Agosto/2015 - Referência Florestal 166
Visitantes - Grupo Jota Comunicação
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54<br />
INVESTIMENTO<br />
Variar espécies é<br />
a melhor alternativa<br />
CADASTRO RURAL<br />
Governo trabalha para<br />
ampliar a adesão<br />
68 ENTREVISTA<br />
Odair Beltrame, da Brookfield<br />
Brasil Timber<br />
Em tempo real<br />
Acesso rápido à informação aumenta<br />
eficácia no combate às formigas<br />
In Real-time<br />
Quick access to information<br />
increases efficiency in the fight against ants
SUMÁRIO<br />
ANUNCIANTES<br />
DA EDIÇÃO<br />
Agroceres ...................................................................... 88<br />
Argus Engenharia ...................................................... 11<br />
36<br />
Bruno Industrial ......................................................... 45<br />
Carrocerias Bachiega .............................................. 73<br />
D’Antônio Equipamentos ..................................... 81<br />
Dinagro ........................................................................... 02<br />
54<br />
Dipil .................................................................................. 33<br />
Exte .................................................................... 19<br />
Fezer ................................................................................. 17<br />
68<br />
Fortex .............................................................................. 75<br />
H Fort ................................................................................ 09<br />
Hennings ....................................................................... 71<br />
Editorial<br />
Cartas<br />
Bastidores<br />
Coluna Ivan Tomaselli<br />
Notas<br />
Alta e Baixa<br />
Biomassa<br />
Aplicação<br />
Frases<br />
Entrevista<br />
Principal<br />
Silvicultura<br />
Tecnologia<br />
Especial<br />
Dia de campo<br />
Legislação<br />
Artigo<br />
Agenda<br />
Espaço Aberto<br />
06<br />
08<br />
10<br />
12<br />
14<br />
22<br />
24<br />
26<br />
27<br />
28<br />
36<br />
46<br />
50<br />
54<br />
64<br />
68<br />
76<br />
84<br />
86<br />
Himev .............................................................................. 81<br />
J de Souza ........................................................................ 63<br />
John Deere .................................................................... 07<br />
Liebherr Brasil ............................................................. 13<br />
Mill Indústrias .............................................................. 25<br />
Minusa Forest .............................................................. 05<br />
Oregon ............................................................................ 87<br />
PenzSaur ........................................................................ 49<br />
Planalto Picadores .................................................... 21<br />
Planflora ........................................................................ 79<br />
Unibrás ........................................................................... 23<br />
Usimaq ........................................................................... 83<br />
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Fone: (49) 3226 1000 | florestal@minusa.com.br<br />
S I MPL Y BE T TER
EDITORIAL<br />
Ano XVII - Edição n.º <strong>166</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2015</strong><br />
Year XVII - Edition n.º <strong>166</strong> - <strong>Agosto</strong> <strong>2015</strong><br />
06 www.referenciaflorestal.com.br<br />
A imagem de destaque na capa desta<br />
edição mostra funções do Dinagro<br />
App, aplicativo que traz todas as<br />
informações para o combate às<br />
formigas cortadeiras<br />
NA PALMA DA MÃO<br />
Quando observamos as pessoas vidradas em celulares ou tablets no mesmo ambiente<br />
sem conversarem entre si, a impressão que se tem é que a tecnologia parece<br />
mais afastar do que aproximar. Mas as ferramentas que dispomos hoje podem sim<br />
integrar e facilitar a comunicação. É o que mostra a reportagem de capa desta edição<br />
sobre o manejo no combate às formigas. O acesso mais ágil à informação e a<br />
possibilidade de compartilhar experiências entre produtores florestais de diferentes<br />
regiões aumenta o porcentual de sucesso no controle da praga. Em outra matéria<br />
jornalística, que chama a atenção, mostra as oportunidades de plantio com quatro<br />
espécies florestais que produzem madeira com grande valor comercial. A reportagem<br />
foi dividida em duas partes. Nesta edição o Leitor confere todas as informações de<br />
mercado do guanandi e do cedro australiano. Confira também como está a adesão<br />
ao CAR (Cadastro Ambiental Rural), depois da prorrogação do prazo por mais um ano,<br />
feita em maio. Conversamos com o SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro), responsável<br />
pelo cadastro, e com um especialista. A expectativa é que com a nova data limite o<br />
processo seja concluído com o volume de adesão esperada, diferente do que ocorreu<br />
em <strong>2015</strong>. Ainda nesta edição, fomos a campo para trazer as informações mais frescas<br />
do que acontece na floresta. Veja o lançamento nacional de um forwarder e as<br />
importantes orientações que operadores florestais receberam durante o trabalho de<br />
reciclagem. Boa leitura!<br />
IN THE PALM OF YOUR HAND<br />
When we see people glued to their cell phones or tablets in the same environment without<br />
talking to each other, the impression that you get is that technology seems to have separated us<br />
rather than brought us together. But there are tools available to us today that can integrate and<br />
facilitate communication. That is what the cover story of this issue shows on the management<br />
in the fight against ants. Faster access to information, and the possibility of sharing experiences<br />
between forest producers from different regions, increases the percentage of success in pest<br />
control management. In another story that draws one’s attention, we illustrate the planting opportunities<br />
for four forest species that produce timber with a good commercial value. The report<br />
is divided into two parts. This Issue provides you all the market information for Guanandi and<br />
Australian Cedar. Also, check out the position of adhesion to CAR (Rural Environmental Registration),<br />
after extension of the deadline for another year, carried out in May. We talked with SFB<br />
(Brazilian Forest Service), responsible for registration, and with a specialist. The expectation is<br />
that with the new expiry date, the process will be completed with the expected registration volume,<br />
unlike what occurred in <strong>2015</strong>. Also in this Issue, we went into the field to get the freshest of<br />
information about what is going on in the forest. See the national launch of a forwarder and the<br />
important guidelines that forest operators receive during recycling. Pleasant reading!<br />
EXPEDIENTE<br />
JOTA COMUNICAÇÃO<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Diretora de Negócios / Business Director<br />
Joseane Knop<br />
joseane@jotacomunicacao.com.br<br />
JOTA EDITORA<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
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Rafael Macedo - Editor<br />
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Colunista<br />
Ivan Tomaselli<br />
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A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
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Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
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O JOGO MUDOU.<br />
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o trabalho na floresta. Com esse objetivo e a visão<br />
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e diagnóstico remoto, que permitem fácil identificação<br />
de pontos críticos. Nós projetamos esses equipamentos<br />
para serem os melhores na floresta.<br />
JohnDeere.com.br/<strong>Florestal</strong>
CARTAS<br />
PARABÉNS<br />
Capa da Edição 165 da<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de julho de <strong>2015</strong><br />
Por Décio Rodrigues,<br />
Curitibanos (SC)<br />
A Revista<br />
REFERÊNCIA<br />
FLORESTAL é<br />
excelente, acompanho e aprovo. Parabéns a<br />
todos que produzem a publicação.<br />
GUANANDI<br />
Na edição de julho<br />
da REFERÊNCIA<br />
FLORESTAL o<br />
destaque da editoria<br />
Espécie Comercial<br />
foi o guanandi.<br />
Cometemos uma gafe e esquecemos de colocar o crédito<br />
da imagem de abertura da reportagem, que pertence<br />
à Tropical Fora. Trata-se do primeiro desbaste que a<br />
empresa realizou na floresta. Agora reparamos o erro.<br />
REGIÃO<br />
NORTE<br />
Foto: Tropical Flora<br />
EM ALTA<br />
Por Jean Fonseca,<br />
Inúbia Paulista (SP)<br />
O setor <strong>Florestal</strong><br />
cresce a cada<br />
dia, gosto de<br />
ficar sabendo<br />
das novidades. A<br />
Revista REFERÊNCIA<br />
FLORESTAL é o<br />
melhor veículo de<br />
comunicação do setor.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Por Fabio de<br />
Jesus Batista,<br />
Santa Maria (RS)<br />
Gosto muito da<br />
Revista, poderia<br />
focar mais na<br />
região norte. Tem muita novidade no Pará e Acre.<br />
Resposta<br />
Ficamos contentes em saber que o público do sul se<br />
interessa pelas novidades que acontecem na região<br />
oposta do Brasil. Procuramos sempre dar espaço para as<br />
novidades de todas as partes do Brasil. Com certeza sua<br />
observação nos estimula a sermos ainda melhores.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
INFORMAÇÃO<br />
Por Anderson<br />
Ferraz, Caçador (SC)<br />
A REFERÊNCIA<br />
FLORESTAL é<br />
interessante,<br />
gosto muito das<br />
matérias e da<br />
diagramação da<br />
revista.<br />
Imagem: reprodução<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é fundamental para a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL.<br />
E-mails, críticas e<br />
sugestões podem ser<br />
enviados para redação<br />
revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista do<br />
Setor <strong>Florestal</strong> ou a respeito de reportagem<br />
produzida pelo veículo.<br />
08 www.referenciaflorestal.com.br
BASTIDORES<br />
CHARGE<br />
Charge: Francis Ortolan<br />
REVISTA<br />
SEM PARADA<br />
Durante o dia de campo realizado<br />
pela Minusa, em Lages (SC),<br />
foi possível dar uma volta pela<br />
indústria da empresa que fabrica<br />
materiais rodantes para máquinas<br />
florestais.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
A imagem mostra o ritmo<br />
acelerado dos colaboradores<br />
para atender à demanda da<br />
fábrica<br />
VISITA<br />
Apesar da correria para atender ao<br />
mercado florestal com notícias e<br />
negócios, sempre se arruma tempo<br />
para receber os amigos e jogar um<br />
pouco de conversa fora.<br />
Na foto, Viviane Kraft, do<br />
departamento comercial<br />
do GRUPO JOTA, Paulo<br />
Guilherme Fenzke, consultor<br />
técnico da Bruno Industrial e<br />
Rafael Macedo, editor.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
10<br />
www.referenciaflorestal.com.br
COLUNA<br />
Foto: divulgação<br />
Ivan Tomaselli<br />
Diretor-presidente da Stcp<br />
Engenharia de Projetos Ltda<br />
Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />
E A CRISE,<br />
COMO RESOLVER?<br />
Existem opções para se ajustar ao momento, o errado é manter a maneira com<br />
que se vinha operando até então<br />
A<br />
pós o Plano Real, o Brasil viveu um período de<br />
relativa estabilidade econômica e política. Alguns<br />
períodos de crise ocorreram, basicamente<br />
como efeito da deterioração da economia mundial, mas<br />
a recuperação foi relativamente rápida.<br />
Na década passada o país foi beneficiado por vários<br />
fatores externos, em especial pelo crescimento do comércio<br />
internacional e dos preços dos produtos de base<br />
(commodities). Com um período de crescimento e fartura,<br />
o governo começou a gastar acima da sua capacidade de<br />
sustentação de longo prazo. Foram criados incentivos<br />
para aumentar o consumo, por meio de desonerações de<br />
alguns setores da economia e aumento do crédito. Com<br />
isto o endividamento das pessoas cresceu.<br />
Esta fase passou. O preço do petróleo, minerais e<br />
outros produtos de base tiveram uma redução significativa<br />
nos últimos tempos. O comércio mundial praticamente<br />
parou de crescer. Isto tem afetado principalmente os<br />
países emergentes: Brasil, Rússia e outros. Até mesmo a<br />
China reduziu as suas taxas de crescimento.<br />
A crise brasileira, em particular, é extremamente grave<br />
e não está relacionada exclusivamente a mudanças no cenário<br />
internacional. O governo agora reduziu a expectativa<br />
de superávit fiscal para 0,16% do PIB (Produto Interno<br />
Bruto), mas este superávit depende das receitas para os<br />
próximos meses. As receitas com impostos vêm caindo,<br />
resultado da desaceleração da economia. Alternativas<br />
como a redução de despesas vem sendo difícil de concretizar.<br />
A geração de outras receitas passa por fórmulas<br />
complicadas, como a de tributação da repatriação de recursos<br />
financeiros dos brasileiros no exterior, entre outros.<br />
O superávit previsto é de 0,16% do PIB, mas o custo<br />
dos juros da dívida está próximo de 7% do PIB, resultado<br />
da taxa de juros mais alta do mundo. O superávit é zero,<br />
mas o custo da dívida é altíssimo. O resultado será um<br />
aumento da dívida, já que não existe superávit e os juros<br />
deverão continuar altos para combater a inflação. A dívida<br />
tende, no curto prazo, chegar a 60% do PIB, mas a<br />
arrecadação do governo não tem perspectivas de crescer<br />
no médio prazo, a não ser que seja via aumento de impostos.<br />
A inflação deve continuar alta, o desemprego vai<br />
crescer e a renda diminuir. Existe ainda uma crise política,<br />
e a confiança do consumidor e dos investidores é baixa.<br />
O efeito da crise já é sentido por todos os setores da<br />
economia e por toda sociedade. Para o setor florestal o<br />
efeito deverá ser devastador. Afora a redução da renda<br />
dos assalariados, a queda da construção civil, em especial,<br />
já reduziu a demanda por produtos de madeira. No curto<br />
prazo a demanda de móveis deverá diminuir. Também<br />
está caindo a demanda de madeira, papel e cartão para<br />
embalagens. Não existe solução fácil, mas o setor florestal<br />
precisa se ajustar para uma nova realidade. Uma opção<br />
é investir para melhorar a competitividade e ganhar<br />
mercado em outros países. A desvalorização do real nos<br />
últimos meses tem facilitado a exportação, mas este<br />
ganho de competitividade é momentâneo e outras ações<br />
são necessárias para garantir a permanência no mercado<br />
internacional. Outra opção é reduzir, ou paralisar, a produção<br />
e esperar por uma nova fase de crescimento da<br />
economia nacional. O que não deve ser feito é continuar<br />
operando da mesma forma que no passado, esperando<br />
que algo aconteça e o problema seja resolvido.<br />
O setor florestal precisa se ajustar para uma nova realidade<br />
12<br />
www.referenciaflorestal.com.br
Viva o Progresso.<br />
Equipamento de movimentação<br />
de materiais.<br />
Máxima rentabilidade graças à tecnologia empregada<br />
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operador que proporciona alta performance<br />
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PROGRESSO<br />
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O Grupo
NOTAS<br />
DESTINO:<br />
CHINA<br />
Foto: divulgação<br />
De acordo com o AgroStat (Sistema<br />
de Estatísticas de Comércio<br />
Exterior do Agronegócio Brasileiro),<br />
do Mapa (Ministério da Agricultura,<br />
Pecuária e Abastecimento), a China<br />
foi o principal destino das exportações<br />
do agronegócio brasileiro no<br />
primeiro semestre de <strong>2015</strong>. Durante<br />
os seis meses, os embarques<br />
do Brasil alcançaram US$ 11,75 bilhões,<br />
o que representa 27,2% do<br />
total exportado pelo setor, que alcançou US$ 43,26 bilhões. Mesmo assim, houve queda de 17,5% no valor em relação<br />
ao mesmo período de 2014, em que foi somado US$ 14,23 bilhões. Os produtos florestais foram destaques no ranking,<br />
pois ocuparam a segunda posição com US$ 906,33 milhões gerados pela exportação.<br />
ANTES DA<br />
PRIMEIRA CHAMA<br />
O SMI-<strong>Florestal</strong> (Sistema de Monitoramento de Incêndio<br />
<strong>Florestal</strong>), implantado pela Semas (Secretaria de Estado de Meio<br />
Ambiente e Sustentabilidade), irá vistoriar as áreas do Pará com<br />
maior intensidade de focos de calor e, também, tentativas de<br />
incêndios florestais. Segundo o diretor de geotecnologias da<br />
Semas, Vicente Sousa, o SMI-<strong>Florestal</strong> vai possibilitar o monitoramento<br />
de incêndios florestais que ocorrem, principalmente,<br />
no período conhecido como Verão Amazônico, época em que<br />
há menor incidência de chuva. Os dados serão enviados a cada<br />
quatro horas pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)<br />
e serão avaliados em laboratório. Sousa também afirmou<br />
que as ações de campo serão retomadas, incluindo brigadas<br />
voluntárias. Com isso, será possível prever, quase em tempo<br />
real, a ocorrência desses sinistros. O objetivo é permitir o acesso<br />
a essas informações tanto aos órgãos que atuam na prevenção<br />
e combate a incêndios quanto ao público em geral interessado<br />
em acompanhar esses dados.<br />
Foto: divulgação<br />
14<br />
www.referenciaflorestal.com.br
HOMENAGEM<br />
Foto: divulgação<br />
A Revista REFERÊNCIA FLORESTAL faz uma homenagem<br />
em memória de Anderson Kaiser, diretor comercial da<br />
Bruno Industrial. Anderson nasceu em Videira (SC), no dia<br />
14 de janeiro de 1977. Na adolescência mudou-se com a<br />
família para Campos Novos (SC). Filho de Arlete e Ivo Kaiser,<br />
era formado em Engenharia Mecânica e dedicou a vida<br />
profissional à Bruno Industrial. Trabalhou intensamente no<br />
avanço tecnológico dos equipamentos para o setor florestal<br />
e de biomassa fabricados no Brasil. Parte da evolução<br />
destas máquinas se deve ao esforço incansável de Anderson<br />
por um mercado mais competitivo. Ele faleceu no dia 27 de<br />
julho, após um acidente de carro quando viajava à trabalho.<br />
O empresário deixa esposa e dois filhos.<br />
PROGRAMA<br />
MAIS ÁRVORES<br />
Um dos resultados do Dia de Campo do Programa<br />
Mais Árvores, realizado de 10 a 17 de julho, na<br />
Bahia, foi definir que Alagoinhas, Barreiras, Eunapólis<br />
e Vitória da Conquista serão, em 2016, unidades<br />
produtivas florestais para difusão de conhecimento<br />
sobre sistemas agroflorestais. Os dois temas<br />
principais, abordados pela CNA (Confederação da<br />
Agricultura e Pecuária do Brasil) durante a ação,<br />
foram o manejo florestal para usos múltiplos de<br />
madeira e a gestão da propriedade rural. Segundo<br />
o diretor executivo da Abaf (Associação Baiana das<br />
Empresas de Base <strong>Florestal</strong>), Wilson Andrade, “a<br />
Bahia importa 90% da madeira que consome, embora<br />
detenha o recorde mundial de produtividade<br />
de área reflorestada (45 metros cúbicos/hectare).<br />
O programa Mais Árvores existe há 5 anos, já foi<br />
apresentado em outros Estados, mas saiu do papel<br />
mesmo somente agora, dentro do Mais Árvores Bahia. O objetivo é que em três anos o Estado ultrapasse a marca de 1 milhão<br />
de hectares plantados”. Aproximadamente 400 produtores participaram do evento, que tem como objetivo estimular o produtor<br />
rural a investir no plantio e manejo de florestas comerciais para usos múltiplos (produtos madeireiros e não madeireiros).<br />
Foto: Abaf<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
15
NOTAS<br />
REPOSIÇÃO<br />
FLORESTAL<br />
Foto: divulgação<br />
Com a proposta de reduzir juros, ITR (Imposto sobre<br />
a Propriedade Territorial Rural) e encargos financeiros<br />
incidentes sobre as operações de crédito rural para<br />
aqueles que adotarem ações ambientais, um projeto de<br />
lei está em discussão na Câmara dos Deputados. O autor<br />
do PL1465/15, o deputado Augusto Carvalho (SD-DF),<br />
documentou que a recuperação da cobertura florestal<br />
poderá ocorrer por meio de plantio de espécies nativas<br />
ou não, mesmo nas áreas de APP (Áreas de Preservação<br />
Permanente) e de RL (Reserva Legal) exigidas pelo Código<br />
<strong>Florestal</strong> brasileiro. O desassoreamento, segundo a proposta,<br />
poderá ser feito em rios, córregos, cursos de água<br />
ou nascentes. De acordo com o deputado, os incentivos<br />
são tentativas de diminuir e reverter o cenário brasileiro,<br />
seja por falta de água ou desmatamento. Para ele, é necessário<br />
também que os agricultores sejam motivados,<br />
principalmente, financeiramente, para ajudar a viabilizar<br />
os custos das operações.<br />
CERTIFICAÇÃO<br />
FLORESTAL<br />
O FSC (Conselho Brasileiro de Manejo <strong>Florestal</strong>), pela<br />
primeira vez em sua história, está revendo seus indicadores<br />
genéricos internacionais, padrão considerado base nas auditoriais<br />
de campos de todos os países em que está representado.<br />
O intuito da entidade é que o movimento sirva de referência<br />
para que padrões adequados sejam elaborados conforme<br />
a realidade de cada país. No caso do Brasil, a ação causará<br />
mudanças no padrão para manejo florestal de terra firme, na<br />
amazônia brasileira, que considera florestas naturais e padrão<br />
para plantações florestais. Além disso, ambos deverão prever<br />
indicadores para as comunidades e pequenos produtores, já<br />
que o padrão específico para esses casos, o Slimf (Small and Low Intensity Managed Forests), deixará de existir. O comitê,<br />
que irá indicar e discutir as adequações necessárias, terá participação de profissionais das áreas de certificação de florestas<br />
naturais e de plantações florestais do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação <strong>Florestal</strong> e Agrícola). As audiências<br />
públicas para a primeira versão da proposta, em que são apresentadas sugestões e críticas, estão previstas para final de<br />
<strong>2015</strong> e início de 2016.<br />
Imagem: divulgação<br />
16<br />
www.referenciaflorestal.com.br
Picador a tambor<br />
POWER MACHINES FEZER realiza exportação de Picador<br />
a Tambor Gigante para os Estados Unidos<br />
Com rotor de 2m de diâmetro, boca de 80 cm<br />
de altura por 1,2 m de largura, e acionamento<br />
de 1.200 HP. Irá produzir cavacos de 100 mm<br />
com toras de carvalho. A máquina foi entregue<br />
com transportador de entrada resistente a<br />
impactos e transportador de saída inclinado.<br />
Somente o picador com acionamento pesou<br />
mais de 65 toneladas<br />
Rua Gerhard Fezer, 865 • Caçador/SC • (49) 3561.2222<br />
fezer@fezer.com.br • www.fezer.com.br
NOTAS<br />
SETOR FLORESTAL<br />
CRESCE NA BAHIA<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Segundo a Abaf (Associação Baiana de Empresas de Base<br />
<strong>Florestal</strong>), a Bahia, desde 2013, registra um crescimento anual<br />
de 6,5% em relação ao ano anterior. Além de ser o quinto lugar<br />
no ranking dos Estados brasileiros produtores de floresta,<br />
representa aproximadamente 10% da área total plantada<br />
no Brasil, que possui sete milhões de hectares. Estima-se<br />
que a área de plantação seja ampliada até 2018, há previsão<br />
de que 300 mil hectares passem pelo processo de plantio. O<br />
Estado possui 95 empresas de base florestal que geram 300<br />
mil empregos e poderá nos próximos três anos contar ainda<br />
com um terreno produtivo de um milhão de hectares, gerando aumento de 15% no número de empregos. É importante<br />
destacar que somente o setor florestal baiano representa 5,4% do PIB (Produto Interno Bruto) da Bahia, apresentando<br />
R$ 9,02 bilhões. No caso da exportação, o Estado apresenta 14,9% do que é gerado pelo país.<br />
MANEJO<br />
FLORESTAL<br />
DA CAATINGA<br />
A Semar (Secretaria Estadual de Meio Ambiente<br />
e Recursos Hídricos do Piauí) e o Ministério<br />
do Meio Ambiente, por meio do SFB (Serviço<br />
<strong>Florestal</strong> Brasileiro) e a Apne (Associação de<br />
Plantas do Nordeste), realizaram o Seminário<br />
Estadual sobre Manejo <strong>Florestal</strong> da Caatinga.<br />
O intuito do evento foi apresentar trabalhos e<br />
técnicas de manejo que podem ser utilizadas no<br />
bioma. Segundo o superintendente de Meio Ambiente da Semar, Carlos Moura Fé, a exploração correta possibilita o aumento<br />
dos rendimentos, proporciona trabalho sustentável e obedece à legislação existente. De acordo com o engenheiro florestal e<br />
coordenador da Apne, Frans Pareyn, “em 2013, a associação constatou que 59% da lenha consumida da caatinga era oriunda<br />
de desmatamento ilegal. Esse percentual, com aplicação de planos de manejo, é de 25%. O bioma tem potencial para suprir<br />
a demanda anual de lenha apenas com manejo florestal, sem colocar em risco a sustentabilidade”.<br />
Foto: Paulo de Araújo<br />
18<br />
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NOTAS<br />
SUSTENTABILIDADE E<br />
GOVERNANÇA<br />
Imagem: reprodução<br />
Promovido pela STCP Engenharia de Projetos<br />
e pela Milano Consultoria e Planejamento, o IV<br />
Fórum Sustentabilidade & Governança ocorrerá nos<br />
dias 18 e 19 de agosto, em Curitiba (PR). O evento é<br />
uma oportunidade para quem deseja acompanhar<br />
o status atual do desenvolvimento de negócios<br />
sustentáveis por meio de experiências de grandes<br />
organizações e grupos investidores de diferentes<br />
segmentos da economia. A cada ano, o Fórum conta<br />
com a participação de executivos de empresas privadas,<br />
dirigentes de instituições governamentais,<br />
do terceiro setor, de organizações associativas<br />
setoriais e de instituições públicas. Na quarta edição, o evento vai discutir tendências e perspectivas relacionadas<br />
aos eixos: Sustentabilidade e Governança nas Empresas; Desenvolvimento e Sustentabilidade Econômica, Social e<br />
Ambiental no Agronegócio; Governança e Sustentabilidade como Fundamentos e Critérios de Investimento; Capital<br />
Natural e Sustentabilidade. Para saber como participar do Fórum, acesse: www.sustentabilidadegovernanca.com.br<br />
FLORESTA EM<br />
PÁGINAS<br />
A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento<br />
e o Instituto de Florestas do Paraná<br />
lançaram o livro: Mapeamento dos Plantios<br />
Florestais do Estado do Paraná. A publicação<br />
traz o levantamento completo de todas as<br />
áreas plantadas com pinus e eucalipto no<br />
Estado, que somam 1.066.479 hectares. A<br />
tiragem é de 1.000 unidades para distribuição<br />
entre o público interessado e estará também<br />
disponível em PDF para download no site do<br />
Instituto de Florestas. O objetivo é compartilhar as informações necessárias para a constituição de base técnica para atrair<br />
mais investidores e também direcionar linhas de financiamento. A intenção do governo estadual é que o levantamento sirva<br />
para atração de novos investimentos.<br />
Foto: divulgação<br />
20<br />
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BAIXA<br />
22<br />
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A SOLUÇÃO ECONÔMICA<br />
PARA<br />
EXTERMINAR FORMIGUEIROS
BIOMASSA<br />
BIOMASSA DEVE<br />
CRESCER 37%<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
S<br />
egundo um estudo do NEO (Energy Outlook)<br />
feito pela Bnef (Bloomberg New<br />
Energy Finance), o Brasil poderá alcançar<br />
US$ 300 bilhões em investimentos com energia<br />
elétrica até 2040. A pesquisa aponta que, nos<br />
próximos 25 anos, a utilização de fontes alternativas<br />
de energia (eólica, solar e biomassa principalmente<br />
na forma de cavaco) deverá saltar dos<br />
atuais 14% de capacidade instalada para 51% no<br />
país. A Bnef afirmou que US$ 26 bilhões serão<br />
direcionadas à potencialidade da biomassa, US$<br />
125 bilhões para investimentos em energia solar,<br />
US$ 84 bilhões para energia eólica, US$ 23<br />
bilhões voltados para projetos de grandes e pequenas<br />
hidrelétricas e, por fim, US$ 93 bilhões<br />
para geração distribuída de energia por meio de<br />
sistemas fotovoltaicos no telhado de casas e em<br />
edifícios residenciais e comerciais.<br />
AGENDA<br />
ESTRATÉGICA<br />
A<br />
Comissão Nacional de Silvicultura<br />
e Agrossilvicultura da CNA (Confederação<br />
de Agricultura e Pecuária<br />
do Brasil) pretende criar uma agenda<br />
estratégica para propor dinamismos para o<br />
setor de biomassa. A intenção da entidade<br />
é aumentar a competitividade da biomassa<br />
florestal na matriz energética nacional e<br />
integrar no processo a visão acadêmica, o<br />
setor privado e o governo. Além de buscar<br />
soluções para melhorar os rendimentos<br />
dos produtores. De acordo com a CNA, os<br />
principais entraves para a expansão da atividade<br />
são o preço-teto baixo, a oferta maior que a procura e a falta de políticas públicas. Hoje, cerca de 21 milhões de<br />
toneladas de resíduos de serrarias, da indústria moveleira e madeireira, são desperdiçadas por ano, segundo estudo da<br />
UNB (Universidade de Brasília). Esse potencial pouco aproveitado tem 4,1 mega TEP (tonelada equivalente de petróleo)<br />
ou 1,4% de toda oferta interna de energia no Brasil em 2013, o que poderia gerar energia limpa.<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
24<br />
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APLICAÇÃO<br />
PLANTAS NO<br />
CELULAR<br />
O<br />
Pl@ntNet, aplicativo<br />
que funciona a partir<br />
de um sistema de informações<br />
colaborativo, poderá<br />
ajudar amadores, estudantes<br />
e profissionais que trabalham<br />
com plantas. O projeto pode<br />
identificar 4,1 mil espécies cadastradas<br />
e, agora, conta com<br />
uma versão para smartphones<br />
com sistemas iOS ou Android.<br />
O banco de dados é sustentado<br />
pelos próprios usuários, que<br />
vendem as imagens das plantas<br />
para o Pl@ntNet e, com isso, compartilham mais informações com os demais usuários. Até o momento, o projeto possui<br />
três bases de dados: uma chamada de Oceano Índico, outra de Europa Ocidental e uma especial para a Expo Milano<br />
<strong>2015</strong>. O vídeo do aplicativo pode ser visto no site do Pl@ntNet (http://m.plantnet-project.org/).<br />
Foto: Inria Actus/divulgação<br />
RADAR ORBITAL<br />
Foto: divulgação<br />
O<br />
Censipam (Centro Gestor e Operacional<br />
do Sistema de Proteção da Amazônia) e<br />
o Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento<br />
Social e Econômico) assinaram, no Ministério<br />
da Defesa, o contrato de financiamento<br />
para a compra de imagens de radares acoplados<br />
em satélites. A decisão foi tomada para evoluir o<br />
monitoramento de desmatamento na Amazônia,<br />
principalmente, no período em que a região está encoberta por nuvens. A partir do radar orbital será possível<br />
coletar informações diariamente e vigiar uma área três vezes maior, chegando a 950 mil Km² (quilômetros quadrados).<br />
Hoje, o sistema cobre 280 mil Km², que são monitorados quinzenalmente. O projeto é de fornecedores<br />
internacionais e terá investimento de R$ 80,5 milhões, que vão sair dos recursos do Fundo Amazônia e do Orçamento<br />
da União. O edital para a operação do radar orbital será finalizado pelo Censipam e, segundo o ministro da<br />
Defesa, Jaques Wagner, deve funcionar imediatamente. A medida faz parte do Projeto Amazônia SAR, do Gabinete<br />
Permanente de Gestão Integrada para Proteção do Meio Ambiente, ligado ao Ministério da Defesa.<br />
26<br />
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FRASES<br />
As regiões que<br />
estavam com menor<br />
adesão tiveram<br />
um incremento<br />
considerável. O<br />
Rio Grande do Sul,<br />
após a aprovação<br />
da regulamentação<br />
estadual, demonstra<br />
que irá retomar<br />
o ritmo dos<br />
cadastramentos. Assim<br />
como os Estados<br />
do Nordeste que<br />
tiveram um acréscimo<br />
considerável no último<br />
mês<br />
Diretor do Serviço <strong>Florestal</strong><br />
Brasileiro, Raimundo Deusdará<br />
Filho, sobre os números do CAR<br />
divulgados pelo SFB durante o I<br />
Encontro de Integração com os<br />
Estados sobre o Cadastro<br />
Ambiental Rural<br />
Não existe solução para o desafio das mudanças<br />
climáticas sem envolver as florestas<br />
José Luciano Penido, presidente de Conselho de Administração da Fibria, durante o<br />
lançamento da Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura<br />
São esses manejos que garantem a produção e,<br />
principalmente, garantem a floresta em pé. Sem contar<br />
os problemas sociais que essas demissões acarretam,<br />
sempre onerando o poder público<br />
Trecho da carta entregue ao governador do Mato Grosso, Pedro Taques, que clama por<br />
melhor atendimento ao setor florestal na cidade de Aripuanã (MT)<br />
O setor florestal é amigo do meio ambiente e<br />
cuida da terra de forma rigorosa. Hoje, o Brasil tem<br />
7,6 milhões de hectares com florestas plantadas e o<br />
setor foi muito importante na elaboração do Código<br />
<strong>Florestal</strong><br />
O deputado federal Newton Cardoso Junior (Pmdb/MG), agora presidente da Frente<br />
Parlamentar de Silvicultura, durante o seu discurso de posse no dia 15 de julho, em<br />
Brasília<br />
Foto: Giba/Ministério do Meio Ambiente<br />
O manejo é uma alternativa para a propriedade, um<br />
fator que vai agregar na renda do produtor rural, mas<br />
não é a salvação da lavoura. Se for aplicado de forma<br />
errada, nunca vai ser sustentável<br />
Chefe da divisão de manejo florestal do Imac (Instituto de Meio Ambiente do Acre),<br />
Quelyson Souza de Lima, sobre as investigações de uso de manejo para retirada ilegal<br />
de madeira<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
27
ENTREVISTA<br />
Foto: divulgação<br />
Odair Beltrame<br />
LOCAL DE NASCIMENTO<br />
Rio do Sul (SC), em 16 de novembro de 1969<br />
November 16, 1969, Rio do Sul (SC)<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Gerente comercial e de suprimentos na Brookfield Brasil Timber<br />
Experiência de mais de 30 anos no Setor <strong>Florestal</strong> Brasileiro<br />
Manager of Sales and Supply for Brookfield Brasil Timber<br />
More than 30 years experience in the Brazilian Forest Sector<br />
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />
Marketing com especialização em Logística<br />
Marketing specializing in Logistics<br />
Bom negócio em tempos de crise<br />
Good business in times of crisis<br />
28<br />
www.referenciaflorestal.com.br
O Brasil não passa por um bom momento econômico. Como<br />
saber quando, quanto e qual investimento apostar em uma<br />
fase como esta?<br />
Não é prudente discutir o momento político e econômico<br />
brasileiro, mas é evidente que seus desdobramentos podem<br />
influenciar de forma negativa os investimentos florestais. Acredito<br />
que alguns setores ligados a florestas plantadas irão sentir<br />
mais os efeitos da crise atual, entre eles a siderurgia a carvão<br />
vegetal. Por outro lado, aquelas empresas com bom nível de<br />
competitividade podem explorar as oportunidades no mercado<br />
externo. O destaque é o setor de celulose, que até agora não<br />
sentiu os efeitos da crise. Com base nas informações de oferta<br />
e demanda, é possível identificar com clareza quais regiões e<br />
setores estão preparados para receber mais investimentos<br />
florestais. O Brasil ainda oferece excelentes oportunidades<br />
no setor florestal. Cabe ao investidor ficar alerta e se afastar<br />
de setores que não têm capacidade e fôlego para sobreviver<br />
a momentos de crise. Entendemos que o setor de celulose<br />
vive um momento interessante, aliando alta demanda com<br />
câmbio favorável. Sabemos, entretanto, que os movimentos<br />
de mercado são cíclicos, e segmentos que estão passando por<br />
uma crise agora, poderão voltar a mostrar resultados positivos<br />
no futuro. Portanto, uma boa estratégia é diversificar os investimentos<br />
em produtos que atendam a diferentes demandas.<br />
Alguns economistas dizem que é exatamente nessas horas<br />
que o bom investidor acha grandes oportunidades que rendem<br />
muito quando a situação melhora. Acredita que seja<br />
viável esse conceito para o setor florestal? Tem alguma dica?<br />
Boas oportunidades sempre existem. Um ponto muito importante<br />
é entender o nível de risco que o investidor está<br />
preparado para assumir. Nos momentos difíceis, normalmente<br />
o nível de risco aumenta, mas é possível encontrar boas oportunidades,<br />
que não aparecem quando a economia está aquecida.<br />
Conforme já mencionei, é preciso analisar as expectativas<br />
de longo prazo para os mercados consumidores de madeira.<br />
Esta é a chave para decidir onde plantar árvores. Outro ponto<br />
importante é entender quais espécies o mercado vai querer<br />
nos próximos anos. Não adianta investir em pinus quando a<br />
demanda futura indica que haverá aumento de consumo de<br />
Currently, Brazil isn’t going through favorable economic<br />
times. How do you know when, how much and what investments<br />
to bet on in a phase like this?<br />
It is not wise to discuss the Brazilian political and economic<br />
scene, but it is clear that whatever happens can negatively<br />
influence investment. I believe that some sectors related<br />
to planted forests will feel the effects of the current crisis,<br />
amongst them is the Metallurgical Charcoal Sector. On the<br />
other hand, those companies with a good level of competitiveness<br />
can exploit opportunities in foreign markets. The<br />
highlight is the Pulp Sector, which, so far, has not felt the effects<br />
of the crisis. Based on supply and demand information,<br />
it is possible to clearly identify, which regions and sectors are<br />
prepared to receive more investment. Brazil still offers excellent<br />
opportunities in the Forestry Sector. It is up to the investor<br />
to remain alert and stay away from the sectors that have<br />
no capacity and breath to survive a crisis. We understand that<br />
the Pulp Sector is at an interesting crossroads, combining increased<br />
demand with favorable exchange rates. We know,<br />
however, that market movements are cyclical, and segments<br />
that are going through a crisis now, can return to give positive<br />
results in the future. Therefore, a good strategy is to diversify<br />
investments in products that meet different demands.<br />
Some economists say that it is exactly at these times, where<br />
the intelligent investor looks for those opportunities that<br />
can have an exceptional return when the situation improves.<br />
Do you believe that this concept applies in the Forestry<br />
Sector? Do you have any tips?<br />
Good opportunities always exist. A very important point is<br />
to understand the level of risk that the investor is prepared<br />
to take. In difficult times, usually the level of risk increases,<br />
but it is still possible to find good opportunities that don’t appear<br />
when the economy is running at full steam. As already<br />
mentioned, it is necessary to analyze the long-term expectations<br />
for the timber consumer markets. This is the key to<br />
deciding where to plant trees. Another important point is to<br />
understand which species the market will require in the coming<br />
years. There’s no point investing in Pine when future demand<br />
indicates that there will be an increase of Eucalyptus<br />
“Boas oportunidades sempre existem. Um ponto<br />
muito importante é entender o nível de risco que o<br />
investidor está preparado para assumir”<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
29
ENTREVISTA<br />
“Sempre que for possível dentro da estratégia de<br />
investimento, o correto é diversificar ao máximo para<br />
ter no futuro madeira de múltiplo uso”<br />
30<br />
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<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
31
ENTREVISTA<br />
32<br />
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ENTREVISTA<br />
“Falta de segurança institucional e mudanças nas<br />
regras têm deixado os investidores estrangeiros<br />
apreensivos com o Brasil. E isto não acontece só no<br />
setor de florestas plantadas. Vários investimentos<br />
externos foram engavetados por falta de garantias”<br />
34<br />
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<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
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PRINCIPAL<br />
Ninho<br />
adulto<br />
de saúva<br />
limão<br />
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“<br />
O controle de pré-corte é uma etapa importantíssima<br />
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<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
39
PRINCIPAL<br />
NA PRÁTICA<br />
“<br />
Mais importante do que o tipo de monitoramento realizado<br />
é a garantia de implementar este sistema dentro da<br />
companhia, aumentando assim o nível de assertividade nas<br />
decisões para o combate de formigas e por consequência<br />
a prevenção ou mitigação de perdas expressivas na<br />
produtividade dos plantios florestais”<br />
LUIS RENATO JUNQUEIRA,<br />
COORDENAÇÃO EXECUTIVA DO PROTEF<br />
40<br />
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Produtos<br />
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<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
41
PRINCIPAL<br />
AO ATAQUE<br />
Carregamento<br />
do formicida<br />
Dinagro-S<br />
pelas<br />
cortadeiras<br />
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COMO APLICAR<br />
Estrutura<br />
interna de<br />
um ninho<br />
de saúva<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
43
PRINCIPAL<br />
CERTIFICAÇÃO<br />
CERTIFICATION<br />
44<br />
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As principais vantagens do projeto piloto para o Brasil<br />
são as de ter os pedidos de derrogação avaliados por<br />
especialistas que compreendem o contexto nacional de<br />
florestas e o manejo integrado de pragas”<br />
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Foto: Embrapa Florestas<br />
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Muda de mogno<br />
brasileiro em plantio<br />
misto, espécie que<br />
será abordada em<br />
eventos futuros<br />
Foto: divulgação<br />
A<br />
Embrapa Florestas promoveu o curso<br />
“Legislação, coleta e manejo de sementes<br />
e produção de mudas de espécies<br />
florestais - Bioma Mata Atlântica”. Com duração<br />
de quatro dias, o evento capacitou os participantes<br />
em técnicas de coleta de sementes e produção<br />
de mudas, bem como nos procedimentos e<br />
normas previstos na legislação a serem seguidos<br />
para produção e comercialização. O curso, realizado<br />
no início do mês de julho, faz parte do projeto<br />
especial: Soluções tecnológicas para a adequação<br />
da paisagem rural ao Código <strong>Florestal</strong> Brasileiro;<br />
da diretoria da Embrapa. Atividades similares serão<br />
realizadas em todos os biomas, nesse e nos<br />
próximos três anos.<br />
Com a reforma do Código <strong>Florestal</strong> Brasileiro,<br />
que tornou possível a compensação de passivos<br />
ambientais e reposição de áreas que devem ser<br />
preservadas, houve o aumento na demanda por<br />
sementes e mudas de espécies florestais nativas<br />
e por mais informações técnicas sobre o assunto.<br />
“A intenção deste curso foi dar uma ampla visão<br />
aos participantes para que estejam aptos a atender<br />
esta demanda”, explica João Antonio Pereira<br />
Fowler, pesquisador da Embrapa Florestas e coordenador<br />
da atividade.<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
47
SILVICULTURA<br />
Plantio comercial de<br />
paricá, realizado na<br />
região norte do Brasil<br />
Foto: grupo concrem<br />
O primeiro módulo tratou da produção de sementes<br />
e mudas tanto no campo técnico quanto<br />
no legislativo. O pesquisador Sérgio Ahrens, da<br />
Embrapa Florestas, aprofundou tópicos do Código<br />
<strong>Florestal</strong> e destacou as necessidades e oportunidades<br />
encontradas nas APPs (Áreas de Preservação<br />
Permanente) e RL (Reserva Legal). No mesmo<br />
módulo, Ariane Paes de Barros W. Thomazini, da<br />
superintendência federal de agricultura no Paraná<br />
do Mapa (Ministério de Agricultura, Pecuária<br />
e Abastecimento), apresentou todas as normas<br />
utilizadas pelo Ministério para a produção de sementes<br />
e mudas de espécies florestais. Ao final da<br />
apresentação, Ariane ressaltou que todos os dispositivos<br />
utilizados atualmente têm a finalidade<br />
de “garantir a oferta de materiais de propagação<br />
vegetal de qualidade para os produtores rurais,<br />
garantindo os padrões de qualidade fisiológica,<br />
fitossanitária e identidade genética”.<br />
O segundo módulo abordou a coleta e manejo<br />
de sementes de espécies florestais. João Antonio<br />
Pereira Fowler ressaltou que as sementes<br />
são o principal meio de propagação das espécies<br />
e sua qualidade segue os critérios físico (pureza),<br />
fisiológico (germinação e vigor) e genético (adaptação<br />
e variabilidade). Itens como planejamento,<br />
coleta, beneficiamento e armazenamento de<br />
sementes foram aprofundados e detalhados aos<br />
48<br />
www.referenciaflorestal.com.br
Foto: embrapa florestas<br />
participantes.<br />
O terceiro módulo trabalhou a produção de<br />
mudas de espécies florestais, contemplando<br />
substratos, viveiros e técnicas de propagação sexuada,<br />
sob a orientação do pesquisador Ivar Wendling,<br />
da Embrapa Florestas. A escolha do método<br />
de propagação foi bastante ressaltada, pois interfere<br />
na qualidade da recuperação ambiental bem<br />
como na estrutura e práticas necessárias para a<br />
propagação das espécies.<br />
A prevenção e controle de pragas e doenças<br />
também foram abordadas. Segundo Álvaro Figueredo<br />
dos Santos, pesquisador da Embrapa Florestas,<br />
“as sementes podem ser um ótimo veículo de<br />
propagação de doenças, pois podem portar organismos<br />
patogênicos, e por isso, também precisam<br />
ser cuidadas”. As pragas que ocorrem em sementes<br />
e mudas foram abordadas pelo pesquisador<br />
Marcílio José Thomazini, que detalhou a ação de<br />
insetos que as atacam.<br />
O último módulo contou com práticas de<br />
campo no viveiro e de escalada em árvores para<br />
coleta de sementes, um dos processos para se<br />
obter amostras com boa qualidade em determinadas<br />
espécies. “É importante que todo esse arcabouço<br />
teórico, passado nos primeiros dias, seja<br />
demonstrado na prática”, observou o coordenador<br />
do curso, João Fowler.<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
49
TECNOLOGIA<br />
50<br />
www.referenciaflorestal.com.br
TECNOLOGIA<br />
FINLANDESA COM<br />
CARA DE BRASIL<br />
EM DIA DE CAMPO MUITO<br />
CONCORRIDO, MINUSA<br />
FOREST APRESENTOU PELA<br />
PRIMEIRA VEZ NO BRASIL O<br />
FORWARDER LOGSET 8F GT<br />
Fotos: REFERÊNCIA<br />
A<br />
Minusa Forest, representante exclusiva dos<br />
equipamentos Logset no Brasil, apresentou oficialmente<br />
o primeiro forwarder da empresa finlandesa<br />
a aportar em terras brasileiras. A máquina pôde<br />
ser observada em operação no dia de campo, realizado<br />
em 17 de julho, na cidade de Lages (SC). Além da atração<br />
principal, os mais de 150 convidados acompanharam o<br />
processo de colheita e transporte florestal. O evento foi<br />
realizado em parceria com a ACR (Associação Catarinense<br />
de Empresas Florestais).<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
51
TECNOLOGIA<br />
Os trabalhos, que iniciaram no período da manhã,<br />
na sede da Minusa em Lages, foram acompanhados de<br />
perto por funcionários e representantes das 32 empresas<br />
associadas que fazem parte da ACR. Na sequência,<br />
realizou-se uma visita guiada pela empresa onde todos<br />
puderam conhecer as instalações e o processo de fabricação.<br />
O show ficou para a parte da tarde, na Fazenda Zapellini.<br />
A dinâmica da colheita ficou por conta de dois<br />
cabeçotes harvesters Logset TH45 e TH65, acoplados<br />
em máquina a base de esteiras. Eles realizaram desbaste<br />
seletivo e corte raso de pinus. Para fazer o trabalho de<br />
baldeio foi utilizado o forwarder Logset 8F GT, lançamento<br />
nacional. “Possui alta capacidade de carregamento,<br />
baixo consumo de combustível e tem um custo benefício<br />
muito atraente em relação às outras marcas”, apontou<br />
Rubens Kracik Rosa - diretor comercial da Minusa Forest.<br />
“Com o forwarder em operação, os presentes puderam<br />
conhecer todos os diferenciais da máquina, que<br />
agora está disponível ao mercado brasileiro, bem como,<br />
convalidar a eficiência e precisão do cabeçote, além de<br />
todo diferencial de produtos e serviços oferecidos aos<br />
nossos clientes”, destacou Giuseppe Rosa, coordenador<br />
comercial da Minusa Forest. “O destaque da máquina,<br />
sem dúvida, está atrelado ao pacote tecnológico embarcado”,<br />
completou. Outra atração do evento foi o simulador<br />
Logset, que auxilia na capacitação de operadores<br />
florestais. Nele os participantes puderam testar suas habilidades.<br />
O dono da propriedade onde o dia de campo foi realizado,<br />
Arnaldo Zappellini, diretor da Agroflorestal Zappellini,<br />
ficou satisfeito com a apresentação. Ele já conhecia<br />
o equipamento e sabia que iria causar uma boa<br />
impressão aos brasileiros. “Temos negócios com a Minusa<br />
Forest há quase 40 anos. Estive na Finlândia com eles<br />
há três anos, vi uma demonstração e pude comprovar<br />
que a máquina é excelente. Os cabeçotes têm alta tecnologia,<br />
para nossas plantações de pinus é um espetáculo.”<br />
O gerente regional para América Latina e Ibéria da<br />
Logset, Heikki Ulvila também prestigiou o evento. Ele<br />
exaltou a parceria com a representante brasileira. “A Minusa<br />
tem 47 anos de experiência no mercado. É uma marca<br />
sólida, respeitada, de confiança”, afirmou. O gerente<br />
da marca finlandesa projetou boas perspectivas para o<br />
lançamento do equipamento no país. “Imaginamos que<br />
o Brasil vá dobrar a produção da indústria florestal nos<br />
próximos três ou cinco anos. Não existe nenhum país no<br />
mundo que tenha essa cadeia de corte”, completou. De<br />
acordo com ele, o Brasil é um mercado muito competitivo<br />
que precisa ser mecanizado para produzir mais.<br />
52<br />
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<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
53
ESPECIAL<br />
BOAS<br />
PARA<br />
TECA<br />
PLANTAR<br />
SAIBA MAIS SOBRE QUATRO<br />
ESPÉCIES FLORESTAIS PARA<br />
INVESTIR EM PLANTIOS<br />
COMERCIAIS<br />
Foto: arquivo<br />
NESTA EDIÇÃO:<br />
GUANANDI<br />
E<br />
CEDRO<br />
AUSTRALIANO<br />
GUANANDI<br />
Foto: Tropical Flora<br />
54<br />
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CEDRO<br />
AUSTRALIANO<br />
Foto: Eduardo Stehling<br />
MOGNO<br />
AFRICANO<br />
N<br />
esta reportagem especial falamos com empresas<br />
que trabalham com a comercialização<br />
e plantio de quatro espécies florestais: cedro<br />
australiano (Toona ciliata), teca (Tectona grandis), mogno<br />
africano (Khaya ivorensis e Khaya senegalensis) e a nativa<br />
guanandi (Calophyllum brasiliensis). A intenção foi reunir<br />
informações que possibilitem um panorama destas culturas<br />
do ponto de vista comercial. Os números e projeções<br />
foram fornecidos pelas empresas, por isso não são dados<br />
chancelados pela REFERÊNCIA FLORESTAL. Como todo o<br />
investimento é preciso avaliar risco e retorno. A reportagem<br />
rendeu tanto que fomos obrigados a dividir em duas<br />
publicações. Nesta edição selecionamos o guanandi e o<br />
cedro australiano. Em setembro traremos o mogno africano<br />
e a teca.<br />
O setor florestal apresenta várias possibilidades de investimento.<br />
Possui múltiplas indústrias baseadas no uso<br />
da madeira como matéria-prima essencial e ainda conta<br />
com uma infinidade de espécies de árvores. Mas tantas<br />
opções também fazem surgir muitas dúvidas.<br />
Para ajudar a dar um norte para quem tem dinheiro<br />
para investir em floresta, segue o perfil das duas primeiras<br />
candidatas, que levou em consideração espécies com<br />
madeira nobre, ótima adaptabilidade em diversas regiões<br />
brasileiras e mercado comprador. Plantar mais de uma opção<br />
também é interessante.<br />
Foto: Tropical Flora<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
55
ESPECIAL<br />
Foto: Tropical Flora<br />
GUANANDI<br />
56<br />
www.referenciaflorestal.com.br
A única nativa nesse time é o guanandi (Calophyllum<br />
brasiliensis). De acordo com a Tropical Flora Reflorestadora,<br />
principal produtora da espécie no Brasil, a área plantada<br />
alcança de 6 a 7 mil ha (hectare), e está espalhada por<br />
vários Estados. São florestas com até 12 anos de idade.<br />
“Mas acredito que a grande maioria esteja com idade média<br />
de 6 anos, período que tivemos a maior procura por<br />
plantios dessa espécie”, aponta Rodrigo Ciriello, diretor<br />
comercial.<br />
Ele tem uma visão bastante real do negócio quando<br />
assunto é taxa de retorno e que pode se aplicar a todos os<br />
investimentos em novas culturas florestais. “Para definirmos<br />
um número concreto os plantios no país já deveriam<br />
ter chegado ao corte final e essa madeira comercializada,<br />
Foto: Tropical Flora<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
57
ESPECIAL<br />
Foto: Tropical Flora<br />
MERCADO<br />
Foto: Tropical Flora<br />
58<br />
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<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
59
ESPECIAL<br />
CEDRO<br />
Foto: Bela Vista <strong>Florestal</strong><br />
AUSTRALIANO<br />
Foto: Eduardo Stehling<br />
60<br />
www.referenciaflorestal.com.br
Foto: Bela Vista <strong>Florestal</strong><br />
QUEM<br />
COMPRA<br />
QUANTO<br />
PAGAM<br />
Foto: Eduardo Stehling<br />
“O mercado existe, é pulverizado e estabelecido”, assegura.<br />
O produtor de madeira de cedro australiano deve<br />
procurar o mesmo comprador do cedro rosa brasileiro,<br />
que está cada vez mais escasso e caro. Ele lembra que a indústria<br />
está muito carente por produtos com origem, padrão<br />
de qualidade e continuidade de fornecimento, todos<br />
diferenciais de quem tem madeira de floresta plantada.<br />
Com a ampliação dos plantios a tendência é aumentar<br />
o mercado que está ávido por madeira de qualidade.<br />
“Na verdade, nosso maior problema é a pequena escala<br />
de nossa serraria, pois não conseguimos atender fábricas<br />
de portas de Santa Catarina e São Paulo, laminadoras do<br />
Paraná, empresas produtoras de esquadrias para construção<br />
civil de São Paulo, etc”, revela o diretor da Bela Vista<br />
<strong>Florestal</strong>. A indústria de beneficiamento da empresa está<br />
funcionando a pleno vapor. “Precisamos de 60 m³ de tora<br />
por mês, além da madeira de nossa floresta própria”, afirma<br />
Ricardo. Pelo mesmo motivo de escala, a empresa não<br />
projetou até o momento em expandir para as vendas externas.<br />
“Já tivemos vários pedidos acima de 100 m³/mês,<br />
que não conseguimos atender em volume, e mesmo alguns<br />
acima de 2.000 m³/mês.” Os EUA (Estados Unidos da<br />
América) e Caribe são grandes compradores, mas para a<br />
venda ser viável, é preciso atender a quantidade exigida.<br />
A madeira de plantio está bem valorizada. “Estamos<br />
com dificuldade de cumprir nossas cotas de compra de<br />
madeira em função dos preços esperados pelos produtores.”<br />
A Bela Vista paga até R$ 600/m³ da tora, variando em<br />
função do diâmetro.<br />
As pranchas estão sendo comercializadas entre R$<br />
1.700/m³ e R$ 3.500,00/m³, dependendo da qualidade. Já<br />
os produtos acabados, a Bela Vista também trabalha com<br />
lambris, que são vendidos entre R$ 2.200 e R$ 2800/m³.<br />
A empresa lançou ainda a linha Austral, de produtos para<br />
cozinha e objetos de decoração feitos em cedro australiano.<br />
Nesses casos, o metro cúbico de madeira chega a<br />
quase R$ 10 mil. “É importante frisar que esses são preços<br />
para a indústria. Madeira serrada para o consumidor final<br />
chega a R$ 7 mil/m³ e os produtos da Austral podem chegar<br />
a R$ 25/m³.”<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
61
ESPECIAL<br />
O CAMINHO<br />
DO CEDRO<br />
62<br />
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Foto: Bela Vista <strong>Florestal</strong><br />
Foto: Bela Vista <strong>Florestal</strong><br />
Foto: Bela Vista <strong>Florestal</strong><br />
NA PRÓXIMA<br />
EDIÇÃO:<br />
TECA E<br />
MOGNO<br />
AFRICANO
DIA DE CAMPO<br />
Fotos: Vanessa Wolff<br />
MANUTENÇÃO E BOAS PRÁTICAS COM<br />
O CONJUNTO DE CORTE FAZEM TODA<br />
A DIFERENÇA NA PRODUTIVIDADE DA<br />
COLHEITA FLORESTAL<br />
64<br />
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A<br />
produtividade, disponibilidade e segurança<br />
na operação da colheita está ligada ao conjunto<br />
de corte e principalmente à manutenção<br />
adequada. Alguns erros comuns de operadores<br />
florestais e mecânicos podem comprometer esses<br />
aspectos, por isso a orientação destes é essencial<br />
para que a operação no campo traga os resultados<br />
esperados.<br />
Durante os dias 14 e 16 de julho, uma equipe de<br />
técnicos da Agro Assaí, distribuidor dos produtos Oregon,<br />
visitou áreas florestais em Minas Gerais. Nesse<br />
período, eles acompanharam a rotina dos trabalha-<br />
dores no campo, avaliaram os pontos mais importantes<br />
e a partir disto desenvolveram o programa<br />
de atualização personalizado. O trabalho de identificação<br />
de problemas, treinamento do uso correto do<br />
equipamento, e dia de campo, fazem parte do Centro<br />
de Excelência Harvester Oregon.<br />
A primeira parada foi em uma área de plantio florestal,<br />
que fica a 80 Km (quilômetros) da cidade de<br />
Salinas (MG), no Vale do Jequitinhonha. No primeiro<br />
dia de campo, os técnicos da Agro Assaí conheceram<br />
a estrutura de manutenção e observaram os equipamentos<br />
operando.<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
65
DIA DE CAMPO<br />
Os dois módulos de operação na floresta contam<br />
com uma estrutura de escritório, refeitório e oficina.<br />
O primeiro visitado é responsável por dar suporte<br />
a 13 máquinas no total (nove harvesters e quatro<br />
forwarders).<br />
De acordo com Fábio Rodrigues, supervisor de<br />
operações de módulo, 80% da vida do cabeçote depende<br />
da afiação da corrente, “pois a durabilidade do<br />
conjunto de corte está diretamente ligada a essa etapa”,<br />
garante. Para aumentar a vida útil do conjunto de<br />
corte, neste módulo, a corrente é trocada a cada duas<br />
horas de uso (para afiação) e o sabre virado a cada<br />
quatro horas para retirada de rebarbas.<br />
Atualmente uma corrente dura uma semana em<br />
um total de 50 horas trabalhadas, resultando no corte<br />
de 6.500 árvores por corrente, em um total de 1.300<br />
m³ (metros cúbicos) de madeira por máquina.<br />
No dia seguinte o destino foi o segundo módulo<br />
na floresta, que coordenava a operação de 14 máquinas<br />
(10 harvesters e quatro forwarders). Todas as<br />
máquinas que realizam a derrubada e processamento<br />
das toras utilizam a corrente 18HX da Oregon nos<br />
conjuntos de corte.<br />
Os representantes da Agro Assaí se reuniram com<br />
todos os operadores, afiadores e mecânicos. Assim<br />
puderam ter uma noção mais precisa do comportamento<br />
desses profissionais no dia a dia. “Ficamos<br />
satisfeitos com o que vimos, era uma frente nova,<br />
com máquinas novas, mas os operadores mais experientes<br />
passaram informações para mecânicos e<br />
afiadores que realizavam boas práticas”, apontaram<br />
os profissionais da Agro Assaí. A empresa é distribuidora<br />
da Oregon desde 1989, atuando nos Estados de<br />
São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro, Espirito<br />
Santo, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio<br />
Grande do Norte, Tocantins, Ceará, Piauí e Maranhão.<br />
No terceiro e último dia, o pessoal saiu do campo<br />
e foi para a sala de aula. Com base em tudo que<br />
a equipe da Agro Assaí observou nos dois primeiros<br />
dias foram preparadas orientações sob medida repassadas<br />
a 25 profissionais, entre colaboradores da Suzano<br />
e prestadores de serviços, que lidam diariamente<br />
com os equipamentos de corte.<br />
Ao final dos três dias de visita, os técnicos da Agro<br />
66<br />
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• Não retirar a proteção<br />
dos sabres, para<br />
que não se perca<br />
rolamentos<br />
Assaí mostraram o que está sendo feito de maneira<br />
apropriada e passaram orientações que aumentam a<br />
vida útil das peças e a produtividade dos equipamentos.<br />
Para que a afiação seja realizada de maneira uniforme,<br />
por exemplo, a orientação é que todo o conjunto<br />
de corte seja trocado por inteiro e não somente<br />
as partes mais desgastadas. Uma alternativa é utilizar<br />
por mês, em cada máquina uma coroa, dois sabres e<br />
oito correntes, alternando o uso.<br />
Um dos padrões elogiados pelos representantes<br />
da Agro Assaí, realizada pela equipe da Suzano, foi a<br />
prática de virar o sabre a cada quatro horas e efetuar<br />
a troca da corrente a cada duas horas. “Também existe<br />
uma comunicação muito boa entre os envolvidos<br />
no processo todos os dias”, avaliaram os responsáveis<br />
pelas orientações. O operador e o afiador relatam intercorrências,<br />
facilitando o diagnóstico do problema<br />
das peças e neste momento existe a entrega das peças<br />
em bolsas identificadas.<br />
• O óleo para<br />
lubrificação precisa<br />
estar com a<br />
viscosidade correta<br />
para impedir o<br />
desgaste excessivo do<br />
sabre e também do<br />
elo de tração<br />
• A afiação dos dentes<br />
da corrente deve ser<br />
uniforme<br />
• Cuidado para a<br />
limpeza efetiva da<br />
corrente e da barra<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
67
LEGISLAÇÃO<br />
COM NOVO PRAZO, MAIS<br />
ESTÍMULOS E COM ALERTAS<br />
DAS SANÇÕES PARA OS<br />
NÃO INSCRITOS, GOVERNO<br />
TRABALHA PARA O CADASTRO<br />
CAIR NO GOSTO DOS<br />
PROPRIETÁRIOS RURAIS<br />
Fotos: arquivo<br />
68<br />
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<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
69
LEGISLAÇÃO<br />
“O ANO DE 2014 FOI COMPLICADO PARA O<br />
CADASTRAMENTO, POIS TIVEMOS A COPA DO<br />
MUNDO, QUE TIROU O FOCO DESTE TIPO DE<br />
QUESTÃO, E O PERÍODO ELEITORAL, QUANDO<br />
PELA LEGISLAÇÃO ESTIVEMOS IMPEDIDOS DE<br />
FAZER CAMPANHAS DE COMUNICAÇÃO”<br />
CARLOS EDUARDO STURM,<br />
DIRETOR DE FOMENTO E INCLUSÃO DO SFB<br />
70<br />
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ENTRE AS EXIGÊNCIAS DO CAR ESTÃO O PERÍMETRO GEORREFERENCIADO DO IMÓVEL, O MAPEAMENTO DA REDE<br />
HIDROGRÁFICA, QUE DEVEM SER CEDIDAS PELO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL
LEGISLAÇÃO<br />
“O PRAZO INICIAL DE UM ANO FOI<br />
MUITO CURTO, TENDO EM VISTA<br />
QUE A ELABORAÇÃO DO CAR EXIGE<br />
DOCUMENTOS CARTOGRÁFICOS QUE MUITOS<br />
PROPRIETÁRIOS RURAIS NÃO POSSUEM,<br />
COMO O PERÍMETRO GEORREFERENCIADO<br />
DO IMÓVEL, O MAPEAMENTO DA REDE<br />
HIDROGRÁFICA, E DOS CORPOS D’ÁGUA,<br />
ALÉM DAS ÁREAS DE SERVIDÃO E OUTRAS<br />
FORMAS DE OCUPAÇÃO DO SOLO.”<br />
ANDERSON L. GREGORCZUK,<br />
GERENTE DE PROJETOS DO GRUPO INDEX<br />
72<br />
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O cadastramento ocorre nos Estados e municípios.<br />
De acordo com o diretor do SFB, o governo federal tem<br />
feito uma série de ações para promover o cadastramento,<br />
tais como desenvolvimento e manutenção do Sicar<br />
(Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural), um<br />
sistema off-line que simplifica a realização do cadastro.<br />
Soma-se ainda a capacitação de cerca de 40 mil pessoas,<br />
sendo nove mil técnicos de diversos órgãos envolvidos<br />
no cadastramento e a aquisição de imagens de satélites<br />
de alta resolução.<br />
“Em julho, por exemplo, realizamos um encontro nacional<br />
que contou com a presença de responsáveis pela<br />
implementação do CAR de 24 UNs (Unidades da Federação)”,<br />
ressaltou Carlos Eduardo.<br />
Atualmente 20 UFs utilizam a plataforma nacional, o<br />
Sicar, para fazer os cadastramentos. Os Estados de Tocantins,<br />
Bahia, Minas Gerais e São Paulo possuem sistemas<br />
próprios, mas que são integrados ao sistema nacional. Já<br />
os dados do Pará, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Espírito<br />
Santo estão em fase de integração Sicar.<br />
Mesmo assim os usuários que desejam efetuar o<br />
cadastro enfrentam muitas dificuldades com a operacionalização<br />
do sistema, segundo o gerente de projetos do<br />
Grupo Index. “O programa é instável e gera os resultados<br />
somente no módulo de Geo, sem que haja possibilidade<br />
de obter qualquer tipo de arquivo digital para manipulação<br />
em sistema de informação geográfica, esta operação<br />
é fundamental para o proprietário locar em campo as<br />
regiões onde são detectadas as áreas de recuperação”,<br />
exemplifica Anderson.<br />
Outro problema levantado pelo especialista, é que<br />
o sistema não possui muitas categorias de uso do solo,<br />
isso faz com que o cadastrante tenha que generalizar<br />
elementos da paisagem, distorcendo conceitos, e agregando<br />
diferentes estratos de vegetação. “Acredito que a<br />
plataforma deve ser melhorada, o software atualmente<br />
disponibilizado não é robusto para atender às empresas<br />
que possuem grandes extensões de terras, o tamanho<br />
dos arquivos manipulados no módulo de Geo do CAR<br />
pode ocasionar uma sobrecarga no programa.”<br />
CARROCERIAS BACHIEGA<br />
DIVISÃO PISO MÓVEL<br />
TRABALHAMOS COM LOCAÇÃO DE SEMIRREBOQUES COM PISO MÓVEL<br />
Com a experiência adquirida nos seus 40 anos de tradição proveniente da<br />
qualidade de seus produtos fabricados e com o reconhecimento dos seus clientes<br />
pela transparência e segurança em suas negociações, a BACHIEGA<br />
consolidou-se como a detentora da maior frota de piso móvel para locação no<br />
mercado nacional e como a principal fabricante e montadora de piso móvel<br />
estacionário e veicular da marca em todo o Brasil, o que lhe garante a<br />
exclusividade para os estados de Minas Gerais e São Paulo.<br />
40<br />
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ANOS<br />
TRADIÇÃO<br />
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Fones: (19) 3496-1555 | (19) 3496-1381
LEGISLAÇÃO<br />
DATA LIMITE<br />
O prazo para a inscrição no CAR se encerra em 5 de<br />
maio de 2016. Somente os proprietários que fizerem o<br />
cadastro irão garantir os benefícios criados pelo Novo<br />
Código <strong>Florestal</strong>, tais como a possibilidade de regularização<br />
das APP (Área de Preservação Permanente) e/ou RL<br />
(Reserva Legal) que tiveram vegetação natural suprimida<br />
até 2008 e a suspensão de sanções em função de infrações<br />
administrativas por supressão irregular de vegetação<br />
em áreas de APP, RL e de uso restrito, cometidas até<br />
2008. “Esses proprietários poderão sinalizar para a sociedade<br />
que estão promovendo a regularização ambiental<br />
de suas propriedades”, ressalta Carlos Eduardo, do SFB.<br />
Pela legislação, a partir de 2017 quem não tiver o CAR<br />
estará impedido de receber financiamentos bancários.<br />
“Sabemos que grande parte da produção agropecuária e<br />
florestal brasileira depende de créditos agrícolas.”<br />
“O novo código florestal oferece uma ótima oportunidade<br />
para regularização dos passivos ambientais, e em<br />
condições muito amigáveis”, avalia Anderson, do Grupo<br />
Index. Um dos instrumentos criados é PRA (Programa de<br />
Regularização Ambiental), que permite ao proprietário<br />
que aderir, recuperar as áreas legalmente protegidas<br />
sem risco de multas. Outra vantagem é a possibilidade<br />
de propor a composição da RL sobre as APPs, além da<br />
possibilidade de ter faixas de proteção no entorno das<br />
nascentes, rios e lagos, menores do que aquelas previstas<br />
no Código <strong>Florestal</strong> Brasileiro, por meio do uso do<br />
solo consolidado nas margens dos corpos d’água.<br />
O próprio proprietário rural pode fazer o cadastramento.<br />
Porém, aquele que se sentir inseguro em realizar<br />
o procedimento por conta própria pode recorrer a um<br />
profissional legalmente habilitado, uma empresa de consultoria,<br />
ou mesmo o sindicato rural de sua cidade. Um<br />
detalhe importante é que o sistema utilizado pelo CAR<br />
projeta, de forma automática, as APPs. Por ser exigido<br />
uma série de documentos e aferimentos da área esta é<br />
a etapa mais complexa, o que demanda conhecimento<br />
técnico. “Cabe ainda lembrar que o CAR é um ato declaratório,<br />
portanto, o proprietário poderá ser penalizado<br />
pelas inverdades prestadas no cadastro, ou mesmo, pela<br />
imperícia no fornecimento das informações”, alerta Anderson.<br />
74<br />
www.referenciaflorestal.com.br
“O NOVO CÓDIGO FLORESTAL OFERECE UMA<br />
ÓTIMA OPORTUNIDADE PARA REGULARIZAÇÃO<br />
DOS PASSIVOS AMBIENTAIS, E EM CONDIÇÕES<br />
MUITO AMIGÁVEIS.”<br />
ANDERSON L. GREGORCZUK,<br />
GERENTE DE PROJETOS DO GRUPO INDEX<br />
Da TECNOLOGIA à produção,<br />
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ARTIGO<br />
ÁREAS<br />
DEGRADADAS<br />
NO BRASIL:<br />
PANORAMA<br />
GERAL<br />
SERGIO ALVARELI JÚNIOR<br />
PESQUISADOR DA UFV (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA)<br />
MANUELA ISADORA DE AGUILAR MELLO<br />
ENGENHEIRA FLORESTAL<br />
ELIAS SILVA<br />
PROFESSOR TITULAR DA UFV<br />
76<br />
www.referenciaflorestal.com.br
Foto: Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo<br />
<strong>Agosto</strong> de <strong>2015</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
77
ARTIGO<br />
Foto: arquivo<br />
N<br />
otadamente a partir da década de 60, começaram<br />
a surgir, em termos mundiais, preocupações<br />
na promoção da mudança de comportamento do<br />
homem em relação ao meio ambiente, com a finalidade de<br />
harmonizar interesses econômicos e ecológicos. Entretanto,<br />
somente na década de 80, com o desenvolvimento da<br />
ecologia da restauração como ciência, o termo RAD (Recuperação<br />
de Áreas Degradadas) passou a ser mais claramente<br />
definido e utilizado (Engel e Parrotta, 2003).<br />
No Brasil, em nível federal, o primeiro dispositivo legal<br />
que explicitou o tema RAD, foi a Lei Federal nº 6.938, de<br />
31 de agosto de 1981, a Pnma (Política Nacional do Meio<br />
Ambiente). O Art. 2º da referida Lei diz que:<br />
“A Pnma tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação<br />
da qualidade ambiental propícia à vida, visando<br />
assegurar, no país, condições ao desenvolvimento socioeconômico,<br />
aos interesses da segurança nacional e à proteção<br />
da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes<br />
princípios: [...] VIII – recuperação de áreas degradadas [...]”.<br />
Acima de tudo, a RAD encontra-se respaldada na Constituição<br />
Federal de 1988, como direito e dever de todos os<br />
cidadãos brasileiros. O Art. 225 da Carta Magna, diz que:<br />
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente<br />
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia<br />
qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade<br />
o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes<br />
e futuras gerações”.<br />
De acordo com a Instrução Normativa do Icmbio (Instituto<br />
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)<br />
nº 11, de 11 dezembro de 2014, área degradada é aquela<br />
impossibilitada de retornar, por uma trajetória natural, ou<br />
seja, sem intervenções antrópicas, a um ecossistema que se<br />
assemelhe ao seu estado original.<br />
Em relação à recuperação de um ecossistema, o mesmo<br />
é considerado recuperado, quando contém recursos<br />
bióticos e abióticos suficientes para continuar seu desenvolvimento<br />
sem auxílio ou subsídios adicionais (SER, 2004).<br />
O Art. 3º do Decreto Federal nº 97.632, de 10 de abril de<br />
78<br />
www.referenciaflorestal.com.br
A RECUPERAÇÃO<br />
DEVERÁ TER POR<br />
OBJETIVO O RETORNO<br />
DO SÍTIO DEGRADADO<br />
A UMA FORMA DE<br />
UTILIZAÇÃO, DE ACORDO<br />
COM UM PLANO PRÉ<br />
ESTABELECIDO PARA O<br />
USO DO SOLO, VISANDO<br />
A OBTENÇÃO DE UMA<br />
ESTABILIDADE DO MEIO<br />
AMBIENTE<br />
1989, diz que:<br />
“A recuperação deverá ter por objetivo o retorno do sítio<br />
degradado a uma forma de utilização, de acordo com<br />
um plano pré estabelecido para o uso do solo, visando a<br />
obtenção de uma estabilidade do meio ambiente”.<br />
Em 2012, o Departamento de Florestas do Ministério<br />
do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia<br />
Legal, estimou o total de áreas degradadas no país em até<br />
140 milhões de hectares, em decorrência, principalmente,<br />
de má utilização das terras agrícolas, expansão urbana desordenada<br />
e outras ações antrópicas de exploração dos recursos<br />
naturais, como, por exemplo, a mineração.<br />
A literatura aponta a agropecuária e o desmatamento<br />
como os principais responsáveis pela degradação dos solos<br />
do país. Porém, atividades de mineração a céu aberto,<br />
por exemplo, por serem altamente impactantes, fazem com<br />
que a população atribua a esse tipo de empreendimento, a<br />
maior parte da responsabilidade pela degradação. No entanto,<br />
ao avaliar a extensão da degradação causada pelas
ARTIGO<br />
cia que os Prad’s e demais projetos técnicos de recuperação<br />
de áreas degradadas, sejam elaborados por especialistas<br />
dos diferentes ramos do conhecimento humano, formando<br />
uma equipe multidisciplinar para análise de cada caso,<br />
a fim de estruturar diagnósticos de qualidade e delinear as<br />
melhores técnicas existentes no mercado, visando o restabelecimento<br />
das condições de equilíbrio e sustentabilidade<br />
existentes anteriormente.<br />
Um exemplo clássico, que ocorreu em 1862, anteriormente<br />
às legislações supracitadas, foi o projeto de restauração<br />
ecológica executado na atual Floresta Nacional da<br />
Tijuca, município do Rio de Janeiro. Esse projeto teve como<br />
objetivos principais a preservação das nascentes e a regularização<br />
do abastecimento público de água (MMA, 2007).<br />
Hoje, essa unidade de conservação protege a maior floresta<br />
urbana do mundo replantada pelo homem, com uma extensão<br />
de 3.953 hectares de floresta pertencente ao bioma<br />
Mata Atlântica, além de oferecer diversos serviços ambientais<br />
para a cidade, tais como:<br />
A LITERATURA APONTA<br />
A AGROPECUÁRIA E O<br />
DESMATAMENTO COMO OS<br />
PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS<br />
PELA DEGRADAÇÃO DOS<br />
SOLOS DO PAÍS. PORÉM,<br />
ATIVIDADES DE MINERAÇÃO<br />
A CÉU ABERTO, POR<br />
EXEMPLO, POR SEREM<br />
ALTAMENTE IMPACTANTES,<br />
FAZEM COM QUE A<br />
POPULAÇÃO ATRIBUA A ESSE<br />
TIPO DE EMPREENDIMENTO,<br />
A MAIOR PARTE DA<br />
RESPONSABILIDADE PELA<br />
DEGRADAÇÃO<br />
80<br />
atividades de mineração, verifica-se que ela é mínima quando<br />
comparada ao superpastejo e ao desmatamento.<br />
O Brasil tem uma grande diversidade de biomas e,<br />
ainda, uma diversidade de ecossistemas dentro de cada<br />
bioma, e levando-se em consideração a complexidade dos<br />
processos de degradação, devido aos inúmeros fenômenos<br />
físicos, químicos e biológicos envolvidos, fica evidente a<br />
dificuldade de estabelecer metas e ações de recuperação.<br />
Além disso, predominam no território nacional, os solos<br />
sob domínio climático tropical, que são muito heterogêneos<br />
em decorrência das diferentes condições ambientais em<br />
que se originam e geralmente muito intemperizados e de<br />
baixa fertilidade natural. Essa diversidade de solos, associada<br />
aos diferentes potenciais e limitações de uso e manejo, é<br />
outro fator que dificulta ainda mais a elaboração, execução,<br />
monitoramento e fiscalização de projetos técnicos, com<br />
destaque para os Prad (Planos de Recuperação de Áreas<br />
Degradadas).<br />
Diante dessa dificuldade, é de fundamental importânwww.referenciaflorestal.com.br
Disco de corte para Feller<br />
• Manutenção de mananciais hídricos;<br />
• Discos de corte com encaixe para<br />
utilização de até 18 ferramentas<br />
• Diâmetro externo e encaixe central<br />
de acordo com o padrão da máquina<br />
• Controle de processos erosivos;<br />
• Amenização de enchentes;<br />
• Atenuação das variações térmicas;<br />
• Redução das poluições atmosférica e<br />
sonora;<br />
Detalhe de encaixe para<br />
ferramentas de 4 lados<br />
• Discos de corte para Feller<br />
conforme modelo ou amostra<br />
• Discos especiais<br />
• Pistões hidráulicos<br />
(fabricação e reforma)<br />
• Usinagem de médio e grande porte<br />
• Manutenção da estética da paisagem<br />
natural local.<br />
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são projetados com<br />
o objetivo de atender necessidades de trituração de grandes<br />
áreas, principalmente regiões de cerrado e outras,<br />
permitindo a substituição da tradicional queima da<br />
vegetação.<br />
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ARTIGO<br />
Dentre as principais ações indicadas para se reverter<br />
esse cenário de extensas áreas degradadas no país, está<br />
na aplicação de técnicas que proporcionem o rápido recobrimento<br />
do solo, por meio, por exemplo, do uso de leguminosas<br />
de rápido crescimento, que proporcionam uma<br />
cobertura verde e estabilização do terreno em curto prazo.<br />
A evolução da legislação ambiental brasileira ocorrida<br />
nas últimas décadas, principalmente em relação à obrigatoriedade<br />
da recuperação de áreas degradadas, têm contribuído<br />
significativamente para o aperfeiçoamento e surgimento<br />
de novas técnicas desenvolvidas pelo poder público,<br />
iniciativa privada e instituições de ensino. É fundamental<br />
que esses setores trabalhem de forma conjunta, a fim de<br />
ampliar discussões multidisciplinares, divulgar informações<br />
técnicas de qualidade e incentivar novas pesquisas relacionadas<br />
à recuperação ambiental.<br />
DENTRE AS PRINCIPAIS AÇÕES<br />
INDICADAS PARA SE REVERTER<br />
ESSE CENÁRIO DE EXTENSAS<br />
ÁREAS DEGRADADAS NO<br />
PAÍS, ESTÁ NA APLICAÇÃO<br />
DE TÉCNICAS QUE<br />
PROPORCIONEM O RÁPIDO<br />
RECOBRIMENTO DO SOLO,<br />
POR MEIO, POR EXEMPLO,<br />
DO USO DE LEGUMINOSAS<br />
DE RÁPIDO CRESCIMENTO,<br />
QUE PROPORCIONAM<br />
UMA COBERTURA VERDE E<br />
ESTABILIZAÇÃO DO TERRENO<br />
EM CURTO PRAZO<br />
82<br />
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REFERÊNCIAS<br />
Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil,<br />
de 05 de outubro de 1988.<br />
Brasil. Decreto Federal nº 97.632, de 10 de abril de<br />
1989. Dispõe sobre a regulamentação do Artigo 2º, inciso<br />
VIII, da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e dá outras<br />
providências.<br />
Brasil. Instrução Normativa nº 11, de 11 de dezembro<br />
de 2014. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade<br />
- Icmbio. Estabelece procedimentos para elaboração,<br />
análise, aprovação e acompanhamento da execução<br />
de Projeto de Recuperação de Área Degradada ou Perturbada,<br />
para fins de cumprimento da legislação ambiental.<br />
Brasil. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre<br />
a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos<br />
de formulação e aplicação, e dá outras providências.<br />
Engel, V.L. & Parrotta J.A.. Definindo a restauração ecológica:<br />
tendências e perspectivas mundiais. In: Restauração<br />
Ecológica de Ecossistemas Naturais. 2003<br />
MMA (Ministério do Meio Ambiente), dos Recursos Hídricos<br />
e da Amazônia Legal. MMA. 2007. Pacto para Restauração<br />
ecológica da Mata Atlântica, 2007.<br />
Society for Ecological Restoration (SER) International,<br />
Grupo de Trabalho sobre Ciência e Política. Princípios da<br />
SER International sobre a restauração ecológica. 2004.<br />
Rachadores<br />
de lenha<br />
hidráulicos<br />
Modelo RLE<br />
O modelo RLE é um equipamento desenvolvido<br />
para facilitar o dia a dia de quem precisa rachar<br />
lenhas. Rapidamente pronto para uso por meio do<br />
pedal na parte inferior da máquina.<br />
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Prontos para uso<br />
Fácil manuseio<br />
Qualidade comprovada<br />
O modelo RLT é um produto<br />
desenvolvido para quem precisa<br />
operar lenhas de grande porte<br />
diretamente no mato. Depois de<br />
acoplado ao trator é só acionar a<br />
alavanca do comando do trator para<br />
abrir e fechar o cilindro hidráulico.<br />
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AGENDA<br />
AGOSTO<br />
AUGUST<br />
VIII Congresso Brasileiro de Melhoramentos de Plantas<br />
3 a 6<br />
Goiânia (GO)<br />
www.sbmp.org.br/8congresso/<br />
Simpósio Nacional sobre Preservação de Madeiras<br />
12 e 13<br />
Viçosa (MG)<br />
(31) 3899-1185 ou sifeventos@gmail.com<br />
IV Fórum Sustentabilidade & Governança<br />
18 e 19<br />
Curitiba (PR)<br />
www.sustentabilidadegovernanca.com.br<br />
IX Simpósio: Práticas de Implantação e<br />
Manejo <strong>Florestal</strong><br />
17 a 19<br />
Piracicaba (SP)<br />
http://www4.esalq.usp.br/<br />
Feria Forestal Argentina <strong>2015</strong><br />
17 a 20<br />
Posadas (Argentina)<br />
www.feriaforestal.com.ar<br />
OUTUBRO<br />
OCTOBER<br />
VIII Semana de Atualização <strong>Florestal</strong><br />
19 a 21<br />
Viçosa (MG)<br />
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Eucalipto <strong>2015</strong> - Simpósio sobre Tecnologias de<br />
Produção <strong>Florestal</strong><br />
20 a 22<br />
Uberlândia (MG)<br />
www.sif.org.br<br />
Fenam - XXVI Feira Internacional de Máquinas para<br />
Madeira e Floresta<br />
19 a 21<br />
Pinhais (PR)<br />
www.diretriz.com.br<br />
Forst Messe <strong>2015</strong><br />
20 a 23<br />
Luzern (Suíça)<br />
www.forstmesse.com<br />
NOVEMBRO<br />
NOVEMBER<br />
Fimai - XVI Feira Internacional de Meio Ambiente<br />
Industrial e Sustentabilidade<br />
10 a 12<br />
São Paulo (SP)<br />
www.fimai.com.br<br />
SETEMBRO<br />
SEPTEMBER<br />
XIV Congreso Forestal Mundial<br />
7 a 11<br />
Durban (África do Sul)<br />
www.fao.org/forestry/wfc/es/<br />
Fórum Brasil sobre Produção de Mudas Florestais<br />
9 e 10<br />
Viçosa (MG)<br />
(31) 3899-1185 ou sifeventos@gmail.com<br />
Agrocampo<br />
11 a 22<br />
Maringá (PR)<br />
www.srm.org.br<br />
Fiam - VIII Feira Internacional da Amazônia<br />
18 a 21<br />
Manaus (AM)<br />
www.suframa.gov.br/fiam<br />
V Coneflor (Congresso Nordestino de Engenharia<br />
<strong>Florestal</strong>)<br />
11 a 14<br />
Bom Jesus (PI)<br />
84<br />
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DESTAQUE<br />
IV FÓRUM SUSTENTABILIDADE &<br />
GOVERNANÇA<br />
18 e 19<br />
Curitiba (PR)<br />
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De 18 a 19 de agosto, será realizado em Curitiba (PR)<br />
o IV Fórum Sustentabilidade & Governança. O evento<br />
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empresas em diversas áreas de atuação, incluindo o<br />
segmento florestal e madeireiro. O objetivo é aliar<br />
o desenvolvimento sustentável, com ferramentas e<br />
conceitos modernos de gerenciamento empresarial e<br />
fatores econômicos.<br />
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ESPAÇO ABERTO<br />
COACHING DE CARREIRA:<br />
UMA NECESSIDADE<br />
(E NÃO UMA MODA)<br />
Foto: divulgação<br />
Por Maurício Sampaio<br />
Coach de carreira e fundador do InstitutoMS de Coaching de Carreira<br />
H<br />
oje o índice de insatisfação com o trabalho chega a<br />
números assustadores. Parece que um desânimo geral<br />
tomou conta. São pesquisas atrás de pesquisas desvendando<br />
o que já é possível ver a olho nu: o descontentamento<br />
geral em relação à profissão e à carreira.<br />
Um levantamento recente realizado pelo Isma (International<br />
Stress Management Association), órgão sem fins lucrativos e<br />
que estuda o stress no ambiente de trabalho, revelou que 80%<br />
da população brasileira ativa está infeliz. Muitos querem mudar<br />
de emprego para melhorar a qualidade de vida, alguns desejam<br />
crescer na própria empresa e não sabem como fazer isso. E há<br />
também os vários que querem ter o próprio negócio e não conseguem<br />
ver qual é o caminho certo. Tudo isso sem contar os<br />
diversos que já estão se aposentando e não têm a menor ideia<br />
do que fazer depois.<br />
Agora veja essa estatística, que é a mais assustadora de todas:<br />
cerca de 90% dos trabalhadores no mundo estão infelizes,<br />
segundo uma pesquisa do Instituto Gallup.<br />
O que era um bate-papo de corredor ou em bares, com os<br />
amigos, se transformou em posts em redes sociais também. A<br />
consultoria especializada em comunicação digital, Gauge, apontou<br />
que 12% das citações da palavra carreira se referem a questões<br />
profissionais dos próprios usuários de mídias sociais. Entre<br />
os que discutem o assunto na rede, 21% procuram dicas para<br />
conseguir um emprego.<br />
O salário representa 17% e, pessoas indecisas com a profissão,<br />
8%. A busca de informações e soluções para essas e outras<br />
questões é cada vez maior.<br />
As bruscas mudanças dos últimos anos nas relações globais,<br />
impulsionadas pelo desenvolvimento acelerado da tecnologia e<br />
da internet, fizeram surgir várias opções de desenhar uma carreira,<br />
escolher uma profissão desejada e de empreender. Nos<br />
tornamos seres globais.<br />
Essa modificação acabou criando um leque de opções e desejos<br />
por parte da população profissional. Um exemplo: para<br />
quem sempre sonhou trabalhar fora do país, nunca ficou tão<br />
simples como hoje. Por outro lado, quem sonhava com apenas<br />
um chefe, hoje possui mais de três, em diferentes cantos do planeta.<br />
Apesar do processo de coaching ser praticado há mais de 20<br />
anos, o coaching de carreira avançou apenas mais recentemente,<br />
com seus experimentos e práticas, principalmente no Brasil.<br />
A metodologia, que serve para ajudar pessoas a atingirem seus<br />
objetivos na carreira e desenvolverem competências e habilidades<br />
específicas profissionalmente, vem se tornando mais popular<br />
agora.<br />
Isto acontece porque as pessoas buscam mais liberdade<br />
para o estilo de vida que desejam, e contam com mais opções<br />
na hora de escolher suas profissões, desenhar suas carreiras e<br />
planejar a vida a médio e longo prazo. Muitos são os problemas<br />
relativos quando o assunto é carreira. Eles começam na escolha<br />
de uma profissão - que se inicia dentro do ambiente escolar,<br />
mais especificamente no ensino médio -, passam pela etapa de<br />
desenvolvimento e chegam ao pós-carreira, a aposentadoria.<br />
Vale lembrar que lidar com a carreira de um ser humano é<br />
algo de extrema importância. Um coach de carreira deve estar<br />
devidamente habilitado para exercer seu ofício, só assim o processo<br />
será um sucesso para todos: coach e coachee.<br />
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