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REVISTA_FOXNEWS-06

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edição <strong>06</strong> / maio 2016<br />

Grupo Fox estrutura nova<br />

unidade para ampliar<br />

assessoria jurídica a todo<br />

o mercado de seguros<br />

O Grupo Fox inaugurou no início do ano de 2016 a sua segunda unidade na capital<br />

paulista, localizada no bairro Vila Olímpia, com o intuito de ampliar a sua oferta ao<br />

mercado segurador, do mais amplo suporte jurídico, tanto na esfera consultiva como<br />

no contencioso, com a denominação social “Haüptli & Associados”.


VEM AÍ O MAIOR EVENTO DO MERCADO<br />

DE SEGUROS DE TRANSPORTES<br />

DA AMÉRICA LATINA<br />

GARANTA<br />

JÁ SUA<br />

PARTICIPAÇÃO!<br />

24/11/2016<br />

Hotel Tivoli Mofarrej SP<br />

mais informações em www.cist.org.br<br />

REALIZAÇÃO<br />

APOIO MÍDIA<br />

APOIO INSTITUCIONAL


editorial<br />

Buscando o mais completo<br />

atendimento aos clientes<br />

Ver os resultados depois de trabalhar duramente é sempre<br />

motivo de satisfação. Ao longo de seus 21 anos de<br />

atuação, o Grupo Fox, fundado em 1995, sempre esteve<br />

atento à evolução do setor de seguros e novas demandas<br />

para melhor atender os clientes. A cada ano fomos<br />

englobando novos ramos e ampliando geograficamente<br />

nossa área de atuação. O que antes se limitava à região<br />

Sudeste, atualmente compreende todo território nacional<br />

e Mercosul. Certos do nosso compromisso de regular e<br />

auditar sinistros, apurando detalhadamente as causas,<br />

combatendo as fraudes, evitando e minimizando os<br />

prejuízos das seguradoras nos mais diversos segmentos.<br />

No início deste ano, crescemos e inovamos mais uma vez.<br />

Inauguramos nossa segunda unidade na capital paulista,<br />

localizada na Vila Olímpia, com o intuito de ampliar a sua<br />

oferta ao mercado de seguros, do mais amplo suporte<br />

jurídico, tanto na esfera consultiva como no contencioso,<br />

com a denominação social “Haüptli & Associados”.<br />

oferecidos. A boa prestação de serviço e a manutenção da<br />

confiança em nós depositadas são as lições que<br />

passamos diariamente aos nossos funcionários e<br />

colaboradores.<br />

Justamente para promover e intensificar esse<br />

relacionamento que editamos mais esta edição da revista<br />

Fox News, criada para os profissionais do mercado de<br />

seguros e desenvolvida pelos próprios – aqui<br />

agradecemos a participação de tantos nomes<br />

importantes, que nos concederam entrevistas ou<br />

redigiram artigos. Trazemos conteúdo informativo que,<br />

esperamos, contribuirá com o trabalho dos profissionais e<br />

com o desenvolvimento do nosso setor de seguros. Além<br />

de, é claro, contar um pouco mais sobre esta empresa que<br />

tem se empenhado e investido no setor.<br />

Fique com o Grupo Fox!<br />

Essa expansão iniciou-se ao observarmos as<br />

necessidades de alguns clientes e a motivação pelo<br />

crescimento. Ato contínuo, fomos ao mercado e<br />

contratamos especialistas em diversas áreas do Direito,<br />

bem como implantamos um sistema de controle de<br />

processos administrativos e judiciais, estruturando o<br />

braço jurídico do Grupo Fox, que já está preparado para a<br />

prestação de serviços advocatícios de excelência.<br />

Se nós crescemos é porque construímos relacionamentos<br />

sólidos com o mercado segurador, todos baseados na<br />

credibilidade gerada pela experiência com os serviços<br />

Boa leitura!<br />

Paulo Rogério Haüptli Alexandre Massao<br />

Sócios da Fox Reguladora de Sinistro<br />

Produção Fox News<br />

Thaís Ruco - jornalista responsável - MTb 49.455<br />

thais@thaisruco.com.br<br />

Felix Ryu - projeto gráfico - Teckel Design<br />

felixryu@ig.com.br<br />

03


sumário<br />

03<br />

05<br />

<strong>06</strong><br />

08<br />

09<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

16<br />

19<br />

20<br />

Editorial<br />

Buscando o mais completo atendimento<br />

aos clientes<br />

Rede Social<br />

Curtas reflexões publicadas na página do<br />

Grupo Fox no Facebook<br />

Fox na mídia<br />

Apresentando um pouco da vida pessoal<br />

(Rev. Segurador Brasil)<br />

Fox na mídia<br />

Evolução nos serviços de regulação e<br />

vistoria de automóveis (Rev. Apólice)<br />

Transportes<br />

S e g u r o m a r í t i m o r e s e r v a b o a s<br />

oportunidades para quem se especializa<br />

Transportes<br />

A necessidade da criação da DDR<br />

Artigo<br />

Fraude e seguro<br />

Qualificação<br />

Investir em conhecimento é a chave para<br />

p r o f i s s i o n a i s a c o m p a n h a r e m<br />

crescimento do setor<br />

Gestão de Riscos<br />

SUS x Saúde suplementar<br />

Direito Securitário<br />

Controvérsias sobre a indenização de<br />

seguro nos casos de embriaguez<br />

Capa<br />

Grupo Fox estrutura nova unidade para<br />

ampliar assessoria jurídica a todo o<br />

mercado segurador<br />

Treinamentos<br />

O sindicante e o Direito<br />

Garantia<br />

Seguro garantia judicial é apresentado<br />

pela Fox como indispensável para<br />

empresas se protegerem<br />

22<br />

23<br />

24<br />

25<br />

26<br />

27<br />

28<br />

28<br />

29<br />

29<br />

30<br />

Mercado<br />

Seguro auto popular<br />

Mercado<br />

Reciclagem certificada de peças<br />

automotivas favorece seguro auto<br />

popular<br />

Sinistros<br />

Como o seguro pode ajudar caso seu<br />

carro seja atingido por uma enchente<br />

Mercado<br />

C o m a q u i s i ç ã o d e c a r t e i r a e<br />

estruturação, seguradora figura entre<br />

principais do setor brasileiro<br />

Análise<br />

Para onde caminha o seguro na América<br />

Latina?<br />

Sinistro<br />

Responsabilidade do governo sobre a<br />

segurança pública<br />

Outras ações<br />

Ampliando incentivo à cultura e esporte,<br />

Grupo Fox estabelece novos patrocínios<br />

Má-fé<br />

Fraudes ressaltam importância dos<br />

especialistas de regulação de sinistros<br />

Eventos<br />

Grupo Fox expõe seus serviços em<br />

congresso internacional de seguros de<br />

transportes<br />

Eventos<br />

Homenagem às mulheres da equipe<br />

Outra leitura<br />

Seis graus de separação<br />

21<br />

Garantia<br />

As vantagens da garantia de crédito<br />

edição <strong>06</strong> - maio 2016


ede social<br />

Curtas reflexões publicadas na página do Grupo Fox<br />

no Facebook<br />

Por Paulo Rogério Haüptli, em www.facebook.com/foxreguladora<br />

S i n i s t r a l i d a d e n o s<br />

seguros de transporte<br />

M o t o r i s t a<br />

( c a m i n h o n e i r o ) é<br />

profissão em plena<br />

extinção, fato que agrava<br />

muito o risco, pois temos<br />

p e s s o a s a t u a n d o<br />

d e s p r e p a r a d a s ,<br />

causando acidentes. A<br />

escassez de bons profissionais traz ainda ao nosso mercado<br />

curiosos desempregados que migram de outras áreas e acabam<br />

sendo aliciados por receptadores (ou já são roubadores e até<br />

golpistas) e geram o desvio da carga. Não é o único fator da<br />

sinistralidade, mas devemos refletir sobre esse ponto também.<br />

Seguro de automóvel e as fraudes<br />

No Brasil, o maior número de fraudes está no segmento de<br />

automóveis e, nesta época da crise, a inversão de culpa em<br />

acidentes ganha fôlego. Na frente ainda estão furtos e roubos<br />

simulados, em especial com veículos alienados, pois os<br />

segurados não conseguem quitar suas parcelas, negociam seus<br />

automóveis para desmanches na expectativa de receber alguma<br />

quantia, que varia de acordo com o modelo, acionam a seguradora<br />

como se roubado fosse, e, em tese, se livram do problema.<br />

Noutros casos, mandam levar para países vizinhos, muitas vezes<br />

até pagam para as "mulas" passarem pela fronteira. Outro golpe<br />

comum são pessoas especializadas em provocar acidentes<br />

propositalmente no requinte da perda total e saírem ilesos, que<br />

1) Desenvolvimento pessoal<br />

* Soltar cargas do passado, e separar do trabalho as crenças e medos;<br />

* Largar aquilo que não é mais necessário, o bem coletivo é superior -<br />

melhor dispensar apenas dois ou três funcionários que todos;<br />

* Desenvolver suas capacidades e criatividade, tenha foco nos estudos<br />

ou mundo passa por cima se você;<br />

* Entrar em novas atividades, buscar conhecimento e sabedoria.<br />

2) Ajuda mútua/ troca/ você dá e recebe/ trabalha e ganha/ se não<br />

ajuda, está fora<br />

* Temos na equipe apenas as pessoas certas para trabalhar junto e<br />

cooperar, com menos cobiça e mais ambição;<br />

* Apoiar-se no dar e receber mútuo são metas PLR, unir com um só<br />

objetivo;<br />

* Praticar a excelência na comunicação, clareza e disciplina, bem como<br />

prazo e qualidade;<br />

.*Responsabilizar-se por si mesmo, suas tarefas e o seu contexto,<br />

reconhecer erros e não passar para outros.<br />

3) Desenvolver novos serviços e buscar novos mercados e clientes<br />

ajudando a empresa a crescer, pois sem ela muitos ficarão sem<br />

trabalho - se não precisa deixe seu lugar para outro<br />

*Descubra o que falta e o que está precisando, seja proativo, não<br />

depois chamam a polícia e o<br />

segurado alega que estava no<br />

comando do veículo. Também<br />

vemos oficinas que majoram<br />

valores de comum acordo com<br />

segurado para diluir a franquia,<br />

entre outras situações. Toda<br />

essa “magia” da fraude causa<br />

prejuízo ao mútuo e, por sua<br />

vez, o prêmio aumenta cada<br />

vez mais nos cálculos atuariais<br />

que usam a base do sinistro<br />

para precificar – ou seja, o bom<br />

paga pelo mau segurado.<br />

Quatro formas enfrentar a crise<br />

Vamos enfrentar a crise juntos ou deixar que leve todos nós para o<br />

buraco – o que preferem?<br />

Encontrei, em pesquisas, quatro passos para transformar<br />

períodos de crise em grandes oportunidades. Cada crise carrega<br />

uma grande oportunidade de aprendizado, porém, é necessário<br />

algum método.<br />

Refletindo sobre a dinâmica da crise que afeta o Brasil, além de<br />

outros momentos delicados que ciclicamente passamos, é bom<br />

ter um marco de referência para nos orientar de forma eficaz.<br />

Uma maneira de fazer isto é pensar em quatro processos<br />

fundamentais, que vêm do Coaching e do Pensamento Sistêmico.<br />

Observe a lista abaixo e identifique quanto você já pratica destas<br />

atitudes. É um ótimo exercício!<br />

espere, vá atrás;<br />

* Ofereça soluções que ninguém está oferecendo, ajude a inovar;<br />

* Distribua as descobertas que você achar valiosas e aceite sugestões;<br />

* Espalhe sua mensagem para o mundo e escute o retorno, seja<br />

positivo, pois a palavra tem poder.<br />

4) Pensamento claro, correto e justo<br />

* Aprenda como as coisas, as pessoas e as ações se relacionam -<br />

perdemos um dia de descanso na crise em favor do bem maior, você é<br />

necessário porém insubstituível jamais, se quer ser ajudado, primeiro<br />

ajude;<br />

* Entenda que o que faz a diferença e experimente com as novidades;<br />

* Apoie quem lhe apoia e abra mão de apoiar aqueles que apenas<br />

recebem - observe o que você ganha e não o que o outro ganha. Já<br />

perguntou se merece? Já estudou? Tem experiência? Está atualizado?<br />

Aceita fazer cursos?<br />

* Ame seu trabalho ou deixe-o - repito: não quer, peça para sair, uma<br />

laranja podre estraga as demais.<br />

Revise com atenção esta lista e perceba os pontos que mais lhe<br />

chamam a atenção. Quanto mais atividades desta lista você estiver<br />

envolvido, mais liberdade de evolução terá em períodos de crise.<br />

Procure equilibrar atividades nos quatro processos.


fox na mídia<br />

Apresentando um pouco da vida pessoal<br />

O sócio do Grupo Fox, Paulo Rogério<br />

Haüptli, contou um pouco de sua vida<br />

pessoal, suas viagens e sua família, à<br />

revista Segurador Brasil (edição 119) na<br />

seção Perfil, em texto da jornalista Sueli<br />

dos Santos. Confira abaixo a matéria na<br />

íntegra.<br />

“Não há desafio que seja inalcançável”<br />

Empresário trabalha, viaja e estuda. Desistir é verbo proibido<br />

O empresário Paulo Rogério Haüptli é um “buscador”. O termo<br />

pode soar estranho, mas encerra uma clássica definição.<br />

Profissional especialista em fraudes e contrato de seguro, ele é<br />

mestre em Filosofia – além de ter bacharelado em Ciências<br />

Jurídicas. O filósofo por natureza é um buscador de verdades<br />

em seu caminho. Mas Paulo seguiu outra direção na vida que o<br />

fascinou – a do mercado de seguros.<br />

Casado, pai de três filhos, o empresário iniciou sua carreira<br />

no setor, após aceitar o convite de um amigo para atuar<br />

como inspetor de sinistro no<br />

início dos anos 90. Desafio<br />

aceito, logo mostrou seu<br />

talento. Paulo precisou de<br />

apenas 24 meses para<br />

inaugurar o projeto de sua<br />

vida – a Fox Reguladora de<br />

Sinistros, que completou<br />

duas décadas em janeiro de<br />

2015.<br />

típica de filósofos.<br />

De formação humanista, o empresário valoriza a família. Exibe<br />

uma visão muito clara de sua responsabilidade e também do<br />

papel da Fox Reguladora. “Hoje, preciso manter o emprego dos<br />

meus colaboradores que são chefes de família. Assim, quero<br />

apenas crescer, garantir seus empregos e trazer mais<br />

colaboradores para compor nossa família”, afirma.<br />

Atualmente, a empresa possui mais de 40 funcionários, 200<br />

autônomos e 28 advogados correspondentes no Brasil.<br />

Segundo ele, uma organização que não cresce está fadada ao<br />

esquecimento e à desativação em médio prazo.<br />

Suas origens<br />

Paulo não vive apenas para o trabalho. Por ser um buscador,<br />

demonstra ecletismo na hora do lazer, procurando bem-estar<br />

de diversas formas. Gosta de jogar tênis: pratica o esporte de<br />

três a quatro vezes por semana. Além da atividade física, como<br />

meio de manter a boa forma, Paulo faz acompanhamento<br />

mensal com uma nutricionista. “Nem sempre consigo isso,<br />

mas jamais desisto”, confessa. Desistir não é o perfil de um<br />

buscador, afinal. Em termos de viagens, as experiências são<br />

fascinantes. Em suas inúmeras incursões pela Europa, por<br />

Marido da empreendedora<br />

Eliana Haüptli, seus três<br />

filhos: Paulo Junior, 24<br />

anos, Isabella, 15, e Letycia,<br />

1 3 , s ã o o s m a i o r e s<br />

tesouros. Além de cuidar da<br />

administração da empresa,<br />

P a u l o m i n i s t r a<br />

regularmente cursos de<br />

treinamento, transmitindo<br />

conhecimento a pessoas<br />

i n t e ressadas n o t e m a<br />

regulação de sinistros.<br />

<strong>06</strong><br />

Aliás, levar conhecimento<br />

aos outros é uma postura<br />

1) Paulo, esposa e dois de seus filhos curtindo a Europa e os encantos da Basileia


exemplo, destaca uma em<br />

especial. O empresário viajou<br />

com a família durante o final<br />

do ano passado. De início,<br />

foram para França e Suíça.<br />

Estabeleceram uma base em<br />

Zurich. De lá, havia uma<br />

missão nobre a cumprir:<br />

Paulo iria conhecer a terra<br />

dos bisavós paternos na<br />

cidade de Basileia.<br />

Em seguida, seguiram para<br />

os Alpes suíços, sobretudo<br />

Munique, na Alemanha, e a<br />

Áustria. “Conhecer Basileia<br />

foi emocionante. Vi uma linda<br />

e moderna cidade. Não<br />

adianta apenas trabalhar, se não pudermos ter lazer com a<br />

família”, recomenda. Outro momento marcante aconteceu em<br />

março último: a viagem comemorativa aos 24 anos de<br />

casamento em Nova Iorque. Momentos inesquecíveis. Em<br />

julho, lá estava ele de novo na Big Apple para mais uma<br />

comemoração: dessa vez foi o aniversário de 13 anos da filha<br />

caçula. Paulo valoriza tanto as viagens e descobertas de novos<br />

lugares com a família que programou o seu final de 2015: “A<br />

passagem do ano será em Nice, na França, depois seguiremos<br />

Lyon até chegar a Madri, na Espanha”, revela.<br />

Palavra de ordem<br />

Parada obrigatória na mítica<br />

Wall Street, em Manhattan:<br />

coração de Nova Iorque<br />

Além das viagens, o empresário tem um plano definido para<br />

2016: está se preparando para voltar à sala de aula. Dessa<br />

vez, irá cursar mestrado em Direito pela Fundação Getúlio<br />

Vargas (FGV). Manter-se atualizado e estudar é palavra de<br />

ordem. Naturalmente, nessa tarefa, incluem-se os livros. Ele<br />

aprecia a obra Dobre<br />

seus lucros, escrito<br />

por Bob Fifer. “Livro<br />

básico, mas me faz<br />

lembrar como tudo<br />

começou”, diz.<br />

Recortes de momentos comemorativos aos 24 anos<br />

de casamento: para ficar na história<br />

de Guerra. É uma produção sobre a Primeira Guerra Mundial<br />

e conta a história de um pai que tenta resgatar seus filhos<br />

após o suicídio da esposa. “Temos amor, compaixão e<br />

perseverança num filme empolgante e histórico”, opina.<br />

Paulo e Eliana apreciam o Grand Canyon:<br />

uma das mais espetaculares paisagens<br />

do planeta<br />

Em seus momentos<br />

de folga, o dono da<br />

Fox gosta da sétima<br />

arte – costuma ir ao<br />

cinema três vezes<br />

por mês. O último<br />

filme que assistiu foi<br />

a ficção Promessas<br />

E como prova de que tempo é uma questão de organização<br />

e de estabelecer prioridades, o empresário também exerce<br />

trabalho voluntário, ajudando a uma casa de idosos. No<br />

futuro, objetiva lecionar cursos técnicos direcionado a<br />

jovens carentes. Hoje, Paulo está trabalhando na ampliação<br />

de sua equipe de profissionais na Fox. Sua receita na vida<br />

07<br />

profissional e pessoal é esta: “Não existe desafio que seja<br />

inalcançável”.


fox na mídia<br />

Evolução nos serviços<br />

de regulação e vistoria<br />

de automóveis<br />

A evolução nos serviços de<br />

regulação e vistoria de<br />

automóveis, buscando<br />

qualidade e rapidez na<br />

solução dos sinistros, é<br />

destaque em matéria da<br />

revista Apólice, edição 209<br />

(abril/16), e o sócio do<br />

Grupo Fox, Alexandre<br />

Massao, foi um dos<br />

especialistas entrevistados.<br />

“Começamos comum<br />

processo totalmente<br />

manual, passamos ao e-<br />

mail e hoje contamos com diversos aplicativos<br />

ofertados pelas seguradoras que garantem maior<br />

agilidade e eficácia no atendimento ao cliente. Esses<br />

canais de atendimento para a comunicação de sinistro<br />

e envio de documentos, utilizando plataformas de<br />

aplicativos e seus próprios websites, foram a maior<br />

evolução das duas últimas décadas”, declara.<br />

Massao acredita em uma evolução ainda maior na<br />

oferta de serviços agregados às apólices, como<br />

serviços na residência do segurado e uma melhora no<br />

atendimento a terceiros – o que algumas seguradoras<br />

já praticam a fim de cativar o usuário como futuro<br />

cliente. “Com a concorrência acirrada, o desafio das<br />

seguradoras será o constante aprimoramento dos<br />

canais de atendimento ao cliente e a busca de maior<br />

sinergia com as equipes terceirizadas, pois a agilidade<br />

e q u a l i d a d e n e s t e s q u e s i t o s s e r ã o f a t o r e s<br />

determinantes para que as companhias possam<br />

angariar novos clientes”.<br />

08


transportes<br />

Seguro marítimo reserva boas oportunidades<br />

para quem se especializa<br />

O seguro de transporte<br />

marítimo, por ser mais<br />

complexo e exigir estudos<br />

diários da matéria, é deixado<br />

em segundo plano por<br />

c o r r e t o r e s e o u t r o s<br />

profissionais da área. Para<br />

Sergio Nabuosuke, diretor<br />

da Servseg Inspeções e<br />

V i s t o r i a s , a s s e s s o r i a<br />

especializada na prevenção<br />

(ou ressarcimento) de danos<br />

a mercadorias importadas<br />

via marítima, o ramo<br />

realmente exige foco, mas<br />

vale a pena. “É muito mais fácil segurar uma carreta de R$ 400<br />

mil no transporte nacional do que oferecer ao cliente as<br />

minúcias do contrato de seguro do transporte marítimo. Além<br />

do mais, uma lei atual torna o corretor solidário/responsável<br />

pelas coberturas oferecidas. Mas é apaixonante. O nicho é<br />

muito pouco explorado e por essas razões, faltam profissionais<br />

na área. Quem se especializar no assunto, pode enveredar por<br />

esse mercado inexplorado em 80%”.<br />

“Em tempos de crise, a resiliência é uma virtude. Se o mercado<br />

de seguros está atualmente saturado de corretores de<br />

automóveis brigando entre si, em outras áreas há escassez de<br />

profissionais preparados para a demanda de mercado. A<br />

concorrência desleal sempre existirá em todos os segmentos e<br />

é por isso que devemos estudar sempre mais e estarmos<br />

preparados para dar um algo diferenciado ao cliente”, aponta.<br />

A precificação de um seguro de cascos marítimo começa com<br />

uma vistoria prévia, quando peritos especializados e<br />

autônomos, indicados pela seguradora, preparam relatórios de<br />

inspeção que servem de base para aceitação do risco. O<br />

cálculo é realizado em função de uma série de fatores, como<br />

local de navegação, características da embarcação, quantidade<br />

de embarcações e experiência da empresa segurada.<br />

“Por ser pouco explorado no Brasil, o seguro de transporte<br />

marítimo ainda é uma área em que se exige maior<br />

especificação, se considerarmos os índices de criminalidade no<br />

furto e roubo de carga, a incidência de fraudes seja ela física ou<br />

documental, as catástrofes inesperadas, avarias causadas por<br />

imperícias, falha de equipamentos, negligências profissionais<br />

etc”, diz o especialista.<br />

De acordo com ele, para o sucesso nesta área é importante a<br />

dedicação de todas as partes envolvidas. “Em primeiro lugar, o<br />

cliente deve ter consciência de que ele também tem obrigações<br />

no contrato de seguro, sob pena de uma eventual indenização<br />

vir a ser recusada. Depois vem o corretor, que deve ter<br />

conhecimentos específicos da área, sob pena de estar sujeito<br />

também a responder judicialmente pelas omissões. A<br />

seguradora deve ter profissionais capacitados para orientar os<br />

segurados a qualquer momento. O regulador de um sinistro,<br />

obrigatoriamente deve ter o conhecimento de todos os passos,<br />

sabendo separar os danos fortuitos dos negligenciados, em<br />

que fase do transporte a avaria ocorreu e as suas<br />

circunstâncias. O gerenciamento/ prevenção de risco deve se<br />

fazer presente para orientar o cliente nos procedimentos de<br />

desembaraço e não perder os prazos de protesto ou ainda,<br />

formalizar um acordo para vistoria particular conjunta”.<br />

No transporte marítimo, o segurado necessita assistência da<br />

seguradora em todos os momentos. “O cliente precisa sentir a<br />

proximidade e acessibilidade ao segurador, pois os<br />

importadores estão longe dos eventos do Comex, cais/<br />

terminais alfandegados e outros”, diz Sergio Nabuosuke.<br />

“O empresário não faz o seguro objetivando lucro no<br />

recebimento de indenizações, pois ele não é instituição<br />

financeira. Ele quer a carga/ matéria-prima alimentando suas<br />

máquinas, seu real negócio. Pensando nisso, o corretor de<br />

seguros deve trabalhar com uma seguradora que ofereça<br />

amplas condições de apoio ao cliente, assegurando um<br />

programa de prevenção de risco adequado para cada caso”,<br />

aconselha.<br />

Riscos cobertos no seguro marítimo<br />

Este ramo tem três coberturas básicas, porém, se necessário,<br />

é possível contratar coberturas adicionais para certos casos,<br />

para aumentar a cobertura da indenização.<br />

A primeira se refere aos danos físicos com perdas totais e<br />

avarias particulares. O adicional pode se aumentar em até 10%.<br />

A segunda diz respeito às coberturas que indenizam os danos<br />

financeiros, ou seja, despesas de salvamento, contribuição em<br />

avaria grossa e prejuízos financeiros causados pela<br />

suspensão de qualquer atividade de uma empresa, os<br />

chamados lucros cessantes. O adicional pode ser aumentado<br />

até 15%.<br />

Por último, existem as garantias para danos de<br />

responsabilidade civil causados pelo segurado a<br />

embarcações e equipamentos de terceiros. Se atingidos, os<br />

objetos fixos e flutuantes, pessoas e carga de terceiros<br />

também são ressarcidos. O adicional pode ser aumentado<br />

em até 25%.


transportes<br />

A necessidade da criação da DDR<br />

Nos dias de hoje, a DDR, ou Dispensa de Direito de Regresso, é<br />

amplamente utilizada no mercado segurador, tornando-se uma<br />

prática comum e termo utilizado amplamente.<br />

Há quem afirme que esse instrumento foi criado pelo próprio<br />

mercado segurador. Permito-me, porém, discordar dessa<br />

afirmação. Entendo que a criação desse instrumento acompanha<br />

a evolução do mercado de transporte e surgiu da necessidade de<br />

redução dos custos do setor em um país que prioriza o transporte<br />

rodoviário, sabidamente mais custoso que outros modais.<br />

A Dispensa de Direto de Regresso foi criada no sentido de<br />

tornar válidas, frente ao seguro de RCF-DC (Responsabilidade<br />

Civil Facultativa – Desaparecimento de Carga), as negociações<br />

entre os transportadores rodoviários de carga e embarcadores<br />

visando à redução do valor do frete, à medida que exclui do<br />

transportador a responsabilidade de reparação dos danos<br />

provenientes dos riscos cobertos por esse seguro. Importante<br />

mencionar que para o seguro de RCTR-C (Responsabilidade<br />

Civil do Transportador Rodoviário de Carga), esse instrumento<br />

não tem qualquer valor e não produz efeitos, pois se trata de<br />

um seguro obrigatório por Lei, conforme previsto no Decreto-<br />

Lei n° 73, de 21 de novembro de 1966.<br />

Sem dúvida nenhuma a DDR se trata de benefício concedido pela<br />

seguradora do embarcador ao transportador rodoviário, no<br />

sentido de não ser responsabilizado em regresso das<br />

indenizações pagas pela seguradora ao segurado em casos de<br />

sinistros de transportes, amparados pelo seguro de RCF-DC. Na<br />

prática, a DDR não traz qualquer beneficio ao segurador e tem se<br />

tornado um “monstro administrativo” para seguradoras,<br />

embarcadores e transportadores.<br />

Para as seguradoras, a concessão da DDR deve ser precedida de<br />

verdadeira análise de um “novo risco”, pois o benefício será<br />

concedido a um novo ente (o transportador), com características<br />

próprias e, até então, sem relação contratual com ela própria.<br />

Neste sentido a DDR tem força legal, de um novo contrato e, para<br />

ter efeito prático, é importante que a carta de DDR seja assinada<br />

por todos os envolvidos (segurador, transportador e seguradora).<br />

Nela deverão constar as mesmas condições previstas na apólice<br />

do embarcador, especialmente no que concerne ao<br />

Gerenciamento de Risco que deve ser empregado durante o<br />

transporte, documentos necessários para a regulação e<br />

liquidação do sinistro e exclusões, uma delas os riscos cobertos<br />

pelo seguro obrigatório (RCTR-C).<br />

Se por um lado o transportador adquire um direito (de não ser<br />

responsabilizado em caso de eventual sinistro), por outro é<br />

incumbido de alguns deveres (praticar o gerenciamento de<br />

10<br />

risco adequado conforme convencionado na carta de DDR,<br />

por exemplo).<br />

Notem que a DDR não é salvo conduto ao transportador. Não se<br />

trata de uma carta em branco ao transportador para agir sem o<br />

necessário cuidado ao transporte de cargas. Por isso, ele deve ter<br />

atenção e cuidado redobrados na análise e aplicabilidade dos<br />

termos da carta de DDR e alguns pontos são de fundamental<br />

importância:<br />

Ÿ<br />

Ÿ<br />

Ÿ<br />

As exclusões citadas na carta de DDR, pois a<br />

responsabilidade sobre esses riscos, se ocorrerem, serão<br />

imputados ao transportador rodoviário;<br />

O seguro de RCTR-C é obrigatório e, portanto, não há<br />

concessão de DDR para ocorrências cobertas por esse<br />

seguro;<br />

O gerenciamento de risco deve ser aplicado conforme<br />

condições negociadas na carta de DDR. Do contrário, o<br />

transportador ficará sujeito à perda da concessão da DDR.<br />

Na prática, o transportador deve ter os mesmos cuidados na<br />

adoção das providências necessárias para preservar os produtos<br />

transportados, como se não existisse a DDR.<br />

Para o embarcador segurado, a concessão de DDR para um<br />

determinado transportador pode, a princípio, significar um ganho<br />

financeiro e operacional, pois reduzirá seu custo com frete e<br />

gerenciamento de risco. Por outro lado, se não for aplicada a<br />

correta gestão do risco, que continua sendo dele, o custo com seu<br />

seguro pode aumentar, uma vez que não haverá ressarcimento<br />

para os riscos cuja DDR for concedida. Refiro-me ao<br />

ressarcimento que é fator importante para a manutenção das<br />

taxas de seguro em patamar adequado e aceitável pelo segurado<br />

e segurador. Portanto, a seleção pelo segurado embarcador do<br />

transportador para transportar suas cargas é de fundamental<br />

importância para o sucesso das condições do seguro, inclusive<br />

da DDR.<br />

Gestão do risco realizada, concedida a DDR, emitida a carta e<br />

colhidas assinaturas de todos os envolvidos (segurado<br />

embarcador, transportador rodoviário e segurador), o “negócio”<br />

está feito. E para que a concessão de DDR's se torne um case de<br />

sucesso, todos os cuidados mencionados devem ser tomados,<br />

pois se trata de um instrumento que tem fundamental<br />

importância para a viabilização financeira do seguro e para o<br />

negócio de todos os envolvidos.<br />

V a n d e r l e i M o g h e t t i é f o r m a d o<br />

Administração de Empresas, pósgraduado<br />

em Gestão de Negócios,<br />

Comissário de Avarias, tem 28 anos de<br />

mercado segurador e atualmente é<br />

gerente de sinistro Marine da Argo<br />

Seguros Brasil.


artigo<br />

Fraude e Seguro<br />

Um dos maiores danos à instituição do seguro e aos<br />

segurados é a fraude. Trata-se da materialização da máfé,<br />

intencionalmente ocultando a verdade e, de forma<br />

premeditada causando dano ou prejuízo. Tem pena de<br />

reclusão prevista entre 1 e 5 anos, mais multa. A fraude em<br />

seguros é caracterizada como crime de estelionato, de<br />

acordo com o artigo 171 do Código Penal e tanto pode se<br />

dar por informações incorretas ou inverídicas, fornecidas<br />

na contratação do seguro e/ou, quando da ocorrência de<br />

um evento de sinistro.<br />

Esta quebra do princípio da boa-fé, regedor de todos os<br />

contratos de seguros, não é uma exclusividade do Brasil e<br />

atinge muitos países e, através do princípio do mutualismo<br />

– base fundamental do seguro, todos pagam a conta.<br />

Nos Seguros de Pessoas, temos a fraude caracterizada<br />

quando envolve situações ligadas à contratação de<br />

apólices ou certificados para indivíduos já falecidos, por<br />

meio de informações falsas em declarações de saúde,<br />

prática de auto-mutilação, simulação de morte ou<br />

invalidez, extensão indevida de período de convalescença,<br />

entre outras, que totalizadas giram em torno de 8% do total<br />

dos capitais segurados pagos em sinistros, ou de forma<br />

comparativa, entre 10 e 15% do total dos prêmios pagos.<br />

Segundo evento organizado pela CNSeg, as fraudes<br />

comprovadas (sem considerar previdência, saúde e<br />

capitalização) totalizaram R$ 448 milhões em 2014, R$<br />

350 milhões em 2013 e R$ 340 milhões em 2012. Projetase<br />

que isto possa significar até ¼ do volume de<br />

indenização dos sinistros investigados.<br />

Estima-se que 56% das suspeitas de fraude contra<br />

seguros de vida fiquem sem solução no Brasil. Com base<br />

em números de 2012, R$ 298 milhões de sinistros<br />

poderiam ser falsos, dos quais R$ 119 milhões foram<br />

indenizados por falta de provas.<br />

Como forma de minimizar o efeito tão danoso desse<br />

c r i m e , a s c o m p a n h i a s d e s e n volveram c a rgos<br />

profissionais específicos com a tarefa de proceder<br />

Dilmo Bantim Moreira – Presidente do<br />

Clube Vida em Grupo / São Paulo - CVG/SP,<br />

diretor da cátedra de Seguros de Pessoas<br />

na Academia Nacional de Seguros e<br />

Previdência - ANSP, administrador, atuário,<br />

professor em seguros de Benefícios e<br />

colunista em mídias securitárias.<br />

levantamentos adicionais que permitissem a regulação<br />

dos processos, sanando as dúvidas surgidas e, também,<br />

passaram a contar com o auxílio terceirizado de<br />

Sindicantes especializados em tais atividades.<br />

Órgãos do mercado segurador e também de forma<br />

particular, diversas seguradoras, têm através de ações,<br />

campanhas e anúncios, divulgado e demonstrado o<br />

quanto as práticas fraudulentas são arriscadas, além de<br />

prejudiciais e ilegais.<br />

É importante, também, destacar a participação do corretor<br />

de seguros nesse tema, atuando como filtro na<br />

comercialização de apólices e primando pela observância<br />

do cumprimento da boa-fé, tanto no sentido da explicação<br />

aos seus clientes sobre as coberturas dos produtos, como<br />

na orientação das informações prestadas por estes na<br />

contratação de seguros. Aliás, esse tipo de abordagem<br />

consultiva resulta em pelo menos três resultados<br />

positivos: tranquilidade do segurado com a obtenção de<br />

cobertura adequada ao seu risco; fixação da cultura do<br />

seguro como instrumento reparador de danos e; a<br />

possibilidade de bloquear eventuais fraudes.<br />

Os impactos financeiros causados pela fraude, além dos<br />

pagamentos indevidos, elevam desnecessariamente<br />

gastos com a estrutura judicial e administrativa para<br />

combatê-los, bem como inflam as bases estatísticas de<br />

determinação dos riscos. O nefasto resultado dessa<br />

conjunção negativa de fatores é o aumento do custo do<br />

seguro, que gera um movimento contrário à ideal<br />

massificação da distribuição.<br />

É dever de toda a comunidade securitária, sejam<br />

seguradoras, corretores e segurados, “desconstruir” a<br />

ideia popular da fraude em seguro como a de um crime<br />

“brando” e “sem vítimas”, alterando assim o ponto de vista<br />

da população e dos legisladores para que os criminosos<br />

sejam necessária e adequadamente punidos.<br />

Como canal auxiliar para este fim foi criado o serviço do<br />

Disque Fraude, que garante sigilo e anonimato aos<br />

usuários e pode ser acessado pelo telefone 181 no Espírito<br />

Santo, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo e, no<br />

Rio de Janeiro pelo número 21-2253-1177.<br />

A redução da fraude constitui-se numa vitória para a<br />

justiça e em conquista necessária para a verdade,<br />

evitando que muitos cidadãos corretos eventualmente<br />

arquem com o peso das ações de uns poucos<br />

11<br />

indivíduos<br />

desonestos.


qualificação<br />

Investir em conhecimento é a chave para<br />

profissionais acompanharem crescimento do setor<br />

O mercado de seguros mudou muito e o profissional<br />

precisa investir em educação contínua para acompanhar a<br />

evolução do setor. Essa foi a grande lição transmitida por<br />

Luiz Macoto Sacamoto, executivo de seguradora que hoje<br />

se dedica basicamente ao cargo de professor do curso<br />

superior de Administração com linha de formação em<br />

Seguros e Previdência, da Escola Nacional de Seguros, nas<br />

disciplinas de seguros de RC e crédito & garantia, além de<br />

outros cursos, durante aula magna para os alunos<br />

universitários, em São Paulo, no final de fevereiro.<br />

A importância de qualquer setor econômico é medida por sua<br />

participação no PIB – “quanto maior a participação no produto<br />

interno bruto, mais importante ele é para a economia”, afirmou.<br />

“Entrei no mercado em 1979, na época, a participação do setor<br />

de seguros era menos que 1%. Nosso sonho era chegar a 3%.<br />

Fomos subindo, os 3% alcançamos por volta dos anos 2000 e<br />

hoje estamos entre 4 e 5%, se considerar ou não saúde”.<br />

De acordo com ele, o crescimento do setor e as mudanças na<br />

sociedade globalizada trouxeram a exigência da qualificação do<br />

profissional de seguros. “Não existe mais espaço para o<br />

profissional que é somente conhecedor de tarifa, mesmo porque<br />

não existe mais este sistema. Temos então uma nova leva de<br />

profissionais que devem entender verdadeiramente de seguros”,<br />

disse.<br />

O ensino tem papel fundamental nessa mudança do perfil do<br />

profissional de seguros. “Como a transição do mercado regulado<br />

por tarifas para o mercado globalizado de seguros e resseguros<br />

foi rápida, não tivemos no Brasil aquele período de adaptação<br />

que outros países tiveram e ficamos com um 'gap' de<br />

informação. Aí entra o papel do ensino, pois a formação desses<br />

profissionais precisa ser acelerada”.<br />

Aos alunos que se preparam para iniciar ou consolidar carreira<br />

em seguros, Macoto ponderou que o ensino técnico de seguros<br />

na sua forma tradicional não atende às necessidades atuais.<br />

“Para atender as demandas específicas em nossa área é<br />

importante graduação com especialização, como a da Escola<br />

Nacional de Seguros, que forma bacharéis em administração<br />

com viés de formação em seguros e de resseguros. Também<br />

temos MBAs em seguro, resseguro, e estamos começando com<br />

o de gestão de riscos. Um diferencial ao profissional é obter<br />

certificações nacionais (como os oferecidos pela CNseg e<br />

Escola) e até internacionais (já existem)”.<br />

Para ele, passado o momento de incerteza da economia e<br />

política brasileiras, o mercado de seguros reserva grandes<br />

oportunidades de crescimento. “Nossa participação no PIB está<br />

entre 4 e 5%, em economias maduras, como EUA, Europa e<br />

Japão, a participação do seguros no PIB é de 8 a 12%. No Japão<br />

é 12% porque meus antecedentes japoneses tiveram a<br />

experiência de duas bombas atômicas, o que lhes deu grande<br />

consciência de previdência e proteção. Pelo que falta<br />

desenvolvermos, em teoria, nosso mercado tem muito espaço<br />

para crescer. Essa percepção é compartilhada pelo mercado<br />

internacional haja vista que grandes grupos seguradores estão<br />

apostando no Brasil”, destacou.<br />

Outro fato que o faz apostar no desenvolvimento do setor<br />

brasileiro é o potencial de bens seguráveis. “96% das casas não<br />

têm seguro, 61% dos automóveis também não (está vindo aí o<br />

seguro auto popular que possivelmente vai atingir essa faixa que<br />

não tem seguro e trará um importante crescimento), 90% das<br />

pessoas não têm seguro de vida. Existe um potencial muito bom<br />

de crescimento”.<br />

Também deve movimentar o mercado a demanda para novos<br />

produtos, devido a novos riscos. “Mundialmente, acredita-se que<br />

os dois seguros emergentes são: riscos cibernéticos (o mercado<br />

está se adaptando para trabalhar para isso) e lucros cessantes<br />

contingentes (por exemplo: prevenção a catástrofes como o<br />

tsunami no Japão que devastou estoques de materiais das<br />

empresas – proteção com base em eventos ocorridos em<br />

outros lugares). Outras tendências são os microsseguros,<br />

seguros contra terrorismo, nanotecnologia (existem novos<br />

tecidos sintéticos e seus riscos), alimentos geneticamente<br />

modificados (podem causar danos a pessoas, empresas etc),<br />

mudanças climáticas (atingem riscos patrimoniais, transportes e<br />

pessoas)”.<br />

Ao final de sua aula magna, o experiente executivo deixou um<br />

conselho aos alunos. “Tenham sempre em mente e busquem<br />

três E's: 1) Educação continuada (não parem nunca de estudar,<br />

ler, se informar), aliado à 2) Experiência profissional (não adianta<br />

saber apenas na teoria, tem que colocar a mão na massa e<br />

construir bagagem), sempre com 3) Ética (em todas as ações).<br />

Levem isso com vocês e terão sucesso no mercado de seguros”.


gestão de riscos<br />

SUS x Saúde suplementar<br />

A gestão de risco em um negócio é fundamental para sua<br />

sobrevivência e perenidade. Analisando a quantidade de<br />

dinheiro que jogamos fora diariamente, só porque<br />

acreditamos que centavos não farão diferença em nosso<br />

orçamento - é possível que não façam, pelo valor de uma<br />

moeda de até R$ 0,20, mas se multiplicarmos essa<br />

quantia por períodos predefinidos como minutos, horas,<br />

dias, semanas, meses e, principalmente, por ano, nossa<br />

percepção muda.<br />

Enquanto estou escrevendo esse artigo, 1.340<br />

operadoras de saúde suplementar estão ativas –<br />

números atualizados até dezembro de 2015, pela<br />

Agência Nacional de Saúde Suplementar, órgão<br />

regulador e fiscalizador do setor vinculado ao Ministério<br />

da Saúde. Pois bem, vamos imaginar que cada operadora<br />

pague por hora 150 consultas, sem levar em<br />

consideração o valor do procedimento por operadora,<br />

então seria correto dizer que estamos devolvendo à<br />

sociedade um número de 2.010.000 atendimentos, sem<br />

contar os exames que são agregados a essas consultas,<br />

transformando em gestão, sinistros realizados, nesse<br />

caso, por hora.<br />

Vamos determinar um valor médio para nosso raciocínio,<br />

pode ser R$ 30 (não quero dizer que esse seja um valor<br />

referência para consultas por operadora, e então<br />

somente um número referencial). É verdade que esses R$<br />

60.300.000 são legitimados pelo pagamento de direito<br />

dos prêmios e contribuições de cada beneficiário ou<br />

segurado. Então, onde se encontra o problema da alta<br />

sinistralidade na carteira de saúde suplementar<br />

nacional?<br />

Ainda é bom lembrar que devolvemos um pedaço dessa<br />

gorda fatia aos cofres públicos, digo o SUS, por<br />

atendimentos e procedimentos emergências realizado<br />

na rede pública, e – pasmem – eles são reais e ainda<br />

somados às nossas contribuições pagas religiosamente<br />

ao INSS, e somados à sinistralidade da carteira privada.<br />

Josafá Ferreira Primo é corretor de<br />

seguros, gestor de riscos e diretor Técnico<br />

da APTS<br />

A gestão privada implica na educação e orientação de<br />

como utilizar e cobrar o retorno ao que foi pago aos<br />

prestadores e gestores, direcionando atendimento, não<br />

abandonando exames que não precisam ser refeitos e<br />

sim apresentados a cada consulta ou tratamento,<br />

consultas essas incialmente com um médico generalista<br />

que poderá direcionar a outro profissional com formação<br />

específica para efetuar o atendimento e sua manutenção<br />

corriqueira e necessária.<br />

Esse protocolo rudimentar nos faria economizar uma<br />

fatia significativa de recursos importantes para evolução<br />

das reservas e investimentos pontuais em tecnologias<br />

de ponta, que nos ajudariam a mapear e informar melhor<br />

nossos pares na atuação e disseminação da educação<br />

sistêmica dos planos de saúde suplementar. Devolver<br />

dinheiro ao sistema público de saúde é, no mínimo, um<br />

contrassenso de quem deveria regular os gargalos que<br />

são escandalosos nos canais de distribuição de serviços,<br />

medicamentos e exames complexos.<br />

A saúde suplementar deve servir principalmente como<br />

uma proteção às opções dos beneficiários, mas não<br />

devemos esquecer que nem por isso perdemos os<br />

direitos do sistema público, uma vez que deveria ser ele o<br />

maior norteador de cuidados de longevidade e<br />

saneamento público para evitar a propagação de<br />

doenças e proliferação de epidemias.<br />

Não adianta termos os concursos públicos mais<br />

complexos do mundo e seleções pontuais de servidores<br />

para informar, é sabido que a informação é base de toda<br />

gestão, mas sem a atuação severa e fiscalizadora do<br />

estado, não haverá aproveitamento de qualidade do<br />

erário e claro, irá sobretaxar de forma pesada o<br />

contribuinte.<br />

Fica evidenciado que se usássemos um mínimo de<br />

inteligência emocional, com o volume de recursos e<br />

profissionais qualificadíssimos que o poder público<br />

possui, poderia ser um concorrente à altura das<br />

operadoras de saúde e equalizar a saúde dos brasileiros.<br />

Não cabe a nós judicializar o sistema, público ou privado,<br />

cabe informar e educar toda a cadeia e gerenciar os<br />

riscos de forma correta sem sobrecarregar e estressar o<br />

contribuinte, principal gestor de seus<br />

13<br />

recursos<br />

financeiros, tanto no público como no privado.


direito securitário<br />

Controvérsias sobre a indenização de seguro<br />

nos casos de embriaguez<br />

A perda do direito à indenização ao segurado que em estado<br />

de embriaguez se envolveu em acidente de automóvel não é<br />

consenso na Justiça. A divergência está na interpretação do<br />

agravamento de risco.<br />

“Se beber não dirija”. Este é o famoso slogan da campanha de<br />

conscientização contra o álcool no trânsito, embasada na Lei<br />

12.760/2012, que alterou o Código Brasileiro de Trânsito. A<br />

conhecida “Lei Seca” aumentou o rigor contra o motorista<br />

que beber e dirigir e fez cair o número de acidentes de trânsito<br />

nos últimos anos. Entretanto, muitos condutores ainda<br />

ignoram a lei ao misturar álcool e volante e, não raro, se<br />

envolvem em acidentes.<br />

A questão é: o segurado alcoolizado que se envolve em<br />

acidente de trânsito tem direito à indenização do seguro? O<br />

ato de beber e dirigir poderia ser considerado, do ponto de<br />

vista legal, agravamento de risco e, consequentemente,<br />

configurar a perda do direito à cobertura do seguro?<br />

Com base nos artigos 757 e seguintes do Código Civil, o<br />

Contrato de Seguro prevê a indenização ao segurado por<br />

sinistro ocorrido dentro dos limites convencionados na<br />

apólice. Tais limites são estabelecidos pelos riscos<br />

contratados (objeto do seguro) e os pelos riscos excluídos<br />

(hipóteses não cobertas pelo seguro). Também não haverá<br />

cobertura securitária se o segurado agir com dolo, má-fé ou<br />

agravar o risco.<br />

O artigo 768 do Código Civil estabelece que “o segurado<br />

perderá o direito à garantia se agravar intencionalmente o<br />

risco objeto do contrato”. O agravamento de risco nada mais<br />

é do que circunstâncias que aumentam a probabilidade da<br />

14<br />

ocorrência do risco, independentemente da vontade do<br />

segurado. Mas, a interpretação da intencionalidade é<br />

controversa nos tribunais. Nos últimos anos, ganhou força a<br />

tese de que o simples ato de beber não configura a intenção<br />

do motorista de agravar o risco, ou seja, de contribuir para a<br />

ocorrência do acidente.<br />

O fundamento para esta tese está no nexo causal. Significa<br />

que, para negar a indenização com base no agravamento de<br />

risco, a seguradora teria de comprovar, primeiramente, o<br />

estado de embriaguez do condutor no momento do fato e,<br />

ainda, que esta condição foi fator decisivo para a ocorrência<br />

do sinistro.<br />

É o que se extrai de alguns julgados do Superior Tribunal de<br />

Justiça, como o citado a seguir: “AGRAVO REGIMENTAL NO<br />

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. SEGURO DE VEÍCULO.<br />

ACIDENTE. MOTORISTA EMBRIAGADO. AGRAVAMENTO DO<br />

RISCO. NÃO COMPROVAÇÃO. COBERTURA. OBRIGAÇÃO.<br />

D E N U N C I A Ç Ã O À L I D E . J U R O S D E M O R A .<br />

RESPONSABILIDADE. SEGURADORA. TERMO INICIAL.<br />

CITAÇÃO. ENTENDIMENTO ADOTADO NESTA CORTE.<br />

VERBETE 83 DA SÚMULA DO STJ. NÃO PROVIMENTO.<br />

1. A embriaguez, por si só, não configura a exclusão da<br />

cobertura securitária em caso de acidente de trânsito, ficando<br />

condicionada a perda da indenização à constatação de que<br />

foi causa determinante para a ocorrência do sinistro.<br />

Precedentes.(STJ - AgRg no AREsp 617627 / SP, Rel. Ministra<br />

MARIA ISABEL GALLOTTI, 14ª Turma, julgado em 01/10/015,<br />

DJe 08/10/2015)”.<br />

O Tribunal de Justiça de São Paulo também tem adotado a<br />

mesma linha em alguns de seus julgados, embora em menor<br />

escala, entendendo que o simples fato de o segurado estar<br />

alcoolizado no momento do sinistro não revela que o seu<br />

estado de embriaguez foi fator determinante para a


ocorrência do sinistro: “SEGURO DE VEÍCULO – ACIDENTE DE<br />

TRÂNSITO – MORTE DO SEGURADO – Recusa da<br />

seguradora ao pagamento da indenização reclamada pela<br />

beneficiária – Recusa injustificada – Estado de embriaguez<br />

do segurado – Fato que, por si só, não retira o direito à<br />

indenização – Ausência de prova de que eventual embriaguez<br />

do segurado foi a causa determinante do acidente –<br />

Agravamento do risco não demonstrado – Ônus da prova que<br />

incumbia a ré, nos termos do art. 333, inciso II, do Código de<br />

Processo Civil – Indenização devida – Decisão mantida –<br />

Recurso desprovido. (TJSP – Apelação 0000346-<br />

17.2014.8.26.0274, Rel. Des. Claudio Hamilton, 25º Câmara<br />

de Dir. Privado, julgado em 12.11.2015)” .<br />

Para caracterizar o agravamento intencional do risco deveria<br />

haver o dolo do segurado em embriagar-se com tal<br />

propósito: “Ementa: Além da "condição determinante para a<br />

ocorrência do sinistro", o agravamento, hoje e desde janeiro<br />

de 2003, para excluir a obrigação da seguradora, exige<br />

conduta intencional do segurado, o embriagar-se ou o<br />

entorpecer-se com o dolo, com a intenção de agravar o risco,<br />

não bastando mera culpa. Condena-se, pois, a seguradora ao<br />

pagamento da indenização prometida na apólice, acolhendose<br />

os embargos infringentes. (TJSP – Emb. Infringentes<br />

0024562-<strong>06</strong>.2011.8.26.0320, Rel. Des. Celso Pimentel, 28ª<br />

Câmara de Dir. Privado, julgado em 20.10.2015)”.<br />

Nota-se uma crescente tendência em nossos tribunais de<br />

seguir a linha estabelecida pelo Código de Defesa do<br />

Consumidor quanto à limitação da existência de cláusulas<br />

restritivas, em especial nos contratos de seguros, em<br />

obediência ao princípio da transparência.<br />

Seguros de pessoas e seguros de danos<br />

No tocante aos seguros de pessoas e seguros de danos, a<br />

Susep (Superintendência de Seguros Privados) orientou, por<br />

meio da Circular nº 8/2007, sobre as alterações que as<br />

sociedades seguradoras deveriam promover nas Condições<br />

Gerais das Apólices: “(...) 1. Nos Seguros de Pessoas e<br />

Seguros de Danos, é VEDADA A EXCLUSÃO DE COBERTURA<br />

na hipótese de “sinistros ou acidente decorrentes de atos<br />

praticados pelo segurado em estado de insanidade mental,<br />

Cirlene Silva Siqueira é titular do escritório<br />

Silva Siqueira Advocacia. Profissional do<br />

setor de seguros há 20 anos, atualmente, é<br />

assessora da Associação Paulista dos<br />

Técnicos de Seguro (APTS) e membro da<br />

Associação Internacional de Direito do<br />

Seguro (AIDA)<br />

de alcoolismo ou sob efeito de substâncias tóxicas (...)”.<br />

A Susep concluiu que, nos seguros de pessoas e de danos, os<br />

atos praticados pelo segurado sob o efeito do álcool, por si só,<br />

não podem ser causa de exclusão de cobertura.<br />

Sem embargo, a tendência de nossa jurisprudência é a de<br />

empregar aos seguros de pessoas e de danos o mesmo<br />

entendimento aplicado aos seguros de automóvel. No caso,<br />

por exemplo, de acidente fatal envolvendo segurado<br />

embriagado em situação de pedestre, dever-se-ia também<br />

comprovar o nexo de causalidade entre o estado etílico e a<br />

causa da morte para buscar o afastamento da cobertura<br />

securitária. Vejamos: SEGURO DE VIDA EM GRUPO -<br />

ACIDENTE DE TRÂNSITO - MORTE DO SEGURADO VÍTIMA<br />

DE ATROPELAMENTO - RECUSA DA SEGURADORA AO<br />

PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO RECLAMADA PELA<br />

BENEFICIÁRIA - RECUSA INJUSTIFICADA - ESTADO DE<br />

EMBRIAGUEZ DO SEGURADO NÃO PROVADO NOS AUTOS -<br />

FATO QUE, POR SI SÓ, NÃO RETIRARIA O DIREITO À<br />

INDENIZAÇÃO - AUSÊNCIA DE PROVA DE QUE A EVENTUAL<br />

EMBRIAGUEZ DO SEGURADO FOI A CAUSA DETERMINANTE<br />

DO ACIDENTE - AGRAVAMENTO DO RISCO NÃO<br />

DEMONSTRADO - ÔNUS DA PROVA, ADEMAIS, QUE<br />

INCUMBIA À RÉ, NOS TERMOS DO ART. 333, INCISO II DO<br />

CPC - INDENIZAÇÃO DEVIDA - PRECEDENTES DO STJ<br />

ADEQUAÇÃO DO VALOR DA INDENIZAÇÃO ÀS CONDIÇÕES<br />

DA APÓLICE - REDUÇÃO - SENTENÇA REFORMADA EM<br />

PARTE. - Recurso provido em parte.” (TJSP - Ap. Cível nº<br />

0022178-57.2010.8.26.0562, rel. Des. Edgard Rosa, j. em<br />

26/09/2012)<br />

Nesse contexto, é possível equiparar a questão aos casos de<br />

suicídio, em que somente será excluída a cobertura se for<br />

comprovada a premeditação. De tal sorte, também seria<br />

imprescindível a comprovação de que a embriaguez foi o<br />

fator determinante para o sinistro para, dessa forma, resultar<br />

na exclusão de cobertura.<br />

Entretanto, o tema ainda é controverso, pois existem julgados<br />

que admitem que o simples fato de estar o segurado<br />

embriagado no momento do sinistro já bastaria para<br />

configurar agravamento de risco e, consequentemente,<br />

existir a condição para perda da cobertura securitária. Isso<br />

porque, caberia ao segurado abster-se de condutas<br />

perigosas, como, por exemplo, a de “beber e dirigir”.<br />

Portanto, é importante analisar as peculiaridades de cada<br />

caso para concluir pela recusa ou não da indenização<br />

securitária, pois, a tendência de nossos tribunais é exigir a<br />

prova do nexo de causalidade entre a embriaguez<br />

15<br />

e o sinistro<br />

para que se possa configurar a perda de cobertura.


capa<br />

Grupo Fox estrutura nova unidade para ampliar<br />

assessoria jurídica a todo o mercado de seguros<br />

O Grupo Fox inaugurou no início do ano de 2016 a sua<br />

segunda unidade na capital paulista, localizada no bairro<br />

Vila Olímpia, com o intuito de ampliar a sua oferta ao<br />

mercado segurador, do mais amplo suporte jurídico,<br />

tanto na esfera consultiva como no contencioso, com a<br />

denominação social “Haüptli & Associados”.<br />

A empresa já contava com alguns advogados atuando<br />

em sua matriz, no bairro do Limão, além de quase 30<br />

consultores jurídicos localizados em diversas cidades<br />

brasileiras, com a capacidade de prestar atendimento em<br />

todo o País.<br />

O projeto de expansão, por seu turno, iniciou-se com a<br />

contratação de novos colaboradores no segundo<br />

semestre de 2015, bem como na implantação de novos<br />

sistemas de controle dos processos administrativos e<br />

judiciais, a fim de garantir a formação de uma equipe<br />

especializada e preparada para a prestação de serviços<br />

advocatícios de excelência.<br />

A nova sede encontra-se próxima das matrizes das<br />

principais seguradoras do País e conta com uma<br />

estrutura apropriada ao devido suporte aos clientes,<br />

sendo constituída em dois grandes grupos de atuação:<br />

16


Contencioso e Consultoria.<br />

No comando da operação se<br />

encontra o diretor Paulo Rogério<br />

Haüptli, sócio do Grupo Fox e<br />

idealizador deste ambicioso projeto,<br />

o qual conta com a experiência de<br />

mais de 20 anos na prestação de<br />

serviços ao mercado segurador.<br />

A Dra. Melissa Cristina Zanini é a<br />

c o o r d e n a d o r a d o N ú c l e o<br />

C o n t e n c i o s o d a H a ü p t l i &<br />

Associados. Com a atuação por<br />

cerca de 10 anos em duas grandes<br />

seguradoras, a advogada agora<br />

encara o desafio de liderar uma<br />

e q u i p e v o l t a d a a o s u p o r t e<br />

contencioso e adoção de medidas<br />

de ressarcimento de valores ao<br />

mercado segurador.<br />

Na coordenação do Núcleo Consultivo da Haüptli &<br />

Associados está o Dr. Bruno Lacerda Gusmão. O<br />

advogado paranaense foi recentemente contratado com<br />

o intuito de auxiliar as seguradoras tanto na constituição<br />

de suas apólices e contragarantias, como na<br />

apresentação de pareceres e na prestação do devido<br />

suporte jurídico na regulação de sinistros e expectativas<br />

de sinistro.<br />

A equipe ainda conta com a participação do bacharel em<br />

Direito Cesar Navas Victor e sua experiência decorrente<br />

de sua atuação por mais de 20 anos nas mais<br />

importantes seguradoras do País.<br />

O projeto possui novos planos de<br />

expansão, com a contratação de<br />

mais advogados e a preparação<br />

contínua destes e do grupo de<br />

estagiários, constantemente<br />

treinados e incentivados em<br />

processos de melhoria contínua.<br />

“O departamento jurídico do<br />

G r u p o F o x é v o l t a d o a o<br />

atendimento das seguradoras,<br />

em todos os seus setores,<br />

atuando tanto na esfera judicial<br />

como na extrajudicial. Estamos<br />

preparados para a elaboração de<br />

pareceres e atendimento de<br />

c o n s u l t a s , b e m c o m o<br />

amplamente capacitados a<br />

auxiliar nossos clientes na<br />

condução de seus processos


capa<br />

administrativos instaurados para a regulação de<br />

sinistros ou expectativas de sinistro. A equipe ainda<br />

p o s s u i t o d o o c o n h e c i m e n t o e m e c a n i s m o s<br />

necessários a plena defesa dos interesses das<br />

Seguradoras perante o Poder Judiciário”, registra o<br />

diretor Paulo Rogério Haüptli.<br />

localização<br />

Criada para o Seguro Garantia, mas<br />

estendida a todos os ramos<br />

A criação da Haüptli & Associados foi motivada com o<br />

início da atuação do Grupo Fox na regulação de<br />

sinistros do Seguro Garantia. Existe o interesse cada<br />

vez maior das seguradoras na aproximação das<br />

equipes do Grupo Fox junto aos segurados e<br />

tomadores, em processos de buscas de bens e dos<br />

demais documentos necessários às regulações.<br />

“A regulação do Seguro Garantia exige a atuação de um<br />

advogado para a análise de toda a documentação,<br />

ainda mais ao considerarmos os altos valores<br />

envolvidos e a complexidade de sua contratação, a qual<br />

impende conhecimento jurídico para resolver as<br />

questões de licitações, contratos públicos e privados. É<br />

preciso analisar tudo muito cuidadosamente,<br />

consideradas as regras e normas relacionadas ao<br />

mencionado ramo de seguro. Na Haüptli & Associados<br />

pretendemos aliar a referida regulação ao suporte de<br />

toda a nossa equipe do Grupo Fox na busca por<br />

documentos, pessoas físicas e jurídicas, bens, dentre<br />

outros”, explica Paulo Rogério Haüptli.<br />

Apesar do Seguro Garantia ser o carro-chefe da atuação,<br />

a Haüptli & Associados ampliou o seu campo de atuação<br />

e passou a prestar assessoria jurídica em todos os ramos<br />

de seguro que já se encontravam sob os cuidados do<br />

Grupo Fox: transportes, SOS automóvel, fiança locatícia,<br />

vida, e, recentemente, DPVAT.<br />

“As seguradoras possuem departamentos jurídicos<br />

próprios, mas muitas vezes desprovidos de estrutura e<br />

tempo hábil ao desenvolvimento de análises<br />

especializadas. Assim, os referidos departamentos<br />

costumam conferir suporte ao contexto geral dos<br />

seguros, focando menos na regulação e na cobrança e<br />

18<br />

acionamento de terceiros causadores de prejuízos – para<br />

isso somos capacitados”, conclui Paulo Rogério Haüptli.<br />

A Haüptli & Associados está sediada na Rua<br />

Fidêncio Ramos, nº 101, Vila Olímpia, São Paulo/SP,<br />

CEP 04.551-010.<br />

Contato: (011) 3181-5274.


O sindicante e o Direito<br />

treinamentos<br />

O analista está com a mesa cheia de serviço e o corretor<br />

manda e-mail. Como se não bastasse, faz o contato telefônico<br />

e pede urgência, pois aquele é um segurado especial, a carteira<br />

é lucrativa, a incidência de sinistro é baixa ou outros<br />

argumentos diversos.<br />

A cobrança é acirrada, a supervisão está em cima e então o<br />

analista entra em contato com a reguladora de sinistros e<br />

repassa aquela cobrança, fazendo as mesmas assertivas do<br />

corretor.<br />

O supervisor da reguladora de sinistros faz a cobrança ao<br />

sindicante e então o relatório é apresentado, instruído com<br />

inúmeros documentos, pesquisas, diligências de campo,<br />

entrevistas, declarações e até mesmo ilustrações fotográficas,<br />

o que possibilita o andamento do sinistro para a liquidação.<br />

Mas alguém parou para pensar que o sindicante é o verdadeiro<br />

operador desta estrutura toda?<br />

O sindicante é, antes de tudo, uma pessoa (homem ou mulher),<br />

possui virtudes, fragilidades, é pai ou mãe, é filho, é esposo (a),<br />

é amigo(a) e é também o responsável por todo o trabalho que<br />

desencadeia naquele maravilhoso relatório que vai facilitar a<br />

vida do analista, que poderá finalmente terminar o seu<br />

trabalho.<br />

O relatório expedido pelo sindicante possui inúmeras<br />

informações, que, em razão da quantidade de serviço, o<br />

analista sequer terá a oportunidade de ler tudo, mas a<br />

conclusão indicará o caminho, e, desta forma, existe uma total<br />

influência do sindicante no processo de sinistro.<br />

Por este motivo, o sindicante deverá possuir, além de todas as<br />

suas características humanas, um bom conhecimento em<br />

Direito, além da versatilidade para se moldar às situações<br />

inusitadas e percalços que somente quem já esteve em<br />

campo poderá entender e avaliar.<br />

Quando o sindicante faz a entrevista de um segurado ou de<br />

qualquer pessoa envolvida no sinistro, este é o representante<br />

“físico” da reguladora e da própria seguradora, pois é a pessoa<br />

com quem o entrevistado tem a oportunidade de conversar a<br />

Ricardo Pereira é professor de Direito<br />

do Grupo Fox e atua em treinamentos<br />

r e a l i z a d o s i n c o m p a n y n a s<br />

seguradoras<br />

respeito do caso concreto.<br />

Isso porque o analista não está acessível ao segurado ou ao<br />

motorista, e, em muitos casos, os corretores não dispõem do<br />

status do processo em tempo real, até pelo fato de que este é<br />

conduzido pela seguradora, através da reguladora contratada.<br />

Nesta condição de representante, o sindicante deverá se<br />

portar de maneira educada, com trajes adequados, utilizar um<br />

veículo em boas condições e procurar agir sempre basilado<br />

pelo Princípio da Legalidade, isto para evitar desgastes com o<br />

cliente e procedimentos judiciais decorrentes de danos<br />

morais.<br />

Nesta linha de raciocínio, o conhecimento básico de Direito<br />

pelo sindicante é necessário à sua função, pois, além desta<br />

parte inicial, ele também será responsável pela obtenção de<br />

documentos e declarações que farão prova para que a<br />

seguradora adote as suas providências de negativa ou de<br />

indenização parcial.<br />

Por este motivo, estes documentos e declarações deverão<br />

revestir-se de legalidade e a condução da entrevista será<br />

sempre pautada neste princípio básico de nossa legislação.<br />

Em sua lida diária, o sindicante também precisa conversar<br />

com equipes de Policiais Civis e Militares, e, por vezes,<br />

dependendo da complexidade do caso, visita órgãos federais<br />

para a obtenção de Registros Policiais, Processos Judiciais e<br />

Administrativos.<br />

Se não tiver o mínimo de conhecimento jurídico, como poderá<br />

obter os documentos certos e que farão a prova que a<br />

seguradora necessita, com as variantes e especificidades de<br />

cada caso?<br />

A formação do sindicante acontece diariamente, a cada<br />

caso que lhe é confiado, e a vontade de aprender também faz<br />

parte da função, pois a cada percalço, existe uma solução<br />

que é encontrada, muitas vezes, por ele próprio ou com o<br />

auxílio da equipe especializada que estará sempre<br />

disponível na reguladora.<br />

É por isso que os melhores sindicantes do mercado são<br />

aqueles que possuem formação jurídica ou que são<br />

estudiosos desta área, devendo ser valorizados.<br />

Isto demonstra claramente que o sindicante e o Direito estão<br />

intimamente relacionados e devem caminhar sempre juntos,<br />

para possibilitar a apresentação de trabalhos cada vez mais<br />

perfeitos e úteis ao mercado segurador.


garantia<br />

Seguro judicial é apresentado pela Fox como<br />

indispensável para empresas se protegerem<br />

Ferramenta muito importante para mitigar os riscos dos<br />

negócios das empresas nas suas diferentes<br />

modalidades, o seguro de garantia judicial vem sendo<br />

apresentado a partes relacionadas com clientes do<br />

Grupo Fox, por advogados do departamento jurídico, para<br />

que conheçam a proteção.<br />

Principais pontos demonstrados:<br />

Mecanismos de controle<br />

O seguro garantia judicial é o contrato de seguro pelo qual<br />

a seguradora garante o pagamento de valores que o<br />

tomador necessite realizar no trâmite de processos<br />

judiciais.<br />

Partes no seguro<br />

Seguradora: é a empresa especializada na emissão das<br />

apólices de seguro garantia, atuante normalmente neste e<br />

nos demais ramos de seguro.<br />

Segurado: potencial credor de obrigação pecuniária “sub<br />

judice”.<br />

Tomador: potencial devedor que deve prestar garantia em<br />

controvérsia submetida à decisão do Poder Judiciário.<br />

Renovação<br />

A renovação da apólice deverá ser solicitada pelo<br />

tomador, até 60 dias antes do fim de vigência da<br />

apólice. Ao contrário das renovações nas demais<br />

modalidades de seguro garantia, a seguradora<br />

somente poderá se manifestar pela não renovação<br />

com base em fatos que comprovem não haver mais<br />

risco a ser coberto pela apólice ou quando comprovada<br />

perda de direito do segurado (não se aplica à Circular<br />

Susep nº 251/2004).<br />

Expectativa, reclamação e caracterização de<br />

sinistro<br />

Modalidade Judicial<br />

Expectativa de sinistro: ocorre quando transitada em<br />

julgado ou realizado acordo judicial em que o tomador<br />

deverá realizar o pagamento, ficando o segurado<br />

dispensado de efetuar notificações relativas à<br />

expectativa de sinistro.<br />

Sinistro: a expectativa de sinistro será convertida em<br />

sinistro quando da intimação judicial da seguradora<br />

para o pagamento do valor executado e após<br />

transcorrido o prazo para pagamento pelo tomador.<br />

Modalidade Judicial para Execução Fiscal<br />

Sinistro: a reclamação de sinistro restará<br />

caracterizada quando da intimação judicial da<br />

seguradora para pagamento da dívida executada, nos<br />

termos do art. 19, da Lei n.º 6.830/80 (prazo de 15 dias<br />

para pagamento).<br />

Modalidades (previstas na Circular Susep nº<br />

477/2013):<br />

Judicial: é o contrato de seguro que garante o<br />

pagamento de valores que o tomador necessite<br />

realizar no trâmite de quaisquer processos judiciais,<br />

exceto as execuções fiscais.<br />

Judicial para Execução Fiscal: é o contrato de seguro<br />

que garante o pagamento de valores que o tomador<br />

necessite realizar no trâmite de processos de execução<br />

fiscal.<br />

20<br />

Extinção da apólice de seguro garantia judicial<br />

Modalidades Judicial e Judicial para Execução Fiscal:<br />

Ÿ Com o decurso do prazo de vigência previsto na<br />

apólice de seguro garantia;<br />

Ÿ Após a comprovação da ausência de risco ou<br />

substituição da garantia pelo tomador.<br />

Mecanismos de controle das apólices de seguro<br />

garantia judicial<br />

Ÿ Acompanhamento dos processos judiciais<br />

vinculados via sistema do escritório (atuação<br />

assessoria jurídica Fox);<br />

Ÿ Monitoramento das publicações em nome da<br />

seguradora via sistema do escritório.


garantia<br />

As vantagens da garantia de crédito<br />

A modalidade denominada “Seguro Garantia” foi inserida no<br />

mercado securitário brasileiro há aproximadamente 50 anos, por<br />

ocasião da publicação do Decreto Lei nº 200/1967, em 25 de<br />

fevereiro de 1967, o qual foi posteriormente revogado pela<br />

aclamada Lei nº 8.666/1993 (Lei de Licitações). O Seguro<br />

Garantia, em linhas gerais, é o seguro que garante o<br />

cumprimento de obrigações contratuais, tanto em contratos<br />

firmados pela Administração Pública, como também entre<br />

particulares.<br />

Com a chegada da Lei de Licitações, no ano de 1993, este seguro<br />

ganhou espaço e relevância para a Administração Pública, bem<br />

como passou a ter grande valor perante o empresariado em<br />

geral, diante de suas vantagens financeiras e operacionais em<br />

relação aos demais produtos até então disponíveis.<br />

As diferenças entre o Seguro Garantia e seus “concorrentes”,<br />

como a fiança bancária, por exemplo, fizeram com que o seguro<br />

se destacasse cada vez mais, embora deva ser feita a ressalva<br />

de que se tratam produtos com enormes diferenças, seja em<br />

suas concepções, seja no seu tratamento em caso de sinistro<br />

e/ou resgate.<br />

Além disso, é importante mencionar que o Seguro Garantia se<br />

trata de um produto com múltiplas funcionalidades, diante das<br />

diversas modalidades e/ou coberturas que lhe podem ser<br />

previamente estabelecidas, dentre estas a “licitante”, a qual<br />

garante a assinatura de um contrato principal nos termos<br />

propostos em edital, as modalidades de performance, como o<br />

executante “prestador de serviços”, “fornecedor” e “construtor”, e<br />

ainda as modalidades de “adiantamento de pagamento”,<br />

“retenção de pagamento”, “manutenção corretiva”, “aduaneiro”,<br />

“judicial” e “administrativo”.<br />

O Seguro Garantia, como instrumento de implementação das<br />

mais diversas atividades empresariais ganhou, portanto, um<br />

espaço notório em nossa economia, diante de suas vantagens,<br />

como o menor custo, a menor burocracia, a liberação do fluxo de<br />

caixa do contratante, dentre outras, do que se denota a<br />

singularidade e importância desta grande ferramenta.<br />

Coluna escrita por Paulo Rogérgio Haüptli, sócio do Grupo Fox, e<br />

Melissa Zanini, coordenadora jurídica da empresa.<br />

Estamos ampliando nosso time!<br />

Temos vaga para Advogado Júnior, preferencialmente com<br />

alguma experiência em ressarcimentos.<br />

Nossa equipe de advogados trabalha com o moderno sistema<br />

CPJ (Controle de Processos Jurídicos), da Preâmbulo<br />

Tecnologia em Gestão Jurídica. Além de otimizar o trabalho<br />

de nossos colaboradores, o sistema permite que clientes<br />

acompanhem todos os passos dos processos em<br />

andamento.<br />

Currículos e informações: juridico@foxaudit.com.br<br />

21


mercado<br />

Seguro auto popular<br />

Desde o dia primeiro de abril está em vigor um novo seguro<br />

que tem tudo para ser um diferencial importante para o<br />

crescimento da carteira de seguros de veículos. O seguro de<br />

automóveis, com o desenho atual, foi uma revolução na<br />

atividade. Fruto da visão de Jayme Garfinkel, em meados de<br />

1980, a Porto Seguro lançou uma série de inovações que,<br />

em pouco tempo, transformaram o seguro de veículos na<br />

principal carteira do mercado brasileiro.<br />

De lá para cá, o setor de seguros foi dos que mais cresceu<br />

na economia nacional. De menos de 1% do PIB,<br />

atualmente os prêmios e contribuições anuais saltaram<br />

para mais de 6% e as reservas ultrapassam os<br />

quinhentos bilhões de reais.<br />

É número de gente grande e o seguro de automóveis tem<br />

papel importante dentro dele, na medida em que é uma das<br />

principais carteiras da maioria das seguradoras que<br />

operam com seguros gerais.<br />

Mas o seguro de veículos tradicional é um produto com alvo<br />

definido: ele serve bem aos veículos com até 5 anos de<br />

idade. Depois disso, se torna caro, com a relação<br />

custo/benefício espantando um elevado número de<br />

segurados, que deixa de fazer seguros para seus carros,<br />

inclusive os de responsabilidade civil e acidentes pessoais<br />

dos passageiros.<br />

A principal razão para isso é a regra aplicável à origem das<br />

peças utilizadas nas reparações dos veículos sinistrados.<br />

Como devem ser peças originais, são tão caras que, muitas<br />

vezes, dependendo da idade do veículo a ser consertado,<br />

chegam a custar um bom percentual do preço total do<br />

carro, comprometendo a possibilidade do seguro custar<br />

barato, numa soma cruel com a quantidade de roubos e<br />

furtos de veículos ao longo do ano.<br />

O seguro de auto em vigor é um produto eficiente para as<br />

classes A e B. Aliás, quando foi desenvolvido, não havia<br />

veículo financiado em 60 meses, nem o país vivia qualquer<br />

explosão de consumo incentivada pelo Governo. O seguro<br />

foi desenhado para este cenário, no qual os carros mais<br />

velhos simplesmente ficavam de fora da atividade<br />

seguradora, penalizando seus proprietários em caso de<br />

sinistro.<br />

22<br />

Tanto é assim que, na melhor das hipóteses, os veículos<br />

segurados não representam 25% do total da frota nacional.<br />

Ou seja, o seguro auto popular é uma ferramenta com<br />

enorme potencial para mais do que dobrar o volume de<br />

prêmios gerados pelos seguros de veículos brasileiros. A<br />

partir de agora, o potencial de penetração do seguro sai dos<br />

25% para mais de 50%, com a possibilidade real do número<br />

de veículos segurados dobrar em poucos anos.<br />

O pulo do gato está na regulamentação da nova<br />

modalidade de seguro. Diferentemente das regras atuais,<br />

que exigem peças novas, o seguro auto popular<br />

contempla o uso de peças recondicionadas ou retiradas<br />

de veículos sinistrados no conserto dos veículos<br />

segurados. Isso tem a capacidade de baratear muito o<br />

preço dos reparos, com reflexo evidente no preço do<br />

seguro, que passa a ter um custo/benefício razoável e<br />

suportável para milhões de proprietários de veículos,<br />

hoje, sem condições de contratar seguro.<br />

Entre as disposições da nova modalidade de garantia,<br />

vale salientar, além do uso de peças recondicionadas ou<br />

retiradas de veículos sinistrados, a obrigatoriedade da<br />

cobertura mínima garantir indenização para perdas<br />

parciais e totais sofridas pelo veículo segurado, em<br />

função de acidente. Além disso, o segurado pode<br />

escolher, no momento da contratação, se ele deseja ter<br />

livre escolha de oficinas ou se prefere utilizar a rede<br />

credenciada da seguradora.<br />

É de se esperar que ainda leve algum tempo para o novo<br />

seguro começar a tomar vulto e se tornar importante<br />

para a carteira de seguros de veículos. Inclusive porque a<br />

crise econômica está levando o desemprego a<br />

patamares muito altos, inviabilizando a contratação do<br />

seguro por falta de recursos e a consequente priorização<br />

das despesas pelas famílias.<br />

Mas a ideia é boa e veio para ficar. Em algum momento, o<br />

seguro auto popular ocupará seu espaço e a carteira de<br />

seguros de veículos terá um segundo empurrão, agora,<br />

capaz de dobrar o faturamento atual.<br />

Antonio Penteado Mendonça é advogado,<br />

sócio do escritório Penteado Mendonça<br />

Advocacia, assessor jurídico do Sincor-SP,<br />

membro da Academia Paulista de Letras,<br />

professor da FIA-FEA/USP e do PEC da<br />

Fundação Getúlio Vargas.


mercado<br />

Reciclagem certificada de peças automotivas<br />

favorece seguro auto popular<br />

Completando em abril um<br />

ano de atividades, a Renova<br />

Autopeças, empresa da Porto<br />

Seguro que realiza de forma<br />

p i o n e i r a r e c i c l a g e m e<br />

reaproveitamento de peças<br />

automotivas, foi criada pelo<br />

diretor Bruno Garfinkel tendo<br />

como foco incentivar a<br />

regulamentação do seguro<br />

auto popular. O executivo<br />

falou sobre o trabalho da<br />

empresa durante encontro da<br />

UCS (União dos Corretores de<br />

Seguros), em São Paulo, no<br />

final de março.<br />

A empresa utiliza um processo de desmontagem sustentável,<br />

com o qual tem capacidade para desmontar 1,5 mil carros por<br />

mês e reaproveita quase todas as peças. A ideia da Renova<br />

Ecopeças começou no período em que Bruno trabalhou na área de<br />

salvados da seguradora. O departamento visa rentabilizar as<br />

perdas com pagamento de indenizações – como o nome diz,<br />

salvar o que puder dos carros batidos, principalmente daqueles<br />

que receberam a sentença de perda total por terem um custo de<br />

reparo maior do que o valor de indenizar um novo. Muitas vezes, a<br />

colisão danificou a frente do carro, deixando as peças da parte<br />

traseira intactas.<br />

Ele conta que resolveu testar a lenda de que um carro desmontado<br />

vale três vezes um montado. “Comprovei que o valor de todas as<br />

peças do carro desmontado equivalia a três vezes e meia o valor de<br />

veículo montado. Isso sem considerar a mão de obra para montar”.<br />

Foi então que se interessou por estabelecer uma empresa de<br />

autopeças, com a filosofia de ser líder de mercado, obedecendo<br />

todos os princípios da sustentabilidade e da Lei de Descarte de<br />

Resíduos Sólidos, criada em 2010 com o objetivo de reduzir a<br />

poluição e a degradação ambiental, a partir da redução do impacto<br />

ao meio ambiente causado pelo descarte inadequado de resíduos.<br />

“Seria uma grande evolução no mercado sem perder o<br />

compromisso com o que é mais importante: cuidar do nosso<br />

planeta”<br />

As peças, classificadas em três categorias – A (em perfeito<br />

estado), B (com pequenas avarias estéticas) e C (sem condição de<br />

reaproveitamento) – são encaminhadas para o fabricante ou<br />

vendidas como sucata para serem processadas e transformadas<br />

em matéria-prima. Peças ligadas à segurança veicular, como<br />

componentes do sistema de direção, suspensão, freios, cintos de<br />

segurança, air-bags etc, são destinadas às empresas fabricantes<br />

ou destruídas. Segundo o diretor, o preço de uma peça<br />

reaproveitada da Renova é 50% a 60% menor do que uma nova.<br />

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) regulamentou o<br />

seguro auto popular com a publicação, no Diário Oficial de 04 de<br />

abril de 2016, da Resolução 336, que estabelece regras e critérios<br />

para este novo segmento. A Renova, pensada para atender a<br />

demanda do seguro auto popular, certamente impulsionará o<br />

produto. “Este novo seguro auto popular, que seria uma forma<br />

mais acessível da população de baixa renda ao nosso setor, vinha<br />

seguindo o paradigma do ovo e da galinha, só que ao contrário:<br />

não dava para ter um porque não tinha o outro. Não saia o seguro<br />

auto popular porque não tinha peça usada regulamentada. A<br />

Renova inaugurou a possibilidade de ter peças usadas com<br />

garantia, mas não queremos ser a única empresa, gostaríamos<br />

que as outras seguradoras ou também as montadoras entrassem<br />

na concorrência, assim poderíamos habilitar mais desmanches<br />

(que chamamos de desmontadoras) para fornecer peças<br />

fiscalizadas para a operação”, revela.<br />

“A Susep enxergou essa demanda, colocou o tema em audiência<br />

pública, nós participamos, demos nossos palpites e a notícia da<br />

regulamentação vem agora muito positiva para nosso mercado<br />

de seguros e para o consumidor, principalmente neste momento<br />

de crise. O seguro auto popular chega acompanhado de muitas<br />

dúvidas, como tudo que é novo, mas com o tempo encaixará. Esse<br />

segmento não deverá competir e sim somar com o mercado atual<br />

de seguros”, afirma Garfinkel.<br />

23


sinistros<br />

Como o seguro pode ajudar caso seu<br />

carro seja atingido por uma enchente<br />

Se nos dois últimos anos a falta de chuva foi motivo de<br />

preocupação e causa de prejuízos para a população brasileira,<br />

em 2016 está acontecendo exatamente o oposto. Chuvas<br />

acima da média esperada para o início do ano estão dando dor<br />

de cabeça para o cidadão.<br />

Um dos problemas mais comuns vindos com a chuva são as<br />

enchentes, cujos prejuízos são magnificados por inúmeros<br />

fatores como ocupação de áreas urbanas feita de maneira<br />

desordenada, o lixo jogado nas ruas pelos próprios cidadãos e<br />

infraestrutura inadequada das cidades.<br />

Com chuvas torrenciais, os motoristas precisam tomar<br />

cuidado com este risco, já que durante um temporal, um<br />

motorista que fica preso em um engarrafamento pode se ver<br />

ilhado em poucos minutos e, tendo seu carro invadido pelas<br />

águas, a perda pode ser grande.<br />

Felizmente, a cobertura contra enchentes que causem<br />

submersão total ou parcial do veículo está inclusa em todas as<br />

apólices de seguro de automóveis completas ou<br />

“compreensivas” – que incluem ainda danos praticados por<br />

terceiros, vendaval, terremoto, roubo, colisão, incêndio etc.<br />

Quem dá a boa notícia é o diretor Executivo de Sinistros da<br />

Allianz Seguros, Laur Diuri.<br />

“Essa proteção é uma exigência da Superintendência de<br />

Seguros Privados (Susep) para os pacotes de seguro de<br />

automóveis completos desde 2004”, explica Diuri.<br />

No entanto, quando o consumidor contrata este seguro, é<br />

importante estar atento a todos os detalhes do contrato,<br />

incluindo as cláusulas de exclusão. “O seguro contra<br />

alagamento cobre apenas submersão do carro em água doce<br />

(chuvas, rios que transbordam etc.), não cobrindo alagamento<br />

por água salgada (do mar, por exemplo)”, diz. Logo, os danos<br />

causados nos automóveis por ressacas que inundam<br />

garagens perto das praias não estão cobertos.<br />

Além disso, a apólice restrita de seguro de automóveis – que<br />

cobre apenas os riscos de raio, incêndio, explosão e roubo ou<br />

furto – não garante indenização para alagamentos e<br />

enchentes de qualquer natureza.<br />

Tem conserto?<br />

Muita gente se pergunta, quando tem o carro atingido por uma<br />

enchente, se os prejuízos causados ao carro podem ser<br />

revertidos ou se são permanentes, o que seria a tão temida<br />

“perda total.” Na verdade, Diuri explica que neste caso as<br />

seguradoras não costumam considerar o caso de perda total,<br />

porque, tecnicamente, o veículo ainda pode ser recuperado,<br />

mesmo que os danos tenham sido graves.<br />

“Se o nível da água durante um alagamento ultrapassa o painel<br />

do veículo, consideramos que o segurado terá direito a uma<br />

'indenização integral, já que os danos causados pelo contato<br />

da água com as partes elétricas do veículo, estofamento e até<br />

o airbag fazem com que a recuperação tenha custo elevado e,<br />

caso não seja bem feita, pode trazer problemas futuros”,<br />

afirma.<br />

Após uma avaliação mecânica feita por um especialista, é hora<br />

de avaliar a relação custo x benefício do conserto. Segundo<br />

Diuri, “considera-se que ainda vale a pena o conserto do<br />

veículo quando o valor do reparo não ultrapassa 75% do preço<br />

do automóvel”.<br />

Os reparos mais comuns para casos de enchentes são a troca<br />

dos filtros e higienização do veículo, em casos mais simples.<br />

“Se a água atingir o banco do veículo, será necessária a troca<br />

de estofamento e itens mecânicos. Pode haver a necessidade<br />

de troca dos carpetes e, caso o motor aspire a água do<br />

alagamento, o que chamamos de calço hidráulico, pode ser<br />

que o motor inteiro tenha que ser substituído”, complementa.<br />

Além disso, algumas atitudes do motorista podem fazer com<br />

que o seguro não cubra o caso de alagamento. É o que<br />

acontece quando um motorista tenta, deliberadamente,<br />

atravessar uma área alagada com seu veículo, assumindo a<br />

responsabilidade pela possível submersão do carro. É o<br />

chamado “agravo de sinistro”. No entanto, é bem difícil<br />

comprovar que o segurado foi o responsável por este agravo<br />

intencional.<br />

“Outro fator que pode impedir a cobertura do sinistro é não<br />

entrar em contato diretamente com a seguradora, contratando<br />

guincho ou serviços de limpeza particulares ou mesmo a<br />

inexatidão ou omissão nas declarações no ato do contrato da<br />

apólice”, ressalta Diuri.<br />

Fonte: Tudo sobre seguro.


mercado<br />

Com aquisição de carteira e estruturação, AXA já<br />

figura entre as principais seguradoras do Brasil<br />

Há apenas dois anos, em janeiro de 2014, a seguradora<br />

francesa AXA iniciou operações no Brasil do “zero”.<br />

Além do crescimento orgânico, no final de 2015 a<br />

empresa, por meio da AXA Corporate Solutions, adquiriu<br />

a divisão de grandes riscos da seguradora brasileira<br />

SulAmérica numa operação avaliada em R$ 135<br />

milhões. No primeiro ano de operação, a empresa tinha<br />

em torno de 40 colaboradores, agora, somando à equipe<br />

q u e f o i m a n t i d a n a<br />

aquisição, são mais de<br />

3 2 0 p e s s o a s n a s<br />

estruturas próprias em<br />

S ã o P a u l o e R i o d e<br />

Janeiro e mais oito filiais.<br />

Marcelo Anacleto, diretor<br />

de Sinistros, entrou para<br />

a companhia em agosto<br />

de 2014 e fez parte de seu<br />

c r e s c i m e n t o ,<br />

desenvolvendo a área de<br />

sinistros e ajudando na<br />

carteira de transportes.<br />

“A AXA é uma companhia<br />

muito conceituada, é a<br />

maior marca mundial em seguros, e faltava a atuação na<br />

América do Sul, principalmente no Brasil. Ao iniciar as<br />

operações, trouxe pessoas importantes do mercado<br />

segurador brasileiro, mesclando com a experiência de<br />

franceses que já trabalhavam no grupo há algum tempo,<br />

iniciando a operação de uma forma bem consolidada.<br />

Nós vamos crescer muito no Brasil, temos um<br />

planejamento de 25 anos”, afirma. “A área de<br />

transportes teve um desenvolvimento importante.<br />

Atualmente somos uma companhia de transportes com<br />

produção que gira em torno de R$ 9 milhões/mês,<br />

chegando à sétima/oitava posição neste segmento. A<br />

aquisição da SulAmérica contribui muito para todo este<br />

sucesso, como também o crescimento orgânico que<br />

tivemos em São Paulo, trabalho este desenvolvido pela<br />

área de subscrição liderada hoje pelo diretor Vanderlei<br />

Ravazzi e o superintendente Felipe Ruffolo”, explica.<br />

Anacleto conta que aceitou o desafio de trabalhar na<br />

AXA pois se tratava de uma excelente oportunidade,<br />

iniciando uma estrutura desde o princípio e também por<br />

voltar a ser o responsável pela área de sinistros”. “A área<br />

de sinistros total, abrangendo todas as linhas de<br />

grandes riscos, conta com 28 pessoas, seis em São<br />

Paulo e 22 no Rio de Janeiro. Até o fim do ano seremos<br />

em torno de 40. A companhia está crescendo muito,<br />

com uma ótima aceitação do mercado. Atuo há 25 anos<br />

na área de sinistros, e por onde passei tive que construir<br />

estruturas e processos de alguma forma, então a<br />

essência é a mesma. Estou gostando muito de trabalhar<br />

na AXA, todos estão vindo com espírito positivo,<br />

motivados para construir uma grande empresa”.<br />

Transportes<br />

“Estamos trabalhando com todos os segmentos –<br />

Nacional, Internacional e o Transportador. Precisamos<br />

dedicar os próximos dois ou três anos para o<br />

crescimento da carteira, não descuidando do<br />

r e s u l t a d o . A e m p r e s a t e m p r o f i s s i o n a i s<br />

exclusivamente dedicados ao seguro de transporte<br />

nas áreas de subscrição, gerenciamento de riscos e<br />

regulação de sinistros e contamos também com os<br />

melhores prestadores de serviços externos”.<br />

Parceiros e futuro<br />

“A área de transportes exige conhecimentos<br />

específicos e a AXA também já conta com a parceria de<br />

vários corretores especialistas. Antes mesmo da<br />

aquisição da carteira da SulAmérica começamos a<br />

buscar os parceiros para o crescimento da área de<br />

transportes. Além do nome forte da AXA, muitos<br />

corretores vieram pelo relacionamento com os<br />

profissionais contratados. Somos uma empresa que<br />

pensa no crescimento natural dos negócios, contudo,<br />

estamos sempre analisando oportunidades no<br />

mercado, pois o crescimento deverá acontecer<br />

também em todas as outras linhas de negócios. Na<br />

maioria das operações da AXA no mundo estamos<br />

sempre entre as principais seguradoras e aqui não vai<br />

ser diferente, esse é um objetivo muito claro.<br />

Apesar da crise que estamos passando, acreditamos<br />

na recuperação da economia. A AXA não viria para o<br />

Brasil sem acreditar no País. Eu também acredito que<br />

em três anos iremos retomar o crescimento, assim que<br />

houver uma estabilidade política, e o mercado de<br />

seguros tem muito a crescer”, conclui.


análise<br />

Para onde caminha o seguro na América Latina?<br />

A resposta para o tema central do XXVI Congresso<br />

Panamericano de Produtores de Seguros da<br />

Copaprose, “Para onde caminha o seguro na América<br />

Latina?” surge ao final do evento, após intensos e<br />

profícuos debates e troca de experiências entre<br />

profissionais de 20 países, dirigentes de órgãos<br />

supervisores e executivos de grandes companhias de<br />

seguros.<br />

Os novos desafios tecnológicos e profissionais e a<br />

baixa penetração do seguro na América Latina exigem<br />

a reinvenção do mercado local. Como os países latino<br />

americanos enfrentam problemas semelhantes, é<br />

recomendável seguir as boas práticas adotadas por<br />

nações vizinhas, inclusive na regulação do mercado de<br />

seguros, consolidando um marco regulatório muito<br />

próximo da padronização.<br />

À necessidade de mudanças na regulação somam-se<br />

os inadiáveis e indispensáveis ajustes do mercado de<br />

seguros para enfrentar os novos riscos, principalmente<br />

os cibernéticos, climáticos, catastróficos e ambientais,<br />

que provocam prejuízos elevados e ameaçam a<br />

rentabilidade do setor. Os intermediários [no caso do<br />

Brasil, os corretores de seguros] devem estar<br />

preparados e qualificados para oferecer uma ampla<br />

rede de proteção securitária contra esses riscos.<br />

Nesse contexto, é preciso haver também maior<br />

capacidade no resseguro e mais sinergia entre brokers<br />

e corretores de seguros.<br />

A instalação de um novo polo regional de resseguros<br />

[possivelmente no Brasil] contribuirá para o aumento<br />

da oferta de coberturas na região, principalmente para<br />

aprimorar a subscrição nos grandes riscos.<br />

A autorregulação, com a implantação de entidades que<br />

atuam como auxiliares dos órgãos supervisores,<br />

26<br />

também é fator primordial para o amadurecimento do<br />

mercado e a difusão de boas práticas.<br />

A Copaprose divulgará sua posição sobre os Princípios<br />

Básicos de Seguros promulgados pelo I AIS,<br />

especialmente os relacionados com a atividade de<br />

intermediários de seguros.<br />

Entre 2009 e 2014, o faturamento do mercado de seguros<br />

latino americano cresceu 71%, muito acima do Produto<br />

Interno Bruto (PIB) da região, que avançou 45%, enquanto<br />

a média mundial de crescimento ficou em 18%.<br />

Apesar das dificuldades econômicas enfrentadas por<br />

muitos países, o mercado de seguros apresenta grande<br />

potencial de crescimento. Para tanto, é preciso remover<br />

obstáculos visando a aumentar a penetração do seguro,<br />

principalmente entre os segmentos da população de<br />

menor poder aquisitivo, e difundir a educação<br />

financeira.<br />

A proteção das camadas de menor renda pode ser<br />

assegurada também com a oferta de produtos de baixo<br />

custo, como os microsseguros, que demandam uma<br />

regulação específica.<br />

Os intermediários têm papel relevante a cumprir como<br />

protagonistas desse processo, indicando aos clientes,<br />

mediante o seu assessoramento profissional, as<br />

melhores opções de cobertura para cada demanda.<br />

Carta de conclusão do XXVI Congresso Panamericano<br />

de Produtores de Seguros da Copaprose<br />

(Confederação Panamericana de Produtos de<br />

Seguros), realizado de 20 a 22 de abril no Rio de<br />

Janeiro, emitida pelos organizadores do evento.


Responsabilidade do governo sobre a<br />

segurança pública<br />

Depois de Campinas, agora Santos foi palco de ação<br />

criminosa cinematográfica. Outra empresa de transporte<br />

de valores foi vítima de criminosos militarmente armados.<br />

Este tipo de crime expõe a ineficiência do estado quanto ao<br />

dever de segurança pública.<br />

Entendo que existe responsabilidade civil do estado de São<br />

Paulo por não cuidar adequadamente do fenômeno<br />

criminal e do governo federal por não inibir o contrabando<br />

de armas de uso militar. O telejornal Bom Dia São Paulo<br />

criticou duramente a falha de segurança do estado de São<br />

Paulo. Entendo que tanto as empresas vítimas como seus<br />

seguradores podem e devem pensar em ações judiciais<br />

contra o governo estadual e, mesmo, contra o governo<br />

federal. Ou os políticos levam a sério a segurança pública<br />

ou o Brasil se atolará num caos sem precedente.<br />

sinistro<br />

Existem crimes e crimes. Em alguns, não há que se falar em<br />

responsabilidade civil do administrador público por<br />

conduta omissiva; mas noutros, sim. Crimes como estes<br />

dois recentes, como os de roubos de cargas em<br />

transportes rodoviários, como os provocados por<br />

arrastões, têm, sim, a responsabilidade do estado<br />

estampada.<br />

No site do escritório do qual sou um dos sócios, há um<br />

artigo, fruto de um longo estudo, tratando do tema "roubo<br />

de carga", que se ajusta aos casos destacados<br />

perfeitamente e cuja leitura sugiro aos eventuais<br />

interessados: www.mclg.adv.br<br />

A iniciativa privada não pode ser duplamente vitimada; a<br />

ela não há de ser direcionado o ônus da incúria<br />

administrativa e da desídia operacional do ineficiente<br />

administrador público.<br />

Que os advogados busquem fundamentos legais e<br />

jurídicos para a defesa dos interesses e direitos das vítimas<br />

e que o Poder Judiciário ajude a transformar a realidade<br />

social adversa com a distribuição da Justiça, sem se deixar<br />

acomodar com conceitos que precisam urgentemente ser<br />

revisitados, como o de força maior.<br />

Paulo Henrique Cremoneze –<br />

Advogado, especializado em Direito do<br />

Seguro e Direito Marítimo, sócio dos<br />

escritórios MCLG-SMERA, mestre em<br />

Direito Internacional Privado, autor de<br />

livros jurídicos.<br />

Contextualização<br />

Ataques semelhantes<br />

O roubo à empresa de transporte de valores Prosegur,<br />

em Santos, no início de abril, foi semelhante ao megaassalto<br />

à empresa Protege, no bairro São Bernardo, em<br />

Campinas, no início de março. As coincidências<br />

sugerem ligações entre os casos, que estão sendo<br />

investigadas pela polícia.<br />

Além das ações dos bandidos terem ocorrido de<br />

maneira semelhante, outras coincidências chamam a<br />

atenção. Em ambos os casos, os criminosos usaram<br />

armamentos de guerra, como fuzis calibre 762, 556 e<br />

ponto 50. Também houve o acesso à empresa pela<br />

parede, que foi destruída de forma parecida, ambas com<br />

o uso de explosivos.<br />

Os dois assaltos ocorreram de madrugada, por volta de<br />

4h. Da mesma forma que em Campinas, os assaltantes<br />

chegaram atirando e atingiram muros e portões<br />

vizinhos do bairro residencial, onde fica a empresa. Em<br />

Campinas, o tiroteio durou cerca de uma hora e durante<br />

a fuga, na estrada, atiraram contra um helicóptero Águia<br />

da Polícia Militar. Em ambos os casos, moradores da<br />

vizinhança narraram momentos de pânico.


outras ações<br />

Ampliando incentivo à cultura e esporte, Grupo<br />

Fox estabelece novos patrocínios<br />

O Grupo Fox sempre investiu em<br />

patrocínios culturais e de esporte,<br />

para incentivar ações saudáveis<br />

para mente e corpo, e também<br />

divulgar a marca da empresa.<br />

Além de manter o apoio ao Clube<br />

Atlético Tremembé (CAT) e seus<br />

torneios de tênis, agora a empresa<br />

está apostando no jovem tenista<br />

Kevin Borges Pereira, que tem<br />

g a n h a d o d e s t a q u e n a m í d i a<br />

nacional e internacional.<br />

O u t r o p a t r o c í n i o r e a l i z a d o<br />

recentemente foi para o evento Gold<br />

Life Party, que aconteceu em dia 05<br />

de maio reunindo músicos de RAP<br />

em espaço na Zona Norte de São<br />

P a u l o . A c u r i o s i d a d e é q u e a<br />

empresa é eclética: no ano passado<br />

patrocinou show de jazz.<br />

má-fé<br />

Fraudes ressaltam importância dos especialistas<br />

de regulação de sinistros<br />

Um estudante de direito e mecânico de 22 anos foi preso<br />

suspeito de simular o furto e incendiar o próprio carro para<br />

receber a indenização do seguro. A prisão ocorreu na região<br />

de Guaianases, zona leste de São Paulo, no dia 27 de abril.<br />

Após atear fogo em um Fiat Idea, o estudante registrou o<br />

boletim de ocorrência de furto para solicitar a indenização<br />

na seguradora, no dia 12 de abril. Segundo o relato do<br />

estudante, o carro tinha sido roubado em frente à sua oficina<br />

mecânica na avenida Miguel Achiole da Fonseca.<br />

Na véspera de receber o dinheiro, o golpe foi descoberto<br />

devido ao rastreador do carro que levou os policiais até a<br />

oficina do jovem, onde estavam os bancos do Fiat Idea.<br />

Segundo o Deic (Departamento Estadual de Investigações<br />

Criminais), o jovem manteve os bancos do carro, onde<br />

estava escondido o equipamento de localização, para<br />

ganhar um pouco mais de dinheiro.<br />

O estudante acabou confessando o crime e levou os<br />

policiais ao local onde o carro foi incendiado, de acordo com<br />

o Deic. Ele foi autuado por estelionato e permanecerá preso.<br />

“A fraude é um problema que acontece em todos os ramos<br />

de seguros, um ato doloso que traz prejuízo para as<br />

seguradoras e encarece o produto de seguro para todos os<br />

clientes”, afirma o diretor do Grupo Fox, Paulo Rogério<br />

Haüptli. “Um jovem que sequer começou a vida e já partiu<br />

para o crime, ainda mais estudante de Direito, que deveria<br />

estar se preparando para defender os bons. A situação está<br />

difícil, no patamar que as fraudes ao seguro chegaram<br />

precisamos nos munir de técnicas para a preservação de<br />

nosso mercado. Por isso os profissionais do Grupo Fox<br />

trabalham arduamente na identificação da fraude para não<br />

haver despesas indevidas às seguradoras”, garante.


eventos<br />

Grupo Fox expõe seus serviços em congresso<br />

internacional de seguros de transportes<br />

Pelo terceiro ano consecutivo, em novembro de 2015 o<br />

Grupo Fox participou com estande no evento anual do CIST<br />

(Clube Internacional de Seguros de Transportes), que nesta<br />

edição teve a parceria da ALSUM (Associação Latino<br />

Americana dos Subscritores Marítimos), resultando no III<br />

Congresso Latino Americano de Subscritores Marítimos.<br />

“Com 21 anos de experiência e já consolidados no mercado,<br />

entendemos que o Grupo Fox tem o dever de compartilhar<br />

conhecimento, pois, durante todos esses anos<br />

tivemos o privilégio de conviver com renomados<br />

profissionais que também repassaram seu know<br />

how. Portanto, participar do evento, recebendo<br />

pessoas de diversas nacionalidades em nosso<br />

estande, trocando experiências num clima<br />

agradável e descontraído foi muito gratificante e<br />

motivador”, afirma o sócio e diretor Técnico,<br />

Alexandre Massao Masuda.<br />

evento. “A parceria com a ALSUM fez com que tivéssemos<br />

uma grande troca de informações com profissionais de<br />

nossa área de atuação, vindos de diversos países. Uma<br />

experiência enriquecedora, sem dúvidas”.<br />

Além dos sócios, compuseram a equipe do Grupo Fox no<br />

evento: Marcelo Félix Prado, gerente Operacional; Cesar<br />

Navas Victor, coordenador do Departamento Jurídico; e<br />

Melissa Zanini, advogada.<br />

Quem visitou o estande pôde conferir todos os<br />

serviços realizados pela empresa, inclusive os cursos<br />

que estão sendo ministrados in company para<br />

seguradoras. O vídeo institucional também apresentou<br />

a revista Fox News, cuja edição mais recente foi<br />

entregue aos participantes, junto a outros brindes.<br />

Para Paulo Rogério Haüptli, sócio e diretor Comercial<br />

do Grupo Fox, foi muito proveitoso participar do<br />

Em comemoração ao Dia Internacional<br />

da Mulher, em 8 de março a Fox preparou<br />

uma surpresa para a força feminina da<br />

empresa, ao servir um café da tarde e<br />

entregar kits de produtos de beleza como<br />

lembrança da importância da data.<br />

“Admiro muitos vocês, mulheres, por sua<br />

garra e luta. Mulheres como vocês,<br />

profissionais dedicadas, fazem este país<br />

seguir em frente. Feliz Dia da Mulher!”,<br />

declarou o diretor Paulo Rogério Haüptli.<br />

eventos<br />

Homenagem às mulheres da equipe


outra Leitura<br />

Seis graus de separação<br />

Você que lê este texto agora, por acaso já ouviu falar na<br />

teoria dos “Seis graus de separação”? Basicamente,<br />

essa teoria afirma que todas as pessoas do mundo<br />

todo estão separadas umas das outras por no máximo,<br />

seis graus ou seis laços de amizade ou simples<br />

conhecimento.<br />

Eu não tenho todos os detalhes<br />

da teoria; acredito que a<br />

Wikipedia é um bom lugar<br />

p a r a c o m e ç a r a s e<br />

a p r o f u n d a r n o<br />

assunto, no caso de<br />

v o c ê t e r s e<br />

interessado... De<br />

q u a l q u e r<br />

m a n e i r a , c o m<br />

base nos meus<br />

p a r c o s<br />

conhecimentos,<br />

funciona mais<br />

o u m e n o s<br />

assim: a partir<br />

de um primeiro<br />

laço (ou pessoa)<br />

você consegue<br />

m o n t a r u m a<br />

corrente com no<br />

máximo seis laços,<br />

corrente esta que faz<br />

com que você esteja<br />

conectado a cada um dos<br />

habitantes do planeta inteiro! É<br />

meio difícil de acreditar, eu sei,<br />

mas é tentador ficar testando a tal<br />

teoria.<br />

O fato é que, para me divertir um pouquinho e dar uma<br />

viajada, às vezes me pego contabilizando os graus que<br />

me separam das mais diversas celebridades ou não<br />

celebridades pelo mundo afora. Por exemplo: pelas<br />

minhas contas eu e a Rainha Elizabeth temos apenas<br />

dois graus nos separando. Explico: como ela já recebeu<br />

o ex-presidente Lula (independente de qualquer<br />

opinião que eu ou você tenhamos a respeito dele) e o<br />

mesmo conhece um ex-presidente da empresa na qual<br />

30<br />

trabalho (com quem eu já tive mais de uma reunião),<br />

isso significa que apenas duas pessoas me separam<br />

da mãe do Principe Charles.<br />

Aliás, cheguei à conclusão de que a Rainha Elizabeth é<br />

um ótimo laço na minha rede social, pois, afinal de<br />

contas, por intermédio dela posso ser “próxima” do<br />

Mick Jagger, do Paul McCartney, de várias<br />

lideranças internacionais e outras<br />

tantas figuras do show business<br />

mundial.<br />

Mais uma corrente que<br />

consegui montar: na<br />

última viagem que<br />

fizemos para a terra<br />

do Tio Sam, meu<br />

marido encontrou<br />

em uma loja da<br />

A p p l e o a t o r<br />

Brendan Fraser<br />

q u e , e n t r e<br />

outras coisas,<br />

f o i o p r o t a -<br />

g o n i s t a d o s<br />

f i l m e s d a<br />

f r a n q u i a “ A<br />

M ú m i a ” . O r a ,<br />

considerando que<br />

o rapaz faz parte do<br />

u n i v e r s o<br />

hollywoodiano, esse<br />

laço (2º grau desta minha<br />

corrente) me aproxima de<br />

outros atores como o Clive<br />

O w e n , B r a d P i t t e G e o r g e<br />

C l o o n e y ! ! ! ! U A U ! G e o r g e é<br />

praticamente meu amigo de infância!!!! Bom,<br />

por outro lado, esse mesmo “encontro” faz meu marido<br />

ficar próximo da Scarlett Johansson, Angelina Jolie,<br />

Catherine Zeta Jones; o que me deixa em laaaaarga<br />

desvantagem...<br />

Luciana Miliauskas Fernandes, formada em<br />

P rocessamento d e D a d o s , t r a b a l h a<br />

atualmente com Controles Internos e<br />

Auditoria. Seu hobby é escrever, de tudo um<br />

pouco, mas adora mesmo ser uma crítica<br />

informal de cinema, que é quando tem a<br />

chance de buscar e analisar as curiosidades<br />

da Sétima Arte.


GRUPO<br />

FOX<br />

FOX Reguladora de Sinistros<br />

• Transportes (Sindicâncias/Auditorias/SOS Cargas)<br />

• Patrimonial (Industrial/Comercial/Residencial)<br />

• Assessoria Jurídica e Ressarcimento<br />

• Riscos de Engenharia<br />

• Recuperação de Bens (Cargas/Veículos e Outros)<br />

• Auditoria de DPVAT<br />

• Automóvel<br />

• Vida<br />

• Prestamista<br />

• Fiança Locatícia<br />

• Garantia de Crédito<br />

• Seguro Rural<br />

www.foxaudit.com.br / contato@foxaudit.com.br<br />

Fone: 55 11 3858-3234 / 0800 109687<br />

GRUPO<br />

FOX

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