
edições anteriores foram “esmiuçar”<br />
(2009), “vuvuzela” (2010),<br />
“austeridade” (2011), “entroikado”<br />
(2012), “bombeiro” (2013),<br />
“corrupção” (2014) e “refugiado”<br />
(2015). A votação esteve disponível<br />
online e decorreu entre os dias 1<br />
e 31 de dezembro de 2016 e segundo<br />
fonte da organização, as palavras<br />
“geringonça” e “campeão”<br />
foram sempre liderando as intenções<br />
de voto dos cibernautas. A<br />
escolha da Palavra do Ano iniciou-<br />
-se em maio do ano passado num<br />
processo que passou sobretudo pelo<br />
estudo da frequência e distribuição<br />
do uso das palavras, da monitorização<br />
da comunicação social e das<br />
redes sociais, dos acessos e consultas<br />
aos dicionários digitais da Porto<br />
Editora e ainda, tendo em consideração<br />
também as sugestões dos<br />
portugueses através do site www.<br />
palavradoano.pt. A votação online<br />
a partir de uma lista de dez vocábulos,<br />
decorreu de 1 a 31 de dezembro<br />
em www.palavradoano.pt. A<br />
PALAVRA DO ANO® é uma iniciativa<br />
da Porto Editora que tem como<br />
principal objetivo sublinhar a riqueza<br />
lexical e o dinamismo criativo da<br />
língua portuguesa. Ao nível internacional,<br />
os Dicionários Oxford revelaram<br />
que a Palavra do Ano 2016 é<br />
“post-truth” (“pós-verdade”), uma<br />
escolha ligada às campanhas para<br />
o referendo sobre o Brexit e para as<br />
eleições nos EUA. ✪<br />
saber | Janeiro | 2017 13
A fotografia<br />
de Mafalda Camacho<br />
Da sua fotografia,<br />
diz que é muito<br />
relacionada com a<br />
natureza e o fascínio<br />
de uma mesma<br />
paisagem todos os<br />
dias poder ser captada<br />
de forma diferente e<br />
de várias formas, em<br />
poucos instantes. O<br />
resultado são imagens<br />
que surpreendem pela<br />
novidade a cada novo<br />
olhar. Autodidata,<br />
a sua vida sempre<br />
foi relacionada com<br />
as artes, pois foi a<br />
sua primeira área<br />
de estudo. Mafalda<br />
Camacho nasceu<br />
no Funchal, em São<br />
Pedro, há 50 anos.<br />
É licenciada e tem<br />
um MBA em Gestão<br />
e Administração de<br />
Empresas. Gosta de<br />
música de estilos<br />
variados e de passear<br />
observando aquilo que<br />
muitas vezes passa<br />
despercebido a outros.<br />
Muito do que faz está<br />
no seu facebook e<br />
num blogue que está a<br />
iniciar, o mafaldaeyes.<br />
com.<br />
Dulcina Branco<br />
Fotos: Mafalda Camacho<br />
Como é que começou a trabalhar<br />
na fotografia?<br />
- A minha vida sempre foi relacionada<br />
com as artes pois foi a<br />
minha primeira área de estudo.<br />
E isso julgo que desencadeou<br />
a vontade de registar aquilo<br />
que vou observando e que desejo<br />
guardar e divulgar como forma<br />
de despertar outras pessoas<br />
que também apreciem esta forma<br />
de arte. Mas desde criança registo<br />
tudo. Sempre gostei de o fazer,<br />
no entanto, os meus conhecimentos<br />
artísticos permitem-me criar<br />
quadros e perspetivas que são só<br />
meus, é a minha maneira de ver<br />
algo sem o adulterar mas transmitir<br />
pela minha forma de olhar.<br />
De resto, sou uma autodidata mas<br />
tudo o que tenho aprendido só ou<br />
com muitos amigos desta área me<br />
darão bases para vir a fazer uma<br />
formação a sério.<br />
Como é que define a sua fotografia<br />
e o que é que a inspira?<br />
- A minha fotografia é muito relacionada<br />
com a natureza com o<br />
fascínio de uma mesma paisagem<br />
todos os dias poder ser captada<br />
de forma diferente e com uma<br />
perspetiva totalmente diferente.<br />
Mafalda Camacho<br />
autodidata<br />
www.mafaldaeyes.com<br />
O que é que tem a fotografia que<br />
não têm as outras artes visuais?<br />
- Capta a realidade de várias formas<br />
em poucos instantes. Existem<br />
mudanças a cada segundo<br />
de muito o que observamos e a<br />
fotografia permite captar essas<br />
mudanças registá-las e guardá-<br />
-las.<br />
Pensa em expôr as suas fotografias<br />
ao público?<br />
- Gostava de expor sim... Mas já<br />
são muitos milhares de fotos. Um<br />
dia quem sabe!<br />
O que é que gostaria de fotografar<br />
e que ainda não fotografou?<br />
- Tanta coisa... O mundo da fotografia<br />
é um nunca mais acabar<br />
de olhares e perspetivas de tudo o<br />
que acontece à nossa volta.<br />
Quem são as suas referências na<br />
Fotografia?<br />
- São muitas mas não me prendo<br />
a nada nem a ninguém. Gosto de<br />
ser eu mesma e gostava que reconhecem<br />
as minhas fotos, sinal que<br />
tinham algo especial e só meu!<br />
Onde é que podemos ver os seus<br />
trabalhos?<br />
- Muito do que faço está no meu<br />
facebook e num blogue que estou<br />
a iniciar, o mafaldaeyes.com. ✪<br />
14<br />
saber | janeiro | 2017
saber | janeiro | 2017 15
OPINIÃO<br />
A Política de Solos na<br />
Europa<br />
O<br />
solo, a camada superficial<br />
da crosta terrestre<br />
formada por partículas<br />
minerais, matéria orgânica,<br />
água, ar e organismos, é um<br />
meio vivo, complexo e muito variável.<br />
Uma vez que a sua formação<br />
está dependente de processos<br />
muito lentos, o solo é considerado<br />
um recurso não renovável. Considerando<br />
as suas muitas funções<br />
vitais, nomeadamente a produção<br />
de alimento e biomassa, o armazenamento,<br />
depuração e transformação<br />
de inúmeras substâncias,<br />
incluindo a água, o carbono<br />
e o azoto, entre muitas outras funções<br />
ambientais e socioeconómicas,<br />
a sua proteção é uma tarefa<br />
essencial.<br />
Apesar da sua importância, o solo<br />
é um recurso ameaçado nos países<br />
da União Europeia (UE), e<br />
em todo o Mundo, por problemas<br />
como a erosão, perda de matéria<br />
orgânica, compactação, salinização,<br />
deslizamentos, contaminação,<br />
impermeabilização e tantos<br />
outros que resultam em impactes<br />
negativos para a saúde humana,<br />
os ecossistemas naturais e o<br />
clima, para além dos seus efeitos<br />
na fragilização da economia e do<br />
tecido social. Apesar da sensibilidade<br />
deste recurso, poucos são os<br />
Estados Membros da UE que pos-<br />
Apesar da sua<br />
importância, o solo é<br />
um recurso ameaçado<br />
nos países da União<br />
Europeia (UE), e em<br />
todo o Mundo, por<br />
problemas como a<br />
erosão, perda de<br />
matéria orgânica,<br />
compactação,<br />
salinização,<br />
deslizamentos,<br />
contaminação,<br />
impermeabilização<br />
e tantos outros que<br />
resultam em impactes<br />
negativos para a<br />
saúde humana, os<br />
ecossistemas naturais<br />
e o clima, para além<br />
dos seus efeitos<br />
na fragilização da<br />
economia e do tecido<br />
social.<br />
suem legislação específica vocacionada<br />
para a sua proteção e, de forma<br />
insuficiente, as políticas Europeias<br />
resumem-se a medidas indiretas<br />
nas áreas da agricultura,<br />
água, resíduos, químicos (programa<br />
REACH) e prevenção da poluição<br />
industrial.<br />
Ao contrário de outras temáticas<br />
ambientais, a UE não tem<br />
sido bem-sucedida na aprovação<br />
de uma diretiva quadro para<br />
a área dos solos, tendo a Comissão<br />
Europeia decidido em 2014<br />
retirar uma proposta nesse sentido<br />
(que já vinha a ser trabalhada<br />
desde 2006) por falta de apoio<br />
que garantisse uma maioria qualificada.<br />
No entanto, o 7º Programa<br />
de Ação para o Ambiente, que<br />
entrou em vigor a 17 de Janeiro<br />
de 2014, reconhece que a degradação<br />
do solo é um desafio muito<br />
sério, e prevê que até 2020 se consiga<br />
garantir uma proteção adequada<br />
e uma gestão sustentável do<br />
solo europeu, assim como lançar a<br />
recuperação dos solos contaminados<br />
e aumentar os esforços no sentido<br />
de reduzir a erosão dos solos<br />
e aumentar a matéria orgânica na<br />
sua composição.<br />
Também o roteiro para o uso eficiente<br />
de recurso na Europa<br />
[COM(2011) 571] estabelece que<br />
até 2020 as políticas europeias<br />
deverão passar a ter em conta os<br />
seus impactes diretos e indiretos<br />
no uso do solo, não só no espaço<br />
Europeu como em todo o Planeta.<br />
Adicionalmente, este roteiro<br />
prevê que até ao fim da presente<br />
década o ritmo de apropriação<br />
de novo solo esteja encaminhado<br />
para atingir o objetivo de parar em<br />
2050, para além de perspetivar<br />
uma redução da erosão dos solos,<br />
o aumento da componente orgânica<br />
dos solos e a existência em curso<br />
de trabalhos de remediação de<br />
solos contaminados.<br />
Apesar das boas intenções nos<br />
objetivos para 2020, o passado<br />
recente não alimenta muitas<br />
esperanças. A Estratégia Temática<br />
para a Proteção dos Solos,<br />
adotada pela Comissão Europeia<br />
[COM(2006) 231] a 22 de Setembro<br />
de 2006, estabeleceu a necessidade<br />
de uma melhor ação para<br />
assegurar a proteção dos solos e<br />
definiu um programa de trabalho<br />
a ser implementado em dez anos.<br />
Passados esses dez anos pode-se<br />
dizer que os objetivos gerais dessa<br />
Estratégia, que se propunha alcançar<br />
a proteção e o uso sustentável<br />
dos solos através de dois principais<br />
princípios de referência (prevenir<br />
mais degradação de solos e restaurar<br />
solos degradados), não foram<br />
alcançados. ✪<br />
Hélder Spínola<br />
Biólogo/Professor universitário<br />
16 saber | Janeiro | 2017
SAÚDE<br />
Prevenir e diagnosticar<br />
dá-nos mais anos de saúde<br />
Os progressos na organização<br />
dos serviços de<br />
saúde em Portugal permitiram<br />
nos últimos 40 anos que<br />
o nosso país atingisse excelentes<br />
indicadores de saúde, como a mortalidade<br />
infantil e a esperança média<br />
de vida, que rivalizam com os apresentados<br />
pelos países mais ricos<br />
e desenvolvidos do mundo. Vivemos<br />
mais e temos uma expectativa<br />
crescente de aproveitarmos esses<br />
anos com qualidade. Mas será que<br />
os anos que vivemos mais agora<br />
são desfrutados com saúde? Provavelmente<br />
não. Ou pelo menos não<br />
tão bem como seria potencialmente<br />
possível. De facto, diversos estudos<br />
sugerem que, comparativamente<br />
com os países do Norte da Europa,<br />
os idosos portugueses têm mais<br />
doenças e complicações médicas e,<br />
por isso, menos qualidade de vida.<br />
O que podemos fazer para resolver<br />
este problema? A informação da<br />
população sobre estilos de vida saudáveis<br />
e preventivos da doença, aliados<br />
ao conhecimento de queixas de<br />
alerta que permitam o diagnóstico<br />
precoce pode ter um papel decisivo.<br />
De facto, a maioria das doenças<br />
humanas têm factores de risco<br />
para a sua ocorrência que são modificáveis<br />
e evitáveis. E, por outro<br />
lado, quando as doenças são identificadas<br />
precocemente podem ser<br />
curáveis, ou pelo menos controladas<br />
de uma forma eficaz, prevenindo<br />
o seu impacto sobre a nossa<br />
qualidade de vida. Está nas nossas<br />
mãos esta possibilidade de prevenir<br />
e detetar precocemente as doenças.<br />
Podemos ser nós próprios, individualmente,<br />
a contribuir decisivamente<br />
para a nossa saúde. Como um<br />
investimento para a nossa qualidade<br />
de vida futura. Um estudo recente<br />
(EpiReumaPt) mostrou que cerca<br />
de metade dos portugueses sofre de,<br />
pelo menos, uma doença reumática<br />
e que as doenças reumáticas são as<br />
que mais afetam a nossa qualidade<br />
de vida. Mas há um grande desconhecimento<br />
da população em geral<br />
sobre estas doenças e de como preveni-las<br />
e diagnosticá-las. Por exemplo,<br />
sabia que a palavra “reumatismo”<br />
esconde dezenas de doenças<br />
diferentes, que devem ser prevenidas<br />
e diagnosticadas de forma precisa,<br />
porque há tratamentos específicos<br />
para cada uma delas? Sabia que as<br />
doenças reumáticas não são doenças<br />
dos idosos e que podem afetar qualquer<br />
pessoa, desde o nascimento até<br />
à terceira idade? Sabia que o tabagismo,<br />
o sedentarismo e o excesso<br />
de peso não só causam doenças<br />
cardiovasculares, mas também são<br />
fatores de risco para doenças reumáticas?<br />
De facto, o tabagismo é<br />
um fator de risco, por exemplo, para<br />
a artrite reumatóide e para a osteoporose,<br />
o sedentarismo é deletério<br />
para a qualidade dos ossos e da cartilagem,<br />
contribuindo para a osteoporose<br />
e para a artrose, e o excesso<br />
de peso sobrecarrega as articulações<br />
e causa artrose. E poderíamos continuar<br />
por uma extensa lista de exemplos<br />
de outros fatores de risco para<br />
doenças reumáticas. As doenças<br />
reumáticas não devem ser um fado<br />
nem um fardo. Podem ser evitáveis<br />
A informação da<br />
população sobre estilos<br />
de vida saudáveis<br />
e preventivos da<br />
doença, aliados ao<br />
conhecimento de<br />
queixas de alerta que<br />
permitam o diagnóstico<br />
precoce pode ter um<br />
papel decisivo. De<br />
facto, a maioria das<br />
doenças humanas<br />
têm factores de risco<br />
para a sua ocorrência<br />
que são modificáveis<br />
e evitáveis. E,<br />
por outro lado,<br />
quando as doenças<br />
são identificadas<br />
precocemente podem<br />
ser curáveis, ou pelo<br />
menos controladas<br />
de uma forma eficaz,<br />
prevenindo o seu<br />
impacto sobre a nossa<br />
qualidade de vida.<br />
Está nas nossas mãos<br />
esta possibilidade de<br />
prevenir e detetar<br />
precocemente as<br />
doenças.<br />
e, quando ocorrem, é fundamental<br />
serem diagnosticadas com precisão<br />
para prevenir a incapacidade. Não<br />
há “reumatismo” mas sim muitas<br />
doenças reumáticas diferentes<br />
com tratamentos eficazes e específicos<br />
para cada uma delas. Se compreendermos<br />
isso temos nas nossas<br />
mãos a capacidade de combater<br />
uma das grandes causas de incapacidade<br />
e de perda de qualidade de<br />
vida. Cabe às instituições nacionais<br />
que gerem a nossa saúde assumir a<br />
liderança na prevenção e diagnóstico<br />
precoce das doenças. Mas esta é<br />
também uma responsabilidade cívica<br />
das organizações não governamentais<br />
que trabalham na área da<br />
saúde. As associações de doentes,<br />
associações de profissionais de saúde<br />
e sociedades científicas médicas,<br />
podem ter um papel cívico importantíssimo<br />
nesta missão global de<br />
oferecer mais qualidade aos nossos<br />
anos de vida. São os agentes certos<br />
para promover eventos informativos,<br />
intervir nos meios de comunicação<br />
social, influenciar as políticas<br />
de saúde, treinar formadores, reforçar<br />
e atualizar a promoção da saúde<br />
nos programas letivos dos vários<br />
níveis de escolaridade. Conhecimentos<br />
corretos sobre saúde, aquilo que<br />
a Organização Mundial de Saúde<br />
definiu como “literacia em saúde”,<br />
valem tanto como milhões de euros<br />
em medicamentos. Todos podemos<br />
contribuir para a literacia em saúde.<br />
Aprendendo e influenciando<br />
positivamente os familiares e amigos<br />
para todos vivermos mais saudáveis<br />
e felizes. ✪<br />
João Eurico<br />
Cabral da Fonseca<br />
Professor de Reumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade<br />
de Lisboa e Presidente da Sociedade Portuguesa de Reumatologia.<br />
saber | Janeiro | 2017 17
PUBLIREPORTAGEM<br />
Seis meses de Encontros com as Pessoas<br />
com balanço muito positivo<br />
Os Encontros com as Pessoas,<br />
as Presidências Abertas da<br />
Câmara Municipal do Funchal,<br />
vão decorrer, durante todo o<br />
mês de janeiro, na freguesia de<br />
São Pedro, naquele que será o<br />
seu sexto mês de trabalhos na<br />
estrada. Os Encontros com as<br />
Pessoas já passaram, desde<br />
junho, por Santo António, Monte,<br />
Santa Maria Maior, São Roque e<br />
São Martinho, tendo realizado,<br />
até ao momento, cerca de 100<br />
visitas de trabalho.<br />
Texo/ Fotos:<br />
Câmara Municipal do Funchal<br />
OExecutivo liderado por<br />
Paulo Cafôfo começou<br />
o ano a reunir na respetiva<br />
Junta de Freguesia com o<br />
Presidente António Gomes, numa<br />
reunião onde foi feito um balanço<br />
dos três anos em funções e lançado<br />
o último ano de mandato, apresentando<br />
em detalhe as metas realizadas<br />
e discutindo várias outras<br />
questões para resolver a curto<br />
e médio-prazo. Ambos os Presidentes<br />
aproveitaram, igualmente,<br />
para acertar parte substancial<br />
do calendário de visitas no terreno<br />
para este mês de janeiro, que<br />
envolverá, tal como tem sido habitual,<br />
incursões às zonas que serão<br />
alvo de obras de beneficiação,<br />
revisão de intervenções realizadas<br />
ao longo do mandato, contactos<br />
com moradores em áreas residenciais<br />
e encontros com as forças<br />
vivas da freguesia, sejam associações<br />
sociais, recreativas ou culturais,<br />
bem como clubes ou uniões.<br />
Com metade das freguesias do<br />
Funchal já visitadas, o Presidente<br />
da Câmara Municipal, Paulo<br />
Cafôfo, faz um balanço muito<br />
afirmativo dos Encontros com<br />
as Pessoas: “temos tido uma receção<br />
fantástica em todo o concelho,<br />
quer da parte das pessoas, quer da<br />
parte das associações. O Funchal<br />
não estava habituado a este tipo<br />
de política de proximidade, que<br />
nos tem levado a todas as paragens,<br />
da Estrada Monumental, em<br />
São Martinho, ao alto da Barreira,<br />
em Santo António.” Na opinião<br />
do Presidente, “toda a gente<br />
nos recebe com gratidão e reconhecimento,<br />
por fazermos questão<br />
de ir ao seu encontro fora de ciclo<br />
eleitoral, por querermos conhecer<br />
os espaços, as atividades e as<br />
suas dificuldades. Por nos interessarmos<br />
em ouvir, e em resolver, os<br />
seus pequenos problemas do dia-<br />
-a-dia. E felizmente temos conseguido<br />
fazer a diferença com estas<br />
Presidências Abertas, atendendo<br />
a casos que é impossível perceber<br />
dentro de um Gabinete, bem como<br />
apresentar uma série de obras de<br />
fundo diretamente aos moradores<br />
que delas serão beneficiários.<br />
Os Encontros com as Pessoas têm<br />
sido uma iniciativa absolutamente<br />
gratificante e é a isso que contamos<br />
dar seguimento em São<br />
Pedro.” ✪<br />
18<br />
saber | Janeiro | 2017
saber | Janeiro | 2017 19<br />
PUB
D E<br />
Amor<br />
Alberto Silva . . . de A a Z<br />
MADEIRA<br />
A B<br />
Incondicional.<br />
Amigos<br />
Poucos e bons.<br />
I F J A GK<br />
P Q<br />
Arte<br />
Os quadros de pintura a óleo que<br />
tanto estimo.<br />
Animais de Estimação<br />
Cão, pequeno e<br />
cabeludo que para<br />
careca basto eu.<br />
A B C<br />
Bebidas<br />
Dry Martini Cocktail.<br />
Brinquedos<br />
A joeira da minha<br />
rica infância<br />
Beijo<br />
M N<br />
Muitos deles trocados ainda na<br />
F<br />
adolescência.<br />
F G H<br />
B C D<br />
Casamento<br />
É o rosto incontornável da Associação Barmen da <strong>Madeira</strong>, Alberto Silva, 49<br />
anos, que por gostar de transmitir os conhecimentos que adquiriu ao longo do<br />
seu percurso profissional, aos futuros barmens, decidiu abraçar a presidência<br />
da referida associação madeirense. Tinha 16 anos quando começou a<br />
trabalhar no Suny Bar, onde adquiriu os pilares da sua formação e o gosto<br />
pela área do bar. Seguiram-se diversas experiências profissionais, a exemplo<br />
do Golden Gate, onde cresceu enquanto profissional. No Joe´s Bar, adquiriu<br />
importantes conhecimentos na preparação de cocktails, aprendendo com os<br />
clientes estrangeiros que frequentavam o local. O ‘Dry Martini Cocktail’é um<br />
dos seus cocktails preferidos. Em 1988, desempenhou funções como Chefe<br />
de Bares no hotel Gorgulho. Define-se como uma pessoa humilde e leal para<br />
com os seus superiores, e rigoroso no cumprimento das tarefas que lhe são<br />
confiadas. Alberto Silva responde a este A a Z.<br />
Para a vida.<br />
A B<br />
Curiosidade<br />
Matou o gato<br />
Cores<br />
Azul do Porto.<br />
M N O<br />
Pai Todo Poderoso…<br />
C F D G E<br />
Dulcina Branco<br />
Fotos: cortesia Alberto Silva.<br />
T<br />
Deus<br />
U<br />
Decoração<br />
Vintage.<br />
Doces<br />
Não gosto.<br />
Erros<br />
São com eles que se<br />
aprendem.<br />
Estilo<br />
Clássico.<br />
Emoção<br />
O nascimento da minha filha.<br />
Família<br />
As mulheres de casa.<br />
Filme<br />
O King Kong.<br />
Futebol<br />
Porto até morrer<br />
Flores<br />
Rosa vermelha.<br />
Ginástica<br />
Pendente.<br />
Gula<br />
Muita.
Humildade<br />
Sempre.<br />
D L E<br />
Q C I N<br />
R<br />
I<br />
J O<br />
S<br />
JK<br />
T U V<br />
I D<br />
B<br />
X U J M<br />
C<br />
E Y V<br />
D<br />
K<br />
Vitória<br />
Z<br />
H<br />
G<br />
B<br />
H<br />
I<br />
I<br />
C<br />
J<br />
I P K N Q W J R<br />
Q<br />
X K S<br />
O ZT<br />
L O P<br />
G P H<br />
Telemóvel<br />
U V W<br />
D E<br />
W P V X Q N W O<br />
Humor<br />
Tem dias.<br />
D E<br />
Ilha<br />
Sexo<br />
I J K L<br />
E O P Q<br />
Referências<br />
R S<br />
Dourada.<br />
Vida<br />
O P<br />
Internet<br />
Rápida. Só que não.<br />
Justiça<br />
Só para alguns.<br />
W X Y Z<br />
Mais no bolso do que na mão.<br />
Trabalho<br />
Q R S<br />
Livro<br />
relacionados com Comidas e<br />
Bebidas.<br />
Lua<br />
Cheia.<br />
Objectivos<br />
Abrir o próprio Bar<br />
Ostentação<br />
Não tenho.<br />
Ódio<br />
Só corrói.<br />
Perfumes<br />
Lacoste.<br />
Presentes<br />
Feitos pela minha filha.<br />
Política<br />
I J<br />
Falar<br />
K<br />
menos e<br />
L<br />
fazer mais.<br />
X Y Z<br />
P Q R S<br />
Qualidades<br />
Música<br />
Jazz.<br />
Marcas<br />
Hugo Boss.<br />
Mania<br />
Dos Cocktails.<br />
Moda<br />
Visto o que mais gosto.<br />
Notícias<br />
24/7.w<br />
S<br />
Cozinheiro<br />
em Part-Time.<br />
Rádio<br />
RFM logo pela<br />
manhã.<br />
A minha mãe.<br />
Surpresa<br />
Sabe sempre bem.<br />
Masculino.<br />
Signo<br />
Peixes.<br />
Sonho<br />
Ser presidente<br />
da Associação<br />
de Barmen de<br />
Portugal!<br />
Televisão<br />
Pouco ou nada.<br />
Viciado.<br />
Utopia<br />
Inatingível.<br />
Manter sempre a<br />
cabeça erguida.<br />
Bela.<br />
Viagem<br />
É para quando?<br />
Vício<br />
Trabalho, trabalho e trabalho.<br />
Xenofobia<br />
Não sou.<br />
Xadrez<br />
Diga lá outra vez.<br />
Zoologia<br />
Bicharada?<br />
Zelo<br />
Pelas pessoas que<br />
gosto.<br />
21
OPINIÃO<br />
Os Orixás da Umbanda<br />
“Pai Nelio, gosto da Umbanda,<br />
quando eu for maior quero<br />
entrar para a gira, mas<br />
gostava de usar um colar de contas<br />
azul”. - “Vamos com calma<br />
meu filho, não escolhemos as<br />
cores dos colares usamos. Cada<br />
cor representa um determinado<br />
Orixá com o qual temos maior sintonia.<br />
Na Tenda Espirita 7 Luas<br />
onde praticamos uma Umbanda<br />
muito próxima do Candomblé, o<br />
azul claro representa Oxóssi (verde<br />
na Umbanda tradicional), o azul-<br />
-escuro Ogum (vermelho e branco<br />
na Umbanda tradicional), o marrom<br />
e branco Xangô, o amarelo<br />
Oxum, o marrom (tipo terra cota)<br />
Iansã, o branco tipo transparente<br />
Yemanja (azul claro na Umbanda<br />
tradicional) e o branco de Oxalá. O<br />
que é gira? - “Gira é um dos principais<br />
rituais da Umbanda, constituída<br />
por três partes, a preparação,<br />
a abertura e o fecho. Onde<br />
são efetuadas as consultas com as<br />
entidades. Existe um outro tipo de<br />
trabalho que também se faz em<br />
alguns terreiros, chamadas sessões<br />
ou trabalhos de cura geralmente<br />
orientados pela linha de caboclos”.<br />
O que é Orixá? - “Orixá não<br />
é nem nunca foi uma pessoa, são<br />
vibrações da natureza. Os animais,<br />
as matas verdes de Oxossi, o ferro<br />
e o fogo de Ogum, as pedras de<br />
Xangô, as águas dos rios de Oxum,<br />
os ventos e tempestades de Iansã e<br />
os mares e oceanos de Yemanjá”.<br />
E Oxalá não representa nenhuma<br />
vibração? - “Oxalá são todas<br />
as energias juntas. Atravez de<br />
Orixá não é nem nunca<br />
foi uma pessoa. São<br />
vibrações da natureza.<br />
Os animais, as matas<br />
verdes de Oxossi, o<br />
ferro e o fogo de Ogum,<br />
as pedras de Xangô,<br />
as águas dos rios de<br />
Oxum, os ventos e<br />
tempestades de Iansã e<br />
os mares e oceanos de<br />
Yemanjá.<br />
uma experiencia podemos constatar<br />
essa situação, pegue num papel<br />
e faça um círculo dividido em seis<br />
partes iguais, como se fosse uma<br />
pizza, pinte cada uma das partes<br />
ou “fatias” com as seis cores a isto<br />
chama-se “disco de Newton”, agora<br />
faz um furo no centro do papel,<br />
coloca um lápis para fazer de eixo<br />
e bota para girar. O que aconteceu?<br />
As cores desapareceram, ficou tudo<br />
branco! Isso é Oxalá a união de<br />
todas as vibrações”. Então Oxalá<br />
é mais importante do que os<br />
outros Orixás? - “Não. Todos possuem<br />
igual importância, as diferenças<br />
estão apenas na natureza<br />
da sua vibração, mas sem uma dessas<br />
energias, nenhuma estará completa.<br />
Mas porque é que os Terreiro<br />
têm imagens de Santos? Se<br />
os Orixás são apenas vibrações, e<br />
não precisaria de nenhuma imagem?<br />
Sim, é verdade. Na Umbanda<br />
existe o sincretismo religioso”.<br />
Sincre o que Pai Nelio?- “Sincretismo<br />
religioso. O Sincretismo religioso<br />
começou com a chegada dos<br />
escravos ao Brasil. Os escravos já<br />
praticavam o culto aos Orixás na<br />
África, o seu país de origem. Quando<br />
vieram para Brasil, quiseram<br />
continuar o seu culto, mas a religião<br />
dos senhores de engenho era o<br />
catolicismo e não permitiam outro<br />
tipo de culto. Os escravos, espertos<br />
escolheram um Santo católico para<br />
cada Orixá, assim quando estivessem<br />
cultuando os seus Orixás, os<br />
senhores viam-nos apenas rezando<br />
aos Santos da Igreja Católica, desta<br />
forma conseguiram continuar<br />
a cultuar os Orixás. No sincretismo<br />
do Rio de Janeiro: Ogum é São<br />
Jorge, Oxossi é São Sebastião,<br />
Omulo é São Lazaro, Nanã é Santa<br />
Ana, Oxum é Nossa Senhora da<br />
Conceição, Iansã é Santa Bárbara,<br />
Yemanja é Nossa Senhora das<br />
Cabeças, Xangô é São Jerônimo<br />
e Oxalá é Jesus Cristo. Percebeu,<br />
assim sendo cada imagem representa<br />
uma determinada vibração,<br />
ligada a um determinado Orixá”.<br />
Mas eu vi nos altares imagens de<br />
índios e de negros. - “Na umbanda<br />
ao altar principal chamamos<br />
de Congá. As outras imagens que<br />
estão no cantinho de caboclo, casa<br />
das Almas ou Pretos Velhos, cantinho<br />
dos Erês e casa de Exus. Estas<br />
entidades são espíritos de pessoas<br />
que já viveram na terra, são espíritos<br />
de: Índios, Caboclos e Caboclas;<br />
de Pretos e Pretas-Velhas; de<br />
Crianças e de Exus e Pombo Giras.<br />
Esses quatro grupos representam<br />
a de base da Umbanda: a força dos<br />
Caboclos, a sabedoria dos Pretos-<br />
-Velhos, a proteção dos Exus guardiões<br />
e a inocência das Crianças.<br />
Existem outras entidades: os Boiadeiros,<br />
os Baianos, os Ciganos, os<br />
Marinheiros. Entidades essas que<br />
também como nós estão em evolução,<br />
trabalhando pela caridade,<br />
paz e amor. Sendo fatores a essência<br />
da Umbanda”. Mas por que<br />
temos que viver tantas vezes meu<br />
Pai? - “O objetivo é aprendermos a<br />
ser pessoas melhores, resgatando o<br />
que aconteceu em vidas passadas.<br />
Mas para perceberes melhor vou<br />
dar um exemplo: na escola existem<br />
muitas coisas para aprender, testes<br />
para realizar e provas a ultrapassar.<br />
Se estudarmos, fizermos o<br />
trabalho de casa, frequentarmos a<br />
escola diariamente e nos dedicarmos<br />
no intuito de tirar uma boa<br />
nota, não passamos de ano? Com<br />
as nossas vidas acontece a mesma<br />
coisa. Cada vez que encarnamos, é<br />
como se estivéssemos passando de<br />
ano, da 1ª para a 2ª, da 2ª para a<br />
3ª e assim por diante. Quando não<br />
estudamos, não aprendemos e não<br />
praticamos, tiramos notas ruins<br />
e provavelmente repetimos o ano,<br />
da mesma forma acontece na nossa<br />
vida. Se não fizermos as coisas<br />
certas, se não evoluirmos, voltamos<br />
e começamos de novo, para tentar<br />
“passar de ano”, assim da próxima<br />
vez que retornarmos, teremos<br />
outras coisas para aprender, outras<br />
dúvidas, outros erros e outras correções.<br />
Ai, estaremos no caminho<br />
da evolução”. ✪<br />
Pai Nelio D`Oxalá<br />
TEMO Umbanda Centre Pai Nelio d`Oxala<br />
Consultas em: London 079 013 00 672 • Lisboa e Funchal 910 337 204<br />
Rio de Janeiro +55 (11) 98841 8780 • Austrália - Perth (+61) 08 9434 6397<br />
temo.umbandacenter@gmail.com • www.temo-umbandacenter.com (brevemente)<br />
22<br />
saber | Janeiro | 2017
MADEIRA<br />
Melhor Destino Insular do Mundo 2016<br />
e estrelas “Michelin”<br />
Dulcina Branco<br />
Fotos: D.R.<br />
Ofinal do ano trouxe o<br />
grande espetáculo pirotécnico<br />
na baía do Funchal<br />
como que a encerrar com um<br />
brilho especial, um ano que foi<br />
igualmente brilhante, em termos<br />
turísticos, para a <strong>Madeira</strong>. “Melhor<br />
destino insular do Mundo”. Em<br />
dezembro de 2016, nas Maldivas,<br />
no decorrer dos World Travel Awards,<br />
a <strong>Madeira</strong> foi distinguida, pelo<br />
segundo ano consecutivo, com o prémio<br />
de “Melhor Destino Insular do<br />
Mundo”. A directora do Turismo<br />
madeirense, Kátia Carvalho, representou<br />
a <strong>Madeira</strong> na cerimónia. Em<br />
2013 e 2014, a <strong>Madeira</strong> foi considerada<br />
pelos WTA como o melhor<br />
destino insular da Europa, tendo<br />
no ano seguinte (2015) recebido o<br />
galardão de melhor destino insular<br />
do mundo. Em 2016, a <strong>Madeira</strong><br />
recuperou o título de melhor destino<br />
insular da Europa e conquistou,<br />
pelo segundo ano consecutivo,<br />
o prémio de melhor destino insular<br />
do mundo. Os World Travel Awards,<br />
criados em 1993, conhecidos também<br />
como os “Óscares do Turismo”,<br />
realizam-se uma vez por ano e destinam-se<br />
a “reconhecer, premiar e<br />
celebrar a excelência em todos os<br />
sectores da indústria do turismo”<br />
à escala global. 2.ª Estrela Michelin<br />
para o Il Gallo D’Oro. Na cerimónia<br />
que decorreu a 25 de novembro<br />
de 2016, em Gerona, Espanha,<br />
durante a apresentação da edição de<br />
2017 do guia para Portugal e Espanha<br />
e que distinguiu 21 restaurantes<br />
portugueses, dois restaurantes<br />
madeirenses conquistaram estrelas<br />
Michelin. O já galardoado restaurante<br />
Il Gallo D’Oro, do hotel<br />
The Cliff Bay, recebeu a sua segunda<br />
estrela Michelin. Il Gallo d’Oro<br />
é o restaurante gourmet do The Cliff<br />
Bay, Porto Bay Hotels & Resorts,<br />
sob batuta do Chefe Benoît Sinthon<br />
desde 2004. Em 2009, recebeu<br />
a primeira e única estrela Michelin<br />
da <strong>Madeira</strong>. Está considerado<br />
como um dos melhores restaurantes<br />
da península ibérica. 1.ª Estrela<br />
Michelin para o William Restaurant.<br />
A novidade da edição 2016<br />
do famoso ‘guia vermelho’ foi, no<br />
entanto, o restaurante William, no<br />
hotel Belmond Reid’s Palace. Chefiado<br />
por Luís Pestana, chefe de 44<br />
anos nascido no Funchal, este restaurante<br />
conquistou a sua primeira<br />
estrela Michelin. A sua cozinha propõe<br />
uma abordagem criativa sobre a<br />
comida europeia moderna em que se<br />
misturam produtos madeirenses. ✪<br />
A <strong>Madeira</strong> encerrou o<br />
ano turístico de 2016<br />
com chave “d’ouro”.<br />
A somar à conquista,<br />
pelo segundo ano<br />
consecutivo, da<br />
distinção de ‘Melhor<br />
Destino Insular do<br />
Mundo” os restaurantes<br />
Il Gallo D’Oro, do hotel<br />
The Cliff Bay, e o William,<br />
do hotel Belmond<br />
Reid’s Palace, foram<br />
distinguidos pelo mais<br />
prestigiante guia de<br />
restaurantes do mundo,<br />
o “Guia Michelin”.<br />
saber | Janeiro | 2017 23
TECNOLOGIA<br />
Texto/Fonte:<br />
Miguel Patinha Dias (Tech Previsão).<br />
As tecnologias que podem sair de cena em 2017<br />
Num mercado tão competitivo<br />
como o tecnológico,<br />
é comum que hajam<br />
empresas e produtos a sair ‘derrotados’,<br />
resultando em encerramentos/aquisições<br />
ou gadgets descontinuados<br />
por popularidade aquém das<br />
expetativas. A PC Mag analisou as<br />
empresas e produtos que, a julgar<br />
pela forma como saíram de 2016,<br />
poderão estar em perigo para 2017.<br />
A GoPro, que teve de recolher todos<br />
os drones Karma que havia lançado<br />
no mercado, é um caso recente<br />
e ilustrativo da realidade que, independentemente<br />
de se tratar de uma<br />
marca mundialmente reconhecida,<br />
ninguém está a salvo. Assim sendo,<br />
começamos pela Yahoo. Motivo:<br />
Ataques informáticos sucessivos<br />
e roubo de milhares de milhões<br />
de contas poderão inviabilizar aquisição<br />
por parte da Verizon. Este<br />
era entendido como o único desfecho<br />
possível para garantir a continuidade<br />
da empresa. Seja como for,<br />
a CEO Marissa Mayer poderá mesmo<br />
ficar pelo caminho. © Reuters.<br />
GoPro - Motivo: As falhas de energia<br />
verificadas nos drones Karma<br />
levaram a GoPro a recolher toda as<br />
unidades lançadas no mercado. Os<br />
accionistas e os seguidores da marca<br />
esperavam que o drone funcionasse<br />
como uma rampa para voltar<br />
a lançar a GoPro para os bons resultados<br />
mas parece que já não é uma<br />
possibilidade. © YouTube / GoPro.<br />
Android Wear - Motivo: A presença<br />
do sistema operativo Google no<br />
mercado dos relógios inteligentes<br />
tem sido mínima, sobretudo depois<br />
da Samsung decidir apostar no seu<br />
Tizen para os seus Gear S. A tecnológica<br />
de Mountain View já referiu<br />
que pretende lançar os seus próprios<br />
relógios este ano mas, até ver, o<br />
Android Wear continuará em ‘perigo’.<br />
© Twitter / Evan Blass. Windows<br />
Phone - Motivo: Nos seus últimos<br />
eventos e conferências a Microsoft<br />
mal tem referido a área mobile.<br />
Se é estratégia ou desinvestimento,<br />
ainda não se sabe mas o facto é que<br />
a tecnológica de Redmond tem uma<br />
posição muito frágil neste mercado.<br />
© Reuters. Twitter - Motivo: Ainda<br />
que esteja a tentar dar a volta por<br />
cima focando-se na atualidade e no<br />
que está a acontecer a cada momento,<br />
o Twitter tem consistentemente<br />
faltado às expetativas dos investidores<br />
e accionistas. O ano 2017 promete<br />
ser nuclear para a posição da<br />
rede social. © Reuters. Galaxy Note<br />
- Motivo: Ainda se está para apurar<br />
as consequências totais da polémica<br />
com o Galaxy Note 7. É improvável<br />
que o Galaxy S8 seja afetado mas o<br />
mesmo não se pode garantir quando<br />
a um eventualmente Galaxy Note 8.<br />
Não é sabido o que a Samsung pretende<br />
fazer com esta linha de dispositivos<br />
móveis mas há quem acredite<br />
que poderá mesmo ficar pelo caminho.<br />
© Getty Images. YouTube Red<br />
- Motivo: A isenção de publicidade<br />
e acesso a conteúdo exclusivo de<br />
alguns dos youtubers mais proeminentes<br />
não foram o suficiente para<br />
convencer os internautas a pagar<br />
cerca de dez dólares por mês. O serviço<br />
de subscrição do YouTube poderá<br />
ser encerrado caso a plataforma<br />
de vídeos da Google não encontre<br />
uma forma de o tornar mais apelativo.<br />
© Reuters. Google Cardboard<br />
- Motivo: Cada vez mais entendida<br />
como um ‘solução’ a meio termo<br />
para a realidade virtual, dificilmente<br />
será mantida no mercado com<br />
a robustez do projeto Daydream e<br />
com os óculos de realidade da Google,<br />
o Daydream VR. © Reprodução<br />
Android Headlines. Internet Explorer<br />
- Motivo: Com o Microsoft Edge<br />
a ter sido adotado como o navegador<br />
de internet padrão do Windows<br />
10, é bastante provável que o antecessor,<br />
o Internet Explorer, tenha o<br />
seu fim em 2017. Nostalgia à parte,<br />
dificilmente deixará saudades aos<br />
muitos críticos que tem reunido ao<br />
longo dos anos. © Microsoft. ✪<br />
24<br />
saber | Janeiro | 2017
Playboy<br />
MARCAS ICÓNICAS<br />
Hugh Marston Hefner (Chicago, 9 de<br />
abril de 1926) foi o fundador e editor-<br />
-chefe desta que é a mais famosa revista<br />
erótica do mundo. A Playboy surgiu em dezembro<br />
de 1953 e na sua primeira edição, apresentou<br />
imagens de um calendário fotográfico de Marilyn<br />
Monroe, realizado em 1948. Em 1953, Hugh Hefner,<br />
que era então diretor de circulação da revista<br />
Children’s Activities, decidiu criar uma revista<br />
que refletisse o pensamento dos homens da época.<br />
Parte da sua inspiração foi ver a popularidade<br />
de publicações com pin-ups no Exército. Hefner<br />
pediu dinheiro para criar a revista. O símbolo da<br />
Playboy é um coelho, pois segundo Hefner o coelho<br />
é como o playboy do mundo animal, por se tratar<br />
de um animal sofisticado. A primeira edição<br />
da Playboy saíu com uma tiragem de 69 mil exemplares,<br />
sem data na capa pois Hefner não sabia se<br />
conseguiria continuar a publicação. Foram vendidas<br />
mais de 50 mil edições e chamou a atenção da<br />
editora independente, a Empire News Co. que decidiu<br />
apoiar a Playboy para torná-la uma publicação<br />
nacional. A primeira edição internacional da Playboy<br />
aconteceu na Alemanha, em 1972. A Playboy<br />
portuguesa teve uma primeira edição através da<br />
editora Frestacom, que culminou no cancelamento<br />
do licenciamento em 2010, depois de publicar uma<br />
capa com a imagem de Jesus Cristo. Em 2011 a<br />
Playboy portuguesa ressurgiu através da nova editora,<br />
a Media Page, e a re-estreia aconteceu com a<br />
atriz Rita Pereira na capa. A madeirense Érica Silva<br />
foi uma das modelos que exibiu a nudez artística<br />
na edição de Junho de 2013 da ‘Playboy Portugal’.<br />
No universo da Playboy, o termo Coelhinha,<br />
distintamente das playmates, faz referência às funcionárias<br />
que trabalham nos eventos patrocinados<br />
pela Playboy, originalmente nas boates da marca<br />
Playboy criada por Hugh Hefner. Em março de<br />
2016, a publicação entrou numa nova fase da sua<br />
história, ao anunciar a não publicação de mulheres<br />
despidas. A revista que foi por muito tempo, um<br />
rito cultural de emoções ilícitas consumidas através<br />
de uma lanterna para muitos homens, mudava<br />
o seu paradigma, o que não foi bem visto pelos leitores.<br />
A circulação caiu de 5.6 milhões de exemplares<br />
vendidos na década de 70, para apenas 800<br />
mil exemplares. A Playboy encontra-se, no entanto,<br />
em cerca de 30 países com as suas próprias editoras<br />
nacionais. Continua a apresentar, mensalmente,<br />
uma estrela principal: a capa da revista, a playmate<br />
do mês, bem como uma entrevista e reportagens<br />
sobre assuntos diversos do universo masculino. O<br />
Casino Lisboa inaugurou recentemente – janeiro de<br />
2017, a exposição “Playboy World” que mostra<br />
algumas das famosas fotos publicadas pela revista,<br />
ao longo da sua história. ✪<br />
Fonte/Fotos: Playboy USA e Wikipédia.<br />
saber | Janeiros | 2017 25
António Cruz<br />
acruz.funchal@abreu.pt<br />
Texto e fotos<br />
António Cruz escreve de acordo<br />
com a antiga ortografia.<br />
É a capital da Letónia e uma das cidades mais<br />
surpreendentes que foi permitido conhecer nos países<br />
bálticos. Repleta de recantos perfeitos, imensa nos seus<br />
jardins e avenidas mais ou menos movimentadas, simpática<br />
1 2<br />
As praças.<br />
As praças respiram e conferem-nos liberdade no olhar. Combinam-se em<br />
cores alegres que desafiam os sorrisos e a captação do instante. São harmoniosas,<br />
epicentros de vida local e dos que chegam de fora. São perfeitas<br />
para onde quer que as olhemos.<br />
Os recantos.<br />
Os recantos convidam-nos a parar, a contemplar, a encantarmo-nos com<br />
a simplicidade exponenciada pelos detalhes que lhe foram outorgados. E<br />
prometem-nos mais à medida que formos deambulando, com ou sem rumo<br />
premeditado.<br />
3 4<br />
O romantismo.<br />
O romantismo depara-se-nos algures entre a parte antiga da cidade e o<br />
bairro art-déco. Faz-se de fachadas neoclássicas, muito parisienses, com<br />
uma moldura arbórea que lhe vai bem. O romantismo é palpável. E muito<br />
respirável nesta cidade de Riga.<br />
Os lugares de culto.<br />
Uma especial referência, pela sua beleza e grandiosidade, para a catedral<br />
ortodoxa da Natividade de Cristo. Uma peça de arte arquitectónica repleta<br />
de belas imagens e frescos no seu interior. Um lugar de paz e reflexão a<br />
que somos impelidos.<br />
26<br />
saber | Janeiro | 2017
e sensual nas formas da sua malha urbana, requintada<br />
na sua oferta gastronómica e nas lojas de griffe que se<br />
encontram um pouco por todo o lado.<br />
viajar<br />
com saber<br />
5<br />
A originalidade.<br />
Com que nos deparamos um pouco por todo o lado. Como é o exemplo deste<br />
tão simples e divertido. Afinal o café mais romântico e escondido da cidade<br />
nada mais é do que as barraquinhas de madeira intimistas, acolhedoras<br />
e divertidas pelo seu original conceito.<br />
6<br />
A História.<br />
Que se manifesta de inúmeras formas, neste caso concreto no bairro art-<br />
-déco, onde fiquei alojado, e que mantém vivas fachadas deste período de<br />
influência francesa no que a construção e decoração diz respeito, comungando<br />
com casas que ainda são de madeira e resistem ao tempo e aos caprichos<br />
dos seus elementos.<br />
Uma cidade imensa de beleza e invulgaridade que parece ter parado algures<br />
num relógio antigo, mas que não descura a evolução das tendências com<br />
que se alicerça o futuro.<br />
7<br />
Os lugares icónicos.<br />
Existem em quantidade e espalhados pela capital letã, como este conjunto<br />
de casas denominado de Três Irmãos. Três prédios antigos datados do<br />
século XV e XVII que formam o mais antigo conjunto de casas da cidade<br />
representando vários períodos de construção: gótico, renascentista, maneirista<br />
holandês e barroco.<br />
saber | Janeiro | 2017 27
NUTRIÇÃO<br />
Ano novo, que tal<br />
uma vida mais ativa?<br />
Alison Karina<br />
de Jesus<br />
Nutricionista<br />
Uma excelente resolução<br />
para este ano novo poderá<br />
ser a prática de um<br />
estilo de vida mais saudável. Afinal<br />
se não tivermos a saúde em pleno,<br />
como iremos ter força para lutar<br />
pelos nossos maiores sonhos? Tudo<br />
passa pela prática de uma alimentação<br />
saudável que consiste numa<br />
alimentação completa, equilibrada<br />
e variada, ou seja, a alimentação<br />
deve garantir o aporte de todos os<br />
nutrimentos, nas quantidades necessárias<br />
e diversificar o máximo possível<br />
a alimentação. Como? Basta<br />
seguir a roda dos alimentos. Do<br />
ponto de vista nutricional não existem<br />
alimentos maus nem bons. O<br />
segredo é ingeri-los nas quantidades<br />
certas, ou seja, as que o seu corpo<br />
necessita para funcionar! Todos os<br />
alimentos contêm nutrimentos, mas<br />
os diferentes alimentos têm quantidades<br />
diferentes dos vários nutrimentos,<br />
daí a importância de diversificar<br />
a alimentação. E qual é afinal<br />
o grande segredo para manter<br />
um peso saudável? Simples, é<br />
equilibrar a quantidade de energia<br />
que se ingere com a quantidade<br />
de energia que se gasta! Para tal,<br />
é também importante praticar atividade<br />
física uma vez que esta ajuda<br />
a regular o apetite, o que permite<br />
alimentar-se adequadamente<br />
conforme as suas reais necessidades<br />
energéticas, dormir e até trabalhar<br />
melhor. Para além disso, a prática<br />
regular de atividade física ajuda<br />
a reduzir o risco de desenvolver<br />
algumas doenças crónicas, como<br />
as doenças do coração, hipertensão,<br />
diabetes e osteoporose. E porque<br />
uma vida ativa é essencial para<br />
se conseguir um bem-estar não só<br />
físico mas também mental, deixo-<br />
-lhe 8 dicas para praticar atividade<br />
física no seu tempo livre ou mesmo<br />
em casa:<br />
Que tal dar um passeio? Aproveite<br />
para fazer caminhadas. Se preferir<br />
uma companhia ou tiver um animal<br />
de estimação pode ser uma boa<br />
altura para ambos darem um passeio<br />
divertido.<br />
Estacione o carro longe do local de<br />
trabalho. Nas pequenas distâncias,<br />
vá a pé.<br />
Se utiliza transportes públicos, saia<br />
uma estação antes ou depois daquela<br />
em que costuma sair.<br />
Quando for às compras, tente ir a pé<br />
e várias vezes por semana.<br />
Porque não uma atividade desportiva?<br />
Se gosta de natação, futebol ou<br />
outro desporto informe-se na sua<br />
localidade e inscreva-se. Assim pratica<br />
exercício físico numa atividade<br />
que gosta.<br />
Gosta de ouvir música? Pois oiça as<br />
suas músicas favoritas e aproveite<br />
para dançar! Assim pratica atividade<br />
física com divertimento!<br />
Prefira as escadas, esqueça os elevadores!<br />
✪<br />
alisonkjesus@gmail.com<br />
Fotos: D.R.<br />
28 saber | JANEIRO | 2017
Do Medo<br />
O Blogue de...<br />
Miguel Pires<br />
Músico<br />
miguelpyres.blogspot.pt (Mr. Nice Guy)<br />
Texto: Miguel Pires<br />
Tenho medo de muito<br />
pouca coisa. Quem me<br />
conhece, sabe bem os<br />
medos que tenho. E tenho a certeza<br />
que percebem que não os vou<br />
divulgar aqui de forma concreta.<br />
Mas até posso falar neles de forma<br />
generalizada.Para mim os medos<br />
são uma espécie de prisão. Da qual<br />
é urgente sair para ter-se uma vida<br />
plena. Reparem: não é necessariamente<br />
uma vida boa. Mas será<br />
seguramente plena. De erros, de<br />
falhanços, de vitórias, de alegrias,<br />
de tristezas. De algumas decisões<br />
certas e de outras erradas. Mas<br />
bem vivida. Vivida depressa e de<br />
forma afoita. Como quem espera<br />
ansiosamente o amanhã, mas vivendo<br />
plenamente o presente. Medo<br />
pode também ser desculpa de mau<br />
pagador. De quem se esconde atrás<br />
desta palavra para evitar chatices.<br />
Mas isso não é medo. É fraqueza.<br />
De uma forma geral posso dizer que<br />
tenho medo de coisas que não posso<br />
controlar. Medo de injustiças. Medo<br />
de pessoas genuinamente más. Mas<br />
de resto... de resto são muito poucas<br />
as coisas que me assustam. Os<br />
medos não fazem de uma pessoa<br />
fraca. Podem no entanto ser fraquezas<br />
graves para quem quer viver.<br />
Admiro pessoas que ultrapassam<br />
medos. Devem ser mais premiadas<br />
do que a malta que ganha concursos<br />
ou se evidencia nesta ou naquela<br />
actividade. Aqui é importante não<br />
confundir medo com fobia. Fobia é<br />
uma condição mental que nos implica<br />
fisicamente de fazer algo. Isto é<br />
completamente diferente. Assumam<br />
os medos que têm. Falem sobre eles<br />
com alguém que consideram de confiança.<br />
Dominem-nos. Façam deles<br />
plataforma de lançamento para<br />
ultrapassá-los. E, se não conseguirem,<br />
vivam com eles. Em harmonia<br />
com eles. Mas vivam. Por favor<br />
vivam! :-) Beijos & Abraços. MP. ✪<br />
saber | JANEIRO | 2017 29
MADEIRA<br />
Retrospetiva 2016 - <strong>Madeira</strong><br />
No ano em que a revista Time elegeu Donald Trump como<br />
‘Personalidade do Ano’ e os dicionários Oxford elegeram<br />
o termo ‘pós-verdade’ como a palavra do ano 2016,<br />
fomos à procura de acontecimentos que marcaram a<br />
vida política, social, desportiva, cultural e recreativa,<br />
madeirense.<br />
Dulcina Branco<br />
Fotos: D.R.<br />
DDiarte com ouro e prata<br />
José Diogo e Diamantino Jesus – dupla de fotógrafos DDiarte, receberam as medalhas de<br />
ouro e prata nas categorias Comercial e Ilustrativa, na ‘The World Photographic Cup 2016’<br />
Complexo balnear do Lido renovado<br />
Depois de seis anos encerrado e de dois milhões de euros em obras, o complexo do Lido<br />
reabriu em março, com a presença das mais altas individualidades regionais e nacionais.<br />
Roger Hodgson no Funchal com “Breakfast In America World Tour 2016”<br />
Uma sala cheia de gente e boas memórias musicais reavivadas por uma voz inconfundível<br />
encerrou na <strong>Madeira</strong>, em maio, a turmé mundial do músico fundador dos Supertramp.<br />
Marcelo Rebelo de Sousa “de afetos” na <strong>Madeira</strong><br />
Marcelo Rebelo de Sousa é o nono Presidente eleito desde o 25 de Abril de 1974 e a quinta<br />
personalidade a assumir o cargo. Em junho, esteve na <strong>Madeira</strong> na primeira visita oficial.<br />
Hotel Pestana CR7 Funchal abre no Funchal<br />
Nasceu na <strong>Madeira</strong> há 32 anos e foi na ‘ilha-berço’ onde inaugurou o seu primeiro hotel.<br />
O Pestana CR7 Funchal tem como parceiro o hoteleiro madeirense Dionísio Pestana.<br />
30<br />
saber | Janeiro | 2017
Funchal Jazz com cartaz internacional<br />
Decorreu durante três dias de julho, no Parque de Santa Catarina com um cartaz de luxo<br />
que o reconfirmou como um dos melhores festivais do género, ao nível internacional.<br />
Primeiro Presidente da República nas ilhas Desertas<br />
Marcelo Rebelo de Sousa chegou às ilhas Desertas, em agosto. Foi o primeiro Presidente<br />
da República Portuguesa a visitar aquelas ilhas.<br />
A pedra do Rali Vinho <strong>Madeira</strong><br />
Terminou com polémica o Rali Vinho <strong>Madeira</strong>. O líder da prova, Bruno Magalhães saíu da<br />
estrada devido a uma pedra na trajetória, facto que o levou a despistar-se.<br />
Incêndios florestais e urbanos na <strong>Madeira</strong><br />
Os incêndios na ilha da <strong>Madeira</strong> em agosto de 2016 foram um conjunto de incêndios que<br />
deflagraram em diferentes localidades e que destruiram áreas florestais e urbanas.<br />
Extreme Sailing Series 2016 na baía do Funchal<br />
A <strong>Madeira</strong> estreou-se no campeonato de vela na modalidade “Stadium Racing”, realizando<br />
em setembro, a sexta etapa que contou com os melhores do Mundo.<br />
I Gala de Natação da <strong>Madeira</strong><br />
A Associação de Natação da <strong>Madeira</strong> organizou em outubro, a Gala de Natação que atribuíu<br />
títulos aos melhores nadadores e treinadores e homenagem a dirigentes e a árbitros.<br />
Julgamento do caso da morte do deputado Carlos Morgado<br />
A Comarca da <strong>Madeira</strong> começou em novembro a julgar o casal suspeito de ter matado o<br />
ex-deputado do CDS-PP Carlos Morgado.<br />
<strong>Madeira</strong> Melhor Destino Insular de 2016<br />
Pela segunda vez, o destino <strong>Madeira</strong> venceu o galardão Mundial da World Travel Awards,<br />
tornando-se assim o Melhor Destino Insular de 2016.<br />
saber | Janeiro | 2017 31
exposições<br />
“Ao espreitar o mundo”<br />
ATÉ 16 DEZEMBRO<br />
“Enquanto houver sonho, amor e fantasia,<br />
haverá esperança”<br />
William Shakespeare<br />
Mostra de fotografia digital manipulada de Ana<br />
Cristina da Costa Fernandes.<br />
INFOART - Galeria da Secretaria Regional da<br />
Economia, Turismo e Cultura<br />
Avenida Arriaga, 18 - Funchal<br />
“Realidade não aumentada”<br />
ATÉ 1 JANEIRO<br />
Vídeo/Instalação de Carlos Valente.<br />
Galeria dos Prazeres<br />
Sítio da Igreja, Prazeres – Calheta<br />
291 822 204<br />
Sábados, domingos e feriados das 10h00 às 13h00 e das<br />
14h00 às 18h00<br />
“Santa Casa da<br />
Misericórdia do Funchal”<br />
ATÉ 14 JANEIRO<br />
Mostra documental do acervo da Santa Casa.<br />
Sala de Leitura do Arquivo<br />
Arquivo Regional e Biblioteca Pública da<br />
<strong>Madeira</strong> (ABM)<br />
Caminho dos Álamos, 35 Santo António -<br />
Funchal<br />
291 708 400<br />
Org.: Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura/<br />
Direção Regional da Cultura/ Arquivo Regional e Biblioteca<br />
Pública da <strong>Madeira</strong><br />
1<br />
“O que os meus olhos vêm”<br />
ATÉ 21 JANEIRO<br />
De Karen Bradtke.<br />
RESTOCK<br />
Armazém do Mercado, Loja 8<br />
Rua do Hospital Velho, 28-30 - Funchal<br />
933 194 680<br />
Segunda a sexta das 11h00 às 17h00<br />
Sábado das 11h00 às 14h00<br />
3<br />
32<br />
saber | Janeiro | 2017
4<br />
“35 Anos Xarabanda”<br />
ATÉ 29 JANEIRO<br />
Homenagem aos trinta e cinco anos da<br />
Associação Musical e Cultural Xarabanda<br />
através de uma mostra que narra, em vinte<br />
imagens, os momentos mais importantes desta<br />
associação.<br />
Galeria da FNAC<br />
<strong>Madeira</strong> Shopping<br />
“Gastronomia Tradicional: O Bolo<br />
de Mel”<br />
ATÉ 5 FEVEREIRO<br />
Mostra sobre a confeção artesanal do tradicional<br />
bolo de mel, integrada no projeto semestral<br />
“Acesso às coleções em Reserva”.<br />
Átrio do Museu Etnográfico da <strong>Madeira</strong><br />
Rua de São Francisco, 24 - Ribeira Brava<br />
291 952 958<br />
Terça a sexta das 9h30 às 17h00<br />
Sábado das 10h00 às 12h30 e das 13h30 às 17h30<br />
Org.: Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura/Direção<br />
Regional da Cultura/Museu Etnográfico da <strong>Madeira</strong><br />
Escultura de Jacinto Rodrigues<br />
“Chão de Orações”<br />
ATÉ 31 MARçO<br />
De Daniel Vasconcelos de Melim.<br />
Mostra centrada, sobretudo, no desenho,<br />
como ferramenta preferencial de expressão<br />
deste autor, exposição que marca o regresso<br />
de Daniel Melim à <strong>Madeira</strong>, ao seu primeiro<br />
“Chão”.<br />
Mudas. Museu de Arte Contemporânea da<br />
<strong>Madeira</strong><br />
Estrada Simões Gonçalves da Câmara, 37 -<br />
Calheta<br />
291 820 900<br />
Terça a domingo das 10h00 às 17h00<br />
2 A 30 DEZEMBRO<br />
Delegação da <strong>Madeira</strong> da Ordem dos Arquitetos<br />
Rua dos Netos, 24 - Funchal<br />
291 242 050<br />
Segunda a sexta das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00<br />
Orfeão Madeirense e Stimme<br />
DIA 9 DEZEMBRO | 19H00<br />
Concerto de Natal.<br />
Palácio de São Lourenço - Funchal<br />
DIA 6 JANEIRO | 19H00<br />
Concerto de Ano Novo.<br />
Igreja do Carmo - Funchal<br />
Associação Amigos do<br />
Conservatório de Música<br />
da <strong>Madeira</strong> apresenta:<br />
DIA 11 DEZEMBRO | 18H00<br />
Recital de piano “Os clássicos da literatura<br />
pianística”<br />
Maurizio Moretti (Itália)<br />
Chopin, Liszt, Schumann, Tchaikovsky, Debussy<br />
e Bartók<br />
Teatro Municipal Baltazar Dias<br />
DIA 17 DEZEMBRO | 18H00<br />
“Baroque Christmas”<br />
Concerto de bandolim e cravo<br />
Norberto Gonçalves da Cruz, bandolim<br />
Giancarlo Mongelli, cravo<br />
J. S. Bach, Scarlatti, Seixas e Corrette<br />
Igreja Inglesa – Funchal<br />
DIA 30 DEZEMBRO | 18H00<br />
“Com música para o Ano Novo”<br />
Ensemble “Bandolinistas Unidos pela Música”<br />
Direção artística e bandolim: Norberto Cruz<br />
Ensemble vocal “Vozes”<br />
Honor O’Hea, piano<br />
Robert Andres, piano<br />
J. S. Bach, Telemann, Gounod, Morricone,<br />
Kauffmann e clássicos do pop.<br />
Teatro Municipal Baltazar Dias<br />
DIA 29 JANEIRO | 18H00<br />
Recital de piano<br />
Irina Chistiakova (Rússia)<br />
Obras de Mozart, Schubert-Liszt, Grieg e Liszt<br />
Teatro Municipal Baltazar Dias<br />
9<br />
saber | Janeiro | 2017 33
MODA<br />
Moda<br />
masculina<br />
jovem<br />
desportiva<br />
e para verão<br />
34<br />
saber | Janeiro | 2017
saber | Janeiro | 2017 35
MODA<br />
36<br />
saber | Janeiro | 2017
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MODA<br />
Ficha Técnica<br />
Fotos<br />
DDiArte | www.ddiarte.photography<br />
Modelo<br />
Igor Andrade Freitas<br />
38<br />
saber | Janeiro | 2017
Ela<br />
TENDÊNCIAS<br />
Túnicas, Cuba, colorido<br />
digital - os anos 80<br />
estão sempre voltando<br />
para o foco da moda e<br />
a tendência resgatada desta<br />
vez é a do colorido digital,<br />
as maxicalças, o jeans chega<br />
com um “banho” de Califórnia,<br />
sandálias de tiras, texturas<br />
e aos metálicos chegam<br />
com mais luxo e personalidade,<br />
slip dress assimétrico,<br />
chapéu e sandália rasteira,<br />
bolsa sacola, universo em<br />
print, estampas geométricas,<br />
fibras naturais, decote ombro<br />
a ombro, floral... ✪<br />
Top<br />
nike<br />
Calças<br />
nike<br />
Meias<br />
nike<br />
Casaco<br />
nike<br />
Sapatilhas<br />
nike air max<br />
Sutiã<br />
nike<br />
Relógio<br />
nike<br />
Ele<br />
Boné<br />
adidas<br />
Peças em tons de rosa,<br />
Tenis/sneaker, sapato<br />
sem cadarço, sobreposições<br />
leves, camiseta<br />
oversized sleeveless, acessórios<br />
em metal/aço, fato<br />
com sneaker branco, calça<br />
cropped, peças com contrastantes<br />
de cor, peças de<br />
chuva como as gabardinas<br />
curtas, cortes dos anos<br />
90 em blazers e em calças,<br />
mochila de desporto<br />
ou casual misturada com o<br />
fato do quotidiano... ✪<br />
Tshirt<br />
adidas<br />
Calças<br />
adidas<br />
Casaco<br />
adidas<br />
Sapatilhas<br />
adidas<br />
Relógio<br />
adidas<br />
Meias<br />
adidas<br />
saber | Janeiro | 2017 39
Circo Mundial recebeu o grupo<br />
O Liberal e a família de Cristiano Ronaldo<br />
> Céu do Funchal encheu-se de cor e luz com o<br />
fogo de artifício do fim-do-ano.<br />
> Lourenço de Freitas lançou no Museu de<br />
Imprensa da <strong>Madeira</strong>, o livro “Imprensa Periódica<br />
Madeirense e os Jornais da Autonomia (1975-<br />
2016)”.<br />
> Cerimónia solene de bênção das capas do curso<br />
NS2 de Educação e Formação de Adultos da Escola<br />
Básica do 2.º e 3.º Ciclos da Torre (Câmara de Lobos).<br />
> Grupo musical “Mariachi Mexico <strong>Madeira</strong>” realizou<br />
concerto comemorativo do seu 20.º aniversário.<br />
> Pedro Chagas Freitas apresentou no auditório<br />
da Fnac (<strong>Madeira</strong> Shopping) o seu último livro,<br />
“Prometo Perder”.<br />
> O grupo J.N.Abreu ofereceu uma sessão do Circo<br />
Dallas a colaboradores e convidados.<br />
40<br />
saber | Janeiro | 2017
SOCIAL<br />
Fogo-de-artifício de passagem<br />
de ano na <strong>Madeira</strong> recuperou<br />
tradição portuguesa<br />
A entrada em 2017 na <strong>Madeira</strong> foi saudada com a queima de 132 mil<br />
peças pirotécnicas - 70% das quais produzidas em Portugal, abandonando<br />
o fabrico chinês. Teve a duração de oito minutos, a partir de 38 postos,<br />
sendo 33 no anfiteatro da cidade, quatro na baía do Funchal e um na ilha<br />
do Porto Santo. O fogo-de-artifício de passagem de ano na <strong>Madeira</strong> teve<br />
como empresa responsável a Macedos Pirotecnia que apostou na tradição<br />
portuguesa e em motivos tradicionais da pirotécnia portuguesa como<br />
as cascatas de fogo e as lantejoulas, para fazer parte dos motivos. Neste<br />
espetáculo de fim de ano, o executivo madeirense investiu 800 mil euros<br />
(menos 10 mil euros que no ano anterior). ✪<br />
DB Fotos: Cícero Castro<br />
saber | Janeiro | 2017 41
SOCIAL<br />
Livro “Imprensa Periódica<br />
Madeirense e os Jornais<br />
da Autonomia (1975-2016)”<br />
O Museu de Imprensa, em Câmara de Lobos, recebeu a cerimónia do lançamento<br />
do livro “Imprensa Periódica Madeirense e os Jornais da Autonomia<br />
(1975-2016), da autoria de Lourenço Freitas, actual director do Museu de<br />
Imprensa. O livro de 260 páginas, centra-se nos ‘Jornais da Autonomia’,<br />
que foram publicados entre 1976 e 2016, e tem um inventário cronológico<br />
desde o primeiro jornal impresso na <strong>Madeira</strong>, em 1821. Esta cerimónia<br />
contou com a presença do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque<br />
e do presidente da autarquia local, Pedro Coelho, assim como de<br />
outras personalidades e da população em geral. ✪<br />
DB Fotos: D.R.<br />
42<br />
saber | Janeiro | 2017
PUB<br />
Cerimónia solene<br />
de benção das capas<br />
dos alunos da escola<br />
da Torre<br />
O curso NS2 de Educação e Formação de Adultos<br />
(EFA) de nível secundário da Escola Básica do 2.º e 3.º<br />
Ciclos da Torre celebrou na Igreja Paroquial de Santa<br />
Cecília em Câmara de Lobos, a cerimónia solene de<br />
benção das capas. Familiares e amigos dos alunos marcaram<br />
presença nesta cerimónia. ✪<br />
DB Fotos: José Xavier Dias<br />
saber | Janeiro | 2017 43
SOCIAL<br />
Concerto de Comemoração<br />
do 20.º aniversário do Mariachi<br />
Mexico <strong>Madeira</strong><br />
O grupo Mariachi Mexico <strong>Madeira</strong> festejou o seu 20.º aniversário em 2016<br />
e como tal, ofereceu aos madeirenses um concerto com entrada livre que<br />
decorreu no Centro Cívico do Estreito de Câmara de Lobos. Este concerto<br />
teve a presença dos atuais membros e colaboradores do Mariachi México<br />
<strong>Madeira</strong>: Pawel Sadlowsky, Treneddy Maggiorani, Sandra Sá, Maxim<br />
Taraban (violinos), Rafael Andrade, Francisco Dantas e Marco Correia<br />
(trompetes), Gregório Luís, Denis Rodrigues, Eládio Gonçalves (guitarra e<br />
voz), Nélio Pão (vihuela e voz), Elias Farraiz (guitarron) e Fátima Aguiar<br />
(voz), e de elementos que já passaram pelo grupo como: Denis Rodrigues;<br />
Hugo Fernandes; Maria Ofélia Luiz e Ricardo Thompson. Prestou ainda<br />
homenageou do seu fundador, Miguel Casildo. Com um repertório constituído<br />
pelos temas mais emblemáticos da música tradicional mexicana e<br />
latino-americana, e não só, o grupo é presença assídua em festas públicas<br />
e privadas, em eventos<br />
culturais ou sociais, e ainda em celebrações religiosas, em toda a <strong>Madeira</strong>.<br />
✪<br />
DB Fotos: D.R.<br />
44<br />
saber | Janeiro | 2017
Livro ‘Prometo Perder’<br />
Com apresentação da jornalista Isabel Sofia Pereira, o escritor português<br />
Pedro Chagas Freitas levou à Fnac, ‘Prometo Perder’, o seu mais recente<br />
livro. Esta apresentação inseriu-se no âmbito das comemorações dos<br />
10 anos da Fnac na Região. Autor de romances, novelas, contos, crónicas,<br />
guiões, letras de música e textos publicitários, Pedro Chagas Freitas<br />
deu ainda uma sessão de autógrafos. A obra segue o antecessor ‘Prometo<br />
Falhar’, contada na primeira pessoa e no qual o escritor explora diferentes<br />
emoções românticas humanas. Campeão dos ‘tops’ de vendas nacionais,<br />
também muito popular nas redes sociais, Pedro Chagas Freitas acumula<br />
quase um milhão de seguidores no Facebook. Tem publicados mais de duas<br />
dezenas das 150 obras que criou. ✪<br />
DB Fotos: Fnac <strong>Madeira</strong> Shopping<br />
saber | Janeiro | 2017 45
SOCIAL<br />
J.N.Abreu no Circo Dallas<br />
O Grupo J.N.Abreu ofereceu aos seus colaboradores e convidados, uma<br />
sessão do Circo Dallas. Pequenos e grandes vibraram com as atuações dos<br />
artistas deste circo que já se tornou um incontornável na animação da quadra<br />
natalícia madeirense. Empresas e outras organizações costumam oferecer<br />
uma sessão de circo aos seus colaboradores e convidados, a exemplo<br />
da J.N.Abreu, empresa com 45 anos de mercado nas áreas comerciais<br />
e distribuição. ✪<br />
DB Fotos: OLC<br />
46<br />
saber | Janeiro | 2017
Grupo O Liberal<br />
foi ao Circo Mundial<br />
O Grupo O Liberal voltou a surpreender os seus colaboradores<br />
e convidados com uma sessão de circo. Famílias inteiras<br />
– pais, filhos e avós, não quiseram deixar passar esta oportunidade<br />
para viver esta experiência do circo que é uma marca<br />
da quadra natalícia madeirense. No espaço de animação<br />
situado na Praia Formosa, o Circo Mundial trouxe este<br />
ano como novidade, o carro “Transformer” e que encantou<br />
especialmente os mais novos. Entre estes, o filho de Cristiano<br />
Ronaldo que esteve acompanhado pela avó, Dolores Aveiro,<br />
as tias Kátia e Elma, entre outros familiares. ✪<br />
DB Fotos: OLC<br />
saber | Janeiro | 2017 47
À MESA COM...<br />
as Sugestões<br />
TextoFotos: Fernando Olim<br />
de Fernando Olim<br />
Tive a honra de ter sido recebido e convidado pelo Dr. Mário<br />
Soares no Rio de Janeiro, quando lá esteve em visita. Eu estava<br />
lá como emigrante, trabalhando como F&B no Hotel Rio Palace<br />
em Copacabana para um Jantar de Recepção no Palácio de São<br />
Clemente. A minha homenagem ao Dr. Mário Soares, que faleceu<br />
no dia 7 de janeiro de 2017 (Lisboa).<br />
48<br />
saber | Janeiro | 2017
Entrada<br />
“Tender” (presunto fumado)<br />
Farofa de banana, frutos secos, azeitonas e ananás em<br />
meias rodelas, cerejas cristalizadas. Cobertura caramelizada<br />
com vinho tinto, cachaça e cravinho da Índia.<br />
Prato Principal<br />
Salmão nórdico<br />
Posta de salmão cozido ao molho de vinho do Porto com<br />
natas, bacon, pimentos e pimenta branca. Acompanha com<br />
pimentos salteados, ervilhas frescas cozidas, pimentão vermelho<br />
e bacon em cubos. Decora com ramo de alfazema.<br />
Pode adicionar cogumelos, sal e vinho branco.<br />
Sobremesa<br />
Tarte de maçã tradicional<br />
Maçã caramelizada em massa folhada de tarte.<br />
saber | Janeiro | 2017 49
SITE DO MÊS<br />
E-mail:<br />
sabermadeira@yahoo.com<br />
Telf. 291 911 300<br />
www.fadoinmadeira.com<br />
Propriedade:<br />
OLC, Lda<br />
Audiovisuais, TV, Multimédia,<br />
Jornais e Revistas, Lda<br />
Sociedade por Quotas; Capital Social:<br />
€100.000,00 Contribuinte: 509865720<br />
Matriculado na Conservatória Registo<br />
Comercial de Lisboa<br />
Sede: Centro Comercial Sol Mar, Sala 303,<br />
Av. Infante D. Henrique, nº71<br />
9500 - 769 Ponta Delgada Açores<br />
Sócio-Gerente com mais de 10% do Capital:<br />
Edgar R. de Aguiar<br />
Director<br />
Edgar Rodrigues de Aguiar<br />
Redacção<br />
Dulcina Branco<br />
Secretária de Redacção<br />
Maria Camacho<br />
Colunistas<br />
António Cruz, Hélder Spínola, Teresa<br />
Brazão, Alison Jesus, Iveth Barajas,<br />
António Castro<br />
Depart. Imagem<br />
O Liberal, Lda.<br />
> Para aproximar o Fado de todos os<br />
que visitam Portugal, a Genius y Meios<br />
disponibiliza três novos sites responsivos<br />
para cada uma das três geografias deste<br />
projeto: fadoinchiado.com, fadoinporto.com<br />
e fadoinmadeira.com. O ano de 2016 foi<br />
de expansão com o lançamento do Fado in<br />
<strong>Madeira</strong>, no Funchal, no mês de abril. Pensadas<br />
para quem quer, de forma simples<br />
e intuitiva, saber mais sobre cada um dos<br />
espetáculos, as páginas digitais adaptamse<br />
à realidade dos turistas que visitam<br />
Portugal e as ilhas, tendo sido desenvolvidas<br />
para se comportarem de forma<br />
responsiva, adaptando-se aos diferentes<br />
dipositivos móveis em diversas línguas.<br />
Nos sites, é possível comprar o bilhete para<br />
espetáculos que o projeto apoia ou realiza.<br />
Design Gráfico<br />
OLC<br />
Departamento Comercial<br />
OLC<br />
Serviço de Assinaturas<br />
Dulce Sá<br />
19º<br />
ANIVERSÁRIO<br />
2017<br />
Nome<br />
Empresa<br />
Morada<br />
Código Postal<br />
Concelho<br />
Data de nascimento<br />
Telem.<br />
Telefone<br />
E-mail<br />
Nova Assinatura<br />
CUPÃO DE ASSINATURA<br />
Renovação Assinatura<br />
Localidade<br />
Contribuinte Nº<br />
Assinatura Data / /<br />
Fax<br />
SIM, quero assinar e escolho as seguintes modalidades:<br />
Cheque<br />
à ordem de ‘’O Liberal Comunicações, Lda’’<br />
Pago por transferência Bancária/Multibanco<br />
MPG NIB nº 0036.0130.99100037568.29<br />
“O Liberal”, Parque Empresarial da Zona Oeste, Lote 7, Socorridos,<br />
9304-006 Câmara de Lobos • <strong>Madeira</strong> / Portugal<br />
Telefones: 291 911 300<br />
Fax: 291 911 309<br />
email: sabermadeira@yahoo.com<br />
ASSINATURA<br />
expresso<br />
Ligue já o Telefone: 291 911 300<br />
ou pelo Fax: 291 911 309<br />
PREÇOS ESPECIAIS!<br />
TABELA DE ASSINATURA - 1 ANO<br />
MADEIRA € 24,00<br />
EUROPA € 48,00<br />
RESTO DO MUNDO € 111,00<br />
* desconto sobre os valores da capa.<br />
Os valores indicados incluem os portes do correio e I.V.A. à taxa de 4%<br />
Administração, Redacção,<br />
Secretariado, Publicidade,<br />
Composição e Impressão<br />
Ed. “O Liberal”, Parque Empresarial da<br />
Zona Oeste, Lote 7, Socorridos,<br />
9304-006 Câmara de Lobos<br />
<strong>Madeira</strong> / Portugal<br />
Telefones: 291 911 300<br />
Fax: 291 911 309<br />
Email: preimpressao@oliberal.pt<br />
Depósito Legal nº 109138/97<br />
Registo de Marca Nacional nº 376915<br />
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Registado no Instituto da Comunicação<br />
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curtas<br />
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que fizeram o caminho...<br />
Cada novo livro, no momento da escrita,<br />
apaga o anterior...<br />
Alguns exemplos<br />
*Mediante acordo e condições entre a Editora e o Autor
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