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19
anos
Madeira... 20.02.2010
(Des)Conhecida Arte...Designed by Nuno
ANO XVII • N.º237 Mensal Fevereiro 2017 • €2
Raquel Coelho
“Tive uma infância muito feliz e
isso reflete-se na mulher que sou”
Viajar com Saber...
Índia
A a Z
Susana Jasmins
Nao deixe de recordar esses momentos !
Coloque bem perto de si tudo o que é essencial na sua vida !
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O talento da escrita consiste apenas na escolha das palavras...
A leitura é uma viagem da mente,
Não Fique na sombra...
a ausência agradável da vida e de si mesmo...
Nós editamos
Frases
a sua obra
curtas
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que fizeram o caminho...
Cada novo livro, no momento da escrita,
apaga o anterior...
Alguns exemplos
*Mediante acordo e condições entre a Editora e o Autor
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Entrevista
Nasceu em Santa Cruz há
29 anos, estudou no Funchal
e licenciou-se em Gestão
de Empresas na Faculdade
de Economia do Algarve e
na Universidade de Tomas
Bata, na República Checa.
Raquel Coelho, filha do
deputado José Manuel
Coelho, em entrevista.
12 Opinião
Iveth Barajas
13 Lugares de Cá
Portão dos Varadouros.
14 Opinião
António Castro
(Des)Conhecida Arte
Os desenhos da Designed by
Nuno, de Nuno Teixeira.
18 Tecnologia
O acesso à internet a partir
de telefones e tablets volta
a crescer. Telecomunicações
no topo da lista de queixas
à DECO.
19 Nutrição
Suplementos vitamínicos:
sim ou não?
20 A a Z
Susana Jasmins.
22 Opinião
Hélder Spínola
23 Saúde
“Alzheimer e outras
demências: como lidar com
as alterações cognitivas e
comportamentais”.
24 Câmara Municipal
do Funchal
Fim-de-semana de Teatro
Nacional no Baltazar Dias.
sumário
“Quo vadis?” Carnaval...
Porque fevereiro é mês do carnaval, passamos em revista os maiores
carnavais do Mundo.
Madeira PAG. 08
É uma das empresas de tecnologia mais respeitadas ao nível mundial, a
marca da maçã, responsável por produtos inovadores que enlouquecem
legiões de fãs a cada lançamento. É da Apple que falamos.
Marcas Icónicas PAG. 15
04
26 Viajar com Saber
Samode. Índia.
28 Madeira
Leonia trabalha na
lavandaria do Lar de Ponta
Delgada; Dino Costa é
guarda florestal. Juntos
construiram o presépio
que é uma atração do sítio
da Lombada, na Ponta
Delgada.
Opinião Pai Nélio D’Oxalá.
O blogue... Miguel Pires
Das homenagens.
32 Desporto
Está aí a 3ª edição do
“Funchal, Cidade Activa”,
um projecto criado em 2015
e que pretende promover
a actividade física dos
funchalenses ao longo de
todo o ano, nos jardins,
praças e passeios da cidade.
33 Madeira
20.02.2010.
34 Agenda Cultural
Fevereiro
36 Fotografia DDiarte
O carnaval na fotografia da
DDiarte.
41 Cultura
Apresentação da Revista
Portuguesa de Educação
Artística vol. 6, n.º 1 e n.º 2.
42 Dicas de moda...
Lúcia Sousa
44 Social
48 À mesa com...
Fernando Olim
50 Site do Mês
www.internetsegura.pt
Siga-nos também em www.facebook.com/sabermadeira
e em www.sabermadeira.pt
saber | Fevereiro | 2017
3
ENTREVISTA
"O meu pai é um homem de família e em
Raquel Coelho
Há quem entre no gabinete do PTP-M à sua procura a fim de
contratar os seus serviços de advogada. Raquel Coelho até
acha piada na confusão e reconhece que, se calhar, para o
exercício do cargo político que exerce - é deputada do PTP-M
na Assembleia Legislativa Regional da Madeira - teria sido
melhor ter enveredado pelo direito. Licenciada em Gestão
de Empresas, Raquel Coelho tinha 23 anos quando assumiu a
presidência do grupo parlamentar do seu partido tornando-se,
assim, na mais jovem responsável por um grupo parlamentar
na Assembleia Legislativa da Madeira. O PTP-M elegeu três
deputados à ALM nas eleições legislativas regionais de 9 de
Outubro de 2016 viabilizando na sua estreia parlamentar,
a constituição do grupo parlamentar que teve – e tem - no
carismático José Manuel Coelho a sua referência incontornável.
A política à qual chegou “quase por acidente” é o fio condutor
desta conversa com esta jovem deputada de 29 anos apenas,
mas à qual não se consegue ficar indiferente.
Dulcina Branco
Fotos: cortesia Raquel Coelho
Fale-nos um pouco de si, Raquel:
onde nasceu, estudou, trabalhou
e o que tem feito.
- Sou natural de Santa Cruz. O
ensino primário fi-lo no Externato
Princesa Dona Maria Amélia, o
ensino básico na Escola Básica e
Secundária de Santa Cruz, o ensino
secundário na Francisco Franco
e o ensino superior na Faculdade de
Economia do Algarve e na Universidade
de Tomas Bata na República
Checa. Licenciei-me em Gestão
de Empresas. Trabalhei no Crédito
Agrícola como bancária. Fiz também
durante algum tempo estudos
de mercado para várias empresas.
Atualmente, quando não estou em
deputada na ALRAM, dou assessoria
ao Grupo Parlamentar do PTP.
Eu própria fui induzida em erro
no que concerne à sua formação,
já que, a Raquel é formada em
Gestão e não em Direito...
- Pois, tem graça. Sou licenciada
em gestão e não em direito, mas
por alguma razão muita gente está
convencida que tirei advocacia. De
vez em quando, surgem pessoas no
gabinete do PTP à minha procura
a fim de contratar os meus serviços
de advogada. O que acho piada!
Embora reconheço que, se calhar,
para o exercício do cargo político
que hoje exerço, teria sido melhor
ter enveredado pelo direito.
Neste caso, vamos manter o Direito
para saber a sua opinião sobre
o estado da justiça em Portugal.
Como é que estamos nesta área,
na sua opinião?
- É com muita preocupação que
encaro o estado da Justiça Portuguesa.
Hoje fazer valer os seus
direitos em tribunal não está ao
alcance de qualquer um. Efetivamente,
existe uma justiça para
pobres e outra para ricos. O acesso
aos tribunais com a exigência
do pagamento das custas judiciais,
impossibilita o acesso à justiça
por parte de uma grande fatia da
população. Existe o apoio judiciário
mas só os mais pobres entre os
pobres conseguem aceder, é preciso
ser quase indigente para ter acesso
a este apoio. Tudo o resto, digamos
os remediados, a grande maioria
da população, ficam impedidos
de aceder à justiça que passou a ser
considerada um serviço de luxo.
Por outro lado, outra preocupação
é a falta de independência que existe
entre o poder político e o poder
judicial. E nos meios pequenos
como o caso da Madeira a situação
é bem alarmante. Muitos magistrados
e juízes do Ministério Público
vêm para a Madeira e ficam aqui
durante anos a fio e a pouco e pouco
vão sendo capturados pelo poder
político, seja por um emprego que
dão ao conjugue na administração
local, seja por uma licença camarária,
frequentam assiduamente os
eventos sociais e através de amizades
que vão desenvolvendo ou através
de relações maritais vão criando
laços e raízes que lhes impossibilidade
julgar com isenção. Tudo
4
saber | Fevereiro | 2017
simultâneo, um homem de causas"
seria mais transparente, se voltássemos
à figura do Juiz de fora ou
a obrigatoriedade dos juízes não
ficarem numa comarca, mais que
cinco anos. E o exemplo mais claro
dessa falta de isenção foi o que
se sucedeu com os jornais satíricos
o Garajau e o Quebra Costas no
qual o senhor meu pai foi diretor.
Os jornais foram encerrados graças
à mão pesada da justiça. Tiveram
mais de 40 processos, alguns
com pedidos cíveis superiores a 1
milhão de euros. O delito de opinião
para alguns juízes é mais grave que
determinados crimes de sangue. E
existe a percepção na opinião pública
que se a denúncia/critica/opinião
se for feita acompanhada por provas,
que o processo por difamação
e atentado à honra, morre em tribunal.
O que não é de todo o verdade -
pouco importa que o facto afirmado
ou divulgado corresponda à verdade,
contando que abale o prestigio/crédito
do visado é considerado
ilícito e pode ser criminalizado.
Ou seja, um cidadão pode cometer
os maiores crimes, mas não pode
ser apelidado de criminoso publicamente,
senão pelas instâncias judiciais,
segundo o Código Penal Português.
Só o tribunal tem o direito e
a competência para chamar alguém
de corrupto, tudo o que sair desse
direito é considerado difamação e
pode ser punido pela lei, se o visado
assim o entender. Na ditadura Salazarista,
o cidadão, era preso por
atividades contra a segurança do
Estado, agora é preso pelo “crime”
de injúria e difamação agravada. A
ação é a mesma, só muda o nome.
Depois à outra questão importantíssima
da justiça, que julgue bem
ou julgue mal não responde perante
ninguém. São Órgãos de Soberania,
sem qualquer legitimidade e escrutínio
popular. O que num Estado
Democrático não é aceitável.
É o rosto feminino do Partido Trabalhista
Português na Assembleia
Legislativa Regional da Madeira.
Como é que chegou à política?
{
Na ditadura
salazarista, o
cidadão, era preso
por atividades
contra a segurança
do Estado, agora
é preso pelo
“crime” de injúria
e difamação
agravada.
{
- Cheguei à política quase por acidente.
Fui eleita deputada numa
altura em que havia muito descontentamento
da população em relação
ao poder político e aos partidos
tradicionais. O povo ansiava
mudança. Mas por outro lado, essas
mesmas pessoas, tinham medo
de enfrentar esse mesmo poder,
com receio das represálias que dali
podiam advir. Prova disso é que
obtivemos mais de 10.000 votos e
foi com muita dificuldade que angariamos
os candidatos para concorrer
a esse ato eleitoral. Houve
algumas pessoas que numa primeira
fase acederam concorrer, e por
terem sido alvo de pressões, acabaram
por desistir à última da hora e
eu tive de assinar a candidatura sob
pena de não cumprimos o núme-
ro exigido e a lei da paridade. Já
o tinha feito anteriormente com o
PND, na qual foi inclusive eleita à
Assembleia Municipal do Funchal.
O que gosta mais na atividade de
deputada?
- Quando se tem o bichinho da política,
ser deputado é a cereja em
cima do bolo. É podermos fazer
aquilo que mais gostamos e é de
facto, com muita honra e orgulho,
que desempenho este cargo que foi-
-me confiado pelos madeirenses e
porto-santenses. Nesta atividade,
temos um impacto muito grande na
qualidade de vida das pessoas, com
o nosso contributo ajudamos muito
gente e isso para mim é extramente
gratificante. Poder marcar a diferença
e construir um futuro melhor
para todos nós.
Quais são os temas que lhe suscitam
maior interesse no debate
parlamentar?
- As injustiças, a pobreza e a corrupção
são os temas que me mais
são sensíveis e sobre os quais me
debruço com atenção e afinco.
É filha do deputado José Manuel
Coelho...
saber | Fevereiro | 2017 5
ENTREVISTA
As injustiças, a pobreza e a corrupção são os temas que me são mais sensíveis.
- Sim e encaro isso com naturalidade.
Vivo com esse facto desde
que nasci. Não é para mim qualquer
transtorno. Antes é motivo de
orgulho.
Como é o seu pai e como é a vossa
relação?
- O meu pai é um homem de família
e, em simultâneo, um homem
de causas. Acredita muito nas pessoas
e na possibilidade de transformação
da sociedade e é isso que o
move todos os dias na sua atividade
política. É um pai preocupado, cuidadoso,
meigo, por vezes demasiado
protetor e terrivelmente teimoso.
Só tenho boas coisas a apontar
de facto. Sempre nos demos bem.
Tive uma infância muito feliz e isso
hoje reflete-se na mulher que sou.
Tive muito sorte e foi muito abençoada
com a família que tenho. A
quem estou inteiramente grata.
Trocamos impressões frequentemente,
aliás na minha casa o assunto
nº 1 é política. Concordamos e
divergimos em muitos aspectos da
vida política, económica e social do
nosso país, mas creio que conseguimos
atingir o equilíbrio e, sobretudo,
respeitar as ideias um do outro.
Até porque a diferença de idades, a
experiência profissional e de vida é
completamente distinta. Por outro
lado é importante frisar que o trabalho
parlamentar não veicula só a
opinião do próprio deputado, corresponde
a um conjunto de ideias
e posições defendidas pelo Partido
no seu todo. E nessa matéria eu
como todos os outros camaradas
do meu partido, temos uma palavra
a dizer. Eu preocupo-me pouco
com o estilo ou com forma como o
senhor meu pai intervêm, apesar de
achar imensa piada na forma original
e bem humorada como coloca
os assuntos políticos. Interesso-me
mais sobre o conteúdo político em
si se tem pertinência ou não para
as populações. Isto é, para mim, o
fundamental.
A sociedade poderá não estar ainda
preparada para lidar com uma
pessoa com as ideias e “praxis”
do deputado José Manuel Coelho?
- “Isto quem tão razão antes do
tempo sofre as consequências”,
citando Camilo Mortágua, e o
exemplo do meu pai, encaixa-se
como uma luva nestas palavras. A
política de vanguarda e de transformação
da sociedade acarreta consequências
e temos plena consciente
disso. Um revolucionário está sempre
à frente daqueles do seu tempo
e naturalmente que nem sempre
somos entendidos e aceites como
gostaríamos. Primeiro estranha-se,
depois entranha-se.
Como é que viu a condenação à
prisão do seu pai? (O deputado
José Manuel Coelho foi recentemente
condenado a um ano de
prisão efetiva pelo Tribunal da
6
saber | Fevereiro | 2017
Relação de Lisboa, cumprível ao
fim de semana, num processo
interposto pelo advogado António
Garcia Pereira).
- Não fiquei surpreendida, embora
fico aterrorizada com a escalada
fascista da justiça portuguesa.
Quando se criminaliza o debate
ideológico desta forma, algo muito
tenebroso vem pelo caminho. Não
esquecer que as declarações feitas
em relação ao Garcia Pereira,
foram feitas num âmbito da campanha
eleitoral das presidenciais,
num debate político. E em abono da
verdade tudo aquilo que foi dito não
era novidade nenhuma para aqueles
que acompanham a história política
do nosso país. Há livros editados
com aquele conteúdo. Definitivamente,
a justiça portuguesa, ao dar
cobertura e a prosseguir com este
tipo de intimidações aos cidadãos
é a prova viva que as estruturas do
poder judicial não se democratizaram
com o 25 de Abril. Temos um
Código Penal em vigor elaborado
no tempo do Estado Novo. E isso
reflete-se em diversos campos da
nossa sociedade, não é só na política.
Vejamos o processo por difamação
colocado aos familiares dos
jovens que morreram no Meco, que
agora arriscam-se a pagar uma
indeminização milionária ao procurador
que investigou a morte dos
jovens, apenas por terem criticado
a forma como foi conduzido e
arquivado o processo. Isto depois,
no fim, acaba por chegar a todos.
Depois à uma gritante dualidade de
critérios na aplicação da lei, existe
sentenças em que o direito à honra
é mais importante que o direito
à liberdade de expressão como também
existe acórdãos de outras sentenças
a dizer precisamente o contrário.
Isto ao fim ao cabo as sentenças
são dadas consoante a cara
do freguês e conforme a boa vontade
do juiz. O juízes têm praticamente
livre arbítrio sobre os cidadãos,
são uma espécie de deuses intocáveis
que julguem bem ou julguem
mal nada lhes acontece. E notoriamente
querem fazer do seu senhor
meu pai um exemplo, por ser dos
poucos políticos que teve a coragem
de enfrentar de frente os vícios do
poder judicial.
Já se tornou um lugar comum
falar de jovens e política, no
entanto, não poderia passar ao
lado desta dialética tendo em
conta que a Raquel é uma jovem
e deputada. Na sua opinião, os
jovens interessam-se pela política
ou estão afastados da política
partidária?
- Os jovens creio que são a faixa
etária da população mais afastada
da política. Existe um repúdio
muito grande em relação aos partidos
e aos políticos. E é preciso contrariar
isso. Para garantirmos um
sistema democrático e a sua evolução,
há que combater ideias preconcebidas
e a própria diabolização
da política... Porque ao fim ao
cabo é tão mais fácil dizer que é
tudo igual, dizer que ninguém presta
e não fazer nada, do que deitar
mãos à obra para a construção de
uma sociedade melhor.
Como é que olha para o panorama
político madeirense?
- O panorama político é bastante
apreensivo, porque as condições
de vida das pessoas teima em não
melhorar e isso é fruto de politicas
que foram e continuam a ser aplicadas
à margem dos interesses da
população. Muitas vezes governa-
-se para minorias e isso naturalmente
reflete-se negativamente na
nossa sociedade. Se fôssemos fazer
um estudo para apurar o número de
pessoas que emigraram à procura
de emprego, ficaríamos aterrados.
A pouca capacidade da Região em
gerar riqueza e oportunidades de
trabalho para os nossos cidadãos
é a nossa grande preocupação e é
um problema que o atual Governo
não consegue dar resposta. E é sem
sombra de dúvida o grande desafio,
de qualquer político que aspire
Governar a Madeira.
{
Fui eleita deputada
numa altura em
que havia muito
descontentamento
da população
em relação ao
poder político
e aos partidos
tradicionais.
Se não tivesse se licenciado em
Gestão de Empresas, teria optado
por qual outro curso?
- Gostaria de ter ingressado no jornalismo
ou no direito.
É uma mulher ainda jovem e
como tal, pergunto-lhe se gosta
de cuidar da sua imagem e que
aspetos valoriza na sua imagem.
- Sim, gosto e tenho cuidados com
a minha imagem. Procuro cuidar a
minha alimentação e fazer exercício
físico pelo menos duas vezes por
semana. Hidratar e proteger bem a
pele do sol com o uso de hidratante
e protetor solar é para mim um
hábito diário.
Se abrissemos agora o seu guarda-roupa,
que peças iríamos lá
encontrar?
- Gosto de peças práticas, confortáveis
e intemporais. Uma boa calça
jean, uma tshirt e uns tennis
para mim é modelito ideal. Estamos
sempre bem. Claro que para
trabalhar é preciso algo mais formal
e um bom fato e uma camisa
é uma aposta segura. Um vestido
e um stiletto preto são duas peças
que não podem faltar no vestuário
de qualquer senhora. Com o passar
dos anos, aprendi que mais vale
ter menos peças no guarda-roupa e
estas terem mais qualidade, do que
ter muita coisa que facilmente se
estraga e passa de moda.
Quando não está a trabalhar, o
que gosta de fazer?
- Gosto de ler, ver um bom filme
ou uma série, adoro viajar, dormir,
passear com os meus cães, gosto
também de cozinhar.
O que é que ainda não fez mas
gostaria de vir a concretizar?
- Muita coisa. São diversas as
minhas aspirações profissionais,
políticas e familiares. A ver vamos
{o que o futuro me reserva. ✪
saber | Fevereiro | 2017 7
MADEIRA
Quo vadis, Carnaval...
É tão antiga quanto a própria História, esta festividade
pagã que começou a ser festejada pelo povo grego em
600 a.C. como forma de agradecimento aos deuses pelas
boas colheitas. O carnaval moderno, feito de desfiles e
fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século
XX e se Paris foi o principal modelo exportador da festa
carnavalesca para o mundo, a cidade de Rio de Janeiro
criou e exportou o estilo de fazer carnaval com desfiles
de escolas de samba. Portugal tem uma grande tradição
carnavalesca e a Madeira é um dos locais com mais
tradição, ao nível mundial. Vamos lá ver de que são
feitos os maiores “carnavais” em Portugal e em diversos
países do Mundo. Pelo meio, há sonhos e malassadas a
acompanhar com mel de cana da Madeira.
Dulcina Branco
Fonte/Fotos: Turismo da Madeira e Wikipédia.
Carnaval da Madeira
As origens do Carnaval madeirense
remontam ao período da produção
de açúcar no século XVI, a sua ligação
aos escravos enquanto porto de
passagem de bens e pessoas, quando
se iniciou a expansão do comércio
internacional açucareiro no Atlântico
a partir da Madeira. Com ele,
viajaram também as tradições e
expressões lúdicas regionais, o que
influenciou as festividades carnavalescas
do Brasil e que se viriam a
tornar numa das principais manifestações
culturais no país “irmão”. As
Festas de Carnaval da Madeira de
2017 têm como tema geral, “Carnaval
Reino da Fantasia” e arrancam
com a tradicional “Festa dos
Compadres”, em Santana. Manifestação
tradicional do Carnaval da
Madeira são os “assaltos” que consistem
em festas de carnaval organizadas
em casas de familiares e amigos,
enquanto que, nas unidades de
diversão noturna, organizam-se típicas
noites temáticas como a “Noite
dos Hippies” e “Noite dos Travestis”.
Crianças das creches e escolas
mostram os seus fatos de carnaval
em desfiles nas ruas do Funchal.
Ponto alto destas festas de Carnaval
é o nove trupes. Imperdível é também,
na terça-feira de Carnaval, o
tradicional “Cortejo Trapalhão” que
representa o cortejo que se fazia originariamente
na Rua da Carreira.
8
saber | Fevereiro | 2017
Os 10 maiores carnavais no Mundo:
Carnaval do Rio de Janeiro
O Carnaval do Rio de Janeiro figura
no Livro dos Recordes como o
maior carnaval do mundo.Cerca de
2 milhões de pessoas afluem diariamente
às ruas do Rio para assistir
aos desfiles de cerca de 200 escolas
de samba e 300 bandas de diferentes
bairros. O Sambódromo é uma
colossal passarele com bancadas
laterais construída propositadamente
para o desfile. Em finais do
século XIX, grupos carnavalescos
ocupam as ruas do Rio de Janeiro,
servindo de modelo para as diferentes
folias. Em 1890, Chiquinha
Gonzaga compôs a primeira música
especificamente para o Carnaval:
“Ô Abre Alas!”. O Rei Momo
é quem comanda a folia do carnaval
brasileiro.
Carnaval de Torres Vedras
O Carnaval de Torres Vedras auto
intitula-se de “O mais português de
Portugal” e o seu desfile é um dos
mais famosos, já que nele participam,
conhecidas figuras públicas.
Os corsos destacam-se com os carros
alegóricos e os grupos de desfile
com as “matrafonas” e os famosos
cabeçudos (bonecos gigantes) e os
“Zés-Pereiras”. O Rei e Rainha do
carnaval são dois homens, um dos
homens vestido de mulher.
Carnaval de Notting Hill
É o maior festival de rua da Europa
e, curiosamente, decorre em
agosto. Os foliões apresentam-
-se com exuberantes fatos nas
ruas decorados e embrenhadas
em música. Este carnaval surgiu
nos anos sessenta do século passado,
com imigrantes de Trinidad
e Tobago que, sentindo-se discriminados,
manifestam-se nas ruas
do bairro londrino de nothing Hill.
É famosa a sua escola de samba,
a London School of Samba, criada
em 1984 e que foi a primeira
escola de samba a ser criada em
Londres.
Carnaval de Santa Cruz de Tenerife
O Carnaval de Santa Cruz de Tenerife,
nas ilhas Canárias, é o segundo
maior do mundo, após o Rio de
Janeiro; a cidade de Santa Cruz de
Tenerife é geminada desde 1984
com o Rio de Janeiro por este motivo.
O desfile envolve espetáculos
de mais de 100 grupos musicais e
a eleição da rainha do Carnaval é
um dos momentos altos deste carnaval.
As primeiras referências ao
carnaval de Santa Cruz de Tenerife
remontam ao século XVIII, tendo-se
celebrizado mundialmente
em 1987, com a atuação da famosa
cantora cubana Celia Cruz e a
Billo’s Caracas Boys Orquestra,
no desfile.
saber | Fevereiro | 2017 9
MADEIRA
Carnaval de Nova Orleães (Mardi Gras)
Mardi Gras significa ‘Terça-Feira
Gorda’ em francês, ou a Fat Tuesday
(ou ‘Terça-Feira Gorda’ em
inglês) e denomina as festas de carnaval
que acontecem na cidade de
Nova Orleães. Estas festas atraem
pessoas de várias partes do Mundo.
Grandes colares de contas e conchas,
máscaras de gesso e desfiles
de bandas de música, são grandes
atrações do carnaval norte-americano.
Foliões nos carros alegóricos
distribuem colares de contas entre
o público.
Carnaval de Veneza
O carnaval de Veneza surge de
uma tradição do século XVI, em
que a nobreza se disfarçava para
sair e misturar-se com o povo. Desde
então, as máscaras são o elemento
mais importante deste carnaval,
assim como os trajes característicos
do século XVIII. São
famosas as “maschera nobile”
ou seja, máscaras nobres, caretas
brancas com roupa de seda negra
e chapéu de três pontas. Só recentemente
foram adicionadas cores
aos trajes, pese embora as máscaras
continuem a ser, tradicionalmente,
brancas, prateadas e douradas.
As festas de carnaval em
Veneza foram proibidos por Napoleão
Bonaparte e só restabelecidas
em 1800.
Carnaval de Trinidade e Tobago
A República de Trindade e Tobago
é especialmente conhecida pelo
seu Carnaval e constitui uma das
suas principais festividades. A
música é o grande destaque deste
carnaval que ganhou expressão
com a população de ascendência
africana, a escravatura e
a repressão dos religiosos anglicanos
que reprovavam a celebração
da festividade. Há competições
musicais e a eleição do
Rei do Calypso é um evento muito
aguardado. A exuberância dos
fatos dos foliões é outra das suas
singularidades.
Carnaval do Québec (carnaval de inverno)
O carnaval no Canadá é o extremo
oposto do europeu, já que no
Hemisfério Norte é inverno nessa
época e as temperaturas podem
alcançar os -20°C. É o terceiro
maior festival de inverno do mundo,
atrás do Festival Internacional
de Escultura de Gelo e Neve
de Harbin (China) e do Festival
de Neve de Sapporo (Japão). “Le
Bonhomme” (homem bom) é a
mascote oficial deste carnaval que
surgiu com os colonos franceses.
O Palácio de Gelo é uma das suas
grandes atrações, assim como as
corridas de trenós puxadas por
cães e concursos de esculturas em
gelo.
10
saber | Fevereiro | 2017
Carnaval de Colónia
É o mais louco e animado carnaval
alemão. O carnaval da cidade
de Koln (Colónia) atrai muitas
pessoas, de várias nacionalidades,
e tem como principais atrações
os “gigantones” de figuras
políticas (alemãs e internacionais).
A sua origem remonta ao século
XXVIII este carnaval que é também
conhecido pelo nome de “Quinta
Estação”. Em 1823, foi fundada
a “Festordnendes Komitee” - a
primeira associação carnavalesca
da cidade de Colónia. Desde então,
o Carnaval não foi mais improvisado,
mas sim organizado.
Carnaval de Nice
É o carnaval mais famoso da França
este evento que tem influências
do carnaval de Veneza. Data
de 1873 o seu surgimento e desde
então, organiza-se com desfiles
de carros alegóricos na praça
Massena. É famosa a sua “Batalha
das Flores” - desfile de carros
floridos onde personagens fantasiados
lançam flores ao público. O
“Rei”, que chega na praça Massena
e decreta o início do Carnaval, é
o personagem principal das festas.
Os bonecos gigantes são outra imagem
de marca deste famoso carnaval
francês.
Carnaval de Goa
Carnaval do Uruguai
Alguns desconhecerão mas a Índia
tem um Carnaval e decorre na cidade
de Goa, a ex-colônia portuguesa
que fica no litoral ocidental da
Índia. Este é o único lugar na Índia
onde se celebra o Carnaval. Foram
os portugueses que, nos anos 1500,
levaram a tradição do Carnaval
para Goa. O foco das celebrações
são os desfiles com carros alegóricos,
organizados pelas escolas, que
decorrem nas cidades de Panjim,
Mapusa, Margão e Vasco de Gama.
As ruas são animadas com música
e dança. O “Rei Momo” lidera
os desfiles.
Carnaval do Uruguai
É o mais longo carnaval do mundo
e ocorre de janeiro a março na
cidade de Montevidéu. Com dois
grandes desfiles de rua, tem no
“candombe” – música de origem
africana nomeada Património Cultural
da Humanidade, uma grande
tradição. Os teatros populares
conhecidos como “tablados” são
uma das grandes atrações/tradições
das festividades carnalescas apreciadas
pelos uruguaios, tão apreciadas
que, em 2006, em sua homenagem,
foi inaugurado o Museo del
Carnaval.
saber | Fevereiro | 2017 11
OPINIÃO
Reflexologia para bebés
e crianças no Inverno…
Iveth Barajas, Terapeuta Reflexologia
A
Reflexologia pode ser
administrada a crianças
muito pequenas, mesmo
em bebés as manipulações devem
ser subtis e mais suaves do que
num adulto.
Estudos feitos por várias instituições,
escolas e associações, como a
AIRTEC- Associação Internacional
Reguladora de Terapias Complementares,
indicam que a Reflexologia
feita em crianças ajuda a diminuir
os seus níveis de stress, reduzir
a tendência para a hiperactividade
ou para a falta de sociabilidade.
Também tem provado ser muito
eficaz nas crianças com dificuldades
de aprendizagem, facilitando
o trabalho com elas e fazendo com
que elas consigam lidar melhor
com o ambiente de aprendizagem.
No livro “A Reflexologia e as
Crianças”, o autor Sam Santos em
colaboração com Natasha e Nadja
Santos, afirma que as crianças
adoram tocar e adoram ser tocadas.
O acto de tocar pode transmitir
e confirmar sentimentos de
amor, segurança e bem-estar.
Associado a tudo isto também esta
terapia pode ser uma excelente ferramenta
de auxílio no tratamento
e ou restabelecimento do equilíbrio
do organismo em doenças típicas
de inverno que alteram o sistema
respiratório: Constipações, gripes,
sinusites, amigdalites, Bronquiolites,
asma, etc.,.
Com manipulações específicas nos
pés, nos reflexos referentes ao sistema
respiratórios poderá ajudar a
desbloquear esses mesmos reflexos
pela pressão e movimentos contínuos
no referido reflexo.
Se seu filho estiver constipado,
ao estimular (massajar) o reflexo
dos seios peri nasais, ver Figura
1, sente-se tipo uma granulação
por debaixo do tecido (pele), cujo
objectivo do estímulo (massagem)
é a destruição dessa granulação,
como se estivesse a limpar. Passado
um tempo a estimular o reflexo
dos seios peri nasais, por exemplo,
notará menor ou inexistência do
bloqueio (cristais debaixo da pele),
e naturalmente uma sensação de
desbloqueio e leveza nasal.
Da mesma forma a sensação de
bem-estar faz-se sentir em todo
o estado de saúde em geral. Porque
quando está estimular os reflexos
dos pés, está trabalhar em
mais de 7500 extremidades nervosas,
que conectam todo o sistema
de órgãos, glândulas, membros etc,
além disso liberta endorfinas (hormona
da sensação de bem estar)
que se mantêm em circulação por
48 horas.
Ajude o seu filho este inverno com
simples toques firmes e subtis, se
sentir necessidade orientação conte
com ajuda especializada dos dois
terapeutas em reflexologia infantil
existentes no Centro de Reflexologia
da Madeira (Eduardo Luis e
Iveth Barajas)
Consulte-nos 968173442 se estiver
interessado na formação, no
Centro de Reflexologia da Madeira,
com 2 Terapeutas qualificados
em Reflexologia Infantil.
Fazemos cursos ao domicílio
Se quiser receber mais info por
mail envie-nos um email a solicitar
informações infantilreflexologia@
gmail.com
Fig.1 Reflexo Seios peri nasais e frontais
Fig.2 Reflexo dos pulmões “massagem” estímulos em
sentido ascendente
Fig 3 Reflexo plexo Solar rotações no sentido anti horário
para relaxar
12 saber | Fevereiro | 2017
LUGARES DE CÁ
Portão dos Varadouros
Dulcina Branco
Fonte/Fotos: Câmara Municipal do
Funchal, Madeira-Web, Visit Funchal
OLargo dos Varadouros
foi, nos séculos XVII e
XVIII, o centro comercial
da cidade do Funchal e a sua
porta de entrada. Depois do ataque
dos piratas franceses, a fortificação
e defesa da cidade tornaram-
-se os principais interesses do poder
central e dos habitantes do Funchal.
Por esta razão, foram construídas
muralhas à volta da cidade. Estas
muralhas incluiam cinco portas de
entrada, nomeadamente o Portão
dos Varadouros, então mandado
erigir pelo Governador D. Lourenço
de Almada. “O Gov. D. Lourenço de
Almada (1645-1729) descendia de
alguns dos principais fidalgos que
tinham aclamado D. João IV, tendo
sido de sua casa que os mesmos partiram
para o Paço da Ribeira no dia
1 de dezembro de 1640. Essa situação
parece explicar a sua nomeação
para a Madeira sem serviço militar
prévio e o facto de ter ocupado
o lugar somente por 2 anos, embora
as funções desempenhadas tivessem
dado mostras de estar preparado
para o lugar. A pedido da Coroa
preparou uma leva de 100 soldados
para Angola, resolveu uma
série de problemas pendentes na
Fazenda Régia e concluiu a construção
da muralha de frente mar,
que fez rematar com o Portão dos
Varadouros”, in “Aprender Madeira”.
O Portão dos Varadouros era
uma destas portas e dava acesso ao
varadouro de embarcações na antiga
praia do Calhau, actualmente
substituída pela avenida do Mar.
Nos finais do século XVI, o Largo
dos Varadouros teve grande importância
para a cidade mas à medida
que as muralhas da cidade foram
perdendo o interesse militar, as portas
da cidade foram desaparecendo.
No início do século XX, em Maio de
1911, e devido às obras de adaptação
da baixa da cidade ao moderno
automóvel, foi demolida a última
e símbolo das portas da cidade
do Funchal: o portão dos Varadouros.
Em 2004, no seguimento das
comemorações dos 500 anos da
Cidade do Funchal e no âmbito da
recuperação de património histórico,
foi resposto no mesmo local, por
iniciativa da Câmara Municipal, o
Portão dos Varadouros. Trata-se,
portanto, de uma réplica do primitivo
portão que tinha sido erguido
em 1689. A sua reconstrução obedeceu
a estudo histórico, respeitando
a primitiva traça arquitectónica.
O pórtico foi reconstruído em betão
armado com forras em cantaria da
região, sendo encimado pelas peças
originais - Coroa, Armas Reais e
lápide - que se encontravam no
Museu Quinta das Cruzes. Esta é a
reconstrução dessa mesma porta,
em que apenas a coroa, armas reais
e lápide são originais. ✪
saber | Fevereiro | 2017 13
OPINIÃO
O MERCADO
Nas cidades, os mercados
são lugares priveligiados
de comunhão com a
Natureza, numa profusão de cores
e aromas, que se aliam à variedade
e à sensação de abundância.
Não há praticamente mercados
que sejam desprovidos de encanto.
No Funchal, o Mercado dos
Lavradores é ponto de referência
e local de visita obrigatória. Foi
inaugurado a 24 de novembro de
1940, numa cerimónia integrada
no Programa de Comemorações
da Fundação (1140) e Restauração
da Independência de
Portugal (1640). Foi então feita
justiça à ilustre Presidência do
Dr. Fernão de Ornelas Gonçalves,
que mandou construir o emblemático
edifício, considerado, na
época, como o mais moderno e
o que melhores instalações possuía,
em todo o país. O edifício
tem 9600 m2 de área coberta e
foi inicialmente programado para
abastecer uma população estimada
em 25 mil pessoas. Durante
as décadas de 70 e 80 do século
XX, esse número chegou a atingir
os 75 mil habitantes. Lavradores,
plebeus e aristocratas, vindos
de toda a ilha, faziam “ponto
de encontro” neste local. De
toda a região se traziam produtos
alimentares para abastecimento
da população. Atualmente, com
o incremento da vertente turís-
Atualmente, com o
incremento da vertente
turística, calculase
que o número de
visitantes (não o de
compradores) ronde
os 200 000, por mês.
Com uma arquitetura
própria do Estado Novo
(anos 30 - 40), o projeto
deve-se ao notável
arquiteto Edmundo
Tavares (1892-1983).
O estilo, por sua vez,
tem a influência das
“Artes Decorativas”,
pela fase racionalista
do Modernismo.
tica, calcula-se que o número de
visitantes (não o de compradores)
ronde os 200 000, por mês. Com
uma arquitetura própria do Estado
Novo (anos 30 - 40), o projeto
deve-se ao notável arquiteto
Edmundo Tavares (1892-1983). O
estilo, por sua vez, tem a influência
das “Artes Decorativas”, pela
fase racionalista do Modernismo.
De entre os elementos artístico
– decorativos que nele se encontram
presentes, são de salientar:
a pérgula central, ladeada por
dois vasos de flores, em cantaria
trabalhada; bebedouros de mármore;
painéis de azulejos, pintados
por João Rodrigues (Faiança
Basttistini), na época de Maria
de Portugal. A produção, essa,
tem o cunho da famosa Fábrica de
Sacavém, entretanto extinta. É de
destacar, ainda, a temática regionalista
com formas vegetalistas,
estilizadas em frisos decorativos
com flores, folhas e frutos entrelaçados.
É, pois, compreensível
que o governo regional da Madeira
tenha classificado este mercado
como edifício de “Valor Cultural
Local”, por resolução de 1993. O
edifício encontra-se disposto em
três pavimentos, com acesso do
exterior pelas Ruas Latino Coelho,
Largo dos Lavradores e Rua do
Hospital Velho, e a tipologia dos
locais onde se vendem os produtos
varia de estrutura (oscilando
entre a “loja” e o “stand”, passando
pela “banca”, e incluindo o
“terraço” e o “local de venda de
flores”, ...). E termino com o Poema
que elaborei para integrar as
comemorações do 70º Aniversário
do Mercado dos Lavradores, em
2010: «O MERCADO - Venham
abrir a manhã / Com aroma a terra
fresca / Com raminhos de hortelã
/ E a brancura da pesca! //
É a saúde da Terra / Em energia
sem par: / Horta em caixas e
cores / Pomar de múltiplos odores
/ O peixe fresco a chegar… //
E o vendedor a arrumar / Uma
vez, outra vez / Porque a pensar
em vocês / Não se chega a cansar…
// É entrar! É entrar! // E
tudo está tão certinho / Nos inhames
do carinho / Na prova do fruto
maduro / (Se jogar pelo seguro…).
// Com ervas de cheiro no
ar / E convites de acalmar / Com
macelas em molhinho / E papaias
num cestinho / Na proposta do
comprar… // É entrar! É entrar!
// No exotismo em flor / Pode até
só espreitar / E na exuberância
de cor / Apreçar, comparar / Conversar…
/ Conversar! // (Há tanta
magia no ar / Há tanta magia no
ar!) // E ementas concretizadas /
Na receita do Amor / Com pimentas
penduradas / O vender se faz
melhor… // O comprar tem mais
sabor / E a vontade de voltar. //
(Há tanta magia no ar!)». ✪
António Castro
Professor e Escritor
14
saber | Fevereiro | 2017
Apple
MARCAS ICÓNICAS
Steve Jobs
Sede da Apple - Califórnia, EUA
Éuma das empresas de tecnologia
mais respeitadas ao
nível mundial a marca da
maçã, responsável por produtos inovadores
que enlouquecem legiões de
fãs a cada lançamento.
Tem na base o empreendedor incomum
Steve Jobs, que foi decisivo
para a popularização da informática
pessoal. Jobs apostou na simplificação
máxima da relação homem-
-máquina ou, na linguagem dos especialistas,
na interface de usuário.
Fácil de usar era uma premissa que
havia de ser decisiva no sucesso da
Apple. Em 1976, Steve Jobs, Steve
Wozniak e Ronald Wayne, fundaram
a Apple Computers Inc., trazendo
à tona o Apple I. Com aperfeiçoamentos
notáveis, o Apple I ganhou
um sucessor: o Apple II. Lançado
em 1977, este produto foi para uma
geração inteira, a porta de entrada
no mundo digital. Do Apple II em
diante, a Apple resolveu apostar nos
computadores com interface gráfica
e “mouse”. Em 1983, um grande
passo: o lançamento do Lisa, um
computador avançado e que foi utilizado
como base para o Macintosh,
em 1984. Com configurações semelhantes
a de PCs da época, o Macintosh
trazia o sistema operacional
Mac OS 1.0, responsável também
por popularizar a interface gráfica.
A era Macintosh não representou
apenas inovações nos produtos,
mas também no modo como a Apple
comunicava os seus produtos. Steve
Jobs arriscou no Super Bowl – um
dos maiores eventos desportivos dos
EUA para fazer uma apresentação
do Macintosh que conquistou o mundo.
O marketing foi um ponto forte
da empresa liderada por Steve Jobs.
Em 1985, o sucesso do Macintosh
desestabilizou a empresa, que demitiu
Steve Jobs e acabou por ficar
também sem o génio Steve Wozniak,
que voltou para a faculdade. Os computadores
da Apple perderam o brilho.
Os novos computadores traziam
uma interface desatualizada para
os padrões da época e com características
que desagradavam os consumidores.
De regresso à Apple, as
mudanças inovadoras de Jobs foram
essenciais para reerguer a empresa.
A Apple recuperou o mercado com
design inovador e tecnologia de ponta
que era apresentada eficazmente
por Steve Jobs. O PowerBook G3, o
iMac – que revolucionou o conceito
de computador, trazendo os componentes
internos dentro de um monitor,
foram disto exemplo. Em 2001, o
iPod revolucionou a música e colocou
a Apple novamente no topo. O iTunes
e o iTunes Store conquistaram o
mundo. Em 2001, o Mac OS - sistema
operacional da Apple, é por muitos
considerado o melhor. Em 2006,
o MacBook, o famoso laptop branco
da maçã, foi um sucesso de vendas.
Mais que um hardware e sistema operacional
de qualidade, os MacBooks
e iMacs tornaram-se objeto de culto.
Mas como surgiu a ideia de ter como
símbolo de uma empresa de tecnologia,
uma maçã mordida? A versão
mais plausível é a que o símbolo seria
uma referência a Newton, que se deu
conta da lei da gravidade ao observar
uma maçã caindo da macieira.
Um dos mais fortes princípios de Jobs
era a simplicidade. Percebendo isso,
Steve Jobs criou um dos mais famosos
símbolos de todos os tempos: a
maçã mordida. A rivalidade de Steve
Jobs com Bill Gates, ex-presidente
e principal acionista da Microsoft
– a empresa concorrente da Apple,
tornou famosa a relação entre os
dois ícones da tecnologia mundial.
Era inegável a habilidade de Jobs
para influenciar plateias a seu favor.
O lançamento do Macintosh é ainda
hoje considerado uma das apresentações
mais impressionantes da história
do corporativismo nos Estados
Unidos. Em outubro de 2003, Jobs
foi diagnosticado com cancro no pâncreas.
Em 2011 e doente, renunciou
à presidência da Apple; Tim Cook foi
nomeado seu sucessor. Steve Jobs
morreu no dia 5 de outubro de 2011.
(…) O mundo é incomensuravelmente
melhor por causa de Steve (…), leu-
-se no comunicado emitido pela direção
da Apple por ocasião da morte de
Steve Jobs. ✪
Steve Wozniak
Ronald Wayne
Tim Cook
Fonte/Fotos: Wikipédia e TecMundo
saber | Fevereiro | 2017 15
Os desenhos
de Nuno Teixeira
Os desenhadores e
apreciadores de carros
são uma tendência e
é nesta que categoria
que Nuno Teixeira
gosta de se posicionar.
O maior interesse no
que toca a desenhos
sempre foram os
carros, porém, como
gosta de fazer coisas
diferentes, aventura-se
também no desenho
de retratos a carvão.
Fã incondicional do
desenho de observação
hiper-realista, os
desenhos de Nuno
Teixeira conquistam
cada vez mais,
admiradores.
Dulcina Branco
Fotos: Nuno Teixeira
Nuno Teixeira
Facebook: Designed by Nuno
Email: nunosateixeira@live.com.pt
Como começou a desenhar?
- Comecei quando era mais novo.
O meu pai e o irmão dele sempre
tiveram uma particular destreza
com um lápis na mão. Era lhes
relativamente fácil representar o
que quisessem no papel. Estava
sempre a tentar recriar por mim
próprio os desenhos que lhes pedia
para fazer. Isso, a juntar ao facto
de ter uma tia que dá aulas de Educação
Visual ao 3º ciclo do ensino
básico, fez com que sempre me
visse na presença das ferramentas
necessárias para me iniciar neste
mundo do desenho, e desde miúdo
sempre tive um particular interesse
pelas mais diversas técnicas de
desenho e grafismo.
Porquê o desenho de carros?
- Mais uma vez a resposta pode ser
encontrada nos meus familiares. O
meu avô da parte do pai tem carros
mais antigos, e tanto ele como
o meu pai sempre foram o género
de pessoas de resolver problemas
por si mesmos. Isso dava aso
a haverem sempre ferramentas e
todo o tipo de máquinas e peças
constituintes de automóveis espalhadas
pela garagem e claro, sendo
miúdo é impossível não mostrar
curiosidade e interesse pelos objectos
que iam e vinham da garagem
constantemente. Desde então sempre
me tentei rodear por automóveis
de uma maneira ou de outra e
desde então que o meu maior interesse
no que toca a desenhos sempre
foram os carros. Porém, gosto
de tentar fazer coisas diferentes
procuro sempre tentar melhorar as
minhas capacidades, e no desenho
a situação não é diferente. Então
comecei-me a introduzir cada vez
mais ao desenho de retratos, especialmente
a carvão, e descobri a
minha destreza nesta vertente um
bocado por sorte. Ao ajudar o meu
irmão a aprender a desenhar sombreados
com o lápis de carvão,
irmão este que, por sinal, também
tem uma veia artística muito proeminente
neste campo do desenho,
dei-me de conta que tinha medido
mal a minha capacidade de desenhar
retratos. E nasceu daí, à coisa
de um mês, muito recentemente,
portanto, o interesse pelo retrato
a carvão.
Como define o seu desenho?
- Sou um fã incondicional do desenho
de observação hiper-realista,
pelo que, tento sempre fazer as
coisas mais próximas da realidade
possível, de forma a que uma pessoa
estranha ao desenho olhe para
ele se equivoque, e julgue ser uma
fotografia, tendo de ter que tornar
a olhar uma segunda vez para
notar que é de facto uma recriação.
Como é que decorre o processo
criativo?
- O processo criativo começa muitas
vezes ao ver uma imagem na
internet ou algo na rua que despoleta
uma sensação de curiosidade
e interesse, por ter, por exemplo,
uma combinação de cores fora
do normal ou ainda uma forma
particularmente complexa. É em
maioritariamente do tempo com
esses jogos de mente que muitos
dos meus desenhos nascem. Outras
vezes acontece uma coisa inteiramente
diferente, que agora está
muito na moda entre os desenhadores
e apreciadores de carros,
categoria onde gosto de dizer que
me insiro.
Que materiais utiliza nos seus
desenhos?
- Normalmente, utilizo lápis de
pau sobre papel de desenho grosso,
adoro a forma como as cores
sobressaem nos carros que desenho.
Porém para os retratos sou
mais fã de utilizar lápis de carvão.
A ausência de cor ajuda imenso
a realçar as formas e sombras
e como elas interagem umas com
as outras. Gosto ainda imenso de
experimentar fazer paisagens costeiras
com técnica mista de aguarela
e lápis de pau. ✪
16
saber | Fevereiro | 2017
saber | Fevereiro | 2017 17
TECNOLOGIA
Dulcina Branco
Fonte/Fotos: Notícias SapoTek
Acesso à internet a partir de telefones
e tablets volta a crescer
Os dispositivos móveis têm
vindo a conquistar cada
vez mais espaço entre as
possibilidades disponíveis de acesso
à internet e nos meses em que
costuma haver férias a tendência,
nota-se mais. Foi o caso de dezembro.
Segundo os dados do netScope,
no último mês do ano 36% das
páginas dos sites auditados pela
Marktest foram acedidas através
de telefones ou tablets. Os computadores
continuam na liderança, tendo
gerado o restante tráfego (64%).
Entre os equipamentos móveis, são
os acessos através do telefone os
mais comuns, representando em
dezembro de 2016 31% do consumo
mensal, enquanto os tablets
permanecem como responsáveis por
5% das páginas vistas. Comparando
os valores com os registados no
mesmo mês do ano anterior, há uma
subida protagonizado pelos dispositivos
móveis de oito pontos percentuais,
a mesma diferença perdida,
entretanto, pelos Pcs. Telecomunicações
no topo da lista de
queixas à DECO. Compras online
estão logo atrás. Numa análise às
queixas recebidas, a associação de
defesa do consumidor “reprova” os
serviços de telecomunicações, principalmente
no que aos planos de
fidelização diz respeito. Também
alerta para alguns perigos relacionados
com as transações nas redes
sociais. A DECO revela que recebeu
cerca de 460.000 queixas durante
2016 e que os serviços de telecomunicações
estão, uma vez mais,
no topo das razões que levaram os
consumidores a recorrer à associação.
Em comunicado, a associação
indica que mais de 45.500 queixas
submetidas no ano passado disseram
respeito a serviços de telecomunicações,
nomeadamente devido
a contratos de fidelização a 2 anos
e ofertas sem fidelização que não
trazem vantagens tangíveis para os
consumidores.O comércio eletrónico
também mereceu um lugar de destaque
no balanço anual da DECO.
As informações indicam que grande
parte das reclamações feitas nesta
área está associada à não entrega
ou atraso na entrega de produtos
comprados na internet. Além disso,
a falta de reembolso do montante
pago em caso de desistência e “a
recusa de cancelamento da compra
no prazo de reflexão” estão também
entre as queixas mais frequentemente
avançadas pelos consumidores.
Os setores energético e da água
foram outros dos serviços sobre os
quais foram feitas mais queixas
(perto de 28.000), principalmente
por causa das dificuldades apontadas
no que toca à mudança de fornecedor
e à faturação. Antecipando
futuros problemas, a DECO sublinha
a importância da proteção dos
dados digitais dos consumidores e os
perigos de realizar transações através
das redes sociais. ✪
18
saber | Fevereiro | 2017
NUTRIÇÃO
Suplementos vitamínicos:
Sim ou Não?
Alison Karina
de Jesus
Nutricionista
facebook.com/
umaquestaodealimentacao/
alisonkjesusnutricionista@
gmail.com
alisonkjesus@gmail.com
Fotos: D.R.
Em época de frio é comum
a chegada de uma constipação
ou, mais forte que
esta, de uma gripe. Mas se eu lhe
dizer que estas podem ser evitadas
com um remédio simples? E
não me refiro a um medicamento
que deve ir comprar na farmácia
mais próxima! É bem mais simples…
a sua alimentação! Um corpo
bem alimentado está mais protegido,
respondendo também melhor
à vacinação. Para prevenirmos as
gripes através da nossa alimentação
não são necessários grandes
cuidados, basta simplesmente praticar
uma alimentação saudável,
seguindo para isso a Roda dos Alimentos.
Mas não pense que os bons
hábitos alimentares devem ser postos
em prática somente quando está
com gripe! Esses cuidados devem
ser frequentes ao longo do ano. Isto
porque se a alimentação for saudável
ao longo da vida, temos todos
os nutrientes de que necessitamos,
nomeadamente para termos o sistema
imunitário bem reforçado.
As vitaminas têm um papel muito
importante no nosso organismo,
sendo elas as responsáveis pela
manutenção do equilíbrio das reações
metabólicas que ocorrem no
nosso corpo e que são indispensáveis
à vida. O que os estudos científicos
mostram é que estas estão
envolvidas na prevenção de doenças
imunitárias, sendo que algumas têm
uma ação antioxidante. Uma alimentação
equilibrada, dando prioridade
aos hortofrutícolas (grande
fonte de vitaminas) e de cereais
integrais e leguminosas asseguram
um bom aporte de várias vitaminas.
Contudo, certos estilos alimentares
em que há uma restrição de
alimentos como é o caso dos vegan
em que não há consumo de alimentos
de origem animal, surgem défices
não só vitamínicos mas também
de minerais, o que torna essencial
recorrer aos suplementos vitamínicos
e de minerais. Estudos mais
recentes sobre os suplementos vitamínicos
para a generalidade das
pessoas mostram que não existe
uma evidência suficiente para recomendar
estes suplementos. O que
se sabe é que muitas vezes os suplementos
de ferro, ácido fólico, vitamina
D e vitamina B12 são cruciais
em algumas populações, como
por exemplo nas grávidas. Relativamente
à vitamina D, pode ser vista
como uma hormona, dado que
conseguimos sintetiza-la, para tal
necessitamos da exposição solar.
Por isso, nas zonas com pouca incidência
de radiação solar torna-se
essencial recorrer aos suplementos
de vitamina D de forma a respeitar
as recomendações diárias, uma
vez que esta vitamina tem um papel
muito importante na saúde óssea,
sendo mesmo um fator de prevenção
do desenvolvimento de osteoporose.
Portugal é um país em que
a exposição solar no inverno é pouco
significativa para garantir a síntese
de vitamina D, pelo que os portugueses
deveriam fazer suplementação
de vitamina D durante o início
do outono até finais da primavera.
Portanto, antes de recorrer
aos suplementos vitamínicos consulte
um nutricionista pois as vitaminas
em carência trazem consequências
negativas mas em excesso acabam
por funcionar como substâncias
tóxicas. ✪
saber | Fevereiro | 2017
19
D E
Amor
Susana Jasmins . . . de A a Z
MADEIRA
Da minha filha
A B
Amigos
Os meus
Emoção
A
Arte
I J K
A minha terapia
Animais de Estimação:
Cavalo
A B C
Bebidas
Gin
F G
Brinquedos
“tintas e telas”
F
As que crio nos meus trabalhos
Beijo
Os beijos da minha filha
A B
F G H
Casamento
B C D
Opção
Revelou em criança, o gosto pela pintura e pelo desenho. Gostava de riscar
em papel e desenhar com cores, de pau e de cera. Misturava-as para ver
o seu efeito. Pintava em frascos de vidro, plástico, cartão, cartolina, CD’s,
portas em madeira... Chegou a ter a “autonomia “ de patentear os seus
trabalhos na sala de aula, os quais eram expostos no placar da sala e com
isso, sentia-se uma” pequena artista”. Como autodidata, aprendeu a alcançar
algumas bases, fazendo múltiplas experiências com materiais. Fez o Curso de
Pintura e Desenho da Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa. Realizou
e participou em diversas exposições individuais e coletivas, na Madeira e no
continente. Poderia ter-se dedicado só à pintura mas isso seria muito utópico.
Ingressou pelo Serviço Social. Atualmente, é Assistente Social na Escola
Básica dos 2º e 3º ciclos dos Louros. A vida privada é dedicada à filha, aos
trabalhos escolares, às tarefas domésticas e, quando sobra algum tempo -
para descompactar, dedica-se à pintura. Nada foi em vão na vida de Susana
Jasmins, em destaque neste A a Z.
P Q
M N
F D G E
Curiosidade
Investigação do SER
HUMANO
Cores:
M N O
Deus
artísticos
M
O que me ajuda, alguém muito
G H I
peculiar
Dulcina Branco
Fotos: cortesia Susana Jasmins
Decoração
Criatividade e arte
Doces
Os que eu faço
Erros
Alguns do passado
Estilo
Moderno
O nascimento da minha filha
Família
A minha
Filmes:
Unfaithful e pretty
woman, Oficial e
Cavalheiro, muitos.
Futebol
Os meus clubes do coração. Marítimo
e Benfica
Flores
Gerbera
Ginástica
Anti-stress e boa forma
Gula
Um dos sete pecados
capitais
D E
É subjectivo, bom ou mau
I J
Qualidades:
M U N V
P Q R
Música
L
e que transmita algo sentido,
F
C B P C Q D
caráter,
Mania
De querer terminar
H T I U J
J K L
Desde que seja bem melodiada
Humildade:
As pessoas simples, sem
“manias” de superioridade
Humor
I
W Q
J
X R S Y
K
G H I J
Donos Disto Tudo
E
gosto da música portuguesa /
brasileira e latina
Marcas: com qualidade, não
D E
tem que ser de algum estilista
M
específico.
D E
Moda
I J K L
sistema reprodutor
P Q R S
Viver só da pintura
W X Y Z
Ilha
Palma de Maiorca
uma obra de arte no
R S
Internet
Informação
modernizada
Justiça
mesmo dia.
O
X W Y ZX
K N L O P
A de Deus
Depende da ocasião, que tenha
estilo, moderna e alguma
clássica
Prazer, determinam o
I J K
P O P Q
U
A B
V
C
W
D
F G H I
Particularidades do “
Z
T
Ter cuidado com aquilo que
Sonho
Q R S
W
Zoologia
V W
Interessante.
P Q
T U V W
Zelo
Trabalho
M N O P
X Y
Ztrabalhamos, que nos envolve
Livro
” AS palavras que nunca te Direi”
Nicholas Sparks
Lua
Noite
Notícias
Do mundo
Objectivos
Concretizar os meus
projetos
Ostentação
Que me orgulha, a minha arte
Ódio
Ninguém deve
sentir
Perfumes
De fragância agradável
Presentes
Os que recebo de
coração
Política
Jogo hediondo
Rádio
Informação e boa
música.
Surpresa
Quando eu vendi os primeiros
quadros na primeira exposição
individual
Sexo
Signo
Ser pessoa ”.
Televisão
É uma companhia, sem dúvida
canal de comunicação
Telemóvel
Ferramenta útil
Uma forma de sustento
contribui para a
auto-estima, é uma
realização profissional
Utopia
Acreditar no mundo de paz
Vitória
Alcançar os meus
objetivos
Vida
Luta diária
Viagem
Divertimento, levar
a minha filha à
Disneylândia
Vício
Compras, quando posso.
Xenofobia
Acção discriminatória, sou
anti.
Xadrez
As peças brancas contra
peças pretas irradiam a luz
e a sombra. Em todas as
línguas célticas, o jogo de
xadrez exprime inteligência
da madeira, exige inteligência
humana para jogá-lo.
como pessoas.
21
OPINIÃO
Política Global para os
Solos
Conscientes de que o
desenvolvimento social
e económico não é sustentável
nos atuais padrões de produção
e consumo, pois estamos a
extrair mais recursos do que aqueles
que o Planeta consegue repor,
o Programas das Nações Unidas
para o Ambiente desenvolveu um
subprograma para o uso eficiente
dos recursos no qual dá destaque
a um uso mais sustentável do
solo e do território. Por outro lado,
a Convenção das Nações Unidas
para o Combate à Desertificação,
adotada em 2005, tem por objetivo
a promoção de ações efetivas
através de programas locais inovadores
e parcerias internacionais
de suporte. Este Tratado reconhece
que o esforço para proteger os territórios
mais secos será longo dado
que as causas da desertificação são
muitas e complexas, variando desde
os atuais modelos de comércio
internacional até às práticas insustentáveis
de gestão do território. A
Convenção pretende que os países
afetados pela desertificação desenvolvam
e implementem programas
de ação nacionais e regionais,
os quais devem adotar uma abordagem
democrática de baixo para
cima, possibilitando que as populações
locais revertam a degradação
dos solos de forma autónoma.
Para apoiar a implementação
da Convenção, as Nações Unidas
desenvolveram um plano estratégico
a 10 anos (2008-2018) com
o propósito de estabelecer parcerias
globais que revertam e previnam
a desertificação/degradação
Para apoiar a
implementação da
Convenção, as Nações
Unidas desenvolveram
um plano estratégico
a 10 anos (2008-2018)
com o propósito
de estabelecer
parcerias globais que
revertam e previnam
a desertificação/
degradação de
território e mitiguem
os efeitos das secas,
combatendo a pobreza
e promovendo a
sustentabilidade
ambiental.
de território e mitiguem os efeitos
das secas, combatendo a pobreza
e promovendo a sustentabilidade
ambiental. Um importante contributo
para definição de políticas
internacionais para o solo e o território
foi a Conferência das Nações
Unidas para o Desenvolvimento
Sustentável que decorreu em 2012
no Rio de Janeiro, Brasil, na qual
foi adotada a Declaração “O Futuro
que Queremos”. Esta Declaração
das Nações Unidas inclui diversos
aspetos importantes do uso eficiente
dos solos e do território: Reconhece
a importância social e económica
de uma boa gestão do território,
incluindo do próprio solo, particularmente
o seu contributo para a
economia, biodiversidade, agricultura
e segurança alimentar; Enfatiza
que a desertificação, degradação
do território e secas são desafios
de dimensão global que continuam
a colocar sérios entraves ao desenvolvimento
sustentável em todos os
países, em particular os que estão
em desenvolvimento; Reconhece a
necessidade de uma ação urgente
para reverter a degradação do território
e compromete-se em alcançar
um nível neutro de degradação
dos solos a nível mundial; Reafirma
a resolução das Nações Unidas
em implementar ações coordenadas
a nível nacional, regional
e internacional, para monitorizar
globalmente a degradação dos
solos e para restaurar solos degradados;
Sublinha a necessidade de
mitigar os efeitos da desertificação
e das secas, incluindo a preservação
e o desenvolvimento de oásis, o
restauro de terrenos degradados e
a melhoria da qualidade do solo e
da gestão da água; E, entre outros,
encoraja a capacitação, os programas
de formação e os estudos científicos
que promovam o conhecimento
e a sensibilização para os
benefícios económicos, sociais e
ambientais das práticas e políticas
de gestão sustentável do território.
Outro importante instrumento para
a definição das políticas internacionais
para o uso eficiente do solo
e do território é o Protocolo para a
Conservação do Solo no âmbito da
Convenção Alpina, o qual procura
preservar as funções ecológicas
do solo, prevenir a degradação do
solo e assegurar um uso racional do
solo. O próprio Protocolo de Quioto
enfatiza que o solo é um importante
reservatório de carbono que deve
ser protegido e aumentado sempre
que possível. Também a Convenção
para a Diversidade Biológica, que
identifica a biodiversidade do solo
como um importante recurso natural,
exige atenção particular à proteção
do solo, tendo levado mesmo
ao desenvolvimento de uma iniciativa
internacional para a conservação
e uso sustentável da biodiversidade
do solo. Por outro lado, inúmeros
países, incluindo os Estados
Unidos da América, Japão, Canadá,
Austrália e, entre outros, o Brasil
estabeleceram políticas de proteção
do solo através de legislação,
documentos orientadores, sistemas
de monitorização, identificação de
zonas de risco, inventários, programadas
de remediação e mecanismos
de financiamento.
Hélder Spínola
Biólogo
22 saber | Fevereiro | 2017
SAÚDE
Alzheimer e outras demências:
como lidar com as alterações
cognitivas e comportamentais
A demência diz respeito a um conjunto
de doenças progressivas que
afetam a cognição (ex: memória ou
atenção) e o comportamento, pelo
que todos os indivíduos com esta
condição experienciam alterações
em pelo menos um destes domínios.
É muito frequente existirem
problemas cognitivos e comportamentais
em simultâneo. Sabemos
que os cuidadores têm mais dificuldade
em aceitar e gerir mudanças
de comportamento ou da personalidade
do que as alterações cognitivas
decorrentes da doença. Por
exemplo, poderão ter mais dificuldade
em aceitar a verbalização de
palavrões (que anteriormente não
era habitual) do que esquecimentos.
Quais as alterações cognitivas
e comportamentais mais comuns
na demência? As funções cognitivas
afetadas, pelo menos numa
fase inicial, dependem do tipo de
demência em questão. Se estivermos
a falar na doença de Alzheimer
(o tipo de demência mais prevalente)
o sintoma mais notório é
a dificuldade em recordar coisas
recentes, o que pode levar a que
a pessoa não se lembre de eventos
importantes e que repita a mesma
pergunta ou afirmação várias
vezes. Também podem existir alterações
ao nível da capacidade de
concentração, da linguagem e da
percepção visual, por exemplo. Em
fases mais avançadas as alterações
são difusas, não havendo um perfil
tão distintivo. As manifestações
comportamentais decorrentes da
demência podem passar por perda
de interesse nos amigos ou nas
atividades de vida diária, negligência
pessoal (aparência e higiene),
agressividade, deambulação,
desinibição, acumulação de objetos,
entre outros. É possível prevenir
estas alterações? Alterações
cognitivas. Não é possível prevenir
as alterações cognitivas pois elas
são uma manifestação incontornável
da doença. No entanto, existem
estratégias que podem ser postas
em prática de modo a diminuir
a exigência cognitiva das tarefas
do dia-a-dia, acabando por penalizar
menos a pessoa com demência.
A estimulação mental e física
através da participação em actividades
significativas pode contribuir
para desacelerar o ritmo de
deterioração cognitiva. Quando as
alterações comportamentais são
uma consequência direta da doença
– pela afetação da região cerebral
responsável por inibir comportamentos
desadequados – não
é possível preveni-las. No entanto,
existem intervenções farmacológicas
e não farmacológicas que
permitem diminuir a intensidade
das mesmas. Ainda assim, muitas
vezes as manifestações comportamentais
são reativas a um estado
interno ou fator externo negativo.
Alguns destes comportamentos
podem sinalizar necessidades
básicas da pessoa que não estão a
ser supridas (ex: fome, dor, aborrecimento,
isolamento). Neste caso,
garantir que a pessoa está sempre
confortável e segura pode ser
uma boa forma de prevenir comportamentos
indesejados. No caso
de uma pessoa com demência, o
É muito frequente
existirem problemas
cognitivos e
comportamentais
em simultâneo.
Sabemos que os
cuidadores têm mais
dificuldade em aceitar
e gerir mudanças de
comportamento ou
da personalidade do
que as alterações
cognitivas decorrentes
da doença.
comprometimento cerebral pode
levar a que tenha uma percepção
da realidade diferente da das pessoas
saudáveis (por exemplo, pode
estar desorientada no tempo e no
espaço e pode não se lembrar de
algum evento recente). No entanto,
o facto da pessoa ter uma visão
diferente da dos outros não é suficiente
para gerar comportamentos
desafiantes. Estes normalmen-
te surgem quando a pessoa com
demência é confrontada com uma
realidade que, pela doença, não
é a sua. Por exemplo, tentar convencer
a pessoa com demência que
não está a ver a sua mãe mas sim
o seu reflexo no espelho pode levar
a um quadro de agitação e agressividade.
O que fazer perante estas
alterações? Um dos aspetos mais
importantes a considerar quando
abordamos pessoas com demência
é focarmo-nos nos seus pontos fortes
e não na evocação de factos.
Se pedirmos a opinião à pessoa
esta poderá ser engraçada, triste,
incomum e até controversa, mas
nunca estará errada. Cada pessoa
poderá ter a sua opinião. Assim,
em vez de, por exemplo, perguntar
“Onde passou as férias do
verão?” (uma pergunta de memória,
que tem uma resposta certa ou
errada), pergunte “Prefere campo
ou praia? Porquê?” ou “Para
onde é que me aconselha a ir viajar?”
(perguntas de opinião). A
comunicação com uma pessoa com
demência não deve ser um teste de
memória, pelo que devemos evitar
fazer perguntas como “Lembra-
-se de....” ou “Sabe qual é.....?”.
Reduzir as exigências de memória
promove a participação e garante
o sucesso da atividade. Quando
a pessoa com demência manifesta
um comportamento indesejado, a
primeira reação de quem a rodeia
é de tentar modificar esse comportamento.
No entanto, o mais provável
é a pessoa com demência
não responder favoravelmente à
sua solicitação. ✪
Dr.ª Margarida Rebolo
Neuropsicóloga do NeuroSer, Centro de Diagnóstico
e Terapias dedicado às doenças neurológicas. mrebolo@neuroser.pt
saber | Fevereiro | 2017 23
PUBLIREPORTAGEM
Fim-de-semana de Teatro Nacional no Baltazar Dias
Dulcina Branco
Fonte/Fotos: Câmara Municipal
do Funchal.
OTeatro Municipal Baltazar
Dias foi oficialmente
integrado, no início
do mês de fevereiro, numa nova
rede nacional de Teatro, a Rede
EUNICE, em honra da histórica
atriz portuguesa Eunice Muñoz.
Esta é promovida pelo Teatro Dona
Maria II, com o objetivo de disseminar
pelo país o que de melhor
se faz no Teatro de escala nacional.
A escolha, em concurso público,
reconheceu tudo o que a CMF
tem feito para revitalizar o Teatro
Municipal ao longo dos últimos
três anos, seja a nível de infraestruturas,
de eventos e de cartaz e
significa, na prática, que o Funchal
irá usufruir de três espetáculos de
Teatro Nacional nas próximas três
temporadas artísticas, até 2019.
As duas primeiras peças decorreram
no fim-de-semana de 3 a 5 de
fevereiro: a tragédia grega “Ifigénia”
e a produção infantojuvenil
“A Origem das Espécies”. Paralelamente
a ambas as produções,
decorreram vários outros eventos,
entre os quais se destacam a reinauguração
do Camarim da Prima-
-Donna do Baltazar Dias, também
em homenagem a Eunice Muñoz,
e a assinatura do Protocolo entre
o Teatro Nacional D. Maria II e
a Câmara Municipal do Funchal,
que teve a presença do Presidente
da Câmara Municipal do Funchal,
Paulo Cafôfo. A peça “Ifigénia”
foi escrita pelo diretor artístico
do TNDM II, Tiago Rodrigues, e
embarcou no desafio de recriar um
texto do dramaturgo grego Eurípides,
utilizando a urgência e as
palavras de hoje, mas nunca fugindo
ao repertório da tragédia grega.
Esta assume-se, assim, como
um retrato longínquo do nosso tempo,
mas inevitavelmente atual. Já
“A Origem das Espécies” é uma
criação a partir do texto intemporal
de Charles Darwin, destinada
ao público infantojuvenil, que,
recorrendo a uma forte componente
multimédia, se propõe a conduzir
o público numa viagem teatral
sobre a grande e milenar aventura
da vida no planeta. Ambos os espetáculos
tiveram casa cheia, tendo
a Câmara Municipal do Funchal
registado com grande regozijo a
adesão do público regional, num
fim-de-semana de oferta cultural
ímpar na cidade. ✪
24
saber | Fevereiro | 2017
saber | Fevereiro | 2017 25
PUB
António Cruz
acruz.funchal@abreu.pt
Texto e fotos
António Cruz escreve de acordo
com a antiga ortografia.
Há sonhos que alimentamos ao longo de boa parte da vida.
A maioria dos meus passa, quase inevitavelmente, por
conhecer mundo. Em particular alguns dos seus destinos. E
havia um que há muito me acompanhava: a Índia. Esse lugar
1 2
…Samode. Uma pequena vila com quinze mil habitantes que cresce em
redor de um palácio do século XVI que é hoje expoente máximo da hotelaria
de luxo. Um quase não lugar, por se encontrar retirado das habituais
rotas turísticas. E por onde só passa gente que sabe ao que vai.
Um espaço de tranquilidade e paz onde os detalhes de bom gosto se reúnem
com um único objectivo, o de fazer a nossa passagem - mais ou menos prolongada
- se torne inolvidável. Tudo é silêncio, tudo é requintado, tudo é coberto
por um género de manto diáfano que nos seduz e envolve amorosamente.
3 4
Samode cresceu. Pouco, se a compararmos com a grandiosidade quase
doentia das grandes metrópoles indianas. No final de contas estou num
país com 1.300 milhões de habitantes e já levo em mim cidades imensas
de gente, de ruído, de poluição atmosférica. De uma insanidade inexplicável.
Samode é, por isso, um doce e suave oásis.
Se existe beleza na decadência? Sim, existe. Sempre a reconheci e sempre
me tocou profundamente. Apagar as manchas do Tempo, raspar as
imperfeições dos elementos, imaginar como foi. Olhando o presente de forma
tranquila e embevecedora. Sentir-me privilegiado por aqui estar e passar
a fazer parte destes lugares que olho pasmado.
26
saber | Fevereiro | 2017
de espiritualidade e misticismo que finalmente consegui
recentemente materializar. Em várias reportagens que se
seguirão em próximas edições desta revista, começo por
um dos seus mais fabulosos segredos…
viajar
com saber
5 6
As ruas que percorro são riscos gatafunhados onde encontro sentido
para aqui estar. São estes pequenos lugares que me fazem sorrir. Que me
preenchem o imaginário. Que insistem em alimentar o tal sonho. Todo eu
me dou e me pertenço ao agora. Todo eu feliz.
O cheiro. A cor. A paz que emana do mais insuspeito dos seres. A simplicidade.
A musicalidade dos pormenores. O sussurro das vozes. O olhar além.
A religiosidade omnipresente. A espiritualidade em cada sentir. Samode,
uma pequena joia de valor inestimável.
7
O bem-aventurado que me sinto. O poder preencher-me de belezas. O agora poder partilhá-las. O saber das memórias que me ficam. Os regressos a que me
obrigarei. O peregrinar o mundo. A minha insaciabilidade. O meu cofre de conhecimentos que não para de se repletar. Um mundo infinito de possibilidades.
saber | Fevereiro | 2017 27
MADEIRA
Leonia e Dino são os
autores do presépio
figurativo que é uma
atração do sítio da
Lombada, na freguesia
de Ponta Delgada.
Mais do que um
simples presépio com
as típicas figuras
representativas da
época natalícia, tratase
de uma iniciativa
rica do ponto de vista
cultural, uma vez que
retrata várias das
tradições madeirenses.
A maioria das peças
são realizadas
pelos criadores do
presépio mas outras
são oferecidas por
terceiros. O presépio
esteve aberto até ao
dia 5 de fevereiro de
2017 e promete estar
de volta para o próximo
natal. Há cinco anos
que Leonia e Dino
montam este presépio,
na garagem da sua
casa.
Visita ao presépio do sítio da Lombada
Há cinco anos, Leonia e
Dino construiram o primeiro
presépio na garagem
da sua casa. No natal seguinte,
montaram o presépio ao qual acrescentaram
novos objetos e materiais.
O último presépio ocupou toda a
garagem, tendo sido este o maior
destes presépios realizados pela
família Santos Costa que, abriu a
iniciativa ao público em geral. Muitos
madeirenses visitaram o presépio
mas também muitos estrangeiros,
especialmente hóspedes de unidades
hoteleiras do norte da ilha da
Madeira. Motivos natalícios complementam-se
com pormenores da
cultura tradicional madeirense neste
presépio cuja montagem implica
tempo e o contributo de familiares
e amigos, que oferecem alguns
objetos. “A gente faz porque gosta
disto”, diz Leonia, que trabalha
na lavandaria do Lar de Ponta
Dulcina Branco
Fotos: cortesia Dino Costa e Vânia
Rubina Neves Mendes.
28
saber | Fevereiro | 2017
Delgada. Dino Costa é guarda florestal.
Juntos construiram o presépio
que já se tornou uma atração
do sítio da Lombada, na Ponta
Delgada, onde residem. “Começamos
habitualmente, dois meses
antes do natal, a montar este presépio
que retrata várias das tradições
madeirenses. Ao nível da agricultura,
por exemplo, temos as fases do
milho, do linho, do vinho e outras
mais. Ao nível da religião, temos a
representação pormenorizada através
de imagens dos vários momentos
que caracterizam o grande arraial
do Bom Jesus. Utilizamos diversos
materiais: papel, pedra, madeira,
musgo, plantas e verduras que recolhemos
nos nossos terrenos, bonecos
feitos por nós e outros oferecidos
por amigos e familiares. Um
senhor da freguesia ofereceu-nos
um alambique, que é uma peça muito
antiga e que fez questão que estivesse
neste presépio”.
O próximo presépio já está a ser
idealizado e voltará a ser aberto ao
público, de forma gratuita. “A gente
gosta que as pessoas venham ver. É
um grande orgulho para nós quando
as pessoas visitam o presépio e o
elogiam”, diz Leonia Costa. ✪
saber | Fevereiro | 2017 29
OPINIÃO
Entidades de Umbanda
As principais linhas de entidades
de Umbanda são:
Caboclos, Pretos Velhos
e Exu.
Na linha de Caboclos temos duas
entidades a descer que são: Caboclos
e Boiadeiros.
Em alguns cultos afrobrasileiros,
os caboclos
são considerados
“encantados” e
relacionam-se com a
natureza, recebendo
nomes de animais,
plantas e outros
elementos naturais. O
nome “Caboclo” tem
origem da palavra
tupi kariuóka, que
significa a cor de
cobre (acobreado),
relacionando assim os
indígenas brasileiros
de tez avermelhada,
que eram denominados
bugres (designação
dada aos indígenas, por
não serem cristãos).
CABOCLOS
Os Caboclos são entidades da
Umbanda e do Candomblé, que se
apresentam como indígenas. Estas
entidades são espíritos com um grau
espiritual evoluído, que têm como
objetivo praticar a caridade e ajudar
as pessoas, cumprindo assim a sua
missão espiritual. Geralmente utilizam
charutos para a descarga espiritual
do seu médium e também do seu
consulente.
Os Umbandistas acreditam que, os
Caboclos são espíritos de humanos
que já viveram encarnados no plano
físico e portanto, nossos ancestrais.
Em alguns cultos afro-brasileiros, os
caboclos são considerados “encantados”
e relacionam-se com a natureza,
recebendo nomes de animais,
plantas e outros elementos naturais.
O nome “Caboclo” tem origem da
palavra tupi kariuóka, que significa
a cor de cobre (acobreado), relacionando
assim os indígenas brasileiros
de tez avermelhada, que eram denominados
bugres (designação dada
aos indígenas, por não serem cristãos).
Esta designação representa
um espírito forte que traz as forças
da natureza e a sabedoria para o uso
das ervas. Os caboclos são espíritos
que se apresentam na forma de adultos
e possuem uma postura forte, voz
vibrante e trazem a força da natureza
manuseando as energias para trabalhar
nas situações de saúde, vitalidade
e no corte de energias negativas
que possam estar a perturbar. A sua
fala é muito semelhante á dos indígenas,
e estes tal como eles, podem utilizar
os seguintes paramentos: cocares,
arcos, flechas, espadas e machadinhas.
Na Umbanda todas as entidades são
importantes e não é por um médiun
incorporar um caboclo de renome,
que vai ser mais importante do
que os outros. Nos terreiros quando
os médiuns incorporam os Caboclos,
estes tratam-se por igual e mostram
que, como numa aldeia, tudo
é feito em conjunto e o que importa
é o trabalho espiritual. Os Caboclos
são entidades que afastam as energias
negativas, tratam de doenças,
que muitas vezes a medicina não consegue
curar e ajudam e motivam as
pessoas a serem mais humildes, mais
simples e a serem mais corajosas e
persistentes. Além de tudo isto, também
nos ajudam a ter a capacidade
de sermos guerreiros e lutar pelo
que é justo e bom para todos, nunca
esquecendo que tudo na vida acontece
por um motivo e que todas as nossas
acções, que sejam boas ou más são
registadas, onde mais tarde iremos
pagar por elas (Karma).
BOIADEIROS
Os Boiadeiros representam a força de
vontade, a liberdade e a determinação
que existe no homem do campo,
a natureza desbravadora, romântica,
simples e persistente do homem do
sertão “caboclo sertanejo” e também
demonstram a necessidade de conviver
com a natureza e os animais, de
uma maneira simples, mas com muita
força e fé. Estes podem ser, Boiadeiros,
Vaqueiros, Laçadores, Peões e
Tocadores de Viola, representando o
povo brasileiro, através dos seus costumes,
superstições e fé. O dia destas
entidades é a quinta-feira. Os “caboclos
índios” são geralmente sisudos
e de poucas palavras, sendo também
possível encontrar alguns boiadeiros
sorridentes e conversadores. Os Boiadeiros
vêm da 7ª linha (Linha mista).
A gira dos Boiadeiros é na maioria
das vezes uma extensão da gira
de caboclos. Esta caracteriza-se pela
maneira que os boiadeiros dançam,
o ineditismo de “pé de dança”, uma
coreografia intrincada de passos rápidos
e ágeis, surpreendentemente máscula,
que mais parece a de um dançarino
mímico, que lidera bravamente
um boi bravo (ou uma boiada) invisível.
Os médiuns do terreiro, ao incorporar
esta entidade sertaneja, paramentam-se
com roupas próprias
como, o gibão ou avental de couro,
e o chapéu de vaqueiro e uma corda
(“corda de laçar meu boi”) que será
usada em movimentos giratórios acima
da cabeça do laçador.
Além da sua vestimenta, os Boiadeiros
fumam cigarros de palha ou
charutos, bebidas fortes e falam e
cantam num linguajar tosco de um
homem do interior, que exprime alegria,
mas às vezes não o demonstra,
apresentando um ar frio e sério.
O seu cantar louva os Orixás, e a
sua camaradagem com os Caboclos,
fala de Jesus e de Nossa Senhora
com respeito e carinho, ao catolicismo
colonial, lembrando o “cálice
bento e a hóstia consagrada”, mas
a entoação fala principalmente nos
campos verdes (a boiada). São espíritos
de pessoas, que em vida trabalharam
no gado e nas fazendas, em todo
o Brasil. As músicas dos Boiadeiros
expressam o trabalho com o gado e a
vida simples das fazendas, ajudando-
-nos a entender a força que o trabalho
tem, passando como ensinamento,
que o principal elemento da sua
magia é a força de vontade, e que se
trabalharmos e nos esforçarmos conseguimos
uma vida melhor e farta. ✪
Pai Nelio D`Oxalá
TEMO Umbanda Centre Pai Nelio d`Oxala
Consultas em: London 079 013 00 672 • Lisboa e Funchal 910 337 204
Rio de Janeiro +55 (11) 98841 8780 • Austrália - Perth (+61) 08 9434 6397
temo.umbandacenter@gmail.com • www.temo-umbandacenter.com (brevemente)
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saber | Fevereiro | 2017
O Blogue de...
Das Homenagens
Miguel Pires
Músico
miguelpyres.blogspot.pt (Mr. Nice Guy)
Texto/Fotos: Miguel Pires
Depois de algum tempo parado,
decidi voltar aos meus
escritos. Pode ser que tenha
inspiração para escrever com mais
regularidade. Ou não. Ninguém sabe.
:-) Dei por mim a pensar em homenagens,
sejam elas de que espécie for. Há
algum tempo, em conversa com Colegas
e Amigos, falei (em algumas alturas
de forma mais emocionada) na
justiça de homenagens que se deviam
fazer. Ou na injustiça da falta delas.
Tive o prazer e, acima de tudo, a honra
de participar em algumas homenagens
que se fizeram a alguns Colegas
de Profissão. E só tenho pena de
não ter podido participar em mais.
Os reconhecimentos públicos de uma
capacidade, de uma carreira, da dedicação
a uma causa são a forma mais
bonita de se dizer obrigado. E é por
este princípio que me rejo quando
aceito participar numa homenagem a
alguém: tenho de acreditar que aquela
pessoa ou instituição merecem o
reconhecimento e todo o trabalho que
vou dedicar àquela causa. Que é justo
e honesto agradecer de forma pública.
Tenho feito sempre assim. E, até agora,
ainda não me arrependi. Convivo,
quase diariamente, com pessoas que
deram muito de si, ao longo de muito
tempo, a alguma coisa. À Música, ao
Teatro, à Rádio, à Televisão. A causas
nobres e, muitas vezes, difíceis. Que
inovaram, que educaram, que ajudaram,
que promoveram situações,
acontecimentos, causa e pessoas, muito
além do que delas seria esperado.
Que o fizeram, muitas vezes, com poucas
ou nenhumas condições, a muito
custo, com consequências nefastas
na sua vida pessoal. Porque acreditavam
que valia a pena. Porque sabiam
que, sem essa dedicação e entrega,
nada de novo se faria, não se avançaria
e tudo ficaria na mesma. Sei que,
há algum tempo, um Músico Madeirense
foi condecorado pelo Governo
Regional da Madeira. E não foi o primeiro.
Mas agora é mais frequente
homenagear músicos, seja por mérito
turístico ou pela divulgação e ensino
da arte. Em boa hora o fizeram. Eu
tive a oportunidade de sentir efeitos
práticos da dedicação deste Homem à
Música, em várias vertentes e estilos.
O trabalho que ele fez era já conhecido
de muitos. Mas daí ate alguém decidir
homenageá-lo, daí ate porem em prática
e fazerem acontecer esse reconhecimento
público, vai (ou foi) uma
grande distância. E como deve ter sido
doce receber aquele prémio, ter sido
reconhecido por tanto, tanto trabalho
e por tanta dedicação... Tenho para
mim que a maior parte dos homenageados
não trabalha pensando na
medalha que um dia pode receber. A
maior parte deles pode ate nem achar
que merece ou que não fez nada de
especial. Não por falsa modéstia. Nem
mesmo por verdadeira modéstia. Mas
porque nunca sequer pensou nisso.
Porque fez tudo o que fez porque quis,
por vontade, por egoísmo (também é
possível), por vontade de ajudar uma
causa, para ensinar algo às pessoas
ou para inovar nesta ou naquela área.
Quem disser que não liga ao reconhecimento
publico de um bom trabalho,
ou está a mentir, ou é inconsciente.
Porque toda a gente gosta de reconhecimento
e porque esse reconhecimento
pode servir de exemplo para
que outras pessoas abracem causas
notáveis e, um dia, façam coisas grandes.
Assim sendo, que venham esses
reconhecimentos. Que se tenha visão
transversal quando se tomar decisões
sobre quem homenagear. Que se pense
em todas as formas que existem de se
tocar a vida das pessoas, de (de alguma
forma) melhorá-la. Seja através
da botânica, da geologia, da medicina,
do turismo ou da música. Que não se
tenha medo de homenagear músicos,
bailarinos, pintores, escultores. Que
se tome estas decisões de forma consciente
e ponderada, mas aberta. Que
se premeie mérito. Sem medo! Beijos
& Abraços. ✪
saber | Fevereiro | 2017 31
DESPORTO
Dulcina Branco
Fonte/Fotos: Câmara Municipal
do Funchal
“Funchal, Cidade Activa”
Está aí a 3ª edição do “Funchal,
Cidade Activa”, um
projecto criado em 2015 e
que pretende promover a actividade
física dos funchalenses ao longo
de todo o ano, nos jardins, praças
e passeios da cidade. Caminhadas
e treinos funcionais acontecem
em todas as sextas-feiras deste mês
de fevereiro. A orientação técnica
destas actividades está a cargo dos
ginásios da Câmara Municipal do
Funchal, mas os passeios são abertos
a toda a população. Madalena
Nunes, vereadora com os pelouros
do Desporto e da Inclusão Social,
destaca que este é, sobretudo, “um
exercício de inclusão, que pretende
chegar às camadas sedentárias, seja
entre o público sénior, seja entre os
mais jovens, tornando o desporto ao
ar livre, em plena cidade, acessível
e atraente para todos.” A edilidade
tem, de resto, múltiplas actividades
previstas para 2017, tendo criado,
para tal, parcerias com as instituições
desportivas do concelho, em
particular, com aquelas que recebem
apoios da autarquia, para dirigir
actividades desportivas à população
em geral, usando os espaços
públicos. A vereadora acrescenta
que “o sedentarismo aumenta
a mortalidade e reduz a qualidade
e o tempo de vida, sendo imprescindível
que se implementem programas
de promoção da actividade
física e medidas de fundo que, a
médio e longo prazo, combatam de
forma eficaz este problema e diminuam
a percentagem da população
sedentária.” O “Funchal, Cidade
Activa” tem, por isso, como objectivo
central “aumentar o conhecimento
acerca dos benefícios da
actividade física em termos de saúde,
para ajudar as pessoas a adoptarem
hábitos de vida saudáveis.”
O “Funchal, Cidade Ativa” decorre
da campanha europeia “Now We
Move”, coordenada pela International
Sport and Culture Association
(ISCA), que realizava a Semana
Europeia do Movimento. O Funchal
decidiu, há dois anos, expandir
o escopo da iniciativa, para o registo
anual agora em vigor. O programa
de Fevereiro consiste na caminhada
+ Treino Funcional todas
as sextas- feiras (dias 3, 10, 17 e
24); caminhada: saída do Teleférico,
Rotunda do Porto e regresso ao
Jardim do Almirante Reis e treino
funcional: Jardim Almirante Reis,
com o seguinte horário: 09h15 –
Concentração junto ao teleférico;
09h30 às 11h30 – Actividades previstas.
✪
32
saber | Fevereiro | 2017
20.02.2010
MADEIRA
Era um sábado de manhã
estranhamente quente. Um
bafo de ar quente entrou
pela janela entreaberta. O nevoeiro
instalara-se nas ruas estranhamente
silenciosas. Só o silêncio se ouvia.
Um café, alguns minutos depois, no
bar do costume. De repente, a chuva.
Intensa. O vento atira a água
com violência contra as paredes
envidraçadas do bar. A intenção
de ir até à cidade para umas compras,
terá que ficar para mais tarde.
Felizmente, porque depois, foi o
que se sabe. A manhã rompia para
não mais se fechar – a memória
haveria de ser essa porta do antes
e do depois, desse 20 de fevereiro
de 2010. O temporal na ilha da
Madeira, em 2010, foi uma sequência
de acontecimentos iniciados pela
precipitação que atingiu valores
anormais para a época, durante a
madrugada do dia 20 de fevereiro,
seguida por uma subida do nível do
mar. Estes acontecimentos provocaram
inundações e derrocadas ao
longo das encostas da ilha, em especial
na parte sul. segundo o Instituto
de Meteorologia, na origem do
fenómeno esteve um sistema frontal
de forte atividade associado a uma
depressão que se deslocou a partir
dos Açores. O choque da massa de
ar polar com a tropical deu origem
a uma superfície frontal que, aliada
à elevada temperatura da água
do oceano, acelerou a condensação,
causando uma precipitação extremamente
elevada num curto espaço
de tempo. A orografia da ilha contribuiu
para aumentar os efeitos da
catástrofe, mas não só. A parte baixa
da cidade do Funchal foi inundada
e a circulação viária foi impedida
por pedras e troncos de árvore
arrastados pelas ribeiras de São
João, Santa Luzia e João Gomes.
A quantidade de água que caiu no
dia 20 de fevereiro de 2010 sobre
a Ilha da Madeira, em particular
no Pico do Areeiro, foi o valor mais
alto jamais registado em Portugal.
O Funchal, com uma média anual de
750 l/m², registou em poucas horas
114 l/m² de precipitação. A catástrofe
causou 47 mortos, 600 desalojados
e 250 feridos. O elevado
número de vítimas transformou este
evento na pior catástrofe da história
da Madeira desde 1803. O governo
português declarou a observância de
três dias de luto nacional. ✪
Dulcina Branco
Fonte/Fotos: Câmara Municipal
do Funchal e Wikipédia
saber | Fevereiro | 2017 33
exposições
“Gastronomia Tradicional:
O Bolo de Mel”
ATÉ 8 FEVEREIRO
Mostra sobre a confeção artesanal do
tradicional bolo de mel, integrada no projeto
semestral “Acesso às coleções em Reserva”.
O bolo de mel é uma iguaria típica da doçaria
do arquipélago da Madeira, conhecido pela sua
forma cilíndrica e espalmada. É doce devido
ao ingrediente principal, mel de cana-deaçúcar,
uma cultura produzida na ilha, ao qual é
adicionado um conjunto de especiarias.
Átrio do Museu Etnográfico da Madeira
Rua de São Francisco, 24 - Ribeira Brava
291 952 958
Terça a sexta das 9h30 às 17h00
Sábado das 10h00 às 12h30 e das 13h30 às 17h30
“Habitat”
ATÉ 6 MARÇO
Pintura de Alexandra Carvalho.
Casa da Cultura Santa Cruz | Quinta do Revoredo
Rua Bela de São José - Santa Cruz
291 520 124 | 917 999 043
Segunda a sexta das 9h00 às 18h00
Sábados das 14h00 às 18h00
“Rugas de sabedoria”
1
ATÉ 10 MARÇO
Fotografia de Guida Teixeira.
Centro de Promoção Cultural de São Vicente
Vila de São Vicente
291 846 582
Segunda a sexta das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às
17h30
3
34
saber | Fevereiro | 2017
“Chão de Orações”
ATÉ 31 MARÇO
De Daniel Vasconcelos de Melim.
Mostra centrada sobretudo no desenho,
como ferramenta preferencial de expressão
deste autor. Exposição que marca o regresso
de Daniel Melim à Madeira, ao seu primeiro
“Chão”.
Mudas. Museu de Arte Contemporânea da
Madeira
Estrada Simões Gonçalves da Câmara, 37
Calheta
291 820 900
Terça a domingo das 10h00 às 17h00
“O Puro e o Céladon”
ATÉ 9 ABRIL
Mostra de peças de porcelana de Doris Mitchell.
Galeria dos Prazeres
Sítio da Igreja, Prazeres – Calheta
291 822 204
Sábados, domingos e feriados das 10h00 às 13h00 e das
14h00 às 18h00
“Paralelamente”
ATÉ 30 ABRIL
De Amândio de Sousa e Jorge Pinheiro.
Curadoria de Isabel Santa Clara.
“Paralelamente” para além de dar a ver o
diálogo entre as peças do escultor Amândio de
Sousa e as do pintor Jorge Pinheiro, sublinha
também a fluidez de fronteiras entre pintura e
escultura e estabelece pontos de contacto com
as peças da coleção permanente do MUDAS.
Mudas. Museu de Arte Contemporânea da
Madeira
Estrada Simões Gonçalves da Câmara, 37 -
Calheta
291 820 900
Terça a domingo das 10h00 às 17h00
“Backstories”
ATÉ 30 ABRIL
De Mitsuo Miura, Pedro Calapez e Rui Sanches.
Comissariado de Ana Ruivo.
“Backstories” reencena a exposição
apresentada entre maio e setembro do ano
2016, na Fundação Arpad Szenes – Vieira da
Silva. Traz à Região um projeto que reúne
trabalhos de Pedro Calapez, Rui Sanches e
Mitsuo Miura sob o desafio de um encontro
com a obra de Maria Helena Vieira da Silva,
articulado num diálogo em torno da ideia de
“Biblioteca”, tantas vezes presente na obra de
Vieira.
Mudas. Museu de Arte Contemporânea da
Madeira
Estrada Simões Gonçalves da Câmara, 37 -
Calheta
291 820 900
Terça a domingo das 10h00 às 17h00
“Património Imaterial:
Sons da Nossa Gente,
Castanholas da Tabua”
ATÉ 30 ABRIL
Mostra promovida pelo Museu Etnográfico
da Madeira, com o objetivo de divulgar uma
tradição ancestral que faz parte do Património
Cultural Imaterial (PCI) da comunidade da Tabua,
associada aos conhecimentos e a um saber fazer
local, que representa a herança cultural de
gerações.
Parque Temático da Madeira – Santana
291 570 410
Segunda a domingo das 10h00 às 18h00
4
5
saber | Fevereiro | 2017 35
FOTOGRAFIA DDiArte
brincar ao
Carnaval!
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saber | Fevereiro | 2017
saber | Fevereiro | 2017 37
FOTOGRAFIA DDiArte
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saber | Fevereiro | 2017
saber | Fevereiro | 2017 39
FOTOGRAFIA DDiArte
Ficha Técnica
Fotos:
DDiArte
Modelos:
Quélia, João Paulo, Juliana, Betty,
Eloisa, Teresa e Marta.
40
saber | Fevereiro | 2017
Apresentação da Revista Portuguesa de
Educação Artística vol. 6, n.º 1 e n.º 2
Cultura
A
Direção de
Serviços de
Educação
Artística e Multimédia
publica anualmente uma
revista científica dedicada
à educação e às artes.
A revista tem como título
Revista Portuguesa de Educação
Artística (ISSN 1647-
905X, versão impressa, ISSN
2183-7481, versão online)
e tem como principal propósito
divulgar os resultados de
investigações e projetos realizados
nas diferentes áreas artísticas,
desde que direcionados
para a educação. Nos últimos 20
anos, assistimos a um aumento
do número de revistas científicas
e, simultaneamente, a um crescimento
da exigência no processo
de aceitação e avaliação dos
artigos científicos. É este rigor
que atribui credibilidade a uma
revista científica, e que, constituindo
um verdadeiro selo de
garantia, leva à recepção de um
maior número de artigos de qualidade.
Entre os aspetos que se
tornaram centrais e requisitos
mínimos para uma revista científica
contam-se: a existência
de revisão dos artigos por, pelo
menos, dois revisores externos
especialistas na área (de forma
anónima e sem qualquer
dado sobre o nome do autor
do artigo); e a indexação da
publicação em diretórios de
revistas científicas credíveis
(ou seja, a certificação
do cumprimento das dezenas
de critérios exigidos
por entidades internacionais
no domínio de
publicações científicas).
Tendo cumprido
com estes objetivos
nos últimos anos, a
direção da Revista
Portuguesa de Educação Artística
(RPEA) continua a procurar
melhorar a qualidade dos
artigos presentes nesta publicação
e a dar resposta ao elevado
número de propostas que
recebe. Deste modo, as prioridades
de 2016 centraram-se
principalmente: na passagem
da periodicidade da RPEA de
anual para semestral; e da
expansão do Conselho Científico,
procurando manter os
melhores revisores e aumentar
o número de membros
internacionais. Neste contexto,
é com agrado que a
RPEA conta atualmente
no seu Conselho Científico
com membros pertencentes
a um conjunto
alargado de países,
tais como Espanha,
França, Canadá,
México, Colômbia
e Brasil. A
internacionalização
da RPEA e o
aumento da periodicidade
são assim
duas apostas importantes
para alcançar,
num futuro próximo,
a indexação desta
publicação em diretórios
científicos mais influentes
e conseguir, para a
área da educação artística,
uma publicação conceituada
que auxilie os investigadores
deste domínio a progredirem
nas suas carreiras e
a divulgarem os seus resultados
a um público especializado
mais alargado. ✪
Dulcina Branco
Texto/Foto: Virgílio Caldeira, Diretor
de Serviços de Educação Artística e
Multimédia.
saber | Fevereiro | 2017 41
MODA
O que usar
para favorecer o seu tipo de corpo
Valorize o seu corpo
com a roupa
ideal. Os corpos
são todos diferentes. Segundo
algumas caraterísticas
físicas mais acentuadas
podemos definir os vários
tipos: Triângulo invertido,
Triângulo, Retangular, Oval,
Ampulheta. Podemos orientar-nos
assim, mais facilmente,
sobre o que vestir
e valorizar o potencial de
cada biofísico. Deixamos
aqui alguns truques a nível
visual, para que saiba destacar
os seus pontos fortes.
O importante é sentir-
-se bem e confortável com o
que veste.••
• Texto & Fotos: Lúcia Sousa - Fashion Designer Estilista
Tipo de Físico Triângulo Tipo de Físico Retangular Tipo de Físico Oval Tipo de Físico Triângulo invertido
Este tipo de físico carateriza-se
por ancas largas e ombros estreitos.
Para uma mulher com este tipo
de corpo o truque é fazer com que
os ombros se estendam até à medida
da anca.
Deve usar: Peças que destaquem
a parte superior do tronco: blusas
com drapeado; riscas horizontais;
mangas com volume; brilhos;
estampados ; decotes à barco ou
cai-cai e cavas a descair ligeiramente
o ombro, produz um efeito
de alongamento; casacos pela anca;
calças de corte a direito; cores mais
escuras na parte inferior (saias ou
calças).
Poderá recorrer aos acessórios,
nomeadamente, brincos e colares.
Evite: As calças tipo corsário porque
diminuem a altura de perna;
calças muito justas como leggings
ou skinys; cinturas baixas e saias
de pregas.
As mulheres com este tipo de físico
são mulheres cujos ombros, cintura
e anca estão na mesma medida,
portanto o ideal será criar uma cintura
a nível visual.
Para este tipo de corpo use roupas
que criem curvas. A cintura é o
ponto central.
A Usar: casacos com pinças porque
acentuam a cintura; blusas com
drapeados para adicionar volume e
textura à sua silhueta; calças com
cós liso, sem elástico e de corte afunilado
na perna, tipo Skinny; mini-
-saias ou tipo “A”são perfeitas para
dar ilusão de cintura mais estreita.
Evite: Tudo o que dê um aspecto
quadrado ao corpo; camisas ou
blazers de corte sem pinças ou roupas
largas.
Este tipo de físico carateriza-se por
ser volumoso na zona da cintura, e,
por vezes, no peito e anca.
Valorize com peças que alongam a
silhueta, tornando-a mais proporcional.
Aposte nos decotes em “V”
porque fazem o peito parecer mais
pequeno.
Os looks em tons monocromáticos,
todo numa cor, se forem escuras
ou com riscas verticais, adelgaçam
a silhueta.
A altura dos casacos ou camisas
deverá ser pela anca e as saias
abaixo do joelho. O corte que mais
favorece nas calças e nas saias é
corte a direito. Escolha tecidos
estruturados.
Evite: Cinturas de corte baixo;
golas altas; cintos de cor diferente
da base; blazers ou tricots nunca
devem ultrapassar a linha da anca,
nem podem ficar na altura da barriga
porque senão cria a ilusão de
anca maior. Evite pregas e franzidos;
tecidos com muito brilho e bolsos
nas calças.
Este tipo de corpo é marcado por
ter ombros mais largos do que a
anca.
Prefira roupas mais justas em cima
e largas em baixo, assim mantém o
equilíbrio de proporções.
Deve usar: Vestidos de cava para
o pescoço; alças finas; cores escuras
na parte de cima; saias evasés,
linha A, rodadas, ou com franzidos
são excelentes para este tipo físico;
calças de cintura baixa, com
pregas, à boca de sino, ou largas;
os tecidos brocados ajudam a dar
volume à anca e a minimizar visualmente
a largura dos ombros.
A altura das peças na parte superior
deverá ser pela cintura.
Sapatos com aplicações desviam a
atenção para a parte superior.
Evite: Volume nos ombros; os decotes
à barco e cai-cai; mangas estilo
balão; blusas com muitos detalhes
no busto; calças e saias justas.
42
saber | Fevereiro | 2017
Tipo de Físico Ampulheta invertido
Este tipo de físico é curvilíneo, com
ombros e ancas nas mesmas proporções
e cintura estreita. Este é
um dos físicos mais harmoniosos.
Deve optar por roupas que definem
a silhueta. Os vestidos justos curtos
ou até ao joelho.
Casacos com pinças; calças de corte
justo/ skinny e cintura baixa são
uma boa opção.Se tiver pouco busto
opte por golas altas.
Evite: Roupas e vestidos de corte a
direito e sem pinças.
saber | Fevereiro | 2017 43
DDiarte distinguida com Medalha de Mérito
> Luz Henriques inaugurou a mostra ‘Fénix’ na Casa
da Cultura de Câmara de Lobos.
> Cerimónia de entrega da medalha de Mérito
Municipal – Grau Ouro, ao duo de fotógrafos
Diamantino Jesus e José Diogo (DDiarte).
> FNAC Madeira homenageou os 35 anos da
Associação Musical e Cultural Xarabanda com
inauguração de mostra fotográfica retrospetiva.
> Auditório do Museu Casa da Luz recebeu
cerimónia de apresentação do livro “Espelhos de
Vida” , de Magda Franco.
> Telma Monteiro apresentou na Fnac Madeira o
livro “Na vida com Garra”, o seu primeiro livro.
44
saber | Fevereiro | 2017
PUB
SOCIAL
Mostra ‘Fénix’ na Casa
da Cultura de Câmara
de Lobos
Composta por 14 painéis cerâmicos e 4 escultura de
madeira com embutidos em cerâmica, algumas técnicas
aplicadas nesta nova mostra de Luz Henriques,
passaram pela modelação, monocozedura, chacota,
pintura com engobes vidrados, esmaltes e linogravura.
Familiares e amigos não deixaram passar a oportunidade
para participarem nesta apresentação da artista
nascida em Câmara de Lobos. Com formação em Artes
Visuais e Artes Aplicadas, Luz Henriques está representada
em colecções particulares, nacionais e internacionais.
Foi distinguida com alguns prémios de mérito
na categoria das artes plásticas a nível nacional e internacional,
de que se destaca o certificado de distinção
na categoria de pintura, que recebeu na Bienal Internacional
de Malta. ✪
DB Fotos: D.R.
saber | Fevereiro | 2017 45
SOCIAL
Medalha de Mérito Municipal –
Grau Ouro
O Presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo, presidiu
a esta cerimónia que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho. A
entrega da medalha de Mérito Municipal – Grau Ouro, ao duo de fotógrafos
DDiarte (Diamantino Jesus e José Diogo) teve como objetivo distinguir
o seu percurso de excelência na área da fotografia digital manipulada. A
DDiarte surgiu em 2003 e tem conquistado inúmeras distinções internacionais.
✪
DB Fotos: André Gonçalves
35 anos Xarabanda
A FNAC homenageou os trinta e cinco anos da Associação Musical
e Cultural Xarabanda com uma mostra que apresentou, em vinte
imagens, os momentos mais importantes desta associação. A iniciativa
contou ainda com uma atuação do grupo musical Xarabanda
que é um dos projetos desta importante associação musical e cultural
madeirense. ✪
DB Fotos: Rui Camacho
46
saber | Fevereiro | 2017
Telma Monteiro apresentou livro
“Na vida com Garra”, o primeiro livro de Telma Monteiro, foi apresentado
na FNAC Madeira e teve a presença da própria.Telma Monteiro transmitiu
neste livro inspirador, as ferramentas e estratégias que desenvolveu
ao longo da sua carreira como atleta de alta competição. Após a apresentação
do livro, a judoca encontrou-se com o público para uma sessão de
autógrafos. A vinda da atleta à Madeira teve o apoio da empresa World
of Sports. Considerada a melhor judoca portuguesa de todos os tempos e
uma das melhores do mundo, Telma Monteiro tem no seu curriculum 11
medalhas em Campeonatos da Europa, outras cinco em Campeonatos do
Mundo, entre outros títulos. ✪
DB Fotos: Bruno Olim (Fnac Madeira)
“Espelhos de Vida”
O auditório do Museu Casa da Luz recebeu a cerimónia de apresentação
desta obra da autoria de Magda Franco. “Espelhos de Vida”
é um livro que se insere na categoria “autoconhecimento”, pelo que,
apresenta uma compilação de textos que aborda temáticas relacionadas
com as emoções e com a gestão emocional de situações que
ocorrem no quotidiano. A apresentação do livro ficou ao encargo de
Susana Fontinha. A Mestre Alexandra Sousa assinou o prefácio. A
apresentação contou com um momento musical que foi protagonizado
pelo Stardust Accousti Project. ✪
DB Fotos: Bárbara Fernandes
saber | Fevereiro | 2017 47
À MESA COM...
as Sugestões
Texto/Fotos: Fernando Olim
de Fernando Olim
Os dias maiores de fevereiro sugerem que se fique mais tempo à
mesa com familiares e amigos. Os pratos devem ser saudáveis,
rápidos e simples de confecionar. Fevereiro é o mês de Carnaval mas
se não está inclinado para as tradicionais malassadas e sonhos,
invista nas entradas de queijos, no bacalhau cozido e remate com
uma deliciosa sobremesa de chocolate. Goze e partilhe o momento
com familiares ou amigos, sem máscaras mas com alegria e boa
disposição. Bem-vindo, Fevereiro! Bom Carnaval.
48
saber | Fevereiro | 2017
Entrada
Tábua de queijos
Queijos diversos, cortados em cubos e em rolinhos, colocados
numa tábua e decorados com pimentos cortados em
forma de estrela, azeitonas pretas e verdes, tomate cherry,
raminho de salsa e oregão seco. Regue com azeite.
Prato principal
Lombo de bacalhau cozido
Coza o bacalhau a baixa temperatura. Adicione batata salteada,
redução de pimentos e molho pesto. Regado com
agriete e migas.
Sobremesa
Sobremesa exótica com chocolate negro
Decore com chocolate negro e branco, e frutos silvestres a
gosto.
saber | Fevereiro | 2017 49
SITE DO MÊS
E-mail:
sabermadeira@yahoo.com
Telf. 291 911 300
www.internetsegura.pt
Propriedade:
OLC, Lda
Audiovisuais, TV, Multimédia,
Jornais e Revistas, Lda
Sociedade por Quotas; Capital Social:
€100.000,00 Contribuinte: 509865720
Matriculado na Conservatória Registo
Comercial de Lisboa
Sede: Centro Comercial Sol Mar, Sala 303,
Av. Infante D. Henrique, nº71
9500 - 769 Ponta Delgada Açores
Sócio-Gerente com mais de 10% do Capital:
Edgar R. de Aguiar
Director
Edgar Rodrigues de Aguiar
Redacção
Dulcina Branco
Secretária de Redacção
Maria Camacho
Colunistas
António Cruz, Hélder Spínola, Teresa
Brazão, Alison Jesus, Iveth Barajas,
António Castro
Depart. Imagem
O Liberal, Lda.
> O Centro Internet Segura preparou
um evento no dia 7 de feveiro, dirigido
ao público jovem e sénior para celebrar
o Dia da Internet mais Segura. No
seguimento das iniciativas promovidas
pela FCT em anos anteriores, o Centro
Internet Segura desenvolveu um recurso
específico para todos os interessados
em dinamizar ações de sensibilização
no âmbito das comemorações do Dia
da Internet mais Segura 2017. As informações
estão disponíveis no site do
sítio que conta com o apoio de diversas
instituições e é co-financiado pela União
Europeia.
Design Gráfico
OLC
Departamento Comercial
OLC
Serviço de Assinaturas
Dulce Sá
19º
ANIVERSÁRIO
2017
Nome
Empresa
Morada
Código Postal
Concelho
Data de nascimento
Telem.
Telefone
E-mail
Nova Assinatura
CUPÃO DE ASSINATURA
Renovação Assinatura
Localidade
Contribuinte Nº
Assinatura Data / /
Fax
SIM, quero assinar e escolho as seguintes modalidades:
Cheque
à ordem de ‘’O Liberal Comunicações, Lda’’
Pago por transferência Bancária/Multibanco
MPG NIB nº 0036.0130.99100037568.29
“O Liberal”, Parque Empresarial da Zona Oeste, Lote 7, Socorridos,
9304-006 Câmara de Lobos • Madeira / Portugal
Telefones: 291 911 300
Fax: 291 911 309
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