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19<br />
anos<br />
Madeira... 20.02.2010<br />
(Des)Conhecida Arte...Designed by Nuno<br />
ANO XVII • N.º237 Mensal Fevereiro 2017 • €2<br />
Raquel Coelho<br />
“Tive uma infância muito feliz e<br />
isso reflete-se na mulher que sou”<br />
Viajar com Saber...<br />
Índia<br />
A a Z<br />
Susana Jasmins
Nao deixe de recordar esses momentos !<br />
Coloque bem perto de si tudo o que é essencial na sua vida !<br />
PUB<br />
Editora<br />
OLiberal<br />
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O talento da escrita consiste apenas na escolha das palavras...<br />
A leitura é uma viagem da mente,<br />
Não Fique na sombra...<br />
a ausência agradável da vida e de si mesmo...<br />
Nós editamos<br />
Frases<br />
a sua obra<br />
curtas<br />
!*<br />
que fizeram o caminho...<br />
Cada novo livro, no momento da escrita,<br />
apaga o anterior...<br />
Alguns exemplos<br />
*Mediante acordo e condições entre a Editora e o Autor
04<br />
04<br />
04<br />
04<br />
04<br />
04<br />
04<br />
Entrevista<br />
Nasceu em Santa Cruz há<br />
29 anos, estudou no Funchal<br />
e licenciou-se em Gestão<br />
de Empresas na Faculdade<br />
de Economia do Algarve e<br />
na Universidade de Tomas<br />
Bata, na República Checa.<br />
Raquel Coelho, filha do<br />
deputado José Manuel<br />
Coelho, em entrevista.<br />
12 Opinião<br />
Iveth Barajas<br />
13 Lugares de Cá<br />
Portão dos Varadouros.<br />
14 Opinião<br />
António Castro<br />
(Des)Conhecida Arte<br />
Os desenhos da Designed by<br />
Nuno, de Nuno Teixeira.<br />
18 Tecnologia<br />
O acesso à internet a partir<br />
de telefones e tablets volta<br />
a crescer. Telecomunicações<br />
no topo da lista de queixas<br />
à DECO.<br />
19 Nutrição<br />
Suplementos vitamínicos:<br />
sim ou não?<br />
20 A a Z<br />
Susana Jasmins.<br />
22 Opinião<br />
Hélder Spínola<br />
23 Saúde<br />
“Alzheimer e outras<br />
demências: como lidar com<br />
as alterações cognitivas e<br />
comportamentais”.<br />
24 Câmara Municipal<br />
do Funchal<br />
Fim-de-semana de Teatro<br />
Nacional no Baltazar Dias.<br />
sumário<br />
“Quo vadis?” Carnaval...<br />
Porque fevereiro é mês do carnaval, passamos em revista os maiores<br />
carnavais do Mundo.<br />
Madeira PAG. 08<br />
É uma das empresas de tecnologia mais respeitadas ao nível mundial, a<br />
marca da maçã, responsável por produtos inovadores que enlouquecem<br />
legiões de fãs a cada lançamento. É da Apple que falamos.<br />
Marcas Icónicas PAG. 15<br />
04<br />
26 Viajar com Saber<br />
Samode. Índia.<br />
28 Madeira<br />
Leonia trabalha na<br />
lavandaria do Lar de Ponta<br />
Delgada; Dino Costa é<br />
guarda florestal. Juntos<br />
construiram o presépio<br />
que é uma atração do sítio<br />
da Lombada, na Ponta<br />
Delgada.<br />
Opinião Pai Nélio D’Oxalá.<br />
O blogue... Miguel Pires<br />
Das homenagens.<br />
32 Desporto<br />
Está aí a 3ª edição do<br />
“Funchal, Cidade Activa”,<br />
um projecto criado em 2015<br />
e que pretende promover<br />
a actividade física dos<br />
funchalenses ao longo de<br />
todo o ano, nos jardins,<br />
praças e passeios da cidade.<br />
33 Madeira<br />
20.02.2010.<br />
34 Agenda Cultural<br />
Fevereiro<br />
36 Fotografia DDiarte<br />
O carnaval na fotografia da<br />
DDiarte.<br />
41 Cultura<br />
Apresentação da Revista<br />
Portuguesa de Educação<br />
Artística vol. 6, n.º 1 e n.º 2.<br />
42 Dicas de moda...<br />
Lúcia Sousa<br />
44 Social<br />
48 À mesa com...<br />
Fernando Olim<br />
50 Site do Mês<br />
www.internetsegura.pt<br />
Siga-nos também em www.facebook.com/sabermadeira<br />
e em www.sabermadeira.pt<br />
saber | Fevereiro | 2017<br />
3
ENTREVISTA<br />
"O meu pai é um homem de família e em<br />
Raquel Coelho<br />
Há quem entre no gabinete do PTP-M à sua procura a fim de<br />
contratar os seus serviços de advogada. Raquel Coelho até<br />
acha piada na confusão e reconhece que, se calhar, para o<br />
exercício do cargo político que exerce - é deputada do PTP-M<br />
na Assembleia Legislativa Regional da Madeira - teria sido<br />
melhor ter enveredado pelo direito. Licenciada em Gestão<br />
de Empresas, Raquel Coelho tinha 23 anos quando assumiu a<br />
presidência do grupo parlamentar do seu partido tornando-se,<br />
assim, na mais jovem responsável por um grupo parlamentar<br />
na Assembleia Legislativa da Madeira. O PTP-M elegeu três<br />
deputados à ALM nas eleições legislativas regionais de 9 de<br />
Outubro de 2016 viabilizando na sua estreia parlamentar,<br />
a constituição do grupo parlamentar que teve – e tem - no<br />
carismático José Manuel Coelho a sua referência incontornável.<br />
A política à qual chegou “quase por acidente” é o fio condutor<br />
desta conversa com esta jovem deputada de 29 anos apenas,<br />
mas à qual não se consegue ficar indiferente.<br />
Dulcina Branco<br />
Fotos: cortesia Raquel Coelho<br />
Fale-nos um pouco de si, Raquel:<br />
onde nasceu, estudou, trabalhou<br />
e o que tem feito.<br />
- Sou natural de Santa Cruz. O<br />
ensino primário fi-lo no Externato<br />
Princesa Dona Maria Amélia, o<br />
ensino básico na Escola Básica e<br />
Secundária de Santa Cruz, o ensino<br />
secundário na Francisco Franco<br />
e o ensino superior na Faculdade de<br />
Economia do Algarve e na Universidade<br />
de Tomas Bata na República<br />
Checa. Licenciei-me em Gestão<br />
de Empresas. Trabalhei no Crédito<br />
Agrícola como bancária. Fiz também<br />
durante algum tempo estudos<br />
de mercado para várias empresas.<br />
Atualmente, quando não estou em<br />
deputada na ALRAM, dou assessoria<br />
ao Grupo Parlamentar do PTP.<br />
Eu própria fui induzida em erro<br />
no que concerne à sua formação,<br />
já que, a Raquel é formada em<br />
Gestão e não em Direito...<br />
- Pois, tem graça. Sou licenciada<br />
em gestão e não em direito, mas<br />
por alguma razão muita gente está<br />
convencida que tirei advocacia. De<br />
vez em quando, surgem pessoas no<br />
gabinete do PTP à minha procura<br />
a fim de contratar os meus serviços<br />
de advogada. O que acho piada!<br />
Embora reconheço que, se calhar,<br />
para o exercício do cargo político<br />
que hoje exerço, teria sido melhor<br />
ter enveredado pelo direito.<br />
Neste caso, vamos manter o Direito<br />
para saber a sua opinião sobre<br />
o estado da justiça em Portugal.<br />
Como é que estamos nesta área,<br />
na sua opinião?<br />
- É com muita preocupação que<br />
encaro o estado da Justiça Portuguesa.<br />
Hoje fazer valer os seus<br />
direitos em tribunal não está ao<br />
alcance de qualquer um. Efetivamente,<br />
existe uma justiça para<br />
pobres e outra para ricos. O acesso<br />
aos tribunais com a exigência<br />
do pagamento das custas judiciais,<br />
impossibilita o acesso à justiça<br />
por parte de uma grande fatia da<br />
população. Existe o apoio judiciário<br />
mas só os mais pobres entre os<br />
pobres conseguem aceder, é preciso<br />
ser quase indigente para ter acesso<br />
a este apoio. Tudo o resto, digamos<br />
os remediados, a grande maioria<br />
da população, ficam impedidos<br />
de aceder à justiça que passou a ser<br />
considerada um serviço de luxo.<br />
Por outro lado, outra preocupação<br />
é a falta de independência que existe<br />
entre o poder político e o poder<br />
judicial. E nos meios pequenos<br />
como o caso da Madeira a situação<br />
é bem alarmante. Muitos magistrados<br />
e juízes do Ministério Público<br />
vêm para a Madeira e ficam aqui<br />
durante anos a fio e a pouco e pouco<br />
vão sendo capturados pelo poder<br />
político, seja por um emprego que<br />
dão ao conjugue na administração<br />
local, seja por uma licença camarária,<br />
frequentam assiduamente os<br />
eventos sociais e através de amizades<br />
que vão desenvolvendo ou através<br />
de relações maritais vão criando<br />
laços e raízes que lhes impossibilidade<br />
julgar com isenção. Tudo<br />
4<br />
saber | Fevereiro | 2017
simultâneo, um homem de causas"<br />
seria mais transparente, se voltássemos<br />
à figura do Juiz de fora ou<br />
a obrigatoriedade dos juízes não<br />
ficarem numa comarca, mais que<br />
cinco anos. E o exemplo mais claro<br />
dessa falta de isenção foi o que<br />
se sucedeu com os jornais satíricos<br />
o Garajau e o Quebra Costas no<br />
qual o senhor meu pai foi diretor.<br />
Os jornais foram encerrados graças<br />
à mão pesada da justiça. Tiveram<br />
mais de 40 processos, alguns<br />
com pedidos cíveis superiores a 1<br />
milhão de euros. O delito de opinião<br />
para alguns juízes é mais grave que<br />
determinados crimes de sangue. E<br />
existe a percepção na opinião pública<br />
que se a denúncia/critica/opinião<br />
se for feita acompanhada por provas,<br />
que o processo por difamação<br />
e atentado à honra, morre em tribunal.<br />
O que não é de todo o verdade -<br />
pouco importa que o facto afirmado<br />
ou divulgado corresponda à verdade,<br />
contando que abale o prestigio/crédito<br />
do visado é considerado<br />
ilícito e pode ser criminalizado.<br />
Ou seja, um cidadão pode cometer<br />
os maiores crimes, mas não pode<br />
ser apelidado de criminoso publicamente,<br />
senão pelas instâncias judiciais,<br />
segundo o Código Penal Português.<br />
Só o tribunal tem o direito e<br />
a competência para chamar alguém<br />
de corrupto, tudo o que sair desse<br />
direito é considerado difamação e<br />
pode ser punido pela lei, se o visado<br />
assim o entender. Na ditadura Salazarista,<br />
o cidadão, era preso por<br />
atividades contra a segurança do<br />
Estado, agora é preso pelo “crime”<br />
de injúria e difamação agravada. A<br />
ação é a mesma, só muda o nome.<br />
Depois à outra questão importantíssima<br />
da justiça, que julgue bem<br />
ou julgue mal não responde perante<br />
ninguém. São Órgãos de Soberania,<br />
sem qualquer legitimidade e escrutínio<br />
popular. O que num Estado<br />
Democrático não é aceitável.<br />
É o rosto feminino do Partido Trabalhista<br />
Português na Assembleia<br />
Legislativa Regional da Madeira.<br />
Como é que chegou à política?<br />
{<br />
Na ditadura<br />
salazarista, o<br />
cidadão, era preso<br />
por atividades<br />
contra a segurança<br />
do Estado, agora<br />
é preso pelo<br />
“crime” de injúria<br />
e difamação<br />
agravada.<br />
{<br />
- Cheguei à política quase por acidente.<br />
Fui eleita deputada numa<br />
altura em que havia muito descontentamento<br />
da população em relação<br />
ao poder político e aos partidos<br />
tradicionais. O povo ansiava<br />
mudança. Mas por outro lado, essas<br />
mesmas pessoas, tinham medo<br />
de enfrentar esse mesmo poder,<br />
com receio das represálias que dali<br />
podiam advir. Prova disso é que<br />
obtivemos mais de 10.000 votos e<br />
foi com muita dificuldade que angariamos<br />
os candidatos para concorrer<br />
a esse ato eleitoral. Houve<br />
algumas pessoas que numa primeira<br />
fase acederam concorrer, e por<br />
terem sido alvo de pressões, acabaram<br />
por desistir à última da hora e<br />
eu tive de assinar a candidatura sob<br />
pena de não cumprimos o núme-<br />
ro exigido e a lei da paridade. Já<br />
o tinha feito anteriormente com o<br />
PND, na qual foi inclusive eleita à<br />
Assembleia Municipal do Funchal.<br />
O que gosta mais na atividade de<br />
deputada?<br />
- Quando se tem o bichinho da política,<br />
ser deputado é a cereja em<br />
cima do bolo. É podermos fazer<br />
aquilo que mais gostamos e é de<br />
facto, com muita honra e orgulho,<br />
que desempenho este cargo que foi-<br />
-me confiado pelos madeirenses e<br />
porto-santenses. Nesta atividade,<br />
temos um impacto muito grande na<br />
qualidade de vida das pessoas, com<br />
o nosso contributo ajudamos muito<br />
gente e isso para mim é extramente<br />
gratificante. Poder marcar a diferença<br />
e construir um futuro melhor<br />
para todos nós.<br />
Quais são os temas que lhe suscitam<br />
maior interesse no debate<br />
parlamentar?<br />
- As injustiças, a pobreza e a corrupção<br />
são os temas que me mais<br />
são sensíveis e sobre os quais me<br />
debruço com atenção e afinco.<br />
É filha do deputado José Manuel<br />
Coelho...<br />
saber | Fevereiro | 2017 5
ENTREVISTA<br />
As injustiças, a pobreza e a corrupção são os temas que me são mais sensíveis.<br />
- Sim e encaro isso com naturalidade.<br />
Vivo com esse facto desde<br />
que nasci. Não é para mim qualquer<br />
transtorno. Antes é motivo de<br />
orgulho.<br />
Como é o seu pai e como é a vossa<br />
relação?<br />
- O meu pai é um homem de família<br />
e, em simultâneo, um homem<br />
de causas. Acredita muito nas pessoas<br />
e na possibilidade de transformação<br />
da sociedade e é isso que o<br />
move todos os dias na sua atividade<br />
política. É um pai preocupado, cuidadoso,<br />
meigo, por vezes demasiado<br />
protetor e terrivelmente teimoso.<br />
Só tenho boas coisas a apontar<br />
de facto. Sempre nos demos bem.<br />
Tive uma infância muito feliz e isso<br />
hoje reflete-se na mulher que sou.<br />
Tive muito sorte e foi muito abençoada<br />
com a família que tenho. A<br />
quem estou inteiramente grata.<br />
Trocamos impressões frequentemente,<br />
aliás na minha casa o assunto<br />
nº 1 é política. Concordamos e<br />
divergimos em muitos aspectos da<br />
vida política, económica e social do<br />
nosso país, mas creio que conseguimos<br />
atingir o equilíbrio e, sobretudo,<br />
respeitar as ideias um do outro.<br />
Até porque a diferença de idades, a<br />
experiência profissional e de vida é<br />
completamente distinta. Por outro<br />
lado é importante frisar que o trabalho<br />
parlamentar não veicula só a<br />
opinião do próprio deputado, corresponde<br />
a um conjunto de ideias<br />
e posições defendidas pelo Partido<br />
no seu todo. E nessa matéria eu<br />
como todos os outros camaradas<br />
do meu partido, temos uma palavra<br />
a dizer. Eu preocupo-me pouco<br />
com o estilo ou com forma como o<br />
senhor meu pai intervêm, apesar de<br />
achar imensa piada na forma original<br />
e bem humorada como coloca<br />
os assuntos políticos. Interesso-me<br />
mais sobre o conteúdo político em<br />
si se tem pertinência ou não para<br />
as populações. Isto é, para mim, o<br />
fundamental.<br />
A sociedade poderá não estar ainda<br />
preparada para lidar com uma<br />
pessoa com as ideias e “praxis”<br />
do deputado José Manuel Coelho?<br />
- “Isto quem tão razão antes do<br />
tempo sofre as consequências”,<br />
citando Camilo Mortágua, e o<br />
exemplo do meu pai, encaixa-se<br />
como uma luva nestas palavras. A<br />
política de vanguarda e de transformação<br />
da sociedade acarreta consequências<br />
e temos plena consciente<br />
disso. Um revolucionário está sempre<br />
à frente daqueles do seu tempo<br />
e naturalmente que nem sempre<br />
somos entendidos e aceites como<br />
gostaríamos. Primeiro estranha-se,<br />
depois entranha-se.<br />
Como é que viu a condenação à<br />
prisão do seu pai? (O deputado<br />
José Manuel Coelho foi recentemente<br />
condenado a um ano de<br />
prisão efetiva pelo Tribunal da<br />
6<br />
saber | Fevereiro | 2017
Relação de Lisboa, cumprível ao<br />
fim de semana, num processo<br />
interposto pelo advogado António<br />
Garcia Pereira).<br />
- Não fiquei surpreendida, embora<br />
fico aterrorizada com a escalada<br />
fascista da justiça portuguesa.<br />
Quando se criminaliza o debate<br />
ideológico desta forma, algo muito<br />
tenebroso vem pelo caminho. Não<br />
esquecer que as declarações feitas<br />
em relação ao Garcia Pereira,<br />
foram feitas num âmbito da campanha<br />
eleitoral das presidenciais,<br />
num debate político. E em abono da<br />
verdade tudo aquilo que foi dito não<br />
era novidade nenhuma para aqueles<br />
que acompanham a história política<br />
do nosso país. Há livros editados<br />
com aquele conteúdo. Definitivamente,<br />
a justiça portuguesa, ao dar<br />
cobertura e a prosseguir com este<br />
tipo de intimidações aos cidadãos<br />
é a prova viva que as estruturas do<br />
poder judicial não se democratizaram<br />
com o 25 de Abril. Temos um<br />
Código Penal em vigor elaborado<br />
no tempo do Estado Novo. E isso<br />
reflete-se em diversos campos da<br />
nossa sociedade, não é só na política.<br />
Vejamos o processo por difamação<br />
colocado aos familiares dos<br />
jovens que morreram no Meco, que<br />
agora arriscam-se a pagar uma<br />
indeminização milionária ao procurador<br />
que investigou a morte dos<br />
jovens, apenas por terem criticado<br />
a forma como foi conduzido e<br />
arquivado o processo. Isto depois,<br />
no fim, acaba por chegar a todos.<br />
Depois à uma gritante dualidade de<br />
critérios na aplicação da lei, existe<br />
sentenças em que o direito à honra<br />
é mais importante que o direito<br />
à liberdade de expressão como também<br />
existe acórdãos de outras sentenças<br />
a dizer precisamente o contrário.<br />
Isto ao fim ao cabo as sentenças<br />
são dadas consoante a cara<br />
do freguês e conforme a boa vontade<br />
do juiz. O juízes têm praticamente<br />
livre arbítrio sobre os cidadãos,<br />
são uma espécie de deuses intocáveis<br />
que julguem bem ou julguem<br />
mal nada lhes acontece. E notoriamente<br />
querem fazer do seu senhor<br />
meu pai um exemplo, por ser dos<br />
poucos políticos que teve a coragem<br />
de enfrentar de frente os vícios do<br />
poder judicial.<br />
Já se tornou um lugar comum<br />
falar de jovens e política, no<br />
entanto, não poderia passar ao<br />
lado desta dialética tendo em<br />
conta que a Raquel é uma jovem<br />
e deputada. Na sua opinião, os<br />
jovens interessam-se pela política<br />
ou estão afastados da política<br />
partidária?<br />
- Os jovens creio que são a faixa<br />
etária da população mais afastada<br />
da política. Existe um repúdio<br />
muito grande em relação aos partidos<br />
e aos políticos. E é preciso contrariar<br />
isso. Para garantirmos um<br />
sistema democrático e a sua evolução,<br />
há que combater ideias preconcebidas<br />
e a própria diabolização<br />
da política... Porque ao fim ao<br />
cabo é tão mais fácil dizer que é<br />
tudo igual, dizer que ninguém presta<br />
e não fazer nada, do que deitar<br />
mãos à obra para a construção de<br />
uma sociedade melhor.<br />
Como é que olha para o panorama<br />
político madeirense?<br />
- O panorama político é bastante<br />
apreensivo, porque as condições<br />
de vida das pessoas teima em não<br />
melhorar e isso é fruto de politicas<br />
que foram e continuam a ser aplicadas<br />
à margem dos interesses da<br />
população. Muitas vezes governa-<br />
-se para minorias e isso naturalmente<br />
reflete-se negativamente na<br />
nossa sociedade. Se fôssemos fazer<br />
um estudo para apurar o número de<br />
pessoas que emigraram à procura<br />
de emprego, ficaríamos aterrados.<br />
A pouca capacidade da Região em<br />
gerar riqueza e oportunidades de<br />
trabalho para os nossos cidadãos<br />
é a nossa grande preocupação e é<br />
um problema que o atual Governo<br />
não consegue dar resposta. E é sem<br />
sombra de dúvida o grande desafio,<br />
de qualquer político que aspire<br />
Governar a Madeira.<br />
{<br />
Fui eleita deputada<br />
numa altura em<br />
que havia muito<br />
descontentamento<br />
da população<br />
em relação ao<br />
poder político<br />
e aos partidos<br />
tradicionais.<br />
Se não tivesse se licenciado em<br />
Gestão de Empresas, teria optado<br />
por qual outro curso?<br />
- Gostaria de ter ingressado no jornalismo<br />
ou no direito.<br />
É uma mulher ainda jovem e<br />
como tal, pergunto-lhe se gosta<br />
de cuidar da sua imagem e que<br />
aspetos valoriza na sua imagem.<br />
- Sim, gosto e tenho cuidados com<br />
a minha imagem. Procuro cuidar a<br />
minha alimentação e fazer exercício<br />
físico pelo menos duas vezes por<br />
semana. Hidratar e proteger bem a<br />
pele do sol com o uso de hidratante<br />
e protetor solar é para mim um<br />
hábito diário.<br />
Se abrissemos agora o seu guarda-roupa,<br />
que peças iríamos lá<br />
encontrar?<br />
- Gosto de peças práticas, confortáveis<br />
e intemporais. Uma boa calça<br />
jean, uma tshirt e uns tennis<br />
para mim é modelito ideal. Estamos<br />
sempre bem. Claro que para<br />
trabalhar é preciso algo mais formal<br />
e um bom fato e uma camisa<br />
é uma aposta segura. Um vestido<br />
e um stiletto preto são duas peças<br />
que não podem faltar no vestuário<br />
de qualquer senhora. Com o passar<br />
dos anos, aprendi que mais vale<br />
ter menos peças no guarda-roupa e<br />
estas terem mais qualidade, do que<br />
ter muita coisa que facilmente se<br />
estraga e passa de moda.<br />
Quando não está a trabalhar, o<br />
que gosta de fazer?<br />
- Gosto de ler, ver um bom filme<br />
ou uma série, adoro viajar, dormir,<br />
passear com os meus cães, gosto<br />
também de cozinhar.<br />
O que é que ainda não fez mas<br />
gostaria de vir a concretizar?<br />
- Muita coisa. São diversas as<br />
minhas aspirações profissionais,<br />
políticas e familiares. A ver vamos<br />
{o que o futuro me reserva. ✪<br />
saber | Fevereiro | 2017 7
MADEIRA<br />
Quo vadis, Carnaval...<br />
É tão antiga quanto a própria História, esta festividade<br />
pagã que começou a ser festejada pelo povo grego em<br />
600 a.C. como forma de agradecimento aos deuses pelas<br />
boas colheitas. O carnaval moderno, feito de desfiles e<br />
fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século<br />
XX e se Paris foi o principal modelo exportador da festa<br />
carnavalesca para o mundo, a cidade de Rio de Janeiro<br />
criou e exportou o estilo de fazer carnaval com desfiles<br />
de escolas de samba. Portugal tem uma grande tradição<br />
carnavalesca e a Madeira é um dos locais com mais<br />
tradição, ao nível mundial. Vamos lá ver de que são<br />
feitos os maiores “carnavais” em Portugal e em diversos<br />
países do Mundo. Pelo meio, há sonhos e malassadas a<br />
acompanhar com mel de cana da Madeira.<br />
Dulcina Branco<br />
Fonte/Fotos: Turismo da Madeira e Wikipédia.<br />
Carnaval da Madeira<br />
As origens do Carnaval madeirense<br />
remontam ao período da produção<br />
de açúcar no século XVI, a sua ligação<br />
aos escravos enquanto porto de<br />
passagem de bens e pessoas, quando<br />
se iniciou a expansão do comércio<br />
internacional açucareiro no Atlântico<br />
a partir da Madeira. Com ele,<br />
viajaram também as tradições e<br />
expressões lúdicas regionais, o que<br />
influenciou as festividades carnavalescas<br />
do Brasil e que se viriam a<br />
tornar numa das principais manifestações<br />
culturais no país “irmão”. As<br />
Festas de Carnaval da Madeira de<br />
2017 têm como tema geral, “Carnaval<br />
Reino da Fantasia” e arrancam<br />
com a tradicional “Festa dos<br />
Compadres”, em Santana. Manifestação<br />
tradicional do Carnaval da<br />
Madeira são os “assaltos” que consistem<br />
em festas de carnaval organizadas<br />
em casas de familiares e amigos,<br />
enquanto que, nas unidades de<br />
diversão noturna, organizam-se típicas<br />
noites temáticas como a “Noite<br />
dos Hippies” e “Noite dos Travestis”.<br />
Crianças das creches e escolas<br />
mostram os seus fatos de carnaval<br />
em desfiles nas ruas do Funchal.<br />
Ponto alto destas festas de Carnaval<br />
é o nove trupes. Imperdível é também,<br />
na terça-feira de Carnaval, o<br />
tradicional “Cortejo Trapalhão” que<br />
representa o cortejo que se fazia originariamente<br />
na Rua da Carreira.<br />
8<br />
saber | Fevereiro | 2017
Os 10 maiores carnavais no Mundo:<br />
Carnaval do Rio de Janeiro<br />
O Carnaval do Rio de Janeiro figura<br />
no Livro dos Recordes como o<br />
maior carnaval do mundo.Cerca de<br />
2 milhões de pessoas afluem diariamente<br />
às ruas do Rio para assistir<br />
aos desfiles de cerca de 200 escolas<br />
de samba e 300 bandas de diferentes<br />
bairros. O Sambódromo é uma<br />
colossal passarele com bancadas<br />
laterais construída propositadamente<br />
para o desfile. Em finais do<br />
século XIX, grupos carnavalescos<br />
ocupam as ruas do Rio de Janeiro,<br />
servindo de modelo para as diferentes<br />
folias. Em 1890, Chiquinha<br />
Gonzaga compôs a primeira música<br />
especificamente para o Carnaval:<br />
“Ô Abre Alas!”. O Rei Momo<br />
é quem comanda a folia do carnaval<br />
brasileiro.<br />
Carnaval de Torres Vedras<br />
O Carnaval de Torres Vedras auto<br />
intitula-se de “O mais português de<br />
Portugal” e o seu desfile é um dos<br />
mais famosos, já que nele participam,<br />
conhecidas figuras públicas.<br />
Os corsos destacam-se com os carros<br />
alegóricos e os grupos de desfile<br />
com as “matrafonas” e os famosos<br />
cabeçudos (bonecos gigantes) e os<br />
“Zés-Pereiras”. O Rei e Rainha do<br />
carnaval são dois homens, um dos<br />
homens vestido de mulher.<br />
Carnaval de Notting Hill<br />
É o maior festival de rua da Europa<br />
e, curiosamente, decorre em<br />
agosto. Os foliões apresentam-<br />
-se com exuberantes fatos nas<br />
ruas decorados e embrenhadas<br />
em música. Este carnaval surgiu<br />
nos anos sessenta do século passado,<br />
com imigrantes de Trinidad<br />
e Tobago que, sentindo-se discriminados,<br />
manifestam-se nas ruas<br />
do bairro londrino de nothing Hill.<br />
É famosa a sua escola de samba,<br />
a London School of Samba, criada<br />
em 1984 e que foi a primeira<br />
escola de samba a ser criada em<br />
Londres.<br />
Carnaval de Santa Cruz de Tenerife<br />
O Carnaval de Santa Cruz de Tenerife,<br />
nas ilhas Canárias, é o segundo<br />
maior do mundo, após o Rio de<br />
Janeiro; a cidade de Santa Cruz de<br />
Tenerife é geminada desde 1984<br />
com o Rio de Janeiro por este motivo.<br />
O desfile envolve espetáculos<br />
de mais de 100 grupos musicais e<br />
a eleição da rainha do Carnaval é<br />
um dos momentos altos deste carnaval.<br />
As primeiras referências ao<br />
carnaval de Santa Cruz de Tenerife<br />
remontam ao século XVIII, tendo-se<br />
celebrizado mundialmente<br />
em 1987, com a atuação da famosa<br />
cantora cubana Celia Cruz e a<br />
Billo’s Caracas Boys Orquestra,<br />
no desfile.<br />
saber | Fevereiro | 2017 9
MADEIRA<br />
Carnaval de Nova Orleães (Mardi Gras)<br />
Mardi Gras significa ‘Terça-Feira<br />
Gorda’ em francês, ou a Fat Tuesday<br />
(ou ‘Terça-Feira Gorda’ em<br />
inglês) e denomina as festas de carnaval<br />
que acontecem na cidade de<br />
Nova Orleães. Estas festas atraem<br />
pessoas de várias partes do Mundo.<br />
Grandes colares de contas e conchas,<br />
máscaras de gesso e desfiles<br />
de bandas de música, são grandes<br />
atrações do carnaval norte-americano.<br />
Foliões nos carros alegóricos<br />
distribuem colares de contas entre<br />
o público.<br />
Carnaval de Veneza<br />
O carnaval de Veneza surge de<br />
uma tradição do século XVI, em<br />
que a nobreza se disfarçava para<br />
sair e misturar-se com o povo. Desde<br />
então, as máscaras são o elemento<br />
mais importante deste carnaval,<br />
assim como os trajes característicos<br />
do século XVIII. São<br />
famosas as “maschera nobile”<br />
ou seja, máscaras nobres, caretas<br />
brancas com roupa de seda negra<br />
e chapéu de três pontas. Só recentemente<br />
foram adicionadas cores<br />
aos trajes, pese embora as máscaras<br />
continuem a ser, tradicionalmente,<br />
brancas, prateadas e douradas.<br />
As festas de carnaval em<br />
Veneza foram proibidos por Napoleão<br />
Bonaparte e só restabelecidas<br />
em 1800.<br />
Carnaval de Trinidade e Tobago<br />
A República de Trindade e Tobago<br />
é especialmente conhecida pelo<br />
seu Carnaval e constitui uma das<br />
suas principais festividades. A<br />
música é o grande destaque deste<br />
carnaval que ganhou expressão<br />
com a população de ascendência<br />
africana, a escravatura e<br />
a repressão dos religiosos anglicanos<br />
que reprovavam a celebração<br />
da festividade. Há competições<br />
musicais e a eleição do<br />
Rei do Calypso é um evento muito<br />
aguardado. A exuberância dos<br />
fatos dos foliões é outra das suas<br />
singularidades.<br />
Carnaval do Québec (carnaval de inverno)<br />
O carnaval no Canadá é o extremo<br />
oposto do europeu, já que no<br />
Hemisfério Norte é inverno nessa<br />
época e as temperaturas podem<br />
alcançar os -20°C. É o terceiro<br />
maior festival de inverno do mundo,<br />
atrás do Festival Internacional<br />
de Escultura de Gelo e Neve<br />
de Harbin (China) e do Festival<br />
de Neve de Sapporo (Japão). “Le<br />
Bonhomme” (homem bom) é a<br />
mascote oficial deste carnaval que<br />
surgiu com os colonos franceses.<br />
O Palácio de Gelo é uma das suas<br />
grandes atrações, assim como as<br />
corridas de trenós puxadas por<br />
cães e concursos de esculturas em<br />
gelo.<br />
10<br />
saber | Fevereiro | 2017
Carnaval de Colónia<br />
É o mais louco e animado carnaval<br />
alemão. O carnaval da cidade<br />
de Koln (Colónia) atrai muitas<br />
pessoas, de várias nacionalidades,<br />
e tem como principais atrações<br />
os “gigantones” de figuras<br />
políticas (alemãs e internacionais).<br />
A sua origem remonta ao século<br />
XXVIII este carnaval que é também<br />
conhecido pelo nome de “Quinta<br />
Estação”. Em 1823, foi fundada<br />
a “Festordnendes Komitee” - a<br />
primeira associação carnavalesca<br />
da cidade de Colónia. Desde então,<br />
o Carnaval não foi mais improvisado,<br />
mas sim organizado.<br />
Carnaval de Nice<br />
É o carnaval mais famoso da França<br />
este evento que tem influências<br />
do carnaval de Veneza. Data<br />
de 1873 o seu surgimento e desde<br />
então, organiza-se com desfiles<br />
de carros alegóricos na praça<br />
Massena. É famosa a sua “Batalha<br />
das Flores” - desfile de carros<br />
floridos onde personagens fantasiados<br />
lançam flores ao público. O<br />
“Rei”, que chega na praça Massena<br />
e decreta o início do Carnaval, é<br />
o personagem principal das festas.<br />
Os bonecos gigantes são outra imagem<br />
de marca deste famoso carnaval<br />
francês.<br />
Carnaval de Goa<br />
Carnaval do Uruguai<br />
Alguns desconhecerão mas a Índia<br />
tem um Carnaval e decorre na cidade<br />
de Goa, a ex-colônia portuguesa<br />
que fica no litoral ocidental da<br />
Índia. Este é o único lugar na Índia<br />
onde se celebra o Carnaval. Foram<br />
os portugueses que, nos anos 1500,<br />
levaram a tradição do Carnaval<br />
para Goa. O foco das celebrações<br />
são os desfiles com carros alegóricos,<br />
organizados pelas escolas, que<br />
decorrem nas cidades de Panjim,<br />
Mapusa, Margão e Vasco de Gama.<br />
As ruas são animadas com música<br />
e dança. O “Rei Momo” lidera<br />
os desfiles.<br />
Carnaval do Uruguai<br />
É o mais longo carnaval do mundo<br />
e ocorre de janeiro a março na<br />
cidade de Montevidéu. Com dois<br />
grandes desfiles de rua, tem no<br />
“candombe” – música de origem<br />
africana nomeada Património Cultural<br />
da Humanidade, uma grande<br />
tradição. Os teatros populares<br />
conhecidos como “tablados” são<br />
uma das grandes atrações/tradições<br />
das festividades carnalescas apreciadas<br />
pelos uruguaios, tão apreciadas<br />
que, em 2006, em sua homenagem,<br />
foi inaugurado o Museo del<br />
Carnaval.<br />
saber | Fevereiro | 2017 11
OPINIÃO<br />
Reflexologia para bebés<br />
e crianças no Inverno…<br />
Iveth Barajas, Terapeuta Reflexologia<br />
A<br />
Reflexologia pode ser<br />
administrada a crianças<br />
muito pequenas, mesmo<br />
em bebés as manipulações devem<br />
ser subtis e mais suaves do que<br />
num adulto.<br />
Estudos feitos por várias instituições,<br />
escolas e associações, como a<br />
AIRTEC- Associação Internacional<br />
Reguladora de Terapias Complementares,<br />
indicam que a Reflexologia<br />
feita em crianças ajuda a diminuir<br />
os seus níveis de stress, reduzir<br />
a tendência para a hiperactividade<br />
ou para a falta de sociabilidade.<br />
Também tem provado ser muito<br />
eficaz nas crianças com dificuldades<br />
de aprendizagem, facilitando<br />
o trabalho com elas e fazendo com<br />
que elas consigam lidar melhor<br />
com o ambiente de aprendizagem.<br />
No livro “A Reflexologia e as<br />
Crianças”, o autor Sam Santos em<br />
colaboração com Natasha e Nadja<br />
Santos, afirma que as crianças<br />
adoram tocar e adoram ser tocadas.<br />
O acto de tocar pode transmitir<br />
e confirmar sentimentos de<br />
amor, segurança e bem-estar.<br />
Associado a tudo isto também esta<br />
terapia pode ser uma excelente ferramenta<br />
de auxílio no tratamento<br />
e ou restabelecimento do equilíbrio<br />
do organismo em doenças típicas<br />
de inverno que alteram o sistema<br />
respiratório: Constipações, gripes,<br />
sinusites, amigdalites, Bronquiolites,<br />
asma, etc.,.<br />
Com manipulações específicas nos<br />
pés, nos reflexos referentes ao sistema<br />
respiratórios poderá ajudar a<br />
desbloquear esses mesmos reflexos<br />
pela pressão e movimentos contínuos<br />
no referido reflexo.<br />
Se seu filho estiver constipado,<br />
ao estimular (massajar) o reflexo<br />
dos seios peri nasais, ver Figura<br />
1, sente-se tipo uma granulação<br />
por debaixo do tecido (pele), cujo<br />
objectivo do estímulo (massagem)<br />
é a destruição dessa granulação,<br />
como se estivesse a limpar. Passado<br />
um tempo a estimular o reflexo<br />
dos seios peri nasais, por exemplo,<br />
notará menor ou inexistência do<br />
bloqueio (cristais debaixo da pele),<br />
e naturalmente uma sensação de<br />
desbloqueio e leveza nasal.<br />
Da mesma forma a sensação de<br />
bem-estar faz-se sentir em todo<br />
o estado de saúde em geral. Porque<br />
quando está estimular os reflexos<br />
dos pés, está trabalhar em<br />
mais de 7500 extremidades nervosas,<br />
que conectam todo o sistema<br />
de órgãos, glândulas, membros etc,<br />
além disso liberta endorfinas (hormona<br />
da sensação de bem estar)<br />
que se mantêm em circulação por<br />
48 horas.<br />
Ajude o seu filho este inverno com<br />
simples toques firmes e subtis, se<br />
sentir necessidade orientação conte<br />
com ajuda especializada dos dois<br />
terapeutas em reflexologia infantil<br />
existentes no Centro de Reflexologia<br />
da Madeira (Eduardo Luis e<br />
Iveth Barajas)<br />
Consulte-nos 968173442 se estiver<br />
interessado na formação, no<br />
Centro de Reflexologia da Madeira,<br />
com 2 Terapeutas qualificados<br />
em Reflexologia Infantil.<br />
Fazemos cursos ao domicílio<br />
Se quiser receber mais info por<br />
mail envie-nos um email a solicitar<br />
informações infantilreflexologia@<br />
gmail.com<br />
Fig.1 Reflexo Seios peri nasais e frontais<br />
Fig.2 Reflexo dos pulmões “massagem” estímulos em<br />
sentido ascendente<br />
Fig 3 Reflexo plexo Solar rotações no sentido anti horário<br />
para relaxar<br />
12 saber | Fevereiro | 2017
LUGARES DE CÁ<br />
Portão dos Varadouros<br />
Dulcina Branco<br />
Fonte/Fotos: Câmara Municipal do<br />
Funchal, Madeira-Web, Visit Funchal<br />
OLargo dos Varadouros<br />
foi, nos séculos XVII e<br />
XVIII, o centro comercial<br />
da cidade do Funchal e a sua<br />
porta de entrada. Depois do ataque<br />
dos piratas franceses, a fortificação<br />
e defesa da cidade tornaram-<br />
-se os principais interesses do poder<br />
central e dos habitantes do Funchal.<br />
Por esta razão, foram construídas<br />
muralhas à volta da cidade. Estas<br />
muralhas incluiam cinco portas de<br />
entrada, nomeadamente o Portão<br />
dos Varadouros, então mandado<br />
erigir pelo Governador D. Lourenço<br />
de Almada. “O Gov. D. Lourenço de<br />
Almada (1645-1729) descendia de<br />
alguns dos principais fidalgos que<br />
tinham aclamado D. João IV, tendo<br />
sido de sua casa que os mesmos partiram<br />
para o Paço da Ribeira no dia<br />
1 de dezembro de 1640. Essa situação<br />
parece explicar a sua nomeação<br />
para a Madeira sem serviço militar<br />
prévio e o facto de ter ocupado<br />
o lugar somente por 2 anos, embora<br />
as funções desempenhadas tivessem<br />
dado mostras de estar preparado<br />
para o lugar. A pedido da Coroa<br />
preparou uma leva de 100 soldados<br />
para Angola, resolveu uma<br />
série de problemas pendentes na<br />
Fazenda Régia e concluiu a construção<br />
da muralha de frente mar,<br />
que fez rematar com o Portão dos<br />
Varadouros”, in “Aprender Madeira”.<br />
O Portão dos Varadouros era<br />
uma destas portas e dava acesso ao<br />
varadouro de embarcações na antiga<br />
praia do Calhau, actualmente<br />
substituída pela avenida do Mar.<br />
Nos finais do século XVI, o Largo<br />
dos Varadouros teve grande importância<br />
para a cidade mas à medida<br />
que as muralhas da cidade foram<br />
perdendo o interesse militar, as portas<br />
da cidade foram desaparecendo.<br />
No início do século XX, em Maio de<br />
1911, e devido às obras de adaptação<br />
da baixa da cidade ao moderno<br />
automóvel, foi demolida a última<br />
e símbolo das portas da cidade<br />
do Funchal: o portão dos Varadouros.<br />
Em 2004, no seguimento das<br />
comemorações dos 500 anos da<br />
Cidade do Funchal e no âmbito da<br />
recuperação de património histórico,<br />
foi resposto no mesmo local, por<br />
iniciativa da Câmara Municipal, o<br />
Portão dos Varadouros. Trata-se,<br />
portanto, de uma réplica do primitivo<br />
portão que tinha sido erguido<br />
em 1689. A sua reconstrução obedeceu<br />
a estudo histórico, respeitando<br />
a primitiva traça arquitectónica.<br />
O pórtico foi reconstruído em betão<br />
armado com forras em cantaria da<br />
região, sendo encimado pelas peças<br />
originais - Coroa, Armas Reais e<br />
lápide - que se encontravam no<br />
Museu Quinta das Cruzes. Esta é a<br />
reconstrução dessa mesma porta,<br />
em que apenas a coroa, armas reais<br />
e lápide são originais. ✪<br />
saber | Fevereiro | 2017 13
OPINIÃO<br />
O MERCADO<br />
Nas cidades, os mercados<br />
são lugares priveligiados<br />
de comunhão com a<br />
Natureza, numa profusão de cores<br />
e aromas, que se aliam à variedade<br />
e à sensação de abundância.<br />
Não há praticamente mercados<br />
que sejam desprovidos de encanto.<br />
No Funchal, o Mercado dos<br />
Lavradores é ponto de referência<br />
e local de visita obrigatória. Foi<br />
inaugurado a 24 de novembro de<br />
1940, numa cerimónia integrada<br />
no Programa de Comemorações<br />
da Fundação (1140) e Restauração<br />
da Independência de<br />
Portugal (1640). Foi então feita<br />
justiça à ilustre Presidência do<br />
Dr. Fernão de Ornelas Gonçalves,<br />
que mandou construir o emblemático<br />
edifício, considerado, na<br />
época, como o mais moderno e<br />
o que melhores instalações possuía,<br />
em todo o país. O edifício<br />
tem 9600 m2 de área coberta e<br />
foi inicialmente programado para<br />
abastecer uma população estimada<br />
em 25 mil pessoas. Durante<br />
as décadas de 70 e 80 do século<br />
XX, esse número chegou a atingir<br />
os 75 mil habitantes. Lavradores,<br />
plebeus e aristocratas, vindos<br />
de toda a ilha, faziam “ponto<br />
de encontro” neste local. De<br />
toda a região se traziam produtos<br />
alimentares para abastecimento<br />
da população. Atualmente, com<br />
o incremento da vertente turís-<br />
Atualmente, com o<br />
incremento da vertente<br />
turística, calculase<br />
que o número de<br />
visitantes (não o de<br />
compradores) ronde<br />
os 200 000, por mês.<br />
Com uma arquitetura<br />
própria do Estado Novo<br />
(anos 30 - 40), o projeto<br />
deve-se ao notável<br />
arquiteto Edmundo<br />
Tavares (1892-1983).<br />
O estilo, por sua vez,<br />
tem a influência das<br />
“Artes Decorativas”,<br />
pela fase racionalista<br />
do Modernismo.<br />
tica, calcula-se que o número de<br />
visitantes (não o de compradores)<br />
ronde os 200 000, por mês. Com<br />
uma arquitetura própria do Estado<br />
Novo (anos 30 - 40), o projeto<br />
deve-se ao notável arquiteto<br />
Edmundo Tavares (1892-1983). O<br />
estilo, por sua vez, tem a influência<br />
das “Artes Decorativas”, pela<br />
fase racionalista do Modernismo.<br />
De entre os elementos artístico<br />
– decorativos que nele se encontram<br />
presentes, são de salientar:<br />
a pérgula central, ladeada por<br />
dois vasos de flores, em cantaria<br />
trabalhada; bebedouros de mármore;<br />
painéis de azulejos, pintados<br />
por João Rodrigues (Faiança<br />
Basttistini), na época de Maria<br />
de Portugal. A produção, essa,<br />
tem o cunho da famosa Fábrica de<br />
Sacavém, entretanto extinta. É de<br />
destacar, ainda, a temática regionalista<br />
com formas vegetalistas,<br />
estilizadas em frisos decorativos<br />
com flores, folhas e frutos entrelaçados.<br />
É, pois, compreensível<br />
que o governo regional da Madeira<br />
tenha classificado este mercado<br />
como edifício de “Valor Cultural<br />
Local”, por resolução de 1993. O<br />
edifício encontra-se disposto em<br />
três pavimentos, com acesso do<br />
exterior pelas Ruas Latino Coelho,<br />
Largo dos Lavradores e Rua do<br />
Hospital Velho, e a tipologia dos<br />
locais onde se vendem os produtos<br />
varia de estrutura (oscilando<br />
entre a “loja” e o “stand”, passando<br />
pela “banca”, e incluindo o<br />
“terraço” e o “local de venda de<br />
flores”, ...). E termino com o Poema<br />
que elaborei para integrar as<br />
comemorações do 70º Aniversário<br />
do Mercado dos Lavradores, em<br />
2010: «O MERCADO - Venham<br />
abrir a manhã / Com aroma a terra<br />
fresca / Com raminhos de hortelã<br />
/ E a brancura da pesca! //<br />
É a saúde da Terra / Em energia<br />
sem par: / Horta em caixas e<br />
cores / Pomar de múltiplos odores<br />
/ O peixe fresco a chegar… //<br />
E o vendedor a arrumar / Uma<br />
vez, outra vez / Porque a pensar<br />
em vocês / Não se chega a cansar…<br />
// É entrar! É entrar! // E<br />
tudo está tão certinho / Nos inhames<br />
do carinho / Na prova do fruto<br />
maduro / (Se jogar pelo seguro…).<br />
// Com ervas de cheiro no<br />
ar / E convites de acalmar / Com<br />
macelas em molhinho / E papaias<br />
num cestinho / Na proposta do<br />
comprar… // É entrar! É entrar!<br />
// No exotismo em flor / Pode até<br />
só espreitar / E na exuberância<br />
de cor / Apreçar, comparar / Conversar…<br />
/ Conversar! // (Há tanta<br />
magia no ar / Há tanta magia no<br />
ar!) // E ementas concretizadas /<br />
Na receita do Amor / Com pimentas<br />
penduradas / O vender se faz<br />
melhor… // O comprar tem mais<br />
sabor / E a vontade de voltar. //<br />
(Há tanta magia no ar!)». ✪<br />
António Castro<br />
Professor e Escritor<br />
14<br />
saber | Fevereiro | 2017
Apple<br />
MARCAS ICÓNICAS<br />
Steve Jobs<br />
Sede da Apple - Califórnia, EUA<br />
Éuma das empresas de tecnologia<br />
mais respeitadas ao<br />
nível mundial a marca da<br />
maçã, responsável por produtos inovadores<br />
que enlouquecem legiões de<br />
fãs a cada lançamento.<br />
Tem na base o empreendedor incomum<br />
Steve Jobs, que foi decisivo<br />
para a popularização da informática<br />
pessoal. Jobs apostou na simplificação<br />
máxima da relação homem-<br />
-máquina ou, na linguagem dos especialistas,<br />
na interface de usuário.<br />
Fácil de usar era uma premissa que<br />
havia de ser decisiva no sucesso da<br />
Apple. Em 1976, Steve Jobs, Steve<br />
Wozniak e Ronald Wayne, fundaram<br />
a Apple Computers Inc., trazendo<br />
à tona o Apple I. Com aperfeiçoamentos<br />
notáveis, o Apple I ganhou<br />
um sucessor: o Apple II. Lançado<br />
em 1977, este produto foi para uma<br />
geração inteira, a porta de entrada<br />
no mundo digital. Do Apple II em<br />
diante, a Apple resolveu apostar nos<br />
computadores com interface gráfica<br />
e “mouse”. Em 1983, um grande<br />
passo: o lançamento do Lisa, um<br />
computador avançado e que foi utilizado<br />
como base para o Macintosh,<br />
em 1984. Com configurações semelhantes<br />
a de PCs da época, o Macintosh<br />
trazia o sistema operacional<br />
Mac OS 1.0, responsável também<br />
por popularizar a interface gráfica.<br />
A era Macintosh não representou<br />
apenas inovações nos produtos,<br />
mas também no modo como a Apple<br />
comunicava os seus produtos. Steve<br />
Jobs arriscou no Super Bowl – um<br />
dos maiores eventos desportivos dos<br />
EUA para fazer uma apresentação<br />
do Macintosh que conquistou o mundo.<br />
O marketing foi um ponto forte<br />
da empresa liderada por Steve Jobs.<br />
Em 1985, o sucesso do Macintosh<br />
desestabilizou a empresa, que demitiu<br />
Steve Jobs e acabou por ficar<br />
também sem o génio Steve Wozniak,<br />
que voltou para a faculdade. Os computadores<br />
da Apple perderam o brilho.<br />
Os novos computadores traziam<br />
uma interface desatualizada para<br />
os padrões da época e com características<br />
que desagradavam os consumidores.<br />
De regresso à Apple, as<br />
mudanças inovadoras de Jobs foram<br />
essenciais para reerguer a empresa.<br />
A Apple recuperou o mercado com<br />
design inovador e tecnologia de ponta<br />
que era apresentada eficazmente<br />
por Steve Jobs. O PowerBook G3, o<br />
iMac – que revolucionou o conceito<br />
de computador, trazendo os componentes<br />
internos dentro de um monitor,<br />
foram disto exemplo. Em 2001, o<br />
iPod revolucionou a música e colocou<br />
a Apple novamente no topo. O iTunes<br />
e o iTunes Store conquistaram o<br />
mundo. Em 2001, o Mac OS - sistema<br />
operacional da Apple, é por muitos<br />
considerado o melhor. Em 2006,<br />
o MacBook, o famoso laptop branco<br />
da maçã, foi um sucesso de vendas.<br />
Mais que um hardware e sistema operacional<br />
de qualidade, os MacBooks<br />
e iMacs tornaram-se objeto de culto.<br />
Mas como surgiu a ideia de ter como<br />
símbolo de uma empresa de tecnologia,<br />
uma maçã mordida? A versão<br />
mais plausível é a que o símbolo seria<br />
uma referência a Newton, que se deu<br />
conta da lei da gravidade ao observar<br />
uma maçã caindo da macieira.<br />
Um dos mais fortes princípios de Jobs<br />
era a simplicidade. Percebendo isso,<br />
Steve Jobs criou um dos mais famosos<br />
símbolos de todos os tempos: a<br />
maçã mordida. A rivalidade de Steve<br />
Jobs com Bill Gates, ex-presidente<br />
e principal acionista da Microsoft<br />
– a empresa concorrente da Apple,<br />
tornou famosa a relação entre os<br />
dois ícones da tecnologia mundial.<br />
Era inegável a habilidade de Jobs<br />
para influenciar plateias a seu favor.<br />
O lançamento do Macintosh é ainda<br />
hoje considerado uma das apresentações<br />
mais impressionantes da história<br />
do corporativismo nos Estados<br />
Unidos. Em outubro de 2003, Jobs<br />
foi diagnosticado com cancro no pâncreas.<br />
Em 2011 e doente, renunciou<br />
à presidência da Apple; Tim Cook foi<br />
nomeado seu sucessor. Steve Jobs<br />
morreu no dia 5 de outubro de 2011.<br />
(…) O mundo é incomensuravelmente<br />
melhor por causa de Steve (…), leu-<br />
-se no comunicado emitido pela direção<br />
da Apple por ocasião da morte de<br />
Steve Jobs. ✪<br />
Steve Wozniak<br />
Ronald Wayne<br />
Tim Cook<br />
Fonte/Fotos: Wikipédia e TecMundo<br />
saber | Fevereiro | 2017 15
Os desenhos<br />
de Nuno Teixeira<br />
Os desenhadores e<br />
apreciadores de carros<br />
são uma tendência e<br />
é nesta que categoria<br />
que Nuno Teixeira<br />
gosta de se posicionar.<br />
O maior interesse no<br />
que toca a desenhos<br />
sempre foram os<br />
carros, porém, como<br />
gosta de fazer coisas<br />
diferentes, aventura-se<br />
também no desenho<br />
de retratos a carvão.<br />
Fã incondicional do<br />
desenho de observação<br />
hiper-realista, os<br />
desenhos de Nuno<br />
Teixeira conquistam<br />
cada vez mais,<br />
admiradores.<br />
Dulcina Branco<br />
Fotos: Nuno Teixeira<br />
Nuno Teixeira<br />
Facebook: Designed by Nuno<br />
Email: nunosateixeira@live.com.pt<br />
Como começou a desenhar?<br />
- Comecei quando era mais novo.<br />
O meu pai e o irmão dele sempre<br />
tiveram uma particular destreza<br />
com um lápis na mão. Era lhes<br />
relativamente fácil representar o<br />
que quisessem no papel. Estava<br />
sempre a tentar recriar por mim<br />
próprio os desenhos que lhes pedia<br />
para fazer. Isso, a juntar ao facto<br />
de ter uma tia que dá aulas de Educação<br />
Visual ao 3º ciclo do ensino<br />
básico, fez com que sempre me<br />
visse na presença das ferramentas<br />
necessárias para me iniciar neste<br />
mundo do desenho, e desde miúdo<br />
sempre tive um particular interesse<br />
pelas mais diversas técnicas de<br />
desenho e grafismo.<br />
Porquê o desenho de carros?<br />
- Mais uma vez a resposta pode ser<br />
encontrada nos meus familiares. O<br />
meu avô da parte do pai tem carros<br />
mais antigos, e tanto ele como<br />
o meu pai sempre foram o género<br />
de pessoas de resolver problemas<br />
por si mesmos. Isso dava aso<br />
a haverem sempre ferramentas e<br />
todo o tipo de máquinas e peças<br />
constituintes de automóveis espalhadas<br />
pela garagem e claro, sendo<br />
miúdo é impossível não mostrar<br />
curiosidade e interesse pelos objectos<br />
que iam e vinham da garagem<br />
constantemente. Desde então sempre<br />
me tentei rodear por automóveis<br />
de uma maneira ou de outra e<br />
desde então que o meu maior interesse<br />
no que toca a desenhos sempre<br />
foram os carros. Porém, gosto<br />
de tentar fazer coisas diferentes<br />
procuro sempre tentar melhorar as<br />
minhas capacidades, e no desenho<br />
a situação não é diferente. Então<br />
comecei-me a introduzir cada vez<br />
mais ao desenho de retratos, especialmente<br />
a carvão, e descobri a<br />
minha destreza nesta vertente um<br />
bocado por sorte. Ao ajudar o meu<br />
irmão a aprender a desenhar sombreados<br />
com o lápis de carvão,<br />
irmão este que, por sinal, também<br />
tem uma veia artística muito proeminente<br />
neste campo do desenho,<br />
dei-me de conta que tinha medido<br />
mal a minha capacidade de desenhar<br />
retratos. E nasceu daí, à coisa<br />
de um mês, muito recentemente,<br />
portanto, o interesse pelo retrato<br />
a carvão.<br />
Como define o seu desenho?<br />
- Sou um fã incondicional do desenho<br />
de observação hiper-realista,<br />
pelo que, tento sempre fazer as<br />
coisas mais próximas da realidade<br />
possível, de forma a que uma pessoa<br />
estranha ao desenho olhe para<br />
ele se equivoque, e julgue ser uma<br />
fotografia, tendo de ter que tornar<br />
a olhar uma segunda vez para<br />
notar que é de facto uma recriação.<br />
Como é que decorre o processo<br />
criativo?<br />
- O processo criativo começa muitas<br />
vezes ao ver uma imagem na<br />
internet ou algo na rua que despoleta<br />
uma sensação de curiosidade<br />
e interesse, por ter, por exemplo,<br />
uma combinação de cores fora<br />
do normal ou ainda uma forma<br />
particularmente complexa. É em<br />
maioritariamente do tempo com<br />
esses jogos de mente que muitos<br />
dos meus desenhos nascem. Outras<br />
vezes acontece uma coisa inteiramente<br />
diferente, que agora está<br />
muito na moda entre os desenhadores<br />
e apreciadores de carros,<br />
categoria onde gosto de dizer que<br />
me insiro.<br />
Que materiais utiliza nos seus<br />
desenhos?<br />
- Normalmente, utilizo lápis de<br />
pau sobre papel de desenho grosso,<br />
adoro a forma como as cores<br />
sobressaem nos carros que desenho.<br />
Porém para os retratos sou<br />
mais fã de utilizar lápis de carvão.<br />
A ausência de cor ajuda imenso<br />
a realçar as formas e sombras<br />
e como elas interagem umas com<br />
as outras. Gosto ainda imenso de<br />
experimentar fazer paisagens costeiras<br />
com técnica mista de aguarela<br />
e lápis de pau. ✪<br />
16<br />
saber | Fevereiro | 2017
saber | Fevereiro | 2017 17
TECNOLOGIA<br />
Dulcina Branco<br />
Fonte/Fotos: Notícias SapoTek<br />
Acesso à internet a partir de telefones<br />
e tablets volta a crescer<br />
Os dispositivos móveis têm<br />
vindo a conquistar cada<br />
vez mais espaço entre as<br />
possibilidades disponíveis de acesso<br />
à internet e nos meses em que<br />
costuma haver férias a tendência,<br />
nota-se mais. Foi o caso de dezembro.<br />
Segundo os dados do netScope,<br />
no último mês do ano 36% das<br />
páginas dos sites auditados pela<br />
Marktest foram acedidas através<br />
de telefones ou tablets. Os computadores<br />
continuam na liderança, tendo<br />
gerado o restante tráfego (64%).<br />
Entre os equipamentos móveis, são<br />
os acessos através do telefone os<br />
mais comuns, representando em<br />
dezembro de 2016 31% do consumo<br />
mensal, enquanto os tablets<br />
permanecem como responsáveis por<br />
5% das páginas vistas. Comparando<br />
os valores com os registados no<br />
mesmo mês do ano anterior, há uma<br />
subida protagonizado pelos dispositivos<br />
móveis de oito pontos percentuais,<br />
a mesma diferença perdida,<br />
entretanto, pelos Pcs. Telecomunicações<br />
no topo da lista de<br />
queixas à DECO. Compras <strong>online</strong><br />
estão logo atrás. Numa análise às<br />
queixas recebidas, a associação de<br />
defesa do consumidor “reprova” os<br />
serviços de telecomunicações, principalmente<br />
no que aos planos de<br />
fidelização diz respeito. Também<br />
alerta para alguns perigos relacionados<br />
com as transações nas redes<br />
sociais. A DECO revela que recebeu<br />
cerca de 460.000 queixas durante<br />
2016 e que os serviços de telecomunicações<br />
estão, uma vez mais,<br />
no topo das razões que levaram os<br />
consumidores a recorrer à associação.<br />
Em comunicado, a associação<br />
indica que mais de 45.500 queixas<br />
submetidas no ano passado disseram<br />
respeito a serviços de telecomunicações,<br />
nomeadamente devido<br />
a contratos de fidelização a 2 anos<br />
e ofertas sem fidelização que não<br />
trazem vantagens tangíveis para os<br />
consumidores.O comércio eletrónico<br />
também mereceu um lugar de destaque<br />
no balanço anual da DECO.<br />
As informações indicam que grande<br />
parte das reclamações feitas nesta<br />
área está associada à não entrega<br />
ou atraso na entrega de produtos<br />
comprados na internet. Além disso,<br />
a falta de reembolso do montante<br />
pago em caso de desistência e “a<br />
recusa de cancelamento da compra<br />
no prazo de reflexão” estão também<br />
entre as queixas mais frequentemente<br />
avançadas pelos consumidores.<br />
Os setores energético e da água<br />
foram outros dos serviços sobre os<br />
quais foram feitas mais queixas<br />
(perto de 28.000), principalmente<br />
por causa das dificuldades apontadas<br />
no que toca à mudança de fornecedor<br />
e à faturação. Antecipando<br />
futuros problemas, a DECO sublinha<br />
a importância da proteção dos<br />
dados digitais dos consumidores e os<br />
perigos de realizar transações através<br />
das redes sociais. ✪<br />
18<br />
saber | Fevereiro | 2017
NUTRIÇÃO<br />
Suplementos vitamínicos:<br />
Sim ou Não?<br />
Alison Karina<br />
de Jesus<br />
Nutricionista<br />
facebook.com/<br />
umaquestaodealimentacao/<br />
alisonkjesusnutricionista@<br />
gmail.com<br />
alisonkjesus@gmail.com<br />
Fotos: D.R.<br />
Em época de frio é comum<br />
a chegada de uma constipação<br />
ou, mais forte que<br />
esta, de uma gripe. Mas se eu lhe<br />
dizer que estas podem ser evitadas<br />
com um remédio simples? E<br />
não me refiro a um medicamento<br />
que deve ir comprar na farmácia<br />
mais próxima! É bem mais simples…<br />
a sua alimentação! Um corpo<br />
bem alimentado está mais protegido,<br />
respondendo também melhor<br />
à vacinação. Para prevenirmos as<br />
gripes através da nossa alimentação<br />
não são necessários grandes<br />
cuidados, basta simplesmente praticar<br />
uma alimentação saudável,<br />
seguindo para isso a Roda dos Alimentos.<br />
Mas não pense que os bons<br />
hábitos alimentares devem ser postos<br />
em prática somente quando está<br />
com gripe! Esses cuidados devem<br />
ser frequentes ao longo do ano. Isto<br />
porque se a alimentação for saudável<br />
ao longo da vida, temos todos<br />
os nutrientes de que necessitamos,<br />
nomeadamente para termos o sistema<br />
imunitário bem reforçado.<br />
As vitaminas têm um papel muito<br />
importante no nosso organismo,<br />
sendo elas as responsáveis pela<br />
manutenção do equilíbrio das reações<br />
metabólicas que ocorrem no<br />
nosso corpo e que são indispensáveis<br />
à vida. O que os estudos científicos<br />
mostram é que estas estão<br />
envolvidas na prevenção de doenças<br />
imunitárias, sendo que algumas têm<br />
uma ação antioxidante. Uma alimentação<br />
equilibrada, dando prioridade<br />
aos hortofrutícolas (grande<br />
fonte de vitaminas) e de cereais<br />
integrais e leguminosas asseguram<br />
um bom aporte de várias vitaminas.<br />
Contudo, certos estilos alimentares<br />
em que há uma restrição de<br />
alimentos como é o caso dos vegan<br />
em que não há consumo de alimentos<br />
de origem animal, surgem défices<br />
não só vitamínicos mas também<br />
de minerais, o que torna essencial<br />
recorrer aos suplementos vitamínicos<br />
e de minerais. Estudos mais<br />
recentes sobre os suplementos vitamínicos<br />
para a generalidade das<br />
pessoas mostram que não existe<br />
uma evidência suficiente para recomendar<br />
estes suplementos. O que<br />
se sabe é que muitas vezes os suplementos<br />
de ferro, ácido fólico, vitamina<br />
D e vitamina B12 são cruciais<br />
em algumas populações, como<br />
por exemplo nas grávidas. Relativamente<br />
à vitamina D, pode ser vista<br />
como uma hormona, dado que<br />
conseguimos sintetiza-la, para tal<br />
necessitamos da exposição solar.<br />
Por isso, nas zonas com pouca incidência<br />
de radiação solar torna-se<br />
essencial recorrer aos suplementos<br />
de vitamina D de forma a respeitar<br />
as recomendações diárias, uma<br />
vez que esta vitamina tem um papel<br />
muito importante na saúde óssea,<br />
sendo mesmo um fator de prevenção<br />
do desenvolvimento de osteoporose.<br />
Portugal é um país em que<br />
a exposição solar no inverno é pouco<br />
significativa para garantir a síntese<br />
de vitamina D, pelo que os portugueses<br />
deveriam fazer suplementação<br />
de vitamina D durante o início<br />
do outono até finais da primavera.<br />
Portanto, antes de recorrer<br />
aos suplementos vitamínicos consulte<br />
um nutricionista pois as vitaminas<br />
em carência trazem consequências<br />
negativas mas em excesso acabam<br />
por funcionar como substâncias<br />
tóxicas. ✪<br />
saber | Fevereiro | 2017<br />
19
D E<br />
Amor<br />
Susana Jasmins . . . de A a Z<br />
MADEIRA<br />
Da minha filha<br />
A B<br />
Amigos<br />
Os meus<br />
Emoção<br />
A<br />
Arte<br />
I J K<br />
A minha terapia<br />
Animais de Estimação:<br />
Cavalo<br />
A B C<br />
Bebidas<br />
Gin<br />
F G<br />
Brinquedos<br />
“tintas e telas”<br />
F<br />
As que crio nos meus trabalhos<br />
Beijo<br />
Os beijos da minha filha<br />
A B<br />
F G H<br />
Casamento<br />
B C D<br />
Opção<br />
Revelou em criança, o gosto pela pintura e pelo desenho. Gostava de riscar<br />
em papel e desenhar com cores, de pau e de cera. Misturava-as para ver<br />
o seu efeito. Pintava em frascos de vidro, plástico, cartão, cartolina, CD’s,<br />
portas em madeira... Chegou a ter a “autonomia “ de patentear os seus<br />
trabalhos na sala de aula, os quais eram expostos no placar da sala e com<br />
isso, sentia-se uma” pequena artista”. Como autodidata, aprendeu a alcançar<br />
algumas bases, fazendo múltiplas experiências com materiais. Fez o Curso de<br />
Pintura e Desenho da Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa. Realizou<br />
e participou em diversas exposições individuais e coletivas, na Madeira e no<br />
continente. Poderia ter-se dedicado só à pintura mas isso seria muito utópico.<br />
Ingressou pelo Serviço Social. Atualmente, é Assistente Social na Escola<br />
Básica dos 2º e 3º ciclos dos Louros. A vida privada é dedicada à filha, aos<br />
trabalhos escolares, às tarefas domésticas e, quando sobra algum tempo -<br />
para descompactar, dedica-se à pintura. Nada foi em vão na vida de Susana<br />
Jasmins, em destaque neste A a Z.<br />
P Q<br />
M N<br />
F D G E<br />
Curiosidade<br />
Investigação do SER<br />
HUMANO<br />
Cores:<br />
M N O<br />
Deus<br />
artísticos<br />
M<br />
O que me ajuda, alguém muito<br />
G H I<br />
peculiar<br />
Dulcina Branco<br />
Fotos: cortesia Susana Jasmins<br />
Decoração<br />
Criatividade e arte<br />
Doces<br />
Os que eu faço<br />
Erros<br />
Alguns do passado<br />
Estilo<br />
Moderno<br />
O nascimento da minha filha<br />
Família<br />
A minha<br />
Filmes:<br />
Unfaithful e pretty<br />
woman, Oficial e<br />
Cavalheiro, muitos.<br />
Futebol<br />
Os meus clubes do coração. Marítimo<br />
e Benfica<br />
Flores<br />
Gerbera<br />
Ginástica<br />
Anti-stress e boa forma<br />
Gula<br />
Um dos sete pecados<br />
capitais
D E<br />
É subjectivo, bom ou mau<br />
I J<br />
Qualidades:<br />
M U N V<br />
P Q R<br />
Música<br />
L<br />
e que transmita algo sentido,<br />
F<br />
C B P C Q D<br />
caráter,<br />
Mania<br />
De querer terminar<br />
H T I U J<br />
J K L<br />
Desde que seja bem melodiada<br />
Humildade:<br />
As pessoas simples, sem<br />
“manias” de superioridade<br />
Humor<br />
I<br />
W Q<br />
J<br />
X R S Y<br />
K<br />
G H I J<br />
Donos Disto Tudo<br />
E<br />
gosto da música portuguesa /<br />
brasileira e latina<br />
Marcas: com qualidade, não<br />
D E<br />
tem que ser de algum estilista<br />
M<br />
específico.<br />
D E<br />
Moda<br />
I J K L<br />
sistema reprodutor<br />
P Q R S<br />
Viver só da pintura<br />
W X Y Z<br />
Ilha<br />
Palma de Maiorca<br />
uma obra de arte no<br />
R S<br />
Internet<br />
Informação<br />
modernizada<br />
Justiça<br />
mesmo dia.<br />
O<br />
X W Y ZX<br />
K N L O P<br />
A de Deus<br />
Depende da ocasião, que tenha<br />
estilo, moderna e alguma<br />
clássica<br />
Prazer, determinam o<br />
I J K<br />
P O P Q<br />
U<br />
A B<br />
V<br />
C<br />
W<br />
D<br />
F G H I<br />
Particularidades do “<br />
Z<br />
T<br />
Ter cuidado com aquilo que<br />
Sonho<br />
Q R S<br />
W<br />
Zoologia<br />
V W<br />
Interessante.<br />
P Q<br />
T U V W<br />
Zelo<br />
Trabalho<br />
M N O P<br />
X Y<br />
Ztrabalhamos, que nos envolve<br />
Livro<br />
” AS palavras que nunca te Direi”<br />
Nicholas Sparks<br />
Lua<br />
Noite<br />
Notícias<br />
Do mundo<br />
Objectivos<br />
Concretizar os meus<br />
projetos<br />
Ostentação<br />
Que me orgulha, a minha arte<br />
Ódio<br />
Ninguém deve<br />
sentir<br />
Perfumes<br />
De fragância agradável<br />
Presentes<br />
Os que recebo de<br />
coração<br />
Política<br />
Jogo hediondo<br />
Rádio<br />
Informação e boa<br />
música.<br />
Surpresa<br />
Quando eu vendi os primeiros<br />
quadros na primeira exposição<br />
individual<br />
Sexo<br />
Signo<br />
Ser pessoa ”.<br />
Televisão<br />
É uma companhia, sem dúvida<br />
canal de comunicação<br />
Telemóvel<br />
Ferramenta útil<br />
Uma forma de sustento<br />
contribui para a<br />
auto-estima, é uma<br />
realização profissional<br />
Utopia<br />
Acreditar no mundo de paz<br />
Vitória<br />
Alcançar os meus<br />
objetivos<br />
Vida<br />
Luta diária<br />
Viagem<br />
Divertimento, levar<br />
a minha filha à<br />
Disneylândia<br />
Vício<br />
Compras, quando posso.<br />
Xenofobia<br />
Acção discriminatória, sou<br />
anti.<br />
Xadrez<br />
As peças brancas contra<br />
peças pretas irradiam a luz<br />
e a sombra. Em todas as<br />
línguas célticas, o jogo de<br />
xadrez exprime inteligência<br />
da madeira, exige inteligência<br />
humana para jogá-lo.<br />
como pessoas.<br />
21
OPINIÃO<br />
Política Global para os<br />
Solos<br />
Conscientes de que o<br />
desenvolvimento social<br />
e económico não é sustentável<br />
nos atuais padrões de produção<br />
e consumo, pois estamos a<br />
extrair mais recursos do que aqueles<br />
que o Planeta consegue repor,<br />
o Programas das Nações Unidas<br />
para o Ambiente desenvolveu um<br />
subprograma para o uso eficiente<br />
dos recursos no qual dá destaque<br />
a um uso mais sustentável do<br />
solo e do território. Por outro lado,<br />
a Convenção das Nações Unidas<br />
para o Combate à Desertificação,<br />
adotada em 2005, tem por objetivo<br />
a promoção de ações efetivas<br />
através de programas locais inovadores<br />
e parcerias internacionais<br />
de suporte. Este Tratado reconhece<br />
que o esforço para proteger os territórios<br />
mais secos será longo dado<br />
que as causas da desertificação são<br />
muitas e complexas, variando desde<br />
os atuais modelos de comércio<br />
internacional até às práticas insustentáveis<br />
de gestão do território. A<br />
Convenção pretende que os países<br />
afetados pela desertificação desenvolvam<br />
e implementem programas<br />
de ação nacionais e regionais,<br />
os quais devem adotar uma abordagem<br />
democrática de baixo para<br />
cima, possibilitando que as populações<br />
locais revertam a degradação<br />
dos solos de forma autónoma.<br />
Para apoiar a implementação<br />
da Convenção, as Nações Unidas<br />
desenvolveram um plano estratégico<br />
a 10 anos (2008-2018) com<br />
o propósito de estabelecer parcerias<br />
globais que revertam e previnam<br />
a desertificação/degradação<br />
Para apoiar a<br />
implementação da<br />
Convenção, as Nações<br />
Unidas desenvolveram<br />
um plano estratégico<br />
a 10 anos (2008-2018)<br />
com o propósito<br />
de estabelecer<br />
parcerias globais que<br />
revertam e previnam<br />
a desertificação/<br />
degradação de<br />
território e mitiguem<br />
os efeitos das secas,<br />
combatendo a pobreza<br />
e promovendo a<br />
sustentabilidade<br />
ambiental.<br />
de território e mitiguem os efeitos<br />
das secas, combatendo a pobreza<br />
e promovendo a sustentabilidade<br />
ambiental. Um importante contributo<br />
para definição de políticas<br />
internacionais para o solo e o território<br />
foi a Conferência das Nações<br />
Unidas para o Desenvolvimento<br />
Sustentável que decorreu em 2012<br />
no Rio de Janeiro, Brasil, na qual<br />
foi adotada a Declaração “O Futuro<br />
que Queremos”. Esta Declaração<br />
das Nações Unidas inclui diversos<br />
aspetos importantes do uso eficiente<br />
dos solos e do território: Reconhece<br />
a importância social e económica<br />
de uma boa gestão do território,<br />
incluindo do próprio solo, particularmente<br />
o seu contributo para a<br />
economia, biodiversidade, agricultura<br />
e segurança alimentar; Enfatiza<br />
que a desertificação, degradação<br />
do território e secas são desafios<br />
de dimensão global que continuam<br />
a colocar sérios entraves ao desenvolvimento<br />
sustentável em todos os<br />
países, em particular os que estão<br />
em desenvolvimento; Reconhece a<br />
necessidade de uma ação urgente<br />
para reverter a degradação do território<br />
e compromete-se em alcançar<br />
um nível neutro de degradação<br />
dos solos a nível mundial; Reafirma<br />
a resolução das Nações Unidas<br />
em implementar ações coordenadas<br />
a nível nacional, regional<br />
e internacional, para monitorizar<br />
globalmente a degradação dos<br />
solos e para restaurar solos degradados;<br />
Sublinha a necessidade de<br />
mitigar os efeitos da desertificação<br />
e das secas, incluindo a preservação<br />
e o desenvolvimento de oásis, o<br />
restauro de terrenos degradados e<br />
a melhoria da qualidade do solo e<br />
da gestão da água; E, entre outros,<br />
encoraja a capacitação, os programas<br />
de formação e os estudos científicos<br />
que promovam o conhecimento<br />
e a sensibilização para os<br />
benefícios económicos, sociais e<br />
ambientais das práticas e políticas<br />
de gestão sustentável do território.<br />
Outro importante instrumento para<br />
a definição das políticas internacionais<br />
para o uso eficiente do solo<br />
e do território é o Protocolo para a<br />
Conservação do Solo no âmbito da<br />
Convenção Alpina, o qual procura<br />
preservar as funções ecológicas<br />
do solo, prevenir a degradação do<br />
solo e assegurar um uso racional do<br />
solo. O próprio Protocolo de Quioto<br />
enfatiza que o solo é um importante<br />
reservatório de carbono que deve<br />
ser protegido e aumentado sempre<br />
que possível. Também a Convenção<br />
para a Diversidade Biológica, que<br />
identifica a biodiversidade do solo<br />
como um importante recurso natural,<br />
exige atenção particular à proteção<br />
do solo, tendo levado mesmo<br />
ao desenvolvimento de uma iniciativa<br />
internacional para a conservação<br />
e uso sustentável da biodiversidade<br />
do solo. Por outro lado, inúmeros<br />
países, incluindo os Estados<br />
Unidos da América, Japão, Canadá,<br />
Austrália e, entre outros, o Brasil<br />
estabeleceram políticas de proteção<br />
do solo através de legislação,<br />
documentos orientadores, sistemas<br />
de monitorização, identificação de<br />
zonas de risco, inventários, programadas<br />
de remediação e mecanismos<br />
de financiamento.<br />
Hélder Spínola<br />
Biólogo<br />
22 saber | Fevereiro | 2017
SAÚDE<br />
Alzheimer e outras demências:<br />
como lidar com as alterações<br />
cognitivas e comportamentais<br />
A demência diz respeito a um conjunto<br />
de doenças progressivas que<br />
afetam a cognição (ex: memória ou<br />
atenção) e o comportamento, pelo<br />
que todos os indivíduos com esta<br />
condição experienciam alterações<br />
em pelo menos um destes domínios.<br />
É muito frequente existirem<br />
problemas cognitivos e comportamentais<br />
em simultâneo. Sabemos<br />
que os cuidadores têm mais dificuldade<br />
em aceitar e gerir mudanças<br />
de comportamento ou da personalidade<br />
do que as alterações cognitivas<br />
decorrentes da doença. Por<br />
exemplo, poderão ter mais dificuldade<br />
em aceitar a verbalização de<br />
palavrões (que anteriormente não<br />
era habitual) do que esquecimentos.<br />
Quais as alterações cognitivas<br />
e comportamentais mais comuns<br />
na demência? As funções cognitivas<br />
afetadas, pelo menos numa<br />
fase inicial, dependem do tipo de<br />
demência em questão. Se estivermos<br />
a falar na doença de Alzheimer<br />
(o tipo de demência mais prevalente)<br />
o sintoma mais notório é<br />
a dificuldade em recordar coisas<br />
recentes, o que pode levar a que<br />
a pessoa não se lembre de eventos<br />
importantes e que repita a mesma<br />
pergunta ou afirmação várias<br />
vezes. Também podem existir alterações<br />
ao nível da capacidade de<br />
concentração, da linguagem e da<br />
percepção visual, por exemplo. Em<br />
fases mais avançadas as alterações<br />
são difusas, não havendo um perfil<br />
tão distintivo. As manifestações<br />
comportamentais decorrentes da<br />
demência podem passar por perda<br />
de interesse nos amigos ou nas<br />
atividades de vida diária, negligência<br />
pessoal (aparência e higiene),<br />
agressividade, deambulação,<br />
desinibição, acumulação de objetos,<br />
entre outros. É possível prevenir<br />
estas alterações? Alterações<br />
cognitivas. Não é possível prevenir<br />
as alterações cognitivas pois elas<br />
são uma manifestação incontornável<br />
da doença. No entanto, existem<br />
estratégias que podem ser postas<br />
em prática de modo a diminuir<br />
a exigência cognitiva das tarefas<br />
do dia-a-dia, acabando por penalizar<br />
menos a pessoa com demência.<br />
A estimulação mental e física<br />
através da participação em actividades<br />
significativas pode contribuir<br />
para desacelerar o ritmo de<br />
deterioração cognitiva. Quando as<br />
alterações comportamentais são<br />
uma consequência direta da doença<br />
– pela afetação da região cerebral<br />
responsável por inibir comportamentos<br />
desadequados – não<br />
é possível preveni-las. No entanto,<br />
existem intervenções farmacológicas<br />
e não farmacológicas que<br />
permitem diminuir a intensidade<br />
das mesmas. Ainda assim, muitas<br />
vezes as manifestações comportamentais<br />
são reativas a um estado<br />
interno ou fator externo negativo.<br />
Alguns destes comportamentos<br />
podem sinalizar necessidades<br />
básicas da pessoa que não estão a<br />
ser supridas (ex: fome, dor, aborrecimento,<br />
isolamento). Neste caso,<br />
garantir que a pessoa está sempre<br />
confortável e segura pode ser<br />
uma boa forma de prevenir comportamentos<br />
indesejados. No caso<br />
de uma pessoa com demência, o<br />
É muito frequente<br />
existirem problemas<br />
cognitivos e<br />
comportamentais<br />
em simultâneo.<br />
Sabemos que os<br />
cuidadores têm mais<br />
dificuldade em aceitar<br />
e gerir mudanças de<br />
comportamento ou<br />
da personalidade do<br />
que as alterações<br />
cognitivas decorrentes<br />
da doença.<br />
comprometimento cerebral pode<br />
levar a que tenha uma percepção<br />
da realidade diferente da das pessoas<br />
saudáveis (por exemplo, pode<br />
estar desorientada no tempo e no<br />
espaço e pode não se lembrar de<br />
algum evento recente). No entanto,<br />
o facto da pessoa ter uma visão<br />
diferente da dos outros não é suficiente<br />
para gerar comportamentos<br />
desafiantes. Estes normalmen-<br />
te surgem quando a pessoa com<br />
demência é confrontada com uma<br />
realidade que, pela doença, não<br />
é a sua. Por exemplo, tentar convencer<br />
a pessoa com demência que<br />
não está a ver a sua mãe mas sim<br />
o seu reflexo no espelho pode levar<br />
a um quadro de agitação e agressividade.<br />
O que fazer perante estas<br />
alterações? Um dos aspetos mais<br />
importantes a considerar quando<br />
abordamos pessoas com demência<br />
é focarmo-nos nos seus pontos fortes<br />
e não na evocação de factos.<br />
Se pedirmos a opinião à pessoa<br />
esta poderá ser engraçada, triste,<br />
incomum e até controversa, mas<br />
nunca estará errada. Cada pessoa<br />
poderá ter a sua opinião. Assim,<br />
em vez de, por exemplo, perguntar<br />
“Onde passou as férias do<br />
verão?” (uma pergunta de memória,<br />
que tem uma resposta certa ou<br />
errada), pergunte “Prefere campo<br />
ou praia? Porquê?” ou “Para<br />
onde é que me aconselha a ir viajar?”<br />
(perguntas de opinião). A<br />
comunicação com uma pessoa com<br />
demência não deve ser um teste de<br />
memória, pelo que devemos evitar<br />
fazer perguntas como “Lembra-<br />
-se de....” ou “Sabe qual é.....?”.<br />
Reduzir as exigências de memória<br />
promove a participação e garante<br />
o sucesso da atividade. Quando<br />
a pessoa com demência manifesta<br />
um comportamento indesejado, a<br />
primeira reação de quem a rodeia<br />
é de tentar modificar esse comportamento.<br />
No entanto, o mais provável<br />
é a pessoa com demência<br />
não responder favoravelmente à<br />
sua solicitação. ✪<br />
Dr.ª Margarida Rebolo<br />
Neuropsicóloga do NeuroSer, Centro de Diagnóstico<br />
e Terapias dedicado às doenças neurológicas. mrebolo@neuroser.pt<br />
saber | Fevereiro | 2017 23
PUBLIREPORTAGEM<br />
Fim-de-semana de Teatro Nacional no Baltazar Dias<br />
Dulcina Branco<br />
Fonte/Fotos: Câmara Municipal<br />
do Funchal.<br />
OTeatro Municipal Baltazar<br />
Dias foi oficialmente<br />
integrado, no início<br />
do mês de fevereiro, numa nova<br />
rede nacional de Teatro, a Rede<br />
EUNICE, em honra da histórica<br />
atriz portuguesa Eunice Muñoz.<br />
Esta é promovida pelo Teatro Dona<br />
Maria II, com o objetivo de disseminar<br />
pelo país o que de melhor<br />
se faz no Teatro de escala nacional.<br />
A escolha, em concurso público,<br />
reconheceu tudo o que a CMF<br />
tem feito para revitalizar o Teatro<br />
Municipal ao longo dos últimos<br />
três anos, seja a nível de infraestruturas,<br />
de eventos e de cartaz e<br />
significa, na prática, que o Funchal<br />
irá usufruir de três espetáculos de<br />
Teatro Nacional nas próximas três<br />
temporadas artísticas, até 2019.<br />
As duas primeiras peças decorreram<br />
no fim-de-semana de 3 a 5 de<br />
fevereiro: a tragédia grega “Ifigénia”<br />
e a produção infantojuvenil<br />
“A Origem das Espécies”. Paralelamente<br />
a ambas as produções,<br />
decorreram vários outros eventos,<br />
entre os quais se destacam a reinauguração<br />
do Camarim da Prima-<br />
-Donna do Baltazar Dias, também<br />
em homenagem a Eunice Muñoz,<br />
e a assinatura do Protocolo entre<br />
o Teatro Nacional D. Maria II e<br />
a Câmara Municipal do Funchal,<br />
que teve a presença do Presidente<br />
da Câmara Municipal do Funchal,<br />
Paulo Cafôfo. A peça “Ifigénia”<br />
foi escrita pelo diretor artístico<br />
do TNDM II, Tiago Rodrigues, e<br />
embarcou no desafio de recriar um<br />
texto do dramaturgo grego Eurípides,<br />
utilizando a urgência e as<br />
palavras de hoje, mas nunca fugindo<br />
ao repertório da tragédia grega.<br />
Esta assume-se, assim, como<br />
um retrato longínquo do nosso tempo,<br />
mas inevitavelmente atual. Já<br />
“A Origem das Espécies” é uma<br />
criação a partir do texto intemporal<br />
de Charles Darwin, destinada<br />
ao público infantojuvenil, que,<br />
recorrendo a uma forte componente<br />
multimédia, se propõe a conduzir<br />
o público numa viagem teatral<br />
sobre a grande e milenar aventura<br />
da vida no planeta. Ambos os espetáculos<br />
tiveram casa cheia, tendo<br />
a Câmara Municipal do Funchal<br />
registado com grande regozijo a<br />
adesão do público regional, num<br />
fim-de-semana de oferta cultural<br />
ímpar na cidade. ✪<br />
24<br />
saber | Fevereiro | 2017
saber | Fevereiro | 2017 25<br />
PUB
António Cruz<br />
acruz.funchal@abreu.pt<br />
Texto e fotos<br />
António Cruz escreve de acordo<br />
com a antiga ortografia.<br />
Há sonhos que alimentamos ao longo de boa parte da vida.<br />
A maioria dos meus passa, quase inevitavelmente, por<br />
conhecer mundo. Em particular alguns dos seus destinos. E<br />
havia um que há muito me acompanhava: a Índia. Esse lugar<br />
1 2<br />
…Samode. Uma pequena vila com quinze mil habitantes que cresce em<br />
redor de um palácio do século XVI que é hoje expoente máximo da hotelaria<br />
de luxo. Um quase não lugar, por se encontrar retirado das habituais<br />
rotas turísticas. E por onde só passa gente que sabe ao que vai.<br />
Um espaço de tranquilidade e paz onde os detalhes de bom gosto se reúnem<br />
com um único objectivo, o de fazer a nossa passagem - mais ou menos prolongada<br />
- se torne inolvidável. Tudo é silêncio, tudo é requintado, tudo é coberto<br />
por um género de manto diáfano que nos seduz e envolve amorosamente.<br />
3 4<br />
Samode cresceu. Pouco, se a compararmos com a grandiosidade quase<br />
doentia das grandes metrópoles indianas. No final de contas estou num<br />
país com 1.300 milhões de habitantes e já levo em mim cidades imensas<br />
de gente, de ruído, de poluição atmosférica. De uma insanidade inexplicável.<br />
Samode é, por isso, um doce e suave oásis.<br />
Se existe beleza na decadência? Sim, existe. Sempre a reconheci e sempre<br />
me tocou profundamente. Apagar as manchas do Tempo, raspar as<br />
imperfeições dos elementos, imaginar como foi. Olhando o presente de forma<br />
tranquila e embevecedora. Sentir-me privilegiado por aqui estar e passar<br />
a fazer parte destes lugares que olho pasmado.<br />
26<br />
saber | Fevereiro | 2017
de espiritualidade e misticismo que finalmente consegui<br />
recentemente materializar. Em várias reportagens que se<br />
seguirão em próximas edições desta revista, começo por<br />
um dos seus mais fabulosos segredos…<br />
viajar<br />
com saber<br />
5 6<br />
As ruas que percorro são riscos gatafunhados onde encontro sentido<br />
para aqui estar. São estes pequenos lugares que me fazem sorrir. Que me<br />
preenchem o imaginário. Que insistem em alimentar o tal sonho. Todo eu<br />
me dou e me pertenço ao agora. Todo eu feliz.<br />
O cheiro. A cor. A paz que emana do mais insuspeito dos seres. A simplicidade.<br />
A musicalidade dos pormenores. O sussurro das vozes. O olhar além.<br />
A religiosidade omnipresente. A espiritualidade em cada sentir. Samode,<br />
uma pequena joia de valor inestimável.<br />
7<br />
O bem-aventurado que me sinto. O poder preencher-me de belezas. O agora poder partilhá-las. O saber das memórias que me ficam. Os regressos a que me<br />
obrigarei. O peregrinar o mundo. A minha insaciabilidade. O meu cofre de conhecimentos que não para de se repletar. Um mundo infinito de possibilidades.<br />
saber | Fevereiro | 2017 27
MADEIRA<br />
Leonia e Dino são os<br />
autores do presépio<br />
figurativo que é uma<br />
atração do sítio da<br />
Lombada, na freguesia<br />
de Ponta Delgada.<br />
Mais do que um<br />
simples presépio com<br />
as típicas figuras<br />
representativas da<br />
época natalícia, tratase<br />
de uma iniciativa<br />
rica do ponto de vista<br />
cultural, uma vez que<br />
retrata várias das<br />
tradições madeirenses.<br />
A maioria das peças<br />
são realizadas<br />
pelos criadores do<br />
presépio mas outras<br />
são oferecidas por<br />
terceiros. O presépio<br />
esteve aberto até ao<br />
dia 5 de fevereiro de<br />
2017 e promete estar<br />
de volta para o próximo<br />
natal. Há cinco anos<br />
que Leonia e Dino<br />
montam este presépio,<br />
na garagem da sua<br />
casa.<br />
Visita ao presépio do sítio da Lombada<br />
Há cinco anos, Leonia e<br />
Dino construiram o primeiro<br />
presépio na garagem<br />
da sua casa. No natal seguinte,<br />
montaram o presépio ao qual acrescentaram<br />
novos objetos e materiais.<br />
O último presépio ocupou toda a<br />
garagem, tendo sido este o maior<br />
destes presépios realizados pela<br />
família Santos Costa que, abriu a<br />
iniciativa ao público em geral. Muitos<br />
madeirenses visitaram o presépio<br />
mas também muitos estrangeiros,<br />
especialmente hóspedes de unidades<br />
hoteleiras do norte da ilha da<br />
Madeira. Motivos natalícios complementam-se<br />
com pormenores da<br />
cultura tradicional madeirense neste<br />
presépio cuja montagem implica<br />
tempo e o contributo de familiares<br />
e amigos, que oferecem alguns<br />
objetos. “A gente faz porque gosta<br />
disto”, diz Leonia, que trabalha<br />
na lavandaria do Lar de Ponta<br />
Dulcina Branco<br />
Fotos: cortesia Dino Costa e Vânia<br />
Rubina Neves Mendes.<br />
28<br />
saber | Fevereiro | 2017
Delgada. Dino Costa é guarda florestal.<br />
Juntos construiram o presépio<br />
que já se tornou uma atração<br />
do sítio da Lombada, na Ponta<br />
Delgada, onde residem. “Começamos<br />
habitualmente, dois meses<br />
antes do natal, a montar este presépio<br />
que retrata várias das tradições<br />
madeirenses. Ao nível da agricultura,<br />
por exemplo, temos as fases do<br />
milho, do linho, do vinho e outras<br />
mais. Ao nível da religião, temos a<br />
representação pormenorizada através<br />
de imagens dos vários momentos<br />
que caracterizam o grande arraial<br />
do Bom Jesus. Utilizamos diversos<br />
materiais: papel, pedra, madeira,<br />
musgo, plantas e verduras que recolhemos<br />
nos nossos terrenos, bonecos<br />
feitos por nós e outros oferecidos<br />
por amigos e familiares. Um<br />
senhor da freguesia ofereceu-nos<br />
um alambique, que é uma peça muito<br />
antiga e que fez questão que estivesse<br />
neste presépio”.<br />
O próximo presépio já está a ser<br />
idealizado e voltará a ser aberto ao<br />
público, de forma gratuita. “A gente<br />
gosta que as pessoas venham ver. É<br />
um grande orgulho para nós quando<br />
as pessoas visitam o presépio e o<br />
elogiam”, diz Leonia Costa. ✪<br />
saber | Fevereiro | 2017 29
OPINIÃO<br />
Entidades de Umbanda<br />
As principais linhas de entidades<br />
de Umbanda são:<br />
Caboclos, Pretos Velhos<br />
e Exu.<br />
Na linha de Caboclos temos duas<br />
entidades a descer que são: Caboclos<br />
e Boiadeiros.<br />
Em alguns cultos afrobrasileiros,<br />
os caboclos<br />
são considerados<br />
“encantados” e<br />
relacionam-se com a<br />
natureza, recebendo<br />
nomes de animais,<br />
plantas e outros<br />
elementos naturais. O<br />
nome “Caboclo” tem<br />
origem da palavra<br />
tupi kariuóka, que<br />
significa a cor de<br />
cobre (acobreado),<br />
relacionando assim os<br />
indígenas brasileiros<br />
de tez avermelhada,<br />
que eram denominados<br />
bugres (designação<br />
dada aos indígenas, por<br />
não serem cristãos).<br />
CABOCLOS<br />
Os Caboclos são entidades da<br />
Umbanda e do Candomblé, que se<br />
apresentam como indígenas. Estas<br />
entidades são espíritos com um grau<br />
espiritual evoluído, que têm como<br />
objetivo praticar a caridade e ajudar<br />
as pessoas, cumprindo assim a sua<br />
missão espiritual. Geralmente utilizam<br />
charutos para a descarga espiritual<br />
do seu médium e também do seu<br />
consulente.<br />
Os Umbandistas acreditam que, os<br />
Caboclos são espíritos de humanos<br />
que já viveram encarnados no plano<br />
físico e portanto, nossos ancestrais.<br />
Em alguns cultos afro-brasileiros, os<br />
caboclos são considerados “encantados”<br />
e relacionam-se com a natureza,<br />
recebendo nomes de animais,<br />
plantas e outros elementos naturais.<br />
O nome “Caboclo” tem origem da<br />
palavra tupi kariuóka, que significa<br />
a cor de cobre (acobreado), relacionando<br />
assim os indígenas brasileiros<br />
de tez avermelhada, que eram denominados<br />
bugres (designação dada<br />
aos indígenas, por não serem cristãos).<br />
Esta designação representa<br />
um espírito forte que traz as forças<br />
da natureza e a sabedoria para o uso<br />
das ervas. Os caboclos são espíritos<br />
que se apresentam na forma de adultos<br />
e possuem uma postura forte, voz<br />
vibrante e trazem a força da natureza<br />
manuseando as energias para trabalhar<br />
nas situações de saúde, vitalidade<br />
e no corte de energias negativas<br />
que possam estar a perturbar. A sua<br />
fala é muito semelhante á dos indígenas,<br />
e estes tal como eles, podem utilizar<br />
os seguintes paramentos: cocares,<br />
arcos, flechas, espadas e machadinhas.<br />
Na Umbanda todas as entidades são<br />
importantes e não é por um médiun<br />
incorporar um caboclo de renome,<br />
que vai ser mais importante do<br />
que os outros. Nos terreiros quando<br />
os médiuns incorporam os Caboclos,<br />
estes tratam-se por igual e mostram<br />
que, como numa aldeia, tudo<br />
é feito em conjunto e o que importa<br />
é o trabalho espiritual. Os Caboclos<br />
são entidades que afastam as energias<br />
negativas, tratam de doenças,<br />
que muitas vezes a medicina não consegue<br />
curar e ajudam e motivam as<br />
pessoas a serem mais humildes, mais<br />
simples e a serem mais corajosas e<br />
persistentes. Além de tudo isto, também<br />
nos ajudam a ter a capacidade<br />
de sermos guerreiros e lutar pelo<br />
que é justo e bom para todos, nunca<br />
esquecendo que tudo na vida acontece<br />
por um motivo e que todas as nossas<br />
acções, que sejam boas ou más são<br />
registadas, onde mais tarde iremos<br />
pagar por elas (Karma).<br />
BOIADEIROS<br />
Os Boiadeiros representam a força de<br />
vontade, a liberdade e a determinação<br />
que existe no homem do campo,<br />
a natureza desbravadora, romântica,<br />
simples e persistente do homem do<br />
sertão “caboclo sertanejo” e também<br />
demonstram a necessidade de conviver<br />
com a natureza e os animais, de<br />
uma maneira simples, mas com muita<br />
força e fé. Estes podem ser, Boiadeiros,<br />
Vaqueiros, Laçadores, Peões e<br />
Tocadores de Viola, representando o<br />
povo brasileiro, através dos seus costumes,<br />
superstições e fé. O dia destas<br />
entidades é a quinta-feira. Os “caboclos<br />
índios” são geralmente sisudos<br />
e de poucas palavras, sendo também<br />
possível encontrar alguns boiadeiros<br />
sorridentes e conversadores. Os Boiadeiros<br />
vêm da 7ª linha (Linha mista).<br />
A gira dos Boiadeiros é na maioria<br />
das vezes uma extensão da gira<br />
de caboclos. Esta caracteriza-se pela<br />
maneira que os boiadeiros dançam,<br />
o ineditismo de “pé de dança”, uma<br />
coreografia intrincada de passos rápidos<br />
e ágeis, surpreendentemente máscula,<br />
que mais parece a de um dançarino<br />
mímico, que lidera bravamente<br />
um boi bravo (ou uma boiada) invisível.<br />
Os médiuns do terreiro, ao incorporar<br />
esta entidade sertaneja, paramentam-se<br />
com roupas próprias<br />
como, o gibão ou avental de couro,<br />
e o chapéu de vaqueiro e uma corda<br />
(“corda de laçar meu boi”) que será<br />
usada em movimentos giratórios acima<br />
da cabeça do laçador.<br />
Além da sua vestimenta, os Boiadeiros<br />
fumam cigarros de palha ou<br />
charutos, bebidas fortes e falam e<br />
cantam num linguajar tosco de um<br />
homem do interior, que exprime alegria,<br />
mas às vezes não o demonstra,<br />
apresentando um ar frio e sério.<br />
O seu cantar louva os Orixás, e a<br />
sua camaradagem com os Caboclos,<br />
fala de Jesus e de Nossa Senhora<br />
com respeito e carinho, ao catolicismo<br />
colonial, lembrando o “cálice<br />
bento e a hóstia consagrada”, mas<br />
a entoação fala principalmente nos<br />
campos verdes (a boiada). São espíritos<br />
de pessoas, que em vida trabalharam<br />
no gado e nas fazendas, em todo<br />
o Brasil. As músicas dos Boiadeiros<br />
expressam o trabalho com o gado e a<br />
vida simples das fazendas, ajudando-<br />
-nos a entender a força que o trabalho<br />
tem, passando como ensinamento,<br />
que o principal elemento da sua<br />
magia é a força de vontade, e que se<br />
trabalharmos e nos esforçarmos conseguimos<br />
uma vida melhor e farta. ✪<br />
Pai Nelio D`Oxalá<br />
TEMO Umbanda Centre Pai Nelio d`Oxala<br />
Consultas em: London 079 013 00 672 • Lisboa e Funchal 910 337 204<br />
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30<br />
saber | Fevereiro | 2017
O Blogue de...<br />
Das Homenagens<br />
Miguel Pires<br />
Músico<br />
miguelpyres.blogspot.pt (Mr. Nice Guy)<br />
Texto/Fotos: Miguel Pires<br />
Depois de algum tempo parado,<br />
decidi voltar aos meus<br />
escritos. Pode ser que tenha<br />
inspiração para escrever com mais<br />
regularidade. Ou não. Ninguém sabe.<br />
:-) Dei por mim a pensar em homenagens,<br />
sejam elas de que espécie for. Há<br />
algum tempo, em conversa com Colegas<br />
e Amigos, falei (em algumas alturas<br />
de forma mais emocionada) na<br />
justiça de homenagens que se deviam<br />
fazer. Ou na injustiça da falta delas.<br />
Tive o prazer e, acima de tudo, a honra<br />
de participar em algumas homenagens<br />
que se fizeram a alguns Colegas<br />
de Profissão. E só tenho pena de<br />
não ter podido participar em mais.<br />
Os reconhecimentos públicos de uma<br />
capacidade, de uma carreira, da dedicação<br />
a uma causa são a forma mais<br />
bonita de se dizer obrigado. E é por<br />
este princípio que me rejo quando<br />
aceito participar numa homenagem a<br />
alguém: tenho de acreditar que aquela<br />
pessoa ou instituição merecem o<br />
reconhecimento e todo o trabalho que<br />
vou dedicar àquela causa. Que é justo<br />
e honesto agradecer de forma pública.<br />
Tenho feito sempre assim. E, até agora,<br />
ainda não me arrependi. Convivo,<br />
quase diariamente, com pessoas que<br />
deram muito de si, ao longo de muito<br />
tempo, a alguma coisa. À Música, ao<br />
Teatro, à Rádio, à Televisão. A causas<br />
nobres e, muitas vezes, difíceis. Que<br />
inovaram, que educaram, que ajudaram,<br />
que promoveram situações,<br />
acontecimentos, causa e pessoas, muito<br />
além do que delas seria esperado.<br />
Que o fizeram, muitas vezes, com poucas<br />
ou nenhumas condições, a muito<br />
custo, com consequências nefastas<br />
na sua vida pessoal. Porque acreditavam<br />
que valia a pena. Porque sabiam<br />
que, sem essa dedicação e entrega,<br />
nada de novo se faria, não se avançaria<br />
e tudo ficaria na mesma. Sei que,<br />
há algum tempo, um Músico Madeirense<br />
foi condecorado pelo Governo<br />
Regional da Madeira. E não foi o primeiro.<br />
Mas agora é mais frequente<br />
homenagear músicos, seja por mérito<br />
turístico ou pela divulgação e ensino<br />
da arte. Em boa hora o fizeram. Eu<br />
tive a oportunidade de sentir efeitos<br />
práticos da dedicação deste Homem à<br />
Música, em várias vertentes e estilos.<br />
O trabalho que ele fez era já conhecido<br />
de muitos. Mas daí ate alguém decidir<br />
homenageá-lo, daí ate porem em prática<br />
e fazerem acontecer esse reconhecimento<br />
público, vai (ou foi) uma<br />
grande distância. E como deve ter sido<br />
doce receber aquele prémio, ter sido<br />
reconhecido por tanto, tanto trabalho<br />
e por tanta dedicação... Tenho para<br />
mim que a maior parte dos homenageados<br />
não trabalha pensando na<br />
medalha que um dia pode receber. A<br />
maior parte deles pode ate nem achar<br />
que merece ou que não fez nada de<br />
especial. Não por falsa modéstia. Nem<br />
mesmo por verdadeira modéstia. Mas<br />
porque nunca sequer pensou nisso.<br />
Porque fez tudo o que fez porque quis,<br />
por vontade, por egoísmo (também é<br />
possível), por vontade de ajudar uma<br />
causa, para ensinar algo às pessoas<br />
ou para inovar nesta ou naquela área.<br />
Quem disser que não liga ao reconhecimento<br />
publico de um bom trabalho,<br />
ou está a mentir, ou é inconsciente.<br />
Porque toda a gente gosta de reconhecimento<br />
e porque esse reconhecimento<br />
pode servir de exemplo para<br />
que outras pessoas abracem causas<br />
notáveis e, um dia, façam coisas grandes.<br />
Assim sendo, que venham esses<br />
reconhecimentos. Que se tenha visão<br />
transversal quando se tomar decisões<br />
sobre quem homenagear. Que se pense<br />
em todas as formas que existem de se<br />
tocar a vida das pessoas, de (de alguma<br />
forma) melhorá-la. Seja através<br />
da botânica, da geologia, da medicina,<br />
do turismo ou da música. Que não se<br />
tenha medo de homenagear músicos,<br />
bailarinos, pintores, escultores. Que<br />
se tome estas decisões de forma consciente<br />
e ponderada, mas aberta. Que<br />
se premeie mérito. Sem medo! Beijos<br />
& Abraços. ✪<br />
saber | Fevereiro | 2017 31
DESPORTO<br />
Dulcina Branco<br />
Fonte/Fotos: Câmara Municipal<br />
do Funchal<br />
“Funchal, Cidade Activa”<br />
Está aí a 3ª edição do “Funchal,<br />
Cidade Activa”, um<br />
projecto criado em 2015 e<br />
que pretende promover a actividade<br />
física dos funchalenses ao longo<br />
de todo o ano, nos jardins, praças<br />
e passeios da cidade. Caminhadas<br />
e treinos funcionais acontecem<br />
em todas as sextas-feiras deste mês<br />
de fevereiro. A orientação técnica<br />
destas actividades está a cargo dos<br />
ginásios da Câmara Municipal do<br />
Funchal, mas os passeios são abertos<br />
a toda a população. Madalena<br />
Nunes, vereadora com os pelouros<br />
do Desporto e da Inclusão Social,<br />
destaca que este é, sobretudo, “um<br />
exercício de inclusão, que pretende<br />
chegar às camadas sedentárias, seja<br />
entre o público sénior, seja entre os<br />
mais jovens, tornando o desporto ao<br />
ar livre, em plena cidade, acessível<br />
e atraente para todos.” A edilidade<br />
tem, de resto, múltiplas actividades<br />
previstas para 2017, tendo criado,<br />
para tal, parcerias com as instituições<br />
desportivas do concelho, em<br />
particular, com aquelas que recebem<br />
apoios da autarquia, para dirigir<br />
actividades desportivas à população<br />
em geral, usando os espaços<br />
públicos. A vereadora acrescenta<br />
que “o sedentarismo aumenta<br />
a mortalidade e reduz a qualidade<br />
e o tempo de vida, sendo imprescindível<br />
que se implementem programas<br />
de promoção da actividade<br />
física e medidas de fundo que, a<br />
médio e longo prazo, combatam de<br />
forma eficaz este problema e diminuam<br />
a percentagem da população<br />
sedentária.” O “Funchal, Cidade<br />
Activa” tem, por isso, como objectivo<br />
central “aumentar o conhecimento<br />
acerca dos benefícios da<br />
actividade física em termos de saúde,<br />
para ajudar as pessoas a adoptarem<br />
hábitos de vida saudáveis.”<br />
O “Funchal, Cidade Ativa” decorre<br />
da campanha europeia “Now We<br />
Move”, coordenada pela International<br />
Sport and Culture Association<br />
(ISCA), que realizava a Semana<br />
Europeia do Movimento. O Funchal<br />
decidiu, há dois anos, expandir<br />
o escopo da iniciativa, para o registo<br />
anual agora em vigor. O programa<br />
de Fevereiro consiste na caminhada<br />
+ Treino Funcional todas<br />
as sextas- feiras (dias 3, 10, 17 e<br />
24); caminhada: saída do Teleférico,<br />
Rotunda do Porto e regresso ao<br />
Jardim do Almirante Reis e treino<br />
funcional: Jardim Almirante Reis,<br />
com o seguinte horário: 09h15 –<br />
Concentração junto ao teleférico;<br />
09h30 às 11h30 – Actividades previstas.<br />
✪<br />
32<br />
saber | Fevereiro | 2017
20.02.2010<br />
MADEIRA<br />
Era um sábado de manhã<br />
estranhamente quente. Um<br />
bafo de ar quente entrou<br />
pela janela entreaberta. O nevoeiro<br />
instalara-se nas ruas estranhamente<br />
silenciosas. Só o silêncio se ouvia.<br />
Um café, alguns minutos depois, no<br />
bar do costume. De repente, a chuva.<br />
Intensa. O vento atira a água<br />
com violência contra as paredes<br />
envidraçadas do bar. A intenção<br />
de ir até à cidade para umas compras,<br />
terá que ficar para mais tarde.<br />
Felizmente, porque depois, foi o<br />
que se sabe. A manhã rompia para<br />
não mais se fechar – a memória<br />
haveria de ser essa porta do antes<br />
e do depois, desse 20 de fevereiro<br />
de 2010. O temporal na ilha da<br />
Madeira, em 2010, foi uma sequência<br />
de acontecimentos iniciados pela<br />
precipitação que atingiu valores<br />
anormais para a época, durante a<br />
madrugada do dia 20 de fevereiro,<br />
seguida por uma subida do nível do<br />
mar. Estes acontecimentos provocaram<br />
inundações e derrocadas ao<br />
longo das encostas da ilha, em especial<br />
na parte sul. segundo o Instituto<br />
de Meteorologia, na origem do<br />
fenómeno esteve um sistema frontal<br />
de forte atividade associado a uma<br />
depressão que se deslocou a partir<br />
dos Açores. O choque da massa de<br />
ar polar com a tropical deu origem<br />
a uma superfície frontal que, aliada<br />
à elevada temperatura da água<br />
do oceano, acelerou a condensação,<br />
causando uma precipitação extremamente<br />
elevada num curto espaço<br />
de tempo. A orografia da ilha contribuiu<br />
para aumentar os efeitos da<br />
catástrofe, mas não só. A parte baixa<br />
da cidade do Funchal foi inundada<br />
e a circulação viária foi impedida<br />
por pedras e troncos de árvore<br />
arrastados pelas ribeiras de São<br />
João, Santa Luzia e João Gomes.<br />
A quantidade de água que caiu no<br />
dia 20 de fevereiro de 2010 sobre<br />
a Ilha da Madeira, em particular<br />
no Pico do Areeiro, foi o valor mais<br />
alto jamais registado em Portugal.<br />
O Funchal, com uma média anual de<br />
750 l/m², registou em poucas horas<br />
114 l/m² de precipitação. A catástrofe<br />
causou 47 mortos, 600 desalojados<br />
e 250 feridos. O elevado<br />
número de vítimas transformou este<br />
evento na pior catástrofe da história<br />
da Madeira desde 1803. O governo<br />
português declarou a observância de<br />
três dias de luto nacional. ✪<br />
Dulcina Branco<br />
Fonte/Fotos: Câmara Municipal<br />
do Funchal e Wikipédia<br />
saber | Fevereiro | 2017 33
exposições<br />
“Gastronomia Tradicional:<br />
O Bolo de Mel”<br />
ATÉ 8 FEVEREIRO<br />
Mostra sobre a confeção artesanal do<br />
tradicional bolo de mel, integrada no projeto<br />
semestral “Acesso às coleções em Reserva”.<br />
O bolo de mel é uma iguaria típica da doçaria<br />
do arquipélago da Madeira, conhecido pela sua<br />
forma cilíndrica e espalmada. É doce devido<br />
ao ingrediente principal, mel de cana-deaçúcar,<br />
uma cultura produzida na ilha, ao qual é<br />
adicionado um conjunto de especiarias.<br />
Átrio do Museu Etnográfico da Madeira<br />
Rua de São Francisco, 24 - Ribeira Brava<br />
291 952 958<br />
Terça a sexta das 9h30 às 17h00<br />
Sábado das 10h00 às 12h30 e das 13h30 às 17h30<br />
“Habitat”<br />
ATÉ 6 MARÇO<br />
Pintura de Alexandra Carvalho.<br />
Casa da Cultura Santa Cruz | Quinta do Revoredo<br />
Rua Bela de São José - Santa Cruz<br />
291 520 124 | 917 999 043<br />
Segunda a sexta das 9h00 às 18h00<br />
Sábados das 14h00 às 18h00<br />
“Rugas de sabedoria”<br />
1<br />
ATÉ 10 MARÇO<br />
Fotografia de Guida Teixeira.<br />
Centro de Promoção Cultural de São Vicente<br />
Vila de São Vicente<br />
291 846 582<br />
Segunda a sexta das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às<br />
17h30<br />
3<br />
34<br />
saber | Fevereiro | 2017
“Chão de Orações”<br />
ATÉ 31 MARÇO<br />
De Daniel Vasconcelos de Melim.<br />
Mostra centrada sobretudo no desenho,<br />
como ferramenta preferencial de expressão<br />
deste autor. Exposição que marca o regresso<br />
de Daniel Melim à Madeira, ao seu primeiro<br />
“Chão”.<br />
Mudas. Museu de Arte Contemporânea da<br />
Madeira<br />
Estrada Simões Gonçalves da Câmara, 37<br />
Calheta<br />
291 820 900<br />
Terça a domingo das 10h00 às 17h00<br />
“O Puro e o Céladon”<br />
ATÉ 9 ABRIL<br />
Mostra de peças de porcelana de Doris Mitchell.<br />
Galeria dos Prazeres<br />
Sítio da Igreja, Prazeres – Calheta<br />
291 822 204<br />
Sábados, domingos e feriados das 10h00 às 13h00 e das<br />
14h00 às 18h00<br />
“Paralelamente”<br />
ATÉ 30 ABRIL<br />
De Amândio de Sousa e Jorge Pinheiro.<br />
Curadoria de Isabel Santa Clara.<br />
“Paralelamente” para além de dar a ver o<br />
diálogo entre as peças do escultor Amândio de<br />
Sousa e as do pintor Jorge Pinheiro, sublinha<br />
também a fluidez de fronteiras entre pintura e<br />
escultura e estabelece pontos de contacto com<br />
as peças da coleção permanente do MUDAS.<br />
Mudas. Museu de Arte Contemporânea da<br />
Madeira<br />
Estrada Simões Gonçalves da Câmara, 37 -<br />
Calheta<br />
291 820 900<br />
Terça a domingo das 10h00 às 17h00<br />
“Backstories”<br />
ATÉ 30 ABRIL<br />
De Mitsuo Miura, Pedro Calapez e Rui Sanches.<br />
Comissariado de Ana Ruivo.<br />
“Backstories” reencena a exposição<br />
apresentada entre maio e setembro do ano<br />
2016, na Fundação Arpad Szenes – Vieira da<br />
Silva. Traz à Região um projeto que reúne<br />
trabalhos de Pedro Calapez, Rui Sanches e<br />
Mitsuo Miura sob o desafio de um encontro<br />
com a obra de Maria Helena Vieira da Silva,<br />
articulado num diálogo em torno da ideia de<br />
“Biblioteca”, tantas vezes presente na obra de<br />
Vieira.<br />
Mudas. Museu de Arte Contemporânea da<br />
Madeira<br />
Estrada Simões Gonçalves da Câmara, 37 -<br />
Calheta<br />
291 820 900<br />
Terça a domingo das 10h00 às 17h00<br />
“Património Imaterial:<br />
Sons da Nossa Gente,<br />
Castanholas da Tabua”<br />
ATÉ 30 ABRIL<br />
Mostra promovida pelo Museu Etnográfico<br />
da Madeira, com o objetivo de divulgar uma<br />
tradição ancestral que faz parte do Património<br />
Cultural Imaterial (PCI) da comunidade da Tabua,<br />
associada aos conhecimentos e a um saber fazer<br />
local, que representa a herança cultural de<br />
gerações.<br />
Parque Temático da Madeira – Santana<br />
291 570 410<br />
Segunda a domingo das 10h00 às 18h00<br />
4<br />
5<br />
saber | Fevereiro | 2017 35
FOTOGRAFIA DDiArte<br />
brincar ao<br />
Carnaval!<br />
36<br />
saber | Fevereiro | 2017
saber | Fevereiro | 2017 37
FOTOGRAFIA DDiArte<br />
38<br />
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saber | Fevereiro | 2017 39
FOTOGRAFIA DDiArte<br />
Ficha Técnica<br />
Fotos:<br />
DDiArte<br />
Modelos:<br />
Quélia, João Paulo, Juliana, Betty,<br />
Eloisa, Teresa e Marta.<br />
40<br />
saber | Fevereiro | 2017
Apresentação da Revista Portuguesa de<br />
Educação Artística vol. 6, n.º 1 e n.º 2<br />
Cultura<br />
A<br />
Direção de<br />
Serviços de<br />
Educação<br />
Artística e Multimédia<br />
publica anualmente uma<br />
revista científica dedicada<br />
à educação e às artes.<br />
A revista tem como título<br />
Revista Portuguesa de Educação<br />
Artística (ISSN 1647-<br />
905X, versão impressa, ISSN<br />
2183-7481, versão <strong>online</strong>)<br />
e tem como principal propósito<br />
divulgar os resultados de<br />
investigações e projetos realizados<br />
nas diferentes áreas artísticas,<br />
desde que direcionados<br />
para a educação. Nos últimos 20<br />
anos, assistimos a um aumento<br />
do número de revistas científicas<br />
e, simultaneamente, a um crescimento<br />
da exigência no processo<br />
de aceitação e avaliação dos<br />
artigos científicos. É este rigor<br />
que atribui credibilidade a uma<br />
revista científica, e que, constituindo<br />
um verdadeiro selo de<br />
garantia, leva à recepção de um<br />
maior número de artigos de qualidade.<br />
Entre os aspetos que se<br />
tornaram centrais e requisitos<br />
mínimos para uma revista científica<br />
contam-se: a existência<br />
de revisão dos artigos por, pelo<br />
menos, dois revisores externos<br />
especialistas na área (de forma<br />
anónima e sem qualquer<br />
dado sobre o nome do autor<br />
do artigo); e a indexação da<br />
publicação em diretórios de<br />
revistas científicas credíveis<br />
(ou seja, a certificação<br />
do cumprimento das dezenas<br />
de critérios exigidos<br />
por entidades internacionais<br />
no domínio de<br />
publicações científicas).<br />
Tendo cumprido<br />
com estes objetivos<br />
nos últimos anos, a<br />
direção da Revista<br />
Portuguesa de Educação Artística<br />
(RPEA) continua a procurar<br />
melhorar a qualidade dos<br />
artigos presentes nesta publicação<br />
e a dar resposta ao elevado<br />
número de propostas que<br />
recebe. Deste modo, as prioridades<br />
de 2016 centraram-se<br />
principalmente: na passagem<br />
da periodicidade da RPEA de<br />
anual para semestral; e da<br />
expansão do Conselho Científico,<br />
procurando manter os<br />
melhores revisores e aumentar<br />
o número de membros<br />
internacionais. Neste contexto,<br />
é com agrado que a<br />
RPEA conta atualmente<br />
no seu Conselho Científico<br />
com membros pertencentes<br />
a um conjunto<br />
alargado de países,<br />
tais como Espanha,<br />
França, Canadá,<br />
México, Colômbia<br />
e Brasil. A<br />
internacionalização<br />
da RPEA e o<br />
aumento da periodicidade<br />
são assim<br />
duas apostas importantes<br />
para alcançar,<br />
num futuro próximo,<br />
a indexação desta<br />
publicação em diretórios<br />
científicos mais influentes<br />
e conseguir, para a<br />
área da educação artística,<br />
uma publicação conceituada<br />
que auxilie os investigadores<br />
deste domínio a progredirem<br />
nas suas carreiras e<br />
a divulgarem os seus resultados<br />
a um público especializado<br />
mais alargado. ✪<br />
Dulcina Branco<br />
Texto/Foto: Virgílio Caldeira, Diretor<br />
de Serviços de Educação Artística e<br />
Multimédia.<br />
saber | Fevereiro | 2017 41
MODA<br />
O que usar<br />
para favorecer o seu tipo de corpo<br />
Valorize o seu corpo<br />
com a roupa<br />
ideal. Os corpos<br />
são todos diferentes. Segundo<br />
algumas caraterísticas<br />
físicas mais acentuadas<br />
podemos definir os vários<br />
tipos: Triângulo invertido,<br />
Triângulo, Retangular, Oval,<br />
Ampulheta. Podemos orientar-nos<br />
assim, mais facilmente,<br />
sobre o que vestir<br />
e valorizar o potencial de<br />
cada biofísico. Deixamos<br />
aqui alguns truques a nível<br />
visual, para que saiba destacar<br />
os seus pontos fortes.<br />
O importante é sentir-<br />
-se bem e confortável com o<br />
que veste.••<br />
• Texto & Fotos: Lúcia Sousa - Fashion Designer Estilista<br />
Tipo de Físico Triângulo Tipo de Físico Retangular Tipo de Físico Oval Tipo de Físico Triângulo invertido<br />
Este tipo de físico carateriza-se<br />
por ancas largas e ombros estreitos.<br />
Para uma mulher com este tipo<br />
de corpo o truque é fazer com que<br />
os ombros se estendam até à medida<br />
da anca.<br />
Deve usar: Peças que destaquem<br />
a parte superior do tronco: blusas<br />
com drapeado; riscas horizontais;<br />
mangas com volume; brilhos;<br />
estampados ; decotes à barco ou<br />
cai-cai e cavas a descair ligeiramente<br />
o ombro, produz um efeito<br />
de alongamento; casacos pela anca;<br />
calças de corte a direito; cores mais<br />
escuras na parte inferior (saias ou<br />
calças).<br />
Poderá recorrer aos acessórios,<br />
nomeadamente, brincos e colares.<br />
Evite: As calças tipo corsário porque<br />
diminuem a altura de perna;<br />
calças muito justas como leggings<br />
ou skinys; cinturas baixas e saias<br />
de pregas.<br />
As mulheres com este tipo de físico<br />
são mulheres cujos ombros, cintura<br />
e anca estão na mesma medida,<br />
portanto o ideal será criar uma cintura<br />
a nível visual.<br />
Para este tipo de corpo use roupas<br />
que criem curvas. A cintura é o<br />
ponto central.<br />
A Usar: casacos com pinças porque<br />
acentuam a cintura; blusas com<br />
drapeados para adicionar volume e<br />
textura à sua silhueta; calças com<br />
cós liso, sem elástico e de corte afunilado<br />
na perna, tipo Skinny; mini-<br />
-saias ou tipo “A”são perfeitas para<br />
dar ilusão de cintura mais estreita.<br />
Evite: Tudo o que dê um aspecto<br />
quadrado ao corpo; camisas ou<br />
blazers de corte sem pinças ou roupas<br />
largas.<br />
Este tipo de físico carateriza-se por<br />
ser volumoso na zona da cintura, e,<br />
por vezes, no peito e anca.<br />
Valorize com peças que alongam a<br />
silhueta, tornando-a mais proporcional.<br />
Aposte nos decotes em “V”<br />
porque fazem o peito parecer mais<br />
pequeno.<br />
Os looks em tons monocromáticos,<br />
todo numa cor, se forem escuras<br />
ou com riscas verticais, adelgaçam<br />
a silhueta.<br />
A altura dos casacos ou camisas<br />
deverá ser pela anca e as saias<br />
abaixo do joelho. O corte que mais<br />
favorece nas calças e nas saias é<br />
corte a direito. Escolha tecidos<br />
estruturados.<br />
Evite: Cinturas de corte baixo;<br />
golas altas; cintos de cor diferente<br />
da base; blazers ou tricots nunca<br />
devem ultrapassar a linha da anca,<br />
nem podem ficar na altura da barriga<br />
porque senão cria a ilusão de<br />
anca maior. Evite pregas e franzidos;<br />
tecidos com muito brilho e bolsos<br />
nas calças.<br />
Este tipo de corpo é marcado por<br />
ter ombros mais largos do que a<br />
anca.<br />
Prefira roupas mais justas em cima<br />
e largas em baixo, assim mantém o<br />
equilíbrio de proporções.<br />
Deve usar: Vestidos de cava para<br />
o pescoço; alças finas; cores escuras<br />
na parte de cima; saias evasés,<br />
linha A, rodadas, ou com franzidos<br />
são excelentes para este tipo físico;<br />
calças de cintura baixa, com<br />
pregas, à boca de sino, ou largas;<br />
os tecidos brocados ajudam a dar<br />
volume à anca e a minimizar visualmente<br />
a largura dos ombros.<br />
A altura das peças na parte superior<br />
deverá ser pela cintura.<br />
Sapatos com aplicações desviam a<br />
atenção para a parte superior.<br />
Evite: Volume nos ombros; os decotes<br />
à barco e cai-cai; mangas estilo<br />
balão; blusas com muitos detalhes<br />
no busto; calças e saias justas.<br />
42<br />
saber | Fevereiro | 2017
Tipo de Físico Ampulheta invertido<br />
Este tipo de físico é curvilíneo, com<br />
ombros e ancas nas mesmas proporções<br />
e cintura estreita. Este é<br />
um dos físicos mais harmoniosos.<br />
Deve optar por roupas que definem<br />
a silhueta. Os vestidos justos curtos<br />
ou até ao joelho.<br />
Casacos com pinças; calças de corte<br />
justo/ skinny e cintura baixa são<br />
uma boa opção.Se tiver pouco busto<br />
opte por golas altas.<br />
Evite: Roupas e vestidos de corte a<br />
direito e sem pinças.<br />
saber | Fevereiro | 2017 43
DDiarte distinguida com Medalha de Mérito<br />
> Luz Henriques inaugurou a mostra ‘Fénix’ na Casa<br />
da Cultura de Câmara de Lobos.<br />
> Cerimónia de entrega da medalha de Mérito<br />
Municipal – Grau Ouro, ao duo de fotógrafos<br />
Diamantino Jesus e José Diogo (DDiarte).<br />
> FNAC Madeira homenageou os 35 anos da<br />
Associação Musical e Cultural Xarabanda com<br />
inauguração de mostra fotográfica retrospetiva.<br />
> Auditório do Museu Casa da Luz recebeu<br />
cerimónia de apresentação do livro “Espelhos de<br />
Vida” , de Magda Franco.<br />
> Telma Monteiro apresentou na Fnac Madeira o<br />
livro “Na vida com Garra”, o seu primeiro livro.<br />
44<br />
saber | Fevereiro | 2017
PUB<br />
SOCIAL<br />
Mostra ‘Fénix’ na Casa<br />
da Cultura de Câmara<br />
de Lobos<br />
Composta por 14 painéis cerâmicos e 4 escultura de<br />
madeira com embutidos em cerâmica, algumas técnicas<br />
aplicadas nesta nova mostra de Luz Henriques,<br />
passaram pela modelação, monocozedura, chacota,<br />
pintura com engobes vidrados, esmaltes e linogravura.<br />
Familiares e amigos não deixaram passar a oportunidade<br />
para participarem nesta apresentação da artista<br />
nascida em Câmara de Lobos. Com formação em Artes<br />
Visuais e Artes Aplicadas, Luz Henriques está representada<br />
em colecções particulares, nacionais e internacionais.<br />
Foi distinguida com alguns prémios de mérito<br />
na categoria das artes plásticas a nível nacional e internacional,<br />
de que se destaca o certificado de distinção<br />
na categoria de pintura, que recebeu na Bienal Internacional<br />
de Malta. ✪<br />
DB Fotos: D.R.<br />
saber | Fevereiro | 2017 45
SOCIAL<br />
Medalha de Mérito Municipal –<br />
Grau Ouro<br />
O Presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo, presidiu<br />
a esta cerimónia que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho. A<br />
entrega da medalha de Mérito Municipal – Grau Ouro, ao duo de fotógrafos<br />
DDiarte (Diamantino Jesus e José Diogo) teve como objetivo distinguir<br />
o seu percurso de excelência na área da fotografia digital manipulada. A<br />
DDiarte surgiu em 2003 e tem conquistado inúmeras distinções internacionais.<br />
✪<br />
DB Fotos: André Gonçalves<br />
35 anos Xarabanda<br />
A FNAC homenageou os trinta e cinco anos da Associação Musical<br />
e Cultural Xarabanda com uma mostra que apresentou, em vinte<br />
imagens, os momentos mais importantes desta associação. A iniciativa<br />
contou ainda com uma atuação do grupo musical Xarabanda<br />
que é um dos projetos desta importante associação musical e cultural<br />
madeirense. ✪<br />
DB Fotos: Rui Camacho<br />
46<br />
saber | Fevereiro | 2017
Telma Monteiro apresentou livro<br />
“Na vida com Garra”, o primeiro livro de Telma Monteiro, foi apresentado<br />
na FNAC Madeira e teve a presença da própria.Telma Monteiro transmitiu<br />
neste livro inspirador, as ferramentas e estratégias que desenvolveu<br />
ao longo da sua carreira como atleta de alta competição. Após a apresentação<br />
do livro, a judoca encontrou-se com o público para uma sessão de<br />
autógrafos. A vinda da atleta à Madeira teve o apoio da empresa World<br />
of Sports. Considerada a melhor judoca portuguesa de todos os tempos e<br />
uma das melhores do mundo, Telma Monteiro tem no seu curriculum 11<br />
medalhas em Campeonatos da Europa, outras cinco em Campeonatos do<br />
Mundo, entre outros títulos. ✪<br />
DB Fotos: Bruno Olim (Fnac Madeira)<br />
“Espelhos de Vida”<br />
O auditório do Museu Casa da Luz recebeu a cerimónia de apresentação<br />
desta obra da autoria de Magda Franco. “Espelhos de Vida”<br />
é um livro que se insere na categoria “autoconhecimento”, pelo que,<br />
apresenta uma compilação de textos que aborda temáticas relacionadas<br />
com as emoções e com a gestão emocional de situações que<br />
ocorrem no quotidiano. A apresentação do livro ficou ao encargo de<br />
Susana Fontinha. A Mestre Alexandra Sousa assinou o prefácio. A<br />
apresentação contou com um momento musical que foi protagonizado<br />
pelo Stardust Accousti Project. ✪<br />
DB Fotos: Bárbara Fernandes<br />
saber | Fevereiro | 2017 47
À MESA COM...<br />
as Sugestões<br />
Texto/Fotos: Fernando Olim<br />
de Fernando Olim<br />
Os dias maiores de fevereiro sugerem que se fique mais tempo à<br />
mesa com familiares e amigos. Os pratos devem ser saudáveis,<br />
rápidos e simples de confecionar. Fevereiro é o mês de Carnaval mas<br />
se não está inclinado para as tradicionais malassadas e sonhos,<br />
invista nas entradas de queijos, no bacalhau cozido e remate com<br />
uma deliciosa sobremesa de chocolate. Goze e partilhe o momento<br />
com familiares ou amigos, sem máscaras mas com alegria e boa<br />
disposição. Bem-vindo, Fevereiro! Bom Carnaval.<br />
48<br />
saber | Fevereiro | 2017
Entrada<br />
Tábua de queijos<br />
Queijos diversos, cortados em cubos e em rolinhos, colocados<br />
numa tábua e decorados com pimentos cortados em<br />
forma de estrela, azeitonas pretas e verdes, tomate cherry,<br />
raminho de salsa e oregão seco. Regue com azeite.<br />
Prato principal<br />
Lombo de bacalhau cozido<br />
Coza o bacalhau a baixa temperatura. Adicione batata salteada,<br />
redução de pimentos e molho pesto. Regado com<br />
agriete e migas.<br />
Sobremesa<br />
Sobremesa exótica com chocolate negro<br />
Decore com chocolate negro e branco, e frutos silvestres a<br />
gosto.<br />
saber | Fevereiro | 2017 49
SITE DO MÊS<br />
E-mail:<br />
sabermadeira@yahoo.com<br />
Telf. 291 911 300<br />
www.internetsegura.pt<br />
Propriedade:<br />
OLC, Lda<br />
Audiovisuais, TV, Multimédia,<br />
Jornais e Revistas, Lda<br />
Sociedade por Quotas; Capital Social:<br />
€100.000,00 Contribuinte: 509865720<br />
Matriculado na Conservatória Registo<br />
Comercial de Lisboa<br />
Sede: Centro Comercial Sol Mar, Sala 303,<br />
Av. Infante D. Henrique, nº71<br />
9500 - 769 Ponta Delgada Açores<br />
Sócio-Gerente com mais de 10% do Capital:<br />
Edgar R. de Aguiar<br />
Director<br />
Edgar Rodrigues de Aguiar<br />
Redacção<br />
Dulcina Branco<br />
Secretária de Redacção<br />
Maria Camacho<br />
Colunistas<br />
António Cruz, Hélder Spínola, Teresa<br />
Brazão, Alison Jesus, Iveth Barajas,<br />
António Castro<br />
Depart. Imagem<br />
O Liberal, Lda.<br />
> O Centro Internet Segura preparou<br />
um evento no dia 7 de feveiro, dirigido<br />
ao público jovem e sénior para celebrar<br />
o Dia da Internet mais Segura. No<br />
seguimento das iniciativas promovidas<br />
pela FCT em anos anteriores, o Centro<br />
Internet Segura desenvolveu um recurso<br />
específico para todos os interessados<br />
em dinamizar ações de sensibilização<br />
no âmbito das comemorações do Dia<br />
da Internet mais Segura 2017. As informações<br />
estão disponíveis no site do<br />
sítio que conta com o apoio de diversas<br />
instituições e é co-financiado pela União<br />
Europeia.<br />
Design Gráfico<br />
OLC<br />
Departamento Comercial<br />
OLC<br />
Serviço de Assinaturas<br />
Dulce Sá<br />
19º<br />
ANIVERSÁRIO<br />
2017<br />
Nome<br />
Empresa<br />
Morada<br />
Código Postal<br />
Concelho<br />
Data de nascimento<br />
Telem.<br />
Telefone<br />
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