Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Suas mãos tremiam tanto que teve que escondê-las nas dobras de seu vestido. O suor porejou em sua<br />
testa e sentiu-se enjoada. Engoliu em seco, disposta a não desmaiar.<br />
Quando não encontrou nenh<strong>um</strong>a resposta, o homem sorriu, enviando <strong>um</strong> arrepio a espinha de<br />
Mairin. Ainda olhando para elas, ergueu Madre Serenity pelo braço. Indiferente, entortou o dedo<br />
indicador da freira, até Mairin ouviu o estalo do osso.<br />
Uma das freiras gritou e correu para frente apenas para ser bloqueada por <strong>um</strong> dos soldados. As<br />
demais freiras soltaram <strong>um</strong> murmúrio de ultraje.<br />
— Esta é a casa de Deus. – Madre Serenity disse <strong>com</strong> voz esganiçada. – Você peca por trazer<br />
violência para este chão santo.<br />
—Cale a boca, velha. – o homem gritou. – Diga-me onde está Mairin Stuart ou vou matar cada <strong>um</strong>a<br />
de vocês.<br />
Mairin prendeu a respiração e apertou as mãos em punho ao lado do corpo. Ela acreditava nele.<br />
Havia muita maldade, muito desespero nos olhos do homem. Foi enviado a serviço do diabo e não<br />
queria ser contrariado.<br />
Ele forçou ainda mais dedo da Madre e Mairin correu para frente.<br />
— Por caridade, não! – Serenity chorou.<br />
Mairin ignorou.<br />
— Eu sou Mairin Stuart. Agora, deixe-a ir!<br />
O homem soltou a mão da Madre e empurrou a mulher para trás. Olhou para Mairin <strong>com</strong> interesse,<br />
vagando sugestivamente seu olhar por todo o seu corpo. As bochechas de Mairin ficaram coradas, mas<br />
ela não se deu por vencida, e encarou-o <strong>com</strong>o a mesma ousadia.<br />
Ele estalou os dedos e dois homens avançaram e a agarraram antes que ela pudesse pensar em fugir.<br />
Jogaram-na no chão em questão de segundos e buscaram a bainha de seu vestido.<br />
Mairin chutou violentamente, sacudindo os braços, mas sua força não era páreo para eles. Seria<br />
estuprada ali, no chão da capela? Os olhos se encheram de lágrimas à medida que sua roupa era<br />
empurrada para cima ao longo dos quadris.<br />
Giraram-na para a direita e dedos tocaram seu quadril, exatamente onde a marca descansava.<br />
Oh, não.<br />
Ela baixou a cabeça enquanto as lágrimas de derrota deslizavam por seu rosto.<br />
—É ela! – <strong>um</strong> deles disse animadamente.<br />
Mairin foi deixada de lado imediatamente e o líder inclinou-se para examinar a marca por si mesmo.<br />
Tocou-a também, delineando a insígnia real dos Alexander. Emitindo <strong>um</strong> grunhido de satisfação, ele<br />
segurou-a pelo queixo e o ergueu até que os olhos dela o enfrentaram.<br />
Seu sorriso a revoltou.<br />
— Nós a procuramos por muito tempo, Mairin Stuart.<br />
— Vá para o inferno. – ela cuspiu.<br />
Em vez de golpeá-la, seu sorriso ampliou-se.