Políticas e Ações para a Cadeia Produtiva de - Sistema Moda Brasil
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cultar o trânsito dos produtos nos aeroportos. Determinadas<br />
exigências fazem com que processos sejam criados e analisados<br />
em outros estados, que são os coor<strong>de</strong>nadores das Operações<br />
<strong>de</strong> Alfân<strong>de</strong>ga <strong>de</strong> Manaus, como Belém do Pará.<br />
As exportações pelo Exporta Fácil obrigam à criação <strong>de</strong><br />
uma infra-estrutura <strong>de</strong> embalagens e <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> guias<br />
e documentos, que tem dificultado as vendas, principalmente<br />
o cumprimento <strong>de</strong> prazos estabelecidos em contratos.<br />
Associado a tais questões, existem problemas com as empresas<br />
aéreas, notadamente a VARIG. Esta empresa não mais<br />
aceita transportar mercadorias consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> valor.<br />
O outro gargalo assinalado pelas empresas são as obrigações<br />
trabalhistas exigidas, pois as empresas do Pólo Industrial<br />
<strong>de</strong>vem fornecer transporte, café da manhã, almoço e lanche<br />
<strong>para</strong> seus funcionários, além <strong>de</strong> planos médicos e <strong>de</strong>ntários.<br />
Tais obrigações elevam, em 120%, os encargos sobre a folha<br />
<strong>de</strong> pagamento.<br />
PERSPECTIVAS<br />
O Pólo apresenta dois gran<strong>de</strong>s gargalos – logística, voltada<br />
<strong>para</strong> o transporte da produção, e a relação com as empresas<br />
aéreas –, que, por várias vezes, chegaram a inviabilizar as<br />
vendas externas.<br />
No entanto, os empresários do Setor <strong>de</strong> Gemas e Jóias consi<strong>de</strong>ram<br />
que as perspectivas continuam muito boas, visto que<br />
as restrições estão sendo contornadas e solucionadas. Ressalte-se<br />
que, em recente visita a Manaus, os industriais colocaram<br />
seus problemas <strong>para</strong> o ministro Furlan, do MDIC, que já<br />
adotou várias providências <strong>para</strong> solucioná-los.<br />
Poló <strong>de</strong> Gemas, Jóias e Atesanato<br />
Mineral do Estado da Bahia<br />
PRODUÇÃO MINERAL<br />
A Bahia é reconhecida por ser o Estado brasileiro que mais<br />
Investe na ativida<strong>de</strong> mineral. Tais investimentos permitiram a<br />
realização <strong>de</strong> inúmeras pesquisas e prospecção mineral, mapeamento<br />
geológico básico, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estudos em<br />
distritos mineiros e <strong>de</strong> pesquisas geocientíficas, com reflexos<br />
positivos, <strong>de</strong>monstrados no expressivo crescimento e diversificação<br />
da produção mineral da Bahia.<br />
Atualmente, a produção mineral baiana é gerada por aproximadamente<br />
320 empresas, que atuam em mais <strong>de</strong> 100 municípios,<br />
e abrange cerca <strong>de</strong> 35 substâncias minerais, mobilizando<br />
19 mil empregos diretos.<br />
De acordo com informações da Companhia Baiana <strong>de</strong> Pesquisa<br />
Mineral (CBPM), o Estado tem feito levantamentos aerogeofísicos,<br />
utilizando os mais mo<strong>de</strong>rnos sistemas <strong>de</strong> alta resolução<br />
disponíveis. Esses levantamentos buscam a i<strong>de</strong>ntificação<br />
<strong>de</strong> ambientes geológicos e a seleção <strong>de</strong> novas áreas <strong>para</strong> pesquisa<br />
mineral, por meio da revelação <strong>de</strong> áreas que sinalizam a<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> existência <strong>de</strong> mineralizações.<br />
Entre os levantamentos aerogeofísicos realizados pela<br />
CBPM, nos últimos anos, cabe registrar aqueles <strong>de</strong>senvolvidos<br />
nas regiões <strong>de</strong> Mundo Novo, Senhor do Bonfim, Juazeiro, Curaçá,<br />
Jaguarari, Riacho <strong>de</strong> Santana, Paramirim, Boquira, Sento Sé,<br />
Itagimirim/Me<strong>de</strong>iros Neto e Ibitiara-Rio <strong>de</strong> Contas.<br />
Por sua importância econômica e social, o Setor <strong>de</strong> Gemas<br />
também está sendo contemplado por ações governamentais,<br />
por meio <strong>de</strong> sondagens, pesquisas geológicas/geofísicas, edição<br />
do Mapa Gemológico da Bahia, criação <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lapidação/artesanato<br />
mineral e cursos <strong>de</strong> treinamento, aliados<br />
aos incentivos direcionados ao apoio e <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
É importante ressaltar que o Mapa Gemológico da Bahia,<br />
elaborado em 2000, permitiu estruturar banco <strong>de</strong> dados com<br />
mais <strong>de</strong> 700 registros <strong>de</strong> jazimentos, com realces <strong>para</strong> a esmeralda,<br />
ametista, água marinha, diamante e cristal <strong>de</strong> rocha.<br />
O Estado é consi<strong>de</strong>rado o segundo maior produtor <strong>de</strong> gemas<br />
coradas do país.<br />
Por sua importância, cabe registrar que, em 1963, teve início<br />
a localização <strong>de</strong> ocorrências <strong>de</strong> esmeraldas na Bahia, particularmente,<br />
no sertão Norte do Estado, <strong>de</strong>nominado Serra<br />
da Carnaíba. Neste Local, a exploração era praticamente toda<br />
subterrânea, em túneis <strong>de</strong> até 100 metros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>. Na<br />
década <strong>de</strong> 80, essa área chegou a representar quase toda a esmeralda<br />
produzida no <strong>Brasil</strong> e cerca <strong>de</strong> 25% do total da exportação<br />
brasileira <strong>de</strong> gemas, com exceção dos diamantes.<br />
Nos anos 80, foram <strong>de</strong>scobertos cristais <strong>de</strong> esmeraldas em<br />
Campo Formoso, garimpo <strong>de</strong> Socotó, há cerca <strong>de</strong> 40 quilômetros<br />
da Serra da Carnaíba, que rapidamente superou a produção<br />
<strong>de</strong> Carnaíba.<br />
Uma estimativa preliminar mais recente das reservas <strong>de</strong><br />
esmeralda/berilo do Garimpo da Carnaíba sinaliza a existência<br />
<strong>de</strong> 220 toneladas em Carnaíba <strong>de</strong> Cima, 105 toneladas em Bráulia-Marota,<br />
e 35 toneladas em Bo<strong>de</strong>-Lagarto-Gavião. Adicionalmente,<br />
algumas perfurações exploratórias mostraram que os<br />
serpentinitos portadores <strong>de</strong> esmeralda po<strong>de</strong>m se esten<strong>de</strong>r por<br />
mais algumas centenas <strong>de</strong> metros em Carnaíba <strong>de</strong> Cima.<br />
Embora a melhora dos procedimentos mineiros implique<br />
em custos mais altos, tem sido <strong>de</strong>monstrado que po<strong>de</strong><br />
ser economicamente viável explorar as faixas mais profundas<br />
utilizando novas técnicas. Algumas áreas potenciais, situadas<br />
fora dos limites legais do garimpo <strong>de</strong> Carnaíba, têm sido indicadas<br />
<strong>para</strong> prospecção.<br />
A esmeralda encabeça, em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> importância, a lista<br />
do segmento <strong>de</strong> pedras preciosas, com produção mais expressiva<br />
nos garimpos <strong>de</strong> Campo Formoso e Pindobaçú. Porém, com<br />
menores ativida<strong>de</strong>s em Anagé e Pilão Arcado. A ametista ocupa<br />
a segunda posição, com produções concentradas em Brejinhos,<br />
Sento Sé, Caetité, Licínio <strong>de</strong> Almeida, Jacobina e Juazeiro. Em<br />
terceiro lugar, segue a água marinha, com produções em Itanhém,<br />
Me<strong>de</strong>iros Neto, Encruzilhada e Cândido Sales.<br />
Outras gemas, tais como diamante, alexandrita, amazonita,<br />
apatita, coríndon, crisoberilo, quartzo, dumortierita, fluori-<br />
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