A inteligência emocional relacionada ao desempenho profissional dentro da engenharia de produção
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Ao longo <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90, o conceito <strong>de</strong> <strong>inteligência</strong> <strong>emocional</strong> passou por revisões. A<br />
<strong>de</strong>finição atual diz que <strong>inteligência</strong> <strong>emocional</strong> refere-se à capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> perceber, avaliar e<br />
expressar emoções; a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> perceber e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam o<br />
pensamento; a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> controlar emoções para promover o crescimento <strong>emocional</strong> e<br />
intelectual (MAYER e SALOVEY, 1997).<br />
O termo <strong>inteligência</strong> <strong>emocional</strong> tornou-se conhecido através <strong>de</strong> Daniel Goleman e foi<br />
rapi<strong>da</strong>mente disseminado em diversos segmentos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Porém, esse conceito não foi<br />
proposto por ele, mas por Peter Salovey e John Mayer em 1990. O termo <strong>inteligência</strong><br />
<strong>emocional</strong> foi utilizado pela primeira vez por Mayer, DiP<strong>ao</strong>lo e Salovey, em um periódico<br />
científico internacional <strong>de</strong> psicologia, num trabalho que teve como objetivo estu<strong>da</strong>r<br />
empiricamente a habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> percepção <strong>de</strong> conteúdos afetivos (COBÊRO, PRIMI e<br />
MUNIZ, 2006).<br />
Mayer e Salovey (1997) argumentam que a emoção torna o pensamento mais inteligente<br />
e a <strong>inteligência</strong> <strong>emocional</strong> aju<strong>da</strong> o indivíduo a reconhecer suas emoções e as dos outros.<br />
Afirmam também que a ausência <strong>de</strong>sta interação entre racional e <strong>emocional</strong> torna o indivíduo<br />
<strong>emocional</strong> e socialmente incapaz.<br />
A IE é a intersecção entre a <strong>inteligência</strong> e a emoção. Assim, ela seria uma habili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
cognitiva <strong>relaciona<strong>da</strong></strong> <strong>ao</strong> uso <strong>da</strong>s emoções para aju<strong>da</strong>r na resolução <strong>de</strong> problemas<br />
(WOYCIEKOSKI e HUTZ, 2009).<br />
Para Machado (2015), “a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira <strong>inteligência</strong> <strong>emocional</strong> é a que li<strong>da</strong> com emoção<br />
como impulso resposta a estímulos externos e internos para ação, pois <strong>inteligência</strong> é resposta<br />
do ser às suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> são estímulos para ação”.<br />
O conceito <strong>de</strong> IE passou por diversas a<strong>da</strong>ptações e refinamentos, sendo abor<strong>da</strong>do em<br />
diversas pesquisas, o que contribuiu para o aumento do interesse pelo tema. No início a<br />
<strong>de</strong>finição apoiou-se na capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar e monitorar emoções. Posteriormente o<br />
conceito ampliou-se abrangendo aspectos a serem <strong>de</strong>senvolvidos para promover o<br />
crescimento pessoal e intelectual e os benefícios trazidos (DANTAS e NORONHA, 2006).<br />
A IE auxilia a usar a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente as outras aptidões que se tenha. Pessoas que são<br />
<strong>emocional</strong>mente <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s li<strong>da</strong>m melhor com os próprios sentimentos, compreen<strong>de</strong>m,<br />
reconhecem e levam em consi<strong>de</strong>ração os sentimentos dos outros (GOLEMAN, 1996).<br />
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